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COLANGIOGRAFIA Conceito: A colangiografia é um exame das vias biliares, para poder visualizar o trajeto da bílis desde o fígado até ao duodeno. Este exame permite diagnosticar alguma obstrução à passagem da bílis, provocada por um tumor, cálculo (pedra) ou corpo estranho. Também permite verificar o funcionamento da ampola de vater (Estrutura anatômica que é o ponto de drenagem dos ductos pancreático e biliar comum) lesões, estreitamento

Colangiografia

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Patologias das vias biliares, diagnóstico e tratamento.

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COLANGIOGRAFIA

Conceito:

A colangiografia é um exame das vias biliares, para poder visualizar o trajeto da bílis desde o fígado até ao duodeno. Este exame permite diagnosticar alguma obstrução à passagem da bílis, provocada por um tumor, cálculo (pedra) ou corpo estranho. Também permite verificar o funcionamento da ampola de vater (Estrutura anatômica que é o ponto de drenagem dos ductos pancreático e biliar comum) lesões, estreitamento ou dilatação dos ductos biliares

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O QUE É A VESÍCULA BILIAR?

A vesícula ou bexiga biliar, localizada na face inferior do fígado, é uma espécie de bolsa lateral ao canal biliar. Tem parede muscular e a mucosa, sua camada mais interna tem capacidade de absorver água. A bile produzida pelo fígado é importante na digestão especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem ao duodeno que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de canal sinuoso chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular designado esfíncter de oddi que controla seu esvaziamento para o intestino

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A ANATOMIA

A vesícula biliar tem cerca de 7-10 cm de comprimento em humanos e tem aparência verde escuro devido ao seu conteúdo (a bile), não ao seu tecido. É conectado ao fígado e ao duodeno através do trato biliar. O ducto cístico sai vesícula biliar e une ao ducto hepático comum para formar o ducto colédoco( ducto biliar comum).

O ducto colédoco então se une ao ducto pancreático e entra no duodeno através da ampola pancreática( de vater) na papila maior do duodeno de vater.

É vascularizada pela artéria cística.

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COMO FUNCIONA A VESÍCULA BILIAR?

O fígado produz a bile constantemente. No intervalo das refeições, ela se acumula dentro dos canais biliares. Como o esfíncter de oddi permanece fechado , aumenta progressivamente a pressão da bile dentro dos canais biliares, enchendo gradativamente também a vesícula biliar. Essa no intervalo as refeições, absorve água e concentra a bile que está em seu interior. Logo após as refeições quando o alimento chega ao duodeno abre-se o esfíncter de oddi e simultaneamente contrai-se a vesícula biliar devido a sua parede muscular esguichando a bile para dentro do intestino. Esta tem papel relevante no processo digestivo, especialmente das gorduras.

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A VESÍCULA BILIAR É FUNDAMENTAL PARA O ORGANISMO?

Não. Quando a vesícula biliar deixa de funcionar por doença ou é extraída cirurgicamente, os canais biliares intra e extra hepáticos dilatam para conter mais bile. Após as refeições o esfíncter de oddi se abre e a bile com pressão aumentada escorre para o intestino. Sem a vesícula, embora o esguicho seja menor a quantidade de bile é suficiente para desempenhar sua função digestiva.

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QUAIS OS TIPOS DE COLANGIOGRAFIA ?

COLANGIOGRAFIA ENDOVENOSA

COLANGIOGRAFIA ENDOSCÓPICA

COLANGIOGRAFIA INTRA- OPERATÓRIA

COLANGIOGRAFIA PÓS-OPERATÓRIA PELO DRENO DE KEHR (TUBO T)

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COLANGIOGRAFIA

ENDOVENOSA

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COLANGIOGRAFIA ENDOVENOSA

O objetivo da Colangiografia endovenosa é estudar radiologicamente as vias biliares através de infusão endovenosa.

Indicações:

●Para o estudo de uma vesícula biliar não visualizada durante um colecistograma oral

●Pacientes colecistectomizados ( Remoção da Vesícula Biliar)

●Vômitos ou diarréia intensos que impediu a absorção do meio de contraste.

Contra-indicações:

A contra-indicação à colangiografia endovenosa é devido à elevada incidência de reações ao meio de contraste.

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COLANGIOGRAFIA ENDOVENOSA

Preparo do paciente:

Os laxativos são evitados num período de 24hs antes do exame, a sua utilização fica à critério médico. A refeição na véspera do exame deve ser leve e não conter quaisquer gordura. Ao chegar pela manhã no departamento de radiologia o paciente poderá ser submetido a dois tipos de procedimentos:

● Infusão contínua: consiste em injetar contraste por via endovenosa, de modo que a administração demore no mínimo 10 minutos.

● Ou gota a gota: consiste em diluir 2 ampolas de 30ml cada, fazendo um total de 60 gramas de contraste em 150 ml de soro fisiológico, corridos no mínimo em 1 hora e no máximo em 2horas.

