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Cmara Municipal de Tbua

CDIGO REGULAMENTAR DO MUNICPIO DE TBUA

Cdigo Regulamentar do Municpio de Tbua

REGULAMENTO QUE APROVA E PUBLICA O CDIGO REGULAMENTAR DO MUNICPIO DE TBUANota justificativa I A elaborao do Cdigo Regulamentar anexo ao presente Regulamento justifica-se, essencialmente, por duas ordens de razes, em primeiro lugar, pela necessidade de reestruturar e sistematizar as normas regulamentares actuais para colocar fim sua fragmentao e desfasamento e, em segundo lugar, pela necessidade de adequao ao ordenamento jurdico actual. Com efeito, a grande maioria das disposies regulamentares em vigor no Municpio de Tbua encontra-se, desde h muito, desactualizada e desfasada da realidade municipal, em constante desenvolvimento e mutao. Ademais, essas normas regulamentares dispersamse em diversos diplomas, o que, no raras vezes, conduz a dificuldades de interpretao e aplicao quotidiana, quer por parte dos servios municipais que as utilizam como instrumento de trabalho, quer pelos muncipes que tm o dever de conformar as suas condutas com estes normativos. Acresce que, o ordenamento jurdico portugus sofreu relevantes modificaes nos ltimos anos com reflexos imediatos na actividade regulamentar das autarquias locais. Efectivamente, urge adequar os normativos regulamentares ao novo quadro legal que conforma a actividade autrquica, redesenhado, mormente, pela aprovao da Lei das Finanas Locais, publicada pela Lei n. 2/2007, de 15 de Janeiro, pelo Regime Geral das Taxas Locais, publicado pela Lei n. 53-E/2006, de 29 de Dezembro e, pela alterao de fundo ao Decreto-Lei n. 555/99, de 16 de Dezembro, que publica o Regime Jurdico de Edificao e Urbanizao, levada a cabo pela Lei n. 60/2007, de 4 de Setembro. Neste contexto, a Cmara Municipal diligenciou no sentido de levar a cabo um complexo processo de anlise, reestruturao, sistematizao e actualizao das normas regulamentares que culmina na sua apresentao aos muncipes em forma de Cdigo. Espera-se, assim, que este processo saia premiado com um efectivo acrscimo das garantias dos muncipes ao verem reunidas e sistematizadas, num s documento, as normas que passaro a disciplinar as suas relaes com o Municpio e que, por seu turno, os servios municipais vejam facilitada a sua tarefa de interpretao e aplicao do universo das normas regulamentares. II No que tange adequao aos mencionados diplomas estruturantes da actividade municipal, pretendeu-se, primordialmente, dar resposta s novas disposies que conformam as relaes jurdico-tributrias. De acordo com o Regime Geral das Taxas Locais, a determinao dos valores das taxas deve respeitar o princpio da equivalncia jurdica, nos termos do qual esses valores so fixados tendo em conta o princpio da proporcionalidade, no devendo ultrapassar o custo da actividade pblica local ou o benefcio auferido pelo particular, admitindo-se ainda que as taxas, embora respeitando o princpio da proporcionalidade, sejam fixadas com base em critrios de desincentivo prtica de certos actos ou operaes. Os valores das taxas constantes da Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais foram apurados tendo presente este novo enquadramento legal, o qual, de resto, se encontra reflectido no estudo1 | 414

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econmico-financeiro anexo ao Cdigo Regulamentar, por sua vez anexo ao presente Regulamento. Haver, contudo, que ter presente que a Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais no consome o elenco das taxas que podem ser cobradas pelo Municpio, na medida em que, outras existem com directa previso na lei, tal como sucede, por exemplo, com as taxas relativas actividade de explorao de pedreiras, estabelecidas no Decreto-Lei n. 270/2001, de 6 de Outubro alterado pelos Decretos-Lei n. 112/2003, de 4 de Junho e n. 340/2007, de 12 de Outubro, e na Portaria n. 1083/2008, de 24 de Setembro. III Ainda no que se refere adequao ao ordenamento jurdico em vigor, destaca-se em particular, num plano sectorial, que a publicao da Lei n. 60/2007, de 4 de Setembro, por introduzir relevantes alteraes ao Decreto-Lei n. 555/99, tornou inadivel a reviso das normas regulamentares da edificao e urbanizao. Para alm desta conformao com o regime legal, pretendeu-se dotar o Municpio de instrumento urbanstico que discipline a actuao dos muncipes nesta matria, definindo, designadamente, regras de implantao dos edifcios, de execuo das infra-estruturas e condies de execuo das operaes urbansticas. No obstante, conforme j se aflorou, o mbito objectivo do Cdigo extravasa, em muito, o domnio jurdico-tributrio e jurdico-urbanstico. A elaborao do Cdigo anexo a este Regulamento pretendeu estender-se aos principais sectores da vida em sociedade disciplinados por normas de origem autrquica. Por conseguinte, as reas abrangidas pelo mbito de aplicao deste diploma so to diversificadas quo diferenciada e extensa a interveno municipal na vida dos cidados, conforme se poder constatar pelo teor do artigo 2. deste Cdigo Regulamentar, que delimita o seu objecto. IV O Projecto de Regulamento foi publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 37, de 22 de Fevereiro de 2011, para efeitos de apreciao pblica. Durante o perodo de apreciao pblica foram apresentadas algumas sugestes que mereceram a devida ponderao do executivo municipal. V Assim, ao abrigo do disposto no artigo 241. da Constituio da Repblica Portuguesa, artigos 114. a 119. do Cdigo de Procedimento Administrativo, do artigo 8. da Lei n. 53-E/2006, de 29 de Dezembro, dos artigos 15. e 16. da Lei n. 2/2007, de 15 de Janeiro, da alnea a) do n. 2 do artigo 53., da alnea a) do n. 6 e do n. 7 do artigo 64., ambos da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, na redaco da Lei n. 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e de acordo com a natureza da matria tratada no presente regulamento, que obedece s disposies constantes da Lei Geral Tributria, aprovada pelo Decreto-Lei n. 398/98, de 17 de Dezembro e ao Cdigo do Procedimento e Processo Tributrio, aprovado pelo Decreto-Lei n. 433/99, de 26 de Outubro, e bem assim, das demais disposies legais identificadas ao longo dos diversos captulos que compem o Cdigo Regulamentar anexo, procedeu-se elaborao do presente Regulamento que foi aprovado em 20 de Abril de 2011 pela Cmara Municipal e no dia 28 de Abril de 2011 pela Assembleia Municipal, o qual vai ser publicado e divulgado pelos meios previstos na lei. Artigo 1. Aprovao

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aprovado o Cdigo Regulamentar do Municpio do Tbua que se publica em anexo ao presente Regulamento e que dele faz parte integrante.

Artigo 2. Prossecuo do interesse pblico 1 A actividade municipal dirige-se prossecuo do interesse pblico, visando assegurar a adequada harmonizao dos interesses particulares com o interesse geral. 2 Incumbe ao Municpio fazer prevalecer as exigncias impostas pelo interesse pblico sobre os interesses particulares, nas condies previstas na lei, no presente Cdigo e demais regulamentao aplicvel. Artigo 3. Objectividade e justia O relacionamento do Municpio com os particulares rege-se por critrios de objectividade e justia, designadamente nos domnios da atribuio de prestaes municipais e da determinao dos ilcitos e actualizao do montante das correspondentes sanes. Artigo 4. Racionalidade e eficincia na gesto dos recursos 1 A actividade municipal rege-se por critrios dirigidos a promover a gesto racional e eficiente dos recursos disponveis. 2 De harmonia com o disposto no nmero anterior, a prestao de servios a particulares, por parte do Municpio, obedece regra da onerosidade, regendo-se a atribuio de benefcios a ttulo gratuito por rigorosos critrios de aferio da existncia de interesse municipal e de verificao do modo de utilizao dos recursos disponibilizados e do cumprimento das obrigaes correspondentemente assumidas. Artigo 5. Desburocratizao e celeridade 1 A actividade municipal rege-se por critrios dirigidos a promover a desburocratizao e a celeridade no exerccio das competncias, evitando a prtica de actos inteis ou a imposio aos particulares de exigncias injustificadas. 2 Para efeitos do disposto no nmero anterior, o Municpio promove, designadamente, a utilizao de meios informticos pelos servios municipais e pelos particulares que com eles se relacionem. Artigo 6. Regulamentao dinmica

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1 A actividade municipal procura assegurar a resposta adequada s exigncias que decorrem da evoluo do interesse pblico, designadamente atravs da permanente actualizao do disposto no presente Cdigo, que pode passar pelo alargamento do seu mbito de regulao a matrias nele no contempladas. Artigo 7. Contagem de prazos 1 Com excepo da Parte H do presente Cdigo (Taxas e Outras Receitas Municipais) e de outras situaes expressamente previstas, aplicvel aos prazos estabelecidos no presente Cdigo o regime geral do Cdigo do Procedimento Administrativo, suspendendose a respectiva contagem nos sbados, domingos e feriados. 2 Aos prazos previstos na Parte H do presente Cdigo (Taxas e Outras Receitas Municipais), aplicvel o regime do Cdigo de Procedimento e Processo Tributrio, pelo que a respectiva contagem no se suspende nos sbados, domingos e feriados. Artigo 8. Norma revogatria Com a entrada em vigor do Cdigo Regulamentar do Municpio de Tbua, consideram-se revogadas todas as disposies de natureza regulamentar anteriormente aprovadas pelo Municpio que versem sobre as matrias nele reguladas, bem como as que no respeitem o regime estipulado na Lei 53-E/2006, de 29 de Dezembro, nomeadamente os artigos 8. e 17.. Artigo 9. Entrada em vigor O Cdigo Regulamentar do Municpio de Tbua entra em vigor no dia seguinte sua publicao e divulgao na pgina electrnica www.cm-tabua.pt., e afixao nos lugares pblicos do costume, de acordo com o previsto na Lei. A Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais e os artigos referentes aos regulamentos municipais de urbanizao e ou de edificao, bem como temtica referente ao lanamento e liquidao das taxas e prestao de cauo que, nos termos da lei, sejam devidas pela realizao de operaes urbansticas, entraro em vigor no dia seguinte sua publicao no Dirio da Repblica 2. Srie, de acordo com o artigo 3. do Regime Jurdico da Urbanizao e Edificao.

