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GOVERNO DO ESTADO DABAHIAMINUTA DO CODlGO DE .ÉTICA E DISCIPLINA DOS M.ILlTARES ESTADUAIS

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CÓQIGO DE ÉTICA E DISCIPLINADOS MILITARES DO ESTADO DA BAHIA

1

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E f)[SClPLlNA DOS MILITARES ESTAI>UAIS

QBahia"trintA til" TOl)(l!; NÓS

5l0t0AIUAOJ\SEGiJAANÇ" PllIIUCII

LEI N° 000 DEABRIL DE 2014.

Institui o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado da Bahia.

o GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA,faço saber que a Assembleia Legislativa

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I

DAS GENERALIDADES

Art. 1° - O Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado da Bahia - CEDM tem

por finalidade definir, especificar e classificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas

relativas a sanções disciplinares, conceitos, recursos, recompensas, bem como regulamentar o

processo administrativo disciplinar e o processo disciplinar sumário nas Instituições Militares

Estaduais - IMEs.

Parágrafo único - Para efeito deste Código:

I - as Instituições Militares Estaduais - IMEs são a Polícia Militar e o Corpo de

Bombeiros Militares;

11- unidade é a denominação genérica dada à repartição, estabelecimento, organização ou

a qualquer outro setor ou subsetor administrativo ou operacional independente nas Instituições'

Militares Estaduais;

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•GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

MINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

Sf,CIUJAfIlAbJl

~GIJIi,Ilm;A9\lJJJCA

QBahiafUJUt" IH: T(jr)(.~ Nós._- -<~.,...---'".-._---

lXWtli~tlt)tll'''DO

III - a palavra comandante é a denominação genérica dada ao militar estadual investido

em cargo ou função de direção, comando ou chefia.

Art. 2° - Este Código aplica-se:

I - aos militares estaduais da ativa;

II - aos militares estaduais da reserva remunerada, nos casos expressamente

mencionados.

Parágrafo único - Não estão sujeitos ao disposto neste Código:

I - os militares estaduais qne exerçam o cargo de Juiz na Justiça Militar Estadual,

regidos por legislação própria;

II - os militares que ocupam cargos eletivos no executivo ou no legislativo da

Administração Pública, desde que estejam no exercício dos seus mandatos.

Art. 3° - As normas deste Código e as utilizadas por analogia deverão ser interpretadas,

segundo os princípios do direito administrativo e observando-se:

I - o principio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado;

II - a presunção de legitimidade dos atos da Administração Pública.

Art. 4° - Os casos omissos desta lei serão supridos:

I - pelos princípios gerais de direito,

II - pela analogia,

III - pelos usos e costumes militares.

3

GOVERNO DO ESTADO DA BAmAMINUTADO comeo DE ÉTICA EmSClPLINA DOS MILHARES ESTADUAIS

~MTAfllAtIJI

seGt1AANÇA NllUCA

Parágrafo único - A autoridade administrativa

decisão, alegando lacuna da norma administrativa.

QBahia'ff'.IHU, ()li 1'0))"5 SÓS

G(ll,OQ;:OOOUl'!lOO

não poderá eximir-se de emitir sua

CAPÍTULon

DA ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

Art. 50 - A violação das obrigações ou dos deveres militares, ainda que fora do exercício

das suas funções, constituirá transgressão disciplinar, sem prejuízo da caracterização de crime,

conforme legislação específica.

~1o - A violação dos preceitos da ética militar ou dos deveres militares será tão mais

grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.

~2" - O militar estadual responde civil, penal e administrativamente pelo exercício

irregular de suas atribuições.

~3° - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,

que resulte em prejuízo do erário ou de terceiros, na seguinte forma:

a) o ressarcimento dos prejuízos causados poderá ser feito administrativamente,

mediante desconto em parcelas mensais, não excedentes à terça parte da remuneração

ou dos proventos, desde que haja prévia anuência do militar estadual;

b) não existindo ressarcimento na esfera administrativa, o débito será inscrito na Dívida

Ativa Não Tributária, cabendo à Procuradoria-Geral do Estado adotar as medidas

judiciais para reparação do dano ao erário.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MlLlTARES ESTADUAIS

*til~T~IlIAOIISttwAANÇA ~Io.

~4° - A responsabilidade penal abrange os crimes militares, os crimes de compelência da

Justiça comum e as contravenções penais imputadas ao militar estadual nessa qualidade.

~5° - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo,

caracterizado como transgressão disciplinar, ainda que praticado fora do exercício de suas

funções.

~ 60 - As responsabilidades civil, penal e administrativa poderão cumular-se, sendo

independentes entre si.

~ 70 - A responsabilidade administrativa do militar estadual sujeita-se aos efeitos da elisão

e da prescrição na seguinte forma:

a) será elidida no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou de

sua autoria;

b) prescreverá:

1. em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão ou cassação de

proventos de inatividade;

2. em dois anos, quanto às infrações puníveis com suspensão;

3. em cento e oitenta dias, quanto à advertência.

c) o prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido

pela autoridade competente para instaurar o processo disciplinar sumário ou o

processo administrativo disciplinar;

5

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DlSCll'L1NA DOS MILITARES ESTADUAIS

Sf:.(ll~r"m"OI\SUitlAAIfI;"plllll.lCJl

!%:lBabiaTlllOlA »1{ 'fOl>Oll NÓS--------OI)l\'tR."tIDU tl1'!>OO

d) sendo a falta tipificada penalmente, prescreverá juntamente com o crime;

e) a publicação da portaria de instauração de processo disciplinar sumário

interrompe a contagem do prazo prescricional, que volta a correr em sua

integralidade, após o transcurso dos prazos ordinários de instrução e julgamento,

previstos no ~2° do art. 75 e no caput do ar!. 97 desta lei, totalizando 90 (noventa)

dias;

f) a publicação da portaria de instauração de processo administrativo disciplinar

interrompe a contagem do prazo prescricional, que volta a correr em sua integralidade, após o

transcurso dos prazos ordinários de instrução e julgamento, previstos no ~5° do ar!. 77 e no caput

do ar!. 97 desta lei, totalizando 150 (cento e cinquenta) dias.

Art. 6° - O respeito mútuo, a camaradagem e a civilidade são indispensáveis ao convivio

dos militares estaduais, devendo ser preservadas as melhores relações sociais entre eles.

~1o - O relacionamento dos militares estaduais entre si e com os civis pautar-se-á por

manifestações de cortesia, respeito, confiança e lealdade.

~2" - Cabe a todos os militares estaduais incentivar e manter a harmonia e a amizade

entre seus superiores, pares e subordinados.

~ 3° - As demonstrações militares de cortesia e respeito, obrigatórias entre os servidores

militares do estado, devem ser dispensadas aos militares de outros estados e aos militares da~

Forças Armadas.

Art. 7° - É imputada ao militar estadual investido na função de comandante a

responsabilidade pelas ordens que der.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODiGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

>t.éitnNlII\()II.$£G\lAAIIÇA PLllllJCA

QBahiaTltlt ~1\ IH; 'tOIlOS N6s

l)(J,'UQ/OOO rsri'loo

Art. 8°- O militar estadual que presenciar ou tomar conhecimento da prática de

transgressão disciplinar, crime ou qualquer outro ato ilícito deverá agir prontamente para

combater a ilicitude, salvo impossibilidade de fazê-lo, cabendo-lhe comunicar o ocorrido

imediatamente à autoridade competente, sem tecer comentários ou opiniões pessoais.

Parágrafo Único - A autoridade que receber a comunicação do fato, se for militar

estadual e não tiver competência para solucioná-lo, deve encaminhá-la ao seu superior imediato,

na linha de subordinação funcional.

CAPÍTULO III

DA HIERARQUIA E DISCIPLINA MILITAR

Art. 9° - A hierarquia e a disciplina constituem a base institucional das Instituições

Militares Estaduais.

~ 10 - A hierarquia é a ordenação da autoridade, em niveis diferentes, dentro da estrutura

das Instituições Militares Estaduais, por postos ou graduações e, dentro de um mesmo posto ou

graduação, a ordenação se faz pela antiguidade nestes,sendo o respeito à hierarquia

consubstanciado no espirito de acatamento da autoridade.

~ 20 - A disciplina militar é a exteriorização da ética profissional dos militares estaduais

e manifesta-se pelo exato cumprimento de deveres, em todos os escalões e em todos os graus da

hierarquia, quanto aos seguintes aspectos:

I - pronta obediência às ordens legais;

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•GOVERNO DO ESTADO DA DAmA

MINUTA DO CODlGO DE tTlCA E mSClPLlNADOS MILITARES ESTADUAIS

QBahia'Ud:l;R>\ ()~ l'O[)()S NOS

11- observância da Constituição Federal, da Constituição da Bahia, das demais

normas legais e das prescrições regulamentares;

III - dedicação e emprego de toda a capacidade em benefício do serviço público;

IV - correção de atitudes;

v - colaboração espontânea nas missões com a disciplina coletiva e com a efetividade

dos resultados pretendidos pelas Instituições Militares Estaduais.

Art. 10 - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as

circunstâncias pelos militares estaduais em atividade ou em inatividade.

CAPÍTULO IV

DA ÉTICA MILITAR

Art. 11 - A homa, o sentimento do dever mililar e a correção de atitudes impõem conduta

ética e profissional irrepreensíveis a todo integrante das Instituições Militares Estaduais, que

deve observar os seguintes preceitos de ética militar:

I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade profissional;

11- observar os princípios da Administração Pública, no exercício das atribuições que lhe

couberem em decorrência do cargo;

III - respeitar a dignidade da pessoa humana.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO COI)IGO DE ÉTICA E I)ISCIPLlNA DOS MILITARES ESTADUAIS

St.ClI~i;\R1At!JI

srouAAN~AI'Ull\,.ICA

QBahiaTlJlUtA IH. TODOS ~ •••S._---~~-_..--~.-

CJ.O\c[llSútll:)UfAOO

IV - cumprir e fazer cumprir as leis, códigos, resoluções, instruções e ordens das

autoridades competentes;

V - ser justo e imparcial na apreciação e avaliação dos atos praticados por integrantes das

Instituições Militares Estaduais;

VI - zelar pelo seu próprio preparo profissional e incentivar os colegas à mesma prática,

em prol do cumprimento da missão comum de cada Instituição Militar Estadual;

VII - praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de cooperação;

VIII - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de assuntos internos das Instituições

Militares Estaduais ou de matéria sigilosa;

IX - respeitar as autoridades civis e militares;

X - garantir assistência moral e material à tàmilia ou contribuir para ela;

XI - preservar e praticar, mesmo fora do serviço ou quando na inatividade, os preceitos

da ética e disciplina militar;

XII - ser proativo no desempenho profissional;

XIII - zelar, por meio das suas condutas, pelo bom conceito da Instituição Militar

Estadual que integre.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E mSCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

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QBahiaTIlR.I\,l, OI; ,OOOg sós

"""'I:IQIÚOO I.MMlQ

Parágrafo único - Os preceitos éticos orientarão as condutas dos militares estaduais

para adequá-las às exigências das Instituições Militares Estaduais, dando sempre, entre essas

ações, preferência àquelas de cunho educacional.

CAPÍTULO V

DOS VALORES MILITARES

Art. 12.- São valores militares:

I - das Instituições Militares Estaduais:

a) a dignidade do homem;

b) a disciplina;

c) a hierarquia;

d) a credibilidade;

e) a ética;

f) a efetividade;

g) a solidariedade;

h) a capacitação profissional;

i) a doutrina;

j) a tradição.

II - do profissional:

a) a eficiência e a eficácia;

b) o espírito profissional;

c) a aparência pessoal;

10

GOVERNO DO ESTADO DA DAmAMINUTA DO CODlGO DE tTICA E DISCIPLINA DOS MI.LITARES ESTADUAIS

QBahia,IXJt:llA or TODOS NÓS

Sldl.1AllIA tlAstGVAAJtÇ" PIl!ltJu.

d) a autoestima;

e) o profissionalismo;

t) a bravura;

g) a solidariedade;

h) a dedicação;

i) o companheirismo;

j) a lealdade;

k) a cooperação.

Art. 13 - São manifestações essenciais dos valores militares:

I - o sentimento de servir à sociedade, traduzido pela vontade de cumprir o dever e pelo

integral devotamento à preservação da ordem pública e à garantia dos direitos fundamentais da

pessoa humana,

11- o civismo e o respeito às tradições históricas,

III - o orgulho e fé na elevada missão da Instituição Militar Estadual a que pertença;

IV - o amor à profissão e o entusiasmo com que a exerce,

V - o aprimoramento técnico-profissional.

TÍTULO 11

DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

11

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E IJISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahia'ffRItA OH T01H>S NÓ1ó

DOS DEVERES MILITARES

Art. 14 - Os deveres do militar estadual, emanados dos valores militares e que conduzem

a atividade profissional sob o signo da retidão moral, são os seguintes:

I - cultuar os súubolos eas tradições da Pátria, .do EstadiJ da Bahia e da sua Instituição

Militar Estadual e zelar por sua inviolabilidade;

11 - cumprir os deveres de cidadão;

111 - preservar a natureza e o meio ambiente;

IV - servir à comunidade, procurando, no exercício da suprema missão de preservar a

ordem pública, promover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita observância das normas

jurídicas e das disposições deste Código de Ética e Disciplina;

V - atuar com devotamento ao interesse público, colocando-o acima dos anseios

particulares;

VI - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com respeito mútuo de superiores e

subordinados, e preocupação com a integridade física, moral e psíquica de todos os militares

estaduais, inclusive dos agregados, envidando esforços para bem encaminhar a solução dos

problemas apresentados;

VII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos subordinados;

VIII - cumprir e fazer cumpnr, dentro de suas atribuições legalmente definidas, a

Constituição Federal, a Constituição do Estado da Bahia, as leis e as ordens legais das

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E ])ISClPLlNADOS MILITARES ESTADUAIS

~OOT~m•••~Y:GUAAMÇ ••••I'\lIllICJl;

QBahiaTUH'" IH lQ IH)l\ N(H

autoridades competentes, exercendo suas atividades com responsabilidade, incutindo-a em seus

subordinados;

IX - dedicar-se integralmente ao serviço militar, buscando, com todas as energias, o êxito

e o aprimoramento técnico-profissional e moral;

X - estar sempre preparado para as missões que desempenhe;

XI - exercer as funções com integridade e equilíbrio, segundo os princípios que regem a

administração pública, não sujeitando o cumprimento do dever a influências indevidas;

XII - procurar manter boas relações com outras categorias profissionais, conhecendo e

respeitando-lhes os limites de competência, mas elevando o conceito e os padrões da própria

- profissão, zelando por sua competência e autoridade;

XIII - ser fiel na vida militar, cumprindo os compromissos relacionados às suas

atribuições de agente público;

XIV - manter ânimo forte e fé na missão militar, mesmo diante das dificuldades,

demonstrando persistência no trabalho para solucioná-las;

XV - zelar pelo bom nome da sua Instituição Militar Estadual e de seus componentes,

aceitando seus valores e cumprindo seus deveres éticos e legais;

XVI - manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida profissional, solidarizando-

se nas dificuldades que esteja ao seu alcance minimizar e evitando comentários desairosos sobre

os componentes das Instituições Militares Estaduais;

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTAJ)O CODlGO DE ÉTICA E DtSCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

SlCll~1./1RI" DASE<alAANÇA, PUallo,

QBahiaTl!lt./lA tHl 'rOD()S 1'10$.~._-_._-_._-

CioCI'<l'MSfJDúHr",Do

XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou função que esteja sendo

exercido por outro militar estadual;

XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular;

XIX - conduzir-se de modo não.subserviente sem ferir os princípios de respeito e decoro;

xx - não fazer uso do posto ou da graduação para obter proveito de qualquer natureza,em benefício próprio ou de outrem;

XXI - abster-se, mesmo na inatividade, do uso das designações hierárquicas:

a) em atividade político-partidária, salvo quando candidato a cargo eletivo;

b) em atividades liberais, comerciais ou industriais;

c) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a respeito de assuntos

institucionais, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se

devidamente autorizado;

d) no exercício de cargo ou emprego de natureza civil;

e) em atividades religiosas;

1) em circunstâncias prejudiciais à imagem das Instituições Militares Estaduais.

