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Boletim informativo Associação de Solidariedade Social dos Professores PublicaçãO biMeStRal C OIMBRA Setembro/Outubro 2010 167

COIMBRA - assp.pt · pessoal, para que os trabalhos não sofressem atrasos e cumprissem as cláusulas contratuais. Mas há sempre o incontrolável, como o Inverno muito rigoroso,

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Boletim informativo Associação de Solidariedade Social dos Professores

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COIMBRASetembro/Outubro 2010 167

ResidênciasAVEIRO Casa do Professor

Rua Nova, Bloco D, Santiago Tel. 234 373 2303810-370 Aveiro

PORTO Casa de São RoqueEstrada Interior da Circunvalação 3201 Tel. 225 106 270 / 9634300-111 Porto Fax 225 104 629

SETÚBAL Casa dos ProfessoresAv. António Sérgio n.º 1 Tel. 265 719 8502910-404 Setúbal Fax 265 719 851

PROTOCOLOS: Coimbra - Casa dos JuízesLisboa - Casa dos Leões

Quartos para residentes temporáriosAveiro 1 Coimbra 1 Guimarães 3 Lisboa 12

Madeira 3 Porto 1 Santarém 2 Setúbal 2

Os interessados devem contactar as diferentes Delegações para obter informações.

Quotização 2010Quotas de professores e cônjuges

1.º escalão (até 29 anos) 6,25 €

2.º escalão (30 a 39 anos) 6,50 €

3.º escalão (40 a 49 anos) 6,75 €

4.º escalão (50 e mais anos) 7,00 €

Pais e irmãos em coabitação 8,00 €

Seguro de Saúde 2010Se está interessado no Seguro Colectivo de Saúde que estabelecemos com a Multicare,com admissão até aos 64 anos, contacte a ASSP. Este Seguro abrange os associados daASSP até ao final do ano em que fazem 70 anos e respectivos filhos até ao final do anoem que fazem 25 anos. O valor do prémio anual por pessoa é de:

Módulo I Assistência hospitalar 128.00 €Módulo II Assistência hospitalar e ambulatória 365.00 €

N.B. Os associados que não tenham as quotas em dia não podem usufruir do Seguro de Saúde.

Ficha TécnicaDIRECTORA: Maria Etelvina Castro Guimarães

DIRECÇÃO, REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Largo do Monte n.º 1 l 1170-253 Lisboa,Tel. 218 155 466 l Fax 218 126 840 l [email protected] l www.assp.org

PROPRIEDADE: Associação de Solidariedade Social dos Professores

DESIGN GRÁFICO E PAGINAÇÃO: Pedro Reis Gomes

IMPRESSÃO: ESCALA 3 - Publicidade e Artes Gráficas, Lda.

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA AOS SÓCIOS:

Número Avulso ..................0,40 €Assinatura anual ................2,49 €Tiragem (n.º exemplares) .........11.500Inscrição na DGCS .....111841 / 86Depósito Legal ............36086 / 90

SEDE E SERVIÇOS ADMINISTRATIVOSLargo do Monte n.º 1 l 1170-253 LisboaTel. 218 155 466 / 218 888 428 l Fax 218 126 [email protected] l Seg. a Sex. 9.00 - 13.00 h / 14.00 - 17.30 h

AÇORESApartado 1459 Praça da Autonomia Constitucional, nº 7Paim, 9500-787 Ponta Delgada Tel./ Fax 296 286 034 l [email protected]

ALGARVEUrbanização Horta do Ferragial, Lote 8 r/c Dtº l 8000-544 FaroTel./ Fax 289 824 822 l [email protected] do Professor Tel. 289 723 744

AVEIRORua Nova, Bloco D, Santiago-Glória l 3810-370 AveiroTel. 234 373 230 l Fax 234 348 446 l Telm. 96 376 74 [email protected]

BEJAApartado 153 l 7801-902 BejaTelm. 96 917 25 37 l [email protected]

COIMBRATravessa dos Combatentes da Grande Guerra, nº 33030-181 CoimbraTel./ Fax 239 483 952 l [email protected]

ÉVORAApartado 67 l 7160 Vila ViçosaTel. 268 980 513 / 377 l Telm. 96 646 33 66

GUIMARÃESRua Alto da Bandeira, nº 23 l 4835-014 Creixomil Tel./ Fax 253 512 369 l Telm. 96 753 27 [email protected]

LEIRIAAvenida Combatentes Grande Guerra, nº 65, 1.º Esq.º2400-123 LeiriaTel./Fax 244 813 492 l [email protected]

LISBOARua D. Dinis, nº 4, l 1250-077 LisboaTel. 21 370 03 30 l Fax 21 370 03 [email protected] l www.assp.org/lisboa

MADEIRARampa do Forte, nº 2 - Santa Maria Maior l 9060-122 FunchalTel. 291 229 963 l Fax 291 282 546 l [email protected]

PORTALEGRERua Capitão José Cândido Martinó, nº 17300-295 PortalegreTel./Fax 245 331 612 l [email protected]

PORTOEstrada Interior da Circunvalação, nº 3201 l 4300-111 PortoTel. 22 510 62 70 l Fax 22 510 46 29 l [email protected]ÚCLEO DE V. NOVA DE GAIA

Rua Paula Vicente, nº 30 l 4400-243 Vila Nova de Gaia

SANTARÉMRua Luíz Montez Matoso, nº 38 l 2005-145 SantarémTel./Fax 243 322 212 l [email protected]

SETÚBALAvenida António Sérgio, nº 1 l 2910-404 SetúbalTel. 265 719 850 l Fax 265 719 851 l [email protected]

VISEURua 21 de Agosto, Edifício Viriato, BL 5A - 1º A3510-120 Viseu l Tel. 232 182 629 l [email protected]

Jóia

15,00 €

N.B. Valores mensais cobradossemestralmente em Março e Outubroatravés da Caixa Geral de Depósitos.O associado mantém-se sempre noescalão em que se inscreveu.

INFO

RMAÇÕES

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A Direcção Nacional publica neste espaço e subscreve as palavras de Margarida Carmo que acompanhou o processode construção da Casa de Carcavelos primeiro como Primeira Vice-Presidente da Direcção Nacional e actualmentecomo Delegada da Delegação de Lisboa.

A OBRA DA ASSP EM CARCAVELOSFinalmente! A construção da residência da ASSP em Carcavelos está concluída. Oficialmenteterminou no dia 15 de Julho de 2010. Estamos de parabéns. A par e passo demos notícia do estadoda construção de Carcavelos. No BI 159 anunciava-se que ia iniciar-se a construção, o queoficialmente se efectuou no fim de Abril de 2009, depois de contratadas a empresa SOPSEC paraa fiscalização da obra e SÁ MACHADO para a empreitada, tendo aceitado o prazo de 12 mesespara a sua construção.Sabemos que o Planeamento dos trabalhos tem de respeitar o encadeamento das tarefas, quetoda a execução deve cumprir os requisitos de Qualidade, que as Infra-Estruturas devem ser deconfiança e os acabamentos cuidadosos.Temos de referir que a SOPSEC defendeu sempre os interesses da ASSP com intransigência,empenhou-se, verificou, discutiu, dialogou, pressionou arquitectos, projectistas, empreiteiro,pessoal, para que os trabalhos não sofressem atrasos e cumprissem as cláusulas contratuais. Mashá sempre o incontrolável, como o Inverno muito rigoroso, a escolha e compatibilização demateriais com o Projecto, a definição de componentes em Obra, que provocaram alguns atrasosde tarefas. No entanto, acabar esta obra em meados de Julho, classificamos de “Muito Bom” eapraz-nos registar que todos trabalharam com profissionalismo, zelo, eficiência e boa vontade.A estrutura foi erguida em 4 meses, portanto em 11 meses fez-se a construção desde a coberturaaos isolamentos, impermeabilizações, revestimentos, rebocos. As redes de água, eléctrica, mecânica,de gás, telecomunicações, instalações técnicas, foram concluídas e aplicados os tectos falsos. Oelevador está pronto a funcionar. Foram planeados e realizados ensaios mecânicos, eléctricos,hidráulicos, etc., o que não invalida os testes, após a ligação das redes.Estamos a equipar a nossa Casa e a requerer as vistorias e certificados necessários para aprovaçãodas seguintes autoridades: Climatização e Qualidade do ar (ADENE); Segurança contra incêndios;Delegado de Saúde; Serviço de Águas de Cascais (de abastecimento, drenagem e pluviais);Serviço de electricidade (CERTIEL); Serviço de gás (GASCAN); Serviço de Telecomunicações(operador em estudo); Serviço de Estruturas Subterrâneas (REGIS). Ainda a Residência tem desatisfazer o Plano de Segurança e Saúde e o de Riscos contra Incêndio.Só depois podemos fazer os contratos com os vários operadores para obter a autorização deUtilização da CMC, para abertura da Residência e requerer à Segurança Social a licença parafuncionamento. De futuro, iremos assegurar a manutenção das Infra-Estruturas, que são muitoboas mas altamente sofisticadas, o que exige um “Plano de Segurança” que envolva todos osparâmetros a serem verificados e testados, principalmente nos primeiros 5 anos, além dos acordoscom Serviços Municipalizados.Até agora mostraram-se nos BIs fotografias dos estados da construção, efectuámos e divulgámostrês Pontos de Situação dos trabalhos em curso. Na obra estão a realizar-se os Arranjos Exteriores na zona envolvente, saibro nos pavimentos,vedação exterior, modelação de taludes, rede de rega e plantações, após o que iremos anunciara Inauguração da Casa de Carcavelos.

