19
CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS 2016 RELATÓRIO DO ENCONTRO III CASCAVEL/PR, 13 DE SETEMBRO DE 2016

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS

2016

RELATÓRIO DO ENCONTRO III CASCAVEL/PR, 13 DE SETEMBRO DE 2016

Page 2: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 1

INFORMAÇÕES E CONTATO

Programa Oeste em Desenvolvimento Secretaria Executiva PTI - Parque Tecnológico Itaipu Fone (+55 45) 3529-2716 [email protected] Câmara Técnica de Energias [email protected] COORDENAÇÃO

Felipe Souza Marques | Coordenador Titular Gerente - Mercado e Negócios - CIBiogás-ER Fone (+55 45) 9923-0104 | 3576-7464 [email protected]

Ricardo Claudryc Bertoldi| Coordenador Suplente Coordenação de Serviços Tecnológicos e Inovação - SENAI Fone (+55 45) 3220-5457 [email protected]

GESTORA INTERNA

Danieli Clemente Doneda SEBRAE/PR - Regional Oeste

Fone (+55 45) 3321-7057 [email protected]

CONSULTOR E SECRETÁRIO

Henry Jefferson Sanches Troglio Mentoria | Estratégia & Marketing Fone (+55 45) 8401-8004 | 3523-6263

[email protected]

Page 3: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 3

2 ITAIPU: NOVAS INTERAÇÕES E AÇÕES EM ENERGIAS RENOVÁVEIS ........................................................... 4

3 APRESENTAÇÃO IERI: GERAÇÃO DISTRIBUÍDA - NOVAS OPORTUNIDADES ................................................ 5

4 MODELOS DE NEGÓCIOS COM BIOGÁS....................................................................................................... 6

5 DEBATE: OPORTUNIDADES DA CADEIA ENERGÉTICA REGIONAL ................................................................ 7

6 ENCAMINHAMENTOS FINAIS .................................................................................................................... 11

7 REGISTRO FOTOGRÁFICO .......................................................................................................................... 12

8 LISTAS DE PRESENÇA ................................................................................................................................. 13

Page 4: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 3

1 INTRODUÇÃO

Integrante do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) - iniciativa que reúne instituições como a

Itaipu Binacional, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Sebrae/PR, Sistema Cooperativo, CACIOPAR,

AMOP, EMATER e a FIEP - a Câmara Técnica de Energias (CTE) é composta por representantes de

instituições e empresas públicas e privadas, municipais e regionais, corresponsáveis pela

identificação e aproveitamento das oportunidades e enfrentamento dos gargalos energéticos, que

possam contribuir para a superação dos desafios das Cadeias Produtivas e dos Eixos Estruturantes do

POD, por meio do planejamento e operacionalização de projetos e ações integradas.

Este relatório reproduz os resultados da 3ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Energias de

2016, realizado no dia 13 de setembro nas dependências do auditório do SENAI, com sede em

Cascavel, promovido pelo Programa Oeste em Desenvolvimento, sob a supervisão do Coordenador

Titular da CTE, Felipe Souza Marques, do Coordenador Suplente Ricardo Claudryc Bertoldi e da

Gestora Interna Danieli Clemente Doneda.

O encontro foi oficialmente aberto pelo Coordenador Suplente da CTE Ricardo Claudryc Bertoldi, que

deu as boas-vindas aos participantes, presidido pelo Coordenador Titular, Felipe Souza Marques, e

contou com a participação de 64 representantes de entidades que, ao ingressarem, receberam um

relatório contendo as principais linhas de crédito e programas de fomento atualmente disponíveis

para fontes de energias renováveis e eficiência energética, previamente elaborado pelo SEBRAE/PR.

Logo após, foi dado início aos trabalhos de acordo com a seguinte pauta, pela ordem:

Novas interações e ações em Energias Renováveis – Posição da ITAIPU para um maior desenvolvimento de negócios no território Oeste do Paraná (Herlon de Almeida - Superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional)

Geração Distribuída – Novas Oportunidades (Eng. Silvio José Beluzzo – IERI - Instituto de Energias Renováveis e Inovação)

Modelos de Negócios com Biogás - Suinocultura Terminação (Rodrigo Regis - Diretor Presidente do CIBiogás)

Intervalo Debate: Oportunidades da cadeia energética regional Seminário de Energias

Page 5: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 4

2 ITAIPU: NOVAS INTERAÇÕES E AÇÕES EM ENERGIAS RENOVÁVEIS

O Sr. Herlon de Almeida - Superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, abriu os

trabalhos deste encontro trazendo algumas reflexões para serem discutidas no debate posterior,

sobre as novas interações e ações em Energias Renováveis, e o posicionamento da ITAIPU para um

maior desenvolvimento de negócios no território Oeste do Paraná.