CDIGO REGULAMENTAR DO MUNICPIO DE TBUAArtigo 1. Lei Habilitante

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O Presente Cdigo elaborado ao abrigo dos artigos 112. e 241. da Constituio da Repblica Portuguesa e dos artigos 117. e 118. do Cdigo de Procedimento Administrativo. Artigo 2. Objecto do Cdigo 1 O presente Cdigo consagra as disposies regulamentares com eficcia externa em vigor na rea do Municpio de Tbua nos seguintes domnios: A) Regulao e Interveno sobre o Exerccio de Actividades Privadas: Disposies Comuns; I) Actividades Privadas sobre Bens do Domnio Municipal; II) Outras Actividades Privadas; B) Gesto do Espao Municipal; C) Urbanismo; D) Ambiente; E) Apoio e Fomento; F) Preveno; G) Fiscalizao e Sancionamento; H) Taxas e Outras Receitas Municipais. 2 A presente codificao no prejudica a existncia, nos domnios referidos, de disposies regulamentares complementares ao Cdigo, nele devidamente referenciadas. PARTE A REGULAO E INTERVENO SOBRE O EXERCCIO DE ACTIVIDADES PRIVADAS DISPOSIES COMUNS Artigo A/1. Licenciamento de actividades privadas 1 Para os exclusivos efeitos do presente Cdigo, entende-se por licenciamento de actividades privadas o exerccio de todo o tipo de prerrogativas municipais de poder pblico do qual, nos termos da lei ou deste Cdigo, dependa o exerccio de actividades por entidades pblicas ou privadas, designadamente nos domnios da emisso de autorizaes ou licenas relativas a: a) Realizao de operaes urbansticas; b) Ocupao do espao pblico; c) Ocupao de espaos em feiras e mercados; d) Exerccio de outras actividades privadas sujeitas a fiscalizao e controlo do Municpio. 2 Salvo disposio em contrrio, os licenciamentos so temporrios, apenas produzindo efeitos durante o perodo de tempo previsto no correspondente ttulo. Artigo A/2.5 | 414

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Actos independentes de autorizao No necessitam de autorizao, devendo ser efectuados pelos competentes servios municipais, mediante exibio dos documentos autnticos ou autenticados necessrios comprovao dos factos invocados, os seguintes actos: a) Averbamento da titularidade de licena de ocupao da via pblica por equipamentos de mobilirio urbano com fundamento em trespasse, cesso de explorao, alterao de designao social ou cesso de quotas; b) Averbamento da titularidade da licena pela afixao ou inscrio de mensagens de publicidade com fundamento em trespasse, cesso de explorao, alterao de designao social ou cesso de quotas; c) Averbamento de transmisso de propriedade de estabelecimentos tursticos e similares, estabelecimentos industriais e de estabelecimentos comerciais por sucesso, trespasse, cesso de explorao ou cesso de quotas; d) Pedido de segunda via de licenas ou documentos, por motivo de extravio ou mau estado de conservao. Artigo A/3. Requisitos comuns do requerimento 1 O licenciamento de actividades privadas depende da apresentao de requerimento dirigido ao Presidente da Cmara Municipal, a quem, salvo disposio legal em contrrio, corresponde a competncia para decidir todas as pretenses a que se refere o presente Cdigo. 2 Para alm dos demais requisitos, em cada caso previsto na lei ou neste Cdigo, todos os requerimentos devem conter os seguintes elementos: a) Identificao do rgo a que se dirige; b) Identificao, residncia, sede ou domiclio do requerente e nmero de identificao fiscal; c) Exposio dos factos em que se baseia o pedido e, se possvel, os respectivos fundamentos de direito; d) Identificao clara do tipo de licenciamento pretendido, especificando a actividade que se pretende realizar (identificao do pedido em termos claros e precisos); e) Data e assinatura do requerente, ou de outrem a seu rogo, se o mesmo no souber ou no puder assinar. 3 Sempre que possvel, o requerente deve indicar o seu endereo de correio electrnico, que, salvo disposio legal em contrrio, poder ser utilizado para as comunicaes a realizar pelo Municpio no mbito do procedimento. 4 Sempre que exista modelo aprovado para o efeito, disponvel no servio municipal que assegura o atendimento ao pblico ou on-line, no site institucional da Cmara Municipal, os requerimentos devem ser apresentados em conformidade com esse modelo. Artigo A/4. Requisitos comuns de instruo do requerimento

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1 Sem prejuzo dos demais documentos que, em cada caso, sejam exigidos por lei ou no presente Cdigo, os requerimentos devem ser instrudos com fotocpia do bilhete de identidade ou, no caso de o requerente ser uma pessoa colectiva, com fotocpia de certido da Conservatria do Registo Comercial e fotocpia do carto de contribuinte respectivo. 2 Quando o requerimento se reporte a um bem ou a um local determinado, o requerimento, sempre que exigvel, deve ser instrudo com: a) a) Planta ou outro documento do qual resulte a indicao exacta do local a que se refere o pedido ou da localizao do bem, tratando-se de um imvel; b) Documento comprovativo de que o requerente titular de uma situao jurdica que lhe confere legitimidade para apresentar o requerimento, ou, sendo caso disso, documento comprovativo de quem so os respectivos titulares. 3 Quando o licenciamento pressuponha o exerccio, por parte do requerente, de actividade sujeita a prvio licenciamento por outra entidade pblica, o requerimento deve ser instrudo com documento comprovativo da titularidade do correspondente licenciamento. 4 Para alm dos documentos referidos nos nmeros anteriores, pode ser ainda exigido ao requerente o fornecimento de elementos adicionais, quando sejam considerados indispensveis apreciao do pedido. 5 Os documentos que instruem os requerimentos podem ser instrudos com cpias simples, podendo o Municpio, a qualquer momento, exigir que sejam exibidos os originais ou que sejam juntas as respectivas cpias certificadas. Artigo A/5. Suprimento de deficincias do requerimento Sempre que se verifique que o requerimento no cumpre os requisitos exigidos ou no se encontra devidamente instrudo, o requerente notificado para suprir as deficincias que no possam ser supridas oficiosamente dentro de um prazo razovel, no inferior a 5 (cinco) dias nem superior a 10 (dez) dias, contado da data da notificao. Artigo A/6. Fundamentos comuns de rejeio liminar 1 Para alm dos demais fundamentos, em cada caso previsto na lei ou neste Cdigo, constituem fundamento de rejeio liminar do requerimento: a) A apresentao de requerimento extemporneo; b) A apresentao de requerimento que no cumpra os requisitos exigidos ou no se encontre devidamente instrudo, quando, tendo sido notificado para o efeito nos termos do artigo anterior, o requerente no tenha vindo suprir as deficincias dentro do prazo fixado para o efeito; c) A existncia de qualquer dbito para com o Municpio, resultante do no pagamento de taxas respeitantes ao domnio de actividade a que se reporta a licena requerida, salvo se tiver sido deduzida reclamao ou impugnao e prestada garantia idnea, nos termos da lei. 2 Sero liminarmente indeferidos os requerimentos no identificados e aqueles cujo pedido seja ininteligvel.7 | 414

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Artigo A/7. Indeferimento de pedidos de licenciamentos cumulativos Nos casos em que devam ser obrigatoriamente obtidos vrios licenciamentos (licenciamentos cumulativos obrigatrios), o indeferimento de um dos pedidos constitui fundamento de indeferimento dos demais. Artigo A/8. Prazo comum de deciso Salvo expressa disposio em contrrio, os requerimentos so objecto de deciso no prazo mximo de 60 (sessenta) dias, contado desde a data da respectiva recepo ou, quando haja lugar ao suprimento de deficincias, desde a data da entrega do ltimo documento que regularize o requerimento ou complete a respectiva instruo. Artigo A/9. Regime geral de notificaes 1 Salvo disposio legal em contrrio, as notificaes ao requerente so efectuadas por via postal simples ou para o endereo de correio electrnico indicado no requerimento. 2 O requerente presume-se notificado, consoante os casos, no 2 (segundo) dia posterior ao envio da notificao por via electrnica ou no 5 (quinto) dia posterior data da expedio postal. Artigo A/10. Notificao do licenciamento e elementos comuns do alvar 1 O licenciamento obrigatoriamente notificado ao requerente com indicao do prazo para o levantamento do respectivo ttulo comprovativo e pagamento da taxa correspondente. 2 Salvo disposio em contrrio, o licenciamento titulado por alvar, do qual devem constar, para alm dos demais que se encontrem previstos na lei ou neste Cdigo, os seguintes elementos: a) Identificao completa do titular; b) Objecto do licenciamento e suas caractersticas; c) Quando seja caso disso, indicao da localizao a que diz respeito; d) Condies especiais impostas, quando existam; e) Prazo de validade, reportado ao dia, semana, ms ou ano civil, de acordo com o calendrio; f) Indicao da antecedncia com que deve ser requerida a no renovao, quando a licena esteja submetida ao regime de renovao automtica; g) Nmero de ordem; h) Data de emisso; i) Identificao do servio emissor, com assinatura. 3 O levantamento do alvar depende do pagamento da taxa correspondente.8 | 414

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Artigo A/11. Pedidos de Urgncia 1 Os pedidos de urgncia sero satisfeitos sempre que possvel. 2 Consideram -se pedidos de urgncia os que sejam satisfeitos pelos servios num prazo no superior a 3 (trs) dias teis. Artigo A/12. Caducidade do direito O no levantamento da licena concedida e o no pagamento da taxa respectiva no prazo fixado na notificao referida no artigo anterior, determina a caducidade dos direitos conferidos pelo deferimento do pedido de licenciamento. Artigo A/13. Deveres comuns do titular do licenciamento Para alm dos demais deveres, em cada caso previsto na lei ou neste Cdigo, so deveres comuns do titular do licenciamento: a) A comunicao ao Municpio de todos os dados relevantes, designadamente a alterao da sua residncia e, quando se trate de uma sociedade comercial, a cesso de quotas ou alterao do pacto social da qual resulte modificao da estrutura societria; b) A reposio da situao existente no local, quando o titular provoque a deteriorao da via pblica ou de outros espaos pblicos, podendo o Municpio proceder a essa reposio custa do titular responsvel, se este no a realizar dentro do prazo que para o efeito lhe for fixado; c) A no permisso a terceiros, a ttulo temporrio ou definitivo, do exerccio da actividade licenciada, sem prejuzo da possibilidade, nos casos em que ela se encontra prevista, da transmisso da titularidade do licenciamento, mediante prvia autorizao escrita do Municpio. d) Apresentar a licena s entidades competentes para fiscalizao, sempre que por estas lhes for exigido. Artigo A/14. Extino do licenciamento Sem prejuzo dos demais casos previstos em lei ou regulamento, o licenciamento extinguese nas seguintes situaes: a) Renncia voluntria do titular; b) Morte do titular ou dissoluo, quando se trate de pessoa colectiva, sem prejuzo da eventual transmisso do licenciamento, nos casos em que essa possibilidade se encontra prevista; c) Decurso do prazo de produo de efeitos, salvo eventual renovao, nos casos em que haja sujeio a prazo;

