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CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO LEI Nº 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO ALTERADO PELA LEI Nº 3/2012 DE 23 DE JANEIRO ACTUALIZADO EM AGOSTO DE 2012

Codigo Iva 2012

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  • CDIGO DO IMPOSTO SOBRE

    O VALOR ACRESCENTADO

    LEI N 32/2007 DE 31 DE

    DEZEMBRO

    ALTERADO PELA LEI N 3/2012 DE 23

    DE JANEIRO

    ACTUALIZADO EM AGOSTO DE 2012

  • NDICE

    PREMBULO .......................................................................................................... 1

    CAPTULO I INCIDNCIA .......................................................................................... 2

    ARTIGO 1 (mbito de aplicao)........................................................................ 2

    ARTIGO 2 (Incidncia subjectiva) ....................................................................... 2

    ARTIGO 3 (Transmisso de bens) ....................................................................... 3

    ARTIGO 4 (Prestao de servios) ...................................................................... 5

    ARTIGO 5 (Importao) .................................................................................. 6

    ARTIGO 6 (Localizao das operaes) ................................................................ 6

    ARTIGO 7 (Facto gerador) ............................................................................... 8

    ARTIGO 8 (Exigibilidade) ................................................................................. 9

    CAPTULO II ISENES ........................................................................................... 10

    SECO I ISENO NAS OPERAES INTERNAS ...................................................................... 10

    ARTIGO 9 (Transmisses de bens e prestaes de servios isentas) .............................. 10

    ARTIGO 10 (Organismos sem finalidade lucrativa) .................................................. 15

    ARTIGO 11 (Renncia iseno) ....................................................................... 15

    SECO II ISENES NA IMPORTAO .............................................................................. 15

    ARTIGO 12 (Importaes isentas) ...................................................................... 15

    SECO III ISENES NA EXPORTAO, OPERAES ASSIMILADAS E TRANSPORTES INTERNACIONAIS ..................... 21

    ARTIGO 13 (Exportaes, operaes assimiladas e transportes Internacionais Isentos) ....... 21

    SECO IV OUTRAS ISENES ..................................................................................... 23

    ARTIGO 14 (Regimes aduaneiros e fiscais especiais e outras) ..................................... 23

    CAPTULO III VALOR TRIBUTVEL ............................................................................. 25

    SECO I VALOR TRIBUTVEL NAS OPERAES INTERNAS ............................................................ 25

    ARTIGO 15 (Base do Imposto nas operaes Internas) .............................................. 25

    SECO II VALOR TRIBUTVEL NA IMPORTAO..................................................................... 28

    ARTIGO 16 (Base do Imposto na Importao) ........................................................ 28

    CAPTULO IV TAXAS ............................................................................................. 29

    ARTIGO 17 (Taxa do Imposto) .......................................................................... 29

    CAPTULO V LIQUIDAO E PAGAMENTO DO IMPOSTO .................................................... 30

    SECO I DIREITO DEDUO ..................................................................................... 30

    ARTIGO 18 (Imposto dedutvel) ........................................................................ 30

    ARTIGO 19 (Condies para o exerccio do direito deduo) .................................... 30

    ARTIGO 20 (Excluses do direito deduo) ........................................................ 31

    ARTIGO 21 (Nascimento e exerccio do direito deduo) ........................................ 32

    ARTIGO 22 (Deduo parcial) .......................................................................... 34

    SECO II PAGAMENTO DO IMPOSTO ............................................................................... 35

    ARTIGO 23 (Pagamento do Imposto Liquidado pelo contribuinte) ................................ 35

  • NDICE

    ARTIGO 24 (Pagamento do Imposto liquidado por Iniciativa dos servios) ....................... 35

    SECO III OUTRAS OBRIGAES DOS SUJEITOS PASSIVOS ........................................................... 35

    ARTIGO 25 (mbito das obrigaes) ................................................................... 35

    ARTIGO 26 (Sujeitos passivos no residentes) ....................................................... 36

    ARTIGO 27 (Emisso de facturas ou documentos equivalentes) ................................... 37

    ARTIGO 28 (Repercusso do imposto) ................................................................. 38

    ARTIGO 29 (Mercadorias enviadas consignao) ................................................... 38

    ARTIGO 30 (Facturao com Imposto includo) ...................................................... 38

    ARTIGO 31 (Dispensa de facturao) .................................................................. 38

    ARTIGO 32 (Declarao peridica) .................................................................... 39

    ARTIGO 33 (Declarao de operaes isoladas) ..................................................... 39

    ARTIGO 34 (Apuramento do imposto incluido no preo) ........................................... 39

    SECO III REGIMES ESPECIAIS .................................................................................... 39

    SUBSECO I Regime de iseno ......................................................................... 39

    ARTIGO 35 (mbito de aplicao) ..................................................................... 39

    ARTIGO 36 (Direito deduo) ........................................................................ 40

    ARTIGO 37 (Opo pelo regime normal) .............................................................. 40

    ARTIGO 38 (Opo pelo regime de Iseno e mudanas de regime) .............................. 41

    ARTIGO 39 (Facturao) ................................................................................ 41

    ARTIGO 40 (Obrigaes especiais) ..................................................................... 41

    ARTIGO 41 (Dispensa de outras obrigaes) .......................................................... 41

    SUBSEO II Regime de tributao simplificada ....................................................... 42

    ARTIGO 42 (mbito de aplicao) ..................................................................... 42

    ARTIGO 43 (Opo pelo regime) ....................................................................... 42

    ARTIGO 44 (Opo pelo regime de tributao simplificada) ....................................... 43

    ARTIGO 45 (Facturao) ................................................................................ 43

    ARTIGO 46 (Mudana de regime) ...................................................................... 43

    ARTIGO 47 (Obrigaes de escriturao) ............................................................. 43

    ARTIGO 48 (Sada do regime) .......................................................................... 44

    ARTIGO 49 (Pagamento e outras obrigaes) ........................................................ 44

    ARTIGO 50 (Conservao de documentos e registos) ............................................... 45

    SECO IV Disposies comuns ........................................................................... 45

    ARTIGO 51 (Rectificaes do imposto) ................................................................ 45

    ARTIGO 52 (Responsabilidade do adquirente) ....................................................... 46

    ANEXO I DA ALNEA C) DO N.2 7 DO ARTIGO 9 ............................................................... 47

    Lista de bens isentos do IVA ............................................................................. 47

    PORQU A BDO? .................................................................................................... 58

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO PREMBULO

    1

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    PREMBULO

    Havendo necessidade de reformular a tributao indirecta, estabelecida pela Lei n 15/2002, de 26 de

    Junho, introduzindo alteraes ao Imposto sobre o Valor Acrescentado, a Assembleia da Repblica, ao

    abrigo do disposto no n2 do artigo 127, conjugado com a alnea o) do n 2 do artigo 179 ambos da

    Constituio, determina:

    Artigo 1. Aprovado o Cdigo de Imposto sobre o Valor Acrescentado, anexo apresente Lei, dela

    fazendo parte integrante.

    Artigo 2. Compete ao Conselho de Ministros regular a presente Lei e estabelecer os procedimentos

    necessrios para simplificar as formas de cobrana deste imposto, no prazo de 90 dias, a contar da

    data da sua publicao.

    Artigo 3. So revogados, respectivamente o Decreto n 51/98, de 21 de Setembro, e suas alteraes,

    os Decretos ns 78/98 e 79/98, ambos de 29 de Dezembro, os Decretos ns 34/99, 35/99 e 36/99,

    todos de 1 de Junho, e toda a legislao complementar que contrarie a presente Lei.

    Artigo 4. A presente Lei entra em vigor em 1 de Janeiro de 2008.

    Aprovada pela Assembleia da Repblica aos 7 de Dezembro de 2007.

    O Presidente da Assembleia da Repblica. Eduardo Joaquim Mulmbw.

    Promulgada em 31 de Dezembro de 2007.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, ARMANDO EMLIO GUEBUZA.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO I INCIDNCIA

    2

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    CAPTULO I INCIDNCIA

    ARTIGO 1 (mbito de aplicao)

    1. Esto sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado, IVA:

    a) as transmisses de bens e as prestaes de servios efectuadas a ttulo oneroso no territrio

    nacional, nos termos do artigo 6, por sujeitos passivos agindo nessa qualidade;

    b) as importaes de bens.

    2. O territrio nacional abrange toda a superfcie terrestre, a zona martima e o espao areo,

    delimitados pelas fronteiras nacionais.

    ARTIGO 2 (Incidncia subjectiva)

    1. So sujeitos passivos do imposto:

    a) as pessoas singulares ou colectivas residentes ou com estabelecimento estvel ou representao

    em territrio nacional que, de um modo independente e com carcter de habitualidade, exeram,

    com ou sem fim lucrativo, actividades de produo, comrcio ou prestao de servios, incluindo as

    actividades extractivas, agrcolas, silvcolas, pecurias e pesca;

    b) as pessoas singulares ou colectivas que, no exercendo uma actividade, realizem, tambm de modo

    independente, qualquer operao tributvel desde que a mesma preencha os pressupostos de

    incidncia real do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do Imposto sobre o

    Rendimento das Pessoas Colectivas;

    c) as pessoas singulares ou colectivas no residentes e sem estabelecimento estvel ou representao

    que, ainda de modo independente, realizem qualquer operao tributvel, desde que tal operao

    esteja conexa com o exerccio das suas actividades empresariais onde quer que ela ocorra ou quando,

    independente dessa conexo, tal operao preencha os pressupostos de incidncia real do Imposto

    sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas;

    d) as pessoas singulares ou colectivas que, segundo a legislao aduaneira, realizem importaes de

    bens;

    e) as pessoas singulares ou colectivas, que em factura ou documento equivalente, mencionem

    indevidamente imposto sobre o valor acrescentado.

    2. As pessoas singulares ou colectivas referidas nas alneas a) e b) do nmero anterior so tambm

    sujeitos passivos pela aquisio dos servios constantes do n 7 do artigo 6, nas condies nele

    referidas.

    3. O Estado e as demais pessoas colectivas de direito pblico no so, no entanto sujeitos passivos do

    imposto quando:

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO I INCIDNCIA

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    a) realizem operaes no mbito dos seus poderes de autoridade, mesmo que exista uma

    contrapartida directa;

    b) realizem operaes a favor das populaes sem que exista uma contrapartida directa.

