Coelce Normas Técnicas 20060327 129

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    DIRETORIA TÉCNICA

    GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DE AT E MT 

    NORMA TÉCNICA

    NT-004/2009 R-03

    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAEM ALTA TENSÃO PARA CONSUMIDORESCATIVOS – 69 kV

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    FOLHA DE CONTROLE

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    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAEM ALTA TENSÃO PARA CONSUMIDORES

    CATIVOS – 69 kV

    NT-004

    03

    MAI/2009

    APRESENTAÇÃO

     A presente Norma Técnica NT-004/2009 cancela e substitui a Norma Técnica NT-004/2004 e a DT-205/2005 e baseia-se na Resolução 456, de 29 de novembro de 2000, da Agência Nacional deEnergia Elétrica, ANEEL, ou legislação posterior que a substituir.

    Os projetistas usuários, fiscais (inspetores) da Coelce e demais leitores deste documentoencontrarão informações sobre as condições gerais para Fornecimento de Energia Elétrica naTensão 69 kV, estabelecendo os requisitos mínimos indispensáveis para ligação ao sistema Coelcedas unidades consumidoras atendidas na tensão mencionada.

     As prescrições desta Norma não implicam no direito do consumidor imputar a Coelce quaisquerresponsabilidades com relação à qualidade de materiais ou equipamentos, por ele adquiridos, com

    relação ao desempenho dos mesmos, incluindo os riscos e danos de propriedade ou segurança deterceiros, decorrentes da má utilização e conservação dos mesmos ou do uso inadequado daenergia, ainda que a Coelce tenha considerado aceito o projeto e/ou procedido vistoria.

    São explicitadas nesta norma técnica as condições gerais a que devem satisfazer a entrada deserviço, subestação, proteção, medição e aterramento, bem como fixadas as característicasmínimas a que devem satisfazer os equipamentos a serem instalados.

     A presente Norma, não invalida qualquer outra sobre o assunto que estiver em vigor ou for criadapela ABNT, ou outro órgão competente. No entanto, em qualquer ponto onde, porventura, surgiremdivergências entre esta Norma e outras emanadas dos órgãos supracitados, prevalece àsexigências mínimas aqui contidas, até a sua modificação, se for o caso.

    Elaboração: Antônio Ribamar Filgueira  Normas e ProcedimentosKeyla Sampaio Câmara Normas e Procedimentos

    Revisão:Raquel Santos Gondim Normas e Procedimentos

    Equipe de Consenso: Abraão Gonçalves de Oliveira Neto Novos Clientes do Grupo “A” Aníbal Braga Planejamento de AT e MT Antônio Ribamar Melo Filgueira Normas e Procedimentos

    Carlos Eduardo A. Guimarães Grandes ClientesCarlos Magno Martins Rodrigues Novos Clientes do Grupo “A”Eudes Barbosa de Medeiros Planejamento da OperaçãoFelipe Leite Cardoso dos Santos Normas e ProcedimentosGilson Alves Teixeira Projeto de Linhas e SubestaçõesHaroldo de Vasconcelos Façanha Perdas de Grandes ClientesJosé Giordane Silveira Manutenção das Proteções e AutomaçãoKeyla Sampaio Câmara Normas e ProcedimentosMarcus Superbus de Medeiros Planejamento da OperaçãoRaimundo Carlos M. Filho Planejamento de AT e MTRoberto Freire Castro Alves Projeto de Linhas e Subestações

    Apoio:Pedro Paulo Menezes Normas e ProcedimentosSandra Lúcia Alenquer da Silva Normas e Procedimentos

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    CATIVOS – 69 kV

    NT-004

    II 

    03

    MAI/2009

    Í N D I C E1  OBJETIVO ...................................................................................................................................................1 

    2  REFERÊNCIAS NORMATIVAS ..................................................................................................................1 

    2.1  LEGISLAÇÕES .................................................................................................................................................1 

    2.2  NORMAS BRASILEIRAS ....................................................................................................................................1 

    2.3  P ADRÕES E ESPECIFICAÇÕES DA COELCE:.......................................................................................................1 

    2.4  ESPECIFICAÇÕES CORPORATIVAS....................................................................................................................2 

    2.5  LIVROS E PESQUISA EXTERNA .........................................................................................................................2 

    CAMPO DE APLICAÇÃO............................................................................................................................2 

    4  TERMINOLOGIA E DEFINIÇÃO .................................................................................................................2 

    4.1   ATERRAMENTO ...............................................................................................................................................2 

    4.2  CONSUMIDOR .................................................................................................................................................2 

    4.3  CONSUMIDOR C ATIVO .....................................................................................................................................3 

    4.4  CONSUMIDOR LIVRE........................................................................................................................................3 

    4.5  CONSUMIDOR DO GRUPO "A" DO SDAT...........................................................................................................3 

    4.6  C AIXA DE MEDIÇÃO .........................................................................................................................................3 

    4.7  CUBÍCULO DE MEDIÇÃO...................................................................................................................................3 

    4.8  C ARGA INSTALADA ..........................................................................................................................................3 

    4.9  CONTRATO DE FORNECIMENTO .......................................................................................................................3 

    4.10 DEMANDA .......................................................................................................................................................3 

    4.11 DEMANDA CONTRATADA .................................................................................................................................3 

    4.12 DEMANDA F ATURÁVEL ....................................................................................................................................3 

    4.13 DEMANDA M ÁXIMA ..........................................................................................................................................3 

    4.14 DEMANDA MÉDIA ............................................................................................................................................4 

    4.15 ENERGIA ELÉTRICA ATIVA ...............................................................................................................................4 

    4.16 ENERGIA ELÉTRICA REATIVA ...........................................................................................................................4 4.17 ENTRADA DE SERVIÇO ....................................................................................................................................4 

    4.18 F ATOR DE C ARGA ...........................................................................................................................................4 

    4.19 F ATOR DE DEMANDA .......................................................................................................................................4 

    4.20 F ATOR DE POTÊNCIA.......................................................................................................................................4 

    4.21 LDAT.............................................................................................................................................................4 

    4.22 LDMT............................................................................................................................................................4 

    4.23 PONTO DE ENTREGA .......................................................................................................................................4 

    4.24 POSTO DE MEDIÇÃO .......................................................................................................................................4 

    4.25 POTÊNCIA DISPONIBILIZADA ............................................................................................................................4 

    4.26 POTÊNCIA NOMINAL DO TRANSFORMADOR .......................................................................................................4 

    4.27 POTÊNCIA INSTALADA .....................................................................................................................................5 

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    CATIVOS – 69 kV

    NT-004

    III 

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    MAI/2009

    4.28 POTÊNCIA APARENTE......................................................................................................................................5 

    4.29 POTÊNCIA ATIVA .............................................................................................................................................5 

    4.30 POTÊNCIA ATIVA MÉDIA ..................................................................................................................................5 

    4.31 R AMAL DE ENTRADA .......................................................................................................................................5 

    4.32 R AMAL DE ENTRADA AÉREO ............................................................................................................................5 

    4.33 R AMAL DE ENTRADA SUBTERRÂNEO ................................................................................................................5 

    4.34 R AMAL DE ENTRADA MISTO.............................................................................................................................5 

    4.35 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO (SDAT) ......................................................................................5 

    4.36 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MÉDIA TENSÃO (SDMT)....................................................................................5 

    4.37 SUBESTAÇÃO..................................................................................................................................................5 4.38 SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO (SED) ............................................................................................................6 

    4.39 SUBESTAÇÃO SECIONADORA ...........................................................................................................................6 

    4.40 SUBESTAÇÃO TRANSFORMADORA COMPARTILHADA ..........................................................................................6 

    4.41 UNIDADE CONSUMIDORA .................................................................................................................................6 

    5  LIMITES DE FORNECIMENTO...................................................................................................................6 

    6  ALTERNATIVAS DE ATENDIMENTO PARA LIGAÇÃO DA UNIDADE CONSUMIDORA.......................9 

    6.1   ALIMENTAÇÃO ATRAVÉS DE LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT (ALTERNATIVA 1)........................9  

    6.2   ALIMENTAÇÃO ATRAVÉS DE DERIVAÇÃO DO B ARRAMENTO DE 69 KV DE SE SECIONADORA -  ALTERNATIVA 2......9 6.3   ALIMENTAÇÃO ATRAVÉS DE DERIVAÇÃO DA LINHA DE 69 KV COM DISJUNÇÃO -  ALTERNATIVA 3..........................9  

    6.4  CONSIDERAÇÕES GERAIS..............................................................................................................................10 

    7  ENTRADA DE SERVIÇO...........................................................................................................................10 

    7.1  GENERALIDADE.............................................................................................................................................10 

    7.2  ELEMENTOS ESSENCIAIS DA ENTRADA DE SERVIÇO........................................................................................10 

    8  SUBESTAÇÃO ..........................................................................................................................................12 

    8.1  PRESCRIÇÕES GERAIS ..................................................................................................................................12 

    8.2  TIPOS DE SUBESTAÇÕES ...............................................................................................................................14 

    9  MEDIÇÃO...................................................................................................................................................16 

    9.1  CONSUMIDOR C ATIVO ...................................................................................................................................16 

    9.2  CONSUMIDOR LIVRE......................................................................................................................................18 

