Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
Professor: André Aragão
Sistema de seguros privados e previdência complementar
Composição do Sistema Nacional de seguros privados
- Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
- Instituto de Resseguros do Brasil (IRB)
- Sociedades Seguradoras e Corretores
CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados
Tem como presidente o Ministro da Fazenda.
É composto também, por representantes de outros ministérios, representantes da SUSEP e
do IRB, além de mais quatro representantes do setor privado nomeados pelo Presidente da
República.
O Conselho se reunirá toda vez que for convocada pelo seu presidente.
Atribuições
Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;
Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem
atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a aplicação
das penalidades previstas;
Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta e
capitalização;
Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Previdência Privada
Aberta e de Capitalização, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas
operações;
Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor
Superintendência de Seguros Privados
Fiscaliza todos os agentes e operações no mercado de seguros, previdência privada aberta
e capitalização e resseguros.
Autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda.
Atribuições da SUSEP: Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;
2
Professor: André Aragão
Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem; Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC
(antigo Conselho de gestão da Previdência Complementar – CGPC)
Lei nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009.
Órgão responsável pela regulação das atividades das entidades fechadas de previdência
complementar, funcionando ainda como órgão recursal, responsável pela apreciação de
recursos interpostos contra decisões da Previc, versando sobre penalidades administrativas.
Fixa características gerais do contrato de previdência complementar fechada.
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC
A Previc atua em todo o território nacional como entidade de fiscalização e de supervisão das
atividades das entidades fechadas de previdência complementar. Ela é responsável também
pela execução das políticas para o regime de previdência complementar, operado pelas
entidades fechadas de previdência complementar (EFPC), observadas as disposições
constitucionais e legais aplicáveis. Criada em 2004, a autarquia foi sancionada no dia 23 de
dezembro de 2009 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Assumindo as funções ate então
exercidas pela Secretaria de Previdência Complementar – SPC
Resumindo...
3
Professor: André Aragão
En
tid
ad
e N
orm
ati
va
CNSP – Conselho
Nacional de Seguros
Privados
Fixar as características
gerais dos contratos de
seguros, previdência
privada aberta e
capitalização.
Conselho Nacional de Previdência Complementar
– CNPC
(antigo Conselho de gestão da Previdência
Complementar – CGPC)
Órgão responsável pela regulação das atividades das
entidades fechadas de previdência complementar.
Fixa características gerais do contrato de previdência
complementar fechada
En
tid
ad
e F
isc
aliza
do
ra
Superintendência de
Seguros Privados –
SUSEP
Fiscaliza todos os agentes e
operações no mercado de
seguros, previdência
privada aberta e
capitalização e resseguros.
Superintendência Nacional de Previdência
Complementar – PREVIC
Atua em todo o território nacional como entidade de
fiscalização e de supervisão das atividades das
entidades fechadas de previdência complementar,
assume as funções ate então exercidas pela
Secretaria de Previdência Complementar – SPC.
4
Professor: André Aragão
Op
era
do
res
do
Sis
tem
a Instituto de Resseguros do Brasil – IRB
Sociedades Seguradoras
Sociedades de Capitalização
Entidades abertas e fechadas de Previdência Privada
Corretora de Seguros
Sociedades Administradoras de seguro-saúde
Instituto de Resseguros do Brasil – IRB
Sociedade de economia mista, personalidade jurídica de direito privado.
Tem por finalidade regular o co-seguro, resseguro e a retrocessão.
O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) foi criado em 1939 pelo então
presidente Getúlio Vargas com objetivo bem delineado: fortalecer o desenvolvimento do
mercado segurador nacional, através da criação do mercado ressegurador brasileiro.
Dentre as principais operações no segmento destacam-se:
Co-seguro: O co-seguro pode ser definido como a simultaneidade de seguros sobre o
mesmo objeto, desde que não ultrapassem, somados, o valor deste, de maneira que várias
seguradoras dividirão o valor do bem, segurando parte desse valor. É então uma modalidade
de seguro múltiplo, há uma pluralidade de seguradores. Todos estes, por sua vez, realizam
uma única cobertura, ou seja, protegem um mesmo risco.
