96
A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi- ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação que os acolha. Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer- cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras. Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti- nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for- mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino Fundamental. Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei- tando as experiências e os conhecimentos dos alunos. Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o 2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos. A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con- cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões para o trabalho com esses textos. A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário, com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação e a integração das diversas áreas do conhecimento. Bom trabalho! Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC Apresentação CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 1

Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou

grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi-

ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação

que os acolha.

Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer-

cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras.

Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti-

nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for-

mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente

excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino

Fundamental.

Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas

nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na

escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei-

tando as experiências e os conhecimentos dos alunos.

Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o

2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem

dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos.

A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con-

cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos

de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões

para o trabalho com esses textos.

A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário,

com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação

e a integração das diversas áreas do conhecimento.

Bom trabalho!

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC

Apresentação

CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 1

Page 2: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caro professor

Este caderno foi desenvolvido para você, pensando no seu trabalho cotidiano de educar jovens

e adultos. Esperamos que ele seja uma ferramenta útil para aprimorar esse trabalho. O cader-

no que você tem em mãos faz parte da coleção “Cadernos de EJA”, e é um dos frutos de uma

parceria entre as universidades brasileiras ligadas à Rede Unitrabalho e o Ministério da Educação.

As atividades deste caderno contemplam assuntos e conteúdos destinados a todas as séries

do ensino fundamental e seguem a seguinte lógica:

• Cada texto do caderno do aluno serve de base para uma ou mais atividades de diferentes áreas

do conhecimento; cada atividade está formulada como um plano de aula, com objetivos, des-

crição, resultados esperados, etc.

• As atividades admitem grande flexibilidade: podem ser aplicadas na ordem que você considerar

mais adequada aos seus alunos. Cabe a você escolher quais atividades irá usar e de que forma.

Os segmentos para os quais as atividades se destinam estão indicados pelas cores das tarjas

laterais: as atividades do nível I (1-ª a 4-ª séries) possuem a lateral amarela; as do nível II (5-ª a 8-ª

séries) têm a lateral vermelha. Se a atividade puder ser aplicada em ambos os níveis, a lateral

será laranja. Essa classificação é apenas indicativa. Cabe a você avaliar quais atividades são as

mais adequadas para a turma com a qual está trabalhando.

• Graças à proposta de um trabalho multidisciplinar, uma atividade indicada para a área de

Matemática, por exemplo, poderá ser usada em uma aula de Geografia, e assim por diante.

As atividades de Educação e Trabalho e Economia Solidária também poderão ser aplicadas aos

mais diversos componentes curriculares.

Ao produzir este material pedagógico a equipe teve a intenção de estimular a liberdade

e a criatividade. Se a partir das sugestões aqui apresentadas, você decidir escolher outros textos

e elaborar suas próprias atividades aproveitando algumas das idéias que estamos partilhando,

estaremos plenamente satisfeitos. Acreditamos profundamente na sua capacidade de discernir

o que é melhor para as pessoas com as quais está dividindo a desafiadora tarefa de se apropriar

da cultura letrada e se formar cidadão.

Bom trabalho!

Equipe da Unitrabalho

CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 2

Page 3: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Como utilizar a página de atividade

Numeração: indica otexto correspondenteao caderno do aluno.

Área: indica a área do conhecimento.

Nível: sugere o segmento do ensino fundamental para aplicação da atividade.

Materiais e tempo:materiais indicados para a realização da atividade, especialmente aqueles que nãoestão disponíveis em sala de aula (opcional), e o tempo sugerido para o desenvolvimentoda atividade.

Contexto:insere o tema no cotidiano do aluno.

Dicas:bibliografia de suporte,

sites, músicas, filmes, etc. que ajudam o professor

a ampliar o tema (opcional).

Cor lateral:indica o nível sugerido.

Descrição:passos que o professor

deve seguir para discutircom os alunos os

conceitos e questõesapresentados na

atividade proposta.

Introdução:pontos principais dotexto transformados

em problematizaçõese questões para o

professor.

Objetivos:ações que tanto aluno

como professorrealizarão.

CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 3

Page 4: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

1 O que é mito? História I e II 8

2 Para que serve a escola? Ed. e Trabalho I 9Ócio e negócio História II 10Make or Do? Inglês II 11Bingo da ortografia Português I e II 12

3 Poluição das águas Ciências I e II 13Ações da água Ciências I e II 14Ciclo das águas Ciências I 15Tempo, tempo, tempo... Rei Ed. e Trabalho II 16Minha história no tempo Matemática I e II 17Formação de palavras Português I 18

4 Características do texto literário Português II 19

5 Saudação de violeiro Artes I e II 20Vamos dançar? Ed. Física I e II 21Cultura popular Ed. e Trabalho I e II 22O êxodo rural Geografia II 23Trabalho e festa História I e II 24Produção de textos: cheques e recibos Português I 25

6 El trabajo no debe alejarnos de la convivencia familiar Espanhol II 26

7 Peixes Ciências II 27Peixes e suas partes Ciências I e II 28História contemporânea Ed. e Trabalho II 29Currency Exchange Bureau Inglês II 30"Por que uso o porquê? Por quê?" Português I 31

4 • Caderno do professor / Tempo Livre e Trabalho

Sumário das atividades

Texto Atividade Área Nível Página

CP07.qxd 21.01.07 18:07 Page 4

Page 5: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo Livre e Trabalho • 5

Texto Atividade Área Nível Página

8 Fogos de artifício Ciências I e II 32Medindo o tempo Matemática I e II 33Medidas de tempo Matemática I 34Uso de “fazer” indicando tempo Português I e II 35

9 Em português Inglês II 36

10 Meios de transporte Ciências I 37Como você usa o seu tempo livre? Ed. Física I e II 38Parque de diversões Ed. e Trabalho I e II 39O lazer de cada um Ed. e Trabalho I e II 40Horas felizes Matemática I 41Estrutura do parágrafo: a ênfase Português I e II 42

11 Dia de ócio Artes I e II 43O tempo que sobra e a falta de liberdade Geografia II 44Histórias do lazer História II 45Mapa do lazer Matemática II 46Produção de textos: convites Português I 47

12 O batente no lazer e vice-versa Artes I e II 48O que voce tem feito com o seu lazer? Ed. Física I e II 49

13 Prazer e tortura: duas faces de uma mesma moeda? Ed. e Trabalho I 50

15 Carnavais Artes I e II 51Relaxamento em grupo por brincadeiras Ed. Física I e II 52Samba, cerveja e muito trabalho! Ed. e Trabalho I 53Los carnavales en Brasil Espanhol II 54Carnaval: tempo de liberdade Geografia II 55

CP07.qxd 21.01.07 18:07 Page 5

Page 6: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

6 • Caderno do professor / Tempo Livre e Trabalho

15 Trabalho em grupo: formar palavras Português I e II 56

16 Os trabalhadores do turismo Ed. e Trabalho I 57Oito horas de trabalho, oito horas de repouso e oito horas de prazer... História I e II 58Viagens e turismo: São Paulo mostrada por números Matemática I 59O gênero panfleto Português I 60

17 ¿La siesta está de moda en el mundo? Espanhol II 61Hasta la vista, siesta! História II 62