    4. O Estado e as demais pessoas colectivas de direito pblico referidas no nmero anterior so, em

    qualquer caso, sujeitos passivos do imposto quando exeram algumas das seguintes actividades e

    pelas operaes tributveis delas decorrentes, salvo quando se verifique que as exercem de forma

    no significativa:

    a) telecomunicaes;

    b) distribuio de gua, gs e electricidade;

    c) transporte de bens;

    d) transporte de pessoas;

    e) transmisso de bens novos cuja produo se destina venda;

    f) operaes de organismos agrcolas, silvcolas, pecurios e de pesca;

    g) cantinas;

    h) rdio difuso e radioteleviso;

    i) prestao de servios porturios e aeroporturios;

    j) explorao de feiras e de exposies de carcter comercial;

    k) armazenagem.

    5. O disposto no n 4 do presente artigo objecto de regulamentao do Conselho de Ministros.

    ARTIGO 3 (Transmisso de bens)

    1. Considera-se, em geral, transmisso de bens a transferncia onerosa de bens corpreos por forma

    correspondente ao exerccio do direito de propriedade.

    2. Para efeitos do nmero anterior, a energia elctrica, o gs, o calor, o frio e similares, so

    considerados bens corpreos.

    3. Consideram-se ainda transmisses, nos termos do nmero 1 deste artigo:

    a) a entrega material de bens em execuo de um contrato de locao, com clusula, vinculante para

    ambas as Partes, de transferncia de propriedade;

    b) a entrega material de bens mveis decorrente da execuo de um contrato de compra e venda, em

    que se preveja a reserva de propriedade at ao momento do pagamento total e parcial do preo;

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO I INCIDNCIA

    4

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    c) as transferncias de bens entre comitente e comissrio, efectuadas em execuo de um contrato

    de comisso definido no Cdigo Comercial, incluindo as transferncias entre consignante e

    consignatrio de mercadorias enviadas consignao. Na comisso de venda considera-se comprador

    o comissrio; na comisso de compra considerado comprador o comitente;

    d) a no devoluo, no prazo de 180 dias a contar da data da entrega ao destinatrio, das

    mercadorias enviadas consignao;

    e) a afectao permanente de bens da empresa, a uso prprio do seu titular, do pessoal ou, em geral,

    a fins alheios mesma, bem como a sua transmisso gratuita, quando, relativamente a esses bens ou

    aos elementos que os constituem, tenha havido deduo total ou parcial do imposto. Excluem-se do

    regime estabelecido nesta alnea as amostras e as ofertas de pequeno valor, cujos limites so objecto

    de regulamentao;

    f) a afectao de bens por um sujeito passivo a um sector de actividade isento e bem assim a

    afectao ao activo imobilizado de bens referidos na alnea a) do n 1 do artigo 20, quando

    relativamente a esses bens ou aos elementos que os constituem, tenha havido deduo total ou

    parcial do imposto;

    g) a transmisso de bens em segunda mo efectuada por sujeitos passivos revendedores e por

    organizadores de vendas em sistema de leilo, incluindo os objectos de arte, de coleco e as

    antiguidades, tal como so definidos no n 6 deste artigo objecto de regulamentao especial.

    4. Salvo prova em contrrio, so considerados como tendo sido objecto de transmisso pelo sujeito

    passivo os bens adquiridos, importados ou produzidos, que no se encontrarem nas existncias dos

    estabelecimentos do sujeito passivo e bem assim os que tenham sido consumidos em quantidades que,

    tendo em conta o volume de produo, devem considerar-se excessivos. Do mesmo modo no so

    considerados como tendo sido adquiridos pelo sujeito passivo os bens que se encontrarem em

    qualquer dos referidos locais.

    5. Embora sejam consideradas transmisses de bens, o imposto no devido nem exigvel nas cesses

    a ttulo oneroso ou gratuito de um estabelecimento comercial, da totalidade de um patrimnio ou de

    parte dele, que seja susceptvel de constituir um ramo de actividade independente, quando, em

    qualquer dos casos o adquirente seja, ou venha a ser, pelo facto de aquisio, um sujeito passivo de

    entre os referidos na alnea a) do n 1 do artigo 2, que pratique apenas operaes que concedam

    direito deduo.

    6. Para efeitos do disposto na alnea g) do nmero 3, entende-se por:

    a) bens em segunda mo os bens mveis usados, susceptveis de reutilizao no estado em que se

    encontram ou aps reparao, mas no renovados nem transformados e, sempre com excluso das

    pedras preciosas e metais preciosos, no se entendendo como tais as moedas ou artefactos daqueles

    materiais;

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO I INCIDNCIA

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    b) objectos de arte so os bens da autoria dos prprios artistas, como quadros, pinturas e desenhos

    originais, com a excluso dos desenhos industriais, gravuras, estampas e litografias de tiragem

    limitada a 200 exemplares, bem como outros objectos de arte no domnio da escultura e estaturia,

    com a excluso de ourivesaria e joalharia e exemplares nicos de cermica executados e assinados

    pelo artista;

    c) objectos de coleco os selos de correio, selos fiscais, carimbos postais, envelopes de primeiro

    dia, blocos postais e anlogos, obliterados ou no, mas que no estejam em circulao nem se

    destinem a ser postos em circulao, coleces e espcimes para coleces de zoologia botnica,

    mineralogia ou anatomia ou que tenham interesse histrico, arqueolgico, palentolgico etnogrfico

    ou numismtico;

    d) antiguidades os bens, com excluso dos objectos de arte e dos objectos de coleco, com mais de

    cem anos de idade;

    e) sujeito passivo revendedor o sujeito passivo que, no mbito da sua actividade, compra para

    revenda bens de segunda mo;

    f) organizador de vendas em sistema de leilo sujeito passivo que, no mbito da sua actividade,

    proponha a venda de um bem, em seu nome, mas por conta de um comitente, nos termos de um

    contrato de comisso de venda, com vista sua adjudicao em leilo;

    g) comitente de um organizador de vendas de leilo qualquer pessoa que entrega um bem a um

    organizador de vendas de bens em leilo, nos termos de um contrato de comisso de venda, com vista

    sua adjudicao em leilo;

    I) bens renovados aqueles em que o valor dos materiais utilizados na respectiva reparao seja

    superior ao valor da aquisio do bem, acrescido do valor da mo-de-obra utilizada;

    i) bens transformados aqueles que forem objecto de uma reparao que conduza modificao de

    alguma das suas caractersticas essenciais.

    ARTIGO 4 (Prestao de servios)

    1. Considera-se prestao de servios qualquer operao efectuada a ttulo oneroso, que no

    constitua transmisso ou importao de bens, na acepo dos artigos 3 e 5, respectivamente.

    2. Consideram-se ainda prestaes de servios a ttulo oneroso:

    a) as prestaes de servios gratuitos efectuados pela prpria empresa com vista s necessidades

    particulares do seu titular, da pessoa ou, em geral, a fins alheios mesma;

    b) a utilizao de bens da empresa para uso prprio do seu titular, do pessoal ou, em geral, para fins

    alheios mesma e ainda em sectores de actividades isentos quando, relativamente a esses bens ou

    aos elementos que os constituem tenha havido deduo total ou parcial do imposto.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO I INCIDNCIA

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    3. Quando a prestao de servios for efectuada por interveno de um mandatrio agindo em nome

    prprio, este sucessivamente, adquirente e prestador do servio.

    4. O disposto no n 5 do artigo 3 aplicvel, em idnticas condies, s prestaes de servios.

    5.Consideram-se tambm prestao de servios as operaes realizadas pelas agncias de viagens e

    organizadores de circuitos tursticos, cuja aplicao objecto de regulamentao especial.

    ARTIGO 5 (Importao)

    1. Considera-se importao de bens a entrada destes no territrio nacional.

    2. Tratando-se de bens que sejam colocados numa das situaes previstas no n 1 do artigo 14, a

    entrada efectiva dos mesmos no territrio nacional para efeitos da sua qualificao como importao

    s se considera verificada se e quando forem introduzidos no consumo.

    ARTIGO 6 (Localizao das operaes)

    1. So tributveis as transmisses de bens que estejam situados no territrio nacional no momento em

    que se inicia o transporte ou expedio para o adquirente ou, no caso de no haver expedio ou

    transporte, no momento em que so postos disposio do adquirente.

    2. No obstante o disposto no nmero anterior, so tambm tributveis a transmisso feita pelo

    importador e eventuais transmisses subsequentes de bens transportados ou expedidos do

    estrangeiro, quando as referidas transmisses tenham lugar antes da importao.

    3. Sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, so tributveis as prestaes de servios cujo

    prestador tenha no territrio nacional sede, estabelecimento estvel ou domiclio a partir do qual os

    servios sejam prestados.

    4. O disposto no nmero anterior no tem aplicao relativamente s seguintes operaes:

    a) prestaes de servios relacionados com um imvel situado fora do territrio nacional, incluindo os

    que tenham por objecto preparar ou coordenar a execuo de trabalhos imobilirios e as prestaes

    de peritos agentes imobilirios;

    b) trabalhos efectuados sobre bens mveis corpreos e peritagens a eles referentes, executados total

    ou essencialmente fora do territrio nacional;

    c) prestaes de servios de carcter artstico, cientfico, desportivo, recreativo, de ensino e

    similares, compreendendo as dos organizadores destas actividades e as prestaes de servios que Ihe

    sejam acessrias, que tenham lugar fora do territrio nacional;

    d) o transporte, pela distncia percorrida fora do territrio nacional.

    5. So sempre tributveis, mesmo que o prestador no tenha sede, estabelecimento estvel ou

    domiclio no territrio nacional:

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO I INCIDNCIA

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    a) prestaes de servios relacionados com um imvel situado no territrio nacional, incluindo as que

    tenham por objecto preparar ou coordenar a execuo de trabalhos imobilirios e as prestaes de

    peritos e agentes imobilirios;

    b) trabalhos efectuados sobre bens mveis corpreos e peritagens a eles referentes, executados total

    ou essencialmente no territrio nacional;

    c) prestaes de servios de carcter artstico, cientfico, desportivo, recreativo, de ensino e

    similares, compreendendo os dos organizadores destas actividades e as prestaes de servios que Ihe

    sejam acessrias, que tenham lugar no territrio nacional;

    d) o transporte, pela distncia percorrida no territrio nacional.

