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PODER EXECUTIVO LEI N. 1.198, de 14 de setembro de 1979. EMENTA : Institui o Código de Obras do Município de Itabuna e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE ITABUNA, faço saber que a câmara Municipal de Vereadores, aprova e eu sanciono a seguinte lei: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO ÚNICO DA FINALIDADE DESTA LEI Art. 1º. O presente Código de Obras do Município de Itabuna estabelece normas para as construções em geral, visando assegurar as condições adequadas de habitação, circulação, trabalho e lazer. TÍTULO II DO LICENCIAMENTO CAPÍTULO I DAS LICENÇAS Art. 2º. Qualquer construção, reforma, reconstrução, demolição, instalação pública ou particular, acréscimo, conserto ou reparo interno ou externo, total ou parcial, só poderá ser iniciada após devidamente licenciada pela Prefeitura, que expedirá o respectivo alvará, observadas as disposições deste Código. Art. 3º. — Para que seja deferido qualquer pedido de licença de construção, é necessário que o local tenha meio-fio água, esgoto e energia elétrica ou, pelo menos, seja definido "grade" da rua ou do logradouro público. Art. 4º. A licença será requerida ao Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, após o exame prévio do SEDUMA, instruindo o pedido com os projetos necessários, quando for o caso, satisfeitas as seguintes condições: I — petição em que conste com toda a clareza: a) nome, endereço e qualificação completa do requerente; b) localização exata do imóvel, onde se processará a obra especificada e, quando se tratar de loteamento, sua denominação; c) destinação da obra que se pretende executar. II — prova de inscrição do imóvel no Cadastro Imobiliário e quitação dos tributos correspondentes. III — prova de propriedade ou de autorização para realizar a obra em imóvel alheio. IV — assinatura do requerente ou de procurador legalmente constituído. Art. 5º. São isentos de apresentação de projeto os seguintes serviços de obra: a) muros divisórios; b) casas proletárias tal como definidas neste Código. 1

Código de obras itabuna-Ba

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PODER EXECUTIVO

LEI N. 1.198, de 14 de setembro de 1979.

EMENTA : Institui o Código de Obras do Município de Itabuna e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE ITABUNA, faço saber que a câmara Municipal de Vereadores, aprova e eu sanciono a seguinte lei:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO ÚNICO

DA FINALIDADE DESTA LEI

Art. 1º. — O presente Código de Obras do Município de Itabuna estabelece normas para as construções em geral, visando assegurar as condições adequadas de habitação, circulação, trabalho e lazer.

TÍTULO II

DO LICENCIAMENTO

CAPÍTULO I

DAS LICENÇAS

Art. 2º. — Qualquer construção, reforma, reconstrução, demolição, instalação pública ou particular, acréscimo, conserto ou reparo interno ou externo, total ou parcial, só poderá ser iniciada após devidamente licenciada pela Prefeitura, que expedirá o respectivo alvará, observadas as disposições deste Código.

Art. 3º. — Para que seja deferido qualquer pedido de licença de construção, é necessário que o local tenha meio-fio água, esgoto e energia elétrica ou, pelo menos, seja definido "grade" da rua ou do logradouro público.

Art. 4º. — A licença será requerida ao Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, após o exame prévio do SEDUMA, instruindo o pedido com os projetos necessários, quando for o caso, satisfeitas as seguintes condições:

I — petição em que conste com toda a clareza:

a) nome, endereço e qualificação completa do requerente;

b) localização exata do imóvel, onde se processará a obra especificada e, quando se tratar de loteamento, sua denominação;

c) destinação da obra que se pretende executar.

II — prova de inscrição do imóvel no Cadastro Imobiliário e quitação dos tributos correspondentes.

III — prova de propriedade ou de autorização para realizar a obra em imóvel alheio.

IV — assinatura do requerente ou de procurador legalmente constituído.

Art. 5º. — São isentos de apresentação de projeto os seguintes serviços de obra:

a) muros divisórios;

b) casas proletárias tal como definidas neste Código.

Art. 6º. — Será permitida a concessão de licença para construção de galpões para fins agrícolas, estábulos e instalações destinadas a criatórios em geral, desde que situada em zona suburbana da Cidade.

Art. 7º. — Nas edificações atingidas por projetos de modificação de arruamento que impliquem em novo alinhamento, serão admitidas reformas ou acréscimos, atendidas as seguintes condições:

a) observância das disposições deste Código quanto às partes acrescidas;

b) limitação das obras de acréscimo às áreas não atingidas pelo projeto de alinhamento;

c) limitação de acréscimo á taxa de ocupação prevista para o setor urbano onde se situa o imóvel.

Parágrafo Único — Nenhuma obra será admitida quando importar em maior durabilidade das partes da edificação que devem ser atingidas por projeto de arruamento ou resultar em elementos prejudiciais á estética.

Art. 8º. — Nas edificações situadas em logradouros para os quais haja gabarito de altura fixado, admitir-se-ão reforma se:

a) mantido seu primitivo coeficiente de utilização;

b) inalterados seus elementos primitivos.

Art. 9º. — Nos terrenos beneficiados por avanço determinado por plano de arruamento que implique em alinhamento novo para o logradouro onde se situa a área de investidura será adquirida pelo proprietário antes da expedição da licença para construir, mediante avaliação com base no preço médio dos terrenos vizinhos.

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CAPÍTULO II

2.2. DOS PROJETOS E ALVARÁS DE

CONSTRUÇÃO

Art. 10º — Todos os projetos de construção deverão ser encaminhados em 3 (três) vias, copiados heliograficamente, respeitadas as dimensões e demais ordenamentos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), adotadas por este Código, e constarão de:

I — planta de situação do imóvel em 4 (quatro) vias, na escala de 1:200 que conterá:

a) limites do terreno com suas cotas exatas e posições de meio-fio;

b) orientação do terreno em relação ao norte magnético ou ao norte verdadeiro;

c) delimitação da construção projetada e, se for o caso, da já existente no terreno, devidamente cotadas;

d) indicação da existência ou não de edificações vizinhas e respectivos números de porta, quando for o caso;

e) taxa de ocupação da construção projetada;

f) coeficiente de utilização.

II — croquis de localização do terreno, quando incorrer em pontos de referência insuficientes à sua identificação em planta ;

III — plantas baixas dos diversos pavimentos na escala de 1:50 ( um por cinqüenta);

IV — seções ou cortes longitudinais e transversais da edificação, na escala de 1:50 (um por cinqüenta ) com indicação obrigatória do perfil do terreno e do meio-fio, além da referência de nível (RN), em relação à soleira de entrada, quando exigido pela repartição fiscal;

V — planta de elevação das fachadas voltadas para logradouro público na escala de 1:50 (um por cinqüenta), com indicação da linha de declividade da rua (grade) ;

VI — cálculo do tráfego parra edificações em que se exija a instalação de elevadores.

Parágrafo 1.° — As plantas baixas deverão designar a função de cada compartimento da edificação com suas dimensões e áreas.

Parágrafo 2.° — As plantas e os cortes serão apresentados em números suficiente á perfeita compreensão do projeto e deverão ser convenientemente cotados. Sempre que houver divergência entre qualquer dimensão medida sobre o desenho e a cota correspondente, prevalecerá esta última, tolerada a margem de erro de até 10% (dez por cento).

Parágrafo 3.° — A planta de situação do imóvel será obrigatoriamente apresentada em separado dos demais elementos gráficos do projeto e a prancha que a contiver deverá medir 22 x 33 (vinte e dois por trinta e três centímetros) salvo excepcional determinação em contrário.

Art. 11º — cada prancha componente do projeto conterá no canto inferior direito, em que constará obrigatoriamente os seguintes dizeres:

a) natureza e local da obra;

b) nome do proprietário;

c) designação da folha ou prancha e seu número;

d) escala e data;

e) nome do responsável pelo projeto e do responsável pela execução da obra.

Parágrafo Único — Todas as folhas ou pranchas serão assinadas pelo proprietário, pelo autor e pelo executor da obra, declinadas as respectivas identificações profissionais.

Art. 12º — Nenhum projeto poderá apresentar emendas ou rasuras que alterem seus componentes.

Parágrafo Único — As correções serão feitas em tinta vermelha, com ressalva assinada pelo proprietário ou pelo autor do projeto e visada pela autoridade competente.

Art. 13º — Os projetos relativos à execução de reforma ou acréscimo deverão observar, para boa interpretação das plantas, as convenções:

a) em tinta preta as partes da edificação a serem mantidas;

b) em tinta vermelha as partes a executar;

c) em tinta amarela as partes a demolir.

Art. 14º — O encaminhamento dos projetos será posterior ao exame pelo setor competente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SEDUMA, para censura prévia, quanto ao preenchimento dos requisitos de que trata este Código.

Parágrafo 1.° — Verificada a omissão ou não atendimento de algum dos requisitos, será o projeto devolvido ao interessado para o fim de supri-lo.

Parágrafo 2. ° — Estando completo ou supridas as omissões verificadas no exame prévio, será o projeto dado como apto para ingresso regular no protocolo da repartição competente.

Art. 15º — Protocolado o pedido, será o processo respectivo remetido à SEDUMA que opinará, observadas as disposições deste Código sobre o seu deferimento.

Art. 16º — Ouvido o setor competente, o processo receberá o despacho final do Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

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Art. 17º — Serão observados os seguintes prazos no andamento dos pedidos de licença de que trata esta seção:

a) de 15 (quinze) dias para o pronunciamento do setor competente;

b) de 5 (cinco) dias para a apreciação e despacho final do Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

Parágrafo 1.° — Os prazos previstos nas alíneas deste artigo poderão ser prorrogados até o seu dobro quando por motivo justificado, não se puder completar as diligências que o processo exigir.

Parágrafo 2.° — As diligências dependentes de notificação ao proprietário interrompem o curso de qualquer prazo até o seu efetivo cumprimento.

Parágrafo 3.° — Se o requerente deixar de atender ao convite ou de cumprir as diligências que dele dependam, dentro do prazo de 8 (oito) dias de sua ciência, passará o processo imediatamente ao Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente para indeferimento.

Art. 18º — Esgotados os prazos previstos nas alíneas "a" e "b" do artigo anterior, não ocorrendo as hipóteses dos parágrafos 1.°, 2.° e 3.° sem que o pedido de licença receba despacho final, poderá o requerente dar início à construção, desde que comunique à Prefeitura sua intenção de fazê-lo e recolha os tributos devidos.

Parágrafo Único — As construções iniciadas na forma deste artigo ficarão sujeitas à demolição das partes que estejam em desacordo com as exigências deste Código.

Art. 19º — Deferido o pedido de licença, descerá o processo à Divisão de Arrecadação de Tributos Municipais, para, após pagos os tributos e emolumentos devidos, retornar, junto com o respectivo conhecimento, ao Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, que expedirá, em nome do requerente, o respectivo alvará.

Parágrafo 1.° — Antes de expedido o alvará, nenhuma autorização será dada para a ligação de água a serviço da obra.

Parágrafo 2.° — O recolhimento dos tributos e emolumentos deverá dar-se no prazo de 20 (vinte) dias, contados da data do despacho de deferimento do processo. Findo esse prazo e não procedido o recolhimento, o processo será arquivado.

Art. 20º — O alvará de construção conterá:

a) — número do pedido de licença;

b) — número conhecimento;

c) — nome do requerente e do responsável técnico;

d) — alinhamento;

e) — natureza da obra e número de pavimentos.

f) — outras observações que se tornarem necessárias.

Art. 21º — Toda licença concedida prescreverá no prazo de um (1) ano do deferimento.

Parágrafo Único — O início da obra suspenderá o prazo de prescrição, que voltará a correr sempre que interrompidos os trabalhos.

Art. 22º — Quando introduzidas modificações essenciais no projeto aprovado, deverá o interessado requerer expedição de novo alvará, observadas as disposições deste Código.

Art. 23º — Nas licenças para construção em condomínio ou sob regime de incorporação, o alvará será extraído em nome do condômino ou do incorporador que o requerer, obrigando-se o requerente, no prazo de 120 (cento e vinte) dias do deferimento pedido, a declinar documentadamente os nomes dos demais condôminos.

Parágrafo Único — A falta de comunicação de que trata este artigo implicará na extração do "habite-se" em nome exclusivo do requerente da licença.

CAPÍTULO III

DO CANCELAMENTO E

REVALIDAÇÃO

Art. 24º — Será cancelado o alvará de construção:

I — quando se completar o prazo de prescrição previsto no artigo 21.

II — quando decorrido 5 (cinco) anos de sua expedição, sem conclusão das obras;

III — quando se apurar a realização de obras com fraude ao projeto aprovado;

IV — quando ficar constatado ter havido erro, fraude ou incúria na análise do projeto e ou na emissão do alvará.

Parágrafo 1. ° — No caso da alínea IV instaurar-se-á o competente inquérito administrativo para que se apurem as responsabilidades.

Parágrafo 2. ° — Competirá o despacho de cancelamento e comunicação à mesma autoridade que houver deferido o pedido de licença.

Art. 25º — Será admitida a revalidação da licença nos processos arquivados por força dos itens I e II do artigo anterior.

Parágrafo Único — O pedido de revalidação tramitará nos autos do processo primitivo, observadas as disposições deste artigo.

CAPÍTULO IV

2.4 DO CÁLCULO ESTRUTURAL

Art. 26º — O cálculo estrutural de toda edificação projetada deverá elaborar-se de acordo com as disposições das normas técnicas da ABNT aplicáveis ao tipo de estrutura adotado.

Art. 27º — Em qualquer fase do processo, antes de deferido o pedido de licença, poderá a Prefeitura por

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qualquer de seus órgãos, determinar a juntada das plantas relativas ao cálculo estrutural da construção.

Art. 28º — Toda vez que, para a implantação da edificação, resultarem cortes no terreno, será obrigatória a apresentação do perfil do mesmo com os elementos de sondagem, indicação de talude, cálculo estrutural da alvenaria ou cortina de concreto de contenção.

CAPÍTULO V

2.5 DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 29º — Serão admitidos como responsáveis técnicos, em projetos que sejam objetos de pedido de licença de construção, os profissionais legalmente habilitados de nível superior, assim considerados aqueles que satisfazerem as disposições legais relativas ao exercício da profissão e forem regularmente inscritos no CREA e na PMI.

Art. 30º — Em qualquer fase da tramitação do pedido de licença, poderá a Prefeitura, por seus órgãos competentes, exigir a exibição dos documentos comprobatórios da habilitação profissional do responsável técnico, inclusive no tocante a obrigações fiscais decorrentes do exercício profissional.

Art. 31º — A responsabilidade pelo projeto, dos cálculos, dos memoriais e pela execução das obras e instalação, caberá aos profissionais que hajam assinado os projetos.

Parágrafo Único — Será solidariamente responsável a empresa e que pertença o profissional que haja firmado os projetos.

Art. 32º — A responsabilidade de que trata o artigo anterior se estende a danos causados a terceiros e a bens patrimoniais da União, do Estado e do Município, em decorrência da execução da obra licenciada.

Art. 33º — Será obrigatoriamente comunicada ao C.R.E.A., para aplicação das medidas de sua competência, qualquer irregularidade observada na habitação profissional do responsável técnico ou infração legal de que participe.

TÍTULO III

DA EXECUÇÃO

CAPÍTULO I

3 .1 DAS OBRIGAÇÕES DO

LICENCIADO

Art. 34º — A execução da obra deverá dar-se inteiramente de acordo com o projeto aprovado.

Art. 35º — O alvará de construção deverá, obrigatoriamente, permanecer no local da obra, juntamente com um jogo completo de plantas do projeto aprovado para que sejam exibidos sempre que os exija a fiscalização Municipal.

Art. 36º — Durante a execução das obras, o licenciado e o responsável técnico deverão preservar a segurança e a tranqüilidade dos operários, das propriedades

vizinhas e do público, através, especialmente, das seguintes providências:

I — manter os trechos de logradouros adjacentes à obra permanentemente desobstruídos e limpos;

II — instalar tapumes e andaimes, dentro das condições estabelecidas no presente Código;

III — evitar o ruído excessivo ou desnecessário, principalmente na vizinhança de hospitais, escolas, asilos e estabelecimentos semelhantes e nos setores residenciais.

Parágrafo Único — Nos casos especificados no inciso III deste artigo, ficam vedados quaisquer trabalhos de execução de obras no período compreendido das 19 (dezenove) às 7 (sete) horas do dia imediato.

CAPÍTULO II

3.2 DA FISCALIZAÇÃO

Art. 37º — A fiscalização da obra, licenciada ou não, será exercida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente através de seu setor de Fiscalização, durante sua execução, até a expedição do "Habite-se" regular.

Art. 38º — Compete ao Poder Público Municipal, no exercício da fiscalização da obra, e através do Setor de Fiscalização da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente:

I — verificar a obediência de alinhamento determinado para a edificação;

II — realizar, sempre que lhe aprouver, as vistorias julgadas necessárias para efetivo cumprimento do projeto aprovado, inclusive concessão do "Habite-se";

III — notificar, multar, empregar, interditar e apreender materiais de construção das obras irregulares, aplicando as penalidades previstas para cada caso;

IV — demolir construções sem licença, habitáveis ou não, que, a prejuízo do órgão fiscalizador, não tenham condições de regularização;

V — realizar vistoria e propor a demolição parcial ou total das edificações que estejam em precárias condições de estabilidade, desde que comprovadas por perícia técnica;

VI — exigir a restauração ou construção de passeios das edificações em vias pavimentadas, bem como a construção ou restauração de muro em terreno baldio.

VII —exigir a retirada de materiais, andaimes, tapumes e barracões de obra sempre que se encontrem em logradouro público não licenciado, que possam obstruir o trânsito normal de pessoas e veículos, ou que, pela sua presença, se constate perigo iminente de danos a terceiros ou ao patrimônio municipal.

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CAPÍTULO III

3.3. DO HABITE-SE

Art. 39º — Toda edificação deverá ter a sua conclusão de obras comunicada por ofício, pelo proprietário à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente para fins de vistoria e posterior expedição do "Habite-se".

Parágrafo Único — A comunicação de que trata este artigo e a expedição do "habite-se" deverá ser providenciada dentro do prazo de licença para edificação.

Art. 40º — Comunicada a conclusão das obras, o Setor de Fiscalização da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente procederá à vistoria e, se esta estiver regular, cobradas as taxas devidas, encaminhará ofício à secretaria de Saúde e Assistência, que, através de sua Divisão de Fiscalização Sanitária, emitirá, no prazo de 8 (oito) dias, parecer, com base no qual a Secretaria de Viação e Obras expedirá o "Habite-se".

Parágrafo Único — Verificada a ocorrência de qualquer irregularidade na obra concluída, o Setor de Fiscalização da SEDUMA adotará as providências devidas de acordo com este Código, exigindo o cumprimento da lei.

Art. 41º — O prazo para vistoria e manifestação da autoridade fiscalizadora não poderá exceder de 15 (quinze) dias úteis, contados da data de entrega do ofício comunicando a conclusão da obra, no protocolo da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

Art. 42º — Não será concedida a conclusão da obra quando:

I — não for integralmente observado o projeto aprovado;

II — não estiver adequadamente pavimentado o passeio adjacente ao terreno edificado, se já houver meio-fios assentado;

III — não houver feito a ligação de agosto de águas servidas com a rede do logradouro ou, na falta desta, a adequada fossa séptica;

IV — não estiver assegurado o perfeito escoamento das águas pluviais no terreno edificado.

