Código de ética renzzzzzzzz....visado

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  • 1. 1CdigoNacionaldeticaeDisciplinaLitrgicada ReligioAfro-BrasileiraElaborado pela Federao Nacional do Culto Afro-Brasileiro FENACAB

2. 2 Apresentao Contituico Federal Brasileira, art 5, inciso VI inviolvel a liberdade deconscincia e crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos egarantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e suas liturgias;Constituio do Estado da Bahia, Art 275 dever do Estado preservar e garantira integridade, a respeitabilidade e a permanncia dos valores da religio afro-brasileira eespecialmente:I - inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e outros bens de valor artstico ecultural, os monumentos, mananciais, flora e stios arqueolgicos vinculados religioafro-brasileira, cuja identificao caber aos terreiros e a Federao do Culto Afro-Brasileiro;II - proibir aos rgos encarregados da promoo turstica, vinculados ao Estado, aexposio, explorao comercial, veiculao, titulao ou procedimento prejudicial aossmbolos,:expresses, msicas, danas, instrumentos, adereos, vesturio e culinria,estritamente vinculados religio afro-brasileira;III - assegurar a participao proporcional de representantes da religio afro-brasileira, aolado da representao das demais religies, em comisses, conselhos e rgos quevenham a ser criados.bem como em eventos e promoes de carter religioso;IV - promover a adequao dos programas de ensino das disciplinas de geografia,-histria, comunicao e expresso, estudos sociais e educao artstica realidadehistrica afro-brasileira, nos estabelecimentos estaduais de 1o, 2o e 3ograus.Pretende-se, com a contextualizao dessas regras mnimas comportamentais, paraobservncia exigvel aos adeptos da religiosidade dos Afro-descendentes, estabelecerparmetros ticos, cientficos, sociais e ritualsticos, no desenvolvimento da culturaoriunda do Candombl de suas Divindades, com base em seus fundamentos e preceitos.A exteriorizao e prtica da nossa crena tm sido, atravs dos tempos, tranmitidosoralmente, de gerao a gerao, plos nossos antepassados, sem que houvesse aformalidade de reuni-las em compndios, dando azo, assim, a desvios e condutas, com 3. 3grave repercusso, a desmerecei as tradies e religio que cultuamos com fervor eseriedade.O homem em sociedade, tende a sujeitar e adequar sua maneira de ser em respeito anormas pr estabelecidas, com reprimendas previstas para sua infringncia, issodecorrendo do instituto jurdico derivado de premissa de que nula a pena, sem que leianterior defina e tipifique a transgresso do procedimento social havido como imprprio.Dispe a Constituio do Estado da Bahia, no comando do seu artigo 275 que, cumpre FENACAB a representatividade e fiscalizao da cultura, tradio e religiosidade Afro-Brasileira.De ver-se que, a elaborao desse Estatuto da Cultura, cincia, tradio, prticasacerdotal e liturgia Ar-o-Brasileira, tomou-se dever legal imposto a esta Organizaoque, inclusive, para melhor desincubir-se dessa misso, preocupou-se em debatercuidadosamente o tema, atravs da realizao de inmeros simpsios nacionais einternacionais, assemblias, pesquisas mesas de estudos com discusses e reuniescom sectrios e simpatizantes, alm de reiterados e longos encontros e consultas,ausentando Sacerdotisas, Babalorixs, Yalorixs, Ekedes, Ogans e representantes dediversas etnias, das casas de matriz africanas de vrios Estados, que cultuam eprofessam os mais diversos segmentos da religiosidade Afira.Em tese, sabe-se ser possvel exercer algum controle sobre ministros de determinada f;mas, difcil, seno impossvel, obter o cumprimento de conduta tica dos seusseguidores, acaso no existia um , ordenamento jurdico contendo princpios probos, adisciplinarem esses ditames, sob o crivo de autoridades hierarquizadas.Ademais, para que uma comunidade devote obedincia e seus dogmas doutrinrios,mister se faz que esse conjunto de regras esteja consolidado e revestido de moralidade,impessoalidade e publicidade.Da porque, h muitos anos, todos sentiam e comentavam essa lacuna, quase como umclamor..-geral, quanto necessidade de ser urgentemente editado um Regulamentodessa atividade, com sua devida averbao no Cartrio de Registro de Ttulos eDocumentos, como um grande passo inaugural e firme, em busca da preservao doscostumes j sedimentados, mas permanentemente ameaados plos que ignoram osprincpios basilares da crena, por ns abraada.Em sntese, a condensao desses dispositivos, como parmetro de atuao, 4. 4semelhana do que ocorre com a advocacia, denomina-se "Cdigo de tica daFederao Nacional da Cultura Afro-Brasileira."Geraldo Lemos do Couto. 5. 