Herlon comentou sobre a importância e responsabilidade dessa discussão e da importância em

compartilhar a posição da Itaipu, que optou por criar uma área de energias renováveis que visa

fortalecer o nosso território com o desenvolvimento de algumas dessas fontes, mas em especial o

biogás/biometano, com perspectivas de - ao longo de um período - podermos ver essas tecnologias

sendo adotadas por milhares de agricultores e dezenas de agroindústrias.

Porque que isso ainda não acontece?

Segundo o Sr. Herlon, não é por falta de matéria-prima! Quando se conhece as projeções das

cooperativas para os próximos 10 anos, sabe-se que a biomassa irá triplicar, pois os rebanhos irão

aumentar na mesma proporção. Desta forma, sob a perspectiva de crescimento produtivo, não é

fator limitante para não adotarmos as tecnologias de energias renováveis; mas também:

Do ponto de vista econômico, mais de 90% dos projetos envolvendo biogás e biometano tem

viabilidade econômica.

Do ponto de vista social é uma tecnologia absolutamente inclusiva.

Do ponto de vista ambiental, todos sabemos da capacidade que o processo de biodigestão

tem de fazer o saneamento dos processos produtivos de geração de proteína animal.

Aonde estamos errando coletivamente no território?

Uma vez que essas tecnologias apresentam vantagem social, econômica e ambiental, aonde estamos

errando? Temos parte desse erro previamente assumido pela Itaipu, mas socializamos essa

preocupação, entendendo se tratar de um erro de todo o território, de todos aqueles que atuam na

área de biometano e de todos aqueles que tem compromisso com o desenvolvimento do Oeste.

A região tem uma série de virtudes nessa área, porém, a principal a ser desenvolvida é a redução do

custo de produtividade para o aumento da competitividade, utilizando o biogás na substituição de

lenha, geração de energia elétrica e na mobilidade, citando o exemplo da Itaipu que possui uma frota

de 43 veículos movidos à biometano, combustível que proporciona 30% em relação ao etanol.

A pergunta a ser feita, segundo Herlon é: porque que num território tão importante e expressivo

como o nosso, as tecnologias do biogás/biometano não são assimiladas e se expandem como outras?

Quais são os erros que estamos cometendo?

Page 6: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 5

3 APRESENTAÇÃO IERI: GERAÇÃO DISTRIBUÍDA - NOVAS OPORTUNIDADES

Na sequência, o Eng. Silvio José Beluzzo do IERI - Instituto de Energias Renováveis e Inovação, realizou

uma mini palestra sobre Normas de Geração Distribuída - Nova REN ANEEL 482 e Arranjos Técnicos.

Inicialmente apresentou o IERI, organização com sede em Cascavel, como fruto de uma parceria

entre empresas fornecedoras de soluções para geração de energia elétrica (biodigestores, grupo

motogeradores a biogás, painéis elétricos de controle e proteção), que atuam nas áreas de Projetos

de Geração Distribuída (biogás, hidrelétrica e fotovoltaica), Projetos de Eficiência Energética, além

de cursos e treinamentos específicos, que fornecem subsídios técnicos para projetos de GD:

Aprovação dos projetos na concessionária

Especificação de equipamentos

Gerenciamento dos cronogramas de execução

Integração dos equipamentos, sistemas e fornecedores

A seguir, explanou os seguintes tópicos da mini palestra:

Alterações na REN ANEEL 482/2012 (REN 687/2015)

o Definições

o Limitações

o Faturamento

o Estados com isenção ICMS na GD

o Custos

Procedimentos de acesso de geração distribuída na COPEL

o Solicitação de acesso (acessante)

o Parecer de acesso (distribuidora)

o Implantação da conexão (acessante)

o Aprovação do ponto de conexão (distribuidora);

o Contratos (acessante/distribuidora)

Exemplos de arranjos de GD

o Autoconsumo Remoto

o Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras

o Geração compartilhada

o Cases

Contato para maiores informações através do endereço de e-mail [email protected] ou pelo

fone +55 45 3324-0061.