XXII - prestar assistência moral e material ao lar, conduzindo-o como bom arrimo de

família;

14

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E J)lSCII'LINA DOS .MILITARES ESTADUAIS

$UltHPoWIIDJ\SEG\JIlAHÇA.pO\ll.I(JI

QBahiaTIHtllll. OI' TOIH)~ N6$

tl<:I'>llR."<útlOUr",oo

XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade como fundamentos de

dignidade pessoal;

XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou, restrições de ordem religiosa, política,

racial ou de condição social;

XXV - atuar com prudência nas ocorrências de sua alçada, evitando exacerbá-las;

XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da pessoa do preso ou de quem

seja objeto de incriminação;

XXVII - observaras normas de boa educação e ser discreto nas atitudes, maneiras e na

linguagem escrita ou falada;

XXVIII - não solicitar ou provocar publicidade visando a própria promoção pessoal;

XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais, agindo com isenção, eqüidade e

absoluto respeito pelo ser humano, não usando sua condição de autoridade pública para a prática

de arbitrariedade;

xxx - exercer a função pública com honestidade, não aceitando vantagem indevida, de

qualquer espécie;

XXXI - não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual ou em avaliação

profissional, inclusive no âmbito do ensino;

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE ItncA E I.llSClPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahia'rUIIi" tH, 'tQnos NÓS

~EOlttArnAtvISt:CiJ.iAANÇA PVt!tICA

XXXII - não abusar dos meios do Eslado poslos à sua disposição, nem distribuí-los a

quem quer que seja, em detrimento dos fins da Administração .Pública, coibindo ainda a

transferência, para fins particulares, de tecnologia própria das funções militares;

XXXIII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela economia e conservação dos

bens públicos, cuja utilização lhe foÍ' confiada;

XXXIV - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente com abnegação e

desprendimento pessoal;

XXXV - atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem

pública ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de serviço suficiente;

XXXVI - manter conduta pública ou privada compatível com a moralidade

administrativa e com o decoro do cargo;

XXXVII - ser leal à Instituição Militar que servir;

XXXVIII - zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público.

CAPÍTULO 11

DA DISCIPLINA MILITAR

Art. 15 - A disciplina militar é o exato cumprimento dos deveres, traduzindo-se na

rigorosa observância e acatamento integral das leis, regulamentos, normas e ordens, por parte de

todos e de cada integrante das Instituições Militares Estaduais.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINlJTADO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA nos MILITARES ESTADUAIS

:$t(IlHAIU/101I5¥GVMijÇA pllLU..KA

~10_ São manifestações essenciais da disciplina:

I - a observância rigorosa das prescrições legais e regulamentares;

II - a obediência às ordens legais dos superiores;

III - o emprego de todas as energias em benefício do serviço;

IV - a correção de atitudes;

V - as manifestações espontâneas de acatamento dos valores e deveres éticos;

VI - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e na eficiência das Instituições

Militares Estaduais;

~2" - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos, permanentemente, pelos

militares estaduais, tanto no serviço ativo, quanto na inatividade.

~3° - A camaradagem é indispensável à formação e ao convívio nas Instituições Militares

Estaduais, incumbindo aos comandantes incentivar e manter a harmonia e a solidariedade entre

os seus comandados, promovendo estímulos de aproximação e cordialidade.

~4° - A civilidade é parte integrante da educação militar, cabendo a superiores e

subordinados atitudes de respeito e deferência mútuos.

Art. 16 - As ordens legais devem ser prontamente executadas, cabendo inteira

responsabilidade à autoridade que as determinar.

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GOVERNO DO ESTA])O DA DAmAMINUTA DO CODlGO DE tTlCA E DlSCll'LlNADOS MILITARES ESTADUAIS

a.Bahia'f(Ou.A UI! 'HIIH)S- XÓS

~1o - Quando a ordem parecer obscura, compete ao subordinado, ao recebê-la, solicitar os

esclarecimentos necessários ao seu total entendimento.

~2° - Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento da ordem recebida a

responsabilidade pelo abuso ou excesso que cometer.

CAPÍTULO III

DA VIOLAÇÃO DOS VALORES, DOS DEVERES E DA DISCIPLINA

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 17 - A ofensa aos deveres vulnera a disciplina militar, constituindo transgressão

disciplinar.

~1o - O militar estadual é responsável pelas decisões ou atos que praticar, inclusive nas

missões expressamente determinadas, bem como pela inobservância ou falta de exação no

cumprimento de seus deveres.

~2° - O superior hierárquico responderá solidariamente, na esfera administrativa

disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções da transgressão praticada por seu subordinado

quando:

I - presenciar o cometimento da transgressão deixando de atuar para fazê-la cessar

imediatamente;

18

GOVERNO DO ESTADO DA BAIDAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINADOS MILITARES ESTADUAIS

QBahiaTfdUIA fH' TODOS SóS

!õ!:.OlU1JUAOJ\U:GUIlA.NÇAPllIll""

II - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o cometimento da transgressão,

mesmo não estando presente no local do ato.

~3° - A violação da disciplina militar será tão mais grave quanto mais elevado for o grau

hierárquico de quem a cometer.

SEÇÃO 11

DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES

Art. 18 - Transgressão disciplinar é toda conduta que contrarie os deveres previstos neste

Código ou que esteja tipificada nesta seção.

Parágrafo único - Uma mesma conduta ilicita de um militar estadual pode constituir

simultaneamente transgressão disciplinar, infração penal, ato de improbidade administrativa e

ilícito civil, devendo o ato ilegal ser apurado independentemente pelas autoridades competentes.

Art. 19 - A transgressão disciplinar será leve, média ou grave, conforme classificação

atribuída nos artigos seguintes, podendo ser atenuada ou agravada, consoante a pontuação

recebida da autoridade julgadora e a decorrente de atenuantes e agravantes.

Art. 20 - A autoridade competente para aplicar a sanção disciplinar somente poderá

comutá-la nos casos expressamente previstos em lei.

Art. 21 - São transgressões disciplinares de natureza leve:

I - atrasar-se injustificadamente para o serviço;

19

GOVERNO DO ESTADO DA BAIDAMINUTA DO CODl(;O DE íU[CA E DiSCIPLINA DOS .I"llLlTARES ESTADUAiS

Sl:CIlnAfIl,;,O,l,~GtJAAIfÇ.\pllauc"

11 - deixar de observar norma específica de apresentação pessoal definida em

regulamentação própria;

III - inobservar princípios de boa educação e a correção de atitudes;

IV - entrar ou tentar entrar .ein local para o qual não esteja autorizado;

V - retardar culposamente o cumprimento de ordem;

VI - fumar em local não permitido;

VII - permutar serviço sem permissão dá autoridade competente;

VIII - deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele recebida, no mais curto

prazo possível;

IX - retirar-se da presença do supenor hierárquico sem obediência às normas

regulamentares;

X - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar-se ao seu superior funcional,

conforme prescrições regulamentares;

XI - deixar, nas solenidades, de apresentar-se ao superior hierárquico de posto ou

graduação mais elevada e de saudar os demais, de acordo com as normas regulamentares;

XII - consentir, o responsável pelo posto de serviço ou a sentinela, na formação de grupo

ou permanência de pessoas junto ao seu posto;

20

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E I)JSCII'LINA DOS MlLITARES ESTADUAIS

a..Bahia"f,RIt" un TOD05 só •.

OO'o'l1'OCl'.lU""DO

XXIII - permanecer em dependência de outra unidade militar ou local de serviço sem

consentimento ou ordem da autoridade competente;,~ .:.1 _

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA .ÉDISCII'.LINA DOS MILITARES ESTADUAIS

a..BahiaTlllla ••• Oll ,TnOOJ :-:ÓJ

oo.-1"f;:«>W CST"OO

XlII - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de autoridade;

XIV - dar toques ou fazer sinais, previstos nos regulamentos, sem ordem de autoridade

competente;

xv - conversar ou fazer ruídos em .ocasiões ou lugares impróprios;

XVI - deixar de comunicar a alteração de dados pessoais;

XVII - deixar de comunicar a tempo, à autoridade competente, a impossibilidade de

comparecer à unidade militar ou a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que deva

assistir;

XVIII - pemianecer, alojado ou não, deitado em horário de expediente no interior da

unidade militar, sem autorização de quem de direito;

XIX - participar de jogos proibidos ou jogár a dinheiro os permitidos, em local sob

administração militar, ou em qualquer outro, quando uniformizado;

XX - conduzir meio de transporte oficial, sem autorização do setor competente das

Instituições Militares Estaduais, mesmo estando habilitado;

XXI - conduzir pessoal ou material em meio de transporte oficial que esteja sob seu

comando ou responsabilidade, sem autorização da autoridade competente;

XXII - andar injustificadamente a cavalo pelas ruas da cidade, a trote ou galope;

21

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINADOS MILITARES ESTADUAIS

f3.BahiaTIHUlA llr TOl)l)~ NÕS

SH:nt.1Am"D!>$E<iVAANÇA WIlUCA

III - deixar de cumprir ordem ou atividade que lhe competir ou atribuí-las à outrem, fora

dos casos previstos em lei;

IV - assumir compromisso em nome das Instituições Militares Estaduais ou representá-

las indevidamente;

V - usar indevidamente prerrogativa inerente à integrante das Instituições Militares

Estaduais;

VI - descumprir norma técnica de utilização e manuseio de armamento ou equipamento;

VII - deixar de providenciar medida contra irregularidade de que venha a tomar

conhecimento ou esquivar-se de tonar providências a respeito de ocorrência no âmbito de suas

atribuições;

VIII - utilizar-se do anonimato ou envolver indevidamente o nome de outrem para

esquivar-se de responsabilidade;

IX - danificar ou inutilizar, por uso indevido, negligência, imprudência ou imperícia, bem

da Administração Pública de que tenha posse ou de que seja detentor;

X - deixar de observar preceito legal referente a tratamento, sinais de respeito e honras

militares, definidos em regulamento;

XI - contribuir para a desarmonia entre os integrantes das respectivas Instituições

Militares Estaduais, por meio da divulgação de notícia, comentário ou comunicado infundados;

XII - manter indevidamente em seu poder, mas sem a intenção de se apropriar, bem de

terceiro ou da Administração Pública;

XIII - maltratar ou não ter o devido cuidado com os animais pertencentes ou que estejam

sob a responsabilidade das Instituições Militares Estaduais;

XIV - deixar de observar prazos regulamentares;

XV - comparecer fardado à manifestação ou reunião de caráter político-partidário, exceto

se estiver em serviço;

XVI - deixar de exibir, estando ou não uniformizado, documento de identidade funcional

ou se recusar a declarar seus dados de identificação quando lhe for exigido por autoridade

competente;

23

GOVERNO DO ESTADO DA DAmAMINUTA DO CODiGO DE ÉTICA E DISCIPUNA DOS MILITARES ESTADUAIS

5lCll~"ARIA DAsnruAANÇA I>UB\JCA

XVII - não portar etiqueta de identificação quando estiver em ações e operações

realizadas pelas Instituições Militares Estaduais para a preservação da ordem pública, salvo se

previamente autorizado;

XVIII - determinar o cumprimento de atribuições estranhas àquelas estabelecidas pelas

Instituições Militares Estaduais, bem como atividades incompatíveis ou em condições e prazos

inexeqüíveis;

XIX - designar para funções triviais o militar estadual de cargo especializado;

XX - designar para funções para as quais sejam exigidos treinamento e conhecimento

específicos que o militar estadual não detenha;

XXI - apropriar-se do crédito de ideias, propostas, projetos ou qualquer trabalho de

outrem;

XXII - sonegar iriformações que sejam necessárias ao bom desempenho das funções ou

úteis à vida funcional de outro militar estadual.

XXIII - O descumprimento dos deveres previstos nos incisos do art. 14 deste Código de

Ética e Disciplina, exceto aqueles indicados no inciso I do art. 23.