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d) Deciso do Municpio, por motivo de interesse pblico devidamente fundamentado, sempre que o licenciamento seja precrio, sem constituio de qualquer direito a indemnizao; e) Cancelamento pelo Municpio, fundado na violao de deveres a cargo do titular para o qual esteja expressamente prevista essa sano e, em qualquer caso, quando no seja feito o pagamento anual da taxa devida, ou, nos casos em que o titular esteja obrigado realizao de pagamentos com periodicidade mensal, quando falte a esse pagamento por perodo superior a 3 (trs) meses, seguidos ou interpolados. Artigo A/15. Renovao do licenciamento 1 Salvo expressa previso legal ou regulamentar em contrrio, ou requerimento de no renovao apresentado pelo titular, os licenciamentos sujeitos a prazo de produo de efeitos renovam-se automaticamente no termo desse prazo. 2 Os licenciamentos renovam-se nas mesmas condies e termos em que foram emitidos, sem prejuzo da actualizao do valor da taxa a que haja lugar. 3 Salvo expressa previso legal ou regulamentar em contrrio, a renovao da licena efectuada por averbamento. Artigo A/16. Averbamento da titularidade do licenciamento 1 Salvo disposio expressa em contrrio, a titularidade do licenciamento transmissvel, carecendo o correspondente averbamento de autorizao, a qual pode ser emitida desde que os factos a que respeitem subsistam nas mesmas condies em que foram licenciados. 2 Sob pena de procedimento por falta de licenciamento, o pedido de averbamento de titular deve ser acompanhado de prova documental dos factos que o justificam, nomeadamente escritura pblica ou declarao de concordncia emitida pela pessoa singular ou colectiva em nome da qual ser feito o averbamento. 3 Presume-se que as pessoas singulares ou colectivas que transfiram a propriedade de prdios urbanos ou rsticos, trespassem os seus estabelecimentos ou instalaes, ou cedam a respectiva explorao, autorizam o averbamento dos licenciamentos de que so titulares a favor das pessoas a quem transmitiram os seus direitos. 4 Os pedidos de averbamento da titularidade da licena devem ser apresentados no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de verificao dos factos que os justifiquem, sob pena de procedimento por falta de licena. 5 Os averbamentos das licenas e autorizaes concedidas ao abrigo de legislao especfica devero observar as respectivas disposies legais e regulamentares. Artigo A/17. Prazo de validade das licenas Salvo expressa previso legal ou regulamentar em contrrio, as licenas caducam a 31 de Dezembro do ano em que foram emitidas.10 | 414

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Artigo A/18. Caues As caues a prestar pelos muncipes no vencem juros e revertero em definitivo para o Municpio se no forem levantadas pelo seu titular decorridos 4 (quatro) anos a contar da data em que poderia ter sido exigido o seu levantamento. Artigo A/19. Taxas A emisso dos ttulos dos licenciamentos previstos no presente Cdigo, assim como a sua substituio, emisso de 2. (segunda) via ou averbamento, bem como a realizao de vistorias e demais prestaes, dependem do pagamento das taxas devidas plasmadas em Taxas e outras Receitas Municipais, constantes nos Anexos I e II da Parte H do presente Cdigo. TTULO I ACTIVIDADES PRIVADAS SOBRE BENS DO DOMNIO MUNICIPAL CAPTULO I ACTIVIDADE DE COMRCIO A RETALHO EM FEIRAS E MERCADOS Artigo A 1/1. Lei habilitante O presente Captulo rege-se pelo disposto no Decreto-Lei n. 42/2008, de 10 de Maro e, bem assim, pelo disposto no Decreto-Lei n. 340/82, de 25 de Agosto. SECO I Disposies gerais Artigo A 1/2. Objecto 1 As disposies que integram este Captulo regulam o exerccio da actividade de comrcio a retalho exercida no Municpio de Tbua, de forma continuada e no sedentria, em espaos pblicos ou privados, ao ar livre ou no interior, destinados realizao de feiras. 2 O presente Captulo estabelece igualmente as normas relativas organizao, funcionamento, ocupao e atribuio de lugares de venda nos mercados e feiras retalhistas e, bem assim, no Mercado Polivalente de Tbua. 3 A Cmara Municipal poder, se assim o julgar conveniente e a ttulo precrio, celebrar acordos sobre a organizao, utilizao e funcionamento dos mercados e feiras, com as juntas das respectivas freguesias onde aqueles tm lugar. Artigo A 1/3.11 | 414

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Definies Para efeitos do presente Captulo, entende-se por: a) Actividade de feirante: a actividade de comrcio a retalho, exercida de forma continuada e no sedentria em espaos pblicos ou privados, ao ar livre ou no interior, destinados realizao de feiras. b) Feira: o evento autorizado pela respectiva autarquia, que congrega periodicamente no mesmo espao vrios agentes de comrcio a retalho que exercem a actividade de feirante; c) Feirante: a pessoa singular ou colectiva, portadora do carto de feirante, que exerce de forma habitual a actividade de comrcio a retalho no sedentria em espaos, datas e frequncia determinados pelas respectivas autarquias; d) Recinto: o espao pblico ou privado, ao ar livre ou no interior, destinado realizao de feiras, que deve preencher os seguintes requisitos: i) O recinto deve estar devidamente delimitado, acautelando o livre acesso s residncias e estabelecimentos envolventes; ii) O recinto deve estar organizado por sectores, de forma a haver perfeita destrina das diversas actividades e espcies de produtos comercializados; iii) Os lugares de venda devem encontrar-se devidamente demarcados; iv) As regras de funcionamento devem estar afixadas; v) Existam infra-estruturas de conforto, nomeadamente instalaes sanitrias, rede pblica ou privada de gua, rede elctrica e pavimentao do espao adequadas ao evento; vi) Possuam, na proximidade, parques ou zonas de estacionamento adequados sua dimenso. e) Lugar de terrado: lugar atribudo ao feirante (constante de ficheiro prprio para o efeito) para efeitos de instalao do local de venda; f) Lugares reservados: lugares de terrado previamente atribudos aos feirantes; g) Lugares de ocupao ocasional: lugares de terrado no previamente atribudos e cuja ocupao atribuda em funo das disponibilidades de espao existentes no prprio dia de feira. h) Familiares do feirante: cnjuge, descendentes, ascendentes e parentes na linha recta. i) Colaboradores permanentes do feirante: pessoas singulares que prestem auxlio ao feirante no exerccio da sua actividade, por aquele indicados como tal perante a Cmara Municipal. Artigo A 1/4. Criao de mercados e feiras 1 A Cmara Municipal pode autorizar a criao de mercados e feiras, nos termos previstos na lei. 2 A ttulo excepcional, a Cmara Municipal poder autorizar a realizao de mercados e feiras pontuais, desde que devidamente justificados e requeridos. SECO II Exerccio da actividade Artigo A 1/5.12 | 414

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Exerccio da actividade de feirante A actividade de feirante s pode ser exercida pelos titulares de licena de ocupao de lugar de venda em feiras e mercados que sejam detentores de carto de feirante ou de documento equivalente nos termos previsto no artigo 10. do Decreto-Lei n. 42/2008. Artigo A 1/6. Excepes 1 Os agricultores e artesos que pretendam vender os produtos resultantes do exerccio da sua actividade nas feiras e mercados encontram-se isentos da obrigao de obteno de licena de ocupao de lugar de venda em feiras e mercados e de exibio de facturas ou documentos equivalentes comprovativos da aquisio dos produtos que vendem. 2 Os requisitos mencionados no nmero anterior devem ser atestados por documento emitido pela Junta de Freguesia respectiva. Artigo A 1/7. Carto de feirante 1 O exerccio da actividade de comrcio a retalho s pode ser efectuado por portadores de carto de feirante emitido pela Direco-Geral das Actividades Econmicas (DGAE) ou, no caso de feirantes estabelecidos noutro Estado Membro da Unio Europeia, de documento equivalente previsto no artigo 10. do Decreto-Lei n. 42/2008, de 10 de Maro. 2 O carto de feirante deve ser solicitado junto da DGAE, das direces regionais da economia ou da Cmara Municipal, atravs de carta, fax, correio electrnico ou directamente no stio da DGAE na Internet, acompanhado do impresso destinado ao cadastro comercial dos feirantes devidamente preenchido. 3 O carto mencionado no nmero anterior vlido por 3 (trs) anos a contar da data da sua emisso ou renovao. 4 O pedido de renovao do carto deve ser requerido at 30 (trinta) dias antes do termo do prazo de validade e ser apresentado junto das entidades mencionadas no nmero 2 anterior, apenas havendo lugar juno do impresso destinado ao cadastro comercial dos feirantes quando haja alterao do ramo de actividade ou da forma da sociedade. 5 O carto de feirante obrigatoriamente renovado sempre que o feirante altere o ramo de actividade ou a sua natureza jurdica. Artigo A 1/8. Licena de ocupao 1 A licena de ocupao de lugar de venda em feiras e mercados concedida a ttulo precrio, pessoal e oneroso, e apenas pode ser transmitida nos termos previstos no presente captulo. 2 As licenas tm a validade de 3 (trs) anos civis, caducando em 31 de Dezembro do ltimo ano a que dizem respeito. 3 A periodicidade de liquidao das taxas atinentes s licenas em apreo ser fixada por deliberao da Cmara Municipal.13 | 414

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3 No caso de os lugares licenciados vagarem antes do termo do prazo de validade da licena, a Cmara Municipal pode realizar um sorteio tendo em vista a sua arrematao pelo perodo de validade remanescente. Artigo A 1/9. Atribuio de licenas de ocupao 1 A licena de ocupao de lugar de venda em feiras e mercados s pode ser atribuda atravs de sorteio realizado atravs de acto pblico, conforme deliberao da Cmara Municipal. 2 Os lugares que permanecerem vagos depois de realizado o sorteio previsto no nmero anterior, no caso de no terem sido adjudicados num segundo sorteio a realizar para esse efeito, sero atribudos por sorteio no prprio dia da feira ou mercado, sendo certo que cada comerciante s tem direito adjudicao de um lugar. Artigo A 1/10. Sorteio 1 A realizao do sorteio publicitada em edital a afixar nos locais de estilo, com uma antecedncia mnima de 20 (vinte) dias e indicao das caractersticas de cada lugar a ocupar, taxas a liquidar, condies de ocupao, data para a apresentao de candidaturas e eventuais garantias a apresentar. 2 As candidaturas dos comerciantes interessados em participar no sorteio devem ser instrudas com requerimento de ocupao de lugar de venda em feiras e mercados com identificao do requerente, indicao de residncia, sede ou domiclio, e instrudo com os seguintes documentos: a) Bilhete de Identidade e carto de empresrio em nome individual se o comerciante for uma pessoa individual, ou carto de pessoa colectiva, no caso de se tratar de uma pessoa colectiva; b) Carto de feirante; c) Declarao de incio de actividade; d) Documento comprovativo do cumprimento das obrigaes tributrias inerentes ao exerccio da actividade de comrcio. e) Outros documentos que a Cmara Municipal julgue convenientes. 3 Cada comerciante s tem direito adjudicao de um lugar por cada mercado ou feira. Artigo A 1/11. Incio de actividade 1 O titular da licena obrigado a iniciar a actividade no prazo de 30 (trinta) dias a contar da realizao do sorteio se outro prazo no tiver sido indicado pela Cmara Municipal, sob pena de caducidade da mesma. 2 Quando os locais de venda forem atribudos em condies que no permitam a sua ocupao imediata, poder o Presidente da Cmara Municipal autorizar prazo diferente do previsto no nmero anterior, mediante pedido fundamentado do interessado.14 | 414

