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A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi- ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação que os acolha. Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer- cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras. Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti- nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for- mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino Fundamental. Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei- tando as experiências e os conhecimentos dos alunos. Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o 2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos. A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con- cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões para o trabalho com esses textos. A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário, com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação e a integração das diversas áreas do conhecimento. Bom trabalho! Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC Apresentação CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 1

Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

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A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou

grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi-

ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação

que os acolha.

Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer-

cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras.

Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti-

nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for-

mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente

excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino

Fundamental.

Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas

nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na

escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei-

tando as experiências e os conhecimentos dos alunos.

Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o

2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem

dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos.

A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con-

cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos

de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões

para o trabalho com esses textos.

A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário,

com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação

e a integração das diversas áreas do conhecimento.

Bom trabalho!

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC

Apresentação

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Caro professor

Este caderno foi desenvolvido para você, pensando no seu trabalho cotidiano de educar jovens

e adultos. Esperamos que ele seja uma ferramenta útil para aprimorar esse trabalho. O cader-

no que você tem em mãos faz parte da coleção “Cadernos de EJA”, e é um dos frutos de uma

parceria entre as universidades brasileiras ligadas à Rede Unitrabalho e o Ministério da Educação.

As atividades deste caderno contemplam assuntos e conteúdos destinados a todas as séries

do ensino fundamental e seguem a seguinte lógica:

• Cada texto do caderno do aluno serve de base para uma ou mais atividades de diferentes áreas

do conhecimento; cada atividade está formulada como um plano de aula, com objetivos, des-

crição, resultados esperados, etc.

• As atividades admitem grande flexibilidade: podem ser aplicadas na ordem que você considerar

mais adequada aos seus alunos. Cabe a você escolher quais atividades irá usar e de que forma.

Os segmentos para os quais as atividades se destinam estão indicados pelas cores das tarjas

laterais: as atividades do nível I (1-ª a 4-ª séries) possuem a lateral amarela; as do nível II (5-ª a 8-ª

séries) têm a lateral vermelha. Se a atividade puder ser aplicada em ambos os níveis, a lateral

será laranja. Essa classificação é apenas indicativa. Cabe a você avaliar quais atividades são as

mais adequadas para a turma com a qual está trabalhando.

• Graças à proposta de um trabalho multidisciplinar, uma atividade indicada para a área de

Matemática, por exemplo, poderá ser usada em uma aula de Geografia, e assim por diante.

As atividades de Educação e Trabalho e Economia Solidária também poderão ser aplicadas aos

mais diversos componentes curriculares.

Ao produzir este material pedagógico a equipe teve a intenção de estimular a liberdade

e a criatividade. Se a partir das sugestões aqui apresentadas, você decidir escolher outros textos

e elaborar suas próprias atividades aproveitando algumas das idéias que estamos partilhando,

estaremos plenamente satisfeitos. Acreditamos profundamente na sua capacidade de discernir

o que é melhor para as pessoas com as quais está dividindo a desafiadora tarefa de se apropriar

da cultura letrada e se formar cidadão.

Bom trabalho!

Equipe da Unitrabalho

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Page 3: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Como utilizar a página de atividade

Numeração: indica otexto correspondenteao caderno do aluno.

Área: indica a área do conhecimento.

Nível: sugere o segmento do ensino fundamental para aplicação da atividade.

Materiais e tempo:materiais indicados para a realização da atividade, especialmente aqueles que nãoestão disponíveis em sala de aula (opcional), e o tempo sugerido para o desenvolvimentoda atividade.

Contexto:insere o tema no cotidiano do aluno.

Dicas:bibliografia de suporte,

sites, músicas, filmes, etc. que ajudam o professor

a ampliar o tema (opcional).

Cor lateral:indica o nível sugerido.

Descrição:passos que o professor

deve seguir para discutircom os alunos os

conceitos e questõesapresentados na

atividade proposta.

Introdução:pontos principais dotexto transformados

em problematizaçõese questões para o

professor.

Objetivos:ações que tanto aluno

como professorrealizarão.

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1 Formas e Cores Artes I e II 8Fabricação de cimento Ciências II 9Transformação do operário pelo resultado do seu trabalho Econ. Solidária II 10Operário construído e Operário em construção Ed. e Trabalho I e II 11

2 Caminhando e cantando: o que o movimento sindical ensina aos trabalhadores?” Ed. e Trabalho II 12O operário que era Santo Geografia I 13Birthday Schedule Inglês II 14Resumo Português II 15

3 Reconhecendo palavras Português I 16Conociendo los derechos laborales Espanhol II 17El cántico de la rutina puede cambiar Espanhol II 18Viver para trabalhar ou trabalhar para viver? Geografia II 19Não somos máquinas, somos gente!!! História II 20Version Inglês II 21Prazer no trabalho: direito natural de todo trabalhador Matemática I 22

4 Sol e radiação eletromagnética Ciências II 23Minha Infância Inglês II 24O cotidiano do trabalhador Matemática I e II 25Atividades de Autoria - Campos Lexicais Português I e II 26

5 Dia do trabalho ou do trabalhador? Geografia I e II 271º de maio - Dia do Trabalhador História I e II 28

6 Memória Artes I e II 29Dor Ciências I e II 30Emprego Ed. Física I e II 31

4 • Caderno do professor / Emprego e Trabalho

Sumário das atividades

Texto Atividade Área Nível Página

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Caderno do professor / Emprego e Trabalho • 5

Texto Atividade Área Nível Página

7 Pela redução da jornada de trabalho já! Ed. e Trabalho II 32Redução da Jornada de trabalho História II 33Trabalhar menos é bom Matemática I 34

8 O essencial Artes I e II 35A dor do desemprego Geografia II 36

9 Las nuevas formas del desempleo Espanhol II 37Nuevos tiempos, nuevos retos en el mundo del trabajo Espanhol II 38

10 Competição e cooperação no trabalho Econ. Solidária I 39Varal de Experiências Cooperativas Econ. Solidária I e II 40A crônica narrada em primeira pessoa Português II 41

11 Objetos Animados Artes I e II 42

12 O Trabalho com resíduos sólidos Econ. Solidária I e II 43Trabalho individual e trabalho coletivo: Economia solidária Econ. Solidária I e II 44Uma vida digna para César e Clovis Matemática II 45O respeito pelo trabalho dos homens e dos animais Matemática I e II 46

13 Conhecendo o sentido de uma fábula Português I 47A cigarra e a formiga Ed. e Trabalho I 48Cigarras, formigas, trabalho, natureza e arte! Geografia II 49

14 Três Campanhas Artes II 50Fabricação de Papel Ciências I e II 51

15 A estrutura do bilhete e a pontuação Português I 52

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6 • Caderno do professor / Emprego e Trabalho

16 Um retrocesso na história: que direitos precisamos assegurar? Ed. e Trabalho I 53Direitos dos trabalhadores - O que diz a Constituição? História II 54Direitos e deveres do trabalhador doméstico Matemática II 55Salário legal Matemática I e II 56

17 Em que parte estou? Matemática I 57Crescimento do trabalho informal. Matemática I e II 58Construindo gráficos da informalidade Matemática II 59Resumo II - Aprofundando possibilidades de sumarização Português II 60Dictation Inglês II 61

19 Dia de lazer Artes I e II 62

20 De que são feitas as rochas? Ciências I e II 63Lugar de criança é na escola Matemática I e II 64Trabalho infantil: todos somos responsáveis Matemática I 65Exercitando a argumentação Português II 66

21 Posição Inicial Artes II 67Horas, relógio e movimento de rotação terrestre Ciências I e II 68Chuva Ciências II 69A Metamorfose Ed. Física I e II 70Baralho Criativo - A Narrativa Fantástica Português II 71

22 Comparing Inglês II 72

23 O operário e os lugares Geografia II 73Quebra-cabeça de poemas: desmontagem e montagem de textos Português I e II 74

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24 Trabalho informal Ed. e Trabalho II 75(Novas) tecnologias de sobrevivência Geografia I 76Trabalho informal Geografia I e II 77Atividades de Leitura e Produção de Poemas Português I 78

25 Salutar para quem? Matemática I 79Taxa de desemprego Matemática II 80Antonímia Português I 81

26 Estradas Artes I e II 82Desemprego e Cooperativismo Econ. Solidária I e II 83Trabalhando de forma coletiva e solidária Econ. Solidária I e II 74

27 O trabalho vai mal? .... Qual trabalho? Geografia II 85A economia do mundo cresce, mas o emprego não! História I e II 86Half/ Double/Triple Inglês II 87A economia vai bem? Matemática I 88Como viver com dois dólares/dia? Matemática I 89Distribuir para ganhar Matemática II 90Procura-se patrão Artes I e II 91

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8 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Artes Nível I e II

1. Individualmente os alunos deverão reler opoemas.

2. Cada aluno deverá pensar em uma forma euma cor que traduza a sua interpretação daobra.

3. A lápis, os alunos desenharão em papel A3, osdois contornos das formas escolhidas pararepresentação do poema.

4. A seguir, preencherão os contornos com a corescolhida para cada um. Para isso os alunosdeverão ter à disposição tintas, pincéis, revis-tas, papéis coloridos, tesoura e cola. A escolhada técnica (pintura ou colagem) ficará a cri-tério do aluno. Os alunos poderão trabalharcom matizes diferentes da mesma cor.

5. Finalizada a obra, esta será cuidadosamenterecortada e colada sobre um fundo que dê odestaque necessário a ela. (Aqui o aluno poderátrabalhar com cartolina preta ou branca.)

6. Criar uma moldura para a obra.

7. Do poema retirar uma palavra ou verso comotítulo.

Descrição da atividade 8. Montar numa sala ou no corredor da escolauma exposição das obras, iniciando pela re-produção do próprio poema. Fazer a aberturaoficial e observar e anotar as reações do pú-blico (da classe e da escola).

9. Discussão da experiência.

Atividade P Formas e cores

1T e x t o

Objetivos• Fazer uma pintura ou colagem que expresse os

sentimentos provocados pela obra.• Refletir sobre a importância da arte para a

compreensão e discussão de uma determinadarealidade.

IntroduçãoUm grande poeta brasileiro, Vinícius de Moraes,fala nesse poema sobre a situação do trabalhador.Uma obra, todavia, também provoca reflexõesque poderão resultar em outras obras de arte.

Artistas também são influenciados por obras epor artistas. Artistas são movidos por sentimentose emoções advindos da observação da realida-de que são expressos de acordo com os padrõesda linguagem artística e do estilo que praticam.Assim como para o poeta a escolha das palavras éfundamental para a construção das imagens quepretende passar, para o pintor ou desenhista, a es-colha de uma técnica, das formas ou das coressão os meios que utiliza para alcançar os mesmosobjetivos ao executar sua obra. Que formas e quecores foram despertadas pelo poema?

Resultados esperados:a) Que o aluno possa expressar sentimentos e re-

flexões em uma obra simples com apenas umformato e uma cor.

b) Que o aluno consiga expressar seus sentimentosao observar uma obra de arte.

Dicas do professor: Sites – www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/www.viniciusdemoraes.com.br/www.releituras.com/viniciusm_bio.asp

Materiais indicados:P papel sulfite, tinta,

tesoura, cola, pincéis,

revistas, papéis coloridosdiversos, etc.

Tempo sugerido: 3 horas

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Área: Ciências Nível II

1. Solicite aos alunos que tragam embalagens decimento e cal de diferentes marcas.

2. Peça aos alunos que anotem a composição docimento, da cal e de alguns tipos de argamas-sa, por exemplo, cimentcola, suas marcas defabricação e a indicação do uso fornecida pelofabricante.

3. Identifique se há alguma diferenciação nos ró-tulos quanto aos ingredientes ou proporçõesutilizadas e aos usos indicados. Busque identi-ficar o porquê de diferenças observadas.

4. Peça aos alunos que pesquisem com pessoasque trabalhem em construção quais tipos demisturas de materiais envolvendo cimento, cale argamassa que seriam necessárias para aconstrução de diferentes obras: residências(tijolos, reboco, rejunte, vigas, etc.), prédios,viadutos, etc.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P embalagens de cimento,

cal e argamassa.Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Fabricação de cimento

Resultados esperados:a) Identificação de etapas do processo de fabri-

cação de cimento.b) Reconhecimento de diversas aplicações de ci-

mento em nossa sociedade.

1T e x t o

Objetivos• Identificar as etapas do processo de fabricação

de cimento.• Identificar a aplicação de cimento em nossa so-

ciedade.

Introdução:No texto “Operário em construção” há a mençãoao uso do cimento. Mas como é produzido o ci-mento? Cimento é produzido a partir do aque-cimento do calcário e de um pouco de argila atemperaturas elevadas, em torno de 700 grausCelsius. Quando aquecido, ele sofre decompo-sição, formando óxido de cálcio (cal queimada) egás carbônico. Posteriormente, quando for mistu-rada com água ao ar livre, a cal queimada absorve

gás carbônico da atmosfera e, então, endurece. Jáa argamassa é uma mistura da cal umedecida ede areia. O concreto é produzido quando mistu-ramos cimento, pedra e areia. É muito resistentea esforços de compressão, mas para resistir àtração precisa ser reforçado com aço. A com-posição do cimento é de cerca de 75-80% de cal-cário e 20-25% de argila, que são extraídos de mi-nas, moídos, misturados nas proporções corretase aquecidos em fornos rotativos. Após sofrer umasérie de reações químicas, a mistura deixa oforno, sendo denominada clínquer. O gesso é adi-cionado ao clínquer, em percentuais em torno de3-4%, com a finalidade de retardar o seu endure-cimento, que ocorreria rapidamente se água fosseadicionada ao clínquer puro.

Dicas do professor: Os antigos romanos já conheciam oprocesso de fabricação do cimento. Esse conhecimentonão foi utilizado durante a idade média, sendo, no entan-to, redescoberto na virada deste século por um químicobritânico. Ele o batizou de Cimento Portland, porque o ci-mento era semelhante a uma pedra encontrada na ilhade Portland.

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10 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Economia Solidária Nível II

1. Depois da leitura do texto, destacar a frase:“O operário faz a coisa e a coisa faz o ope-rário”, propondo ver como isso acontece.

2. Desenvolva com os alunos uma pesquisa pe-dindo a eles que descrevam:a) como se identifica quem é o operário e quem

é o patrão; b) o que produzem os operários; c) a quem se destina o que os operários pro-

duzem.

3. Depois disso, coloque no quadro, de forma re-sumida, a resposta de cada pergunta, carac-terizando cada uma.

4. Faça uma exposição oral para mostrar que foiolhando para a magnitude e a diversidade doque o operário produz que ele teve idéia dasua importância.

5. Explique que na economia solidária:• o operário e o patrão são as mesmas pessoas;• valoriza-se quem produz o que as pessoas

consomem;• o operário é responsável pela riqueza da so-

ciedade.

Descrição da atividade6. Destacar e apresentar aos alunos experiências

de empreendimentos econômicos solidáriosno setor da construção civil.

Atividade P Transformação do operário pelo resultado do seu trabalho

1T e x t o

Objetivo• Estabelecer relação entre o homem e a sua

transformação observando o resultado do seutrabalho.

IntroduçãoA atividade se insere no contexto da discussão dotrabalho, na qual o operário ao produzir, vaiconstruindo ou reconstruindo conhecimentos e

se conhecendo e reconhecendo no contexto dasociedade atual. Introduz a dimensão da pro-dução individualizada chamando a reflexão paraa economia solidária.

Contexto no mundo do trabalho:Relação capital-trabalho.

Resultados esperados: Perceber a importân-cia de quem produz, que a economia solidáriavaloriza o trabalhador e que é por meio do tra-balho que os seres humanos transformam a simesmos.

Tempo sugerido: 3 horas

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Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Leia a poesia com a turma e oriente os alunospara sublinhar em cada estrofe o verso quemais lhe chama atenção em função de sua ex-periência de vida como trabalhador.

2. Discuta as estrofes com os alunos buscandoidentificar em cada uma delas o que produz aalienação do trabalhador (operário construído)e sua emancipação (operário em construção).

3. A partir da poesia estudada, proponha a orga-nização de um jogral.

4. Que outras poesias e/ou letras de músicasfalam sobre o trabalho e que seja do conheci-mento dos alunos? O que elas dizem que nosajudam a compreender os significados do tra-balho no capitalismo?

5. A música “Linha de montagem”, de Chico Buar-que de Hollanda traz versos que reproduzemtambém a situação dos operários na fábrica,como por exemplo:“Linha linha de montagemA cor a coragem

Descrição da atividade Cora coraçãoAbecê abecedárioOpera operárioPé no pé no chão”

6. Localize a letra completa e leia ou cante comseus alunos.

Atividade P Operário construído e operário em construção

1T e x t o

Objetivo• Compreender que, no capitalismo, o trabalho

configura-se como trabalho alienado.

Introdução:A arte é expressão do trabalho humano e umapossibilidade de denúncia. Em sua poesia, Viní-cius de Moraes retrata os principais elementos dotrabalho alienado, bem como o processo de am-pliação de consciência do trabalhador quandopercebe a criação de tudo o que existe como frutodo seu trabalho, de suas mãos. O poeta consideraainda a difícil condição de vida dos trabalhado-

res. Aproveite essa poesia para discutir sobre otrabalho como atividade humana central. Desdeos primórdios da humanidade o trabalho apre-senta-se como condição para a vida tanto em suadimensão biológica quanto cultural, social, sim-bólica, estética, lúdica, afetiva e subjetiva. Apesardo trabalho, no sentido amplo, preservar carac-terísticas independentes do tempo e espaço emque ele ocorre, ele sofre modificações na sua for-ma de organização e realização, conforme a orga-nização social vigente. Em que versos da poesiaencontramos elementos do “operário construído”e do “operário em construção”?

Resultado esperado: Identificar elementos dotexto que caracterizam a superação do trabalhoalienado.

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 11

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12 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Em sala, peça um trabalho individual: a) Que segmentos da sociedade estavam pre-

sentes no enterro de Santo Dias? b) Por que e por quem foi morto Santo Dias? c) Por que Dom Evaristo Arns diz que “exis-

tem dois pesos e duas medidas: uma para opatrão e outra para o operário”?

d) Por que é possível afirmar que “o enterro,as manifestações desse dia se converteramnum marco histórico, político e sindical”?

2. Em pequenos grupos, os estudantes compa-ram suas respostas, explicitando para a turmaas conclusões a que chegaram.

3. Explique a eles o contexto em que se deu oregime militar e a repressão que sofreram ostrabalhadores.

4. Debate: a) Que outras histórias vivemos ou conhece-

mos sobre greves e outras formas de lutados trabalhadores?

Descrição da atividade b) O que sabemos sobre o movimento sindical? c) O que aprendemos no cotidiano de nossas

lutas? d) Por que lutamos?

Atividade P “Caminhando e cantando”: o que o movimento sindical ensina aos trabalhadores?

2T e x t o

Objetivo• Identificar a repressão sofrida pelos trabalha-

dores durante o regime militar no Brasil

Introdução“Caminhando e cantando e seguindo a canção,somos todos iguais, braços dados ou não. (...)Vem, vamos embora que esperar não é saber.Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.Assim dizia a música de Geraldo Vandré, cantadano enterro de Santo Dias. Quem vive é quemsabe: além de ser um espaço de luta contra aopressão do trabalho, o movimento sindical seconstitui como um espaço educativo. Os traba-lhadores aprendem que suas reivindicações por

melhores condições de trabalho estão diretamen-te relacionadas com a luta maior por uma socie-dade justa e igualitária. Desde seu nascedourono século XIX, o movimento operário-sindicaltem sido duramente perseguido pelos represen-tantes dos interesses do capital. Isso se dá demuitas formas, principalmente com a criação deleis que restringem ou mesmo inviabilizam aprópria existência dos sindicatos. Na história re-cente do Brasil, durante os governos militares, ossindicatos sofreram controles asfixiantes e inú-meras intervenções em nome da Lei de Segu-rança Nacional. Você é sindicalizado? Isso é im-portante? Você já visitou o seu sindicato?

Resultado esperado: Refletir sobre a impor-tância da luta dos trabalhadores contra a repressãoe pela liberdade de organização.

Dicas do professor:Livros – O que é sindicalismo, de Ricardo Antunes (Ed.Brasiliense); Trabalhadores em greve, polícia em guarda.Greves e repressão policial na formação da classe traba-lhadora (Ed. Bom Texto: Faperj), organizado por MarceloBadaró Matos.

Filme – Peões, dirigido por Eduardo Coutinho.

Tempo sugerido: 4 horas

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Área: Geografia Nível I

1. A partir da leitura do texto em sala, solicitaraos alunos a identificação do personagem cen-tral e o que o texto está relatando sobre ele.

2. Debater com os alunos os motivos do assassi-nato do operário.

3. Identificar na sala de aula se algum alunoconheceu alguém que tenha sofrido agressãofísica ou mesmo morrido durante uma luta so-cial (sindical, por moradia, por transporte,etc.). Fazer o relato para a classe.

4. Identificar se algum aluno lembra de algumcaso no Brasil ou no mundo de trabalhadormorto numa luta social.

5. Após os relatos, realizar a leitura do trecho dotexto em que Dom Paulo Evaristo Arns fala so-bre a morte do operário. Destacar a parte emque ele faz referência ao fato de que quemconstrói a riqueza é punido por querer dar pãoaos seus filhos, requisitando que os alunosanalisem o sentido dela.

6. Registrar no caderno a síntese dos resultadosdessa análise.

Descrição da atividade 7. Debater com os alunos qual a importância dese relembrar datas como essa após tantos anos.

Atividade P O operário que era Santo

Resultados esperados:a) Assumir uma postura crítica diante das violên-

cias praticadas contra militantes de movimen-tos sociais.

b) Entender que o movimento social é um instru-mento de luta e conquista de melhorias nascondições de vida da população trabalhadora.

c) Rememorar datas marcantes das lutas sociais.

2T e x t o

Objetivos• Possibilitar aos alunos a compreensão de que no

Brasil a luta pelos direitos dos trabalhadoresainda é encarada como um ato de desobediên-cia civil. Permitir ainda a análise de caso ex-tremo, onde a luta reivindicativa é punida coma morte do operário.

• Incorporar a noção de que a lembrança da datade morte de um operário, nas circunstânciasem que ocorreu a de Santo Dias, significa umtributo aos lutadores do povo.

IntroduçãoAs greves dos trabalhadores metalúrgicos no iní-cio dos anos 80, especialmente no grande ABCpaulista, tiveram um impacto muito grande naorganização dos trabalhadores brasileiros, peloenfrentamento ao regime militar e à chefia dasempresas empregadoras. Os trabalhadores secomportaram como protagonistas da história, e areação não tardou a aparecer, inclusive levandooperários à morte. Foi nesse período que a regiãodo grande ABC paulista destacou-se para o mun-do, não só pela forte industrialização, mas princi-palmente pelo movimento dos operários em bus-ca de melhores condições de trabalho e salário.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: O Centro de Documentação e Memóriada Unesp (www.cedem.unesp.br/acervos/acervo_ santo.htm) inclui um texto sobre Santo Dias que relata com de-talhes o ocorrido em seu assassinato, bem como o contex-to da morte e a conjuntura política do período. O grupoTortura Nunca Mais (www.torturanuncamais-rj.org.br/MDDetalhe.asp?CodMortosDesaparecidos=182) também pos-sui arquivo sobre as circunstâncias da morte de Santo Dias.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 13

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14 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível II

1. Primeiramente apresente aos alunos os nomesdos meses do ano Pode-se colocar na lousa oudistribuir uma folha com os nomes:JanuaryFebruaryMarchAprilMayJuneJulyAugustSeptemberOctoberNovemberDecember

2. Peça aos alunos que copiem (se for do qua-dro) e coloquem seu nome ao lado do mêsde seu aniversário. Então diga a eles que to-da vez que falarmos de mês, usaremos apreposição IN.Por exemplo: I was born in January (Eu nasciem janeiro)Então tente relembrar com os alunos osnomes dos dias da semanaSundayMondayTuesdayWednesdayThursday

Descrição da atividade FridaySaturday

3. Diga a eles que para os dias da semana e domês usaremos sempre a preposição ON.Por exemplo: I was born on Saturday (Eunasci no sábado)/ I was born on the 18th (Eunasci no dia 18).

4. Verifique o conhecimento dos alunos em re-lação a horas e explique que nesse caso usare-mos a preposição AT.Por exemplo: I was born at 9:00 o’clock. (Eunasci às 9:00).

5. Peça aos alunos que entrevistem 4 colegas declasse. Eles devem dar a data de seus aniver-sários da seguinte forma:I was born in (mês), on (dia da semana ou domês) at (hora).Os que não souberem a hora do nascimentopodem inventar.

Atividade P Birthday Schedule

Resultado esperado: Rever horas, dias dasemana, meses e praticar corretamente as pre-posições.

2T e x t o

Objetivo• Explicar o uso das preposições IN/ON/AT e os

meses do ano em inglês.

IntroduçãoO texto trata da morte de um operário em greveno ABC paulista. Esse episódio faz parte da his-

tória de nosso país. Ao estudarmos outro idioma,faz-se importante o aprendizado dos meses doano e das preposições corretas para narração deeventos históricos.

Tempo sugerido: 1 hora

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Área: Português Nível II

1. Atividades de pré-leitura.a) Iniciar com perguntas que conduzam o alu-

no para o entendimento do que é síntese esua finalidade.

b) Pedir a um aluno que conte, minuciosa-mente, os acontecimentos vividos no dia an-terior. Depois, solicitar que um outro alunová ao quadro e escreva, em três ou quatrofrases curtas, o que foi contado. (Exemplo:Percival trabalhou muito ontem à noite. Can-sado, mal jantou e dormiu na mesa. Acor-dou hoje, já atrasado para o trabalho.)

c) Perguntar à classe: O que é resumir? Emque situações da vida precisamos ser sin-téticos? Quando escrevemos resumos? (Le-var a classe a concluir que resumir é colocaras idéias principais numa seqüência e des-prezar os detalhes. O resumo, porém, deveser compreensível para qualquer leitor ououvinte que não tenha lido o texto originalou ouvido a história toda).

d) Mostrar que, na vida, nos deparamos commuitos resumos (se puder, levar para a salaalguns exemplos): resumos de filmes em jor-nais e revistas, resumos de livro nas propa-gandas das livrarias, quarta capa de livros,curriculum vitae, projetos de aula etc.

e) Ressaltar que o resumo é um texto de infor-mação, que responde a questões (Onde?Quem? Quando? Como? e Por quê?).

Descrição da atividade 2. Atividades de leitura.

a) Ler o texto com os alunos. Comentar am-plamente a posição da população, a partici-pação política e sua importância no contex-to vivido.

b) Perguntar aos alunos: Qual o objetivo doautor do texto? Para que leitor escreveu otexto? Onde circula um texto como esse?(Destacar a importância de, num resumo,levar em conta o provável leitor do texto, oespaço em que o texto será veiculado e o su-porte em que será colocado).

c) Mostrar que o texto “Santo Dias” é informa-tivo, resume um acontecimento. Verificarse identificam: Onde? Quem? Quando?Como? Por quê?

d) Pedir, então, a um aluno que vá ao quadroe, em quatro ou cinco frases, resuma o tex-to lido.

e) Ressaltar: Para um resumo é necessário: lervárias vezes o texto original, sublinhar oumemorizar as idéias importantes, anotarrespostas para as questões básicas do textode informação, escrever o resumo, confron-tá-lo com o original.

f) Se possível, passar um filme para os alu-nos, comentá-lo e solicitar que escrevamum resumo.

Atividade P Resumo

Resultado esperado: Desenvoltura para re-sumir.

2T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de síntese de textos de

informação.

