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Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem - Regional Sul 2) Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) Código de Ética do Estudante de Medicina

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  • Direo Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem - Regional Sul 2)Conselho Regional de Medicina do Estado de So Paulo (Cremesp)

    Cdigo detica do

    Estudante deMedicina

  • Cdigo detica do

    Estudante deMedicina

    Direo Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem - Regional Sul 2)

    Conselho Regional de Medicina do Estado de So Paulo (Cremesp)

    So Paulo

    2007

  • CORREGEDORKrikor Boyaciyan

    CORREGEDOR ADJUNTORuy Yukimatsu TanigawaASSESSORIA DE COMUNICAO

    Antonio Pereira FilhoDEPARTAMENTO JURDICO

    Gaspar de Jesus Lopes FilhoDEPARTAMENTO FISCALIZAO

    Joo Ladislau RosaDELEGACIAS DA CAPITALRui Telles Pereira

    DELEGACIAS DO INTERIORKazuo Uemura

    Gesto 2006Alexandre Librantz

    Ciro MatsuiFernando Maia

    Maria Ceclia Beltrame

    DIRETORIA CREMESP

    PRESIDENTEDesir Carlos Callegari

    VICE-PRESIDENTELuiz Alberto Bacheschi

    1 SECRETRIOHenrique Carlos Gonalves

    2 SECRETRIORenato Azevedo Jnior

    TESOUREIRAMarli Soares

    TESOUREIRO SUPLENTENacime Salomo Mansur

    DENEMCoordenao Regional Sul-2

    Gesto 2007Caroline de Melo AlbertoFbio Henrique De NuncioJoo Paulo Marmo Pereira

    Rodrigo Garcia DAureaVictor Incio Bailon Bas

  • O Cdigo de tica dos Estudantes de Medicina uma publi-cao conjunta da Direo Executiva Nacional dos Estudantesde Medicina (Denem - Regional Sul 2) e do Conselho Regio-nal de Medicina do Estado de So Paulo (Cremesp)

    Elaborado coletivamente pelos estudantes, no pretende serum conjunto de regras a serem seguidas, mas sim recomenda-es para que, desde a sua graduao, o futuro mdico se com-prometa com o exerccio da Medicina de maneira autnoma,com a moral e a tica, com a prestao responsvel de cuida-dos, com a honestidade diante de pacientes e colegas, com asolidariedade, a compaixo e o respeito pela vida humana.

    Ao abordar os direitos dos alunos e pacientes, as relaescom os demais profissionais, as responsabilidades das insti-tuies de ensino, dentre outros temas, o presente cdigovem afirmar a convico dos estudantes de que escolheramuma profisso que deve ser exercida com conscincia, com-promisso e dignidade.

    com muita satisfao que o Cremesp apia e divulga estainiciativa.

    Desir Carlos CallegariPresidente do Cremesp

    APRESENTAO

  • O presente cdigo foi resultado de ampla discusso promovida pelas

    gestes de 2006 e 2007 da Denem - Regional Sul 2. Alm do Cdigo de tica

    Mdica, foi utilizado como referncia o Cdigo de tica do Estudante de

    Medicina do Distrito Federal Janeiro de 2004 3 edio.

    Agradecimentos: Mrio Scheffer, Reinaldo Ayer e Thas Souto

  • CAPTULO IPRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    Art. 1 A escolha da Medicina como profisso pressupe a acei-tao de preceitos ticos, de compromissos com a sade do serhumano, com o bem estar da coletividade, com o combate sdesigualdades, injustias, preconceitos e discriminaes de qual-quer natureza.

    Art. 2 Ao estudante de Medicina cabe colaborar, dentro desuas possibilidades, com a promoo da sade, a prevenodas doenas e a reabilitao dos pacientes.

    Art. 3 As atividades prticas tm por finalidade preparar inte-gralmente o estudante de Medicina para o futuro exerccio daprofisso mdica. Devem beneficiar exclusivamente o paciente eo prprio estudante.

    CAPTULO IIDIREITOS DOS ESTUDANTES

    So direitos do estudante de Medicina:

    Art. 4 Exercer suas atividades prticas sem ser discriminadopor questes de crena, etnia, gnero, orientao sexual, na-cionalidade, condio social, opinio poltica ou de qualqueroutra natureza.

