Coimbra AECS Todos Juntos Podemos Ler Disponibilizar

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  • Todos Juntos Podemos Ler

    Projeto de biblioteca(s) inclusiva(s)

    2012-13

    Agrupamento de Escolas Coimbra Sul 2012-13

  • Projeto Todos Juntos Podemos Ler

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    SUMRIO

    1. Enquadramento 3

    1.1. Caracterizao do agrupamento 3

    2. Pblico-alvo 4

    3. Diagnstico 4

    4. Organizao do projeto 11

    4.1. Objetivos Gerais 12

    4.2. Atividades/Estratgias 13

    5. Durao do projeto 14

    6. Recursos humanos 15

    6.1. Equipa do projeto 15

    6.2. Outros recursos humanos 16

    7. Recursos materiais 16

    7.1. Outros recursos a afetar ao projeto 16

    8. Avaliao do projeto 18

    9. Projeto Includo: Conhecer a cidade de Coimbra 18

    9.1. Objetivos Gerais 19

    9.2. Objetivos Especficos 19

    9.3. Estratgias 19

    9.4. Atividades 20

    10. Anexos 20

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    1. ENQUADRAMENTO

    A Rede de Bibliotecas Escolares e a Direo de Servios da Educao Especial e Apoios

    Socioeducativos conceberam um projeto conjunto denominado Todos Juntos Podemos Ler, que

    tem como principal objetivo a criao de bibliotecas inclusivas, que assegurem reais

    oportunidades de leitura para todos os alunos. Este , talvez, um dos maiores desafios

    colocados s bibliotecas, que se devem assumir como espao de excelncia para o

    desenvolvimento da literacia e como garante da igualdade de oportunidades quer em contexto

    sociocultural quer em situao de aprendizagem.

    Tendo em conta as vrias atividades j implementadas em coordenao entre o Centro de

    Recursos TIC para a Educao Especial de Coimbra (CRTIC- Coimbra) e a Biblioteca Escolar (BE)

    do Agrupamento de Escolas Coimbra Sul (AECS), nomeadamente as decorrentes do projeto

    Leituras Inclusivas, integramos no projeto Todos Juntos Podemos Ler. Lanado pela Rede

    de Bibliotecas Escolar (RBE), visa dotar a Biblioteca Escolar (BE) de um fundo documental, em

    formatos acessveis a todos os alunos, que permita dinamizar atividades de leitura,

    nomeadamente ao nvel da elaborao de histrias e produo de livros em diferentes

    formatos (linguagem simblica, udio livros, lngua gestual portuguesa e braille). Pretende-se

    tambm constituir conjuntos documentais por assuntos, contribuindo, assim, para a

    diversificao de materiais a utilizar em diferentes contextos de aprendizagem.

    Este projeto integra-se no projeto aler+ e foi apresentado e aprovado em Conselho Pedaggico

    (janeiro de 2013).

    1.1. CARACTERIZAO DO AGRUPAMENTO

    O AECS constitudo por 2 polos: Maria Alice Gouveia e Ceira, num total de 1511 alunos.

    Polo Maria Alice Gouveia

    Fazem parte deste polo 7 estabelecimentos de ensino com um total de 1135 alunos.

    Polo de Ceira

    Fazem parte deste polo 6 estabelecimentos de ensino com um total de 376 alunos.

    Atendendo ao elevado nmero de discentes com necessidades educativas especiais (NEE) que

    frequentam o AECS, bem como diversidade das suas problemticas, foi nossa opo restringir

    o projeto a 49 alunos abrangidos pela medida educativa - Currculo Especfico Individual - do

    Decreto-Lei n 3/2008, 7 de janeiro, sendo 33 do sexo masculino e 16 do feminino.

