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Coinfecção TB-HIV no Brasil:Panorama epidemiológico e atividades colaborativas
CGPNCT / DEVIT
Secretaria de Vigilância em Saúde
Ministério da Saúde
27/06/2018
Patricia Werlang
Tuberculose no Mundo• É a principal causa morte por um único agente infeccioso em pessoas vivendo com HIV.
• 10,4 milhões de casos estimados em 2016
• 87% dos casos de TB em 30 países
• 10% dos casos estimados são HIV positivo
• 1,3 milhão de mortes estimadas em 2016 (HIV negativo)
• 374 mil óbitos estimados com TB-HIV em 2016
• 490 mil casos de MDR estimados em 2016
Fonte: Global Tuberculosis Report (WHO, 2018)
• 72 mil casos novos de TB diagnosticados
• Cerca de 4,5 mil mortes por tuberculose em 2016
• De acordo com a nova classificação da OMS 2016-2020, o Brasil ocupa a
20ª posição na lista dos 30 países prioritários para TB e a 19ª posição na
lista dos 30 países prioritários para TB-HIV
• 4ª causa de mortes por doenças infecciosas
• 1ª causa de mortes dentre as doenças infecciosas definidas dos
pacientes com AIDS
Tuberculose no Brasil – 2017
Fonte: Sinan/SIM/OMS
Coeficiente de incidência de tuberculose.
Brasil, 2001 a 2017*
Por 100.000 hab.
Ano
Fonte: SES/MS/Sinan e IBGE.
* Dados preliminares sujeitos a revisão
42,8
35,0
0
10
20
30
40
50
60
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
74
,1
63
,5
46
,0
39
,5
39
,4
38
,6
36
,8
36
,0
34
,1
33
,5
30
,2
30
,0
29
,7
29
,4
28
,9
28
,8
28
,1
26
,9
26
,7
25
,6
23
,7
19
,3
17
,2
15
,8
14
,0
9,7
9,5
AM RJPE RS SP PA AC RR CE
MT
RNM
SAP
ROM
A SE AL ESBA PB SC PI
PRM
GG
O DF
TO
Coeficiente de incidência de tuberculose por unidade federada. Brasil, 2017*
Po
r 1
00
.00
0 h
ab
.
UF
Brasil: 35,0
Fonte: SES/MS/Sinan e IBGE.
*Dados preliminares sujeitos a revisão
3,13,0
2,8 2,82,6 2,6
2,52,6
2,5 2,4 2,42,3 2,3 2,2 2,3 2,2
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Coeficiente de mortalidade por tuberculose. Brasil,
2001 a 2016*
Ano do óbito
P/1
00.0
00 h
ab
.
Fonte: MS/SVS/DASIS; IBGE.
*Dados provisórios
2016: 4.483
5,0
4,5
3,3
2,7
2,6
2,6
2,3
2,3
2,2
2,2
2,2
2,2
2,0
2,0
1,9
1,9
1,8
1,8
1,4
1,4
1,1
1,1
1,1
0,8
0,8
0,5
0,5
R J PE AM BA RS PA AL CE AC PB MTMA SP SE ES RN MS AP RO PI MG PR GO RR SC DF TO
Coeficiente de mortalidade por tuberculose nas
Unidades Federadas. Brasil, 2016*
UF de residência
Brasil:
2,2
Fonte: MS/SVS/DASIS; IBGE.
*Dados provisórios
p/1
00.0
00 h
ab
.
Coinfecção TB-HIV no mundo
ODS 3: Garantir vida saudável
e promover o bem estar para
todos em todas as idades
3.3: Até 2030, acabar com a
epidemia de Aids, tuberculose,
malária e doenças
negligenciadas. Combater a
hepatite, doenças diarreicas e
outras doenças transmissíveis
Metas globais para TB & HIV – ODS/OMS
Três listas de países de alta carga que serão utilizados pela OMS
durante o período 2016-2020, e suas áreas de sobreposição
Brasil:
- Países prioritários da OMS
para TB e TB-HIV (único país
das Américas)
TB72 mil pessoas
adoeceram com
tuberculose (2017)
4,5 mil pessoas
morreram de
tuberculose (2016) 6,9 mil pessoas
com tuberculose
tiveram teste
positivo para o HIV
(2017)
982 pessoas
desenvolveram
tuberculose
resistente
(2017)
HIVEstima-se 830.000
pessoas vivendo
com HIV (2015).
