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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 31 de maio de 2019
Parque Ecológico faz votação para escolher nome de filhote de cervo-do pantanal
página 16
2
Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Parque da Água Branca comemora 90 anos ...................................................................................... 4
Zoológico de SP participa da Ação Mundial Pelo Planeta ...................................................................... 6
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 7
Comunidade pede abertura do Parque Jequitibá ................................................................................ 7
Manifestação da comunidade pede abertura do Parque Jequitibá (Tizo) desde 2014 ............................... 7
Junho Verde Azul mobiliza educação ambiental ................................................................................. 9
Ilha Marabá deve reabrir em junho ................................................................................................ 10
Sindicalçados de Jaú sedia encontro sobre zoneamento ecológico e econômico ................................... 11
Vazamento de gás causa problemas de saúde a idosos em São Bernardo ........................................... 12
Caminhão carregado com óleo vegetal tomba na Rodovia Marechal Rondon, em Pereiras ..................... 13
Indústria e meio ambiente ............................................................................................................ 14
OAB de Ubatuba realiza reunião nesta quinta(30) para discutir o Plano Municipal de Saneamento Básico 15
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 16
Parque Ecológico faz votação para escolher nome de filhote de cervo-do-pantanal .............................. 16
Acordo na Embrapa prevê criação de satélite de alta definição para defesa e proteção ambiental .......... 17
Brasil e EUA lideram retrocessos ambientais, aponta estudo que abrange mais de um século ................ 18
TCU atende a pedido de procurador e decide investigar política ambiental do governo ......................... 22
'Conama tem discussões que se arrastam por anos', diz ministro do Meio Ambiente ............................ 23
Subprefeitura quer acabar com pontos viciados de lixo na região ...................................................... 24
Participação da sociedade civil em Conselho de Meio Ambiente fica menor .......................................... 25
Planalto tenta acordo para votar MP do Código Florestal ................................................................... 27
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 29
PAINEL: Nota do MEC é 'declaração de guerra' a estudantes, avaliam políticos; PGR vê violações à lei ... 29
Mônica Bergamo: Retirada da descriminalização do porte de drogas da pauta do STF não foi consenso .. 31
João Doria: O novo PSDB e o Brasil ............................................................................................... 33
Organismos internacionais de crédito cobram aceno ambiental de Bolsonaro ...................................... 35
Brasil concentra retrocessos em unidades de conservação ambiental, diz estudo ................................. 36
Presidente do Senado nega possibilidade de acordo para votar MP do Código Florestal ......................... 38
Chanceler diz que governo não recebeu reações de doadores a mudanças no Fundo Amazônia ............. 39
ESTADÃO ................................................................................................................................... 40
Governo das Filipinas devolve toneladas de lixo para Canadá ............................................................ 40
Natureza, capital nacional e da humanidade ................................................................................... 41
- ............................................................................................................................................... 41
Governo Bolsonaro quer contratar PM de folga para fiscalizar Amazônia ............................................. 43
Brasil perdeu 85 áreas de conservação ambiental, diz estudo ........................................................... 45
Decisão sobre texto que altera Código Florestal é prerrogativa do Senado, diz Salles ........................... 46
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 47
PSDB entra na era Doria e tenta conter poder de governador ........................................................... 47
Em defesa das tarifas de carbono .................................................................................................. 49
CCEE busca alternativa aos contratos de reserva ............................................................................. 51
3
Grupo de Comunicação e Marketing
Atvos terá de encarar desafios operacionais .................................................................................... 52
4
Grupo de Comunicação e Marketing
ENTREVISTAS Data: 31/05/2019
Veículo: ABC DO ABC
Parque da Água Branca comemora 90
anos Portal do ABCdoABC
O aniversário de 90 anos do Parque Doutor
Fernando Costa, conhecido como Água Branca,
abre a programação especial da Semana do Meio
Ambiente. Diversas atividades esportivas,
culturais e de educação ambiental serão
realizadas nos parques estaduais da capital e do
interior. A programação está disponível em:
https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.
br/semana2019/#1558646538428-3060f4ce-
9417
No sábado (1º), o Parque da Água Branca
realizará palestras, oficinas, feira de agricultura
orgânica e campanhas de vacinação.
“A Semana Nosso Ambiente tem o objetivo de
aproximar a população dos parques e das áreas
verdes e propiciar atividades de educação
ambiental. Nosso objetivo é fazer dos cidadãos
protagonistas na conservação e na preservação
da natureza”, explica o secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido.
O evento contará com atividades e exposições
que serão desenvolvidas pelas associações
sediadas no parque, grupo de escoteiros,
equipes de monitores ambientais e pelos
Institutos Geológico e de Pesca. A Secretaria
de Saúde realizará atividades de conscientização
sobre o mosquito da dengue, além de vacinação
contra gripe e febre amarela.
Além das instituições do Governo do Estado,
como atrações adicionais, estarão disponíveis
para as crianças brinquedos infláveis e o circuito
do trenzinho.
A Sabesp atuará com campanhas educativas
sobre o uso racional da água, com a
apresentação do caminhão “limpa fossa”. A
CETESB apresentará os equipamentos utilizados
no atendimento a emergências químicas, e o
Museu Geológico Valdemar Lefèvre (MUGEO)
estará com uma programação especial com
visitas guiadas e oficinas monitoradas para o
público.
O evento contará também com a apresentação
da Cavalaria, dos Cachorros e da Banda da
Polícia Militar.
História do parque
Em meados de 1904, a população de São Paulo
abastecia-se de produtos hortifrutigranjeiros
oriundos de chácaras periféricas de alguns
bairros residenciais da cidade.
O Parque Água Branca surgiu na época de
desenvolvimento agropecuário, tornando-se
patrimônio desse setor. Criadores e fazendeiros,
na década de 1920, participaram de uma
campanha para que São Paulo tivesse um
Recinto de Exposições e um local para ser sede
do departamento da Secretaria da Agricultura do
Estado.
Em 25 de abril de 1928, o governo de São Paulo
transferiu as antigas dependências de Exposição
Animal e de Exposições da Mooca para a Água
Branca. O local foi chamado de Pavilhão de
Exposição de Animais, mais tarde chamado de
Parque Dr. Fernando Costa, em homenagem ao
seu fundador.
Durante o período de 1939 a 1942, foram
adquiridos pelo Governo do Estado de São Paulo,
mais de 12.022,27m², totalizando assim a área
atual do Parque.
Em 1979, grandes exposições de gado foram
definitivamente transferidas para o Recinto de
Exposições da Água Funda, por motivos de
modernização da área de exposições e
necessidade de espaços mais amplos para a
circulação dos visitantes.
Em 1996, o local foi tombado como bem cultural,
histórico, arquitetônico, turístico, tecnológico e
paisagístico pelo CONDEPHAAT (Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,
Artístico e Turístico do Estado). Em 2004,
também pelo CONPRESP (Conselho Municipal de
Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e
Ambiental da Cidade de São Paulo).
Por meio de decreto de 2012, o Parque foi
transferido da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento para a Coordenadoria de
5
Grupo de Comunicação e Marketing
Parques e Parcerias - CPP da Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente.
Sobre o MUGEO
O Museu Geológico foi criado em 14 de
novembro de 1967, mas parte do seu acervo
originou-se na Comissão Geográfica e Geológica
– CGG (1886-1931). O acervo é composto de
equipamentos geológicos de séculos passados,
fotografias antigas, mapas e coleções de
minerais, de rochas e de fósseis.
O MUGEO oferece oficinas monitoradas a escolas
públicas e particulares, a grupos organizados da
comunidade e promove exposições temporárias e
itinerantes.
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h
Dia 8/6 (sábado): visita guiada às 15h
Dia 9/6 (domingo): visitas guiadas às 11h e às
15h
http://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/parque
-agua-branca-comemora-90-anos-82474
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6
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Portal do Governo SP
Data: 31/05/2019
Zoológico de SP participa da Ação Mundial
Pelo Planeta
| Governo do Estado de São Paulo
Neste domingo (2), visitantes acima de 12
anos que estiverem usando camiseta com as
cores verde ou azul pagam meia entrada
Em comemoração ao Dia Mundial do Meio
Ambiente, na próxima quarta-feira (5 de
junho), o Zoológico de São Paulo, na capital
paulista, participa da “Ação Mundial Pelo
Planeta”. Os visitantes terão uma semana
temática com programação de atividades
direcionadas a questões ambientais, com início
neste domingo (2) e encerramento na próxima
sexta-feira (7).
No primeiro dia de programação, domingo (2),
o público será convidado a participar da “Ação
Mundial Pelo Planeta – #JuntosPeloPlaneta”,
movimento de cunho apartidário e pacífico que
visa chamar a atenção da sociedade sobre a
importância da valorização da biodiversidade,
assim como dos danos ambientais que o
planeta vem sofrendo.
Como forma de incentivar a participação do
público na causa ambiental, foi criada a
“Campanha – Vem Comemorar no Zoo”.
Somente neste domingo, os visitantes com
idade superior a 12 anos, e que estiverem
usando camiseta com as cores da Ação
Mundial Pelo Planeta (verde ou azul), pagarão
o ingresso na categoria de meia-entrada
(R$15,00). Esta ação será válida somente na
Bilheteria Principal do Zoológico, das 9h às
16h30 e na data informada.
O público do Zoo, durante toda a semana,
poderá conhecer mais de perto os pilares
institucionais que norteiam as atividades da
Fundação Parque Zoológico de São Paulo em
prol da conservação da biodiversidade.
Conservação
Também como parte da programação, terá a
exposição Espaço Educador “Na Trilha da
Kinha” – Alameda Urso, sobre os projetos de
conservação que o Zoo de São Paulo
desenvolve e participa, além de diversos
equipamentos utilizados pelos técnicos em
trabalhos de campo para levantamento e
monitoramento de fauna. A exposição ocorrerá
das 10h às 12h e das 13h30 às 15h, durante
entre os dias 2 e 7 de junho.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/zool
ogico-de-sp-participa-da-acao-mundial-pelo-
planeta/
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7
Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Jornal do Butantã
Data: 31/05/2019
Comunidade pede abertura do Parque
Jequitibá
Criado em 2006 por um decreto do Governo
do Estado, o Parque Tizo, rebatizado como
Parque Jequitibá, deveria estar aberto à
população desde 2014, mas tem as obras
paralisadas. Localizado na divisa dos
municípios de São Paulo, Osasco e Cotia, o
espaço tinha investimento inicial previsto em
R$ 34 milhões. Agora, a comunidade cobra a
abertura do local. O movimento pela defesa do
parque se manifestou por sua abertura, seus
cuidados e pela adoção definitiva de seu Plano
Diretor e Projeto Executivo. Evento e protestos
foram feitos no dia 22 de maio, 'Dia Mundial
da Biodiversidade', onde seria a entrada do
parque, pela cidade de São Paulo, nas
esquinas das ruas Emil Bohn com Savério
Quadrio. Estiveram na manifestação
entidades, ambientalistas, associações de
moradores, escolas, educadores, moradores
da Zona Oeste da Grande São Paulo e
militantes em favor do meio-ambiente. Página
4
Manifestação da comunidade pede
abertura do Parque Jequitibá (Tizo)
desde 2014
Criado em 2006 por um decreto do Governo
do Estado, o Parque Tizo, rebatizado como
'Parque Jequitibá', deveria estar aberto à
população desde 2014, mas tem as obras
paralisadas. Localizado na divisa dos
municípios de São Paulo, Osasco e Cotia, o
espaço tinha investimento inicial previsto em
R$ 34 milhões. Agora, a comunidade cobra a
abertura do local. Atualmente, o parque é
local de despejo de dejetos e materiais de
construção. As cercas estão estragadas e o
investimento para a criação de playgrounds,
decks e infraestrutura não foi feito. Desse
modo, a depredação soma-se com a não
manutenção dos espaços verdes.
Evento e Plano Diretor
O movimento pela defesa do parque se
manifestou por sua abertura, seus cuidados e
pela adoção definitiva de seu Plano Diretor e
seu Projeto Executivo. Um evento foi marcado
para o dia 22 de maio, Dia Mundial da
Biodiversidade, onde seria a entrada do
parque, pela cidade de São Paulo, nas
esquinas das ruas Emil Bohn com Savério
Quadrio. Estiveram na manifestação entidades
ambientalistas, associações de moradores,
escolas, educadores, moradores da Zona
Oeste da Grande São Paulo e militantes em
favor do meio ambiente.
Atrasos em tudo impedem a abertura
Mas o parque, embora conte com
administradora, funcionários e segurança, vem
sofrendo por nunca ter sido efetivamente
aberto à população. O plano diretor e seu
projeto executivo não são realizados. Seu
Conselho Consultivo, eleito em abril de 2018
(mais de um ano atrás), ainda não foi sequer
nomeado no Diário Oficial do Estado. Seu
cercamento vem sendo roubado na divisa com
a Avenida Heitor Antonio Eiras Garcia, em São
Paulo.
Parque tem o tamanho do Ibirapuera
O parque tem área de 1,3 milhão de metros
quadrados, e o seu projeto incluía passarelas
de madeira, portarias, mirante, viveiro para
criação de mudas de espécies nativas da Mata
Atlântica e estacionamento. O planejamento
incluía ainda uma reserva de águas pluviais e
o aproveitamento de energia eólica e solar,
além de um sistema de tratamento local de
efluentes.
8
Grupo de Comunicação e Marketing
Fauna e flora ameaçadas
O Parque Jequitibá (ex-Tizo) terá sua
vocação voltada à pesquisa, sustentabilidade e
educação ambiental, por abrigar espécies de
fauna e flora ameaçadas de extinção. Cerca de
10 mil mudas de espécies nativas foram
plantadas no local. O projeto previa ainda o
plantio de outros 2 mil exemplares. O plantio e
a manutenção foram estabelecidos por meio
de um TCRA (Termo de Compromisso de
Recuperação Ambiental) de obras do trecho
oeste do Rodoanel. Antes de 2006, o terreno
pertencia à Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano (CDHU).
Plantio inicial teve Alckmin e Bruno Covas
Em 2012, foram iniciados os primeiros estudos
topográficos e o isolamento por muros e
cercas. Para marcar o início da implantação do
novo espaço, o governador Geraldo Alckmin e
o então secretário estadual do Meio
Ambiente Bruno Covas, hoje prefeito da
capital, plantaram uma muda de jequitibá na
área verde.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24424820&e=577
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9
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Prefeitura de Lençóis Paulista
Data: 30/05/2019
Junho Verde Azul mobiliza educação
ambiental
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente
promove durante o mês de junho diversas
ações de educação ambiental, uma vez que
busca atender a Lei Municipal nº 3976/2009 e
Decreto nº 251/2010 que a regulamenta. O
meio ambiente também é celebrado
mundialmente no dia 5 de junho, data
também prevista na Lei Municipal. As datas
comemorativas servem para que todos os
cidadãos reflitam sobre os hábitos e ações
diárias que causam impacto no meio ambiente
em que vivemos.
A ação será chamada de 'Junho Verde Azul',
pois busca também atender as propostas
educativas do Programa Município Verde
Azul, que têm sido trabalhadas no âmbito
formal (escolas) e não formal (comunidades e
públicos diversos) de Lençóis Paulista, como:
Hortas Educativas; atividades do Centro de
Educação Ambiental no Parque do Povo; Ação
'COMDEMA vai às escolas'; Palestras sobre
Salvaguarda da Biodiversidade; Ações para
proteção de Nascentes; Prevenção da prática
de queimadas urbanas; ações com
trabalhadores rurais sobre uso e proteção do
solo; Gestão Participativa na Arborização
Urbana; Visitas às estações de tratamento de
água e esgotos do SAAE; Mobilização e
estímulo para coleta seletiva e reciclagem.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24401092&e=577
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10
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: O Diário - Mogi
Data: 31/05/2019
Ilha Marabá deve reabrir em junho
Com os envelopes de habilitação abertos na
última segunda-feira para o processo
licitatório de reforma da ponte da Ilha Marabá,
quatro empresas estão agora na disputa,
sendo elas a Ação Construtora e Serviços de
Reforma, Oxigênio do Brasil, Vale Construções
e Engenharia e Vitória Comercial de Madeiras.
A restauração da passarela sobre o rio Tietê,
que custará cerca de R$ 70 mil, é a maior
intervenção que precisa ser feita no espaço
para que possa ser reaberto. A expectativa da
Secretaria Municipal do Verde e Meio
Ambiente é de que isso possa aconteça daqui
a um mês, durante o Junho Verde.
Mesmo com essa intenção, a concorrente
vencedora terá prazo de até dois meses para
finalizar os trabalhos. Seguindo a próxima
etapa, a Secretaria Municipal de Gestão vai
analisar a documentação e todos os requisitos
pedidos conforme o edital. Depois, isso será
enviado à Secretaria Municipal de Obras, que
é quem analisa a parte teórica dos
documentos.
Quando essas etapas forem finalizadas será
feita a publicação das empresas habilitadas ou
não para que possa ser marcada a abertura de
envelopes de proposta, que diz respeito ao
valor financeiro. Desta forma, o nome da
empresa escolhida deverá ser divulgado em,
aproximadamente, 10 dias.
Além da obra na ponte - que está com as
madeiras deterioradas - faltam apenas alguns
detalhes para que tudo esteja pronto por lá. A
pasta já executou a abertura das trilhas e
deverá sinalizá-las, apontando as
características da flora e da fauna do local. Há
ainda um imóvel na ilha feito de pedras e
madeira, onde deverá ocorrer uma
apresentação aos visitantes que forem fazer o
passeio. Para isso, o piso também precisa ser
refeito, já que em alguns pontos ele está
estufado.