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    2. PBLICO-ALVO

    Este projeto integra as escolas e os respetivos alunos de acordo com o seguinte quadro:

    Estabelecimento de Ensino N Total Anos de Escolaridade

    Idade 1 2 3 4 5 6 7 8 9

    EB2,3 Dr M Alice Gouveia 16 0 0 0 0 6 3 1 2 4 De 11 a 16

    anos

    EB2,3 de Ceira 6 0 0 0 0 3 2 0 0 1 De 11 a 15

    anos

    EB1 da APPC 20 6 5 7 2 0 0 0 0 0 De 6 a 13

    anos

    EB 1 de Areeiro 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 anos

    EB 1 de Quinta das Flores 2 1 0 0 1 0 0 0 0 0 De 6 a 11

    anos

    EB 1 de Castelo Viegas 3 0 1 2 0 0 0 0 0 0 De 8 a 10

    anos

    EB 1 de Vendas de Ceira 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 10 anos

    49

    Os alunos que constituem o pblico-alvo deste projeto apresentam diferentes problemticas,

    destacando-se a rea cognitiva como a tipologia de maior incidncia (32 alunos) seguida da

    neuromusculoesqueltica (17 alunos) e, por ltimo, a linguagem. de salientar que 16

    discentes com a ltima problemtica identificada frequentam uma unidade de multideficincia

    (inserida na EB1 Quinta das Flores) ou a EB1 da APPC, que se encontra localizada num Centro

    de Paralisia Cerebral, em Coimbra.

    3. DIAGNSTICO

    Para se perceber claramente o tipo de recursos que melhor se adequa especificidade do

    grupo alvo definido, foram elaborados dois inquritos por questionrio, um dirigido aos

    docentes de educao especial (14) e outro aos alunos participantes no projeto (49).

    Com o primeiro pretendeu-se aferir as dificuldades relacionadas com a leitura. Por outro lado, a

    recolha de informao sobre os recursos utilizados para a interveno neste domnio constituiu

    outro foco de anlise, com vista a alcanar um dos principais objetivos deste projeto: dotar a

    biblioteca do AECS de recursos inclusivos adequados.

    Neste sentido, daremos a conhecer os dados mais relevantes resultantes da anlise dos

    inquritos apresentados, realando no ponto Tipologia das Necessidades Educativas

    Especiais/Dificuldades do(a) aluno(a), os seguintes aspetos: na categoria Aprender a Ler, 17

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    dos alunos participantes neste projeto apresentam dificuldade grave, 16 moderada e 9

    completa. Depreendemos que este ltimo indicador est associado tipologia das

    necessidades educativas especiais dos alunos pelo facto de manifestarem problemas

    neuromusculoesquelticos e cognitivos graves.

    Dificuldades que o(a) aluno(a) apresenta na categoria Aprender a Ler

    De igual modo, na categoria Ler, as dificuldades apontadas oscilam entre moderadas (16

    alunos) a graves (14 alunos), destacando-se que 7 revelam dificuldade completa.

    Dificuldades que o(a) aluno(a) apresenta na categoria Ler

    No que se refere subcategoria Usar competncias e estratgias genricas do processo de

    leitura, 20 dos participantes demonstram dificuldade grave e 18 moderada. Por sua vez, 9 dos

    alunos apresentam dificuldade completa, correspondendo este valor, mais uma vez, aos alunos

    com problemas neuromusculoesquelticos.

    Dificuldades que o(a) aluno(a) apresenta na subcategoria Usar competncias e estratgias genricas do processo

    de leitura

    Relativamente subcategoria Compreender a linguagem escrita, a maioria dos alunos revela

    dificuldade grave (24) e moderada (14). Novamente, a dificuldade completa constatada

    corresponde aos 9 alunos identificados com a tipologia neuromusculoesqueltica.

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    Dificuldades que o(a) aluno(a) apresenta na subcategoria Compreender a linguagem escrita

    Apesar de as competncias de leitura dos alunos serem elementares, as respostas aos

    questionrios respeitantes aos hbitos de leitura indiciam o gosto por esta atividade, conforme

    podemos constatar nos grficos que traduzem a sua opinio, dos quais se destacam as

    questes 3 e 4.

    Gostas de ouvir histrias? Costumas ouvir histrias?

    Com efeito, verifica-se a existncia de um nmero bastante significativo de alunos que gostam

    de ouvir histrias (46) e que as costuma ouvir (47). Do universo de 49 alunos, salienta-se que 43

    afirmam que costumam conversar com eles acerca das histrias ouvidas.