64% sob TARV
15.000 mortes
associadas ao HIV
(2015)
Cerca de
10.000 testes
para
resistência do
HIV (2016)
Fonte:
• Programa Nacional de Controle da Tuberculose
• Depto IST, HIV e Hepatites Virais
TB e HIV no Brasil
36,6
82,6
25,8
77,8
7,5 9,5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Solicitado Realizado Coinfecção
Percentual de casos novos de tuberculose segundo
coinfecção, solicitação e realização do teste para HIV.
Brasil, 2001-2017*
Fonte: SES/MS/SINAN. * Dados preliminares, sujeitos a revisão.
%
93,9
57,8
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
ESACPRAPRRSPSCRSRO M
AGOMSAM R
N RJDFCEMG A
LPB
SETO
PEBAMT P
IPA
Percentual de realização de teste para HIV entre os casos
de tuberculose. UF e Brasil, 2017*
Fonte: SES/MS/SINAN. * Dados preliminares, sujeitos a revisão. Realizado = positivo + negativo
%
Brasil: 77,8
UF
73,3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
GO ES SE D
F CEAM PR RR SC M
A TO MT
BA RN PIM
G RJPA RS PE
AC SP PBM
S ALRO
Percentual de casos novos de coinfecção TB-HIV segundo
realização de TARV. UF e Brasil, 2017*
Fonte: SES/MS/SINAN. * Dados preliminares, sujeitos a revisão.
%
Brasil: 46,6
UF
79,1
8,75,0
53,5
13,721,0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Cura Abandono Óbito
TB/HIV- TB/HIV+
Comparação entre o encerramento dos casos novos de TB-
HIV- e TB-HIV+. Brasil, 2016*
Fonte: SES/MS/SINAN. * Dados preliminares, sujeitos a revisão.
% HIV ignorado 2016: 20,0%
59,1
13,2
16,5
40,9
15,9
30,7
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Cura Abandono Óbito
TB/HIV em TARV TB/HIV sem TARV
Comparação entre o encerramento dos casos novos de
coinfecção TB-HIV de acordo o uso de TARV. Brasil, 2016*
Fonte: SES/MS/SINAN. * Dados preliminares, sujeitos a revisão.
% TARV ignorado 2016: 40,2%
Desafios para o controle da
coinfecção TB-HIV
TB
HIV
Reduzir estigma e
preconceito
Melhorar o acesso:
cuidado integrado em
um único serviço
Sinergia para populações
chave: privados de liberdade
Melhorar o rastreamento
de TB (4 sintomas) em
PVHIV
Iniciar o TARV em tempo
oportuno
Valorizar e tratar os efeitos
adversos
Evitar o abandono.
Buscar os faltosos
Planos de trabalho conjunto
em todos os níveis
Desafios para o manejo da coinfecção TB-HIV
Legenda: PVHIV – Pessoa Vivendo com HIV; TARV- Terapia antirretroviral
• Ofertar teste para diagnóstico do HIV para todas as pessoas
com tuberculose
• Prova tuberculínica e tratamento da infecção latente, quando
indicado, as pessoas vivendo com HIV (PVHIV)
• Diagnóstico precoce e tratamento oportuno da tuberculose
em PVHIV
Metas para o controle da coinfecção TB-HIV
TB-HIV no Brasil
Atividades colaborativas
Atividades colaborativas TB-HIV
Prioridades Nacionais
• Diminuir a carga de tuberculose nas pessoas que vivem com HIV
– Intensificar o diagnóstico da tuberculose
– Tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) e início
oportuno de antirretrovirais
– Controle de infecção nos serviços de saúde
• Diminuir a carga do HIV nas pessoas com tuberculose
– Testagem para HIV (preferencialmente com o teste rápido para
HIV)
– Prevenção do HIV
– Terapia antirretroviral precoce
• Ampliação do acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV
• Teste Rápido para o diagnóstico do HIV é prioritário para populações mais vulneráveis, incluindo a tuberculose.
PORTARIA Nº 29, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2013
Aprova o Manual Técnico para diagnóstico da Infecção pelo HIV em adultos e
crianças
Recomendações para o manejo da coinfecção
TB-HIV para SAE*
SAE* como referência para
tratamento de pessoas com
conifecção TB-HIV
A tuberculose já está
presente no SAE* mas nem
sempre visível
* Serviço de Assistência Especializada
Estratificação de risco:
Assintomáticos à AB
Sintomáticos, coinfectados, gestantes,
crianças à SAE
(HIV/AIDS na Atenção Básica. Ministério da Saúde, 2017)
NOVO!
SAE* como referência para tratamento de pessoas
com coinfecção TB-HIV
• Iniciar precocemente Tratamento Antirretroviral (TARV) empessoas com tuberculose
- Importante a testagem oportuna e o Serviço de AssistênciaEspecializada de HIV/Aids (SAE*) como referência para abordagemintegral a coinfecção.