    6. Para efeitos da alnea d) dos ns 4 e 5, considerada distncia percorrida no territrio nacional o

    percurso efectuado fora do mesmo, nos casos em que os locais de partida e de chegada nele se

    situem. Para este efeito, um transporte de ida e volta tido como dois transportes, um para o

    trajecto da ida e outro para o trajecto de volta.

    7. So ainda tributveis as prestaes de servios a seguir enumeradas, cujo prestador no tenha no

    territrio nacional sede, estabelecimento estvel ou domicilio a partir do qual o servio seja

    prestado, sempre que o adquirente seja um sujeito passivo do imposto, referido nas alneas a) e b) do

    n 1 do artigo ainda que pratiquem exclusivamente operaes isentas sem direito a deduo cuja

    sede, estabelecimento estvel ou domicilio se situe no territrio nacional:

    a) cesso ou autorizao para utilizao de direitos de autor, licenas, marcas de fabrico e de

    comrcio e outros direitos anlogos;

    b) servios de publicidade;

    c) servios de telecomunicaes;

    d) servios de consultores, engenheiros, advogados, economistas e contabilistas, gabinetes de estudo

    em todos os domnios compreendendo os de organizao investigao e desenvolvimento;

    e) tratamento de dados e fornecimento de informaes;

    f) operaes bancrias, financeiras e de seguro e resseguro;

    g) colocao de pessoal disposio;

    h) servios de intermedirios que intervenham em nome e por conta de outrem no fornecimento das

    prestaes de servios enumeradas nas alneas deste nmero;

    i) obrigao de no exceder, mesmo a ttulo parcial, uma actividade profissional ou um direito

    mencionado nas alneas deste nmero;

    j) locao de bens mveis corpreos, bem como a locao financeira dos mesmos bens.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO I INCIDNCIA

    8

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    8. As prestaes de servios referidas no nmero anterior no so tributveis ainda que o prestador

    tenha no territrio nacional sede estabelecimento estvel ou domiclio sempre que o adquirente seja

    pessoa estabelecida ou domiciliada no estrangeiro.

    ARTIGO 7 (Facto gerador)

    1. Sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes o imposto devido e torna-se exigvel:

    a) s transmisses de bens no momento em que os bens so postos disposio do adquirente;

    b) nas prestaes de servios, no momento da sua realizao ou no momento em que, antecedendo

    esta, seja total ou parcialmente cobrado ou debitado o preo, caso em que se consideram realizadas

    pelo montante respectivo;

    c) nas importaes, no momento em que for numerado o Documento nico ou outro para o mesmo

    fim, ou se realize a arrematao ou venda.

    2. Se a transmisso de bens implicar transporte efectuado pelo fornecedor ou por um terceiro,

    considera-se que os bens so postos disposio do adquirente no momento em que se inicia o

    transporte; se implicar a obrigao de instalao ou montagem por parte do fornecedor, considera-se

    que so postos disposio do adquirente no momento em que essa instalao ou montagem estiver

    concluda.

    3. Nas transmisses de bens e prestaes de servios de carcter continuado, resultantes de contratos

    que dem lugar a pagamentos sucessivos, considera-se que os bens so postos disposio e as

    prestaes de servios so realizadas no termo do perodo a que se refere cada pagamento, sendo o

    imposto devido e exigvel pelo respectivo montante.

    4. Nas transmisses de bens e prestaes de servios referidas, respectivamente, nas alneas e) e f)

    do n 3 do artigo 3 e no n 2 do artigo 4, o imposto devido e exigvel no momento em que as

    afectaes de bens ou as prestaes de servios nelas previstas tiverem lugar.

    5. Nas transmisses de bens entre o comitente e comissrio referidas na alnea c) do n 3 do artigo 3,

    o imposto devido e torna-se exigvel no momento em que o comissrio os puser disposio do seu

    adquirente.

    6. No caso referido na alnea d) do nmero 3 do artigo 3 o imposto devido e exigvel no termo do

    prazo a referido.

    7. Quando os bens forem postos disposio de um contraente antes de terem produzido os efeitos

    translativos do contrato, o imposto devido e exigvel no momento em que esses efeitos produzirem,

    salvo se tratar das transmisses de bens referidos nas alneas a) e b) do n 3 do artigo 3.

    8. Sempre que os bens sejam colocados sob um dos regimes ou procedimentos referidos no n 2 do

    artigo. O facto gerador e a exigibilidade do imposto s se verificam no momento em que deixam de

    estar sujeitos a esses regimes ou procedimentos.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO I INCIDNCIA

    9

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    9. Nas operaes realizadas pelas agncias de viagens e organizadores de circuitos tursticos, a

    prestao de servios considera-se efectuada no acto do pagamento integral respectiva

    contraprestao ou imediatamente antes do incio da viagem ou alojamento consoante o que se

    verificar primeiro considerando incio da viagem a altura em que efectuada, a primeira prestao de

    servios ao cliente.

    ARTIGO 8 (Exigibilidade)

    No obstante o disposto no artigo anterior, sempre que a transmisso de bens ou a prestao de

    servios do lugar obrigao de emitir uma factura ou documento equivalente, nos termos do artigo

    25, o imposto torna-se exigvel:

    a) se o prazo previsto para a emisso for respeitado, no momento da sua emisso;

    b) se o prazo previsto para a emisso no for respeitado, no momento em que termina;

    c) se a transmisso de bens ou prestao de servios der lugar ao pagamento, ainda que parcial,

    anteriormente emisso da factura ou documento equivalente, no momento do recebimento desse

    pagamento, pelo montante recebido, sem prejuzo do disposto na alnea anterior.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

    10

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    CAPTULO II ISENES

    SECO I Iseno nas operaes internas

    ARTIGO 9 (Transmisses de bens e prestaes de servios isentas)

    Esto isentas do imposto:

    1. As transmisses de bens e prestaes de servios de Sade a seguir indicadas:

    a) as prestaes de servios mdicos e sanitrios e as operaes com elas estreitamente conexas,

    efectuadas por estabelecimentos hospitalares, clnicas, dispensrios e similares;

    b) as transmisses de cadeiras de rodas e veculos semelhantes, accionados manualmente ou por

    motor, para deficientes, aparelhos, artefactos e demais material de prtese ou compensao

    destinados a substituir, no todo ou em parte, qualquer membro ou rgo do corpo humano ou a

    tratamento de fracturas e, bem assim, os que se destinam a ser utilizados por invisuais ou a corrigir a

    audio;

    c) as transmisses de rgos, sangue e leite humanos;

    d) o transporte de doentes ou feridos em ambulncias ou outros veculos apropriados efectuados por

    organismos devidamente autorizados;

    e) as transmisses de redes mosquiteiras;

    f) as transmisses de medicamentos, bem como especialidades farmacuticas e outros produtos

    farmacuticos destinados exclusivamente a fins teraputicos e profilcticos e as transmisses de

    pastas, gazes, algodo hidrfilo, tiras e pensos adesivos e outros anlogos, mesmo impregnados ou

    revestidos de quaisquer substncias, para usos higinicos, medicinais ou cirrgicos.

    2. As transmisses de bens efectuadas por entidades pblicas ou organismos sem finalidade lucrativa,

    a seguir indicadas:1

    a) as transmisses de bens e as prestaes de servios de assistncia social e as transmisses de bens

    com elas conexas, efectuadas por entidades pblicas ou organismos sem finalidade lucrativa cujos fins

    e objecto sejam reconhecidos pelas autoridades competentes;

    b) transmisses de bens e as prestaes ligadas segurana efectuadas por entidades pblicas;

    c) as prestaes de servios e as transmisses de bens estreitamente conexas, efectuadas no exerccio

    da sua actividade habitual por creches, jardins de infncia, centros de actividade de tempos livres,

    1 Redaco dada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2012. Redaco anterior: 2. As transmisses de bens e prestaes de servios efectuadas por entidades sem fins lucrativos a seguir indicadas:

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

    11

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    estabelecimentos para crianas e jovens desprotegidos de meio familiar normal, lares residenciais,

    casas de trabalho, estabelecimentos para crianas e jovens deficientes, centros de reabilitao de

    invlidos, lares de idosos, centros de dia e centros de convvio para idosos, colnias de frias,

    albergues de juventude ou outros equipamentos sociais pertencentes a entidades pblicas ou a

    organismos sem finalidade lucrativa cujos fins e objecto sejam reconhecidos pelas autoridades

    competentes;

    d) as prestaes de servios efectuadas pelas prprias entidades pblicas ou organismos sem

    finalidade lucrativa, que explorem estabelecimentos ou instalaes destinadas prtica de

    actividades artsticas, desportivas, recreativas e de educao fsica a pessoas que pratiquem essas

    actividades;

    e) as prestaes de servios que consistam em proporcionar a visita, guiada ou no, a museus,

    galerias de arte, monumentos, parques, permetros florestais, jardins botnicos, zoolgicos e

    similares, pertencentes ao estado, outras entidades pblicas ou entidades sem finalidade lucrativa,

    desde que efectuadas pelas prprias entidades ou organismos sem finalidade lucrativa devidamente

    autorizadas, por intermdio dos seus prprios agentes. A presente iseno abrange tambm as

    transmisses de bens estreitamente conexas com as prestaes de servios acima referidas;

    f) a cedncia de pessoal por instituies religiosas ou filosficas para a realizao de actividades

    isentas nos termos deste Cdigo ou para fins de assistncia espiritual;

    g) as prestaes de servios efectuadas no interesse colectivo dos seus associados por organismos sem

    finalidade lucrativa, desde que esses organismos prossigam objectivos de natureza poltica, sindical,

    religiosa, patritica, filantrpica, recreativa, desportiva, cultural, cvica ou de representao de

    interesses econmicos e a nica contraprestao seja uma quota fixada nos termos dos respectivos

    estatutos;

    h) as transmisses de bens e as prestaes de servios efectuados por entidades cujas actividades

    habituais se encontram isentas nos termos das alneas a), do n 1, a), b), c), d) e g) do nmero 2 e a)

    e b) do n.3 deste artigo, aquando de manifestaes ocasionais destinadas angariao de fundos em

    seu proveito exclusivo, desde que o seu nmero no seja superior a oito por ano.