5A Federao Nacional do Culto Afro-Brasileiro FENACAB,fundada na Cidade doSalvadorBahia em 24 de novembro de 1946, reconhecida como utilidade pblica Estaduale Municipal, instituda federativamente atravs de coordenaes regionais, estaduais esub-coordenaes municipais, criada com os objetivos principais de resgatar, preservar edivulgar a Religio Afro-brasileira, visando a manuteno cultural, a moral e apreservao da essncia fundamental da tradio religiosa. Aps vrias reunies comrepresentantes das diversas etnias, das casas de matriz africana e dos diversos estadosbrasileiros, decidiu-se sobre a confeco de um livro com o Cdigo de tica e DisciplinaLitrgica dos Sacerdotes e Adeptos da Religio Afro-Brasileira, baseado na CartaMagna do nosso Pas que, em seu Artigo 5 diz: " inviolvel a Uberdade de conscinciae de crena sendo assegurado o livre exerccio dos cultos Religiosos e garantida naforma da lei, a proteo aos locais de culto e suas liturgias". E justamente estas liturgiase os dogmas que o presente Cdigo de tica e Disciplina pretende atender com o mesmodenodo humilde e abastardo, no permitindo que o anseio de ganho material sobreleve finalidade social e espiritual, aprimorando-se no culto dos princpios ticos e no domnioda cincia religiosa, de modo a tornar-se merecedor da confiana da sociedade como umtodo, plos atributos intelectuais e pela probidade pessoal, em suma, preservar adignidade dos sacerdotes que honram e engrandecem a nossa religio. 6. 6 CDIGO DE TICA E DISCIPLINACAPTULO IDa HierarquiaArt. l - So cargos mximos reconhecidos dentro da liturgia da Religio Afro-Brasileira os seguintes nomes: Mama ou Tata Mukisi, Nengua Nkisi, Babaloris, lyalorisa,Rumbono, Baba, Babalawo. Gaiaku, Don, Dot, lyalase, Abore Orisa, Chefe de Terreiro,Alapini, a partir de agora denominados sacerdotes. 1 Os Orisas so cultuados pela etnia Ketu, Ifon, Ijesa, Nag, Igbo, Xambe Xang; os Mukisi ou Nkisi so cultuados pela etnia Baiu ou Congo; os Vodunsso cultuados pela etnia Jeje; encantados pela etnia Juremeira (Catimb),Umbanda e Espritas, denominados a partir de agora entidades. 2 Os sacerdotes tm o poder de administrares dogmas da iniciao, daentrega de cargos, do casamento, do batismo e do asese.Art. 2 Os cargos concedidos pelos sacerdotes (Art. 1) ficam assim compostos:lyakekere, Babakekere, Oloye, Ajoye, Dikota, Pejigan, Bajigan, Alabe, Asogun, yamoro,Tata Poko, Osidagan, Otundagan, Dagan, lyapetebi, lyatemi, Tata Utala., Kota Mulambe,Kota Rinvula, Kota Dianda, Elimaso, Samba, Cambono, Oj, Alaba, Alapini, Asipa, TatKisaba, Tata ou Mama Luvemba, Babalosaiyn, Olosaiyn, lyalosaiyn, Babalawo, Oluwo,Tat Nfunfu, lyaeuim, Babaefun, lyaegbe, Babaegbe, Ojibona, lyawo, Abian, Munzenza,Ndumbe, lyabase, lyaruba, Aiyaba Ewe, Aiyaba, Ologun, Oloya, Maye, Agbeni Oye,Oloponda, Iyalabake ,Koloba, Agimuda, lyatojuomo, lyasilia, Omolara, Sarapegbe, AkoweIle Sango, Ojuobo, Teloloja, Sobaloju, Maawo, Balogun, Alagada, Balode, Aficode, Ypery,Alajopa, lugbin, Asogba, Alabawy, Leyn, Alagbede, Elemoso, Gymu, Kaweo, Ogotun,Oba Odofin, IwinDunse, Apokan, Abokun, Otun, Osi, Osu, Adosum, Der, Muto, Dejo,Baranato, Cota Guare, Barriseton, Adamachio, Axega. Atiga, Tata Lubitu, Tata Kisaba,Tata Kambondo, Tata Kixika Ia Ngoma, Tata Muxiki, Kota Mulambi, Mama Kusasa, Tataou Mama Luvemba, Hongolomatona, Kota Mulanguidi, Kota Nbakisi, KotaKididi, KotaAmbelai e KotaMutinta. 7. 7 Art. 3 Essa estrutura j est organizada nos templos, cabe FENACAB o poder doregistro e do reconhecimento desses cargos. Art. 4 So independentes entre si, as etnias reconhecidas como: Ketu,, Jeje ,Baniu, Mina Jeje, Mina Nag, Nag, Umbanda, Juremeira (Catimb), Tambor de Minas,Espritas, Xamb, Sango, Batuque, Jjesa, Awo Egun, Awo Ewe, Awo Ifa, Ifon, Igbo,Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte, Irmandade Rosrio dos Pretos mas, podendointeragir entre si para o aperfeioamento., o fortalecimento e a preservao da religio. nico: So a essas etnias que se aplica o presente Cdigo de tica e DisciplinaLitrgica. Art. 5 So inviolveis os segredos do Ase, tais como: a iniciao, o bori, os rituais eos orikis. 8. 8Art. 6 Ficam liberados os cnticos sacros,a lngua e os dialetos de cada etnia.Art. 7 A sexualidade dos sacerdotes e dos cargos relacionados no Art. 2, ficamrestritos sua particularidade, devendo a todos o respeito ao lugar sagrado do templo.Compreende-se como templo todo o espao sagrado do Terreiro.Art. 8 Fica veementemente proibido realizar obrigaes em outros templos, antesda obrigao de 07 (sete) anos de iniciao.Art. 9 A autorizao para a realizao da obrigao de 07 (sete) anos de iniciaocom cargo ou no, s ser concedida aps a mesma passar por uma sabatina compostapor 2 (dois) sacerdotes de sua etnia, 2 (dois) representantes do Conselho Federal el(hum) da FENACAB.Art. 10 nas obrigaes de mudana de guas, fica assim estabelecido: l - Quando na mesma etnia mantm-se os anos de iniciao; 2 - Quando for de uma etnia para outra, ter que passar por uma novainiciao.Art. 11 No cria vnculo com o templo: os boris, obis e trabalhos gerados no jogode bzios.Art. 12 So deveres dos sacerdotes: I - preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade daprofisso, zelando pelo seu carter de essencialidade e indispensabilidade; II- velar por sua reputao pessoal e profissional; III - atuar com destemor, independncia, honestidade, decoro, veracidade,lealdade, dignidade e boa f; 9. 