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COLANGIOGRAFIA ENDOVENOSA

Método Imagenológico: normalmente são obtidas com tempos determinados, após iniciar o contraste com:

30 minutos em projeção AP, 60 minutos, 90 minutos, 120 minutos, 150 minutos, 180 minutos, 240 minutos, 300 minutos, até o encerramento, ou à critério médico.

OBS: Nos exames realizados em pacientes colecistectomizados, é recomendado manter o paciente em D.D durante todo o exame(Método de Robert Wise), pacientes que fazem usos de anticoncepcionais ou antibióticos terão as imagens prejudicadas.

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COLANGIOGRAFIA ENDOVENOSAOBS: A colangiografia endovenosa é raramente realizada

hoje devido à elevada incidência de reações ao meio de contraste. Com este risco adicional de possível reação ao meio de contraste, outros procedimentos são mais seguros e mais precisos como a ultra-sonografia

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COLANGIOGRAFIA

ENDOSCÓPICA

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COLANGIOGRAFIA ENDOSCÓPICA

É uma técnica especializada, utilizada para o estudo dos canais da vesícula, pâncreas e o fígado (esses ductos são chamados canais biliares e canais pancreáticos. É realizada através da introdução pela boca do paciente de um aparelho (endoscópio), tubo flexível que carrega uma micro-câmera na extremidade e permite o médico visualizar o intestino por dentro, onde ele é introduzido e avançado até o duodeno, local onde os canais Bilio-pancreáticos desembocam através de uma pequena válvula chamada Papila. Nesse ponto é colocado uma pequena cânula pela papila e injetado contraste radiológico para realizar o estudo dos canais.

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COLANGIOGRAFIA ENDOSCÓPICA

Qual o preparo necessário?

É fundamental jejum absoluto de, no mínimo, seis horas, antes do procedimento. O médico examinador deve ser informado pelo paciente a respeito das medicações em uso, da existência de alergias, de doenças que o paciente possa ser portador. Ao comparecer para o exame o paciente deve estar acompanhado, pois receberá produtos sedativos que vão lhe impedir de se orientar sozinho.

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COLANGIOGRAFIA ENDOSCÓPICA

Procedimento.O paciente receberá uma descrição detalhada do

exame, de possíveis complicações, as alternativas diagnósticas que serão esclarecidas pelo médico examinador. O paciente realiza o exame sedado que evita dor e desconforto. A análise é feita com o paciente deitado em uma mesa radiológica. Durante o exame (em torno de 1 ou 2 horas) o paciente é monitorizado por aparelhos que acompanham o ritmo respiratório e a frequência cardíaca.

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COLANGIOGRAFIA ENDOSCÓPICA

Possíveis Complicações.

Complicações que podem ocorrer são menos frequentes quando se trata de exame diagnóstico. A mais frequente é a pancreatite, raramente acontece sangramento, infecções e perfurações. Outro risco inclui as reações adversas aos sedativos, os riscos de procedimentos também variam com por exemplo condições de saúde do paciente distúrbios cardíacos, respiratórios ou renais, podem, da mesma forma influenciar nas complicações.

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COLANGIOFRAFIA

INTRA-OPERATÓRIA

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COLANGIOGRAFIA INTRA-OPERATÓRIA

Procedimento cirúrgico que constitui em retirar a vesícula biliar, esse procedimento chama-

se (Colecistectomia).

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INTRA OPERATÓRIA

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COLANGIOGRAFIA

PÓS OPERATÓRIA

(TUBO T)

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COLANGIOGRAFIA POS- OPERATÓRIA (TUBO T)

Objetivo: a colangiografia pós-operatória também chamada colangiografia com tubo T é normalmente realizada no departamento de radiologia após uma Colecistectomia. O cirurgião visando uma possível complicação com cálculos residuais nos ductos biliares que não tenham sido detectados durante a cirurgia. Se essa possibilidade realmente existir o cirurgião posicionará um cateter em forma de Tubo T no ducto biliar comum durante a Colecistectomia. O cateter se estende para fora do corpo e é clampeado.

Indicações: Cálculos residuais. Cálculos não detectados podem permanecer nos ductos biliares após a colangiografia intra-operatória. O procedimento com um tubo T permitirá que o radiologista determine a localização das pedras e possivelmente as retire por meio de um cateter especial

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COLANGIOGRAFIA PÓS OPERATÓRIA (TUBO T)

Contra indicações: As contra-indicações básicas para a colangiografia com tubo T incluem hipersensibilidade ao meio de contraste iodado, infecção aguda do sistema biliar e elevados níveis de creatinina e /ou Bun.

PREPARO:Antes do início do exame é realizada assepsia do dreno e

retirada de ar do mesmo, evitando assim uma possível pseudo-imagem (imagem falsa), se possível observar o refluxo da bile, assim que o refluxo da bile atravessar todo o cateter conecta-se uma seringa ao cateter, com 15 ml de contraste iodado.