Page 7: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 6

4 MODELOS DE NEGÓCIOS COM BIOGÁS

Dando continuidade, Rodrigo Regis - Diretor Presidente do Centro Internacional de Energias

Renováveis - Biogás | CIBiogás-ER, apresentou as conclusões do desenvolvimento de um simulador

para modelos de negócios, que tem como principal objetivo auxiliar a tomada de decisão por projetos

de geração de energia elétrica a partir de biogás na suinocultura.

O simulador - na forma de uma planilha eletrônica - foi desenvolvido pelo CIBiogás em ação que foi

demandada no Programa de Expansão do Biogás, um projeto da Câmara Técnica de Energias que

iniciou com o apoio das entidades ITAIPU/UFPR/UNIOESTE/CIBiogás/SENAI/UNILA/SEBRAE.

A apresentação elencou os seguintes tópicos:

Dados mínimos de entrada

Ferramenta

Dados padronizados

Resultados

Na sequência, Rodrigo Regis demonstrou o passo a passo da simulação de uma propriedade com um

plantel de 2.300 suínos em terminação, com um consumo médio de 2.136,96 kWh/mês e tarifa de

energia de R$ 0,34/kW, com as estimativas de resultados em termos de:

Produção de dejetos

Produção de Biogás

Produção de Metano

Geração de Energia Elétrica GD

Geração de Energia Elétrica interna

Rendimento esperado dos GMG’s

Estimativa de infraestrutura

Estimativa de custos de implantação

Estimativas de resultados financeiros

Viabilidade Geração Distribuída

Viabilidade Geração Isolada

Concluiu informando sobre as próximas etapas do CIBiogás para este simulador:

1. Disponibilizar a planilha eletrônica em ambiente on-line, público.

2. Atualizar planilha conforme feedback do seu uso.

3. Criar e disponibilizar a planilha para crechários.

4. Contato para maiores informações no endereço de e-mail [email protected] ou pelo

fone +55 45 3576-7472.

Page 8: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 7

5 DEBATE: OPORTUNIDADES DA CADEIA ENERGÉTICA REGIONAL

A reunião ordinária foi marcada, principalmente, por uma importante discussão, provocada pelo Sr.

Herlon de Almeida em sua fala de abertura e realizada por meio de um debate técnico-

mercadológico, referente as oportunidades que a cadeia energética regional apresenta atualmente.

Para tanto, foi composta uma mesa técnica com os seguintes participantes:

Felipe S. Marques – Coordenador da Câmara Técnica de Energias

Herlon de Almeida - Superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional

Orestes Hotz – Gerente Regional Oeste do SEBRAE

Rodrigo Regis - Diretor Presidente do CIBiogás

Silvio José Beluzzo – IERI Instituto de Energias Renováveis e Inovação

Para moderar o debate, o Coordenador Titular da CTE, Felipe Souza Marques, comentou sobre a

necessidade de aproximação entre consumidores e os "novos" geradores, num desenvolvimento

local puro, território pelo território. Precisamos considerar essa nova forma de relacionamento.

Como podemos aproveitar da melhor forma esta oportunidade?

QUESTÕES LEVANTADAS PELOS PARTICIPANTES

Gláucio Roloff (UNILA)

Projetos de geração distribuída necessitam de mais profissionais especializados.

Tropicalização da tecnologia da biodigestão que requer aperfeiçoamentos.

Sistemas mistos de geração - avanços e redução de custos?

Ruvanir Ladentim (Eng. Agrônomo da SEAGRI de Cascavel)

60 m³ de gás – operacionalização e logística de abastecimento?

Herlon: sistema de abastecimento comunitário, em razão dos custos, mas ainda muito

vantajoso.

Regis: case Granja Hacke de Santa Helena, onde 9% da produção de biogás/biometano

abastece 54 veículos da Itaipu.

Osvaldo Kuczman (UNIOESTE)

Problemas de pós-venda, manutenção e profissionais especializados com os primeiros

biodigestores comercializados nas décadas de 70 e 80 na região, prejudicando a imagem do

biogás e sua eficiência junto aos produtores rurais.

