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OLIBERAL BELÉM, QUINTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2013 2 PODER Governo pede redução de R$ 45 bilhões da meta fiscal. Página 3. DINHEIRO Produção industrial é negativa no Pará DESEMPENHO Estado está entre os nove que reduziram o percentual anual de produção O Pará fechou 2012 com que- da no índice de produção industrial. Entre 2011 e o ano passado o Estado variou sua produção negativamente em 1,1% e compõe a lista de oito das 14 Unidades da Fede- ração (UF) que reduziram seu percentual de exportação. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos do- ze meses, manteve a trajetó- ria descendente iniciada em abril (3,5%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE). No Estado, o índice de média móvel trimestral apontou varia- Queda dos índices é reflexo das dificuldades no mercado internacional econômicas enfrentadas no ce- nário internacional. “Qualquer recuo nas compras externas, por exemplo, pode nos levar a uma queda na nossa produção”, disse. “Outro fator importante para essa queda são as importa- ções”, disse. “O Brasil tem comprado mui- tos produtos já industrializados no mercado internacional. E im- portou mais porque o câmbio favoreceu as contas externas em detrimento das vendas. A valorização do real frente ao dólar contribui para o recuo das exportações no Estado e no pa- ís”, explicou. Segundo o geren- te, no entanto, o Pará não tem nenhuma característica que o tenha feito diminuir o número da produção industrial. ção positiva de 0,5% na passa- gem dos trimestres encerrados em novembro e dezembro, após crescer 1,9% em outubro e ficar estável em novembro (0,0%). O último fôlego foi dado no quarto trimestre, quando, na compara- ção contra trimestre anterior, a indústria paraense avançou 2,4%, recuperando parte da queda de 4,8% do terceiro trimestre. Já na comparação dos me- ses de dezembro, em 2012 o recuo foi de 3,4% em compara- ção com dezembro de 2011. METALURGIA O principal impacto negativo na média global da indústria fi- cou com o setor de metalurgia básica (-13,7%), pressionado em grande parte pela queda na fa- bricação de óxido de alumínio e alumínio não ligado em formas brutas. Vale citar também os re- sultados negativos registrados pelas atividades madeireiras (-20,5%) e de alimentos e bebi- das (-3,6%), influenciados prin- cipalmente pelos itens madeira serrada, aplainada ou polida e folhas para compensados, no primeiro ramo, e de farinha de trigo e crustáceos congelados, no segundo. Por outro lado, a única contri- buição positiva foi registrada pe- lo setor extrativo (2,3%), impul- sionado sobretudo pela maior extração de minérios de ferro e de alumínio. De acordo com Raul Tavares, gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), a queda de produção no Pará e no Brasil é um reflexo das dificuldades O deputado Zé Geraldo (PT-PA) apresentou ontem, na Câmara dos Deputados, pro- jeto que propõe a partilha dos royalties da água entre os mu- nicípios em área de abrangên- cia direta e indireta das hidre- létricas. A proposta visa cor- rigir a "injustiça causada pela redação da atual legislação sobre compensação financei- ra pela utilização de recursos hídricos para exploração de potencial hidráulico na gera- ção de energia elétrica". No texto atual a compen- sação é paga a municípios em cujos territórios estão instala- ções de produção de energia elé- trica ou que tenham área inva- didas por águas dos territórios. Ocorre que, dentre os impactos causados por uma hidrelétrica, podem-se destacar os socioeco- nômicos, como, por exemplo, no transporte, habitação, sane- amento e saúde. Tais impactos, justifica o parlamentar, têm ori- gem no aumento populacional por causa dos canteiros de obras ou pela migração em busca de melhores condições de vida nas cidades indiretamente influn- ciadas pelas hidrelétricas. "A atual Constituição defi- niu um valor a partir da lâmi- na d'água, considerou impacto só da água, não considerou os outros impactos sociais. Eu já conheço a situação de Tucuruí, dos municípios da região de Cametá, como Baião, Oeiras, Mocajuba, Igarapé-Miri e Ca- metá, que nunca receberam um centavo de royalties e nun- ca receberão pela lei atual. Es- sa