9 IV - empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeioamento pessoal eprofissional; V- abster-se de:a)- utilizar de sua influncia sobre o cliente ou seu iniciado;b)- vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestadamenteduvidoso;c)- emprestar concurso aos que atentem contra a tica, a moral, a honestidade e adignidade do ser humano;d)- tecer comentrios negativos contra qualquer um de seus semelhantes;e)- lutar pela irmandade a qual pertence, assim como pelas demais etnias. VI - o exerccio do sacerdcio incompatvel com qualquer procedimento demercantilizao;VII - o sacerdote que declarar em falso a data de iniciao ou obrigaes de algum filhoser automaticamente punido por falso testemunho. 10. 10Captulo IIDa Publicidade Art. 14 - O sacerdote pode anunciar os servios profissionais, individual oucoletivamente, com discrio e moderao, para finalidade exclusivamente informativa,vedada divulgao em conjunto com outra atividade. Art. 15 O anncio deve mencionar o nome do sacerdote, ttulo pelo qual conhecido, endereo, horrio de atendimento e o nmero do registro na FENACAB. 1 -O anncio do sacerdote no deve mencionar, direta ou indiretamente, qualquer cargo, funo pblica ou relao de emprego e patrocnio que tenha exercido, passvel de captar clientela. 2 - O anncio no Brasil deve adotar o idioma portugus e, quando idioma for estrangeiro, deve estar acompanhado da respectiva traduo. Art. 16 O anncio em forma de placas, nos templos ou nas residncias dosacerdote, deve observar discrio quanto ao contedo, forma e dimenses sem qualqueraspecto mercantilista. Art. 17 O anncio no deve conter fotografias, ilustraes, figuras, desenhos esmbolos incompatveis com a sobriedade do sacerdcio, sendo proibido o uso dossmbolos oficiais e dos que sejam utilizados pela FENACAB. nico so vedadas referncias a valores de servios, tabelas, gratuidade ou formade pagamento, termos ou expresses que possam iludir ou confundir o pblico,informaes de servios suscetveis de implicar, direta ou indiretamente, captao declientes. Art. 18 O sacerdote que participar de programas de televiso ou rdio, deentrevistas na imprensa, de reportagem televisiva ou de qualquer outra mdia paramanifestao profissional ou da religio, deve visar a objetivos exclusivamenteilustrativos, educacionais, culturais e instrutivos, sem propsito de promoo pessoal eprofissional, sendo vedados quaisquer pronunciamentos sobre mtodos adotados por 11. 11outros templos ou sacerdotes. 1 - Os sacerdotes devem pedir autorizao ao Conselho Federal parafazer previses publicas; 2 - Quando convidado para manifestaes pblicas, por qualquer modo eforma, visando ao esclarecimento de tema religioso e cultural de interesse geral,deve o sacerdote evitar insinuaes promoo pessoal ou profissional, bem comoo debate de carter sensacionalista. Captulo IIIDo RegistroArt. 19- Fica a Federao Nacional do Culto Afro-Brasileiro FENACAB comorgo principal e mantenedor de registro, cadastro, fiscalizao dos Templos, Terreiros,Casas de Umbanda, Casas de Caboclo, Egungun, Sociedades de If, de Folhas, da BoaMorte, Centros Espritas, Tendas, Iles Ases; Inzos, Cabanas ou quaisquer outrasdenominaes ligadas Religio Afro-Brasileira,bem como o registro dos sacerdotes edos cargos previstos no Art. 2.. 1 - Para o exerccio do sacerdcio ou dos cargos previstos no Art. 2impe-se a inscrio na FENACAB 2 - Como garantia do acatamento e cabal execuo deste Cdigo cabe aosacerdote comunicar a FENACAB, com discrio e fundamento., fatos de quetenha conhecimento e que caracterizem possvel infrigncia do presente Cdigo edas normas que regulam o exerccio do sacerdcio; 3 - A fiscalizao do cumprimento das normas estabelecidas nesteCdigo atribuio dos Conselho Federal, de suas representaes regionais e daFENACAB; 4 - Os infratores do presente Cdigo sujeitar-se-o s penas disciplinaresprevistas em Lei. 12. 12Art.20 A FENACAB ser detentora dos Valores Religiosos, tomando atitudescabveis quando estes forem: vilipendiados, violados, profanados, atacados moralmenteou usados de modo srdido.Art. 21 So considerados como Valores Religiosos as imagens e os seguintescones nominativos:I - s, Exu, Gbara, Elegbara, Pambu Nzila, Ngamba. Esuasdenominaes;II - Ogum, Ogun, Gu, Nkosi, Hoxi, e suas denominaes;III - Ode, Ososi, Oxossi, Agangatolu, Mutakalambo, Kabila, Ngongo Mbila, esuas denominaes;IV - Obaluaiye, Omolu, Azansu, Kavungo,Nzumbu, Kinkongo, Ilyaiye, e suasdenominaes;V - Oxumar, Osumare, Dan, Agdan, Gbesen, Frequem, Liguem, Sequem,Ongolo, Ongolomenha, e suas denominaes;VI -Nana, Nzumb, e suas denominaes;VII - Osaiyn, Ossanha, Age, Katende, Mpanzu, e suas denominaes;VIII - Oxum, sn, Azir, Tobosi,Dandalunda, Kinsimbi, e suasdenominaes;IX - y, Yansan, Alaiamba, Kaiango, Bambulucena, e suas denominaes;X - Xang, Sng, Sogbo, Nzaze, Luango, e suas denominaes;XI- Ila,, Kitembo, e suas denominaes;XII - Loguned., Logun Ode, Telekompenso, Hoho, e suas denominaes;XIII - Oba, Ewa, Lewa, e suas denominaes;XlV- Iyemoja, lemanj, Olokun, Samba Kalunga, e suas denominaes;XV-Iroko, Loko, e suas denominaes;XVI - Ibeji, Er, Vunji (Deus da Justia., protetor das crianas), e suasdenominaes;XVII -If, Orumila, Osetura, Nkuku u Lunga, e suas denominaes;XVIII Olorun, Olodumare, Oduduwa, e suas denominaes;XIX - Oxal, Osala, Obatal, Orisanila, Oranian, Osalufon, Zambi, Lisa,Lemba, Osaguiyan, Oxaguian, e suas denominaes; 13. 