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  • 6Art. 5 Participar da elaborao dos regulamentos e normasdas instituies onde exera sua prtica; e apontar falhas, des-vios ou distores, sempre que julgar necessrio, fazendo pre-valecer a boa prtica do ensino e do exerccio da Medicina.

    Art. 6 Estar representado nas instncias deliberativas(colegiados, congregaes, conselhos) de sua instituio deensino, garantido seu direito voz e ao voto.

    Art. 7 Realizar ou participar de projeto ou trabalho de pesqui-sa, desde que sob a orientao de um docente responsvel.

    Art. 8 Assinar na condio de co-autor de trabalho cientfi-co, desde que efetivamente tenha participado da elaboraoe desde que esteja em conformidade com as normas exigidaspara publicao.

    Art. 9 Suspender suas atividades quando a instituio nooferecer condies mnimas para o aprendizado.

    Art. 10 Organizar-se com seus pares em Centro Acadmico,Diretrio Acadmico ou Grmio estudantil.

    CAPTULO IIIDEVERES E LIMITAES

    Art. 11 Manter absoluto respeito pela vida humana.

  • 7Art. 12 Manter total respeito aos cadveres, no todo ou emparte, em que pratica dissecao ou outro ato relacionado aoseu aprendizado.

    Art. 13 Defender a boa qualidade da educao e o direito deacesso ao ensino para todos os cidados e cidads.

    Art. 14 Defender a sade como direito inalienvel, universale contribuir para a consolidao e o aprimoramento do Siste-ma nico de Sade.

    Art. 15 Apoiar, participar e reforar a luta das entidades estu-dantis e das entidades mdicas.

    O estudante de Medicina no deve:

    Art. 16 Prestar assistncia mdica sob sua exclusiva responsa-bilidade, salvo em casos de iminente perigo vida.

    Art. 17 Assinar receitas mdicas e prescries ou fornecer atestadosmdicos sem a superviso e assinatura do mdico que o orienta.

    Art. 18 Acumpliciar-se, de qualquer forma, com aqueles queexercem ilegalmente a Medicina.

    Art. 19 Fazer ou participar de experimentos em pessoas doentesou sadias, sem que seja supervisionado por um mdico respons-vel, sem o consentimento livre e esclarecido do paciente e sem

  • que sejam respeitadas as normas nacionais e internacionaisregulamentadoras da tica em pesquisa com seres humanos.

    Art. 20 Agir com desrespeito ou desconsiderao a qualquer pro-fissional de sade, demais profissionais, pacientes e populao.

    Art. 21 Tomar qualquer atitude preconceituosa em relaoaos pacientes, funcionrios, estudantes, professores ou qual-quer outra pessoa; seja em relao crena, etnia, gnero,orientao sexual, nacionalidade, condio social, opinio po-ltica ou de qualquer natureza.

    Art. 22 Deixar de assumir responsabilidade pelos seus atos,ou atribuir indevidamente seus erros ou insucessos ao outroou s circunstancias.

    Art. 23 Participar ou contribuir, de qualquer forma, com amercantilizao da Medicina.

    Art. 24 Exercer sua autoridade de maneira que limite a auto-nomia e os direitos do paciente de decidir sobre seus atos e oseu bem-estar.

    Art. 25 Receber honorrios ou salrio pelos servios presta-dos no exerccio de sua atividade acadmica, com exceo deremunerao referente a bolsas de estudo, pesquisa e inicia-o cientfica.

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  • Art. 26 Exercer suas atividades de modo a desrespeitar cren-as e valores, cometer infraes ticas, cometer ou favorecercrimes.

    Art. 27 Participar da prtica de tortura ou outras formas deprocedimentos degradantes, desumanos ou cruis contra pes-soas ou animais, ou fornecer meios, instrumentos, substnciasou conhecimentos para tais fins.

    CAPTULO IVRELAO COM O PACIENTE

    So obrigaes do estudante de Medicina:

    Art. 28 Ajudar no que for possvel, dentro das condies doestudante, em relao a problemas pessoais e realidade dopaciente.