IntroduçãoFreqüentemente, precisamos selecionar conteú-dos relevantes e sintetizá-los. Para isso, valemo-

nos de várias competências e habilidades: aces-so a recursos culturais, conhecimento prévio,compreensão, análise, seleção, avaliação, apli-cação, ordenação, classificação e transferência.

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 15

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16 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Português Nível I

1. Possibilite que os educandos explorem o texto.Verifique se conhecem o tipo de texto, identifi-cando com eles que se trata de um poema.

2. Solicite que apontem o título do texto.

3. Leia o título, solicitando que acompanhem aleitura.

4. Debata com eles o significado das palavras dotítulo “cântico” e “rotina”.

5. Leia o corpo do texto, solicitando que acom-panhem a leitura.

6. Por meio de perguntas, leve os educandos aperceberem a relação entre o recurso da repe-tição usado no poema e a repetição dos fatosque acontecem na rotina de um trabalhador.

7. Ajude-os a identificarem as palavras que se re-petem na primeira parte do poema.

8. Solicite que copiem essas cinco palavras nosseus cadernos, usando letra de forma ou cursi-va (ou ambas).

9. Proponha que escrevam uma nova frase, com-pletando as palavras copiadas de modo a regis-trar algum direito que o trabalhador deveria ter.

10. Solicite a cada um que leia a frase que elabo-rou e que a turma escolha uma frase para serescrita na lousa.

Descrição da atividade 11. Ao final, todos copiam a frase escolhida nosseus cadernos.

Atividade P Reconhecendo palavras

3T e x t o

Objetivo• Utilizar o poema como material básico para o

trabalho de alfabetização, levando os educan-dos a identificarem a estrutura do texto e aspalavras que se repetem nos versos.

IntroduçãoO texto se desenvolve por meio da repetição dafrase “todo trabalhador tem direito a”, a partir da

qual a autora joga com o contraste entre esses di-reitos, que têm a ver com liberdade, emancipaçãohumana, e a repetição que caracteriza a rotina dotrabalhador. Dessa foma, leva a uma reflexão crí-tica sobre essa rotina, permitindo indagar: qual éo sentido do trabalho? A atividade proposta sedirige aos educandos em fase de alfabetização,explorando a forma geral do texto e as palavrasque se repetem.

Resultados esperados: Domínio do reconhe-cimento de palavras pela sua forma geral e re-petição no texto, compreendendo o sentidodessa repetição para o efeito poético pretendidopela autora.

Dicas do professor: Ouvir com os educandos a música“Cotidiano”, de Chico Buarque de Hollanda, que mostraoutra forma de rotina na vida de um trabalhador.

Tempo sugerido: 4 horas

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Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

1. Orientando-se no texto, faça com os alunosum inventário das ações que eles vivenciamno cotidiano: Trabalho e lazer é possível?

2. Trabalhe em espanhol com o verbo que serepete no texto TENER, fazendo a flexão nopresente do indicativo da seguinte maneira:Todo trabajador tiene derecho a ........... .Como trabajador tengo derecho a ........... .

3. Cada aluno elabora as frases com esse verbo ecom outros de acordo com suas experiências.

4. Usar dicionário e glossários que os alunos jápossuam.

5. Peça a cada aluno que leia seu texto.

Descrição da atividade

Atividade P Conociendo los derechos laborales

Resultado esperado: Que os alunos produzamtextos reflexivos, orais ou escritos, em espanhol,sobre os direitos dos trabalhadores a partir da suaprática.

3T e x t o

Objetivo• Estimular a pesquisa e o conhecimento sobre

os direitos trabalhistas para que cada pessoapossa refletir sobre sua própria experiência.

IntroduçãoA linguagem do texto insere o leitor no mundodo trabalho de uma maneira mais amena, falan-do de ações que deveriam fazer parte integrantedo que seria a vida do trabalho e a vida de lazer.Isso constituiria o ideal de vida, de vida comqualidade. Nos tempos atuais, o que realmente omundo do trabalho oferece aos trabalhadores?Na atividade diária, isto é, falando daquele tra-balhador que está empregado e considerando oenorme salto tecnológico da automação, da ro-bótica, da microeletrônica, que exigem outros

padrões de produtividade, começa a prevalecer atendência de quebrar as práticas de linha demontagem e grande volume de produção. Tudoisso determina uma mudança fundamental nomodo de trabalhar, com maior flexibilização epolivalência da mão-de-obra, já que o traba-lhador precisa aprender a controlar várias má-quinas ao mesmo tempo e também ser capaz deatuar em equipe, adquirindo maior capacidadede participação e decisão. Com as possibilidadesabertas pela automação, já não seria oportunodiminuir a jornada de trabalho e finalmente des-pender mais tempo com o lazer e a formaçãopessoal? Dessa maneira, talvez, o trabalho es-tivesse integrado à vida, reconquistando sua di-mensão humana. Certamente, poderíamos termais prazer com ele.

Material indicado:P dicionários.

Tempo sugerido: 2 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 17

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Page 18: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

18 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

1. Selecione juntamente com os alunos os ver-sos do cântico em que os verbos estejam noinfinitivo.

2. Escreva no quadro e a seguir proponha a elesque escrevam a versão desses versos em es-panhol.

3. Depois de terminar essa atividade, corrija noquadro a versão e, em seguida, promova umaleitura coral do texto em espanhol.

4. Eis uma versão para referência:Todo trabajador tiene derecho a bostezarTodo trabajador tiene derecho a recibir floresTodo trabajador tiene derecho a soñarTodo trabajador tiene derecho a ir al bañoTodo trabajador tiene derecho a ver la puestadel solTodo trabajador tiene derecho a leer un libroTodo trabajador tiene derecho a sonreirTodo trabajador tiene derecho a ganar unasonrisa ajenaTodo trabajador tiene derecho a contraer gripeTodo trabajador tiene derecho a jugar un partidilloTodo trabajador tiene derecho a estar en las nubes

Descrição da atividade Todo trabajador tiene derecho a tomar el solTodo trabajador tiene derecho a sentarse en elcéspedTodo trabajador tiene derecho a recoger conchas en una playa desiertaTodo trabajador tiene derecho a decir lo quepiensaTodo trabajador tiene derecho a pensarTodo trabajador tiene derecho a saber por quétrabajaTodo trabajador tiene derecho a mirarse alespejo.

5. O texto em espanhol propicia as atividadescom verbos: por exemplo o verbo TENER quese repete no texto e pode ser explorado nopresente do indicativo em todas as pessoas,em exercícios orais e escritos.

Atividade P El cántico de la rutina puede cambiar

Resultado esperado: Produção de textos oraise escritos utilizando o léxico espanhol relacionadoao tema.

3T e x t o

Objetivos• Refletir sobre as atividades diárias no trabalho

e na vida pessoal com vistas a mudar a rotina.• Familiarizar-se com verbos e expressões da lín-

gua espanhola relacionados ao tema.

IntroduçãoSegundo o texto é preciso haver sempre uma re-lação entre prazer e trabalho, entre satisfaçãopessoal e contribuição, e uma relação individualcom a natureza. Isso justificaria dizer que traba-

lho sim, e lazer também. Diante da exigência dasempresas de que o trabalhador seja polivalente,tenha iniciativa, saiba trabalhar em equipe, iden-tifique problemas, questione ordens, apresenteidéias, administre seu tempo de trabalho e es-tude continuamente. Como o trabalhador podeorganizar sua vida de maneira a conciliar as pos-sibilidades entre trabalho e prazer? Nas fábricas,atualmente, a maior preocupação não é mostraros operários numa linha de montagem, mas asúltimas inovações tecnológicas.

Tempo sugerido: 2 horas

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Page 19: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Área: Geografia Nível II

1. Solicitar a leitura individual do texto.

2. Identificar, dentre as frases do texto, qual oaluno já realiza.

3. Registrar no caderno a escolha.

4. Identificar uma que ele não faz e gostaria defazer.

5. Registrar no caderno a escolha e justificar omotivo.

6. Identificar uma que ele não faz e não gos-taria de fazer.

7. Registrar no caderno a escolha e justificar omotivo.

8. Resgatar as escolhas da classe e ordenar apartir das mais citadas.

9. Solicitar aos alunos que justifiquem para aclasse os motivos da sua escolha, dividindo-os pelos itens acima.

10. A partir da apresentação coletiva das esco-lhas, realizar a leitura do último parágrafodo texto em voz alta para a classe.

11. Discutir coletivamente sobre os seguintestemas contidos no parágrafo, relacionan-do-os com as escolhas acima:

Descrição da atividade I) corpo e máquina;II) corpo e vida;

III) trabalho e prazer;IV) trabalho e aprimoramento da vida;V) trabalho e significado de nossa existência.

12. Propor aos alunos a elaboração de um texto,em prosa ou verso – individual ou coletiva-mente –, em que se relacionem as escolhasacima referidas e os temas presentes no últi-mo parágrafo.

Materiais indicados:P dicionários, livros

paradidáticos ou

didáticos.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Viver para trabalhar ou trabalhar para viver?

Resultados esperados:a) Qualificar o aluno para uma reflexão sobre seu

próprio cotidiano de trabalho e sobre o papel dotrabalho na formação de sua individualidade.

b) Compreender o significado e a função da má-quina no contexto da produção das mercado-rias, além da relação dos homens com ela.

3T e x t o

Objetivo• Levar o aluno a perceber que o trabalho é uma

atividade vital para o homem e o diferenciados outros animais, devendo ser motivo de sa-tisfação e dando significado à sua existência.

IntroduçãoNo mundo contemporâneo o trabalho é normal-mente associado à fadiga, ao desgaste físico e,por decorrência, ao desprezo e alheamento. O tra-

balhador se sujeita às tarefas mais árduas e demenor remuneração, muitas vezes em condiçõesprecárias e insalubres, em troca de um salário.Raramente o trabalho é associado ao prazer, aogosto do fazer e à criatividade, uma vez que asua remuneração é sempre apenas uma parcelada riqueza que foi produzida e, portanto, parauma grande maioria da população, insuficiente àsatisfação de suas necessidades básicas.

Dicas do professor: A música “Alienação”, do grupoKalibre 77, tem uma letra instigante sobre o tema e podeser encontrada emhttp://vagalume.uol.com.br/kalibre77/alienacao.html

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 19

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20 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: História Nível II

1. Em grupos, tendo em conta suas próprias ex-periências de vida e trabalho, solicitar aos alu-nos que complementem o “Cântico da rotina”,anotando: a) em folhas de papel tudo “que seria direito

do trabalhador”; b) em outra folha, registrem tudo aquilo que,

para eles, o trabalho representa em termosde sofrimento (exemplo: ter que acordarcedo, agüentar a cara feia do patrão, etc.);

c) na terceira folha, elaborem uma listagemdas condições concretas em que, do pontode vista deles, o trabalho deve se realizar.

2. Em seguida, peça que colem as folhas de pa-pel ofício em 3 folhas de papel pardo de acor-do com os conteúdos (a, b, c).

3. Convide os alunos para apreciar o conjunto derespostas, comparando e explicando quais ascaracterísticas do trabalho na nossa socie-dade, seus significados e desafios para os tra-balhadores (ver “dicas para o professor).

Descrição da atividade 4. Mostrar imagens de situações de trabalho emdiferentes períodos históricos, levando os edu-candos a perceberem as mudanças nos direi-tos dos trabalhadores.

Materiais indicados:P imagens de situações de

trabalho, papel ofício

branco, papel pardo;caneta hidrográfica, cola.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Não somos máquinas, somos gente!

Resultados esperados: Considerar que, aolongo da história, o trabalho ganha diferentes con-figurações e significados para os trabalhadores.

3T e x t o

Objetivo• Compreender que a produção e reprodução da

existência humana se dão pelo trabalho, o qualvaria de acordo com os seus determinanteshistóricos.

IntroduçãoUma das formas de intercâmbio entre os sereshumanos e a natureza é o trabalho, o qual écondição para a produção de coisas úteis enecessárias para garantir a produção e repro-dução da existência humana. Independentemen-te de como ele se configura nas diferentes for-

mações sociais, o trabalho é o ponto de partidapara humanização do ser social. Por pensar e re-fletir sobre si e sobre seu trabalho, os seres hu-manos são capazes de criar e recriar a realidadehumano-social. Mas, dependendo das condiçõeshistóricas, em vez de produzir riquezas mate-riais e espirituais, o trabalho pode produzir infe-licidade e pobreza. Em nossa vida cotidiana,quais os significados do trabalho? Na reprodu-ção de nossa existência, em que medida ele temrepresentado liberdade e sofrimento? O que se-ria preciso para que todos nós usufruíssemosdos direitos anunciados no “Cântico da rotina”?

Dicas do professor: Livros – O que é alienação, de Wan-derly Codo (Ed. Brasiliense); O caracol e sua concha. En-saios sobre a morfologia do trabalho (Ed. Bontempo).

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Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível II

1. Peça aos alunos que formem duplas. Cada du-pla deverá ter acesso a um dicionário (por-tuguês/inglês).

2. Eles deverão reescrever o poema em inglês.Ajude-os dando a frase que inicia todos os ver-sos: Every worker has the right to (Todo tra-balhador tem direito a).

3. Quando tiverem terminado, peça a eles quetroquem de folha com outras duplas, de modoque ninguém fique com a própria folha ecoloque a correção no quadro (segue aqui so-mente o final que completa cada frase):Yawn/ Gain flowers/ Dream/ Go to the bath-room/ Have butter on the bread/ Promotion/Sunset / Coffee/ Read a book/ have a batteryradio/ smile/ gain a smile/ catch a cold/ eatturkey on Christmas/ birthday party/ play soccer/ a dentist/ walk in the clouds/ sit on thegrass/ travel on vacation/ collect shells on adesert beach/ say what they think/ think/know why he works/ look himself in the mirror/ his body and soul.

4. Os alunos devem corrigir a tradução dos cole-gas a lápis, sem apagar o que os colegas es-creveram. Peça a eles que destroquem os pa-péis e verifiquem seus erros.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P dicionários português/

inglês em sala

(preferencialmente, umpara cada 2 alunos)

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Version

Resultado esperado: Espera-se que os alunosse familiarizem melhor com estruturas do inglês evejam de modo comparativo as diferenças entresua língua e o inglês.

3T e x t o

Objetivo• Fazer versão de um texto para o inglês

IntroduçãoPor ser um poema repetitivo, torna-se fácil seuuso para ajudar os alunos a fazer uma versão de-le em língua estrangeira.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 21

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22 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Matemática Nível I

1. Solicite aos alunos que considerem os se-guintes dados: o valor do salário mínimo vi-gente em seu Estado, o preço de livros numavariação entre R$ 12,00 e R$ 36,00, e o depacotes de viagens para férias de verão (quepode ser pesquisado em jornais), para fazeras questões:

a) Peça que façam a relação de gastos mensaisque têm com alimentação e os gastos com águae energia elétrica, e verifiquem o que sobra dosalário que recebem.

b) Encontrem a média aritmética entre os dois va-lores (preços) dos livros e estimem quantos li-vros podem comprar para ler em um semestre.

c) Pensem onde gostariam de passar as próximasférias e pesquisem os valores que serão gastoscom: passagens, diárias, alimentação, lazer eimprevistos. Calculem o valor, em reais, quegastarão. Façam comparações entre as opçõesque são oferecidas.

2. Conclua a atividade refletindo sobre a relaçãoentre a renda e o acesso a direitos.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P folders de agência de

viagens e jornais.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Prazer no trabalho: direito natural de todo trabalhador

Resultados esperados: Após realizar as ativi-dades, os alunos terão feito:a) comparações entre números;b) relações entre despesas domésticas e de lazer;c) cálculos matemáticos envolvendo adições, sub-

trações, divisões e média aritmética.

3T e x t o

Objetivos• Questionar a situação do trabalhador brasileiro

no que diz respeito aos seus direitos.• Utilizar diferentes fontes de informações com

dados matemáticos para construir ou recons-truir novos conhecimentos.

IntroduçãoO “Cântico da rotina” sugere que nosso corponão é máquina e que ninguém deve trabalhar co-

mo se fosse uma máquina. Discuta com seusalunos o porquê dessa comparação e se eles con-cordam com essa afirmação. Com quais direitoscitados no texto eles mais se identificam? Queoutros direitos gostariam de ter? Qual é a parti-cipação deles e dos sindicatos na conquista de di-reitos?

Dicas do professor: Música – “Cantor de ofício”, letrade Antonio Angelli e música de Dante Ledesma.

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 23

Área: Ciências Nível II

1. Peça aos alunos para recortar um círculo decerca de 15 cm em uma cartolina;

2. Cada aluno deve dividir o seu círculo em 7 fa-tias iguais (como uma pizza), colorindo cadafatia com uma das cores do visível do espectroeletromagnético: vermelho, alaranjado, ama-relo, verde, azul, anil e violeta;

3. Usando um lápis como eixo, faça um furo nocentro do círculo e solicite ao aluno que gire odisco em diferentes velocidades;

4. Peça a cada aluno que anote as cores obser-vadas, relacionando-as com o espectro eletro-magnético.

Descrição da atividade

Atividade P Sol e radiação eletromagnética

4T e x t o

Objetivo• Conhecer o conceito de espectro eletromag-

nético e sua origem na radiação solar.

IntroduçãoO texto fala do Sol, com seu raio rachando as nu-vens. Como podemos entender a energia que vemdo Sol? O Sol pode interagir com a matéria pre-sente em nosso planeta. No entanto, a radiaçãosolar não é uma coisa única, pois contempla umafaixa de raios energéticos com valores de energiamuito diferentes. Essa variedade de feixes de luzde diferentes energias é conhecida como espectroeletromagnético. Nele encontramos os raios ga-ma, que possuem elevadíssima energia, passandopelos raios-X, pela luz ultravioleta, pela radiaçãoassociada às cores que podemos identificar, até asondas de rádio e televisão, que possuem menorenergia. A parte do espectro eletromagnético queo ser humano consegue enxergar é denominadavisível. Nela encontramos radiações de diferentesenergias, associadas às cores que podemos de-compor em um arco-íris: violeta (maior energia),anil, azul, verde, amarelo, alaranjado e vermelho

(menor energia). Muitos dos fenômenos visuaisque observamos estão relacionados à presença dediferentes radiações existentes. Por exemplo,porque o céu é azul? O céu é azul porque a radia-ção azul é uma das radiações de menor tama-nho que podemos enxergar. Luzes de menor ta-manho sofrem um espalhamento ou dispersãomaior. A luz do Sol, quando chega à Terra, encon-tra a atmosfera, que possui inúmeras partículassuspensas. A luz azul encontra essas partículas daatmosfera e se espalha, dando origem ao intensoazul do céu que enxergamos. Materiais tambémpodem absorver parte da radiação solar, numprocesso chamado absorção e refletir algumascores, que são as cores que enxergamos. A corque enxergamos em um objeto é a cor que ele re-flete. Quais os trabalhos que o homem exercecom a transformação das radiações?

Contexto no mundo do trabalho: O mundo ao nossoredor é cercado de cores, quer na natureza, quer nos ma-teriais produzidos pelos humanos. A cor que enxergamosé resultado da interação da radiação solar com esses ma-teriais, em processos de absorção e reflexão da luz.

Resultado esperado: Associação entre cores eespectro eletromagnético na região do visível.

Dicas do professor: A radiação vermelha é a de menorenergia e a de maior tamanho. Portanto, ela sofre menosespalhamento nas partículas da atmosfera. Por isso, nos-sos sinais de alerta são vermelhos (farol, placas de ad-vertência, luz de freio etc.), pois essa cor sofrerá menordispersão nos objetos que a circundam e atingirá nossosolhos mais facilmente.

Materiais indicados:P cartolina e lápis de cor

ou cera.

Tempo sugerido: 1 hora

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24 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível II

1. Pergunte aos alunos sobre coisas que eles cos-tumavam fazer quando eram crianças, masque hoje não fazem mais.

2. Anote alguns de seus exemplos no quadro(eles dirão coisas como: tomar mamadeira,usar fraldas, brincar de esconde-esconde, co-lecionar figurinhas, etc).

3. Coloque no quadro a seguinte frase: “I used tosmoke”, seguida de sua tradução “Eu costu-mava fumar”.

4. Explique aos alunos que sempre utilizamos aestrutura USED TO + VERBO para citar hábi-tos ou rotinas que tínhamos no passado, masque não temos mais hoje em dia.

5. Coloque no quadro as seguintes atividades:• Ride a bike (andar de bicicleta)• Do the homework every day (fazer a lição

de casa todos os dias)• Play with dolls (brincar de boneca)• Play soccer in the street (jogar futebol na

rua)• Sleep early (dormir cedo)• Wear diapers (usar fraldas)• Suck the thumb (chupar o dedo)• Collect stamps (colecionar selos)• Play hide-and-seek (brincar de esconde-es-

conde)• Cheat on the test (colar na prova)

Descrição da atividade • Help my mom in the house (ajudar minhamãe em casa)

• Watch cartoons (ver desenhos)

6. Peça a eles que, individualmente, escrevam seiscoisas que eles faziam quando crianças (podemusar as frases da lousa como ajuda, mas tam-bém podem criar suas próprias frases “I used toplay basketball”, por exemplo).

7. Quando terminarem, peça que passem o papelpara que outros colegas leiam.

8. Pode-se também pedir que algumas redaçõessejam lidas em voz alta para a classe

Atividade P Minha infância

Resultados esperados: Os alunos devem con-seguir expressar algumas atividades em inglês efixar a estrutura “USED TO”.

4T e x t o

Objetivo• Aprender a utilizar o termo “Used to”, des-

crevendo hábitos passados.

IntroduçãoO texto é uma narrativa de lembranças, coisasque o autor fazia no passado, mas não faz maishoje em dia. Nesse contexto é importante mos-trar aos alunos como é que se menciona hábitosdo passado em inglês.

Tempo sugerido: 1 hora

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Page 25: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

Segundo informações do Dieese (DepartamentoIntersindical de Estatística e Estudos Socioeco-nômicos), em agosto de 2006 o custo da cestabásica em cinco capitais brasileiras foi de: PortoAlegre R$ 171,72; São Paulo R$169,62; BrasíliaR$161,59; Rio R$ 155,23 e Fortaleza R$129,46.O produto que mais subiu foi a carne, principal-mente em Belo Horizonte, onde o aumento foi de8,04%, em Brasília foi de 5,52% e em Porto Ale-gre a percentagem foi de 5,32%. Tendo em vistaesses dados e o texto, solicite aos alunos que fa-çam as seguintes atividades:

1. Comparem o valor das cestas básicas apon-tadas na atividade, e verifiquem onde o custoé maior e onde é menor.

2. Calculem o quanto gastam em transporte porsemana, por mês e por ano, considerando idaao trabalho e volta para casa.

3. Encontrem a porcentagem de aumento para osalário mínimo (R$ 350,00), considerandoque o Dieese calculou que o salário deveria serR$ 1.442,62.

Descrição da atividade 4. Escrevam um pequeno texto comparando suasituação com a do trabalhador mencionado notexto “Pai e eu”.

Atividade P O cotidiano do trabalhador

Resultados esperados:a) Que o aluno estabeleça comparações e re-

lações, entre valores e lugares, bem comodiscuta possíveis soluções que poderiam con-tribuir para melhorar o cotidiano de traba-lhadores e trabalhadoras.

b) Que o aluno utilize conceitos matemáticos taiscomo: porcentagem, comparação, operaçõesaritméticas elementares para repensarem suassituações de trabalho, vida, ganhos e perdas.

4T e x t o

Objetivos• Realizar observações e discussões sobre o co-

tidiano utilizando conceitos matemáticos.• Criar espaços de discussões sobre a vida dos

trabalhadores brasileiros.

Introdução“Para não faltar farinha para o pão”, todo diahomens e mulheres saem muito cedo de casa,acompanhados de seus pensamentos e preo-cupações. É a rotina diária. A preocupação com a

educação dos filhos, com a comida, com a contade energia elétrica, com o aluguel são alguns dosfatores que acompanham brasileiros diariamen-te. Como é seu final de dia quando sai do traba-lho? Você consegue chegar em casa e encontrarseus filhos acordados? Conversa com sua/seumulher/marido e seus filhos? E seus alunos, co-mo é a rotina para eles? A preocupação com aalimentação e o transporte é comum a todos. Aatividade a seguir propõe cálculos a respeito des-ses itens.

Material indicado:P calculadora.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor:Ouvir, ler e recitar versos de Chico Buarque, “Brejo dacruz” e “Fantasia”.Livro – Terra, de Sebastião Salgado (Companhia das Le-tras).Música – “O dia da criação”, de Vinicius de Moraes.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 25

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26 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Português Nível I e II

1. Atividades anteriores à leitura do texto.a) Escrever no quadro as palavras a seguir e

pedir aos alunos que encontrem critérios paraagrupá-las de alguma forma: pai, menino, tra-balho, pesado, agonia cotidiana, olhar, nu-vens, desemprego, tarde, braçal, filhos (su-gestão de agrupamentos: • fenômenos: nuvens, tarde. • pessoas: pai, menino, filhos, olhar • trabalho: trabalho, pesado, agonia cotidia-

na, desemprego)b) Conversar com os alunos sobre o ato de falar e

escrever: um exercício de ativar sentidos e re-presentações que sejam relevantes num deter-minado modelo de realidade e para um fim es-pecífico. Antes de tudo, falar é agir socialmente.

c) Dizer que as palavras permitem associações,chamadas campos lexicais: palavras que desig-nam parte de um objeto ou um conjunto determos que permitem uma possível associaçãosignificativa.

d) Pedir, como exemplo, aos alunos que tentemlembrar as partes de uma bicicleta de passeio(guidão, cabo do freio, alavanca de freio, pára-lama, freio dianteiro, garfo dianteiro, pneucom câmara de ar, porta-cantil, calça-pé, pedal,corrente, câmbio traseiro, olho-de-gato, pára-lama, bagageiro, freio traseiro, cano do selim,quadro, alavanca de mudança de marchas).

e) Informar que “fala” é o uso individual da línguae propor a seguinte atividade: formar grupos decinco ou seis pessoas. Cada grupo escolherá um

Descrição da atividade “escriba”. Os demais serão “compositores”. En-tregar ao grupo uma folha com as palavras eexpressões utilizadas no exercício “a”. A funçãodo “escriba” é prestar atenção à história criadapelos compositores, pois, ao término, deverácontá-la para a sala. O primeiro compositor es-colherá uma das palavras fornecidas e, com ela,iniciará uma história livremente criada. Logodepois, indicará uma segunda palavra e passaráo exercício de autoria para um colega e assimsucessivamente até que todas as palavras te-nham sido utilizadas e a história ganhe um fim.O escriba, então, a lerá para a sala.

2. Atividades de leitura do texto.a) Ler e comentar o texto com os alunos. b) Mostrar os campos lexicais do trabalho e do

transporte. Ressaltar as características poéti-cas e os verbos em sentido conotativo.

c) Mostrar que todos os termos utilizados no exercí-cio de autoria feito pelos alunos se encontram nopoema de Edson Veóca. Ressaltar o uso da falacomo uma propriedade singular, particularizada.

Atividade P Atividades de autoria – Campos lexicais

4T e x t o

Objetivo• Ampliar os recursos para análise dos aspectos

nocionais dos significados das palavras.

IntroduçãoConstituem um campo lexical as palavras quenomeiam um conjunto de experiências em algumsentido análogas. Os nomes das cores, por exem-plo, ou o nome dos componentes de uma escolade samba.

Resultado esperado: Compreender que a pa-lavra prova enlaces, evoca uma rede de imagens ede sentidos.

Dicas do professor: Epistemologia e didática: as con-cepções de conhecimento e inteligência e a prática docente,de Nilson Machado. (Cortez).