XXIV - não preservar local de crime;

XXV - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não definidas por mais tempo

que o necessário para a solução da apuração policial, do processo administrativo ou penal;

XXVI - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em prejuízo da boa ordem civil ou

militar ou do bom nome das Instituições Militares Estaduais;

XXVII - provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou ongem de alarmes

injustificados;

XXVIII - concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar inimizade entre

companheiros;

XXIX - entender-se com o preso, de forma velada, ou deixar que alguém o faça, sem

autorização de autoridade competente;

XXX - contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas possibilidades expondo

o nome das Instituições Militares Estaduais;

24

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE .ÉTICA E D1SCH'LINA DOS MILITARES ESTADUAIS

sttli!iAI!IAbA

SEGVAA~ÇA I'Qlll"lCA

QBahiaTIlIOl,\ De TQl),()l( !'1ô5

OO'<'tll!«>OOllfno.OO

XXXI - interferir na administra~,ão de serviço, na execução de ordem ou missão sem ter a

devida competência para tal;

XXXII - procurar desacreditar seu superior ou subordinado hierárquico;

XXXIII - deixar de prestar a superior hierárquico continência ou outros sinais de honra e

respeito previstos em regulamento;

XXXIV - deixar de corresponder a cumprimento de seu subordinado;

XXXV - deixar de fazer a devida comunicação disciplinar;

XXXVI - deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo se houver causa de

justificação;

XXXVII - não levar fato ilegal ou irregularidade que presenciar ou de que tiver ciência, e

não lhe couber reprimir, ao conhecimento da autoridade para isso competente;

XXXVIII - deixar de manifestar-se nos processos que lhe forem encaminhados, exceto

nos casos de suspeição ou impedimento, ou de absoluta falta de elementos, hipótese em que

essas circunstâncias serão fundamentadas;

XXXIX - deixar de encaminhar à autoridade competente, no mais curto prazo e pela via

hierárquica, documento ou autos de processo que receber, se não for de sua alçada a solução;

XL - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia, em qualquer serviço, instrução ou

missão;

XLI - retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciária militar que deva promover ou

em que esteja investido;

XLII - desrespeitar medidas gerais de ordem policial, judiciária ou administrativa, ou

embaraçar sua execução;

XLIII - não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordinados ou instruendos, a

dedicação imposta pelo sentimento do dever;

XLIV - causar ou contribuir para a ocorrência de acidente de serviço ou instrução;

XLV - apresentar comunicação disciplinar ou representação sem fundamento;

XLVI - dificultar o exercício do direito de petição ou o oferecimento de representação

pelo subordinado;

25

GOVER~O DO ESTADODA DAmAM.lNUTADO CODIGO DE ÉTICA E I)[SCIPUNA DOS MILlTARES ESTADUAIS

QBahia'fI1R/l ••• OI! Tl)I>I)S ;\'6$

stctEJARlAbASlõGUAANÇA ~lJflUCA

XLVII - faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir, ou ainda, retirar-se

antes de seu encerramento sem a devida autorização;

XLVIII - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de dispositivo ou

ordem legal;

XLIX - permutar serviço sem permissão da autoridade competente;

L - simular doença paraesquivar-se ao cumprimento do dever;

LI - deixar de se apresentar às autoridades competentes nos casos de movimentação ou

quando designado para comissão ou serviço extraordinário;

LII - não se apresentar ao seu superior imediato ao término de. qualquer afastamento do

serviço ou, ainda, logo que souber que o mesmo tenha sido interrompido ou suspenso;

LIII - dormir em serviço, salvo quando autorizado;

LIV - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em local sob administração das

Instituições Militares Estaduais, salvo se devidamente autorizado, bebidas alcoólicas;

LV - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em local sob administração das

Instituições Militares Estaduais, salvo se devidamente autorizado, substância ou material

inflamável ou explosivo;

LVI - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo ou de navegação marítima, lacustre

ou fluvial;

LVII - autorizar, promover ou executar manobras perigosas com viaturas, aeronaves,

embarcações ou animais;

LVIII - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inutilizar, por ação ou omissão, bens

ou animais pertencentes ao patrimônio público ou particular, que estejam ou não sob sua

responsabilidade;

LIX - negar-se a receber ou utilizar fardamento, armamento, equipamento ou bens que

lhe sejam destinados, devam ficar em seu poder ou sob sua responsabilidade, conforme

determinação das Instituições Militares Estaduais;

LX - deixar o responsável pela segurança da unidade militar de cumprir as prescrições

regulamentares com respeito a entrada, saída e permanência de pessoa estranha;

26

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE ÉTICA E DISCIPLINADOS MILITARES ESTADUAIS

St:'CllUAR!A tllI

S£G\IAANÇA ~lltlCA

LXI - permitir que pessoa não autorizada adentre local interditado;

LXII - deixar, ao entrar ou sair de unidade militar onde não sirva, de dar ciência da sua

presença ao Oficial-de-Dia ou de serviço e, em seguida, se oficial, de procurar o comandante ou

o oficial de posto mais elevado ou seu substituto legal para expor a razão de sua presença, salvo

as exceções regulamentares previstas;

LXIII - adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos destinados a superior ou onde este

se encontre, bem como qualquer outro lugar cuja entrada lhe seja vedada;

LXIV - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da unidade militar, desde que não seja

a autoridade competente ou sem sua ordem, salvo em situações de emergência;

LXV - deixar de exibir a superior hierárquico, quando por ele solicitado, objeto ou

volume, ao entrar ou sair de qualquer unidade militar;

LXVI - apresentar-se, em quillquer situação, mal uniformizado, com o uniforme alterado

ou diferente do previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes da sua Instituição Militar

Estadual ou norma a respeito;

LXVII - usar no uniforme, insígnia, medalha, condecoração ou distintivo, não

regulamentares ou de forma indevida;

LVIII - comparecer, uniformizado, a manifestações ou reuniões de caráter político-

partidário, salvo por motivo de serviço;

LXIX - autorizar, promover ou participar de petições ou manifestações de caráter

reivindicatório, de cunho político-partidário, religioso, de crítica ou de apoio a ato de superior,

para tratar de assuntos de natureza militar, ressalvados os de natureza técnica ou científica

havidos em razão do exercício da função militar estadual;

LXX - recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições, exceto ao Poder Judiciário, para

resolver assunto de interesse pessoal relacionados com as Instituições Militares Estaduais;

LXXI - assumir compromisso em nome das Instituições Militares Estaduais, ou

representá-las em qualquer ato, sem estar devidamente autorizado;

LXXII - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas legais ou regulamentares, na

esfera de suas atribuições.

27

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DiSCIl'LlNA nos MILITARES ESTADUAIS

Sl-CIlttAIlIA()lISEt,itlAAHÇA PúlllJCA

UBahia'rlllHli\ IH: íOD{>~ só~

OOI'Cl!."'OOOl.'$r •••oo

LXXIII - procrastinar, injustificadamente, o cumprimento de ordem, a execução de

serviço ou o andamento de processo, incluindo-se, nessa última hipótese, o não comparecimento

injustificado para depor como testemunha.

Art. 23 - São transgressões disciplinares de natureza grave:

I - o descumprimento dos deveres previstos nos incisos XX, XXI, XXXII, XXXIII,

XXXVI e, XXXVII do art. 14 deste Código de Ética e Disciplina

11- concorrer para o desprestigio das Instituições Militares Estaduais, por meio da prática

de conduta tipificada como crime doloso, seja como autor ou partícipe, apurada em inquérito

policial civil ou militar, em investigação promovida pelo Ministério Público ou em processo

penal;

III - coagir ou assediar pessoas com as quais mantenha relações funcionais;

IV - ofender ou dispensar tratamento desrespeitoso, vexatório ou humilhante a qualquer

pessoa;

V - apresentar-se com sinais de embriaguez ou sob efeito de outra substãncia

entorpecente ao serviço, fardado, ou em situação que ponha em perigo a segurança própria ou

alheia;

VI - faltar, publicamente, com o decoro, dando causa à escãndalo que comprometa a

honra pessoal e das Instituições Militares Estaduais;

VII - divulgar ou contribuir para a divulgação de assunto de caráter sigiloso de que tenha

conhecimento em razão do cargo ou função;

VIII - utilizar-se de recursos humanos ou materiais da Administração Pública ou que

estejam sob sua responsabilidade para satisfazer a interesses pessoais ou de terceiros;

IX - exercer, em caráter privado, quando no serviço ativo, diretamente ou por interposta

pessoa, atividade ou serviço cuja fiscalização caiba às das Instituições Militares Estaduais ou que

se desenvolva em local sujeito à sua atuação;

28

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODl(;O DE (;TICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahiaTtRll:A DE TODOS N()$

SlUlHAIU~ Mo

s(GUR"'fÇ,U>U~lo.

x - maltratar ou permitir que se maltrate física, moral ou psicologicamente preso ou o

menor apreendido sob sua custódia ou deixar de adotar providências para garantir sua

integridade física, moral e psicológica;

XI - referir-se de modo depreciativo ao cidadão, a outro militar, a autoridade ou a ato da

Administração Pública;

XII - autorizar, promover ou tomar parte em manifestação ilícita contra ato de superior

hierárquico ou contrário à disciplína militar;

XIII - agir de maneira parcial ou injusta ao apreciar e avaliar atos, no exercício de sua

competência, causando prejuízo ou restringindo direito de qualquer pessoa;

XIV - dormir em serviço de policiamento, vigilância ou segurança de pessoas ou

instalações;

XV - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de oficio;

XVI - negar publicidade a ato oficial,

XVII - ameaçar, induzir, ou instigar alguém a prestar declaração falsa em inquérito

policial, processo penal, civil ou administrativo;

XVIII - fazer uso do posto ou da graduação para obter ou permitir que terceiros

obtenham vantagem pecuniária indevida;

XIX - faltar ao serviço quando devidamente escalado, convocado ou comunicado ou

faltar ao expediente ou ao serviço para o qual esteja nominalmente escalado;

XX - depreciar, humilhar, constranger, degradar, menosprezar ou tratar com rigor

excessivo um subordinado, em razão da relação hierárquica;

XXI - depreciar, humilhar, constranger, degradar, menosprezar ou tratar com rigor

excessivo um terceiro com o objetivo ou efeito de atingir a sua autoestima ou a sua

autodeterminação em razão de sua origem, cor, raça, sexo, crença religiosa ou orientação sexual;

XXII - divulgar comentários maliciosos e criticas indevidas em desfavor de militar

estadual, seja verbalmente, por escrito, pela internet, por telefonia ou qualquer outro meio

eletrônico;

29

•GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

MINUTA DO CODIGO DE I~TlCA E DISCIPLINADOS MILITARES ESTADUAIS

S!(Il~lARII\ DA5€GUAAUÇI\ PUllLlCA

QBahiaTfdJR<\ fiE 'IQt>OS: "OS_._.~~.~..~~-

O<J'>':LR.'<ú:llt.ltlS-T!>OO

XXIII - expor militar estadual ou terceiro a efeitos fisicos e mentais adversos, salvo

quando devidamente relacionados a curso ou instrução em que haja a previsão expressa de tal

exposição;

XXIV - tentar acessar qualquer sistema informatizado, de dados ou de proteção, para o

qual não esteja autorizado;

XXV - exercer ou administrar, quando em serviço ativo, atividade de segurança privada -

formal ou informalmente, com ou sem prejuízo do serviço e com ou sem o emprego de meios da

Administração Pública - mesmo que por intermédio de cônjuge, parentes ou amigos, objetivando

dificultar a fiscalização da conduta ilícita;

XXVI - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar sinais exteriores de riqueza

incompatíveis com a remuneração do respectivo cargo;

XXVII - deixar de comunicar à Corregedoria das Instituições Militares Estaduais as

provas coletadas na fiscalízação do subordinado que apresentar sinais exteriores de riqueza

incompatíveis com a remuneração do respectivo cargo;

XXVIII - matar ou tentar matar alguém de modo intencional e injustificado;

XXIX - a prática de violência fisica ou moral, tortura ou coação contra os cidadãos, ainda

que cometida fora do serviço ou, se em serviço, mesmo que tenha o objetivo de obter confissão

ou informação do preso ou do suspeito de ser autor de delito;

XXX - extorquir ou tentar extorquir;

XXXI - subtrair coisa alheia móvel ou apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio

público ou particular, mesmo se as condutas forem apenas tentadas;

XXXII - constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção

carnal, a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, mesmo se as condutas

forem apenas tentadas;

XXXIII - associar-se com três ou mais pessoas, para o fim específico de cometer atos

ilícitos;

XXXIV constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar,

milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar atos ilícitos;

30

GOVERNO DO ESTADO DA DAmAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E D1SCIPUNA DOS MILITARES ESTADUAIS

Sltm:TAl!lA DA.51?:(WAA'tÇA PQ$lICll

QBahial"UlkA Of: TOI).(i~ NÓ~-------<ló\{1!1ll«>Uú~~l' •••lX>

XXXV - entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade

expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências;

XXXVI - importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor

à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,

entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em

desacordo com determinação legal ou regulamentar; .

XXXVII - associar-se com outra pessoa para o fim de praticar, reiteradamente ou não,

qualquer das condutas previstas no inciso XXXVI do ar!. 22 desta lei;

XXXVIII - insubordinação ou desrespeito grave contra superior hierárquico;

XXXIX - desertar;

XL - revelar segredo de que tenha conhecimento apropriado em razão do cargo ou

função;

XLI - deixar de punir o transgressor da disciplina nos casos em que seja aplicável a pena

de demissão;

XLII - permitir ou facilitar a aquisição, pemiuta ou locação de bem ou serviço por preço

superior ao de mercado;

XLIII - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares

aplicáveis ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

XLIV - conceder beneficio administrativo ou fiscal sem a observância das normas legais

e regulamentares aplicáveis;

XLV - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

XLVI - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas nas normas legais e

regulamentares aplicáveis;

XLVII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XLVIII - frustrar a licitude de concurso público;

LIX - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

L - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no ato da prisão;

LI - usar força desnecessária no atendimento de ocorrência ou no ato de prisão;

31

GOVER.."'IO DO ESTADO DA RAmAMINUTA DO CODlGO DE ÍéTlCA E DISCIPUNA nos MILITARES ESTADUAIS

QBahiaTrIO'" lH' lQDOoS S(H

lX""tll-Wtlc)Ul~OO

LlI - permitir que o preso 0\1 o menor apreendido, sob sua guarda, conserve em seu poder

inslrumentos ou outros objetos proibidos, com que possa ferir a si próprio ou a outrem;

LlII - faltar com a verdade, na condição de testemunha, ou omitir fato do qual tenha

conhecimento;

LlV - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos;

LV - publicar, divulgar oucontribuir para a divulgação de fatos, documentos ou assuntos

administrativos, técnicos ou de natureza militar ou judiciária, que possam concorrer para o

desprestígio das Instituições Militares Estaduais, ferir a hierarquia ou a disciplina, comprometer

a segurança da sociedade e do Estado ou violar a honra e a imagem de pessoa;

LVI - liberar preso ou detido ou dispensar alguém envolvido em ocorrência sem

competência legal para tanto;

LVII - receber vantagem de pessoa interessada no caso de furto, roubo, objeto achado ou

qualquer outro tipo de ocorrência ou procurá-la para solicitar vaniagem;

LVIII - receber ou permitir que seu subordinado receba, em razão da função pública,

qualquer objeto ou valor, mesmo quando oferecido pelo seu proprietário ou responsável;

LlX - empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar qualquer meio material ou

financeiro sob sua responsabilidade ou não, para a execução de atividades diversas daquelas para

as quais foram destinadas, em proveito próprio ou de outrem;

LX - provocar desfalques ou deixar de adotar providências, na esfera de suas atribuições,

para evitá-los;

LXI - dar, receber ou pedir gratificação ou presente com finalidade de retardar, apressar

ou obter solução favorável em qualquer ato de serviço;

LXII - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, agiotagem ou transação

pecuniária envolvendo assunto de servIço, bens da administração pública ou material cuja

comercialização seja proibida;

LXIII - exercer, o militar em serviço ativo, o comércio ou tomar parte na administração

ou gerência de sociedade comercial com fins lucrativos ou dela ser sócio, exceto como acionista,

cotista ou comanditário;

32

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E mSCIPLlNADOS MILlTAHES ESTADUAIS

St.(Il~JAllII\01ISW\!MNÇIloPOlI\JO.