Art. 43º — Sempre que da vistoria resultar a inobservância do projeto aprovado, deverá o proprietário, no prazo que lhe der a prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, ajustar a edificação aos termos do projeto sem prejuízo da multa prevista para o caso.

Parágrafo Único — Quando a inobservância do projeto não importar em infração de disposições deste Código, poderão as alterações ser aceitas desde que cumpra o proprietário disposto no artigo 22.

Art. 44º — Nas edificações com elevadores a expedição do "habite-se"será procedida de inspeção e de licenciamento desses equipamentos pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 45º — Aplicam-se às obras de reforma licenciadas as disposições dos artigos anteriores, quando à expedição do "habite-se".

Art. 46º — Poderá ser concedido o "habite-se"parcial para edificações compostas de partes que possam ser ocupadas, utilizadas ou habitadas, independentemente uma das outras, a critérios da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

a) — enquanto não estiverem concluídas as fachadas da edificação;

b) — enquanto o acesso à parte concluída não estiver em perfeita condição de uso;

c) — quando for indispensável o acesso ou utilização da parte incluída para as restantes obras da edificação.

Art. 47º — Independerão de "habite-se" as obras não sujeitas a aprovação de projeto, que ficarão, entretanto, subordinadas ao controle da repartição fiscalizadora.

CAPÍTULO IV

3.4 DAS INTIMAÇÕES

E VISTORIAS

Art. 48º — Sempre que se verificar falta de cumprimento de qualquer disposição deste Código, será o proprietário da edificação intimado a suprí-la.

Art. 49 — As intimações serão expedidas pelo órgão fiscalizador competente, devendo mencionar o dispositivo infringido e determinado prazo para suprimento da irregularidade.

Parágrafo Único — A critério da autoridade que expedir a intimação os prazos fixados poderão ser prorrogados uma vez, até o limite do seu dobro.

Art. 50º — Os recursos à intimação serão interpostos dentro de 2 (dois) dias úteis de sua ciência e serão recebidos , com os efeitos que declarar, pela autoridade competente.

Art. 51 —A Prefeitura determinará "ex-ofício" ou a requerimento, vistorias administrativas sempre que:

I — qualquer edificação, concluída ou não, apresente insegurança que recomende sua demolição;

II — verificada a existência de obra em desacordo com as disposições do projeto aprovado;

III — verificada a ameaça ou consumação de desabamento de terras ou rochas, obstrução ou desvios de cursos de água e canalização em geral, provocadas por obras licenciadas;

IV - verificada a existência de instalações de aparelhos ou máquinas desprovidas de segurança

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ou perturbadoras do sossego da vizinhança, recomendem seu desmonte.

Art. 52º — As vistorias serão feitas por comissão composta de 3 (três) membros, um engenheiro, um arquiteto e um advogado, para isto, expressamente designada pelo Prefeito Municipal.

Parágrafo 1.o — O prefeito Municipal fixará prazo para apresentação do laudo.

Parágrafo 2.o — A comissão procederá às diligências julgadas necessárias, apresentando suas conclusões em laudo tecnicamente fundamentado.

Parágrafo 3.o — O laudo de vistoria deverá ser encaminhado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente no prazo pré-fixado.

Art. 53º — Aprovadas as conclusões da Comissão de Vistoria comprobatórias de falha, estas serão sanadas pelo proprietário da obra, que, para tanto, será intimado.

CAPÍTULO V

DAS DEMOLIÇÕES

Art. 54º — A demolição de edifícios ou de muros de mais de 3.00 (três metros) de altura dependerá de licenciamento, recolhidos os tributos emolumentos exigidos para a espécie.

Parágrafo 1.o — Para as edificações de mais de dois pavimentos e para as que se situem no alinhamento do logradouro ou sobre a divisa do lote, exigir-se-á a responsabilidade de profissional habilitado para proceder a demolição.

Parágrafo 2.o — O requerimento de licença para demolição que exija a responsabilidade de profissional habilitado será assinado conjuntamente por este e pelo proprietário.

Parágrafo 3.o — A demolição licenciada deverá ser concluída no prazo fixado pela autoridade competente prorrogável a requerimento do interessado e a juízo da mesma autoridade.

Parágrafo 4.o — O despacho que deferir o pedido de demolição poderá fixar os horários em que os trabalhos devem ser executados.

Art. 55º — Sempre que verificada a existência de obra não licenciada, ou licenciada mas cuja execução divirja do projeto aprovado, poderá a Prefeitura determinar sua demolição às custas do infrator.

Parágrafo 1.o — Nenhuma demolição de obra licenciada se processará antes de satisfeita as seguintes providências:

a) vistoria administrativa que positive infringir a obra:

b) intimação ao proprietário da obra para, no prazo determinado promover o devido licenciamento, de acordo com o disposto neste Código.

Parágrafo 2.o — Proceder-se-á à demolição se não for satisfeita qualquer das condições de que trata o

§ 1.o deste artigo, sem prejuízo da aplicação da multa cabível.

Art. 56º — Sempre que uma edificação ameaçar ruir ou, por outro modo, oferecer perigo à segurança coletiva, será seu proprietário intimado a demoli-la no prazo que lhe conceder a Prefeitura.

Parágrafo Único — Não atendida a intimação, será feita a demolição pela própria Prefeitura, às custas do proprietário, acrescidas as despesas da taxa de administração calculadas em 30% (trinta por cento) sobre o total do serviço.

TÍTULO IV

DAS EDIFICAÇÕES EM TERRENOS

E LOTES

CAPÍTULO I

DAS CONDIÇÕES PARA PERMISSÃO

Art. 57º — Só se permitirão edificações em terrenos e lotes que satisfazerem as seguintes condições:

I — em terreno que faça frente para logradouro público constante da PLANTA DA CIDADE;

II — em lote constante de loteamento aprovado pela Prefeitura.

Art. 58º — A área de lote mínima será a de 360,00 m2

(trezentos sessenta metros quadrados) com testada mínima de 12,00 m (doze metros) ressalvadas as exceções previstas neste Código.

Parágrafo Único — Os terrenos baldios e lotes existentes antes da vigência deste Código, bem como os terrenos existentes resultantes das demolições serão aceitos para edificações com as dimensões de seus títulos, observadas as demais disposições deste Código.

CAPÍTULO II

4.1 DAS EDIFICAÇÕES EM GERAL

Art. 59º — Toda edificação deverá dispor de:

I — sanitário social, de comunicação direta com o seu interior.

II — sistema de esgoto ligado a rede pública onde houver, ou, fossa séptica adequada.

III — instalação de água ligada a rede pública, onde houver ou, de outro meio, permitido de abastecimento.

IV — instalação de rede elétrica ligada a rede pública, onde houver.

V — passeios adequados onde se limite com vias públicas que tiverem meio-fio assentado com a altura, alinhamento e acabamento de acordo com o recomendado pelo presente Código.

VI — reservatório com capacidade mínima de 1.000 (mil litros) por unidade comercial ou habitacional.

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Art. 60º. — Não será permitido dentro de um mesmo lote a existência de mais de uma unidade unidomiciliar e suas dependências.

Parágrafo único — As dependências serão acomodações complementares à unidade unidomiciliar, sendo vedada sua utilização como unidade residencial independente.

Art. 61º — No centro da Cidade, os edifícios terão, no máximo, 8(oito) pavimentos.

Art. 62º — Os edifícios de mais de 5 (cinco) andares deverão ser dotados de escadas de emergência de incêndio.

CAPÍTULO III

DAS CASAS POPULARES

Art. 68º — Para edificação de casas populares admite-se a redução da área mínima de lote para 120,00 m2

(cento e vinte metros quadrados) com um mínimo de 6,00 (seis) metros de frente para logradouros públicos.

Art. 64º — Toda edificação popular deverá dispor de dimensões mínimas nos seguintes cômodos: uma sala, um , dois ou três quartos, um sanitário e uma cozinha, não podendo a área edificada exceder 72,00 m2 (setenta e dois metros quadrados).

CAPÍTULO IV

DA REDE GERAL DE ESGOTOS DA

EDIFICAÇÃO

Art. 65º — Não será permitida a ligação de esgoto sanitário à rede pública de águas pluviais.

Art. 66º — Toda edificação deverá possuir fossa séptica com capacidade necessária, disposta de modo a permitir sua limpeza periódica.

Art. 67º — Poderá ser permitido a ligação de águas do esgoto predial à rede pública de águas pluviais exceto as águas provenientes de vasos sanitários, que serão encaminhadas à fossa séptica e posteriormente ao poço absorvente.

Parágrafo Único — Constatada a incapacidade de absorção do terreno, e a critério dos órgãos técnicos, poderá ser permitido a ligação dos efluentes da fossa à rede pública de águas pluviais.

Art. 68º — As águas provenientes de postos de lavagem e lubrificação, oficinas, indústrias e similares, deverão passar por separadores antes de serem lançadas à rede pública de águas pluviais.

Art. 69º — Quando em funcionamento a rede pública de esgotos sanitários no logradouro, não será mais permitida a ligação de águas servidas à rede pública de águas pluviais.

Art. 70º — Os casos omissos e especiais serão resolvidos pela Prefeitura em conjunto com os órgãos de saúde competente.

TÍTULO V

DA PROTEÇÃO

CAPÍTULO I

DOS TAPUMES E ANDAIMES

Art. 71º — É obrigatória a colocação tapumes em toda a testada das obra ou demolição a ser executada no alinhamento dos logradouros públicos, salvo as exceções previstas neste Código.

Parágrafo 1.o — A colocação do tapume depende da concessão de licença para a obra ou demolição;

Parágrafo 2. O — O tapume será mantido enquanto perdurarem os trabalhos capazes de afetar a segurança dos transeuntes.

Art. 72º — Os tapumes deverão obedecer às seguintes condições :

I — a linha de locação para sua implantação não poderá exceder à metade da largura do passeio;

II — altura mínima de 3,00 m (três metros) a partir de onde deverá projetar-se em ângulo de 45o (quarenta e cinco graus) até o alinhamento de meio-fio;

III — nos logradouros de movimento intenso e nos passeios com largura inferior a 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros), o tapume será acrescido de andaimes protetores suspensos à altura mínima de 3,00 m (três metros) logo que as obras atinjam a altura de 2.o andar.

IV — ser executado em material adequado tendo as faces voltadas para o logradouro público, tratamento uniforme com juntas devidamente vedadas.

V — nos pavimentos onde se executarem trabalhos de concreto, as formas periféricas deverão ter suas faces externas excedentes de 30 cm (trinta centímetros) em relação à face superior do concreto acabado.

Art. 73º — Na obra de edificação com recuo acima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) o tapume será feito no alinhamento do gradil, com altura mínima de 2,00 m (dois metros).

Art. 74º — Será dispensado o tapume nas obras de muro e gradis com altura de até 3,00 m (três metros) em terrenos baldios.

Parágrafo Único — Nos trabalhos de pintura e retoque de fachada, o tapume fixo poderá ser substituído por estrado elevado na altura dos locais de trabalho.

Art. 75º — Os andaimes não deverão exceder o alinhamento dos tapumes e atenderão às seguintes condições.

I — as tábuas da ponte terão espessura mínima de 2,50 (dois centímetros e meio);

II — as pontes terão proteção externa por guarda-corpo composto de dois barrotes horizontais fixados, respectivamente a 0,50 m (meio metro) e 1,00 m (um metro) acima do piso;

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III — as pontes disporão de proteção pelo lado externo de modo a impedir a queda de materiais.

Art. 76º — Nas edificações de mais de 3 (três) pavimentos, será obrigatório o emprego de andaimes em balanço para cada grupo de três pavimentos, onde se estejam executando obras.

Parágrafo Único — Os andaimes em balanço obedecerão as seguintes condições:

I — não poderão exceder o alinhamento do tapume;

II — deverão dispor de guarda-corpo, em ângulo de 60o (sessenta graus) e altura mínima de 1,50 m ( um metro e cinqüenta centímetros) a partir do piso.

Art. 77º — Serão admitidos andaimes suspensos por cabos de aço, observadas as seguintes exigências:

I — não descer o passadiço a altura inferior a 3,00 m (três metros) do nível do solo;

II — dispor o passadiço de largura mínima de 0,80 cm (oitenta centímetros) obedecido o alinhamento do tapume;

III — ser o passadiço protegido por guarda-corpo em todas as faces livres.

Art. 78 — Os tapumes e andaimes deverão ser colocados de modo a não prejudicar as árvores, aparelhos de iluminação, postes e outros dispositivos existentes, preservando sua plena capacidade de utilização.

Parágrafo Único — Sempre que se torne indispensável a colocação de tapumes e andaimes, a poda de árvores ou remoção de qualquer dispositivo do logradouro deverá ser requerida à Prefeitura.

Art. 79º - Retirados os tapumes e andaimes, será obrigatória a imediata recomposição dos danos causados ao logradouro.

CAPÍTULO II

DOS MATERIAIS E ENTULHOS

Art. 80º - Nenhum material destinado a construção ou entulho, poderá permanecer mais de 24h (vinte e quatro horas) em qualquer logradouro público.

Art. 81º - Nos logradouros de grande movimento, a descarga de material e remoção de entulho nos dias úteis, deverão ser efetuados até às 08 h (oito horas), das 12 h (doze horas) às 13:30 h (treze e trinta horas), e à partir das 18 h (dezoito horas).

TÍTULO VI

DOS ELEMENTOS COMPONENTES

DA EDIFICAÇÃO

CAPÍTULO I

DO ALINHAMENTO

Art. 82º — Toda edificação obedecerá ao alinhamento fornecido pela Prefeitura, que será expressamente mencionado no alvará de construção.

Parágrafo 1.O — O alinhamento será fornecido de acordo com o projeto técnico aprovado para logradouro público.

Parágrafo 2. O — Para os logradouros que não tiverem ainda projeto de alinhamento, será exigido recuo mínimo de 2,00 m (dois metros).

Art. 83º — Nos terrenos edificados que estejam sujeitos a corte para retificação do alinhamento, alargamento do logradouro ou recuos regulamentares, só serão permitidos obras de acréscimo, reedificação ou reforma com observância do artigo 62.

CAPÍTULO II

DOS PISOS, PAREDES E

COBERTURAS

Art. 84º — Os pisos nas edificações de mais de três pavimentos serão incombustíveis.

Art. 85º — O revestimento dos pisos e das paredes será de acordo com a destinação do compartimento e com as prescrições deste Código.

Art. 86º — As edificações de até três pavimentos, poderão ter estrutura de sustentação em alvenaria de tijolos.

Art. 87º — As paredes edificadas no limite do terreno vizinho deverão ter sua face externa devidamente impermeabilizada.

Art. 88º — Salvo as exceções previstas neste código, são proibidas as sub-divisões de compartimentos, ainda que, por tabiques.

Art. 89º — As paredes divisórias deverão ter espessura mínima de uma vez tijolo comum cheio, ou a espessura que corresponde ao mesmo isolamento acústico.

Art. 90º — A cobertura das edificações será de material impermeável e resistente à ação dos agentes atmosféricos, assegurado o perfeito escoamento das águas.

Parágrafo 1.o — Tratando-se de cobertura por meio de telhas sem calhas, deverá dispor de beiral com proteção mínima de 0,50 m (cinqüenta centímetros) e existindo calha, esta deverá ter declividade mínima de 1% (hum por cento).

Parágrafo 2.o — Os beirais deverão distar, pelo menos 0,70 m (setenta centímetros) do limite do vizinho.

CAPÍTULO III

DOS COMPARTIMENTOS

SEÇÃO I

DAS CLASSIFICAÇÃO

Art. 91º — A destinação dos compartimentos será considerada tanto pela sua designação em projeto, como pela finalidade de sua disposição em planta.

Art. 92º — Para os efeitos deste Código, classificam-se os compartimentos como:

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I — de utilização prolongada ;

II — de utilização eventual ou transitória;

III — de utilização especial.

Parágrafo 1.o — São considerados compartimentos de utilização prolongada:

I — salas;

II — dormitórios;

III — salas de estudo, gabinetes, bibliotecas;

IV — áreas para fins comerciais, industriais e atividades profissionais;

V — locais de reunião;

VI — copa e cozinha;

VII — quarto de empregados;

Parágrafo 2.o — São considerados compartimentos de utilização eventual ou transitória:

I — vestíbulos e salas de espera;

II — sanitários;

III — despensas e depósitos;

IV — circulações horizontais e verticais;

V — garagens.

Parágrafo 3.o — São considerados compartimentos de utilização especial aqueles que por sua finalidade, e a juízo da Prefeitura, possam dispensar abertura de vãos o exterior.

SEÇÃO II

DA CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

Art. 93º — Os corredores de edificação deverão ter largura mínima de:

I — 0,80 m (oitenta centímetros) para casas populares;

II — 0,90 m (noventa centímetros) para edificações residenciais;

III — 1,60 m ( um metro e sessenta centímetros) para edificações educacionais e hotéis;

IV — 2,00 m (dois metros) para edificações hospitalares;

V — 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) para galerias internas.

Parágrafo Único — Nas edificações de uso coletivo, os corredores de trânsito comum terão largura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e 1,50 m ( hum metro e cinqüenta centímetros), para, respectivamente, os compartimentos de até 15,00m (quinze metros) com paredes revestidas de material liso e impermeável até o mínimo de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) de altura.

Art. 94º — O pé direito mínimo dos corredores será de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros).

Art. 95º — As áreas de espera (halls) de elevadores obedecerão às seguintes prescrições:

I — largura mínima de 2,00 m (dois metros) com área de 8,00 m2 (oito metros quadrados) no pavimento térreo e 1,60 m (hum metro e sessenta centímetro) com área de 3,00 m2 (três metros quadrados) nos demais pavimentos das edificações residenciais;

II — largura mínima de 3,00 m (três metros) com área mínima de 18,00 m2 (dezoito metros quadrados) no pavimento térreo e 3,00m (três metros) com área de 9,00 m2 (nove metros quadrados) nos demais pavimentos das edificações não residenciais.

Parágrafo Único — Para os vestíbulos das áreas de serviços (halls) das edificações residenciais admite-se largura de 1,60 m (hum metro e sessenta centímetros).

SEÇÃO III

DA CIRCULAÇÃO VERTICAL

Art. 96º — As escadas das edificações deverão dispor de passagem com altura livre de 2,00 m (dois metros) no mínimo e largura mínima de 0,90 m (noventa centímetros).

Parágrafo 1.o — É considerada largura útil a medida entre as faces internas dos corrimãos, quando houver, ou das paredes que a limitarem lateralmente.

Parágrafo 2.O — A largura mínima de que trata este artigo será alterada nas condições e para os limites seguintes:

I — para 1,20 m ( um metro e vinte centímetros) nas edificações de mais de dois pavimentos;

II — para 1,00 m (um metro) nas edificações que disponham de elevadores;

III — para 0,80 m (cinqüenta centímetros) para escadas de serviços quando houver outro acesso vertical por escada.

Art. 97º — As dimensões dos degraus obedecerão à fórmula de BLONDEL: 2h + P = 62 a 64, sendo h a altura e P a largura do degrau, medida a 0,60 m (sessenta centímetros) do bordo interior da escada.