18 Trabalho, saúde e economia solidária Econ. Solidária I e II 63Horas extras x qualidade de vida Ed. Física I e II 64¿Las horas extraordinarias perjudicana la salud de los trajadores? Espanhol II 65Trabalho a mais, lazer a menos Geografia I e II 66Horas extras afetam a saude do trabalhador? Matemática I e II 67

20 Malandragem Artes I e II 68Malandros-trabalhadores e outros malandros Ed. e Trabalho I 69Quem é o malandro? História II 70Deu zebra? – Atividades com homônimos Português I e II 71

22 Escola de samba Artes I e II 72Carnaval: festa, barulho e trabalho Matemática I e II 73

23 Abrindo os ouvidos Artes I e II 74Lugar e movimento Geografia I e II 75Mecanismos de transformação textual: o foco narrativo Português I e II 76

Texto Atividade Área Nível Página

CP07.qxd 21.01.07 18:07 Page 6

Page 7: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo Livre e Trabalho • 7

24 Vitral Artes I e II 77O homem e seu tempo Geografia II 78Histórias de diferentes formas de medir o tempo Geografia I e II 79Construindo uma ampulheta Matemática I e II 80

25 Roda de conversa e leitura Português II 81

28 Trocando as bolas Artes I e II 82Tempo livre – ócio criativo? História II 83If I have more free time… Inglês II 84Jogo: Pode sentar na mesa? – regência verbal Português I e II 85

29 Quantos são os voluntários Matemática I e II 86Propondo um trabalho voluntário Matemática I e II 87

30 Portadores de deficiência Ed. Física I e II 88

Texto Atividade Área Nível Página

CP07.qxd 21.01.07 18:07 Page 7

Page 8: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

8 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Debater com os alunos o que eles entendempor mito. Qual o conceito de mito maiscomum no mundo de hoje. Organizar suashipóteses.

2. Propor que pesquisem no dicionário e enciclo-pédias o que significa mito. Organizar o queencontraram e confrontar com as hipótesesanteriores.

3. Questionar se eles conhecem algum mito. Pe-dir para contarem mitos que conhecem.

4. Debater novamente o que entendem por mito.Solicitar que pesquisem informações sobre amitologia grega. Debater a relação entre a cul-tura grega e seus mitos.

5. Realizar com eles, então, a leitura coletiva domito de Sísifo, parando para questionar comoestão entendendo.

Descrição da atividade

Atividade P O que é mito?

1T e x t o

Objetivo• Refletir a respeito do que é um mito.

IntroduçãoGeralmente, as pessoas questionam sobre a suaorigem e o sentido de sua existência. Perguntamsobre as razões dos fenômenos da natureza, oporquê dos acontecimentos e dos comportamen-tos de seus semelhantes. Indagam sobre a origemdo mundo e sobre o futuro. Não existe, porém,uma só maneira de obter respostas e, nem mes-mo, de garantir que elas sejam definitivas. Expli-cações diferentes são formuladas em momentosdistintos da vida, assim como as sociedades orga-nizam para si variados esclarecimentos. Em mi-lhares de anos, a humanidade tem construídomuitas respostas para perguntas desse gênero. Al-gumas têm sido propostas através da arte, outras

por meio de mitos, de formulações religiosas, fi-losóficas e científicas. No caso do mito, geralmen-te encontramos nele respostas que remetem aoinício dos tempos. Ninguém sabe quando os mi-tos foram criados, só que são contados pelos maisvelhos, sendo preservados na memória, ao longode gerações, em forma de poemas cantados, len-das ou de textos sagrados. Se os mitos gregos fo-rem assim entendidos, como o de Sísifo, podemosentão questionar: o que eles procuram explicar?

Contexto no mundo do trabalho: Entre as inúmerasperguntas que as pessoas têm formulado ao longo daexistência humana, uma é “por que trabalhamos”. Nessesentido, discutir mitos relacionados ao trabalho contribuipara debater o conceito de trabalho na perspectiva dasparticularidades das diferentes culturas.

6. Debater o significado do mito de Sísifo paraos gregos e debater o que esse mito pode sig-nificar para as pessoas atualmente. Identificara concepção de trabalho presente nesse mito.

7. Solicitar que escrevam frases que expliquem osignificado desse mito:

a) para os gregos;

b) para as pessoas de hoje em dia. Propor queorganizem um mural com as frases que es-creveram.

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados: Espera-se que os alu-nos reflitam a respeito do que é um mito e com-preendam o papel dos mitos na sociedade antigae atual. Espera-se, ainda, que relacionem a con-cepção de trabalho expressa nesse mito com ostipos de trabalho realizados nos dias atuais.

01-CP07Tx01P2.qxd 21.01.07 17:33 Page 8

Page 9: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 9

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Ler e discutir o texto: Para os romanos, qual osignificado do ócio? Como os filhos da classedominante ocupavam o tempo livre? Nassociedades pré-capitalistas, para que servia aescola?

2. Explicar como surgiu a escola de massas.

3. Discutir em pequenos grupos: Por que esta-mos na escola? O que queremos dela? Por quetivemos que parar de estudar? A escola é real-mente para todos? Qual a relação entre escolae trabalho?

4. Após a discussão, os alunos devem confeccio-nar cartazes, escrevendo o que sabem e o quepensam sobre “Trabalho, escola e vida”.

5. Após apresentação de cada grupo, os cartazesdevem ser afixados nos murais da escola.

Descrição da atividade Materiais indicados:P papel pardo;P caneta pilot.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Para que serve a escola?

Resultados esperados:Tendo em conta as condições de vida dos estu-dantes de EJA, que eles possam refletir sobre asrelações entre trabalho e escola.

2T e x t o

Objetivo• Refletir sobre as relações entre trabalho e esco-

la, considerando as condições de vida da clas-se trabalhadora.

IntroduçãoQuando a escola, em vez de lugar de ócio, torna-se “escola de massas”, ou seja, um espaço que de-ve ser freqüentado também pelos trabalhadorese seus filhos? Sabemos que a Revolução Indus-trial, ocorrida no século XVIII, provocou mudan-ças profundas no processo de trabalho, passandoa ciência a ser potência material da indústria.Com o predomínio da cidade sobre o campo, oacesso à cultura letrada passa a ser um pré-requisito para que o indivíduo possa tornar-secidadão. Assim, com o apoio do proletariado, a

burguesia hasteia a bandeira pela universaliza-ção e obrigatoriedade da escola. Na perspectivado capital, esta passa a ser um lugar para forma-ção de mão-de-obra e disciplinamento e habitua-ção do trabalhador às novas exigências do pro-cesso de produção. Na atual fase do capitalismo,em que vivemos a crise estrutural do emprego,como podemos analisar o pensamento de Anto-nio Lettieri? Para ele, a escola se tornou “umainstituição cuja função é absorver a força de tra-balho excedente, esterilizar as energias produti-vas que o sistema capitalista não poderia utilizar(…) A escola abre-se a crescentes massas de jo-vens em suas estruturas deformadas; ela tem defato uma função de estabilização do sistema”. Oque os alunos de EJA pensam disto? A escola étempo de “espera” ou ela pode ser diferente?

Dicas do professor: 1. O capítulo 4 do livro “A face oculta da escola”, de Mariano

Enguita (Ed.Artes Médicas), trata da gênese da escola demassas;

2. Leia o artigo A fábrica e a escola, de Antonio Lettieri, pu-blicado no livro Crítica da divisão do trabalho, organizadopor André Gorz (Ed. Martins Fontes);

3. Leia A educação para além do capital, de István Mésza-ros (Ed. Boitempo)

4. O filme Nenhum a menos, dirigido por Zhang Yimou,trata da história de um menino que abandona a esco-la para trabalhar na cidade.