Como será a compensação de energia? Do ponto de vista social a compensação é um

retrocesso. A compensação é muito restritiva.

Cultura técnica inexiste no Brasil, precisando ser desenvolvida.

Page 9: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 8

Walfrido Pippo (UNILA)

Processo ou produto? O que queremos?

Tratamentos diferentes: venda de um produto e implementação de um processo.

Mário Neves (UV Solar)

Como garantir o mercado de energias renováveis?

O retorno sobre os investimentos compensa?

Liberação de crédito e políticas públicas que deem segurança aos investidores.

Rafael Ghellere (Phronesys)

As concessionárias não possuem corpo técnico para dar vazão na análise dos projetos, e os

prazos regulamentais não são respeitados.

Porque não existe política dentro da CTE para aproximar a cadeia de fornecedores da região

oeste dos investimentos e potenciais interessados nas tecnologias renováveis?

Rede de cooperação e ação conjunta de apoio e integração dos fornecedores regionais.

Existem demandas por essas tecnologias chegando à Itaipu?

Cristiano (CDTER - PR)

CDTER-PR Centro de Desenvolvimento e Difusão Tecnológico em Energias Renováveis,

sediado na FUNDETEC e está à disposição de todos.

Auxiliar todos os atores e projetos na área de energias renováveis.

Guilherme Amintas (Assessor Jurídico - CIBiogás-ER)

Decreto 5163 da ANEEL (possibilidade das distribuidoras de comprarem localmente 10% de

sua necessidade de carga); mecanismo que põe dinheiro no bolso do produtor.

Porque não nos organizarmos para pressionar a COPEL para uma chamada pública?

Luiz Eduardo D’Ávila (COPEL Distribuição)

Núcleo de Energias Renováveis da COPEL.

Consolidação das novas tecnologias, que anteriormente não se mostravam viáveis.

A COPEL foi a primeira empresa que conseguiu viabilizar o atendimento para a ligação dos

biodigestores para a rede elétrica.

Visão de que as operações vão se consolidar na medida em que o custo se ajuste.

Os técnicos que analisam os projetos também estão se qualificando e se adaptando.

Page 10: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 9

RESPOSTAS E COMENTÁRIOS REALIZADOS PELA MESA TÉCNICA

Rodrigo Regis...existem processos para se chegar a resultados e existe um “gap” nesse processo, que

necessita de profissionais para garantir os resultados; em termos tecnológicos a nossa região está

bem atendida, necessitando apenas adaptá-las às condições sul americanas...Dentro dos modelos de

negócios possíveis por compensação, começa a ser possível desenvolver modelos viáveis de forma

rápida. Os investidores precisam de segurança jurídica... de que forma podemos ajudar a melhorar e

inovar nessa questão? Em relação a cadeia de fornecedores, o CIBiogás está disposto a colaborar na

criação de uma entidade regional do biogás, que garanta o gap que falta, trabalhando tudo na

forma gerente-proprietário, ou seja, desde a engenharia básica, até a manutenção e operação,

garantindo os resultados...

Silvio Beluzzo...complementou informando que há 5 anos o biodigestor era tão somente uma

questão ambiental, um peso morto para o produtor, um serviço a mais para ele cuidar...não havia

viabilidade...hoje gera energia e vale à pena investir porque garante um retorno econômico...

Herlon de Almeida...ainda existe um “passivo do biogás” de experiências passadas; hoje vivemos

uma nova geração do biogás, com tecnologias e materiais distintos, com processos confiáveis de

filtragem...necessitamos de estratégias para superar essas barreiras...dispersão gera insegurança

para o produtor rural...nosso problema não é tecnológico, mas da dúvida tecnológica, o consumidor

tem o direito de ter essa dúvida e a nós cabe superá-la...precisamos encontrar formas de esclarecer

e passar segurança para os produtores rurais na questão da geração distribuída e da geração

mista...precisamos de profissionais especializados nas 3 tecnologias (biogás/biometano, fotovoltaica

e eólica)...convicção de que se trata de um problema cultural, de que as pessoas não consideram ter

a capacidade de gerar a própria energia, de que a energia consumida deve ser produzida por outras

pessoas e empresas... cultura de que a energia é um insumo que "eu compro"...biogás e fotovoltaica

podem ser mais um produto das propriedades rurais, não apenas um subproduto; tão rentável

quanto milho, soja, frango, porco e leite...nossa região tem condições de evoluir muito mais que o

Rio Grande do Sul, mas creio que eles vão disparar os processos de biogás/biometano de forma muito

mais rápida...a geração distribuída veio para mudar a regra do jogo...citou o exemplo da Sulgás que

anunciou que irá lançar um edital para compra de biogás...precisamos buscar estratégias conjuntas

de superação.