    Conversam contigo acerca das histrias que ouves?

    Por sua vez, reala-se que os alunos costumam ouvir histrias na escola (43) e em casa (34),

    verificando-se que, no contexto escolar, elas so lidas predominantemente pelos professores

    (44). Em casa, destaca-se a me como principal promotora desta atividade (29), no entanto,

    tanto o pai (14) quanto os irmos (7) assumem igualmente esta funo.

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    Local onde os alunos costumam ouvir as histrias

    Pessoas que leem as histrias aos alunos

    Face a estes dados, constatamos que os livros so recursos presentes em diferentes contextos

    educativos: escola e casa. De notar que a quase totalidade dos alunos (43) dispe de livros em

    casa, sendo assinalvel o nmero dos que referem ler com uma frequncia diria (19) e

    semanal (11).

    Relativamente questo Gostas de ler?, 30 alunos responderam afirmativamente,

    permitindo-nos verificar que este nmero inferior ao dos que prefere ouvir histrias. Assim,

    deduz-se que esta situao se deve s dificuldades apuradas no domnio da leitura nos alunos

    que apresentam limitaes mais severas.

    No que respeita ao tipo de livros que mais gostam de ler, as suas preferncias situam-se

    predominantemente nos contos tradicionais (30 alunos), seguidas dos livros de aventuras (18

    alunos) e de banda desenhada (7 alunos).

    Tipo de livros que os alunos gostam mais de ler

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    semelhana do que acontece com as histrias ouvidas, a grande maioria dos alunos conversa

    habitualmente sobre os livros lidos, preferencialmente com os professores (36) e famlia: me

    (25), pai (9) e irmos (5).

    Costumas falar dos livros que ls? Pessoas com quem os alunos falam acerca das histrias

    No que concerne ao ponto Leitura na biblioteca escolar, dos 49 alunos questionados, cerca

    de metade costuma ir biblioteca escolar, maioritariamente uma vez por semana (13), mas

    tambm diariamente (4) ou duas vezes por semana (4).

    Costumas ir biblioteca da tua escola? Frequncia com que os alunos se deslocam biblioteca

    Salienta-se que 19 alunos deslocam-se essencialmente acompanhados por professores e 8 por

    um colega. Por sua vez, 8 afirmam ir sozinhos a esse espao escolar. de destacar que apenas 4

    fazem referncia ida biblioteca com a turma em que se inserem.

    Pessoas com quem os alunos se deslocam biblioteca

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    Pensamos que esta situao se justifica pela circunstncia de nem todas as escolas do

    agrupamento terem uma biblioteca. Acresce o facto de nos 2 e 3 ciclos do ensino bsico, os

    planos curriculares e os horrios dos alunos divergirem dos da turma, inviabilizando, assim,

    muitas vezes, a concretizao de algumas atividades com o grupo-turma no referido espao.

    Somos da opinio que esta ocorrncia poder ser corrigida, no segundo ano de implementao

    do projeto, se se tiver em conta, aquando da elaborao dos horrios dos discentes, a definio

    de momentos especficos para o desenvolvimento de atividades com a turma.

    Relativamente questo Assinala as atividades que mais gostas de realizar na biblioteca, os

    alunos manifestam preferncia pelo visionamento de filmes (16), utilizao da Internet (14) e

    audio de msica (10), bem como leitura de livros em suporte papel (7) e, ainda, leitura de

    revistas (5).

    Atividades que os alunos mais gostam de realizar na biblioteca

    Dos 32 alunos que responderam questo sobre a sua participao em atividades de leitura

    dinamizadas pela BE, apenas 9 afirmam participar nas mesmas.

    Costumas participar em atividades de leitura dinamizadas na biblioteca escolar?

    de salientar que, para alguns alunos, as idas biblioteca limitam-se apenas requisio de

    livros para ler em casa, o que, na nossa perspetiva, redutor das potencialidades de uso deste

    espao de aprendizagem. Tal situao leva-nos a concluir da necessidade de dotar a biblioteca

    com recursos inclusivos, por forma a serem dinamizadas atividades consentneas com as

    caractersticas dos alunos com NEE.