Recomendação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de adultos, Recomendações para o manejo da coinfecção TB-HIV para SAE e do Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil.
O início oportuno do antirretroviral, idealmente nas primeiras 4 a 8
semanas de tratamento da TB é a ação de maior impacto na redução
da letalidade nos casos de coinfecção.
* Serviço de Assistência Especializada
Boletim Epidemiológico
Coinfecção TB-HIV no
Brasil: panorama
epidemiológico e
atividades colaborativas
Plano Nacional
pelo fim da
Tuberculose como
Problema de
Saúde Pública
Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil
Pilar 1
Prevenção e
cuidado integrado
centrados na
pessoa com
tuberculose
Pilar 2
Políticas
arrojadas e
sistema de apoio
Pilar 3
Intensificação da
pesquisa e
inovação
Pilar 1 – Objetivos e estratégias
Diagnosticar precocemente todas as formas de tuberculose, com oferta universal de cultura e teste de sensibilidade,
incluindo o uso de testes rápidos
• Fortalecer a rede de diagnóstico laboratorial existente no país;
• Ampliar o acesso aos métodos diagnósticos com o teste rápido molecular, baciloscopia, cultura, teste de sensibilidade,
entre outros;
• Ampliar a realização de cultura e teste de sensibilidade para todos os casos de tuberculose;
• Promover ações que garantam o acesso ao diagnóstico oportuno da tuberculose sensível e resistente, tendo em vista o
início oportuno do tratamento;
• Intensificar a busca ativa de casos, consideradas as particularidades das populações mais vulneráveis nos territórios;
• Promover ações que viabilizem o acesso ao diagnóstico das populações mais vulneráveis1, especialmente pessoas vivendo
com HIV e população privada de liberdade;
• Intensificar a avaliação de contatos.
Tratar de forma adequada e oportuna todos os casos diagnosticados de tuberculose visando à integralidade do
cuidado
• Estimular o desenvolvimento do cuidado centrado na pessoa com tuberculose;
• Organizar a rede de atenção local, tendo em vista a organização da atenção básica, unidades de pronto atendimento,
referências e hospitais para favorecer o acesso e a qualidade da assistência;
• Integrar ações de vigilância epidemiológica e assistência;
• Adotar estratégias para acompanhamento do tratamento, capazes de reduzir os desfechos desfavoráveis;
• Desenvolver ações que favoreçam a adesão ao tratamento da tuberculose, como o tratamento diretamente observado e
outras;
• Integrar o cuidado do paciente com tuberculose com outros equipamentos da rede da saúde e assistência social;
• Promover ações que viabilize o tratamento adequado das populações mais vulneráveis1, especialmente pessoas vivendo
com HIV e população privada de liberdade;
• Implantar a vigilância da tuberculose drogarresistente;
• Implantar a vigilância do óbito.
• Integração efetiva dos programas e rede de serviços nos
diferentes níveis a partir das atividades colaborativas TB-HIV
• Boletins epidemiológicos e Campanhas de TB-HIV
• Consolidar atendimento integrado (one stop service)
• Capacitação integrada (UNASUS)
•Plano de ação conjunto (populações chave comuns: PPL e PSR)
• Garantir o envolvimento da sociedade civil (planejamento eações)
• Ampliar a testagem rápida como diagnóstico do HIV emportadores de tuberculose
• Expansão do diagnóstico precoce de tuberculose empessoas vivendo com HIV (PVHIV) (baseado em sintomas) –desvincular a tosse
Estabelecer/ Fortalecer
mecanismosefetivos de
colaboração
Atividades colaborativas TB-HIV – desafios
• Monitoramento individual de PVHIV e TB – acesso ao
TARV
• Inclusão na ficha de notificação da TB – informação sobre
terapia antirretroviral (TARV)
• Propiciar início oportuno da TARV
Reduzir carga de HIV em pessoas com TB
• Fortalecimento do tratamento preventivo da ILTB em PVHIV
• Ampliação do acesso à prova tuberculínica (PT)
• Processo de incorporação do IGRA
• Processo de incorporação da rifapentina
• Fomentar a adesão médica à indicação da
quimioprofilaxia (tratamento da infecção latente)
Reduzir carga de tuberculose em
PVHIV
Atividades colaborativas TB-HIV – desafios
Legenda: PVHIV – Pessoa Vivendo com HIV
Coinfecção TB/HIV
“We can't fight Aids unless we do much more to fight TB as well”
Nelson Mandela
XV International AIDS Conference in Bangkok -2004
http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/tub
erculose/
http://blogdatuberculose.blogspot.com/
https://www.facebook.com/infoTB