02-CP07Tx02P2.qxd 21.01.07 17:34 Page 9

Page 10: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

10 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: História Nível II

1. Levantar os conhecimentos prévios sobre ostipos de trabalhos e os trabalhadores que naatualidade desenvolvem atividades que podemser classificadas como: trabalho manual ou tra-balho intelectual: Quem faz o quê? Por exem-plo, professor: ensina; a merendeira da escola:cozinha. Em seguida, levantar e discutir as di-ferenças entre os tipos de trabalhos identifica-dos. Há uma hierarquia de valores entre osdiferentes tipos de trabalhos realizados nasociedade? Sim? Não? Por quê? Você concorda?

2. Ler o texto com o grupo, destacando as idéiasprincipais e o significado das palavras desco-nhecidas.

3. Discutir os significados das palavras ócio e ne-gócio para os povos romanos na Antigüidadee no mundo atual.

4. Discutir o papel da escola e da educação parao trabalho e para o lazer em nossa sociedade.

5. A autora nos diz que na Antigüidade a escolaera o lugar do ócio para as crianças das classesabastadas. E hoje, na opinião do grupo, a es-

Descrição da atividadecola, a educação, continua sendo o lugar doócio? É ainda privilégio de uma classe? Simou não? Por quê? Discutir: Qual o papel da es-cola na nossa sociedade atual?

6. Produzir uma carta endereçada ao gestor daescola e/ou à comunidade em geral, expres-sando a opinião do grupo sobre o papel daescola para a conquista do direito ao trabalhoe ao lazer. Esta última atividade pode ser inte-grada à disciplina de Português.

Materiais indicados:P Texto da Constituição

Federal de 1988.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Ócio e negócio

Resultados esperados:a) Compreensão do processo de divisão do traba-

lho ao longo do tempo e do significado de ócio/lazer em diferentes momentos da História.

b) Elaboração de uma carta expressando a sínte-se das opiniões sobre o papel da escola naconquista do direito ao trabalho e ao lazer nasociedade atual.

2T e x t o

Objetivos• Analisar a divisão social do trabalho, relacio-

nando-a aos significados de ócio e negócio nassociedades antigas e atuais.

• Discutir o papel da escola na conquista do di-reito ao trabalho e ao lazer.

IntroduçãoO texto proposto aborda, historicamente, as rela-ções sociais de trabalho e o papel da educação“como um dos instrumentos de reprodução da di-visão social e da manutenção do “status quo”. Atemática ócio e negócio, lazer e trabalho é focali-

zada relacionada à separação entre traba-lho in-telectual e trabalho manual. A partir dos conheci-mentos prévios dos alunos, da leitura e interpre-tação crítica do texto, sugerimos debater o papelda escola, da educação, na atualidade, não maiscomo mero espaço de reprodução das desigualda-des sociais, mas como espaço de conquista dos di-reitos de cidadania, como o direito ao trabalho eao lazer. Propomos uma releitura crítica do texto,relacionando-o às demandas da sociedade naatualidade, redimensionando o papel da escolaatual numa perspectiva construtiva e cidadã.

02-CP07Tx02P2.qxd 21.01.07 17:34 Page 10

Page 11: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 11

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Explique aos alunos que os verbos Make e Dosão traduzidos para o português como sendoo mesmo verbo – FAZER. No entanto, eles nãosignificam exatamente a mesma coisa em in-glês. Os falantes da língua inglesa entendemMake como Fazer no sentido de criar manual-mente, construir, montar, realizar, fazer acon-tecer. Já o verbo Do é o verbo Fazer no senti-do de trabalho intelectual, produzir idéias, ourealizar algo que não é tangível, material.Exemplos: Do a favor – fazer um favor (favor não é algotangível).Make the bed – arrumar a cama (é um traba-lho de resultado físico).No entanto, essa explicação também deixamargem a exceções:Do the dishes – lavar os pratos (apesar de serum trabalho de resultados físicos, usa-se Doporque Make seria usado para o ato de fazero prato – a partir de porcelana, por exemplo).É seguro então memorizar algumas expres-sões típicas com Make e Do:MakeMake a mistake – cometer um erroMake a phone call – fazer um telefonemaMake a deal – fazer um acordo/ negócioMake an appointment – marcar uma reunião/consulta

Descrição da atividade Make a mess – fazer uma bagunçaMake money – fazer dinheiro (trabalhar/pro-duzir para ter dinheiro)Make a decision – tomar uma decisãoMake a face – fazer caretaDoDo a favor – fazer um favorDo exercises – fazer exercíciosDo a test/ an exam – fazer uma prova/ exameDo the homework – fazer a lição de casaDo the cleaning – fazer a limpezaDo the right thing – fazer a coisa certa

2. Para praticar o vocabulário aprendido, fazerum jogo da velha. Em cada quadrado coloqueapenas o final da expressão, sem o verbo. Aclasse deve ser dividida em 2 times, um re-presentado pelo Xis e outro pelo Círculo. Oprimeiro time escolhe um quadrado e diz qualé o verbo correto para aquela expressão. Seestiver certo marca seu símbolo; se não, dáponto ao adversário.

Atividade P Make or Do?

Resultado esperado: Que os alunos com-preendam a diferença entre Make e Do.

2T e x t o

Objetivo• Ensinar a diferença entre os verbos Make e Do

em inglês.

IntroduçãoO texto trata dos termos ócio e negócio, que,apesar de serem da mesma origem, significamopostos. Neste sentido, podemos apresentar osverbos Make e Do que, apesar de em portuguêssignificarem a mesma coisa, têm sentidos e apli-cações diferentes em inglês.

Tempo sugerido: 1 hora

02-CP07Tx02P2.qxd 21.01.07 17:34 Page 11

Page 12: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

12 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Português Nível I e II

Atividades de leitura: Discutir o texto com osalunos. 1) Lançar as perguntas da introdução (Asociedade em classes acompanha os modos deprodução dominantes). 2) Solicitar aos alunosque tentem, pela experiência, classificar os se-guintes profissionais em suas respectivas classessociais (Fonte: revista Veja, 13 maio 1999): Pro-fissionais pós-graduados, empresários e altosadministradores (elite); Pequenos proprietários,técnicos com especialização e gerentes de em-presas de grande porte (classe média alta); Pe-quenos fazendeiros, auxiliares de escritório eprofissionais com pouca especialização (classemédia média); motoristas, pedreiros, pintores,auxiliares de serviços gerais, mecânicos, etc.(classe média baixa); Vigias, serventes de pedrei-ros, ambulantes e outros trabalhadores sem quali-ficação (pobres); Trabalhadores rurais, bóias-frias, pescadores, peões de fazendas, catadoresurbanos (muito pobres). Existem no Brasil(1996) 1.894.000 de domicílios pertencentes àfamílias da chamada classe A (menos de 5% dapopulação total), que ganham acima de 20 salá-rios mínimos. 3) Perguntar: Quando se diz quealguém é de classe A? Quanto, aproximadamen-te, ganham os indivíduos dessa classe? (Fonte:Caminhos do III milênio, abril 2000: A1 –R$ 5.894,00; A2 – R$ 3.473,00; B1: R$2.444,00; B2: R$ 1.614,00; C – R$ 844,00; D –R$ 435,00; E – R$ 229,00). 4) Perguntar comoconsideram as “diferenças individuais” e quepeso isso tem na escala social.

