Upload
trinhquynh
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Theileria sp
Classe Piroplasmida.
Espécies:
Espécie Hospedeiro Vetor Doença Distribuição
T. parva Bovinos Rhipicephalus Febre da Costa Leste África Oriental e central
T. annulata Bovinos HyalommaTeileriose mediterrânea ou
tropical
África do Norte, sul da
Europa, Médio Oriente,
Ásia
T. hirciOvinos
CaprinosHyalomma
Teileriose ovina (caprina)
maligna
África do Norte, sul da
Europa, Médio Oriente,
Ásia
Nos eritrócitos, os piroplasmas são predominantemente em forma de bastonetes,
tendo até 2,0 µm de comprimento e 1,0 µm de largura. Ocorrem também formas
redondas, ovais e anulares.
o Corante de Giemsa: citoplasma azul com um ponto de cromatina vermelha.
No citoplasma dos linfócitos dos linfonodos e do baço, encontram-se os
esquizontes.
o Corante de Giemsa: macroesquizontes- 8µm, azuis, 8 núcleos e
microesquizontes – 36 pequenos núcleos (micromerozoítos em
desenvolvimento).
Multiplica-se por esquizogonia: uma forma sincronizada com o linfócito
hospedeiro.
CICLO DE VIDA
Os esporozoítos são inoculados nos bovinos pela carraça e entram rapidamente
nos linfócitos numa glândula linfática associada, geralmente a parótida. O linfócito
parasitado transforma-se num linfoblasto, que se divide rapidamente à medida
que o macroesquizonte se desenvolve. A divisão é aparentemente estimulada pelo
parasita, que se divide sincronicamente com o linfoblasto e produz duas células
infetadas.
Aproximadamente 12 dias depois, uma certa proporção dos macroesquizontes
desenvolve-se em microesquizonte e em mais ou menos um dia os
microesquizontes produzem os micromerozoítos que, liberados por uma ruptura
dos microesquizontes, invadem os eritrócitos e tornam-se piroplasmas (não se
multiplicam nos eritrócitos).
Para que o ciclo se complete, os piroplasmas precisam de ser ingeridos pelas larvas
ou estágios ninfais do vetor. Ocorre uma fase sexuada no intestino da carraça,
seguida pela formação de esporoblastos nas glândulas salivares. Não se verifica
desenvolvimento posterior até o estágio seguinte da carraça se começar a
alimentar, quando os esporoblastos produzem esporozoítos infectantes, a partir do
10º dia. Como as carraças fêmeas se nutrem continuamente ao longo de 10 dias e
os machos, de forma intermitente, por um período mais longo, isto permite um
amplo tempo para a infeção do hospedeiro.
A transmissão é interestadial, ou seja, pelo próximo estágio da carraça e, não
ocorre transmissão transovariana.
O modo de divisão da Theileria é invulgar: este parasita divide-se de uma forma
sincronizada com o linfócito hospedeiro.
Embora parasitem linfócitos os organismos do género Theileria proliferam imenso
nos animais infetados. Isto acontece porque:
o induzem a proliferação dos linfócitos hospedeiros.
o inibem a sua morte por apoptose.
Sintomas clínicos associados à esquizogonia:
o 1ª indicação de infeção → Aumento dos nódulos linfáticos adjacentes à
zona da picada.
o Febre persistente
o Linfadenopatia generalizada
o Leucopenia
o Anemia
o Outras manifestações como anorexia, diarreia, caquexia
o Petéquias no rim devido a infeção por Theileria parva.
Diagnóstico: Deteção de Theileria em esfregaços de sangue e em biópsias de
gânglios, PCR, Serologia.
Controlo:
o Acaricidas.
o Vacinação com vacinas atenuadas (para T. annulata a vacina é preparada
com linhas celulares infetadas com esquizontes retirados do gado e
atenuados por cultura in vitro).
Tratamento: tetraciclinas (valor terapêutico). Em casos de Febra da Costa do Leste
são usados compostos como naftaquinona parvaquona, buparvaquona e
anticoccídeo halofunginona.