13 XX- Iya Mi Osorong, e suas denominaes; XXI - Pretos Velhos, Caboclos, Boiadeiros, Ciganos, Malandros, Povo doOriente, Povo de Rua, Cindras, Sereias, Jananas, Mentores Espirituais, Mestresda Juremeira, Espritos Infantis (crianas), e suas denominaes.Art. 22 O Conselho Federal e a FENACAB, ficaro com a incumbncia dafiscalizao e da liberao do uso dos nomes e imagens dos Valores Religiosos. l - A FENACAB, em parceria com o Conselho Federal, organizarcongressos, encontros, debates, reunies, cursos, graduao, ps-graduao latosensu e outros movimentos que visem o aperfeioamento e o engrandecimento dosadeptos da Religio Afro-Brasileira; 2 - Preservar o uso cultural e tradicional das indumentrias baiana e/ouafricana.Art. 23 - O reconhecimento dos cargos previsto no Art. 2 ser feito atravs dodevido registro na FENACAB., com carteira e diploma identifcatrios.Art. 24 As liberaes para toques, obrigaes ou festas de ano, caboclos, odu eje,kizombas, sero fornecidas atravs da FENACAB.Art. 25 Atendimento jurdico, odontolgico, mdico, religioso, social, deaposentadorias e de encaminhamentos para rgos pblicos, Estatutos de Templos etombamentos, sero feitos atravs da FENACAB.Art. 26 Ao Conselho Federal e FENACAB ficar o encargo de fazer valer opresente Cdigo de tica e Disciplina Litrgica em todo territrio nacional.Art. 27- Tambm tero seus registros feitos pela FENACAB, as baianasvendedoras de acaraj, os vendedores de mingau e os afoxs. 14. 14Captulo IV Da ticaArt, 28 Fica veementemente proibido aos sacerdotes ou membros que ocupem cargosprevistos no Art.2, tecer comentrios negativos, contra seu semelhante e/ou irmoreligioso.Art. 29 O sacerdote deve proceder de forma que se tome merecedor de respeito e quecontribua para o engrandecimento da Religio como um todo.Art. 30 Aos sacerdotes e demais cargos previstos no Art. 2, obriga-se a cumprirrigorosamente os deveres consignados no Cdigo de tica e Disciplina Litrgica.nicoO Cdigo de tica e Disciplina Litrgica regula os direitos e deveres dossacerdotes e demais cargos previstos no Art.2 para com a comunidade, o cliente, o outroprofissional e ainda, quanto a publicidade, o dever geral de urbanidade e os respectivosprocedimentos disciplinares. 15. 15Captulo VDas Infraes e Sanes DisciplinaresArt. 31- Constitui infrao disciplinar:I - exercer a profisso religiosa, quando impedido de faz-lo, ou facilitar por qualquermeio, o seu exerccio, aos no registrados, proibidos ou impedidos;II - manter Terreiros, Templos ou afins fora das normas e preceitos estabelecidos nestaLei;III -violar, sem justa causa, o sigilo sacerdotal;IV - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado por cliente ou filho iniciado;V - solicitar ou receber de cliente ou filho iniciado, qualquer importncia para aplicaoilcita ou desonesta;VI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente ou aos filhos iniciados, dequantias recebidas deles ou de terceiros por conta deles;VII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vistas ou em confiana;VIII - deixar de pagar as contribuies, multas e preos de servios devidos a FENACAB,depois de regularmente notificado a faz-lo;IX - manter conduta incompatvel com o sacerdcio;X - fazer falsa prova de quaisquer requisitos para registro na FENACAB;XI - tomar-se moralmente inidneo para o exerccio do sacerdcio ou dos demais cargosprevistos no Art.-2;XII - praticar crime infamante ou difamatrio;XIII - praticar atos excedentes de sua habilitao.nico inclui-se como conduta incompatvel:a) prtica reiterada de jogos de azar, no autorizada por lei;b) incontinncia pblica e escandalosa;c) embriaguez ou toxicomania habituais.Art. 32 As sanes consistem em:I- censura;II -suspenso;III - excluso;IV- multa. 16. 16nico As sanes devem constar dos assentamentos do inscrito, aps o trnsito emjulgado da deciso, no podendo ser objeto da publicidade a censura.Art. 33 - A censura aplicvel nos casos de:I - infraes definidas nos incisos I, XII do Art. 31;II- violao a preceitos do Cdigo de tica e Disciplina Litrgica;III - violao a preceito desta Lei, quando para a infrao no se tenha estabelecidosano mais grave.nico A censura pode ser convertida em advertncia, em ofcio reservado, sem registro,quando presente circunstncia atenuante. 17. 