    3. As transmisses de bens e prestaes de servios do ensino e formao profissional, a seguir

    indicadas:2

    a) as prestaes de servios que tenham por objecto o ensino, bem como as transmisses de bens e

    prestaes de servios conexas, quando sejam efectuadas por estabelecimentos pblicos ou privados

    integrados no Sistema Nacional de Ensino e reconhecidos pelo Ministrio que superintende a rea de

    Educao;

    2 Redaco dada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2012. Redaco anterior: 3. As transmisses de bens e prestaes de servios do ensino a seguir indicadas:

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    b) as prestaes de servios que tenham por objecto a formao profissional, bem como as

    transmisses de bens e prestaes de servios conexas, como sejam o fornecimento de alojamento,

    alimentao e material didctico efectuadas por entidades pblicas;

    c) as prestaes de servios que consistam em lies ministradas a ttulo pessoal sobre matrias do

    ensino escolar ou superior.

    4. As operaes bancrias e financeiras.

    5. A locao de imveis:

    a) para fins de habitao;

    b) para fins comerciais, industriais e de prestao de servios em imveis situados nas zonas rurais.

    6. As operaes de seguro e resseguro, bem como as prestaes de servios conexas, efectuadas pelos

    corretores e outros mediadores de seguros.

    7. As transmisses de bens e prestaes de servios efectuadas no mbito de uma actividade agrcola,

    silvcola, pecuria ou de pescas e, nestas, as de transformao efectuadas com carcter acessrio

    pelo prprio produtor sobre os produtos provenientes da respectiva produo, utilizando os seus

    prprios recursos, desde que essa transformao seja efectuada por meios geralmente utilizados nas

    exploraes agrcolas, silvcolas, pecurias e de pesca.3

    8. A explorao e prtica de jogos de fortuna ou azar e de diverso social, nos termos previstos em

    legislao prpria, bem como as respectivas comisses e todas as operaes sujeitas a imposto

    especial sobre jogo, incluindo o preo dos ttulos das apostas e bilhetes de acesso ou ingresso nas

    reas de jogo.

    9. As transmisses de bens e prestaes de servios para fins culturais e artsticos a seguir indicados:

    a) a transmisso de direitos de autor e a autorizao para a utilizao de obra intelectual, quando

    efectuadas pelos prprios autores, seus herdeiros ou legatrios;

    3 Redaco dada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2012. Redaco anterior: 7. As transmisses de bens e prestaes de servios no mbito de actividades agrcola, silvcola, pecuria e pesca a seguir referidas: a) as transmisses de bens e as prestaes de servios, efectuadas no mbito de uma actividade agrcola, silvcola, pecuria ou de pesca, incluindo nas actividades acima referidas, as de transformao efectuadas com carcter acessrio pelo prprio produtor sobre os produtos provenientes da respectiva produo, utilizando os seus prprios recursos, desde que essa transformao seja efectuada por meios normalmente utilizados nas exploraes agrcolas, silvcolas, pecurias e de pesca; b) as transmisses de bens resultantes de actividade industrial de produo de raes destinadas alimentao de animais de reproduo e abate, para consumo humano; c) as transmisses de bens de equipamento, sementes, reprodutores, adubos, pesticidas, herbicidas, fungicidas e similares, bem como redes, anzis outros aprestos para a pesca, constantes da Pauta Aduaneira e discriminados no Anexo I que parte integrante do presente Cdigo; d) As transmisses de medicamentos destinados aplicao veterinria.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    b) as transmisses de jornais, revistas e livros considerados de natureza cultural, educativa, tcnica

    ou recreativa.

    10. As transmisses de milho, farinha de milho, arroz, po, sal iodado, leite em p para lactentes at

    um ano, trigo, farinha de trigo, tomate fresco ou refrigerado, batata, cebola, carapau congelado,

    petrleo de iluminao, jet fuel, e bicicletas comuns e preservativos e insecticidas.4

    11. As transmisses de bens e prestaes de servios efectuados no mbito de fornecimento de

    material de guerra e de aquartelamento, fardamentos militares e paramilitares, destinados

    utilizao oficial das Foras de Defesa e Segurana Nacional, desde que a actividade seja efectuada

    exclusivamente para aqueles servios, por estabelecimentos reconhecidos pelo ministrio

    competente.

    12. Outras transmisses de bens a seguir indicadas:

    a) as transmisses, pelo seu valor facial, de selos do correio em circulao ou de valores selados e

    bem assim as respectivas comisses de venda;

    b) o servio pblico de remoo de lixos;

    c) as prestaes de servios e as transmisses de bens acessrios aos mesmos servios, efectuadas por

    empresas funerrias e de cremao;

    d) as operaes sujeitas a sisa ainda que dela isentas;

    e) as transmisses de bens afectos exclusivamente a um sector de actividade isento ou que, em

    qualquer caso, no foram objecto de direito deduo e bem assim as transmisses de bens cuja

    aquisio tenha sido feita com excluso do direito a deduo nos termos do artigo 20.

    f) as transmisses de bens resultantes da actividade industrial de produo de raes destinadas

    alimentao de animais de reproduo e abate para o consumo humano;5

    g) as transmisses de gro de soja, bagao de soja, soja integral, farinha de peixe, farinha de carne,

    ps de osso, monofosfato de clcio, lisina, metionina, a utilizar como matria prima na actividade

    industrial de produo de raes destinadas a alimentao de animais de reproduo e abate para o

    consumo humano;6

    4 Redaco dada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2012. Redaco anterior:10. As transmisses de farinha de milho, arroz, po, sal iodado, leite em p para lactentes at um ano, trigo, farinha de trigo, tomate fresco ou refrigerado, batata, cebola, carapau congelado, petrleo de iluminao, jet fuel, e bicicletas comuns e preservativos.

    5 Redaco aditada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2012.

    6 Redaco aditada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2012.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    h) as transmisses de bens de equipamento, de sementes, reprodutores, adubos, pesticidas,

    herbecidas, fungicidas e similares, bem como redes, anzis e outros aprestos para a pesca, constantes

    da Pauta Aduaneira e descriminados no Anexo I, que parte integrante do presente Cdigo;7

    i) as transmisses de medicamentos destinados aplicao veterinria.8

    13. At 31 de Dezembro de 2015, as transmisses de bens e prestaes de servios a seguir indicada:9

    a) a transmisso do acar;

    b) as transmisses de matrias-primas, produtos intermedirios, peas, equipamentos e componentes,

    efectuadas pela indstria nacional do acar;

    c) as transmisses de leos alimentares e de sabes;

    d) as transmisses de bens resultantes da actividade industrial da produo de leo alimentar e

    sabes realizadas pelas respectivas fbricas;

    e) as transmisses de bens a utilizar como matria-prima na indstria de leo e sabes constantes da

    Pauta Aduaneira e discriminadas no Anexo II que parte integrante do presente Cdigo;

    f) as transmisses de bens e as prestaes de servios, efectuadas no mbito da actividade agrcola de

    produo de cana-de-acar e destinados indstria;

    14. A iseno para bens indicados nas alneas b) e f) no nmero anterior deve ser comprovada,

    consoante os casos, atravs de documentos aduaneiros apropriados ou declarao emitida pelo

    adquirente dos bens e servios em como estes vo ser incorporados no processo de produo.10

    7 Redaco aditada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2012.

    8 Redaco aditada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2012.

    9 Redaco dada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2012. Redaco anterior: 13. At 31 de Dezembro de 2010, as transmisses de bens e prestaes de servios a seguir indicadas: a) as transmisses do acar; b) as aquisies de matrias-primas, produtos intermedirios, peas, equipamentos, componentes, efectuadas pela indstria nacional de acar; c) as transmisses de leos alimentares e de sabes; d) as transmisses de bens a utilizar como matria-prima na indstria de leos e sabes, resultantes da actividade industrial de produo do leo alimentar e sabes, realizadas pelas respectivas fbricas; e) as transmisses de bens a utilizar como matria-prima na indstria de leos e sabes, constantes da pauta aduaneira e discriminadas no Anexo 11 que parte integrante do presente cdigo; f) as transmisses de bens e as prestaes de servios, efectuadas no mbito da actividade agrcola de produo

    de cana-de-acar e destinados indstria;. g) a iseno para bens indicados nas alneas b), d) e e) deste nmero deve ser comprovada, consoante os casos, atravs de documentos aduaneiros apropriados ou declarao emitida pelo adquirente dos bens e servios em como estes vo ser incorporados no processo de produo.

    10 Redaco aditada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2012.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    ARTIGO 10 (Organismos sem finalidade lucrativa)

    Para efeitos do disposto no artigo 9, apenas so considerados organismos sem finalidade lucrativa os

    que cumulativamente:

    a) em caso algum distribuam ou coloquem disposio lucros e os seus corpos gerentes no tenham,

    por si ou por interposta pessoa, algum interesse directo ou indirecto nos resultados da explorao;

    b) disponham de escriturao que abranja todas as suas actividades e a ponham disposio dos

    servios fiscais, designadamente para comprovao do referido na alnea anterior;

    c) pratiquem preos homologados pelas autoridades pblicas competentes ou, para as operaes no

    susceptveis de homologao, preos inferiores aos exigidos para operaes anlogas pelas empresas

    comerciais sujeitas a imposto;

    d) No entrem na concorrncia directa com sujeitos passivos do imposto.

    ARTIGO 11 (Renncia iseno)

    1. Podem renunciar iseno optando pela aplicao do imposto s suas operaes os sujeitos

    passivos que beneficiam das isenes constantes da alnea a) do n 7 do artigo 9.

    2. O direito de opo exercido mediante a entrega na direco da rea Fiscal competente, de

    declarao adequada, e produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano civil seguinte, salvo se o

    sujeito passivo iniciar a actividade no decurso do ano, caso em que a opo, a fazer constar da

    respectiva declarao, produz efeitos desde o incio da actividade.