Carcavelos, 16 de Julho de 2010

Maria Margarida Carmo

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ASSEMBLEIAS DISTRITAIS EM NOVEMBROInformamos os associados que se realizarão nos últimos dias de Outubro ou primeira quinzenade Novembro as próximas Assembleias Distritais. Na impossibilidade de fornecer datas atempa-damente, lembramos a necessidade de se manterem em contacto com as respectivas Delegações.

CASA DE CARCAVELOS - ENCERRAMENTO DO CONCURSOPARA OCUPAÇÃO DE QUARTOSDada a época de férias e a possível ausência de alguns associados, entendeu por bem a Direcçãoda Delegação de Lisboa prorrogar a duração deste Concurso até ao dia 15 de Setembro.

JANTAR CONVÍVIO E ESPECTÁCULO“VOZES DA BROADWAY”Foi necessário adiar este jantar para o dia 11 de Janeiro. NoCasino Estoril, a favor da Casa do Professor em Carcavelos.Inscreva-se e difunda a notícia.

DEIXOU-NOS HÁ POUCO…Maria Clara Antunes Ferreira, Associada Fundadora da ASSP, n.º 52. Inteligente, dinâmica, generosa.Dava prazer ouvi-la contar das suas voltas pelo País, de Norte a Sul, com o Dr. Carlos Pimenta eoutros colaboradores, a contactar e incentivar colegas, com vista à fundação da nossaAssociação.Muito fez e muito deu. Na semana que precedeu a sua “partida” para o Além, ainda nos enviaraum donativo para a Casa de Carcavelos.Prezada Maria Clara: Partiste deixando saudade! A ASSP recorda-te com imensa gratidão!Paz à tua alma, cara Amiga!

Maria da Conceição VilhenaDirecção Nacional da ASSP

serViçosaDmiNistratiVos

COBRANÇA DE QUOTASATRAVÉS DA CGDInformamos os nossos associadosque pagam as quotas através daCaixa Geral de Depósitos que efec-tuaremos a cobrança das quotasreferentes ao 2º semestre de 2010na segunda quinzena do mês deOutubro.

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ALGARVEProcedemos no mês de Julho ao encerra-mento das actividades do ano de 2009 /2010 com um almoço na Casa doProfessor, em Pechão. Este convívio desen-rolou-se num ambiente de grande proxi-midade e união, avivando em cada um dospresentes a força da nossa Associação.

Foi um encontro que motivou toda aDirecção no sentido de continuar o seutrabalho.

Finalmente, porque elegemos aBiodiversidade como tema dos passeiospela nossa região, apresentamos o trabalhorealizado pela Professora Ana MariaNunes Águas, na sequência da visita dosnossos Associados a Monchique, o qualagradecemos. De referir que, por razõesde espaço e por solicitação da redacçãodo Boletim Nacional, houve necessidadede encurtar o referido trabalho – pelofacto, pedimos desculpa à autora.

A Presidente da ASSP – Algarve – MariaAdelina Godinho

DA SERRA DE MONCHIQUEEm consequência das característicasespecíficas da serra de Monchique -situação, relevo, exposição, solo, humi-dade… - verifica-se a existência demicroclimas onde algumas espécies rela-tivamente raras encontram as condiçõesideais de desenvolvimento ou habitatnatural. São exemplos disso: a rosa-albardeira, o gilbardeiro, o azevinho e aadelfa ou adelfeira – uma espécie muitointeressante pela sua raridade e beleza,que exige condições de solo e climacomo os que se observam nesta serra.Todas merecem ser conhecidas e valori-zadas mas, o espaço que se segue éreservado a esta última, que passo aapresentar.

A adelfeira ou aloendro (Rhododendronponticum L. subsp baeticum)

A adelfeira ou aloendro, também vulgar-mente designada de adelfa, é uma espécieautóctone da família das Ericáceas.Trata-se de uma verdadeira “relíquia” doTerciário poupada a alterações climáti-cas importantes - que deram origem àsglaciações ocorridas no início doQuaternário - sendo a serra deMonchique um dos poucos redutos onde

ainda cresce espontaneamente. É, porisso, uma espécie rara no mundo, devalor universal e excepcional. EmPortugal, além da serra de Monchique -onde podemos encontrá-la ladeandomuitas ribeiras (no Barranco dos Pisões,por exemplo), assim como nos terrenoshúmidos das encostas sul e poente daFóia, destacando-se na paisagem pelassuas cores garridas, durante a floração -só se encontra na serra da Mesquita, noconcelho de Odemira e na serra doCaramulo. E, fora de Portugal, ocorreainda no Cáucaso.

O R. ponticum é uma espécie que surgiuno Terciário e que quase se extinguiudurante as glaciações, mas que nos lugaresreferidos acima conseguiu sobreviver aessas alterações climáticas e que foiresistindo a todas as adversidades dotempo. Só por isso, merece ser conhecidae admirada. Mas, também e, principal-mente, preservada.

Adelfeira fotografada numa ribeira, nazona da Fornalha, onde coabita comuma grande diversidade de espécies devegetação ribeirinha, silvas e matos.Como esta podemos encontrar muitasoutras, principalmente na zona da Fóia(nas encostas sul e poente), onde sobres-sai na paisagem, durante o período dafloração.

Esta espécie encontra aqui as condiçõesde solo e de clima favoráveis ao seudesenvolvimento, crescendo junto daslinhas de água e em terrenos frescos ebastante húmidos ou encharcados - onde

coabita com ervas, urzes, tojos e outrosarbustos e matos - em lugares poucoacessíveis. Trata-se de um arbusto defolhas persistentes, alternas e inteiras,lustrosas e de cor verde-escura na páginasuperior e de um tom verde-claro nainferior, oblongas e grandes (chegam aatingir cerca de 15 cm). Floresce de Abril aJunho, sobressaindo do verde em maciçosfloridos de cor rosa-lilás, sendo as suasflores terminais e em grandes cachos.

Pormenor da planta arbustiva representadana fig. 1, mostrando as flores terminais,em forma de cacho e de cor rosa-lilás.

Encosta sul da montanha da Fóia, numlugar de difícil acesso, onde a autorapôde observar estas flores em plenapujança.

Importa referir também que a adelfeira éuma planta vulgarmente conhecidacomo muito venenosa e, por isso, ironi-camente, se diz ser “indicada” comoingrediente principal para a confecçãodo “chá das sogras”, considerado como“remédio santo” e muito eficaz para

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acabar de vez com todas as suas doenças,“mandando-as desta para melhor”.Talvez devido a esta característica, gos-tamos mais de a ver longe das áreas deresidência, não se cultivando comoplanta ornamental em jardins públicosou particulares. E, também por isso, ospróprios animais herbívoros, que pastamnos lugares onde se encontra, passam-lheao lado sem lhe tocarem. Mas, na verdade,esta planta não constitui um perigo, querpara o homem quer para os animaisherbívoros, uma vez que não entra nasua dieta alimentar. Deste modo, a parti-cularidade de ser venenosa, contribuipara a sua preservação, uma vez quemantém os possíveis utilizadores ouconsumidores a uma certa distância,numa atitude de indiferença ou admiração.Tendo sobrevivido a tantos revezes –desde as grandes glaciações aos recentesincêndios, que percorreram quase toda aserra de Monchique em 2003 - e teste-munhado tantas mudanças, esta espéciedemonstra uma capacidade de resistênciae de resiliência ímpares. O tempo passae as circunstâncias alteram-se, mas elaparece indiferente a tudo isso.