Tempo sugerido: 3 horas

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 27

Área: Geografia Nível I e II

1. O professor deve solicitar uma leitura emgrupo do texto em questão.

2. Após a leitura solicitar a um aluno (podendoser ajudado por outros) que faça uma apre-sentação de suas impressões acerca do texto.

3. Questionar os alunos sobre os festejos da datano Brasil.

4. Resgatar a eventual participação dos alunosem atividades comemorativas do dia 1° deMaio, levantando informações sobre o tipode atividade, em que lugar e quais outrascaracterísticas.

5. Quantificar o número de alunos que já sabiamos motivos da comemoração da data, discutiro resultado.

6. Contextualizar o ocorrido nos Estados Unidosda América como uma das manifestações e mo-bilizações por melhores condições de salário etrabalho, dentre muitas em todo o mundo.

7. Identificar entre os alunos a participação de-les próprios em mobilizações sindicais, em lu-tas de categoria profissionais, em movimentossociais em geral e qual a opinião que eles têma respeito da importância desses movimentos.

Descrição da atividade 8. Destacar as conquistas e derrotas desses movi-mentos.

9. Apontar que as conquistas trabalhistas maisamplas e históricas dos trabalhadores se dãonessas mobilizações e que elas são, por vezes,acompanhadas, inclusive, de violência física.

Atividade P Dia do trabalho ou do trabalhador?

5T e x t o

Objetivo• Possibilitar ao aluno a reflexão sobre a forma co-

mo se dá a conquista de direitos trabalhistas, bemcomo a reação à mobilização e luta pelos tra-balhadores, seja em países desenvolvidos ou não.

IntroduçãoA data de 1º- de Maio foi sacramentada historica-mente, como nos mostra o texto, em decorrênciadas mortes de operários em Chicago (EUA), quan-do da realização de uma manifestação pela re-

dução da jornada de trabalho. Os assassinatostiveram repercussão mundial e novas manifes-tações aconteceram em outras partes do mundo,gerando também uma repressão violenta. A lutapela redução da jornada de trabalho se constituiunuma pauta histórica de reivindicação dos traba-lhadores no mundo todo, tanto pela melhoria daqualidade de vida quanto pela criação de novospostos de trabalho. A História nos mostra que aconquista de direitos e condições de trabalho hojeexistentes não se deram sem luta.

Resultados esperados:a) Refletir sobre o processo histórico de conquista

de direitos por parte dos trabalhadores.b) Refletir sobre o atual estágio de organização dos

organismos de representação dos trabalhado-res, em especial, os sindicatos, seus problemas esuas dificuldades.

Dicas do professor: A pesquisa em jornais e revistas éuma fonte de informação importante sobre mobilizações egreves de trabalhadores, suas reivindicações e conquistas.O filme Eles não usam black-tie, de Leon Hirszman, abordacom propriedade as diferenças numa família diante de ummovimento grevista.

Materiais indicados:P jornais e revistas

recentes.

Tempo sugerido: 3 horas

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28 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: História Nível I e II

1. Ler e interpretar o texto, oralmente, com ogrupo.

2. Levar o mapa-múndi para a sala de aula e lo-calizar com os alunos os lugares citados notexto, destacando o caráter internacional daslutas dos trabalhadores.

3. Solicitar que respondam às seguintes questões:a) Qual a reivindicação principal dos movi-

mentos que deram origem ao 1º- de Maio? b) Qual o significado das comemorações do

1º- de Maio para os trabalhadores? c) Quais países comemoram o Dia do Trabalho

em outra data?

4. A partir da leitura do texto, fazer uma linhade tempo em uma reta numérica, assinalandoas datas, os locais e as lutas dos trabalhadoresem todo o mundo.

5. Em círculo, promover um debate entre osalunos da turma, lançando a seguinte ques-

Descrição da atividade tão: 1º- dia Maio – dia do trabalho ou dia dotrabalhador? Registrar o resultado da dis-cussão num texto coletivo.

Materiais indicados:P papel pardo, régua,

pincéis.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P 1º- de Maio – Dia do Trabalhador

Resultados esperados: Produzir uma linha detempo e um debate sobre o significado da datapara a classe trabalhadora com o intuito de com-preender o significado histórico da comemoraçãodo 1º- de Maio de uma forma crítica.

5T e x t o

Objetivo• Compreender o significado histórico da come-

moração do 1º- de Maio – Dia do Trabalhador.

IntroduçãoComo o próprio texto diz, o Dia do Trabalho é ce-lebrado, anualmente no dia 1º- de Maio em váriospaíses do mundo, e é feriado nacional em muitosdeles. Nesse dia, há manifestações variadas demovimentos sociais e sindicais organizados, dosgovernos, de patrões, como festinhas beneficentesnas empresas, etc. No Brasil, em diversos momen-tos da nossa história, a data foi usada pelos dita-dores, governos, políticos populistas, empresáriose sindicatos pelegos para camuflar as lutas e as

necessidades dos trabalhadores em troca de fes-tas, shows, sorteios e assim por diante. Em outrosmomentos, representou um tempo de lutas, decomemorações e reivindicações autênticas da clas-se trabalhadora. De um modo geral, as datas co-memorativas no Brasil, em especial os feriados,são, historicamente, manipuladas pelo poderesinstituídos para relembrar os feitos dos heróis daclasse dominante. É papel do ensino de Históriadesvelar de forma crítica os fatos, a memória dovencedor e, possibilitar ao aluno o acesso a outrasleituras, outras visões da história. Dessa maneiracontribuiremos para a formação da consciênciahistórica dos sujeitos para o livre exercício dos di-reitos de cidadania. Concorda? Vamos lá?

Dicas do professor: Sites – IBGE (Instituto Brasileiro deGeografia e Estatísticas): www.ibge.gov.br Ministério do Trabalho: www.mtb.gov.br Organização Internacional do Trabalho: www.ilo.orgMinistério Público do Trabalho: www.pgt.mpt.gov.br/

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 29

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá buscar na memória ima-gens infantis que reflitam a vida familiar doponto de vista do trabalho. Quem era a pessoaresponsável pelo sustento da casa e como oaluno, quando criança, entendia, consideravae se relacionava com essa pessoa. Existe algu-ma lembrança em particular?

2. Analisar se houve alguma alteração do modode ver, considerar e se relacionar com essapessoa derivada da passagem do tempo, ouseja, tomando por referência o presente.

3. Escrever de forma sintética as lembranças infan-tis, tanto do ponto objetivo como subjetivo bemcomo as mudanças, caso elas tenham ocorrido.

4. A seguir, os alunos sublinharão palavras, fra-ses curtas ou idéias que considerem mais sig-nificativas e construirão a partir desse registroum poema ou um conto.

5. Os poemas ou contos serão trocados e caberáa outro aluno a sua interpretação.

6. As obras serão apresentadas.

Descrição da atividade 7. Discussão da experiência.

OBS: O professor poderá organizar um saraupara que os alunos apresentem as obras e con-versem sobre o exercício.

Atividade P Memória

6T e x t o

Objetivos• Criar um poema ou conto sobre a pessoa que

representa a figura do trabalho em casa.• Refletir sobre os diferentes papéis de cada

componente familiar.• Refletir sobre o papel do trabalho e seu grau de

importância nas relações familiares.

Introdução“Pinta tua aldeia e serás universal”, disse LeonTolstoi, influente escritor russo do século XIX. Otexto escolhido – Emprego – é de um autor queiniciou sua carreira de poeta e escritor aos 7 anosde idade. Ferrez “pinta”, por meio da escrita, suaaldeia: o Capão Redondo. Com um olhar crítico e

ao mesmo tempo generoso, Ferrez (nome lite-rário de Reginaldo Ferreira da Silva), antes dededicar-se exclusivamente à escrita, trabalhoucomo balconista, vendedor de vassouras, auxiliargeral e arquivista. Seu principal romance, CapãoPecado, trata do cotidiano violento de seu bairro.O texto escolhido de Ferrez nos fala de um filhoque perde seu pai. Pai que perdeu o emprego. Emmuitas casas a figura do pai é a figura do “ganha-dor do pão”. Em muitas outras essa figura tam-bém pode ser a mãe, o avô, a avó. Que memóriatemos daquele que representou a figura do tra-balho em nossa casa? Como o víamos quandocriança? Como o vemos agora?

Dicas do professor: Sites – ferrez.blogspot.com/revistaescola.abril.com.br/especiais/escreva_com/2005/quem_ferrez.shtml agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=11191pt.wikipedia.org/wiki/Leon_Tolstoiwww.releituras.com/ltolstoi_menu.asp

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:a) Que o aluno possa refletir sobre o papel do tra-

balho na formação e organização familiar.b) Que o aluno possa, por meio da memória e da

reflexão, criar uma obra pessoal e artística.c) Que o aluno passe pela experiência de ver sua

obra interpretada segundo o olhar de outrapessoa.

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30 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Ciências Nível I e II

Divida a turma em dois grupos. Cada grupo ana-lisará um tipo de medicamentos para a dor: re-médios alopáticos (de farmácia, comerciais) eremédios caseiros (feitos com ervas curativas).

1. Cada grupo deve relacionar o nome do me-dicamento à indicação de uso. Deve observar oprincípio ativo (ingrediente que atua na dor),a quantidade indicada, os efeitos adversos eoutras informações consideradas importantes.

2. Identifique, junto com os alunos, remédiosde origens diferentes usados para dores si-milares;

3. Construa uma pequena cartilha de orientação,contendo informações sobre os medicamentosavaliados.

Descrição da atividade Material indicado:P bulas de remédios para

dor.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Para aliviar a dor

Resultados esperados:a) Reconhecimento de diferentes tipos de dor que

sentimos e suas funções.b) Identificação de diferentes remédios para a dor,

com elaboração de pequena cartilha.

6T e x t o

Objetivos• Diferenciar tipos de dor que sentimos e suas

funções.• Identificar diferentes remédios para a dor.

IntroduçãoO texto trata de dores sentidas, causadas por no-tícias tristes. Por que sentimos dor? O que é ador? A dor, quer seja orgânica (do corpo) ou emo-cional, é uma sensação desconfortável. Sua inten-sidade pode variar de leve a insuportável. A dorpode ser imediata e rápida, quando um receptorde dor é estimulado mecanicamente, por exem-plo, numa pancada ou por calor. Este tipo de dordura apenas um tempo muito limitado. No entan-to, quando o tecido afetado morre, o conteúdodas células é liberado e diversas substânciaschegam à região machucada. A partir daí a dorpermanece – é a chamada dor lenta. A dor rápidaresulta em sensações localizadas e de pequenaduração; são um sinal para que a pessoa se afastedo agente causador da dor. As dores que são mais

relevantes em termos de busca de cura são asdores da via lenta. As pessoas reagem de mododiferentes a situações parecidas em termos dedor. Geralmente, essa diferença resulta das parti-cularidades de cada um quando o organismo bus-ca os analgésicos naturais, isto é, produzidos pelopróprio corpo do indivíduo. Dessa forma, pode-sedizer que a dor é sempre subjetiva. Os cientistasacreditam que a dor deve ser encarada como umacombinação de fatores biológicos, psicológicos,comportamentais, sociais e culturais. Os aciden-tes de trabalho, as dores causadas por posturasincorretas nas diferentes profissões são conheci-das? Para que as estudamos? Que dores ou doen-ças causadas no trabalho conhecemos?

Contexto no mundo do trabalho: Vários profissionais es-tão engajados em atividades que buscam o alívio da dor. Éo caso dos farmacêuticos, dos enfermeiros e auxiliares deenfermagem, dos médicos, das pessoas que conhecem oimenso potencial terapêutico de ervas medicinais.

Dicas do professor: A dor é fundamental para os indiví-duos, pois os alerta para que seus mecanismos de defesaou fuga sejam adotados.Assim, na grande maioria dos ca-sos, a dor é um sinal de alarme de que algum dano oulesão está ocorrendo, sendo por isso um mecanismo fun-damental. Indivíduos com hanseníase, por exemplo, pos-suem lesões em suas terminações nervosas e não sentemdor nas partes afetadas. O indivíduo pode, então, machu-car-se e não perceber isso, já que não sente dor.

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Área: Educação Física Nível I e II

1. Divida a sala em 2 grupos.

2. Metade serão os cegos e a outra os guias.

3. Vende os olhos dos cegos.

4. Proponha uma tarefa a eles, exemplo: Saia dasala e traga uma folha de árvore, um copo,uma tesoura, etc.

5. O guia auxilia o cego, ajudando-o a caminhar.

6. O guia o leva próximo do objeto e deixa que ocego encontre e pegue o objeto sozinho, semauxílio e sem falar se é o certo ou o errado.

7. Voltam todos para a sala com os objetos.

8. Reúna todos os objetos e passe para cada umdos cegos para que eles digam o que é o objeto.

9. O guia de cada um anota o objeto que o cegoidentificou.

Descrição da atividade 10. Retira-se a venda e descobrem-se os acertose erros.

11. Troque as turmas, os cegos serão os guias evice-versa.

12. Ao final, discuta a experiência, o que senti-ram.

Materiais indicados:P lenço para vendar os

olhos; materiais de difícil

reconhecimento pelo tato.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Emprego

Resultado esperado: Reflexão sobre a vidados deficientes visuais.

6T e x t o

Objetivos• Refletir sobre a comunicação dos deficientes

físicos. • Identificar a complexidade dos movimentos

corpóreos e da comunicação dos deficientesem especial do deficiente visual.

• Experimentar outras linguagens.

IntroduçãoUm dia eu vi. Vi e não gostei nada. Nada poderiaexplicar aqueles olhos. Olhos tristes de umador(...)”Da mesma maneira que o texto, a linguagemviria em seguida para trazer todas as caracterís-ticas sentidas por esse ser que nasceu com osentido da visão, é um ato contínuo e automáti-co na vida das pessoas normais, assim que vejo,

expresso-me na linguagem sobre aquilo que vi.O texto nos leva a fazer um paralelo e pensar so-bre as pessoas que, apesar de toda a linguagemoral, escrita e corporal, estão privadas da visão e,assim, comunicam-se de maneira diferente como mundo. Vivem num mundo escuro. O “ver”para eles só é possível pelo aprimoramento dosdemais sentidos, e assim prossegue o ato de vi-ver. A linguagem para eles só aparece depois quesentiram com o tato, com o aroma que aquiloproduz e com o barulho que pode ou não virdaquilo que está a sua frente. Até se aproximardo objeto para senti-lo, existe um momento desilêncio. Se a vida dessas pessoas é diferente nodia-a-dia, como é a vida dos deficientes no mun-do, no trabalho? Quais problemas enfrentam?Como conseguem atuar?

Dicas do professor: Faça a relação dessa deficiência com otrabalho, quais profissões essa pessoa pode ou não exercer,que adaptações seriam necessárias para o trabalho, etc.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 31

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32 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Peça aos alunos que em grupo leiam o textoidentificando: a) os malefícios das longas jornadas de traba-

lho para os trabalhadores; b) os benefícios provocados pela redução da

jornada e as condições concretas que o Brasilapresenta, hoje, para que esta redução sejapossível sem prejudicar a economia do país.

2. Peça-lhes para discutir os resultados e regis-trá-los.

3. Em plenária, planeje com eles uma campanhapela redução da jornada de trabalho envol-vendo: a) levantamento de informações sobre cam-

panhas de redução de jornada de trabalho; b) definição da proposta de redução de horas; c) nome da campanha;

Descrição da atividade d) eventos e instrumentos para divulgá-la emobilizar adeptos;

e) lançamento e realização da campanha pro-priamente dita. Se possível, realizar a cam-panha planejada na escola.

Atividade P Pela redução da jornada de trabalho já!

7T e x t o

Objetivo• Conhecer o movimento dos trabalhadores pela

redução da jornada de trabalho e desenvolveropinião sobre ela

IntroduçãoOito horas de trabalho, oito de descanso e oitode lazer era o lema dos trabalhadores que, na se-gunda metade do século XIX, lutavam pela re-dução da jornada de trabalho. Até este momen-to, crianças, jovens e mulheres trabalhavamexaustivamente nas fábricas de 17 a 20 horas pordia. Nas últimas décadas, alguns países da Eu-ropa conseguiram reduzir o número de horas desuas jornadas, e mais recentemente no Brasil, aluta pela redução da jornada de oito horas detrabalho tornou-se novamente uma bandeira de

luta dos movimentos sindicais e dos trabalha-dores. Uma conquista eles já tinham asseguradona constituição de 1988: a jornada foi reduzidade 48 para 44 horas semanais, não podendo ex-ceder oito horas diárias. Atualmente, os traba-lhadores retomam a campanha pela redução dajornada. Há propostas de redução de 44 para 40horas e, em seguida, para 35 horas, sem reduçãode salário. Você sabia que a redução da jornadade trabalho é um fator potencial de geração deempregos, de melhoria da qualidade de vida dotrabalhador, que terá mais tempo livre para o la-zer, a educação e a família? Mas que a medida sóvai gerar novas vagas se for acompanhada pelaextinção das horas extras e pelo fim do sistemade banco de horas adotado pelas empresas?

Resultados esperados: Planejamento de umacampanha pela redução da jornada de trabalho e,se possível, sua realização na escola.

Dicas do professor: Sites e matérias de campanha pelaredução da jornada da CUT, CGT, CGTB, Força Sindical,SDS, DIEESE – www.jornada.locaweb.com.br/www.comciencia.br/200405/reportagens/03.shtml;Livro – A condição operária e outros estudos sobre aopressão, de Simone Weil (Paz e Terra).

Tempo sugerido: 4 horas

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Área: História Nível II

1. Fazer um levantamento na turma acerca da jor-nada de trabalho de cada um dos alunos/tra-balhadores em sala de aula. Comparar com amédia anual do Brasil e outros países citados.

2. Ler o texto com a turma, contextualizando aproposta do movimento sindical. Levá-los a seposicionarem a respeito dessa proposta.

3. Solicitar aos alunos que respondam de acordocom o texto:a) quais os prejuízos das longas jornadas para

o convívio social e familiar e para a saúde; b) apontar fatos que demonstram que é pos-

sível diminuir a jornada sem prejudicar aprodução;

c) quais as vantagens da redução da jornadasem redução salarial.

4. Debater as questões, produzir um texto/cartacoletiva expressando o posicionamento daclasse em relação a essa proposta e enviar pelainternet para o site da campanha:www.jornada.locaweb.com.br

Descrição da atividade

Atividade P Redução da jornada de trabalho

7T e x t o

Objetivo• Debater a proposta de redução da jornada de

trabalho dos movimentos sindicais.

IntroduçãoCertamente você já ouviu ditados populares, dotipo “Deus ajuda a quem cedo madruga”, “Apreguiça é a mãe de todos os vícios”,“Cabeça vaziaoficina do diabo” e assim por diante. Essas ex-pressões são reveladoras da força da ideologia dotrabalho, entre nós, reforçada pelo mito difundi-do, historicamente, de que os brasileiros são pre-guiçosos ou que trabalham pouco. Essas idéias

servem, algumas vezes, inclusive, para justificar oatraso e a pobreza existente no Brasil. O textodemonstra um outro lado da questão: alguns tra-balham longas e exaustivas jornadas e outros nãotrabalham. Os dados a seguir revelam que o Brasilé um dos países com a maior jornada de trabalhopor ano. Analise esses dados, leia com o texto edesenvolva um trabalho que possibilite uma leitu-ra crítica e a formação de uma posição política so-bre a questão. Nós, professores, trabalhadores queenfrentamos longas e precárias condições de tra-balho temos que lutar por mudanças, formandonos nossos alunos o espírito crítico e cidadão.

Dicas do professor: Textos – “A redução da jornada edo emprego”, Sadi dal Rosso, DIEESE, e “A jornada detrabalho no Brasil: o debate e as propostas”, Ilmar Fer-reira Silva, Marcelo Weishaupt Proni, Marcelo Terrazas,Marcio Pochmann – site www.dieese.org.br (acesso em(8/9/2006.) O site da campanha pela redução da jornadano Brasil é www.jornada.locaweb.com.br (acesso em8/9/2006).

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados:a) Que o aluno possa refletir sobre as condições de

trabalho do mercado em que se insere.b) Posicionar-se criticamente frente a uma propos-

ta de mudança nessas condições.c) Participar de um movimento social por melhoria

dessas condições por meio da produção e enviode uma mensagem via e-mail.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 33

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34 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Matemática Nível I

1. Organize os alunos em grupos de 4 pessoas.Peça que calculem quantos empregos novospoderiam ser criados se suas jornadas fossemde 40 horas semanais em vez das 44 ou maisque fazem.

2. Reúna todas as horas da turma e calcule quan-tos novos empregos seriam criados, sempreconsiderando 40 horas semanais.

3. Solicite que façam uma leitura silenciosa dotexto.

4. Peça que anotem em seus cadernos tudo o quedesejariam fazer nas horas que sobrariam deuma jornada menor de trabalho. Àqueles quenão estiverem trabalhando, peça que anotemigualmente o que desejariam fazer com o sa-lário e o tempo livre.

Descrição da atividade

Atividade P Trabalhar menos é bom

7T e x t o

Objetivos• Estimar o número de novos empregos criados

com a redução da jornada de trabalho da turma.• Compreender a proposta da redução da jorna-

da de trabalho das centrais sindicais.

IntroduçãoAs centrais sindicais do Brasil, a exemplo de ou-tros países, vêm fazendo uma campanha para a

redução da jornada de trabalho justificando queassim se criariam novos postos de trabalho. Ar-gumentam que além de a jornada ser muitomais longa do que o necessário, o número de ho-ras extras é muito grande. Os alunos e alunas deEJA devem conhecer bem essa realidade. O queestão fazendo para mudar esse quadro? Elessabem da campanha das centrais? Participamdela? Concordam com ela?

Resultados esperados:a) Estimativa de número de novos empregos cria-

dos com a redução da jornada de trabalho.b) Pequeno texto com informações sobre o que

fariam com seu tempo livre.

Dicas do professor: Peça aos alunos que entrevistem al-gum dirigente sindical da sua cidade ou região para sabermais detalhes sobre a campanha. Organize um mural denotícias sobre a campanha da redução da jornada de tra-balho no Brasil.

Tempo sugerido: 2 horas

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 35

Área: Artes Nível I e II

1. Dividir a classe em grupos. Após reler o texto,cada grupo deverá fazer uma relação de profis-sões diretamente relacionadas ao uso da roda.

2. Os grupos escolherão uma das profissões rela-cionadas e para ela deverão traçar a linha evo-lutiva (através dos tempos) procurando sepa-rar o que é essencial ao exercício daquelaprofissão do que é cultural. Por exemplo: Qualé de fato a essência da profissão de secretária?O sapato alto é essencial ao exercício profis-sional ou cultural?

3. Feita a separação, os grupos criarão maquetesque representem o cenário da essência da pro-fissão escolhida.

4. As maquetes serão apresentadas.

5. Discussão final tendo por foco a profissão e alinha evolutiva percebida pelos alunos.

Descrição da atividade

Atividade P O essencial

8T e x t o

Objetivos• Discutir a evolução de uma profissão ou ativi-

dade profissional através dos tempos.• Criar uma maquete que represente o aspecto

essencial da profissão discutida.

IntroduçãoSímbolo da civilização e marca do desenvolvi-mento tecnológico, a roda teria sido inventadahá milhares de anos (entre 6.000 e 3.000 a. C.),

provavelmente na Mesopotâmia. Depois da con-quista do fogo e do cultivo da terra, a roda, semdúvida, contribuiu de forma decisiva para a am-pliação e modificação das relações sociais e paraa evolução do trabalho e dos meios de produção.A roda está na base da construção de máquinas emeios de transporte que facilitaram o trabalhohumano proporcionando agilidade, segurança eeconomia de tempo e energia.

Resultados esperados:a) Que o aluno seja capaz de reconstruir o per-

curso histórico de uma atividade produtiva ouprofissão.

b) Que o aluno possa problematizar e perceber ainfluência cultural no exercício profissional.

Materiais indicados:P caixas de papelão,

revistas, jornal, tesoura,

cola, fita crepe, outros.

Tempo sugerido: 6 horas

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36 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Geografia Nível II

1. O professor deve formar grupos na sala deaula, numerá-los e sugerir que um aluno decada grupo faça uma leitura em voz alta.

2. O professor, após a leitura, deve indicar que ogrupo faça uma discussão interna e sintetize-anuma idéia principal, ou seja, resumir a dis-cussão naquilo que se pode identificar como amensagem do texto e registrar no caderno.

3. Numa segunda etapa cada grupo deve apre-sentar para a classe qual foi a idéia principalgerada e cada aluno deve anotar em seu ca-derno quais são estas idéias e o respectivo nú-mero do grupo.

4. Discutir coletivamente qual idéia sintetiza me-lhor o texto trabalhado dentre todos os gru-pos, realizando uma votação, se for o caso.

5. Solicitar aos alunos que se posicionem sobresua escolha, que justifiquem sua opção porum determinado grupo.

6. Debater em classe a questão do desemprego esuas conseqüências sob três pontos de vista,registrando as respostas no caderno:I) Da saúde mental e física do trabalhador.

II) Para a sua família.

Descrição da atividade III) Para a sociedade como um todo.

7. Identificar na classe se algum dos presentes jáviveu tal situação e como ele a enfrentou.

8. Discutir a posição do executivo que, na sualoucura, já pensava em demitir funcionáriosantes mesmo de ter a empresa de veículos.

Atividade P A dor do desemprego

8T e x t o

Objetivo• Levar os alunos a refletirem sobre duas carac-

terísticas marcantes da sociedade contempo-rânea: de um lado os efeitos do desempregona saúde física e mental do trabalhador, nassuas relações de convivência social e na famí-lia. De outro lado, refletir sobre a posição dochefe, que é a de reduzir custos e administrarpara o lucro, independentemente de quem ocu-pe o posto.

IntroduçãoO mundo do trabalho é marcado na atualidadepelo desemprego nas mais variadas formas. Acompetição que as empresas enfrentam no mer-cado gera a necessidade constante de reduzircustos e tornar a empresa mais rentável e, paratanto, a força de trabalho é sempre a principal ví-tima deste processo que se estende há décadas etende a se aprofundar. Portanto, a premissa dolucro se torna o objetivo maior do funciona-mento das empresas, antes mesmo que as neces-sidades humanas por trabalho e renda.

Dicas do professor: O filme Wall Street: poder e cobiça,de 1985, retrata a vida de um jovem e ambicioso corretorque trabalha no mercado de ações. Abandonando qual-quer escrúpulo, ética e meios lícitos vai se envolvendo emtramas que mudam sua vida.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:a) Possibilitar ao educando uma reflexão sobre

os fundamentos do desemprego na sociedademoderna.

b) Compreender as reais conseqüências do desem-prego para a vida e a saúde do trabalhador epara a sociedade como um todo.

c) Assimilar que as funções e papéis que cada pes-soa representa na sociedade capitalista se dão apartir de seu posto ou posição e independe, mui-tas vezes, de suas vontades individuais.

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 37

Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

1. O professor lê o texto pausadamente para queos alunos se familiarizem com a pronúncia eentonação das palavras.

2. Solicitar aos alunos que leiam o texto, de ma-neira que cada um possa ler uma parte dele.

3. Explorar o significado das palavras e expres-sões que apresentem dificuldade e que não es-tejam no glossário.

4. Em seguida propor as seguintes questões decompreensão de leitura: a) ¿Según el primer párrafo del texto, en que

situaciones ocurre el desempleo?b) ¿Cuáles serían las razones del desempleo ac-

tual en la mayoría de los países?c) Y en Brasil ¿Hubo cambios en las plantillas

de las empresas?d) ¿Has vivido alguna experiencia semejante?

5. Corrigir e comentar as respostas dos alunos.

Descrição da atividade

Atividade P Las nuevas formas del desempleo

9T e x t o

Objetivo• Compreender as idéias centrais do texto sobre

o desemprego, associando-as à realidade domercado de trabalho brasileiro.