Descrição da atividadeBingo dos sinônimos e da ortografia

1. Pedir aos alunos que desenhem uma cartelade bingo com 16 retângulos (5 linhas verticaise 5 horizontais).

2. Ditar 18 palavras do texto. Os alunos deverãocolocar cada palavra em um retângulo, emqualquer ordem. Duas palavras quaisquer se-rão desprezadas por eles.

3. Sugestões: existe, executam, inventam, lazer,reflexão, desprezíveis, civilização, classe, ma-nutenção, privilégio, ócio, segmentos, ten-dências, aprendizagem, ofício, intelectual, ex-cluídas (ou outras).

4. Iniciar o jogo: falar, em qualquer ordem, a de-finição do dicionário dessas palavras ou fazerreferências ao significado. Os alunos deverãoidentificar qual é a palavra a que o professorse refere e marcar o retângulo corresponden-te. O aluno que assinalar, corretamente, qua-tro palavras na horizontal ou na vertical,deverá anunciar que terminou o jogo. Irá aoquadro, escreverá as palavras e, se fizer issocorretamente, será o ganhador. Se errar, ojogo continua.

5. Sugestões para ditado: palavra honônimade “sala de aula” (classe); palavra sinônima de“retirada” (excluída).

Materiais indicados:P Cartelas de bingo.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Bingo da ortografia

Resultado esperado: Desenvolvimento da ca-pacidade de observação da grafia de algunsvocábulos.

2T e x t o

Objetivo• Praticar a grafia de algumas palavras que, nor-

malmente, oferecem dificuldades.

IntroduçãoO ócio é bom negócio? A escola é uma “divisora deáguas”? Como surgem as classes sociais? Qual ovalor da individualidade na separação de classes?

02-CP07Tx02P2.qxd 21.01.07 17:34 Page 12

Page 13: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 13

Área: Ciências Nível I e II

1. Dividir a turma em dois grupos.

2. Um dos grupos deve fazer uma tabela extensivade todos os problemas ambientais relaciona-dos ao uso correto ou ao mau uso dos recur-sos hídricos em suas casas.

3. O outro grupo deve fazer uma tabela exten-siva de todos os problemas ambientais rela-cionados ao uso correto ou ao mau uso dosrecursos hídricos na sua cidade.

4. Uma segunda coluna deve ser acrescentadaem cada tabela, contendo informações sobre aorigem de cada um dos problemas ambientaisrelacionados.

5. Reunir os dois grupos e, em um trabalhoconjunto, pedir que proponham medidas de

Descrição da atividade

Atividade P Poluição das águas

Resultados esperados: Reflexão sobre as va-riadas formas de poluição da água e as possíveisestratégias de prevenção dessa poluição.

3T e x t o

Objetivos• Identificar fontes de poluição das águas.• Identificar meios de prevenção da poluição.

IntroduçãoNa letra da música Tempo Rei, o compositor Gil-berto Gil fala, no sentido figurado, sobre aságuas ficarem sujas. Na vida real há diversas ma-neiras, ou seja, fontes de poluição de águas su-perficiais, isto é, de rios, lagos, lagoas e igarapés.A maior parte das cidades nasce próxima de fon-tes de água. À medida que elas se desenvolvem,com o aumento do número de habitantes e a pre-sença de diversos tipos de atividades produtivas– como indústrias, estabelecimentos comerciais,agricultura –, pode-se identificar uma deteriora-ção da qualidade de água disponível. Outrosfatores comprometedores são a presença de ruaspavimentadas com asfalto, que impede a recargados lençóis freáticos, e a falta de saneamento

básico, especialmente de redes coletoras de esgo-to. Ressalte-se ainda que, em geral não há plane-jamento urbano para as cidades, identificamos apresença de moradores em áreas próximas àscabeceiras de rios e nascentes, o que significaum comprometimento desse recurso. A preven-ção dessa deterioração deve considerar tanto aquantidade de água utilizada nas mais diversasatividades, que necessita ser minimizada, quantoa qualidade das águas que retornam aos corposhídricos, que deve ser a melhor possível. Cidadesde grande porte já contam com estações detratamento de esgoto, mas a sociedade aindaprecisa incorporar mudanças de hábitos diários:usar menos água em todas as atividades, usar omínimo de produtos químicos para limpeza ehigiene, proteger os mananciais, evitar vaza-mentos, evitar o uso excessivo de insumos edefensivos agrícolas, lançar menos resíduosindustriais nos rios, etc.

Dicas do professor: Existem gastos de água em residênciasque podem ser facilmente minimizados: reduzindo o tempode chuveiro para cerca de 5 minutos, podemos economizarcerca de 90 litros de água por banho; a escovação dedentes também pode ser feita mantendo-se a torneirafechada e abrindo-a apenas durante os enxágües; válvulasde descargas de vasos sanitários precisam estar reguladas.

Tempo sugerido: 1 hora

prevenção para os problemas ambientais rela-tivos aos recursos hídricos usados tanto paraas residências quanto para a cidade.

03-CP07Tx03P2.qxd 21.01.07 17:37 Page 13

Page 14: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

14 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Usando um martelo e um prego, fazer furosnuma lata, em duas alturas. Os dois furos de-vem estar alinhados, um acima da metade dalata e o outro a 5 cm da base da lata;

2. Usando rolhas, tapar os dois buracos;

3. Encher a lata com água até o topo;

4. Pedir a dois alunos que retirem as duas rolhassimultaneamente;

5. Os alunos devem descrever o que observam. Emqual dos dois orifícios a água jorra mais longe?

6. Pedir aos alunos que proponham uma justifica-tiva para o que foi observado, fundamentando-se nas diversas ações que a água exerce.

Descrição da atividade Materiais indicados:P Uma lata grande vazia

(latas mais altas são mais

adequadas), água, prego,martelo e rolhas.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Ações da água

Resultados esperados: Que os alunos conhe-çam outras utilizações da água no dia-a-dia.

3T e x t o

Objetivo• Identificar a importância da água em nosso co-

tidiano por meio do reconhecimento de algu-mas de suas ações.

IntroduçãoNa letra da música Tempo Rei, o compositor Gil-berto Gil fala várias vezes sobre o tema água. Aágua exerce várias ações em nosso cotidiano. Porexemplo, ao abrirmos a torneira de uma pia, aágua sai com pressão. Isso significa que ela exercepressão quando escoa de cima para baixo, comoocorre com as caixas-d’água que são colocadas notelhado das residências. A pressão de uma colunade água também é o mecanismo que faz uma tur-bina de hidrelétrica funcionar – quanto maior acoluna de água, maior é a energia potencial queserá posteriormente transformada em energia elé-trica. A água é também um solvente muito impor-tante, sendo capaz de dissolver muitas substân-

cias, principalmente as substâncias minerais. É ocaso da “água mole em pedra dura, tanto bate atéque fura” do ditado popular, que nada mais é doque um exemplo do poder dissolvente da água.Em seu trajeto pelos rios, lagos e superfícies, aágua vai dissolvendo substâncias e arrancando pe-daços de rocha, modificando drasticamente o rele-vo ao longo dos anos. Portanto, pode-se afirmarque as duas ações poderosas da água são o seu po-der de erosão, quando desgasta as superfícies; e ode sedimentação, quando há deposição desse ma-terial. Qual o poder da força da água? A água po-de cortar o aço? A água pode gerar energia? Quaisos trabalhos que conhecemos em que a água é uti-lizada não como solvente, mas como instrumentode geração de energia, de corte, etc.?