QBahiaTf'JlIU\ rn: 10DlH NÓS

O(:lVtK,"úOOU1"OO

LXIV - não cumprir, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem legal recebida;

LXV - dar, por escrito ou verbalmente, ordem manifestamente ilegal que possa acarretar

responsabilidade ao subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida;

LXVI - deixar de assumir a responsabilidade por seus atos ou pelos atos praticados por

subordinados que agirem em cumprimento de sua ordem;

LXVII - aconselhar ou concorrer para não que não seja cumprida qualquer ordem legal

de autoridade competente, ou serviço, ou para que seja retardada, prejudicada ou embaraçada a

sua execução;

LXVIII - dirigir-se, referir-se ou responder à superior de modo desrespeitoso;

LXIX - recriminar ato legal de superior ou procurar desconsiderá-lo;

LXX - ofender, provocar ou desafiar superior ou subordinado hierárquico;

LXXI - promover ou participar de luta corporal com superior, igual, ou subordinado

hierárquico;

LXXII - desconsiderar ou desrespeitar, em público ou pela imprensa, os atos ou decisões

das autoridades civis ou dos órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário ou de

qualquer de seus representantes;

LXXIII - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por palavras, atos ou gestos, no

atendimento de ocorrência policial ou em outras situações de serviço;

LXXIV - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem como resistir a ela;

LXXV - deixar de apurar transgressão disciplinar ou tomar conhecimento de sua

ocorrência ou deixar de comunicá-la ao superior hierárquico ou a quem tem competência para

apurá-la;

LXXVI - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na ausência deste, a qualquer

autoridade superior toda informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem pública ou

grave alteração do serviço ou de sua marcha, logo que tenha conhecimento;

LXXVII - omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou qualquer documento, dados

indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;

33

GOVERNO DO ESTADO DA DAmAMINUTA DO COD[(;(} DE ÉTICA E DlSCIPUNAIlOS MILHARES ESTADUAIS

LXXVIII - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar documentos de interesse da

Administração Pública ou de terceiros;

LXXIX - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento de ocorrência, quando

esta, por sua natureza ou amplitude, assim o exigir;

LXXX - passar a ausente;

LXXXI - abandonar serviço para o qual tenha sido designado ou recusar-se a executá-lo

na forma determinada;

LXXXII - afastar-se, quando em atividade militar com veículo automotor, aeronave,

embarcação ou a pé, da área em que deveria permanecer ou não cumprir roteiro de

patrulhamento predeterminado;

LXXXIII - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de substância proibida,

entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, ou introduzi-las em local sob

administração das Instituições Militares Estaduais;

LXXXIV - portar ou possuir arma em desacordo com as normas legais e regulamentares;

LXXXV - andar ostensivamente armado, em trajes civis, não estando em serviço;

LXXXVI disparar arma por imprudência, negligência, imperícia, ou

desnecessariamente;

LXXXVII - não obedecer às regras de segurança na guarda de arma própria ou sob sua

responsabílidade;

LXXXVIII - dirigir viatura policial com imprudência, imperícia, negligência, ou sem

habilitação legal;

LXXXIX - retirar, tentar retirar ou utilizar material, viatura, aeronave, embarcação,

animal, ou qualquer outro meio de transporte, que esteja sob administração das Instituições

Militares Estaduais sem ordem do responsável ou proprietário;

XC - entrar, sair ou tentar fazê-lo, das Instituições Militares Estaduais, com tropa, sem

prévio conhecimento da autoridade competente, salvo para fins de instrução autorizada pelo

comando;

34

•GOVERNO DO ESTADO DA DAmA

MINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E mSCIPLlNA DOS MILITARES ESTADUAIS

St.ClIúllllIA bAWGUAANÇA PllBUCA

QBahiaTI!IiRA IH. lOPl)S SÓ$

tKt.-l1l.'<úOOUI ••••OO

XCI - frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações profissionais com caráter de

sindicato, ou de associações cujos estatutos não estejam em conformidade com as normas legais

e regulamentares;

XCII - omitir, injustificadamente, a informação de exercício ou assunção de cargo civil;

XCIII - prestar informação falsa, com intuito de obter vantagem ou benefício;

XCIV- participar, o militar estadual da ativa, de sociedade empresarial de qualquer

natureza, ainda que não seja sócio de direito, ou nelas exercer função ou emprego remunerado,

exceto como acionista ou quotista na sociedade anônima ou sociedade por quotas de

responsabilidade limitada.

SEÇÃOIlI

JULGAMENTO DA TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR

Art. 24 - O julgamento da transgressão disciplinar será precedido de processo disciplinar

sumário ou de processo administrativo disciplinar, quando cabível, que considere:

I - os antecedentes funcionais, éticos e disciplinares do acusado;

11- a responsabilidade, de acordo com o posto ou graduação do acusado;

III - as causas que a determinaram;

IV - a natureza dos fatos, atos e/ou omissões que a envolveram;

V - a gravidade da infração;

VI - as consequências que dela possam advir.

Art. 25 - No julgamento da transgressão disciplinar serão apuradas as causas que a

justifiquem e as circunstâncias que a atenuem ou a agravem.

Art. 26 - São causas de justificação:

35

•GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

MINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

$[otUAlU~D1I

!£GUIlAHÇ" PUlIlICA

I - motivo de força maior ou caso fortuito;

II - o estado de necessidade;

III - a legítima defesa própria ou de outrem;

IV - o estrito cumprimento do dever legal;

V - o exercício regular de direito;

~ol- O reconhecimento de qualquer causa de justificação implica no reconhecimento da

inexistência da própria transgressão disciplinar apurada.

~2" - O acusado, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso

ou culposo.

Art. 27 - Se o fato é cometido sob coação irresistivel ou em estrita obediência a ordem,

não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.

Parágrafo único - Nas transgressões disciplinares em que há violação de dever militar, o

acusado não pode invocar coação irresistível senão quando física.

Art. 28 - São circunstâncias atenuantes:

I - ter bons antecedentes funcionais;

II - ter prestado serviços relevantes à sociedade ou à sua Instituição Militar Estadual e

que estejam registrados em seus assentamentos funcionais ou em documento idôneo,

reconhecido justificadamente pela autoridade julgadora;

III - ter o acusado confessado espontaneamente, perante a autoridade ou comissão

processante, a autoria da transgressão disciplinar quando esta for ignorada ou imputada a outrem;

IV - ter o acusado procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após a

transgressão disciplinar, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento

36

GOVERNO DO ESTADO DA BAmAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

do processo disciplinar sumário ou do processo administrativo disciplinar, reparado os danos

causados pela sua conduta;

V - haver cometido a infração por motivo de relevante valor social ou moral.

Art. 31- São circunstâncias agravantes:

I - os prejuízos causados à Administração Pública em consequência da conduta

infracional;

II - a prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões disciplinares;

IH - a reincidência;

IV - a prática do ato em concurso de pessoas;

V - o cometimento da transgressão:

a) durante a execução do serviço;

b) com abuso de autoridade hierárquica ou funcional;

d) com induzimento de outrem à prática de transgressões mediante concurso de pessoas;

e) com abuso de confiança inerente ao cargo ou função;

f) por motivo egoístico ou para satisfazer interesse pessoal ou de terceiros;

g) para acobertar erro próprio ou de outrem.

h) com o fim de obstruir ou dificultar apuração administrativa, policial ou judicial, ou o

esclarecimento da verdade.

VII - de vinte e nove a trinta pontos, suspensão até noventa dias.

SEÇÃO IV

SANÇÕES DISCIPLINARES

37

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

~~fllUIIl OI TOlJ.OS Hbs

SlCllOAllll\OJlst:G\lAAIfÇ" PIlIll.KA

Art. 32 - A sanção disciplinar objetiva preservar a ética e a disciplina e tem caráter

preventivo e educativo.

Art. 33 - As sanções disciplinares a que estão sujeitos os militares estaduais são as

seguintes:

I - advertência;

II - prestação de serviços;

IH - suspensão;

IV - demissão;

V - cassação de proventos de inatividade.

Art. 34 - O militar estadual perderá a remuneração correspondente aos dias em que se

ausentar injustificadamente do serviço, independentemente de eventuais repercussões financeiras

relativas à aplicação de sanção disciplinar decorrente dessa mesma conduta.

~ 10 - As Instituições Militares Estaduais deverão, de oficio, descontar a remuneração

correspondente aos dias em que o militar estadual se ausentar injustificadamente do serviço, sem

a necessidade de instauração de processo administrativo.

~2° - A chefia imediata do militar estadual que se ausentar injustificadamente deverá

comunicar o fato à autoridade competente de cada Instituição Militar Estadual, no prazo de cinco

dias, a fim de que sejam efetuados os descontos na remuneração.

~3° - O militar estadual deverá, diretamente ou por intermédio de alguém, comprovar

perante a sua chefia imediata a justificativa da sua ausência, o mais rapidamente possível, a fim

de que não sejam feitos os descontos na sua remuneração ou de que os valores descontados

sejam restituídos no próximo pagamento.

38

GOVERNO DO ESTADO DA BAmAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

&tiClU1ARlAOJIsrG\1AANÇA J>UtlI.IO

Art. 3S - As sanções disciplinares serão publicadas em boletim geral ostensivo, se

aplicadas pelos Comandantes das Instituições Militares Estaduais, ou no Diário Oficial do

Estado, se aplicadas pelo Governador do Estado ou pelo Secretário da Segurança Pública.

SUBSEÇÃO I

ESPÉCIES DE SANÇÕES DISCIPLINARES

Art. 36 - A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de proibição e de

inobservância de dever funcional previstos em lei, regulamento ou norma interna, que não

justifiquem imposição de penalidade mais grave e nos casos de cometimento de transgressões

disciplinares leves.

Art. 37 - A prestação de serviço consiste na atribuição ao militar estadual de tarefa,

preferencialmente de natureza operacional, fora de sua jornada habitual-que não exceda a oito

horas diárias, sem remuneração extra.

~I o - A prestação de serviço somente será aplicada mediante comutação de suspensão,

por solicitação do apenado, que não poderá ser reincidente.

~2" - A cada dia de suspensão corresponderá um dia de prestação de serviço, podendo a

comutação ocorrer até o máximo de trinta dias.

~3°- Compete à autoridade julgadora do processo disciplinar sumário ou do processo

administrativo disciplinar decidir sobre o pedido de comutação e indicar como a prestação de

serviço será executada.

39

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA nos MILITARES ESTADUAIS

SttilEJAAIAOIISEGURANÇA PIl8lJCJ\

~4° - O deferimento da comutação impede o desconto da remuneração do apenado em

relação aos dias de suspensão que foram substituídos pela prestação de serviço, que serão

computados como tempo de efetivo serviço para todos os efeitos legais.

Art. 38 - A suspensão consiste em uma interrupção temporária do exercício de cargo,

encargo ou função, observado o seguinte:

I - os dias de suspensão não serão remunerados, incidindo proporcionalmente o desconto

sobre a remuneração ou subsídio e os adicionais fixos;

11- o período de cumprimento da suspensão não será computado como tempo de efetivo

serviço, caso em que o militar estadual suspenso perderá todas as vantagens e direitos

decorrentes do exercício do cargo, encargo ou função;

III - durante o período de cumprimento da pena de suspensão o militar estadual estará

proibido de usar os uniformes da Instituição Militar Estadual, ressalvada a permissão da

autoridade competente.

Parágrafo único - A suspensão será aplicada nos casos de cometimento de transgressão

disciplinar média e grave.

Art. 39 - A suspensão não pode exceder a noventa dias, devendo ser observados os

seguintes parâmetros de dosimetria:

I - até quarenta cinco dias: nos casos de reincidência na prática de transgressão de

natureza leve ou no caso de prática de transgressão de natureza média;

11 - de quarenta e seis até noventa dias: nos casos de reincidência na prática de

transgressão de natureza média ou no caso de prática de transgressão de natureza grave, não

sujeita, nesse último caso, à pena de demissão.

40

I. .~

,il}.•••.'." etd

41

-,

"

QBahiliTt'iAIt ••. or','1(J~~C)S"só.

OO-'I!K.'<OOOl:ll'l'lllO

'Art. 43 - Â déeisari da'atitorid~de julgadora COnterá:

Art. 42 - A sançãdshá aplicada. com justiça e Serenidade:, "., '

SUBSEÇÃO 11;" ,. - q , ~ .'.-' ---- " . - ~ ~ '- '~, ••.

REGRAS DE APLIC~ÇAO DA SANÇAO DISCIPLlNAR

Art. 40 - Adémissão; êbhsiste'~<i"desligahiento 'de trtiÜtir da' ativa dosquadr'os da

Instituição Militar Estadual a que pertença, nos termos deste Código.

I - a descrição' da'tràlisgress1Ío comeiida,'éril te~os condisos, com relato objetivo dos

fatos e atos dos quais a originaram;. ,,~, _ r' I - .