Parágrafo Único — Nos trechos em leque a largura mínima do piso no bordo interior será de 0,05 m (cinco centímetros).

Art. 98º — Será obrigatória a execução de patamar com profundidade igual à largura da escada, a cada lance de 18 (dezoito) degraus consecutivos.

Art. 99º — Será obrigatória a instalação de elevadores nas edificações com mais de 10,00 (dez metros) de distância vertical contados do piso de acesso principal ao piso do último pavimento.

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Parágrafo Único — A distância vertical passará a ser de 11,00 m (onze metros) para os terrenos em aclive.

Art. 100º — edificações de 05 (cinco) pavimentos, será obrigatória a instalação de, no mínimo, 1 (hum) elevador, nas de mais de cinco, no mínimo 02 (dois) elevadores.

Art. 101º — Os mínimos referidos no artigo anterior poderão ser acrescidos sempre que o exija o cálculo de tráfego previsto nas normas da ABNT.

Art. 102º — Deverão constar dos projetos dotados de elevadores, as dimensões da cabina, capacidade por número de passageiros, peso máximo e velocidade, respeitadas sempre as normas da ABNT.

Art. 103º — Só serão permitidas rampas de acesso, internas ou externas, com altura livre mínima de 2,00 m (dois metros) e declividade máxima de 15 % (quinze por cento).

Parágrafo Único — A declividade máxima será de 20% (vinte por cento) quando a rampa se destinar exclusivamente ao tráfego de veículos.

SEÇÃO IV

DAS SALAS E DORMITÓRIOS

Art. 104º — Nas edificações de destinação não residencial, as salas terão área mínima de 15,00 m2

(quinze metros quadrados) com uma das dimensões no mínimo de 3,00m (três metros).

Art. 105º — Nas edificações de destinação residencial as salas terão área mínima de 12,00 m2 (doze metros quadrados) com uma das dimensões no mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros).

Parágrafo Único — Para as casas populares a área e a dimensões mínimas serão reduzidas para 8,00 m2

(oito metros quadrados) e 2,30 m (dois metros e trinta centímetros).

Art. 106º — A área mínima dos dormitórios será de 12,00 m2 (doze metros quadrados) com uma das dimensões de, no mínimo , 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Parágrafo 1.O — Quando existir um dormitório com área de 12,00 m2 (doze metros quadrados) o 2.0 e 3o poderão ter 10,00 m2 (doze metros quadrados) e o 4.o poderá ter 9,00 m2 (nove metros quadrados), obedecidos os mínimos quanto as dimensões.

Parágrafo 2.0 — Para as casas populares a área e a dimensão mínima serão reduzidas, respectivamente, para 7,00m2 (sete metros quadrados) e 2,20m (dois metros e vinte centímetros).

Art. 107º — O pé direito dos dormitórios será, no mínimo, de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros).

SEÇÃO V

DOS COMPARTIMENTOS DE SERVIÇO

Art. 108º — A copa e a cozinha obedecerão aos seguintes requisitos:

I — não terão comunicação direta com os dormitórios e sanitários;

II — serão dotados de piso impermeável, incombustível e liso, dispondo de ralo para escoamento de águas;

III — terem as paredes revestidas de material impermeável, adequado, até altura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetro).

IV — terem pé direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 109º — A copa e a cozinha terão área mínima de 4,00 m2 (quatro metros quadrados) sendo uma das dimensões no mínimo de 1,50m (hum metro e cinqüenta centímetros).

Parágrafo Único — Deverá dispor de chaminés ou exaustores, quando forem previstos fogões de lenha ou carvão.

Art. 110º — Os sanitários deverão:

I — ser dotado de piso impermeável e liso dispondo de ralo para escoamento das águas;

II — ter paredes revestidas de material impermeável, adequado, até a altura mínima de 1,50m (hum metro e cinqüenta centímetros);

III — ter pé direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 111º — Os sanitários sociais terão área mínima de 4,00m2 (quatro metros quadrados), tendo uma das dimensões o mínimo de 1,30m (hum metro e trinta centímetros).

Parágrafo 1.o — Será obrigatória a existência de box de chuveiro com dimensão mínima de 0,80 x 0,80 (oitenta centímetros por oitenta centímetros).

Parágrafo 2.o — Será permitida a comunicação direta de sanitário com dormitórios, desde que estes sejam de uso exclusivo dos seus ocupantes.

Parágrafo 3.o — Os sanitários complementares terão área mínima de 2,00 m2 (dois metros quadrados), com largura mínima de 0,90 (noventa centímetros).

Parágrafo 4.o — Os sanitários para salas em edifícios comerciais poderão ter as dimensões mínimas exigidas no parágrafo anterior.

Art. 112º — Os sanitários de uso dos empregados terão área mínima de 1,80 m2 (hum metro e oitenta centímetros quadrados) com largura mínima de 0,90m (noventa centímetros) e serão dotados de chuveiro , vaso sanitário e lavatório.

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Parágrafo Único — Para as casas populares poderá ser dispensado o revestimento das paredes dos sanitários, desde que convenientemente impermeabilizados até a altura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), sendo aplicadas as disposições deste Código.

Art. 113º — Os quartos de empregados terão área mínima de 5,00 m2 (cinco metros quadrados) com uma das dimensões, no mínimo, de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) e pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros), comunicando-se obrigatoriamente com a área de serviço.

Art. 114º — Para as edificações que não dispuserem de quarto para empregados, o depósito, se houver, deverá satisfazer as exigências para aquele compartimento.

Art. 115º — As garagens deverão ter pé direito mínimo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), dispor de piso impermeável e abertura que assegure ventilação permanente.

SEÇÃO VI

DAS LOJAS E SOBRELOJAS

Art. 116º — A área e o pé direito das lojas guardarão a seguinte relação:

I — de 18,00 m2 (dezoito metros quadrados) a 80,00 m2 (oitenta metros quadrados) de área pé direito mínimo de 3,00m (três metros) com largura mínima de 3,00m (três metros).

II — mais de 80,00 (oitenta metros quadrados) de área, pé direito mínimo de 3,50 m ( três metros e cinqüenta centímetros) com uma das dimensões no mínimo de 3,50 (três metros e cinqüenta centímetros).

Parágrafo Único — Não será permitida a edificação de loja com área inferior a 18,00 m2 (dezoito metros quadrados) salvo os casos previstos neste Código.

Art. 117º — As sobrelojas terão pé direito mínimo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) quando o pé direito mínimo da loja correspondente for de 3,00 m (três metros) e2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) quando o pé direito mínimo da loja correspondente for de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros).

Parágrafo Único — A área da sobreloja não excederá à 70 % (setenta por cento) da área da loja correspondente.

SEÇÃO VII

DOS PORÕES E SÓTÃOS

Art. 118º — Os porões terão pé direito mínimo de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) e satisfarão os seguintes requisitos:

I — pisos impermeabilizados;

II — paredes perimentrais revestidas de material impermeável e resistente até a altura de 0,50 m

(cinqüenta centímetros) em relação ao nível do solo.

Parágrafo Único — Os porões poderão ser utilizados como depósito, copa, cozinha e sanitário, satisfeitas as disposições deste Código para cada caso.

Art. 119º — Os sótãos, terão pé direito mínimo de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) e serão utilizados normalmente como depósito e excepcionalmente como dormitórios, atendidas as disposições deste Código para aquele compartimento.

CAPÍTULO IV

DAS ÁREAS LIVRES DE ILUMINAÇÃO

E VENTILAÇÃO

Art. 120º — Para efeito deste Código ás áreas livres se classificam em : principais e secundárias, podendo ser abertas ou fechadas.

Parágrafo 1.o — As áreas principais iluminam e ventilam compartimentos de utilização prolongada, exceto copas, cozinha e quarto de empregado.

Parágrafo 2.o — As áreas secundárias iluminam e ventilam os compartimentos de utilização eventual.

Art. 121º — As áreas livres principais deverão obedecer aos seguintes requisitos:

I — áreas abertas

a) ter largura mínima definida pela fórmula L = 1,50m + 0,40 m (N-2) sendo N o número de pavimentos.

b) para as edificações de um único pavimento, a largura mínima será de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

II — áreas fechadas

a) ter área mínima de 8,00 m2 (oito metros quadrados) com forma geométrica que permita a inscrição de um círculo de 2,00 m (dois metros) de diâmetro com centro situado na perpendicular ao meio de cada vão a que sirva.

b) permitir ao nível de cada piso, nas edificações de mais de dois pavimentos a inscrição de um círculo com diâmetro definido pela fórmula D-2,00 + 0,50 (N-2) sendo N. O número de pavimentos.

Parágrafo 1.o — As áreas de iluminação, abertas ou fechadas, terão largura mínima de 3,00 m (três metros) quando servirem a mais de uma unidade domiciliar.

Parágrafo 2.o — Para as áreas secundárias os fatores 0,40 e 0,50 m das fórmulas deste artigo serão reduzidas, respectivamente, para 0,20 m e 0,30 (vinte centímetros e trinta centímetros).

Art. 122º — Salvo exceção expressa neste Código, todo compartimento deverá abrir para o exterior da edificação, com dispositivo que permita a renovação permanente de ar.

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Parágrafo Único — Só será considerada como para o exterior a única abertura de compartimento que dê para varanda, alpendre ou área de serviço com profundidade igual ou inferior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 123º — Sempre que qualquer compartimento dispuser de uma só abertura de iluminação, sua profundidade, medida a partir desta abertura, não poderá exceder de 3 (três) vezes seu pé direito.

Art. 124º — A superfície das aberturas para o exterior deverá obedecer às seguintes áreas relativas mínimas;

I — 1/6 (um sexto) da superfície do piso para compartimentos de permanência prolongada;

II — 1/10 (um décimo) da superfície do piso para compartimentos de permanência eventual.

Parágrafo Único — Quando as aberturas darem para varanda, alpendre ou área de serviço, as áreas relativas serão alteradas para ¼ (um quarto) e 1/8 (um oitavo) do pé direito do compartimento.

Art. 125º — As escadas disporão de aberturas para o exterior que permitam adequada iluminação e ventilação.

Art. 126º — As áreas de espera (halls) de elevadores terão, por pavimento, asseguradas iluminação e ventilação naturais ainda que indiretas.

Art. 127º — Serão admitidas iluminação e ventilação por meio de poços nos sanitários e nos corredores de até 15,00 m (quinze metros) de extensão.

Parágrafo 1.0 — Para os sanitários admite-se ainda que a iluminação seja feita através de outro sanitário desde que este tenha o teto rebaixado, observada a distância máxima de 2,50 m (dois metro e cinqüenta centímetros), entre o vão de iluminação e o exterior.

Parágrafo 2.o — Para os sanitários pertencentes a uma mesma propriedade pode ser dispensado o rebaixo do teto do parágrafo anterior.

Art. 128º — Os poços de iluminação e ventilação terão:

I — acesso que permita fácil inspeção;

II — largura e área mínima de 0,80 m (oitenta centímetros) e 1,60 m2 (um metro e sessenta centímetros quadrados) respectivamente.

III — revestimento interno compatível.

Art. 129º — Todas as paredes de áreas internas e poços de'áreas internas e poços de iluminação e ventilação deverão ser pintados em cores claras e tonalidades moderadas.

CAPÍTULO V

DAS INSTALAÇÕES

SEÇÃO I

DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS,

ELÉTRICAS E DE TELEFONES

Art. 130º — Toda edificação deverá dispor de reservatório elevado de água destinada ao consumo de seus ocupantes.

Art. 131º — O volume de água será o necessário ao consumo de 2 (dois) dias, calculado com base nos seguintes valores:

I — para edificação de destinação não residencial 60 (sessenta) litros por pessoa por dia;

II — para edificação de destinação residencial 150 (cento e cinqüenta) litros por pessoa por dia;

III — para hotéis e hospitais 250 (duzentos e cinqüenta) litros por leito, por dia.

Art. 132º — Os reservatórios terão suas tubulações de saída com 0,05 m (cinco centímetros), acima do fundo.

Art. 133º — Nas edificações de mais de 4 (quatro) pavimentos com reservatório subterrâneo, será obrigatória a instalação de um mínimo de 2 (duas) eletrobombas.

Art. 134º — As execuções de instalações elétricas nas edificações e o material nelas empregado deverão obedecer às especificações de ABNT e as instruções da concessionária do serviço de distribuição, desde que aprovadas pela Prefeitura.

Art. 135º - Em toda unidade residencial, salvo nas do tipo popular, será obrigatória a instalação de dutos para telefone, de acordo com as normas estabelecidas pela empresa concessionária.

SEÇÃO II

DAS INSTALAÇÕES DE ELEVADORES

Art. 136º - Nas edificações em que seja obrigatória a instalação de elevadores, este dependerá de requerimento de licença acompanhado de projeto e memorial descritivo, observadas as normas da ABNT.

Parágrafo Único – Comporão o projeto de instalação:

I — cópia da planta aprovada da edificação que indique a posição dos elevadores e casas das máquinas;

II — plantas e cortes do projeto de instalação e casa das máquinas;

III — especificação da marca de fabricação, potência do motor, sistema de comando, capacidade, velocidade e sistema de segurança.

Art. 137º — Só poderão encarregar-se da instalação de elevadores as firmas legalmente habilitadas e inscritas na Prefeitura.

SEÇÃO III

DAS INSTALAÇÕES ESPECIAIS

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Art. 138º — Será obrigatória a instalação de incineradores nas edificações com qualquer das características abaixo:

a) mais de 4 (quatro) pavimentos ou mais de 25 (vinte e cinco) dormitórios;

b) restaurantes, confeitarias e similares, com área de utilização pelo público superior a 100,00 m2

(cem metros quadrados);

c) estabelecimentos destinados à venda de gênero alimentícios com área superior a 150,00 m2 (cento e cinqüenta metros quadrados);

d) estabelecimentos outros que, por sua natureza ou envergadura, os exijam, a critério da Prefeitura;

e) hospitais.

Parágrafo Único — A prefeitura poderá autorizar a dispensa de instalação dos incineradores referidos neste artigo, bem como interditar o seu uso, quando os níveis de poluição do ar na Zona Urbana, aconselharem tal medida.

Art. 139º — Ressalvados os aparelhos de uso individual, as instalações de condicionamento ou renovação de ar obedecerão, nas edificações, à NB— 10 (dez) da ABNT.

Art. 140º — As instalações de gás, em qualquer edificação obedecerão às normas das empresas distribuidoras aprovadas pela Prefeitura.

Art. 141º — As edificações de 3 (três) ou mais pavimentos deverão dispor de instalação adequada ao combate auxiliar de incêndio.

CAPÍTULO VI

DA ESTÉTICA DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

DAS FACHADAS

Art. 142º — Não será licenciada edificações cujo projeto apresente fachada que aberre ao consenso comum ou possa quebrar a harmonia do conjunto arquitetônico do logradouro onde vá situar-se.

Art. 143º — Não será permitida qualquer saliência na parte da fachada correspondente ao pavimento térreo, quando as edificação se situar no alinhamento de gradil.

Parágrafo Único — Havendo recuo da edificação, admitir-se-ão saliências não excedentes de 0,20 m (vinte centímetros) em relação ao alinhamento aprovado.

Art. 144º — Nas edificações construídas no alinhamento do gradil será vedada a instalação de esquadrias que se abram com projeção sobre o passeio.

Art. 145º — Admitir-se-á execução de balanços nunca excedentes de 0,50 m (cinqüenta centímetros) sobre a linha de recuo a partir do segundo pavimento da edificação.

Parágrafo Único — O disposto neste artigo não se aplica ás edificações no alinhamento do gradil, exceto às sujeitas a gabarito prefixado.

Art. 146º — As casas de máquinas de elevadores, reservatórios e ainda qualquer elemento acessório aparente, acima das coberturas, deverão incorporar-se à massa arquitetônica da edificação recebendo tratamento compatível com a estética do conjunto.

SEÇÃO II

DOS TOLDOS E MARQUISES

Art. 147º — Será permitida a instalação de toldos de lona, plástico ou alumínio nas frentes das edificações de destinação residencial, desde que satisfeitas as seguintes condições:

I — balanço que não exceda à largura do passeio, nem de qualquer modo, a largura de 2,00 m (dois metros);

II — altura de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros) em relação ao nível do passeio;

III — não prejudiquem a arborização e a iluminação e não ocultem placas de nomenclatura de logradouro.

Art. 148º — O pedido de licença para instalação de toldos será instruídos com plantas, corte e fachada, em 3 (três) vias, além de especificar o material a ser empregado.

Art. 149º — Será permitida a construção de marquises em edificações de destinação não residencial, obedecidos os requisitos seguintes:

I — não excederem à largura do passeio e, em qualquer caso, à largura de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros);

II — altura de 3,00 m (três metros) em relação ao nível do passeio;

III — não prejudiquem a arborização e a iluminação pública e não ocultem placas de nomenclatura;

IV — Serem confeccionadas com material incombustível e durável;

V — disporem, na parte superior, de caimento no sentido da fachada, junto à qual se instalem calhas e condutores de águas pluviais.

Art. 150º — A altura e o balanço das marquises, numa mesma quadra serão uniformes e fixados pelo órgão competente da Prefeitura.

Art. 151º — Nas edificações construídas em logradouros que apresentam declive, as marquises serão escalonadas em tantos segmentos horizontais quantos sejam convenientes, a juízo do órgão técnico competente.

Art. 152º — O pedido de licença para construção de marquises será instruído com projeto que conterá os desenhos de seu conjunto, a correspondente fachada, proteção horizontal do passeio com localização de

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postes, árvores e obstáculos de qualquer natureza, seção transversal de marquises, com determinação de perfil, constituição de estrutura, localização de focos de luz e largura de passeio.

Parágrafo Único — Além do desenho de que trata este artigo, acompanhará o pedido breve memorial descritivo e especificação do material a ser empregado.

Art. 153º — a construção de marquises será considerada reforma, sujeitando-se à disciplina deste Código.

SEÇÃO III

DAS GALERIAS

Art. 154º — As galerias internas terão largura e pé direito correspondente a 1/20 (um vigésimo) do seu comprimento, observados os mínimos de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) e 3,00 m (três metros) respectivamente.

Art. 155º — Será proibida a utilização de galeria com halls de elevador ou escada.

Art. 156º — A iluminação de galeria poderá fazer-se exclusivamente através da abertura de acesso, desde que seu comprimento não exceda de:

a) quatro (4) vezes a altura da abertura quando houver um só acesso;

b) oito (oito) vezes a altura da abertura, nos demais casos e quando situadas, pelo menos duas delas num só plano horizontal.

Parágrafo Único — Não observadas as exigências deste artigo, deverá a galeria dispor de aberturas complementares de iluminação, até assegurar a área relativa mínima de 1/10 (um décimo) do piso.

SEÇÃO IV

DAS VITRINAS E BALCÕES

Art. 157º —A instalação de vitrinas será permitida quando não prejudicarem a iluminação, a ventilação e a circulação e não fira a estética urbana.

Art. 138º — Será admitida a instalação de vitrinas e balcões em "halls" e galerias, desde que não reduzam a área útil desses compartimentos além dos mínimos estabelecidos neste Código.