Orestes Hotz...o Sebrae tem uma forte atuação no apoio ao desenvolvimento de produtos e

projetos...a visão do Sebrae em relação à energia renovável, mais precisamente o biogás, lembra que

inovação e melhoria da eficiência são questões que precisam de aprimoramento contínuo

...precisamos de integração do conhecimento com as práticas vigentes...a integração entre academia

com as empresas desenvolvedoras de tecnologias e usuários finais é um ponto fundamental para

avançarmos na melhoria dos processos de desenvolvimento e produção em outras tecnologias

...proximidade geográfica é uma vantagem...citou o exemplos da parceria Sebrae/CIBiogás para

Page 11: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 10

desenvolver modelos de produção de biogás...lembrou do fundo de inovação Sebraetec para apoiar

iniciativas para melhoria de processos...que possui uma equipe de especialistas necessária para

disseminar essas tecnologias...são recursos disponíveis que podem contribuir para mitigar riscos e

gargalos...além de criar ambientes propícios...o POD promove a integração através das Câmaras

Técnicas...Podemos criar Redes de Cooperação Comercial das Energias Renováveis...e encontrar os

caminhos para a melhoria de todo o setor...este é o papel da CTE...

Felipe Marques... levantou a possibilidade de a região desenvolver um APL (Arranjo Produtivo Local)

de biogás e fotovoltaico, para organizar a cadeia de fornecedores de maneira mais eficiente, nos

moldes do que já existe no Rio Grande do Sul, onde as APLs são fortes, atuam focadas em capacitação

e são muito bem vistas pelo mercado.

OS TEXTOS ACIMA SÃO TRANSCRIÇÕES DE GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E REPRODUZEM DE FORMA

SINTETIZADA A MEMÓRIA DESTE DEBATE.

Page 12: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 11

6 ENCAMINHAMENTOS FINAIS

A conclusão dos trabalhos se deu com o encerramento da 3ª Reunião Ordinária da CTE de 2016 pelo

Coordenador Titular da CTE, Felipe Souza Marques, que agradeceu novamente o apoio do SENAI e

de toda sua equipe na organização e realização do evento, da participação dos palestrantes e

representantes do SEBRAE, ITAIPU, IERI e CIBiogás nos trabalhos do encontro e colaboração contínua,

ressaltando a importância técnica e estratégica dessas organizações para os trabalhos da Câmara e

o Programa Oeste em Desenvolvimento.

Reforçou novamente com todos o objetivo geral da Câmara Técnica de Energias, que é o de mobilizar

e aplicar, com eficiência, recursos energéticos em favor do desenvolvimento regional sustentável.

Concluiu com um recado final sobre o próximo evento da CTE, o Seminário de Energias Renováveis,

previsto para acontecer em 08/11/2016 na FAG Cascavel e que terá como objetivo principal

“incentivar o aproveitamento de fontes de energias alternativas, eficiência energética e geração

distribuída, como vetor de desenvolvimento do Oeste do Paraná”.

Ressaltou o entusiasmo no desenvolvimento dos trabalhos e agradeceu a participação e empenho

de todos os participantes da 3ª Reunião Ordinária da CTE 2016.

O Programa Oeste em Desenvolvimento estimula as forças econômicas, políticas e sociais,

possibilitando a execução de ações integradas de desenvolvimento regional.

Page 13: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 12

7 REGISTRO FOTOGRÁFICO

Page 14: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 13

8 LISTAS DE PRESENÇA

Page 15: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 14

Page 16: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 15

Page 17: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 16

Page 18: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 17

Page 19: CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS · Geração de Energia Elétrica interna Rendimento esperado dos GMG’s Estimativa de infraestrutura Estimativa de custos de implantação Estimativas

CÂMARA TÉCNICA DE ENERGIAS | Relatório do Encontro III de 2016 18