    10  PROTEÇÃO ...............................................................................................................................................18 

    10.1 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E SURTOS DE TENSÃO........................................................18 

    10.2 PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO E SECIONAMENTO...............................................................................18 

    11  ATERRAMENTO........................................................................................................................................20 

    11.1 

    SISTEMA DE

     ATERRAMENTO DA

    SUBESTAÇÃO

    ................................................................................................20 

    11.2  ATERRAMENTO DO P ÁRA-R AIOS ....................................................................................................................21 

    12  GERAÇÃO PRÓPRIA................................................................................................................................21 

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    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAEM ALTA TENSÃO PARA CONSUMIDORES

    CATIVOS – 69 kV

    NT-004

    IV 

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    MAI/2009

    13  PROJETO...................................................................................................................................................21 

    13.1  APRESENTAÇÃO DO PROJETO .......................................................................................................................21 

    13.2  ANÁLISE E ACEITAÇÃO DO PROJETO ..............................................................................................................23 

    14  CONDIÇÕES GERAIS...............................................................................................................................24 

    14.1 CONDIÇÕES DE SERVIÇO...............................................................................................................................24 

    15  CARACTERÍSTICAS.................................................................................................................................24 

    15.1 C ARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DO SISTEMA....................................................................................................24 

    15.2 C ARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DOS EQUIPAMENTOS E RELÉS .........................................................................25 

    16  ANEXOS.....................................................................................................................................................26 

     ANEXO A - MODELO DE REQUERIMENTO PARA CONSULTA PRÉVIA ..........................................................................27 

     ANEXO B - MODELO DE REQUERIMENTO PARA ACEITAÇÃO DE PROJETO..................................................................28 

     ANEXO C - MODELO DE REQUERIMENTO PARA INSPEÇÃO E LIGAÇÃO ......................................................................29 

     ANEXO D - MODELO DE PEDIDO DE AUMENTO DE C ARGA .......................................................................................30 

    DESENHO 004.01.2 - DIAGRAMA UNIFILAR DE ALIMENTAÇÃO PARA CONSUMIDORES DE 69KV..................................31

    DESENHO 004.02.3 - ENTRADA DE SERVIÇO E LOCALIZAÇÃO DA MEDIÇÃO COM ALIMENTAÇÃO ÚNICA......................32

    DESENHO 004.03.4 - ENTRADA DE SERVIÇO E LOCALIZAÇÃO DA MEDIÇÃO COM DUPLA ALIMENTAÇÃO .....................33

    DESENHO 004.04.2 - B ANCO DE ELETRODUTOS PARA ENTRADA SUBTERRÂNEA EM 69KV .......................................34

    DESENHO 004.05.2 - P ADRÃO DE ACESSO À SUBESTAÇÃO ....................................................................................35DESENHO 004.06.1 - FIGURA HUMANA (P ADRÃO PRA CONSIDERAÇÃO DE SEGURANÇA EM M ANUTENÇÃO)...............36

    DESENHO 004.07.1 - CERCA PARA SUBESTAÇÃO – TIPO I ......................................................................................37

    DESENHO 004.08.1 - CERCA PARA SUBESTAÇÃO – TIPO II .....................................................................................38

    DESENHO 004.09.1 - MURO COM B ARREIRA DE PROTEÇÃO PARA SUBESTAÇÕES ....................................................39

    DESENHO 004.10.2 - DIAGRAMA UNIFILAR DE PROTEÇÃO COM ALIMENTAÇÃO ÚNICA ..............................................40

    DESENHO 004.11.2 - DIAGRAMA UNIFILAR DE PROTEÇÃO COM ALIMENTAÇÃO DUPLA..............................................41

    DESENHO 004.12.3 - TRANSFORMADORES DE CORRENTE 72,5KV  – DETALHES DE INSTALAÇÃO E MONTAGEM.........42

    DESENHO 004.13.3 - TRANSFORMADORES DE POTENCIAL 72,5KV  – DETALHES DE INSTALAÇÃO E MONTAGEM.........46

    DESENHOS DO PM-001 EM ANEXO

    310.30.2 - SUPORTE C APITEL DE CONCRETO ARMADO;

    641.05.3 - C AIXA DE LIGAÇÃO PARA EQUIPAMENTO A PROVA DE TEMPO 

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    MAI/2009

    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAEM ALTA TENSÃO PARA CONSUMIDORES

    CATIVOS – 69 kV

    1 OBJETIVOEstabelecer regras e recomendações aos projetistas e consumidores cativos com relação àelaboração de projetos e execução de suas instalações, a fim de possibilitar o fornecimento deenergia elétrica sob a tensão nominal de 69 kV e na freqüência nominal de 60 Hz.

    2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

    2.1 LegislaçõesResolução Normativa Nº 067, da ANEEL, de 08/06/2004;

    Resolução Nº 281, da ANEEL, de 01/10/1999;

    Resolução Nº 344, da ANEEL, de 25/06/2002;

    Resolução Nº 456, da ANEEL, de 29/11/2000;Lei Nº 9074 de 07/07/1995;

    Oficio Circular Nº 011/2004 da ANEEL;

    Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST;

    NR 10, Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. 

    2.2 Normas BrasileirasNBR IEC 60079-14, Atmosferas explosivas - Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalaçõeselétricas;

    NBR 5419, Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; 

    NBR 5422, Projeto de Linhas aéreas de transmissão de energia elétrica;

    NBR 6535, Sinalização de Linhas Aéreas de Transmissão de energia elétrica com vista à segurançada inspeção aérea – Procedimento;

    NBR 8841, Coordenação de Isolamento Fase-Fase;

    NBR 10068, Folha de desenho - Leiaute e dimensões;

    NBR 10898, Sistema de iluminação de emergência;

    NBR 12693, Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio;

    NBR 13231, Proteção contra Incêndio em subestações elétricas convencionais, atendidas e nãoatendidas, de sistema de transmissão;

    NBR 13434-1, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 1: Princípios de projeto;

    NBR 13434-2, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 2: Símbolos e suas

    formas, dimensões e cores;NBR 13434-3, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 3: Requisitos e métodosde ensaio.

    2.3 Padrões e Especificações da Coelce:

    CP-010, Linhas Aéreas de Alta Tensão - Classe de Tensão 72,5 kV; 

    CP-011, Subestação de Distribuição Aérea e Semi-Abrigada 72,5 -15 kV; 

    DT-104, Instrução para instalação de Geradores Particulares;

    DT-108, Medição para Unidade Consumidora do Grupo A - 15kV 

    DT-128, Encargos Financeiros em Obras de Responsabilidade da Coelce e do Consumidor; 

    ET-155, Pára-Raios de Óxido de Zinco; ET-206, Cabo de Controle Blindado;

    NT-008, Conexão de Produtor Independente e Autoprodutor de Energia com o Sistema Elétrico daCoelce.

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    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAEM ALTA TENSÃO PARA CONSUMIDORES

    CATIVOS – 69 kV

    PE-044, Padrão de Linhas Aéreas de Alta Tensão (LAAT) Convencional sem Cabo pára-raios; 

    PE-045, Padrão de Linhas Aéreas de Alta Tensão (LAAT) Convencional com Cabo pára-raios ;

    PE-046, Padrão de Linhas Aéreas de Alta Tensão (LAAT) Compacta sem Cabo pára-raios ;

    PE-047, Padrão de Linhas Aéreas de Alta Tensão (LAAT) Compacta com Cabo pára-raios ;

    PE-048, Padrão de Detalhes de Instalação de Linhas Aéreas de Alta Tensão (LAAT); 

    PS-051, Subestação de Distribuição Aérea e Semi-Abrigada 72,5-15 kV - Pequeno e Grande Porte;

    PS-052, Detalhes de Instalação e Montagem de Equipamentos e Materiais 72,5-15 kV;

    PM-001, Padrão de Material;

    PEX-051, Construção e/ou Reforma de Linhas de Transmissão; 

    PEX-052, Construções, Reformas ou Ampliações de Subestações Abaixadoras e Secionadoras

    72,5/15kV;Para uso dos documentos técnicos da Coelce citados devem ser observadas as suas últimasversões ou documentos que os substituam.

    2.4 Especificações CorporativasE-SE-001, Transformadores de Potencia;

    E-SE-002, Interruptores de Alta Tensión;

    E-SE-003, Interruptores de Média Tensión;

    E-SE-004, Seccionadores de Alta Tensión;

    E-SE-005, Transformadores de Instrumentación de Alta Tensión;

    E-SE-006, Seccionadores de Média Tensión;

    E-SE-007, Transformadores de Instrumentación de Média Tensión;E-SE-008, Celdas de Média Tensión;

    E-SE-009, Bancos de Condensadores de MT para Uso en Subestaciones;

    E-PCM-001, Proteccion de Sobrecorriente Multifunción;

    E-PCM-002, Protección para Bancos de Condensadores de MT;

    E-PCM-003, Protección Diferencial de Transformadores;

    E-PCM-008, Sistema Digital para Automatización de Subestaciones;

    2.5 Livros e Pesquisa Externa

    Instalações Elétricas Industriais, João Mamede Filho, 7ª Edição: LTC2007

    3 CAMPO DE APLICAÇÃO

    Esta norma se aplica às instalações consumidoras de tensão nominal de 69 kV, novas ou areformar, localizadas nas zonas urbanas e rurais, respeitando-se o que prescrevem as legislaçõesoficiais, as normas da ABNT e os documentos técnicos da Coelce em vigor.