Apesar de ser um atrativo para as escolas - já
que a Ilha Marabá vai funcionar como um
centro de educação ambiental -, a visitação
será aberta ao público, podendo ser feita
inicialmente de segunda a sexta-feira em
horário comercial, das 8 às 17 horas. Depois,
a ideia é expandir os horários também para os
finais de semana, mas com a necessidade de
agendamento prévio. Segundo o secretário
municipal do Verde e Meio Ambiente, Daniel
Teixeira de Lima, essa medida será adotada
para que seja feita a análise da demanda.
O trecho do Tietê que passa sob a ponte quase
não pode ser visto, já que está assoreado e
coberto por vegetação. 'A gente tem cobrado
o DAEE quanto a isso. Até mesmo na vinda do
secretário de Estado de Infraestrutura e
Meio Ambiente, o Marcos Penido, a Mogi, o
próprio prefeito Marcus Melo (PSDB) cobrou
para que fosse feito o desassoreamento.
Então, estamos na espera por isso. Se o rio
estiver limpo fica muito melhor. Estamos
pensando também em algum trabalho com a
UMC, para que os peixes voltem para lá', disse
o chefe da pasta.
A previsão inicial era de que em setembro do
ano passado, o espaço localizado no Mogilar já
começasse a receber visitantes. Problemas
burocráticos, entretanto, impediram que isso
acontecesse, já que a verba para a obra na
ponte vem do fundo do Conselho Municipal de
Meio Ambiente e foi liberada somente em
novembro último.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24442045&e=577
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11
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal da Franca
Data: 31/05/2019
Sindicalçados de Jaú sedia encontro
sobre zoneamento ecológico e econômico
O Sindicato da Indústria de Calçados de Jaú
(Sindicalçados) sediou na quarta-feira, dia 29,
uma 'Mesa de Diálogos' da Indústria do Couro
- evento da Secretaria de Infraestrutura e
Meio Ambiente do Estado de São Paulo
(Sima) para apresentar aos representantes
do setor calçadista o Zoneamento Ecológico-
Econômico do Estado de São Paulo (ZEE-SP).
O ZEE-SP é um instrumento técnico e político
de planejamento que objetiva a organização
do uso e ocupação do território de forma
compatível com a preservação e o uso
sustentável dos recursos naturais. Técnicos da
Sima têm promovido mesas e oficinas para
mostrar os benefícios do instrumento e
solicitar informações de todos os setores
econômicos do Estado para compor a base do
sistema.
As informações levantadas serão mapeadas e
correlacionadas, dando origem às cartas-
síntese do Estado - mapas que representam a
situação do território em relação a um ou mais
temas. Com isso, será possível identificar
características em termos de vulnerabilidade e
potencialidade natural e social de cada região.
Segundo informações da Sima, as diretrizes
estratégicas do ZEE-SP são: resiliência às
mudanças climáticas; segurança hídrica;
salvaguarda da biodiversidade; redução das
desigualdades regionais; e economia
competitiva e sustentável.
A implantação do programa - que terá um site
próprio e poderá ser consultado pela internet -
trará diversos benefícios. Servirá, por exemplo
como orientação de investimentos públicos e
privados por meio de uma base de informação
territoriais atualizada que garantirá maior
precisão e segurança jurídica na tomada de
decisões. Possibilitará, ainda, maior eficiência
nos processos de licenciamento e fiscalização
ambiental e dará suporte à integração de
políticas setoriais.
Participaram da reunião o presidente do
Sindicalçados de Jaú, Caetano Bianco Neto, o
diretor executivo José Geraldo Galazzini, o
presidente do Sindicato das Indústrias de
Calçados e Vestuário de Birigui, Samir Nakad,
o presidente do Sindicato da Indústria de
Calçados de Franca, José Carlos Brigadão do
Couto, o diretor executivo do Sindicato da
Indústria de Curtumes do Estado de São Paulo
(Sindicouro), Alexandre Ferreira José Luta, o
gerente do Departamento de Meio Ambiente
do CIESP, Jorge Rocco, Fernando Santos,
Ciesp São Paulo, Marcele Pengo, Ciesp Jaú, e
Vandir P. Almeida, da Fiesp. Os expositores da
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo (Sima)
foram Gil Scatena e Edgard Joseph Kiriyama.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24442186&e=577
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12
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 31/05/2019
Vazamento de gás causa problemas de
saúde a idosos em São Bernardo
Susto e cheiro forte levaram moradores de
casa de repouso ao hospital
Flávia Fernandes
Vazamento de gás na Alameda Glória, altura
do número 390, região Central de São
Bernardo, na manhã de ontem causou
transtornos a moradores do entorno. Os
principais prejudicados foram moradores e
funcionários da Casa dos Velhinhos Dona
Adelaide que acolhe 36 idosos, além de
pessoas com deficiências mentais e em
situação de rua. Pelo menos sete indivíduos
precisaram ser socorridos aos serviços de
saúde da cidade - senhora de 93 anos seguia
internada no Hospital de Clínicas da cidade até
o fechamento desta edição.
O problema foi causado por perfuração de
rede da Comgás (Companhia de Gás de São
Paulo) durante obra da Prefeitura de São
Bernardo. Embora haja placa com o alerta
para que o solo não seja escavado, o aviso foi
ignorado pelos trabalhadores. Após o acidente,
por volta das 10h30, todo o entorno precisou
ser evacuado com urgência. Moradores da
casa de repouso, incluindo cadeirantes, foram
encaminhados até a Sociedade Cultural
Recreativa Alameda Glória, na Rua Príncipe
Humberto, mesmo bairro.
De acordo com voluntários da Casa Dos
Velhinhos Dona Adelaide, os idosos teriam
passado mal por causa da situação de estresse
e nervosismo e foram atendidos pelo Samu
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Uma moradora Rosa Maria Almeida, 93 anos,
precisou ser levada ao Hospital de Clínicas - o
estado de saúde da paciente não foi informado
pela Prefeitura até o fechamento desta edição.
'Ficou tudo branco de tanta fumaça. O barulho
do gás vazando parecia panela de pressão.
Muita gente reclamou de enjoo e dor no
abdômen', destaca a aposentada Therezinha
Busão, 70, que estava tomando banho quando
foi chamada para evacuar o ambiente.
'Toda a situação abalou muito o emocional dos
idosos. Mesmo assim, a obra que estão
fazendo aqui é necessária', explicou Henrique
Nascimento Martins, presidente da Casa dos
Velhinhos Dona Adelaide. Ele se refere à
intervenção - realizada na área há cerca de
um ano sob responsabilidade do Consórcio
Centro Seco - para captação de água fluvial
(chuva).
Somente por volta das 12h20 o vazamento foi
contido e, após as 13h30, os funcionários e
moradores puderam voltar para o lar. A
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo) disse que a presença da
autarquia não foi necessária. Já a Comgás
esclareceu que equipe foi enviada até o local
para solucionar o problema.
Embora o secretário de Saúde de São
Bernardo, Geraldo Reple Sobrinho, visitasse a
Casa dos Velhinhos Dona Adelaide no mesmo
momento em que a equipe do Diário, ele foi
impedido de dar esclarecimentos à
reportagem. A administração não se
pronunciou sobre o tema até o fechamento
desta edição.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24433983&e=577
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13
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Leia Notícias
Data: 30/05/2019
Caminhão carregado com óleo vegetal
tomba na Rodovia Marechal Rondon, em
Pereiras
Um caminhão carregado com óleo vegetal
tombou no quilômetro 189 da Rodovia
Marechal Rondon, próximo ao trevo de acesso
a Pereiras (SP), na manhã desta quinta-feira
(30).
De acordo com as informações da Polícia
Rodoviária, o motorista perdeu o controle do
veículo em uma curva e tombou no canteiro
da rodovia.
Os bombeiros e a concessionária foram
acionados para atender a ocorrência, mas
ninguém ficou ferido.
A Cetesb, Companhia Ambiental do
Estado, informou que 40 mil litros de óleo
vegetal vazaram na pista, mas não atingiram
o corpo d'água. A limpeza do local foi feita e a
pista não precisou ser interditada.
Fonte: G1
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24412152&e=577
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14
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: O Diário - Mogi
Data: 31/05/2019
Indústria e meio ambiente
Resíduos sólidos, qualidade do ar, uso racional
da água e modelos de produção, consumo e
descarte são alguns dos temas centrais na
pauta da indústria paulista no pilar
sustentabilidade ambiental. Na próxima
semana, quando da comemoração d oDiado
Meio Ambiente( 5 de junho), as atenções
estarão voltadas para a discussão do cenário
atual.
A indústria, que já teve sua imagem atrelada
unicamente a chaminés que soltavam fumaça
preta, hoje está em outro patamar, mas ainda
tem muitos desafios para reduzir os impactos
no meio ambiente e atender ao mercado
consumidor cada vez mais exigente de
serviços ecologicamente corretos.
Neste cenário, as tecnologias propostas no
modelo da Indústria 4.0 são uma importante
aliada nas estratégias de produção mais limpa,
enxuta e ecoeficiente.
A incorporação das ferramentas da Indústria
4.0 nas fábricas é essencial para a
sustentabilidade e o empresário não pode
perder isso de vista até porque o pilar
ambiental está atrelado ao econômico.
Há de se ressaltar, no entanto, as
responsabilidades do poder público nesse
contexto de inovação eda necessidade de
revisão das leis ambientais, com regras mais
eficientes e menos burocráticas.
Poucos dias atrás, o ministro do Meio
Ambiente tocou num ponto crucial, que é a
dificuldade na obtenção de licença ambiental
e, quando se consegue, a necessidade de
'rezar' para que continuem válidas - situação
que não acontece em nenhum outro lugar do
mundo.
A burocracia na obtenção e, principalmente,
na renovação de licenças tem causado muitos
prejuízos para a indústria do Alto Tietê,
inclusive com comprometimento de projetos
de expansão. A Cetesb, que é o agente
fiscalizador paulista, foi cobrada e a atual
gestão, em reunião com o Ciesp Alto Tietê,
prometeu mais eficiência e redução de prazos.
Esse compromisso foi reforçado pela
presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias, em
reunião na Fiesp São Paulo. Tomara que isso
se concretize e, no próximo ano, seja uma das
conquistas efetivas a serem comemoradas no
Dia do Meio Ambiente.
José Francisco Caseiro é diretor do sistema
Fiesp/Ciesp no Alto Tietê
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24430819&e=577
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15
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Tamoios News
Data: 30/05/2019
OAB de Ubatuba realiza reunião nesta
quinta(30) para discutir o Plano
Municipal de Saneamento Básico
| Notícias do Litoral Norte SP - Tamoios News
OAB de Ubatuba promove nesta quinta, às 19
horas, na sede da ACIU(Associação Comercial
e Industrial de Ubatuba), uma reunião para
discutir o Plano de Saneamento Básico do
município, que está para ser assinado entre a
Prefeitura e a Sabesp.
Segundo o advogado Márcio Souza, presidente
da OAB local, trata-se de um desdobramento
da reunião realizada no dia 24 de abril no
Teatro Municipal.
'Desta vez, a OAB pretende transmitir à
população, com o auxílio dos convidados,
conhecimento mais técnico sobre o tema
saneamento básico', disse Souza.
Segundo ele, a reunião será gratuita e aberta
ao público em geral. O encontro contará com a
participação de representantes do Instituto de
Arquitetos do Brasil, Associação de
Engenheiros e Arquitetos de Ubatuba, do
Comitê de Bacias Hidrográficas, Coambiental,
Sabesp, Cetesb, dentre outros convidados.
Raio X
Um relatório de 2017 da Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) mostrava
que apenas 52% dos domicílios da região são
atendidos pela coleta de esgoto, sendo que,
desse total, apenas 43% era tratado.
Em Ubatuba, o documento informava que
apenas 39% dos domicílios possuía coleta,
sendo que, 100% do que é coletado recebia
tratamento.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24383102&e=577
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Data: 31/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: CidadeOn São Carlos/EPTV
Data: 30/05/2019
Parque Ecológico faz votação para
escolher nome de filhote de cervo-do-
pantanal
Equipe do Parque Ecológico de São Carlos está
realizando uma eleição por meio das redes
sociais
Parque Ecológico faz votação para escolher
nome de filhote de cervo-do-pantanal
A equipe do Parque Ecológico "Dr. Antônio
Teixeira Vianna" está realizando uma eleição,
por meio das redes sociais, para a escolha do
nome do filhote de cervo do pantanal
(Blastocerus dichotomus) que nasceu em São
Carlos no último mês de março.
As opções são: Kûara que em tupi significa
sol; Suaçuetê que significa cervo e Atã que
significa forte. Para votar basta acessar a
página do Parque Ecológico no Facebook. A
votação se encerra no dia 6 de junho.
Esse é o 16º filhote da espécie que nasce em
cativeiro em 20 anos de trabalho na
reprodução de espécies ameaçadas no Parque
Ecológico de São Carlos. O cervo do pantanal
é uma espécie ameaçada de extinção que vem
sofrendo séria redução em seu habitat,
especialmente relacionado ao fechamento de
usinas hidrelétricas, afetando de maneira
importante as populações remanescentes.
A gestação dura entre 251 e 271 dias, e as
fêmeas dão à luz um filhote por vez.Os cascos
do cervo do pantanal podem ficar
completamente abertos e as duas metades em
que eles se dividem se mantêm unidas por
uma membrana interdigital. Esses cascos
evitam que o animal afunde no lodo.A galhada
bifurcada tem cinco pontas em cada haste.
São muito ariscos e se escondem durante o
dia. A espécie se alimenta de capim, juncos e
plantas aquáticas. O cervo frequentemente
entra na água.
"É uma fêmea que daqui um ano, antes de
atingir a idade reprodutiva, será encaminhada
para outra instituição. O nosso Parque é um
exemplo para os demais e um orgulho para
nós são-carlenses. Vamos continuar
trabalhando no sentido de oferecer condições
para esse importante trabalho de
preservação", conclui Fernando Magnani,
diretor do Departamento de Defesa e Controle
Animal da Secretaria de Serviços Públicos,
pasta responsável pelo Parque.
O Parque Ecológico "Dr. Antônio Teixeira
Vianna" está localizado na Estrada Municipal
Guilherme Scatena, km 2. O Parque é aberto
para visitação pública gratuita de terça-feira a
sábado, das 8h às 16h30 e aos domingos, das
8h às 17h30, inclusive aos feriados. Outras
informações podem ser obtidas pelo email
[email protected] pelos
telefones (16) 3361-2429 ou 3361-4456.
https://www.acidadeon.com/saocarlos/cotidia
no/cidades/NOT,0,0,1426110,parque+ecologic
o+faz+votacao+para+escolher+nome+de+filh
ote+de+cervo+do+pantanal.aspx
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Data: 31/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Campinas e região
Data: 30/05/2019
Acordo na Embrapa prevê criação de
satélite de alta definição para defesa e
proteção ambiental
Evento em Campinas comemorou os 30 anos
da Embrapa Territorial — Foto: Fernando Pacífico/G1
Iniciativa também vai contribuir no
monitoramento do território, além de prevenir
desastres naturais, segundo protocolo
assinado nesta quinta. Expectativa é de
operação em 2021.
A Embrapa Territorial, com unidade em
Campinas (SP), prevê para 2021 o
desenvolvimento de um satélite de alta
definição para defesa e proteção ambiental. O
recurso faz parte de um protocolo de
intenções assinado junto com os ministérios
da Agricultura, do Meio Ambiente e da Defesa.
De acordo com o presidente da instituição,
além de ser um avanço na pesquisa para a
agricultura, a iniciativa também vai contribuir
no monitoramento do território brasileiro,
além de prevenir desastres naturais.
"No desastre de Brumadinho, a Embrapa teve
um papel importante na compra de imagens
de satélite. Isso vai dar um avanço enorme no
processamento dos nossos dados, para a
gente conhecer nossas áreas de agricultura,
nossos mananciais, nossas reservas hídricas,
monitorar desastres naturais. Mas para a
agricultura, vai ser fundamental", explicou o
presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa.
A informação foi confirmada em um evento de
comemoração dos 30 anos da Embrapa
Territorial. Estavam presentes a ministra da
Agricultura, Tereza Cristina, o ministro do
Meio Ambiente, Ricardo Sales, e o ministro da
Defesa, general Fernando Azevedo e Silva,
além do prefeito de Campinas (SP), Jonas
Donizette (PSB), e outras autoridades.
De acordo com Azevedo e Silva, por se tratar
de um satélite para monitoramento e proteção
de todo o território brasileiro, o equipamento
está diretamente ligado ao Ministério da
Defesa, além das pastas de Agricultura e Meio
Ambiente. O ministros e o presidente da
Embrapa não informaram qual o valor de
investimento projetado, mas o equipamento
deve ter uso exclusivo.
"É um sistema de monitoramento óptico e em
tempo real. A gente já tem um satélite no
sistema de comunicação, agora esse a
imagem é muito boa, a resolução fica muito
boa. É mais um exemplo de integração entre
os ministérios. Estamos trabalhando com três
ministérios e junto com a Embrapa, que é
conhecida no mundo inteiro pela qualidade do
serviço que ela oferece", explicou o ministro.
https://g1.globo.com/sp/campinas-
regiao/noticia/2019/05/30/acordo-na-
embrapa-preve-criacao-de-satelite-de-alta-
definicao-para-defesa-e-protecao-
ambiental.ghtml
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Data: 31/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: G1 Campinas e região
Veículo2: Época Negócios
Veículo3: Portal Terra
Veículo4: UOL Notícias
Veículo5: R7
Data: 30/05/2019
Brasil e EUA lideram retrocessos
ambientais, aponta estudo que abrange
mais de um século
Área de 50 mil metros quadrados foi encontrada
desmatada em Macuco, no RJ — Foto: Divulgação/3ª
UPAm
No mais completo estudo do tipo já realizado,
um grupo de cientistas de diversas
universidades estrangeiras, liderados pela
ONG Conservação Internacional, analisou
todos os atos governamentais que resultaram
em redução de metragem, diminuição de
restrições ou extinções de áreas de proteção
ambiental em todo o mundo de 1892 a 2018.