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Artigo A 1/12. Adjudicao de espaos adjacentes 1 O Presidente da Cmara Municipal pode, em casos pontuais e a requerimento dos detentores de licenas de ocupao de lugares de venda em feiras e mercados, atribuir at 40% dos espaos adjacentes queles que se tornem indispensveis ao exerccio da sua actividade, pagando os requerentes para o efeito, uma taxa de valor proporcional ao valor da taxa cobrada pelo espao de venda. 2 A adjudicao dos espaos adjacentes ser efectuada mediante sorteio, nos termos previstos no artigo A 1/10.. Artigo A 1/13. Caducidade das licenas 1 Sem prejuzo das disposies vertidas em Fiscalizao e Sancionamento, constante da Parte G do presente Cdigo, as licenas de ocupao de lugares de venda em feiras e mercados caducam nas situaes previstas nas demais normas do presente Captulo e ainda nos seguintes casos: a) Por morte dos respectivos titulares, no caso de as mesmas no terem sido transmitidas nos termos previstos neste Captulo; b) Por dissoluo da sociedade quando o titular da licena seja uma pessoa colectiva; c) Por renncia dos seus titulares; d) Por falta de pagamento da taxa dentro do prazo previsto; e) Findo o seu prazo de validade; f) Em caso de reorganizao ou desactivao dos mercados e feiras a que as mesmas respeitam; g) Por ausncia injustificada dos feirantes em 3 (trs) feiras ou mercados consecutivos; h) No caso de o feirante deixar de ser titular do carto de feirante. 2 A reorganizao originada por circunstncias de interesse pblico implica apenas a caducidade das licenas referentes aos locais directamente afectados. 3 Em caso de caducidade revertem para o Municpio os direitos e benfeitorias realizadas, sem direito a qualquer indemnizao para o respectivo titular. Artigo A 1/14. Cedncia temporria 1 Em casos excepcionais, devidamente fundamentados, pode a Cmara Municipal conceder autorizao para que a gesto e explorao dos locais de venda seja realizada por terceiro que no seja titular de licena de outro local de venda no mesmo mercado ou feira, pelo perodo em que se verifiquem as circunstncias que fundamentaram o deferimento do pedido, at ao limite de 180 (cento e oitenta) dias. 2 Terminado o prazo mencionado no nmero anterior dever o titular da licena ocupar o local de venda, sob pena de caducidade da licena. Artigo A 1/15.15 | 414

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Cedncia definitiva 1 A cedncia definitiva de uma licena de ocupao de lugares de venda em feiras e mercados poder ser autorizada pela Cmara Municipal desde que ocorra um dos seguintes factos: a) Invalidez do titular; b) Reduo a menos de 50% da capacidade fsica normal do titular; c) Outros motivos ponderosos e justificados, verificados caso a caso. 2 O titular de uma licena que pretenda ced-la nos termos deste artigo dever requerer a autorizao mediante requerimento dirigido ao Presidente da Cmara Municipal, indicando as razes porque pretende abandonar a actividade e o nome da pessoa a quem pretende ceder o lugar. 3 O requerimento referido no nmero anterior dever ainda ser instrudo com os documentos mencionados no n. 2 do artigo A 1/10. relativos ao cessionrio proposto. 4 A Cmara Municipal tem direito de preferncia na ocupao do lugar cuja licena objecto da cedncia, salvo nos casos em que feita a favor do cnjuge, pessoa que viva em unio de facto h mais de 2 (dois) anos ou a descendentes do primeiro grau em linha recta. 5 O deferimento do pedido de cedncia depende, designadamente, da verificao por parte do cessionrio das condies previstas neste Captulo para o exerccio da actividade de feirante. 6 Se o processo se encontrar correctamente instrudo e a cedncia for autorizada, ser averbado na licena o nome do novo titular. 7 A cedncia no determina qualquer alterao dos direitos, obrigaes ou condies da licena. Artigo A 1/16. Transmisso por morte 1 A Cmara Municipal pode autorizar a transmisso da licena de ocupao de lugares de venda em caso de morte do seu titular ao respectivo cnjuge no separado judicialmente de pessoas e bens, pessoa que com ele viva em unio de facto h mais de 2 (dois) anos, descendentes e ascendentes do primeiro grau em linha recta, desde que a transmisso seja requerida pelo interessado nos 60 (sessenta) dias seguintes ao decesso. 2 O disposto no nmero anterior no determina qualquer alterao dos direitos, obrigaes ou condies da licena. 3 A transmisso por morte no acarreta qualquer compensao para a Cmara Municipal. 4 O pedido de autorizao de transmisso dever ser efectuado mediante requerimento dirigido ao Presidente da Cmara Municipal com a identificao do requerente e documento comprovativo da morte do titular da licena. 5 O requerimento referido no nmero anterior dever ainda ser instrudo com os documentos mencionados no n. 2 do artigo A 1/10.. 6 O deferimento do pedido de transmisso depende, designadamente, da verificao por parte do requerente das condies previstas neste captulo para o exerccio da actividade de feirante.16 | 414

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7 Se o processo se encontrar correctamente instrudo e a transmisso for autorizada, ser averbado na licena o nome do novo titular. Artigo A 1/17. Concurso de interessados 1 Em caso de concurso de interessados a preferncia defere-se pela ordem prevista no n. 1 do artigo A 1/16.. 2 Concorrendo apenas descendentes, observam-se as seguintes regras: a) Entre descendentes de grau diferente, preferem os mais prximos em grau; b) Entre descendentes do mesmo grau, abrir-se- licitao. Artigo A 1/18. Permuta A permuta de lugares de venda carece de autorizao da Cmara Municipal e importa o pagamento de taxa plasmada em Taxas e Outras Receitas Municipais, constante do Anexo I da Parte H do presente Cdigo (Quadro VI). SECO III Condies de funcionamento Artigo A 1/19. Instalaes O funcionamento dos mercados e feiras est subordinado ao cumprimento das condies de higiene e salubridade previstas na legislao em vigor, ou que sejam impostas pelas autoridades sanitrias e fiscalizadoras competentes. Artigo A 1/20. Periodicidade e horrios 1 O horrio de funcionamento dos mercados e feiras encontra-se previsto no Anexo I ao presente Captulo. 2 Os mercados e feiras autorizados encontram-se previstos no Anexo mencionado no nmero anterior. 3 Para efeitos do disposto no nmero anterior, anualmente, a Cmara Municipal aprovar e publicar o plano anual de feiras e os locais pblicos ou privados, autorizados a acolher estes eventos, podendo alterar o mencionado anexo, caso se justifique. 4 A venda dos produtos dos sujeitos mencionados no nmero 1 do artigo A 1/6. pode ser efectuada todos os dias de funcionamento do mercado e feiras. Artigo A 1/21. Inspeco sanitria

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1 A actividade exercida nos mercados e feiras est sujeita inspeco sanitria por parte do Municpio e demais entidades a quem a lei confira essas competncias, a fim de garantir tanto a qualidade dos produtos como a higiene dos feirantes e dos utenslios de trabalho por estes utilizados, as caractersticas adequadas dos locais de venda e as condies das instalaes em geral. 2 O Inspector Sanitrio actua por iniciativa prpria e de modo permanente, atendendo s reclamaes e denncias que lhe so dirigidas sobre as condies de venda e o estado ou qualidade dos produtos vendidos nos mercados e feiras, tomando as medidas necessrias para acautelar a sade dos consumidores. 3 As exigncias feitas pela inspeco sanitria so obrigatoriamente executadas pelo ocupante no prazo estabelecido. SECO IV Direitos, deveres e proibies Artigo A 1/22. Direitos Os titulares das licenas gozam dos seguintes direitos: a) Fruir a explorao dos lugares de venda que lhes forem atribudos; b) Beneficiar da utilizao dos equipamentos complementares de apoio em conformidade com as condies e critrios estabelecidos aquando da sua utilizao; c) Beneficiar da utilizao de todos os espaos e servios de utilizao comum no onerosa; d) Receber informao quanto s decises dos rgos municipais e medidas que possam interferir com o desenvolvimento das suas actividades comerciais; e) Apresentar sugestes e reclamaes, verbais ou por escrito, individualmente ou atravs de alguma comisso ou estrutura associativa que os represente, acerca do funcionamento do mercado ou da feira em que desenvolvem a sua actividade comercial; f) Interromper a explorao por perodo inferior ou igual a 30 (trinta) dias por ano, seguidos ou interpolados; g) Fazer-se substituir, nos casos de interrupo da explorao prevista na alnea anterior, por outra pessoa detentora de carto de feirante que no seja titular de licena de outro local de venda no mesmo mercado ou feira, devendo disso dar conhecimento prvio aos servios municipais. Artigo A 1/23. Documentos O feirante dever ser portador, para apresentao imediata s autoridades competentes para a fiscalizao, dos seguintes documentos: a) Do carto de feirante ou documento equivalente nos termos do artigo 10. do DecretoLei n. 42/2008, de 10 de Maro; b) Das facturas ou documentos equivalentes comprovativos da aquisio de produtos para a venda ao pblico; c) Da senha ou recibo comprovativo do pagamento da taxa referente licena.18 | 414

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Artigo A 1/24. Higiene dos feirantes Os feirantes e o pessoal ao seu servio devem apresentar-se limpos, em especial no que respeita ao vesturio e s mos, e cumprir escrupulosamente os preceitos elementares de higiene. Artigo A 1/25. Deveres Constituem deveres dos feirantes: a) Conhecer as disposies regulamentares sobre a organizao e funcionamento do mercado ou feira onde exercem a actividade comercial, respeitando-as e fazendo-as cumprir pelo pessoal ao seu servio; b) Responder pelos danos e prejuzos provocados no mercado ou feira, nas suas instalaes e equipamentos ou a terceiros, por sua culpa ou de quaisquer pessoas ao seu servio; c) Manter os locais de venda e restantes espaos e equipamentos, mveis ou utenslios disponibilizados em bom estado de conservao, higienizao e limpeza e no conspurcar o pavimento e equipamentos comuns; d) Permitir o acesso aos locais de venda pelos funcionrios e agentes municipais, ou por quaisquer autoridades sanitrias e fiscalizadoras, sempre que estes o julguem necessrio; e) Tratar com correco os funcionrios e agentes municipais e das demais entidades fiscalizadoras em servio; f) Usar de urbanidade e civismo nas suas relaes com os fornecedores e clientes; g) Exercer a actividade no rigoroso cumprimento das disposies legais em vigor e normas regulamentares aplicveis, em matria de higiene, sade e segurana no trabalho, comercializao, exposio, preparao, acondicionamento, rotulagem de produtos, afixao de preos, medidas de preveno e eliminao de pragas; h) No utilizar indevidamente os equipamentos instalados; i) Cumprir as instrues e ordens dos funcionrios e agentes municipais em servio, bem como quaisquer outras autoridades sanitrias e fiscalizadoras competentes, designadamente quanto apresentao de documentos e informaes necessrias ao cumprimento das normas legais e regulamentares em vigor; j) Efectuar o depsito dirio de resduos ou detritos em recipientes prprios, bem como nos espaos existentes destinados recolha, respeitando as regras de recolha selectiva quando existam; k) Efectuar a limpeza do espao de venda nos 90 (noventa) minutos seguintes ao encerramento; l) Devolver os lugares de venda limpos, devolutos de quaisquer produtos e em bom estado de conservao, finda a licena; m) Estacionar, fora do recinto da feira, os veculos afectos ao transporte de produtos para venda, imediatamente aps a descarga;