11 - a síntese daS'alegações de defesa do Í11i1itiíl"estadual;

III - a eonCluSãd' dàáutondadê julgádorA e' á I indica.ção expressa dos artigos e dos

respectivos parágrafos} incisos: aiíH~;asenúiiíeros; qú"à~do'roub'er; da"léi ou da no~k êiliqiIe' se

~1o - A demissão será aplicada nos casos de cometimento de transgressão disciplinar:' . ".: .

grave e enquadrável nos incisos XXVIII a LIX e nos incisos LVI a LXII do art. 23 deste

Código. " ,,~2" - O .G?vem~4or"doEstado, é,a a'1to?~ade~f!lpetente para apli7,a;;a pena de

demissão a oficial. ',,,: "'I ','

Art. 41 - A"pena de '~aS~çã6"de\;Proventosdêinatividade será "áplicáda aosmilitllr~s

estaduais da':teserva reihúneráda 'é refOllna.dos incurSoseÍn transgressão disciplinar para a qual

esteja prevista a pena de demissão,

~3°- O Secretário da Segurança Pública e o Comandante-Geral de cada Instituição" r'_l'~~ '''- ; .:...\.-'

Militar Estadual são, concorrentemente; as autoridades competentes para aplicar a pena dedemissãôàots'p~açás."( ';'1 ~.\ I I ""\ ,q 'I , li

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO COJ)lCO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILI'IARES ESTAUUAIS

st.<lIHAllll1 011SEGtlRAl4Ç/\~!Cl\

QBahiaTI'IlItA Ol: TODUlI sós

Art. 46 - Quando a ocorrência disciplinar envolver militares estaduais de mais de uma

unidade, caberá ao comandante imedialamente superior, na linha de subordinação, apurar ou

determinar a apuração dos fatos, adotar as medidas disciplinares de sua competência ou transferir

para a autoridade competente o que lhe escapar à alçada.

~ 1° - Quando duas autoridades de postos diferentes, ambas com ação disciplinar sobre o

militar, conhecerem da falta, competirá à de posto mais elevado o julgamento, salvo se esta

entender que a punição cabe nos limites da competência da outra autoridade.

~ 2° - No caso de ocorrência disciplinar na qual se envolvam militar das Forças Armadas

e militar estadual, a autoridade competente das Instituições Militares Estaduais deverá tomar as

medidas disciplinares referentes àquele que lhe é subordinado e comunicar o ocorrido à

autoridade competente para apurar a conduta do outro envolvido.

~ 3° - A competência de que trata este artigo e seus parágrafos 10 e 20 será exercida

também pelo Corregedor-Geral da respectiva Instituição Militar Estadual, que prevalecerá na

hipótese de conflito positivo de competências.

Art. 47 - As autoridades mencionadas nos incisos I, 11 e III do art. 45 são competentes

para aplicar sanção disciplinar a militar estadual que estiver à disposição ou a serviço de órgão

do poder público, independentemente da competência da autoridade sob cujas ordens estiver

servindo, ressalvada a competência do Chefe da Casa Militar do Governador.

Parágrafo Único - A autoridade que tiver de ouvir militar estadual ou que lhe houver

aplicado sanção disciplinar requisitará a apresentação do acusado ou infrator, respectivamente,

devendo tal requisição ser atendida no prazo de cinco dias após seu recebimento.

SUBSEÇÃO IV

ANULAÇÃO DA SANÇÃO DISCIPLINAR

Art. 48 - A anulação da punição consiste em tornar totalmente sem efeito o ato punitivo,

desde sua publicação.

44

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINlITA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

~1o - O ato nulo praticado durante a instrução de autos de processo disciplinar sumário ou

processo administrativo disciplinar dos quais haja resultado aplicação de sanção disciplinar

deverá ser invalidado no prazo de cinco anos, contados da data em que foi praticado.

I ~2° - A anulação da punição eliminará todas as anotações nos assentamentos funcionais

, relativos à sua aplicação.

Art. 49 - O Governador do Estado, o Secretário da Segurança Pública e o Comandante-

Geral de cada Instituição Militar Estadual são as autoridades competentes para anular as sanções

disciplinares impostas por si ou por seus subordinados.

Art. 50 - É causa de nulidade do processo disciplinar sumário ou do processo

administrativo disciplinar:

I - a incompetência da autoridade que o instaurou;

11 - a suspeição e impedimento da autoridade que o instaurou ou dos membros da

comissão;

III - a falta dos seguintes termos ou atos:

a) citação, intimação ou notificação, na forma desta lei;

b) prazos para a defesa;

c) recusa injustificada de promover a realização de perícias ou quaisquer outras

diligências imprescindíveis à apuração da verdade;

IV - inobservância de formalidade essencial a termos ou atos processuais.

~1° - Nenhuma nulidade será declarada se não resultar prejuízo para a defesa, por

irregularidade que não comprometa a apuração da verdade e em favor de quem lhe tenha dado

causa.

~2° - Não há nulidade a ser declarada em autos de sindicância.

CAPÍTULO IV

DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS DE CUNHO DISCIPLINAR

45

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DlSCIPUNA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahiaThl~IlA UI' 'fODOS sós

Art. 51 - Serão aplicáveis, conforme a natureza e as circunstâncias da conduta praticada

pelo militar estadual, as seguintes medidas administrativas:

I - medidas cautelares;

II - avocação de autos de processo disciplinar sumário ou de processo administrativo

disciplinar;

III - perda do posto e da patente ou da graduação.

SEÇÃO I

DAS MEDIDAS CAUTELARES

Art. 52 - O Corregedor-Geral da Instituição Militar Estadual e o Presidente da Comissão

de Processo Administrativo Disciplinar podem representar, fundamentadamente, ao Secretário da

Segurança Pública ou ao Comandante-Geral da Instituição Militar Estadual pelo afastamento

preventivo do militar estadual que figurar como acusado.

Parágrafo único - A representação deverá ser endereçada ao Secretário da Segurança

Pública se houver sido a autoridade instauradora do processo administrativo disciplinar ou se

houver avocado os seus autos.

Art. 53. O Secretário da Segurança Pública e o Comandante-Geral de cada Instituição

Militar Estadual podem determinar, sem prejuízo da remuneração, do cálculo do tempo de

efetivo serviço e pelo prazo de sessenta dias, prorrogáveis uma única vez por igual período, o

afastamento preventivo de militar estadual que esteja submetido a processo administrativo

disciplinar por prática de ato incompatível com o exercício da função pública e que possa

resultar na aplicação de pena de demissão.

~1o - O afastamento preventivo do cargo implica na suspensão das prerrogativas

funcionais que possam de algum modo permitir que o acusado influa direta ou indiretamente na

instrução do processo administrativo disciplinar, o que deve ser especificado na portaria por

meio da qual a medida for determinada.

46

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉnCA E DISCIPLINADOS MILITARES ESTADUAIS

QBahiaTIlRIl'" IH: 'tOIHH N(.!S

St.OlH1.flI.\OJ!5£tiUAANÇA. POMJCA

~2° - A identificação funcional do militar estadual afastado preventivamente e a arma por

ele acautelada devem ser recolhidas pela sua chefia imediata e devem ser devolvidas após a

revogação do afastamento ou do fim do seu prazo, comunicando-se essas medidas imediatamente

à Corregedoria-Geral da Secretaria da Segurança Pública e às Corregedorias das Instituições

Militares Estaduais.

~3° - O afastamento preventivo resultará na proibição temporária do uso de uniformes

militares

~4° - O afastamento preventivo será determinado via publicação de portaria, mas os

fundamentos fáticos da medida devem constar em decisão que não será publicada e que deverá

constar nos autos do processo administrativo disciplinar, à disposição do acusado ou do seu

defensor.

~5° - O militar estadual que for afastado preventivamente do exercício do seu cargo

ficará à disposição do setor de recursos humanos, ou setor equivalente, a que estiver vinculado.

Art. 54 - São admitidas medidas cautelares inominadas, não positivadas em lei, sem

prejuízo da remuneração e do cálculo do tempo de efetivo serviço, em caso de risco iminente da

ocorrência de fatos que possam comprometer o resultado fínal do processo administrativo

disciplinar, trazer prejuízo ao erário ou lesão ao interesse público de difícil ou impossível

reparação.

~1o - O ato que ordenar a medida cautelar será fundamentado e dele será dada ciência ao

acusado.

~2° - A medida cautelar inominada será adequada e proporcional ao objetívo visado pela

Administração e terá prazo de duração compatível com a finalidade para a qual foi instituída, não

superior a sessenta dias, podendo ser prorrogado uma única vez pelo mesmo período.

~3° - A determinação de medida cautelar inominada deverá ser comunicada à

Procuradoria-Geral do Estado, para controle diferido da sua legalidade.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahia'fhRRA tH~ TOOOS IHlS

~4° - A medida cautelar inominada poderá ser determinada no ato de instauração do

processo administrativo disciplinar ou durante a sua instrução.

Art. 55 - As medidas cautelares inominadas extinguir-se-ão automaticamente quando

decorrer o prazo de sua validade ou for proferida a decisão final no processo administrativo

disciplinar.

Art. 56 -A autoridade competente para adotar a medida cautelar inominada será a mesma

com competência para determinar a instauração do processo administrativo disciplinar

correspondente.

SEÇÃO 11

DA AVOCAÇÃO DE AUTOS DE PROCESSO DISCIPLINAR sUMÁRIO OU DE

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 57 - O Secretário da Segurança Pública e o Comandante-Geral de cada Instituição

Militar Estadual podem avocar autos de processo disciplinar sumário ou de processo

administrativo disciplinar nas seguintes hipóteses:

I - se os prazos legais ordinários previstos para a conclusão da instrução já houverem

sido ultrapassados;

II - se a transgressão disciplinar em apuração for passível de ser punida com as penas de

demissão ou de cassação de proventos de inatividade;

III - se houver outro motivo relevante, que deverá ser devidamente fundamentado.

Art. 58 - A avocação pode resultar na substituição da comissão processante e no

posterior julgamento diretamente pela autoridade que determinou a medida.

48

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINtJ1A DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahiaTlllUt ••• !lI: TOJ)O£ N6s

Art. S9 - A avocação determinada pelo Secretário da Segurança Pública prevalece sobre

a que haja sido determinada pelo Comandante-Geral de cada Instituição Militar Estadual.

Art. 60 - A autoridade que determinou a avocação deverá requisitar a apuração de

eventual transgressão disciplinar ocorrida em consequência de instrução mal conduzida dos autos

do processo disciplinar sumário do processo administrativo disciplinar.

SEÇÃOIlI

DA PERDA DO POSTO E DA PATENTE OU DA GRADUAÇÃO

SUBSEÇÃO I

DAS HIPÓTESES DE CABIMENTO E DAS CONSEQUÊNCIAS

Art. 61 - O oficial só perderá o posto e a patente se for declarado indigno para a

permanência na Instituição Militar Estadual ou tiver conduta com ela incompatível, por decisão

do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.

Parágrafo único - O oficial declarado indigno do oficialato, ou com ele incompatível,

condenado à perda do posto e patente só poderá readquirir a situação militar anterior por outra

sentença judicial e nas condições nela estabelecidas.

Art. 62 - O oficial que houver perdido o posto e a patente será demitido sem direito a

qualquer remuneração e terá a sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.

Art. 63 - Ficará sujeito à declaração de indignidade para o oficialato e para permanência

na Instituição Militar Estadual por incompatibilidade com a mesma, o oficial que:

49

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE tncAE DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

5f::CllErAIU/\ OJISEG\lAANÇA P\l8lKA

QBahia'TIlIHI ••••IH~ TOIHH NÓ$

I - for condenado, por tribunal civil ou militar, em sentença transitada em julgado a pena

privativa de liberdade individual superior a dois anos;

II - for condenado, em sentença transitada em julgado, por crimes para os quais o Código

Penal Militar comina a perda do posto e da patente como penas acessórias e por crimes previstos

na legislação especial concernente à Segurança Nacional;

III - incidir nos casos previstos em lei, que motivam o julgamento por processo

administrativo disciplinar e neste for considerado culpado.

Art. 64 - Perderá a graduação o praça que:

I - for condenado, na Justiça comum ou militar, por sentença transitada em julgado, a

pena privativa de liberdade igualou superior a dois anos;

II - for condenado, em sentença transitada em julgado, por crimes para os quais o Código

Penal Militar comina a perda da graduação como pena acessória e por crimes previstos na

legislação especial concernente à Segurança Nacional;

III - incidir nos casos previstos em lei, que motivam o julgamento por processo

administrativo disciplinar e neste for considerado culpado.

~1° - Nas hipóteses dos incisos I e II deste artigo, o praça, após ser condenado por crime

militar, só perderá a graduação se for declarado indigno para a permanência na Instituição Militar

Estadual ou tiver conduta com ela incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça do Estado da

Bahia, observando-se o disposto no ~4° do art. 125 da Constituição Federal e o inciso II do art.

128 da Constituição da Bahia.

50

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO COIJIGO DE .ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

~2" - O praça declarado indigno para a permanência na Instituição Militar Estadual ou

que tiver conduta com ela incompatível, condenado à perda da graduação só poderá readquirir a

situação militar anterior por outra sentença judicial e nas condições nela estabelecidas.

~3° - O praça que houver perdido a sua graduação será demitido sem direito a qualquer

remuneração e terá a sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.

Art. 65 - A perda do posto e da patente ou da graduação abrange o militar estadual

inativo, com o consequente desligamento dos quadros da Instituição Militar Estadual a que

estiver vinculado, tanto o da reserva quanto o reformado.

~1o - A perda do posto e da patente ou da graduação imposta ao inativo consiste no

rompimento do vínculo com a Instituição Militar Estadual, mediante instauração de processo

administrativo disciplinar conduzido por Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina,

quando cabível a pena de cassação de proventos de inatividade.

~2° - A perda do posto e da patente ou da graduação que for aplicada ao militar estadual

na inatividade acarretará a perda dos proventos se a conduta ilícita houver sido praticada durante

o exercício do posto ou da graduação, inclusive quando convocado nos termos da lei.

SUBSEÇÃO 11

REGRAS PROCEDIMENTAIS

Art. 66 - O Conselho de Justificação ou o Conselho de Disciplina, ao emitir o seu

relatório final, indicará se a falta praticada torna o oficial ou o praça indigno para permanecer na

Instituição Militar Estadual ou com a ela incompatível

51

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINlJTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIP.LINA DOS MILITARES ESTADlJAIS

S£.(llHAfU~OJI5fG\IAANÇA PUIlUCI\

QBahia'rUIR" IH: lQDOS SÓS

OC">'fllSOoorsr!ll>6

~1o - Os aulos do processo administralivo disciplinar, logo após o relatório, deverão ser

remetidos ao Comandanle-Geral da Instituição Militar ou ao Secretário da Segurança Pública,

caso esta última autoridade haja instaurado o feito ou avocado os seus autos.