    3. Tendo exercido o direito de opo nos termos dos nmeros anteriores, o sujeito passivo obrigado

    a permanecer no regime por que optou durante um perodo de, pelo menos, cinco anos findo tal

    prazo continua sujeito tributao, salvo se desejar a sua passagem situao de iseno, caso em

    que deve informar a Administrao Fiscal, mediante a entrega antes de expirado aquele prazo, na

    Direco de rea Fiscal competente, da declarao adequada, a qual produz efeitos a partir de 1de

    Janeiro do ano civil seguinte.

    SECO II Isenes na Importao

    ARTIGO 12 (Importaes isentas)

    1. Esto isentas de imposto:

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    a) as importaes definitivas de bens cuja transmisso no territrio nacional beneficie de iseno

    objectiva, designadamente os referidos nas alneas b), c) e) e f) do n 1; alnea b) do n 9; no n 10,

    no n 11; alneas f), g), h) e i) do n 12, nas alneas a), b) e e) do n 13, todos do artigo 9;11

    b) as importaes de bens, sempre que gozem de iseno do pagamento de direitos de importao nos

    termos das seguintes disposies:

    (i). Artigo 15 da Lei n 7/91, de 23 de Janeiro12;

    (ii). Artigo 7 da Lei n 4/94, de 13 de Setembro13;

    (iii). Artigo 2 e seguintes do Decreto n 3/8314 de 30 de Novembro, e artigo 18 da Lei n 2/9515, de 8

    de Maio, nos termos, limites e condies a estabelecidas;

    11 Redaco dada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2012. Redaco anterior: a) As importaes definitivas de bens cuja transmisso no territrio nacional beneficie de iseno objectiva, designadamente os referidos nos ns 1 b), c) e f); 7 c) e d); 9 b); 10; 11; e 13 a), b) e e) todos do artigo 9; 12 Lei n 7/91 de 23 de Janeiro que estabelece o quadro jurdico para a formao e actividade dos partidos polticos.

    Artigo 15

    (Isenes)

    1. Constituem ainda direitos dos partidos polticos beneficiar das seguintes isenes: a) direitos alfandegrios para os bens de equipamentos necessrios ao seu prprio funcionamento; b) imposto de Selo; c) imposto sobre sucesses e doaes; d) sisa pela aquisio de edifcios necessrios instalao da sua sede, delegaes, representaes e servios; e) contribuio predial pelos rendimentos colectveis de prdios ou parte de prdios urbanos da sua propriedade

    onde se encontrem instalados a sede, delegaes, representaes e servios. 2. As isenes referidas no nmero anterior no abrangem actividades econmicas de natureza empresarial.

    13 Lei n. 4/94, de 13 de Setembro que estabelece os princpios bsicos que permitem estender a aco das pessoas jurdicas, singulares ou colectivas, pblicas ou privadas, que desenvolvem actividades, ou, financeira e materialmente as apoiem, no campo das artes, letras, cincia, cultura e aco social.

    Artigo 7

    (Tratamento dado ao livro)

    1. O livro cultural, cientfico e escolar, assim como os insumos para a produo local gozam de iseno total dos direitos de importao e do Imposto de Circulao.

    2. O Conselho de Ministros, no mbito das suas competncias, poder alargar os benefcios a conceder ao livro e sua produo nacional.

    14 Decreto n 3/83 de 30 de Novembro que revoga o Decreto n 32/76, de 19 de Agosto, e insere disposies normativas destinadas a disciplinar a forma de aquisio e alienao de veculos para Misses Diplomticas e pessoas equiparadas ao nvel de privilgios.

    Artigo 2

    As misses diplomticas e as pessoas privilegiadas referidas no artigo anterior podem importar, temporria ou definitivamente em Moambique a quantidade de veculos automveis necessrios de acordo com as seguintes especificaes:

    a) as misses diplomticas at dois automveis para servio geral da misso; b) As pessoas privilegiadas referidas na alnea a) do n 2 do artigo 1, at dois veculos automveis por cada

    famlia, para efeitos de uso pessoal;

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

    17

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    (iv). Artigos 21, 42, 46 e 48 das regras gerais do desembarao aduaneiro, aprovadas pelo Decreto n

    30/2002, de 2 de Dezembro;16

    c) As pessoas privilegiadas referidas na alnea b) do n 2 do artigo 1, um veculo automvel por cada famlia, para efeitos de uso pessoal;

    d) As pessoas mencionadas na alnea c) do n 2 do artigo i, importaro a quantidade de veculos automveis de acordo com o nvel de equiparao que tiverem em relao s pessoas mencionadas nas alneas a) e b) do n 2 do artigo 1.

    15 Lei 2/95 de 8 de Maio de aprova o Estatuto do Deputado

    Artigo 18

    Direitos e regalias do Deputado

    1. O deputado em exerccio de funes goza, alm dos poderes e direitos consagrados na Constituio e no Regimento, dos seguintes direitos e regalias:

    a) remunerao, subsdios, ajudas de custo e outras regalias inerentes sua funo, nos termos determinados pela Assembleia;

    b) livre-trnsito em locais pblicos de acesso condicionado, no exerccio das sua funes ou causa delas, nos termos do Regimento e das demais leis;

    c) apoio, cooperao, proteco e facilidades das autoridades civis militares da Repblica, para o exerccio do seu mandato;

    d) carto especial de identificao, conforme o modelo em anexo; e) passaporte diplomtico f) aquisio, durante o seu mandato, de um veculo ligeiro, com iseno de direitos alfandegrios, emolumentos

    gerais aduaneiros, imposto de circulao e demais imposies aduaneiras ou impostos, no podendo a mesma ser alienada durante o perodo de cinco anos, salvo havendo pagamento da totalidade dos direitos devidos;

    g) tratamento protocolar de acordo com as normas legalmente estabelecidas; h) respeito e dignificao no exerccio das suas funes. 2. Os direitos inerentes qualidade de deputado, ou os adquiridos em virtude do exerccio do seu mandato, no

    prejudicam quaisquer outros direitos que o Deputado tenha ou venha a usufruir no exerccio de outras funes.

    16 Decreto 30/2002, de 2 de Dezembro que aprova as regras gerais de desembarao aduaneiro

    Artigo 21

    (Bens importados com benefcio pautal)

    1. Podem gozar de benefcio pautal no pagamento de direitos e demais imposies, as mercadorias e artigos constantes do Quadro V em anexo e quaisquer outras que venham a ser consignadas em disposio legal prprio.

    2. A no observncia das regras estabelecidas relativas ao destino das mercadorias com benefcio pautal originar o cancelamento imediato do benefcio concedido, sendo devidos todos os direitos aduaneiros contidos no despacho de entrada da mercadoria em territrio aduaneiro, calculado com base na taxa cambial do dia em que a infraco tenha sido participada.

    3. O pagamento de quaisquer impostos devidos pela no conformidade com as regras estabelecidas em relao s mercadorias importadas com benefcio pautal da responsabilidade da pessoa que estiver na posse das mercadorias que sejam objecto do benefcio, sem prejuzo das multas aplicveis pessoa que violou as regras estipuladas na lei aduaneira para o descaminho.

    Artigo 42

    (Bagagem)

    1. Considera-se bagagem para efeitos aduaneiros, os bens pessoais despachados ou que o viajante transporta consigo nas suas deslocaes internacionais.

    2. So isentas de direitos e demais imposies as bagagens dos viajantes que se encontrem nas situaes a seguir descritas:

    a) se desloquem temporariamente ao Pas, em turismo ou em viagem de negcios, para os bens referidos na alnea a) do nmero seguinte;

    b) venham fixar domiclio no Pas, no que se refere aos bens descritos nas alneas a) e b) do nmero seguinte;

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

    18

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    c) os funcionrios civis ou militares e estudantes que, em misso de servio pblico ou de estudo, hajam permanecido fora do Pas, por espao superior a um ano, no que se refere aos bens descritos nas alneas a) e b) do nmero seguinte;

    d) os funcionrios do Estado que tenham sado do Pas, em misso de servio inicialmente prevista para ser por mais de um ano, mas que tenham o seu regresso antes de decorrido esse prazo, por motivos de servio do Estado; no que se refere aos bens descritos nas alneas a) e b) do nmero seguinte;

    e) os viajantes que saem do pas para fixar residncia no estrangeiro, no que respeita aos bens descritos nas alneas a) e b) do nmero seguinte; e

    f) os viajantes frequentes, definidos como os que fizeram pelo menos uma travessia fronteiria de entrada nos ltimos trinta dias, no que respeita aos bens descritos na alnea a) do nmero seguinte.

    3. Considera-se bagagem para efeitos do nmero anterior, desde que em quantidades e qualidades razoveis que no revelem finalidades comerciais:

    a) os objectos de uso pessoal constitudos por artigos usados, de que o viajante possa ter necessidade para seu uso prprio durante a viajem, com excluso de quaisquer bens que denotem fins comerciais. Incluem-se neste mbito:

    (i) O vesturio, objectos de uso pessoal, livros e ferramentas, instrumentos e utenslios da profisso do viajante.

    (ii) Aparelhos portteis usados tais como computadores portteis, mquinas fotogrficas, de filmar, binculos, aparelhos de televiso, de radiodifuso e de gravao ou reproduo de som;

    (iii) Rolos de pelculas, filmes ou disquetes.

    b) os mveis, roupas e outros objectos de uso domstico.

    4. Para os viajantes referidos nas alneas a), e) e f), do nmero 2 deste artigo, a concesso da iseno feita no acto de apresentao da bagagem sendo dispensadas quaisquer outras formalidades.

    5. As falsas declaraes, quanto ao preceituado neste artigo, constituem infraco lei aduaneira e os bens a que elas se referem sero imediatamente apreendidos e remetidos a procedimento fiscal prprio.

    Artigo 46

    (Franquia aos viajantes)

    1. So, mensalmente, concedidas franquias fiscais individuais aos bens contidos nas bagagens pessoais dos viajantes procedentes do estrangeiro, desde que se trate de importaes desprovidas de carcter comercial, isto , que apresentem carcter ocasional e respeitem exclusivamente aos bens destinados a uso pessoal ou familiar do viajante, caso um bem exceda a franquia a que o viajante tenha direito, este ser tributado pela diferena do valor da franquia a que tem direito.