Resseguro: é a operação pela qual o segurador, transfere a outrem, total ou parcialmente, o
risco assumido. Nessa operação, o segurador objetiva diminuir suas responsabilidades na
aceitação de um risco considerado excessivo ou perigoso, e cede a outro uma parte da
responsabilidade e do prêmio recebido. O resseguro, portanto é o seguro do seguro.
Retrocessão: Operação feita pelo ressegurador e que consiste na cessão de parte das
responsabilidades por ele aceitas a outro, ou outros resseguradores. Em outro enfoque: é o
resseguro de um resseguro.
Sociedades Seguradoras
Dedicam-se exclusivamente, às operações de seguros.
5
Professor: André Aragão
Não podem falir nem impetrar concordata. São entidades, constituídas sob a forma de
sociedades anônimas.
Com as Sociedades Seguradoras que são realizados os contratos.
Sociedades de Capitalização
Praticam contratos de capitalização.
O contrato se dá através da emissão do título de capitalização.
Os contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações
pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de
resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida
contratualmente.
Confere quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.
Entidades abertas e fechadas de Previdência Privada
Entidades fechadas – conhecidas também por “Fundos de Pensão”, são constituídas no
âmbito das empresas.
Sem fins lucrativos, tem contribuição do empregador como característica básica.
Entidades abertas – disponíveis a qualquer um que preencham os requisitos previstos em lei.
Podem ter fins lucrativos ou não.
Exercício: Com referência ao Sistema de Seguros Privados e Previdência
Complementar, julgue o item abaixo:
1) As entidades fechadas de previdência complementar correspondem aos fundos de pensão e são
organizadas sob a forma de empresas privadas, sendo somente acessíveis aos empregados de uma
empresa ou a um grupo de empresas ou aos servidores da União, estados ou municípios.
2) A SUSEP é dotada de personalidade jurídica de direito privado, com relativa autonomia
administrativa e financeira.
Respostas
6
Professor: André Aragão
1) As entidades fechadas de previdência complementar correspondem aos fundos de pensão e são
organizadas sob a forma de empresas privadas, sendo somente acessíveis aos empregados de uma
empresa ou a um grupo de empresas ou aos servidores da União, estados ou municípios. (C)
2) A SUSEP é dotada de personalidade jurídica de direito privado, com relativa autonomia
administrativa e financeira. (E) (Personalidade de direito público, pois é uma autarquia e com plena
autonomia administrativa e financeira).
Corretora de Seguros
São pessoas físicas ou jurídicas, que se dedicam a angariar e promover contratos entre as
Sociedades Seguradoras e seus clientes.
A habilitação e o registro do corretor se darão avaliação de capacidade junto a SUSEP.
Sociedade Administradora de seguro-saúde
São instituições que atuam na intermediação da venda de serviços de profissionais e
empresas da área de saúde e o público interessado. Seu papel é conceitualmente reduzir os
custos para o público interessado e garantir fluxo de pagamento para os prestadores dos
serviços.
A partir de 2000, ficou à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a atribuição do poder
de fiscalizar as atividades das seguradoras e demais prestadores de serviços de saúde.
Sociedade de Fomento Mercantil (Factoring)
Atividade comercial
Não são instituições financeiras
“Compram” os créditos das empresas
As empresas transferem o risco de crédito paras as empresas de “factoring”
Ao optar pelo factoring, o fornecedor dos bens e/ou serviços, o Aderente, celebra um contrato
de factoring com a Sociedade de Factoring. Nesse contrato são acordadas as condições de
serviço a prestar e de financiamento por antecipação de fundos. O processo de Factoring
inicia-se com a assinatura de um contrato de fomento mercantil entre a empresa e a Factoring
onde se estabelecem os critérios da negociação. Basicamente o processo é composto por
quatro etapas:
1- A empresa vende seu bem, crédito ou serviço a prazo, gerando um crédito no valor
correspondente.
2- A empresa negocia este crédito com a Factoring
7
Professor: André Aragão
3- De posse deste crédito, a Factoring informa o sacado sobre o fato e a forma de cobrança (carteira
ou banco).
4- Findo o prazo negociado inicialmente, a empresa sacada pagará o valor deste crédito à Factoring,
encerrando a operação.