~2° - O Comandante-Geral da Instituição Militar ou o Secretário da Segurança Pública, se

concordar com o relatório do Conselho de Justificação favorável à penalidade, deverá remeter os

autos do processo administrativo disciplinar ao Tribunal de Justiça da Bahia, para decisão sobre a

perda do posto e da patente do oficial, competindo-lhe aplicar diretamente a pena de demissão do

praça se concordar com o relatório do Conselho de Disciplina que opine nesse sentido.

~3° - O Comandante-Geral da Instituição Militar ou Secretário da Segurança Pública, se

discordar da proposta de demissão e de perda do posto e da patente do oficial ou de demissão e

perda da graduação do praça, poderá, fundamentadamente decidir pela absolvição ou pela

aplicação de outra pena que entenda cabível.

~4° - Na hipótese de o Tribunal de Justiça da Bahia decidir pela perda do posto e da

patente do oficial, os autos do processo administrativo disciplinar devem ser remetidos ao

Governador do Estado, para publicação do decreto de demissão.

Art. 67 - O Corregedor-Geral de cada Instituição Militar Estadual deverá instaurar

processo especial de perda do posto e da patente ou processo especial de perda na graduação nas

hipóteses previstas nos incisos I e 11do art. 63 e no inciso 11do art. 64 deste Código, no prazo de

dez dias após o recebimento da comunicação do Poder Judiciário ou do Ministério Público, ou

diretamente se tiver ciência da condenação por outro meio.

Art. 68 - O processo especial de perda do posto e da patente e o processo especial de

perda na graduação serão instaurados mediante a publicação de portaria do Corregedor-Geral da

52

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE tTlCA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

n~UlUlAM TOl)OS 1<0$ QBahia

Telol'" llU 1'Ol)Oll SfJS

Instituição Militar Estadual, em Boletim Geral Ostensivo ou no Diário Oficial do Estado, na qual

deverão ser indicados os seus fundamentos de fato e de direito, com expressa referência à

decisão penal condenatória e ao seu trânsito em julgado.

~1o - Devem ser juntadas aos autos do processo cópias da decisão penal condenatória e da

certidão do seu trânsito em julgado, encaminhadas pelo Poder Judiciário.

~2° - O acusado será citado para, no prazo de dez dias, constituir defensor e se pronunciar

acerca da validade e da irrecorribilidade da decisão condenatória penal.

~3° - O Corregedor-Geral da Instituição Militar Estadual deverá remeter os autos à

Procuradoria-Geral do Estado se for alegada pelo acusado ou por seu defensor a nulidade ou a

recorribilidade da decisão judicial condenatória, podendo deixar de adotar essa medida se estiver

convencido de que ela objetiva apenas atrasar a conclusão do processo.

~4° - O Corregedor-Geral da Instituição Militar Estadual deverá arquivar os autos do

processo se a Procuradoria-Geral do Estado se pronunciar pela nulidade ou pela recorribilidade

da decisão judicial condenatória.

~5° - O Corregedor-Geral da Instituição Militar Estadual, após a confirmação da

regularidade da instrução do processo especial de perda do posto e da patente ou do processo

especial de perda na graduação, elaborará o relatório e encaminhará os seus autos ao

Comandante-Geral da Instituição Militar Estadual, que deverá remetê-los ao Tribunal de Justiça

da Bahia no prazo de dez dias, contados da data do seu recebimento.

CAPÍTULO V

DA APURAÇÃO DISCIPLINAR

53

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINlJTADO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahia'-fRItA l)[ TODOS )tÔS

Art. 69 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço é obrigada a

promover a sua imediata apuração mediante sindicância, processo disciplinar sumário ou

processo administrativo disciplinar.

Parágrafo único - Quando o fato narrado não configurar transgressão disciplinar ou

ilícito penal, os autos instaurados para apurar a notícia serão arquivados, por falta de objeto.

SEÇÃO I

DA SINDICÃNCIA

Art. 70 - A sindicância será instaurada para apurar irregularidades ocorridas no serviço

público, identificando indícios de autoria e a materialidade da transgressão ou a ofensa ao bem

jurídico protegido, dela podendo resultar:

I - arquivamento dos seus autos;

11- instauração de processo disciplinar sumário;

III - instauração de processo administrativo disciplinar.

~1o - A sindicância poderá ser conduzida por um ou mais militares estaduais, que poderão

ser dispensados de suas atribuições normais, até a apresentação do relatório final.

~2" - O prazo para conclusão da sindicância não excederá trinta dias, podendo ser

prorrogado por igual período, a critério da autoridade competente, devendo então ser apresentado

o seu relatório.

~3° - Os autos da sindicância deverão ser apensados aos do processo disciplinar sumário

ou do processo administrativo disciplinar que originarem.

54

••••••••'.

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE ÉTICA E I>ISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahial"HI.R'" IH. TOPOS NÓS

~4° - Se na instrução da sindicância forem verificados indícios de ocorrência de infração

penal ou ato de improbidade administrativa, o Ministério Público deverá ser imediatamente

comunicado, ressalvada a eventual necessidade de prévia instauração de inquérito policial,

militar ou civil.

SEÇÃO 11

DO PROCESSO DISCIPLINAR SUMÁRIO E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

DISCIPLINAR

Art. 71 - O processo disciplinar sumário - PDS se destina à apuração de transgressão

disciplinar que, em tese, sej a aplicada a pena de advertência ou de suspensão.

Art. 72 - O processo administrativo disciplinar - PAD se destina à apuração de

transgressão disciplinar que, em tese, seja aplicada a pena de demissão ou de cassação de

proventos de inatividade.

Art. 73 - O processo disciplinar sumário e o processo administrativo disciplinar também

se destinam a apurar responsabilidade do militar estadual por infração praticada no exercício de

suas funções ou relacionada com as atribuições do seu cargo, inclusive conduta irregular

verificada em sua vida privada, que tenha repercussão nas atribuições do seu cargo ou no serviço

público.

~I" - O processo disciplinar sumário e o processo administrativo disciplinar deverão ser

conduzidos, preferencialmente, por comissões de caráter permanente, com um presidente, dois

membros e um secretário, instituídas mediante publicação de portaria do Secretário da Segurança

Pública ou do Comandante-Geral da Instituição Militar Estadual, com mandato de um ano,

prorrogável indefinidamente, para atuar exclusivamente na instrução dos feitos que lhes forem

distribuídos.

55

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE ÉTICA E DISCIPUNA nos MILITARES ESTADUAIS

~2" - O processo disciplinar sumário e o processo administrativo disciplinar somente

serão precedidos de sindicância quando não houver elementos suficientes para a constatação da

materialidade do fato ou da ofensa ao bem jurídico protegido e da identificação da autoria.

Art. 74 - Quando forem dois ou mais os acusados por transgressões disciplinares em que

haja conexão ou continência, adotar-se-á o princípio da economia processual, com a instauração

de um único processo disciplinar sumário ou processo administrativo disciplinar.

~I o - Competirá ao Corregedor-Geral da Instituição Militar Estadual a instauração do

processo disciplinar sumário ou do processo administrativo disciplinar se os acusados forem de

unidades diferentes ou não pertencerem ao mesmo sistema hierárquico.

~2° - Competirá ao Secretário da Segurança Pública a instauração do processo disciplinar

sumário ou do processo administrativo disciplinar se os acusados pertencerem a Instituições

Militares Estaduais diversas, devendo os autos tramitar na Corregedoria-Geral da Secretaria da

Segurança Pública, mediante Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina compostos por

militares estaduais lá lotados.

~3° - A qualquer momento, surgindo diferenças significativas na situação pessoal dos

acusados, poderá ocorrer a separação dos processos, aproveitando- se, no que couber, os atos já

concluídos.

SUBSEÇÃO I

DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO

Art. 75 - São impedidos para atuar no processo disciplinar sumário ou no processo

administrativo disciplinar aquele que:

56

GOVERNO DO ESTADO DA BAmAMINUTA DO COIJIGO DE ÉTICA.E DISCIPLINADOS MILHARES ESTADUAIS

~çllõtAIliA()A~GUAA"ÇA I'IMJCI\

I - seja o cônjuge, companheiro (a) ou parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou

colateral, até o quarto grau do acusado ou do denunciante;

11 - tenha cônjuge, companheiro (a) ou parente até segundo grau figurando como

advogado ou defensor dativo;

III - tenha emitido parecer sobre a acusação

IV - tenha comunicado o fato motivador da convocação ou tenha sido encarregado do

inquérito policial militar, auto de prisão em flagrante ou sindicância sobre o fato acusatório;

~1° - Aquele que Incorrer em uma das situações de impedimento deverá comunicar

imediatamente esta hipótese à autoridade competente, abstendo-se de atuar no feito.

~2° - A omissão no dever de comunicar o impedimento constitui transgressão sujeita à

responsabilização disciplinar.

~3° - A arguição de impedimento poderá ser feita a qualquer tempo pelo acu~ado.

Art. 76 - São causas de suspeição para atuar no processo disciplinar sumário ou no

processo administrativo disciplinar o militar estadual que:

I- tenha amizade íntima ou inimizade notória com o acusado;

11- tenha interesse particular na decisão do processo;

~1° - Poderá o militar estadual se declarar suspeito por motivo de foro íntimo.

~2° - A arguição de suspeição poderá ser feita até a realização da primeira reunião, sob

pena de preclusão, salvo quando fundada em motivo superveniente.

~3° - Não constituirá causa de invalidação do processo ou de qualquer de seus atos a

participação de militar estadual cuja suspeição não tenha sido arguida na oportunidade

estipulada no ~ 2° deste artigo, exceto em casos de comprovada má-fé.

SUBSEÇÃO 11

DO INCIDENTE DE SUSPEIÇÃO

57

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

S~Clt£fJ\f!lAOIIWWAAIIIÇAi'\1l.lUCA

QBahiaTEIUt"" fUi 'tOJ)O$ SÓS

Art. 77 - O acusado poderá arguir a suspeição de membro de comissão processante,

mediante apresentação de petição instruída com provas das suas alegações.

Art. 78 - Quando o militar estadual indicado como suspeito não reconhecer como

,legítima a causa de suspeição arguida, será dado início ao incidente de suspeição, o qual

tramitará em autos apartados, sobrestando o andamento do processo.

Parágrafo único - Durante o trâmite do incidente processual, a fluência do prazo

prescricional da ação disciplinar ficará suspensa.

Art. 79 - Não sendo possível a comprovação da causa de suspeição indicada na petição

com provas documentais, será oportunizada ao excepiente a indicação de no máximo 03(três)

testemunhas.

Parágrafo único - Na hipótese prevista no caput deste artigo, será designado outro

militar estadual para substituir o membro excepto durante a instrução do incidente.

Art. 80 - O incidente processual será submetido à julgamento pela autoridade julgadora

competente, cabendo recurso, sem efeito suspensivo, desta decisão.

SUBSEÇÃO III

DO INCIDENTE DE SANIDADE MENTAL

Art. 81 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá

à autoridade instauradora do feito que ele seja submetido a exame por Junta Policial Militar de

Saúde ou Junta Médica oficial, da qual participe, pelo menos, um médico psiquiatra, que emitirá

o respectivo laudo, facultada ao acusado a elaboração de quesitos e a indicação de assistente

técnico, às suas expensas.

58

GOVERNO DO ESTADO DA DAmAMINUTA DO COIJIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

~1o - o incidente de insanidade mental será processado em autos apartados e apensos aosdo processo principal, ficando este sobrestado até a apresentação do laudo, sem prejuízo da

realização de diligências imprescindíveis.

~2° - Confirmada a insanidade mental, o processo disciplinar sumário ou o processo

administrativo disciplinar não poderá prosseguir e a autoridade que o instaurou determinará o seu

encerramento e o registro da medida nos assentamentos funcionais do acusado, para futuros

efeitos, devendo ser remetida uma cópia autenticada do respectivo laudo ao Departamento de

Pessoal da Instituição Militar Estadual, para adoção de medidas cabíveis, inclusive a reforma

decorrente de invalidez.

Art. 82 - O militar estadual acusado em processo disciplinar sumário ou em processo

administrativo disciplinar que, por sua iniciativa ou do seu defensor, pretender ser submetido a

exame de sanidade mental só poderá ser encaminhado à Junta Policial Militar de Saúde ou à

Junta Médica oficial, caso o pedido seja deferido, após a entrega, na Corregedoria-Geral da

Instituição Militar Estadual, da sua carteira policial, do distintivo e da(s) arma(s) acautelada(s).

~lo - Caso seja diagnosticada a insanidade mental do acusado, inviabilizando o

prosseguimento do processo disciplinar sumário ou do processo administrativo disciplinar e o

seu resultado útil, a comissão processante encaminhará ao Ministério Público cópia da

documentação apta a fazer prova desse estado, para que o órgão possa analisar o cabimento de

ação de interdição do acusado, por não mais poder gerir os atos de sua vida civil.

~2" - O Ministério Público da Bahia deverá informar à Instituição Militar Estadual,

em até 30 (trinta) dias da data em que foi protocolada a documentação recebida, a providência

adotada pelo órgão.

59

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINADOS MILITARES ESTADUAIS

~3° - A comissão processante também providenciará informar a insanidade mental ao

Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN, para que a Carteira Nacional de Habilitação -

CNH do acusado, caso seja habilitado, venha a ser devidamente recolhida.

~4° - O Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN deverá informar à Instituição

Militar Estadual, em até 30 (trinta) dias da data em que foi protocolada a documentação recebida,

a providência adotada pela autarquia.

Art. 83 - O processo disciplinar sumário desenvolver-se-á com as seguintes fases:

I - publicação da portaria, com a descrição da conduta objeto da apuração e a indicação

do dispositivo legal supostamente violado, além da nomeação de um ou mais militares estaduais

que conduzirão o processo, bem como o presidente da comissão dos trabalhos na hipótese de

mais de um integrante na comissão apuradora;

II - citação, defesa inicial, instrução, defesa final e o relatório;

IH - julgamento.

~1o - O militar estadual ou a comissão processante escolherá o secretário para os

trabalhos, observada a hierarquia e a autorização da chefia imediata do servidor selecionado.

~2" - O prazo para a conclusão do processo disciplinar sumário será de trinta dias,

prorrogável por igual período, mediante ato da autoridade que o instaurou.

~3° - Para garantir a celeridade da instrução no curso do processo disciplinar sumário, o

militar estadual ou os integrantes da comissão apuradora poderão ficar dispensados dos demais

trabalhos regulares, conforme decisão da autoridade que o instaurou.