17Art. 34 A suspenso aplicvel nos casos de:I - reincidncia em infrao disciplinar.II - a suspenso acarretar ao infrator a interdio do exerccio sacerdotal ou dos demaiscargos previstos no Art.2 em todo o territrio nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 12(doze) meses, de acordo com os critrios de individualizao previstos neste captulo.Art. 35 A excluso aplicvel nos casos de:I - aplicao, por trs vezes, de suspenso;II - infraes definidas nos incisos VIII a XII do Art. 31.nico Para a aplicao da sano disciplinar de excluso necessria a manifestaofavorvel de 2/3 (dois teros) dos Conselheiros Federais ou dos Conselheiros Regionais.Art. 36 A multa, varivel entre o mnimo correspondente ao valor de uma anuidade e nomximo dez ou dcuplo, aplicvel cumulativamente com a censura ou suspenso, emhavendo circunstncias agravantes.Art. 37 Na aplicao das sanes disciplinares so consideradas, para fins de atenuao,as seguintes circunstncias, entre outras:I -falta cometida na defesa prerrogativa profissional religioso;II - ausncia de punio disciplinar anterior;III - exerccio assduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer rgo daFENACAB;IV - prestao de relevantes servios ao sacerdcio ou causa pblica.nico Os antecedentes sacerdotais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por elerelevada, as circunstanciais e as consequncias da infrao so considerados para fim dadeciso.a) sobre a convenincia da aplicao cumulativa da multa e de outra sano disciplinar; b) sobre o tempo de suspenso e o valor da multa aplicvel.rt 38 permitido ao que tenha sofrido qualquer sano disciplinar requerer, 01 (um) anoaps seu cumprimento, a reabilitao, em face de provas efetivas de bomcomportamento. 18. 18Art. 39 Fica impedido de exercer o sacerdcio ou os cargos previstos no Art.2, quelesque forem aplicadas as sanes disciplinares de suspenso ou excluso.Art. 40 A pretenso punibilidade das infraes disciplinares prescreve em 05 (cinco)anos, contados da data da constatao oficial do fato. l - Aplica-se prescrio a todo processo disciplinar paralisado por mais de 03 (trs)anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado por ofcio ou arequerimento da parte interessada, sem prejuzo de serem apuradas as responsabilidadespela paralisao; 2 - A prescrio interrompe-se:a) pela instaurao de processo disciplinar ou pela notificao vlida feita diretamente aorepresentado;b) pela deciso condenatria recorrvel ao Conselho Federal. 19. 19Captulo VIDos Fins e da OrganizaoArt. 41- A Federao Nacional tio Culto Afro-Brasileiro FENACAB, servio-pblico,"dotada de personalidade civil e forma federativa, tem por finalidade:I - defender a Constituio, a Ordem Religiosa do estado democrtico e laico de direito, osdireitos humanos, a justia social, e pugnar pela boa aplicao das leis, pela rpidaadministrao da justia e pelo aperfeioamento da cultura e das instituies religiosas;II - promover, com exclusividade a representao, a defesa, a seleo e a disciplina dossacerdotes e dos cargos do previstos no Art. 2 em toda a Repblica Federativa do Brasil. 1 - AFENACAB no mantm com rgo da administrao pblica qualquer vnculofuncional ou hierrquico. 2 - O uso da sigla FENACAB privativa da Federao Nacional do Culto Afro-Brasileiro; 3 - O Conselho Federal, dotado de personalidade jurdica, com sede na Capital daBahia, o rgo supremo da FENACAB; 4 - Os Conselhos Regionais sero representados por um conselheiro que terjurisdio sobre os respectivos territrios dos Estados membros; 5 - A FENACAB por constituir servio pblico, goza de imunidade tributria total emrelao a seus bens, rendas e servios; 6 - Os atos conclusivos da FENACAB e do Conselho Federal, salvo quando reservadosou de administrao interna, devem ser publicados na imprensa oficial ou afixados nofrum, na integra ou em resumo.Art. 42 Compete a FENACAB fixar e cobrar, de seus inscritos, contribuies, preos deservios e multas.nico Constitui ttulo executivo extrajudicial a certido passada pelo Conselho 20. 20competente, relativo a crdito previsto neste artigo.Art. 43 O cargo de conselheiro ou de membro de Diretoria de rgo da FENACAB deexerccio gratuito e obrigatrio, considerado servio pblico relevante, inclusive para finsde disponibilidade e aposentadoria.Art 44 Os Presidentes do Conselho Federal e da FENACAB tm legitimidade para agir,judicial ou extrajudicialmente, contra qualquer pessoa que infringir as disposies ou osfins desta lei. 21. 21Captulo VIIDo Conselho FederalArt. 45 O Conselho Federal compe-se de:l - Dos conselheiros Federal integrantes das delegaes de cada unidade federativa;II - 03 (trs) representantes de cada etnia religiosa, sendo 2 (dois) efetivos e l (hum)suplente.Art. 46 O Conselho Federal tem sua estrutura e funcionamento definidos no Estatuto daFENACAB. 1 - O Presidente, nas deliberaes do Conselho, tem apenas o voto de desempate; 2 - O voto tomado por delegao, e no pode ser exercido nas matrias de interesseda unidade que representa.rt. 47 Compete ao Conselho Federal:I- dar cumprimento efetivo s finalidades da FENCAB;II - representar, em juzo ou fora dele, os interesses coletivo ou individual dos Sacerdotese demais cargos previstos no Art. 2;III - velar pela dignidade, independncia, prerrogativas e valorizao da religiosidade afro-brasileira;IV - representar, em exclusividade, os sacerdotes e os cargos previstos no Art. 2 nosrgos e eventos nacionais e internacionais da Religio;V - editar e alterar o Regimento Interno, o Cdigo de tica e Disciplina Litrgica, e osprovimentos que julgar necessrio;VI - adotar medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Regionais;VII - intervir nos Conselhos Regionais, onde e quando constatar grave violao desta Leiou do Regimento Interno;VIII- cassar ou modificar, de ofcio ou mediante representao, qualquer ato, de rgo ouautoridade da FENCAB, contrrio a esta Lei, ao Regimento Interno, ao Cdigo de ticae Disciplina Litrgica, aos provimentos, ouvidos a autoridade ou o rgo em causa; 22. 