sempre foi uma reclamação, não só desses municípios, mas também de outras regiões do Brasil que possuem hidrelétri- cas. Mas o mais interessante, é o exemplo da hidrelétrica de Belo Monte, que dos onze mu- nicípios que fazem parte do Plano Inserção Regional, pra- ticamente, só dois (Altamira e Vitória dos Xingu) receberão recursos da compensação das águas", disse. O deputado disse ainda que em reunião com os minis- térios da Integração Nacional, Planejamento e Casa Civil de- fendeu que os investimentos do grupo construtor de Belo Monte não sejam para os vin- te anos após a conclusão das obras, mas para, no máximo, dez anos. "No financiamento do empreendimento, o grupo construtor acertou R$ 500 mi- lhões para se gastar em vinte anos, mas segundo o que con- versei e sugeri com os minis- térios esse prazo reduzir para dez anos. O projeto vai acabar em 2019, 2020, mas os impac- tos são agora, então por que es- perar acabar para contar mais vinte anos? Esses projetos vão terminar, mas o que vai ficar de fato são as compensações das águas, então não é justo que só dois municípios conti- nuem recebendo." Deputado quer divisão de royalties entre cidades afetadas por hidrelétricas RAFAEL QUERRER Da Sucursal BRASÍLIA IMPACTO Objetivo é aumentar abrangência da lei para mitigar efeitos socioeconômicos THIAGO VILARINS Da Sucursal BRASÍLIA O governo federal anun- ciou a implantação de Centros de Economia Solidária em 42 municípios de 19 Unidades da Federação. Nenhuma cidade paraense foi contemplada por- que, segundo o Ministério do Trabalho (MTE), as prefeituras do Estado não apresentaram projetos para solicitar a insta- lação dos Centros. A economia solidária vem sendo apresenta- da como uma alternativa ino- vadora de geração de trabalho e renda, e uma resposta favo- rável às demandas de inclusão social no País. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organi- zadas sob a forma de coope- rativas, associações, clubes de troca, empresas de autogestão e redes de cooperação - que re- alizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio jus- to e consumo solidário. O Ministério do Desen- volvimento Social e Com- bate à Fome (MDS), em par- ceria com o Ministério do Trabalho e Emprego firmou convênios com as gestões municipais para a consolida- ção de centros de economia solidária no País. A escolha dos municípios e estados pa- ra os convênios foi feita por meio de editais para seleção de projetos, sendo um deles direcionado aos municípios e outro aos estados. PROPOSTAS Ao todo foram recebidas propostas de 97 municípios e 22 estados. Os projetos fo- ram analisados pelo Comitê de Seleção constituído pelos dois ministérios. "Esses acor- dos prevêem o apoio para capacitação, qualificação e estruturação de organiza- ções da economia solidária, com o objetivo de incluir mais pessoas no mercado de trabalho", diz o diretor de In- clusão Produtiva Urbana do MDS, Luiz Müller. Nos últimos dois anos, o governo federal investiu R$ 85 milhões na estruturação de centros de economia solidária. Este ano, será feito um repasse complementar totalizando R$ 100 milhões. O prazo para que os municípios e estados invis- tam os recursos termina em dezembro deste ano. A ação vai beneficiar 60 mil pessoas em todo o País, prevê Müller. Os centros são espaços destinados ao desenvolvi- mento e comercialização de produtos fabricados por em- preendedores de baixa renda. "Foi uma reivindicação dos movimentos da economia so- lidária, que precisam de ende- reço na cidade para expor os produtos e fazer seminários", destaca o secretário nacional de Economia Solidária do MTE, Paul Singer. Por falta de projetos, Estado fica sem Centros de Economia Solidária INCLUSÃO SOCIAL Segundo Ministério, nenhum prefeito fez solitição para instalar centros RAFAEL QUERRER Da Sucursal BRASÍLIA FIQUE DE OLHO Prazo para entrega de guia da Previdência vence hoje Termina hoje, no Pará, o prazo para entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), referente ao mês de janeiro de 2013. A informação foi prestada, ontem, pela delegacia da Receita Federal do Brasil em Belém. Segundo a Receita Federal, deverão entregar a GFIP as pessoas físicas e as pessoas jurídicas sujeitas ao recolhimento do FGTS e das contribuições