60

GOVERNO DO ESTADO DA BAIDAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINADOS MILITARES ESTADUAIS

StiOl~'fARlAOJIs&i\lIlANÇA POIltICA

QBahia,"10'1'" IH. T()[)OS ~Ó$

n<WfllS!J 00 LSf!>OO

~4° - O militar estadual ou a comissão apuradora deverá iniciar seus trabalhos no prazo

máximo de cinco dias, contados da sua instauração, só podendo ultrapassar esse período na

hipótese de pedido motivado e despacho fundamentado da autoridade que instaurou o feito,

desde que comprovada a existência de circunstância excepcional.

~6° Nas audiências de instrução proceder-se-ão à tomada de declarações do ofendido, à

inquirição das testemunhas convocadas pela comissão e aquelas arroladas pela defesa, nesta

ordem, ressalvado a hipótese de expedição de carta precatória, bem como aos esclarecimentos

dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida,

o acusado.

~7° - Aplicam-se, no que couber, ao presente processo as regras previstas nas Seções III,

IV, V, VI e VII deste Capítulo.

Art. 84 - Quando a pena aplicável for a demissão, a cassação de proventos de inatividade

e a perda do posto, da patente ou da graduação, caberá a instauração de processo administrativo

disciplinar, com a abertura dos seguintes Conselhos:

a) Conselho de Justificação, para oficiais;

b) Conselho de Disciplina, para praças.

Parágrafo único - O militar estadual da reserva remunerada e o reformado poderão sersubmetidos a processo administrativo disciplinar, podendo ser apenados com sançõescompatíveis com sua situação institucional.

Art. 8S - O processo administrativo disciplinar desenvolver-se-á com as seguintes fases:

61

GOVERNO DO ESTADO DA DAmAMINtJTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

---~---

I - publicação da portaria, com a descrição da conduta objeto da apuração, a indicação do

dispositivo legal supostamente violado e a designação da comissão processante, especial ou

permanente;

11- lavratura do termo de acusação;

III - citação, defesa inicial, instrução, defesa final e relatório;

IV - parecer da Procuradoria-Geral do Estado sobre a legalidade do feito;

V - julgamento.

Art. 86 - A autoridade competente, mediante portaria, designará a comissão processante,

composta por três militares estaduais de hierarquia igualou superior à do acusado, determinará

que esta lavre o termo de acusação, descrevendo detalhadamente os fatos imputados ao militar

estadual além indicar o dispositivo legal supostamente violado e as penalidades a que o acusado

estará sujeito.

Art. 87 - A cópia do termo de acusação será anexada ao mandado de citação, sendo peça

indispensável, sob pena de nulidade.

Art. 88 - Na portaria será indicado também o presidente da comissão processante, que

escolherá o secretário dos trabalhos, observada a hierarquia e a autorização da chefia imediata do

servidor selecionado.

Parágrafo único - Na hipótese de designação de comissão permanente, bastará constar

na portaria de instauração do processo administrativo disciplinar a indicação do seu número,

considerando que os dados dos seus integrantes haverão sido previamente publicados na portaria

que constituiu o colegiado, na forma do ~lOdo ar!. 73 deste Código.

Art. 89 - O prazo para a conclusão do processo disciplinar será de sessenta dias,

prorrogável por igual período, pela autoridade que o instaurou.

62

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINlJTADO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

13BahiaTIUOI'" IH. TOI)OS: NÓS

S!OlnNllllt>Ji!lro'UAA"ÇA POPUCI;

Art. 90 - Sempre que necessário, e mediante requerimento fundamentado à autoridade

que instaurou o feito, os membros da comissão processante dedicarão tempo -integral aos seus

trabalhos, ficando dispensados de suas funções, até a entrega do relatório final.

Art. 91 - A comissão processante deverá iniciar seus trabalhos no prazo de cinco dias,

contados da data de sua instauração, só podendo ultrapassar esse período na hipótese de pedido

motivado pelo seu presidente e despacho fundamentado da autoridade que instaurou o feito,

desde que comprovada a existência de circunstância excepcional.

Art. 92 - Nas audiências de instrução proceder-se-ão à tomada de declarações do

ofendido, à inquirição das testemunhas convocadas pela comissão e das arroladas e pela defesa,

nesta ordem, ressalvado a hipótese de expedição de carta precatória, bem como aos

esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas,

interrogando-se, em seguida, o acusado.

Art. 93 - A comissão processante, ao emitir o seu relatório final, indicará se a falta

praticada toma o praça ou o oficial indigno ou incompatível para permanecer na InstituiçãoMilitar Estadual.

Art. 94 - O militar estadual da reserva remunerada e o reformado poderão ser submetidos

a processo administrativo disciplinar, podendo ser apenados com sanções compatíveis com sua

situação institucional.

Art. 95 - O processo administrativo disciplinar de que possa resultar a indignidade ou

incompatibilidade do oficial ou do praça para permanência na Instituição Militar Estadual será

julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, para decisão quanto à perda do posto e dapatente ou da graduação.

63

GOVERNO DO ESTADO DA RAmA.MINUTADO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS .MILITARES ESTADUAIS

QBahia1'''11:4;\ UI{ .0))0$ SÓS

O<WUl\'UtlO U1'/l.OO

Art. 96 - Os inlegrantes da comissão processante exercerão suas atividades com

independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou quando

exigido pelo interesse publico, sob pena da responsabilidade.

Parágrafo único - As reuniões e as audiências da comissão processante terão caráter

público, excetuando-se as os casos em que o interesse da disciplina assim não o recomende, que

deverá ser fundamentado em ata.

SEÇÃOIlI

ATOS E TERMOS PROCESSUAIS

Art. 97 - O presidente da comissão processante, após nomear o secretário, determinará a

autuação da portaria e das demais peças existentes e instalará os trabalhos, designando dia, hora

e local para as reuniões e ordenará a citação do acusado para apresentar defesa inicial e indicar

provas, inclusive rol de testemunhas com no máximo de cinco nomes.

Art. 98 - Os termos serão lavrados pelo secretário da comissão e terão forma processual,

que deverão ser regulamentadas por meio de instrução normativa.

~1o - A juntada de qualquer documento aos autos será feita por ordem cronológica de

apresentação, devendo o secretário rubricar todas as folhas.

~2" - Constará dos autos do processo a folha de antecedentes funcionais do acusado.

~3° - As reuniões da comissão serão registradas em atas circunstanciadas.

~4° - Todos os atos, documentos e termos do processo serão extraídos em duas vias ou

reproduzidos em cópias autenticadas, formando autos suplementares, sendo admissível,

64

GOVERNO DO ESTADO DA RAmAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILHARES ESTADUAIS

st.CtlUIoRlllbAS£GUAAHÇA P08UCA

alternativa e preferencialmente, a formação de dossiê eletrônico, mediante a digitalização

daquela documentação, por meio de scanner ou equipamento equivalente ou mais moderno.

Art. 99 -A citação do acusado será feita pessoalmente ou por edital e deverá conter:

I - a descrição dos fatos e os fundamentos da imputação;

11- a indicação do prazo para apresentação da defesa inicial, que será de dez dias, na qual

deverão ser indicadas as testemunhas e requeridas as demais provas a serem produzidas;

III - a obrigatoriedade de o acusado fazer-se representar por advogado;

IV - a informação quanto à continuidade do processo independentemente do não

comparecimento do acusado.

Art. 100 - A citação pessoal será feita, preferencialmente, pelo secretário da comissão,

apresentando ao destinatário o instrumento correspondente em duas vias devidamente assinadas

pelo presidente e acompanhadas do termo de acusação.

~1o - O comparecimento voluntário do acusado perante a comissão supre qualquer vício

na citação, salvo se for para alegar a nulidade do ato.

~2° - Quando o acusado se encontrar em lugar incerto ou não sabido ou quando houver

fundada suspeita de ocultação para frustrar a diligência, a citação será feita por edital.

~3° - O edital será publicado, por uma vez, no Diário Oficial do Estado e em jornal de

grande circulação da localidade do último domicílio conhecido, se houver, e fará remissão

expressa ao termo de acusação.

~4° - Recusando-se o acusado a receber a citação, deverá o fato ser certificado à vista deduas testemunhas.

65

GOVERNO DO ESTADO DA BAIDAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

Slotn~lllllWlUGUAANÇA I>(fllllo.

~5° - A designação da data para apresentação da defesa inicial respeitará o interstício

mínimo de cinco dias contados da data da citação.

SEÇÃO IV

INSTRUÇÃO

Art. 101 - A instrução respeitará o princípio do contraditório, assegurando-se ao acusado

ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes e outras garantias constitucionais

asseguradas.

Art. 102 - A comissão promoverá a tomada de declarações do ofendido, inquirição dastestemunhas convocadas pelo órgão processante e aquelas arroladas pela defesa, nesta ordem,bem como a produção de outras provas, inclusive a pericial, se necessária, realizando, ao final, ointerrogatório do acusado.

~1° - No caso de mais de um acusado, cada um será ouvido separadamente podendo ser

promovida a acareação, sempre que divergirem em suas declarações.

~r- A designação dos peritos recairá, obrigatoriamente, em profissionais do

Departamento de Polícia Técnica, e na falta deles, em pessoas estranhas ao serviço público

estadual, com a mesma capacidade técnica específica para a investigação a ser procedida,

assegurado ao acusado a faculdade de contratar perícia particular ou assistente técnico, às suas

custas, e formular quesitos.

~3° - A comissão processante poderá indeferir, fundamentando em ata, pedidos

considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o

esclarecimento dos fatos.

66

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO COJ)(GO DE í,T1CA E J)(SClPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahiart-RllA Df' 'fOIHH Nó$

Sl'1Il1AIlIAOA5£GUAANÇA PUntICJl

~4° - As audiências poderão ser gravadas ou filmadas pela comissão processante, a fim de

melhor instruir o feito.

Art. 103 - A defesa do acusado deverá ser promovida por advogado por ele constituído

ou por defensor público ou dativo.

~ 10 - Caso o acusado, regularmente citado ou intimado, não apresente defesa inicial ou

não compareça sem motivo justificado, o presidente designará defensor público ou dativo.

~ 20 - Nenhum ato da instrução poderá ser praticado sem a prévia notificação do acusado

e do seu defensor.

Art. 104 - Em qualquer fase do processo poderá ser juntado documento aos autos, antes

do relatório final, devendo ser garantido ao acusado o direito de contraditá-lo, sob pena de

nulidade parcial do processo.

Art. lOS - As testemunhas serão intimadas através de ato expedido pelo presidente,

devendo a segunda via, com o ciente delas, ser anexada aos autos.

~1o - É permitido intimar testemunhas por telefone, fax ou correio eletrônico (e-maU)

institucional, devendo ser expedido mandado se a medida não for eficaz.

~2° - Se a testemunha for servidor público ou militar, a intimação deverá ser feita

mediante requisição ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia, hora e local

marcados para a audiência.

67

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlCO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahiaT'rrARA OI! TOIHH IHiS,,~---

Q{)O\'tJR.'lütllJar •••oo

~3° - Se as testemunhas arroladas pela defesa não forem encontradas e o acusado,

intimado para tanto, não fizer a substituição dentro do prazo de três dias úteis, prosseguir-se-á

nos demais termos do processo.

~4° - É permitido à defesa, no momento da qualificação, contraditar a testemunha, bem

como, ao final do depoimento, formular perguntas por intermédio da autoridade processante.

Art. 106 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à

testemunha trazê-lo por escrito.

~1o - As testemunhas serão inquiridas separadamente.

~2" - Antes de depor, a testemunha será qualificada, não sendo compromissada em caso

de amizade íntima ou inimizade capital ou parentesco com o acusado ou denunciante, em linha

reta ou colateral até o terceiro grau.

Art. 107 - O acusado que mudar de residência fica obrigado a comunicar o local onde

será encontrado.

Art. 108 - A comissão que tomar conhecimento de novas imputações que surgirem contrao acusado durante o curso do processo deverá reabrir o contraditório para oportunizar aapresentação de defesa sobre as acusações e a produção de novas provas.

Parágrafo único - A comissão deverá informar as novas imputações ao Corregedor-Geral da Instituição Militar Estadual, para análise da conveniência de instauração de processodisciplinar autônomo.

Art. 109 - Ultimada a instrução, intimar-se-á o acusado, através de seu defensor, a

apresentar defesa no prazo de dez dias, assegurando-lhe vista do processo.

68

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO COl>lGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

Parágrafo único - Havendo dois ou mais acusados, o prazo será comum de vinte dias,

correndo na repartição.

Art. 110 - A ausência do militar estadual acusado, regularmente citado, não importará no

reconhecimento da verdade dos fatos.

Art. 111 - Apresentada a defesa final, a comissão elaborará relatório minucioso, no qual

resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se basear para formar a

sua convicção e será conclusivo quanto à inocência ou responsabilidade do militar estadual,

indicando o dispositivo legal transgredido, bem como a natureza e a gravidade da infração

cometida, os antecedentes funcionais, os danos que dela provierem para o serviço público e, em

especial, para o serviço militar estadual propriamente dito, além das circunstâncias agravantes e

atenuantes.

~ 10 - A comissão apreciará separadamente as irregularidades que forem imputadas a cada

acusado.

~ 2" . A comissão poderá sugerir providências para evitar reiteração de fatos semelhantes

aos que originaram o processo e quaisquer outras que lhe pareçam de interesse público.

Art. 112 - A comissão terá o prazo de vinte dias para entregar o relatório final à

autoridade competente que a instituiu, a contar do término do prazo de apresentação da defesa

final.

Art. 113 - Os autos do processo, com o relatório da comissão, serão remetidos para

julgamento pela autoridade que determinou a sua instauração.

69

GOVERNO DO ESTADO DA BAIDAMINUTA DO CODlGO DE ÍéTlCA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

SEÇÃO V

JULGAMENTO

Art. 114 - No prazo de trinta dias, contados do recebimento dos autos do processo, a

autoridade q;ueo instaurou, investida no papel de julgadora, proferirá a sua decisão.

~ 10 - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do

processo, seus autos deverão ser encaminhados à autoridade superior competente, que decidirá

em igual prazo.

~2° - Havendo acusados pertencentes a unidades diversas e pluralidade de sanções, o

julgamento caberá à autoridade superior competente para a imposição da pena mais grave.

~3° - Se a penalidade prevista for a demissão, a competência para aplicá-la aos oficiais

será do Governador do Estado.

~4° - Se a penalidade prevista for a demissão, a competência para aplicá-la aos praças

será do Secretário da Segurança Pública ou do Comandante-Geral da Instituição Militar

Estadual, concorrentemente.