    2. Os limites da franquia referida no nmero anterior, por viajante, so os seguintes:

    a) Produtos do tabaco - 200 cigarros, ou 100 cigarrilhas, ou 50 charutos, ou 250 gramas de tabaco para fumar;

    b) Bebidas alcolicas - 1 litro de bebidas espirituosas e 2.25 litros de vinho;

    c) Perfumes - 50 ml de perfume ou 250 ml de gua de toucador;

    d) Especialidades farmacuticas - quantidades consideradas razoveis para consumo prprio; e

    e) Outros artigos at ao valor de USD 50 ou equivalente.

    3. Os viajantes menores de 18 anos no beneficiam de qualquer franquia relativamente s mercadorias referidas nas alneas a) e b) do nmero anterior.

    Artigo 48

    (Bens no considerados bagagem)

    1. No so considerados bagagem para os efeitos do artigo 41, os veculos e as armas e munies.

    2. Ao cidado que venha residir no Pas autorizada a importao de uma arma de caa e no mximo cem cartuchos, isenta de direitos e demais imposies, desde que aquela lhe pertena h mais de um ano e seja devidamente autorizado pelo Ministrio do Interior.

    3. Aos cidados nacionais, maiores de 18 anos, que tenham permanecido no estrangeiro por tempo superior a um ano permitida a importao de um veculo, includo no conceito de bagagem, gozando de iseno de direitos e demais imposies, observando as seguintes condies:

    a) para o benefcio de iseno total referido no nmero anterior, o veculo deve ser propriedade do cidado h mais de 180 dias, no pas de procedncia; Se se tratar de um veculo com menos de 180 dias na sua propriedade no pas de procedncia, em vez de iseno, poder ser concedida uma reduo de 80% nos direitos e demais imposies, independentemente de ser novo ou usado.

    b) se o cidado nacional regressar ao Pas com mais do que um veculo adquirido no Pas de procedncia, nas condies deste artigo, a iseno ou reduo, conforme o caso, aplica-se somente a um veculo, devendo os restantes pagar a totalidade das imposies em dvida;

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

    19

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    (v) N 2 do artigo 6 da Lei n 13/2007, de 26 de Junho;17

    (vi) N 2 do artigo 7 da Lei n 13/2007, de 26 de Junho;18

    c) os beneficirios deste regime, no podero gozar de nova iseno ou reduo na importao de um veculo antes de decorrido o prazo de cinco (5) anos, contados a partir da data da numerao do despacho de importao objecto do benefcio fiscal referido neste artigo.

    d) o benefcio de que trata este artigo, pode ser substitudo pelo importao ou aquisio no mercado interno de um veculo, em estado novo ou usado, podendo neste caso, excepcionalmente ter o tratamento de separado de bagagem, sendo-lhe concedida a reduo de 50% das imposies devidas pela sua importao.

    e) o prazo, no qual a solicitao dos benefcios fiscais previstos no presente artigo devem ser requeridos, de 60 dias, aps a chegada do peticionrio ao Pas ou 30 dias aps a concesso da autorizao de residncia, para os cidados estrangeiros;

    f) o prazo referido na alnea anterior poder ser prorrogado, excepcionalmente, pelo Director Geral das Alfndegas at ao mximo de 30 dias;

    g) a Ministra do Plano e Finanas poder, em condies excepcionais, autorizar o tratamento de veculos como separados de bagagem, quando os requerentes no hajam completado o perodo de 1 ano no estrangeiro, por motivos devidamente justificados.

    4. As importaes referidas no nmero anterior que beneficiarem de iseno ou reduo, ficam rigorosamente sujeitas ao preceituado no artigo 21.

    5. Aos cidados estrangeiros que venham pela primeira vez instalar-se em Moambique, permitida a importao de uma viatura automvel ligeira, isenta de direitos e demais imposies, desde que a mesma seja sua pertena h mais de um ano, no Pas de procedncia. O benefcio acima descrito poder ser substitudo pela importao de uma viatura automvel ligeira em estado novo, directamente para Moambique, sendo nestas circunstncias o benefcio concedido a reduo de 50% das imposies devidas pela importao da viatura.

    6. Os procedimentos para se beneficiar das isenes previstas nos nmeros 1 a 3 deste artigo esto previstos em regulamento prprio.

    17 Legislao especfica de benefcios fiscais para a Lei de minas e lei de petrleos

    Artigo 6 (Incentivos para os empreendimentos ao abrigo da Lei de Minas)

    1. Os empreendimentos levados a cabo ao abrigo da Lei n. 14/2002, de 26 de Junho, beneficiam, durante 5 anos, a contar da data do incio da explorao mineira, de iseno de:

    a) direitos aduaneiros devidos na importao de equipamentos para a prospeco e pesquisa ou explorao mineira classificados na classe K da Pauta Aduaneira;

    b) direitos aduaneiros devidos na importao de bens constante no Anexo da presente Lei, equiparados classe K da Pauta Aduaneira.

    2. As importaes referidas no nmero anterior beneficiam ainda, durante o mesmo perodo, de iseno do Imposto sobre o Valor Acrescentado e do Imposto sobre Consumos Especficos, previstos na Lei n. 15/2002, de 26 de Junho.

    18 Artigo 7

    (Incentivos para os empreendimentos ao abrigo da Lei de Petrleos)

    1. Os empreendimentos levados a cabo ao abrigo da Lei n. 3/2001, de 21 de Fevereiro, beneficiam, durante 5 anos, a contar da data da aprovao do plano de desenvolvimento, de iseno de:

    a) direitos aduaneiros devidos na importao de equipamentos destinados a serem utilizados em operaes petrolferas classificados na classe K da Pauta Aduaneira;

    b) direitos aduaneiros devidos na importao de explosivos, detonadores, rastilhos e similares, mquinas e aparelhos para rebentamento de explosivos, bem como equipamentos e aparelhos para reconhecimento e levantamentos topogrficos, geodsicos e geolgicos em terra e no mar, destinados a operaes petrolferas.

    2. As importaes referidas no nmero anterior beneficiam ainda, durante o mesmo perodo, de iseno do Imposto sobre o Valor Acrescentado e do Imposto sobre Consumos Especficos, previstos na Lei n. 15/2002, de 26 de Junho.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    c) as importaes de bens nos regimes de trnsito, importao temporria ou draubaque que sejam

    isentas totalmente de direitos aduaneiros;

    d) a reimportao de bens por quem os exportou, no mesmo estado em que foram exportados, quando

    beneficiem de iseno de direitos aduaneiros;

    e) as prestaes de servios cujo valor esteja includo na base tributvel das importaes de bens a

    que se refiram conforme estabelecido no artigo 16;

    f) as importaes de ouro efectuadas pelo Banco de Moambique;

    g) as importaes de bens de abastecimento que, desde a sua entrada em territrio nacional at

    chegada ao porto ou aeroporto nacionais de destino e durante a permanncia nos mesmos pelo

    perodo normal necessrio ao cumprimento das suas tarefas, sejam consumidos ou se encontram a

    bordo das embarcaes que efectuem navegao martima, fluvial ou lacustre internacional ou de

    avies que efectuem navegao area internacional;

    h) as importaes das embarcaes referidas na alnea f) do n 1 do artigo 13 e dos objectos nelas

    incorporados ou que sejam utilizados para a sua explorao;

    i) a importao dos avies referidos na alnea g) do nmero 1 do artigo 13 e dos objectos nele

    incorporados ou que sejam utilizados para a sua explorao;

    j) as importaes de objectos de arte, quando efectuados pelos prprios artistas autores, residentes

    no territrio nacional, seus herdeiros ou legatrios;

    k) as importaes de bens de equipamento classificados na classe "K" da Pauta Aduaneira, destinados

    aos investimentos em empreendimentos autorizados ao abrigo da Lei de Investimentos e respectivo

    regulamento;

    l) a importao de veculo de combate a incndios por associaes de bombeiros que se destinem

    exclusivamente a ser utilizados na sua actividade prpria.

    2. Beneficiam de iseno ou reduo de imposto, na mesma proporo em que gozam da reduo de

    direitos:

    a) os emigrantes, funcionrios civis ou militares, do Estado, estudantes e bolseiros, que regressem

    definitivamente a Moambique, nos termos, condies e limites da respectiva legislao aduaneira;

    b) os mineiros nacionais em servio no estrangeiro, nos termos, condies a determinar por despacho

    do Ministro que superintende a rea das Finanas;

    c) as importaes de materiais e equipamentos efectuados no mbito de projectos de

    desenvolvimento financiados pelas agncias e instituies especializadas das Naes Unidas,

    devidamente acreditadas junto do governo Moambicano, desde que destinados exclusivamente

    implementao dos projectos.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

    21

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    3. A iseno referida na alnea g) do n 1 deste artigo no aplicvel a:

    a) provises de bordo que se encontrem nas seguintes embarcaes:

    (i) as que estejam a ser, desmanteladas ou utilizadas em fins diferentes da realizao dos fins

    prprios da navegao martima internacional, enquanto durarem tais circunstncias;

    (ii) as utilizadas nos hotis, restaurantes ou salas de jogos flutuantes ou para fins semelhantes,

    durante a sua permanncia num porto ou em guas territoriais ou interiores do territrio nacional;

    (iii) as de recreio, durante a sua permanncia num ponto ou em guas territoriais interiores do

    territrio nacional;

    (iv) as de pesca costeira.

    b) combustveis e carburantes que no sejam os contidos nos depsitos normais.

    4. A concesso da iseno prevista na alnea c) do n. 2 deste artigo depende de despacho favorvel

    do Ministro que superintende a rea de Finanas, mediante requerimento prvio apresentado pela

    entidade promotora e acompanhado de lista discriminada dos bens a importar e respectivo plano de

    importaes, sendo concedida pelos servios aduaneiros segundo esse mesmo plano e sempre aps

    conferncia por confronto com lista aprovada naquele despacho.