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    Dos 32 alunos que responderam questo Costumas requisitar livros para ler em casa?, 13

    referiram que tm por hbito utilizar este servio. Todavia, 19 dos inquiridos no adotam esta

    prtica.

    Costumas requisitar livros para ler em casa?

    No que respeita aos recursos disponveis no AECS, a serem utilizados na interveno com os

    alunos, no domnio da leitura, conclui-se que a maioria dos docentes considera que a biblioteca

    no dispe de recursos inclusivos para 41 dos alunos que acompanha. Verifica-se que apenas 8

    beneficiam deste tipo de recursos.

    No que concerne ao ponto Adaptao de recursos e utilizao de livros acessveis, conforme

    se pode constatar no grfico que a seguir se apresenta, de salientar que os docentes

    inquiridos apontam o formato Livros adaptados com imagens reais como o mais utilizado na

    interveno com os respetivos alunos, seguindo-se os Livros adaptados com pictogramas a

    par dos udio livros. Registam-se ainda os Livros personalizados como o recurso adotado

    para um total de 12 alunos. Com menor utilizao enquadram-se, por ordem decrescente, os

    Livros digitais multimdia, os Livros digitais em formato PDF, os Textos adaptados aos

    temas abordados, os Resumos das histrias e as Histrias em PowerPoint. Salienta-se que

    grande parte dos formatos referidos no fazem parte do esplio da biblioteca do AECS mas so

    pertena dos docentes de educao especial ou produzidos pelos mesmos.

    Formatos acessveis dos livros adotados

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    Quanto indicao dos contextos em que se verifica a utilizao dos recursos referidos

    anteriormente, a sala de aula apontada como o local privilegiado, seguindo-se a sala de apoio

    (espao de desenvolvimento de competncias especficas, no mbito de educao especial).

    Destaca-se que a biblioteca um dos locais apontados como o menos frequentado,

    presumivelmente pelo facto de a mesma no dispor de recursos inclusivos, conforme sugere a

    interpretao dos dados, o que aponta para a necessidade de dotar devidamente as BE de

    modo a que estas possam responder s especificidades destes alunos e conduzam

    dinamizao de atividades/estratgias no mbito dos objetivos a que nos propomos alcanar.

    No que respeita aos dados recolhidos com o preenchimento da Checklist de observao,

    relativos acessibilidade ao meio fsico e ergonomia da BE, destacam-se as seguintes

    informaes: a biblioteca est localizada num 1 andar com acesso atravs de uma plataforma

    elevatria para cadeiras de rodas/outros produtos de apoio, tendo os vos da respetiva porta

    largura adequada entrada desses equipamentos. A zona de atendimento facilmente

    identificvel por todos os utilizadores, sendo possvel a circulao de cadeiras de rodas no

    interior deste espao. Por outro lado, o local destinado ao fundo documental inclusivo est

    acessvel a utilizadores com problemas motores graves. As mesas tm espao disponvel para o

    uso de equipamentos adicionais e as janelas possuem estores ou cortinas para adequarem a

    entrada de luminosidade, encontrando-se as fontes de luz artificial distribudas, de forma

    adequada, por todas as zonas da biblioteca. Denota-se, contudo, alguma carncia ao nvel de

    mesas mais funcionais para utilizadores em cadeiras de rodas. No existindo alunos com baixa

    viso, no nosso agrupamento de escolas, no se justifica o investimento neste tipo de

    equipamentos, nomeadamente candeeiros de secretria.

    4. ORGANIZAO DO PROJETO

    Pelo facto de o projeto exigir articulao entre todos os intervenientes (elementos internos e

    externos escola) estabeleceu-se que uma vez por ms ser feito o balano das atividades

    implementadas ou a implementar assim como dos constrangimentos que, eventualmente,

    possam vir a surgir. No entanto, sempre que se considerar necessrio, as pessoas envolvidas

    reuniro em outros momentos. Por outro lado, a equipa responsvel pela elaborao do

    projeto far um acompanhamento semanal das aes em curso, nomeadamente no que se

    refere implementao das atividades nos diferentes espaos de

    aprendizagem/estabelecimentos de ensino do AECS e produo de materiais em diferentes

    formatos.