Art. 115 - Reconhecida pela comissão a inocência do militar estadual, a autoridade

instauradora do processo o absolverá e determinará o arquivamento dos seus autos.

Art. 116 - O julgamento acatará, ordinariamente, o relatório da comissão, salvo quando

contrário às provas dos autos.

~1° - Quando o relatório contrariar as evidências dos autos, a autoridade julgadora

poderá, motivadamente, discordar das conclusões da comissão e, fundamentadamente, com base

70

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO COJ)lGO DE ÉTICA E J)lSCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

Sf.tia.-'1AII1AbASEGUilA'fÇ'" l'I19tlGl

QBahia'-(:1111" ot. 'flHH)~ N6$

OI)Vf~~úUOt'lr •••1X>

nas provas intra-autos, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o militar estadual de

responsabilidade.

~zo - Se constatado que a comissão laborou propositadamente em erro, de modo a

conduzir as conclusões no sentido da absolvição ou da condenação, será imposta a seus membros

penalidade disciplinar correspondente à transgressão e na medida de sua culpa, mediante

processo disciplinar próprio, com as garantias constitucionais a este inerente, em especial o

contraditório e a ampla defesa.

~3° - O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo, ressalvada a

hipótese de procrastinação intencional.

Art. 117 - A autoridade julgadora poderá declarar a nulidade parcial ou total do processo,quando verificada alguma das hipóteses previstas no art. 50 desta Lei.

~1" - Na hipótese de nulidade total do feito por vício insanável, deverá ser instauradonovo processo;

~zo- Ocorrendo a nulidade parcial do feito, a comissão deverá retomar os trabalhos apartir do ato eivado de legalidade, cujo vício deverá ser sanado.

Art. 118 - Na hipótese de extinção da punibilidade pela prescrição da ação disciplinar ouem virtude do óbito do acusado, o processo será arquivado e a autoridade julgadora determinaráo registro dos fatos nos assentamentos individuais do militar.

Art. 119 - A autoridade julgadora que injustificadamente der causa à prescrição seráresponsabilizada.

Art. 120 - Quando a transgressão disciplinar estiver capitulada como crime, cópia dos

autos do processo será remetida ao Ministério Público para análise do cabimento de ação penal.

71

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

QBahia'fIliO'" \IR TOlll)S NÓS

stotUNUAbJIS£G\JAAHÇA POli\.!0,

Art. 121 - O militar estadual submetido a processo administrativo disciplinar só poderá

ser exonerado a pedido ou passar, voluntariamente, para a reserva, após a conclusão do processo

e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

SEÇÃO VI

REVISÃO DO PROCESSO

Art. 121 - O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de

ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do

punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

~ 10 - Em caso de falecimento ou ausência do militar estadual, qualquer pessoa da família

poderá requerer a revisão do processo.

~ 20 - No caso da incapacidade mental do militar estadual, a revisão será requerida pelo

seu curador.

Art. 122 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 123 -A alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão.

Art. 124 - O pedido de revisão será dirigido ao Comandante-Geral da Polícia Militar ou

Secretário da Segurança Pública, que, após juízo de admissibilidade sobre a possível existência

dos requisitos motivadores da revisão disciplinar, providenciará a constituição de comissão

revisora.

Art. 125 - Os autos da revisão serão apensados aos do processo originário.

72

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE .ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILlTARES ESTADUAIS

~~rUIu_ Of '1'000$ MÓI QBahia

Tl!Rl<A IIE TOI)OS NOS

Parágrafo único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de

provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 126 - A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos,

prorrogáveis por mais 60 (sessenta), quando as circunstâncias assim o exigirem.

Art. 127 - Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas

relativas ao processo administrativo disciplinar.

Art. 128 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade.

Parágrafo único - O prazo para julgamento será de até 60 (sessenta) dias, contados do

recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

Art. 129 - Julgada procedente a revisão, inocentado o servidor, será declarada sem efeito

a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os seus direitos.

Parágrafo único - Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da

penalidade.

SEÇÃO VII

PECULIARIDADES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

SUBSEÇÃO I

DESTINAÇÃO E NOMEAÇÃO

73

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

Q..Bahia.,l(lIki\ UI' H)l)O$ NÓ$

(l(Wl.'IIXUlOCSfM)(!

Art. 130 - A comissão de processo administrativo disciplinar - CPAD será nomeada e

convocada:

I - pelo Secretário da Segurança Pública;

II - pelo Comandante-Geral da Instituição Militar Estadual;

III - pelo Subcomandante-Geral da Instituição Militar Estadual;

IV - pelo Corregedor-Geral da Instituição Militar Estadual;

V - pelas demais autoridades da Instituição Militar Estadual que tenham competência

para impor sanções disciplinares;

VI - pelo Chefe da Casa Militar do Governador do Estado.

~1o - O Secretário da Segurança Pública e o Comandante-Geral da Instituição Militar

Estadual podem instaurar processo administrativo disciplinar para apurar conduta de qualquer

militar estadual, exceto dos que estiverem sob as ordens do Chefe da Casa Militar do

Governador do Estado.

~2° - As demais autoridades somente poderão instaurar processo administrativo

disciplinar para apurar conduta de militar estadual que estiver sob as suas ordens ou sobre o qual

tenha competência para impor sanção disciplinar.

~3° - O Secretário da Segurança Pública tem competência exclusiva para nomear e

convocar comissão de processo administrativo disciplinar para apurar condutas de militares

estaduais pertencentes a Instituições diversas, nas hipóteses de continência e de conexão.

~4° - O Secretário da Segurança Pública e o Comandante-Geral da Instituição Militar

Estadual têm competência exclusiva para instituir comissão permanente de processo

administrativo disciplinar e de processo disciplinar sumário - CPPAD.

74

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

Art. 131 - A CPAD compõe-se de três militares estaduais de maior grau hierárquico ou

mais antigos que o do submetido ao processo.

Art. 132 - Para composição da CPAD, deverão ser observadas as regras de impedimentoe suspeição previstas nos artigos 75 e 76 desta Lei.

TÍTULO IV

DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO ATIVO

Art. 133 - As recompensas constituem reconhecimento dos bons serviços prestados pelo

policial militar.

~l"-São recompensas:

a) os prêmios de Honra ao Mérito;

b) as condecorações por serviços prestados;

c) os elogios, louvores e referências elogiosas individuais ou coletivos;

d) as dispensas de serviço.

~2° - As recompensas serão concedidas de acordo com as normas estabelecidas em

decreto.

Art. 134 - As dispensas de serviço são autorizações concedidas ao policial militar para o

afastamento total do serviço, em caráter temporário.

~ 10 - As dispensas de serviço podem ser concedidas ao policial militar:

a) como recompensa;

b) para desconto em férias.

75

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA 00 COJ)lGO DE ÉTICA E mSCIPLlNA DOS MILITARES ESTADUAIS

~2" - As dispensas de serviço serão concedidas com a remuneração integral e computadas

como tempo de efetivo serviço.

TÍTULO V

COMUICAÇÃO E QUEIXA DISCIPLINARES

CAPÍTULO I

COMUNICAÇÃO DISCIPLINAR

Art. 135 - A comunicação disciplinar é a formalização escrita, assinada por militar

estadual e dirigida à autoridade competente, acerca de ato ou fato contrário à disciplina.

S I o - A comunicação será clara, concisa e precisa, sem comentários ou opiniões pessoais,

e conterá os dados que permitam identificar o fato e as pessoas ou coisas envolvidas, bem como

o local, a data e a hora da ocorrência.

!i2° - A comunicação deve ser a expressão da verdade, cabendo à autoridade a quem for

dirigida encaminhá-Ia ao acusado, para que, no prazo de cinco dias úteis, apresente ou não as

suas alegações de defesa por escrito.

Art. 136 - A comunicação será apresentada no prazo de cinco dias úteis contados da

observação ou do conhecimento do fato.

~1°- A administração encaminhará a comunicação ao acusado mediante notificação

formal para que este apresente ou não as alegações de defesa por escrito no prazo improrrogável

de cinco dias úteis.

~2° - A inobservância injustificada do prazo previsto no SI o ou a apresentação da

comunicação sem a defesa escrita não inviabilizará os trabalhos da autoridade, competindo-lhe

providenciar a instauração do processo apuratório cabível.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DlSCIPUNA DOS MIUTARES ESTADUAIS

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CAPÍTULO 11

QUEIXA DISCIPLINAR

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Art. 137 - Queixa é a comunicação interposta pelo militar estadual diretamente atingido

por ato pessoal que repute irregular ou injusto.

~1o - A apresentação da queixa será feita no prazo máximo de cinco dias úteis, a contar

da data do fato, e encaminhada por intermédio da autoridade a quem o querelante estiver

diretamente subordinado.

~2° - A autoridade de que trata o S I o terá prazo de três dias para encaminhar a queixa,sob pena de responsabilidade.

~3° - Por decisão da autoridade superior e desde que haja solicitação do querelante, este

poderá ser afastado da subordinação direta da autoridade contra quem formulou a queixa, até que

esta seja decidida.

~4° - Na formulação da queixa, será observado o disposto no art. 135 desta Lei.

CAPÍTULO III

PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO E RECURSO DISCIPLINAR

Art. 138 - Interpor, na esfera administrativa, pedido de reconsideração e recurso

disciplinar é direito do militar estadual que se sentir prejudicado, ofendido ou injustiçado por

qualquer ato ou decisão disciplinar administrativa.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODlGO DE ÉTICA E DISCIPLINADOS MILITARES ESTADUAIS

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Art. 139 - Da decisão que aplicar sanção disciplinar caberá pedido de reconsideração à

mesma autoridade ou recurso à autoridade superior, ambos sem efeito suspensivo, no prazo de

cinco dias úteis, contados da data da publicação da sanção disciplinar.

~1o - O pedido de reconsideração interrompe o prazo de recurso.

~2° - O Governador do Estado é a última autoridade em grau de recurso disciplinar

administrativo.

Art. 140 - O pedido de reconsideração ou recurso disciplinar será dirigido por meio de

petição ou requerimento, contendo os seguintes requisitos:

I - exposição do fato e do direito;

II - as razões do pedido de reconsideração ou reforma da decisão.

Parágrafo único - A autoridade competente decidirá o pedido de reconsideração ou o

recurso no prazo de trinta dias, mediante publicação no Diário Oficial do Estado ou no Boletim

Geral Ostensivo da Instituição Militar Estadual.

TÍTULO VI

DA REMIÇÃO DA PENA DISCIPLINAR PELO ESTUDO

Art. 141 - A pena de suspensão pode ser diminuida mediante remição pelo estudo, em

decorrência de frequência integral e aproveitamento em curso de requalificação profissional

instituído pelos Departamentos de Ensino das Instituições Militares Estaduais ou pela

Universidade Corporativa do Serviço Público da Bahia - UCS.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

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Art. 142 - A remição pelo estudo da pena de suspensão poderá ser de até 1/3 (um terço),

correspondendo no máximo a 30 (trinta) dias de diminuição.

Art. 143 - A pena de advertência terá o seu registro cancelado na metade do tempo

originalmente previsto em lei se houver frequência integral e aproveitamento em curso de

requalificação profissional instituído pelos Departamentos de Ensino das Instituições Militares

Estaduais ou pela Universidade Corporativa do Serviço Público da Bahia - UCS.

Art. 144 - A pena de suspensão terá o seu registro cancelado na metade do tempo

originalmente previsto em lei se houver frequência integral e aproveitamento em curso de

requalificação profissional instituído pelos Departamentos de Ensino das Instituições Militares

Estaduais ou pela Universidade Corporativa do Serviço Público da Bahia - UCS, que deverá ser

diverso daquele que haja ensejado a remição da respectiva penalidade.

Art. 145 - Os Departamentos de Ensino das Instituições Militares Estaduais instituirão

anualmente cursos de requalificação específicos para atender os militares punidos com penas de

advertência ou de suspensão.

Art. 146 - A matrícula em curso de requalificação profissional para os fins previstos neste

Código não é compulsória e constitui direito do militar estadual.

Art. 147 - O registro da remição da pena de suspensão e o cancelamento do registro das

penas de advertência ou de suspensão na metade do tempo originalmente previsto somente serão

procedidos no assentamento funcional do militar estadual após a publicação do seu

aproveitamento com frequência integral no curso de requalificação profissional.

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GOVERNO DO ESTADO DA BAmAMINUTA DO CODlGO DE ÍTICA E D1SCII'LlNA DOS MILITARES ESTADUAIS

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Art. 148 - O valor desconlado da remuneração do militar estadual por causa da aplicação

de pena de suspensão somente será parcialmente devolvido na folha de pagamento seguinte à

publicação do registro da remição pelo estudo.

Art. 149 - O regulamento desta lei deverá prever as demais condições para tomar

possível a aplicação dos benefícios previstos neste Título e se ainda assim houver omissão

deverá ser aplicada subsidiariamente a Lei Federal nO.7.210 de 11 de julho de 1984, Lei de

Execução Penal - LEP.

TÍTULO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 150 - A nova classificação do comportamento do militar estadual será definida em

regulamento.

Art. 151 - Como instrumento de avaliação funcional do oficial ou praça da Polícia

Militar e do Corpo de Bombeiros Militares, fica instituída a Ficha de Avaliação de Desempenho

Individual, a ser preenchida semestralmente, conforme previsto no Estatuto dos Militares

Estaduais da Bahia;

Art. 152 - Como instrumento de avaliação ética do oficial ou praça da Polícia Militar e

do Corpo de Bombeiros Militares, fica instituída a Ficha de Avaliação Ética e Disciplinar.

Art. 153 - São válidos os atos normativos publicados no âmbito da Policia Militar da

Bahia sobre Recompensas até que seja publicado o decreto previsto no ar!. 106 deste Código.

Art. 154 - Aplicam-se subsidiariamente a este Código a Lei Estadual nO.6.677/94, a Lei

Estadual nO.12.209/2011 e o Código de Processo Penal.

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J GOVERNO DO ESTADO DA BAHIAMINUTA DO CODIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES ESTADUAIS

Art. 155 - Esta lei entra em vigor quarenta e cinco dias após a data de sua publicação.

Art. 156 - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente as contidas na Lei nO.

7.990 de 27 de dezembro de 2001, na Lei nO.3.585 de 13 de julho de 1977, no Decreto nO.28.858

de 09 de junho de 1982 e no Decreto n° 29.535 de 11 de março de 1983 .

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