Quais as vantagens de uma parceria com factoring?
Dinheiro em caixa para movimentação dos negócios
Evita-se o endividamento
Rapidez e agilidade de decisão
Assessoria administrativa
Cobrança de títulos ou direitos de créditos
Intermediação entre a empresa e seu fornecedor, transformando a compra de matéria-prima a
vista, mais vantajosa, em compra a prazo. Factoring pode ser, portanto, o melhor mecanismo
de otimização gerencial do pequeno e médio empresário.
Sociedades Administradoras de Cartões de Crédito
Não são instituições financeiras – Segundo o Banco Central (há controvérsias)
Atuam como prestadora de serviços, intermediando portadores de cartão e estabelecimentos
comerciais.
Tem dentre seus recebimentos, a cobrança de anuidades, comissões, remuneração de garantia,
taxa de administração,
As associações de poupança e empréstimo
São constituídas sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos.
Os recursos dos depositantes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e não no passivo exigível (Resolução CMN 52, de 1967).
Produtos e Serviços Financeiros
Contas especiais de depósitos á vista – visa o acesso das classes menores aos bancos.
Movimentação apenas por cartão magnético, dentre outras exigências.
8
Professor: André Aragão
Depósito à vista – são valores captados pelos bancos comerciais, ou com carteira comercial.
Caracterizam-se por não serem remunerados e seus recursos permanecem no Banco por prazo
indeterminado, sendo livres as suas movimentações.
Depósitos a Prazo - CDB e RDB
CDB e RDB – são títulos nominativos, emitidos pelos bancos comerciais, de investimentos,
desenvolvimento, caixas econômicas, que pagam determinado juros no seu vencimento aos
seus compradores.
Características - CDB e RDB
CDB – ao contrário do RDB pode sua titularidade transferida (endossável nominalmente)
Sua receita é usada nas operações ativas como os empréstimos.
Não possuem taxa de administração, e a incidência de IR se dará somente no resgate.
Podem ser Pré ou Pós-fixados.
CDB Progressivo – Produto desenvolvido pelos Bancos que visa remunerar o investidor de
forma que quanto maior o tempo de investimento maior será o % do indexador pago.
Prazo Mínimo de duração do Certificado:
1 dia – CDB´s Pré-fixados ou com taxa flutuante (Taxa DI e Selic)
1 mês: indexados a TR ou TJLP
2 meses: indexado a TBF
1 ano: indexado a índices de preços (IGPM e IPCA)
Incidência de IR no resgate
9
Professor: André Aragão
Riscos do CDB e RDB e demais produtos
MERCADO - decorre da possibilidade de acontecer perdas mediante movimentos
desfavoráveis no mercado. É o risco de perder dinheiro resultante da mudança ocorrida no
valor percebido de um instrumento
LIQUIDEZ - O risco de liquidez surge da dificuldade em se conseguir encontrar compradores
potenciais de um determinado ativo no momento e no preço desejado. Ocorre quando um
ativo está com baixo volume de negócios e apresenta grandes diferenças entre o preço que o
comprador está disposto a pagar
CRÉDITO - O risco de crédito advém de diversas fontes, entre as quais podemos destacar os
empréstimos individuais (falha em repor total ou parcialmente a quantia emprestada) e as
operações de troca (quando o sujeito se apercebe que vai perder dinheiro com a troca, fica
relutante em pagar·).
OPERACIONAL E LEGAL - O risco operacional - entendido como o risco de perdas
resultantes de falhas ou inadequação de processos internos, pessoas, sistemas ou de
eventos externos - compreende todas as outras formas a partir das quais é passível que se
perca dinheiro. O exemplo mais emblemático de risco operacional é a fraude, ou a alteração
da lei.
Garantias do CDB e RDB
São garantidos pelo banco emissor, mas não tem garantia real. Além disso, contam com a
garantia do FGC (fundo garantidor de crédito), até o valor de R$ 70.000,00, por CPF, e por Banco
emissor ou grupo financeiro.