Introdução:O desemprego é uma dura realidade em todos ospaíses em desenvolvimento. Uma certa rotativi-dade é considerada normal no mercado de tra-balho: trabalhadores abandonam seu empregoporque encontram outro melhor; outros se apo-sentam e dão oportunidade aos jovens para in-gressar no mundo do trabalho. Outro processo éo desemprego estrutural, setores inteiros sofremuma recessão como conseqüência das novas tec-nologias ou por mudanças na economia local.Pode-se citar o exemplo do deslocamento dos

centros de produção de uma área, onde os salá-rios são elevados, para outras menos desenvolvi-das em que a mão de obra é mais barata.Nas últimas décadas, o desemprego também foiprovocado pelo grande número de fusões e rees-truturações de grandes empresas. Essas tendên-cias deram lugar à redução do quadro de pes-soal, pois filiais e suas administrações foramfechadas. Muitos trabalhadores perderam o em-prego e os que permaneceram empregados sen-tem muita insegurança, pois temem ser despedi-dos. Além dessas mudanças, quais outras podemcomprometer o emprego? No Brasil, os traba-lhadores estariam qualificados para enfrentar asnovas exigências do mercado? O que fazer paraacompanhar todas essas transformações?

Resultado esperado: Compreender as váriascausas do desemprego de acordo com o texto erelacionar com sua própria realidade.

Dicas do professor:Filme – Los lunes al sol, España, 2002Sites sobre o filme – www.loslunesalsol.com/www.es.wikipedia.org/.wiki/los_lunes_al_sol

Tempo sugerido: 2 horas

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38 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

1. A partir da leitura do texto, propor alternati-vas para superar o desemprego por meio daformação e do aprimoramento contínuos.

2. Espera-se que o glossário possa ajudar o alunoa resolver suas dúvidas lexicais e promova ouso desse repertório para produzir situaçõesde comunicação oral e escrita, usando expres-sões da língua espanhola como: a) acceder almercado laboral; b) prepararse para superarlas exigencias del mercado; c) nuevos puestos detrabajo; d) clasificados en periódicos; e) ofertasde empleo.

3. Trabalhar com um Tablón de Anuncios e asprofissões: Exemplos:• Empresa Constructora necesita Jefes de

obra y albañil con experiencia en obragrande y pequeña – Jornada completa.

Descrição da atividade • Restaurante necesita cubrir dos puestos deayudante de cocina y camarera para el mesde septiembre.

4. Organizar com os alunos um Tablón de Anunciona aula.

Atividade P Nuevos tiempos, nuevos retos en el mundo del trabajo

Resultados esperados: Identificar nas ofertasde emprego as exigências do mercado de trabalhoe tentar promover mudanças relacionadas à atua-ção profissional. Apropriar-se da língua espanholapara produzir textos orais e escritos.

9T e x t o

Objetivo• Compreender que, apesar do desemprego ser

uma realidade, é preciso melhorar a qualifi-cação profissional para lutar pelo acesso e per-manência no mercado do trabalho.

• Expressar-se em situações de comunicação orale escrita utilizando o léxico espanhol.

IntroduçãoParalelo ao desemprego que se registra no merca-do de trabalho surgem novas possibilidades emodalidades de emprego no Brasil. No entanto, omercado requer profissionais mais bem prepara-dos em todos os setores, com nível de escolari-dade definido. Atualmente, na maioria das áreas,se exige o Ensino Fundamental completo paracandidatos a serviços gerais e Ensino Médio comconhecimentos de informática. As exigências vão

aumentando de acordo com os perfis que as em-presas desenham: desde a escolaridade de nívelsuperior, conhecimento de línguas estrangeiras,como inglês e espanhol, até características pes-soais, como saber adaptar-se a novas situações,trabalhar em equipe. Na realidade, as novasmodalidades de seleção de pessoal no século XXIvalorizam os quatro pilares da educação para es-sa nova era: saber conhecer, saber fazer, saber sere saber conviver. Esse conjunto de saberes apontapara um desenvolvimento integral da pessoa aolongo da vida. Como lidar com essas exigênciasdo mercado de trabalho e as oportunidades deformação a que as pessoas têm acesso? O que ca-da um pode fazer para alcançar uma melhor qua-lificação? Aproveitar todas as oportunidades decrescimento nos diferentes contextos educativos?

Dicas do professor: Sites – www.tablondeanuncios.com/www.inem.es (Instituto Nacional de Empleo – España).

Material indicado:P recortes de revistas e

jornais.

Tempo sugerido: 3 horas

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Page 39: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 39

Área: Economia Solidária Nível I

1º- Momento:

1. Leia o texto com o grupo; solicitando que co-mentem sobre a sua mensagem.

2. Pergunte se a história tem semelhança com al-gum fato conhecido ou se é pura ficção.

3. Divida a turma em dois grupos: cada grupoterá que identificar cada um dos conflitos queo texto relata e propor uma solução que ospersonagens deveriam seguir para evitar ousuperar o conflito.

4. Solicite que apresentem um outro final para ahistória lida.

2º- Momento:

1. Distribua uma folha de papel ofício para cadaum dos educandos.

2. Peça que elaborem um desenho, representan-do um ambiente de trabalho, cujo título seja:Superando conflitos.

3º- Momento:

1. Monte um grande varal de barbante na salade aula para a exposição dos desenhos.

2. Convidar o grupo para visitar a exposição co-letiva.

Descrição da atividade 4º- Momento:

1. Como atividade conclusiva, realize uma ava-liação grupal dos desenhos expostos, foca-lizando as alternativas para construir práticascooperativas nos espaços de trabalho.

Atividade P Competição e cooperação no trabalho

10T e x t o

Objetivo• Refletir acerca dos conflitos gerados pela com-

petição e a importância da prática cooperativanas relações de trabalho.

IntroduçãoO texto retrata de forma cômica os conflitos deuma festa de confraternização com os funcioná-

rios de uma empresa. Será que os educandos deEJA também vivenciam esse tipo de conflito noseu trabalho? O que leva as pessoas a se agredi-rem? Como superar os conflitos, construindo re-lações solidárias?

Resultados esperados: Os alunos deverãoser capazes de identificar no texto, situações deconflito que podem ser evitadas ou superadaspor meio do diálogo e da solidariedade, trans-ferindo essa capacidade para o seu trabalho.

Materiais indicados:P 50 folhas de papel ofício,

lápis preto, barbante.

Tempo sugerido: 6 horas

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40 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Ler o texto-base para o grupo; solicitar que co-mentem sobre a mensagem do texto em ques-tão. Roteiro para trabalhar um pouco mais otexto: a) perguntar se a história tem semelhança

com algum fato conhecido ou se é puraficção;

b) solicitar que apresentem um outro finalpara a história lida.

2. Distribuir uma folha de papel ofício para cadaum dos educandos e pedir que elaborem umahistória em quadrinhos, que se passa num am-biente de trabalho, cujo título é: Cotidiano co-operativo.

3. Montar um grande varal de barbante na salade aula para exposição das histórias em qua-drinhos; convidar o grupo para visitar a ex-posição coletiva.

4. Como atividade conclusiva, realize uma ava-liação grupal das histórias expostas, focalizan-do as alternativas para práticas cooperativasem seus espaços de trabalho.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P folhas de papel ofício,

barbante e cola branca.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Varal de experiências cooperativas

Resultados esperados: Que os alunos sejamcapazes de propor formas mais solidárias de rela-cionamento no trabalho, demonstrando isso pormeio das situações criadas em suas histórias.

10T e x t o

Objetivo• Refletir acerca da prática cooperativa nas re-

lações de trabalho.

IntroduçãoA atividade pretende motivar os alunos a percebercriticamente seu cotidiano no trabalho e a criarnovas formas de relacionamento nesse ambiente,visando relações mais justas e harmoniosas.

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Page 41: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Área: Português Nível II

1. Atividades de leitura.Ler o texto com os alunos. Ressaltar como oautor destaca as características do homem co-mum e sua relação com o trabalho e os supe-riores. Observar como se dá o recorte: pormeio da simulação de um comunicado da em-presa, relata-se o churrasco de confraterniza-ção. Esse é um bom momento para discutir aquestão da ética no trabalho e hierarquia.Ressaltar que a impessoalidade é apenas apa-rente: a gerência executiva manifesta, clara-mente, sua opinião sobre o comportamentodas personagens.

2. Atividades de produção de texto.a) Instruir os alunos sobre “foco narrativo”. A

história lida é narrada em terceira pessoa.Perguntar: Se fosse narrada pelo Dr. Almei-da, a história seria a mesma? Que modifi-cações seriam necessárias? Conversar comos alunos sobre as conseqüências dessa mu-dança no plano formal (verbos em primeirapessoa, limitação do espaço de visão dosacontecimentos, subjetividade.)

b) Pedir aos alunos que reescrevam o episódiodo churrasco, contado pela voz de:

I) Dr. Almeida (grupo 1)II) Dona Santa (grupo 2)

III) DuckIV) Dona Morena

Descrição da atividade c) Solicitar aos alunos que façam criteriosa re-visão de seus trabalhos. Depois da leituradas crônicas, conversar com a classe sobrea crônica elaborada: Quais foram as dificul-dades encontradas? Foi fácil manter o hu-mor encontrado na crônica original? Houveproblema na reorganização das idéias?Mostrar que a escolha da pessoa verbal estána dependência das intenções do cronista.

Atividade P A crônica narrada em primeira pessoa

Resultado esperado: Desenvolvimento da ex-pressão verbal pela reescrita de textos.

10T e x t o

Objetivo• Reconhecer as características da crônica e nar-

rá-la na primeira pessoa.

IntroduçãoA crônica moderna é um texto curto, geralmentebem humorado, que explora um fato do cotidia-

no. É importante observar como o cronista faz orecorte ou enquadramento da realidade que querretratar, sua atitude diante dos objetos que des-creve, a posição física que assume para produzirsuas impressões.

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 41

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Page 42: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

42 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Artes Nível I e II

1. O professor dividirá a classe em 3 grupos. Ca-da grupo ficará responsável por uma técnica:Grupo 1 – Teatro de sombras; Grupo 2 – Fantoche; Grupo 3 – Boneco de papel.

2. Os grupos construirão os bonecos e tudo oque for necessário para a encenação do texto.

3. Os alunos treinarão a manipulação dos bone-cos levando em consideração a movimentaçãopara que os bonecos acompanhem as falas etransmitam sentimentos. É fundamental o es-tabelecimento da figura de um “diretor”, queorientará a manipulação de tal forma que oboneco deixe de ser simples objeto para setornar personagem, ou seja, ganhe vida.

4. Apresentação das 3 encenações e discussão daexperiência.

Descrição da atividade

Atividade P Objetos animados

11T e x t o

Objetivos• Discutir o texto por meio de de encenação com

formas animadas. • Explorar a construção e manipulação de bo-

necos.

IntroduçãoO texto de Machado de Assis traz por persona-gens objetos que discutem papéis e relações depoder. Quem é mais importante na escala social:a agulha que fura o tecido ou a linha que une pe-daços de pano? A metáfora posta no texto abreespaço para rica discussão. Desde o princípio, o homem usa a animação comorecurso tanto para diversão como para discutir ecompreender o mundo e a natureza. É provávelque o teatro de animação tenha surgido na época

das cavernas quando o homem primitivo explora-va as sombras que se movimentavam nas paredes.Da sombra à modelagem de bonecos de barro edesta aos bonecos articulados. Em todas as cul-turas ele se faz presente. Em muitas culturas rep-resentavam divindades e muitos acreditavam queeles possuíam poderes mágicos. Mas, os bonecosestavam também nas vilas divertindo o povo,fazendo críticas sociais, explorando tipos, como oladrão, o esperto, o crédulo etc. Na Idade Média, epor muito tempo, a Igreja Católica utilizou bo-necos com fins de catequização. É assim que osbonecos chegam ao Brasil no século XVI. Existem diversas formas de animação e cadauma delas exige materiais e técnicas específicasde manipulação.

Resultado esperado: Perceber que um temapode ser discutido de diferentes formas.

Dicas do professor: Fantoche: Meias velhas poderãoservir de base.Teatro de sombras: 2 m de tecido branco translúcido. Al-gum tipo de iluminação. Os bonecos poderão ser cons-truídos de papelão, madeira ou couro. O grupo deverádar alguma articulação para o boneco (braço, perna, oucabeça), utilizando parafusos e roscas para ligar as partes.Varas de madeira darão a sustentação do boneco para amanipulação assim como para a movimentação da partearticulável. Os detalhes das formas do boneco serão feitospor pequenos furos, com agulha ou prego fino, que des-creverão (como um mapa) o que se deseja mostrar.Boneco de papel: os bonecos serão desenhados ou pinta-dos em papel sulfite, colados em papelão e recortados. Asustentação será feita por varetas de madeira, coladas epresas por fita crepe ou tecido.Sites – www.giramundo.org/teatro_principal.htmhttp://bomdeboneco.sites.uol.com.br/BEA8.htm

Tempo sugerido: 1 hora e 30 minutos

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 43

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Auxilie os alunos na formação de um painelque possa retratar a situação das pessoas quetrabalham como carroceiros ou em outrasatividades de catação de resíduos sólidos nascidades, bem como em cooperativas, associa-ções etc.

2. A turma deve ser dividida em grupos.

3. Solicitar a cada grupo que consiga jornais, re-vistas, folhetos, fotos, figuras etc. a serem uti-lizados na formação do painel.

4. Cada grupo montará um painel e fará suaapresentação tendo como base não somenteos dados, figuras, fotos, mas também o textoindicado neste caderno.

5. As discussões deverão ser incentivadas no sen-tido de:a) identificar as atividades desenvolvidas pe-

los carroceiros e pelas cooperativas e asso-ciações no recolhimento e reciclagem deresíduos sólidos;

b) a importância desse tipo de atividade paraa cidade e para as suas vidas;

Descrição da atividade c) estratégias de organização que podem serutilizadas por esses trabalhadores e a im-portância da união para o enfrentamentodos desafios e dificuldades oriundas do tra-balho por eles desenvolvido;

d) possíveis formas de organização coletivado trabalho que podem ser utilizadas pe-los carroceiros/catadores, a exemplo decooperativas, associações, grupos de pro-dução etc.

Atividade P O trabalho com resíduos sólidos

12T e x t o

Objetivo• Conhecer melhor o trabalho realizado pelas

pessoas que desenvolvem atividades nas ruascatando resíduos sólidos, mostrando aos alu-nos a importância da união e organização dostrabalhadores e possíveis formas coletivas deorganização do trabalho.

IntroduçãoO texto mostra as dificuldades enfrentadas pordiversas pessoas que precisam sobreviver traba-

lhando como carroceiros e a proibição de conti-nuarem desenvolvendo suas atividades. Mostratambém que não existe reação por parte dessaspessoas diante da situação vivenciada. Na suaopinião, essas pessoas devem desistir do seu tra-balho? Cada um sozinho pode resolver a suasituação? Como podem se organizar para en-frentar essa situação e/ou encontrar outras alter-nativas de trabalho?

Resultados esperados: Que os alunos pos-sam conhecer melhor: as atividades desenvolvi-das pelos carroceiros e por outros catadores quese organizam sob a forma de empreendimentoseconômicos solidários, os desafios e dificuldadesencontradas no desenvolvimento do trabalho, aspossibilidades de organização e outras formas detrabalho coletivo.

Materiais indicados:P revistas, jornais,

folhetos, fotos, figuras,papel madeira, caderno,

canetas, cola, fita crepe,cartolinas, etc.

Tempo sugerido: 4 horas

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44 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Depois da leitura do texto, propor aos estu-dantes como atividade para o dia seguinte ob-servar e perguntar no seu bairro e imediações,como o lixo é recolhido: a) caminhões de coleta;b) catadores(as) com carrinho de mão ou com

carrinho puxado a cavalo.

2. Na próxima aula, dividir a sala em pequenosgrupos para cada um relatar o que encon-traram e, depois, apresentar aos demais alu-nos da turma.

3. Depois disso:a) Identificados catadores nas ruas, manter os

grupos e propor uma pesquisa para a pró-xima aula, a saber:• se a lei proíbe a presença de catadores

com carrinho e cavalos nas ruas, que es-tratégia eles deveriam adotar para conti-nuar trabalhando?

• conversar com esses catadores nas ruas efazer duas perguntas: 1ª- Trabalha sozi-nho? 2ª- Onde vende/entrega o produtocoletado?

b) Não identificados catadores nas ruas, o profes-sor deve procurar saber se existem coope-rativas/associações de catadores e como estáorganizada a coleta de produtos recicláveis

Descrição da atividade

Atividade P Trabalho individual e trabalho coletivo: Economia solidária

12T e x t o

Objetivo• Estabelecer relação entre o trabalho individual

e o coletivo como alternativa para continuar aexercer alguma atividade que gere renda, semcontrariar a lei.

IntroduçãoA atividade se insere no contexto da discussão dotrabalho coletivo frente à realidade vivida por

parte da população empobrecida, a qual precisaproduzir alguma renda para sobreviver do seupróprio trabalho, sustentando a si e seus fami-liares. Introduz a reflexão para a economia soli-dária ao pensar na estratégia do trabalho asso-ciativo ou cooperativo.

Resultados esperados: Perceber que é difícila vida dos desempregados ou empobrecidos.Que eles buscam caminhos para gerar renda etrabalho, mas encontram muitas dificuldadesquando labutam sozinhos. Entretanto, há cami-nhos pela via do trabalho coletivo (cooperati-vas/associações) que os acolhe de forma maissolidária e, no geral, contam com o apoio da so-ciedade para esse tipo de iniciativa.

Dicas do Professor: Sites – www.unitrabalho.org.brwww.fundacaobancodobrasil.org.br www.cidadania-e.com.br

Tempo sugerido: 8 horas

naquele município. Essa informação será tra-zida na próxima aula e discutindo com a classe.

4. Discutir com os alunos que:a) é comum e é grande o número de pessoas

empobrecidas se engajarem na atividade decatação de produtos recicláveis, porque sãovendidos no mercado, gerando renda;

b) cresce o número de trabalhadores nessa ati-vidade, surgem as leis e, por isso, os trabal-hadores unem-se formando cooperativaspara se protegerem delas.

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Área: Matemática Nível II

1. Faça uma leitura em voz alta do texto. Per-gunte o que eles acham da lei, se conhecempessoas que vivem como o César e o Clóvis?

2. Peça aos alunos que desenhem a planta baixada casa do César, que está descrita no texto,usando a escala 1:50. Os alunos podem ilus-trar o desenho com recortes de revistas pararepresentar os objetos da casa.

3. Em grupos, oriente que destaquem do texto asdescrições do percurso que César faz todos osdias esquematizando-o com representaçãográfica.

4. Por fim, discutam e apresentem uma sugestãode uma lei que viesse a tornar a vida de Césare de Clóvis mais justa e digna. Nas apresen-tações dos grupos, discuta a viabilidade desuas idéias.

Descrição da atividade

Atividade P Uma vida digna para César e Clóvis

Resultados esperados:a) Planta baixa e mapa esquemático do percurso

do personagem do texto.b) Indicações de legislação que possa ordenar a

cidade para melhorar a vida das pessoas.

12T e x t o

Objetivos• Representar uma planta baixa na escala 1:50.• Levantar hipóteses de legislação.

IntroduçãoA narrativa do jornalista Thiago Domenici, com otrajeto de trabalho e parte da trajetória de vidado carroceiro César nos emociona. Quantos “Cé-

sar e Clóvis” existem por aí? Quantos são os“César e Clóvis” na EJA? Como são suas vidas?Quais são seus sonhos? O espaço que eles e suasfamílias habitam é suficiente para ter qualidadede vida? Você concorda com a lei aprovada emSão Paulo proibindo o tráfego de carroças nacidade? Que prejuízos ela trará? Os alunos e alu-nas da EJA conhecem leis semelhantes?

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 45

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Page 46: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

46 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Matemática Nível I e II

Peça aos alunos que respondam às questões uti-lizando as informações do texto:

1. Determinem em kg o correspondente a 380mil toneladas.

2. Calculem o valor pago por 1 kg de plásticose por 20 kg desse material foram pagos R$ 14,00.

3. Verifiquem quanto custa ao carroceiro do tex-to, o trato mensal por animal.

4. Calculem quantos salários mínimos esse car-roceiro consegue arrecadar por mês para a so-brevivência de seus dependentes.

5. Determinem a renda per capita dessa família,considerando o ganho total do carroceiro eseus 10 dependentes, e façam uma comparaçãocom o valor destinado ao trato de cada animal.

6. Registrem num pequeno texto suas sugestõese opiniões sobre o assunto.

Descrição da atividade

Atividade P O respeito pelo trabalho dos homens e dos animais

12T e x t o

Objetivos• Realizar leitura significativa e crítica do texto

apresentado, utilizando cálculos aritméticos.• Perceber a interdependência entre a sobrevi-

vência do carroceiro e do animal que conduz acarroça.

• Apontar possíveis soluções para o impasse cria-do pelo projeto de lei.

IntroduçãoO texto “A última carroça” trata de tema quepode suscitar significativas discussões. Um repre-sentante do povo, em São Paulo, propôs projetode lei, e a Câmara aprovou, para acabar com omeio de transporte puxado por animais. O tematraz controvérsias, pois o carroceiro tem de tra-balhar para o seu sustento e o de sua família;

além disso, essa é a forma que encontram parasobreviver. Se sancionada a lei, esse tipo de tra-balho acabará e teremos novos desempregados.Discuta com seus alunos: Quem cuidará do ani-mal? O que poderá ocorrer com os animais queserão recolhidos? Receberão melhor tratamentodo que o recebido pelos seus donos? O carroceiroatrapalha o meio urbano? Qual é a opinião quetêm sobre a proibição de veículos puxados porcavalos no trânsito? O que poderia ser sugeridopara resolver esse impasse?

Contexto no mundo do trabalho: Carroceiros, carri-nheiros e catadores são trabalhadores que vivem e so-brevivem com trabalho independente, recolhendo lixoreciclável para o seu sustento e o da própria família,contribuindo também com o meio ambiente.

Material indicado:P calculadora.

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados:a) Que o aluno aplique conhecimentos de medi-

das de capacidade, regra de três, sistema mo-netário e porcentagem.

b) Que o aluno faça relações entre informaçõesdo texto que revelam a consideração pelo ani-mal e o descaso para com pessoas.

Dicas do professor:Filme – Ilha das flores, direção de Jorge Furtado.Poema – O sujeito cataDOR, de Maurício R. da Silva. In:Violência e trabalho no Brasil, organizado por Dal S. Rosso(Goiânia, UFG, Brasília, MNDH).

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Page 47: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 47

Área: Português Nível I

1. Deixe que explorem o texto e mostre os ele-mentos principais que o compõem: título, ilus-tração, corpo etc.

2. Ajude-os a constatar que existem, na verdade,três textos juntos no texto 28.

3. Identifique com eles cada um dos textos.

4. Leia ou peça a um educando que leia os trêstítulos.

5. Leia o primeiro texto (original de La Fontai-ne), pedindo que acompanhem a leitura.

6. Faça o mesmo com os dois outros textos.

7. Debata com eles as diferenças e semelhançasentre os textos. Peça que identifiquem os per-sonagens principais (cigarra e formiga) e esta-beleçam relação com seres humanos.

8. Divida a turma em grupos e solicite que cadagrupo elabore uma frase (oralmente ou porescrito), que represente a “moral’ de cadauma das histórias.

9. Discuta, por exemplo, se o sentido dado pelopoeta está mais próximo da versão original ouda versão de Monteiro Lobato.

Descrição da atividade 10. Oriente para que escolham a frase mais re-presentativa para ser escrita no quadro e co-piada nos cadernos.

11. Peça que identifiquem nos textos quantasvezes aparecem as palavras “formiga”e “ci-garra”.

12. Compare o uso da letra “r” nessas duaspalavras e nos textos em geral, reforçando odomínio dessa convenção.

Atividade P Conhecendo o sentido de uma fábula

13T e x t o

Objetivo• Utilizar a comparação das três versões da fá-

bula para explicar o sentido oculto em um tex-to e também explorar a forma, exercitando osusos da letra “r”.

IntroduçãoA fábula é um texto que possui um “sentido” ocul-to, a chamada “moral da história”, pelo qual seprocura transmitir determinados valores e con-ceitos. Revelar esse sentido é fundamental para a

compreensão da fábula. O texto em questão traztrês versões diferentes da mesma fábula, dando aela sentidos diversos e até opostos. Para entendero que está oculto no texto, é preciso relacionar ospersonagens com os tipos humanos que eles re-presentam. Por exemplo, a formiga pode repre-sentar o trabalho manual, o esforço físico, e a ci-garra pode representar o trabalho cultural. Comolevar os educandos a perceberem essas relações?Como aproveitar o texto também para o exercíciodo uso de letras, no processo de alfabetização?

Resultados esperados: Domínio da capaci-dade de identificar o sentido de uma fábula, reco-nhecer palavras em um texto e utilizar correta-mente a letra “r”.

Dicas do professor: Apresentar aos educandos parlen-das e trava-línguas com o som do “r”, como: “O rato roeua roupa do rei de Roma”, “Três tigres tristes” etc.

Tempo sugerido: 4 horas

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48 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Pergunte aos alunos de quais fábulas eles serecordam e qual é a moral, ou seja, que “ensi-namento” elas transmitem.

2. Anote no quadro os nomes das fábulas e amoral contida nelas.

3. Apresente para os alunos as três abordagensdiferentes para “A cigarra e a formiga”.

4. Explique para eles que a mensagem que ca-da uma transmite são os valores morais que,de um modo geral, são aceitos ou não pelasociedade.

5. Divida a turma em três grupos.

6. Cada grupo ficará responsável por interpretara atitude das personagens e os valores conti-dos em cada abordagem da fábula.

7. O resultado do trabalho será apresentado paraa turma.

8. Após a apresentação dos grupos, em círculo,retome o tema com os alunos, levantando asseguintes questões: a) como o trabalho é vistoem cada uma das abordagens da fábula? b) Osvalores contidos nelas ainda perduram emnossa sociedade? c) Como esses valores moraisse relacionam com o mundo do trabalho?

Descrição da atividade

Atividade P A cigarra e a formiga

13T e x t o

Objetivo• Analisar as atitudes das personagens e a moral

contida nas fábulas, sob o ponto de vista dotrabalho.

Introdução:Fábula é uma narrativa, em prosa ou verso, cujospersonagens são geralmente animais. Faz alusão auma situação humana e tem por objetivo transmi-tir uma determinada moral da época. Jean de LaFontaine (1621-1695), Monteiro Lobato (1882-1948) e José Paulo Paes (1926-1998) fazem três

abordagens diferentes para “A cigarra e a formi-ga”. Quais são os valores morais contidos nessastrês abordagens diferentes? Ganância, solidarie-dade, justiça? Eles ainda perduram em nossa so-ciedade? Como o trabalho é visto em cada umadelas? O que representa a atitude das persona-gens: “a cigarra sem pensar em guardar”, “a formi-ga carrega comida” e “as formigas na eterna fainade abastecer as tulhas”? Poderíamos ver os valorestransmitidos nessas fábulas como uma crítica ouum louvor à sociedade em que vivemos?

Resultados esperados: Reconhecer o signi-ficado da fábula como transmissora de valores.Questionar os valores contidos na fábula tra-balhada.

Dicas do professor: Livros – Fábulas fabulosas, Novasfábulas fabulosas e Eros uma vês. Millôr Fernandes, comseu humor e ironia, cria e recria fábulas refletindo valorese antivalores, satirizando a nossa realidade.A história de Cândido Urbano Urubu, de Carlos EduardoNovaes, retrata a realidade social brasileira.A ovelha negra e outras fábulas, de Augusto Monterroso.