ou à prestação de informações à Previdência Social. Mesmo que a empresa ainda não tenha realizado recolhimentos para o FGTS a Guia deverá ser entregue. Terão de constar na Guia os dados da empresa e dos trabalhadores, os fatos geradores de contribuições previdenciárias e valores devidos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), bem como as remunerações dos trabalhadores e o valor a ser recolhido ao FGTS. A não entrega da GFIP ou a prestação de informações incorretas no documento constitui infração com grave prejuízo para o trabalhador, que deixa de ter seus direitos regularmente assegurados, por dificultar o gozo dos benefícios da Previdência Social. As repercussões para as empresas que deixam de entregar as Guias também podem alcançar, inclusive, a esfera penal. Multa mínima pela não entrega do documento: R$ 200,00 Multa máxima pode chegar a 20%das contribui- ções previdenciárias devidas no mês Para envio e elaboração da GFIP, o contribuinte deve observar os procedimentos descritos na página http://www.receita.fazenda.gov.br A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou ontem que o emprego indus- trial e as horas trabalhadas na produção (indicador de ativida- de) recuaram, no ano passado, pela primeira vez em três anos, mas acrescentou que o fatura- mento da indústria avançou 2,4% no mesmo período. De acordo com a entidade, a indústria de transformação buscou "recuperação" em 2012. Entretanto, esse processo foi "lento" e "com interrupções", de forma que apenas o fatura- mento mostrou crescimento em mais da metade dos seto- res. "Os demais indicadores registraram queda na compa- ração de 2012 frente a 2011 pa- ra grande parte da indústria", informou a CNI. O chefe da Unidade de Polí- tica Econômica da CNI, Flavio Castelo Branco, confirmou que ano de 2012 foi de "ajustes" de estoques para a indústria, uma vez que o faturamento subiu em um cenário de queda da atividade e do emprego indus- trial. "Os estoques ao fim do ano já ficaram equilibrados. Neste ambiente, a expectativa é que, se a demanda aparece com um pouco mais de inten- sidade, isso vai se transmitir para a produção", declarou. De acordo com dados da entidade, as horas trabalhadas na produção (que estão relacio- nadas com o nível de atividade da indústria) recuaram 1,5% em 2012, o que representa a primeira queda, e também o pior resultado, desde 2009 - quando foi contabilizada uma queda de 7,7%. Ao mesmo tempo, o empre- go industrial registrou queda de 0,2%. Trata-se, também, do primeiro recuo e do pior resul- tado desde 2009 (-3,3%), quando o Brasil sentia os efeitos da pri- meita etapa da crise financeira internacional. Em 2012, o empre- go caiu em 11 dos 19 setores pes- quisados. A massa salarial real, porém, subiu 5,1% em 2012. Com o menor nível de ativida- de, também diminuiu, em 2012, o nível de uso do parque fabril da indústria (capacidade instala- da). Ainda de acordo com a CNI, o indicador terminou o ano pas- sado em 80,9%, com queda de 0,6 ponto frente ao fechamento de 2011 (81,5%). Foi o primeiro recuo desde 2010 (-0,1%). "A atividade industrial mos- trou dificuldades em todo o ano de 2012. Os indicadores dessazonalizados passaram a maior parte do ano alternando entre taxas positivas e negati- vas de variação na compara- ção com o mês anterior. Como resultado, a maioria dos indi- cadores registrou queda no acumulado de 2012, frente ao mesmo período do ano ante- rior", informou a CNI, por meio de nota à imprensa. Apesar da queda do ritmo de atividade e do emprego,o fatu- ramento da indústria avançou 2,4% no ano passado. Mesmo mantendo expansão, o ritmo foi menor, visto que o cresci- mento foi o mais baixo desde 2009 (quando o faturamento teve queda de (4,4%), ainda de acordo com dados da CNI. Atividade e emprego industrial caem, mas faturamento sobe em 2012 Do Portal G1 BRASÍLIA Produção industrial do Pará Alimentos e bebidas -3,6% Setores com maiores quedas em 2012 Metalurgia básica -13,7% Atividade madeireiras -20,5% Estados com variação negativa Acumulada nos 12 meses FONTE: IBGE Amazonas -7 Espírito Santo -6,3 Rio de Janeiro -5,6 Paraná -4,8 Rio Grande do Sul -4,6 São Paulo -3,9 Santa Catarina -2,7 Ceará -1,3 Pará -1,1 Variação anual -1,1% AIRTON NASCIMENTO / O LIBERAL