    O fundo documental afeto ao projeto ficar sediado na E.B. 2,3 Maria Alice Gouveia e ser

    requisitado pelas restantes escolas do agrupamento. Relativamente ao software educativo

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    destinado ao projeto optou-se pela requisio de computadores portteis do agrupamento,

    com o intuito de tornar acessveis as vrias aplicaes aos elementos envolvidos no projeto dos

    diferentes estabelecimentos de ensino do agrupamento. No caso dos livros digitais, estes

    encontram-se disponveis no blogue da biblioteca (bibliomag.wordpress.com). Salientam,ois

    ainda que uma das vertentes do projeto visa a produo de materiais em diferentes formatos e

    envolve a participao dos alunos referidos (no pblico-alvo) em diferentes espaos de

    aprendizagem.

    4.1. OBJETIVOS GERAIS

    Tendo em conta o diagnstico, propomos alcanar, para alm dos objetivos enunciados no

    enquadramento, outros direcionados aos alunos com NEE, tendo em conta o perfil de

    funcionalidade dos mesmos, visando a aquisio de competncias transversais leitura e s

    Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC), nomeadamente:

    Fomentar competncias no mbito do saber ser, saber fazer e saber estar

    Dinamizar, nos diferentes espaos de aprendizagem, atividades que promovam a incluso

    dos alunos com NEE

    Incentivar o uso das tecnologias de apoio como suporte a atividades de leitura

    Desenvolver nos alunos competncias TIC

    Desenvolver competncias especficas implcitas na construo de materiais

    Promover o desenvolvimento de competncias de leitura tendo em conta as capacidades e

    necessidades individuais dos alunos

    Motivar o pblico-alvo para a leitura em formatos acessveis

    Adquirir conceitos bsicos de literacia funcional

    Desenvolver a linguagem compreensiva e expressiva

    Desenvolver as capacidades de discriminao auditiva e visual

    Promover a rea lexical

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    4.2. ATIVIDADES/ESTRATGIAS

    Face aos objetivos gerais delineados, definem-se algumas atividades/estratgias a implementar

    em diversos espaos de aprendizagem, que se adequam aos diferentes grupos de alunos e tm

    em conta as dificuldades identificadas. Pretende-se, com as atividades delineadas que se

    apresentam no quadro abaixo, atingir os objetivos definidos e tornar as bibliotecas do AECS

    espaos inclusivos.

    Nesta fase do projeto est em curso o processo de seleo de textos/obras/do ano de

    escolaridade em que os alunos esto matriculados, assim como as competncias que se

    pretendem vir a desenvolver. No entanto, tendo em conta que 9 alunos frequentam o 5 ano

    de escolaridade, j est em curso a adaptao da obra A Menina do Mar, nas verses escrita

    simblica e udio, uma vez que faz parte das leituras obrigatrias dos alunos inscritos no

    referido ano de escolaridade.

    ATIVIDADES

    Espaos de aprendizagem

    Gabinete de EE

    CRTIC BE Sala TIC Sala de

    aula

    1- Narrao/Audio de histrias no espao da biblioteca e sala de aula

    X X X X

    2- Elaborao de livros personalizados e temticos

    X X X X X

    3- Ordenao de histrias a partir de imagens X X

    4- Ilustrao de histrias a partir dos livros lidos

    X X X

    5- Reconto de histrias atravs de imagens/palavras chave

    X X X X

    6- Elaborao de histrias a partir de um ttulo/imagem

    X X X X

    7- Criao de um final diferente para uma histria

    X X X X

    8- Leitura de ebooks (a partir da Blogoteca da EMAG)

    X X

    9- Explorao de histrias com base em mapas de ideias

    X X

    10- Traduo de livros em linguagem simblica

    X X X

    11- Criao de histrias em formato multimdia

    X X

    12- Projeo de histrias X X

    13- Criao de histrias para Dial Scan X

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    A definio de um conjunto de estratgias permitir operacionalizar este projeto, facilitando a

    implementao das atividades atrs apresentadas, das quais se destacam:

    A planificao conjunta e sistemtica de atividades entre os diferentes intervenientes

    A dinamizao de momentos de leitura e explorao de livros/textos (individualmente ou

    em grupo), no espao da biblioteca e/ou outros espaos de aprendizagem (definidos no

    quadro anterior)

    A utilizao de diferentes recursos informticos em vrios formatos para o desenvolvimento

    de competncias de leitura

    Dilogo com os alunos sobre as atividades implementadas no mbito deste projeto

    A promoo de trabalho colaborativo entre alunos, visando a produo de materiais de

    apoio ao currculo em formatos acessveis

    A integrao de diferentes linguagens (verbal, pictrica, audiovisual) facilitadoras da

    aprendizagem

    A produo de materiais em diferentes formatos: Daisy, udio livros, Braille, Lngua Gestual

    Portuguesa, Linguagem pictogrfica, Carateres ampliados e Multimdia

    Divulgao dos materiais produzidos/atividades/fundo documental no mbito deste projeto

    no trio da biblioteca, no site da BE e na plataforma Moodle do AECS

    Produo de vrios exemplares dos documentos elaborados, para permitir a sua utilizao

    nas diferentes bibliotecas do AECS

    A formao dirigida aos docentes envolvidos neste projeto, no mbito da utilizao de

    diferentes aplicaes, para a construo de materiais em diversos formatos acessveis ao

    pblico-alvo

    5. DURAO DO PROJETO

    O projeto ser desenvolvido ao longo de dois anos letivos: janeiro de 2013 a maio de 2014.

    No respeitante ao presente ano letivo a implementao das atividades est prevista para o

    incio de janeiro de 2013 e o seu termo para maio do mesmo ano, conforme cronograma

    apresentado.

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    CRONOGRAMA

    MESES

    ATIVIDADES

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

    FEVEREIRO 2013 X X X X X X X X X

    MARO 2013 X X X X X X X X X X X X

    ABRIL 2013 X X X X X X X X X X X X X

    MAIO 2013 X X X X X X X X X X X X

    Por sua vez, o segundo ano do projeto decorrer ao longo de 2013-2014 e a calendarizao das

    atividades ser definida no incio do 1 perodo, tendo por base a avaliao da primeira fase de

    implementao (maio de 2013).

    O projeto vai ser executado, maioritariamente, nos tempos de apoio da educao especial, uma

    vez que esta rea envolve maior transversalidade na abordagem aos contedos do currculo

    especfico dos alunos, envolvendo, por vezes, o grupo-turma.

    6. RECURSOS HUMANOS

    Neste projeto sero envolvidos os seguintes elementos:

    6.1. EQUIPA DO PROJETO

    Ana Cristina Arnaut, Carlos Alves |professores do CRTIC - Coimbra, Sofia Reis e Lusa Victor

    | coordenadoras da rea de Educao Especial do AECS

    Maria Joo Caldeira | Professora Bibliotecria coordenadora das BE do Agrupamento de

    Escola Coimbra Sul.

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    6.2. OUTROS RECURSOS HUMANOS

    Professores e terapeutas do CRTIC - Coimbra

    Professores do AECS

    Professores de Educao Especial do AECS

    Professores bibliotecrios do AECS

    Assistentes operacionais, sempre que se considere relevante

    Elementos do Mosteiro de Santa Clara a Velha

    Elementos da Cmara Municipal de Coimbra

    Elementos da Associao de Cegos e Ambliopes de Portugal

    Professores e tcnicos de Lngua Gestual Portuguesa da Escola Bsica do 1 CEB/Pr -escolar

    de S. Bartolomeu/o Agrupamento de Escolas Coimbra Centro

    Pais/Encarregados de Educao

    7. RECURSOS MATERIAIS

    Fundo documental (em vrios suportes e software) adquirido especificamente para o projeto

    com a verba atribuda pela RBE, e outros recursos j existentes no AECS, CRTIC Coimbra e

    LudotecaCentro de Recursos da APCC.