Sites – br.geocities.com/universodasfabulasUOL Crianças – Você sabe o que é uma fábula? Quem éesse Esopo? Conheça aqui a versão animada de seis fábu-las de Esopo, um escritor que viveu há mais de 2.500 anos.criancas.uol.com.br/historias/fabulas/ – 21k (Serve tam-bém para adultos)www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=artigos/docs/confabulandovalores

Tempo sugerido: 4 horas

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Área: Geografia Nível II

1. Dividir a turma em três grupos. Cada grupo fi-cará responsável por desenvolver todas as ativi-dades sobre uma das fábulas (de La Fontaine,de José Paulo Paes, de Monteiro Lobato).

2. Cada grupo deverá ler, reler e identificar: osanimais personagens principais; outros animaisenvolvidos; elementos da natureza citados;atividades desenvolvidas pela formiga e pelacigarra; desfecho da história; mensagem princi-pal; outras leituras do grupo; o valor atribuídoao trabalho pelo autor da fábula; como as re-lações trabalho-natureza são aí tratadas.

3. Cada grupo irá reescrever a história e contaruma nova versão para a história da cigarra eda formiga, sob a sua perspectiva do conceitode trabalho.

4. Apresentação, por meio de jogral, da fábulaanalisada e da fábula produzida pelo grupo.

Descrição da atividade 5. Debate: como o trabalho e as relações com anatureza são concebidos pelos diferentes au-tores citados no texto e pelos autores da turma.

6. Publicar as fábulas contadas pelos alunos emcartazes e/ou murais.

Atividade P Cigarras, formigas, trabalho, natureza e arte!

Resultados esperados: Discussão de dife-rentes conceitos de trabalho e relações com a na-tureza. Produção de uma fábula expressando o sig-nificado de trabalho para o grupo.

13T e x t o

Objetivo• Interpretar diferentes significados atribuídos

ao trabalho e às relações com natureza.

IntroduçãoO texto nos apresenta três versões da tradicionalfábula que alimentou a educação de várias ge-rações, especialmente das mulheres, pois trata-sede uma história feminina e o valor moral dotrabalho. A cigarra e a formiga, de La Fontaine,reescrita por José Paulo Paes em Sem barra, e porMonteiro Lobato em A cigarra e a formiga (a for-miga boa) instiga nosso imaginário, as versõeschamam a si diferentes leituras e interpretações.

A riqueza delas não se limita ao valor moral dotrabalho, à condenação do ócio, mas às relaçõescom a natureza, à forma de produção da vidamaterial. Cantar é uma atividade improdutiva,como defende La Fontaine? E como Lobato ePaes apresentam? Não continua sendo uma ativi-dade menos valorizada até hoje? A relação daprodutividade com o ritmo imposto pela natu-reza, as estações do ano, ainda permanece? E osdemais elementos da natureza como são aborda-dos? Enfim, há inúmeras possibilidades de cria-ção de atividades, de interpretação e de crítica,não é? Solte a imaginação! Bom trabalho!

Dicas do professor: Livros – O livro das virtudes e O livrodas virtudes para crianças, organizado por William J. Ben-nett (Nova Fronteira).

Tempo sugerido: 2 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 49

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50 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Artes Nível II

1. Reler o texto e identificar os três tipos de fun-cionário público.

2. Dividir a classe em três grupos.

3. Cada grupo definirá o objetivo a ser alcança-do por meio da campanha e escolherá um dostipos de funcionário, alocando-o em um ser-viço público.

4. O grupo deverá fazer uma relação das ativi-dades ou serviços prestados e escolher os as-pectos a serem ressaltados na campanha.

5. O grupo discutirá os elementos da campanha:qual o cenário, se haverá ou não música (essapoderá até ser criada em forma de jingle), queimagem a campanha quer gerar, que mensa-gem deseja transmitir etc.

6. A campanha será criada para ser veiculada natelevisão, no rádio e em jornal ou revista.

Descrição da atividade 7. Apresentação e discussão da criação (idéias,linguagens artísticas escolhidas e sua realiza-ção) e da eficácia de cada campanha (se atin-giu o público e como).

Atividade P Três campanhas

14T e x t o

Objetivos• Criar uma campanha publicitária para o ser-

viço público.• Refletir sobre os aspectos que envolvem a cria-

ção de uma campanha publicitária. • Discutir o que se espera como resultado na

criação de uma campanha publicitária.

Introdução:É com freqüência que necessitamos dos serviçosde um funcionário público: seja num hospital,numa escola, num balcão da previdência, numabiblioteca pública etc. Qual a imagem que temosdo funcionário público? Uma campanha publicitária mais do que um pro-duto vende uma imagem. É assim que, muitas ve-zes, o público é levado a crer que ao comprar umproduto da marca “X”, “torna-se” uma pessoa com

as mesmas qualidades daquela da imagem veicu-lada na propaganda. A criação de uma campanhapublicitária parte do produto e do público con-sumidor. Ela mostra a empresa, a quem se destinao produto (mãe, homem de negócios, idoso, crian-ça, eleitor etc.) e qual a proposta (características evantagens do produto). Na criação de uma cam-panha todos os aspectos envolvidos na venda deum produto e na conquista do público consumidorsão levantados e discutidos. Existem diferentestipos de campanhas publicitárias, cada uma delascom um objetivo específico e visando melhor atin-gir um determinado segmento de público. As cam-panhas são veiculadas na mídia impressa, televisi-va, radiofônica e agora, mais recentemente, nainternet. Embora a publicidade em si não estejaclassificada como arte, ela lança mão das lingua-gens artísticas na sua construção.

Dicas do professor:Sites – www.urbanidades.unb.br/artigo_funcionalismo_publico.htm (funcionalismo público)pt.wikipedia.org/wiki/Publicidade (Publicidade)

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados:a) Que o aluno possa refletir sobre os aspectos que

envolvem a criação de uma campanha publi-citária e sobre os interesses nela embutidos.

b) Que o aluno possa discutir o papel do funcio-nário público. Quais seus deveres? Quais os con-ceitos e preconceitos existentes em relação a es-sa carreira profissional?

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Área: Ciências Nível I e II

1. Divida a turma em três grupos, que deverãofazer uma listagem de informações sobre apresença do papel nas atividades domésticas,de trabalho e de lazer. As informações devemser agrupadas em uma tabela, relacionando:a) tipo de papel; b) finalidade (embalagem,caderno, saco de pão, etc.); c) cor do papel;d) qualidade do papel (liso, com pauta, reci-clado, etc); e) aspecto visual, etc.

2. Solicite aos alunos que façam um diagramadas cinco etapas de produção de papel, procu-rando identificar em qual(is) da(s) etapa(s)relacionada(s) poderia ter havido uma dife-renciação para a produção dos vários tipos depapel amostrados.

3. Estimule os alunos a utilizarem artisticamenteas amostras de papel, por meio do origami,

Descrição da atividade confecção de caixinhas, envelopes, etc. O ensi-namento deve ser compartilhado pelos alunos.

Atividade P Fabricação de papel

14T e x t o

Objetivos• Identificar as etapas da fabricação de papel.• Reconhecer a importância social do papel.

IntroduçãoO texto fala do uso de papel em nossa sociedade.A fabricação de papel ocorre em cinco etapas prin-cipais. Na primeira há a produção de matéria pri-ma, com a plantação de árvores, como o eucalip-to, que após 7 anos pode ser cortado. As toras são,então, descascadas e as cascas queimadas, pro-duzindo eletricidade e vapor. A etapa 2 é a fabri-cação da polpa. A madeira é feita de fibras decelulose, unidas por lignina, uma espécie de cola.A lignina deve ser removida para a obtenção dapolpa de celulose, por processo mecânico (pren-sagem na presença de água) ou químico (pedaçosde madeira são misturados com substâncias quí-micas e aquecidos sob alta pressão) ou por recicla-gem de papel usado. A terceira etapa, a de maior

impacto ambiental, é o branqueamento, quandosubstâncias químicas específicas removem o queainda resta da lignina. A quarta etapa consiste naformação da folha. A polpa inicialmente contémmais de 97% de água. Essa mistura aquosa élançada uniformemente sobre uma tela, onde aágua é perdida, obtendo-se a folha de papel apóssecagem. O papel seco é enrolado e rebobinado,seguindo então para a quinta e última etapa, oacabamento. Os papéis contidos nas bobinas sãocortados e embalados, de acordo com as necessi-dades e tipos de papéis disponíveis, geralmenteem fábricas automatizadas.

Contexto no mundo do trabalho: O papel é utilizadopraticamente em todas as atividades profissionais. A donade casa anota suas receitas em cadernos ou folhas avul-sas; o operário recebe instruções escritas em papel. Nosescritórios e nas fábricas, os funcionários são orientados eavaliados por meio de documentos escritos em papel.

Resultados esperados: Identificação das eta-pas de um processo de fabricação de papel e de suaimportância social.

Dicas do professor: Foram os chineses que descobriramo papel, há mais de 2.000 anos. Durante muito tempo, opapel foi fabricado a partir de fibras naturais, como o al-godão e o linho. No entanto, a crescente necessidade deutilização de papel fez com que se buscassem outrasmatérias primas, como a madeira.

Materiais indicados:P amostras de papéis de

diferentes tipos e origens.Tempo sugerido: 1 hora

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 51

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52 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Português Nível I

1. Atividades de pré-leitura.a) Escrever no quadro (ou imprimir, se possí-

vel) o segundo parágrafo do texto e pediraos alunos que pontuem com travessão,vírgula e pontos.

b) Esclarecer a necessidade de pontuar bem,pois, textos mal pontuados podem gerardubiedade. Para exemplificar, sugerimoscolocar no quadro (ou imprimir) o seguintetexto:“Um homem rico estava muito mal. Pediupapel e pena. Escreveu assim: Deixo meus bens à minha irmã não a meusobrinho jamais será paga a conta do al-faiate nada aos pobres. Morreu antes de pontuar a frase. A quemdeixava ele a fortuna?”

c) Dividir os alunos em grupos, atribuir a cadaum deles um grau de relacionamento com opersonagem (irmã, sobrinho, alfaiate, po-bres) e pedir que pontuem o texto de modoque o dinheiro vá para seus bolsos.

2. Atividades de leitura.a) Ler o texto com os alunos. Ressaltar a im-

portância e os mistérios que um bom con-selho pode trazer. Conversar sobre a aten-ção ou falta dela dada a um conselho jáouvido na vida.

3. Atividades de escrita.a) Simular: o pai não conseguiu conversar

com os filhos. Com medo de morrer antes

Descrição da atividade de vê-los, escreveu um bilhete. O bilhete éuma frase curta que duas pessoas trocampara agradecer, oferecer, informar, descul-par, perguntar etc. Compõe-se, normalmen-te, de data, nome do destinatário, mensa-gem, despedida e nome do remetente.

b) Solicitar aos alunos que assumam a voz dopersonagem “pai” e escrevam o bilhete como segredo.

c) Estipular um tempo para que todos se man-tenham em absoluto silêncio. Nesse interva-lo, todos poderão conversar, mas somentepor bilhetes. É importante que os alunos fi-quem atentos aos elementos de composiçãodos bilhetes e, também, da pontuação.

d) Passado o tempo, o professor pede a algunsalunos que leiam os bilhetes recebidos. Aclasse, por sua vez, pode classificá-los: omais objetivo, o mais engraçado, o maissério, o incompleto, o ilegível etc.

e) Exercitar a elaboração de bilhetes em outrassituações de comunicação.

Atividade P A estrutura do bilhete e a pontuação

15T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de usar o ponto e de es-

crever bilhetes.

IntroduçãoO bilhete é uma mensagem curta, muito utilizadaem nossa sociedade. Se mal pontuado, pode cau-sar dubiedade, como mostra a atividade proposta.

Resultados esperados: Fluência na elabo-ração do gênero bilhete e atenção aos sinais depontuação.

Tempo sugerido: 2 horas

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 53

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Após leitura silenciosa e atenta do artigo 70,do Capítulo II da Constituição Federal de1988, peça a cada um dos alunos que assinaleos incisos que lhe chamaram a atenção.

2. Em seguida, os alunos organizam-se em pe-quenos grupos e, tendo em conta suas expe-riência como trabalhadores, discutem em quemedida os deveres do Estado e dos empre-sários vêm sendo cumpridos. Que exemplosconcretos podem ser dados?

3. Exposição dos grupos, com comentários doprofessor a sobre seus direitos como educa-dor-trabalhador.

4. Explique aos alunos que, possivelmente, te-nhamos uma reforma das leis trabalhistas, oque pode mudar alguns direitos historica-mente conquistados pelos trabalhadores (ver“Dicas para o professor”).

5. Discuta com eles que direitos previstos naConstituição Federal de 1988 devemos asse-gurar e que novos direitos deveríamos lutarpara conquistar?

Descrição da atividade 6. Alguém poderia convidar um advogado tra-balhista e/ou um sindicalista para aprofundaro assunto?

7. Ao final da atividade, solicite que elaboremcartazes defendendo pelo menos um dos dire-itos assegurados atualmente pela constituição.

Atividade P Um retrocesso na história: que direitos precisamos assegurar?

16T e x t o

Objetivo• Reconhecer que os trabalhadores e trabalhado-

ras são sujeitos de direitos.

Introdução:A constituição de 1988 assegurou direitos traba-lhistas importantes para proteger os interessesdos trabalhadores e atenuar conflitos sociais. Emsua grande maioria esses direitos já estavam pre-vistos na Consolidação das Leis do Trabalho –CLT – instituída no governo Getúlio Vargas, em1942. Com a crise do taylorismo-fordismo e doEstado do Bem Estar Social, viemos perdendo

paulatinamente os direitos sociais no que diz res-peito à saúde, educação, lazer e tantos outros di-reitos que historicamente haviam sido conquista-dos pelos trabalhadores. Com a globalização daeconomia e a reestruturação produtiva, váriosautores defendem a flexibilização das relaçõesentre capital e trabalho, o que significa a dimi-nuição dos deveres dos empresários para com ostrabalhadores. Será que, como trabalhadores, seusalunos conhecem seus direitos? No caso de haveruma reforma trabalhista, que direitos devemoslutar para assegurar?

Resultados esperados: Produção de um tex-to demonstrando a compreensão de que o tra-balhador possui direitos que estão previstos pelalei, mas é necessário lutar para assegurar essesdireitos.

Dicas do professor:Sites – Ministério do Trabalho: (www.mtb.gov.br )Centrais Sindicais: www.cut.org.br; procure informações so-bre a reforma das leis trabalhistas.Sobre a influência da CLT e do trabalhismo em geral nacultura dos trabalhadores, leia o livro Afogados em leis, deJohn D. French (Editora Perseu Abramo).

Tempo sugerido: 5 horas

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54 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: História Nível II

1. Ler com a turma o texto.

2. Situar o texto no documento histórico do qualfoi retirado: a Constituição

3. Questionar o documento: Que tipo de docu-mento? Que significa Constituição? Quandofoi produzida e promulgada? Por quem?

4. Interpretação e análise do documento: a) Procurar o significado dos termos desco-

nhecidos. b) Solicitar que, em duplas, leiam e discutam

os direitos previstos. c) Cada dupla deverá escolher um ou mais

de um direito, reescrevê-lo no caderno eanalisá-lo.

5. Cada dupla deverá apresentar para o restanteda sala, os direitos que escolheram, dizendopor que foi feita a escolha e como analisamestes direitos.

6. Discutir: qual a importância dos direitos legaispara a vida dos trabalhadores? Os direitos são

Descrição da atividade respeitados no Brasil? Qual a opinião da tur-ma? O que podemos fazer para que a Lei sejacumprida nos diferentes espaços de trabalho?O que os sindicatos podem e devem fazer, deacordo com a opinião da turma, para que osdireitos sejam respeitados?

7. Afixar os cartazes com as frases produzidaspelas duplas.

Materiais indicados:P exemplar da Constituição

Brasileira de 1988.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Direitos dos trabalhadores – O que diz a Constituição?

Resultados esperados: Conhecer os direitosdos trabalhadores previstos na Constituição Bra-sileira; adquirir habilidade em analisar um docu-mento legal. Produção de frases.

16T e x t o

Objetivo• Analisar os direitos dos trabalhadores previstos

na Constituição Brasileira.

IntroduçãoO texto nos apresenta importantes trechos daConstituição Brasileira, do Título II , Dos Direitose Garantias Fundamentais, Capítulo II Dos Direi-tos Sociais. Os 34 incisos do artigo 7º- do capítu-lo II da Constituição listam todos os direitos dequem tem um emprego, ou seja, os “direitos dostrabalhadores urbanos e rurais, além de outrosque visem à melhoria de sua condição social”. Otexto da Constituição da República Federativa doBrasil de 1988, assim como as demais Constitui-

ções produzidas, aprovadas, promulgadas ououtorgadas, constitui documentos históricos,vestígios, evidências de um contexto social, po-lítico, econômico e cultural de uma sociedade,de uma nação, de uma forma de governo. AConstituição de 1988, produzida em um contex-to de intensa mobilização social, contém inú-meros avanços no que diz respeito aos direitossociais, como, por exemplo, a igualdade de di-reitos para os trabalhadores urbanos e rurais.Entretanto, como o texto diz alguns segmentosda sociedade, como os desempregados, aindacarecem de leis de proteção social. Vamos ana-lisar o documento, relacionando-o à realidadevivida pelos nossos alunos?

Dicas do professor: Consultar o site do Ministério do Tra-balho www.mte.gov.br e o texto da CLT– Consolidaçãodas Leis do Trabalho.

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Área: Matemática Nível II

Proponha aos alunos as seguintes questões:

1. Para uma empregada doméstica que recebeR$ 440,00 por mês, admitida no mês de abril,calcule o valor de seu 13º- salário proporcio-nal. (fórmula algébrica; MT x 1/12(R)

2. Um empregado doméstico que recebe saláriomínimo foi admitido no início de março e estárescindindo o contrato em novembro do mesmoano. Calcule sua gratificação de férias propor-cionais. P = MT x 1/12(R) e GF = (P)+1/3(P).

3. Para o mesmo empregado, calcule o valor totalda rescisão contratual. RC = P + GF + AP.

PROFESSOR: Essas fórmulas foram criadas paraa aplicação da álgebra, esclareça o significado decada termo junto aos alunos:MT = número de meses trabalhados;1/12 = duodécimo legal;

Descrição da atividade R = remuneração do último mês de trabalho;AP = trinta dias relativos ao aviso prévio;P = salário proporcional aos meses trabalhados.

Materiais indicados:P calculadora, calendário e

informações sobre o

salário mínimo vigentena sua região.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Direitos e deveres do trabalhador doméstico

Resultados esperados:a) Que o aluno utilize a álgebra na interpretação e

solução de problemas cotidianos.b) Que o aluno desenvolva habilidade de calcular e

conferir seus direitos.c) Que o aluno aplique conhecimentos de álge-

bra ao substituir valores numéricos em umafórmula dada.

16T e x t o

Objetivos• Reconhecer que o trabalho doméstico possui

várias categorias e leis específicas que esta-belecem seus direitos e deveres.

• Aplicar conhecimentos algébricos em situaçõesreais dos aspectos legais que envolvem o tra-balho doméstico.

IntroduçãoA história do trabalho doméstico, no Brasil,começou com a chegada dos escravos africanos.De início, as “mucamas” eram as escravas que tra-balhavam para os “senhores e suas patroas”, inclu-sive, algumas tinham como tarefa amamentar osfilhos de seus patrões. Após a abolição da escra-vidão, muitas mulheres se dedicaram aos afazeresdomésticos. Eram livres, porém, exploradas, por-que a mão-de-obra, na maioria das vezes, não era

paga. A profissão do empregado doméstico foiregulamentada por Constituição Federal em 1988,concedendo direitos sociais. Atualmente, emborahaja legislação para esse(a) trabalhador(a), não éraro ver que muitos dos direitos e dos deveres daspessoas não estão sendo respeitados por patroas eempregadas domésticas. Pergunte à classe se elesconhecem empregadas domésticas que trabalhamsem carteira assinada. O que é mais vantajoso, serdiarista ou mensalista? Há alguém na classe queintegra a categoria? Que tipo de problemas en-frentam no seu trabalho? Que categoria de traba-lhos domésticos exercem?

Contexto no mundo do trabalho: É necessário que tan-to o empregado como o empregador tenham conheci-mento dos direitos e deveres que envolvem especifica-mente o trabalho doméstico.

Dicas do professor: Livro – Santos, A. Manual de con-trato de trabalho doméstico: direitos, deveres e garantiasdos empregados e dos empregadores domésticos, de A.Santos (Forense).

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 55

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Page 56: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

56 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Matemática Nível I e II

1. Leia o texto com os alunos e peça que cal-culem quanto deveria ser o salário mínimo serespeitado o artigo IV do capítulo II. Para tal,oriente que listem todos os itens previstos noartigo, estimando o custo mensal de cada umpara toda a família. Ao final, devem somar ogasto com todos os itens, obtendo assim umsalário mínimo condizente com a lei.

2. Peça que calculem a diferença entre o sa-lário mínimo real, o salário necessário calcu-lado pelo Dieese e aquele que os alunos en-contraram.Exemplo de tabela que pode ser elaboradanessa atividade:

3. Peça aos alunos que escrevam suas conclu-sões, indicando o que a sociedade deveria fa-zer para que a lei fosse cumprida.

Descrição da atividade

Atividade P Salário legal

Resultados esperados:a) Estimativa de um salário mínimo que dê con-

ta da descrição do artigo 7º- da constituiçãofederal.

b) Indicações de ações sociais pelo cumprimentodo mesmo artigo.

16T e x t o

Objetivo• Calcular o valor do salário descrito pela consti-

tuição federal usando as operações básicas damatemática; discussão de ações que visem ocumprimento da lei.

IntroduçãoSegundo o artigo 7º- , inciso IV do capítulo II, DosDireitos Sociais da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, o salário mínimo deve ser“capaz de atender às suas necessidades vitaisbásicas e às de sua família, como moradia, ali-

mentação, educação, saúde, lazer, vestuário, hi-giene, transporte e previdência social, reajusta-do periodicamente, de modo a preservar o po-der aquisitivo, vedada sua vinculação paraqualquer fim”. O Dieese calculou que o saláriomínimo necessário em julho de 2006 deveriaser de R$ 1.436,74 em vez dos R$ 350,00 efeti-vados atualmente. Como explicar essa diferen-ça? O que faz um trabalhador que ganha umsalário mínimo para viver com sua família? Co-mo e onde ele mora? Onde e como seus filhosestudam?

Tempo sugerido: 3 horasitem

moradia

alimentação...

gasto mensal

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 57

Área: Matemática Nível I

1. Pergunte aos seus alunos quem tem carteiraassinada e quem trabalha por conta própria(na informalidade). Escreva no quadro a con-tagem das respostas e calcule explicando aporcentagem de cada uma delas: TI = total dealunos na informalidade x 100 / Total dealunos da turma.

2. Divida a turma em dois grupos: o primeiroreunindo os que têm carteira assinada e o se-gundo os que trabalham na informalidade.Peça ao primeiro grupo que discuta e registreem um papel pardo as vantagens e as desvan-tagens de trabalhar com carteira assinada e aosegundo, as vantagens e desvantagens de tra-balhar na informalidade (ou ser autônomo).

3. Cada grupo deve fazer a sua apresentação ex-pondo seus registros na parede da sala.

4. Depois, oriente a leitura do texto pedindo:a) que confiram a porcentagem de traba-

lhadores na informalidade nacional comaquela encontrada na turma;

b) comparem os argumentos que os alunosregistram para cada uma das duas situa-ções com os do texto;

c) Entre as razões para o crescimento da infor-malidade, peça que escolham aquela quemais se aproxima dos casos relatados naturma e que justifiquem.

Descrição da atividade 5. Representar os resultados obtidos por meio degráficos como:

Atividade P Em que parte estou?

17T e x t o

Objetivos• Calcular porcentagem.• Compreender razões da informalidade.

IntroduçãoMais da metade dos trabalhadores brasileirosvive na informalidade, diz o texto. Quais as ra-

zões desta situação? Provavelmente muitos dosalunos e alunas do EJA vivenciam a informali-dade Como eles percebem isso? Que dificuldadestêm? Quais as vantagens e as desvantagens quepercebem nessa situação?

Resultados esperados:a) Conhecer o rol de vantagens e desvantagens de

trabalhar na informalidade.b) Calcular a porcentagem do trabalho na infor-

malidade.

Dicas do professor: Caso na turma não haja nenhumaluno trabalhando na informalidade, faça uma simulação,dividindo a turma em dois grupos com referência na por-centagem nacional (52%).

Material indicado:P papel pardo.

Tempo sugerido: 3 horas

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58 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Matemática Nível I e II

1. Após leitura e discussão do texto, peça aosalunos que:a) retirem as informações numéricas da venda

de cigarros falsificados ou contrabandeadosem 2001 e estabeleçam a relação entre essesdados e a não arrecadação de impostos pelogoverno;

b) verifiquem que porcentagem no setor far-macêutico mostra medicamentos falsifica-dos que são vendidos no país e que expres-sem essa porcentagem em forma de númerodecimal;

2. Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amos-tra de Domicílios), a taxa de desocupação de-tectada no período de 2002 a 2003 passou de9,2% para 9,7%. Considerando a população to-

Descrição da atividade tal de brasileiros de 169.800.000, peça que de-terminem quantas pessoas estavam desempre-gadas em 2002 e em 2003, e que verifiquemtambém, a diferença entre esses números e oque eles revelam.

Atividade P Crescimento do trabalho informal

Resultados esperados: Que o aluno perceba ocrescimento do trabalho informal, suas causas econseqüências, por meio de cálculos aritméticos,tais como: regra de três, proporções, números deci-mais e operações básicas.

17T e x t o

Objetivos• Aplicar conhecimentos matemáticos com da-

dos informacionais do texto.• Perceber a situação real do Brasil em termos de

desemprego que leva a trabalhos consideradosclandestinos.

IntroduçãoCamelôs, barraqueiros e donos de fábricas defundo de quintal são alguns trabalhadores bra-sileiros que vivem no mundo da informalidade.Muitas vezes, por não conseguir trabalho, as pes-soas buscam serviços no universo informal. Sãovárias as perdas desse trabalhador, dentre elas,ele deixa de ter direito ao seguro desemprego, aoseguro acidente de trabalho, ao seguro materni-dade e, sem contar que muitas vezes há o envol-vimento com atividades ilegais, como é o caso davenda de produtos falsificados ou contrabandea-

dos. Pergunte aos alunos: Vocês conhecem pes-soas que trabalham informalmente? O que aslevaram a esse serviço? Que dificuldades elas en-contram? Vocês consideram ilegal trabalhar nainformalidade? Quais seriam as maiores causasque levam as pessoas ao trabalho no setor infor-mal? Como o governo brasileiro pode contribuirpara que essas pessoas saiam da alternativa in-formal de trabalho?

Contexto no mundo do trabalho: O Brasil é um doscampeões no mundo do trabalho informal, pois mais dametade dos trabalhadores brasileiros vive desse serviço.Esse problema nacional se expande e causa dificuldadesao país e ao trabalhador. Os jovens, mesmo com algumaescolarização, estão despreparados para atuar num mer-cado instável e cada vez mais exigente, sendo então for-çados a sobreviver por meio da clandestinidade.

Dicas do professor: Filme – Pelle, o conquistador, diretorBille August.

