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Na Macrozona 5, haveráreadequações ambientais
No caso da região do OuroVerde e Campo Grande (Ma-crozona 5), o Executivo apre-sentou no final da semana pas-sada duas emendas ao PlanoLocal de Gestão (PLG) que jáestava há pelo menos doisanos no Legislativo. O secretá-rio municipal de Planejamen-
to e Desenvolvimento Urba-no, Alair Roberto Godoy, afir-mou que haverá readequa-ções às diretrizes ambientais.Prevê, por exemplo, a criaçãode dois parques municipais —um na Fazenda Aliança e ou-tro na região do Itajaí e JardimSão Bento.
A proposta ainda redefineas regras para a implantaçãodo Parque Linear do Capivari.“O sonho de consumo am-biental qual é? É que tenha-mos um parque linear nos 35quilômetros do Rio Capivarique cortam o município: co-meçando na Macrozona 6,passando pela 4 e finalizandona 5, até entregar o Capivariem Monte Mor numa situa-ção melhor”, disse Godoy. Ou-tra diretriz ambiental cria umcinturão num raio de 1 km noentorno do Complexo Delta 1.
A região ocupa 92 quilôme-tros do território do municí-pio. (CA/AAN)
“Concordo queprecisa demelhorias, masninguém falaonde vai passar.O novo trajetovai cruzara região e nãosabemos onde.”
Secretário de Planejamento eDesenvolvimento Urbano
Criação de dois parques está previstaem plano para região do Ouro Verde
Produtora agrícola
Mata ciliar da região será recuperada
Parecer favorável do conselho a critérios para novos empreendimentos na Macrozona 6 foi publicado
“Nas duas áreas derisco, nosloteamentos VilaSaltinho e ParqueCentenário, apopulação precisarsair para tercondições desalubridade esegurança.”
Camila AnconaDA AGÊNCIA ANHANGUERA
O Conselho Municipal de De-senvolvimento Urbano(CMDU) de Campinas deu pa-recer favorável à criação deuma lei específica para estabe-lecer critérios de implantaçãode novos empreendimentosao longo das rodovias que cir-
cundam a Macrozona 6, quecompreende a divisa de Cam-pinas com Valinhos, de voca-ção agrícola. As famílias que vi-vem à beira do Córrego Tauba-té, na área rural da macrozo-na, serão removidas da áreade risco conforme consta no
parecer do conselho publica-do no Diário Oficial do Muni-cípio (DOM) na última quinta-feira.
O perímetro urbano da ma-crozona não deve ser amplia-do, conforme prevê o parecere informa o presidente do con-selho e secretário municipalde Planejamento e Desenvolvi-mento Urbano, Alair RobertoGodoy. No entanto, ele afirmaque serão realizadas melhoriasnas estradas rurais da região,como o alargamento e pavi-mentação da Estrada do Salti-nho e da Estrada da ReformaAgrária. A medida, segundomoradores da área, facilita oacesso ao Anel Viário Maga-lhães Teixeira, mas pode oca-sionar alterações na área rural.
Isso porque a área da Ma-crozona 6 segue da região doRio Capivari até o anel viário econcentra, no entorno, terras
de alta valorização imobiliária.A maior preocupação de mora-dores e produtores da região équanto à falta de definição daconstrução do trecho Sul doanel viário de Campinas. Aprodutora de goiaba LauraOgihara, de 51 anos, disse queo trajeto da rodovia pode aca-
bar com a área de vocaçãoagrícola. “Concordo que preci-sa de melhorias, mas nin-guém fala onde vai passar. Onovo trajeto vai cruzar a re-gião e não sabemos onde.”
A produtora acredita que otrem de alta velocidade (TAV),que deve ligar São Paulo, Cam-
pinas e Rio de Janeiro, e quedeve passar pela Macrozona 7(área do Aeroporto de Interna-cional de Viracopos), tambémpode acabar com a área ruralda cidade. “A gente quer quetenha menos danos pra gente.Mas toda vez que temos reu-nião com o secretário quere-mos discutir o traçado doanel, pois não podemos inves-tir nas terras sem saber se aárea não será desapropriadano futuro”, disse Laura, que éproprietária de cinco alquei-res na região.
Além de goiaba, Laura pro-duz ainda acerola e carambo-la doce e receia que as inter-venções viárias na região pos-sam diminuir a área de produ-ção. “A Macrozona 6 já foi re-duzida com a instalação do re-sidencial Swiss Park”, afirmoua proprietária da Chácara Ou-ro Verde, localizada no cruza-
mento das rodovias dos Ban-deirantes (SP-348) e SantosDumont (SP-75). Nas proximi-dades da propriedade da con-selheira do Orçamento Partici-pativo (OP) há ainda peque-nas produtores de fruta.
De acordo com o urbanistaAri Fernandes, a situação fun-diária e jurídica da Macrozona6 é muito complicada, princi-palmente nas imediações dorio Capivari. “É necessário co-nhecer uma certidão gráficaatualizada da localização dorio Capivari, da foz do CórregoTaubaté e de onde terminamos bairros, definindo o que épúblico do que é privado. Se-ria uma espécie de raio X daárea toda. Enquanto isso nãofor feito, não dá para discutir apossibilidade de empreendi-mentos na região”, afirma Fer-nandes, que também é pesqui-sador da Unicamp.
AS FRASES
Osecretário AlairRoberto Godoyinforma que serão
realizadas recuperação damata ciliar da Macrozona 6,após a remoção das famílias.“Nas duas áreas de risco, nosloteamentos Vila Saltinho eParque Centenário, apopulação precisar sair parater condições de salubridadee segurança. Essas famíliasdevem ser encaminhadas à
região da Macrozona 4”,disse Godoy. A região daMacrozona 6 é de grandepotencial agrícola e possuiapenas uma pequenaparcela urbana. A populaçãosó será removida apósaprovação do Plano Local deGestão (PLG), que já foienviado à Câmara. “Épreciso que a proposta sejadiscutida com a sociedadecivil para depois ser
convertida em lei”, afirmou.Ele não soube informar aquantidade de famílias queserá removida do local. Areportagem tentou ouvir naúltima sexta-feira osecretário municipal deHabitação, André VonZuben, mas não conseguiucontato. A remoção defamílias em áreas de riscojá tem sido adotada pelaPrefeitura. (CA/AAN)
CMDU libera zoneamento em área rural
ALAIR ROBERTO GODOY
CAMPINAS ||| PLANEJAMENTO URBANO
César Rodrigues/AAN
Edu Fortes/AAN
LAURA OGIHARA
Córrego Taubaté corta a região e deságua no Rio Capivari: projeto
A produtora rural Laura Ogihara em sua propriedade: dúvidas
Famílias que vivemem área de risco terãoque ser removidas
CIDADES CORREIO POPULAR A5Campinas, segunda-feira, 18 de abril de 2011