Dicas do professor: A água muda de fase por causa de di-ferenças na estrutura de suas partículas, causadas pela ab-sorção ou liberação de energia. Quanto menos energia essaspartículas ganham, menos movimento elas possuem. É o ca-so do gelo, que possui forma e volume definidos. Quando ogelo ganha um pouco mais de energia, as partículas da águacomeçam a se movimentar mais, tornando a água líquida,que possui volume definido, mas não a forma. Finalmente,mais energia transforma a água líquida em vapor, no qual aspartículas estão em intenso movimento. Neste caso, o vapord’água não possui nem forma nem movimento definidos.

Contexto no mundo do trabalho: A água como solventeuniversal está presente em toda indústria e em pratica-mente todos os campos de trabalho.

03-CP07Tx03P2.qxd 21.01.07 17:37 Page 14

Page 15: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 15

Área: Ciências Nível I

1. Pedir aos alunos para fazerem um diagramaesquemático, em forma de ciclo, do ciclo daágua.

2. Solicitar que utilizem uma representação decor diferente para cada um dos estados físicosda água no seu ciclo: azul para a água líquida;cinza-claro para o gelo; e vermelho para o va-por d’água.

3. Usando setas grossas, os alunos devem reco-nhecer no ciclo da água as transformações en-tre os estados da matéria, ou seja, as mudan-ças de fases: fusão, solidificação, evaporaçãoe condensação.

4. Pedir aos alunos que apresentem o seu dia-grama do ciclo da água para os colegas, bus-cando identificar se o nível de detalhamentoutilizado foi similar.

Descrição da atividade

Atividade P Ciclo das águas

Resultados esperados: Reflexão sobre a im-portância da água na vida do homem e o conhe-cimento dos aspectos físicos e processos detransformação da água.

3T e x t o

Objetivos• Identificar a existência de um ciclo de águas na

natureza.• Identificar os três estados físicos da água: sóli-

do, líquido e vapor e o nome das transforma-ções entre as fases.

IntroduçãoNa letra da música “Tempo Rei”, o compositorGilberto Gil mostra a passagem do tempo doponto de vista das montanhas que são fustigadaspela chuva e pelo vento. A chuva é parte impor-tante do ciclo das águas. O calor do sol esquentaa água dos rios, mares, oceanos, plantas, solo, le-vando-a a sofrer uma transformação, passandoda fase líquida para a de vapor – é a evaporação.Chegando às camadas mais elevadas da atmosfe-ra, o vapor d’água sofre resfriamento e passa pa-ra o estado líquido. Este fenômeno é a condensa-

ção. Nas regiões frias, presentes nos pólos e nasmontanhas de grande altitude, a água líquida so-fre resfriamento e vira sólida (gelo) – é a solidifi-cação. O gelo assim formado pode depois ser der-retido, quando da chegada da primavera e doverão. A água passa então do estado sólido parao líquido – é a fusão. Este conjunto de fenômenostornam possível a reciclagem da água em nossoplaneta. E a reciclagem da água feita pelos ho-mens? Isso ocorre? Por quê? Para quê?

Contexto no mundo do trabalho: O uso da água na in-dústria (trabalho) é excessivo e constante. A atividadeproporciona uma reflexão sobre o tempo em que o plan-eta faz naturalmente essa reciclagem (complexo e mo-roso) e o descuido do homem com relação a esse proces-so pela utilização indiscriminada (poluidora) da água,que é a base da vida.

Materiais indicados:P Cartolina e lápis de cor.

Tempo sugerido: 1 hora

Dicas do professor: A água muda de fase por causa de di-ferenças na estrutura de suas partículas, causadas pela ab-sorção ou liberação de energia. Quanto menos energia es-sas partículas ganham, menos movimento elas possuem. Éo caso do gelo, que possui forma e volume definidos. Quan-do o gelo ganha um pouco mais de energia, as partículasda água começam a se movimentar mais, tornando a águalíquida, que possui volume definido, mas não a forma. Fi-nalmente, mais energia transforma a água líquida em vapor,no qual as partículas estão em intenso movimento. Nestecaso, o vapor d’água não possui nem forma nem movimen-to definidos.

03-CP07Tx03P2.qxd 21.01.07 17:37 Page 15

Page 16: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

16 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Se possível, ouvir a música “Tempo Rei” comos alunos.

2. Conversar com eles sobre o título da música;

3. Fazer um debate com base nas seguintesquestões:

a) O tempo é rei em suas vidas? Por quê?

b) Como vocês vivem o tempo?

c) Como é o tempo do trabalho? E em casa?

d) E o tempo livre?

e) Qual desses exige mais de vocês?

f) Vocês têm que fazer alguma coisa para dri-blar o tempo?

4. Ler a letra da música e discutir com eles osversos: “Tudo permanecerá do jeito que temsido”, “Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei/Transformai as velhas formas do viver”.

Descrição da atividade

Atividade P Tempo, tempo, tempo... Rei

Resultado esperado: Reflexão sobre a inter-ferência do tempo em nossa vida cotidiana: emcasa, no trabalho, na sociedade.

3T e x t o

Objetivo• Compreender que o tempo é um dos principais

fatores que interferem na vida cotidiana de to-dos nós.

Introdução“Tempo, tempo, mano tempo”. A preocupaçãocom a categoria “tempo” entre os homens não érecente. Ela remonta à filosofia antiga, dos he-breus até os gregos, passa pela filosofia cristã,pela moderna e vem até os dias atuais. Ultima-mente, ela desperta o interesse de pesquisadorese de outros setores preocupados em explicar aproblemática do tempo relacionado à vida coti-diana. A teoria científica do tempo e a teoria fi-

losófica do tempo têm sido objeto de reflexõesde muitos cientistas e filósofos. No entanto, oque mais tem se manifestado como campo deinteresse, atualmente, por amplos setores, é omodo como o tempo está sendo vivido no atualmomento histórico. São os elementos culturais esociais que constituem o conceito de tempo.“Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei/Transfor-mai as velhas formas do viver/ Ensinai-me, ó,pai, o que eu ainda não sei”. Qual a importânciado tempo no trabalho? O que significa produzirem menor tempo? O que significa reduzir o tem-po trabalhado?

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor: Sites – Texto da introdução retirado deQuanto tempo o tempo tem!, de Olinda Maria Noronha www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302003000400019;www.sbfisica.org.br/ fne/Vol6/Num2/a05.pdf;www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/peter/naudotemporei.pdf.

Música – “Sobre o tempo”, veja:www.lyricsdownload.com/pato-fu-sobre-o-tempo-lyrics.html

5. Propor aos alunos que façam, coletivamenteou em pequenos grupos, a reescrita da letra damúsica “Tempo Rei” relacionando-a ao mundodo trabalho ou à profissão de cada aluno.