Monchique, 28 de Junho de 20010

Ana Maria Nunes

AVEIRO1º ANIVERSÁRIO

DA CASA DO PROFESSORNo pp dia 16 de Maio passou o primeiroaniversário (já…) da Casa do Professorem Aveiro. A Direcção da Delegação deAveiro assinalou essa efeméride atravésde um programa simples mas que teveuma efectiva participação dos nossosutentes, afinal a razão de ser da existência

da Casa do Professor. Assim, tivemos aconcelebração de uma Eucaristia por D.António Marcelino, Bispo Emérito deAveiro – e que havia benzido as instala-ções do Lar no já longínquo dia 1 deDezembro de 2006 em que foram inau-guradas… - e pelo Padre FranciscoMartins da Paróquia de Aveiro. Tendocomo Maestro o nosso Colega FernandoLeitão, o coro formado pelos utentes erespectivos familiares e Amigos que sequiseram associar à nossa festa, tevediversas intervenções musicais durante aEucaristia. Após o seu termo, seguiu-seum momento cultural em que mais umavez os protagonistas foram os utentes, destavez comandados pala nossa animadorasocial (em regime de voluntariado…)Vanessa Oliveira, uma “miúda” na idadee no tamanho, mas gigante no dinamizare motivar para actividades para aqueles.Houve de seguida um belo momento departicular significado que consistiu nadistribuição a todos os presentes de umpequeno vaso onde havia sido deitadauma semente que cada um vai tratar eregar de acordo com as instruções entãofornecidas, sem saber se será uma nobre

flor ou uma mais plebeia… Para finalizare para restaurar as energias entretantogastas… um beberete!

ACTIVIDADES A DESENVOLVER- Dia do Professor a comemorar na casado Professor de Aveiro - Dia 6/10/2010pelas 18h30 - data que pretendemosassinalar com jantar convívio acompa-nhado com animação cultural.

- Magusto a festejar dia 11/11/2010pelas 16h00, na casa do Professor deAveiro, que inclui lanche convívio, comvariedades gastronómicas associadas àCastanha.

BEJAÀ data que este Boletim chegar às vossasmãos as férias estarão a terminar paraalguns e estará a iniciar-se mais um anode trabalho. Nós cá estaremos comalgumas iniciativas e apelando a todosos associados da nossa Delegação umpouco mais de empenho e colaboraçãopara que possamos ultrapassar os proble-mas de ordem directiva que se nos têmapresentado.

Em jeito de balanço da nossa actividade no2º semestre deste ano lectivo recordamos:

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17 de Abril - Visita ao Museu doChocalho em Alcáçovas que vale a penaser visto e em que é de louvar o trabalhoe dedicação do seu proprietário quedurante uma vida foi fazendo a recolha econservação dos muitos exemplares quetem expostos.Visitámos também a Anta do Zambujeiro,o Cromeleque dos Almendres e oFluviário de Mora e no regresso passámospor Pavia e Arraiolos.

22 e 23 de Maio - Dois elementos daDelegação de Beja estiveram presentesnas comemorações do 29º aniversário daASSP em Coimbra. Felicitamos aDelegação de Coimbra pela boa organi-zação deste evento.

Tiveram ainda oportunidade de visitar asede desta Delegação tendo apreciado otrabalho desenvolvido pela sua direcçãoe o sinal de vitalidade que isso representa.

Parabéns a Coimbra.

19 de Junho - visita ao palácio da Tapadade Mafra e ainda espreitámos a Aldeia-Museu José Franco. Foi um dia agradávelcom almoço em Ribamar, próximo daEriceira, onde reinou a boa disposiçãodos participantes.

Oportunamente contactaremos os nossosassociados para dar conhecimento doplano anual.

COIMBRAPELOURO DA CULTURA DA CÂMARAMUNICIPAL DE COIMBRA

Da Senhora Vereadora do Pelouro daCultura da Câmara Municipal deCoimbra recebemos um cartão muitoamável que agradecemos e que seguida-mente anexamos. Não podemos esque-cer que se deve à boa vontade daSenhora Vereadora a actuação daOrquestra Clássica do Centro na festa deaniversário da ASSP, a título gratuito,sendo o concerto considerado de “pres-tígio para a ASSP”.

ENCERRAMENTO DAS ACTIVIDADESDE 2009/2010Realizou-se no dia 3 de Julho a festa deencerramento das actividades do ano de2009/2010 com uma sardinhada nonosso jardim. Foi mais um momento dealegre convívio onde ainda se dançou aosom de um cantor e tocador de músicapopular, convidado para o efeito.Marcado o repasto para as 18h, parafugir ao calor, teve lugar pelas 17h a

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visualização de um DVD organizadopelo nosso colega Fernando Caldeira, eque já tinha sido apresentado no saraudo Aniversário da ASSP, no pavilhãoCentro de Portugal. Ao nosso colegapolivalente os agradecimentos de toda aDirecção.

SORTEIO DO QUADRO PINTADOCOLECTIVAMENTE PELOS FORMANDOSDE PINTURA

Na mesma tarde foi realizado o sorteiodo quadro referido, saindo ao nº 44(quarenta e quatro) no livro de cor azul.Venderam-se, aproximadamente, 400rifas sendo o montante apurado para ascampanhas de solidariedade promovidaspela Delegação, como seja a campanhado próximo Natal, cuja data na devidaaltura anunciaremos.

PASSEIOS / VIAGENSA viagem a “Paris / Normandia /Bretanha” foi realizada de 18 a 24 deJulho. Os associados que aderiram vierammuito satisfeitos com a organização emais ainda com o que lhes foi dadoconhecer ou rever. Foi assim cumpridomais um objectivo do nosso programapara 2009/2010. Para que o programaseja completamente cumprido falta ape-nas a viagem ao “País de Gales /Londres”. Está já devidamente organizadoe será levado a efeito de 11 a 18 deSetembro. A adesão foi boa, sobretudopor parte dos formandos da actividadede Inglês.

Outras viagens já definidas:

- Aldeias Históricas de Portugal: 30 e 31de Outubro 2010; Natal em Óbidos: 11 e12 de Dezembro 2010; Jordânia e Israel:Páscoa de 2011; Picos da Europa: 2ªquinzena de Setembro 2011; Marrocos –Cidades Imperiais: Páscoa de 2012;

AGRADECIMENTO: Dr. Pedro FerrãoO nosso formador de História de Arte eTécnico Superior do museu NacionalMachado de Castro, mais uma vez nosprestou a sua preciosa colaboração poisfoi o autor do texto e das fotografias dapublicação que neste boletim foi inseri-da (vide “Jardim da Manga”). Muito obri-gado Dr. Pedro.

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AGRADECIMENTO:Professor José Dias Coimbra

Ao nosso colega de Direcção cabe-nosagradecer a excelente visita que nos pro-porcionou à Mata da Misericórdia deArganil com almoço na própria mata,oferecido pelo Sr. Provedor, ProfessorCoimbra, bem como todo o apoio logís-tico durante a festa do 29º Aniversário daASSP (através de uma viatura-frigoríficoe de pessoal). Um agradecimento muitoespecial a este nosso colega, sempredisponível para colaborar com as activi-dades da ASSP, de forma graciosa.

ACTIVIDADES DO PRÓXIMOANO (2010 / 2011)Para além das actividades já tradicionais,vão ser abertas outras que têm sido suge-ridas por alguns associados. Assim, estãoabertas as inscrições para as seguintesnovas actividades: Artes Decorativas(formadora: Lurdes Valente), Chi Kung(formador: Paulo Simões), Espanhol(formadora: Roccio Valverde), Expressão

Dramática (formadora: Laurinda Bonito)e Cultura Inglesa.

As inscrições já abertas durante os mesesde Junho e Julho prosseguem no mês deSetembro, sendo que já existem actividadescom limite de vagas.

Não deixem de se inscrever e tragamnovos associados. A Delegação necessitade todos vós para levar a bom termo osseus propósitos e ir ao encontro das soli-citações dos associados.