O resultado do trabalho, que sai na edição
desta sexta-feira (31) da revista científica
"Science", é preocupante: há uma tendência
mundial de retrocessos ambientais, acentuada
nas últimas duas décadas. E tal movimento é
liderado por dois países de proporções
continentais: Estados Unidos e Brasil.
"Antes campeões em conservação global,
Estados Unidos e Brasil estão agora liderando
uma tendência mundial preocupante de
grandes retrocessos na política ambiental,
colocando em risco centenas de áreas
protegidas", resume comunicado divulgado
pela Associação Americana Para o Avanço da
Ciência (AAAS), na sigla em inglês. "As
mudanças regressivas buscam alterar ou
remover legalmente o status de proteção e
diminuir o tamanho das áreas de conservação
natural."
Nos 126 anos analisados, 73 países
promulgaram 3.749 legislações do tipo,
resultando na extinção de 519.857
quilômetros quadrados de áreas protegidas -
uma área maior do que a Espanha - e no
afrouxamento da proteção de outros
1.659.972 quilômetros quadrados - três vezes
o tamanho da França.
Reversão da proteção
De acordo com o biólogo e geocientista Bruno
Coutinho, diretor de gestão do conhecimento
da Conservação Internacional Brasil – e
coautor do estudo –, é importante lembrar
que a existência de áreas protegidas "não
representa a garantia, para sempre, de
proteção legal da biodiversidade e de serviços
ecossistêmicos nelas gerados".
"Dizendo de modo claro e simples: áreas
protegidas não são para sempre", disse à BBC
News Brasil a bióloga e cientista social Rachel
Golden Kroner, responsável pela área de
governança ambiental e impactos da ONG nos
Estados Unidos e principal autora do estudo.
"Elas podem ser e estão sendo revertidas por
meio de afrouxamentos de restrições, limites
de área reduzidas e extinções completas."
"A pesquisa mostrou que alterações na
legislação ambiental dos países estudados
podem comprometer a durabilidade e a
eficácia das áreas protegidas, por
recategorização, por redução de área ou por
extinção completa", afirmou Coutinho à BBC
News Brasil.
Na maioria dos casos (62% do total), o
afrouxamento legislativo está relacionado a
práticas de extração de recursos e
desenvolvimento industrial em grande escala
– aqui incluindo para obras de infraestrutura,
mineração e agricultura de commodities.
A pesquisa sugere a necessidade de uma
discussão estratégica envolvendo os diversos
atores que são impactados e impactam as
Data: 31/05/2019
19
Grupo de Comunicação e Marketing
áreas protegidas e seus entornos,
compreensão dos efeitos e tratamento dos
atos promulgados, bem como a própria
manutenção da efetividade das áreas
protegidas.
O levantamento ainda mostra uma tendência
preocupante: 78% dos atos legislativos do
gênero no mundo foram promulgados do ano
2000 para cá. "As reversões legais para áreas
protegidas parecem estar se acelerando", frisa
Kroner.
"Respostas políticas são necessárias para
salvaguardar os esforços de conservação",
acrescenta ela, destacando que tais processos
devem ser "transparentes, baseados em
evidências, participativos e responsáveis".
Kroner ainda recomenda que credores e
doadores internacionais sempre considerem
essa questão quando estiverem tomando
decisões de financiamentos.
O caso brasileiro
A pedido da reportagem, a Conservação
Internacional destacou os dados brasileiros do
levantamento. No total, foram 85 atos
legislativos promulgados – todos entre 1900 e
2017 –, afetando uma área de 114.856
quilômetros quadrados, o que equivale a
praticamente metade do tamanho do Estado
de São Paulo.
"Destes, 60 ocorreram na Amazônia", pontua
Coutinho. Em número, só a região Amazônia
teve uma perda de pouco mais de 90 mil
quilômetros quadrados de proteção apenas
por culpa de mudanças da legislação
brasileira.
"A maioria desses eventos, 42 deles,
ocorreram após 2010 – grande parte em
função de obras de infraestrutura", acrescenta
o biólogo Coutinho. "A causa mais prevalente
foram decorrentes de autorizações de
barragens de energia elétrica na Amazônia",
enfatiza Kroner.
Conforme dados compilados pela cientista, o
Brasil é responsável por 87% dos retrocessos
em áreas protegidas da Amazônia, em um
levantamento que inclui os outros oito países
amazônicos.
"Estamos assistindo a uma aceleração
desses retrocessos no Brasil", comenta ela.
"Oitenta e quatro por cento das reduções
aprovadas ocorreram desde o ano 2000."
Arara-azul-de-lear é foco de ações de preservação na
caatinga — Foto: Marcelo Brandt/G1
Ministros
A bióloga e ambientalista Izabella Teixeira,
ministra do Meio Ambiente entre 2010 e 2016,
ressaltou que muitas vezes, para equilibrar
interesses de diversas políticas públicas, sua
gestão precisou alterar status de áreas
protegidas - mas que o fez sob compensações
considerando a mesma biodiversidade.
"Muitas vezes isso aconteceu", afirmou à BBC
News Brasil. "Por interesses sociais,
programas que precisavam ser implantados.
Por outro lado, ampliamos ou compensamos a
área, como aconteceu no Parque Nacional dos
Campos Amazônicos." Em 2012, por medida
provisória, a então presidente Dilma Rousseff
alterou o limite de seis unidades de proteção
para a construção de hidrelétricas na
Amazônia.
Teixeira ressalta que, de modo geral, esse tipo
de retrocesso em políticas de proteção pode
ter diversas origens. "Precisaríamos identificar
caso a caso para saber. Mas há natureza
técnica, política e econômica", comenta. "Do
ponto de vista político, isso remete a uma
situação de fragilidade e de não priorização da
política ambiental. É muito comum que
interesses econômicos sejam preponderantes
Data: 31/05/2019
20
Grupo de Comunicação e Marketing
a interesses da biodiversidade, mas isso é só
um contexto: vejo como algo muito grave."
Ministro do Meio Ambiente entre 2008 e 2010
e atualmente deputado estadual, o geógrafo
Carlos Minc avaliou o cenário como
"assustador". "Reflete a força da bancada
ruralista e a cumplicidade de vários governos
estaduais", disse ele, à BBC News Brasil.
"Entendo que as reduções têm sua principal
origem no interesse econômico. Sobretudo da
mineração e da pecuária. Também para obras
e empreendimentos do agronegócio",
enumera. "Ganhou força o grupo político mais
conservador e reacionário que despreza e
desqualifica os ganhos ambientais e prega
abertamente a extinção de leis e parques que
protegem a biodiversidade."
"Em nossa gestão no Ministério do Meio
Ambiente, criamos ou ampliamos 54 mil
quilômetros quadrados de parques e reservas
extrativistas. Cada uma era uma guerra",
argumenta. Ele diz que, na esfera pública, há
um verdadeiro cabo de guerra entre os
ministérios na hora de criar áreas protegidas.
"Eu solicitei um estudo sobre os ganhos
econômicos dos parques e reservas para o
turismo, o extrativismo, a água e o clima. Mas
os demais ministérios geralmente não
consideram o ganho ambiental, social, de
biodiversidade e até de água para a
agricultura."
Confrontado com os dados, o jurista,
historiador e diplomata Rubens Ricupero,
ministro do Meio Ambiente entre 1993 e 1994,
afirmou à BBC News Brasil que "não chega a
surpreender que tenha havido redução
significativa das áreas protegidas". "Atribuo a
tendência à pressão constante de interesses
econômicos - madeireiros, de mineração,
agropecuários, grileiros de terras públicas - e,
em menor grau, à pressão social de
trabalhadores sem-terra", avalia ele.
"Manter as áreas protegidas nunca foi fácil
em razão da enorme desigualdade existente
entre os recursos de fiscalização e o poder de
grupos econômicos regionais", acrescenta
Ricupero.
A BBC News Brasil questionou o atual ministro
do Meio Ambiente, o advogado Ricardo Salles,
sobre quais medidas ele julga pertinente
serem adotadas frente aos dados
apresentados pelo estudo. Até a publicação
desta reportagem, entretanto, ele não havia
respondido.
Futuro
Ricupero teme que a tendência de retrocessos
ambientais que o Brasil vem atravessando siga
de forma ainda mais crítica. "O atual governo
vem contribuindo para agravar o quadro pela
posição pessoal e o exemplo altamente
negativo do próprio presidente da República",
diz.
"O sistemático desmantelamento do sistema
já precário do Ibama e do ICMBio estimula
maiores violações dos espaços ainda
protegidos e desencoraja a ação dos fiscais.
Isso sem mencionar os numerosos projetos
em tramitação no Congresso, que terão
certamente impacto igualmente destruidor."
O levantamento da Conservação Internacional
demonstra que é preciso ficar atento às
propostas em tramitação. "O estudo encontrou
60 eventos propostos, sendo metade deles na
Amazônia", pontuou Coutinho. No total,
afetariam outros 200 mil quilômetros
quadrados de bioma - uma área do tamanho
do Paraná.
"A tendência é só piorar, dada a posição do
presidente e do atual ministro, e à maior força
da bancada ruralista", acredita Minc. "A maior
ameaça à biodiversidade é o projeto de lei que
acabaria com a reserva legal, que pode
ocasionar o maior desmatamento do planeta,
da ordem de 1,3 milhão de quilômetros
quadrados." A área corresponde a dez vezes o
tamanho da Inglaterra.
"Outros projetos de lei negam ao governo a
iniciativa de criar parques ou demarcar terras
indígenas. Há ainda os que liberam a caça, a
lei do abate, até para espécies ameaçadas -
que, segundo os autores, estariam
'ameaçando os rebanhos nas fazendas'",
analisa o ex-ministro e agora deputado. "Os
projetos que esvaziam o licenciamento
Data: 31/05/2019
21
Grupo de Comunicação e Marketing
ambiental representam outra grave ameaça
aos rios e florestas e à saúde da população."
O biólogo Coutinho afirma que "reversões na
regulamentação devem ser amplamente
discutidas". "Estamos sempre dispostos a
estabelecer diálogos para o desenvolvimento
sustentável com base em dados e boa
informação científica", ressalta ele.
"O que os dados mostram é que a proteção do
capital natural – entendido aqui como a
biodiversidade e os serviços ecossistêmicos –
pode ser grande aliada do desenvolvimento
econômico e social, respeitando-se direitos e
interesses de diversos setores da sociedade
uma vez que todos são beneficiários dos
serviços ecossistêmicos", defende. "A
velocidade em que a biodiversidade vem
sendo perdida pode comprometer a
funcionalidade do sistema e
consequentemente a humanidade no planeta."
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
5/30/brasil-e-eua-lideram-retrocessos-
ambientais-aponta-estudo-que-abrange-mais-
de-um-seculo.ghtml
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24398721&e=577
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Data: 31/05/2019
22
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Campinas e região
Data: 30/05/2019
TCU atende a pedido de procurador e
decide investigar política ambiental do
governo
O Tribunal de Contas da União (TCU) informou
nesta quinta-feira (20) ter aberto um processo
para investigar a política ambiental do
governo.
Ao tomar a decisão, o TCU atendeu a um
pedido do subprocurador-geral do Ministério
Público que atua no tribunal, Lucas Furtado.
Conforme Furtado, é preciso apurar se a
gestão da política ambiental do país tem
comprometido a fiscalização e a prevenção do
desmatamento ilegal.
O G1 tentava contato com a assessoria do
Ministério do Meio Ambiente até a última
atualização desta reportagem.
Ao enviar o pedido de investigação ao TCU,
Lucas Furtado também solicitou a verificação
sobre a procedência das afirmações do
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de
que o governo encontrou indícios de
irregularidades e de inconsistências em
contratos do Fundo Amazônia.
Criado em 2008 para receber doações
destinadas a ações de conservação e combate
ao desmatamento na floresta, o fundo é
financiado principalmente pela Noruega e
Alemanha. Recentemente, o governo passou a
avaliar o uso dos recursos para indenizar
desapropriações de terra.
Segundo o procurador, as afirmações do
ministro podem comprometer o aporte dos
recursos de doações, "com possível prejuízo
no ingresso de valores destinados à proteção"
da floresta amazônica.
Decisão do governo de mudar o Conama provocou várias críticas
Conselho do Meio Ambiente
Gerou repercussão entre entidades e no
Congresso Nacional a decisão do governo de
diminuir a participação social no Conselho
Nacional do Meio Ambiente.
O conselho é o principal órgão consultivo do
ministério e é responsável por estabelecer
critérios para licenciamento ambiental e
normas para o controle e a manutenção da
qualidade do meio ambiente.
De acordo com o governo, as mudanças
representam "grandes avanços para o
funcionamento do colegiado", e o processo
decisório do Conama será "mais objetivo e
com foco na eficiência e qualidade das
decisões" sobre políticas públicas.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/05/
30/tcu-atende-a-pedido-de-procurador-e-
decide-investigar-politica-ambiental-do-
brasil.ghtml
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Data: 31/05/2019
23
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Campinas e região/EPTV
Data: 30/05/2019
'Conama tem discussões que se arrastam
por anos', diz ministro do Meio Ambiente
Ricardo Salles defendeu redução de
participação da sociedade civil no órgão de 96
para 22. Ministro esteve em comemoração de
aniversário da Embrapa em Campinas.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
afirmou, nesta quinta-feira (30), que a
redução na composição do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama) vai aumentar o
foco e a agilidade do órgão. De acordo com o
titular da pasta, as alterações foram feitas
para aprimorar os trabalhos das equipes que
compõem a instituição. A declaração foi dada
durante um evento de comemoração aos 30
anos da Embrapa, em Campinas (SP).
"Há discussões no Conama que se arrastam
por anos, portanto é importante ter uma
melhoria e, aliás, nós fizemos uma consulta a
todos aqueles que participam do órgão e foi no
sentido unânime de que era necessário
aprimorar. Claro que cada um tem a sua
concepção de como aprimorar e nós
procuramos fazer isso da melhor forma
possível", afirmou o ministro.
Na quarta-feira (23), um decreto publicado no
Diário Oficial reduziu e alterou a participação
da sociedade civil no Conama. O conselho é o
principal órgão consultivo do Ministério do
Meio Ambiente (MMA) e é responsável por
estabelecer critérios para licenciamento
ambiental e normas para o controle e a
manutenção da qualidade do meio ambiente.
O colegiado, que contava com 96 conselheiros,
entre membros de entidades públicas e de
ONGs, agora terá 23 membros titulares,
incluindo seu presidente, o ministro Ricardo
Salles. Segundo ele, a mudança manteve a
proporção dos segmentos e a diminuição não
fará o órgão perder força, representatividade e
influência.
"A redução do Conama manteve a proporção
de todos os segmentos que já compunham o
órgão e o objetivo foi justamente dar maior
eficiência, maior tangibilidade para decisões,
fazer com que haja uma celeridade do
processo e melhorar a qualidade também do
processo decisório das normas que são
tratadas no âmbito do Conama. O conselho
não perde a influência, ele ganha maior
efetividade", disse Salles.
A sociedade civil contava com 22 assentos no
Conama. Agora, são apenas 4. Assim, a
participação das ONGs caiu de 22% do
conselho para 18% do total. Esses assentos
passam a ser distribuídos por sorteio entre as
entidades interessadas. Antes, uma eleição
definia esses integrantes. O mandato dos
representantes civis, que era de dois anos,
passa a ser de apenas um.
O setor privado também perdeu
representatividade no conselho. Agora, há
apenas dois representantes, indicados em
conjunto pelas principais confederações
nacionais do setor privado: Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Confederação
Nacional do Comércio (CNC), Confederação
Nacional de Serviços (CNS), Confederação
Nacional da Agricultura (CNA) e a
Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Já a presença do Governo Federal aumentou:
agora são 9 cadeiras para os representantes
do governo, o que representa 41% do total de
integrantes, contra 29% anteriormente.
Alguns órgãos governamentais perderam
representação no Conama, entre eles a
Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos
Deputados, o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a
Agência Nacional de Águas (ANA). Os
ministérios públicos federal (MPF) e estaduais
também foram excluídos do Conama.
https://g1.globo.com/sp/campinas-
regiao/noticia/2019/05/30/conama-tem-
discussoes-que-se-arrastam-por-anos-diz-
ministro-do-meio-ambiente.ghtml
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Data: 31/05/2019
24
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal de Butantã
Data: 31/05/2019
Subprefeitura quer acabar com pontos
viciados de lixo na região
No último sábado dia 25, funcionários da
Subprefeitura do Butantã estiveram em uma
reunião com a comunidade e seus líderes, na
UBS da São Remo, para apresentar o plano de
controle dos resíduos sólidos e revitalização da
área degradada, que já foi implantado nas
comunidades de Uirapuru, Arpoador, Vila
Operária, Piemontese e Jardim Panorama,
sempre apresentando efeitos positivos para a
população. A reunião teve como intuito
discutir o problema do lixo, pois existe no
bairro pontos viciados, que têm gerado uma
série de complicações para os moradores
como foco de vetores de doenças, restrições
de uso das calçadas e odores desconfortáveis.
O primeiro passo do plano de recuperação
destes pontos viciados de lixo é fazer a
limpeza da área e implantar um sistema de
Ecoponto móvel para recolher lixos inservíveis,
inertes e volumosos. O tema esteve presente
na São Remo no dia 30 e estará também no
sábado (1/6), criando uma cultura nos
moradores da região que estes são os dias
para descartarem os resíduos citados.