22IX - julgar, em grau de recurso, as questes decididas plos Conselhos Regionais, noscasos previstos neste Cdigo e no Regimento Interno;X - dispor sobre a identificao dos inscritos na FENACAB e sobre os respectivossmbolos privativos;XI - apreciar o relatrio anual e deliberar sobre o balano e as contas de sua Diretoria;XII - homologar ou mandar suprir relatrio anual, o balano e as contas dos ConselhosRegionais;.XII - colaborar com o aperfeioamento dos cursos religiosos, e opinar, previamente nospedidos apresentados aos rgos competentes para criao, reconhecimento oucredenciamento desses cursos;XIV - autorizar, pela maioria, absoluta das delegaes de seus bens mveis; 23. 23XV- resolver os casos omissos neste Estatuto. 1 Quando se reunir para realizar julgamentos, o Conselho Federal instala o TribunalFederal de tica e Disciplina Litrgica. 2 - A interveno referida no inciso VII deste artigo, depende de prvia aprovao por2/3 (dois teros) das delegaes, garantido o amplo direito de defesa do ConselhoRegional respectivo, nomeando-se Diretoria provisria para o prazo que se fixar.Art. 48 - A Diretoria do Conselho Federal composta por: l (um) Presidente, l (um) VicePresidente, l (um) Secretrio Geral, l (um) Secretrio Geral Adjunto e l (um) Tesoureiro. 1 - O Presidente exerce a representao nacional e internacional do Conselho Federal,competindo-lhe, convocar os conselheiros Federal e Regionais, presidi-lo, representa-loativa e passivamente em juzo ou fora dele, promover-lhe a administrao patrimonial edar execuo s suas decises; 2 - O Regimento Interno define as atribuies dos membros da Diretoria e a ordem desubstituio em caso de vacncia, licena, falta ou impedimento. 3 - Nas deliberaes do Conselho Federal, os membros da Diretoria votam comorepresentantes de suas delegaes, cabendo ao Presidente, o voto de desempate e odireito de embargar a deciso se esta no for unnime.Captulo VIIIDos Conselhos RegionaisArt. 49 Os Conselhos Regionais sero compostos por l (hum) conselheiro e seu suplente,segundo critrio estabelecidos no Regimento Interno. 1-Tero direito voz e voto nas sesses do Conselho Federal;2 - Quando presentes s sesses dos Conselhos Regionais. O Presidente do ConselhoFederal e os conselheiros tm direito a voz. 24. 24Art. 50 Os Conselhos Regionais exercem e observam no respectivo Territrio, ascompetncias, vedaes e funes atribudas ao Conselho Federal, no que couber e nombito de sua competncia material e territorial, e as normas gerais estabelecidas nestalei, no Cdigo de tica e Disciplina Litrgica, e nos provimentos.Art. 51 Compete privativamente aos Conselhos Regionais:I -julgar, em grau de recurso, as questes decididas por seu Presidente c por suaDiretoria;II - fiscalizar a aplicao da receita, apreciar o relatrio anual e deliberar sobre o balanoe as contas de sua Diretoria;III - realizar a sabatina de acordo com o previsto no Art. 9;IV - deferir os pedidos de inscrio nos quadros de sacerdotes e dos cargos previstos noArt. 2; 25. 25VI - manter o cadastro de seus inscritos, enviando cpia para o Conselho Federal;VII - receber contribuies obrigatrias, preos de servios e multas;VIII - participar da composio do Conselho Federal, na votao de seus membros;IX - eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos doConselho Federal,Art. 52 - A Diretoria dos Conselhos Regionais tm composio idntica e atribuiesequivalentes s do Conselho Federal, na forma do Regimento Interno daquele no seuTerritrio.Captulo IXDas Eleies e dos MandatosArt. 53 A eleio dos membros de todos os Conselhos sero realizadas na segundaquinzena do ms de novembro do ltimo ano de mandato, mediante cdula nica devotao direta dos sacerdotes e dos cargos previstos no Art. 2, regularmente inscritos naFENACAB.Art. 54 Consideram-se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioriados votos vlidos.Art. 55 O mandato dos conselheiros ser de 4 (quatro) anos, iniciando-se em primeiro defevereiro do ano seguinte ao da eleio.Art. 56 Extingui-se o mandato automaticamente, antes do seu trmino, quando:I - ocorrer qualquer hiptese de cancelamento de inscrio ou de licenciamentosacerdotal;II- o titular sofrer condenao disciplinar;III - o titular faltar, sem motivo justificado, a trs reunies consecutivas ou cinco,alternadas de cada rgo deliberativo do Conselho ou da Diretoria, no podendo serreconduzido no mesmo perodo de mandato;IV - extinto qualquer mandato nas hipteses deste Artigo, cabe ao Presidente doConselho Federal escolher o substituto, caso no naja suplente. 26. 26Art. 57 A eleio da Diretoria do Conselho Federal, tomar posse no dia primeiro dejaneiro e obedecer s seguintes regras:I - ser admitido registro Junto ao Conselho Federal de candidatura Diretoria, doConselheiro, no .perodo mnimo de 3 (trs) meses e no mximo de 6(seis) meses antesdas eleies;II - o requerimento de registro devera vir acompanhado do apoio de, no mnimo 3 (trs)Conselhos Regionais, currculo, biografia religiosa e o nada consta da FENACAB;III - at o dia quinze de janeiro devera ser realizadas as: eleies, devendo o Presidentedo Conselho Federal comunicar aos Conselhos Regionais e a FENACAB, o resultado dopleito e os conselheiros proclamaro o resultado. 