LEIRIAENCERRAMENTO DAS ACTIVIDADES2009/10No dia 17 de Junho, aproveitando umainiciativa do Ateliê de Artes Decorativas,fez-se o encerramento oficial das activi-dades de 2009/10 com uma deslocaçãoà Nazaré, onde se realizaram visitasguiadas e um almoço de confraternização,com a presença de 32 participantes.

Após a chegada individual ao Sítio, visi-támos o Santuário, onde o responsávelpelo arquivo histórico nos deu a conheceraspectos da história local, destacou osazulejos da igreja e contou, em pormenor,a lenda da imagem de N.ª S.ª da Nazaré;depois, mostrou-nos o Museu de ArteSacra, que é riquíssimo, tendo váriasalfaias litúrgicas e paramentos antigos degrande valor.

Em seguida, visitámos o Museu Dr.Joaquim Manso, cuja guia nos fez umadescrição pormenorizada dos principaisobjectos expostos: vestígios do passadopré-histórico e romano, miniaturas deembarcações, trajes tradicionais (de tra-balho e de festa), pinturas e fotografiasda Nazaré e das suas gentes.

Após o almoço, uma boa caldeirada (jáque a sardinha ainda não era boa), rumá-mos ao ascensor para descermos até àpraia; passámos a ser acompanhados poruma guia da Câmara Municipal, que nosmostrou recantos característicos, maspouco conhecidos, da Nazaré, passandopor ruelas muito estreitas, destacando-seuma com cerca de um metro de largura!

De seguida, percorrendo a marginal,chegámos ao Centro Cultural (antigalota), onde pudemos observar uma expo-sição sobre a vida balnear no fim do séc.

XIX e princípio do séc. XX. No fim,fomos presenteados com uma ginjinha euns biscoitos oferecidos pela nossa colegaLuísa Duarte, responsável pela organizaçãode toda a visita.

Subimos de novo no ascensor até aoSítio, onde tomámos as nossas viaturas eregressámos a casa, depois de um dia deóptimo convívio.

PASSEIO ÀS CALDAS DA RAINHA

Realizou-se no dia 23 de Junho um passeio“mistério” às Caldas da Rainha. E o“mistério” estava no meio de transporteutilizado para ligar as duas cidades, quenão era do conhecimento dos partici-pantes – o comboio. E, como a estaçãode caminhos-de-ferro de Leiria está nosarredores da cidade, tivemos de apanharum autocarro dos transportes públicospara nos levar até lá.

À chegada às Caldas da Rainha, esperava-nos uma funcionária do Departamentode Turismo da Câmara Municipal e umautocarro do TOMA (transportes urbanos),que nos levaram a fazer a 1.ª parte deum “city tour”, deixando-nos noHospital Termal. Além do Hospital (ondese fazem tratamentos termais), visitámoso Museu do mesmo e a Igreja de N.ª S.ªdo Pópulo; fomos acompanhados poruma guia que nos contou em pormenorfactos da história daquela unidade desaúde e da sua fundadora (Rainha D.Leonor), bem como salientou, na Igreja,os azulejos, o arco triunfal e o tríptico.

Terminada esta visita, a funcionária daCâmara Municipal acompanhou-nosnum pequeno passeio a pé, passandopelo tradicional mercado de rua, naPraça da República.

Seguiu-se um almoço convívio numrestaurante local, mas o tempo urgia eesperava-nos uma visita guiada aoMuseu José Malhoa, que tem umaimportante colecção de obras de arte,destacando-se, entre outras, pinturas deJosé Malhoa, esculturas de Leopoldo deAlmeida e cerâmicas de Rafael BordaloPinheiro; a visita foi valorizada pelofacto de a nossa guia ter revelado dadosmuito interessantes relativos à sua inves-tigação sobre algumas das obras expostas.

Esperava-nos de novo o autocarro parafazermos a 2.ª parte do “city tour”, dei-xando-nos depois numa zona comercialda cidade, já perto da estação, onde osparticipantes puderam usufruir da cida-de, com pequenos passeios pedestres,compras e visitas não programadas.

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Visita à Mata da

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Com a introdução da arte da Renascença em Portugal, a fisionomia de Coimbra alterou-se profundamente, através de reformas sucessivasempreendidas ao longo do séc. XVI. De importância decisiva nesta vaga renovadora da arte foram a presença de três artistas franceses:Nicolau Chanterene, Filipe Hodart e João de Ruão. João de Ruão terá um papel fundamental na edificação do Claustro-Jardim da Manga. Obraplena de simbolismo, constitui um paradigma na arte da Renascença Coimbrã.

O Claustro-Jardim da Manga era um dos três claustros que integravam o complexo monástico de Santa Cruz de Coimbra. O segundo destessituava-se no espaço onde se encontra edificada a Câmara Municipal. Do Claustro da Manga, também denominado de Enfermaria, restam apenasjardins envolventes e a construção central; apesar disso, é possível fazer uma leitura aproximada do seu programa construtivo.De acordo com a tradição, a origem do nome deste claustro estaria ligado a um projecto delineado na manga do real manto de D. João III quandoeste monarca veio a Coimbra. Mas D. João III não esteve na cidade do Mondego ao tempo do início das obras, nem supervisionou o andamentodas mesmas. Mais plausível é o argumento que atribui ao termo manga o significado de uma parcela de terreno suplementar, local onde estásituada esta construção.Deveu-se à iniciativa do reformador Frei Brás de Braga (ou Barros) a execução deste monumento. Nomeado por D. João III como reformadore governador do Mosteiro de Santa Cruz em 1527, Frei Brás de Braga inicia um intenso programa de reformas do sistema de vida espiritual dacomunidade agostiniana, que apresentava sinais inquietantes de desregramento e decadência. Em paralelo, impunha uma remodelação arquitectó-nica de diversas dependências desta casa religiosa. De forte personalidade e elevada cultura (tinha chegado da Universidade de Lovaina, ondecontactara com o Humanismo Europeu do séc. XVI), este religioso terá sido o responsável pelo programa teórico da obra. Contudo, pensamosque, apesar da sua orientação, Frei Brás de Braga não teria capacidade nem talento para delinear a planta do claustro ou impor um estilo artístico.Julgamos que a concepção do projecto esteve a cargo do artista francês João de Ruão (1500-1580); isto apesar da inexistência de documentos.No entanto, a concepção artística deste claustro orienta-se no sentido do labor deste escultor-arquitecto.Originário da cidade normanda de Ruão, o artista encontra-se em Portugal a partir do ano de 1528, estabelecendo-se em Coimbra dois anosmais tarde. Aqui instalará uma oficina bastante operosa, criando uma série diversificada de obras encomendadas por uma clientela heterogénea.

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EM BUSCAEM BUSCA DO PARAÍSO PERDIDO…Claustro-Jardim da Manga por Pedro Miguel Ferrão*