    SECO III Isenes na exportao, operaes assimiladas e transportes

    Internacionais

    ARTIGO 13 (Exportaes, operaes assimiladas e transportes Internacionais Isentos)

    1. Esto isentas do imposto:

    a) as transmisses de bens expedidos ou transportados com destino ao estrangeiro pelo vendedor ou

    por um terceiro por conta deste;

    b) as transmisses de bens expedidos ou transportados com destino ao estrangeiro por um adquirente

    sem residncia ou estabelecimento em territrio nacional ou por um terceiro por conta deste, com

    excepo dos bens destinados ao abastecimento de barcos desportivos e de recreio de avies de

    turismo ou qualquer outro meio de transporte de uso privado. A presente iseno objecto de

    regulamentao em diploma prprio;

    c) as transmisses de bens de abastecimento postos a bordo das embarcaes que efectuem

    navegao martima em alto mar e que assegurem o transporte remunerado de passageiros ou o

    exerccio de uma actividade comercial industrial ou de pesca;

    d) as transmisses de bens de abastecimento postos a bordo das embarcaes de salvamento,

    assistncia martima e pesca costeira com excepo em relao a estas ltimas das provises de

    bordo;

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

    22

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    e) as transmisses de bens de abastecimento postos a bordo das embarcaes de guerra, quando

    deixem o pas com destino a um porto ou ancoradouro situado no estrangeiro;

    f) as transmisses, transformaes, reparaes e as operaes de manuteno, frete e aluguer de

    embarcaes afectas s actividades a que se referem as alneas c) e d), assim como as transmisses

    aluguer reparao e conservao dos objectos incluindo o equipamento de pesca incorporados nas

    referidas embarcaes ou que sejam utilizados para a sua explorao;

    g) as transmisses, transformaes, reparaes e as operaes de manuteno, frete, aluguer dos

    avies utilizados pelas companhias de navegao area que se dediquem principalmente ao trfego

    internacional, assim como as transmisses, reparaes, operaes de manuteno e aluguer dos

    objectos incorporados nos referidos avies ou que sejam utilizados para a sua explorao;

    h) as transmisses de bens de abastecimento postos a bordo dos avies referidos na alnea anterior;

    i) as prestaes de servios mencionadas nas alneas e) e f) do presente nmero, efectuadas com vista

    s necessidades directas dos barcos e avies ali referidos e da respectiva carga;

    j) as transmisses de bens efectuadas no mbito das relaes diplomticas e consulares, cuja iseno

    resulte de acordos e convnios internacionais celebrados em Moambique;

    k) as transmisses de bens destinadas a organismos internacionais reconhecidos por Moambique ou a

    membros dos mesmos organismos, nos limites e com as condies fixadas em acordos e convnios

    internacionais celebrados em Moambique;

    l) as transmisses de bens para organismos devidamente reconhecidos que os exportem para o

    estrangeiro no mbito das suas actividades humanitrias, caritativas ou educativas, mediante prvio

    reconhecimento do direito iseno pela forma que determinada em decreto a regulamentar;

    m) as prestaes de servios, com excepo das referidas no artigo 9 que estejam directamente

    relacionadas com o trnsito, exportao ou importao de bens isentos de imposto por terem sido

    declarados em regime temporrio, draubaque ou trnsito, nos termos da alnea c) do nmero 1 do

    artigo anterior, ou terem entrado em depsitos de regime aduaneiro ou livre de outras reas referidas

    no artigo seguinte;

    n) as prestaes de servios com excepo das referidas no artigo 9 que se relacionem com a

    expedio de bens destinados ao estrangeiro;

    o) as transmisses de bens e prestaes de servios efectuadas pelos Caminhos-de-ferro de

    Moambique a companhias ferrovirias estrangeiras, no quadro de explorao da rede ferroviria dos

    seus equipamentos;

    p) o transporte de pessoas provenientes ou com destino ao estrangeiro;

    q) as prestaes de servios que consistam em trabalhos realizados sobre bens mveis, adquiridos ou

    importados para serem objecto de tais trabalhos em territrio nacional e expedidos de seguida ou

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

    23

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    transportados com destino ao estrangeiro por quem os prestou, pelo seu destinatrio no estabelecido

    no territrio nacional ou por terceiro em nome e por conta de qualquer deles;

    r) as transmisses para o Banco de Moambique de ouro em barra ou em outras formas no

    trabalhadas;

    s) as prestaes de servios realizadas por intermedirios que actuem em nome e por conta de

    outrem, quando intervenham em operaes descritas no presente artigo ou em operaes realizadas

    fora do territrio nacional.

    2. As isenes das alneas c), d) e h) do n 1, no que se refere s transmisses de bebidas, efectivam-

    se atravs do exerccio do direito a deduo ou da restituio do imposto, no se considerando para o

    efeito, o disposto na alnea d) do n 1 do artigo 20.

    3. Para efeitos deste Cdigo, entende -se por bens de abastecimento:

    a) as provises de bordo, sendo consideradas como tais os produtos destinados exclusivamente ao

    consumo da tripulao e dos passageiros;

    b) os combustveis, carburantes, lubrificantes e outros produtos destinados ao funcionamento das

    mquinas: de propulso e de outros aparelhos de uso tcnico instalados a bordo;

    c) os produtos acessrios destinados preparao tratamento e conservao das mercadorias

    transportadas a bordo.

    SECO IV Outras Isenes

    ARTIGO 14 (Regimes aduaneiros e fiscais especiais e outras)

    1. Esto isentas do imposto, as operaes a seguir indicadas, desde que os bens a que se referem no

    tenham utilizao nem consumo finais nas reas mencionadas:

    a) as importaes de bens que, sob controlo alfandegrio e com sujeio s disposies

    especificamente aplicveis, sejam postas nos regimes de zona econmica especial, zona franca,

    depsito franco e depsitos gerais francos ou que sejam introduzidos em depsitos de regime

    aduaneiro ou lojas francas, enquanto permanecerem sob tais regimes;

    b) as transmisses de bens expedidos ou transportados para as zonas ou depsitos mencionadas na

    alnea anterior, bem como as prestaes de servios de transporte directamente conexas com tais

    transmisses;

    c) as transmisses de bens que se efectuem nos regimes a que se refere a alnea a), assim como as

    prestaes de servios directamente conexas com tais transmisses, enquanto os bens permanecerem

    naquelas situaes;

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO II ISENES

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    d) as transmisses de bens que se encontrem nos regimes de trnsito, draubaque ou importao

    temporria e as prestaes de servios de transporte directamente conexas com tais operaes,

    enquanto os mesmos forem considerados abrangidos por aqueles regimes.

    2. Esto tambm isentas deste imposto:

    a) a aquisio e importao de bens destinados a ofertas a instituies nacionais de interesse pblico

    e de relevantes fins sociais, desde que tais bens sejam inteiramente adequados natureza da

    instituio beneficiria e venham por esta ser utilizados em actividades de evidente interesse pblico;

    b) a aquisio de bens destinados a ofertas para atenuar os efeitos das calamidades naturais, tais

    como cheias, tempestades, secas, ciclones, sismos e terramotos e outros de idntica natureza.

    c) a aquisio de servios relativos a perfurao, pesquisa e construo de infra-estruturas no mbito

    da actividade mineira e petrolfera na fase de prospeco e pesquisa.19

    3. Compete ao Conselho de Ministros regulamentar a aplicao das isenes referidas no nmero

    anterior.

    19 Redaco aditada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2012.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO III VALOR TRIBUTVEL

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    Auditoria, Impostos e Consultoria

    CAPTULO III VALOR TRIBUTVEL

    SECO I Valor Tributvel nas operaes internas

    ARTIGO 15 (Base do Imposto nas operaes Internas)

    1. Sem prejuzo do disposto n 2 do presente artigo, o valor tributvel das transmisses de bens e das

    prestaes de servios sujeitas a imposto o valor da contraprestao obtida ou a obter do

    adquirente, do destinatrio ou de um terceiro.

    2. Nos casos das transmisses de bens e das prestaes de servios a seguir enumeradas, o valor

    tributvel determinado da seguinte forma:

    a) para as operaes referidas na alnea d) do n 3 do artigo 3, o valor constante da factura a emitir

    nos termos da alnea a) do n 1 do artigo 29;

    b) para as operaes referidas nas alneas e) e f) do n 3 do artigo 3, o preo de aquisio, ou na sua

    falta, o preo de custo, reportados ao momento da realizao das operaes;

    c) para as operaes referidas no n 2 do artigo 4, o valor normal do servio, definido no n 4 do

    presente artigo;

    d) para as transmisses, de bens e prestaes de servios resultantes de actos de autoridades

    pblicas, a indemnizao ou qualquer outra forma de compensao;

    e) para as transmisses de bens entre o comitente e o comissrio ou entre o comissrio e o comitente,

    respectivamente, o preo de venda acordado pelo comissrio, diminudo da comisso, e o preo de

    compra acordado pelo comissrio, aumentado da comisso;

    f) para as transmisses de bens em segunda mo, efectuadas por sujeitos passivos do imposto que

    hajam adquirido tais bens para revenda, a diferena, devidamente justificada, entre o preo de

    venda o preo de compra, excludo o imposto sobre o valor acrescentado que onera a operao,

    podendo, estes optarem pela aplicao do disposto no nmero 1;

    g) para as transmisses de bens em segunda mo, efectuadas por organizadores de vendas em leilo

    que actuem em nome prprio, nos termos de um contrato de comisso de venda e os bens tenham

    sido adquiridos no territrio nacional o valor tributvel constitudo pelo montante facturado ao

    comprador, nos termos deste cdigo, depois de deduzidos:

    (i) o montante lquido pago ou a pagar pelo organizador de vendas em leilo ao seu comitente, que

    corresponde diferena entre o preo da adjudicao do bem em leilo e o montante da comisso

    obtida ou a obter, pelo organizador da venda em leilo, do respectivo comitente, de acordo com o

    estabelecido no contrato de comisso de venda;

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO III VALOR TRIBUTVEL

    26

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    (ii) o montante do imposto devido pelo organizador de venda em leilo, relativo transmisso de

    bens;

    h) para as transmisses de bens resultantes de actos de arrematao ou venda judicial ou

    administrativa, de conciliao ou de contratos de transaco, o valor por que as arremataes ou

    vendas tiverem sido efectuadas ou, se for caso disso, o valor normal dos bens transmitidos;

    i) para as transmisses de combustveis, cujo preo fixado por Autoridade Pblica, efectuadas por

    revendedores, o valor da contraprestao determinado nos termos dos nmeros 1 e 5 deste artigo,

    no inclui a Taxa sobre os Combustveis;

    j) para a transmisso de energia, cujo preo fixado por Autoridade Pblica, ao valor da

    contraprestao determinado nos termos do nmero 1 incide imposto sobre o valor acrescentado

    sobre 62% do total da factura;

    k) para a prestao de servio cujo preo fixado atravs de taxas aeronuticas, ao valor da

    contraprestao determinado nos termos do nmero 1 incide imposto sobre o valor acrescentado

    sobre 85% do total da factura;

    l) para as prestaes de servio de obras pblicas em construo e reabilitao de estradas, pontes e

    infra-estruturas de abastecimento de gua e electrificao rural, ao valor tributvel determinado nos

    termos do nmero 1 deduz-se 60% do mesmo, para efeitos da liquidao do imposto.20

    3. Nos casos em que a contraprestao no seja definida, no todo ou em parte, em dinheiro, o valor

    tributvel o montante recebido ou a receber, acrescido do valor normal dos bens ou servios dados

    em troca.