03-CP07Tx03P2.qxd 21.01.07 17:37 Page 16

Page 17: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 17

Área: Matemática Nível I e II

1. Pedir aos seus alunos que tragam para a aulafotos suas de infância, de seus pais, avós, fo-tos antigas da cidade, do bairro, de edifícios,de monumentos, praças, de pessoas públicasconhecidas.

2. Sobre um papel pardo de cerca de 3 metros,desenhar com os alunos uma linha reta nu-merada, cujo início deve ser a década da fotomais antiga que os alunos trouxerem. A par-tir dela, defina um intervalo qualquer paraseparar as décadas seguintes até a décadaatual. Chamar a atenção para unidade de me-dida de tempo que está sendo usada: décadaou 10 anos.

3. Ao longo do papel, orientar os alunos para ircolando as imagens nas décadas correspon-dentes (aproximadamente). Pedir a eles queescrevam seus nomes no painel, na década emque nasceram.

Descrição da atividade 4. Finalizado o painel, pedir a eles para observa-rem o painel enquanto ouvem a música deGilberto Gil, respondendo: No período regis-trado no painel, o que permanece? O que mu-dou? O que cada um deles conheceu? Quetempos são estes?

Materiais indicados:P Papel pardo, fotos, revis-

tas, jornais antigos, etc.,tesoura, cola.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Minha história no tempo

Resultado esperado: Painel representativo deum período histórico referenciado na vida dosalunos. Percepção do tempo histórico tendo co-mo referência a própria historia de vida.

3T e x t o

Objetivo• Localizar o tempo na História tendo a história

de vida como referência. Construir uma linhanumerada simulando uma linha de tempo,com intervalos representativos de uma década.

Introdução

A letra da música de Gilberto Gil mostra comoa vida pode ser ao mesmo tempo perene e fu-gaz, regular e surpreendente. Assim é o temporei: tempo do relógio, do calendário, tempo danatureza, do ciclo da vida, do dia, da noite, daseras, do batimento do coração. Além de apren-

der a medir o tempo, aprendemos a percebê-lonas transformações do corpo, da paisagem, dacidade. Tempos singulares e tempos coletivos.Perceber as permanências, as mudanças, as con-tinui-dades e descontinuidades, o que é maisantigo, o mais atual, a simultaneidade, enfim,os diferentes sentidos do tempo é a intenção dalinha de tempo que propomos construir na ati-vidade a seguir.

03-CP07Tx03P2.qxd 21.01.07 17:37 Page 17

Page 18: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

18 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Português Nível I

I – Atividades de leitura: Por meio de perguntas,permitir que os alunos concluam que a mutabilida-de é a constante no transcorrer do tempo e, por is-so, “tudo continuará do jeito que tem sido”. Ressal-tar como o poeta usa livremente os provérbios.Discutir se o texto assume, em algum momento,forma de oração. Perguntar: Por que o poeta recor-re a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro? Destacara efemeridade do homem e o processo de mutaçãoda natureza, que se perpetua.

II – Atividades lingüísticas:

1. Escrever no quadro: “Não me iludo” e “ser hu-mano”. Perguntar qual é o antônimo de “iludir”(desiludir) e de “humano” (desumano).

2. Mostrar que novas palavras foram formadaspelo acréscimo do prefixo “-des”. Informarque esse processo se chama derivação prefixal.

3. Perguntar qual é o significado do prefixo lati-no “-des” (separação, ação contrária).

4. Pedir aos alunos que encontrem mais umapalavra do texto que admita o prefixo “-des”(deságuas).

5. Escrever, no quadro, os versos três e quatro:“Transcorrendo/Transformando”. Pedir queidentifiquem se há aí um prefixo e, em casopositivo, qual é ele e o que significa (“-trans:prefixo latino que significa “movimento paraalém de; posição além de).

6. Informar que “-de” é também um prefixo lati-no que significa “movimento de cima para

Descrição da atividadebaixo”. Pedir que encontrem no texto uma pa-lavra que admita o “-de” para formar novo vo-cábulo (debater). Discutir o sentido do prefi-xo na palavra.

7. Dividir a sala em grupos. Pedir que relacionem:

a) O maior número possível de palavras, emportuguês, formadas pelo prefixo “-trans”.

b) O maior número possível de palavras, emportuguês, formadas pelo prefixo “-de +verbo”.

c) O maior número possível de palavras, emportuguês, formadas por “-des + verbo”. (Su-gestões de respostas: “-trans”: transação,transamazônico, transbordamento, transcen-dência, transcrever, transeunte, transfigurar,transformação, transformista, transfusão,transportar, transatlântico, transtornar, trans-correr, transpassar, transmutar, transitar.

“-de + verbo”: deformar, decair, decrescer,decompor, decalcar, debilitar, decantar, de-cifrar, declamar, decodificar, decrescer, etc.)

-“des + verbo”: descansar, desgastar, desa-bafar, desabilitar, desabonar, desacatar,descansar, desacomodar, desaconselhar,desacostumar, desafinar, desafogar, desa-gradar, desajustar, etc.).

Atividade P Formação de palavras

Resultado esperado: Reconhecimento dealguns prefixos formadores de palavras emportuguês.

3T e x t o

Objetivo• Reconhecer possibilidades de formação de

novas palavras em português: a derivaçãoprefixal.

IntroduçãoConhecer as possibilidades de formação de novaspalavras em português é fundamental, pois permitea ampliação do repertório lexical do educando.

Tempo sugerido: 2 horas

03-CP07Tx03P2.qxd 21.01.07 17:37 Page 18

Page 19: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 19

Área: Português Nível II

1. Atividades de pré-leitura: Sugere-se ao profes-sor colocar, no aparelho de som, uma músicaerudita ou uma música orquestrada e pediraos alunos para que digam “o que a músicalhes transmite”. Por certo, eles enumerarãovárias sensações. Comentar que a música éobra de arte, feita para atingir mais a sensibi-lidade do que a razão e, por isso, nunca temum mesmo significado para todos.

2. Atividades de leitura: Macunaíma, o herói semnenhum caráter, de Mário de Andrade, é umadas obras pilares da cultura brasileira. A nar-rativa, fantástica e picaresca, tem um tombem-humorado, em que o autor com inventi-vidade narrativa e lingüística, reelabora litera-riamente temas de mitologia indígena e visõesfolclóricas da Amazônia e do resto do país ecria uma obra saborosamente brasileira. Asestripulias sucessivas de Macunaíma são vivi-das num espaço mágico, próprio da atmosferafantástica. O protagonista é o anti-herói, fora-da-lei, na medida em que se contrapõe a umasociedade moderna, organizada em um siste-ma racional, frio e tecnológico. O tempo étambém totalmente subvertido na narrativa.Lançar perguntas: a) Quando alguém escreve um cheque ou um

recibo, o objetivo do emissor é atingir a sen-sibilidade do receptor ou espera que com-preenda lógica e racionalmente a mensagem?

Descrição da atividade

Atividade P Características do texto literário

Resultados esperados: Compreensão, inter-pretação e criação de textos com intenção artísti-ca, literária.

4T e x t o

Objetivo• Reconhecer as distinçõs entre o texto literário

e o não-literário.

IntroduçãoEscrever é uma atitude frente ao mundo? Quan-do podemos, na escrita, deixar nosso coraçãofalar? Quando a razão deve predominar? O queseus alunos têm a dizer?