A sua arte tomou forma a partir das lições artísticas do “Quattrocento” italiano de raiz florentina, cultivada na sua cidade natal a partirda obra renascentista dos irmãos Justo e do escultor Gaillon. Aberto a uma linguagem renascentista suave, notamos na sua gramáticaestilística uma maior preocupação com os efeitos plásticos próprios da escultura do que com o rigor do desenho, no sentido datratadística clássica. Apesar disso, tem capacidade para conceber um modelo arquitectónico próximo das propostas classicistas da arterenascentista, perceptíveis no Claustro da Manga.O conjunto central do Claustro da Manga foi realizado na campanha de 1533-1535, sendo posterior à obra inicial. O projecto inicialfoi contratado com o arquitecto Diogo de Castilho no ano de 1528, edificando este a zona envolvente da Enfermaria. Posteriormente,Frei Brás de Braga contrata com outros artistas e oficiais a conclusão do claustro. Esta segunda campanha de obras encontra-se docu-mentada. Aí participaram o já citado João de Ruão que, para além de provável projectista, foi responsável pela obra de escultura eimaginária.Ao mestre Jerónimo Afonso coube a parte das cantarias secundárias, enquanto os oficiais Pêro de Évora, Diogo Fernandese Fernão Luís se encarregaram da construção vulgar de alvenaria, nomeadamente da obra dos tanques, cubelos, arcos e cúpula.Esta parte do claustro da Manga é constituída por um corpo circular central, apresentando uma cúpula-lanternim sustentada por oitocolunas com capitéis de ordem coríntia, fuste liso e base. No centro deste espaço ergue-se um pequeno fontanário. Destacadas, a cadaum dos ângulos, erguem-se quatro capelas-cubelos ou ermidas, ligadas ao centro por artificiosas escadas suspensas e pontes dealvenaria; na parte superior a ligação efectua-se por arcobotantes. Quatro ruas realizam o acesso ao templete central, dispondo-se emredor oito tanques. Completa este conjunto uma série de quatro pequenos jardins.Os elementos escultóricos também marcam a sua presença. As ermidas ou capelas possuem retábulos com baixos-relevos consagradosa diversos santos ermitãs. Os temas apresentados são os seguintes: S. João Baptista, vestindo uma camisa, em contemplação nodeserto; S. Jerónimo, despojado em retiro no deserto; S. Paulo vestido com folhas de palmeira e Santo Antão tentado pelo diaboem forma de mulher. Este último retábulo inspirou-se numa gravura do artista holandês Lucas Leyde (1494-1533). O estado actualdestes baixos-relevos é bastante precário. Esculpidas nas cornijas, há diversas gárgulas imitando seres fantásticos. No topo das escadasencontram-se esculpidas cabeças de cães e papagaios.A disposição de todos os elementos possui um significado particular, contribuindo para o forte simbolismo que emana do conjunto.Impõe-se, neste momento, descodificar o seu programa construtivo.O esquema do monumento apresenta uma planta em cruz, sobrepondo-se uma outra em forma de X orientada no sentido das quatrocapelas. A primeira cruz refere-se ao martírio de Cristo. A outra, de menores dimensões, simboliza o martírio de Santo André, repre-sentado na humildade do seu sofrimento.A forma circular do templo central significa a eternidade consubstanciada em Deus, sinónimo de perfeição. Oito colunas sustentam acúpula perfazendo estas o número da Ressurreição, dado que Jesus Cristo ressuscitou oito dias após a entrada em Jerusalém. A baseoctogonal, onde assenta este conjunto central, reforça o significado do número oito.No interior aberto do pequeno templo situa-se um fontanário que era formado por duas taças sobrepostas, aludindo à dupla naturezade Cristo. Uma outra referência à fonte é feita no salmo 35. 9-10:“9. Embriagar-se-ão da abundância da tua casa: e os farás beber na torrente das tuas delícias.10. Porque em ti está a fonte da vida (…).”Descobrimos aqui o sentido do sacramento do baptismo, a sagração da Vida e o renascer para uma vida eterna. Sete são os degraus das escadas que dão acesso ao templo central. Trata-se do número perfeito, da caridade, da Graça e do EspíritoSanto.As quatro ruas adjacentes correspondem a outro atributo do número quatro, ligado ao mundo material, à Terra.Unidos dois a dois estão os oito tanques simulando os quatro rios do Paraíso, que o livro dos Génesis cita (2. 10-14):“10. Deste lugar de delícias saía um rio que regava o Paraíso, o qual daí se divide em quatro canais.11. Um se chama Físon; e este é o que torneia todo o país do Evilath, onde nasce o ouro.

12. E o ouro desta terra é excelente: ali também se acham o bdelis e a pedra cornalina.13. O segundo rio chama-se Gehon: este é o que torneia todo o país da Etiópia.14. O terceiro rio chama-se Tigre, que corre para a banda dos Assírios; e o quarto destes rios é o Eufrates.”Tanto os quatro rios citados, quanto os oito tanques que aqui os representam, correm na direcçãodos quatro pontos cardeais.Os jardins envolventes simbolizam, inequivocamente, os Jardins do Paraíso.A escultura reforça a simbólica do claustro. As forças do mal são representadas pelas gárgulas.Foram retratadas numa expressão demoníaca, com excepção do rosto suave de uma delas. As oitocabeças de animais, esculpidas no topo das escadas, simbolizam os guardiães das portas do Paraíso.O cão é símbolo de fidelidade, enquanto o papagaio define a eloquência.“Fonte de Vida” onde correm águas tranquilas, o Claustro-Jardim da Manga materializa, numadimensão terrena, a representação do Paraíso perdido.

* Este texto é de autoria do Dr. Pedro Ferrão, assim como as fotos que o ilustram, e já foi publicado noMensageiro de Sto António, em Março de 1992.

O regresso no comboio (com uma carrua-gem praticamente por nossa conta) enovamente o autocarro trouxeram-nosde volta à cidade do Lis, onde chegámoscerca das 20 h.

Este passeio, que não constava do planode actividades deste ano, foi idealizadoe organizado pelo nosso colega JoséCasimiro, proporcionando uma exce-lente oportunidade de convívio aos 35participantes.

OUTRAS ACTIVIDADES

Em 18 e 19 de Setembro realizar-se-á aviagem a Viseu e Terras do Demo, umavez que o número de inscrições já atingiuo mínimo exigido.

Em 5 de Outubro será festejado o DiaInternacional do Professor, havendodiligências para que as comemoraçõesdecorram num dos concelhos do nortedo distrito.

Na preparação do Plano de Actividadespara 2011 é importante conhecer assugestões dos nossos associados quantoa actividades, ateliês ou viagens, peloque se espera a respectiva colaboração.

LISBOA1. Foi seleccionada a Directora Técnicapara a Casa do Professor, em Carcavelos,tendo recaído a escolha do júri constituídopara o efeito na Dr.ª Raquel Maria daFonte Leitão Pina Pereira, iniciando funçõesem 2 de Agosto de 2010.

2. Está em curso um Protocolo com aCruz Vermelha – Delegação da Costa doEstoril – no sentido do fornecimento dasrefeições aos utentes da Casa doProfessor, em Carcavelos, bem como deoutros serviços, durante o primeiro anode funcionamento, com possibilidade dasua prorrogação.

3. Foi enviado para homologação daDirecção Nacional da ASSP o quadro depessoal da Casa de Carcavelos.

4. Foi estabelecido um Protocolo de par-ceria com Farmácias para fornecimentode medicamentos com o desconto de15%. O âmbito deste Protocolo é restritoà Delegação Distrital de Lisboa.

5. Foi estabelecido um protocolo coma Delegação da Cruz Vermelha parafornecimento dos almoços na CasaAlbarraque Costa, com êxito.

6. O Jantar/Convívio no Casino Estoril foiadiado para 11 de Janeiro de 2011.

7. O Grupo de Voluntariado encerrouas actividades programadas. No dia25/06/2010 visitamos o MuseuAntoniano, a Sé Catedral, os Claustros eo Museu do Tesouro, tendo como Guia ovoluntário João Cruz. Seguiu-se umalmoço/convívio em Alfama, onde emambiente bem animado a voluntáriaOdete Lucas, cantou o fado entre aplausosdos 16 participantes e dos turistas alipresentes.

Os voluntários retomam as actividades apartir de 13/09/2010. Reuniões às 2asfeiras – 2 x mês

Grupo Coral – todas as 2as feiras

1ª e 3ª feira do mês: Tertúlia

4as feiras, Saberes no Grupo das Artes.

Terão também continuidade os passeiosde curta duração, os passeios temáticose as aulas de Inglês e de Informática.

8. No dia 28 de Junho realizou-se umalmoço de despedida ao Maestro PedroMiguel que por motivos profissionaisdeixou de colaborar com o Coro danossa Associação. Esteve presente onovo Maestro, Victor Roque Amaro, quedirige habitualmente formações decâmara, corais e orquestrais e que iniciaráas suas novas funções, após férias, a 20de Setembro.

9. DONATIVOS

Bem hajam todos os que enviaram dona-tivos para as obras da “Casa dosProfessores” em Carcavelos eResidencial da Casa Albarraque Costa.

a) Para “Casa dos Professores” emCarcavelos:

Lisboa, 13809 - 50,00€; Grupo deProfessores Aposentados da Esc.Sebastião e Silva, Oeiras - 1.774,00€;Cascais - 55 - 1.500€ ; Lisboa, 17683 -50,00€.

b) Casa “Albarraque Costa” para pagamentode materiais de pintura e mão-de-obra eoutras ofertas.

Lisboa, 505 - 1,487,20€; 10256 -250,00€; Oeiras, 9808 - 250,00€

Do encarregado das pinturas, Sr. AntónioS. Oliveira - 292,00€

MADEIRAO convívio do passeio a nível regionalfoi Bom.

Tivemos oportunidade de conhecer luga-res aprazíveis pouco visitados pelamaioria dos participantes.