    4 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÃO

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições, complementadas pelas contidasnas Normas Brasileiras - NBR.

    4.1 Aterramento

    Ligação elétrica à terra de todas as partes metálicas não energizadas de uma instalação incluindo o

    NEUTRO.

    4.2 Consumidor

    É a pessoa física ou jurídica ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, quesolicitar a Coelce o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento

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    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAEM ALTA TENSÃO PARA CONSUMIDORES

    CATIVOS – 69 kV

    das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL, assimvinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme o caso.

    4.3 Consumidor Cativo

    Consumidor que é atendido pela Coelce, aplicando-se a este atendimento as tarifas e condiçõesreguladas pela ANEEL.

    4.4 Consumidor Livre

    Definido e caracterizado na NT-008 Conexão de Produtor Independente e Autoprodutor de Energiacom o Sistema Elétrico da Coelce.

    4.5 Consumidor do Grupo "A" do SDAT

    Consumidor que recebe energia em tensão igual ou superior a 69 kV e inferior a 230 kV, assimconsiderada a pessoa física ou jurídica, legalmente representada, que ajustar com a Coelce ofornecimento de energia, ficando, portanto, respondendo por todas as obrigações regulamentarese/ou contratuais.

    4.6 Caixa de Medição

    Caixa lacrável, destinada à instalação do medidor e seus acessórios.

    4.7 Cubículo de Medição

    Compartimento destinado a instalar a caixa de medição.

    4.8 Carga Instalada

    Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, emcondições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).

    4.9 Contrato de Fornecimento

    Instrumento contratual em que a concessionária e o consumidor responsável por unidadeconsumidora do Grupo “A” ajustam as características técnicas e as condições comerciais dofornecimento de energia elétrica.

    4.10 Demanda

    Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela dacarga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado.

    4.11 Demanda Contratada

    Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela concessionária,no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados no contrato de fornecimento eque deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento,expressa em quilowatts (kW).

    4.12 Demanda Faturável

    Valor da demanda de potência ativa, identificado de acordo com os critérios estabelecidos econsiderada para fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa, expressa emquilowatts (kW).

    4.13 Demanda MáximaDemanda máxima das potências elétricas ativas e reativas, solicitadas ao sistema elétrico pelaparcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempoespecificado.

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    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAEM ALTA TENSÃO PARA CONSUMIDORES

    CATIVOS – 69 kV

    4.14 Demanda Média

    Demanda média das potências elétricas ativas e reativas, solicitadas ao sistema elétrico pelaparcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempoespecificado.

    4.15 Energia Elétrica Ativa

    Energia elétrica que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora(kWh).

    4.16 Energia Elétrica Reativa

    Energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos elétricos e magnéticos de umsistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em quilovolt-ampère-reativo-hora

    (kvarh).4.17 Entrada de Serviço

    É o trecho do circuito com toda a infra-estrutura adequada à ligação, fixação, encaminhamento,sustentação e proteção dos condutores, que vão do ponto de ligação da linha até a medição daCoelce.

    4.18 Fator de Carga

    Razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora ocorridas no mesmointervalo de tempo especificado.

    4.19 Fator de Demanda

    Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada naunidade consumidora.

    4.20 Fator de Potência

    Razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energiaselétricas ativas e reativa, consumidas num mesmo período especificado.

    4.21 LDAT

    Linha de Distribuição de Alta Tensão.

    4.22 LDMT

    Linha de Distribuição de Média Tensão.

    4.23 Ponto de Entrega

    Ponto de conexão do sistema elétrico da Coelce com as instalações elétricas da unidadeconsumidora, caracterizando-se como o limite de responsabilidade do fornecimento.

    4.24 Posto de Medição

    É o local reservado à instalação dos equipamentos e acessórios utilizados na medição de umdeterminado consumidor, podendo ou não conter a caixa de medição.

    4.25 Potência Disponibilizada

    Potência que o sistema elétrico da concessionária deve dispor para atender às instalações elétricasda unidade consumidora, segundo os critérios estabelecidos na Resolução Nº 456/2000 da ANEEL.

    4.26 Potência Nominal do Transformador

    Valor convencional de potência aparente que serve de base para projeto, para os ensaios e para asgarantias do fabricante de um transformador, e que determina o valor da corrente nominal quecircula sob tensão nominal.

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    4.27 Potência Instalada

    Soma das potências nominais de equipamentos elétricos de mesma espécie instalados na unidadeconsumidora e em condições de entrar em funcionamento.

    4.28 Potência Aparente

    Produto dos valores eficazes da tensão e da corrente, em um regime permanente senoidal , é omodulo da potência complexa, expressa em quilovolt-ampère (kVA).

    4.29 Potência Ativa

    Valor médio da potência instantânea, durante um período. Em um regime de tensão e correntesenoidais, a potência ativa é a parte real da potência complexa, expressa em quilovolt-ampère(kVA).

    4.30 Potência Ativa MédiaMédia aritmética dos valores da potência instantânea durante um período, expressa em quilowatts(kW).

    4.31  Ramal de EntradaÉ o conjunto de condutores com respectivos materiais necessários à fixação e interligação elétricado ponto de entrega à medição. O ramal de entrada pode ser aéreo ou subterrâneo..

    4.32  Ramal de Entrada AéreoÉ o conjunto de condutores e acessórios cujo encaminhamento se faz, em nível de 6 m acima dasuperfície do solo, com os respectivos materiais necessários à sua fixação e interligação elétrica do

    ponto de entrega à medição.4.33  Ramal de Entrada SubterrâneoÉ o conjunto de condutores e acessórios cujo encaminhamento se faz, em parte ou no todo, emnível abaixo da superfície do solo, com os respectivos materiais necessários à sua fixação einterligação elétrica do ponto de entrega à medição.

    4.34  Ramal de Entrada MistoÉ aquele constituído de uma parte aérea e outra subterrânea. Seu projeto e construção devemobedecer às prescrições pertinentes dos ramais de entrada aéreos e subterrâneos.

    4.35  Sistema de Distribuição de Alta Tensão (SDAT)

    Conjunto de linhas e subestações que conectam as barras de rede básica ou de centrais geradorasàs subestações de distribuição em tensões típicas iguais ou superiores a 69kV e inferiores a 230kV,ou instalações em tensão igual ou superior a 230kV quando especificamente definidas pela ANEEL.

    4.36  Sistema de Distribuição de Média Tensão (SDMT)Conjunto de linhas de distribuição e de equipamentos associados em tensões típicas superiores a1kV e inferiores a 69kV, na maioria das vezes com função primordial de atendimento a unidadesconsumidoras, podendo conter geração distribuída.

    4.37  SubestaçãoParte das instalações elétricas da unidade consumidora atendida em tensão primária de distribuiçãoque agrupa os equipamentos, condutores e acessórios destinados à proteção, medição, manobra e

    transformação de grandezas elétricas.

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    4.38  Subestação de Distribuição (SED)Subestação conectada ao sistema de distribuição de alta tensão, interligando as redes dedistribuição, contendo transformadores de força. Tem como função reduzir a tensão no sistema dedistribuição.

    4.39  Subestação SecionadoraSubestação da Coelce construída através do secionamento de uma linha de distribuição de altatensão de 69 kV destinada exclusivamente ao atendimento de um consumidor derivado diretamentedo seu barramento.

    4.40  Subestação transformadora compartilhadaSubestação particular utilizada para fornecimento de energia elétrica simultaneamente a duas oumais unidades consumidoras.

    4.41  Unidade ConsumidoraConjunto de instalação e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétricaem um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor.

    5 LIMITES DE FORNECIMENTOOs limites de fornecimento são estabelecidos mediante as condições técnico-econômicas dosistema de suprimento da Coelce, para a unidade consumidora e de acordo com a legislação emvigor, com observância das seguintes condições:

    5.1  Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV; quando a demanda contratada ouestimada pelo interessado, para fornecimento, for superior a 2.500 kW.

    5.1.1 Quando a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para fornecimento, for inferior a2.500 kW, pode a Coelce estabelecer esta tensão de fornecimento desde que a unidadeconsumidora se enquadre em uma das seguintes condições:

    a) tiver equipamento que pelas suas características de funcionamento ou potência, possa prejudicara qualidade de fornecimento a outros consumidores atendidos em tensão de 13,8 kV;

    b) havendo conveniência técnico-econômica para o sistema elétrico da Coelce, não acarretandoprejuízo ao interessado.

    5.2  Máquinas elétricas, tais como motores síncronos e assíncronos (especialmente aquelesutilizados em laminadores e elevadores de carga etc.), fornos a arco e equipamentos geradores deharmônicos, cujo funcionamento em regime transitório possa causar perturbações no suprimentototal de energia elétrica a outros consumidores, estão sujeitos as seguintes condições:

    a) Motores elétricosFica limitada aos valores da Tabela 1, a variação de tensão no ponto de entrega de energia, durantea partida de motores elétricos;

    Tabela 1: Variação de Tensão no Ponto de Entrega de Energia

    Número de Partidas

    Por dia Por hora Por minuto2 4 6 8 10 12 14 2 4 6 8 2 4 6 8

    4,91 4,87 4,85 4,83 4,81 4,79 4,77 4,60 4,45 4,35 4,26 3 2,57 2,32 2,14

    Variação de Tensão Admissível (%)

    NOTA: Durante a partida de motores. 