27. 27Captulo XDos RecursosArt. 58 Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decises definitivas proferidaspelos Conselhos Regionais, quando no tenham sido unnimes ou sendo unnimes,contrariem esta Lei, deciso.do Conselho Federal ou a este Cdigo de tica e DisciplinaLitrgica, alm dos interessados o Presidente do Conselho Regional legitimado ainterpor o recurso referido neste Artigo.Art. 59 Todos os recursos tm efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleiesdispostas no Art. 53 e seguintes, de suspenso preventiva decidida pelo Tribunal de ticae Disciplina Litrgica, e de cancelamento da inscrio obtida com falsa prova.Captulo XIDas Disposioes Gerais e TransitriasArt. 60 Salvo disposio em contrrio, aplicam-se subsidiariamente ao processodisciplinar as regras da legislao processual penal comum e aos demais processos, asregras gerais do procedimento administrativo comum e da legislao processual civil,nessa ordem.Art. 61 Todos os prazos necessrios manifestao dos sacerdotes e demais cargos doArt. 2, nos processos em geral do Conselho Federal, so de 15 (quinze) dias inclusivepara interposio de recursos. 1 -Nos casos de comunicao por ofcio reservado, ou de notificao pessoal, o prazose conta a partir do dia til imediato ao da notificao do recebimento. 2 - Nos casos de publicao na imprensa oficial do ato ou da deciso, o prazo inicia-seno primeiro dia til seguinte publicao.Art. 62 Cabe ao Conselho Federal e a FENACAB, editar este Cdigo de tica eDisciplina Litrgica, no prazo mximo de 6 (seis) meses, contados a partir da publicaodesta Lei. 28. 28Art. 63 Os Conselhos Federal e Regionais, devem promover trienalmente as respectivasconferncias, em data no coincidente com o ano eleitoral, e, periodicamente, reunio dosconselheiros a eles vinculados, com finalidade consultiva.Art. 64. No se aplicam aos que tenham assumido originalmente o cargo de Presidentedo Conselho Federal ou dos Conselhos Regionais, at a data da publicao desta lei, acerca da composio, desses Conselhos, ficando assegurado o pleno direito de voz evoto em suas sesses.Art. 65 Aplicam-se s alteraes previstas nesta Lei, quanto a mandatos, eleies,composies e atribuies dos rgos dos Conselhos, a partir do trmino do mandato dosatuais membros devendo o Conselho Federal e os respectivos procedimentos deadaptao. 29. 29nico Os mandatos dos membros dos Conselhos, eleitos na primeira eleio sob avigncia desta Lei, e na forma do Captulo VII tero incio logo aps a publicao desteCdigo encerrando-se em dezembro do quarto ano de mandato.Art. 66 Os Conselhos Regionais devem oferecer os meios e suporte imprescindveis parao desenvolvimento das atividades do Tribunal de tica e Disciplina Litrgica.Art 67 A pauta dos julgamentos do Tribunal de tica e Disciplina sero publicadas naimprensa oficial e afixada no quadro de avisos gerais da sede do Conselho Federal e daFENACAB, com antecedncia de 15 (quinze) dias, devendo ser dada prioridade nosjulgamentos para os interessados que estiverem presentes e aos da Lei.Art. 68 As regras deste Cdigo de tica e Disciplina Litrgica obrigam igualmente ossacerdotes e os cargos previstos no Art, 2, no que lhes forem aplicveis.Art. 69 Este cdigo entre em vigor, em todo Territrio Nacional, na data de suapublicao, cabendo aos Conselhos Federal e Regionais e a FENACAB, promoverem asua ampla divulgao, revogadas as disposies em contrrio.Cdigo Litrgico da Religio Afro-BrasileiraArt. 70 As etnias reconhecidas em todo territrio nacional e pela FENACAB,: so: Ketu,Igbo, Jjesa, Nag, Ifon que fazem iniciao para os Orisa; Bantu e Congo que fazeminiciao para os Mukisi e Nkisi, e Jeje que faz iniciao para os Voduns; estas etnias spodem fazer iniciao para as Entidades por elas reconhecidas, sendo vedado uma etniainiciar ou dar obrigao em Entidades de outra etnia.Art. 71 Caboclos e boiadeiros so denominaes de Umbanda, as etnias no;reconhecem tais entidades, os mesmos no podem conceder cargos conforme osdescritos no Art. 2.Art. 72 No sero liberados postos de sacerdotes por antecipao, ou seja, antes daobrigao de 7 (sete) anos de iniciao com cargo confirmado pela sabatina prevista noArt. 9. 30. 30Art. 73 No existe iniciao errada, pois esta uma herana das etnias, de onde omesmo foi iniciado.Art. 74 No existe iniciao com 2 (dois) Keles, que significa o compromisso do iniciadocom a Entidade, cada sacerdote tem a responsabilidade de identificar a entidade principaldo iniciado.Art. 75 O Cdigo de tica e Disciplina Litrgica determina a obrigatoriedade, do ensinopara o aperfeioamento e o engrandecimento dos adeptos da Religio Afro- Brasileira,tanto nos Templos como na FENACAB.Art. 76 No existe o iniciado de nascena, pode-se cuidar do filho no ventre materno, adeciso da iniciao ou no, s ser dada aps nascimento. 31. 