Material indicado:P calculadora

Tempo sugerido: 3 horas

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Área: Matemática Nível II

1. Oriente uma leitura silenciosa do texto, pedin-do que sublinhem todos os dados numéricosque o compõe.

2. Depois disso, organize-os em grupos e soliciteque montem uma tabela com os dados de Lau-ro Ramos sobre a re-acomodação da econo-mia – base do crescimento da informalidade –e outra com os dados da pesquisa do Sebraesobre as causas de as empresas continuaremna informalidade.

3. Com os dados organizados nas tabelas doitem anterior, peça que elaborem um gráficode linhas para os dados de Lauro Ramos e ou-tro de setores para os dados da pesquisa doSebrae. Se possível use papel milimetrado.Feitos os gráficos, converse com os alunos so-bre as características de cada um dos gráficos,destacando que o de setores serve para com-parar dados entre si e o de linhas serve paraobservar fenômenos que se alteram no tempo.

4. Para concluir, peça aos alunos que relatem ca-sos de pessoas que conhecem e que trabalhamna informalidade, comparando suas situaçõescom aquelas trazidas pelo texto.

Descrição da atividade

Atividade P Construindo gráficos da informalidade

Resultados esperados:a) Que o aluno saiba construir e ler gráfico de

setores e gráfico de linhas.b) Resignificação do sentido da informalidade do

trabalho para os alunos que nela vivem.

17T e x t o

Objetivos• Elaborar gráfico de setores e de linhas.

IntroduçãoO texto traz muitos dados explicando a situaçãoda informalidade no Brasil. Embora os númerossejam elucidativos, a forma de apresentá-los podeser um complicador para os que não tem domíniodos conceitos matemáticos. Os gráficos são bons

recursos para melhor compreender relações entredados. A atividade a seguir busca construir umcaminho que ajude na compreensão da informali-dade no trabalho. Os alunos de EJA, certamente avivenciam, pois constituem aquela parte dos tra-balhadores que, com maior freqüência, vivem nainformalidade e têm seus direitos negados. Comoeles se percebem nesse quadro? Como atuampara reverter esta situação?

Material indicado:P papel milimetrado.

Tempo sugerido: 4 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 59

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60 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Português Nível II

1. Atividades de leitura.a) Ler o texto com os alunos. Pedir que loca-

lizem o tema (o trabalho informal e suasconseqüências) e que discutam os reflexosda informalidade na concepção de empre-go no país.

b) Pedir que dêem respostas para as pergun-tas fundamentais do texto de informação:Onde? Quem? Quando? Como? Por quê?

2. Atividades de produção de texto. Se o professor quiser, pode dividir o texto emvários segmentos paras propor a tarefa a se-guir: 2.1. Pedir aos alunos que façam um resumo do

texto lido, a partir das seguintes orien-tações:I – Destinatário: colegas de outras salas

que não leram o texto original.II – Local onde o texto circulará: mural

da escola.III – Objetivo: sumarizar o conteúdo para

fácil consulta dos colegas da escola.IV – Procedimentos:

a) Apague, no resumo, os conteúdosfacilmente inferíveis a partir denosso conhecimento de mundo.

b) Apague as seqüências de expres-sões sinônimas ou que sejam ape-nas explicações de uma idéia cen-tral.

c) Apague os exemplos.

Descrição da atividade d) Apague as justificativas de umaexplicação.

e) Apague os argumentos contráriosà posição do autor (se houver).

f) Reformule as informações precisaspor termos genéricos (quando pos-sível). Exemplos: homem, gato ecachorro por “mamíferos”.

2.2. Escrever o texto e colocar, como título,em letras maiores, um fragmento extraí-do de “Brasil dividido”, para chamar aatenção dos colegas de outras classes.(Sugestão: Quem trabalha sem registrovive sem qualquer rede de proteção!)

Atividade P Resumo II – Aprofundando possibilidades de sumarização

Resultados esperados: Textos sintéticos. Am-pliação da capacidade de redigir.

17T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de síntese de textos de

informação.

IntroduçãoSintetizar é tarefa árdua que exige habilidades ecompetências diferenciadas. A atividade aquiproposta relaciona-se com a sugerida no texto“Santo Dias” (ver neste caderno) e a aprofunda.

Tempo sugerido: 3 horas

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 61

Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível II

1. Coloque o vocabulário na lousa:Calça – pantsCamisa – shirtCamiseta – t-shirtBlusa – blouseMeias – socksCasaco – coatMacacão – jumperTerno – suitGravata – tieCachecol/ echarpe – scarfSaia – skirtVestido – dressPijama – pajamasCueca – underwareCalcinha – pantiesSutiã – braMeia-calça – tightsLuvas – glovesMoleton (conjunto) – Sweatsuit/jogging suitSuéter – sweterCinto – beltChinelos – slippersSandálias – sandalsSapatos – shoesTênis – tennis/ sneakers

2. Peça a eles que copiem as palavras do vocabu-lário e dê a eles tempo para “memorizar” alista (cerca de 5 a 6 minutos).

3. Diga a eles que começará um ditado. Eles ou-virão a palavra em inglês e devem escrevê-laem português.

Descrição da atividade 4. Dite entre 8 e 10 palavras. Verifique se acer-taram o vocabulário. Dê a eles mais 5 minutosde memorização e diga que agora fará o con-trário: o ditado será em português e eles de-verão escrever em inglês (esse com certezaterá mais erros, especialmente de grafia). Ditemais 8 a 10 palavras (repita algumas do pri-meiro ditado). Verifique os erros e acertos.

5. Os alunos poderão também elaborar um “glos-sário ilustrado” com essas palavras usando de-senhos ou recortes:

Atividade P Dictation

Resultados esperados: Espera-se que os alu−nos consigam memorizar no mínimo 50% do vo-cabulário apresentado.

17T e x t o

Objetivo• Aprender o vocabulário de roupas e acessórios

em inglês.

IntroduçãoO texto trata do mercado informal, onde os came-lôs vendem de tudo, desde meias, tênis, bonés, demarcas falsificadas, principalmente americanas.

Tempo sugerido: 1 hora

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Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá identificar, pelas fotos,aquilo que considerar próximo ou referente àsua vida pessoal (alguma situação de traba-lho na sua infância).

2. Os alunos apresentarão oralmente o que iden-tificaram.

3. Serão formados grupos de acordo com a se-melhança das identificações.

4. Os grupos deverão, a partir das identificações eusando a memória da infância, fazer uma listade jogos e brincadeiras para um dia de lazercom as crianças da família e vizinhança.

5. Os grupos proporão as atividades para aclasse e, se houver possibilidade, a classe po-derá, de fato, organizar, na escola, um dia delazer para familiares e vizinhos, reunindo to-dos os jogos e brincadeiras relacionados oucriados pela classe.

6. Discussão da experiência tendo por foco arelação do trabalho e da brincadeira para acriança.

Descrição da atividade

Atividade P Dia de lazer

19T e x t o

Objetivo• Planejar um dia de lazer a partir das memórias

de infância.

Introdução:Até meados do século XIX, no ocidente, a crian-ça era considerada simplesmente um adulto emminiatura, que devia respeito e obediência a to-da e qualquer “pessoa grande”. Não havia muita

distinção entre o mundo adulto e o infantil. Oreconhecimento de que a infância é uma fase davida com características e necessidades própriase que as experiências vividas na infância são abase da construção da personalidade e orien-tam a maneira como um indivíduo se relacionae constrói sua vida só aconteceu depois do sur-gimento das chamadas ciências modernas comoa Psicologia, a Pedagogia e a Sociologia.

Resultados esperados:a) Que o aluno perceba o quanto de trabalho

existe na brincadeira infantil.b) Que o aluno compreenda que o jogo e a brin-

cadeira, além de proporcionarem o desenvolvi-mento de habilidades, é importante compo-nente para a criação e o estabelecimento derelações afetivo-sociais.

c) Que o aluno seja capaz de identificar, proble-matizar questões estéticas e artísticas envolvi-das nas brincadeiras.

Tempo sugerido: 2 horas

62 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

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Área: Ciências Nível I e II

O cristal é um sólido com estrutura interna regu-lar. Muitos são usados industrialmente e outrossão lapidados como jóias. Muitos dos mineraispossuem a estrutura de um cristal.

Esta atividade convida os alunos a produziremum cristal de sal de cozinha.

1. Ponha água quente em um copo e vá adicio-nando sal de cozinha, misturando bem.

2. Mexa e continue acrescentando o sal até so-brar um pouco de sal no fundo do copo.

3. Transfira a água com sal dissolvido para umoutro copo e deixe evaporar. (Dica: use o mí-nimo possível de água, para que os cristais jácomecem a aparecer no dia seguinte.)

4. Peça aos alunos que tragam amostras de cris-tais para a sala de aula e compare as diversasformas observadas.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P água quente, sal de

cozinha e copos

transparentes e cristais diversos.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P De que são feitas as rochas?

Resultados esperados:a) Identificação da composição das rochas.b) Identificação do emprego de material mineral

em nosso cotidiano. c) Produção de cristais de sal de cozinha.

20T e x t o

Objetivos• Identificar a composição das rochas.• Associar o emprego de material mineral em

nosso cotidiano.

IntroduçãoA dura realidade do trabalho infantil pode ser vi-sualizada na foto de um menino em uma pedreira,quebrando rochas. As rochas são formadas porcombinações de um ou mais minerais. Os mineraissão compostos de espécies químicas combinadasde forma definida e ordenada. Oito elementos for-mam mais de 99% da crosta terrestre. São esseselementos que se combinam para formar os min-erais: oxigênio, silício, alumínio, ferro, cálcio, só-dio, potássio e magnésio. O chumbo, a prata, o

zinco e o cobre, e muitas outras substâncias quetêm importância para a humanidade são muitomais raros. Dificilmente encontramos na naturezaum mineral em estado puro. Eles geralmente ap-resentam-se combinados com outros elementosquímicos, para formar os minérios. No Brasil ex-iste uma grande variedade de formações geológi-cas, o que resultou em um solo rico em minerais.Possuímos jazidas de metais não-ferrosos (comocobre, chumbo, níquel, zinco e estanho), deminério de alumínio (bauxita), jazidas de fósforoe de outros minerais (como mármore, amianto,mica e gipsita). O geólogo é o profissional que tra-balha com prospecção e conhece profundamenteos metais, rochas, etc. Que outras profissões estãorelacionadas aos minerais?

Dicas do professor: Jazidas são áreas que apresentamum dado mineral em elevada quantidade, facilitando asua exploração. Mesmo assim, para obter uma toneladade um mineral, é necessário que sejam removidas grandesquantidades de terra. Após essa explotação (exploraçãoeconômica), o solo fica arrasado e boa parte do subsolo fi-ca sem utilidade. Verifica-se, portanto, que a atividademineradora apresenta um alto potencial de causar im-pactos ambientais negativos.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 63

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Page 64: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

1. Faça uma leitura para a classe do texto, co-mentando-o e consultando a turma se conhe-cem alguma situação onde crianças estejamtrabalhando?

2. Organize os alunos em grupos e peça que en-contrem soluções para os seguintes problemas: • Considerando, segundo dados da OIT, que en-

tre 2000 e 2004 o número de crianças traba-lhadoras no mundo caiu 11%, passando de246 a 218 milhões, em quanto tempo, manti-do o ritmo da queda, o trabalho infantil seextinguirá no mundo? Que idades terão ascrianças de 7 a 14 anos que hoje trabalham?

• E no Brasil, em que ano o trabalho infantilserá extinto se, no grupo de crianças comidade entre 5 e 9 anos, o trabalho caiu 61%entre 1992 e 2004, e 36% na faixa etáriamais numerosa, de 10 a 17 anos, conside-rando que a taxa continue a cair no mesmoritmo?

• Quais medidas o governo tem que tomarpara que isso aconteça? E o que a sociedadedeve fazer?

3. Depois de apresentadas e conferidas as so-luções, peça a cada um dos alunos e alunasque escreva um texto dizendo o que eles po-

Descrição da atividade derão fazer para contribuir com a erradicaçãodo trabalho infantil.

4. Organize com os alunos um mural na escoladenunciando o trabalho infantil e propondoações locais para combatê-lo.

Atividade P Lugar de criança é na escola

20T e x t o

Objetivos• Resolver problemas usando regra de três.• Refletir acerca do trabalho infantil no Brasil e

no mundo

IntroduçãoA visão de que começar a trabalhar cedo podeajudar para um futuro melhor ainda é muito pre-sente. No Brasil, apesar de o trabalho infantil ser

proibido por lei, três milhões de crianças não têmo direito de brincar, de ir à escola, enfim, de viverplenamente a infância. O mais cruel é que muitaspessoas que consideram o trabalho infantil positi-vo não questionam quando seus filhos com maisde 18 anos só estudam ou que os filhos da elitelocal não trabalhem nunca. Você concorda comisso? E seus alunos e alunas?

Resultado esperado: Texto escrito demons-trando mobilização pessoal para com a extinçãodo trabalho infantil.

Dicas do professor: Oriente uma pesquisa buscandosaber se na sua região tem algum setor de trabalho queuse mão-de-obra infantil. Se positivo, organize com osalunos uma denúncia ao Conselho Tutelar e Conselho dosDireitos da Criança e do Adolescente.

Tempo sugerido: 3 horas

64 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

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Page 65: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Área: Matemática Nível I

Utilizando as informações contidas nas imagense nas questões, solicite aos alunos que:

1. Façam a leitura da foto onde a criança estendeo sisal para secar. Observem a distribuição es-pacial em que o sisal é estendido e descrevamaspectos matemáticos que são revelados nesseretrato;

2. Olhem a foto da criança quebrando pedraspara transformá-las em paralelepípedos oubritas. Dependendo do tamanho da brita, umalata de 20 litros cheia de pedras é vendida pe-lo valor de R$ 0,08 a R$ 0,l6. Considerando amédia entre esses valores pagos, verifiquemquantos centavos ganha uma criança ao ven-der 5 latas de brita.

3. Escrevam o que pensam sobre o trabalho des-sa criança e o valor ganho nessa venda

Descrição da atividade

Atividade P Trabalho infantil: todos somos responsáveis

20T e x t o

Objetivos• Reconhecer que um país, cujas crianças são

convocadas ao trabalho em detrimento do es-tudo, é um país que não resolveu seus gravesproblemas de injustiça e desigualdade social,que geram miséria e degradação.

• Utilizar conceitos matemáticos, posicionando-sede maneira crítica e responsável em relação aosdiferentes trabalhos realizados por crianças.

IntroduçãoMuitas crianças perdem a infância para ajudarno sustento da família. Embora o Estatuto daCriança e do Adolescente proíba essa prática noBrasil, encontramos crianças carregando lenha,quebrando pedras, estendendo sisal, colhendochá, cortando e carregando cana-de-açúcar; rea-lizam serviços que competem ao adulto. O es-

forço que o menino que quebra pedras faz, estáestampado em sua expressão corporal. Peça aosalunos que observem cada um dos pequenos tra-balhadores e expressem suas opiniões em relaçãoao trabalho infantil. Discuta com eles: O trabalhoescravo acabou no Brasil? Onde seus alunos mo-ram há crianças que trabalham? Que serviçoselas prestam? As crianças percebem o perigo aque estão expostas em seus ambientes de traba-lho? Como é possível erradicar o trabalho infan-til? O que sugerem, como ação, para não havermais crianças trabalhando no Brasil ?

Contexto no mundo do trabalho: Não é legal a criançatrabalhar, ela tem de ir para a escola estudar. Todo bra-sileiro adulto é responsável pela criança trabalhadora edeve ser convocado para acabar com essa dura realidadeem nosso país.

Resultados esperados:a) Que os alunos compreendam que o trabalho in-

fantil está relacionado a uma vida de extremapobreza e falta de perspectivas, tanto para acriança como para sua família, mostrando a de-sigualdade e injustiça de nossa sociedade.

b) Que os alunos analisem as fotos, interpretando-as e escrevendo a respeito, tanto do ponto devista subjetivo como utilizando-se de cálculosque envolvam média aritmética, noções espa-ciais e operações de multiplicação.

Dicas do professor: Sites – www.unicef.org www.trabalhoinfantil.org.br.Livro – Trabalho infantil: o difícil sonho de ser criança, de C.Porto, I. Huzac e J. Azevedo (Ática).

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 65

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Page 66: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Área: Português Nível II

1. Observar as figuras. Pedir que, oralmente,dêem vida a elas pelo exercício da imagina-ção: quem são essas crianças? O que fazem?Por que fazem? Quais as conseqüências dessefazer?

2. Lançar uma questão polêmica para discussãoem grupos. (Sugestão: É desumano fazer ascrianças trabalharem, ainda que numa situa-ção social como a de nosso país? Mas... se nãohouver trabalho infantil, as famílias con-seguem se manter?)

3. Reiterar que as posições tomadas devem tersustentação em fatos ou idéias bem articu-ladas (não se pode dizer “eu acho”), devemlevar em conta a possibilidade de refutaçãopor outros grupos.

4. Ouvir a opinião dos grupos e lançar contra-questões que exijam segurança dos alunos nasrespostas. Permitir e dirigir o debate.

5. Solicitar que, depois da discussão e da tomadafinal de posição, escrevam suas idéias em:a) cartas de opinião para um jornal de grande

circulação;b) uma carta de leitor para o jornal da região;c) uma carta de solicitação de providências

aos governantes da nação;f) cartaz de solidariedade às crianças.

Descrição da atividade

Atividade P Exercitando a argumentação

Resultado esperado: Ampliação do conheci-mento dos gêneros ligados ao agrupamento da or-dem do argumentar.

20T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de sustentar um argu-

mento, refutá-lo e negociar tomadas de posição.

IntroduçãoHá gêneros que se incluem na ordem do argu-mentar: aqueles relacionados ao domínio socialda discussão de assuntos sociais controversos.Objetivam o entendimento e um posicionamen-to crítico: cartas de opinião, por exemplo.

Tempo sugerido: 3 horas

66 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

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Page 67: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 67

Área: Artes Nível II

1. A classe deverá reler o texto e sublinhar todasas ações objetivamente descritas pelo autor.

2. Em seguida, os alunos deverão marcar todosos adjetivos que qualificam a ação, assim co-mo os advérbios de modo. Por exemplo: “Ma-ria caminha pela sala”, é diferente de “Mariacaminha lentamente pela sala”. Assim como“Maria caminha lenta e pesadamente pelasala” é diferente de “Maria, tensa e preocupa-da, caminha lenta e pesadamente pela sala”.

3. Numa folha, os alunos organizarão um protoco-lo do texto, listando pela ordem todas as açõesda personagem e o modo como as realiza.

4. Todos os alunos se postarão na posição inicialproposta no texto e começarão à construçãode Gregório Samsa, seguindo rigorosamente oprotocolo.

5. Repetir até que a seqüência de ações fiqueregistrada. É importante que os alunos se con-centrem para que, na repetição dos movimen-tos percebam sensações e sentimentos quesurgem. Não deve haver pressa na realizaçãodo exercício.

6. A seguir os alunos voltarão ao texto e cada umescolherá as palavras ou frases curtas que con-

Descrição da atividade

Atividade P Posição inicial

21T e x t o

Objetivo• Criar a personagem Gregório Samsa a partir

das ações presentes no texto.

IntroduçãoQuando lemos um texto não deciframos apenas osignificado das palavras ou empreendemos atarefa de desvendar as idéias do autor. Algo maioracontece em nós: ao entrar em contato com umaobra, a partir das propostas do autor, sentimentose idéias são mobilizados. Criamos em nossa ima-

ginação o mundo da obra: damos vida aos perso-nagens, construímos cenários, interpretamos. Emcerta medida nos tornamos co-autores.As artes cênicas (o teatro, a dança, a ópera e ocirco) trazem à luz o público por meio da inter-pretação. Uma interpretação que é do artista(ou grupo de artistas), portanto particular, masque pode ser compartilhada e compreendidapelo coletivo. A interpretação é um modo, um jeito de ver e dedar vida a uma história, a um personagem.

Materiais indicados:P aparelho de som, CD,

roupa confortável.Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:a) Que o aluno participe ativamente da cons-

trução de uma personagem e perceba a quan-tidade de aspectos e estímulos envolvidos nes-sa construção.

b) Que o aluno amplie sua capacidade de análise,conhecimento e compreensão da interpretação.

siderem importantes, significativas.

7. A seqüência de ações será realizada agoracom o acréscimo das palavras (adjetivos, ad-vérbios...) ou frases escolhidas.

8. Discussão do exercício. A critério do professor,o texto poderá ser relido e discutido. A expe-rimentação provavelmente deve ter ampliado acompreensão da personagem Gregório Samsa.

Obs: Seria bom que o exercício fosse realizadoem ambiente amplo. O professor deverá proporum aquecimento antes de iniciar a etapa 4, poisisso ajudará na concentração e na realização dasações. Uma música suave acompanhada de ins-truções que orientem o aluno a sentir cada partedo corpo e a realizar de pequenos movimentosde cada uma das partes poderá ser uma possibi-lidade de aquecimento.

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Page 68: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

68 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Ciências Nível I e II

1. Solicite aos alunos que selecionem um marco– pode ser uma árvore, um poste, um prédio,etc. – e observem a posição da sombra dessemarco ao longo de dias ensolarados.

2. Peça a eles que façam um desenho esquemáti-co da sombra visualizada nos seguintes perío-dos: manhã (10h, 11h e meio dia) e tarde (1h,2h e 3h). Eles devem procurar manter no de-senho a proporção observada nas sombras vi-sualizadas.

3. Solicite a eles que procurem relacionar a som-bra observada à posição da terra em relaçãoao Sol, numa associação com o movimento derotação terrestre.

Descrição da atividade

Atividade P Horas, relógio e movimento de rotação terrestre

21T e x t o

Objetivos• Identificar o processo de medição de horas em

um relógio de sol.• Associar mudanças na posição de sombras ao

movimento de rotação da Terra.

IntroduçãoQuando o texto fala de um despertador, pre-cisamos lembrar dos primeiros relógios confec-cionados pelo ser humano – os relógios de sol.O funcionamento desses relógios tem como fun-damento a medição do aparente movimento doSol pelo céu e o deslocamento resultante dasombra produzida numa haste. Essa sombra éprojetada sobre uma base, que possui uma es-cala numérica, referente às horas do dia. À me-dida que visualizamos o aparente movimentodo Sol, pode-se verificar que a sombra se move15° por hora. Esse número surge da divisão en-tre os 360° de uma esfera (a Terra) por 24 (as

24 horas do dia). Se usarmos como referência aposição da sombra quando o Sol está a pino –meio dia – e marcarmos na base ângulos múlti-plos de 15°, obteremos a marca das horas dodia. Os relógios de sol não são mais do queminiaturas da Terra e do seu eixo e só funcio-nam porque visualizamos mudanças na posiçãode sombra causadas pelo movimento de rotaçãoda Terra em torno de seu eixo. A necessidade dese marcar o tempo fez surgir várias profissões.Você conhece algumas delas?

Contexto no mundo do trabalho: O relógio entra nonosso dia já ao acordarmos com o seu toque ou cam-painha. E assim continua durante todo o dia, ao nos infor-mar que está na hora de iniciarmos nossas atividades, ohorário do ônibus e do trem, de almoçar, de ver televisão,de trabalhar, etc. À noite, é ele também que nos intima air dormir, porque um novo dia está para chegar.

Resultados esperados:a) Identificação do processo de medição de horas

em um relógio de sol.b) Associação de mudanças na posição de sombras

ao movimento de rotação da Terra.

Dicas do professor: Peça aos alunos que façam as ob-servações dessa atividade ao longo de um fim de semana,a fim de que vocês possam discuti-la durante a semana.

Tempo sugerido: 1 hora

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Área: Ciências Nível II

Para bebermos água, ela deve estar no estadopuro. Uma das maneiras de purificar a água derios e reservatórios de agentes químicos é a fil-tração. Já a água de chuva é pura, pois é resulta-do de um processo de evaporação.

1. Coloque um funil com coador em cada um dosvidros de conserva transparentes.

2. Em um dos funis, coloque um chumaço de al-godão na porção inferior do funil.

3. Encha os dois copos de água e a cada um delesacrescente uma colher de terra e mexa bem.

4. O conteúdo de um dos copos deve ser despe-jado em um dos frascos, de modo a avaliar-mos a influência da presença do chumaço dealgodão no processo de filtração.

5. Os alunos devem observar a aparência daságuas após a filtração (semelhanças e dife-renças).

Descrição da atividade 6. Solicite aos alunos que busquem justificar asdiferenças observadas.

Materiais indicados:P dois vidros de conserva

transparentes, dois copos, dois funis, dois filtros de papel, um

chumaço de algodão,uma colher de sopa e umpouco de terra.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Chuva

Resultados esperados:a) Compreensão de fenômenos de resfriamento do

ar e produção de chuva.b) Identificação de como o processo de filtração

pode produzir água de aparência mais límpida.

21T e x t o

Objetivos• Compreender fenômenos de resfriamento do

ar e produção de chuva.• Identificar como o processo de filtração pode

produzir água de aparência mais límpida.

IntroduçãoQuando o autor do texto diz que o personagemouvia os pingos da chuva batendo na janela, pode-mos nos perguntar: Por que chove em alguns lu-gares e em outros não? Na região do Equador, li-nha imaginária que divide a Terra em norte e sul, oar quente sobe. À medida que ele ganha altura, elesofre um resfriamento, que é de cerca de 1° C a ca-da 300 m. Como o ar frio é capaz de dissolver me-nos água do que o ar quente, ele vai perdendo essaágua à medida que vai subindo. É essa água que

depois cai, precipitando-se na forma de chuva. E oar frio e seco, para onde vai? Esse ar se movimen-ta, afastando-se do Equador e acaba descendo naspartes do planeta que se situam em torno de 30° delatitude. É isso que tornam áridas diversas regiõesdo planeta, como é o caso dos desertos do Saara,do Mojave, etc. Mas por que chove mais na MataAtlântica do que na Amazônia, que se situa bempróxima do Equador? Acontece que a presença daSerra do Mar faz com que o ar úmido do OceanoAtlântico seja empurrado acima da Serra, ou seja,mais de 1.000 m. Durante esse processo de eleva-ção, o ar se resfria e perde água, que cai de formaintensa na Mata Atlântica. A água é a base da vida.Como ela é utilizada nas indústrias? Há a reflexãode que é preciso economizar a água? É possível pu-rificar qualquer água que sai das indústrias?

Dicas do professor: A filtração não remove agentes pato-gênicos, isto é, causadores de doenças, da água. Para a re-moção desses agentes é necessário acrescentar outras eta-pas para o tratamento da água, como por exemplo, o cloro.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 69

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70 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Educação Física Nível I e II

1. Diga aos alunos que todos naquele momentosão deficientes: não têm o braço direito (quedeverá ser amarrado para trás do corpo).

2. Proponha a seguinte tarefa para todos: os sa-patos de cada um estão desamarrados, amar-rem os seus sapatos.

3. Para os que não tiverem sapatos de amarrar,corte um pedaço de barbante e peça que oamarrem em volta do pé.

4. A atividade acaba quando todos amarraram osapato.

5. Depois de um tempo é provável que não con-sigam, o professor deve intervir e mostrar que

Descrição da atividade eles deveriam se ajudar, um pedir o auxílio dooutro e assim devem proceder.

Atividade P A metamorfose

21T e x t o

Objetivos• Refletir sobre a comunicação dos deficientes

físicos. • Identificar a complexidade dos movimentos

corpóreos e da comunicação dos deficientes. • Experimentar outras linguagens.