     A utilização de chaves estrela-triângulo ou comutadora no acionamento de motores de induçãoimplicará no ajuste do tempo de comutação, quando o motor atingir a velocidade de 90% a 95% desua velocidade de regime.

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    b) Fornos a Arco

    –  Limite padrão de flutuação de tensão no ponto de entrega de energia dado pelo método inglês(ERA) será de 0,25%;

    –   A apuração do valor do padrão de flutuação de tensão deve ser considerada quando os trêseletrodos do forno estão em curto-circuito e o transformador do forno estiver ajustado no tap quepermita o maior valor desta corrente;

    –  Quaisquer outros critérios adotados para a apuração do nível de “flicker ” devem ser submetidospreviamente à Coelce para análise.

    c) Equipamentos Geradores de Harmônicos

    Os limites aceitáveis para tensões harmônicas são aplicáveis à conexão de consumidores comcargas que provocam distorções harmônicas em SDAT e SDMT com tensões ≥ 13,8 kV, bem comopara equipamentos especiais das concessionárias. Na Tabela 2 são representados valores dereferência globais das distorções harmônicas totais.

    Tabela 2: Valores de referência globais das distorções harmônicas totaisTensão Nominal do Barramento

    (kV)Distorção Harmônica Total de Tensão (DTT)

    (%)

    13,8kV < VN ≤ 69kV 6

    69kV < VN ≤ 230kV 3

    NOTA: Em porcentagem da tensão fundamental

     A Tabela 3 apresenta os limites por consumidor para as tensões harmônicas individuais e para aDTT. Esses limites devem ser aplicados no ponto de entrega.

    Tabela 3: Níveis de referência para distorções harmônicas individuais de tensãoDistorção Harmônica Individual de Tensão [%]Ordem

    Harmônica VN ≤1 kV 1 kV21 1 0,5 0,52 2,5 1,5 14 1,5 1 0,56 1 0,5 0,58 1 0,5 0,5

    10 1 0,5 0,512 1 0,5 0,5

    Pares

    >12 1 0,5 0,5NOTA: Em porcentagem da Tensão Fundamental

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    Os acessantes devem assegurar que a operação de seus equipamentos, quando existirem cargasnão lineares, bem como outros efeitos dentro de suas instalações, incluindo ressonâncias, nãocause distorções harmônicas no ponto de conexão acima dos limites individuais apresentados naTabela 3.

     A concessionária deve utilizar para as suas análises os valores limites de distorção de corrente daTabela 4.

    Tabela 4: Limite de Distorção de Corrente para Sistema de Distribuição

    Corrente de Distorção Harmônica Máxima em Percentual

    Harmônico Individual de Ordem Impar

    ISCII   11 11 h 17 17 h 23 23 h 35 35 h TDH

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    b) Poderá ser efetuado fornecimento a mais de uma unidade consumidora do Grupo “A”, por meiode subestação transformadora compartilhada, desde que pactuados e atendidos os requisitostécnicos da Coelce e dos consumidores;

    c) As medições individualizadas deverão ser integralizadas para fins de faturamento quando, pornecessidade técnica, existirem vários pontos de entrega no mesmo local;

    d) Somente poderão compartilhar subestação transformadora, nos termos do parágrafo anterior,unidades consumidoras do Grupo “A”, localizadas em uma mesma propriedade e/ou cujaspropriedades sejam contíguas, sendo vedada utilização de propriedade de terceiros, nãoenvolvidos no referido compartilhamento, para ligação de unidade consumidora que participe domesmo;

    e) Não será permitida a adesão de outras unidades consumidoras, além daquelas inicialmentepactuadas, salvo mediante acordo entre os consumidores participantes do compartilhamento e aCoelce;

    f) Os investimentos necessários, projeto, construção, manutenção e operação sejam deresponsabilidade dos interessados.

    5.5 Cada instalação consumidora deve apresentar um fator de potência, mais próximo possível daunidade, de no mínimo 0,92, conforme legislação em vigor. Sua correção, se for o caso, deve serfeita através de capacitores ou máquinas síncronas, após aceitação do projeto pela Coelce;

    5.6 O fator de potência de referência (fr), indutivo ou capacitivo, terá como limite mínimo permitido,para as instalações elétricas das unidades consumidoras, o valor de fr=0,92

    6 ALTERNATIVAS DE ATENDIMENTO PARA LIGAÇÃO DA UNIDADE CONSUMIDORA

    6.1 Alimentação através de Linha de Distribuição de Alta Tensão - LDAT (Alternativa 1)

     Alimentada através de linha de distribuição de alta tensão (LDAT), exclusiva, conectada aobarramento de 69 kV de uma subestação da Coelce ou Chesf, conforme Alternativa 1 dodesenho 004.01;

    6.2 Alimentação através de Derivação do Barramento de 69 kV de uma SE Secionadora -Alternativa 2

     Alimentada através de derivação do barramento de 69 kV de uma subestação secionadora daCoelce, conforme Alternativa 2 do desenho 004.01 e observações a seguir:

    6.2.1 O consumidor deve doar para a Coelce um terreno vizinho a sua subestação, com dimensões

    mínimas de 22,5 m x 23,5 m para a construção da subestação secionadora da Coelce;6.2.2  O terreno da subestação secionadora deve ter limite com a via pública para possibilitar aentrada e saída das linhas de distribuição e o livre acesso de viaturas e empregados da Coelce nasinstalações da subestação secionadora.

    6.2.3 O consumidor deve adquirir o relé de proteção com a função 87L. Essa função de proteçãodeve ser ativada em caso de construção de mais de uma subestação secionadora numa mesmalinha, ou a critério da Coelce.

    6.2.4 Os clientes que se conectarem a uma linha que já possua uma subestação secionadora devemarcar com os custos do meio de comunicação entre os relés.

    6.3 Alimentação através de Derivação da Linha de 69 kV com Disjunção - Alternativa 3

     Alimentada através de derivação da linha de 69 kV com disjunção, conforme Alternativa 3 dodesenho 004.01 e observações a seguir:

    6.3.1 A derivação não deve comprometer a confiabilidade do sistema elétrico da Coelce.

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    6.3.2 O caminhamento do ramal de AT dever ser em local de fácil acesso e de baixo tráfego deveículos.

    6.3.3 A distância da derivação ao ponto de conexão deve ser de, no máximo, 280 m.

    6.3.4 A subestação do cliente deve ter a capacidade instalada de no máximo 7,5MVA, considerandoo último estágio de ventilação forçada do transformador.

    6.3.5 O consumidor deve doar para a Coelce um terreno vizinho a sua subestação, com dimensõesmínimas de 18 m x 10 m para a construção da subestação da Coelce.

    6.3.6 O terreno da subestação deve ter limite com a via pública para possibilitar a entrada e saídadas linhas de distribuição e o livre acesso de viaturas e empregados da Coelce nas instalações dasubestação.

    6.4 Considerações GeraisOs itens listados a seguir são válidos para todas as alternativas de atendimento:

    6.4.1 A alternativa de atendimento à unidade consumidora e o dimensionamento das instalaçõesficam condicionados ao Atestado de Viabilidade Técnica (AVT), emitido pelo órgão de planejamentoda Coelce, que deve considerar as previsões feitas no horizonte de pelo menos 10 anos paracrescimento das cargas atendidas pela Linha em questão, bem como o tipo de carga envolvida noestudo.

    6.4.2 A participação financeira do cliente e da concessionária na quitação do orçamento referente aqualquer das alternativas escolhidas, incluindo também o que define o AVT, deve ocorrer conformeDT-128.

    6.4.3 Fica a critério do consumidor contratar a Coelce ou terceiros para a construção e montagem dasubestação secionadora. Caso a execução seja por terceiros, deve atender as exigências dospadrões de subestação automatizada da Coelce.

    6.4.4 A operação e manutenção da subestação secionadora são de responsabilidade da Coelce.

    7 ENTRADA DE SERVIÇO

    7.1 Generalidade

     A entrada de serviço deve obedecer às prescrições desta norma. Ver desenhos 004.02 e 004.03.

    7.2 Elementos Essenciais da Entrada de Serviço

     Além da infra-estrutura adequada à composição eletromecânica, os elementos essenciais daentrada são:

    –  ponto de entrega;

    –  ramal de entrada.

    7.2.1 Ponto de Entrega

    O ponto de entrega de energia elétrica deve ser único para cada consumidor, situar-se no limite davia pública para unidade consumidora sem recuo ou na fachada da edificação da subestação emque se localiza a unidade consumidora, ressalvado o seguinte caso:

    –  quando se tratar de linha de propriedade do consumidor, o ponto de entrega deve situar-se naestrutura inicial desta linha.