Incidência de IOF nos regates anteriores a 30 dias
10
Professor: André Aragão
CERTIFICADOS DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO – CDI
As instituições financeiras disputam no mercado os recursos disponíveis para captação. Devido à
volatilidade das taxas dos diferentes papéis em mercado, os recursos financeiros disponíveis
estarão procurando as melhores aplicações, quer seja em CDB, LC ou LI.
As operações se realizam fora do âmbito do Banco Central, tanto que, neste mercado, não há
incidência de qualquer tipo de imposto, as transações são fechadas por meio eletrônico e
registradas nos computadores das instituições envolvidas e nos terminais da Câmara de Custódia e
Liquidação (CETIP). A maioria das operações é negociada por um só dia, como no antigo overnight.
Portanto, pode-se definir como sua função manter a fluidez do sistema, ou seja, quem tem dinheiro
em excesso empresta para quem estiver precisando. Grande parte das operações é negociada com
período de apenas um dia. Apesar disso, tem as vantagens de ser rápido, seguro e não sofrer
nenhum tipo de taxação. Agora, os CDI's também podem ser negociados em prazos mais dilatados
e com taxas pré-fixadas e pós-fixadas. Os Certificados de Depósitos Interbancários negociados por
um dia, também são denominados Depósitos Interfinanceiros e detém a característica de
funcionarem como um padrão de taxa média diária, a CDI over. As taxas do CDI over vão
estabelecer os parâmetros das taxas referentes às operações de empréstimos de curtíssimo prazo,
conhecidas como hot money que embute, na maioria dos casos, o custo do CDI over acrescido de
um spread mínimo.
11
Professor: André Aragão
A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a rentabilidade de fundos, como
os DI, por exemplo. O CDI é utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre os bancos, no
setor privado e, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), essa modalidade de aplicação
pode render taxa de prefixada ou pós-fixada. Como o CDI quantifica o custo do dinheiro para os
bancos em um determinado dia, ele é utilizado pelo mercado como parâmetro para fundos de renda
fixa e DI.
Exercícios de fixação:
O certificado de depósito bancário (CDB) é o título de renda fixa emitido por instituições financeiras,
com a finalidade de captação de recursos para carregá-los em outras carteiras de investimento,
visando ao ganho financeiro e/ou ganho de intermediação. Considerando as características do CDB,
analise as afirmações a seguir.
I - No CDB Rural, existe a possibilidade, para o investidor, de repactuar a cada 30 dias a taxa de
remuneração do CDB, dentro de critérios já estabelecidos no próprio contrato.
II - Quando a perspectiva é de queda da taxa de juros, a modalidade de CDB mais indicada para
aplicação é a prefixada.
III - O CDB não pode ser negociado antes do seu vencimento, devendo o cliente esperar o final
do contrato para sacar o dinheiro.
IV - No CDB prefixado, no momento da aplicação, o investidor já conhece o percentual de
valorização nominal de seu investimento.
V - As taxas de rentabilidade do CDB são determinadas pelos próprios Bancos, de acordo com o
CDI.
Estão corretas APENAS as afirmações
(A) I III e V.
(B) I IV e V.
(C) II IV e V.
(D) I, II, III e IV.
(E) II, III, IV e V.
Resposta
12
Professor: André Aragão
(C) O CDC Rural é um título cuja captação destina-se ao financiamento agrícola. Os prazos são
os mesmos do CDB existente, no entanto as instituições financeiras devem demonstrar ao Banco
Central o destino destes recursos.
Não cabem as informações constantes no item I do enunciado.
Por ser título de crédito, o CDB pode ser negociado, contrariando as informações a que se
refere o item III do enunciado.
Letras Financeiras
Pela regulamentação aprovada pelo CMN, as Letras Financeiras poderão ser emitidas por bancos
múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, caixas econômicas, companhias hipotecárias e sociedades de crédito imobiliário, com
prazo mínimo de dois anos, vedado o resgate, total ou parcial, antes do vencimento pactuado,
e com valor nominal mínimo de R$ 300 mil.
Hoje, há grande descasamento entre ativos e passivos dos bancos, já que a captação é feita
predominantemente por Certificados de Depósito Bancário, com prazos de até três anos, ao passo
em que operações de empréstimo podem ter maturidade de, por exemplo, até 30 anos (como no
caso do crédito imobiliário). As LFs – que vieram para cobrir esse hiato – serão particularmente
importantes para o financiamento de projetos de infraestrutura.