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n) Celebrar e manter actualizado contrato de seguro de responsabilidade civil para a cobertura de eventuais danos ou prejuzos provocados no mercado, nas suas instalaes e equipamentos ou a terceiros. Artigo A 1/26. Vendas proibidas 1 proibida a venda em mercados e feiras de produtos a seguir identificados: a) Produtos fitofarmacuticos; b) Medicamentos e especialidades farmacuticas; c) Combustveis lquidos, slidos e gasosos, com excepo do lcool desnaturado; d) Munies, plvora e quaisquer materiais explosivos e detonantes; e) Armas de qualquer natureza; f) Aditivos para alimentos para animais, pr-misturas preparadas com aditivos para alimentos para animais e alimentos compostos para animais; g) Moedas e notas de banco, excepto quando o ramo de actividade do lugar de venda corresponda venda desse produto estritamente direccionado ao coleccionismo. 2 proibida a actividade de comrcio a retalho no sedentria exercida por feirantes quando esta actividade consista na venda de bebidas alcolicas junto de estabelecimentos escolares de ensino bsico e secundrio. Artigo A 1/27. Condies especficas de venda 1 A comercializao de gneros alimentcios de origem animal est sujeita s regras especficas de higiene previstas nos termos do Decreto-Lei n. 113/2006, de 12 de Junho, e das disposies dos Regulamentos (CE) n.s 852/2004 e 853/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril. 2 As redaces actualizadas dos Regulamentos mencionados no nmero anterior encontram-se disponveis para consulta na pgina da Internet da DGAE. 3 Os feirantes que comercializem animais das espcies bovina, ovina, caprina, suna e equdeos encontram-se sujeitos s disposies do Decreto-Lei n. 142/2006, de 27 de Julho. 4 s instalaes mveis ou amovveis de restaurao e bebidas localizadas nas feiras aplica-se o procedimento previsto no artigo 19. do Decreto-Lei 234/2007, de 19 de Junho. 5 Os bens com defeito devem estar devidamente identificados e separados dos restantes bens de modo a serem facilmente identificados. Artigo A 1/28. Proibies 1 Aos feirantes expressamente proibido: a) Negociar lugares fora do sorteio; b) Transaccionar entre vendedores; c) Ocupar rea superior licenciada; d) Acender lume ou cozinhar; e) Dificultar a circulao de pessoas ou de veculos;20 | 414

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f) Lanar, manter ou deixar no solo ou nos lugares, resduos, lixos ou desperdcios; g) Usar balanas, pesos e medidas que no estejam devidamente aferidos; h) Permanecer nos lugares aps o termo do perodo de limpeza na sequncia do encerramento do mercado; i) Comercializar produtos no previstos ou no permitidos; j) Agarrar os clientes ou impedir a sua livre circulao; l) Ter produtos desarrumados; m) Abastecer fora das horas fixadas; n) Deixar nos lugares quaisquer equipamentos de limpeza; o) Fazer publicidade dos seus produtos atravs do uso de falsas descries ou informaes sobre a respectiva identidade, origem, natureza, composio, qualidade ou utilizao; p) Praticar distrbios; q) Exercer actividade diferente daquela para a qual o lugar de venda foi adjudicado. 2 proibido a qualquer pessoa dentro dos recintos dos mercados e feiras: a) Lanar para o pavimento lixo, quaisquer detritos slidos, guas sujas ou outras; b) Correr, gritar, altercar, proferir palavras obscenas, empurrar, ou, por qualquer outro modo, incomodar os utentes; c) Interferir em negcios alheios ou em questes de servio; d) Desobedecer aos funcionrios dos servios municipais; e) Comprar nos mercados gneros alimentcios aos produtores por parte dos vendedores, antes das 10 (dez) horas, dentro e fora do recinto; f) Cometer quaisquer outras infraces no especificadas neste artigo, mas relacionadas com as disposies contidas no presente Captulo. Artigo A 1/29. Realizao de feiras por entidades privadas 1 Encontra-se sujeita a autorizao da Cmara Municipal a realizao de feiras por entidades privadas, singulares ou colectivas, em recintos privados ou pblicos. 2 A autorizao da Cmara Municipal mencionada no nmero anterior ser precedida dos pareceres das entidades representativas dos interesses em causa, designadamente as associaes representativas dos feirantes e dos consumidores, e determinar a periodicidade e o local da feira. 3 Os recintos propostos por estas entidades devem obedecer aos seguintes requisitos: a) O recinto esteja devidamente delimitado, acautelando o livre acesso s residncias e estabelecimentos envolventes; b) O recinto esteja organizado por sectores, de forma a haver perfeita destrina das diversas actividades e espcies de produtos comercializados; c) Os lugares de venda se encontrem devidamente demarcados; d) As regras de funcionamento estejam afixadas; e) Existam infra-estruturas de conforto, nomeadamente instalaes sanitrias, rede pblica ou privada de gua, rede elctrica e pavimentao do espao adequadas ao evento; f) Possuam, na proximidade, parques ou zonas de estacionamento adequados sua dimenso.21 | 414

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4 Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, os espaos de venda destinados comercializao de gneros alimentcios ou de animais das espcies bovina, ovina, caprina, suna e equdeos devem igualmente cumprir os requisitos impostos pela legislao especfica aplicvel a cada uma das categorias de produtos, no que concerne s infraestruturas. 5 A entidade privada deve apresentar Cmara Municipal uma proposta de regulamento de funcionamento da feira do qual conste, designadamente: a) As condies de admisso dos feirantes e de adjudicao do espao; b) As normas de funcionamento, incluindo normas para uma limpeza clere dos espaos de venda aquando do levantamento da feira; c) O horrio de funcionamento; d) Identificar de forma clara os direitos e as obrigaes dos feirantes; e) Listagem dos produtos proibidos; f) Listagem dos produtos sujeitos a condies de venda especficas. 6 A atribuio dos espaos de venda aos feirantes deve ser efectuada atravs de sorteio a promover nos termos previstos no artigo A 1/10. e mediante o pagamento de um preo entidade privada. 7 O preo a pagar pela atribuio do espao de venda determinado por metro quadrado em funo da existncia dos seguintes factores: a) Tipo de estacionamento (coberto ou no coberto); b) Localizao e acessibilidades; c) Infra-estruturas de conforto, nomeadamente instalaes sanitrias, rede pblica ou privada de gua, rede elctrica, rede de telecomunicaes, pavimentao do espao; d) Proximidade do servio pblico de transportes, de parques ou zonas de estacionamento. SECO V Mercado Municipal Artigo A 1/30. mbito As normas da presente seco so aplicveis ao Mercado Polivalente de Tbua. Artigo A 1/31. Regime O Mercado Municipal regulado pelas disposies desta Seco, aplicando-se-lhe, subsidiariamente, as restantes normas regulamentares previstas no presente Captulo. SUBSECO I Arrematao Artigo A 1/32. Arrematao22 | 414

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1 A arrematao ser divulgada mediante editais afixados nos locais de estilo e avisos publicados em jornais, com uma antecedncia mnima de 20 (vinte) dias. 2 Compete Cmara Municipal definir os requisitos e condies gerais de arrematao, designadamente o seu objecto, a base de licitao, conforme o tipo de local e, bem assim, hora e local da sua realizao. 3 Aos concessionrios garantido o direito de ocupao dos locais de venda pelo preo que vier a ser fixado em arrematao, no entanto ficam obrigados ao pagamento de uma taxa mensal de ocupao, conforme plasmado em Taxas e Outras Receitas Municipais, constante do Anexo I da Parte H do presente Cdigo (Quadro VI). 4 No acto de arrematao admitido o direito de preferncia, no que respeita aos talhos, bancas e outros locais, lojas e tabernas actualmente ocupados. Artigo A 1/33. Concorrentes 1 Podero concorrer todas as pessoas, singulares ou colectivas, no pleno exerccio dos seus direitos. 2 Cada pessoa, singular ou colectiva, apenas pode ser titular de, no mximo, 2 (dois) locais de venda. 3 As candidaturas dos comerciantes interessados em participar na arrematao devem ser instrudas com requerimento de ocupao de lugar de venda no mercado municipal com identificao do requerente, indicao de residncia, sede ou domiclio, e instrudo com os seguintes documentos: a) Bilhete de Identidade e carto de empresrio em nome individual se o comerciante for uma pessoa individual, ou carto de pessoa colectiva, no caso de se tratar de uma pessoa colectiva; b) Carto de feirante; c) Declarao de incio de actividade; d) Documento comprovativo do cumprimento das obrigaes tributrias inerentes ao exerccio da actividade de comrcio. 3 Para alm dos documentos referidos no nmero anterior a Cmara Municipal poder exigir a apresentao de outros elementos que julgue convenientes. Artigo A 1/34. Direito de no adjudicar A Cmara Municipal reserva-se o direito de no adjudicar sempre que suspeite ou verifique existir fraude que possa influenciar o resultado da arrematao. SUBSECO II Concesso Artigo A 1/35. Uso privativo

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1 Aps a adjudicao de cada local de venda, na sequncia da arrematao, ser concessionado o seu uso privativo. 2 Porm, a concesso s ser outorgada aps o pagamento pelo interessado, dentro do prazo de 15 (quinze) dias teis contados aps a realizao da praa, da primeira de trs prestaes do preo da arrematao e da taxa de utilizao referente aos dois primeiros meses de concesso. 3 O pagamento das restantes duas prestaes do preo da arrematao ser efectuado na Tesouraria da Cmara Municipal at ao dia 8 (oito) do 4. (quarto) e 8. (oitavo) ms seguintes ao da arrematao. 4 O no cumprimento, por parte do concessionrio, do disposto no nmero anterior, determina a caducidade da adjudicao. 5 Na hiptese prevista no nmero anterior, poder a Cmara proceder abertura de nova arrematao para o mesmo local. Artigo A 1/36. Locais de venda no concessionados 1 Sempre que existam locais de venda no concessionados, por falta de interessados na arrematao, poder a Cmara Municipal, sob proposta do Presidente da Cmara ou do Vereador do Pelouro, permitir a ocupao diria desses lugares mediante o pagamento da taxa aplicvel durante o perodo anterior a nova arrematao. 2 Porm, se houver dois ou mais requerentes interessados na ocupao do mesmo local de venda, a adjudicao far-se- por arrematao, nos termos dos artigos anteriores. 3 Os requerimentos mencionaro o nome, estado civil, idade, nmero de Bilhete de Identidade, nmero de Contribuinte Fiscal, residncia, profisso e designao dos produtos ou artigos que pretendam vender. 4 O pagamento das taxas de ocupao eventual ser feito, diariamente, por meio de senhas adquiridas no prprio mercado ou, mensalmente, na Tesouraria da Cmara Municipal, conforme o que vier a ser superiormente estabelecido. 5 Os documentos comprovativos do pagamento so intransmissveis, devendo ser conservados pelos interessados em seu poder durante o perodo da sua validade, sob pena de lhes poder ser exigido novo pagamento em caso de extravio. 6 Os agricultores e artesos que pretendam vender os produtos resultantes do exerccio da sua actividade nas feiras e mercados encontram-se isentos da obrigao de obteno de licena de ocupao de lugar de venda em feiras e mercados e de exibio de facturas ou documentos equivalentes comprovativos da aquisio dos produtos que vendem. 7 Os requisitos mencionados no nmero anterior devem ser atestados por documento emitido pela Junta de Freguesia respectiva. 8 Os utilizadores eventuais, designadamente produtores directos, so obrigados a apresentar os seguintes documentos destinados concesso do carto de utilizao do mercado, vlido pelo perodo de um ano a contar da sua emisso ou renovao: a) Bilhete de Identidade; b) Declarao de incio de actividade; c) Documento comprovativo do cumprimento das obrigaes tributrias inerentes ao exerccio da actividade de comrcio. d) Outros documentos que a Cmara Municipal repute convenientes.24 | 414