DAS NORMAS ESPECIAIS PARA

EDIFICAÇÕES

TÍTULO VII

CAPÍTULO I

DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS

RESIDENCIAIS

SEÇÃO I

DOS EDIFÍCIOS DE APARTAMENTO

Art. 159º — Os edifícios de apartamentos deverão subordinar-se às seguintes exigências, além das previstas neste Código para as edificações em geral:

I — estrutura, parede, pisos, forros e escadas de material incombustível;

II — instalações e equipamentos para combate auxiliar de incêndio e para coleta de lixo;

III — elevadores com as especificações previstas nos art. 136 e 137;

IV —serem dotados, como exigido neste Código, de garagens ou áreas de estacionamento de automóvel de uso pessoal;

V — disporem, no mínimo, de uma sala-quarto com 18,00 m2 (dezoito metros quadrados), um sanitário e uma cozinha;

VI — dispõem de, no mínimo, uma vaga de garagem para cada apartamento.

Art. 160º — Nos edifícios de 3 (três) ou mais pavimentos será obrigatória a existência de instalações destinadas à portaria, no "hall" de entrada e caixa de correspondência.

Parágrafo único — Quando o edifício dispuser de menos de 3 (três) pavimentos, será obrigatória apenas a instalação de caixa coletora de correspondência por apartamento em local do pavimento térreo.

Art. 161º — Os edifícios que obrigatoriamente, forem serviços por elevadores, ou os que tiverem mais de 12 (doze) apartamentos, deverão ter instalações destinadas a zelador, dotadas de uma sala, um sanitários e cozinha.

Parágrafo 1.0 — Admite-se as dimensões mínimas de 5,00 m2 (cinco metros quadrados), 1,80 m2 (um metro e oitenta centímetros quadrados) e 2,00 m2

(dois metros quadrados) para, respectivamente, sala, um sanitário e cozinha.

Parágrafo 2o — Os edifícios de apartamentos não enquadrados nas disposições deste artigo deverão ser dotados de, no mínimo, um sanitário destinado ao zelador.

Art. 162º — Só será permitida a existência de quarto de empregado para apartamento dotado de, pelo menos, um dormitório.

Art. 163º — Só será permitida a existência de unidade de destinação comercial em edifícios de apartamentos no pavimento térreo e ou sobreloja sendo, contudo, os acessos inteiramente independentes.

Art. 164º — Os edifícios de apartamento de destinação exclusivamente residencial poderão, conforme o caso, ter seu pavimento térreo totalmente vazado, parcialmente ou totalmente ocupado por unidades residenciais.

Parágrafo 1o — Os edifícios terão seu pavimento térreo totalmente vazado:

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a) quando dispuserem de mais de 7 (sete) pavimentos, inclusive garagem e "play-ground";

b) quando sujeitos à instalação de elevadores;

c) quando julgado convenientemente pelos órgãos competentes da Prefeitura.

Parágrafo 2o — Os edifícios residenciais poderão ter seu pavimento térreo com 50% (cinqüenta por cento) de sua área ocupada por unidades residenciais quando:

a) dispuserem de até no máximo, 7 (sete) pavimentos, além de garagem e "play-ground";

b) não sujeitos à instalação de elevadores.

Parágrafo 3o — O pé direito do pavimento vazado, total ou parcialmente, não poderá ser inferior a 2,20 m (dois metros e vinte centímetros).

Parágrafo 4o — A edificação com "play-ground" totalmente vazado poderá dispor de salão com instalação exclusivamente para reuniões, desde que situado na sua parte posterior e sem acesso direto a via pública.

SEÇÃO II

DOS HOTÉIS

Art. 165º — As edificações destinadas a hotéis, além das disposições deste Capítulo e das relativas às edificações em geral, deverão subordinar-se às seguintes condições:

I — vestíbulo, instalação de portaria e recepção, sala de estar leitura ou correspondência, rouparia e salão de desjejum, se não dispuserem de restaurante;

II — No pavimento térreo, o recuo mínimo de 5,5 m (cinco metros e cinqüenta centímetros) em relação ao logradouro principal, com utilização da área resultante para acostamento de veículos;

III — instalações adequadas para incineração de lixo;

IV — instalações e equipamentos adequados ao combate auxiliar de incêndio.

Art. 166º — Os dormitórios deverão observar a área mínima de 12,00 m2 (doze metros quadrados) não computados os "halls" de entrada.

Art. 167º — A área destinada à copa e cozinha deverá eqüivaler a 0,70 m2 (setenta centímetros quadrados) por dormitório, observando o mínimo de 20,00 m2

(vinte metros quadrados).

Parágrafo 10 — a cozinha deverá ser dotada de instalações frigoríficas adequadas, para guarda de alimentos, e de sistema exaustor de ar.

Parágrafo 2o — Nos hotéis de mais de 3 (três) pavimentos, a copa central deverá comunicar-se com as copas secundárias situadas,

obrigatoriamente, nos diversos pavimentos, mediante elevadores monta-carga.

Art.. 168º — Excetuando-se os dormitórios dotados de instalações sanitárias privativas, cada pavimento deverá dispor das referidas instalações, por grupo de 6 (seis) dormitórios, nas seguintes proporções:

MASCULINO : 1 (um) vaso sanitário — 1 (um) lavatório — 1 (um) bidé e 2 (dois) chuveiros.

FEMININO : 1 (um) vaso sanitário — 1 (um) lavatório — 1 (um) bidé e 2 (dois) chuveiros.

Parágrafo 1O — Os dormitórios que não disponham de instalações sanitárias privativas deverão ser dotados, em seu recinto, de um lavatório.

Parágrafo 20 — As instalações sanitárias empregados serão isolados das de uso dos hóspedes, estabelecida a proporção de um vaso sanitário, um lavatório, dois mictórios e dois chuveiros para cada grupo de 20 (vinte) empregados, de cada sexo e isolamento individual, quanto aos vasos sanitários.

Art. 169º — Os hotéis de 3 (três) ou mais pavimentos deverão dispor de, pelo menos, um elevador social e um de serviço, observando o disposto nos artigos 136 e 137.

Art. 170º — As edificações destinadas a hotéis deverão dispor de, no mínimo, uma vaga de garagem para cada 3 (três) apartamentos.

Art. 171º — As edificações destinadas a motéis, além das disposições relativas às edificações em geral, deverão:

I — respeitar as faixas de domínio das rodovias.

II — dispor, no mínimo, de parques de estacionamento de veículos com uma vaga por cada dormitório;

III — obedecer o recuo mínimo de 5 (cinco) metros em relação ao limite de faixa de domínio das rodovias;

IV — dispor de cozinha e instalações sanitárias na proporção prevista nos artigos 164 e 165 respectivamente;

V — dispor de serviço de administração com "halls" de espera, portaria e rouparia;

VI — ter restaurante ou lanchonete na proporção de 1,00 m2 (um metro quadrado) por dormitório;

VII — dispor de instalação para combate a incêndio.

SEÇÃO III

DOS ASILOS

Art. 172º — Os asilos, além das condições exigidas neste Código para as edificações em geral, deverão dispor das seguintes dependências:

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I — sala de administração;

II — gabinete médico-dentário e enfermaria;

III — salões de trabalho e leitura;

IV — farmácias;

V — velório.

Parágrafo 1o Os compartimentos destinados a dormitórios deverão situar-se em pavilhões distintos por sexo, observar o pé direito mínimo de 3,20 (três metros e duzentos) e limitar sua capacidade ao máximo de 30 (trinta) leitos.

Parágrafo 2o — Os sanitários deverão ter, por pavilhão, um banheiro, um lavatório e um vaso para cada grupo de 8 (oito) habitantes ou fração.

Art. 173º — as enfermarias deverão comportar, em além de dormitórios para doentes, as seguintes instalações:

I — sala de curativo e tratamento médico;

II — rouparia;

III — sanitário completo.

Parágrafo 1o — As enfermarias poderão ser constituídas de uma ou mais unidades, de acordo com a capacidade de asilo e sua lotação deverá corresponder a 10% (dez por cento) dessa capacidade.

Parágrafo 2o — Deverá ser observada completa separação por sexo quanto aos dormitórios.

Art. 174º — Não será permitida edificação destinada a asilo num raio de 100 m (cem metros) de estabelecimentos industriais, de diversões, instalações penais, depósitos de inflamáveis e estações rodoviárias ou aeroportos.

Art. 175º — As edificações destinadas a asilos não poderão distar menos de 5,00 (cinco metros) de qualquer ponto das divisas do terreno onde se situarem.

SEÇÃO IV

DOS HOSPITAIS

Art. 176º — As edificações destinadas a hospitais, além das disposições deste Capítulo e das relativas a edificações em geral, deverão dispor de:

I — sistema de tratamento adequado de esgoto com esterilização de efluentes nos hospitais de doença transmissíveis e, em todos os casos, quando não servidas pela rede geral de esgotos;

II — instalações de incineração de detritos;

III — instalações e equipamentos adequados ao combate auxiliar de incêndio;

IV — grupo gerador próprio para suprir eventual falta de energia.

Art. 177º — Os quartos destinados a pacientes deverão ter as áreas mínimas úteis, respectivamente, de 9,00 m2

(nove metros quadrados) e 12,00 m2 (doze metros quadrados) para 1 (um) e 2 (dois) leitos.

Parágrafo Único — Os quartos deverão ter paredes revestidas de material lavável e impermeável e ser dotados de portas com largura mínima de 1,00 m (um metro).

Art. 178º — As dependências individuais destinadas a pacientes e enfermeiras deverão ter largura mínima de, respectivamente, 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) e 3,20 (três metros e vinte centímetros).

Art. 179º — Todo pavimento destinado a leitos deverá dispor de copa, com área correspondente a 0,30 m2

(trinta centímetros quadrados) por leito observado o mínimo de 6,00 m2 (seis metros quadrados) com paredes revestidas de azulejos, e pisos em ladrilhos ou material similar.

Art. 180º — As salas de cirurgia deverão ser dotadas de instalações para ar condicionado e iluminação artificial adequada.

Art. 181º — As enfermeiras não poderão conter mais de 6 (seis) leitos em cada subdivisão e o total de leitos, por enfermaria, não poderá ser superior a 36 (trinta e seis) .

Parágrafo Único — A área correspondente a cada leito será de 5,00 (cinco metros quadrados) nas enfermarias para maiores de 12 (doze) anos e 3,00 m2 (três metros quadrados) nas destinadas a crianças até 12 (doze) anos.

Art. 182º — Todo pavimento deverá dispor de compartimento destinado a curativos com área mínima de 10,00 m2 (dez metros quadrados).

Art. 183º — A área destinada a copa e cozinha deverá ser equivalente a 0,50 m2 (cinqüenta centímetros quadrados) por leito, observado o mínimo de 30,00 m2

(trinta metros quadrados).

Parágrafo 1o — A cozinha não poderá comunicar-se com nenhum outro compartimento, ressalvada a copa.

Parágrafo 2o — Nos hospitais de mais de um pavimento, a copa central deverá comunicar-se, obrigatoriamente, com as secundárias, situadas nos diversos pavimentos, mediante elevadores monta-carga.

Art. 184º — Cada pavimento deverá dispor de instalações sanitárias na proporção de 1 (um) vaso sanitário, 1(um) lavatório, 1 (um) chuveiro ou uma banheira, por grupo de 10 (dez) leitos e reunidas por sexo, sendo observado o isolamento individual quanto aos vasos sanitários.

Parágrafo Único — Para os efeitos deste artigo, não se computarão os leitos situados em quartos que disponham de instalações sanitárias privativas.

Art. 185º — Cada pavimento deverá dispor de instalações sanitárias para uso privativo de empregados com, no mínimo, 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório.

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Art. 186º — Será obrigatório a instalação de lavanderia adequada à desinfecção e esterilização de roupas.

Art. 187º — Os corredores de acesso às enfermarias, quando destinados ao trânsito de pacientes, salas de cirurgia, ou outros compartimentos de igual importância, terão largura mínima de 2,00 m (dois metros).

Parágrafo Único — Os corredores secundários terão largura mínima de 1,00 m (um metro).

Art. 188º — Cada pavimento deverá dispor de área mínima de 15,00 m2 (quinze metros quadrados) destinada à permanência de visitantes.

Art. 189º - Os diversos pavimentos deverão comunicar-se entre si, através de, pelo menos, uma escada ou rampa de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) de largura.

Parágrafo Único – A declividade máxima permitida para as rampas será de 8% (oito por cento).

Art. 190º - Os hospitais de mais de 02 (dois) pavimentos deverão, obrigatoriamente, dispor de elevadores sociais e de serviço, observado o disposto nos Artigos 136º e 137º.

Parágrafo Único – As cabines dos elevadores deverão ter dimensões que permitam o transporte para adultos.

Art. 191º — Nos hospitais que não dispuserem de elevadores, será obrigatório a comunicação dos pavimentos por meio de rampas não podendo estas distar mais de 80,00 m (oitenta metros) do compartimento destinado a pacientes, enfermarias, salas de cirurgia e de curativos e de outros de igual importância.

Art. 192º — Os estabelecimentos destinados ao atendimento de parturientes, bem como as dependências de hospitais com a mesma finalidade, além das disposições deste Capítulo e das relativas às edificações em geral, deverão dispor de:

I — uma sala de parto para grupo de vinte e cinco leitos;

II — berçário com capacidade equivalente ao número de leitos.

Art. 193º — As edificações destinadas a hospitais deverão ter área de estacionamento própria na proporção de uma vaga para cada 20 (vinte) leitos.

CAPÍTULO II

DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS

COMERCIAIS

SEÇÃO I

DOS EDIFÍCIOS PARA ESCRITÓRIOS

Art. 194º — Aos edifícios para escritórios aplicam-se além das disposições destinadas às edificações em geral, as de que trata o artigo 104.

Art. 195º — Nos edifícios de mais de 10 (dez) salas de escritórios será obrigatória a instalação de caixa de correspondência por sala, em local visível de vestíbulo (hall).

Art. 196º — Excetuadas as salas que disponham de instalação sanitárias privativas, em cada pavimento deverá existir 1 (um) vaso sanitário por sala, um lavatório e 1 (um) mictório por grupo de 4 (quatro) salas, reunidas em um só compartimento, sendo observado o isolamento individual, quanto aos vasos sanitários e aos sanitários femininos serão exigidos na proporção de 1 (um) para cada grupo de 4 (quatro) salas ou fração.

SEÇÃO II

DAS LOJAS, ARMAZÉNS E

DEPÓSITOS

Art. 197º — Para lojas, armazéns e depósitos, além das disposições deste Código para as edificações em geral, é obrigatório o atendimento dos requisitos desta Seção.

Art. 193º — As lojas que abram para galerias poderão ser dispensadas iluminação e ventilação diretas, quando sua profundidade não exceder a largura de galerias e o ponto mais distante de sua frente em relação ao acesso da própria galeria, não exceder de 4 (quatro) vezes a largura desta.

Art. 199º — Nas edificações destinadas a lojas e armazéns deverão existir, por unidade, 2 (dois) vasos sanitários, observados a separação por sexo e isolamento individual, acrescentando-se bidés para os sanitários de uso feminino.

Parágrafo Único — Para lojas, armazéns e depósitos, com área igual ou inferior a 50,00 m2

(cinqüenta metros quadrados) admite-se a instalação de um só sanitário.

Art. 200º — Nos armazéns e depósitos os locais de trabalho não poderão comunicar-se diretamente com os compartimentos destinados a dormitórios ou sanitários.

Art. 201º — As paredes internas e os pisos dos armazéns serão revestidos, respectivamente, de azulejos e ladrilhos, ou de material similar e adequado, devendo o revestimento das paredes atingir a altura de 2,00 m (dois metros).

Art. 202º — As edificações destinadas a depósitos de materiais de fácil combustão deverão dispor de instalações adequadas contra incêndio e respectivo equipamento, de acordo com as especificações determinadas por técnico especializado.

SEÇÃO III

DOS RESTAURANTES, BARES E

CASAS DE LANCHES

Art. 203º — As edificações destinadas a restaurantes, além de observarem as normas deste capítulo e as relativas as edificações em geral, deverão dispor de:

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I — salão de refeiçôes com área mínima de 30,00 m2 (trinta metros quadrados) e paredes revestidas de material impermeável, até a altura mínima de 2,00 m (dois metros).

II — área, anexa ao salão de refeições, com dimensão capaz de conter um lavatório para cada 30,00 m2 (trinta metros quadrados) ou fração;

III — cozinha, sem comunicação direta com o salão de refeições, com área equivalente a 1/5 (um quinto) deste, observados os mínimos de 10,00 m2 (dez metros quadrados) quanto à área, e 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) quanto à menor dimensão;

IV — copa, comunicando-se com salão de refeições e com a cozinha, com área equivalente a 2/3 (dois terços) desta, observados os mínimos de 8,00 m2 (oito metros quadrados) quanto à área e 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) quanto à menor dimensão.

Art. 204º — Serão exigidas instalações sanitárias para uso do público, contendo 1 (um) vaso sanitário, 2 (dois) lavatórios e 2 (dois) mictórios para cada 80,00 m2 (oitenta metros quadrados) do salão de refeições, observados a separação por sexo e o isolamento individual quanto aos vasos sanitários.

Parágrafo Único — As instalações de uso de uso privativo dos empregados deverão conter 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) mictório, 1 (um) lavatório e um chuveiro para cada 100,00 m2 (cem metros quadrados) ou fração, do salão de refeições observados a separação por uso e o isolamento individual, quanto aos vasos sanitários.

Art. 205º — Será obrigatória a instalação de exaustores na cozinha.

Art. 206º — Os bares e casas de lanches deverão dispor de lavatório no recinto de uso público e na área de serviço.

Art. 207º — As instalações sanitárias dos bares e casas de lanches deverão conter, no mínimo, 1 (um) vaso, 2 (dois) mictórios e 1 (um) lavatório, observados a separação por sexo e o isolamento individual quanto ao vaso sanitário com localização que permita fácil acesso ao público.

Art. 208º — As edificações desatinadas a restaurantes, bares e casas de lanches deverão ser dotadas de instalações e equipamentos adequados, para combate auxiliar de incêndio.

Art. 209º — Os bares, casas de lanches e restaurantes deverão ter todas as paredes internas revestidas de azulejo, ou outro material polido não poroso, até a altura mínima de 2,00 m (dois metros).

Art. 210º — Os restaurantes, bares e casas de lanches deverão ter compartimento próprio destinado a depósito com paredes azulejadas até a altura mínima de 2,00 m (dois metros) pisos de material impermeável perfeitamente liso.

Art. 211º — Os bares, restaurantes e casas de lanches deverão dispor de área interna com as paredes devidamente azulejadas até a altura mínima de 2,00 m (dois metros), piso impermeável (ladrilho hidráulico, cerâmico, etc) com ralo permitindo a lavagem e higienização periódica para guarda provisória de detritos sólidos descartáveis (lixo).