    7.2.2 Ramal de Entrada

    O ramal de entrada pode ser aéreo ou subterrâneo, conforme desenho 004.02 e 004.03, e deveobedecer às seguintes prescrições:

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    a) ser construído, mantido e reparado à custas do interessado;

    b) quaisquer serviços no ramal de entrada devem ser feitos mediante autorização e supervisão daCoelce;

    c) a Coelce se isenta da responsabilidade de quaisquer danos pessoais e/ou materiais que aconstrução ou reparo do ramal de entrada possa acarretar, inclusive a terceiros;

    d) não é permitida a travessia de via pública, nem de terreno não pertencente a unidadeconsumidora;

    e) a estrutura do ramal de entrada deve ser localizada de modo a não permitir abalroamento deveículos.

    f) quando o ramal de entrada for subterrâneo, as muflas, cabos e todos os acessórios dos mesmossão de responsabilidade do consumidor;

    g) a classe de isolamento requerida é de 72,5 kV, devendo ser a mesma estabelecida para osistema de suprimento da unidade consumidora;

    h) os equipamentos de manobra instalados no ramal de entrada devem ser operadosexclusivamente pela Coelce;

    i) não deve ser acessível à janelas, sacadas, telhados, áreas ou quaisquer outros elementos fixosnão pertencentes à linha, devendo qualquer condutor do ramal estar afastado de, no mínimo,3,20 m (três e vinte metros) dos elementos supracitados. Não estão incluídas neste caso as janelas de ventilação e iluminação dos postos de medição;

     j) a Coelce não se responsabiliza por quaisquer danos decorrentes de contato acidental de suasredes com tubovias, passarelas, elevados, marquises, etc., no caso da construção ter sido

    edificada posteriormente à ligação da unidade consumidora;k) não haver edificações definitivas ou provisórias, plantações de médio e grande porte sob o

    mesmo, ou qualquer obstáculo que lhe possa oferecer dano, a critério da Coelce, seja emdomínio público ou privado;

    l) no caso de travessia de cerca ou grade metálica deve haver um conveniente secionamento eaterramento desta última, no trecho sob o ramal.

    7.2.2.1 Ramal de Entrada Aéreo

     Além das anteriores, deve obedecer à seguinte prescrição:

    –  Os condutores podem ser de alumínio ou cobre, todavia a natureza dos condutores do ramal deligação deve ser de acordo com o tipo da linha de secionamento, sua seção e estrutura devem

    ser dimensionadas pelo projetista e aceita pela Coelce, de acordo com seus padrões de linha;7.2.2.2 Ramal de Entrada Subterrâneo

     A instalação do ramal de entrada subterrâneo deve obedecer às seguintes prescrições:

    a) os cabos devem ser instalados em eletrodutos de PVC rígido corrugado;

    b) os eletrodutos ou condutores devem situar-se a uma profundidade de 90 cm, e, quando cruzarlocais destinados a trânsito interno de veículos, ser convenientemente protegidos por uma dasformas sugeridas no desenho 004.04;

    c) deve ser derivado, de uma estrutura fixada em terreno da própria unidade consumidora e seraceito pela Coelce;

    d) não deve cruzar terreno que não seja da unidade consumidora;

    e) no trecho fora do solo, o ramal de entrada subterrânea deve ser protegido mecanicamente até auma altura de 6 m, através de eletroduto de aço zincado de diâmetro interno mínimo igual a 150mm, ou por outro meio que ofereça a mesma segurança. Nas extremidades dos eletrodutos deveser prevista proteção mecânica contra danificação do isolamento dos condutores;

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    f) a Coelce é isenta de qualquer responsabilidade por danos pessoais e/ou materiais que aconstrução ou reparo do ramal de entrada possa acarretar, inclusive a terceiros;

    g) deve ser construída uma caixa de passagem afastada 120 cm do poste de derivação, do ramal deentrada subterrâneo;

    h) o comprimento máximo retilíneo entre duas caixas de passagem é de 50 m;

    i) em todo ponto onde haja mudança de direção no encaminhamento do ramal de entrada, comângulo superior a 45 graus, deve ser construída uma caixa de passagem;

     j) é conveniente que as caixas de passagem sejam construídas de modo que permitam folga noscondutores de acordo com o raio de curvatura mínimo especificado pelo fabricante;

    k) as caixas de passagem devem ter dimensões mínimas internas de 120 x 120 x 180 cm, com umacamada de brita de 10 cm no fundo da mesma. O tampão de entrada da caixa deve ser 60 x 60

    cm;l) não serão aceitas emendas e/ou derivações nos cabos do ramal de entrada subterrâneo;

    m) quando for utilizada curva de 90 graus para permitir a descida ou subida dos condutores do ramalde entrada subterrâneo, esta deve ter um raio superior a 20 vezes o diâmetro do cabo;

    n) todo ramal de entrada subterrâneo, deve ser composto de 3 cabos unipolares, instalados emeletrodutos independentes, recomendando-se a instalação de um cabo reserva da mesmanatureza dos cabos energizados;

    o) as extremidades dos eletrodutos, nas caixas de passagens, devem ser impermeabilizadas commateriais que permitam posterior remoção, sem danos aos eletrodutos e ao isolamento doscabos;

    p) os eletrodutos devem ser instalados de modo a permitir uma declividade de 2% no sentido dascaixas de passagem, conforme mostra o desenho 004.04; 

    q) as muflas, cabos e todos os acessórios da ramal de entrada devem ser de responsabilidade doconsumidor;

    7.2.2.3 Ramal de Entrada Misto

    Seu projeto e construção devem obedecer às prescrições pertinentes dos ramais de entrada aéreo esubterrâneo.

    8 SUBESTAÇÃO

    O consumidor deve obedecer às prescrições a seguir; na impossibilidade do não cumprimento

    qualquer destes itens, deverá ser consultado o órgão de análise de projeto da Coelce.

    8.1 Prescrições Gerais

    8.1.1 As subestações devem ser localizadas em local de livre acesso e em condições adequadas desegurança.

    8.1.2  Toda área ou compartimentos da subestação devem ser destinados exclusivamente ainstalação de equipamentos de transformação, proteção, medição e outros necessários aoatendimento da unidade consumidora.

    8.1.3 O acesso de pessoas e equipamentos deve ser feito através de portão metálico, abrindo paradentro, com dimensões compatíveis com os equipamentos, conforme desenho 004.05. Caso nãoseja possível a abertura do portão para dentro, a Coelce deve ser consultada.

    8.1.4  O arranjo dos equipamentos da subestação deve ser feito levando em consideração: asdistâncias mínimas de segurança normalizadas, facilidade de operação, manutenção e remoção deequipamentos, conforme tabelas 6 e 7 e desenho 004.06.

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    Tabela 6: Afastamento dos Barramentos de Média e Alta Tensão

    13,8 kV 69 kV

    Fase-Fase (m)(Nota 3)

    Fase-Terra (m)(Nota 2)

    Fase-Fase (m)(Nota 3)

    Fase-Terra (m)(Nota 2)

    Mínimo Recomendado Mínimo Recomendado Mínimo Recomendado Mínimo Recomendado

    0,30 0,80 0,20 0,95 0,79 2,13 0,69 1,62

    NOTAS:

    1 Os espaçamentos mínimos em ar metal a metal são válidos para altitudes até 1000m, e não incluemqualquer margem para levar em conta tolerâncias de construção, efeitos de vento, de curto-circuito ou dedilatação térmica.

    2 Distâncias entre pontos mais próximos de condutor e de estrutura ou barreira aterrada. 3 Os valores são os dados pela NBR-8841 acrescido de 10% ou pelo menos 10cm, para tornar o valor fase-

    fase sensivelmente superior ao fase-terra.

    Tabela 7: Subestações Faixas permissíveis de Espaçamentos de Barramentos

    Barramento Rígido(m)

    Barramento Flexível(m)

    Tensão Nominal

    (kV)

    NI

    (kV)F-F F-T F-F F-T

    15 110 0,31 0,18 0,80 0,54

    72,5 350 0,79 0,64 1,83-2,13 1,07-1,30

    8.1.5 Os barramentos de alta tensão devem ter nível de isolamento (NI) de 350 kV.

    8.1.6  Os barramentos das subestações localizadas próximos à orla marítima devem serpreferencialmente de cobre.

    8.1.7 A casa de comando deve obedecer aos seguintes requisitos:

    –  ser construída próximo ao pátio de manobra, para minimizar a extensão dos circuitos de controle,proteção e medição;

    –  piso de material anti-derrapante e incombustível;

    –  a cobertura em concreto armado ou laje pré-moldada;–  condicionadores de ar na sala de comando, com dimensionamento adequado ao projeto;

    –  iluminação que atenda aos requisitos da NBR IEC 60079-14 da ABNT;

    –  quando for necessário forro falso, empregar material incombustível;

    –  a sala de baterias deve dispor de janelas para ventilação com possibilidade de entrada e saída dear, de modo a evitar o acúmulo de hidrogênio, caso seja necessário, deve ser utilizada ventilaçãoforçada;

    –  evitar instalação de baterias de tipos diferentes no mesmo ambiente;

    –  quando forem utilizadas baterias de solução ácida, recomenda-se que sejam colocadas emrecintos isolados.