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Artigo A 1/37. Concesso 1 O uso privativo dos locais de venda (talhos, bancas, tabernas, lojas e outros locais) do Mercado Municipal concedido pelo prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data do acto de arrematao, prorrogveis pelo perodo de 1 (um) ano, para as bancas, tabernas e outros locais e para os talhos e lojas pelo perodo de 5 (cinco) anos. 2 Porm, qualquer das partes poder obstar renovao, desde que tal inteno seja comunicada outra parte por escrito e com antecedncia mnima de 60 (sessenta) dias em relao ao termo do prazo. 3 O concessionrio poder, a qualquer momento, denunciar unilateralmente a concesso, desde que o faa por escrito e com antecedncia mnima de 2 (dois) meses. 4 O no cumprimento do prazo estabelecido no nmero anterior, constitui o concessionrio no dever de pagar as taxas correspondentes ao perodo exigido para o aviso prvio. Artigo A 1/38. Incio de actividade 1 Os concessionrios ficam obrigados a iniciar a actividade no local de venda concessionado dentro do prazo mximo de 30 (trinta) dias a partir da data da arrematao. 2 Carece de autorizao prvia da Cmara Municipal a interrupo da actividade por perodo superior a 15 (quinze) dias ou, por perodos inferiores, com frequncia regular. 3 O no cumprimento do previsto nos nmeros anteriores, determina a caducidade da concesso. Artigo A 1/39. Taxa de utilizao 1 O concessionrio fica sujeito ao pagamento da taxa de utilizao mensal conforme plasmado em Taxas e Outras Receitas Municipais, constante do Anexo I da Parte H do presente Cdigo (Quadro VI). 2 O pagamento ser efectuado na Tesouraria da Cmara Municipal at ao dia 8 (oito) do ms anterior quele a que disser respeito. 3 Caso coincida com Feriado, Sbado ou Domingo, poder o pagamento efectuar-se no 1. (primeiro) dia til imediato. O no cumprimento do prazo de pagamento determina a aplicao de juros de mora. 4 A falta de pagamento de 2 (duas) mensalidades consecutivas, sem justificao, implica a caducidade da concesso. A justificao do no pagamento ser apreciada pela Cmara Municipal. Artigo A 1/40. Direco efectiva

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A direco efectiva dos locais e a venda a realizada compete aos concessionrios, salvo nos casos de autorizao especial a conceder pelo Presidente da Cmara ou Vereador do Pelouro, aps pedido fundamentado, a pessoas julgadas idneas para o efeito e quando se verificarem as circunstncias que fundamentam o pedido. Artigo A 1/41. Natureza da concesso 1 A concesso intransmissvel por qualquer forma, total ou parcialmente, sem prvia autorizao da Cmara Municipal. 2 Se o concessionrio for uma sociedade, considerar-se- transmisso da concesso a cesso, total ou parcial, de qualquer quota. 3 Por morte do primitivo concessionrio, a concesso pode ser transmitida aos herdeiros se estes assim o requererem nos 60 (sessenta) dias subsequentes data do falecimento, e assumirem perante a Cmara Municipal a responsabilidade pela aceitao das condies de concesso. 4 Os herdeiros tero que apresentar documento comprovativo do cumprimento das disposies legais aplicveis para o exerccio da sua actividade, em seu nome. Artigo A 1/42. Suspenso da concesso A concesso poder ser suspensa por motivo de fora maior ou para a realizao de obras necessrias, suspenso essa que no confere ao concessionrio direito a qualquer indemnizao. Artigo A 1/43. Obras 1 No permitida a realizao de obras ou modificaes nos locais de venda sem prvia autorizao da Cmara Municipal, requerida nos termos legais e mediante pagamento das respectivas taxas, conforme plasmado em Taxas e Outras Receitas Municipais, constante do Anexo II da Parte H do presente Cdigo. 2 Ao comerciante que cesse a sua actividade no Mercado Municipal no assiste o direito de retirar as benfeitorias por ele realizadas nem qualquer tipo de indemnizao, ficando as mesmas a pertencer aos Mercados Municipais. 3 proibida, sem prvia autorizao do responsvel pelo mercado, retirar ou transferir dos locais onde foram colocadas, quaisquer instalaes, armaes ou mveis, mesmo que sejam pertena dos utilizadores. Artigo A 1/44. Obras da responsabilidade da Cmara Municipal 1 So da responsabilidade da Cmara Municipal as obras a realizar na parte estrutural do mercado e na parte exterior dos estabelecimentos.26 | 414

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2 Compete ainda Cmara Municipal a conservao e a realizao de obras nas zonas comuns, nos equipamentos de uso colectivo dos comerciantes e, de uma maneira geral, em todos os espaos cuja explorao no tenha sido objecto de licena de ocupao atribuda nos termos do presente captulo. Artigo A 1/45. gua e electricidade da responsabilidade dos concessionrios o pagamento da requisio e dos consumos de electricidade e de gua, quando devidos. SUBSECO III Horrio Artigo A 1/46. Horrio 1 O horrio de funcionamento do Mercado Municipal encontra-se previsto no Anexo I ao presente Captulo. 2 As lojas com acesso do pblico pelo interior do Mercado esto sujeitas ao regime de funcionamento e horrio da praa. 3 As lojas com acesso do pblico pelo exterior do mercado podero funcionar para alm dos dias estabelecidos para o funcionamento geral, ficando os seus comerciantes obrigados a praticar o horrio de funcionamento dos demais estabelecimentos de venda ao pblico. 4 Para efeitos do disposto no nmero anterior, os comerciantes devem assegurar a existncia de um responsvel pela limpeza nesses dias, bem como um responsvel pela observncia do Regulamento. SUBSECO IV Organizao do mercado Artigo A 1/47. Organizao dos mercados 1 O Mercado Polivalente de Tbua encontra-se subdividido em zonas distintas: a zona das lojas interiores, dos talhos, das bancas, dos locais e dos anexos. 2 proibida a venda de produtos de natureza diversa daquela a que se encontra afecta. Artigo A 1/48. Bancas As bancas so espaos comerciais de ocupao fixa e permanente, caracterizados por constiturem locais de venda orientados para zonas de circulao do pblico. Artigo A 1/49. Grupos de produtos das bancas27 | 414

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As bancas destinam-se venda de produtos alimentares, agrupados da seguinte forma: a) GRUPO I Padaria; b) GRUPO II Pastelaria; c) GRUPO III Frutas, Cereais, Legumes e Frutos Secos; d) GRUPO IV Peixe Seco, Enchidos, Fumados e Queijos. Artigo A 1/50. Lojas As lojas so espaos comerciais autnomos de ocupao fixa e permanente, caracterizados por disporem de rea prpria para permanncia dos clientes. Artigo A 1/51. Grupos de produtos das lojas As lojas destinam-se venda dos produtos a seguir indicados: a) GRUPO I Frutas, Cereais, Legumes e Frutos Secos; b) GRUPO II Artigos de Barro Vermelho e Loua. Artigo A 1/52. Talhos 1 Os talhos destinam-se venda de carnes e seus produtos. 2 Os espaos de venda afectos ao comrcio de carnes e seus produtos ficam sujeitos s disposies dos artigos 9. a 12. do Regulamento das Condies Higinicas e Tcnicas a Observar na Distribuio e Venda de Carnes e Seus Produtos, publicado pelo Decreto-Lei n. 147/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei 207/2008, de 23 de Outubro. 3 Para efeitos do disposto no presente Captulo entende-se por: a) Carnes e seus produtos: carnes frescas, os preparados de carne e os produtos base de carne; b) Carnes frescas: as carnes no submetidas a qualquer processo de preservao que no a refrigerao, a congelao ou a ultra congelao, incluindo a carne embalada em vcuo ou em atmosfera controlada; c) Preparados de carne: a carne fresca, incluindo carne que tenha sido reduzida a fragmentos, a que foram adicionados outros gneros alimentcios, condimentos ou aditivos ou que foi submetida a um processamento insuficiente para alterar a estrutura das suas fibras musculares e eliminar assim as caractersticas de carne fresca; d) Produtos base de carne: os produtos transformados resultantes da transformao da carne ou da ulterior transformao desses produtos transformados, de tal modo que a superfcie de corte vista permita constatar o desaparecimento das caractersticas de carne fresca. Artigo A 1/53. Locais28 | 414

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Os locais destinam-se aos fins a seguir indicados: a) GRUPO I Arranjos Florais e Flores Secas; b) GRUPO II Artesanato em Verga e Especiarias. Artigo A 1/54. Anexos Os anexos destinam-se aos fins a seguir indicados: a) GRUPO I Tabernas; b) GRUPO II rvores, Plantas e Produtos Hortcolas. Artigo A 1/55. Alteraes Os grupos de produtos referidos nos artigos A 1/49., A 1/51., A 1/53. e A 1/54. podem ser alterados pela Cmara Municipal quando o entender conveniente. Artigo A 1/56. Abastecimento 1 A entrada de mercadorias s pode efectuar-se pelos locais expressamente destinados a esse fim. 2 O abastecimento deve ser efectuado antes da sua abertura ao pblico. 3 Os veculos utilizados no abastecimento das lojas apenas podem parar no espao pblico de circulao, destinado a cargas e descargas, pelo tempo estritamente indispensvel, e desde que no impeam a circulao de outros veculos usados para o mesmo fim. Artigo A 1/57. Publicidade A afixao de publicidade carece de licenciamento prvio nos termos estabelecidos no Captulo II da Seco I da Parte A do presente Cdigo (Publicidade e Propaganda). Artigo A 1/58. Limpeza e desinfeco 1 O Mercado Polivalente de Tbua encerra s segundas-feiras para efeitos de limpeza corrente. 2 Nos ltimos dias teis do ms de Janeiro de cada ano, nos termos a fixar em edital da Cmara Municipal, encerra para limpeza e desinfeco gerais, devendo os ocupantes das lojas e das bancas deixar os seus espaos limpos e devolutos de quaisquer produtos. SUBSECO V Funcionrios do mercado29 | 414

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Artigo A 1/59. Pessoal 1 O pessoal ser recrutado de acordo com as necessidades do servio, podendo ser destacado de outros servios do municpio. 2 As funes de cada funcionrio para alm das que a lei especificamente lhes atribui, sero estabelecidas atravs de despacho do Presidente da Cmara ou do Vereador do Pelouro. Artigo A 1/60. Deveres Todo o pessoal que presta servio no mercado alm dos deveres especficos que derivam das disposies deste Captulo, dos previstos nas leis ou despachos aplicveis, obrigado a ter em especial ateno: a) No exercer no mercado, directa ou indirectamente, qualquer ramo de comrcio e indstria; b) Apresentar-se em todos os actos de servio devidamente limpo e asseado; c) No se ausentar do lugar de servio que lhe for destinado sem a devida autorizao e sem que seja devidamente substitudo; d) No se valer do cargo que desempenha ou da sua autoridade para prejudicar outrem; e) Informar, com verdade, os seus superiores hierrquicos de tudo o que se afigurar de interesse para o servio; f) Velar pelo cumprimento das disposies do presente Captulo, mantendo rigorosa ordem e disciplina no interior do mercado; g) Ser correcto com todas as pessoas que frequentam o mercado, prestando os esclarecimentos que lhe sejam solicitados. Artigo A 1/61. Fiscalizao municipal Compete fiscalizao municipal: a) Cumprir as disposies do presente Captulo e demais disposies legais; b) Policiar e manter a disciplina no mercado recorrendo, se necessrio, fora policial; c) Alertar a autoridade sanitria para exame de todos os produtos suspeitos, podendo determinar a suspenso da venda dos mesmos e efectuar a destruio ou inutilizao de todos os produtos encontrados no pavimento ou daqueles que forem recusados; d) Receber queixas ou reclamaes apresentadas pelo pblico ou pelos ocupantes de lugares, encaminhando-as para quem de direito para que sejam adoptadas as medidas adequadas; e) Levantar auto de notcia ou participao respeitantes a factos ou actos que constituam infraco s disposies do presente Captulo ou s normas legais; f) Assistir chegada dos ocupantes, impondo a ordem e a disciplina na exposio dos produtos;

