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Código de Manu
Thiago JS Oliveira
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Breve Histórico
Localizado ao sul do continente asiático;
Envolvido pelo Paquistão, Nepal e Sri Lanka;
A civilização da Índia surge por volta de 8.000 anos, antecedendo a egípcia e judaica.
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Sua história está envolta por
lendas e obscuros livros religiosos;
Principais fontes para a análise da historiografia hindu: Livros Vedas ou os livros poéticos: Mahabharata e Ramayana.
Breve Histórico
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Seu foco histórico esta instituída somente no ensino
religioso, não sendo de relevância a história das datas e eventos de interesse material;
A região é conquistada em 1.500 a.c. pelos arianos, que implantam uma sociedade baseada num sistema de castas.
Breve Histórico
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Religião
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Crenças e Castas dividem a Índia;
80% da população segue o hinduísmo;
Castas são grupos sociais hereditários em que se divide a população;
Não há registros exatos dos números de subcastas;
+/- 25 mil nomes de subcastas.
Religiosidade: Castas
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Trimurti: Brahma (Criação), Vishnu (Conservação) e
Shiva (Destruição);
5 grandes Princípios:1) Deus único com tríplice manifestação;2) Natureza eterna do mundo;3) Reencarnação;4) Carma;5) Nirvana.
Religiosidade: Castas
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Rege tanto na Índia quanto em qualquer outro país praticante do Hinduísmo;
Surgiu da divisão entre os imigrantes ária (pele clara e descendência indo-europeu) e os nativos (pele escura – escravos).
Religiosidade: Castas
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O rigoroso regime de Castas foi instituído na Idade Média;
Estabelece tanto o casamento quanto a escolha da profissão e o prestígio social do indivíduo;
A rígida separação entre castas, a exclusão dos casamentos entre membros de castas diferentes, assim como a mudança de casta são regulados pelo Código de Manu;
Esse Código é o fundamento da sociedade hindu, de sua religião e de seu comportamento.
Religiosidade: Castas
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Castas
Brahmins: Brâmanes
Kshatriyas: Xatrias
Vaishyas: Vaixas
Sudras
Dalits: Párias
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Código de Manu
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Deus Brahma criou de sua substância uma mulher, Saravasti; de sua união nasceu Manu (Filho de Brahma e Pai dos homens).
Código de Manu
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Personagem mítico altamente honrado e
constantemente citado;
Frequentemente envolvido na lenda indiana em diversificados personagens: antigo sábio, legislador, rei e como único sobrevivente da catástrofe do dilúvio;
Manu, progênie de Brahma, é considerado como o mais antigo legislador do mundo.
Código de Manu
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Aproximadamente 1.500 anos mais novo que o Código
de Hamurabi;
Não é um Código. É uma coletânea de normas que abrange os vários aspectos da sociedade, e aborda os mais variados assuntos e preceitos;
Escrito em sânscrito – suas regras são expostas em versos (Poética); cada regra consta de dois versos (Dísticos).
Código de Manu
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O Código de Manu integra a coleção dos livros bramânicos: o
Mahabharata (Combate dos Bharata), o Ramayana (poema sobre o amor de Rama por Sita), os Purunas (narrativa sobre a tríade divina) e as Leis de Manu (Normas, regras e prática sociais);
Suas leis representam a primeira organização da sociedade (Religiosa e Política);
Idealiza sobre os valores da Justiça, Verdade e do Respeito;
É dividido em 12 livros, correspondendo a diversa gama social.
Código de Manu
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Originalmente o Código era composto por mais de cem mil dísticos;
Através de manipulação e cortes, reduziu-se, atualmente, para 2.865 dísticos;
Leitura menos cansativa, possibilitando seu completo entendimento.
Código de Manu: divisão
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Os Doze Livros
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Descreve a apresentação e o pedido das leis compiladas pelos Maharqui dirigidas a Manu, a criação do mundo, a hierarquia celeste e humana, a divisão do tempo, ao alternar-se da vida e da morte, e, a explicação das regras para que possam ser difundidas.