    4. Entende-se por valor normal de um bem ou servio o preo, aumentando dos elementos referidos

    no n 5 deste artigo, na medida em que nele no estejam includos, que um adquirente ou

    destinatrio, no estdio de comercializao onde efectuada a operao e em condies normais de

    concorrncia, teria de pagar a um fornecedor independente, no tempo e lugar em que efectuada a

    operao ou no tempo e lugar mais prximos, para obter o bem ou servio.

    5. O valor tributvel das transmisses e das prestaes de servios sujeitas a imposto inclui:

    a) os impostos, direitos, taxa e outras imposies, com excepo do prprio imposto sobre o valor

    acrescentado;

    20 Redaco dada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2012. Redaco anterior: l) para as prestaes de servio de obras pblicas em construo e reabilitao de estradas, pontes e infra-estruturas de abastecimento de gua, no valor tributvel determinado nos termos do nmero 1 deduz-se 60% do mesmo, para efeitos da liquidao do imposto.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO III VALOR TRIBUTVEL

    27

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    b) as despesas acessrias debitadas quando respeitem a comisses, embalagem, transporte e seguros

    por conta do cliente.

    6. Do valor tributvel referido no nmero anterior sero excludos:

    a) as quantias recebidas a ttulo de indemnizao declarada judicialmente, por incumprimento total

    ou parcial de contratos;

    b) os descontos, abatimentos ou bnus concedidos;

    c) as quantias pagas em nome e por conta do adquirente dos bens ou do destinatrio dos servios,

    registadas pelo contribuinte em adequadas contas de terceiros;

    d) as quantias respeitantes a embalagens, desde que as mesmas no tenham sido efectivamente

    transaccionadas e da factura ou documento equivalente constem os elementos referidos na parte final

    da alnea b) do n 5 do artigo 27.

    7. Para efeitos do nmero 1, quando o valor da contraprestao seja inferior ao que deveria resultar

    da utilizao dos preos correntes ou normais de venda, porta da fbrica, por grosso, ou a retalho,

    ou aos preos correntes ou normais ao servio, consoante a natureza das transmisses, pode a

    administrao tributria proceder sua correco.

    8. Sempre que os elementos necessrios determinao do valor tributvel sejam expressos em

    moeda diferente da moeda nacional, a equivalncia em meticais faz-se segundo regras estabelecidas

    na Lei n 2/2006, de 22 de Maro.

    9. Para efeitos do disposto na alnea l) do n 2 deste artigo, entende-se por:21

    a) infra-estruturas de abastecimento de gua, as barragens, estaes de tratamento de gua e

    grandes sistemas de abastecimento de gua;

    b) electrificao rural, a construo e reabilitao de infra-estruturas de produo, transporte e

    distribuio de energia elctrica nas zonas rurais, no mbito de projectos pblicos de electrificao

    rural.

    21 Redaco dada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 01 de Janeiro de 2012. Redaco anterior:9. Para efeitos do disposto na alnea l) do n 2 deste artigo, as infra-estruturas de abastecimento de gua compreendem barragens, estaes de tratamento de gua e grandes sistemas de abastecimento de gua.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO III VALOR TRIBUTVEL

    28

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    SECO II Valor tributvel na Importao

    ARTIGO 16 (Base do Imposto na Importao)

    1. O valor tributvel dos bens importados o valor aduaneiro, determinado nos termos das leis e

    regulamentos alfandegrios, adicionado, na medida em que nele no estejam compreendidos, dos

    elementos a seguir indicados:

    a) direitos de importao e quaisquer outros impostos ou taxa efectivamente devidos na importao,

    com excluso do prprio imposto sobre o valor acrescentado;

    b) despesas acessrias tais como embalagem transporte, seguros e outros encargos, que se verifiquem

    at ao primeiro lugar de destino dos bens no interior do Pas.

    2. Considera-se primeiro lugar de destino o que figura no documento de transporte ao abrigo do qual

    os bens so introduzidos no territrio nacional ou, na sua falta, o lugar em que se efectuar a primeira

    ruptura de carga no interior do Pas.

    3. Do valor tributvel dos bens importados so excludos descontos por pronto pagamento e os que

    figurem separadamente na factura.

    4. Nos casos de reimportao no isenta de imposto, nos termos da alnea d) do n 1 do artigo 12, de

    bens exportados temporariamente e que no estrangeiro tenham sido objecto de reparao,

    transformao ou complemento de fabrico, o valor tributvel o que corresponder a operao

    efectuada no estrangeiro, determinado de acordo com o disposto no n 1 do presente artigo.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO IV TAXAS

    29

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    CAPTULO IV TAXAS

    ARTIGO 17 (Taxa do Imposto)

    1. A taxa do imposto de 17%.

    2. A taxa aplicvel a que vigora no momento em que o imposto se torna exigvel.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO V LIQUIDAO E PAGAMENTO DO IMPOSTO

    30

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    CAPTULO V LIQUIDAO E PAGAMENTO DO IMPOSTO

    SECO I Direito deduo

    ARTIGO 18 (Imposto dedutvel)

    1. Para o apuramento do imposto devido, os sujeitos passivos deduzem, nos termos dos artigos

    seguintes, ao imposto incidente sobre as operaes tributveis que efectuaram:

    a) o imposto que Ihes foi facturado na aquisio de bens e servios por outros sujeitos passivos;

    b) o imposto devido pela importao de bens;

    c) o imposto pago pela aquisio dos servios indicados no n 7 do artigo 6;

    d) o imposto pago como destinatrio de operaes tributveis efectuadas por sujeitos passivos

    estabelecidos no estrangeiro, quando estes no tenham um representante legalmente acreditado e

    no houver facturado o imposto;

    e) o imposto suportado nas reparaes, manuteno, ou outras prestaes de servios, no caso dos

    revendedores de bens em segunda mo.

    2. S confere direito deduo do imposto mencionado em facturas, documentos equivalentes e

    bilhetes de despacho de importaes passados em forma legal, na posse do sujeito passivo.

    3. No pode deduzir-se o imposto que resulte de operao simulada ou em que seja simulado o preo

    constante da factura ou documento equivalente.

    4. No ainda permitido o direito deduo do imposto nas aquisies de bens em segunda mo

    quando o valor tributvel da sua transmisso posterior for a diferena entre o preo de venda e o

    preo de compra, nos termos da alnea f) do n 2 do artigo 15.

    5. No pode, igualmente, deduzir-se o imposto que resulte de operaes em que o transmitente dos

    bens ou prestador dos servios no tenha entregue nos cofres do Estado o imposto liquidado, quando o

    sujeito passivo tenha ou devesse ter conhecimento de que o transmitente dos bens ou prestador de

    servios no dispe de adequada estrutura empresarial susceptvel de exercer a actividade

    declarada.22

    ARTIGO 19 (Condies para o exerccio do direito deduo)

    1. S pode deduzir-se o imposto que tenha incidido sobre bens ou servios adquiridos, importados ou

    utilizados pelo sujeito passivo para a realizao das seguintes operaes:

    22 Redaco aditada pelo artigo 1 da Lei 3/2012 de 23 de Janeiro. Entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2012.

  • LEI N 32/2007 DE 31 DE DEZEMBRO CAPTULO V LIQUIDAO E PAGAMENTO DO IMPOSTO

    31

    Auditoria, Impostos e Consultoria

    a) transmisses de bens e prestaes de servios sujeitas a impostos e dele no isenta;

    b) transmisses de bens que consistem em:

    (i) exportaes e operaes isentas nos termos do artigo 13;

    (ii) operaes efectuadas no estrangeiro que seriam tributveis se fossem efectuadas no territrio

    nacional;

    (iii) prestao de servios de transporte cujo valor esteja includo na base tributvel dos bens

    importados, nos termos da lnea b), do n.1 do artigo 16;

    (iv) transmisses de bens e prestaes de servios abrangidos pelas alneas b), c) e d) do n 1 e do

    nmero 2 do artigo 14;

    (v) transmisses de bens abrangidos na alnea f) do nmero 12, no n 10 e nas alneas d) e f) do n 13,

    todos do artigo 9.23

    2. No h, porm, direito deduo do imposto respeitante a operaes que dem lugar aos

    pagamentos referidos na alnea c) do nmero 6 do artigo 15.

    ARTIGO 20 (Excluses do direito deduo)

    1. Exclui-se, todavia, do direito a deduo o imposto contido nas seguintes despesas:

    a) despesas relativas aquisio, fabrico ou importao, locao incluindo a locao financeira,

    utilizao, transformao e reparao de viaturas de turismo, barcos de recreio, helicpteros, avies,

    motos e motociclos. considerado viatura de turismo qualquer veculo automvel, com incluso de

    reboque, que, pelo seu tipo de construo e equipamento, no seja destinado unicamente ao

    transporte de mercadoria ou a uma utilizao com carcter agrcola, comercial ou industrial ou que,

    sendo misto ou de transporte de passageiros, no tenha mais de nove lugares, com incluso do

    condutor;

    b) despesas respeitantes a combustveis normalmente utilizveis em viaturas automveis, com

    excepo da aquisio de gasleo, cujo imposto dedutvel na proporo de 50%,a menos que se

    trate de bens a seguir indicados, caso em que o imposto r