SEÇÃO IV

DAS EDIFICAÇÕES PARA GARAGENS,

OFICINAS E POSTOS DE

LUBRIFICAÇÃO

Art. 212º — As edificações destinadas exclusivamente à guarda de veículo, além das exigências deste código para as edificações em geral, deverão dispor de :

I — pé direito livre, mínimo de 2,20 (dois metros e vinte centímetros) na parte destinada à guarda de veículos;

II — duplo acesso, com largura mínima de 3,00 m (três metros) cada, facultado o acesso único com a largura mínima de 5,50 m (cinco metros e cinqüenta centímetros);

III — local para estacionamento e espera, no pavimento térreo;

IV — recuo mínimo de 6,00 (seis metros) em relação a linha de fachada das demais edificações.

Art. 213º — As instalações de administração nos edifícios para garagens deverão situar-se em pavimento que ofereça facilidade de acesso, independente para o público.

Art. 214º — Nos compartimentos destinados à guarda de veículos será facultada a iluminação artificial, desde que se assegure ventilação natural.

Art. 215º — A capacidade máxima de veículos deverá ser indicada no projeto e constará do respectivo "habite-se".

Art. 216º — Os edifícios-garagens, respeitada a taxa de ocupação do setor onde se situem, poderão dispor do dobro do coeficiente de utilização previsto para o mesmo.

Art. 217º — O pé direito mínimo para as edificações destinadas a oficinas será de 3,20 m (três metros e vinte centímetros) nas dependências de trabalho.

Art. 218º — Só será admitida edificação destinadas a oficina de reparo de veículos em terrenos cuja área seja suficiente para permitir a manobra e a guarda de veículos, e deverá dispor de acesso com largura mínima de 3,00 m (três metros), guardado recuo não inferior a 10,00 m (dez metros).

Art. 219º — As edificações destinadas a postos de abastecimento e lubrificação, além das exigências previstas para as edificações geral, deverão:

I — ser construídas em terreno com frente mínima de 20,00 m (vinte metros) e área mínima de 500,00 m2 (quinhentos metros quadrados);

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II — dispor de pelo menos dois acessos, guardados as seguintes dimensões mínimas; 4,00 (quatro metros) de largura, 10,00 m (dez metros) de afastamento entre si, distância 1,00 m (um metro) das divisas laterais;

III — guardar recuo mínimo de 10,00 m (dez metros);

IV — possuir canaletas destinadas à captação de águas superficiais em toda a extensão do alinhamento, convergindo para coletores em quantidade necessária, capazes de evitar sua passagem para a via pública;

V — dispor de depósito metálico subterrâneo para inflamáveis.

Parágrafo único — Quando se tratar de edificações destinadas exclusivamente a postos de abastecimento, a área do terreno poderá reduzir-se para o mínimo de 300,00 (trezentos metros quadrados).

Art. 220º — Os postos de abastecimento e lubrificação deverão ter suas instalações dispostas de modo a permitirem fácil circulação dos veículos que delas se servirem.

Parágrafo 1o — As bombas de abastecimento deverão estar afastadas, no mínimo 6,00 m (seis metros) do alinhamento do gradil, de qualquer ponto da edificação das divisas laterais, e do fundo 2,00 m (dois metros) entre si.

Parágrafo 2 o — Será obrigatória a instalação de aparelhos calibradores de ar e abastecimento de água, observado o recuo mínimo de 4,00 m (quatro metros) de alinhamento e gradil.

Parágrafo 3o — O piso do compartimento de lavagem será dotado de ralos com capacidade suficiente para captação e escoamento das águas servidas.

Parágrafo 4o — As paredes dos compartimentos de lavagem deverão ter altura total do pé direito e serem inteiramente revestidos de azulejo.

Art. 221º — Será proibida a instalação de bombas ou micro-postos em logradouros públicos, jardins e áreas verdes, inclusive as de loteamento.

Art. 222º— As edificações destinadas a garagem, oficinas e postos de abastecimento e lubrificação, deverão atender às seguintes condições comuns:

a) — laje impermeabilizadora revestida de cimento liso, ladrilhos ou material similar;

b) — área não edificada pavimentada;

c) — caixas receptoras de águas servidas antes de seu lançamento na rede geral;

d) — instalação e equipamentos para combate auxiliar de incêndio;

e) — compartimentos destinados à administração independentes dos locais de guarda de veículos ou de trabalho.

Art. 223 — As garagens, oficinas e postos de abastecimento e lubrificação, deverão ter instalações sanitárias independentes, destinadas à administração e aos locais de trabalho.

Parágrafo 1o — As dependências destinadas à administração serão dotadas de 1 (um) vaso sanitário para cada 80,00 m2 (oitenta metros quadrados) de sua área, 1 (um) lavatório e 1 (um) mictório para cada 40,00 m2 (quarenta metros quadrados) reunidos em um só compartimento e observado o isolamento individual, quanto ao vaso sanitário.

Parágrafo 2.o — As dependências destinadas ao trabalho específico do estabelecimento serão dotados de:

a) para os edifícios-garagens, o mínimo de 1 (um) chuveiro, 1 (um) lavatório, 1 (um) sanitário convenientemente isolado, e mictório em número proporcional;

b) para as oficinas 2 (dois) chuveiros, 1 (um) lavatório, 1 (um) vaso sanitário convenientemente isolado e 2 (dois) mictórios para cada 100,00 m2 (cem metros quadrados) de área construída ou fração.

c) para os postos de abastecimento o mínimo de 1 (um) chuveiro, 1 (um) lavatório, 1 (um) vaso sanitário convenientemente isolado e 1 (um) mictório;

d) para os postos de abastecimento e lubrificação 2 (dois) chuveiros, 1 (um) lavatório, 1 (um) vaso sanitário, convenientemente isolado e 2 (dois) mictórios para cada grupo de 4 (quatro) elevadores de veículos ou fração.

Art. 224º — Não serão permitidos dormitórios em edificações destinadas a garagens, oficinas e postos.

Art. 225º — É vedada a edificação de oficinas e postos:

a) com acesso direto por logradouros considerados primários em relação ao tráfego, quando o terreno possuir menos de 40,00 m (quarenta metros) de testada;

b) em um raio de 100,00 m (cem metros) de escolas, asilos e templos religiosos.

Parágrafos Único — Nos setores residenciais ficará a critério de órgão competente da Prefeitura a localização de edificações a oficinas para veículos as quais não poderão, em caso algum, situar-se a distância inferior de 20,00 m (vinte metros) de qualquer outra edificação não similar.

SEÇÃO V

DAS EDIFICAÇÕES DESTINADAS A

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MERCADOS E SUPERMERCADOS

Art. 226º — As edificações destinadas a mercados e supermercados deverão satisfazer às seguintes exigências, além das condições estabelecidas para edificações geral:

I — situação em terreno de testada não inferior a 20,00 m (vinte metros) e área mínima de 600,00 m2 (seiscentos metros quadrados).

II — pé direito livre mínimo de 4,00 (quatro metros) para mercados, de 3,50 (três metros e cinqüenta centímetros) para supermercados;

III — pisos revestidos de ladrilhos ou material similar com número de ralos suficiente para rápido escoamento de águas;

IV — recuo mínimo de 6,00 m (seis metros);

V — aberturas de iluminação e ventilação com área total não inferior a 1/5 (um quinto) da área interna e dispostas de modo a proporcionar homogênea para todo o compartimento.

Art. 227º — As ruas internas dos mercados, cobertas ou não, destinadas exclusivamente a pedestres, terão no mínimo 3,00 m (três metros) de largura, e as destinadas a veículos terão 5,00 m (cinco metros) de largura mínima.

Art. 228º — O projeto de edificação para mercado especificará a designação de cada compartimento segundo o ramo comercial, subordinando-se às disposições deste Código, no que lhe for aplicável.

Art. 229º — Nenhum compartimento poderá ter área inferior a 8,00 m2 (oito metros quadrados) e largura menor que 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Parágrafo Único — Nenhuma parede divisória de compartimento poderá ter altura inferior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 230º — Os mercados deverão dispor de instalações sanitárias masculinas na proporção mínima de 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) chuveiro para cada grupo de vinte compartimentos e (um) lavatório e 1 (um) mictório para cada grupo de 10 (dez) compartimentos. As instalações femininas serão executadas na proporção mínima de 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) chuveiro para cada grupo de vinte (20) compartimentos, obedecendo a exigência mínima de 2 (dois) chuveiros.

Art. 231º — A distância mínima entre os balcões prateleiras para assegurar a livre circulação interna será de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

Art. 232º — As portas de acesso deverão ter largura mínima de 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) guardada a proporção obrigatória de uma porta para cada 200,00 m2 (duzentos metros quadrados).

Parágrafo Único — As saídas individuais de controle do estabelecimento guardarão a proporção

de que trata este artigo, a partir do mínimo de 2 (duas).

Art. 233º — Os supermercados disporão de instalações sanitárias nas seguintes proporções:

MASCULINO — 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório e 2 (dois) mictórios para cada 200,00 m2

(duzentos metros quadrados).

FEMININO — 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório para cada 300,00 m2 (trezentos metros quadrados).

Parágrafo Único — será exigida a instalação de, no mínimo, 2 (dois) chuveiros isolados por sexo.

Art. 234º — Os supermercados só poderão ser instalados no pavimento térreo ou, no imediatamente superior.

Parágrafo 1.O — Quando no pavimento térreo, deverá dispor de área privativa de estacionamento.

Parágrafo 2.o — Quando no pavimento imediatamente superior ao térreo, este será inteiramente vazado, podendo ser usado com área de estacionamento.

SEÇÃO VI

DAS EDIFICAÇÕES DESTINADAS A

"CENTROS COMERCIAIS"

Art. 235º — As edificações destinadas a Centros Comerciais deverão subordinar às seguintes normas, além das estabelecidas para as edificações em geral.

I — situação em terreno, de frente não inferior a 20,00 m (vinte metros) e área mínima de 1.000,00 m2 (mil metros quadrados)

II — situação em pavimentos distintos, dos compartimentos destinados ao exercício de comércio e escritórios em geral , observados, respectivamente, os pés direitos de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) e 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros);

III — recuo de 8,00 m (oito metros) em relação à rua principal e 4,00 m (quatro metros) em relação às demais para as quais dêem frente.

Art. 236º — A administração do conjunto edificado deverá dispor de instalação em local especialmente destinado, e de fácil acesso ao público.

Art. 237º — Aplica-se o disposto no artigo 230 instalações sanitárias dos Centros Comerciais.

CAPITULO III

DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS

INDUSTRIAIS

SEÇÃO I

DAS EDIFICAÇÕES PARRA

INDÚSTRIAS EM GERAL

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Art. 238º — Só será concedida a licença para construção de prédios de destinação industrial na área do Município, após realizados os estudos técnicos de localização, especialmente os referentes à área urbana, pelo Centro Industrial de Itabuna — CITA.

Art. 239º — Todo projeto de edificação para fins industriais deverá estimar a sua lotação.

Art. 240º — As edificações de que trata este Capítulo deverão satisfazer as seguintes condições:

I — pé direito mínimo de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) para locais de trabalho dos operários;

II — pisos e paredes até a altura de 2,00 m (dois metros) revestidos de material resistente, liso e impermeável;

III — abertura de iluminação e ventilação correspondente a 1/5 (um quinto) da área do piso;

IV — dispor nos locais de trabalho dos operários, de portas de acesso, rebatendo para fora do compartimento;

V — instalação e equipamentos adequados para combate auxiliar de incêndio.

Parágrafo Único — O disposto no item II deste artigo sé se aplicará às indústrias de gêneros alimentícios e produtos químicos.

Art. 241º - As edificações para fins industriais que tenham mais de 01 (um) pavimento deverão ser dotados de pelo menos uma escada ou rampa com largura livre de 0,01 m (um centímetro) por operário, observando o mínimo absoluto de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

Parágrafo 1º - Sempre que a largura da escada ou rampa ultrapassar 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) será obrigatória a sua divisão por meio de corrimão, de tal forma que nenhuma subdivisão tenha largura superior a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

Parágrafo 2º. Nenhuma escada ou rampa poderá dispor, em cada pavimento, de mais de 30,00 m (trinta metros) do ponto mais distante por ela servida.

Art. 242º — As edificações destinadas a fins industriais deverão ter instalações sanitárias independentes para servir os compartimentos de administração e aos locais de trabalho dos operários.

Art. 243º — Os compartimentos sanitários para operários serão devidamente separados por sexo e cotados de aparelhos nas seguintes proporções:

I — Para homens:

a) até 75 (setenta e cinco) operários, 1 (um) vaso sanitário, 1 (um ) lavatório, 2 (dois) mictório e 2 (dois) chuveiros para cada grupo de 25 (vinte e cinco) ou fração;

b) Acima de 75 (setenta e cinco) operários, um vaso sanitário, um lavatório, dois mictórios e dois chuveiros para cada grupo de 30 (trinta) ou fração.

II — Para mulheres :

a) até 75 (setenta e cinco) operários, dois vasos sanitários, dois chuveiros e um lavatório para cada grupo de 25 (vinte e cinco) ou fração;

b) acima de setenta e cinco (75) operários, 2 (dois) vasos sanitários, 2 (dois) chuveiros

e 01 (um) lavatório para cada grupo de 30 (trinta) ou fração.

Parágrafo Único — Os locais de trabalho não poderão comunicar-se diretamente com compartimentos destinados a sanitário.

Art. 244º — As edificações de que trata este Capítulo deverão dispor de compartimento para vestiário, anexo aos respectivos sanitários, por sexo, com área de 0,50 m2 (cinqüenta centímetros quadrados).

Art. 245º — Será obrigatório a existência de compartimento destinado a prestação de socorros de emergência, com área mínima de 6,00 m2 (seis metros quadrados) por grupo de 100 (cem) empregados ou fração.

Art. 246º — Nas edificações para fins de indústrias cuja lotação, por turno de serviço seja superior a 150 (cento e cinqüenta) operários, será obrigatória a existência de refeitório, observadas as seguintes condições:

I — área mínima de 0,80 m2 (oitenta centímetros quadrados) por empregado;

II — piso ladrilhado e paredes azulejadas até a altura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) facultando-se em ambos os casos, o emprego de materiais similares.

Parágrafo Único — As cozinhas anexas aos refeitórios aplicam-se as disposições do artigo 203, alínea III.

Art. 247º — Os compartimentos destinados ao trabalho não poderão comunicar-se diretamente com dormitórios.

Art. 248º — Os locais de trabalho deverão ser dotados de instalações para distribuição de água potável, por meio de bebedouros higiênicos com jato d'água inclinado.

Art. 249º — Sempre que do processo industrial resultar a produção de gases, vapores, fumaça, poeira e outros resíduos nocivos, deverão existir instalações que disciplinem a sua eliminação, preservando-se o ambiente de qualquer processo poluidor., de acordo com a legislação pertinente em vigor.

Art. 250º — As chaminés deverão ter altura que ultrapasse, no mínimo 5,00 m (cinco metros) a

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edificação mais alta em um raio de 50,00 m (cinqüenta metros).

Art. 251º — As edificações industriais deverão distar de no mínimo, 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) de qualquer ponto das divisas do terreno e dispor de área privativa de carga e descargas de matéria prima e produtos industrializados de modo a não prejudicar o trânsito de pedestres e de veículos nos logradouros com que se limitem.

SEÇÃO II

DAS EDIFICAÇÕES PARA

INDÚSTRIAS DE GÊNERO

ALIMENTÍCIOS

Art. 252º — As edificações destinadas à indústrias de gêneros alimentícios, deverão satisfazer as seguintes condições, além das exigidas neste Código para as edificações em geral.:

I — ter torneiras e ralos que facilitem a lavagem dos locais de trabalho e impeçam o escoamento das águas servidas para fora do compartimento;

II — dispor, nos locais de trabalho de 1 (um) lavatório para cada 100,00 m2 (cem metros quadrados) de área ou fração.

SEÇÃO III

DAS EDIFICAÇÕES PARA

INDÚSTRIAS E DEPÓSITOS DE

EXPLOSIVOS E INFLAMÁVEIS

Art. 253º — Só será admitida edificação destinada a indústria ou depósito de explosivos e inflamáveis em locais previamente aprovados, observada a legislação federal pertinente e os regulamentos administrativos.

Art. 254º — as edificações destinadas a indústrias ou depósitos de inflamáveis, além das disposições deste Capítulo e as relativas a edificações em geral, deverão apresentar, nos respectivos projetos:

a) pormenores de instalação, tipo de inflamáveis e produzir ou operar, capacidades de tanques e outros recipientes, dispositivos protetores contra incêndio, sistema de sinalização e alarme;

b) planta de localização pormenorizando a edificação e a posição dos tanques ou recipientes.

Art. 255º — As edificações destinadas à indústrias ou depósito de explosivos, além das disposições deste Capítulo e as relativas a edificações em geral, deverão ter:

I — distância mínima de 100,00 m (cem metros) de qualquer ponto da divisa do terreno, contornando este por arborização densa;

II — instalações de administração independente dos locais de trabalho industrial;

III — distância mínima de 8,00 m (oito metros) entre cada pavilhão destinado a depósitos;

IV — janelas diretamente voltadas para o sol, providas de venezianas de madeira e vidro fosco;

V — aparelhos de proteção contra descargas atmosféricas e de instalação e equipamentos adequados ao combate auxiliar de incêndio.

SEÇÃO IV

DAS EDIFICAÇÕES PARA

INDÚSTRIAS COM INSTALAÇÕES

FRIGORIFICAS

Art. 256º — As edificações destinadas a indústria para cuja operação seja indispensável a instalação de câmaras frigoríficas, deverão satisfazer as seguintes condições, além das disposições deste Código para as edificações em geral:

I — recuo mínimo de 10,00 m (dez metros) em relação aos logradouros para que dêem frente de 4,00 m (quatro metros) para qualquer ponto de divisa do terreno onde se situem;

II — terrenos adjacentes adequadamente pavimentados, admitidos a intercalação de áreas ajardinadas e o plantio de árvores de pequeno porte.

III — pátio de manobra, de carga e de descarga;

IV — rede de abastecimento de água quente e fria;

V — sistema de drenagem de águas residuais nos locais de trabalho industrial;

VI — revestimentos de azulejos ou material similar até a altura mínima de 2,00 m (dois metros) nos locais de trabalho industrial;

VII — compartimento destinado à instalação de laboratório de análises;

VIII — compartimento destinado à instalação de forno crematório, com uso obrigatório de equipamento que preserve de poluição o meio ambiente.

Parágrafo Único — Não se consideram industriais as edificações e câmaras frigoríficas, para exclusivo armazenamento e revenda de produtos frigoríficos.

CAPÍTULO IV

DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS

CULTURAIS E RECREATIVOS

SEÇÃO I

DAS EDIFICAÇÕES PARA FINS

CULTURAIS E RECREATIVOS EM

GERAL

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Art. 257º — As edificações destinadas a reuniões culturais e recreativas deverão satisfazer as seguintes, além das exigências deste Código, para as edificações em geral:

I — terem ante-sala com área mínima equivalente a 1/5 (um quinto) da área total do salão ou salões de reunião;

II — disporem em cada sala de reunião coletiva, de portas de acesso com largura total mínima de 0,50 m (cinqüenta centímetros) por grupo de 100 (cem) pessoas, distribuídas em corredores de largura não inferior a 1,20 m (um metro e vinte centímetros). Usar-se-á para estimativa de capacidade, o índice de 0,60 m (sessenta centímetros) por pessoa;

III — disporem, no mínimo, de duas saídas para logradouros ou para corredores externos de largura não inferior a 3,00 m (três metros).