Esta foto elucida “o querer” trocar ideias,vivências e por conversas “em dia”, àhora do almoço Buffet.

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A exposição de pintura com diferentestécnicas e vários materiais, no átrio daCâmara Municipal do Funchal, predomi-nando os quadros a óleo, foi um sucesso.

Foi visitada não só por madeirensescomo estrangeiros.

Na sede da A.S.S.P. a exposição de ArtesDecorativas, como revela uma das foto-grafias, foi inovadora nos materiais e nastécnicas.

A comédia “A Criada Ideal”, deFernando Amado representada no TeatroMunicipal Baltazar Dias foi um êxito. Osintérpretes revelaram o seu talento artís-tico, aliás como já o fizeram nos anostransactos. O público saiu satisfeito epediu para continuar com esta actividade.

PORTO3 QUARTOS INDIVIDUAISSITUADOS NA MORADIA PRIMITIVACOM CASA DE BANHO COMUM

• Prazo para apresentação de candidaturas:30 de Setembro de 2010

• No caso de a totalidade dos quartosnão ser preenchida nesta 1ª fase do con-curso, poderá haver uma 2ª fase respei-tante aos quartos ainda vagos e por umprazo complementar que terminará em31de Outubro de 2010.

ALMOÇO DE S. JOÃO NARESIDÊNCIA DE S. ROQUEEm época de santos populares realizou-seo habitual almoço de confraternizaçãodos associados residentes, ou não, em S.Roque no Porto.

Realce para o excelente trabalho deequipa realizado pela directora técnica,funcionários e todos os residentes, tantona construção de uma cascata monu-mental, como na decoração da sala defestas, tendo sido as Drªs Maria AugustaCramez e Alzira Rito as grandes entusiastas.

As entradas foram este ano ao ar livre,junto ao barbecue. Sim, porque finalmenteas obras foram realizadas na cozinha erefeitório, criando um espaço modernizadoe melhor adaptado às necessidades daresidência.

A ementa principal foi, como não podiadeixar de ser, constituída pelas sardinhas,pimentos, febras e entrecosto, assadospor um incansável “novato” na casa – oSr. José (funcionário), acompanhados debatata cozida. Também houve caldoverde e sobremesas variadas. O serviço,como de costume, foi inexcedível, tantoem termos de qualidade como de simpatiapor parte das funcionárias, que são umamais-valia nesta residência.

A Direcção Distrital, representada peloSr. Arq.º Cunha, dirigiu uma mensagemcalorosa a todos os presentes. E, na con-tinuação do ambiente de festa, a boa dis-posição foi abrilhantada por fados cantadospelo Prof. Domingos Martins e peladirectora Dr.ª Teresa Fernandes. As marchasexpontâneas ligavam os corações dos resi-dentes e funcionárias mais os cantaresdedicados aos Santos António, JoãoBaptista e Pedro. Olha os balões e a alegria,mostrando que a vida é, essencialmente,amor e amizade entre as pessoas.

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NÚCLEO DEVILA NOVA GAIAEm 5 de Junho concluímos a nossa home-nagem a Raúl Brandão relembrando-o nasua Casa do Alto, em Nespereira.

Fomos recebidos com toda a simpatiapelo sobrinho bisneto do escritor,Arquitecto Manuel Roque e sua família,na manhã desse dia.

O Senhor Arquitecto completou a nossahomenagem, relatando a origem da casae o porquê da mesma estar, na actualidade,na sua posse.

Textos de obras de Raul Brandão, assimcomo referências às mesmas, por outroshomens de letras, foram ditas por váriosdos nossos colegas sob a orientação docasal Ermelinda e Abel Couto.

Esta visita foi possível, por especialempenho da Exma. Directora daBiblioteca Raul Brandão, Dr.ª Maria JoséNobre.

Durante a tarde visitámos o MuseuAlberto Sampaio e parte do centro históricode Guimarães.

No fim-de-semana de 25 e 26 deSetembro, iremos até Ligares e Freixo-de-Espada-à-Cinta relembrar Guerra

Junqueiro. Uma visita a Castelo Rodrigo,Almeida, Trancoso e Penedono tambémfarão parte da rota cultural que se iniciaráno dia 25, com partida da Esc. Sec. deAlmeida Garrett, pelas 8 h 15 min .

SETÚBALNOTÍCIAS DA DELEGAÇÃOl Realizou-se, como é da tradição, nodia 26 de Junho, a nossa Comemoraçãodos Santos Populares.

O nosso pátio interior encheu-se, tantode residentes e suas famílias como deconvidados, para o jantar da tradição comcaldo verde, caracóis, febras e sardinhas,não faltando os apreciados docinhos.

O júri das Quadras Populares, realizadasinternamente, apreciou e elegeu asmelhores.

Precedeu-se ao sorteio de um conjuntode escritório, que recaiu na rifa 392.

A animação da noite esteve a cargo danossa colaboradora Leonor, de um cantorsetubalense, o senhor António Serrano, ede muitos outros cenários de divertimento.

l Todas as actividades dependentes dasnossas voluntárias já se encontram a fun-cionar em pleno, nomeadamente: Inglêse Informática, referidos no anteriorBoletim; Animação musical (depois queo piano foi afinado) às quintas-feiras, das15.30h às 16.30h, pela prof. CecíliaPereira e muito apreciadas pelos nossosresidentes; Manualidades, sempre que

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possível pela D. Esmeralda e pela colegaTeresa Santos e Saídas ao exterior emsituação de consulta médica, pela técnicaFilomena. Também a Animação daLeitura está programada, pela colegaAna Júlia.

l Foi estabelecido um acordo de cedênciade instalações, com a junta de Freguesiade S. Julião, para que abra já emOutubro um pólo da casa, nas antigasinstalações do Ensino Recorrente daEscola Conde Ferreira, actual Junta deFreguesia, Av. Luísa Tody, 354, das 14hàs 17h, às 2.ª, 4.ª e 6.ª feiras. Solicitamosaos colegas interessados em colaborarna dinamização deste espaço, o contactotelefónico ou outro, para a Casa dosProfessores ou para o prof. Abílio Carrilho.

Este serviço destina-se a angariar novosassociados, além de promover as activi-dades da ASSP.

l Estamos a realizar alguns Passeios/Visitas ao longo do Ano, assim comoActividades de carácter lúdico ou cultural.Para isso, pedimos o envio para aDelegação de Setúbal 2 envelopes seladose endereçados ao associado, para infor-mações das nossas actividades.

CONHECER SETÚBALPATRIMÓNIO EDIFICADOE BELEZAS NATURAIS

Para que os associados de todo o Paísconheçam a nossa região e seus arredores,vamos iniciar no presente Boletim, umavisita guiada com esse objectivo e cujotítulo será “Conhecer Setúbal –Património edificado e Belezas naturais”.

Coincidindo com o concurso 7 MaravilhasNaturais de Portugal, a nossa escolharecaiu no Parque Natural da Arrábida ePortinho da Arrábida, os quais constituirãoo nosso primeiro desafio.

A serra da Arrábida abrange os concelhosde Setúbal, Palmela e Sesimbra. Teminfluências mediterrâneas de vegetaçãoe clima e debruça-se sobre o OceanoAtlântico, apresentando uma paisagemnatural e características particulares. Doponto mais alto da serra, avista-se o estuá-rio do rio Sado a sul e as serras do Louro,de S. Luís, Gaiteiros e do Risco a norte.

As arribas, de origem calcária, têm aflo-ramentos rochosos, grutas, matagais,montados de sobro, pinhais e pequenoscursos de água.

A sua beleza natural permitiu a candida-tura a Património Mundial, da Unesco.

Ao nível do património cultural, existe oConvento da Arrábida, construído noséc. XVI mas, segundo a lenda, foi inicial-mente uma ermida, mandada construirpor um mercador inglês, em acção degraças pelo milagre de Nossa Senhora,que o salvou de um naufrágio.

Posteriormente o Duque de Aveiro, D.João de Lencastre, fez erguer o primeiroconvento, onde se refugiou Frei Agostinhoda Cruz e os frades franciscanos. Foiadquirido pelos Duques de Palmela em1863 e finalmente comprado pelaFundação do Oriente em 1990, que oreclassificou como espaço cultural.