    Foram disponibilizados para este projeto, de fevereiro a maio do corrente ano letivo, 5

    computadores portteis de modo a possibilitar a sua requisio/utilizao pelos

    alunos/docentes das vrias escolas do agrupamento.

    7.1. OUTROS RECURSOS A AFETAR AO PROJETO

    Considerando a necessidade de enriquecer os recursos (adquiridos e a produzir) que

    contribuiro para um melhor apetrechamento da Biblioteca Escolar, reforando a sua funo

    educativa, designadamente com a construo de atividades interativas em torno da

    explorao de obras que facilitem a compreenso da mesma pelos alunos identificados;

    Considerando ainda a necessidade de existirem na Biblioteca equipamentos e recursos

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    adaptados a este tipo de alunos, em quantidade suficiente, quer para o uso do espao como

    para a produo e ainda no desenvolvimento de atividade, identificamos aqueles que

    consideramos prioritrios, com a seguinte discriminao de oramento:

    Rubrica: Total

    Equipamento 2.486,45

    Software 232,30

    Mobilirio 1.326,60

    Fundo Documental 99,51

    Consumveis 485,12

    Total Global 4.629,98

    Como forma de justificar o oramento apresentado, de modo a percecionar as finalidades do mesmo na

    concretizao do projeto, apresentamos de seguida uma tabela descritiva, associando diferentes recursos

    enquadrados nas rubricas acima mencionadas:

    Rubrica Quantidade

    RECURSOS/EQUIPAMENTOS ORAMENTO FINALIDADE

    Equipamento

    1 Quadro interativo 1 225,45

    Construo, projeo e explorao de histrias do fundo documental adquirido/elaborado pelos alunos e docentes.

    1 Mquina de plastificar A3 139,00

    Material indispensvel produo, ilustrao, impresso e encadernao de livros em escrita convencional e em escrita simblica.

    1 Mquina de encadernar A4 159,00

    Consumveis

    2 Argolas para encadernao (6 mm) 4,00

    2 Argolas para encadernao (20 mm) 4,00

    2 Bolsas plastificao A4 (100 unid.) 35,90

    2 Bolsas de plastificao A5 (100 unid.) 18,99 Equipamento 1 Impressora HP Laserjet Pro CP1525N 164,00

    Consumveis

    1x4 Toner

    Preto HP CE320A Cores HP CE321A, CE322A, CE323A

    77.49 73,48

    2 Cartolinas A4 (170g, 50 f.) 10,98

    3 Cartolinas A4 (180g, 50 f.) 4,99

    1 Cartolinas A4 (160g 250 f.) 4,99

    2 Cartolinas A5 10,98 Software 1 Software Comunicar com Smbolos 232,30

    Mobilirio 1 Mesa grfica digital 433,89

    Mobilirio

    1 Mesa escolar adaptada para cadeira de rodas

    872,71 Realizao de atividades na BE e leitura de livros pelos alunos com problemas motores que se deslocam em cadeira de rodas.

    1 Leitoril 20,00

    Equipamento 1 Computador porttil 799,00

    Produo e explorao de histrias em linguagem simblica com software Comunicar com smbolos. Realizao de atividades com o software inclusivo atribudo pela candidatura em curso.

