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Coisa de criança Recostada na parede de uma loja do shopping, absorta em meus pensamentos, minha atenção se volta às exclamações de um garotinho contrariado, de mais ou menos quatro anos de idade: “Mas eu quero ir lá!” “Agora não meu, filho”. “Mas EU quero”. “Deixa ele ir”, responde o pai. O garotinho se abre num imenso sorriso. Com sua pequenina mão, segura, confiante, a mão do pai. Observando a cena, imaginei que a criança implorasse pela loja de brinquedos, que se encontrava do outro lado do shopping. Mas não. Deu meia volta e parou em frente à porta do estabelecimento próximo a que eu me encontrava: era uma livraria. Eu o vejo apontar o dedinho indicador e dizer: “É aqui, pai!” E entrou saltitando pela loja. 27 de março de 2014

Coisa de Criança

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Crônica sobre a obervação do narrador sobre a atitude inesperada de um garotinho.

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Page 1: Coisa de Criança

Coisa de criança

Recostada na parede de uma loja do shopping, absorta em meus pensamentos, minha atenção se volta às exclamações de um garotinho contrariado, de mais ou menos quatro anos de idade: “Mas eu quero ir lá!” “Agora não meu, filho”. “Mas EU quero”. “Deixa ele ir”, responde o pai. O garotinho se abre num imenso sorriso. Com sua pequenina mão, segura, confiante, a mão do pai. Observando a cena, imaginei que a criança implorasse pela loja de brinquedos, que se encontrava do outro lado do shopping. Mas não. Deu meia volta e parou em frente à porta do estabelecimento próximo a que eu me encontrava: era uma livraria. Eu o vejo apontar o dedinho indicador e dizer: “É aqui, pai!” E entrou saltitando pela loja.

27 de março de 2014