    8.1.8 A parte frontal dos painéis de comando deve estar afastada de, no mínimo, 1,2 m de quaisquerobstáculos.

    8.1.9 Quando houver geração, a casa do gerador deve obedecer aos seguintes requisitos:

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    –  piso de material anti-derrapante e incombustível;

    –  dispor de janelas para ventilação;

    –  a iluminação deve atender aos requisitos da NBR IEC 60079-14 da ABNT;

    –  os gases da combustão devem ser canalizados para o exterior e sempre que possível em direçãooposta aos equipamentos da subestação;

    8.1.10 Os eletrodutos destinados aos cabos de controle devem ser utilizados especificamente paraesta finalidade. A mesma exigência deve ser feita para eletrodutos destinados aos cabos demedição.

    8.1.11 Deve ser instalada iluminação de emergência no pátio da subestação e na casa de comando,com autonomia mínima de 2 horas.

    8.1.12  O sistema digital das subestações deve ser compatível com o sistema digital da Coelce,conforme Especificação de Sistema Digital.

    8.1.13  Para montagem das subestações aéreas e semi-abrigadas, ver procedimentos paraconstruções de subestações de 69-13,8kV, PEX-052.

    8.1.14  Devem ser sinalizadas de forma a orientar e facilitar a observância das providênciasnecessárias relacionadas com a proteção de suas dependências contra os riscos de ocorrência epropagação de incêndio. Os equipamentos de proteção e combate a incêndio devem seridentificados de acordo com a NBR-13434-1, NBR-13434-2 e NBR-13434-3.

    8.1.15  Devem ser fixadas externamente, nos locais de possíveis acesso a subestação einternamente nos locais de possíveis acessos as partes energizadas, placas com os dizeres “Perigo:

     Al ta Tensão”  e o respectivo símbolo.8.1.16 Todos os dizeres das placas e esquemas devem ser em língua portuguesa, sendo permitidoo uso de línguas estrangeiras adicionais.

    8.1.17 Na subestação deve estar disponível, em local de fácil acesso, um diagrama unifilar geral dainstalação.

    8.1.18  Devem ser atendidas as normas de segurança aplicáveis, tanto na construção como namanutenção da subestação.

    8.1.19 As posições “FECHADO” e “ ABERTO” dos equipamentos de manobra de contatos invisíveisdevem ser indicadas por meio de letras e cores, devendo ser adotada a seguinte convenção:

    I - Vermelho:  contatos fechados eO – Verde: contatos abertos.

    8.2 Tipos de Subestações

     As subestações de 69-13,8kV podem ser de três tipos distintos: Subestação Aérea, SubestaçãoSemi-abrigada e Subestação Abrigada.

    8.2.1 Subestação Aérea

     As subestações aéreas são ao ar livre e os seus equipamentos ficam sujeitos às intempéries.Devem atender os seguintes propostos:

    a) para evitar a penetração de animais ou pessoas, a subestação deve ser provida de cerca oumuro, para proteção, preferencialmente conforme desenhos 004.07, 004.08 e 004.09;

    b) quando a barreira de proteção estiver sobre o perímetro da malha de terra deve ser interligada àesta. Quando a mesma estiver fora do perímetro da malha deve possuir aterramento individualem pelo menos 4 pontos distintos. É importante observar que em ambos os casos a tensão detoque existente deve ser igual ou inferior a tensão de toque máxima permitida;

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    c) a subestação deve ser provida de unidade de extintor de incêndio para uso em eletricidade,instaladas, de acordo com os seguintes requisitos mínimos:

    –  uma unidade em um ponto mais próximo possível da entrada destinada a pessoas;

    –  uma unidade localizada no pátio de manobra próxima ao transformador, e distante deste de, nomínimo 15 m;

    –  a casa de comando deve ser protegida por extintor portátil de gás carbônico (CO 2) 6kg, devendofixar sempre uma unidade em um ponto mais próximo possível da entrada da casa de comando;

    –  se a casa de comando for constituída de mais de um pavimento, deve ser previsto um extintorpróximo a porta de entrada do referido pavimento posicionado pelo lado de fora;

    –  os extintores utilizados nas áreas externas devem ser de pó químico seco, tipo sobre rodas, comcapacidade mínima de 50 kg, dimensionados conforme NBR-12693 e serem protegidos contraintempéries;

    –  a sala de baterias deve ser protegida por no mínimo um extintor de pó químico 12 kg e devehaver exaustão natural ou forçada;

    –  devem ser fixados em locais visíveis e de fácil acesso, a uma altura de 1,6 m;

    –  meio de extinção dos extintores deve ser gás carbônico ou pó químico e os aparelhos utilizadosdevem estar de acordo com a norma NBR-13231, NBR-12693 e NBR-10898 da ABNT.

    d) quando existir dois transformadores de potência a distância mínima entre eles deve ser 1,5 vezeso comprimento do lado paralelo das buchas de AT e MT dos mesmos, caso contrário deve existirparede corta fogo entre eles com altura mínima de 60 cm acima do transformador (vertical) e umadistância mínima de 50 cm entre o equipamento e a parede corta fogo. (horizontal);

    e) a iluminação do pátio deve ser feita através de luminárias instaladas em poste de concreto oumetálico, localizadas nas laterais dos equipamentos e próximo ao portão para facilitar amanutenção;

    f) devem ser instaladas tomadas trifásicas e monofásicas alimentadas pelo sistema 380/220 Vca, aprova de tempo e fixadas nas estruturas suportes dos equipamentos;

    g) a área do pátio da subestação que abrange a malha de terra deve ser recoberta com umacamada de brita 25, espessura mínima da camada de 10 cm;

    h) Deve ser dada uma declividade na ordem de 1% quando o terreno for horizontal, ou maior nocaso do terreno ser regularizado por terraplenagem;

    i) A drenagem deve ser constituída de canaletas superficiais em alvenaria, drenos com tubos

    porosos ou furados envolvidos em brita e galerias em tubos de concreto simples e concretoarmado com a finalidade de permitir o livre escoamento das águas de chuva que caiam nopátio da subestação e ainda proteger os taludes existentes. O escoamento da drenagem deve serfeito através de rede de galerias existentes na rua mais próxima do terreno da Subestação. Emcaso de trechos em declive e mudança de nível devem ser tomadas todas as precauçõesnecessárias como calhas, canaletas ou muros de arrimo.

     j) Deve ser apresentado o cálculo das tensões de passo de toque e corrente de choque;

    Para referência na elaboração dos projetos, indicamos o critério de projeto e o padrão desubestação da Coelce.

    8.2.2 Subestação Semi-abrigada

     As subestações semi-abrigadas são as subestações aéreas construídas sob galpão, com osequipamentos menos submetidos às intempéries. Devem obedecer além das prescrições do subitem8.2.1, os propostos abaixo:

    a) o teto da subestação deve ser construído em lajes pré-moldadas ou concreto armado;

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    b) as colunas de sustentação da cobertura devem ser de concreto armado;

    c) a área do pátio da subestação sob o galpão que abrange a malha de terra deve ser recobertacom uma camada de brita 25, espessura mínima da camada 10 cm ou em piso de bloquete deconcreto;

    d) a iluminação deve ser através de projetores do tipo fechado, fixados no solo ou em estruturasespecíficas;

    e) os transformadores de potência, com núcleo imerso em líquido isolante, devem dispor de umsistema de drenagem adequado de maneira a limitar a quantidade de óleo que possivelmentepossa ser queimado, devido a um rompimento eventual do tanque do transformador;

    f) O sistema de escoamento de água da cobertura deve ser canalizado até o solo e drenadoconvenientemente;

    g) as instalações com entrada aérea devem ter as buchas de passagens de 72,5 kV com alturamínima de 8 m (área urbana) e 6 m (área rural) do cabo em relação ao piso, quando houverrespectivamente trânsito de veículos ou apenas pedestres;

    h) deve ser apresentado o cálculo das tensões de passo, de toque e corrente de choque;

    8.2.3 Subestação Abr igada

     As subestações abrigadas são as subestações construídas sob edificação, com os equipamentosnão sujeitos às intempéries. Devem satisfazer às seguintes prescrições:

    a) os corredores destinados à operação de equipamentos e os acessos devem ter dimensõesmínimas compatíveis com os equipamentos, não podendo ser empregados para outrasfinalidades;

    b) nas subestações deve ser prevista uma porta de acesso à via pública com a finalidade delocomoção dos equipamentos com dimensões mínimas iguais às do transformador mais 60 cm;

    c) a porta de acesso para pedestre deve ser metálica ou totalmente revestida em chapa metálicacom dimensões mínimas de 0,80 x 2,10 m, abrindo, obrigatoriamente, para fora;

    d) a subestação deve ser provida de iluminação artificial, com um mínimo de 20 lux, e, sempre quepossível, de iluminação natural;

    e) a subestação deve ser provida de janelas de ventilação com telas e dimensões apropriadas;

    f) o teto deve ser de concreto armado, com espessura mínima de 0,05m;

    g) o pé direito da subestação deve ser compatível com as distâncias mínimas previstas entre aspartes energizadas e a terra;

    h) o piso da subestação deve ser de concreto, com espessura mínima de 10 cm. Por sobre o pisopode ser utilizado material antiderrapante e incombustível;

    i) deve ser apresentado o cálculo das tensões de passo, de toque e corrente de choque;

     j) além destas devem ser observadas as alíneas dos subitens 8.1, 8.2.1 e 8.2.2, quando se aplicar.