A LF pode ter como remuneração taxa de juros prefixada, combinada ou não com taxas flutuantes, sendo vedada a emissão com cláusula de variação cambial. O pagamento periódico de rendimentos será feito em intervalos de, no mínimo, 180 dias.
Um banco precisa deixar 32% do valor emitido por um CDB como reserva compulsória junto ao
Banco Central. Nas letras financeiras, não há incidência do recolhimento compulsório.
Como as letras não são cobertas pelo Fundo Garantidor do Crédito, que cobre até R$ 70 mil de
perdas com o investimento no título, o risco está na quebra da instituição emissora da letra.
Letras de Câmbio
Instrumento de captação específico das Sociedades de Crédito
A letra de câmbio é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo e é criada através de um ato
chamado de saque. Diferente dos demais títulos de crédito, para a existência e
operacionalização da letra de câmbio são necessárias três situações jurídicas distintas, a
saber:
- o sacador como sendo aquela parte que faz o saque, oportunidade em que fica criada a letra
de câmbio como documento. Esta pessoa é quem dá a ordem de pagamento;
- o sacado que representa a parte a quem a ordem é data, ou seja, é quem deve efetuar o
13
Professor: André Aragão
pagamento;
- o beneficiário, também chamado de tomador, sendo a pessoa que receberá o pagamento,
sendo assim o beneficiário da ordem.
Estão vinculadas a uma operação de crédito realizada pela financeira.
Cobrança e Pagamentos de Títulos e Carnês
Cobrança e pagamento de títulos e carnês é a operação de cobrança realizada pelos bancos
em geral, de títulos e carnês emitidos por empresas-clientes. Os bancos cobram pelos
serviços executados uma comissão em percentual ou fixa por documento
O Banco intermedia a operação entre o cedente/sacador e o sacado. O banco recebe o
pagamento do sacado e repassará ao sacador/cedente.
Sacado – quem tem a obrigação de pagar.
Cedente – quem emite o título
Cobrança normal: somente os bancos cadastrados no documento podem receber tal conta
(ex: águas do imperador).
Cobrança compensada: sistema de cobrança onde um banco centraliza os recebimentos
efetuados por vários bancos.
Principais tipos de cobrança
Sem registro – os bancos tomam ciência da emissão da cobrança somente após o
pagamento do título pelo sacado.
Com registro – os banco tomam ciência das condições de emissão do título (valores, prazos,
sacado e instruções) no ato de emissão dos títulos.
TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA DE FUNDOS
Serviço onde o banco transfere, com autorização do cliente, valores entre contas a fim de
manter saldos pelo cliente determinado.
ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS
Convênios firmados com concessionárias ou entes públicos que estabelecem condições de
arrecadação e repasse.
REMOTE BANKING
É o atendimento ao cliente pelo banco fora dos estabelecimentos bancários.
Ex: banco 24 horas, talão de cheque a domicílio, serviço de “courrie”.
14
Professor: André Aragão
Home Banking - não confundir, é o atendimento do cliente realizado em sua própria casa
através de internet, tel ou fax.
DINHEIRO DE PLÁSTICO (CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO)
Estimulam o consumo, uma vez que aumentam os meios de pagamento.
Segurança – praticidade
Private labels - “grife particular”, cartões fidelidade, (Renner).
Cartões inteligentes – cartões com chip
Cartão valor agregado – admitem recarga (Visa Vale), podem ser descartáveis.
Exercício
Atualmente, existem diversas alternativas para uso do chamado “dinheiro de plástico”, que facilitam
o dia-a-dia das pessoas e representa um enorme incentivo ao consumo. O cartão de crédito é um
tipo de “dinheiro de plástico” que é utilizado:
(A) para aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos credenciados.
(B) para aquisição de moeda estrangeira em agências de câmbio e de viagens com débito em
moeda corrente do país de emissão do cartão.
(C) para realização de transferências interbancárias, desde que ambos os Bancos sejam
credenciados.
(D) na compra de mercadorias em diversos países com débito na conta corrente em tempo real.