Introdução“Por mais que se esforçasse por inclinar o corpopara a direita, tornava sempre a rebolar, ficandode costas. Tentou, pelo menos, cem vezes(...)” éassim uma das passagens do texto em que se ob-serva a dificuldade da ação de simples movimen-tos. O que seria corriqueiro para uns é de difícilconsecução para outros. Quando nos deparamoscom pessoas que não têm a mão, ou que não fa-lam, que não ouvem, que não vêem, etc. nãoconseguimos entender como é a vida deles, atéporque dificilmente nos colocamos nas mesmas

situações deles. Num mundo repleto de barreirasarquitetônicas, todo feito para as pessoas co-muns, logo vem a pergunta: Como seria viver nascondições dos deficientes? Quais são as suas difi-culdades? Quais adaptações seriam necessáriaspara vivermos assim? E se pensarmos no mundodo trabalho, as dificuldades são as mesmas? To-dos são capazes de fazer o mesmo trabalho? Osaber fazer é o mesmo para todos? O aprender afazer também? E o dizer como fazer? Essas e ou-tras questões devem fazer parte da sociedadepara a promoção de atitudes coerentes com acondição dessas pessoas e a conseqüente melho-ria da qualidade de vida delas.

Contexto no mundo do trabalho: Reflexão sobre a vidados deficientes no trabalho.

Material indicado:P barbante.

Tempo sugerido: 1 hora

Resultados esperados: Reflexão sobre a vidados deficientes físicos. Resolução de problemas,solidariedade.

Dicas do professor: Faça a relação dessa deficiência com otrabalho, quais profissões essa pessoa pode ou não exercer,que adaptações seriam necessárias para o trabalho, etc.

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Área: Português Nível II

1. Atividades de pré-leitura.a) Conversar com os alunos sobre Kafka, sua

obra, sua vida e as características da litera-tura fantástica.

b) Pedir aos alunos que tragam, para a próxi-ma aula: cola, uma cartolina ou papel-car-tão, revistas, jornais e outras publicaçõesdas quais se possam recortar figuras.

2. Atividades de leitura.a) Ler, com os alunos, o texto de Kafka. Pedir

que o relacionem à seguinte frase de To-dorov: “O fantástico é a hesitação experi-mentada por um ser que só conhece as leisnaturais, face a um acontecimento aparen-temente sobrenatural”. Elucidar o sentidoda frase e perguntar como relacionam afrase ao conteúdo lido.

b) Anunciar que os alunos viverão uma expe-riência de autoria. Ressaltar que é funda-mental que estejam envolvidos com a escrita,que detenham-se não somente no texto-produto, mas, sobretudo, no processo decriação. Enfim, é fundamental que se sin-tam “autores”.

3. Atividades de escrita.a) Dividir a classe em grupos. O grupo 1 (per-

sonagens) comporá oito cartas (como as

Descrição da atividade de baralho) com recortes de pessoas. Ogrupo 2 (espaço) comporá oito cartas comrecortes de paisagens, ambientes. O grupo3 (tempo) criará 8 baralhos que, de algummodo, indiquem o tempo (antigo, moder-no, chuvoso...). Escolher os representantesde cada grupo que irão retirar dos baralhosdos outros grupos uma carta, de modoque, ao final, o representante tenha emmãos uma carta de personagens, uma detempo, uma de espaço.

b) Pedir aos grupos que, com as cartas quetêm em mãos, criem uma história fantásti-ca para ser colocada no mural. Ressaltar aimportância da correção.

Materiais indicados:P cartolinas, cartões,

revistas, jornais.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Baralho criativo – A narrativa fantástica

Resultados esperados: Desenvolvimento dacompetência textual e da criatividade.

21T e x t o

Objetivo• Criar uma narrativa fantástica.

IntroduçãoO fim principal da narrativa fantástica émostrar a “irrealidade da realidade”. O fantásti-co e o real devem estar de tal maneira entrelaça-dos no texto, que se torna praticamente impos-sível isolar um do outro.

Contexto no mundo do trabalho: A obra de Kafka (Pra-ga, 1883-1924) constitui a materialização das tensões so-ciais numa alma pequeno-burguesa. Seu estilo alegórico eo tema “incomunicabilidade” entre os homens é explo-rado em O processo e O castelo. Choca-se com uma orga-nização social que impõe como “anormal” toda atividadeque não vise um lucro.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 71

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72 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível II

1. Coloque no quadro alguns adjetivos em formade lista:Efficient (eficiente – 3 sílabas)Hard-working (trabalhador – 3 sílabas)Good-looking (de boa aparência – 3 sílabas)Enthusiastic (entusiasmado – 5 sílabas)Tall (alto – 1 sílaba)Smart (esperto – 1 sílaba)Thin (magro – 1 sílaba)Fat (gordo – 1 sílaba)Pretty (bonito(a) – 2 sílabas)Dynamic (dinâmico – 3 sílabas)Punctual (pontual – 3 sílabas)Modern (moderno – 2 sílabas)Easy (fácil – 2 sílabas)Difficult (difícil – 3 sílabas)

2. Explique aos alunos que a divisão em sílabas édiferente em inglês. Cada sílaba equivale a umsom produzido na pronúncia e não uma con-soante e uma vogal, como em português. Digatambém que para compararmos duas coisas,duas pessoas, dois grupos etc. usamos o COM-PARATIVE, que funciona assim:Palavras de uma sílaba – ganham ER no final.TALLER, por exemplo. He is taller than Paulo(Ele é mais alto do que Paulo). Atenção: THIN,BIG, FAT dobram a última letra e, então, acres-centa-se ER (BIGGER).

Descrição da atividade Palavras de 2 sílabas terminadas em Y – corta-se o Y e adiciona-se IER. (PRETTIER).Palavras de 2 sílabas ou mais – MORE + AD-JETIVO + THAN (MORE PUNCTUAL THAN).

2. Peça a eles que comparem duas pessoas queeles conhecem (não devem ser colegas). Exemplo:Maria is more efficient than Pedro. Pedro istaller than Maria. Maria is more punctual andprettier than Pedro.

Atividade P Comparing

22T e x t o

Objetivo• Aprender a fazer comparativos simples em

inglês.

IntroduçãoA charge fala das “qualidades necessárias” parase obter um emprego numa empresa. Quando

estamos disputando uma vaga no mercado detrabalho é comum sofrermos comparações comoutros candidatos, sobre quem tem mais expe-riência, melhor aparência e melhores qualidades.

Resultado esperado: Familiarizar os alunoscom os comparativos em inglês, apresentandotambém alguns novos adjetivos.

Dicas do professor: Leve fotos de pessoas para a classepara ajudá-los nas comparações.

Tempo sugerido: 1 hora

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 73

Área: Geografia Nível II

Ler com os alunos a letra da música. Identificarna letra:

1. A relação entre a vida do operário e suas vi-vências relacionadas aos lugares – o trans-porte que utiliza, o local de trabalho, paraonde vai depois que trabalha, por onde passano trajeto.

2. A relação de semelhança e de diferença entrea sua realidade cotidiana vivida e as notíciasque falam de sua realidade.

3. O lugar percorrido pelos operários (na cidadede Recife) e se há relação entre a descrição dotrajeto (morro para a ponte, do rio para ooceano...) com a cidade.

4. Como é a vida do operário e a sua relação como transporte cotidianamente?

5. Quais as diferenças e semelhanças entre a rea-lidade do operário e as notícias sobre ele nostelejornais?

6. Onde moram os operários na cidade de Recifee quais os trajetos que percorrem freqüente-mente da casa para o trabalho?

7. Propor pesquisas, principalmente através deentrevistas com operários, para aprofundar

Descrição da atividade as especificidades dos temas presentes namúsica.

8. Debater os resultados das pesquisas e con-frontar a releitura da letra da música.

9. Propor que, em grupo, os alunos escolhamum outro grupo ou classe social para entrevis-tar, colher informações sobre suas relaçõescom os lugares e escrever uma poesia.

10. Propor a organização de um mural contandoas diferentes etapas do trabalho desenvolvi-do com a letra da música.

Atividade P O operário e os lugares

23T e x t o

Objetivo• Refletir criticamente a respeito da relação en-tre os lugares e a condição social operária.

IntroduçãoOs caminhos percorridos cotidianamente pordiferentes pessoas estabelecem relações com ocontexto social e econômico do qual fazem par-te. Assim, diferentes classes sociais podem seridentificadas pelas particularidades dos espaços

e dos caminhos que freqüentam, ao mesmo tem-po em que a freqüência de certas classes mo-dela culturalmente os lugares e os lugares cons-troem as vivências. Esse é o caso da música doDJ Dolores. O caminho do operário expressasua condição social. Recife, assim, transforma-se, os rios da cidade mudam a partir da referên-cia de quem o vê e a partir de onde o rio é visto.

Resultado esperado: Que os alunos reflitamcriticamente a respeito da relação entre os lugarese a condição social operária.

Tempo sugerido: 4 horas

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74 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Português Nível I e II

1. Atividades de pré-leitura.

Qual seria o conteúdo de um poema chamado“De dar dó”?a) Copie os 12 versos do poema em tiras de pa-

pel. Recorte e embaralhe.b) Diga aos alunos que receberão as tiras com

doze versos de um poema que tematiza a roti-na do trabalhador.

c) Divida a sala em grupos e, a cada um, entre-gue um jogo com as doze tiras. Peça que orga-nizem os versos da forma que acharem me-lhor. Diga-lhes que o poema original possuitrês estrofes e, se quiserem, podem tambémordenar os versos dessa forma. Oriente-ospara, depois de cumprirem a tarefa, colar osversos em uma folha de papel ou cartolina.

d) Peça aos grupos para apresentarem o poemamontado para a sala. Os alunos irão perceberque existe possibilidade de várias combina-ções de sentido. Pergunte qual foi o caminhode raciocínio escolhido pelas equipes paramontar o poema. Mostrar que, embora o poe-ma permita várias combinações, todas elasmantêm algum propósito, uma busca de coe-rência. Alguns alunos podem ter, por exem-plo, observado as rimas; outros, o ritmo; ou-tros, ainda, a repetição de palavras, o nexológico etc.

2. Atividades de leitura.

Mostrar o poema original para os alunos. Pedirque leiam expressivamente. Indagar sobre a pro-

Descrição da atividade priedade do título. Comentar o conteúdo e esta-belecer comparações com os poemas montadospelos alunos. Acentue que, por terem competên-cia lingüística e textual, buscaram os recursoscoesivos e a coerência para organizar o texto.Solicitar que verifiquem por que meios a autoraestabeleceu a coerência no texto original.

3. Atividades de produção de textos.

Propor para a sala a criação de um poema. Escr-ever no quadro as palavras: “busco, busca, en-contro, crio, amo, luz, flor, céu, cor, amor.Fornecer o seguinte esquema para que com-pletem, livremente:Nem tudo o que ............. é ...........Nem tudo que ..............., .............Nem tudo o que ............. é ............Nem tudo o que ............., .............Mas tudo o que ............. é ...........E tudo o que ..............., .............

Pedir que mostrem o resultado. Apresentar, porfim, o poema original, de Maria Dinorah: Nemtudo o que busco/ é flor/Nem tudo o que encon-tro,/luz./ Nem tudo o que amo é céu/Nem tudoo que crio,/cor./

Materiais indicados:P tiras de papel, cartolina,

cola.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Quebra-cabeça de poemas: desmontagem e montagem de textos

Resultado esperado: Ampliar a familiaridadecom a linguagem poética, suas especificidades eliberdades criativas.

23T e x t o

Objetivo• Percepção de recursos coesivos e ampliação da

capacidade de organização coerente de enun-ciados.

Introdução:Um bom poema é aquele que nos dá a impressãode que está lendo a gente... e não a gente a ele!”(Mario Quintana)Qual seria o conteúdo de um poema chamado“De dar dó”?

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 75

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Peça aos seus alunos que leiam o poema silen-ciosamente e, em seguida, coletivamente emvoz alta.

2. Pergunte-lhes se já viveram, presenciaram outêm conhecimento de situação semelhante àmostrada no poema.

3. Peça-lhes que falem de algum sentimento pro-vocado pela situação.

4. Faça uma discussão sobre o trabalho informalestimulando-os com perguntas: a) Já ouviram falar de trabalho informal? b) Conhecem alguém nessa situação? c) O que caracteriza o trabalho informal? d) O trabalhador se sente mais ou menos se-

guro nessa situação? Por quê? e) Quem ou o que é responsável por isso? f) Vocês têm alguma proposta para alterar

essa situação?

5. Complemente com informações necessáriaspara que os alunos compreendam o que é otrabalho informal.

Descrição da atividade 6. Proponha a realização de uma pesquisa comos alunos da escola para identificar o númerodaqueles que estão no trabalho informal efazendo o quê.

7. Proponha a divulgação do resultado para a co-munidade escolar.

Atividade P Trabalho informal

24T e x t o

Objetivo• Refletir sobre o trabalho informal identificando

suas diversas manifestações.

IntroduçãoO uso da expressão trabalho informal tem suasorigens nos estudos realizados pela OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT), no âmbito doPrograma Mundial de Emprego de 1972. Elesmostram um grande contingente de trabalhado-res vivendo de atividades econômicas considera-das à margem da lei e desprovidas de qualquerproteção ou regulação pública. Para o geógrafoMilton Santos o trabalho informal se caracteriza

pelo grau de intensividade, pela escassez de capi-tal, por pequenos lucros em relação ao volumede negócios, e por relações diretas e pessoais en-tre empregados e empregadores e/ou usuários econsumidores. Pesquisas recentes são unânimesem demonstrar que o trabalho informal aumen-tou consideravelmente nas últimas décadas, nãosó no Brasil como também no mundo inteiro.No caso do Brasil, hoje, mais de 50% dos traba-lhadores estão na informalidade e representamum fenômeno intrínseco ao modo de organiza-ção capitalista atual. Você concorda que o tra-balho informal é a negação do direito ao traba-lho regulamentado?

Resultados esperados: Pesquisa para identi-ficar o número de alunos que estão no trabalho in-formal em qual trabalho. Divulgação do resultadopara a comunidade escolar.

Dicas do professor: Sites – www.oitbrasil.org.br/prgatv/in_focus/ipec/informal.phpPortal do periódico Trabalho e Educação, NETE/FAE/UFMGwww.eci.ufmg.br/trabeduc/Livros – Crise e trabalho no Brasil, de Dedecca e outros(Scritta); A desordem do trabalho, de Mattoso (Scritta).

Tempo sugerido: 4 horas

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76 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Geografia Nível I

1. Com alguns dias de antecedência, peça aosalunos que anotem o que vendem os trabalha-dores nas ruas da cidade, destacando os pro-dutos que são industrializados.

2. Se for possível conversar com os trabalhado-res, perguntar quais as vantagens e desvanta-gens de trabalhar na rua.

3. Ler o texto com eles e comparar os pontos co-muns, se houverem, com os dados obtidos.

4. A partir dessas relações, ir traçando com elesum panorama do desemprego no Brasil e suarelação com o trabalho informal.

5. Em seguida, peça que, em grupos, elaboremuma listagem das estratégias de trabalho e deoutros “jeitinhos brasileiros” que são neces-sários para garantir a sobrevivência. Tendoem conta nosso próprio cotidiano, que exem-plos poderiam ser dados?

Descrição da atividade 6. Redação individual, com o tema “Para sobre-viver, o que é preciso inventar”?

7. Cada um dos alunos lê alguns trechos do queescreveu.

8. Debate.

Atividade P (Novas) tecnologias de sobrevivência

24T e x t o

Objetivo• Estabelecer relações entre crise estrutural do

emprego, pobreza e estratégias de trabalho ede sobrevivência.

IntroduçãoBasta andar pelas ruas de qualquer cidade doplaneta para perceber o quanto vem proliferandoas estratégias de trabalho e de sobrevivência.Nunca as pessoas trabalharam tanto, fazendoqualquer coisa para sobreviver, inclusive fugir dapolícia. (João que o diga!!!) Além de criar novasformas de trabalho, cultivam a arte da sobre-vivência, como por exemplo, dormir para nãosentir fome, inventar um jeitinho para não pagar

passagem de ônibus, economizar feijão paradeixar para o dia seguinte, etc. A pobreza e o desemprego aumentam devido àcrise do trabalho assalariado. Essa crise é estrutu-ral porque é conseqüência do esgotamento da for-ma como se dava a acumulação capitalista: pormeio do trabalho assalariado, com direitos sociaisgarantidos. Você já observou que, assim como José,os trabalhadores estão nas ruas do Brasil, Índia,Nova York ou Bolívia, vendendo todo tipo de pro-duto industrializado? Eles não têm carteira assina-da e tampouco vínculo empregatício. Se existemmilhares de produtos industrializados é porque al-guém produz e alguém vende. Afinal quem ganhae quem perde com a chamada informalidade?

Resultados esperados: Refletir sobre a situa-ção do trabalhador informal e identificar as estra-tégias de trabalho e outras atividades necessáriaspara a sobrevivência do trabalhador em meio aodesemprego estrutural.

Dicas do professor:Livro – Sobre o desemprego, leia O trabalho sob fogocruzado (Ed. Contexto), além de outros livros do econo-mista Márcio Pochman.Filme – Sobre estratégias de trabalho e de sobrevivência,assista O caminho das nuvens, de Vicente Amorim.

Tempo sugerido: 6 horas

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Área: Geografia Nível I e II

1. Realizar a leitura do texto identificando qual éa história contada.

2. Identificar o personagem principal, qual a suaprofissão e quantos filhos ele tem.

3. Identificar uma característica da sua moradia.

4. Identificar as características do trabalho reali-zado pelo personagem principal: valor dos pro-dutos, forma de venda, onde se dá esse traba-lho, as características desse local, dentre outrasinformações.

5. Levantar em sala de aula exemplos de trabalhoinformal no bairro em que moram destacandoos produtos vendidos e os serviços prestados.

6. Debater em sala de aula qual o papel do policiale os motivos da apreensão das mercadorias.

7. Registrar as conclusões do debate no caderno.

8. Discutir em sala o significado da frase: “Orelógio não pára, a vida não pára”.

9. Registrar no caderno a síntese das conclusõesextraídas da frase.

10. Sugerir à classe que se estabeleça uma re-lação entre a frase e o trabalho informal.

Descrição da atividade 11. Pode-se ainda indicar aos alunos, como com-plementação à atividade, que se faça umapesquisa entre amigos, parentes e vizinhos so-bre o grau de escolaridade dos trabalhadoressubmetidos ao trabalho informal, concluindonum quadro geral composto em classe.

Atividade P Trabalho informal

24T e x t o

Objetivo• Discutir em sala de aula o trabalho informal,

suas características e as dificuldades enfrentadaspor aqueles que se encontram nessa situação.

IntroduçãoO mercado de trabalho formal no Brasil e no mun-do está aos poucos sendo substituído pela infor-malidade, num processo gradual que objetiva a re-dução dos custos da mão-de-obra, e serve aindacomo alternativa ao desemprego elevado que ca-

racteriza a sociedade moderna. Esse fenômeno é oresultado das transformações que se operam nomercado de trabalho formal (dotado de direitostrabalhistas legalizados), como a redução da ofer-ta de vagas pela introdução de novas tecnologias,especialização intensa, exigência crescente dequalificação. Parcela significativa da mão-de-obravai se concentrando nesse segmento, ampliandoos trabalhadores vinculados ao setor terciário daeconomia (comércio e serviços), ao mesmo tempoem que o setor secundário vai perdendo peso.

Dicas do professor: A música “De frente pro crime”, deJoão Bosco, aborda a questão do trabalho informal e aviolência. Serve como ilustração aos debates em sala emrelação ao tema trabalhado.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:a) Refletir sobre as características do mercado de

trabalho informal no país. b) Repensar essa forma de trabalho como resulta-

do da falta de opção aos trabalhadores no mer-cado formal.

c) Compreender a força policial como a ação emdefesa da lei, não necessariamente em defesa davida e do trabalho.

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 77

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78 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Português Nível I

1. Antes que os alunos abram o caderno de leitu-ra, ler o texto sem citar o título. Pedir que su-giram um título possível para o que foi lido.

2. Solicitar que abram o caderno de leitura.Pedir que um aluno releia o texto. Dirigir adiscussão sobre o conteúdo e estimular a clas-se a responder:a) Que tipo de redação é essa? b) Quem criou esse poema? c) Qual é o assunto do poema? d) Qual é o tema? e) Tem um cunho de protesto? f) É possível escrever protestos em versos? g) Vocês conhecem outros poemas assim?

3. Reiterar o significado de rima e seu uso nãoobrigatório nos poemas modernos. Perguntarse o poema em questão possui rimas. Ressal-tar o ritmo e a melodia dos versos.

4. Ler outros poemas constantes deste caderno.a) Comentá-los quanto rima, ritmo, escolha

das palavras, metrificação.

5. Sugerir algumas profissões e pedir aos alunosque, livremente, criem poemas sobre elas (su-gestões: o policial, a enfermeira, o afinador depiano, o dentista, a costureira). Sugerimos nãoestipular tempo e deixar que os alunos traba-lhem livremente. Ao final, pedir que leiam seuspoemas para a sala e, se quiserem, exponhamseus trabalhos em um mural.

Descrição da atividade6. Sugerir que, depois da leitura do texto em

prosa “O fazendeiro e os filhos” (ver neste ca-derno), os alunos o transformem em versos,num exercício de paráfrase.

Atividade P Atividades de leitura e produção de poemas

Resultados esperados: Ampliação da sensi-bilidade e conhecimento das especificidades dopoema.

24T e x t o

Objetivo• Aproximar o educando da singularidade do

fazer poético.

IntroduçãoBons poemas incentivam a produção de leitura,exercitam a sensibilidade do leitor e, em muitoscasos, incitam à criação de textos dessa natureza.

Tempo sugerido: 3 horas

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Page 79: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 79

Área: Matemática Nível I

1. Coloque no quadro a seguinte informação: NoBrasil temos cerca de 2,4 milhões de desem-pregados o que corresponde a 10,7% da PEA(População Economicamente Ativa).

2. Peça aos alunos que, com esses dados, cal-culem o número correspondente aos 3% dedesempregados no Brasil.

3. Depois de conferir os resultados peça aosalunos que, em grupos, leiam o texto e discu-tam as seguintes questões:

a) “a desocupação de 3% da força de trabalho éconsiderada normal” e “salutar para a econo-mia”. Salutar para quem e por quê?

b) Os 673 mil desempregados do Brasil, que cor-responderiam aos três por cento, acharão nor-mal e salutar? Por quê?

c) Qual a opinião dos alunos e alunas de EJA so-bre o desemprego e sobre a reserva de mão-de-obra?

Descrição da atividade

Atividade P Salutar para quem?

25T e x t o

Objetivo• Usar a regra de três para encontrar o número

correspondente a 3% de desempregados noBrasil.

IntroduçãoO desemprego é indesejado pelos trabalhado-res, mas para o capital ele tem uma função. Diz

o texto que, “nos países capitalistas, a desocu-pação de três por cento da força de trabalho éconsiderada normal e há quem acredite que es-sa cota é salutar à economia, por constituirreserva de mão-de-obra para a expansão indus-trial”. O que acham disso os alunos de EJA queconstituem os três por cento de reserva de mão-de-obra?

Resultado esperado: Uso da regra de três paracálculo do número de desempregados corres-pondente a 3% de desemprego.

Tempo sugerido: 1 hora

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80 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Matemática Nível I e II

1. Inicie escrevendo na lousa as questões a se-guir e pedindo aos estudantes que respondamem seus cadernos:a) Você está empregado? Sim ( ) Não ( ) b) Se não, você está procurando emprego?

Sim ( ) Não ( )c) Você realizou algum tipo de trabalho nesta

semana? Sim ( ) Não ( )

2. A seguir peça que calculem a taxa de desem-pregados na turma (TDT) usando a seguintesfórmulas: TDT (Dieese)= Número de desempregados naturma x 100 / Total de alunos da turmaTDT(IBGE) = número de desempregados daturma procurando emprego x 100 / Total dealunos da turma.

3. Compare os dois resultados e leia com os alu-nos o texto destacando o trecho sobre taxa dedesemprego

Descrição da atividade

Atividade P Taxa de desemprego

25T e x t o

Objetivos• Usar uma fórmula para calcular taxa de desem-

prego da turma.• Conhecer diferenças na metodologia de pes-

quisa de emprego no Brasil

IntroduçãoSegundo o texto, existem duas maneiras pelasquais se calcula a taxa de desemprego no Brasil:

uma usada pelo IBGE e outra pelo Dieese e Seade.Por uma ou por outra o desemprego é sempreuma experiência dolorosa. A atividade a seguir ob-jetiva conhecer uma forma de cálculo empregadapor pesquisas sobre o desemprego, mas acima detudo ajudar as alunas e alunos de EJA a se posi-cionarem sobre o desemprego no Brasil. Quantosde seus alunos se encontram na situação de de-sempregados? Em qual estatística eles estão?

Resultados esperados: Cálculo da taxa de de-semprego na turma e reconhecimento da diferençaentre duas metodologias de pesquisa.

Dicas do professor: Se por acaso, na sua turma não hou-ver nenhum aluno desempregado, faça uma simulação.Taxa de Desemprego: indica a proporção da PEA (Popu-lação Economicamente Ativa) que se encontra na situaçãode desemprego total (aberto mais oculto).Desemprego aberto: pessoas que procuraram trabalho demaneira efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista enão exerceram nenhum trabalho nos sete últimos dias.Desemprego oculto pelo trabalho precário: pessoas querealizam trabalhos precários – algum trabalho remunera-do ocasional de auto-ocupação – ou pessoas que rea-lizam trabalho não-remunerado em ajuda a negócios deparentes e que procuraram mudar de trabalho nos 30 diasanteriores ao da entrevista ou que, não tendo procuradoneste período, o fizeram sem êxito até 12 meses atrás.Desemprego oculto pelo desalento: pessoas que não pos-suem trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias an-teriores ao da entrevista, por desestímulos do mercado detrabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas apresen-taram procura efetiva de trabalho nos últimos 12 meses.Acesse o site http://www.dieese.org.br e encontrará estese outros conceitos usados nas pesquisas pelo Dieese.

Tempo sugerido: 2 horas

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Área: Português Nível I

1. Atividades de pré-leitura.a) Colocar no quadro as frases a seguir e pedir

aos alunos que as completem com palavrasque indiquem sentido contrário:“Você abriu,________. (feche)Acendeu, ___________. (apague)Ligou, _____________. (desligue)Desarrumou, ________ .(arrume)Sujou, _____________. (limpe)Está usando algo, trate-o com carinho.Quebrou, ___________. (conserte)Não sabe consertar, chame quem o faça.Para usar o que não lhe pertence, peça li-cença.Pediu emprestado, __________. (devolva)Não sabe como funciona, não mexa.É de graça, não desperdice.Não sabe fazer melhor, não critique.Não veio ajudar, não _________ . (atrapalhe)Prometeu, cumpra.Ofendeu, ___________(desculpe-se).Falou, assuma.Seguindo esses preceitos, viverá melhor.(V. 12, Enciclopédia Popular de Pádua – folhe-to distribuído em Campinas, SP.

b) Mostrar que os antônimos formam paresque se referem a realidades opostas. Quan-do alguém pergunta se o poço é raso oufundo, pretende saber a profundidade. Oque quer saber quando se pergunta: A porta

Descrição da atividade é alta ou baixa? (altura); A parede é brancaou colorida? (tonalidade); O canguru é leveou pesado? (peso); O avião é veloz oulento? (velocidade).

2. Atividades de leitura.a) Ler o texto com os alunos e comentar sobre

as diversas formas de desemprego. Ler, tam-bém, o texto Brasil dividido, neste caderno eestabelecer comparações para ampliar osentido semântico do termo “emprego”.

b) Solicitar aos alunos que retirem, do texto,alguns antônimos: emprego/desemprego,temporário/permanente, excesso/insufi-ciência.

c) Pedir que escolham um dos provérbios aseguir e inventem uma história engraçada:• O barato sai caro.• Há males que vêm para bem.

Atividade P Antonímia

Resultado esperado: Enriquecimento da re-flexão e da expressão.