Para criar essa cultura, a Subprefeitura conta
com o apoio da comunidade e de seus líderes
para divulgar a mensagem, conscientizando a
população dos dias corretos para
recolhimento, dos tipos que podem ser
recolhidos pelo o Ecoponto, e em que local se
encontrará a unidade móvel. Além disso a
terceirizada da prefeitura fará o serviço de
conscientização ambiental na comunidade.
No terreno cedido pela USP para o CDHU,
existe hoje acumulo de resíduos, e essa
situação vai acabar, já que a Subprefeitura vai
iniciar a remoção dos resíduos do local. Além
de tudo isso, ainda será feita a remoção de
todos os veículos abandonados. Para o
desfecho dessa luta, será organizada uma
caminhada pela conscientização, com a
participação da população, Subprefeitura do
Butantã e órgãos da saúde, sobre os
problemas gerados pelo lixo. O poder público
espera que, assim como em outros bairros, o
plano de controle dos resíduos sólidos e
recuperação da área degradada seja eficaz ,
obtendo êxito, solucionando os problemas do
lixo na região.
Praça Elis Regina tem serviços de zeladoria
A praça que tem o nome em homenagem a
uma importante cantora brasileira, Elis Regina,
recebeu serviço de áreas ajardinadas,
havendo a poda de vegetação pela
Subprefeitura do Butantã. A equipe que esteve
no local tomou os cuidados necessários,
prestando um cuidadoso serviço de zeladoria,
para manter o pleno funcionamento e bem
estar do local para os moradores usufruírem
dos benefícios que a praça proporciona.
Localizada próxima à região da Rodovia
Raposo Tavares, o espaço é frequentemente
palco de eventos culturais, onde recebe
festivais de dança, feira gastronômica, roda de
samba, entre outros entretenimentos,
garantindo lazer aos visitantes.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24424820&e=577
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Data: 31/05/2019
25
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Jornal Nacional
Data: 30/05/2019
Participação da sociedade civil em
Conselho de Meio Ambiente fica menor
Decisão do governo de mudar regras de
participação no conama provocou críticas.
Representantes da sociedade civil, que tinham
22 assentos no conselho, passam a ter 4.
A decisão do governo de mudar o formato e as
regras de participação no Conselho Nacional
do Meio Ambiente provocou críticas. A
participação da sociedade civil no Conselho vai
ficar menor. O ministro Ricardo Salles afirma
que as mudanças vão garantir mais rapidez na
formulação de políticas públicas.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente, o
Conama, é o principal órgão colegiado do
Ministério do Meio Ambiente. É responsável
por estabelecer os critérios para
licenciamentos ambientais, além de normas e
controles, como definir, por exemplo, que tipo
de motor de carro pode ser usado no país.
O Conama sempre teve uma composição
ampla com representantes dos Governos
Federal, estaduais, municipais, empresários,
organizações da sociedade civil, indígenas,
trabalhadores. Segundo o ministério, eram 96
conselheiros.
O decreto publicado pelo governo reduziu e
alterou a composição do Conama. Agora,
segundo o ministério, o Conselho terá apenas
23 membros titulares, contando o ministro do
Meio Ambiente Ricardo Salles, que é o
presidente.
Representantes da sociedade civil e entidades
trabalhistas, que tinham 22 assentos no
Conama, passam a ter quatro. O decreto
também acabou com a eleição desses
integrantes. Os assentos serão distribuídos
entre as entidades interessadas por sorteio. E
o mandato, que era de dois anos, passa a ser
de apenas um.
O setor privado, que tinha oito cadeiras, passa
a ter apenas dois representantes, indicados
em conjunto por entidades empresariais, como
a Confederação Nacional do Transporte ou da
Indústria. O Governo Federal, que tinha
representantes de todos os ministérios, passa
a ter dez representantes. Os ministérios da
Saúde e Justiça, por exemplo, ficam de fora
do Conselho.
Na nova composição, os governos estaduais,
que estavam todos representados, agora têm
cinco cadeiras, uma para cada região. Os
municípios, dois representantes. E não há
lugar para comunidades indígenas.
Outra cadeira que foi extinta é a do
representante da Comissão de Meio Ambiente
da Câmara, que ia como convidado. O
presidente da Comissão disse que as
mudanças foram feitas sem nenhum diálogo. E
apresentou um projeto de decreto legislativo
para anular as mudanças no Conama.
'É hoje o órgão mais importante da questão
ambiental do país, porque é nele que as
políticas públicas são construídas, é nele que a
gente consegue dizer os rumos para resolver
problemas relacionados à questão ambiental
na cidades, nas florestas, o desmatamento.
Então, todas essas questões são debatidas
dentro desse conselho', afirmou o deputado
Rodrigo Agostinho (PSB-SP), presidente da
Comissão de Meio Ambiente da Câmara.
Outros representantes retirados do Conama
também criticaram.
'O decreto surge de repente, de forma
autoritária, e ainda restringindo, eliminando, a
participação de segmentos importantes da
sociedade civil, como, por exemplo, das
populações indígenas e também da própria
academia, da própria ciência', disse Carlos
Bocuhy, do Instituto Brasileiro de Proteção
Ambiental.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente disse
que, a partir de agora, o processo decisório
será mais objetivo e com foco na eficiência e
qualidade das decisões acerca das políticas
públicas na área de meio ambiente. O ministro
disse que, com a mudança, o Conselho vai
ganhar agilidade.
'A redução do Conama manteve proporção de
todos os segmentos que já compunham o
órgão. O conselho não perde influência, ele
ganha maior efetividade. Tem, portanto, mais
condições de tomar decisões de maneira mais
rápida, com mais qualidade e dar uma
resposta à sociedade sobre todos os temas
que são necessárias para a preservação do
meio ambiente', afirmou Ricardo Salles,
ministro do Meio Ambiente.
Data: 31/05/2019
26
Grupo de Comunicação e Marketing
Há também declarações de outros integrantes
do governo, como a mais recente afirmação
do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
sobre a estação ecológica de Tamoios, na
bacia de Angra dos Reis.
'A região de Angra pode ser transformada em
uma destinação turística melhor do que
Cancún. Cancún recebe, se não me falha a
memória, só Cancún, seis ou sete milhões de
turistas por ano. A área de Angra, aqueles que
conhecem sabem, é muito mais bonita que
Cancún. Portanto, o Brasil tem um diamante
bruto que está ali e que vai precisar ser
lapidado', disse.
O presidente Jair Bolsonaro já declarou que
pretende revogar o decreto sobre a estação
ecológica, mas juristas alertam que esse tipo
de mudança não poderia ser feita via decreto,
teria que passar pelo Congresso Nacional.
Outra polêmica veio do Congresso. A câmara
aprovou, nesta quarta (29), uma medida
provisória que dá mais prazo para produtores
rurais aderirem ao programa de regularização
ambiental, e muda pontos do código florestal,
ampliando a possibilidade de os proprietários
de terra não terem de recuperar áreas
desmatadas. Mas a medida não será aprovada
no Senado e vai perder a validade na próxima
segunda-feira (3). O presidente do Senado,
David Alcolumbre, disse que não vai pôr o
texto em votação e que a decisão foi tomada
numa reunião de líderes políticos. O governo
avalia agora se vai fazer uma nova medida
provisória ou um projeto de lei sobre o
assunto.
'Nós vamos atender o clamor dos senadores.
Os senadores estão certos. Querem mais
tempo para deliberar sobre a matéria. E para
construir um acordo, você precisa ceder de
todos os lados', afirmou.
A especialista Adriana Ramos, do Instituto
Socioambiental disse que o governo até agora
não deixou claro qual a sua política para o
meio ambiente.
'Então, nos parece um pouco irresponsável
que o Brasil, que é esse país com esse
patrimônio ambiental tão importante, que
construiu essa referência internacional nas
suas legislações, nos seus programas, hoje
tem um ministério que se esforça em
desconstruir o que existe, sem ter nenhuma
proposta do que colocar no lugar', disse.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24421025&e=577
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Data: 31/05/2019
27
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Zero Hora online
Data: 30/05/2019
Planalto tenta acordo para votar MP do
Código Florestal
Folhapress
BRASÍLIA, DF(FOLHAPRESS) - O ministro da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-
feira (30) que o governo Jair Bolsonaro (PSL)
ainda tenta convencer o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a recuar
de sua decisão e votar a medida provisória
que flexibiliza partes do Código Florestal. A MP
caduca na segunda-feira (3).
"Vou dialogar com o presidente Davi e ver se a
gente encontra. Nós temos até a meia noite
da segunda-feira para tentar fazer o Senado
aprovar", disse Onyx ao chegar à convenção
de seu partido, o DEM, minutos antes da
chegada do presidente do Senado.
Davi Alcolumbre tinha uma conversa com Jair
Bolsonaro agendada e esse seria um dos
assuntos tratados. De manhã, o presidente do
Senado falou que não havia chance de mudar
de ideia e votar a MP.
"É decisão já, decisão do Parlamento. Não
vamos votar", afirmou Davi.
A medida provisória foi editada pelo governo
do presidente Michel Temer, mas o texto
aprovado pela Câmara nesta quarta-feira (29)
conta com a simpatia da atual administração
do Planalto.
"A linha adotada pela Câmara é uma linha com
a qual o governo tem identidade. Queremos
que o produtor brasileiro possa produzir. O
Brasil precisa disso, precisamos crescer",
afirmou o ministro.
Onyx defendeu a proteção ambiental que
atualmente é realizada no Brasil.
"Não há nenhum país no mundo que proteja
mais o meio ambiente que o Brasil.
Principalmente os europeus. Não protegem o
meio ambiente como protege o Brasil. Ao
contrário, muitas vezes, a questão do meio
ambiente é usada para travar o crescimento
brasileiro", disse Onyx.
Em votação capitaneada pela bancada
ruralista, a Câmara aprovou por 243 a 19
votos a MP que, na prática, amplia o período
no qual o desmatamento não precisa ser
compensado ou regenerado.
A bancada ruralista conseguiu manter no texto
os jabutis (jargão para artigos estranhos ao
tema original) mais polêmicos. Entre elas está
uma mudança no artigo 68 do código, que
estabelece um novo marco temporal para
exigir a restauração de área desmatada em
diferentes biomas.
Pelo Código Florestal de 2012, vigente hoje,
estavam desobrigados de promover a
recomposição da mata os proprietários que
tivessem desmatado antes de 1965, quando
uma lei estabeleceu percentuais de 50% de
preservação da Amazônia e 20% para as
demais vegetações do país.
Os ruralistas esticaram o prazo da
desobrigação tomando como base os anos em
que os biomas passaram a ser explicitamente
citados na lei. No cerrado, o início da proteção
será considerado como 1989. Já no caso dos
pampas e do Pantanal, em 2000.
A MP também prorroga indefinidamente o
prazo de adesão de produtores ao Programa
de Regularização Ambiental, um programa de
ações de recuperação ambiental obrigatório
instituído no Código Florestal, e estabelece
que o proprietário deve aderir ao PRA apenas
se este for notificado pelo órgão responsável.
Durante a votação, deputados se envolveram
em confusão que terminou com empurrões. O
bate-boca no plenário começou com os
deputados Julian Lemos (PSL-PB) e Edmilson
Rodrigues (PSOL-PA). Após um encontrão, os
parlamentares discutiriam e foram separados
por colegas.
Em seguida, o deputado Expedito Netto (PSD-
RO) se uniu à briga e Lemos o empurrou com
a cabeça. Novamente foram separados por
outros parlamentares que votavam
requerimento de retirada de pauta da MP 867.
A deputada Geovânia de Sá (PSDB-SC), que
presidia a sessão, tentou acalmar os ânimos.
A confusão durou cerca de cinco minutos, e a
votação da medida prosseguiu.
Data: 31/05/2019
28
Grupo de Comunicação e Marketing
Líder do governo no Congresso, Joice
Hasselmann (PSL-SP), disse que o governo
estuda reeditar a MP 867.
"Como é uma medida da gestão passada a
gente ainda pode reeditar essa medida
provisória. Tem salvação. Ainda não está
perdido", disse.
Onyx Lorenzoni disse também nesta quinta
que ainda está em estudo a alteração do
status da Estação Ecológica (Esec) de
Tamoios, em Angra dos Reis (RJ).
Na quarta-feira, Bolsonaro repetiu sua
intenção de editar um decreto para promover
esta alteração. Foi lá que o presidente da
República sofreu uma multa por pesca,
posteriormente anulada.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=24416072&e=577
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Data: 31/05/2019
29
Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO PAINEL: Nota do MEC é 'declaração de
guerra' a estudantes, avaliam políticos; PGR
vê violações à lei
Gênio indomável A nota em que o Ministério da
Educação desautorizou pais, alunos e professores
a estimularem e divulgarem protestos contra sua
política foi vista como uma declaração de guerra
ao setor por políticos experientes que, até a
publicação do texto, apostavam no arrefecimento
dos atos. Chamada de “tresloucada” e
“autoritária”, a medida será questionada e
chamou a atenção da PGR. Para Luciano Mariz
Maia, vice-procurador-geral da República, ela
pode violar o ECA e outros dispositivos legais.
Meça as palavras Orlando Silva (PC do B-SP)
disse que irá representar contra o ministro
Abraham Weintraub (Educação) por abuso de
poder, improbidade administrativa e crime de
responsabilidade.
A letra da lei Informado sobre o teor da nota,
Luciano Mariz Maia disse que o texto permite
“extrair o entendimento de que o MEC adota
como verdadeira a premissa de que as
manifestações são político-partidárias”. A
conclusão do documento, diz, afronta a
Constituição.
A letra da Lei 2 O vice-procurador-geral diz
ainda que o texto do MEC viola o artigo 16 do
Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata
das garantias inerentes ao direito de liberdade.
Pecado original A nota do ministro chocou
movimentos ligados à educação. A avaliação é a
de que, embora pregue ser liberal, o governo Jair
Bolsonaro indica que acha que cabe ao Estado
interferir na relação entre pais e filhos.
Explique-se O deputado Idilvan Alencar (PDT-
CE), membro da Comissão de Educação, vai levar
o caso ao colegiado na próxima semana.
Explique-se 2 “Abrir canal para aluno denunciar
professores significa que ele começou o Escola
Sem Partido. Fiquei assustado, não entendi a
abordagem e quero saber se é legal”, diz Alencar.
Todos contra um Na próxima semana, ex-
ministros da Educação debatem políticas para a
área na USP. Foram chamados José Goldemberg
(governo Collor), Murílio Hingel (Itamar Franco),
Cristovam Buarque (Lula), Fernando Haddad
(Lula) e Aloizio Mercadante (Dilma). Há previsão
de que, ao final, formulem carta em defesa do
ensino público.
Voltei O ex-deputado Benito Gama (PTB), que
não se reelegeu em 2018, agora trabalha para o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-
AP).
Muito Ajuda… O secretário especial da
Previdência, Rogério Marinho, não gostou da
divulgação das simulações de custo do regime de
capitalização. Ele foi flagrado reclamando com
Leonardo Rolim, o técnico de sua equipe que
disse que a cifra seria de R$ 985 bi em 20 anos,
no canto do plenário da Câmara.
…Quem não atrapalha Quem ouviu a conversa
diz que Marinho, em tom grave, afirmou ao
colega que a tal conta era “especulação”. Há
forte resistência na Câmara à capitalização.
Tanto que integrantes da equipe econômica que
não tratam da Previdência já defendem
internamente deixar a ideia de lado.
Até tu, Brutus Cinco deputados do PSL, incluindo
o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE),
assinaram o projeto alternativo do PL (ex-PR)
para a reforma da Previdência. O texto é um
substitutivo ao de Paulo Guedes (economia).
Empurra O deputado Capitão Augusto (PR-SP)
manteve em seu relatório sobre o pacote
anticrime de Sergio Moro (Justiça) a previsão de
redução ou mesmo ausência de pena para
policiais e agentes de segurança que reagirem
com excesso caso este decorra de “escusável
medo, surpresa ou violenta emoção”.
Nem tanto O parecer será levado ao grupo de
trabalho que analisa o pacote anticrime —e o
colegiado tende a recusar o excludente de
ilicitude.
Meu caro amigo O ex-presidente Lula segue
contatando líderes de partidos de esquerda de
olho nas eleições municipais. Pediu que Flávio
Dino (PC do B), governador do Maranhão, fosse
visitá-lo na carceragem em Curitiba. Os dois se
veem na próxima semana.
Visita à Folha Priscila Cruz, presidente-executiva
do Todos pela Educação, visitou a Folha nesta
quinta-feira (30). Estava acompanhada de
Bárbara Benatti, gerente de comunicação.
TIROTEIO
Data: 31/05/2019
30
Grupo de Comunicação e Marketing
O PIB do primeiro trimestre é a antessala do
inferno. Sem reforma da Previdência, vamos
direto para a sala
Do economista Paulo Tafner, sobre o recuo de
0,2% do Produto Interno Bruto e o sinal de que o
país voltou a flertar com a recessão
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/05/31/
nota-do-mec-e-declaracao-de-guerra-a-
estudantes-avaliam-politicos-pgr-ve-violacoes-a-
lei/
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Data: 31/05/2019
31
Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Retirada da
descriminalização do porte de drogas da
pauta do STF não foi consenso
Marlene Bergamo/Folhapress/
A retirada da descriminalização do porte de
drogas da pauta de junho do STF (Supremo
Tribunal Federal) não foi consensual entre
ministros da corte.
PARTIDA
A possibilidade passou a ser estudada pelo
presidente do tribunal, Dias Toffoli, depois que
um projeto de lei aprovado no Senado há duas
semanas estabeleceu uma nova política de
drogas no país.