IV — instalação de ar condicionado nos salões e ante-salas, quando de capacidade superior a trezentas (300) pessoas e situadas na zona urbana;

V — instalações de renovação de ar, quando de capacidade inferior a trezentos (300) pessoas e situadas na zona urbana, ou para qualquer capacidade, quando situadas na zona suburbana;

VI — sinalização indicadora de percursos para saídas dos salões, com dispositivos capazes de, se necessário, torná-la visível na obscuridade;

VII — instalações e equipamentos adequados ao combate auxiliar de incêndio.

Art. 258º — Nos salões de reunião, a disposição das poltronas de uso público deverá ser feita por setores separados por circulação longitudinal e transversal, não podendo o local de poltronas, em cada setor, exceder de 250 (duzentos e cinqüenta) unidades.

Art. 259º — A localização das poltronas deverá ser indicada por uma zona definida em planta entre duas retas que, partindo das extremidades da tela, palco ou instalação equivalente, formem com estas um ângulo máximo de 125o (cento e vinte e cinco graus).

Art. 260º — Para as poltronas de uso público deverão ser observadas as seguintes exigências:

I — espaçamento mínimo entre filas de encosto, 0,90 m (noventa centímetros);

II — largura mínima por poltrona, medida do centro dos braços, 0,80 m (oitenta centímetros);

Art. 261º — Os projetos de edificações de que trata este Capítulo deverão ser acompanhados de gráfico, demonstrativo da perfeita visibilidade da tela, palco ou instalações equivalentes pelo público, em qualquer ponto da platéia.

Parágrafo Único — Para efeito deste artigo, tomar-se-á a altura, de 1,15 m (um metro e quinze centímetros) para vista do espectador sentado, devendo a linha tomada de sua vista, à parte inferior da tela, palco ou instalação equivalente,

passar no mínimo 0,15 m (quinze centímetros) acima da vista do observador da fila imediata.

Art. 262º — As edificações de que trata este Capítulo deverão possuir instalações sanitárias dotadas de 1 (um) vaso sanitário por grupo de trezentas (300) pessoas e 1 (um) mictório, 1 (um) lavatório por grupo de duzentas (200) pessoas ou fração, observados a separação por sexo e o isolamento individual quanto os vasos sanitários.

Parágrafo Único — As instalações sanitárias para uso de empregados serão independentes das de uso público, observada a proporção de 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório e 1 (um) chuveiro por grupo de 25 (vinte cinco) pessoas ou fração, com separação por sexo e isolamento quanto aos vasos sanitários.

Art. 263º — Sempre que os salões se distribuírem por mais de 2 (dois) pavimentos, será obrigatória, além de escalas ou rampas a instalação de elevadores de acesso.

Art. 264º — Proíbe-se a instalação de bilheterias, balcões, estrados ou quaisquer outros obstáculos que reduzam a largura útil ou embaracem a movimentação do público nas áreas de circulação.

Art. 265º — Não será admitida a existência de rampas de declive superior a 12 % (doze por cento).

Art. 266º — Sempre que os salões de reuniões se situarem em edificações de destinação também residencial, deverão ocupar, privativamente, todo o pavimento onde se localizem e oferecer perfeito isolamento acústico do seu recinto.

Parágrafo Único — Não será permitida abertura de comunicação interna entre dependências de edificações destinadas a fins culturais e recreativos e edificações ou unidades residenciais vizinhas.

SEÇÃO II

DAS EDIFICAÇÕES PARA CINEMAS

E TEATROS

Art. 267º — As edificações destinadas a cinemas, além das disposições em geral deverão:

I — ter pé direito livre na sala de projeção de 6,00 m (seis metros), admitida a redução para 2,20 m (dois metros e vinte centímetros), sob a sobregaleria quando houver;

II — dispor de bilheterias, na proporção de uma para cada 600 (seiscentas) pessoas ou fração, com um mínimo de 2 (duas), vedada a abertura de guichês para logradouros públicos;

III — ser dotadas de portas de entrada e saída na sala de projeção, distintas entre si;

IV — observar afastamento mínimo entre a primeira fila da poltrona e a sala de projeção, de modo a que o raio visual do espectador, em relação ao ponto mais alto desta, tenha com seu plano, uma inclinação são superior a 60% (sessenta por cento);

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V — dispor de instalação elétrica que permita a transição lenta de intensidade luminosa à obscuridade e vice-versa, no início e fim de projeção.

Art. 268º — A cabina de projeção deverá:

I — ser executada em material incombustível, inclusive as portas, observado o pé direito de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros);

II — dispor de área mínima de 7,00 m2 (sete metros quadrados) por projetor, ou de 10,00 m2 (dez metros quadrados) quando houver um só projetor;

III — comunicar-se diretamente com o compartimento sanitário privativo, dispondo este de vestiário, lavatório, chuveiro e vaso sanitário;

IV — ter acesso independente de sala de projeção, vedadas quaisquer aberturas, para esta, salvo os visores indispensáveis à projeção;

V — ter assegurada iluminação e ventilação naturais;

Art. 269º — As edificações destinadas a teatros, além de disposições deste capítulo e as aplicáveis às edificações em geral, deverão:

I — observar o disposto no artigo 264;

II — dispor, entre o palco e a platéia, e em plano inferior a esta, de espaço destinado a orquestra, de modo a não perturbar a visibilidade do espectador; ligando-o diretamente aos bastidores;

III — destinar área para instalação de bares, "bombonieres" ou congêneres com área proporcionar a 1,00 m2 ( um metro quadrado) por grupo de 20 (vinte) pessoas;

IV — dispor de, pelo menos 2 (dois) camarins individuais para artistas, com instalações sanitárias privativas.

Art. 270º — Para os bastidores, deverão ser observadas as seguintes condições:

I — largura mínima de 2,00 (dois metros) para as circulações;

II — comunicação direta e fácil com o exterior da edificação.

SEÇÃO III

DAS EDIFICAÇÕES PARA ESCOLAS E COLÉGIOS

Art. 271º — As edificações destinadas a escolas, dos diversos graus deverão satisfazer as seguintes condições, além das exigências deste Código para as edificações em geral:

I — localização em um mínima de 100,00(cem metros) de qualquer edificação de fins industriais, hospitais, quartéis, estações rodoviárias, casas de diversões, depósitos de inflamáveis e explosivos ou

quaisquer outros, cuja vizinhança, à juízo do órgão técnico competente, não seja recomendável;

II — recuo mínimo de 6,00 m (seis metros) em relação ao alinhamento do gradil, com aproveitamento da área resultante para acostamento de veículos, e de 3,00 (três metros) em relação a qualquer ponto das divisas do terreno quando a mesma servir de área iluminação e ventilação de sala de aula;

III — taxa de ocupação máxima de 50 % (cinqüenta por cento), qualquer que seja o setor urbano em que se situa.

Art. 272º — As edificações destinadas a escolas deverão ter salas de aula com:

I — pé direito mínimo de 3,00 (três metros);

II — área mínima de 48,00 m2 (quarenta e oito metros quadrados) não podendo sua maior dimensão exceder de 1,5 (uma e meia) vezes a menor;

III — janelas em apenas uma das suas paredes, assegurada iluminação lateral esquerda e tiragem de ar por meio de pequenas aberturas na parte superior da parede oposta;

IV — janelas dispostas no sentido do eixo maior da sala, quando esta tiver forma retangular.

Parágrafo 1.0 — Não será admitida a edificação de salas de aula voltadas para o quadrante limitado pelas direções norte e oeste.

Parágrafo 2.0 — As salas especiais também sujeitam-se às exigências deste Código, devendo entretanto apresentar condições satisfatórias ao desenvolvimento da especialidade.

Art. 273º — Os refeitórios, quando houver, deverão dispor de área proporcional a 1,00 m2 ( um metro quadrado) por pessoa, observando o pé direito de 3,00 m (três metros) para área de até 80,00 m2 (oitenta metros quadrados) e de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) quando excedida esta área.

Parágrafo 1.0 — A área mínima dos refeitórios será de 30,00 m2 (trinta metros quadrados).

Parágrafo 2.0 — Sempre que o refeitório e sua cozinha se situarem em pavimentos diversos, será obrigatória a instalação de elevadores monta-carga, entre esses compartimentos.

Art. 274º — As cozinhas terão áreas equivalentes a 1/5 (um quinto) da área do refeitório a que sirvam, observado o mínimo de 12,00 m2 (doze metros quadrados) com largura não inferior a 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) não se podendo comunicar diretamente com o refeitório.

Parágrafo Único — será obrigatória a execução de copa comunicando-se com o refeitório e a cozinha, com área equivalente a 2/3 (dois terços) desta, observados os mínimos de 12,00 m2 (doze metros

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quadrados) de área e 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) para a menor dimensão.

Art. 275º — Os dormitórios deverão dispor de área proporcional ao número de alunos, tomando-se o índice de 4,00 m2 (quatro metros quadrados) para até 80,00 m2

(oitenta metros quadrados) de área e 3,50 m2 (três metros e cinqüenta centímetros quadrados) nos demais casos.

Parágrafo Único — Os dormitórios deverão dispor de instalações sanitárias anexas, na proporção de 1 (um) vaso sanitário, 2 (dois) lavatórios, 2 (dois) mictórios e, para cada grupo de 12 (doze) leitos ou fração, 2 (dois) chuveiros.

Art. 276º — Os gabinetes médico-dentários deverão ser divididos por seções de áreas mínimas de 10,00 m2

(dez metros quadrados) dispor de salas de espera, privativas, e não se comunicar diretamente com nenhum outro compartimento.

Art. 277º — As edificações destinadas a escolas deverão dispor de instalações dentro das seguintes proporções e observado o isolamento individual para vasos sanitários:

a) Masculino: 1 (um) lavatório, 1 (um) mictório por grupo de 15 (quinze) alunos, 1 (um) chuveiro e 1 (um) vaso sanitário por grupo de 25 (vinte e cinco) ou fração.

b) Feminino: 1 (um) lavatório e 1 (um) chuveiro por grupo de 20 (vinte) alunas, 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) bidé por grupo de 15 (quinze).

Art. 278º — Os corredores deverão ter a largura mínima de 2,00 m (dois metros) quando principais, 1,60 m (um metro e sessenta centímetros) quando secundários.

Art. 279º — As escadas deverão observar as larguras de 0,015 m (um e meio centímetros), por aluno, com o mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) em lances retos, devendo seus degraus ter 0,30 m (trinta centímetros) de largura por 0,15 m ( quinze centímetros) de altura.

Art. 280º — As rampas não poderão ter declividade superior a 10% (dez por cento), aplicando-se quanto a sua largura, o disposto no artigo anterior.

Parágrafo Único — Nenhuma escada ou rampa distará, em cada pavimento, mais de 30,00 m (trinta metros) do ponto mais afastado por ela servido.

Art. 281º — Toda edificação destinada a escola com mais de três (3) pavimentos, deverá dispor de 2 (dois) elevadores.

Art. 282º — As edificações de que trata esta Seção deverá dispor de instalação para bebedouros higiênicos, de jato inclinado, na proporção de 1 (um) aparelho por grupo de 30 (trinta) alunos.

Art. 283º — Será obrigatória a execução de área coberta para recreio, equivalente à metade da área prevista para salas de aula.

Parágrafo Único — Admite-se como áreas de recreio as circulações internas e exclusivamente de acesso às salas de aulas, desde que tenham largura igual ou superior a 3,00m (três metros).

Art. 284º — O ginásio de esportes, quando houver, anexo ou não à escola, deverá ter área mínima de 550,00 m2 (quinhentos e cinqüenta metros quadrados).

Parágrafo Único — Será exigida estrutura em concreto armado na edificação destinada ao público, sendo facultativa a cobertura metálica ou mista.

Art. 285º — O pé direito mínimo livre para ginásio será de 6,00 m (seis metros) em relação ao centro da praça de esportes.

Art. 286º — Os ginásios deverão dispor de instalações para vestiários, na proporção de 1,00 m2 (um metro quadrado) para cada 10,00 m2 (dez metros quadrados) de área da praça de esportes, dotadas de armários e comunicando-se com as instalações sanitárias, observada a separação por sexo.

Art. 287º — As instalações das escolas dos diversos graus serão compostas de 1 (um) vasos sanitário, 3 (três) chuveiros, 2 (dois) lavatórios, 2 (dois) mictórios para cada 100,00 m2 (cem metros quadrados) de área de praça de esportes, observadas a separação por sexo e isolamento individual para os vasos sanitários e chuveiros.

Parágrafo Único — As instalações sanitários de uso público serão compostas de 1 (um) vaso sanitário, 2 (dois) lavatórios por grupo de 100 (cem) espectadores.

Art. 288º — As escolas de 10 e 20 graus deverão ser dotadas de instalações e equipamentos adequados para combate auxiliar de incêndio.

SEÇÃO IV

DOS CIRCOS E PARQUES DE

DIVERSÕES

Art. 289º — A localização e o funcionamento de circos e parques de diversões desmontáveis dependerão de vistoria e aprovação prévia do órgão competente da Secretaria de Viação e Obras do Município.

Parágrafo Único — Será obrigatória para os efeitos previstos neste artigo, a renovação de vistoria cada 3 (três) meses.

Art. 290º — Será proibida a localização de circos e parques de diversões:

a) em raio de 100,00 m (cem metros) de escolas, asilos ou hospitais;

b) a menos de 10,00 m (dez metros) de recuo de qualquer logradouro de tráfego primário.

c) a distância inferior a 10,00 m (dez metros) de qualquer outra edificação.

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Art. 291º — Os circos e parques de diversões deverão ser dotados de instalações e equipamentos adequados para combate auxiliar de incêndio.

SEÇÃO V

DOS TEMPLOS RELIGIOSOS

E CEMITÉRIOS

Art. 292º — As edificações destinadas a templos religiosos deverão satisfazer às seguintes condições, além das exigências deste Código para as edificações geral

I — recuo mínimo de 6,00 (seis metros) para a via pública destinado ao acostamento de veículos;

II — pelo menos 1 (um) conjunto sanitário constando de um vaso sanitário e 1 (um) lavatório por sexo, para uso do público.

Art. 293º — Na construção de edifícios destinados a templos religiosos serão respeitadas as peculiaridades de cada culto, desde que asseguradas todas as medidas de proteção, segurança e conforto público, contidas neste Código.

Art. 294º — A localização de cemitérios dependerá da aprovação dos órgãos competentes da Prefeitura, que procederão estudos particularizados para determinar, também, sua implantação e expansão, de acordo com a legislação específica.

CAPÍTULO V

DAS GARAGENS E ÁREAS

DE ESTACIONAMENTO

Art. 295º — As edificações em geral, além das exigências deste Código, deverão dispor de área para garagens, ou estacionamento para veículos, obedecidos os seguintes critérios:

I — Nas residências unidominiciliares reservar-se-á, obrigatoriamente, área de estacionamento para um veículo, ficando isentas dessa exigência as construções de caráter popular, bem como as ampliações de edificações térreas, residenciais, até o máximo de uma unidade superposta;

II — as edificações pluridomiciliares subordinar-se-ão aos requisitos seguintes:

a) apartamentos com área útil até 45,00 m2

(quarenta e cinco metros quadrados): uma vaga para cada grupo de 3 (três) apartamentos;

b) — apartamentos com área útil superior a 45,00 m2 (quarenta e cinco metros quadrados) até 90,00 m2 (noventa metros quadrados) : uma vaga para cada grupo de dois apartamentos;

c) Apartamentos com área superior a 90,00 m2

(noventa metros quadrados): uma vaga para cada apartamento.

III — Os hotéis deverão dispor de área para estacionamento ou garagem, na proporção de uma vaga para cada grupo de 7 (sete) quartos ou apartamentos;

IV — Os motéis deverão reservar uma vaga para cada quarto ou apartamento;

V — Os hospitais reservarão uma vaga para cada grupo de 5 (cinco) quartos ou apartamentos;

VI — Os edifícios construídos no Setor Central — nos setores da transição e no setor comercial da Cidade, disporão de área para garagem ou estacionamento de veículos igual a área de um pavimento, salvo nos seguintes casos:

a) quando o terreno tiver testada igual ou inferior a 14,00 m (quatorze metros);

b) quando o terreno tiver área igual ou inferior a 300,00m2 (trezentos metros quadrados) ;

c) quando o terreno possuir acesso para logradouros com declividade superior a 10 (dez por cento);

d) quando o terreno possuir acesso por logradouro com largura de caixa igual ou inferior a 6,00 m (seis metros);

VII — Os edifícios construídos nos setores comerciais da Cidade, ficarão obrigados a reservar área para garagem ou estacionamento, quando situados em terreno com área igual ou superior a 100,00 m2 (cem metros quadrados), na proporção de 50% (cinqüenta por cento) da área do pavimento tipo;

VIII — Os trapiches e depósitos para armazenamento de mercadorias deverão observar um recuo de 10,00 m (dez metros) para acostamento e estacionamento;

IV — Os supermercados e centros comerciais destinarão 30% (trinta por cento) da área construída para estacionamento, independente do espaço reservado à carga e descarga de mercadorias, proibido o estacionamento nas áreas de recuo;

X — São exigidas para escolas:

a) de ensino de 10 e 20 graus, 2 (duas) vagas para cada sala de aula;

b) de nível superior, 4 (quatro) vagas para cada sala de aula.

Parágrafo 10 — Não serão computados na taxa de ocupação e no coeficiente de utilização, as áreas reservadas à garagem e ao estacionamento.

Parágrafo 20 — Os casos omissos e especiais, ficarão sujeitos a estudos particularizados, levados a efeito pelo órgão competente da Prefeitura.

TÍTULO VIII

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DAS OBRAS E EXIGÊNCIAS

COMPLEMENTARES

CAPÍTULO I

DOS PASSEIOS

Art. 296º — Serão exigidos passeios em toda a frente de terrenos localizados em logradouros públicos providos de meios-fios.

Parágrafo Único — A largura do passeio será fixada pelo órgão competente em função da largura do logradouro.

Art. 297º — Competirá à Prefeitura, através de seus órgãos técnicos, fixar o tipo de pavimentação dos passeios para cada logradouro.

Art. 298º — Serão obrigatoriamente deixadas ao longo dos meios-fios, nas dimensões, forma distância fixadas pela Prefeitura, aberturas destinadas ao plantio de árvores.

Art. 299º — As rampas de acesso de veículos poderão ocupar, a partir do meio-fio, espaço de até o máximo de 1/5 (um quinto) de largura do passeio.

Parágrafo Único — Será proibida a execução de rampas com saliências projetadas do meio-fio para o leito do logradouro, ou do alinhamento do gradil para o passeio.

Art. 300º — A conservação dos passeios caberá, sob as sanções deste Código, ao proprietário do terreno a que sirva.

Art. 301º — A inexistência de passeio ou a falta de conservação dos existentes importará na realização das obras necessárias, diretamente pela Prefeitura que cobrará as despesas com acréscimo de taxa de administração fixada em 30% (trinta por cento) do valor total, sem prejuízo de aplicação das multas previstas.

CAPÍTULO II

DO ARRIMO DE TERRAS, DAS VALAS E ESCOAMENTO DE ÁGUAS

Art. 302º — Será obrigatória a execução de obras de arrimo de terras, sempre que o nível de um terreno seja superior ao logradouro onde situe.