    Art. 29 Demonstrar respeito e dedicao ao paciente, jamaisesquecendo sua condio de ser humano, agindo com pru-dncia e bom senso em todas as ocasies.

    Art. 30 Dentro de seus conhecimentos de estudante, saberouvir o paciente, esclarecendo dvidas e compreendendo suasexpectativas, necessidades e queixas, mesmo aquelas que notenham relao com sua doena.

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  • Art. 31 Desde que na presena do preceptor e auxiliado porele, explicar detalhadamente, de forma simples e objetiva, odiagnstico e o tratamento para que o paciente entenda cla-ramente a doena, os benefcios do tratamento e tambm aspossveis complicaes e prognsticos. Ter conscincia dos li-mites da Medicina e falar a verdade para o paciente, familiarou responsvel, diante do estado de sade, da inexistncia ouda pouca eficcia de um tratamento.

    CAPTULO VO SIGILO EM MEDICINA

    Art. 32 O estudante de Medicina deve manter sigilo econfidencialidade sobre informaes e fatos sobre o pacien-te, que tenha conhecimento por ter visto, ouvido ou deduzi-do no exerccio de sua atividade, exceto quando necessriopara o desenvolvimento das atividades acadmicas.

    Art. 33 S admissvel a quebra do sigilo por justa causa, porimposio da Justia ou por autorizao expressa do pacien-te, desde que no haja prejuzo ao paciente.

    Art. 34 O estudante de Medicina no pode facilitar o manuseioou o conhecimento de pronturios, papeletas e demais regis-tros e observaes mdicas sujeitas ao segredo profissional, porpessoas que no estejam obrigadas ao mesmo compromisso.

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  • CAPTULO VI

    RELAO COM INSTITUIES, PROFISSIONAIS DESADE, COLEGAS, PROFESSORES E ORIENTADORES

    Art. 35 O estudante de Medicina deve respeitar as normas dasinstituies onde realizado seu aprendizado, desde que estejamde acordo com a legislao, no gerem situaes de opresso edesfavorecimento, e que no firam os direitos do estudante.

    Art. 36 O estudante de Medicina deve zelar pelo patrimniomaterial das instituies onde desempenha suas atividades,inclusive das instituies pblicas.

    Art. 37 O estudante, durante o internato, no deve afastar-sede suas atividades, mesmo temporariamente, sem comunicarao seu superior.

    Art. 38 O estudante de Medicina responde civil, penal, tica eadministrativamente por atos danosos ao paciente e que te-nham sido causados por sua imprudncia, impercia ou negli-gncia, desde que comprovada iseno de responsabilidadede seu supervisor.

    Art. 39 O estudante de Medicina deve agir com solidariedadee respeito mtuo entre colegas, professores e orientadores,visando o bom relacionamento entre todos.

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  • Art. 40 A instituio deve esclarecer para seus estudantes qual o projeto poltico-pedaggico adotado,que deve estar ade-quado s diretrizes curriculares nacionais para os cursos deMedicina. A escola deve ser capaz de oferecer ensino mdicode qualidade, condizente com as necessidades de sade dapopulao brasileira.

    Art. 41 A instituio deve assegurar sempre condies dignas eadequadas para o aprendizado de seus estudantes, o que incluiestrutura fsica (salas de aula, biblioteca, unidade de sade, hos-pital); eficiente poltica de permanncia estudantil (moradia,restaurante universitrio, assistncia mdica, lazer, bolsas); econdies acadmicas (professores preparados, laboratrios, bi-blioteca, acesso a computadores).

    Art. 42 Fica assegurado ao estudante o direito de reivindicare exigir adequadas condies de ensino, inclusive acionandoas autoridades competentes caso no sejam solucionados osproblemas.

    Art. 43 Os professores, orientadores, preceptores e demaisprofissionais de sade devem tratar respeitosamente os estu-dantes com os quais compartilham o exerccio profissional,assim como devem obrigatoriamente ser exemplares em suarelao tica e respeitosa com os pacientes.

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  • Rua Marqus de Paran, 303, 2 andarCentro - Niteri - RJ

    24030-215 Telefax: (21) 2629-9339 www.denem.org.br

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