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MÉTODO IMAGENOLÓGICO

O procedimento mais indicado é a fluoroscopia, mas quando são realizados em aparelhos de Raios-X convencionais, sem TV, a procedência deverá ser a seguinte:

1ª Injetar de 3 a 5 ml de contraste iodado e radiografar as vias biliares.

2ª Aguardar cerca de 3 minutos, para que o contraste se encaminhe para o duodeno, e radiografar as vias biliares.

3ª Injetar o restante do contraste, cerca de 10 ml e novamente radiografar as vias biliares.

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COLECISTOGRAMA

ORAL

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COLECISTOGRAMA ORAL• O objetivo da Colecistografia ou Colecistograma oral é

estudar radiologicamente a anatomia e a função do sistema biliar. O colecistograma oral mede: (1) a capacidade funcional do fígado de remover o meio de contraste administrado por via oral da corrente sanguínea e excretá-lo juntamente com a bile, (2) a comparação e a condição dos duetos biliares, (3) a capacidade de concentração e de contração da vesícula biliar.

• Indicações:• Várias condições anormais podem ser demonstradas

durante o colecistograma oral. Ex.• ● Coletilíase ou Cálculos Biliares: Presença ou formação

de cálculos biliares no trato biliar, usualmente na vesícula biliar, ou no ducto biliar comum.

• ●Colecistite: Inflamação da vesícula biliar. Os sintomas mais freqüentes são febre, dor na região abdominal superior direita (hipocôndrio direito), náuseas, vômitos, etc.

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COLECISTOGRAMA ORAL

●Neoplasias: Crescimento celular descontrolado que sucede a ausência de demanda fisiológica. 2 - Crescimento excessivo, ilimitado e autônomo, formado pela proliferação de células atípicas.

●Estenose Biliar: Estreitamento ou contratura de um conduto. Constrição de qualquer estrutura anatômica canalicular.

●Anomalia Congênita: Inclui todos os defeitos estruturais presentes ao nascimento (malformações primárias, secundárias e deformações).

Preparo do Paciente:

Os laxativos são evitados num período de 24 hs antes do exame. A utilização fica a critério médico. A refeição na véspera do exame deve ser leve e não conter quaisquer gordura ou alimentos frios.

Contraste: o paciente deverá ingerir de 3 à 6 gramas de ácido iopanóico ou ácido iocetâmico, que equivalem à 6 comprimidos de Telepaque® tomados no almoço e 6 comprimidos na janta.

Estes comprimidos devem ser ingeridos , após a mastigação, com intervalos de 5 minutos entre si, tanto no almoço como no jantar, de 15 a 20 hs antes do exame.

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COLECISTOGRAMA ORAL

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COLECISTOGRAMA ORALMétodo Imagenológico:

Aproximadamente 15hs após à administração do contraste, o paciente deverá ser examinado com uma radiografia da região biliar em posições AP, OPD ou OAE posição Manoel de Abreu que serve para dissociar a loja biliar da loja renal ou deve-se realizar uma radiografia do abdômen quando a vesícula não for visualizada nas radiografias anteriores

Caso a vesícula biliar não tenha sido contrastada devido a fatores como: obstrução do canal cístico, úlceras gástricas, diarréia, etc.

Poderá recorrer ao já ultrapassado método de TWISS que consiste em manter o paciente em jejum sólido por mais de 24 hs e dobrar a dose do meio contraste ingerida fazendo radiografias com 24 após a primeira dosagem.

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PROVA DE BOYDENSolicita-se ao paciente ingerir algumas substâncias

gordurosas, como: iogurte, creme de leite ou 3 gemas, a qual forçará a vesícula excretar o sulco biliar, ativando sua função motora, onde serão realizadas radiografias com 20, 40 e 60 minutos após a ingestão da substância gordurosa.

A prova de Boyden poderá ser realizada em pacientes com cálculo tipo “porcelana”, quando os cálculos forem do tipo múltiplos, mistos, é aconselhável não realizar a prova de Boyden e sim as provas de Kirklin, que consiste em posicionar o paciente em DLD com raios horizontais e a prova de Arkelund, onde o paciente será examinado em ortostático e receberá uma compressão no corpo da vesícula biliar.

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COLECISTOGRAMA ORAL

Contra-indicações:

As contra-indicações ao colecistograma oral são poucas mas incluem: (1) Doença Hepatorrenal avançada, principalmente aquelas com comprometimento renal, (2) Doença Gastrointestinal ativa, tais como vômito ou diarréia, que impediria a absorção do meio de contraste oral, (3) Hipersensibilidade ao composto contendo iodo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• leon.com/drmarin/cctlahttp://www.gap.htm• http://www.conhecersaude.com/exames-medicos/c/3234-

Colangiografia.html• http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-

digestivo/vesicula-biliar-6.php• http://www.tecnologiaradiologica.com/rxcontrastado_digestorio9.htm• http://www.vulgaris-medical.net/images/gastroenterologia-4/vesicula-

biliar-de-porcelana-1012.html