Dicas do professor: Há vários sites na Internet sobre Ma-cunaíma e a obra de Mário de Andrade. Vale a pena con-sultá-los.

Tempo sugerido: 3 horas

b) Uma notícia de jornal pretende mais infor-mar ou mais comover?

c) Há textos neste caderno que tenham umcaráter mais utilitário, que pretendam aliara compreensão da mensagem a uma açãoprática? O autor de Macunaíma tinha amesma intenção? (Não. O texto literário éplurívoco, busca atingir a sensibilidade doreceptor, exige uma percepção sensorial e,ainda que o leitor não compreenda tudo oque se diz, a mensagem tem um sentido es-tético, não racional. Mário de Andrade lidacom uma para-realidade: pauta-se na reali-dade, mas permite-se inventar, criar umasupra-realidade. Macunaíma, por exemplo,viaja de um estado para outro sem qual-quer meio de transporte.

3. Atividades de produção de textos: Pedir que,em linguagem coloquial, criem uma históriacom intenções literárias, um conto maravilho-so em que realidade e irrealidade se misturemharmonicamente, de modo verossímil.

04-CP07Tx04P2.qxd 21.01.07 17:38 Page 19

Page 20: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

20 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. Discutir com a classe o papel da dança na vi-da de cada um. Se eles dançam ou não. Quaissão as danças prediletas, o que sentem quan-do dançam, se conhecem as danças citadas notexto etc.

2. Dividir a classe em três grupos.

3. Cada grupo ficará responsável pela pesquisade uma das danças citadas no texto: catira,congo e folia de reis, privilegiando origem,estrutura, movimentos coreográficos caracte-rísticos, música e figurino.

4. Os grupos apresentarão e discutirão os resul-tados da pesquisa.

5. A seguir, será proposta para a classe a criaçãode um catira sobre o tema do caderno.

6. A classe deverá se organizar segundo as ne-cessidades próprias da dança para a execuçãoda tarefa.

Descrição da atividade 7. A apresentação será iniciada pela saudação dovioleiro seguida do catira.

8. Posteriormente, haverá discussão da expe-riência e dos conhecimentos adquiridos.

Atividade P Saudação de violeiro

Resultados esperados:a) Que o aluno perceba a riqueza e a importân-

cia das danças populares também como fontede informação e conhecimento.

b) Que o aluno reflita sobre as diversas influên-cias presentes na cultura brasileira e comoelas influenciam as crenças, os hábitos, enfim,o modo de vida de uma coletividade.

5T e x t o

Objetivos• Pesquisar danças folclóricas brasileiras. • Criar um catira sobre o tema do caderno.

IntroduçãoO texto cita algumas danças populares, manifes-tações folclóricas, transmitidas de geração emgeração e que contribuem para a construção daidentidade de um povo, e que no texto ajudamtambém a caracterizar a personagem. O catira é uma dança de origem indígena (catere-tê), realizada só por homens. Pelas mãos do padreJosé de Anchieta teria sido introduzida nos feste-jos religiosos com fins de catequização dos povosda terra. É significativa a fala de Benedito: “Nun-

ca deixei de dançar, não, que dançar o catira, ocongo, a folia de Reis, é uma devoção. A gentecanta e dança sempre em homenagem ao Santo. Éuma maneira que o povo tem de rezar, e eu achoque agrada mais ao Santo que muito palavrório”.A fala nos remete a um só tempo à origem brasi-leira da dança, como à função desta na origemdo homem: estabelecer uma comunicação com osagrado.O catira, considerado uma dança caipira, é aindahoje executado em sua grande maioria só por ho-mens, embora em muitas regiões se permita aparticipação das mulheres. Caracterizada peloritmo marcado por palmas e batidas de pés, emsincronismo, a dança é acompanhada por violas.

Tempo sugerido: 5 horas divididas em três dias

05-CP07Tx04P2.qxd 21.01.07 17:38 Page 20

Page 21: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 21

Área: Educação Física Nível I e II

1. Promover uma discussão com os alunos, per-guntando-lhes se já ouviram falar em dançaspopulares e se eles conhecem o catira.

2. Incentivá-los a realizar a seguinte atividade: a) a classe deve ser dividida em duas turmas; b) uma turma deverá ficar em fileira (um ao

lado do outro) de frente para a outra tur-ma (fileira);

c) cada aluno deverá ficar em pé, na fileira,com os braços estendidos para trás e asmãos entrelaçadas.

3. Demonstrar como dançar o catira, da seguinteforma: com os braços estendidos para trás e asmãos entrelaçadas, bater os pés no chão cincovezes, primeiro o esquerdo, depois o direito,depois o esquerdo, o direito e o esquerdo.

4. Pedir aos alunos de ambas as fileiras que imi-tem os seus movimentos.

5. Depois de executarem, perguntar-lhes se no-taram o ritmo cadenciado dos movimentos.

6. Repetir os mesmos movimentos com os pés,dessa vez acompanhando o som e o ritmo de-

Descrição da atividadeles com uma palma para cada batida dos pés(cinco palmas).

7. Pedir-lhes que imitem novamente seus movi-mentos.

8. Propor um desafio entre as fileiras: a) os alunos de cada grupo deverão se reunir

por dez minutos e montar uma seqüência debatidas rítmicas dos pés;

b) após esse tempo uma fileira demonstra osmovimentos para a outra, que deve imitar aseqüência;

c) a fileira que imitou deve agora apresentar asua seqüência para que a outra imite. O de-safio continua, com intervalos de dez minu-tos entre eles para que as duas equipes pos-sam combinar os passos.

19. Depois de duas ou três seqüências de cadagrupo, peça-lhes que introduzam as palmasjunto com os movimentos dos pés.

Atividade P Vamos dançar?

5T e x t o

Objetivo• Discutir a importância do tempo livre a partir

da linguagem da dança.

IntroduçãoVocê gosta de dançar? A dança é uma ótima ativi-dade para aliviar as tensões de um dia de traba-lho. Além disso, ela é um tipo de linguagem cor-poral que expressa diferentes culturas, crenças,histórias de países, de regiões e de grupo de pes-soas. Entre outras podemos citar o funk, a dançade rua, o forró, hoje muito comuns entre os jo-

vens. O catira, citado pela personagem de Benedi-to, era muito comum em festas realizadas no cam-po. Você já assistiu a um grupo dançando catira?Nessa dança há uma seqüência de movimentosque envolvem batidas com os pés e palmas, emum ritmo cadenciado. Geralmente, ela era realiza-da sobre tablados de madeira que aumentavam osom das batidas dos pés. Pergunte aos seus alu-nos: Vocês conhecem ou já ouviram falar de ou-tros tipos de danças populares? Já participaram dealgum grupo desses tipos de danças? Já pensaramem praticar algum tipo de dança no tempo livre?

Tempo sugerido: 4 horas

Resultado esperado: Reflexão sobre a lin-guagem da dança como alívio das tensões diáriasdo trabalho.

05-CP07Tx04P2.qxd 21.01.07 17:38 Page 21

Page 22: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

22 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Iniciar a atividade lendo para os alunos o tex-to “Benedito do Catira”.

2. Perguntar aos alunos se eles conhecem algu-ma história semelhante. Em caso afirmativo,pedir que contem a história para seus colegas.

3. Fazer um levantamento com os alunos a respei-to das manifestações da cultura popular exis-tentes em sua comunidade e entre os alunos.