Parágrafo Único — Será exigida a execução de arrimo de terra no interior de terreno ou em suas divisas, quando ocorrer qualquer diferença de nível e a critério dos órgãos técnicos.

Art. 303º — Exigir-se-ão, para condução de águas pluviais e as resultantes de infiltrações, sarjetas e drenos, comunicados diretamente com a rede do logradouro, de modo a evitar danos a via pública ou a terrenos vizinhos.

Art. 304º — Será exigida a canalização ou a regularização de cursos de água e de valas nos trechos compreendidos dentro de terrenos particulares devendo as obras serem executadas de acordo com projeto,

especificações e fiscalização direta da Secretaria de Viação e Obras.

Parágrafo Único — Sempre que as obras de que trata este artigo resultarem em canalização fechada, deverão ser instalados, em cada terreno, pelo menos 1 (um) poço de inspeção e uma caixa de areia em distância não inferior a 20,00 m (vinte metros) um do outro.

CAPÍTULO III

DA NUMERAÇÃO

Art. 305º — A numeração das edificações obedecerá ao critério métrico:

Parágrafo 10 — Atribuir-se-á numeração partindo do início do logradouro, pelo seu lado direito, com algarismo par, que corresponda à metragem até o fim da testada de cada imóvel.

Parágrafo 20 — A numeração atribuída ao imóvel deverá ser colocada na fachada da edificação, porta principal, portão ou muro frontal, de modo a ser facilmente divisada.

Art. 306º — Sempre que aprovado loteamento novo ou houver projeção de rua, a Prefeitura providenciará a medição da parte preexistente para estabelecer a numeração do primeiro lote edificado.

Art. 307º — Os apartamentos ou salas de edifícios deverão ser identificados por números arábicos na forma seguinte:

a) pavimentos superiores ao térreo:

10 pavimento superior: 101,102,103.

20 pavimento superior: 201,202,203.

30 pavimento superior: 301,302,303.

b) pavimentos inferiores ao térreo :

10 pavimento superior: 11,12,13.

20 pavimento superior: 21,22,23.

30 pavimento superior: 31,,32, 33 etc

c) pavimento térreo:

001, 002, 003 etc.

Art. 308º — Nos edifícios comerciais a identificação das lojas obedecerá os seguintes critérios:

a) as do térreo, quando voltadas para o logradouro, observarão a numeração métrica do imóvel seguida de uma letra, em ordem alfabética ;

b) as internas, por numeração ordinária, a partir do logradouro principal e em ordem crescente da frente para o fundo começando do térreo ou subsolo se houver.

Art. 309º — Num mesmo prédio a numeração das salas ou apartamentos iniciará da extrema direita em relação ao logradouro principal, e crescerá no sentido dos ponteiros do relógio devendo ser observada a

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coincidência, na vertical, de uma mesma unidade de numeração nos diversos pisos, inclusive no térreo, quando parcialmente ocupado por apartamentos, ou nos pavimentos de lojas quando isto for possível.

Parágrafo 10 — No caso de edifício sem elevador, com acesso por ruas distintas com diferença de nível e ainda que tendo 2 (dois) "play-graunds", será considerado térreo o pavimento do logradouro mais elevado.

Parágrafo 20 — No caso de edifícios com elevadores, considerar-se-á térreo o pavimento de "play-ground" ao nível da rua principal.

Art. 310º — Nos prédios comerciais que disponham de pavimento vazado será este considerado térreo, caso abaixo dele só existam pavimentos ocupados por lojas e ou sobrelojas.

Art. 311º — Quando os edifícios dispuserem de mais de um bloco, serão os mesmos identificados por letras, em ordem alfabética a partir do logradouro principal, e em ordem crescente da direita para a esquerda e da frente para o fundo.

Art. 312º — Os edifícios constituídos de conjuntos habitacionais, além da nomenclatura que habitualmente os designa, serão identificados perante a Coluna, por algarismos romanos, e seguindo a mesma orientação estabelecida no artigo anterior.

Art. 313º — Todos os projetos deverão indicar, nos respectivos espaços físicos, devidamente numerados, as suas vagas para veículos, bem como a circulação dos mesmos.

Art. 314º — Os projetos que a partir da data de publicação deste Código derem entrada na Prefeitura Municipal de Itabuna deverão indicar, nos cortes e plantas baixas exigidas, a identificação dos apartamentos ou salas, e, nas plantas de situação, a identificação dos blocos ou edifícios, na forma estabelecida por este Código.

CAPÍTULO IX

DOS TERRENOS NÃO EDIFICADOS

Art. 315º — Os terrenos não edificados em logradouros providos de pavimentação deverão ser fechados no alinhamento do gradil por muros adequadamente tratados e ter passeios de acordo com as especificações deste Código, bem como serem providos de drenagem de águas pluviais ligadas à rede pública.

Parágrafo 10 — Nos setores comerciais, residenciais e de transição será obrigatória a execução de muros, ainda que não pavimentado o logradouro de situação do terreno.

Parágrafo 20 — Nas zonas suburbana e rural será admitida a vedação por cercas vivas, desde que não utilizadas plantas providas de espinho ou de substâncias irritantes.

Parágrafo 30 — Em todos os casos a altura mínima dos muros ou cercas vivas será de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

Art. 316º — A conservação de muros e cercas vivas e a recomposição dos danos que por acaso sofrerem serão da responsabilidade do proprietário do respectivo terreno.

Parágrafo Único — A inexecução do trabalho de conservação ou o perecimento de muros e cercas vivas, determinará a execução direta pela Prefeitura dos trabalhos indispensáveis à sua recomposição, às expensas do proprietário, com acréscimo de taxa de administração de 30 % (trinta por cento) do valor da obra, sem prejuízo da aplicação da multa prevista por lei.

TÍTULO X

DA EXECUÇÃO DE OBRAS

EM LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 317º — É vedado a qualquer indivíduo, empresa particular, sociedade de economia mista, órgãos ligados ao governo estadual ou federal, executarem obras de qualquer natureza em vias ou logradouros públicos, pavimentados ou não, sem que, para tanto, tenha sido previamente autorizado pela Administração Municipal através de processo regular de licenciamento, e, para tanto, torna-se necessário a pessoa ou órgão proceder como segue:

I — Apresentar à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente plano de obra circunstanciado, podendo esta solicitar outros esclarecimentos que julgar necessários;

II — após a análise do plano de obras pela Secretaria de Viação e Obras, está, levando em consideração as interferências no tráfego de pedestres, veículos ou animais e as medidas de segurança a serem adotadas, decidirá ou não pela execução total ou parcial da obra, e a executará diretamente, ou concederá licença para sua execução;

III — licenciado o plano de obras, os interessados responsáveis pela execução poderão dar início efetivo às obras procedendo a remoção dos materiais reutilizáveis da pavimentação (paralelos, blokets, pedras irregulares) ou inservíveis para reutilização (asfalto, concreto etc.)

IV — os materiais considerados reutilizáveis, a critério da fiscalização da Secretaria de Viação e Obras, ficarão sob guarda de quem os retirou, que responderá pela sua perda, dano, ou extravio;

V — os responsáveis pela obra deverão proceder às escavações com os cuidados necessários a fim de não prejudicarem os bens de terceiros e da Municipalidade por cujos danos serão responsabilizados;

VI — todo material retirado das escavações será considerado inservível para reaterro de valas e deverá ser imediatamente, removido e lançado em

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locais determinados pela fiscalização da Secretaria de viação e Obras;

VII — deverão os responsáveis pela obra tomar a máxima precaução contra os desmoronamentos resultantes das escavações por cujos danos pessoais ou materiais responderão;

VII — sempre quando da retirada dos materiais inservíveis dever-se-á proceder a limpeza e varrição das bordas das valas tantas quantas forem as vezes que a fiscalização da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente julgar necessárias;

IX — se durante a execução das escavações houver interferência com dutos de água, esgoto ou de eletricidade, deverão os responsáveis apresentar projeto de modificação das obras, as quais só poderão ser executadas após a aprovação da secretaria de Viação e Obras;

X — se durante as escavações se fizer necessária a utilização de explosivos, os responsáveis pela execução das obras para aprovação prévia, plano de fogo, circunstanciado, indicando a seqüência das operações, carregamento e detonação, projeção adotada para as detonações e controle de vibrações. Só após o estudo e licenciamento de cada área poderão ser executados os trabalhos de detonação;

XI — no reaterro das escavações só poderão ser realizados materiais devidamente recomendados pela fiscalização da Secretaria de Viação e Obras e lançadas em camadas de no máximo 15 (quinze) centímetros sucessivamente aplicados mecanicamente até se conseguir um grau ótimo de compactação;

XII — os serviços de repavimentação e reconstrução de vias logradouros públicos, danificados em decorrência dos trabalhos neles realizados, são de inteira responsabilidade dos executores dos serviços, os quais responderão pelos defeitos apresentados, até os prazos previstos em lei;

XIII — sempre que se fizer necessário e justificado, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente intimará os responsáveis para suspender provisoriamente a execução das obras para retirada imediata de materiais e equipamentos da área onde se esteja executando o serviço.

XIV — se em decorrência da realização das obras se tornar necessário o desvio do tráfego para outras vias e em conseqüência vier causar danos a pessoas ou a próprios municipais, os executadores das obras serão responsabilizados;

XV — a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente manterá fiscalização permanente junto à empresa, pessoa ou órgão executor dos serviços;

XVI — em qualquer fase da obra poderá a Administração Municipal, através da Secretaria de

Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, cumpridos os preceitos legais, julgar da importância atual ou futura da obra e embargá-la no todo ou em parte, provisória ou definitivamente.

TÍTULO XI

DAS PENALIDADES E DOS

RECURSOS

CAPÍTULO I

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Art. 318º — As infrações a este código serão punidas com as seguintes penas, procedidas de notificação:

a) multa;

b) embargo;

c) interdição;

d) apreensão do material na construção;

e) demolição.

Parágrafo Único — A pena de multa poderá ser acumulada com qualquer das outras previstas neste Código.

CAPÍTULO II

DAS MULTAS

Art. 319º — A pena de multa será aplicada nos casos e dentro dos limites quantitativos previstos na tabela do anexo II.

Parágrafo Único — Os limites fixados na Tabela de que trata este artigo serão elevados automaticamente a cada aumento da Unidade Fiscal Municipal no mesmo percentual deste, arredondadas as funções de Cr$ 1,00 (um cruzeiro).

Art. 320º — Verificada infração punível com multa, o fiscal lavrará o respectivo auto de infração, em 3 (três) vias, com registro resumido da ocorrência.

Art. 321º — O auto de infração conterá, obrigatoriamente:

a) nome e qualificação do infrator;

b) anotação do dia, hora e local em que se verificar a infração;

c) indicação da falta cometida;

d) nome e qualificação das testemunhas, quando for o caso;

e) indicação do prazo de defesa.

Art. 322º — Lavrado o auto de infração em 3 (três) vias será imediatamente intimado o infrator para defesa no prazo de 72 (setenta e duas) horas, entregando-se-lhe a primeira via do auto, e encaminhando-se a segunda via ao Secretário de Viação e Obras, para aplicação da penalidade.

Parágrafo 10 — No caso de recusa em assinar ou receber a intimação, o fiscal autuante certificará a

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ocorrência na presença de 2 (duas) testemunhas, que também assinarão.

Parágrafo 20 — Inexistindo testemunhas, prevalecerá a fé da autoridade autuante, que submeterá o auto de infração à apreciação e visto do Secretário de Viação e Obras, encaminhando a primeira via do mesmo ao infrator, sob garantia postal.

Parágrafo 30 — Ausente o infrator, a intimação será feita através de publicação no órgão Oficial, daí correndo o prazo para o fim previsto no "caput" deste artigo.

Art. 323º — Oferecida ou não a defesa, subirá o processo ao Secretário de Viação e Obras, para preferir decisão.

CAPÍTULO III

DOS EMBARGOS

Art. 324º — Dar-se-ão embargos sempre que se verificar execução de obras:

a) sem licença, quando indispensável;

b) em desacordo com o projeto aprovado;

c) com inobservância de alinhamento ou de nivelamento fixado pela Prefeitura.

Art. 325º — Verificada a infração, o fiscal notificará o infrator para análise dentro de 48 (quarenta e oito) horas, comunicando o fato ao secretário de Viação e Obras.

Art. 326º — Não sendo atendida a notificação, será lavrado auto de infração, ficando o autuado passível de pena de multa cumulada.

Art. 327º — Não sendo atendido o auto de infração, será embargada a obra, a qual só poderá prosseguir depois da decisão das autoridades competentes da Prefeitura.

Parágrafo Único — Aplica-se aos processos de embargo o mesmo rito dos de multa.

Art. 328º — No caso de infração do artigo 324, letra "a", os embargos se darão independentemente da notificação preliminar e efetuados pelo próprio Secretário de Viação e Obras.

Art. 329º — No caso de infração de art. 324º, letras "b" e "c", os embargos se farão após notificação preliminar e de acordo com os termos da vistoria administrativa feita por uma comissão integrada por um membro da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, um da Secretaria de Administração e um da Procuradoria Jurídica, sendo os três indicados pelo Prefeito Municipal, através de portaria específica.

Parágrafo Único — Com base no parecer da comissão, o Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, expedirá o termo de embargo.

CAPÍTULO IV

DA INTERDIÇÃO

Art. 330º — Dar-se-á interdição sempre que se verificar:

a) execução de obra que ponha em risco a estabilidade das edificações, ou exponha a perigo o público ou os operários;

b) prosseguimento da obra embargada.

Parágrafo 10 — A interdição nos casos da alínea "a " se fará sempre precedida de vistoria administrativa na forma da lei.

Parágrafo 20 — A interdição nos casos da alínea "b" se fará por despacho no processo de embargo.

Art. 331º — Até cessarem os motivos da interdição será proibida a ocupação, permanente ou provisória, sob qualquer título, da edificação, podendo a obra ficar sob vigilância competente investido do poder de polícia.

Art. 332º — Efetuada a interdição, será o infrator cientificado, com aplicação, no que couber, do processo indicado para multa.

CAPÍTULO V

DA APREENSÃO DE MATERIAL

DE CONSTRUÇÃO NA OBRA

Art. 333º — Não obedecida a interdição, poderá a Fiscalização do Município proceder a apreensão de todo o material da obra, lavrando-se no ato, termo de apreensão, com discriminação do material apreendido, recolhendo-se o mesmo aos depósitos da Prefeitura.

Parágrafo 1 0 — Sanadas as irregularidade, notificar-se-á o infrator para receber no depósito onde se acha e com as cautelas de lei o material apreendido.

Parágrafo 2 0 —Se as irregularidades não forem sanadas dentro do prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a Prefeitura não se responsabilizará pela deteriorização do material apreendido.

Parágrafo 3 0 — Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior, dar-se-á ao material o destino que for estabelecido em ato executivo.

CAPÍTULO VI

DA DEMOLIÇÃO

Art. 334º — Far-se-á demolição, total ou parcial da edificação sempre que:

a) resultar inadaptável às condições deste Código, obra interditada por falta de licença;

b) deixar o infrator de ingressar com o pedido de licença da obra iniciada clandestinamente, dentro de 30 (trinta) dias contados de sua interdição;

c) comprovada a impossibilidade de recuperação da obra interditada, na forma do artigo 330, letra "a".

Parágrafo 10 — Nos casos das alíneas "a" e "b", desatendida a intimação para o infrator iniciar a demolição no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, e

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depois de cumprido o rito processual previsto nos artigos 320 e 323, a Prefeitura executará diretamente a medida, cobrando as despesas delas decorrentes com o acréscimo de 30% (trinta por cento) do seu valor como taxa de administração, sem prejuízo da aplicação da multa prevista na tabela do Anexo II.

Parágrafo 20 — Nos casos da alínea "c", verificada em laudo técnico a iminência de perigo, poderá a Prefeitura Municipal executar demolição sem prévia ciência do proprietário, cobrando-lhe as despesas mencionadas no parágrafo anterior, se o fato resultar de culpa.

Art. 335º — Toda obra não licenciada em terreno de domínio da União, do Estado ou do Município de Itabuna, será sumariamente demolida, imputando-se ao infrator as despesas ocasionadas com acréscimo da taxa de administração de 30% (trinta por cento), sem prejuízo da aplicação da multa cabível.

Art. 336º — Sempre que recomende o estado das obras, ou qualquer peculiaridade que se verifique em torno delas, será ouvida a Procuradoria Jurídica do município sobre a necessidade da adoção de medidas judiciais garantidoras da interdição ou demolição.

CAPÍTULO VII

DOS RECURSOS

Art. 337º — Das penalidades impostas nos termos deste. Código, caberá recurso administrativo à autoridade imediatamente superior aquela que as aplicar, sendo o Prefeito Municipal, a última instância.

Art. 338º — Os recursos deverão ser interpostos nos (5) cinco dias seguintes ao da intimação da penalidade aplicada, acompanhados das razões e provas que os instruam.

Parágrafo Único — Todos os recursos serão encaminhados através da autoridade de que se recorra.

Art. 339º — Nenhum recurso terá efeito suspensivo.

Art. 340º — Nenhum recurso de decisão que haja imposto multa será recebido sem prova de haver o recorrente depositado o valor da penalidade aplicada.

Parágrafo Único — Provido o recurso interposto da aplicação da multa, restituir-se-á ao recorrente o valor depositado.

TÍTULO XII

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO I

DOS PRAZOS

Art. 341º — Serão abertos os seguintes prazos, contados da publicação deste Código, para que se

ajustem às suas disposições as edificações e instalações já existentes:

I — de 6 (seis) meses para:

a) guarnecimento com passeio em logradouros públicos providos de meios-fios;

b) o fechamento, por meio de muros, dos terrenos não edificados que se situem em logradouros providos de pavimentação;

II — de 10 (dez) meses para remoção de tanques de depósitos de inflamáveis, instalados em desacordo com o disposto nos artigos 253, 254 e 255.

CAPÍTULO II

DOS CONJUNTOS HABITACIONAIS

Art. 342º — Os conjuntos habitacionais de baixo custo, além das disposições pertinentes à edificação em geral, no que couber aplicável, deverão:

I — dispor de unidades residenciais com área mínima de 25,00 m2 (vinte e cinco metros quadrados) e máxima de 70 m2 (setenta metros quadrados);

II — dispor de áreas próprias destinadas às instalações dos equipamentos de lazer ( parques infantis, quadras de esportes, jardins), dimensionados de acordo com a população prevista para o conjunto habitacional;

III — ser financiado pelo sistema financeiro de habitação ou entidade particular que se enquadre na Legislação federal que disciplina o referido sistema.

Parágrafo Único — Desatendido qualquer dos requisitos enumerados neste artigo, o projeto será sumariamente indeferido.

Art. 343º — São considerados para fins de caracterização de unidades mínimas, médias e máximas, bem como para estabelecer a densidade demográfica dos conjuntos, os seguintes valores:

I — para unidades mínimas, dispor de 2 (dois) dormitórios e abrigar 2 (dois) residentes;

II — para unidades médias — dispor de 2 (dois) dormitórios e abrigar 5 (cinco) residentes;

III — para unidades máximas — dispor de 3 (três) dormitórios e abrigar 6 (seis) residentes.