Livro Primeiro – Da criação
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Institui os deveres que devem cumprir os homens virtuosos, os quais são inatacáveis tanto pelo ódio quanto pelo amor, as obrigações e a vida prescrita para o noviciado e a assunção dos sacramentos para os Brâmanes.
Livro Segundo – Fontes da Lei, sacramentos, Iniciação,
Estudos
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Estipula normas sobre o matrimônio e os deveres do
chefe de família; Traz descrições minuciosas sobre os inúmeros
costumes nupciais; Comportamento do bom pai frente a mulher e aos
filhos; obrigação de uma vida virtuosa; A necessidade de excluir pessoas indesejáveis do
meio familiar (Infecciosos, ateus, blasfemos, vagabundos, dançarinos de profissão, etc.);
As oblações que devem ser feitas aos deuses; etc.
Livro Terceiro – Do chefe da casa, Casamento, Rituais
diários, Orações
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Ratifica, como de fundamental importância, o princípio de que qualquer meio de subsistência é bom se não prejudica, ou prejudica o menos possível os outros seres humanos, e ensina de que maneira, honesta e honrosa, se pode procurar como e de que viver.
Livro Quarto – Modo de subsistência, Regras para um Snataka, Estudos Védicos
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Indica quais os alimentos devem ser preferencialmente consumidos para se ter uma vida longa e quais normas de existência devem ser seguidas para a purificação do corpo e do espírito;
Eleva simbolicamente a função do trabalho e determina normas de conduta para as mulheres (devem estar sempre submetidas aos homens.
Livro Quinto – Alimentação Proibida e Válida, Impurezas, Purificações, Obrigações da
Mulher
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Regula a vida dos anacoretas (religiosos contemplativos) e dos ascetas (praticantes);
Como, por intermédio das escrituras, cumprem sacrifícios e abandonam as paixões humanas.
Livro Sexto – Eremitas na Floresta, Ascéticos
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Determina os deveres dos reis e confirma as normas de sua conduta, que deve ter como objetivo proteger com justiça todos aqueles que estão submetidos ao seu poder;
Dita regras de diplomacia para os embaixadores do rei e da arte da guerra quando for preciso recorrer ao poder das armas.
Livro Sétimo – O Rei
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Contém normas de direito processual, como também normas de organização judiciária;
Expl.: Art. 331: Qualquer que seja o membro de um ladrão se sirva, de uma maneira ou de outra, para prejudicar as pessoas, o rei o deve fazer cortar, para impedi-lo de cometer de novo o mesmo crime.
Livros Oitavo – Leis Civis e Criminais
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Rege os deveres do Marido e da Mulher;
Da Sucessão hereditária;
A razão dos jogos e dos combates animais.
Expl.: Art. 420: Uma mulher está sob a guarda de seu pai, durante a infância, sob a guarda de seu marido durante a juventude, sob a guarda de seus filhos em sua velhice; ela não deve jamais se conduzir à sua vontade.
Livro Nono – Obrigações do Marido e da Mulher
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Regula a hierarquia das classes sociais, a possibilidade do matrimônio e os direitos que tem os filhos durante sua vigência e estabelece normas de conduta para aqueles que não conseguem, por contingencias adversas, viver segundo as prescrições e exigências de sua própria casta.
Código de Manu – Livro Décimo
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Enumera uma longa série de pecados e faltas e estabelece as penitências e os meios para se redimir.
Código de Manu – Livro Décimo Primeiro
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Enfoca a recompensa suprema das ações humanas;
Aquele que faz o bem terá o bem eterno nas várias transmigrações da alma;
O que faz o mal receberá a devida punição nas futuras encarnações;
As transmigrações da alma são detalhadamente previstas e prescritas.
Código de Manu – Livro Décimo Segundo
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ALTAVILA, Jayme de. Origem do Direito dos povos.
5ª ed. São Paulo: Ícone, 1989.
LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na história: lições introdutórias. 2ª ed. São Paulo: Max Limonad, 2002.
DAVID, René. Os Grandes Sistemas do Direito Contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes Editora, 1996.
Bibliografia