(E) como instrumento de identificação, substituindo, nos casos aceitos por lei, a cédula de
identidade.
Resposta
(A) para aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos credenciados.
A evolução da tecnologia e da teleinformática permitiu um acelerado desenvolvimento da troca de
informações entre os bancos e seus clientes. Um dos mais notáveis exemplos dessa evolução é o
home banking. O home banking é basicamente
(A) o atendimento remoto ao cliente com o objetivo principal de redução das filas nos Bancos, sendo
um exemplo comum a utilização dos caixas 24 horas.
(B) toda e qualquer ligação entre o cliente e o banco, que permita às partes se comunicarem a
distância, possibilitando ao cliente realizar operações bancárias sem sair de sua casa ou escritório,
como o pagamento de contas pela internet.
15
Professor: André Aragão
(C) toda operação realizada pelo banco com o uso de tecnologia avançada com o objetivo de gerar
comodidade ao cliente, como, por exemplo, o cadastramento de contas em débito automático.
(D) qualquer serviço de atendimento ao cliente realizado pelo banco, permitindo a troca de
documentação sem a necessidade de o cliente sair de casa, como, por exemplo, a entrega de talões
de cheque em domicílio.
(E) a disponibilização de serviços no caixa 24 horas, que anteriormente só poderiam ser realizados
nas agências bancárias, sendo a liberação de crédito automática um exemplo desse tipo de serviço.
Resposta
(B) toda e qualquer ligação entre o cliente e o banco, que permita às partes se comunicarem a
distância, possibilitando ao cliente realizar operações bancárias sem sair de sua casa ou
escritório, como o pagamento de contas pela internet.
A alternativa B é a mais coerente para o conceito de home banking, que é destinado ao cliente
pessoa física. Para o cliente pessoa jurídica o serviço similar oferecido chama-se Office banking.
A reforma conduzida pelo Banco Central do Brasil em 2001 e 2002 no Sistema de Pagamentos
Brasileiro (SPB) teve como foco o direcionamento para a administração de riscos, principalmente os
riscos de crédito e liquidez. Dentre as mudanças conduzidas em 2001 e 2002 destaca-se a:
(A) alteração da política cambial estabelecendo regras mais flexíveis para as transferências
internacionais.
(B) definição de um capital mínimo baseado no risco de crédito para os bancos comerciais e
bancos de investimento.
(C) manutenção da tabela de tarifas operacionalizada por bancos comerciais e caixas
econômicas.
(D) realização de transferências de fundos interbancárias com liquidação em tempo real, em
caráter irrevogável e incondicional.
(E) reestruturação das operações de empréstimos, principalmente das operações de leasing e
CDC.
Resposta
D Trata-se da TED – Transferência Eletrônica Disponível, utilizada para transferência de
contas entre bancos quando o valor da transação for maior ou igual a R$ 5.000,00, o que
ocorre em tempo real, sem trânsito no serviço de compensação, como ocorre com o DOC –
Documento de Crédito.
16
Professor: André Aragão
Cartões de Crédito
Emitidos pelas administradoras de cartão de crédito.
Conceitos de: portador, bandeira, marca, acquirer (suporte e venda do ponto)
estabelecimento, instituição financeira.
Receitas: anuidades, comissões nas vendas, taxa de administração (lojista), cobrança de
juros e float.
CONCEITOS DE CORPORATE FINANCE
São serviços em que os bancos prestam assessoria as empresas em suas operações de
fusões, aquisições, incorporações e etc. Em geral trata-se de um projeto de avaliações geral
da empresa e o oferecimento de soluções de forma a financiar a tomada de decisão da
empresa.
leveraged buyout (lbo) - é a aquisição de uma empresa, por seus administradores ou
funcionários, dando-a como garantia. sendo a dívida paga com seu fluxo de caixa. o
empréstimo se limita a 90% do valor da operação.
management buyout – quando um lbo passa a administrar a empresa participando seu
controle acionário.
takeover bid – aquisição do controle acionário de uma empresa, através do mercado de
ações, de forma amigável ou hostil.
tender offer – compra de títulos, de forma a pagar um prêmio adicional sobre o valor de
mercado do título.