    9 MEDIÇÃO

    9.1 Consumidor Cativo

     A medição de energia e demanda deve estar de acordo com o diagrama unifilar, desenho 004.02 e004.03, anexos, e com as seguintes prescrições:

    a) a energia fornecida a cada unidade consumidora deve ser medida num só ponto, não sendopermitida medição única a mais de uma unidade consumidora;

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    b) para os efeitos desta norma o consumidor é responsável, na qualidade de depositário a títulogratuito pela custódia dos equipamentos de medição conforme previsto na Resolução 456/2000da ANEEL;

    c) a Coelce inspeciona, periodicamente, todos os equipamentos que lhe pertença e se encontremna unidade consumidora, devendo o consumidor assegurar livre acesso aos funcionários daCoelce ou pessoa autorizada pela mesma aos locais em que se encontram instalados osreferidos equipamentos;

    d) o consumidor pode solicitar em qualquer tempo o exame dos aparelhos de medição, cujasvariações não devem exceder as margens de tolerância de erro fixadas pelas normascorrespondentes, ficando, todavia, entendido que, no caso de não ser encontrada anormalidadealguma, deve ser cobrado do solicitante o ônus dessa aferição extra;

    e) cabe a Coelce o fornecimento dos Transformadores de Corrente (TC) e Potencial (TP),necessários à medição do consumo de energia elétrica fornecida e da demanda registrada, sendoestes de uso exclusivo da Coelce;

    f) qualquer serviço de manutenção no centro de medição é da competência exclusiva da Coelce,sendo vetada ao consumidor qualquer interferência neste sistema;

    g) Os bornes secundários dos TCs e TPs devem estar situados em caixas que permitam selagem;

    h) a instalação dos transformadores de corrente e potencial e dos eletrodutos de aço galvanizado,deve ser feita pelo consumidor enquanto que a instalação dos condutores é de responsabilidadeda Coelce. Dentro do eletroduto deve ser deixado um arame destinado ao puxamento dos cabos;

    i) para a medição de faturamento deve ser instalado um conjunto de três TPs e dois TCs, montadosem poste de concreto de 4,5m, com suporte capitel de concreto. As interligações dos circuitos

    secundários de cada conjunto devem ser feitas através de eletrodutos de aço galvanizado ecaixas de ligação com lacre, conforme os desenhos 004.12, 004.13 desta norma e desenhos310.30 e 641.05 do PM-001, em anexo.

     j) os TPs de faturamento podem ser utilizados, na alternativa tipo 1, 2 e 3 do desenho 004.01,anexo, para a proteção de entrada de linha e do consumidor. Estes TPs devem ser especificadoscom dois enrolamentos e com duas caixas de terminais secundários independentes;

    k) os medidores e demais equipamentos destinados à medição são do acervo da Coelce, ficando aseu critério a instalação adequada e necessária ao cumprimento do contrato;

    l) os condutores que interligam os secundários dos TCs e TPs com os aparelhos de mediçãodevem ser de cobre eletrolítico blindado, isolados para 0,6/1,0 kV. O condutor blindado paracircuito de corrente deverá ter seção de 4x4mm² e o para circuito de tensão seção de 4x2,5mm².

    m) os eletrodutos destinados aos condutores da medição devem ser independentes e direto para acaixa de medição com diâmetro de 1.1/2”, de aço galvanizado, apresentando estes um bomacabamento.

    n) a Coelce não se responsabiliza pelos danos ocasionados nos equipamentos de mediçãodecorrentes de causas que atestem o mau uso dos mesmos, dentre os quais:

    –  dimensionamento inadequado das instalações internas;

    –  corrosão por agentes químicos, infiltração de água e umidade;

    –  abalroamento nas estruturas ou outras avarias de origem mecânica;

    o) a Coelce substituirá toda ou qualquer parte do equipamento de medição, sem ônus para o

    usuário, caso apresente defeitos ou falhas não decorrentes de mau uso do mesmo.p) o quadro de medição deve ser adquirido e instalado pelo consumidor e ser feito em chapas deaço laminado cujas dimensões são dadas no desenho 108.06 (folhas 2/9 a 9/9) da DT-108;

    q) a distância máxima entre os Transformadores de Potencial, Transformadores de Corrente e osmedidores deve ser de 30 metros;

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    r) a medição deve ser imediatamente após o ponto de entrega e, normalmente, antes de qualquerequipamento de secionamento, conforme desenhos 004.02 e 004.03, anexos.

    9.2 Consumidor Livre

    Definido, descrito e caracterizado na NT-008 – Conexão de Produtor Independente e Autoprodutorde Energia com o Sistema Elétrico da Coelce.

    10 PROTEÇÃO

    Os equipamentos de proteção são destinados a detectar condições anormais de serviço, tais comosobrecarga, curto-circuito e sobretensão e desligar a parte defeituosa, a fim de limitar possíveisdanos e assegurar ao máximo a continuidade de serviço. Com esse objetivo, o sistema deve serestudado de tal forma que somente devem operar os equipamentos de proteção ligados diretamente

    ao elemento defeituoso. Qualquer instalação deve ser executada levando em consideração anecessária coordenação de todo o sistema de proteção e deve ser feita através de relésmicroprocessados com funções e ajustes independentes.

    10.1 Proteção Contra Descargas Atmosféricas e Surtos de Tensão

    Deve ser feita através de pára-raios e de hastes pára-raios obedecendo às seguintes prescrições:

    a) deve ser instalado um pára-raios por fase, conforme especificação da Coelce, e se localizar deacordo com os seguintes critérios:

    -  Unidade Consumidora com Ramal de Entrada Aéreo: quando a subestação for de instalaçãoexterior, aérea, o conjunto de pára-raios deve ser instalado na entrada de linha, conformedesenho 004.02 e 004.03 e quando a subestação for abrigada, deve se localizar imediatamente

    antes das buchas de passagem.-  Unidade Consumidora com Ramal de Entrada Subterrâneo ou Misto: independentemente da

    localização do Ponto de Entrega, o conjunto de pára-raios deve ser instalado imediatamenteantes dos terminais externos do cabo do ramal de entrada subterrâneo.

    b) a distância horizontal entre o conjunto de pára-raios e o transformador de potência deve ser nomáximo 15 m;

    c) é opcional a utilização de pára-raios, internamente ao posto de medição, na extremidade internado ramal de entrada subterrâneo;

    d) é obrigatório o uso de pára-raios no lado de média tensão do transformador de potência;

    e) quando, partindo do posto de medição, existir ramal aéreo de alta tensão com mais de 100m, é

    exigida a instalação de outro conjunto de pára-raios na saída do mesmo;f) os barramentos e equipamentos devem estar protegidos contra descargas atmosféricas diretas,

    através da instalação de hastes montadas no topo das estruturas distribuídas considerando umângulo de proteção e cobertura de 30º.

    10.2 Proteção Contra Curto-Circuito e Secionamento

     A proteção e secionamento devem seguir as seguintes prescrições:

    a) Imediatamente antes e depois do disjuntor, localizado na alta e média tensão do transformador depotência, devem ser instalados secionadores tripolares visíveis, sendo dispensável apenasquando o disjuntor for do tipo extraível;

    b) os transformadores de corrente para proteção devem ser instalados após o disjuntor de entrada,

    antes do seu secionador do lado da barra de 69kV do consumidor, conforme desenho 004.10 e004.11;

    c) o transformador de potencial para alimentação dos relés , deve ser instalado na barra de 69kV doconsumidor, conforme desenho 004.10 e 004.11;

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    d) a saída de alimentadores de média tensão deve ser protegida por disjuntores;

    e) o ajuste dos relés deve ser conforme orientação da Coelce;

    f) deve ser feita a coordenação dos equipamentos de média tensão com os de alta tensão doconsumidor, para assim evitar atuação indevida nos equipamentos de proteção da Coelce.

    10.2.1 Proteção de alta tensão

     A proteção e secionamento da alta tensão são feitas através de disjuntor de 72,5kV na entrada e/oudisjuntor no lado de alta tensão do transformador, conforme desenhos 004.10 e 004.11.

    10.2.1.1 Proteção do Disjuntor de Entrada

     A proteção do disjuntor de entrada constitui-se das seguintes funções:

    –  função de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) com faixa de ajuste;

    –  função de sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro (50/51N);

    –  função relação corrente de seqüência negativa e positiva ( I2/I1);

    –  função de sobrecorrente de seqüência negativa (46).

    Quando a alimentação for feita através de duas entradas devem ser acrescentadas as seguintesfunções:

    –  função de sobrecorrente direcional de fase (67);

    –  função de sobrecorrente direcional de neutro (67N);

    –  função de diferencial de linha (87L);

    10.2.1.2 Proteção do Transformador de PotênciaPara a proteção do Transformador a Coelce sugere as seguintes funções:

    a) Sem comutador

    –  função diferencial (87);

    –  função de sobrecorrente de terra (51G);

     As proteções intrínsecas do transformador de potência:

    –  relé de gás (63);

    –  relé de sobrepressão (63A);

    –  relé térmico do enrolamento do transformador (49);

    –  relé detector de temperatura do óleo (26);

    –  relé de nível do óleo (71).

    b) Com comutador

    –  função diferencial (87);

     As proteções intrínsecas do transformador de potência:

    –  relé de gás (63);

    –  relé de sobrepressão (63A);

    –  relé de fluxo de óleo do comutador de derivação sob carga (80);

    –  relé térmico do enrolamento do transformador (49);–  relé detector de temperatura do óleo (26);

    –  relé de nível do óleo (71).