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g) Elaborar e manter actualizado o registo dos concessionrios de cada espao com a identificao comercial, nmero de empregados, cpia da escritura das sociedades, produtos autorizados e outros elementos de interesse. Artigo A 1/62. Cmara Municipal Compete Cmara municipal: a) Proceder fiscalizao sanitria dos espaos do Mercado Municipal; b) Proceder fiscalizao do funcionamento do mercado municipal e obrigar ao cumprimento das disposies constantes do presente Captulo; c) Autorizar a cesso, transferncia ou mudana do ramo de actividade; d) O sancionamento das infraces verificadas; e) Afectar ao Mercado Municipal o pessoal necessrio fiscalizao, funcionamento e limpeza do mesmo. SECO VI Disposies finais Artigo A 1/63. Ocupao do recinto das feiras e mercados A Cmara Municipal reserva-se o direito de ocupar o recinto das feiras e mercados ou darlhe qualquer outra disposio diferente da estabelecida, por motivo de realizao de festas ou de qualquer outro evento ou por motivo de fora maior. Artigo A 1/64. Responsabilidade contra-ordenacional A violao das normas previstas neste captulo constitui ilcito contra-ordenacional punvel nos termos definidos em Fiscalizao e Sancionamento, constante da Artigo G do presente Cdigo. Artigo A 1/65. Taxas 1 As taxas devidas pela autorizao da realizao de feiras e adjudicao de espaos de venda, demais actos praticados pela Cmara Municipal esto previstas em Taxas e Outras Receitas Municipais constante do Anexo I da Parte H do presente Cdigo. 2 As fraces de metro linear ou de metro quadrado arredondam-se sempre por excesso e, conforme os casos, para metade ou para a unidade de metro. Quando a medio estando prevista na tabela por metro linear, s pode ser feita em metros quadrados ou vice-versa, as respectivas taxas aplicar-se-o segundo a equivalncia de um metro linear de frente por dois metros quadrados. Artigo A 1/66.31 | 414

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Casos omissos 1 Em tudo o que o presente Captulo for omisso, considerar-se-o as disposies legais aplicveis, designadamente as normas do Decreto-Lei n. 42/2008, de 10 de Maro, e bem assim pelo Decreto-Lei n. 340/82, de 25 de Agosto. 2 A remisso para os preceitos legais abrange as modificaes de que os mesmos sejam objecto. 3 As lacunas no reguladas pelas disposies legais aplicveis sero resolvidas por deliberao da Cmara Municipal. ANEXOS ANEXO I 1 Plano anual de feiras: 1.1. Para efeitos do disposto no artigo A 1/20. o plano anual de feiras e mercados a vigorar durante o ano de 2009 o seguinte: a) Feira de So Simo: ltimo sbado do ms de Outubro, na povoao do mesmo nome, freguesia de Tbua; b) Feira de So Martinho: dia 11 de Novembro (pode ser antecipado ou adiado, mediante deliberao camarria, consoante o dia 11 se reporte ou no a dia semanal), na Vila de Tbua; c) Feira de Santa Eufmea: dia 16 de Agosto, em Covelo de Cima, freguesia de Covelo; d) Feira de Santo Anto: 2. feira de Pscoa, na Freguesia de Sinde; e) Feira de Santa Eufmea: dia 8 de Setembro, na Serra da Moita, freguesia de Carapinha; f) Feira de So Miguel: dia 29 de Setembro, em Mides; g) Feira de Santiago: dia 25 de Julho, em Pinheiro de Cja; h) Feira de Santo Cristo: dia 25 de Fevereiro, em Pinheiro de Cja. 2 Plano mensal de feiras: 2.1. Para efeitos do disposto no artigo A 1/20.. o plano mensal de feiras e mercados a vigorar durante o ano de 2009 o seguinte: a) Feira de Tbua: no 3. Domingo de cada ms, em Tbua; b) Feira de Mides: entre os dias 16 e 22 de cada ms, s 2.s feiras, em Mides. 3 Horrios: 3.1. Mercados e Feiras: a) Horrio de funcionamento: Abertura 07 h Encerramento 20 h; b) Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, os feirantes s podem entrar nos recintos das feiras e mercados at s 08 h e devem abandon-los at s 20 h. c) Os ourives ficam autorizados a entrar nas feiras e mercados at s 09 h. 3.2. Mercado Municipal: Mercado Polivalente de Tbua: a) Os horrios de funcionamento e os perodos de abertura ao pblico so os seguintes: i) Horrio de funcionamento: De tera-feira a domingo (Abertura 07 h Encerramento 15 h);32 | 414

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ii) Abertura ao pblico: De tera-feira a domingo (Abertura 08 h - Encerramento 14 h). b) As lojas com acesso do pblico pelo interior do Mercado esto sujeitas ao regime de funcionamento e horrio da praa. CAPTULO II PUBLICIDADE E PROPAGANDA Artigo A 2/1. Lei habilitante O presente Captulo rege-se pelo disposto nas alneas a) e e) do n. 2 do artigo 53. e na alnea a) do n. 6 do artigo 64. da Lei 169/99, de 18 de Setembro, pelo disposto na Lei n. 97/88, de 17 de Agosto, alterada pela Lei n. 23/2000, de 23 de Agosto, que visa regulamentar. Artigo A 2/2. Objecto As disposies deste Captulo visam estabelecer os critrios de licenciamento das mensagens publicitrias e, bem assim, as normas referentes ao exerccio da actividade de propaganda. SECO I Publicidade Artigo A 2/3. Licenciamento 1 Considera-se publicidade para efeitos do presente Captulo: a) Qualquer forma de comunicao feita por entidades de natureza pblica ou privada, no mbito duma actividade comercial, artesanal, liberal ou outra, com o objectivo directo ou indirecto de promover a comercializao ou alienao de quaisquer bens ou servios, incluindo direitos e obrigaes, bem como qualquer forma de comunicao que vise promover ideias, princpios, iniciativas ou instituies, sem prejuzo do disposto no nmero seguinte; b) Qualquer forma de comunicao da Administrao Pblica, no prevista no pargrafo anterior, que tenha por objectivo, directo ou indirecto, promover o fornecimento de bens ou servios. 3 A afixao ou inscrio de publicidade nas proximidades das estradas nacionais constantes do Plano Rodovirio Nacional, fora dos aglomerados urbanos, regulada pelo disposto no Decreto-Lei n. 105/98, de 24 de Abril. 4 Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, carecem de prvio licenciamento a afixao ou inscrio de qualquer mensagem publicitria, designadamente: a) A afixao ou a inscrio de mensagens publicitrias em bens, vias e lugares pblicos ou deles visveis;33 | 414

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b) A inscrio ou a afixao de mensagens publicitrias em veculos automveis, transportes pblicos e outros que circulem na rea do municpio, sempre que o proprietrio ou possuidor do veculo a tenha residncia, sede, delegao ou qualquer outra forma de representao; c) A publicidade sonora. 5 Excluem-se do mbito de aplicao do presente Captulo: a) Os dizeres que resultam de disposio legal; b) A indicao da marca, do preo ou da qualidade dos artigos venda; c) Os distintivos de qualquer natureza destinados a indicar que no estabelecimento onde estejam apostos se concedem regalias inerentes utilizao de sistemas de crdito, ou outros anlogos, criados com fim de facilitar a actividade turstica; d) As montras com acesso apenas pelo interior dos estabelecimentos ou que no tenham salincias superior a 10 cm sobre a via pblica; e) Os Anncios destinados identificao e localizao de farmcias, profisses mdicas e paramdicas e de outros servios de sade, desde que se limitem a especificar os titulares e respectivas especificaes, bem como as condies de prestao dos servios correspondentes. SUBSECO I Critrios Artigo A 2/4. Critrios de licenciamento de publicidade 1 As mensagens publicitrias devem preservar o equilbrio urbano e ambiental. 2 O licenciamento de mensagens publicitrias tem em vista salvaguardar a realizao dos seguintes objectivos: a) No provocar obstruo de perspectivas panormicas ou afectar a esttica, o ambiente dos lugares ou da paisagem; b) No prejudicar a beleza ou o enquadramento de monumentos nacionais, de edifcios de interesse pblico ou outros susceptveis de serem classificados pelas entidades pblicas; c) No causar prejuzos a terceiros; d) No afectar a segurana de pessoas ou de bens, nomeadamente, na circulao rodoviria ou ferroviria; e) No apresentar disposies, formatos ou cores, que possam confundir-se com as da sinalizao do trfego; f) No prejudicar a circulao dos pees, designadamente dos deficientes; g) No prejudicar a iluminao pblica; h) No prejudicar a visibilidade de placas toponmicas e demais placas sinalticas de interesse pblico. 3 O pedido de licenciamento indeferido sempre que no cumpra um dos objectivos fixados no nmero anterior ou viole as normas legais ou regulamentares estabelecidas neste Captulo, bem como com fundamento no interesse pblico, devendo o indeferimento ser, sempre, fundamentado. 4 O pedido de licenciamento ou de renovao pode, ainda, ser indeferido se tiver sido proferida deciso definitiva, h menos de 2 (dois) anos, que tenha aplicado ao requerente34 | 414

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coima ou sano acessria por infraco ao disposto no presente regulamento ou na legislao geral sobre a publicidade. SUBSECO II Limites de licenciamento Artigo A 2/5. Limite de interesse histrico, cultural, arquitectnico ou paisagstico 1 No podem, em qualquer caso, ser emitidas licenas: a) Para inscries ou pinturas murais em monumentos, edifcios religiosos, estabelecimentos de ensino, sedes de rgos de soberania ou edifcios pertencentes ao Municpio, sedes de associaes desportivas, culturais, recreativas e de instituies de solidariedade social; b) Para inscries ou pinturas efectuadas, nomeadamente, em sinais de trnsito e placas de sinalizao rodoviria, interior de quaisquer reparties ou edifcios pblicos ou franqueados ao pblico, incluindo estabelecimentos comerciais e reas protegidas com valor patrimonial, como tal declarados ao abrigo da competente regulamentao urbanstica; c) De mensagens publicitrias a afixar ou a inscrever fora dos aglomerados urbanos em locais onde as mesmas sejam visveis das estradas nacionais. 2 As limitaes previstas nas alneas a) e b) do nmero anterior podem no ser respeitadas sempre que a mensagem publicitria se circunscreva identificao da actividade exercida nos imveis em causa e daquele que a exerce. Artigo A 2/6. Limites impostos pela segurana pblica e pela circulao de pessoas e veculos 1 A afixao ou inscrio de mensagens publicitrias no pode ser licenciada sempre que prejudique: a) A segurana de pessoas ou de bens, nomeadamente, na circulao rodoviria ou ferroviria; b) A iluminao pblica; c) A visibilidade de placas toponmicas e demais placas sinalticas de interesse pblico; d) A circulao dos pees, designadamente dos deficientes; e) A circulao de veculos, em virtude de as inscries, formatos ou cores utilizados e a localizao dos respectivos suportes poderem induzir em erro os condutores. 2 No pode, igualmente, ser licenciada a afixao ou inscrio de mensagens publicitrias sempre que estas se situem: a) A menos de 0,80 m em relao ao limite exterior do passeio, incluindo o lancil, nos casos em que o haja, quando aquele tiver largura superior a 1,20 m, podendo ser fixada uma distncia superior sempre que o trfego automvel e/ou a existncia ou previso de instalao de equipamento urbano o justifiquem; b) A menos de 0,40 m em relao ao limite exterior do passeio, incluindo o lancil, nos casos em que o haja, quando aquele tiver largura inferior a 1,20 m; c) Em postes ou candeeiros de beto;35 | 414