CHEGADA
Ministros dizem que a proposta do Senado não
supera o tema que está em debate no STF: a
inconstitucionalidade do artigo que prevê que o
porte de drogas é crime.
IGUAL
A nova regra mantém o artigo que criminaliza a
posse das substâncias. A discussão, portanto,
continuaria válida.
TUDO DIFERENTE
As entidades que patrocinam a causa já se
mobilizam para tentar reverter o adiamento. “O
Congresso faz as leis. O STF faz o controle
constitucional delas”, diz o advogado Cristiano
Marona, do IBCCrim (Instituto Brasileiro de
Ciências Criminais).
PALMAS
Caetano Veloso conversou com Davi Alcolumbre
(DEM-AP) na quarta (29). O cantor apoiou a
decisão do presidente do senado de barrar a MP
(Medida Provisória) que alterava o Código
Florestal.
FOGO BAIXO
O contato foi mediado pelo senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP). “As florestas foram salvas
de um incêndio”, diz o parlamentar.
BREQUE
A assessoria de Jair Bolsonaro tentou demovê-lo
da ideia de ir à Câmara dos Deputados participar
de homenagem ao humorista Carlos Alberto
Nóbrega, na quarta (29).
TAMBÉM QUERO
Com a agenda lotada, o presidente se
entusiasmou com a ideia quando o ministro Onyx
Lorenzoni, da Casa Civil, afirmou, no meio de
uma reunião, que precisava sair para prestigiar
Nóbrega.
SOU FÃ
“Eu também quero ir. Sou fã dele”, reagiu
Bolsonaro. A equipe lembrou os diversos
compromissos que o presidente ainda tinha, pela
manhã. Ele concordou, amuado.
PONTO FINAL
Pouco depois, decidiu que iria. Não dá, insistiu
um assessor. “Dá, sim. É missão”, disse
Bolsonaro, de acordo com relatos. E partiu a pé
para o Congresso.
MÚSICA NO TERRAÇO
O artista visual e escritor Antonio Sobral
(sentado no chão) e o músico e produtor Antonio
Farinaci formam o duo Los Pajaritos, que lança o
seu primeiro disco, homônimo, em show nesta
sexta (31), no Blue Note São Paulo
JINGLE
O Ministério da Educação divulgou mensagem em
rede social que imita um anúncio do McDonald’s.
JINGLE 2
A publicação usa a imagem de um hambúrguer e
seus ingredientes para promover o programa
“Hora do Enem”, que prepara alunos para o
exame: “Dois conteúdos, alface, matéria
especial, cebola, picles e um pão com dicas para
o exame. Aprovação no Enem!”.
DISLIKE
Com mais de 2 mil interações, o post gerou
repostas negativas da maioria dos internautas.
“Órgão público utilizando de meio de
comunicação para fazer merchandising para
empresa multinacional pode, produção?”, disse
um.
PÚBLICO ALVO
Data: 31/05/2019
32
Grupo de Comunicação e Marketing
O ministério diz que o post tem “teor
estritamente informativo” e faz link com o
público jovem. Afirma ainda que a ação “somente
faz referência a uma data comemorativa, que é o
dia do hambúrguer”.
ACELERA
Os deputados do Novo apresentaram um projeto
para regulamentar o uso de patinetes no país.
Entre outras medidas, estão previstas
velocidades máximas de 6km/h em calçadas e 20
km/h em ciclofaixas e ciclovias.
PORTA FECHADA
O projeto, assinado pelo deputado federal
Vinicius Poit (Novo-SP), não obriga o uso de
capacete —mas diz que, se ele não for utilizado,
a pessoa não poderá ser atendida pelo SUS em
caso de acidente.
PALCO
Gilberto Gil vai apresentar o show “Ok Ok Ok” em
SP no dia 22 de junho no Tom Brasil. Em
seguida, viaja ao Chile para ver o eclipse no
deserto do Atacama. De lá, parte para uma turnê
por 20 cidades da Europa.
DESENCONTROS
As equipes de Barack Obama e Pelé tentavam há
dez anos marcar um encontro entre os dois.
Na primeira tentativa, em 2009, eles estavam na
mesma cidade, nos EUA. Mas não foi possível
conciliar as agendas. Em 2014 ocorreu o mesmo.
BATE-PAPO
Na conversa na quarta-feira (29), os dois
rememoraram encontros que tiveram com Nelson
Mandela. Barack Obama disse ainda que o ex-
jogador brasileiro é um exemplo de
afrodescendente que chegou ao topo. Pelé
respondeu que o ex-presidente americano é
igualmente um símbolo.
GARFO E FACA
O embaixador da China no Brasil, Yang
Wanming, foi homenageado em jantar promovido
pelo advogado Walfrido Warde em SP, na quarta
(29). O cantor Caetano Veloso, o ex-governador
Fernando Pimentel, o líder do MTST, Guilherme
Boulos, o advogado Marco Aurélio Carvalho e o
ex-secretário da Fazenda de SP Andrea Calabi
compareceram.
CURTO-CIRCUITO
O ministro do STF Alexandre de Moraes vai falar
sobre “Desafios do STF e do Judiciário”. Na sexta
(31), às 12h15 no hotel Intercontinental.
A peça “Brasileirinho” estreia na sexta (31). Às
20h30, no teatro do Indac.
O Grupo ACG lançou o concurso Arte dentro da
Cápsula. As inscrições vão até o dia 30 de junho.
com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria
Azevedo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/05/retirada-da-descriminalizacao-
do-porte-de-drogas-da-pauta-do-stf-nao-foi-
consenso.shtml
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Data: 31/05/2019
33
Grupo de Comunicação e Marketing
João Doria: O novo PSDB e o Brasil
João Doria
Perto de completar 31 anos de vida, o PSDB
elegerá nesta sexta-feira (31) uma nova direção
nacional. A maior missão é promover a
identidade de um partido comprometido com a
democracia e o desenvolvimento. O novo PSDB
defenderá a economia de mercado, o combate às
desigualdades, a criação de oportunidades e a
ética pública, com gestão inovadora e
desburocratizante.
Uma nova legenda tucana, renovada por jovens,
negros e mulheres, que promova o respeito, o
diálogo e a tolerância entre os brasileiros. Um
partido em que cidadãs e cidadãos, de todas as
idades, gêneros, etnias, origens, credos e
orientações sexuais sejam motivo do nosso
trabalho e o centro de nossas atenções. Mas
também um partido que tem projeto econômico
democrático, capaz de abrir um novo ciclo de
desenvolvimento, gerando empregos e
integrando o Brasil ao mundo.
A eleição da nova direção nacional do PSDB é o
símbolo mais visível de um processo de
restruturação iniciado nas duas últimas eleições,
que promoveu renovações nos comandos
municipais e estaduais do partido. Em 2018, o
PSDB teve um acréscimo de 60% da
representação feminina nas assembleias
legislativas e no Congresso Nacional.
Desde as manifestações de rua de junho de
2013, a sociedade brasileira ambiciona essa
renovação partidária. O povo quer mais
participação, e o PSDB está aberto a todos. O
recado das ruas é claro. Ou os políticos renovam
os partidos, ou o eleitor muda os políticos. É por
isso que, a partir de agora, nossos compromissos
maiores estarão em linha com essa vontade
nacional.
Diante do fracasso moral e econômico dos
governos do PT, o PSDB se propõe a ser um
partido de centro, com propostas de economia
liberal, defendendo o estado menor, mais
eficiente, transparente e desestatizante.
O PSDB enfrentou e venceu muitos desafios.
Com Fernando Henrique Cardoso liquidou a
hiperinflação no Plano Real. Criou e implantou a
Lei de Responsabilidade Fiscal para que a
sociedade não pague pelos erros e excessos dos
governantes. Consolidou a estabilidade
econômica com o câmbio flutuante e a política de
metas para a inflação. Universalizou o ensino
fundamental e ampliou o ensino médio, além de
combater o trabalho infantil para que cada
criança tivesse a oportunidade de crescer na
vida, com respeito e autonomia. Implantou ainda
o Bolsa Escola, o primeiro programa social
verdadeiramente transformador no Brasil.
Faz parte do nosso DNA desenvolver soluções
duradouras para problemas que pareciam
perpétuos. Foi assim com o primeiro programa
de privatizações da história recente, o fim do
monopólio estatal das telecomunicações. Graças
à privatização, todos os brasileiros têm acesso a
melhores serviços de telecomunicações e
milhares de novos empregos.
Há 21 anos, quando tudo era estatal, o Brasil
tinha apenas 4,6 milhões de celulares e 17
milhões de linhas fixas (havia filas de até dois
anos por uma linha móvel, e um telefone fixo
custava pelo menos R$ 12 mil no mercado
paralelo). Hoje são mais de 230 milhões de
celulares ativos, e cada brasileiro pode ter o seu
para desenvolver o próprio negócio e estar em
permanente sintonia com o mundo. E são mais
de 40 milhões de linhas fixas.
O PSDB foi pioneiro na implantação de
programas sociais e também na reforma do
Estado, que hoje se faz imprescindível. Como já
previa o presidente Fernando Henrique Cardoso,
responsável por esse pioneirismo, o Brasil precisa
"radicalizar a democracia, democratizar o
mercado, aumentar a competição e promover a
mais ampla oportunidade para todos os
brasileiros".
Lamentavelmente, novos problemas foram
criados pelos erros do PT e pela inépcia gerencial
e incapacidade de ter feito o que era certo para o
Brasil. Os governos do PT foram um desastre. No
governo Lula, nunca se roubou tanto dos cofres
públicos. No período Dilma, o Brasil afundou de
vez. E ainda colocou 14 milhões de brasileiros no
desemprego.
Nessa nova fase, o PSDB será um intransigente
defensor da democracia, do diálogo com a
sociedade, do respeito aos Poderes da República.
Seremos enfáticos na defesa de um Estado que
ceda espaço e incentive milhões de
empreendedores do Brasil. Queremos políticas de
desestatização que ajudem a criar oportunidades
de emprego e renda, reduzindo o volume de
impostos cobrados da sociedade. Trabalhamos
Data: 31/05/2019
34
Grupo de Comunicação e Marketing
pela eficiência dos governos para que cuidem do
que é essencial para as pessoas: segurança
pública, saúde, educação e habitação popular.
O novo PSDB que começa a trabalhar a partir de
agora fará a democracia andar em parceria com
a economia de mercado e com a redução das
desigualdades sociais. Um partido que acredita,
como sempre pregava Mário Covas, ser "possível
conciliar política e ética, política e honra, política
e mudança".
Vamos ajudar a mudar o Brasil e diminuir as
diferenças entre os mais ricos e os mais pobres,
com geração de riqueza e prosperidade aos mais
humildes e desfavorecidos. E não vamos colocar
o interesse político à frente do interesse dos
brasileiros. Apoiaremos a reforma da Previdência,
assim como as reformas tributária e política. E
estaremos ao lado de todas as iniciativas que
contribuam para o crescimento do Brasil.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/05/
o-novo-psdb-e-o-brasil.shtml
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Data: 31/05/2019
35
Grupo de Comunicação e Marketing
Organismos internacionais de crédito
cobram aceno ambiental de Bolsonaro
Alexa Salomão
Os organismos internacionais de crédito IFC
(braço financeiro do Banco Mundial) e IDB Invest
(ligado ao Banco Interamericano de
Desenvolvimento) veem grandes oportunidades
de investimento na área de infraestrutura no
Brasil, mas afirmam que é importante uma
sinalização do governo de Jair Bolsonaro (PSL) no
que se refere a agenda ambiental.
Segundo Gema Sacristán, que chefia o escritório
de investimentos do IDB, o Brasil é signatário do
Acordo de Paris, firmado em 2015, e a
expectativa da instituição é que o governo
brasileiro cumpra o acertado dentro do prazo.
O acordo prevê a redução de gases de efeitos
estufa. O Brasil se comprometeu a cortar 37%
das emissões até 2025. Bolsonaro declarou,
durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos,
na Suíça, que o Brasil vai cumprir o acordo, mas
de modo geral tem mantido uma posição
considerada dúbia em relação a questões
ambientais.
“Ainda falta uma sinalização mais forte sobre a
posição em relação ao acordo de Paris, o atual
governo brasileiro ainda não se pronunciou neste
sentido”, diz Gema.
Questões ambientais têm um crescente peso na
liberação de recursos de várias instituições
financeiras, em particular de organismos
multilaterais.
Segundo Marcelo Castellanos, responsável do IFC
na América Latina, dos investimentos em
infraestrutura que somam US$ 3 trilhões (R$
11,9 trilhões) em toda a região, US$ 1 trilhão
(R$ 3,98 trilhões) serão destinados no Brasil.
Castellanos reforça que há uma importante
agenda de avanços ambientais na infraestrutura
e que o setor privado no Brasil tem tido papel
relevante na modernização do setor seguindo a
mesma direção do IFC.
“O IFC já não financia negócios do setor de
petróleo, nem instituições que não tem
compromissos ambientais. São sinais claros
sobre qual é a nossa direção", diz Castellanos.
Ele destacou que o Brasil assumiu a liderança na
adoção de normas ambientais e sociais na área
de infraestrutura, mas que é importante que o
governo acompanhe esse movimento.
“Os setores públicos e privados são dois motores
importantes. Um avião até pode voar com um só
motor, mas vai voar melhor e mais alto se tiver
os dois", afirmou.
Gema e Castellanos falaram na quinta (30) sobre
o crescente peso dos critérios ambientais para
decisões de investimentos durante o seminário
no 8º Encontro Santander da América Latina, em
Madri, na Espanha.
A jornalista viaja a convite do Santander
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05
/organismos-internacionais-de-credito-cobram-
aceno-ambiental-de-bolsonaro.shtml
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Data: 31/05/2019
36
Grupo de Comunicação e Marketing
Brasil concentra retrocessos em unidades
de conservação ambiental, diz estudo
Rafael Garcia
As áreas de preservação ambiental do planeta
têm sofrido inúmeros processos de reversão ao
longo dos últimos 50 anos, e os dois grandes
focos do problema hoje são Brasil e EUA, conclui
um novo estudo.
Desde 1961, 146 unidades de conservação
brasileiras tiveram suas áreas reduzidas, seu
status de proteção rebaixado ou foram
simplesmente removidas.
O novo levantamento, conduzido por uma equipe
internacional de cientistas liderados pela ONG de
pesquisa ambiental CI (Conservation
International), sai na edição desta quinta (30) da
revista Science. Os pesquisadores fizeram um
levantamento global do problema — batizado
com a sigla PADDD, do inglês para "recategorizac ão, reducão e extinc ão de áreas
protegidas" — e encontraram 3.749 atos de
gestão afetando mais de 500 mil km2
originalmente designados para proteção. Desses,
440 são em países da Amazônia, 148 dos quais
no Brasil.
Há uma intensificação recente nesse tipo de
retrocesso, afirmam os autores do estudo, sendo
que 78% dos eventos registrados ocorreram
desde 2000.
"O estabelecimento de áreas protegidas não pode
ficar só na criação", afirma Rachel Golden
Kroner, ecóloga da Universidade George Mason,
na Virginia, autora principal do estudo. "Há
muitas maneiras de impor retrocessos legais e
formais, e é preciso apoiá-las para além do
momento de sua origem".
Ao todo, as revisões de unidades de conservação
nos países que abrigam a Amazônia implicaram
na perda de 155 mil km2 de área protegida e no
enfraquecimento de 209 mil km2, afetando um
território maior que o da Alemanha inteira.
Um dos principais problemas identificados no
estudo foi que as alterações em unidades de
conservação frequentemente ocorreram de forma
abrupta, enquanto o estabelecimento destas
havia obedecido processos longos e complexos.
"Os processos de PADDD deveriam em princípio
ter os mesmos critérios rigorosos de criação,
especialmente os estudos científicos e a consulta
pública", afirma Bruno Coutinho, pesquisador da
CI Brasil e coautor do estudo. "Mas a grande
maioria dos eventos que a gente conseguiu
rastrear ocorreram sem estudo e sem consulta."
Entraram na conta dos pesquisadores, porém,
episódios como o ocorrido em setembro do ano
passado, quando a Assembleia Legislativa de
Rondônia revogou num único dia decretos
governamentais que tinham criado 11 unidades
de conservação no estado.
Outros focos de eventos PADDD no Brasil foram
as regiões do Rio Tapajós e da BR 163, que liga o
agronegócio do Mato Grosso ao rio Amazonas.
Enquanto no Brasil o tipo de retrocesso mais
comum em áreas protegidas era a redução de
seus limites, nos outros países mapeados na
América do Sul (aqueles que abrigam partes da
Amazônia) o problema maior foi o rebaixamento
do status de proteção. Reservas biológicas de
proteção integral, por exemplo, tornaram-se
áreas onde a extração de petróleo e minério é
permitida, sob certas condições.
A mineração e as obras de infraestrutura
(sobretudo as de usinas hidrelétricas) foram os
principais fatores de pressão que levaram à
revisão de unidades de conservação,
aproximadamente em metade dos casos, mostra
o estudo. O agronegócio, principal motor do
desmatamento no Brasil, exerce uma influência
mais indireta sobre unidades de conservação,
com deslocamentos populacionais e demandas
por obras de infraestrutura.
O cenário na América do Sul foi colocado pelos
pesquisadores em paralelo com o dos Estados
Unidos, onde eles conseguiram identificar 269 eventos de recategorizac ão, reduc ão e extinc ão
de áreas protegidas ao longo de 12 décadas, com
aumento acentuado durante o governo Trump. O
principal fator de pressão na América do Norte foi
a infraestrutura, com a mineração representando
uma ameaça relativamente menor hoje.