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O LIBERAL BELÉM, QUINTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 20132 PODER

Governo pede redução de R$ 45 bilhões da meta fiscal. Página 3.DINHEIRO

Produção industrial é negativa no ParáDESEMPENHOEstado está entre osnove que reduziramo percentual anualde produção

O Pará fechou 2012 com que-da no índice de produção industrial. Entre 2011 e o

ano passado o Estado variou sua produção negativamente em 1,1% e compõe a lista de oito das 14 Unidades da Fede-ração (UF) que reduziram seu percentual de exportação. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos do-ze meses, manteve a trajetó-ria descendente iniciada em abril (3,5%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE).

No Estado, o índice de média móvel trimestral apontou varia-

Queda dos índices é refl exo das difi culdades no mercado internacional

econômicas enfrentadas no ce-nário internacional. “Qualquer recuo nas compras externas, por exemplo, pode nos levar a uma queda na nossa produção”, disse. “Outro fator importante para essa queda são as importa-ções”, disse.

“O Brasil tem comprado mui-tos produtos já industrializados no mercado internacional. E im-portou mais porque o câmbio favoreceu as contas externas em detrimento das vendas. A valorização do real frente ao dólar contribui para o recuo das exportações no Estado e no pa-ís”, explicou. Segundo o geren-te, no entanto, o Pará não tem nenhuma característica que o tenha feito diminuir o número da produção industrial.

ção positiva de 0,5% na passa-gem dos trimestres encerrados em novembro e dezembro, após crescer 1,9% em outubro e ficar estável em novembro (0,0%). O último fôlego foi dado no quarto trimestre, quando, na compara-ção contra trimestre anterior, a indústria paraense avançou 2,4%, recuperando parte da queda de 4,8% do terceiro trimestre.

Já na comparação dos me-ses de dezembro, em 2012 o recuo foi de 3,4% em compara-ção com dezembro de 2011.

METALURGIA

O principal impacto negativo na média global da indústria fi-cou com o setor de metalurgia básica (-13,7%), pressionado em grande parte pela queda na fa-bricação de óxido de alumínio e alumínio não ligado em formas brutas. Vale citar também os re-sultados negativos registrados pelas atividades madeireiras (-20,5%) e de alimentos e bebi-das (-3,6%), influenciados prin-

cipalmente pelos itens madeira serrada, aplainada ou polida e folhas para compensados, no primeiro ramo, e de farinha de trigo e crustáceos congelados, no segundo.

Por outro lado, a única contri-buição positiva foi registrada pe-lo setor extrativo (2,3%), impul-sionado sobretudo pela maior extração de minérios de ferro e de alumínio. De acordo com

Raul Tavares, gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), a queda de produção no Pará e no Brasil é um reflexo das dificuldades

O deputado Zé Geraldo (PT-PA) apresentou ontem, na Câmara dos Deputados, pro-jeto que propõe a partilha dos royalties da água entre os mu-

nicípios em área de abrangên-cia direta e indireta das hidre-létricas. A proposta visa cor-rigir a "injustiça causada pela redação da atual legislação sobre compensação financei-ra pela utilização de recursos hídricos para exploração de potencial hidráulico na gera-ção de energia elétrica".

No texto atual a compen-sação é paga a municípios em cujos territórios estão instala-ções de produção de energia elé-trica ou que tenham área inva-didas por águas dos territórios.

Ocorre que, dentre os impactos causados por uma hidrelétrica, podem-se destacar os socioeco-nômicos, como, por exemplo, no transporte, habitação, sane-amento e saúde. Tais impactos, justifica o parlamentar, têm ori-gem no aumento populacional por causa dos canteiros de obras ou pela migração em busca de melhores condições de vida nas cidades indiretamente influn-ciadas pelas hidrelétricas.

"A atual Constituição defi-niu um valor a partir da lâmi-na d'água, considerou impacto

só da água, não considerou os outros impactos sociais. Eu já conheço a situação de Tucuruí, dos municípios da região de Cametá, como Baião, Oeiras, Mocajuba, Igarapé-Miri e Ca-metá, que nunca receberam um centavo de royalties e nun-ca receberão pela lei atual. Es-sa sempre foi uma reclamação, não só desses municípios, mas também de outras regiões do Brasil que possuem hidrelétri-cas. Mas o mais interessante, é o exemplo da hidrelétrica de Belo Monte, que dos onze mu-

nicípios que fazem parte do Plano Inserção Regional, pra-ticamente, só dois (Altamira e Vitória dos Xingu) receberão recursos da compensação das águas", disse.