O Portinho da Arrábida, praia protegidapela Serra, de águas tranquilas e transpa-rentes, é querida por todos. Em forma debaía, tem uma pequena ilha, a Anicha, queforma um porto natural, de rara beleza.

É neste ambiente e amor à serra queSebastião da Gama escreve:

Tudo se passa,

quando a Manhã nasce na Serra,

como se uma flor se abrisse

e pelo ar

o seu perfume subisse...

In Itinerário Paralelo

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VISEUAqui vão, novamente, as notícias danossa Delegação: o nosso ateliê de pinturaparticipou numa exposição colectivarealizada no Hotel Montebelo e integradana Semana da Freguesia do Coração deJesus, em que a nossa sede se encontralocalizada.

Em princípio, no dia 25 de Setembro,inauguraremos no Palácio do Gelo umanova exposição, desta vez só com obrasdas associadas que frequentam o referidoateliê. Aqui fica desde já o convite atodos os colegas que queiram participarda inauguração ou, pelo menos, visitá-laposteriormente.

No passado dia 10 de Junho realizou-seum passeio pelo Douro, o qual resultoubastante agradável e informativo. Aquifica um testemunho da satisfação dosparticipantes.

Com grande pena nossa, não foi possívelrealizar o anunciado arraial de Stº.António. Em vez disso, tivemos no dia 1de Julho uma sardinhada que decorreucom bastante alegria e…. satisfação.

Para já, estamos a apostar no Magusto ater lugar em Novembro em data e localde que, em devido tempo, informaremosos associados.

Temos ainda programadas as seguintesactividades:

nos dias 18 e 19 de Setembro iremos aSintra a fim de visitarmos o Palácio daPena, o Parque de Monserrate e o Palácioe Quinta da Regaleira;

em Outubro, no dia 8, vamos celebrara Implantação da República com arepresentação, no Auditório do IPJ, deuma peça de teatro escrita por um doselementos da Direcção desta Delegação;

no final do mesmo mês, em data aconfirmar, teremos uma Tertúlia com otema seguinte: “O Dia Internacional daMulher, Cem Anos Depois”;

Em Novembro contamos ter o Festivalde Outono e em Dezembro, além daCeia de Natal, estamos a envidar todosos esforços no sentido de, mais uma vez,realizarmos a exposição de Presépios.

Este ano esperamos inaugurá-la maiscedo, a fim de correspondermos às soli-citações de mais escolas, uma vez quebastantes colegas de Área das Expressõesmanifestaram o seu pesar por não terempodido incluir no seu Plano deActividades a visita à exposição do anopassado, uma vez que esta foi inauguradajá no final do 1º período lectivo.

Estão abertas as inscrições para os ate-liês, sendo que este ano, além dos jáexistentes, teremos também uma classede Pilates.

Mais uma vez agradecemos às associadasque ao longo do ano asseguraram o fun-

cionamento da nossa sede, esperandopoder continuar a contar com a sua dis-ponibilidade bem como com a de outrosassociados que venham a juntar-se-nos.

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São os sábios as verdadeirasalavancas do Universo, os argo-nautas que cruzam todos osoceanos do mistério, para levara flotilha da Verdade aos conti-nentes onde só existia aDuvida. E assim êles penetramos mais estranhos segredos daNatureza, despindo de suasgalas a tudo que era fabuloso,levando o homem a dominartôdas as fôrças, tôdas as ener-gias universais.Foram até aos astros e devassa-ram-nos; atraíram as estrêlas eestudaram-nas e encarceraram-nas dentro de pequenas lentes,enquadraram o firmamento najanela dum observatório e, umdia, a anciedade de ir sempre mais longe conduziu-osaté deus, não para o adorarem, mas para o negár,para lhe destruír seu fatídico prestígio.E desde então o Universo foi pertença do homem –foi dominado pela inteligência humana, sempreinquieta, sempre anelando novos triunfos.E os sábios jamais descansam, – e são êles que rasgamconstantemente novos horizontes, apagando astrevas e levando a luz ao próprio coração doObscurantismo.Estão em tôda a parte, e são êles os autênticos pro-pulsores da Humanidade, os verdadeiros criadoresdessa única religião digna de ter fiéis – que é aSciência.Nos laboratórios, sôbre as retortas, nos gabinetesonde se fecundam ideias novas, nas oficinas onde sedominam tôdas as energias, êles estão sempre medi-tativos, prescrutadores, como velhos alquimistas quequerem honrar, aumentar e glorificar o legado quelhes foi deixado pelas gerações anteriores.E laceram as entranhas da terra e conquistam ovácuo do céu e interceptam todos os sons e fazempalpitar o espaço e diminuem as distâncias e trocamos valores cronológicos, num desafio à Eternidade –e quando o mundo assombrado os julga já exaustos,êles surgem trazendo uma nova revelação, uma novadescoberta...E alheiam-se de ambições mesquinhas; seu espírito

está sempre ausente de tudoque é vulgar – e vivem modes-tamente, a-pesar-de hospeda-rem no seu gabinete a todo oUniverso...Seu esfôrço é o maior entretodos, porque é o orientador detodos os outros – é aquele queprocura redimir o homem, redi-mindo a vida, sem apelar parao funesto mito de deus.São êles que assinalam eimpulsionam a evolução dahumanidade – que só se marcapelas conquistas realizadas nocampo das ideas e da Sciência,conquistas que êles previram elevaram à consumação. Osséculos não se diferenciariam

uns dos outros, o Tempo não teria sequência, omundo estagnaria, se não fosse o trabalho dos sábios– êsse trabalho insano que vai além duma epopeia eque não encontra expressão bastante digna dêle emtodos os dicionários.Ante o seu estranho poder revelam-se todos osenigmas que atormentaram as épocas remotas e sur-gem para a cerimónia da revelação outros misterioscuja existência nunca fôra suspeitada; ante as pupilasagudas dos sábios tudo se desflora, rompem-se todosos véus, aniquilam-se todos os vetos, quebram-setodos os grilhões – e sob êsses destroços que o solscientífico vai queimando, reduzindo a cinza, passamem cortejo deslumbrador novos génios, entoandoum cântico triunfante.Eles são os verdadeiros herois, aqueles que nãoafrontam o heroismo, pois enquanto os guerreiros,para conquistar uma cidade, sacrificam numerososexércitos, êles conquistam o Universo sem derramaruma só gota de sangue. Todo o esforço dos sábiostende a elevar o seu semelhante e não a sacrificá-lo– êles integraram o homem num destino transcen-dente, eles enobreceram o homem, eles ergueram ohomem mais acima de deus. E englobaram sob amesma lente o Passado, o Presente e o Futuro – e porisso o grande livro da Eternidade é demasiadamentepequeno para nêle se escrever a história dêsse esforçoincomensurável.

OS SÁBIOS

Ferreira de Castro, Os Sábios, in A Epopeia do Trabalho, 1926

Rev i s ta de Qu ím ica , n º56 - 1995

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Agradecemos à Sociedade Portuguesa de Química ter-nos autorizado a publicar este texto.

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Súplica

Ó Tempo que passas! Não olhas... não sentes... Na tua vertigem de louco, entre as gentes, Semeias o germe do nosso cansaço!...E logo te esfumas... esvaído no espaço!...E colhes a flor da nossa ilusão...E colhes o nosso sonho em botão...Que levas contigo... sem dó... nem piedade!...Só deixas, em troca, a inquieta saudade!...

Ó Tempo que passas! Para a Terra eu desejoLhe dês toda a paz que a vida consente! Lhe dês todo o sonho que emerge da mente!Lhe cales, na ternura suave de um beijoO grito da dor... que paira, latente!Que o grito da dor só grite alegria! Que o sonho da noite não morra, de dia!Que a flor da ilusão floresça em magia!

Ó Tempo que passas! Não passes... esperaQue a Terra se cubra de mais primavera!

Maria do Céu da Silva Figueiredo Gomes(utente do Lar do Porto)

Ser Professora

Ser professoraNão é só ensinarO a-b-cEnsinar a lerA contarE a escrever…É mais do que issoÉ no peito,SentirUm choroUm carpir,Por não poder, com calma, Espargir Em vez de ignorânciaA ciênciaE fazer nascerNas cabeças dos garotosIdeias férteisE não pensamentos ocos…Ideias humanasReligiosas ou profanas,Para que bem aproveitadasPossam transformarAs terras secasEm regadasE o estéril mundoEm que vivemosEm campo largo e fecundo.