25T e x t o

Objetivo• Explorar palavras e frases que podem ser colo-

cadas em oposição, como um recurso para oenriquecimento da reflexão e da expressão.

IntroduçãoNum plano básico, antônimos são palavras ouexpressões que podem ser colocadas em opo-sição. Entre dois antônimos há sempre uma pro-priedade comum: grande e pequeno (tamanho);ir e vir (deslocamento); nascer e morrer (extre-mos de um processo) etc.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor: Livro – Introdução ao estudo do léxi-co. Brincando com as palavras, de Rodolfo Ilari (Contexto).

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 81

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82 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Artes Nível I e II

1. Dividir a classe em 4 grupos.

2. Cada grupo deverá criar 3 frases de caminhãosobre o tema do caderno.

3. Os grupos recortarão em papel cartão ou pa-pelão o formato de pára-choque de caminhãoe nele escreverão suas frases. Os grupos po-derão decorar os moldes à semelhança dospára-choques reais. Para que fiquem em pé,dois pequenos retângulos de papelão com umcorte no meio servirão de base para o encaixedo pára-choque de papelão.

4. No pátio da escola, uma estrada será de-marcada com giz, folhagem ou qualqueroutro material disponível ou escolhido pelaclasse. Os 12 pára-choques serão dispostos naestrada.

5. Os alunos da escola serão convidados a ver aexposição. A classe deverá observar as reaçõese anotar os comentários.

6. Apresentação das anotações e discussão doexercício levando em consideração a criaçãodas frases e da exposição e a experiência demostrar uma obra para o público.

Descrição da atividade

Atividade P Estradas

26T e x t o

Objetivo• Criar uma exposição de frases de caminhão so-

bre trabalho e emprego.

IntroduçãoEm vez de uma charge, ou tira de história emquadrinho, o pára-choque do caminhão. Este é

o suporte de uma forma de expressão da arte ecultura popular: as frases de caminhão. Críticase bem-humoradas despertam riso de quem aslê. O humor e a comicidade, a exemplo de outrosgêneros, também possuem suas regras, uma de-las é a capacidade de explorar e rir dos própriosproblemas.

Resultados esperados:a) Que o aluno perceba que a abordagem e dis-

cussão de um tema podem ser feitas por cami-nhos diversos.

b) Que o aluno passe pela experiência de ter umaobra sua submetida ao olhar do outro.

Dicas do professor: Sites – quatrorodas.abril.ig.com.br/diversao/parachoque/outros.shtmlwww.ocarreteiro.com.br/modules/frases.phpwww.itudomais.com.br/choque/www.marlimcar.com.br/frases.html

Materiais indicados:P papel-cartão ou papelão,

tinta guache, pincel,

canetas hidrográficas,tesoura.

Tempo sugerido: 3 horas

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Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Solicitar aos alunos que leiam a charge.

2. Colocar no quadro as palavras: patrão – em-pregado – desemprego – indicadores.

3. Perguntar se sabem e construir com eles, deforma simples e resumida, o significado e adefinição de cada palavra.

4. Feito isso, perguntar que estratégia os traba-lhadores poderiam adotar para ficarem menosvulneráveis ao desemprego? (indicar, casoeles não indiquem – as cooperativas).

5. Programar uma atividade de pesquisa biblio-gráfica, onde todos eles devem trazer para aaula do dia seguinte: a) definição de cooperativa;b) seus 7 (sete) princípios.

6. Na aula seguinte, com base no resultado dapesquisa dos alunos, explicar que:

a) As cooperativas são uma alternativa para osdesempregados, pois podem gerar trabalho erenda.

b) Nas cooperativas não há patrão que os demi-ta, pois são todos associados e as decisões sãotomadas por eles coletivamente, eles são osresponsáveis pelo negócio e gestão do seuempreendimento. Portanto, não serão man-dados embora e não vão aumentar os indica-dores de desemprego.

Descrição da atividade c) É um sistema mais justo de organizar a pro-dução e gerar renda, pois o dinheiro que ga-nham, ou excedente, depois de descontados osgastos do empreendimento, é dividido entreos associados de forma mais igualitária.

Materiais indicados:P livros, consulta em sites,

cartilhas.

Tempo sugerido: 8 horas

Atividade P Desemprego e cooperativismo

Resultados esperados: A possibilidade dereflexão sobre uma alternativa concreta de ge-ração de trabalho e renda que se apresenta comas cooperativas de trabalhadores ou outro em-preendimento autogestionário, ficando menosdependentes do emprego formal ou da relaçãopatrão-empregado.

26T e x t o

Objetivo• Estabelecer relação entre os índices de desem-

prego e a formação de cooperativas de traba-lhadores.

IntroduçãoA atividade se insere no contexto da discussão dodesemprego e sua ligação com a constituição de

cooperativas, como uma alternativa possívelpara gerar trabalho e renda.

Contexto no mundo do trabalho: Entender sobre a for-mação de cooperativas como forma de gerar trabalho erenda aos desempregados.

Dicas do professor: Livros – Cooperativas: uma alternati-va de organização popular, de Daniel Rech (DP&A).Cooperativismo: Uma revolução pacífica em ação, de San-dra M. Veiga e Isaque Fonseca (DP&A).Sócios do Suor : Cooperativas de Trabalho, de M. NezildaCulti. In: O Mundo do Trabalho e a Política-Ensaios interdis-ciplinares, de organizado por Angelo Priori (EDUEM).Sites - www.fundacaobancodobrasil.org.br www.unitrabalho.org.br

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 83

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84 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Faça uma dinâmica com os alunos. Todos fi-carão sentados em círculo. A tarefa é dese-nhar uma pessoa.

2. Inicie a atividade solicitando que o primeiroaluno do círculo comece o desenho, faça umaparte e, em seguida, passe para o seu colega dolado, e assim, sucessivamente, até finalizar ocírculo. Todos deverão participar da atividade.

3. No final, informe que, como foi um trabalhoconstruído com a participação e empenho detodos, é justo que recebam uma pontuaçãopara a avaliação do mês.

4. A partir da avaliação da dinâmica, o professorpoderá fazer uma comparação mostrando oseguinte:a) Os alunos fizeram um trabalho que envolveu

a participação efetiva de todos: empenho,dedicação e vontade coletiva. Por isso, ao fi-nal da atividade, todos foram contempladoscom uma premiação. Da mesma forma issoacontece em um empreendimento econômi-co solidário.

b) Em um empreendimento econômico soli-dário (cooperativas, associações de pro-dutores, grupos de produção), os resulta-dos são divididos por todos aqueles quecontribuíram com a execução do trabalho.

Descrição da atividade Todos são responsáveis pelas perdas e tam-bém pelos ganhos.

c) Em uma empresa capitalista isso acontecede forma diferente. Todos trabalham de for-ma coletiva porque um depende do traba-lho do outro, mas os resultados, os lucros,ficam apenas na mão de uma ou poucas pes-soas, os seus donos.

d) Nos empreendimentos econômicos solidá-rios os trabalhadores detêm a posse dosmeios de produção, o controle e o poder dedecisão.

e) Na empresa capitalista, todo esse poder éexercido por apenas uma ou poucas pessoas.

Materiais indicados:P papel madeira, lápis de

cor, canetas.Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Trabalhando de forma coletiva e solidária

Resultado esperado: Que ao final da ativi-dade os alunos possam ter compreendido as princi-pais diferenças entre um trabalho que se realizaem uma empresa capitalista e aquele que aconteceem um empreendimento econômico solidário.

26T e x t o

Objetivo• Mostrar aos alunos as principais diferenças en-

tre trabalhar em um empreendimento econô-mico solidário e em uma empresa capitalista.

IntroduçãoMafalda tem razão. Em uma empresa privada éo patrão quem manda. Contrata e demite na hora

que quer. Hoje o desemprego é cada vez maisassustador. As pessoas estão buscando outras al-ternativas de sobrevivência, que não apenas otrabalho assalariado. Quais são essas outras for-mas de trabalho?

Dicas do professor:Sites – www.ecosol.org.br www.unitrabalho.org.br www.fbes.org.br www.anteag.org.br www.unisolbrasil.org.brwww.forumsocialmundial.org.br

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 85

Área: Geografia Nível II

1. Em grupos, os estudantes discutem o texto eanotam as conclusões: a) Por que a economia mundial cresce e o

número de desempregados aumenta? b) Por que a renda per capita caiu? c) Que necessidades podemos satisfazer, ga-

nhando 1 dólar por dia?. d) Pode a economia estar bem e o trabalho es-

tar mal ?

2. Apresentação dos grupos/debate.

3. O professor sistematiza as principais idéiasdos alunos e, em seguida, explica alguns con-ceitos que aparecem no texto: economia, PIB,trabalho e taxa de desemprego (para isso, ver“Dicas do professor”).

4. Proponha uma pesquisa nas bibliotecas da es-cola e/ou da cidade sobre as formas pelasquais, historicamente, os seres humanos têmbuscado satisfazer suas necessidades: Comovivem? Como trabalham? Como repartem osfrutos do trabalho?

Descrição da atividade 5. Que tal convidar um professor de Históriapara assistir à apresentação dos grupos e aju-dar na sistematização dos conhecimentos so-bre as relações entre trabalho e economia nasociedade atual?

Atividade P O trabalho vai mal?... Qual trabalho?

27T e x t o

Objetivo• Perceber as relações entre trabalho e econo-

mia, considerando os diferentes interesses dosgrupos e classes sociais.

IntroduçãoComo explicar que a economia vai bem e o tra-balho mal? Por que é tão difícil entender econo-mia? Pensando bem, não existe uma única ma-neira de trabalhar. Não existe uma única maneirados povos garantirem sua sobrevivência e felici-dade na face da Terra. Ao trabalhar, os seres hu-manos transformam a natureza à sua volta e a si

próprios; ao trabalhar estabelecem relações comoutros seres humanos. Essas relações podem serde dominação, exploração ou de parceria, soli-dariedade e encontro dos seres humanos consigomesmos e com a natureza. Quanto à palavra“economia”, ela vem do grego oikos (casa) +nomia (cuidar, administrar). Se a economia re-presenta o cuidado e/ou a gerência da casa (dacidade, do país e do planeta!!!), temos que per-guntar quem manda nesta “casa”?... Quem dizcomo devemos trabalhar? Como pode a econo-mia estar bem se o trabalho vai mal?

Resultados esperados: Perceber que nas so-ciedades atuais, os sistemas econômicos são orga-nizados de maneira a beneficiar alguns grupos eclasses sociais em detrimento de outras.

Dicas do professor:Livro – Sobre alguns conceitos econômicos, veja o Di-cionário de economia do século XXI, de Paulo Sandroni (Ed.Record).Para ver outras maneiras de trabalhar e de fazer a economia,seria interessante conhecer como é organizada a produçãode uma comunidade Quilombola ou uma aldeia indígena.Filme – Sobre a vida dos operários franceses em uma minade carvão, no final do século IX, assista Germinal, dirigidopor Claude Berri, baseado na obra de Émile Zola.

Tempo sugerido: 8 horas

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86 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: História Nível I e II

1. Levar para a sala de aula a imagem de umabalança com dois pratos, um deles deve estarcheio, volumoso, pesado, representando ocapital, as riquezas; o outro, leve, com poucovolume representando o trabalho, o emprego.

2. Discutir com os alunos o desequilíbrio, ascausas e as implicações.

3. A partir da leitura e interpretação da imagem dabalança, ler e interpretar o texto com a turma.

4. Retirar todos os números e apresentar os da-dos de forma integrada à Matemática, traba-lhando proporção, porcentagem e sistemamonetário, conversão de dólar/real.

5. Discutir coletivamente estratégias, formas delutas por uma sobrevivência digna, conside-rando o desequilíbrio existente.

Descrição da atividade 6. Refletir sobre o papel da educação de jovens eadultos no processo de lutas pelo direito aotrabalho.

7. Produção de um texto coletivo sobre o direitoao trabalho na sociedade atual.

Material indicado:P imagem de uma balança

com dois pratos.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P A economia do mundo cresce, mas o emprego não!

Resultados esperados:a) Reflexão sobre a relação entre o crescimento da

economia e a diminuição do emprego na so-ciedade capitalista atual.

b) Pensar formas de luta pelo direito ao trabalho.Produção de um texto coletivo.

27T e x t o

Objetivo• Refletir sobre o desequilíbrio entre o cresci-

mento da economia, a diminuição do empregona sociedade atual e formas de luta pelo direi-to ao trabalho.

IntroduçãoOs dados apresentados no texto mostram que em2005, houve um crescimento do PIB – Produto In-terno Bruto – mundial (soma de riquezas produzi-das no mundo) de 4,5%. Em contrapartida, onúmero de desempregados no mundo todo au-mentou em 2,2 milhões. Segundo estudiosos, “emquase todos os lugares do mundo o acesso atrabalho digno e produtivo simplesmente não re-flete a melhoria das estatísticas macroeco-nômicas. Nos últimos 10 anos, os índices ofici-

ais de desemprego aumentaram mais de 20%”.(www.oitbrasil.org.br – acesso em 27/9/06). Issonos leva a refletir sobre as causas e as implicaçõespara a nossa vida e, mais do que isso, nas alterna-tivas de sobrevivência digna no atual contexto danossa sociedade. Segundo o estudo citado, “na ba-se de políticas macroeconômicas sadias tambémdevemos promover investimento, educação, saú-de, mercado de trabalho, desenvolvimento local eoutras políticas para lidar com o desafio de reduziro desequilíbrio do trabalho decente”. Nesse sentido,a educação ocupa papel importante na luta pelosdireitos básicos de cidadania – o trabalho. Logo,nós professores temos uma tarefa fundamental queé a de promover cotidianamente a formação de in-divíduos conscientes para a luta por uma vidadigna no mundo em que vivemos! Vamos lá?

Dicas do professor: Sites – www.oitbrasil.org.br – da Or-ganização Internacional do Trabalho.www.mte.gov.br – do Ministério do Trabalho e do Em-prego.

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Page 87: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível II

1. Coloque no quadro estes símbolos, seguidosde seus nomes em inglês:x times: divided by+ plus– minus% per cent( ) parenthesis[ ] brackets= equals1/2 half 2x double3x triple

2. Em seguida peça a eles que escrevam por ex-tenso as seguintes operações, resolvendo-as:a) 7 x 6 – 2 = b) 20% 300 =c) 9 – (4 x 2) = d) 490 : 7 =

3. Depois que eles tiverem feito esse exercício,verifique se as respostas estão corretas: a) seven times six minus two equals forty; b) twenty per cent of three hundred equalssixty; c) nine minus parenthesis four timestwo parenthesis equals one; d) four hundredninety divided by seven equals seventy.

4. Depois de corrigi-los apresente a seguintecompetição: Você dirá a letra do exercício e

Descrição da atividade dirá DOUBLE ou TRIPLE ou HALF. Os alunosdevem calcular e dar o resultado em inglêsimediatamente. Quem for mais rápido marcaponto. Então, por exemplo, você dirá b HALF eos alunos deverão responder rapidamente: 30(que é a metade da resposta do exercício b).

Atividade P Half/ Double/Triple

Resultados esperados: Conseguir dizer nú-meros com maior rapidez e compreender as princi-pais operações matemáticas em inglês.

27T e x t o

Objetivo• Aprender o significado das palavras HALF,

DOUBLE e TRIPLE, bem como a dizer certasoperações matemáticas em inglês.

IntroduçãoO texto fala do aumento do número de desem-pregados no Brasil. Como se trata de um textocom dados estatísticos, mostra-se uma boaoportunidade para que os alunos aprendam al-gumas expressões usadas para números e cálcu-los em inglês.

Dicas do professor: Se quiser, ofereça mais contas demodo a ter mais opções para o jogo.

Tempo sugerido: 1 hora

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 87

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Page 88: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

88 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Matemática Nível I

Solicite aos alunos que:

1. Escrevam a razão irredutível do número de de-sempregados para o número de trabalhadores nomundo citados no segundo parágrafo do texto.

2. Encontrem a razão irredutível entre o númerode trabalhadores que ganham menos de 2 sa-lários mínimos por dia para o número de tra-balhadores no mundo.

3. Calculem em reais o salário de um traba-lhador que ganha dois dólares por dia (1 dó-lar = R$ 2,34).

4. Mostrem a razão dessa renda em relação aosalário mínimo (R$ 350,00).Obs. Para a simplificação da razão obtida, des-considere os centavos.

Descrição da atividade

Atividade P A economia vai bem?

27T e x t o

Objetivo• Comparar os termos das razões obtidas com os

dados do texto, dando-lhes significado e re-fletindo sobre causas e conseqüências dos fatosque geram essas razões.

IntroduçãoO relatório da Organização Mundial do Trabalho(OMT) afirma que do total de 2,8 milhões de tra-balhadores no mundo, metade ganha menos dedois dólares. Outra informação é a de que nomundo todo aumentou o número de pessoas de-

sempregadas. O texto lido insinua que a econo-mia vai bem, mas que o desemprego se perpetuae aumenta. Diante de tantas dificuldades, o de-semprego é um dos fatores de marginalização eexclusão humana. A economia está bem para to-dos ou para alguns poucos? Os dados do textorevelam isso? Converse com seus alunos sobre oque poderia ser feito para garantir ações sociaisque minimizassem a miséria, a má distribuiçãode renda, e que aumentassem as oportunidadesde trabalho, bem como a igualdade de condiçõesna competição por emprego.

Material indicado:P calculadora.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados:a) Que os alunos apliquem conhecimentos mate-

máticos sobre razões.b) Que os alunos compreendam qual é o signifi-

cado dessas razões no mundo do trabalho.

Dicas do professor: Filme – O caminho das nuvens, de Vi-cente Amorim.

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Page 89: Coleção Cadernos EJA - Professor - 03 Economia Solidária e Trabalho

Área: Matemática Nível I

1. Peça aos alunos que listem todos os itens degastos de uma família de 4 pessoas duranteum mês e façam uma estimativa real do custode cada item e do total dos itens. Oriente quedetalhem o mais que puderem os itens e ocusto de cada um.

2. A seguir, organize a turma em duplas e pro-ponha as seguintes questões: a) Quanto ganha em um mês, em reais, uma

pessoa que recebe dois dólares por dia? b) Como essa pessoa vai fazer para cobrir os

custos do item a?

3. Após as apresentações dos trabalhos, façauma leitura do texto mediando uma refle-xão sobre as desigualdades sociais, quaisseriam suas causas e o que deveria ser feitopara erradicá-las.

Descrição da atividade

Atividade P Como viver com dois dólares/dia?

27T e x t o

Objetivo• Converter dólar para real.• Estimar custo mensal básico de uma família de

4 pessoas.

IntroduçãoO texto diz que o PIB – Produto Interno Bruto –mundial cresceu 4,5% em 2005 e que, apesardisso, o número de desempregados no mundo to-do aumentou em 2,2 milhões. Nenhum valor

numérico vai mostrar o tamanho do sofrimento,da dor, da impotência e da segregação que senteuma pessoa colocada em situação de pobreza. Osnúmeros podem servir como referência para otamanho do esforço que é necessário fazer paramudar essa situação. A atividade a seguir propõerefletir sobre a contradição representada pelosnúmeros do texto. O que explica tamanha de-sigualdade? Como vive uma pessoa com 2 dóla-res por dia?

Resultados esperados: Que os alunos esti-mem custos de uma família em um mês, e perce-bam a contradição entre o crescimento da rique-za e o aumento do número de pobres ocasionadopela concentração de renda.

Dicas do professor: Pesquisar o valor do câmbio do dianum jornal, ou internet.

Tempo sugerido: 2 horas

Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 89

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90 • Caderno do professor / Trabalho e Emprego

Área: Matemática Nível II

1. Apresente aos alunos a seguinte informaçãono quadro: “O Brasil tem 186 milhões de habitantes e oPIB em 2006 previsto para 2 trilhões”.

2. Organize-os em grupos e peça que respondamaos seguintes desafios: a) Qual é a renda per capita do brasileiro?b) Qual a diferença entre a renda per capita e

a renda média anual per capita dos cerca de54 milhões de pessoas que vivem abaixo dalinha de pobreza [que vivem com renda fa-miliar per capita de até meio salário míni-mo (R$ 175/mês)?

c) Estimem a renda familiar per capita dessaspessoas se apenas 2% da riqueza nacionallhes fossem destinadas.

3. Respondido o desafio peça aos alunos queleiam o texto e discutam o que poderia serfeito para erradicar a pobreza absoluta noBrasil.Com o resultado da discussão, oriente a re-dação de uma carta dirigida ao presidente daRepública com as sugestões levantadas nodebate.

Descrição da atividade

Atividade P Distribuir para ganhar

Resultados esperados: Carta escrita com su-gestões que apontem a redistribuição de renda co-mo uma solução possível para erradicar a pobrezano Brasil. Resolução dos cálculos.

27T e x t o

Objetivo• Calcular uma hipotética redistribuição de ren-

da usando regra de três.• Compreender a pobreza como determinação da

concentração de renda no Brasil e no mundo.

IntroduçãoO texto coloca em números uma dura realidade:a pobreza cresce ao mesmo tempo em que cresce

a riqueza no mundo. A desigualdade na distri-buição dessa riqueza é assim a principal causa dapobreza. O Brasil, com um PIB previsto para 2006,superior a R$ 2 trilhões e uma renda per capita naordem dos R$ 12.000/ano, participa dessa con-tradição de forma cruel. A sociedade brasileira,com esses recursos, poderia erradicar a pobreza?De que modo?

Tempo sugerido: 3 horas

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Caderno do professor / Trabalho e Emprego • 91

Área: Artes Nível I e II

1. Os alunos deverão criar listas individuais dequalidades e atributos que considerem funda-mentais para o cargo de patrão ou chefe.

2. Cada aluno deverá compartilhar sua lista como restante da classe.

3. A classe debaterá as idéias propostas e esco-lherá 5.

4. A classe será dividida em 5 grupos. Cada umficará responsável por uma proposta.

5. Cada grupo receberá duas folhas de cartolina,material para escrever ou desenhar e doispedaços de barbante com 80 cm cada.

6. A tarefa é criar um anúncio de emprego parapatrão, a ser veiculado por um “homem-san-duíche”.

7. Cada grupo escolherá um membro para ser o“sanduíche”. Os alunos escolhidos deverãocolocar-se em pontos estratégicos da escola.

Descrição da atividade 8. A classe deverá acompanhar e registrar areação da escola aos cartazes/anúncios criados.

9. Discussão final do exercício.

Atividade P Procura-se patrão

27T e x t o

Objetivo• Criar anúncios de vagas para patrões.

IntroduçãoNuma economia globalizada como a nossa, a re-lação do trabalhador com seus superiores é sem-pre com o chefe imediato que, por sua vez, re-sponde ao supervisor que responde ao diretor queresponde ao conselho diretor que responde aoutros conselhos superiores e assim por diante.Em muitos casos, o verdadeiro patrão na socie-dade contemporânea é um grupo de acionistas ouum conjunto de corporações representadas ape-nas por um símbolo. Não possui um rosto. Cadavez mais os trabalhadores se relacionam com o

“patrão-imediato”, aquele que não toma gran-des decisões, mas que conhece a política inter-na de cada companhia e cujo trabalho é repor-tado a outros “patrões-imediatos”. Então, qual seria a face de um patrão, quais suascaracterísticas, o que esperamos dele? Ao passarmos pelos centros comerciais dascidades, é muito comum nos depararmos comhomens e mulheres que fazem de seu corpo o su-porte para anúncios de emprego: os “homens-sanduíche”. Estas placas mostram quais os re-quisitos e características devem ter o candidatopara preenchimento da vaga. Como seria a placa de anúncio para patrões?

Resultados esperados:a) Que o aluno possa discutir as relações patrão

– empregado.b) Que o aluno possa repensar e discutir con-

ceitos e preconceitos nas relações trabalhistas. c) Que o aluno possa, criativamente, organizar

os conceitos e necessidades nas relações dotrabalho.

Materiais indicados:P cartolina, pincel atômico

ou canetas esferográficasou hidrográficas ou lápis

de cor, barbante (para amontagem do sanduíche)e tesoura.

Tempo sugerido: 2 horas

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Área:

Proposta de atividade

Série:

Nome da atividade P

21T e x t o

Objetivos:

Descrição:

Lista de materiais:

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ExpedienteComitê Gestor do ProjetoTimothy Denis Ireland (Secad – Diretor do Departamento da EJA)Cláudia Veloso Torres Guimarães (Secad – Coordenadora Geral da EJA)Francisco José Carvalho Mazzeu (Unitrabalho) – UNESP/UnitrabalhoDiogo Joel Demarco (Unitrabalho)

Coordenação do ProjetoFrancisco José Carvalho Mazzeu (Coordenador Geral)Diogo Joel Demarco (Coordenador Executivo)Luna Kalil (Coordenadora de Produção)

Equipe de Apoio TécnicoAdan Luca ParisiAdriana Cristina SchwengberAndreas Santos de AlmeidaJacqueline BrizidaKelly MarkovicSolange de Oliveira

Equipe PedagógicaCleide Lourdes da Silva Araújo Douglas Aparecido de CamposEunice RittmeisterFrancisco José Carvalho MazzeuMaria Aparecida Mello

Equipe de ConsultoresAna Maria Roman – SPAntonia Terra de Calazans Fernandes – PUC-SPArmando Lírio de Souza – UFPA – PACélia Regina Pereira do Nascimento – Unicamp – SPEloisa Helena Santos – UFMG – MGEugenio Maria de França Ramos – UNESP Rio Claro – SPGiuliete Aymard Ramos Siqueira – SPLia Vargas Tiriba – UFF – RJLucillo de Souza Junior – UFES – ESLuiz Antônio Ferreira – PUC-SPMaria Aparecida de Mello – UFSCar – SPMaria Conceição Almeida Vasconcelos – UFS – SPMaria Márcia Murta – UNB – DFMaria Nezilda Culti – UEM – PROcsana Sonia Danylyk – UPF – RSOsmar Sá Pontes Júnior – UFC – CERicardo Alvarez – Fundação Santo André – SPRita de Cássia Pacheco Gonçalves – UDESC – SCSelva Guimarães Fonseca – UFU – MGVera Cecilia Achatkin – PUC-SP

Equipe editorialPreparação, edição e adaptação de texto: Editora Página Viva

Revisão:Ivana Alves Costa, Marilu Tassetto, Mônica Rodrigues de Lima, Sandra Regina de Souza e Solange Scattolini

Edição de arte, diagramação e projeto gráfico: A+ Desenho Gráfico e Comunicação

Pesquisa iconográfica e direitos autorais: Companhia da Memória

Fotografias não creditadas: iStockphoto.com

Apoio

Editora Casa Amarela

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro. SP, Brasil)

Emprego e trabalho : caderno do professor /

[coordenação do projeto Francisco José Carvalho Mazzeu,

Diogo Joel Demarco, Luna Kalil]. -- São Paulo :

Unitrabalho-Fundação Interuniversitária de Estudos

e Pesquisas sobre o Trabalho ; Brasília, DF : Ministério

da Educação. SECAD-Secretraria de Educação Continuada,

Alfabetização e Diversidade,2007, -- (Coleção Cadernos de EJA)

Vários colaboradores.

Bibliografia.

ISBN 85-296-0070-3 (Unitrabalho)

ISBN 978-85-296-0070- (Unitrabalho)

1. Atividades e exercícios (Ensino Fundamental)

2. Emprego 3. Livros-texto (Ensino Fundamental) 4. Trabalho

I. Mazzeu, Francisco José Carvalho. II. Demarco, Diogo Joel.

III. Kalil, Luna. IV. Série.

07-0389 CDD-372.19

Índices para catálogo sistemático:

1. Ensino integrado : Livros-texto :

Ensino fundamental 372.19

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