O deputado disse ainda que em reunião com os minis-térios da Integração Nacional, Planejamento e Casa Civil de-fendeu que os investimentos do grupo construtor de Belo Monte não sejam para os vin-te anos após a conclusão das obras, mas para, no máximo, dez anos. "No financiamento

do empreendimento, o grupo construtor acertou R$ 500 mi-lhões para se gastar em vinte anos, mas segundo o que con-versei e sugeri com os minis-térios esse prazo reduzir para dez anos. O projeto vai acabar em 2019, 2020, mas os impac-tos são agora, então por que es-perar acabar para contar mais vinte anos? Esses projetos vão terminar, mas o que vai ficar de fato são as compensações das águas, então não é justo que só dois municípios conti-nuem recebendo."

Deputado quer divisão de royalties entre cidades afetadas por hidrelétricas

RAFAEL QUERRERDa Sucursal

BRASÍLIA

IMPACTOObjetivo é aumentarabrangência da lei para mitigar efeitossocioeconômicos

THIAGO VILARINSDa Sucursal

BRASÍLIA

O governo federal anun-ciou a implantação de Centros de Economia Solidária em 42 municípios de 19 Unidades da Federação. Nenhuma cidade

paraense foi contemplada por-que, segundo o Ministério do Trabalho (MTE), as prefeituras do Estado não apresentaram projetos para solicitar a insta-lação dos Centros. A economia solidária vem sendo apresenta-da como uma alternativa ino-vadora de geração de trabalho e renda, e uma resposta favo-rável às demandas de inclusão social no País. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organi-zadas sob a forma de coope-rativas, associações, clubes de

troca, empresas de autogestão e redes de cooperação - que re-alizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio jus-to e consumo solidário.

O Ministério do Desen-volvimento Social e Com-bate à Fome (MDS), em par-ceria com o Ministério do Trabalho e Emprego firmou convênios com as gestões municipais para a consolida-ção de centros de economia solidária no País. A escolha dos municípios e estados pa-

ra os convênios foi feita por meio de editais para seleção de projetos, sendo um deles direcionado aos municípios e outro aos estados.

PROPOSTAS

Ao todo foram recebidas propostas de 97 municípios e 22 estados. Os projetos fo-ram analisados pelo Comitê de Seleção constituído pelos dois ministérios. "Esses acor-dos prevêem o apoio para capacitação, qualificação e

estruturação de organiza-ções da economia solidária, com o objetivo de incluir mais pessoas no mercado de trabalho", diz o diretor de In-clusão Produtiva Urbana do MDS, Luiz Müller.

Nos últimos dois anos, o governo federal investiu R$ 85 milhões na estruturação de centros de economia solidária. Este ano, será feito um repasse complementar totalizando R$ 100 milhões. O prazo para que os municípios e estados invis-tam os recursos termina em

dezembro deste ano. A ação vai beneficiar 60 mil pessoas em todo o País, prevê Müller.

Os centros são espaços destinados ao desenvolvi-mento e comercialização de produtos fabricados por em-preendedores de baixa renda. "Foi uma reivindicação dos movimentos da economia so-lidária, que precisam de ende-reço na cidade para expor os produtos e fazer seminários", destaca o secretário nacional de Economia Solidária do MTE, Paul Singer.

Por falta de projetos, Estado fica sem Centros de Economia SolidáriaINCLUSÃO SOCIALSegundo Ministério, nenhum prefeito fez solitição para instalar centros

RAFAEL QUERRERDa Sucursal

BRASÍLIA

FIQUE DE OLHO

Prazo para entrega de guia da Previdência vence hoje

Termina hoje, no Pará, o prazo para entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), referente ao mês de janeiro de 2013. A informação foi prestada, ontem, pela delegacia da Receita Federal

do Brasil em Belém.Segundo a Receita Federal, deverão entregar a GFIP as pessoas físicas e as pessoas jurídicas sujeitas ao recolhimento do FGTS e das contribuições ou à prestação de informações à Previdência Social.