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d) Em sinais de trnsito ou semforos; e) Em ilhas para pees ou para suporte de sinalizao; f) A menos de 10 m do incio ou do fim das placas centrais. 3 As limitaes impostas no nmero anterior podem no ser respeitadas sempre que da no resulte qualquer perigo ou prejuzo para o trnsito. Artigo A 2/7. Limites estticos e ambientais No podem ser emitidas licenas para afixao, inscrio ou distribuio de mensagens publicitrias que, por si s ou atravs dos meios ou suportes que utilizam, afectem a esttica ou o ambiente dos lugares ou da paisagem ou causem danos a terceiros, nomeadamente: a) Faixas de pano, plstico, papel ou outro material semelhante que atravessem a via pblica; b) Cartazes ou afins afixados sem suporte autorizado, atravs de colagem ou outros meios semelhantes; c) Meios ou suportes que afectem a salubridade dos espaos pblicos; d) Suportes situados nos passeios, que excedam a frente dos estabelecimentos. Artigo A 2/8. Publicidade sonora A publicidade sonora deve respeitar os limites impostos pelo Regulamento Geral sobre o Rudo. SUBSECO III Processo de licenciamento Artigo A 2/9. Requerimento inicial 1 A licena para afixao ou inscrio de mensagens publicitrias depende de requerimento, que tem que dar entrada com, pelo menos, 30 (trinta) dias de antecedncia relativamente ao incio do prazo pretendido. 2 O licenciamento para afixao ou inscrio de mensagens publicitrias atravs de meios ou suportes que, por si s, exijam licenciamento ou autorizao para obras de construo civil deve ser requerido cumulativamente nos termos da legislao aplicvel. 3 Os restantes meios ou suportes, cujo fim principal seja a publicidade, esto apenas sujeitos a licenciamento para afixao ou inscrio de mensagens publicitrias. Os trabalhos de instalao de anncios ou reclamos devem obedecer aos condicionamentos de segurana indispensveis. 4 No obstante, quando os anncios ou reclamos sejam suportados por dispositivos instalados ou projectados sobre a via pblica, alm da taxa devida pela publicidade ser tambm devida a taxa prevista pela ocupao da via pblica.36 | 414

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Artigo A 2/10. Elementos obrigatrios 1 O requerimento, deve conter, para alm das menes previstas no artigo A/3., os seguintes elementos: a) Perodo de vigncia pretendido; b) Descrio do meio ou suporte, da natureza, textura e cor dos materiais que o compem; c) Duas fotografias com o formato mnimo de 0,10 m 0,15 m, iguais e a cores com a sinalizao do local pretendido; d) Uma planta de localizao escala de 1:10000 ou 1:5000 e uma planta de localizao escala de 1:500, com indicao do local pretendido; e) Descrio grfica do meio ou suporte, em duplicado, atravs de plantas, cortes e alados, pelo menos escala de 1:50, com indicao do elemento a licenciar. 2 Tratando-se de publicidade realizada atravs dos meios e suportes previstos na alnea b) do n. 4 do artigo A 2/3., e sempre que estes excedam as dimenses do veculo, o requerimento deve ser instrudo com a aplice de seguro de responsabilidade civil que inclua os riscos inerentes a este transporte. 3 O requerimento de licena de cartaz deve ser instrudo com um exemplar do respectivo cartaz. 4 No caso da mensagem publicitria ser afixada ou inscrita em bens do domnio privado, o requerimento deve ser instrudo com documento, autntico ou autenticado, comprovativo de que o requerente proprietrio, possuidor, locatrio ou que se encontra autorizado a utilizar esse espao para esse fim. 5 Quando os elementos publicitrios se destinem a ser instalados em prdio que esteja submetido ao regime de propriedade horizontal, dever o requerente apresentar tambm cpia autenticada da acta da assembleia-geral do condomnio autorizando a instalao dos elementos publicitrios que se pretende licenciar. 6 A autorizao referida no n. anterior no se aplica s fraces autnomas licenciadas para o comrcio, em que tal deliberao dispensvel, desde que os elementos publicitrios sejam instalados na rea correspondente ao estabelecimento. Caso contrrio, o requerente deve juntar autorizao escrita do proprietrio ou possuidor, com a respectiva assinatura devidamente reconhecida nessa qualidade, no caso de pessoas colectivas, ou juno de fotocpia do bilhete de identidade, no caso de pessoas singulares. 7 Quando a implantao pretendida se situe em zonas de jurisdio de outras entidades ou zonas de proteco a monumentos nacionais e imveis de interesse pblico, os elementos referidos no n. 1 devem ser entregues em quadruplicado. 8 Posteriormente data de entrada do requerimento pode ser exigido ao requerente a juno de elementos ou a prestao de informaes complementares atravs de comunicao escrita, designadamente: a) Termo de responsabilidade e contrato de seguro de responsabilidade civil para meio ou suporte que possa, eventualmente, representar um perigo para a segurana das pessoas ou coisas; b) Autorizao de pessoas individuais ou colectivas que possam vir a sofrer danos com afixao ou inscrio requeridas.37 | 414

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9 O requerente deve prestar as informaes e juntar os elementos solicitados nos 20 (vinte) dias seguintes comunicao referida no nmero anterior, sob pena de indeferimento da pretenso. Artigo A 2/11. Suportes publicitrios fixos 1 As licenas das mensagens publicitrias afixadas em suportes publicitrios fixos so concedidas apenas para o local onde se encontram instaladas. 2 Salvo no que respeita publicidade referida noutras alneas correspondentes, quando os anncios fixos forem colocados fora dos prdios onde se encontre o respectivo estabelecimento ou onde se fabriquem, utilizem ou vendam objectos, as taxas podero ser agravadas at ao dobro das quantias mximas, previstas nestas tabelas e graduadas consoante a importncia do local. Artigo A 2/12. Ortografia 1 As mensagens publicitrias devem ser escritas, de preferncia, em lngua portuguesa, devendo os termos estrangeiros, sempre que possvel, ser precedidos de traduo para portugus. 2 A incluso de palavras e expresses estrangeiras poder, no entanto, ser autorizada nas seguintes situaes: a) Quando se trate de marcas registadas ou denominaes de firmas; b) Quando se trate de nomes de figurantes ou de ttulos de espectculos cinematogrficos, teatrais, de variedades ou desportivos. Artigo A 2/13. Saneamento e apreciao liminar 1 Compete ao Presidente da Cmara apreciar e decidir as questes de ordem formal e processual que possam obstar ao conhecimento do pedido de licenciamento, nomeadamente a legitimidade e a regularidade formal do requerimento. 2 O Presidente da Cmara profere despacho de rejeio limiar do pedido no prazo de 10 (dez) dias se o requerimento e os respectivos elementos instrutores apresentarem omisses ou deficincias. 3 Quando as omisses ou deficincias sejam suprveis ou sanveis ou quando forem necessrias cpias adicionais, o Presidente da Cmara notifica o requerente, no prazo de 8 (oito) dias a contar da data de recepo do processo, para completar ou corrigir o requerimento, num prazo nunca inferior a 20 (vinte) dias, sob pena de rejeio do pedido. 4 A notificao referida no nmero anterior suspende os termos ulteriores do processo e dela deve constar a meno de todos os elementos em falta ou a corrigir. 5 Havendo rejeio do pedido, nos termos do presente artigo, o interessado que requeira novo licenciamento para o mesmo fim fica dispensado de apresentar os documentos utilizados no pedido anterior, que se mantenham vlidos e adequados.38 | 414

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6 Na ausncia do despacho previsto nos nmeros 2 e 3, considera-se o pedido de licenciamento correctamente instrudo. Artigo A 2/14. Deferimento 1 Em caso de deferimento, o requerente ser notificado, por escrito e no prazo mximo de 15 (quinze) dias a contar da deciso final, do prazo para pagamento das taxas respectivas e para levantamento da licena. 2 A autorizao conferida ser cancelada se no for levantada a licena e paga a taxa dentro do prazo referido no aviso de pagamento. 3 A licena especificar as condies a observar pelo seu titular, nomeadamente: a) Prazo de durao; b) Prazo para comunicar a renovao; c) Nmero de ordem atribudo ao meio ou suporte, que deve ser afixado no mesmo, juntamente com o nmero de licena e a identidade do titular; d) Obrigao de manter o meio ou suporte em boas condies de conservao, funcionamento e segurana; e) Obrigao de entrega do meio ou suporte, a ttulo gratuito, durante os perodos de campanha eleitoral, sempre que notificado pela Cmara Municipal para esse efeito. 3 O titular da licena s pode exercer os direitos a que se referem as respectivas condies depois do pagamento da taxa e da prestao da cauo, no caso de lhe ter sido exigida. 4 Todas as licenas so consideradas precrias, no sendo a Cmara Municipal obrigada a indemnizar seja que ttulo for, nomeadamente quando, por necessidade expressa ou declarada, der por findos os respectivos licenciamentos de publicidade anteriormente concedidos. Artigo A 2/15. Durao da licena 1 A licena ser atribuda at ao termo do ano civil a que reporta o licenciamento. 2 A pedido do requerente pode ser concedida por prazo inferior, e deve ser liquidada na devida proporo, de acordo com o n. 4 do artigo H 1/4.. 3 As licenas requeridas para afixao, inscrio ou difuso de mensagem publicitria relativa a evento a ocorrer em data determinada caducaro nessa data. Artigo A 2/16. Renovao da licena 1 A licena que seja concedida at ao termo do ano civil a que o licenciamento diz respeito renova-se automtica e sucessivamente por igual perodo, desde que o interessado liquide a respectiva taxa at ao termo do ms de Fevereiro de cada ano civil, salvo se: a) A Cmara Municipal notificar o titular de deciso em sentido contrrio, por escrito e com a antecedncia mnima de 15 (quinze) dias antes do termo do prazo respectivo;39 | 414

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b) O titular comunicar Cmara Municipal a inteno contrria, por escrito e com a antecedncia mnima de 15 (quinze) dias antes do termo do prazo respectivo. 2 Os pedidos de renovao de licenas concedidas por prazo inferior a 1 (um) ano devem ser apresen