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    10.2.2 Proteção de média tensão

     A proteção e secionamento da média tensão é feita através de disjuntor de 15kV do lado de médiatensão do transformador de potência e nas saídas dos alimentadores.

    10.2.2.1 Proteção do Disjuntor de média tensão do transformador e de alimentador

    Para a proteção do disjuntor de média tensão a Coelce sugere as seguintes funções:

    –  função de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51);

    –  função de sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro (50/51N);

    –  função relação corrente de seqüência negativa e positiva -( I2/I1).

    11 ATERRAMENTO

    Quando a área compartilhada ficar a 30 m da subestação do consumidor, a malha de terra deve sera mesma e quando superior a este valor, as malhas são independentes.

    11.1 Sistema de Aterramento da Subestação

    Deve obedecer aos seguintes requisitos:

    a) o consumidor deve apresentar o projeto de malha de terra, dimensionado com base na máximacorrente de curto-circuito fase-terra presumida do lado da tensão mais baixa, devendo serconsiderado para o cálculo do curto-circuito no mínimo 3s.

    b) os equipamentos da subestação devem estar sobre a área ocupada pela malha de terra, casonão seja possível, o interessado deve consultar a Coelce;

    c) o valor máximo de resistência da malha de terra deve ser de 5 ohms. Caso a medição efetuadapela Coelce acuse valor superior ao supracitado, o interessado deve tomar medidas técnicas decaráter definitivo para reduzir a resistência a um valor igual ou inferior;

    d) os eletrodos de terra verticais devem ter dimensões mínimas de 3m de comprimento. Podem serconstituídos de hastes de aço cobreado de diâmetro mínimo de 19mm ou de outro material quepreserve suas condições originais ao longo do tempo. Não é permitida a utilização de elementosferrosos, mesmo que sejam zincados (cantoneira de aço zincado, cano de aço zincado, etc.);

    e) a interligação dos eletrodos deve ser feita com cabo de cobre nu de seção mínima igual a 7x7 AWG e a distância entre eles deve ser no mínimo de 3 m;

    f) devem ser ligados ao sistema de aterramento por meio de condutor de aço cobreado, de bitolamínima de 7x7 AWG, os seguintes componentes de uma subestação:

    –  todos os equipamentos, todas as ferragens para suporte de chaves, isoladores, etc;

    –  portas e telas metálicas de proteção e ventilação;

    –  blindagem dos cabos isolados e condutores de proteção da instalação.

    –  todos os cubículos em invólucros metálicos mesmo que estejam acoplados;

    –  neutro do transformador de potência e gerador (se houver);

    g) os secionadores de entrada devem possuir dispositivos de aterramento de sua lâmina quando naposição desligada e intertravamento mecânico e elétrico entre a lâmina de terra e as lâminasprincipais e também intertravar com o disjuntor de entrada;

    h) o aterramento dos equipamentos e materiais deve ser feito com conectores apropriados;

    i) as conexões da malha de terra devem ser feitas com soldas do tipo exotérmica; j) os pontos de conexão das partes metálicas não energizadas ligadas ao sistema de aterramento

    devem estar isentos de corrosão, graxa ou tinta protetora.

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    11.2 Aterramento do Pára-Raios

    Deve obedecer aos seguintes requisitos:

    a) os pára-raios de entrada de linha devem ser aterrados preferencialmente na malha de terra dasubestação, porém quando estes estiverem a uma distância de 30 m desta, devem teraterramento independente;

    b) quando o aterramento do pára-raios for independente o valor da resistência de aterramento deveser igual à da malha de terra 5 Ω;

    c) o condutor de interligação entre o terminal dos pára-raios e os eletrodos de terra deve ser o maisretilíneo possível, de aço cobreado e ter seção mínima igual à 7x7 AWG.

    d) devem ser aterradas as blindagens dos cabos do ramal de entrada em uma das extremidadesqualquer que seja o seu comprimento A segunda extremidade pode ser aterrada, desde que a

    circulação de corrente através da blindagem e a transferência de potencial estejam dentro delimites aceitáveis.

    e) o aterramento da blindagem das muflas e dos pára-raios, quando instalados na mesma estrutura,deve ser feito através de um único condutor;

    f) o eletroduto de aço zincado do ramal de entrada deve ser aterrado. Não é permitido vazar aparede do eletroduto para introduzir parafuso cuja cabeça possa danificar, por atrito, a isolaçãodo condutor.

    12 GERAÇÃO PRÓPRIA

     A instalação de geração alternativa ou de emergência segue o que determina as normas da Coelce

    e deve obedecer às seguintes prescrições:a) consumidores de alta tensão com conexão ao sistema Coelce, sejam produtores independentes

    ou auto produtores, devem seguir o que determina a NT-008 na sua última versão;

    b) consumidores de alta tensão que possuam gerador de emergência, devem seguir o quedetermina a DT-104 na sua última versão;

    c) o gerador deve ficar localizado em área separada, fisicamente, do recinto onde estão instaladosos equipamentos destinados à subestação.

    13 PROJETO

     A execução das instalações sejam novas, reformas ou ampliações, deve ser precedida de projeto,

    assinado por engenheiro eletricista devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA.

    Devem ter seus projetos elétricos analisados e aceitos pela Coelce todas as unidades consumidorasatendidas em tensão de fornecimento de 69 kV, independente se a construção for executada ou nãopela Coelce.

    Para a execução dos projetos, o consumidor deve utilizar os Critérios de Projeto de Linhas eSubestação da Coelce, citados no item 2.

    13.1 Apresentação do Projeto

    13.1.1  O projeto deve ser apresentado em 3 (três) vias, sem rasuras, contendo os seguintesrequisitos:

    a) assinatura do Engenheiro Eletricista Responsável;b) apresentação em 1(uma) via da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART emitida pelo

    CREA;

    c) licença emitida pelo órgão responsável pela preservação do meio ambiente;

  • 8/19/2019 Coelce Normas Técnicas 20060327 129

    29/59

      Código

    Página

    Revisão

    Emissão

    NORMA TÉCNICA NT-004

    22/50

    03

    MAI/2009

    FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICAEM ALTA TENSÃO PARA CONSUMIDORES

    CATIVOS – 69 kV

    d) os desenhos devem ser apresentados em cópias heliográficas ou originais obtidos a partir deimpressoras gráficas ou plotter, de preferência com dimensões padronizadas pela NBR-10068 da ABNT;

    e) memorial descritivo, devendo conter as seguintes informações;

    –  natureza das atividades desenvolvidas na unidade consumidora, a finalidade de utilização daenergia elétrica, indicando a atividade de maior carga;

    –  data prevista para a ligação;

    –  potência da subestação abaixadora 69000-13800V, em MVA;

    –  potência das subestações abaixadoras 13800/380-220V, em kVA;

    –  demonstrativo do cálculo de demanda efetiva;

    –  previsão de aumento da carga existente, caso haja;–  nível de curto-circuito trifásico simétrico nos terminais do dispositivo de proteção geral de alta

    tensão;

    –  dimensionamento dos serviços auxiliares CA e CC;

    –  dimensionamento e memória de cálculo do sistema de aterramento;

    –  características do grupo gerador, caso haja;

    –  cronograma das cargas a serem instaladas.

    f) planta de situação, identificando a localização exata da obra e o ponto de entrega pretendido,incluindo as ruas adjacentes ou algum ponto de referência significativo. Caso haja subestação

    afastada do quadro de medição, indicar também o encaminhamento dos condutores primários elocalização das caixas de passagem;

    g) diagrama unifilar, contendo todos os equipamentos, dispositivos e materiais essenciais, desde oponto de entrega até a proteção geral de alta tensão, contendo, ainda, os seus principais valoreselétricos nominais, faixas de ajustes e ponto de regulação. Caso exista geração própria, indicar oponto de reversão com a instalação ligada à rede de suprimento da Coelce, detalhando o sistemade reversão adotado;

    h) arranjo físico das estruturas e equipamentos, tais como:

    –  elementos essenciais da entrada, contendo cortes de estrutura do ponto de entrega e do ramal deentrada;

    –  planta, cortes e detalhes do arranjo dos equipamentos de alta e média tensão;

    –  dimensionamento dos barramentos primário e secundário (como orientação, tabela 8);

    –  indicação da seção e do tipo de isolamento dos condutores;

    –  indicação das distâncias de projeto (como orientação, Tabelas 6 e 7 e desenho 004.07);

    –  planta, cortes e detalhes da casa de comando;

    –  vistas dos painéis de comando;

    –  posto de medição, indicando a posição e o tipo do quadro de medição;

    –  memória de cálculo e planta detalhada da malha de terra;

    –  planta de iluminação e tomadas do pátio;

    i) coordenação e seletividade: cálculo da coordenação e seletividade da proteção;k) O projeto de medição deve ser analisad