Mesmo que a empresa ainda não tenha realizado recolhimentos para o FGTS a Guia deverá ser entregue.Terão de constar na Guia os dados da empresa e dos trabalhadores, os fatos geradores de contribuições previdenciárias e valores

devidos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), bem como as remunerações dos trabalhadores e o valor a ser recolhido ao FGTS.A não entrega da GFIP ou a prestação de informações incorretas no documento constitui infração com grave

prejuízo para o trabalhador, que deixa de ter seus direitos regularmente assegurados, por dificultar o gozo dos benefícios da Previdência Social. As repercussões para as empresas que deixam de entregar as Guias também podem alcançar, inclusive, a esfera penal.

Multa mínima pela não entrega do documento: R$ 200,00

Multa máxima pode chegar a 20% das contribui-ções previdenciárias devidas no mês

Para envio e elaboração da GFIP, o contribuinte deve observar os procedimentos descritos na página http://www.receita.fazenda.gov.br

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou ontem que o emprego indus-trial e as horas trabalhadas na produção (indicador de ativida-de) recuaram, no ano passado, pela primeira vez em três anos, mas acrescentou que o fatura-mento da indústria avançou 2,4% no mesmo período.

De acordo com a entidade, a indústria de transformação buscou "recuperação" em 2012.

Entretanto, esse processo foi "lento" e "com interrupções", de forma que apenas o fatura-mento mostrou crescimento em mais da metade dos seto-res. "Os demais indicadores registraram queda na compa-ração de 2012 frente a 2011 pa-ra grande parte da indústria", informou a CNI.

O chefe da Unidade de Polí-tica Econômica da CNI, Flavio Castelo Branco, confirmou que ano de 2012 foi de "ajustes" de estoques para a indústria, uma vez que o faturamento subiu

em um cenário de queda da atividade e do emprego indus-trial. "Os estoques ao fim do ano já ficaram equilibrados. Neste ambiente, a expectativa é que, se a demanda aparece com um pouco mais de inten-sidade, isso vai se transmitir para a produção", declarou.

De acordo com dados da entidade, as horas trabalhadas na produção (que estão relacio-nadas com o nível de atividade da indústria) recuaram 1,5% em 2012, o que representa a primeira queda, e também o

pior resultado, desde 2009 - quando foi contabilizada uma queda de 7,7%.

Ao mesmo tempo, o empre-go industrial registrou queda de 0,2%. Trata-se, também, do primeiro recuo e do pior resul-tado desde 2009 (-3,3%), quando o Brasil sentia os efeitos da pri-meita etapa da crise financeira internacional. Em 2012, o empre-go caiu em 11 dos 19 setores pes-quisados. A massa salarial real, porém, subiu 5,1% em 2012.

Com o menor nível de ativida-de, também diminuiu, em 2012,

o nível de uso do parque fabril da indústria (capacidade instala-da). Ainda de acordo com a CNI, o indicador terminou o ano pas-sado em 80,9%, com queda de 0,6 ponto frente ao fechamento de 2011 (81,5%). Foi o primeiro recuo desde 2010 (-0,1%).

"A atividade industrial mos-trou dificuldades em todo o ano de 2012. Os indicadores dessazonalizados passaram a maior parte do ano alternando entre taxas positivas e negati-vas de variação na compara-ção com o mês anterior. Como

resultado, a maioria dos indi-cadores registrou queda no acumulado de 2012, frente ao mesmo período do ano ante-rior", informou a CNI, por meio de nota à imprensa.

Apesar da queda do ritmo de atividade e do emprego,o fatu-ramento da indústria avançou 2,4% no ano passado. Mesmo mantendo expansão, o ritmo foi menor, visto que o cresci-mento foi o mais baixo desde 2009 (quando o faturamento teve queda de (4,4%), ainda de acordo com dados da CNI.

Atividade e emprego industrial caem, mas faturamento sobe em 2012

Do Portal G1

BRASÍLIA

Produção industrial do Pará

Alimentos e bebidas

-3,6%

Setores com maiores quedas em 2012

Metalurgia básica

-13,7%Atividade madeireiras

-20,5%

Estados com variação negativaAcumulada nos 12 meses

FONTE: IBGE

Amazonas -7Espírito Santo -6,3Rio de Janeiro -5,6

Paraná -4,8Rio Grande do Sul -4,6

São Paulo -3,9Santa Catarina -2,7

Ceará -1,3Pará -1,1

Variação anual

-1,1%

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