Tanto no Brasil quanto nos EUA, os
pesquisadores identificaram decisões legislativas
ou de governo que buscavam reverter os danos
às áreas protegidas, mas não foi calculado o
quanto essas medidas efetivamente conseguiram
salvar de biodiversidade. O fenômeno evidência
que em muitos casos as unidades de conservação
são alvo de disputa constante.
Data: 31/05/2019
37
Grupo de Comunicação e Marketing
No Brasil, existe pouca perspectiva hoje de
resolver o problema do desequilíbrio de rigor
para criar ou alterar unidades de conservação.
Enquanto projetos de lei e medidas provisórias
pontuais pedindo redução de unidades de
conservação continuam emergindo sem restrição,
existe proposta para tornar a criação de áreas
protegidas ainda mais burocrática.
O projeto de lei 1995 de 2019, do senador Marcio
Bittar (MDB-AC), por exemplo, exige que
assembleias legislativas e câmaras de vereadores
sejam consultadas para criação de unidades de
conservação federais, algo que hoje requer
discussão apenas na esfera da União.
"Acredita-se que com este novo arranjo irá se
coibir a criação indiscriminada e deletéria de
novas unidades de conservação", afirma o
congressista no texto de justificativa do projeto.
O poder executivo também deu sinais de que
quer mexer no SNUC, o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação, não necessariamente
para ampliar o status de preservação referido em
lei. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
disse crer que algumas unidades de conservação
foram criadas "sem critério técnico" e pretende
fazer uma "revisão geral" no sistema, ainda que
não tenha expedido nenhum decreto.
Os autores do estudo na Science afirmam que
não são contra qualquer mudança proposta para
rever unidades de conservação, sobretudo
quando o motivo é o benefício a comunidades
tradicionais locais.
"Não vemos necessariamente problema nos
recuos quando estes resultam de processos
rigorosos, participativos, baseados em evidência
científica e no envolvimento de partes
envolvidas", diz Kronen. "Isso é preferível a
simplesmente mudar os limites das áreas de
proteção rapidamente, sem ouvir comunidades
afetadas, sem consulta publica e sem
transparência."
Paralelamente aos trabalhos acadêmicos, a
pesquisadora e seus colegas mantêm o site
www.padddtracker.org, um mapa interativo
mostrando todas os recuos propostos e
realizados para unidades de conservação no
mundo.
O que são áreas protegidas
Áreas protegidas (na legislação brasileira
"Unidades de Conservação") são em terras
públicas destinadas a preservação de longo prazo
da natureza para fins de preservação cultural e
de serviços ecológicos. Elas estão sujeitas a:
Rebaixamento: um recuo no tipo (ou quantidade)
de atividades humanas que eram anteriormente
proibidas na área
Redução: um remapeamento que incorra
diretamente na diminuição da área destinada à
proteção da natureza local
Remoção: a perda completa daquela área de
preservação, sem restrição para o tipo de
exploração permitida
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
5/brasil-concentra-retrocessos-em-unidades-de-
conservacao-ambiental.shtml
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Data: 31/05/2019
38
Grupo de Comunicação e Marketing
Presidente do Senado nega possibilidade de
acordo para votar MP do Código Florestal
Daniel Carvalho
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse
nesta quinta-feira (30) que o governo Jair
Bolsonaro (PSL) ainda tenta convencer o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-
AP), a recuar de sua decisão e votar a medida
provisória que flexibiliza partes do Código
Florestal. A MP caduca na segunda-feira (3).
"Vou dialogar com o presidente Davi e ver se a
gente encontra. Nós temos até a meia noite da
segunda-feira para tentar fazer o Senado
aprovar", disse Onyx ao chegar à convenção de
seu partido, o DEM, minutos antes da chegada
do presidente do Senado.
Davi Alcolumbre tem uma conversa com Jair
Bolsonaro nesta tarde e este será um dos
assuntos tratados. Nesta manhã, o presidente do
Senado falou que não há chance de mudar de
ideia e votar a MP.
"É decisão já, decisão do Parlamento. Não vamos
votar", afirmou Davi.
A medida provisória foi editada pelo governo do
presidente Michel Temer, mas o texto aprovado
pela Câmara nesta quarta-feira (29) conta com a
simpatia da atual administração do Palácio do
Planalto.
"A linha adotada pela Câmara é uma linha com a
qual o governo tem identidade. Queremos que o
produtor brasileiro possa produzir. O Brasil
precisa disso, precisamos crescer", afirmou o
ministro da Casa Civil.
Onyx defendeu a proteção ambiental que
atualmente é realizada no Brasil.
"Não há nenhum país no mundo que proteja mais
o meio ambiente que o Brasil. Principalmente os
europeus. Não protegem o meio ambiente como
protege o Brasil. Ao contrário, muitas vezes, a
questão do meio ambiente é usada para travar o
crescimento brasileiro", disse Onyx Lorenzoni.
Em votação capitaneada pela bancada ruralista, a
Câmara aprovou por 243 a 19 votos a MP que, na
prática, amplia o período no qual o
desmatamento não precisa ser compensado ou
regenerado.
A bancada ruralista conseguiu manter no texto os
jabutis (jargão para artigos estranhos ao tema
original) mais polêmicos. Entre elas está uma
mudança no artigo 68 do código, que estabelece
um novo marco temporal para exigir a
restauração de área desmatada em diferentes
biomas.
Pelo Código Florestal de 2012, vigente hoje,
estavam desobrigados de promover a
recomposição da mata os proprietários que
tivessem desmatado antes de 1965, quando uma
lei estabeleceu percentuais de 50% de
preservação da Amazônia e 20% para as demais
vegetações do país.
Os ruralistas esticaram o prazo da desobrigação
tomando como base os anos em que os biomas
passaram a ser explicitamente citados na lei. No
caso do cerrado, o início da proteção será
considerado como 1989. Já no caso dos pampas
e do Pantanal, em 2000.
A MP também prorroga indefinidamente o prazo
de adesão de produtores ao Programa de
Regularização Ambiental, um programa de ações
de recuperação ambiental obrigatório instituído
no Código Florestal, e estabelece que o
proprietário deve aderir ao PRA apenas se este
for notificado pelo órgão responsável.
A líder do governo no Congresso, deputada Joice
Hasselmann (PSL-SP), disse que o governo
estuda reeditar a MP 867.
"Como é uma medida da gestão passada do
Michel Temer a gente ainda pode reeditar essa
medida provisória. Tem salvação. Ainda não está
perdido", disse.
TAMOIOS
O ministro Onyx Lorenzoni disse também nesta
quinta que ainda está em estudo a alteração do
status da Estação Ecológica (Esec) de Tamoios,
em Angra dos Reis (RJ).
Na quarta-feira, Bolsonaro repetiu sua intenção
de editar um decreto para promover esta
alteração. Foi lá que o presidente da República
sofreu uma multa por pesca, posteriormente
anulada.
"A região de Angra pode ser transformada em
uma destinação turística melhor do que Cancún
[México]. Cancún recebe 6 milhões ou 7 milhões
de turistas por ano. A área de Angra é muito
mais bonita que Cancún. Portanto, o Brasil tem
um diamante bruto que está ali e que vai
precisar ser lapidado. Como isso vai ser feito?
Vamos ver o que pode ser feito", afirmou.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/05/presidente-do-senado-nega-possibilidade-de-acordo-para-votar-mp-do-codigo-florestal.shtml
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Data: 31/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Chanceler diz que governo não recebeu
reações de doadores a mudanças no Fundo
Amazônia
Ricardo Moraes - 2.jan.2019/Reuters
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto
Araújo, afirmou nesta quarta-feira (29) que a
Noruega e a Alemanha ainda não manifestaram
"nenhuma reação" à proposta do governo
brasileiro de mudar as regras do Fundo
Amazônia.
"Ainda não tivemos nenhuma reação por parte
desses governos em relação a isso, ao menos
nada que tenha chegado oficialmente ao nosso
conhecimento", disse Araújo, que participou
nesta quarta (29) de uma audiência na Comissão
de Agricultura da Câmara dos Deputados.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
defende a redução do número de membros do
conselho do fundo e que os recursos doados
possam ser utilizados para indenizar produtores
rurais.
O chanceler disse ainda esperar que a Noruega e
a Alemanha —os dois maiores financiadores do
fundo— permaneçam na iniciativa. "Espero que a
gente possa manter essa cooperação com
Noruega e Alemanha, que tem sido muito
produtiva", afirmou Araújo.
Nesta segunda-feira (27), os embaixadores da
Noruega, Nils Martin Gunneng, e da Alemanha,
Georg Witschel, participaram de uma reunião no
Palácio do Planalto com Salles e com o ministro
Secretaria de Governo, general Alberto dos
Santos Cruz, para tratar do fundo.
Além de possíveis mudanças nas regras do Fundo
Amazônia, os governos norueguês e alemão
foram pegos de surpresa por declarações de
Salles na semana passada, quando o ministro
disse que foram identificadas irregularidades no
fundo.
Os países doadores, contudo, não concordaram
com a fala e se mostraram seguros da
governança atual. Também disseram que, ao
contrário do que Salles disse, não estavam
cientes da análise que requeria mudanças.
A Noruega já repassou mais de R$ 3 bilhões ao
fundo, enquanto que a Alemanha doou R$ 192
milhões.
Ernesto Araújo confirmou ainda que o ministério
das Relações Exteriores apoia integralmente as
mudanças no Fundo Amazônia defendidas por
Salles.
"A gente sempre se coordena muito com o
ministro Salles, estou inteiramente de acordo
com o enfoque dele. Não temos nenhuma
diferença em nenhum enfoque, estamos prontos
a ajudar na medida do possível a implementar as
visões do ministro de política ambiental",
declarou.
O chanceler argumentou ainda que, muitas
vezes, a política ambiental do governo Jair
Bolsonaro é retratada de forma "distorcida", o
que tem criado "problemas de imagem" para o
Brasil no exterior.
"Não é a agenda ambiental propriamente que
tem criado problemas de imagem, é a maneira
como ela é relatada, sobretudo na imprensa
internacional. Muitas vezes de maneira muito
distorcida", disse Araújo.
"Eu ouvi isso nos contatos que eu já fiz, de
pessoas bem formadas, mas que têm ideias
completamente errôneas do que é a nossa
política ambiental. Eu acho que é questão de ter
novos canais, como estamos procurando criar, e
sempre em coordenação com o Ministério do
Meio Ambiente, para mostrar a realidade da
nossa política ambiental, e também o caráter
sustentável da nossa agricultura", concluiu o
ministro.
Ele também comentou a decisão de uma
delegação brasileira de abandonar, nesta
semana, uma reunião da Conferência de
Desarmamento da ONU (Organização das Nações
Unidas), uma vez que a presidência da entidade
foi assumida por um representante do ditador
Nicolás Maduro. O mesmo gesto foi feito pela
delegação dos Estados Unidos e por outros países
do Grupo de Lima.
"Esse é um esforço que temos feito e acho que
contribui para essa marcha da Venezuela que,
como eu sempre digo, é irreversível. É parte do
nosso esforço diplomático, isso tem dado
visibilidade ao tema da Venezuela nos
organismos internacionais. É uma coisa rara de
se fazer, então tem um impacto muito grande, e
a gente quer que tenha", disse o chanceler.
De acordo com ele, o objetivo da ação é reforçar
o caráter "ilegítimo" do regime Maduro e
fortalecer a posição do autoproclamado
presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
5/chanceler-diz-que-governo-nao-recebeu-
reacoes-de-doadores-a-mudancas-no-fundo-
amazonia.shtml
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Data: 31/05/2019
40
Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO Governo das Filipinas devolve toneladas de
lixo para Canadá
MANILA - O governo das Filipinas mandou de
volta para o Canadá nesta sexta-feira, 31,
toneladas de lixo recebidas ao longo dos anos,
em um momento no qual vários países do
sudeste da Ásia manifestam sua vontade de não
querer ser o "lixão" do Ocidente.
Filipinas devolve lixo ao Canadá
No total, 69 contêineres viajam a bordo de um cargueiro que
partiu da Baía de Subic, ao noroeste de Manila, rumo ao Canadá Foto: Nilo Palaya / Secretaria de Comunicação e Pesquisa Estratégica (DFA) / AP
Depois de uma longa campanha para conseguir
que o Canadá aceitasse o lixo de volta, o
presidente filipino, Rodrigo Duterte, decidiu na
semana passada ordenar a devolução imediata
da carga. No total, 69 contêineres viajam a bordo
de um cargueiro que partiu da Baía de Subic, ao
noroeste de Manila, rumo ao Canadá.
"Baaaaaaaaa bye, como dizemos aqui", disse o
ministro filipino das Relações Exteriores, Teodoro
Locsin, no Twitter, com uma foto do cargueiro
navegando.
"Nos comprometemos com os filipinos e
trabalhamos em estreita colaboração com eles",
afirmou a ministra canadense do Meio Ambiente,
Catherine McKenna, na quinta-feira.
Há alguns dias, a Malásia anunciou que
devolveria 450 toneladas de dejetos plásticos
para vários países, incluindo Austrália,
Bangladesh, Canadá, China, Japão, Arábia
Saudita e Estados Unidos.
"A Malásia não será o lixão do mundo", disse a
ministra malaia de Energia, Meio Ambiente e
Ciência, Yeo Bee Yin. "Não nos deixaremos
intimidar pelos países desenvolvidos."
Redução das tensões
Durante muito tempo, a China aceitou os rejeitos
plásticos de todo o mundo. Em 2018, porém,
interrompeu essa operação repentinamente,
alegando preocupações ambientais. Vários países
do Sudeste Asiático que ocuparam o espaço
deixado por Pequim agora estão seguindo esse
caminho.
"Vimos localidades virgens transformadas em
lixões por causa de um tsunami de cargas de lixo
de EUA, Reino Unido e Austrália após o veto da
China", ressaltou Von Hernandez, coordenador da
coalizão mundial de ONGs Break Free From
Plastic.
A disputa nas Filipinas se concentrava em
dezenas de contêineres enviados por uma
empresa canadense em 2013 e 2014 e estavam
etiquetados de forma inadequada, como se
contivessem lixo reciclável.
Essa questão se arrasta há anos, mas explodiu
em abril, quando Duterte declarou durante um
discurso: "Vamos lutar contra o Canadá. Vou
declarar guerra".
O Canadá se comprometeu a receber de volta os
dejetos, mas não respeitou o prazo fixado por
Manila para 15 de maio. O governo das Filipinas
convocou para consultas seu embaixador em
Ottawa e seus cônsules gerais.
O Ministério do Meio Ambiente do Canadá
informou recentemente que o país "modificou sua
regulamentação para evitar qualquer futura
exportação desse tipo de material sem
permissão".
Todo o ano, são produzidas cerca de 300 milhões
de toneladas de plástico, segundo o Fundo
Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em
inglês). A maior parte acaba em lixões ou nos
oceanos. Calcula-se que, de todo o plástico
produzido entre 1950 e 2015, apenas 9% foi
reciclados. / AFP
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,governo-das-filipinas-
devolve-toneladas-de-lixo-para-canada,70002851229
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Data: 31/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Natureza, capital nacional e da humanidade
- Opinião - Estadão
Mario Cesar Flores*
Absoluta na Pré-História, ainda grande – pequena
nunca será –, a natureza foi e continuará sendo o
alicerce das civilizações. Essa dependência é
inexorável e atemporal.
No passado, quando a população do mundo era
fração da atual – um décimo há apenas três
séculos –, não se pensava em razões que
justificassem preocupação. A destruição das
florestas da Europa reflete essa visão negligente,
compreensível naquela época. Mas as
necessidades da população hoje já imensa e
crescendo, dia a dia mais consumista,
recomendam a inclusão da proteção na moldura
legal reguladora do uso da natureza, formulada
pelos Estados. E a natureza e suas manifestações
(clima, meteorologia... ) não respeitam
fronteiras: a proteção deve atentar também para
o preceituado em acordos supranacionais que
visam o interesse da humanidade, imediato e no
maior prazo – atenção comumente em conflito
com o nacionalismo exacerbado e o conceito de
soberania.
Como o Brasil vem se conduzindo nesse
contexto?
Nossos macrociclos econômicos, que se deram
em épocas de despreocupação com a natureza,
aqui e no mundo, implicaram custos cobrados a
ela. O ciclo do açúcar devassou grande de parte
da Mata Atlântica no Nordeste. O do ouro exauriu
as jazidas do Centro-Oeste. No Brasil já
independente, o do café foi menos agressivo,
mas também sacrificou áreas da Mata Atlântica
no Sudeste – é bem verdade que com excelente
contribuição para o desenvolvimento do País. O
breve ciclo da borracha foi um caso singular:
ocorreu sem agressão sensível à Floresta
Amazônica e, como o transporte era
essencialmente fluvial, não houve abertura de
estradas, as quais incentivam a ocupação
desordenada e predatória.
Precisamos rever e ajustar à realidade hoje
reconhecida a cultura de descaso pela natureza,
que contaminou por séculos (e ainda resiste,
embora sujeita a alguma contestação) nossa
atividade econômica dependente do exuberante
capital natural brasileiro. Vivemos atualmente
duas questões que complicam essa correção:
1) A excelente participação agropecuária na
nossa economia induz pressão por mais
território, atendida principalmente pelo
desmatamento, nem sempre criterioso, quando
não ilegal. Se a ciência e a realidade confirmarem
(estão confirmando) a influência do
desmatamento no clima global, o que substituirá
as florestas destruídas? A expansão agropecuária
e a exploração da madeira, comumente irregular
e naturalmente predadora, inspiram
preocupação.
2) A exploração do capital não renovável é
influência positiva relevante na nossa agenda de
exportação, em realce hoje o ferro, mas vem
causando problemas, até dramáticos, como foi a
ruptura das represas em Mariana e Brumadinho.