Art. 344º — Para definir os conjuntos habitacionais de que trata a presente lei, são consideradas as seguintes exigências urbanísticas:

I — implantação dos conjuntos nos setores residenciais:

a) manter as taxas de ocupação, coeficiente de utilização e gabaritos previstos nesta Lei, fixada sua densidade demográfica, máxima de 400/hab./ha. (quatrocentos habitantes por hectare);

b) submeter à apreciação prévia da Secretaria de Viação e Obras o projeto de localização para exame de sua conveniência em relação ao sistema viário.

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II — Áreas livres:

a) dispor de jardins e áreas arborizadas;

b) de parques infantis;

d) de quadras de esportes;

III — reservar áreas para escolas, calculada a população em idade escolar, na proporção de 20% (vinte por cento) dos moradores do conjunto em relação à densidade demográfica prevista no artigo 343 e Alínea "A"deste art. com 300,00 m² (trezentos metros quadrados) de área por classe de 40 (quarenta) alunos;

IV — construir, simultânea e proporcionalmente às unidades habitacionais, um centro de abastecimento que atenda as necessidades primárias do conjunto e que não interfira na taxa de ocupação prevista para o setor.

Parágrafo Único — são consideradas necessidades primárias do conjunto as que se referem à saúde e abastecimento.

Art. 345º — São consideradas, na apresentação do plano do conjunto, as seguintes exigências específicas de caráter urbanísticos:

I — projeto de rede geral de esgoto de águas pluviais;

II — projeto de rede geral de esgoto de águas servidas;

III — projeto de rede geral subterrânea de distribuição de energia elétrica;

IV — projeto de rede geral de distribuição de água potável e localização de hidrantes;

V — projeto dos parques de estacionamento com o esquema da circulação dos veículos.

Art. 346 — Na apresentação do projeto arquitetônico, serão exigidas as seguintes condições:

I — para o conjunto de unidades unidomiciliares a instalação de um pára-raios, tecnicamente localizado;

II — para os conjuntos construídos de unidades pluridomiciliares, além da exigência do item anterior, deverão ser atendidos os seguintes requisitos:

a) depósito para coleta de lixo:

b) equipamento auxiliar de combate a incêndio;

c) caixa coletora de correspondência, na forma prevista nesta lei:

III — para os conjuntos habitacionais constituídos de unidades habitacionais superpostas até (quatro) pavimentos, o pavimento térreo só poderá ser ocupado em 50% (cinqüenta por cento) de sua área com unidades habitacionais;

IV — os edifícios construídos em terrenos acidentados, servidos por (duas) ruas, e com mais

de 6 (seis) pavimentos, terão obrigatoriamente, área para recreação total ao nível da rua de cota mais elevada, admitindo-se acesso por ambas as ruas;

V — para os edifícios de 5 (cinco) pavimentos residenciais, será obrigatória a construção de área de recreação “play-groud” com área equivalente a 50% (cinqüenta por cento) da área do bloco a que corresponde.

Art. 347º — Para a circulação privativa horizontal da unidade residencial, será admitida a largura de 0,80 m (oitenta centímetros).

Art. 348º — Para a circulação horizontal condominial, serão observadas as disposições do artigo 90, parágrafo único.

Art. 349º — As salas para os conjuntos previstos nas presentes normas deverão ter área mínima de 12,00 m2 (doze metros quadrados), com forma geométrica que permita a inscrição de um círculo de 2,50(dois metros e cinqüenta centímetros) de diâmetro mínimo.

Art. 350º — A área mínima admissível para os dormitórios será de 9,00 m2 (nove metros quadrados) para o primeiro e de 7,00 m2 (sete metros quadrados ) para os demais, quando houver, com forma geométrica que permita a inscrição de um círculo de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) de diâmetro mínimo.

Art. 351º — O pé direito mínimo das salas de dormitórios será de 2,60m (dois metros e sessenta centímetros).

Art. 352º — As cozinhas deverão obedecer aos seguintes requisitos:

I — vedada a comunicação direta com sanitários e dormitórios;

II— paredes impermeabilizadas até a altura de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) com azulejos ou material equivalente;

III — piso impermeável com material incombustível;

IV — ralo sinfonado para escoamento de água;

V — pé direito mínimo de 2,30m (dois metros e trinta centímetros).

Art. 353º — As cozinhas terão área mínima de 4,00 m2 (quatro metros quadrados) com forma geométrica que permita a inscrição de um círculo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de diâmetro mínimo.

Parágrafo único — Será obrigatória a existência de chaminés ou exaustores quando admitida no projeto a utilização de fogão alimentado a lenha, carvão ou óleo cru.

Art. 354º — Os sanitários deverão obedecer às seguintes condições:

I — paredes impermeabilizadas até a altura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) com azulejo ou material equivalente;

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II — piso impermeável com material incombustível e liso;

III — ralo sifonado para escoamento de água;

IV — pé direito mínimo de 2,30m (dois metros e trinta centímetros).

Art. 355º — Os sanitários terão área mínima de 3,00 m2 (três metros quadrados) com forma geométrica que permita a inscrição de um círculo de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de diâmetro mínimo.

Parágrafo Único — Será obrigatória a execução de área privativa (Box) com as dimensões mínimas de 0,80m x 0,80m (oitenta centímetros por oitenta centímetros).

Art. 356º — Os sanitários de uso dos empregados terão área mínima de 1,60 m2 (um metro e sessenta centímetros quadrados) com forma geométrica que permita a inscrição de um círculo de 0,80m (oitenta centímetros) de diâmetro mínimo e pé direito mínimo de 2,30m (dois metros e trinta centímetros).

Parágrafo Único — Os referidos sanitários deverão ter paredes impermeabilizadas com material equivalente ao dos compartimentos de serviço (cozinha e sanitário).

Art. 357º — Os quartos para uso dos empregados terão área mínima de 4,00 m2 (quatro metros quadrados) com forma geométrica que permita inscrição de um círculo de 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de diâmetro mínimo, admitindo-se o pé direito de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) com comunicação direta para a área de serviço.

Art. 358º — Os depósitos ou despensas não poderão possuir área superior a 1,60 m2 (um metro e sessenta centímetros quadrados) e largura superior a 0,80m (oitenta centímetros), nos projetos que não incluam quartos de empregados.

Art. 359º — As unidades residenciais deverão dispor obrigatoriamente de área de serviço com área de 2,00 m2 (dois metros quadrados) e que permitia a inscrição de círculo de 0,80 m (oitenta centímetros) de diâmetro mínimo.

Art. 360º — As edificações dotadas de garagens deverão satisfazer os requisitos exigidos no artigo 295 deste Código.

Art. 361º — Cada edifício ou unidade unidomiciliar deverá ser dotado de reservatório de água potável, privativo, cuja capacidade esteja em observância ao previsto no presente Código.

TÍTULO XIII

DAS DEFINIÇÕES

Art. 362º — Para efeito do presente Código ficam estabelecidas as definições relacionadas ao anexo I.

TÍTULO XIV

DAS DEFINIÇÕES FINAIS

Art. 363º — fica aprovada a tabela anexa, (anexo II) que passa a fazer parte integrante do presente Código.

Parágrafo Único — As multas estabelecidas na Tabela, serão exigidas independentemente dos valores relativos a perdas e danos, e das outras penalidades, cíveis ou criminais que porventura sejam aplicáveis.

Art. 364º — Os casos omissos serão julgados pelo Prefeito, respeitados os princípios gerais de Direito e de Analogia.

Art. 365º — O Executivo poderá instituir normas relativas à limpeza urbana, estabelecendo, inclusive, tipos de equipamento para uso obrigatório em edificações de qualquer natureza e estipulando multas, que não excedam ao valor equivalente a 100 (cem) U.F.M. para os atos considerados atentatórios à limpeza urbana.

Art. 366º — Este Código entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ITABUNA, em 14 de setembro de 1979.

Fernando Gomes Oliveira

Prefeito

Econ. José Maurício de Souza

Secretário de Administração

DEFINIÇÕES = ANEXO I

ACRÉSCIMO — É o aumento de uma construção quer no sentido horizontal, quer no sentido vertical.

AFASTAMENTO — Distância compreendida, entre as divisas do terreno e o parâmetro vertical externo mais avançado da edificação, medida perpendicularmente à testada ou às demais divisas do terreno.

ÁGUA SERVIDA — Água residual ou de esgoto.

ALINHAMENTO DE GRADIL — Linha determinada pelo Município como limite do lote ou terreno com logradouros públicos existentes ou projetados.

ALINHAMENTO DE RECUO — Linha fixada pelo Município dentro do lote, paralela ao alinhamento de gradil, somente a partir da qual é permitido qualquer edificação.

ALPENDRE — Área coberta e saliente em relação ao parâmetro externo de uma edificação, com sustentação de colunas ou consolos para sua cobertura.

ALTURA DE FACHADA — segmento vertical medido ao meio da fachada e compreendido entre dois planos horizontais que passam respectivamente, ao nível do meio-fio e pelo ponto mais alto da mesma.

ANDAIME — Estrutura provisória , de metal ou madeira, necessária à execução das edificações.

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ANDAR — Qualquer pavimento de uma edificação acima do térreo.

ANÚNCIO — Propaganda por meio de cartazes, painéis, faixas ou similares, fixados em locais visíveis ao público.

APARTAMENTO — Unidade unifamiliar integrante de edificações pluridomiciliares.

ÁREA LIVRE — Superfície não edificável dentro do lote ou terreno.

ÁREA ABERTA — Superfície não edificável do lote ou terreno, em cujos limites se inclui o logradouro público.

ÁREA FECHADA — Superfície não edificada do lote ou terreno cujos limites não se inclua o logradouro público, ou que por seu aspecto ou forma possa comprometer a iluminação ou ventilação dos cômodos a que sirva.

ÁREA EDIFICADA — Superfície definida pela projeção da edificação sobre um plano horizontal não computados saliências ou balanços de até 0,50 m (cinqüenta centímetros).

ÁREA DE DIVISA — Superfície contornada em parte por paredes da edificação e em parte por divisas e logradouros públicos.

ÁREA LIVRE PRINCIPAL — Superfície destinada a iluminação e ventilação de compartimento de permanência prolongada.

ÁREA LIVRE SECUNDÁRIA — Superfície destinada à iluminação e a ventilação de compartimentos de utilização transitória.

ÁREA DE RECUO — Superfície de terreno não edificável, definida pelo alinhamento de gradil, alinhamento de recuo e divisas laterais do lote.

ÁREA VERDE — Parte do loteamento ou terreno incorporado ao patrimônio Municipal, que interdita de modo geral a edificação, sendo permitidas todavia, de acordo com o planejamento da zona a que pertença, edificações para fins sociais, recreativos e de esportes ou necessárias a exploração da floricultura.

BOX __ Compartimento de dimensões reduzidas, geralmente destinado a estabelecimento de pequeno comércio.

BARRACÃO __ Construção provisória destinada a guarda de materiais, permitindo apenas dentro dos limites do lote do terreno.

COTA __ Medida da distância, em linha reta, entre dois pontos dados.

CANAL — Escavação artificial, revestida ou não, destinada a conduzir em longa extensão as águas pluviais ou servidas.

CASA — Unidade habitacional unifamiliar.

CASA POPULAR — Edificação de baixo custo e área total de construção não superior a 70,00 m2 (setenta metros quadrados).

CASA PROLETÁRIA — Edificação de baixo custo, cujo projeto é fornecido pela Secretária de Viação e Obras, em tipo padrão previamente aprovada pela Prefeitura.

CENTRO COMERCIAL — Edificações ou conjunto de edificações cujas dependências se destinem ao exercício de qualquer ramo de comércio por uma pluralidade de empresa subordinadas a administração única do conjunto edificado.

COEFICIENTE DE UTILIZAÇÃO — Relação entre a área total edificada e a área de terreno onde se situa a edificação.

COMPARTIMENTO — Cada divisão de unidade habitacional ou ocupacional.

CONJUNTO RESIDENCIAL — Agrupamento ou edificações uni ou pluridomiciliares, obedecendo a um planejamento global pré-estabelecido.

CORTE — Incorporação ao logradouro público de área de terreno pertencente a propriedade particular e adjacente ao mesmo logradouro.

DEPENDÊNCIA — Parte isolada, ou não, de uma habitação com utilização permanente ou transitória sem constituir unidade habitacional independente.

DESMEMBRAMENTO — Subdivisão de um terreno ou gleba, ficando as partes resultantes contestada para logradouro publico.

DIVISA — Linha limítrofe de um terreno, divisa direita a que fica direita de uma pessoa postada dentro do terreno e voltada para sua testada final.

EDIFÍCIO DE APARTAMENTOS — Edificação pluridomiciliar.

EDIFÍCIO COMERCIAL — Edificação com os requisitos necessários para o exercício de atividades comerciais e profissionais.

EDIFÍCIO INDUSTRIAL — Edificação com os requisitos necessários à instalação de indústria.

EDIFÍCIO MISTO — edificação destinada simultaneamente a habitação e outras finalidades.

EMBARGO — providência legal de autoridade pública, tendente a sustar o prosseguimento de uma obra ou instalação, cuja execução ou funcionamento estejam em desacordo com as prescrições legais.

FACHADA — parâmetro vertical externo do edifício.

FRENTE OU TESTADA — seguimento de alinhamento de gradil limitado pelas divisas laterais do terreno.

GABARITO — parâmetro preestabelecido para as edificações.

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GALERIA EXTERNA — via pública de circulação de pedestres coberta e paralela ao meio-fio por efeito de recuo do pavimento térreo da edificação.

GALERIA INTERNA — via de circulação de pedestre na parte interna da edificação com franco acesso às vias públicas.

GALPÃO — construção coberta, sem forro, fechada total ou parcialmente em pelo menos três faces, destinada somente a fins industriais ou de depósito.

GLEBA — área de terreno não loteada e superior a um lote.

HABITE-SE — documento expedido por órgão competente, à vista de conclusão de edificação autorizando seu uso ou ocupação.

HOTEL — edificação destinada à exploração da indústria de hospedagem.

INTERDIÇÃO — impedimento por ato da autoridade municipal competente, de ingresso em obra ou ocupação de uma edificação concluída.

LOCALIZAÇÃO — pedido de licenciamento para obras já executadas total parcialmente.

LOGRADOURO PÚBLICO — toda superfície ao uso público por pedestre ou veículos e oficialmente reconhecida e designada por um nome que lhe é próprio.

LOJA — parte ou todo de edificações destinado ao exercício de atividades comerciais.

LOTE — parcela mínima indivisível própria para construção resultante da subdivisão de uma gleba.

LOTEAMENTO — divisão planejada de um terreno, regularmente aprovada pela Prefeitura, para construir uma pluralidade de lotes subordinados a um sistema de arruamento, serviços públicos e comunais e áreas de uso social.

MARQUISE — estrutura em balanço destinada exclusivamente à cobertura e proteção de pedestres.

MEIO-FIO — linha limítrofe, constituída de pedra ou concreto entre a via de pedestre e a pista de rolamento de veículos.

MERCADO — edificação destinada ao uso por pequena ou média empresa para venda de gênero alimentícios, subsidiariamente, de objeto de uso doméstico.

MOTEL — hotéis com estacionamento privativo e geralmente situado, à margem de estradas.

PASSEIO OU CALÇADA — parte da rua ou avenida, pública ou particular, destinada ao trânsito de pedestre.

PAVIMENTO — parte da edificação compreendida entre dois pisos sucessivos.

PAVIMENTO TÉRREO — pavimento cujo piso apresente uma diferença de nível no máximo da

metade do pé direito em relação a um ponto de meio-fio, situado em frente ao acesso principal da edificação.

PÉ DIREITO — distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento.

PILOTIS — conjunto de pilares não embutidos em paredes e integrantes de uma edificação para o fim de proporcionar áreas abertas de livre circulação.

PISO — superfície do pavimento.

PLAY-GROUND — área coberta, destinada a recreação comum dos habitantes de uma edificação.

QUADRA — área urbana circunscrita por logradouro públicos.

RECUO — afastamento compreendido entre o alinhamento de gradil e alinhamento de recuo.

REFORMA — obra destinada a alterar a edificação em parte essencial por supressão, acréscimo ou modificação.

RENOVAÇÃO DE LICENÇA — concessão de nova licença.

SETOR — subdivisão da zona.

SOBRELOJA — compartimento com piso elevado de no mínimo, 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros) em relação ao pavimento onde se situe, do qual é parte integrante com acesso direto, cuja área de piso nunca será superior a 75% (setenta e cinco por cento) da área do próprio pavimento.

SUBSOLO — pavimento situado abaixo do térreo.

SUPERMERCADO — edificação destinada a uso por uma empresa para venda de gêneros alimentícios, e subsidiariamente, de objetos de uso doméstico sob sistema de auto serviço.

TAPUME — parede de vedação em madeira ou material similar, erguida em torno de uma obra, com implantação em logradouro público, destinada a isolá-la e proteger os transeuntes.

TAXA DE OCUPAÇÃO — relação entre a projeção no plano horizontal da área edificada e a área total do terreno.

TESTADA — linha que separa o logradouro público de propriedade particular e coincidente com o alinhamento de gradil.

TOLDO — dispositivo instalado em fachada de edificação, servindo de abrigo contra o sol ou as intempéries.

U.F.M. — Unidade fiscal municipal.

VISTORIA ADMINISTRATIVA — diligência determinada na forma deste Código para verificar as condições de uma obra, instalação ou exploração de qualquer natureza, quanto à regularidade.

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ZONA — porção territorial do Município, com limites definidos em Lei..

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ANEXO II

COND ESPECIFICAÇÃO ART. MULTA

01 Construir, reconstruir, reformar, demolir ou executar obra de qualquer natureza que tenham condições, mas iniciadas sem o devido pedido de licença.

2 ¼ U.F.M. até o valor da tabela ½ a 3 — U.F.M.

02 Iniciar obra cujo projeto não apresente condições de aprovação.

2 ½ a 3 — U.F.M.

03 Iniciar obra sem pagamento do tributo devido. 19 ¼ U.F.M. até 50% do valor da taxa de construção.

04 Inexistência de alvará na obra, bem como um jogo das plantas aprovadas.

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1/6 a 1 — U.F.M.

05 Material de construção ou entulhos nas vias públicas.

80 ¼ a 2 — U.F.M.

06 Habitar sala, apartamento, residência ou compartimento sem o respectivo habite-se.

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½ a 1 — U.F.M.

07 Fazer ligação direta do esgoto sanitário à rede pluvial.

65 ¼ a 3 — U.F.M.

08 Omitir-se na construção ou restauração de passeio e muro de alinhamento de gradil em vias públicas que tiverem meio-fios assentado.

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315 ½ a 2 — U.F.M.

09 Deixar de fornecer proteção com tapumes ou aparadeiras, nas construções, reconstruções ou demolições.

71 ¼ a 2 — U.F.M.

10 Deixar de fornecer proteção com obras de contenção ou preservação das condições de estabilidade aos terrenos inclinados que oferecem perigo de escorregamento.

302 ½ a 5 — U.F.M.

11 Não obediência às prescrições legais ou regulamentos.

O dobro do valor da taxa de construção.