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    Rubrica Quantidade

    RECURSOS/EQUIPAMENTOS ORAMENTO FINALIDADE Fu

    nd

    o D

    ocu

    men

    tal

    1 AA.VV. -|O mundo de L.Vampiro Valentim|ASA|Ebook

    5,2

    Leitura em suporte digital

    1 Azevedo, Susana - Z Reguila e Barnab I :Um cinema muito especial |Surd'Universo| LGP

    13,5

    1 BATA; Sande, Ana-O Patinho Feio | Kalandraca

    12

    1 Jorge, Ldia; Wojciechowska, Danuta - O Romance do Grande Gato | Dom Quixote

    9,46

    1 Knister - A Bruxa Lili revoluciona a turma |Arte Plural Edies

    1,58

    1 Lapark, Yves - Lo, o puto surdo | Surd'Universo

    12

    1 Losa, Ilse - O rei Rique e outras histrias| | Porto Editora

    8,99

    1 Magalhes, lvaro - A feiticeira de Paris | ASA

    6,99

    1 Morgado, Marta - Mamadu: o heri surdo | Surd'Universo

    11

    1 Mota, Antnio Pardinhas | Gailivro 4,72

    1 Mota, Antnio - O Segredo dos Drages |Gailivro

    6,62

    1 Vieira, Alice - Graas e desgraas da corte de El-rei Tadinho|Caminho

    6,62

    8. AVALIAO DO PROJETO

    1 Avaliao: maio de 2013

    2013/2014: a definir

    9. PROJETO INCLUDO: CONHECER A CIDADE DE COIMBRA

    Pela transversalidade que o projeto que apresentamos proporciona, incluem-se uma srie de

    iniciativas que se enquadram no projeto Conhecer a cidade de Coimbra, lanado pela Ordem

    dos Arquitetos e a RBE. Este ser desenvolvido com um grupo de 16 alunos com necessidades

    educativas especiais, que frequentam a escola EB2/3 Maria Alice Gouveia, e usufruem de

    currculo especfico individual. Neste mbito sero desenvolvidas, em parceria com o Mosteiro

    de Santa Clara a Velha/Direo Regional de Cultura do Centro e a Cmara Municipal de

    Coimbra, aes relacionadas com o patrimnio arquitetnico, arqueolgico e reas afins com

    significado histrico-cultural na cidade de Coimbra. Para alm das componentes referidas,

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    pretende-se realar o seu papel no contexto e (re)desenho urbano bem como na problemtica

    das acessibilidades, procurando desenvolver nos alunos competncias de leitura, de reflexo,

    de discusso e de partilha de informao/novos conhecimentos relativos s situaes

    vivenciadas.

    9.1. OBJETIVOS GERAIS

    Melhorar o desempenho escolar, a atitude, a motivao e ultrapassar barreiras de

    linguagem e de comunicao

    Contribuir para a incluso das crianas e jovens, em contexto no formal, visando o seu

    sucesso escolar

    Promover a autonomia

    Enriquecer o vocabulrio

    Reconhecer a importncia do patrimnio histrico local e vestgios do passado

    Perceber a importncia das acessibilidades em diferentes espaos da cidade

    9.2. OBJETIVOS ESPECFICOS

    Promover o conhecimento histrico de alguns monumentos e espaos urbanos da cidade

    de Coimbra, bem como das personagens que a eles se encontram ligadas, localizando-os

    no tempo (sculo a que pertencem)

    Conhecer factos e datas importantes para a histria local

    Desenvolver a capacidade de leitura de elementos grficos (mapas, plantas, sinaltica

    urbana) e smbolos e expresso escrita

    9.3. ESTRATGIAS

    Observao direta dos monumentos (visita) e espaos urbanos, permitindo uma

    aprendizagem alternativa, in loco.

    Realizao de dramatizaes em torno das personagens ligadas histria da cidade

    Recurso a fotografias, elementos escritos / grficos, caderno de notas, jornal / dirio

    grfico com a informao da visita

    Explorao do software educativo descoberta de Coimbra

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    9.4. ATIVIDADES

    Visita a monumentos e espaos urbanos em torno de :

    o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha,

    o Quinta das Lgrimas,

    o Portugal dos Pequenitos,

    o Universidade de Coimbra,

    o S Velha

    Elaborao de um dirio grfico com a informao da visita

    Identificao de elementos urbanos estruturantes da cidade (praas, ruas, quarteires)

    Identificao/distino de arquitetura religiosa e civil

    Identificao de elementos estruturais e motivos decorativos nos edifcios

    Identificao de problemas de acessibilidade

    Realizao de trabalhos de expresso criativa (rplicas em barro, desenho, etc.)

    Realizao de dramatizaes

    10. ANEXOS

    01 Listagem de material adquirido

    02 Checklist de observao: acessibilidade ao meio fsico e ergonomia da BE

    03 Questionrio aos docentes

    04 Questionrio aos alunos