E a exploração do ouro, hoje sem peso
expressivo, tem criado garimpos clandestinos e
predatórios em regiões remotas (frequentemente
áreas de proteção ambiental) e alimenta o
comércio ilegal.
Esses problemas só terão solução quando
encontrarmos o equilíbrio sensato e responsável
entre, de um lado, o desenvolvimento do País, as
necessidades da população brasileira e a nossa
contribuição às da população global – o lucro da
agropecuária, desde que em limites ponderados,
incide no equilíbrio – e, de outro, a proteção da
natureza, a segurança da continuidade da sua
contribuição por milênios à frente.
Precisamos desenvolver tecnologia e
procedimentos que aumentem a produtividade e
permitam moderar, sem prejudicar a população,
o uso do capital renovável, até porque sua
renovação, em tese sempre viável, pode ser
política e/ou tecnicamente difícil e cara. A
Embrapa é agente importante nesse processo,
mas a rentabilidade da agropecuária justifica
participação privada.
Quanto ao capital natural não renovável,
importam essencialmente as inovações que
reduzam seu consumo (no mundo). No maior
prazo serão imprescindíveis as que o substituam
pelo renovável – a exemplo da substituição do
petróleo pelo vento e pelo sol na geração de
energia elétrica, já em curso, mas ainda
modesta. Outras inovações desse tipo virão
(estão acontecendo) se houver pesquisa e
desenvolvimento tecnológico adequados – tema
Data: 31/05/2019
42
Grupo de Comunicação e Marketing
em que desponta Israel, país sem petróleo e sem
rios com potencial hidrelétrico, mas competente
no desenvolvimento tecnológico.
Vivemos no passado recente uma tentativa de
revisão do paradigma de desenvolvimento da
Amazônia: no início dos 1990 a Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da
República, dirigida pelo visionário Eliezer Batista,
deslanchou um projeto de levantamento
ecológico-econômico que pretendia identificar
a(s) atividade(s) econômica(s) ecologicamente
menos agressiva(s) nas sub-regiões amazônicas.
O apoio público (infraestrutura, BNDES, Banco do
Brasil, exonerações...) passaria a considerar a
coerência entre empreendimento econômico e
vocação regional; já a incompatibilidade
justificaria restrições. O projeto não prosperou.
Projetos e inovações inspirados em pesquisas de
nossos vários ecossistemas (pesquisas de
campo) e em laboratórios, que visem a orientar
políticas e procedimentos úteis ao uso sensato e
à proteção do capital natural, serão,
evidentemente, bem-vindos. É possível? Difíceis
na atual conjuntura, em que o tema ecologia é
visto como secundário, quando não atentatório à
soberania nacional, e chega a ser associado à
ideia de complô global, os judeus dos “Protocolos
dos Sábios do Sião” substituídos pela ideologia
política. Difíceis enquanto persistir a cultura
interesseira que vê como inesgotável nosso
capital natural e como irrelevante seu uso
desordenado. Difíceis na conjuntura fiscal em que
recursos para pesquisas vêm sendo reduzidos –
redução compreensível no atual quadro de
ameaça econômica apocalíptica, mas lastimável
sob a perspectiva do Brasil como país capaz de
se afirmar no cenário internacional usando
responsavelmente seu imenso capital natural.
*ALMIRANTE
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,natureza-capital-nacional-e-da-
humanidade,70002850748
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Data: 31/05/2019
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Governo Bolsonaro quer contratar PM de folga para fiscalizar Amazônia - Sustentabilidade - Estadão
BRASÍLIA – O governo de Jair Bolsonaro quer
usar policiais militares de todos os Estados do
País para fazer, em horários de folga, a
fiscalização das florestas nacionais. O plano, em
elaboração no Ministério do Meio Ambiente
(MMA), prevê contratar PMs que já atuam em
fiscalizações ambientais de seus Estados. Eles
poderão se credenciar para fazer os “bicos” nas
unidades de conservação federais. Esse trabalho
seria feito nos horários em que os policiais
estiverem livres, recebendo diárias pagas com
recursos da União.
Conforme o Estado apurou, a ideia é
complementar o trabalho feito pelas atuais
equipes de fiscalização do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes
de Biodiversidade (ICMBio). A contratação dos
“frilas” da PM deve ter início nos Estados da
Amazônia.
Amazônia
Policiais militares complementariam trabalho de fiscalização
de florestas feito por agentes do Ibama e ICMBio Foto:
Sidney Oliveira/Ag. Pará
O pagamento de uma “Diária Especial por
Jornada Extraordinária de Trabalho da Polícia
Militar”, prática conhecida como “Dejem”, será
feito por meio de convênio direto entre a União e
cada unidade da PM. A iniciativa pode evitar que
o governo tenha de fazer concursos públicos para
reforçar as equipes técnicas do Ibama e do
ICMBio.
O governo ainda precisa saber o tamanho do
efetivo que terá à disposição e o custo da diária
de cada PM folguista, uma vez que cada Estado
paga salário diferente à categoria. Para isso, o
ministério já encomendou um levantamento de
dado.
Questionado sobre o assunto, o ministro Ricardo
Salles confirmou o plano de usar os PMs, sob o
argumento de que é preciso “complementar” o
trabalho de campo que hoje é feito por fiscais
ambientais do Ibama e do ICMBio e que, em sua
avaliação, não é suficiente.
“Debatemos essa ideia com o conselho de
comandantes-gerais das polícias militares dos
Estados. Tivemos uma reunião sobre o assunto”,
disse Salles. “Mas é importante destacar que não
queremos substituir os fiscais. É para
complementar as ações de combate nas unidades
de conservação.”
O ministro afirmou, ainda, que até o fim de
agosto terá um levantamento detalhado da força
à disposição. “A ideia é dar ênfase na região
amazônica, até para vermos como funcionaria
isso, mas sem desconsiderar os Estados de
outras regiões”, comentou. “É uma soma de
forças imediata. São pessoas treinadas e
capacitadas, que vêm com equipamentos. No
final, é uma ajuda recíproca.”
O Estado apurou que o Fundo Amazônia,
programa de combate ao desmatamento bancado
com recursos doados por Noruega e Alemanha,
está entre as opções analisadas para bancar a
conta extra. Salles diz acreditar que haverá
verba, apesar dos profundos cortes
orçamentários na pasta. “Acho que teremos
recursos, até porque são operações que você não
tem custos de treinamento. O efetivo já está
pronto. É uma transferência de recursos.”
Reação
O plano de usar policiais em horários de folga
para proteger a floresta não é bem recebido por
ambientalistas e servidores, que veem a medida
Data: 31/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
uma ação paliativa e que não resolve o
problema. Pesa ainda o fato de os PMs não terem
a qualificação técnica dos agentes ambientais,
uma vez que estão mais concentrados na
autuação de crimes do que na proteção das
unidades de preservação.
Dados obtidos pelo Estado apontam que o Ibama
tem hoje cerca de 800 fiscais para suas
atividades em campo. Apenas 500, entretanto,
estão atuando nas matas, porque os demais
trabalham em outras funções. Em meados de
2012, o instituto chegou a ter 1,5 mil agentes,
mas o quadro não foi reposto conforme os fiscais
se aposentavam ou deixavam o órgão.
No caso do ICMBio, são aproximadamente 320
fiscais. Considerando que há 334 áreas
protegidas no País – equivalente a 9,1% do
território nacional –, não há nem um fiscal para
cada unidade protegida.
Coronel propôs modelo
O coronel da Polícia Militar Homero de Giorge
Cerqueira, escolhido para presidir o ICMBio, já
havia oferecido PMs de folga para serviços no
governo federal. Ele ainda comandava o setor
ambiental da corporação paulista quando fez a
proposta à União.
O Estado apurou que uma “proposta de
celebração de convênio” entre a PM de São Paulo
e o Ministério do Meio Ambiente foi enviada em
15 de abril, mesma data em que o ministro
Salles convidou Cerqueira para o ICMBio. No
documento, o coronel pede a “análise e
deliberação” de Salles sobre a proposta e traz
ainda detalhes de batalhões que já atuam nas
proximidades de 12 unidades de conservação
federais em São Paulo.
Cerqueira assumiu o cargo logo após a saída do
ex-presidente do ICMBio, Adalberto Eberhard. O
antigo titular do cargo pediu exoneração após
Salles instaurar procedimento administrativo
contra servidores do instituto que não
participaram de reunião com produtores rurais no
Rio Grande do Sul. Esses servidores dizem que
não haviam sido convidados. Após Eberhard,
mais três diretores do órgão também saíram.
Um modelo similar é adotado na Operação
Delegada, convênio entre o governo paulista e a
Prefeitura da capital para que PMs de folga
reforcem o patrulhamento nas ruas. O principal
foco da operação é o combate ao comércio
ambulante.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,governo-bolsonaro-quer-contratar-pm-de-
folga-para-fiscalizar-amazonia,70002850738
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Data: 31/05/2019
45
Grupo de Comunicação e Marketing
Brasil perdeu 85 áreas de conservação
ambiental, diz estudo
- Sustentabilidade - Estadão
RIO - A criação de áreas de preservação
ambiental está longe de ser uma garantia
eficiente de proteção ao meio ambiente. A
conclusão é do maior estudo internacional já feito
sobre o tema, coordenado pela ONG Conservação
Internacional, e publicado na revista científica
Science. O trabalho destaca a situação do Brasil.
No País, 85 áreas de conservação foram extintas,
reduzidas ou tiveram o seu status de proteção
rebaixado. Foram 11,5 milhões de hectares ou
cerca de 18% do que foi perdido globalmente.
Outras 60 áreas são objeto de propostas ainda
ativas e podem afetar outros 21 milhões de
hectares.
Brasil perdeu 85 áreas de conservação
ambiental, diz estudo
Áreas de proteção são desfeitas mais rapidamente do que são criadas Foto: Tiago Queiroz/Estadão
O estudo avaliou as mudanças em todo o mundo
entre 1892 e 2017. A conclusão é preocupante:
há uma tendência mundial de retrocessos
ambientais, acentuada na última década. Nos
125 anos analisados, 73 países promulgaram leis
que resultaram na extinção de aproximadamente
52 milhões de hectares de áreas de conservação.
“A principal conclusão do estudo, para o mundo
inteiro, é que as áreas protegidas não garantem
a continuidade da proteção legal da
biodiversidade dos serviços ecossistêmicos”,
afirmou o coautor do estudo Bruno Coutinho, da
Conservação Internacional do Brasil. “Tampouco
garantem a manutenção da cultura das
populações tradicionais que habitam essas
áreas.”
O estudo frisa ainda que os números
apresentados são estimativas conservadoras de
reversões, já que os documentos legais
continuam inacessíveis em muitos países.
“Estamos enfrentando duas crises ambientais
globais: a perda da biodiversidade e a mudança
climática. Para resolver ambas, os governos
criaram áreas protegidas com a intenção de
conservar a natureza perpetuamente”, afirmou a
principal autora do estudo Rachel Golden Kroner,
da Conservação Internacional e da Universidade
George Mason.
“Nossa pesquisa mostra que as áreas protegidas
não são necessariamente permanentes e podem
ser revertidas. As proteções perdidas podem
acelerar o desmatamento florestal e as emissões
de carbono, colocando nosso clima e nossa
biodiversidade global em um risco ainda maior.”
Na maioria dos casos (62% do total), a revisão
das áreas de conservação está relacionada a
obras de infraestrutura, mineração e agricultura.
Outra importante conclusão do estudo sustenta
que a criação das áreas de conservação segue
processos longos, enquanto as revisões e
extinções são feitas de forma bem mais simples.
“Em princípio, deveríamos ter os mesmos
critérios rigorosos, sobretudo os estudos
científicos, consultas públicas”, explicou
Coutinho. “Mas a maioria dos eventos que
conseguimos rastrear ocorreu sem estudo e sem
consulta. Ou seja, temos muitos critérios para
criar, mas para reduzir, recategorizar ou
extinguir não existem tantas exigências.”
Coutinho explicou que o estudo não levou em
conta a criação de unidades de conservação no
mesmo período. “Sabemos que o Brasil ganhou
muitas áreas de conservação, mas esse ganho
não está nessa contabilidade; discutimos apenas
os eventos de redução”, afirmou. “Até porque o
ganho pode ser em áreas muito diferentes das
que foram perdidas e as perdas podem ser
insubstituíveis.”
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-perdeu-85-areas-de-conservacao-ambiental-diz-estudo,70002850846
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Data: 31/05/2019
46
Grupo de Comunicação e Marketing
Decisão sobre texto que altera Código
Florestal é prerrogativa do Senado, diz
Salles
- Sustentabilidade - Estadão
Gustavo Porto, O Estado de S.Paulo
CAMPINAS – O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, afirmou há pouco que a decisão
do Senado Federal de não votar o projeto de lei
de conversão oriundo da Medida Provisória 867,
e deixar a proposta caducar, tem de ser
respeitada. "É uma prerrogativa do Senado
decidir como ordenar a pauta dentro da Casa
Legislativa e a nós do Executivo cabe respeitar",
afirmou o ministro antes de evento na Embrapa
Territorial, em Campinas, no interior paulista.
Aprovada ontem na Câmara dos Deputados, a
proposta original prorrogava de 31 de dezembro
de 2018 para igual data de 2019 o prazo para
que produtores se adequassem ao Programa de
Regularização Ambiental (PRA) dentro do Código
Florestal. A proposta deve ser apreciada no
Senado até segunda-feira (3) para não perder a
validade, mas, segundo o presidente do Casa,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), o projeto não será
votado.
A proposta gerou polêmica, porque uma das
emendas incluídas e aprovada cria um marco
temporal que reduz a necessidade de produtores
de recomporem áreas de reserva legal em
propriedades rurais. O governo já informou que
deverá editar uma nova MP com o mesmo texto
da proposta original.
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, a
decisão de como proceder "em relação ao
regramento jurídico", já que produtores que não
entregaram o PRA desde o final de 2018 estariam
irregulares, tem de ser tomada. "Mas como (a
decisão) será tomada não cabe ao ministro do
Meio Ambiente, cabe ao Executivo, Legislativo e
Judiciário", completou.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,decisao-sobre-texto-que-altera-codigo-
florestal-e-prerrogativa-do-senado-diz-
salles,70002850282
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Data: 31/05/2019
47
Grupo de Comunicação e Marketing
VALOR ECONÔMICO
PSDB entra na era Doria e tenta conter
poder de governador
Por Malu Delgado | De São Paulo
Sob a hegemonia de João Doria, o PSDB escolhe
hoje a nova direção nacional que deve
pavimentar o caminho do governador de São
Paulo à disputa presidencial de 2022. A velha
guarda tucana assiste silenciosa aos movimentos
de Doria, mas internamente foram criadas
contenções para que o governador não domine
de forma autoritária a legenda. A principal
medida foi garantir a permanência de todos os
ex-presidentes do PSDB na Executiva Nacional, o
que é previsto pelo estatuto do partido: Geraldo
Alckmin, José Serra, Tasso Jereissati, José
Aníbal, Aécio Neves e Teotonio Vilela Filho.
"Nenhum deles tem hoje simpatia por Doria", diz
um integrante da executiva.
O ex-ministro e ex-deputado federal Bruno
Araújo, pernambucano, assume a sigla, escolhido
por Doria. Na semana passada, segundo relatos
de tucanos ao Valor, Araújo manifestou
claramente preocupações em ser identificado
como linha de transmissão de Doria no PSDB e
cogitou desistir da disputa.
Doria não aceitou a decisão e pressionou Araújo.
Nos bastidores, o ex-ministro do governo Michel
Temer teme um cenário futuro de conflitos com o
governador e ressaltou a dificuldade de Doria em
aceitar posições contrárias às suas. Bruno Araújo
se recolheu nos últimos dias e pretende
enfatizar, ao assumir o posto, que o PSDB não
tem dono e não faz parte do governo de Jair
Bolsonaro.
Não foi confirmada a presença do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso na convenção
nacional do partido hoje. Lideranças tucanas
reconhecem o protagonismo de Doria na atual
conjuntura política, mas ressaltam a necessidade
de preservar compromissos históricos do PSDB
com a social-democracia.
"O PSDB, como outros partidos, não teve bom
desempenho nas eleições passadas, o que nos
leva a uma necessária reflexão. Por outro lado, o
partido tem valores da social-democracia que não
podem ser abandonados, ainda mais hoje no
Brasil. São valores nas políticas sociais, na área
da saúde, educação, assistência social, direitos
humanos, que eu defendo. É um partido social-
democrata, como diz o nome", enfatizou o
senador Antonio Anastasia, ex-governador de
Minas.
Anastasia sustenta que Doria, hoje, reencarna a
expectativa de poder ao PSDB, o que lhe
assegura um protagonismo político. "E os
partidos vivem desta expectativa. Doria, por sua
qualidade, sua competência, sua posição, tem
essa possibilidade [de chegar à Presidência]",
opinou.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirma que
a nova direção nacional do PSDB "vai ser
representativa de todas as forças do partido, de
todos os Estados, da bancada federal, prefeitos,
como sempre foi". Covas admite que o
governador de São Paulo é "a maior liderança
hoje do PSDB" e por isso tem um peso grande
nas definições do novo comando do partido.
"Não vejo nenhuma incompatibilidade entre o
discurso do João Doria e a história do PSDB. O
partido sempre defendeu privatizações, defendeu
o controle de gastos. O PSDB sempre se
comportou como partido de centro e é desta
forma que vai continuar a se comportar sob a
direção de Bruno Araújo", disse Covas.
Causou mal-estar em setores do partido a
declaração recente do governador paulista de
que não há espaço para a esquerda no PSDB,
convidando os insatisfeitos a se retirarem do
partido. Doria elogiou a abertura, pelo diretório
municipal, de um processo de expulsão do
sociólogo Fernando Guimarães, liderança do
grupo Esquerda Pra Valer, criado na década de
90 quando os tucanos debatiam a aliança com o
então PFL.