31Art. 77 A obrigao com outro sacerdote s poder ser realizada com o consentimento dosacerdote que o iniciou ou da FENACAB.Art. 78 Nos casos excepcionais como os "abikus", Entidades raras, ou cabeaproblemtica, podero ser iniciados, desde que sejam previamente preparados para talfim, somente aps 7 (sete) anos de iniciado, podero receber cargos conforme Art. 2,pois, existem situaes aonde eles no podero ser iniciados e s o sacerdote podedeterminar tal situao.Art. 79 Existe um perodo de iniciao pr-determinado de resguardo que deve serrespeitado, no mnimo 3 (trs) e no mximo 12 (doze) meses.Art. 80 As obrigaes devem ter um intervalo de no mnimo 3 (trs) meses de uma paraoutra.Art. 81 Os cargos previstos no Art. 2, que no tm incorporao, se porventura vierem ater incorporao, devem passar por nova iniciao, realizar as obrigaes necessrias epor j possuir cargo, no podem ser sacerdote.Art. 82 No caso de falecimento do sacerdote, o Templo tem que continuar, aps o ritualfnebre, realizado por um sacerdote da mesma etnia do falecido, aps l (hum) ano, oConselho Federal determinar atravs dos conselheiros responsveis pela mesma etnia,a organizarem com os iniciados do Templo a sucesso do sacerdote falecido.Art. 83 Se o Sacerdote ficar acamado por motivos de doena incurvel, deve determinarum responsvel ou futuro sucessor, para assumir a direo do Templo.Art. 84 Cabe ao novo sacerdote, determinar o destino dos assentamentos do falecido.Art. 85 Os membros dispostos no Art. 2, no possuem os dogmas de um sacerdote, nempodem herdar o Templo no processo sucessrio.Art. 86 S tm o poder de realizao dos dogmas de iniciao, realizar obrigaes,conceder cargos, casamento, batismo e ritual fnebre os sacerdotes capacitados para taisfins. 32. 32Art. 87 Os membros de cargos conforme o Art. 2, no temo poder de realizares dogmas,exclusivos dos sacerdotes capacitados.Art. 88 So reconhecidos os cultos aos Orisas, Mukisi, Nkisi, Vodum e Encantados; aosantepassados Egun, ao segredo do uso das folhas (Awo Ewe) e ao segredo daadivinhao (Awo If " Orumil) todas estas sociedades e seus adeptos obrigadas acumprirem o presente Cdigo de tica e Disciplina Litrgica.Art. 89 A pessoa que aceitar passar pelo ritual de iniciao tem que realizar todos osdogmas da etnia na qual est ingressando, ou seja, pintura ritualstica e uso doselementos necessrios como: kel, contra egun, umbigueira, mokan, senzala, guizos,pena de ikodd, banhos de preparao, ebs, esteira, o enxoval necessrio, o perodo deresguardo e o respeito a todos os seus mais velhos, servindo de exemplo aos seus maisnovos. 33. 33Art. 90 Os trajes tpicos e ritualsticos so assim compostos: roupa moda baiana, companos de cabea, panos da costa, colares, fios de contas, pulseiras, figas, balangands; moda africana, kafitas, bub, eketes, alakas, abada, fila, nguels, entre outras.Art. 91 O uso das palavras j reconhecidas como descarrego, espiritual, espiritualista eesprito, so exclusivas da Religio Afro-Brasileira.Art. 92 Os sacrifcios dentro da Religio Afro-Brasileira tm a finalidade de cumprir umaobrigao ritualstica, necessria ao dogma de iniciao e obrigaes, alm de alimentaros adeptos e participantes das festas do Templo.Art. 93 Os iniciados que deixarem o Templo e forem para outro, tero direito somente aoseu assentamento.Art. 94 - Determina-se que para a entrega de cargo de Maye, o mesmo s poder serconcedido aps a obrigao de 7 (sete) anos de iniciado.Art. 95 Fica veementemente proibido confeco de imagens de Exu com chifres, ps debode ou outro animal, peitos desnudos, com fogo nos ps, com asas, com caixes ououtros smbolos que possam associ-lo com o Diabo da religio Catlica.Art .96 Fica proibido colocar oferendas para as entidades nas matas, rios, cachoeiras,riachos, mar, floresta, estradas, encruzilhadas com objetos degradveis como: vidros,plsticos, acrlicos, barcos, espelhos, porcelana, acender velas junto aos troncos dasrvores, ou seja, quaisquer objetos que possam ferir os outros irmos de Religio, poisdevemos preservar o meio ambiente.FENACAB.Federao Nacional do Culto Afro-BrasileiroPresidente: Aristides Oliveira Mascarenhas (Gesto 2004/2008)Vice-presidente: Marcos Antnio Penna 34. 34Coodenao do Estado da Bahia Coordenao do Estado do fimapCoordenador: Aurelito Santos-Coordenador: Marcos Jos R. Dos SantosCoodenao de Estodo do Rio de JaneiroCoordenao do Distrito Federa!Coordenador: Marcos Antnio PennaCoordenador: Ribamar Fernandes VeledaCoordenao do Estado do Par Coordenao do estado de GoisCoordenadora: Mercedes Nazar N. S. AquinoCoordenadora: Railda Rocha PittaCoordenao do Estado do ParanCoordenao do Estado de So PauloCoordenador: Dorival Braz SimesCoordenador: Walmir DamacenoCoordenao do Estado do Amazonas Coordenao do Estado de MinasGeraisCoordenador: Jos Ribamar N. Da Silva Coordenadora: AnaRitaVasconcelosHino Nacional da Tradio deMatriz Africana no BrasilOn S wreS; S AseOn S wreOb r o moOn S wreS wre sBab(Ax Ase)Senhor do tempo existnciaRogamos bnos e seSenhor do Tempo 35. 35Assim, novamenteSenhor do TempoRogamos bnos e as,Ao Pai(Ax As) 36. 36Programao Visual:Bruno Maiky(Ilustrao de capa baseada em obra de Carybs)Impresso:Grfico TiposetF U N D A O 37. 37A 38. 38lgradecimentos:FUNDAO GREGRIO DE MATTOSSECRETARIA MUNICIPAL DA REPARAO SOCIAL