In: POESIASMaria Helena T. M. Silva Coelho

Iº Prémio a nível nacional do Concurso Nacional do Lar do Comércio

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AÇORES18094 l Roberta Silva Fraga18095 l Maria Manuela Mendonça Resendes Silveira18096 l Leonor Albergaria Leite Pacheco Sampaio Cabral18117 l Maria Manuela Carvalho Tavares Medeiros

ALGARVE18070 l Amélia Inácio Martins Sousa Matos Lima18071 l Maria Alice Guerra Gomes Monteiro18082 l Maria Eunice Lerias Ferreira18083 l Maria Regina Palma Ferreiro Nascimento Nunes18140 l Maria Luis Afonso Martins18141 l Maria João Rodrigues Pereira Jacinto

AVEIRO18060 l Isabel Maria Lima Campos Sá18061 l Maria Isabel Coelho Costa Redondo18067 l Maria Lurdes Viana Encarnação Oliveira18068 l Custodio Beicinha Encarnação18069 l Ana Paula Lopes Alves Pinto Almeida18093 l Maria Conceição Lemos Vieira Andrade18122 l Maria Lurdes Azevedo Soares Tavares Oliveira18132 l Clovis Pereira Alves18144 l Vitália Pereira Neta Vasconcelos Pinheiro18145 l Carlos Augusto Vasconcelos Pinheiro18146 l Maria Ercília Gonçalves Moreira Seabra18147 l Manuel Rodrigues Seabra18148 l Maria Alcina Jesus Almeida Ferreira Reis18149 l Manuel Augusto Ferreira Reis

BEJA18100 l Maria Alice Rodrigues Raposo Espada

COIMBRA18062 l Delfina Santos Noutel18063 l Humberto Fernandes Santos18088 l Maria Luz Martins Oliveira18102 l Maria Licínia Ribeiro Tomaz18109 l Júlia Silva Monteiro Soares Craveiro

18110 l Adélio Soares Craveiro18128 l Lídia Rodrigues Garcia Castilho18150 l Mário Fernando Rodrigues Pires

LEIRIA18106 l Maria Fernanda Valente Santos Sal Monteiro18118 l Maria Madalena Pereira M Domingues Portugal

LISBOA18064 l Gisela Deodato Jesus Conceição18072 l Maria Alexandra Arnaut Duarte Marques Almeida18073 l Maria Irene Marques Veloso18074 l Manuel Artur Cantarino Carvalho18075 l Maria Teresa Albuquerque Teixeira Pestana18076 l Maria Emília Lopes Esteves Narciso Gomes18077 l Maria José Alves Oliveira Paisana Rosado18078 l Luis Rosado18079 l Isabel Oliveira Moita Rebelo18081 l Maria Georgeta Almeida Matos Garcia18084 l Maria Leonor Lopes Cipriano Fernandes Vigário18085 l Catarina Mendes Esteves18087 l Maria Rosário Fernandes P C Bettencourt Câmara18089 l Maria José Conceição Morgado Gonçalves18090 l António Coutinho Gonçalves18097 l Sandra Maria Silva Lima Vaz Ferreira18098 l Ângela Silva Santos18103 l Rui José Veiga Alves18104 l João Carlos Fernandes Aleluia18105 l Rita Maria Rego Calheiros Lopes18107 l Rodolfo José Silva Almeida18111 l Maria Lucinda Jesus Ribeiro18114 l Maria Solange Barão Santos Lopes Assunção18115 l Maria Luísa Ribeiro Leiria Tomaz18116 l Ilídio Lucas Tomaz18119 l Maria Conceição Félix Pablo Inocentes18120 l Maria João Fragoso Moura Conceição18123 l Manuela Belmira Soares F Rosa Pinto Fernandes18124 l Fernando Rui Mascarenhas A Pinto Fernandes18125 l Olga Maria Pinto S Henzler Ferreira Marques18126 l Maria Amparo Castilho Porto Costa Vilela

18127 l José Sérgio Rios Vilela18129 l António Augusto Salgado Barros18130 l Maria Emília Costa Marques Teixeira18133 l Sofia Isabel Lobo Mateus18134 l Maria Vitoria Lopes Patraquim M Albuquerque18135 l José Luis Laura Martins Albuquerque18136 l Maria Margarida Godinho18137 l Arminda Jesus Lopes Pedro Coelho18138 l António José Blaize Amaral Semblano18139 l Maria Helena Salvador Blaize Amaral Semblano18143 l Maria Lourdes Gomes Viegas Ilha Tendinha

PORTO18086 l Manuel Silva Nogueira18101 l Lígia Cristina Leça Ferros18112 l Maria Eugenia Carvalho18113 l Maria José Ribeiro Pereira Barros

NÚCLEO DE VILA NOVA DE GAIA18099 l Maria José Martins Ramalho

SETÚBAL18065 l Maria Anjos Irene Sequeira Farinho18091 l José Francisco Tasquinha Fialho18108 l Isabel Francisca Gil Serote Nunes Martins Cruz18121 l Antónia Maria Quinta Queimada Freitas Murta18151 l Júlia Fragata Mónica Laranjo18152 l Joaquim Dias Laranjo

VISEU18066 l Cândida Angelina Couto Matias18080 l Manuel Alves Maravilha18092 l Otília Jesus Cunha Lima

SEM DELEGAÇÃO

CASTELO BRANCO18142 l Belarmina Pires Farrancha Teixeira Gil

CHAVES18131 l Carla Sofia Pires Vicente

ASSOCIADOS FALECIDOSApresentamos aqui os nomes dos nossos associados que deixaram saudosos seus familiares e amigos.Sentidos pêsames da ASSP.

5512 Maria Fernanda Dias Félix Rocha (Aveiro) l 52 Maria Clara Antunes Ferreira (Carnaxide) l 11752 Maria Luz Marques Costa Câmara Pestana(Coimbra) l 16395 Maria Sousa Baptista (Faro) l 7032 Cândida Maria Nobre Almeida (Lisboa) l 11498 Maria Fernanda Sousa Lopes Soares (Lisboa)l 11686 Sabino Borges Morais (Lisboa) l 13913 Cipriana Dias Beatriz Leote Paiva (Lisboa) l 15364 José Henrique Arandes (Lisboa) l 16066 EneidaMelo Brito Costa (Lisboa) l 16379 Carlos Alberto Pereira Martins (Lisboa) l 13522 Ivone Maria Araújo Pacheco Correia Melo (Ponta Delgada) l 1482

Maria Amélia Queiroz Castro Martins (Porto) l 1682 Cecília Carmo Azevedo Lopes Santos (Porto) l 5596 José Luis Magalhães Pinto (Porto) l 17843

Maria Antónia Vila Nova Núncio (Setúbal) l 13611 António Ferreira Neves (Viseu)

SE PRECISAR DE MATERIAL DE PROPAGANDA PARA INSCRIÇÃO DE NOVOS ASSOCIADOS,PEÇA-O NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO OU EM QUALQUER DAS DELEGAÇÕES.

Consulte e divulgue o nosso site

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NOVO

SASSOCIADOS

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DOURO EURORUMO

25 e 26 de SetembroVISITANDO: Viagem em autocarro, visitas, cruzeiros no Douro até Barca D’Alva. Refeições incluídas.PREÇO POR PESSOA: 235,00€

SUPL. INDIVIDUAL: 32,00€

ROMA EURORUMO

de 1 a 5 de OutubroVISITANDO: Cidade aberta, como lhe chamou Fellini, a urbe italiana é um deslumbramento. Seduz e

vicia: Palatino, Basílica de S. Pedro, Capela Sistina, Tivoli, Jardins, Castelos romanos.

PREÇO POR PESSOA: 1.100,00€

SUPL. INDIVIDUAL: 198,00€

TAILÂNDIA / CAMBODJA / VIETNAM EURORUMO

de 13 a 29 de OutubroVISITANDO: A Tailândia alia as praias perfeitas à loucura explosiva de Banguecoque e ao mistério das

florestas e das tribos do Norte. Os altos e baixos-relevos que cobrem as paredes dos templos do Camboja, retratam traços étnicos dos Khemers e contam a história do seu Império. O Vietname surpreende pela beleza natural única e pelo povo que nos faz sorrir.

MÍNIMO DE 16 PARTICIPANTES

PREÇO POR PESSOA: 3.875,00€

SUPL. INDIVIDUAL: 626,00€