A razão seria a participação de Guimarães no
fórum Direitos Já, suprapartidário, com presença
de petistas. O próprio sociólogo define o grupo
como um "campo progressista de diálogo e
atuação na sociedade civil em defesa dos valores
fundamentais expressos na Constituição
ameaçados pela agenda do governo Bolsonaro".
Guimarães, filiado ao PSDB há 30 anos, não foi
oficialmente notificado sobre o processo de
expulsão. Ele vê nas declarações de Doria uma
tentativa de mandar recados aos integrantes
Data: 31/05/2019
48
Grupo de Comunicação e Marketing
históricos do partido que abertamente defendem
pautas progressistas.
"Doria emite sinalizações contraditórias quando
busca semanticamente se posicionar como
centro. É evidente que nisso tem uma estratégia
eleitoral. Aquele que se afirma de centro tem
maior possibilidade de agregar eleitores de
centro-esquerda e centro-direita", diz o
sociólogo.
Guimarães, que começou a cultivar a admiração
por Franco Montoro e o PSDB aos 9 anos de
idade, diz que o governador de São Paulo "trata
o PSDB como se fosse uma empresa dele". Como
estadista, acrescenta, Doria deveria ter interesse
em abrir o diálogo com o fórum Direitos Já, e não
demonizar a iniciativa.
Para o governador do Rio Grande do Sul,
Eduardo Leite - outra liderança que permanece
no radar tucano para disputas eleitorais futuras -,
o que Doria rechaça é que o PSDB cultive
conceitos extremos de esquerda, sobretudo em
relação ao papel preponderante do Estado na
economia. "Acho que, de fato, para isso, não há
espaço dentro do PSDB", diz Leite.
"O PSDB, como social-democrata, deve
compreender a iniciativa privada com um papel
relevante, e o governo, na área econômica,
reduzindo seu papel, mas não deve ser
eliminado. Não há espaço para uma esquerda
para valer, mas também não há espaço para o
liberalismo absoluto", defende o governador do
Rio Grande do Sul. Leite prega que o PSDB se
diferencie da esquerda nas pautas econômicas,
mas defenda a "diversidade, inclusão social,
agenda de tolerância, de busca pela igualdade
entre as pessoas e de gênero." "O PSDB precisa
trabalhar esses temas."
https://www.valor.com.br/politica/6284723/psdb
-entra-na-era-doria-e-tenta-conter-poder-de-
governador
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Data: 31/05/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Em defesa das tarifas de carbono
Por Adair Turner
Em janeiro, 3.554 economistas americanos -
entre os quais 27 laureados com o prêmio Nobel,
quatro ex-presidentes do Federal Reserve (Fed, o
BC dos EUA) e dois ex-secretários do Tesouro -
propuseram a adoção de uma política até então
herética. Os EUA, disseram eles, deveriam
associar um preço interno do carbono a um
"sistema de ajuste de carbono de fronteira". Ao
apoiar tarifas que refletiriam a intensidade de
carbono de produtos importados fundamentais,
eles romperam com a ortodoxia de livre mercado
de que as políticas ambientais nacionais não
deveriam atravancar a liberalização do comércio
mundial.
Eles estavam certos em fazer isso. Na ausência
das tarifas de carbono, os temores em torno da
"competitividade" continuarão a limitar a ação
decisiva voltada para o combate à mudança
climática prejudicial.
O obstáculo fundamental à descarbonização é o
aparente paradoxo de que os custos são baixos
no nível do consumidor final, mas elevados para
uma empresa individual. Como enfatiza o recente
relatório "Mission Possible", da Comissão de
Transições Energéticas (ETC, nas iniciais em
inglês), a tecnologia necessária para obter a
descarbonização total da economia mundial até
aproximadamente 2050 ou 2060, com efeitos
muito pequenos sobre os padrões de vida das
famílias, já existe. Se todo o aço usado na
fabricação de automóveis fosse produzido de
uma maneira zero em carbono, o preço de um
carro comum aumentaria menos de 1%. O custo
total para descarbonizar todos os setores mais
difíceis de diminuir - indústrias pesadas, como a
siderurgia, o setor de cimento e o de produtos
químicos, e o transporte de longa distância (por
caminhões, aviação e transporte marítimo) - não
ultrapassaria 0,5% do PIB mundial.
Mas, encarados da perspectiva de uma empresa
individual, os custos da descarbonização podem
amedrontar. Produzir aço zero em carbono
poderia acrescentar 20% aos custos totais de
produção, e produzir cimento zero em carbono
poderia duplicar os preços do cimento. Assim,
qualquer empresa individual de aço ou cimento
comprometida com emissões zero de carbono ou
obrigada a fazer isso pela regulamentação ou
pela fixação dos preços do carbono, poderia
acabar tendo de fechar as portas caso seus
concorrentes não enfrentassem limitações
semelhantes.
Essa questão até agora bloqueou o uso eficiente
de preços explícitos do carbono para impulsionar
a descarbonização. Quase todos os economistas
que aceitam a ciência climática acreditam que
impostos sobre o carbono, ou preços fixados
dentro de um esquema de transação de
emissões, têm de fazer parte de qualquer reação
ótima de política pública. Mas, mesmo em
lugares em que essa política pública
teoricamente desejável foi empregada - por
exemplo, no âmbito do Sistema Europeu de
Transações de Emissões -, os preços do carbono
desempenharam papel menos importante no
impulso à descarbonização do que a
regulamentação de subsídios diretos à energia
renovável.
A tarifa sobre o carbono poderia desencadear
uma sequência de decisões nacionais
independentes que impulsionam benéfica 'guerra
competitiva' por meio da elevação dos preços' na
qual preços quase iguais do carbono se
disseminariam pelo mundo inteiro
A resposta óbvia é cobrar impostos de carbono
em um país, ou em uma união aduaneira de
vários países, com uma tarifa equivalente por
tonelada de carbono sobre produtos importados
intensivos no uso de carbono, associados a
abatimentos de impostos para exportadores. Dez
anos atrás, quando eu era presidente do Comitê
sobre Mudança Climática do Reino Unido,
discutimos essa possibilidade. Mas ela se
defrontou com uma barreira de oposição.
Políticas desse tipo, disseram, infringiam as
regras da Organização Mundial do Comércio
Data: 31/05/2019
50
Grupo de Comunicação e Marketing
(OMC), eram indesejáveis em princípio e
desencadeariam aumentos de tarifas olho por
olho, dente por dente.
Desde então, usamos com sucesso outros
instrumentos de política pública para impulsionar
a instalação em grande escala de sistemas de
energia elétrica renováveis, com os custos tendo
caído drasticamente. Mas, nos setores
industriais, a multiplicidade de caminhos
alternativos possíveis para a descarbonização
torna essencial o uso do mecanismo do preço
para desencadear uma busca, puxada pelo
mercado, de soluções de custo mínimo. E, para
fazer isso, precisamos de uma resposta para o
problema da competitividade.
É por isso que o relatório "Mission Possible", da
ETC, argumenta em favor da inclusão de ajustes
de carbono de fronteira (tarifas de carbono) à
caixa de ferramentas dos formuladores de
políticas públicas, e é por isso que economistas
americanos destacados chegaram à mesma
conclusão. Eles argumentam agora em favor da
adoção de um preço do carbono dentro dos EUA,
associado com ajustes de fronteira que
considerem o teor de carbono tanto dos produtos
importados quanto dos exportados. Um esquema
desse tipo "protegeria a competitividade
americana e puniria a obtenção, sem custos, de
benefícios por outros países".
Mas, embora os economistas formulem seu
argumento em linguagem concebida para ter
bons resultados nos EUA, essa política poderia,
da mesma maneira, ser usada por outros países
para defender seus setores produtivos contra
produtos importados intensivos no uso de
carbono provenientes dos EUA.
Na verdade, nenhum país comprometido com o
enfrentamento da mudança climática deveria
encarar essa proposta de política pública como
uma ameaça à sua economia. Se um país aplica
um imposto de, digamos, US$ 50 por tonelada de
dióxido de carbono emitida, com um imposto de
fronteira equivalente incidente sobre produtos
importados e com um abatimento para os
exportadores, qualquer outro país que fizer o
mesmo deixará seus setores produtivos
exatamente na mesma posição competitiva
relativa que antes de qualquer dos dois países ter
introduzido a política.
Um acordo político mundial sobre a fixação de
preços para o carbono se mostrou inalcançável.
Uma tarifa sobre o carbono poderia desencadear
uma sequência de decisões nacionais
independentes que impulsionam uma benéfica
"guerra competitiva por meio da elevação dos
preços" na qual preços aproximadamente iguais
do carbono se disseminariam pelo mundo inteiro.
Às vezes devem se abandonar tabus intelectuais.
O ajuste de carbono de fronteira é uma ideia que
chegou a hora de adotar. Ele poderia
desempenhar papel importante para impulsionar
avanços na direção da economia de carbono zero
tecnológica e economicamente possível até
meados do século. (Tradução de Rachel
Warszawski)
Adair Turner, presidente do Instituto para o Novo
Pensamento Econômico e ex-presidente da
Autoridade de Serviços Financeiros do Reino
Unido, é presidente da Comissão de Transições
Energéticas. Copyright: Project Syndicate, 2019.
www.project-syndicate.org
https://www.valor.com.br/opiniao/6284565/em-
defesa-das-tarifas-de-carbono
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Data: 31/05/2019
51
Grupo de Comunicação e Marketing
CCEE busca alternativa aos contratos de
reserva
Por Camila Maia | De São Paulo
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE) está estudando uma alternativa para
acabar com os contratos de energia de reserva
que envolvem a transformação gradual deles em
energia com lastro, de forma semelhante aos
contratos dos projetos de Programa de Incentivo
às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
(Proinfa), disse Rui Altieri, presidente do
conselho da câmara. Ele participou, nesta
semana, da Brazil Wind Power e Energy
Solutions.
A mudança incluiria até o contrato de venda da
usina nuclear de Angra 3, que teve o prazo de
início de operação adiado para 2026 depois de
problemas nas obras relacionados à Operação
Lava-Jato.
Os leilões de reserva foram feitos entre 2008 e
2016 sob o argumento de que a energia
contratada iria compensar a redução natural da
garantia física das hidrelétricas e aumentar a
segurança do sistema. Por ser "de reserva", ela
não entra no portfólio das distribuidoras e não dá
respaldo de contrato para cumprimento de
atendimento da carga. Contudo, são fontes não
despacháveis e provocam o deslocamento das
hidrelétricas, agravando o problema do déficit de
geração das hidrelétricas (GSF, na sigla em
inglês), o que motiva a preocupação da CCEE.
Segundo Altieri, a CCEE não tem objeções às
fontes inflexíveis (não despacháveis), como o
caso das eólicas e solares, mas sim à contratação
na forma de reserva pelos problemas causados
ao Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).
O MRE é como um condomínio que reúne a
geração de todas as hidrelétricas do sistema. Por
diversos motivos, como falta de chuvas, geração
térmica mais cara fora da ordem de mérito,
atrasos em projetos de transmissão e importação
de energia, as hidrelétricas têm gerado menos
que as respectivas garantias físicas. Essa
diferença se traduz no GSF, que é a energia
contratada e não gerada pelas usinas, e que
acaba sendo comprada no mercado de curto
prazo.
"A energia de reserva faz o deslocamento das
hidrelétricas porque, se você tem uma usina
atendendo parte do mercado e chega uma
geração superior, quem para de gerar?", afirmou
Altieri, se referindo às fontes não despacháveis
que não podem parar de gerar. Com isso, poupa-
se água dos reservatórios das hidrelétricas e o
deslocamento que resulta do GSF é agravado.
Segundo estimativas da CCEE, de 4% a 5% do
déficit das hidrelétricas anual é causado pelo
deslocamento da energia de reserva.
A mudança do contrato de reserva para um
contrato com lastro não pode ser repentina, pois
prejudicaria a expansão do sistema. Por exemplo,
se uma determinada potência da fonte eólica for
transformada em energia com lastro e alocada ao
portfólio das distribuidoras, isso reduzirá a
necessidade de contratação futura da
concessionária sem que necessariamente a oferta
de energia tenha crescido.
"A alternativa seria transformar paulatinamente.
Se fizermos a mudança a cada ano de 20% da
energia de reserva, em cinco anos não teremos
mais o problema", disse Altieri. A decisão poderia
ser tomada pelo Ministério de Minas e Energia e
pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), com a mudança operacionalizada pela
CCEE, segundo Altieri. Segundo ele, a discussão
ainda é inicial e está sendo amadurecida.
https://www.valor.com.br/empresas/6284671/cc
ee-busca-alternativa-aos-contratos-de-reserva
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Data: 31/05/2019
52
Grupo de Comunicação e Marketing
Atvos terá de encarar desafios operacionais
Por Luiz Henrique Mendes e Fernando Lopes | De
São Paulo
Além da difícil missão de renegociar R$ 15
bilhões em dívidas, a Atvos, braço sucroalcooleiro
da Odebrecht, terá de resolver velhos desafios
operacionais se quiser sair mais saudável e
rentável da recuperação judicial na qual acabou
de ingressar.
Inicialmente batizada como ETH Bioenergia, a
empresa foi criada em 2007 sob um clima de
euforia embalado pelo sonho de o Brasil se tornar
uma potência exportadora de etanol. O objetivo
não foi atingido e a Atvos jamais conseguiu ter
canaviais suficientes para suportar o gigantismo
da estrutura industrial inicialmente planejada.
Com nove usinas espalhadas por São Paulo,
Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a
Atvos moeu 25,8 milhões de toneladas de cana
na safra 2017/18 (último dado disponível), o que
significou uma ociosidade de 30%, uma vez que
sua capacidade nominal de moagem é de cerca
de 36 milhões de toneladas - líder desse
mercado, a Raízen moeu 60 milhões de toneladas
em 2018/19.
Para reverter o quadro, a empresa teria de fazer
investimentos bilionários nos próximos anos para
expandir e renovar a área de canavial, o que não
é considerado factível por especialistas em
consequência de sua situação financeira.
Na petição enviada na quarta-feira à 1ª Vara de
Falências da Comarca de São Paulo, na qual a
Atvos pediu a recuperação judicial, a companhia
mencionou um estudo realizado pela consultoria
Canaplan para avaliar a viabilidade da empresa.
O trabalho indica que, com investimentos em
expansão e renovação de canaviais, a geração de
caixa da Atvos poderá saltar de R$ 1,5 bilhão
para R$ 3,4 bilhões até a temporada 2028/29.
Para isso, a empresa teria de investir cerca de R$
700 milhões por ano. Pelas projeções da
Canaplan, a geração de caixa aumentaria em R$
1 bilhão em apenas três safras com esses
aportes. Para se ter uma ideia da relevância dos
investimentos nos canaviais, basta dizer que eles
representariam quase 20% da geração de caixa
prevista para a safra 2022/23.
Segundo o analista Wiliam Hernandes, da
consultoria FG/A, a ociosidade da Atvos dificulta
a diluição de custos fixos da empresa. Na safra
2017/18, as despesas administrativas
representaram R$ 14,05 por tonelada de cana-
de-açúcar moída, quando a média de 58 grupos
acompanhados pela FG/A foi de R$ 11,45.
Em comparação à produção efetiva, a Atvos é
uma das mais endividadas do segmento. Na safra
2017/18, a empresa devia R$ 361,01 por
tonelada de cana moída, enquanto a média do
segmento era de R$ 134,25.
Além da falta de canaviais, as regiões onde as
usinas da Atvos estão localizadas também sofrem
com o clima pior do que a média, segundo fontes
que conhecem suas operações. Em Mato Grosso
do Sul, o problema são as constantes geadas. Em
Mato Grosso, é a falta de chuvas.
Mas quem conhece os ativos argumenta que as
usinas são boas - "estado da arte", nas palavras
de um experiente executivo do agronegócio. Das
nove usinas da Atvos, sete foram construídas do
zero pela companhia ou pela Brenco, companhia
criada em 2007 pelo ex-presidente da Petrobras
Henri Philippe Reichstul a partir de investimentos
de US$ 2 bilhões para, como a Odebrecht,
aproveitar o "boom" do etanol.
Em 2009, a Brenco já enfrentava dificuldades
financeiras e, após negociar inclusive com a
Petrobras, teve seu controle vendido à
Odebrecht. Mas a união de ETH e Brenco na nova
Odebrecht Agroindustrial, com foco no etanol, viu
o cenário piorar quando o governo Dilma passou
a controlar os preços da gasolina e, por tabela,
os do biocombustível.
Caso não consiga se recuperar, a saída da Atvos
será vender seus ativos. Mas também não será
Data: 31/05/2019
53
Grupo de Comunicação e Marketing
uma tarefa fácil. "Não há ninguém no mercado
com apetite para engolir a Atvos toda - e há
outros ativos à venda, como os da Bunge. Talvez
a empresa consiga vender algumas usinas e, no
máximo, 30% de seus canaviais", disse um
executivo do segmento.
É a segunda recuperação judicial de um grande
grupo do ramos em poucas semanas - a Usina
Santa Terezinha, do Paraná, que já chegou a
processar 18 milhões de toneladas por safra,
anunciou a sua em março. "Quando tombam os
primeiros mamutes, os bancos começam a correr
atrás e há usinas menores em dificuldades",
disse a fonte. Os problemas podem "ajudar" a
enxugar a produção brasileira de cana em
tempos de avanço da oferta global, puxada por
países como a Tailândia.
https://www.valor.com.br/agro/6284611/atvos-
tera-de-encarar-desafios-operacionais
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