4. Pedir que relatem histórias, cantem músicas,danças, anedotas... que fazem parte do imagi-nário popular.

5. Propor aos alunos que, em pequenos grupos,elaborem um material com ilustrações con-tendo elementos de seus relatos e de outraspessoas da sua comunidade.

6. Organizar este material em forma de um livroou álbum e pedir que entreguem para a bi-blioteca. Se possível, pedir também que façam

Descrição da atividade

Atividade P Cultura popular

Resultados esperados: Elaboração de materialcom ilustrações e organização em forma de um li-vro ou álbum. Reflexão acerca do termo cultura.

5T e x t o

Objetivo• Compreender e valorizar as manifestações po-

pulares como componentes do vasto campo dacultura popular.

IntroduçãoNo texto “Benedito do Catira”, Murilo nos apre-senta um senhor de seus 49 anos que trabalha,canta e dança como se tudo fosse uma coisa só.A sua relação com o trabalho, tempo livre e a cul-tura popular caminha harmoniosamente, tudotem sabor de festa. Ele traz no corpo, na mente,marcas de seus antepassados de forma conscien-te: a cultura popular, que é a expressão mais le-

gítima e espontânea de um povo. Ao mesmo tem-po em que carrega em si elementos fundadoresde sua cultura – a dança, a música, a religiosida-de –, carrega também a dor de uma viuvez e adura luta no trabalho para a criação de seus setefilhos. Na sua luta, em seu serviço de carroceiroé sábio quando se contrapõe ao tempo do cami-nhão, pois ainda encontra lugar para a sua carro-ça. E termina o seu falar de maneira brilhante:“O serviço é livre, é da gente, num tem patrão,essas coisas. Eu até essa idade de hoje, reguleiminha vida pela minha mão mesmo”. Que outrasprofissões ainda desafiam o tempo, a tecnologiae as mudanças da sociedade?

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Livros – Lazer e Cultura Popular, de Jo-ffre Dumazedier (Ed. Perspectiva), 2001.Sites – Cultura popular: Revisitando um conceito historiográ-fico, R. Chartier – Estudos Históricos,1995: www.cpdoc.fgv.brNúcleo de Antropologia Urbana:www.n-au.org/AntropologiaUrbanadesafiosmetropole.html;Folclore brasileiro: www.ifolclore.com.br;Música: www.rubinhodovale.com.br/

um lançamento deste material junto às crian-ças com danças, contação de história, regadascom muita música.

05-CP07Tx04P2.qxd 21.01.07 17:38 Page 22

Page 23: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 23

Área: Geografia Nível II

1. Promover a leitura do texto em grupo e solicitaraos alunos que façam uma apresentação de suacompreensão, identificando as idéias principais.

2. Solicitar que apontem quem é a personagemprincipal, os nomes pelos quais é conhecida epor quê, seu trabalho e a atividade cultural deque mais gosta.

3. Identificar a origem da personagem principale os motivos de sua migração para a cidade.

4. Solicitar aos alunos que extraiam do textosegmentos que mostrem seus hábitos simplese sua cultura interiorana.

5. Levantar com os alunos hábitos e costumespróprios da vida no campo que permanecemainda em muitos espaços urbanos;

6. Levantar entre os alunos quem é migrante, outem essa história em sua família, identifican-do o local de origem (cidade e estado) e osmotivos da mudança. Algum motivo seme-lhante ao da personagem?

7. Debater com a classe que a cidade contém a es-trutura necessária para o desenvolvimento do

Descrição da atividadecapitalismo: mão-de-obra e mercado consumi-dor concentrados, acesso à tecnologia, entre ou-tros recursos que a vida no campo não oferece.

8. Produzir um pequeno texto coletivo que sinte-tize o resultado das discussões sobre o êxodorural e as mudanças e permanências no modode vida do migrante.

Atividade P O êxodo rural

Resultados esperados: Capacidade paracompreender a migração do campo para a cida-de como o resultado da estruturação de um espa-ço capaz de atender as necessidades humanas e asdemandas por educação, saúde, saneamento, em-prego, entre outros recursos que o campo não ofe-rece. Capacidade para entender que, embora a vi-da urbana exija do migrante uma adaptação ao seuritmo, não elimina, por completo, traços culturaispróprios da vida no campo.

5T e x t o

Objetivo• Assimilar a existência do êxodo rural como sub-

produto da industrialização e da urbanização domundo. Entender que a migração campo–cida-de não elimina o passado na roça e os hábitos davida simples e próxima à natureza. Contextuali-zar a figura do interiorano migrante neste pro-cesso de urbanização da sociedade.

IntroduçãoO êxodo rural é uma característica da sociedadecapitalista, que tem seu centro de produção e cir-

culação na cidade. Produção esta em larga esca-la e caracterizada pela velocidade do escoamen-to, que torna a cidade um espaço de vida corridae de tempo escasso, transformando, muitas ve-zes, hábitos e costumes. O interiorano migranteenfrenta o cho-que das diferenças entre o espaçorural e o urbano e se vê obrigado a adaptar-se naluta pela sobrevivência. Por possuírem em geralmão-de-obra pouco qualificada, empregam-senos trabalhos de menor remuneração, ou comoprestadores de serviços.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: O Ipea possui uma análise, em seu tex-to para discussão 621, sobre a relação campo–cidade, osefeitos deste processo na chamada desruralização e nacomposição da população (www.ipea.gov.br/pub/td/td0621.pdf#search=%22exodo%20rural%22).

05-CP07Tx04P2.qxd 21.01.07 17:38 Page 23

Page 24: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

24 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Debater com os alunos as profissões que per-mitem ao trabalhador ser dono de seu própriotempo. Listar essas profissões.

2. Debater sobre os trabalhadores que vendemseu tempo de trabalho e precisam se submeterao controle de relógios de ponto. Listar profis-sões classificando-as pelo critério de quemcontrola o tempo do trabalhador.

3. Debater vantagens e desvantagens de uma ede outra.

4. Debater as atividades de diversões presentesna vida dos trabalhadores controlados pelotempo da fábrica.

5. Apresentar o texto “Benedito do Catira”. Ler otexto coletivamente, fazendo pausas para ve-rificar opiniões e entendimentos.

6. Debater no final se há relação entre o localonde mora, a profissão do Senhor Benedito eo fato de ele ser também violeiro e dançar fre-qüentemente o catira.

Descrição da atividade 7. Registrar as conclusões. Montar um quadrocomparativo entre as atividades realizadas pe-los alunos e as vividas pelo Senhor Benedito.

8. Propor uma pesquisa sobre a dança do catira,para, se possível, um dia dançá-la na sala deaula ou trazer para a escola a apresentação deum grupo de pessoas que dancem o catira.

Atividade P Trabalho e festa

Resultados esperados: Espera-se que osalunos reflitam a respeito de tipos de trabalhoque possibilitam ao trabalhador dispor de manei-ra autônoma do seu tempo e de mais lazer.

5T e x t o

Objetivo• O objetivo é refletir a respeito de tipos de tra-

balho que possibilitam dispor de maneira autô-noma do tempo e de mais lazer.

IntroduçãoMuitas das profissões de antigamente têm seunúmero reduzido gradativamente. Antes exis-tiam mais carroceiros, aguadeiros, amoladoresde faca, vendedores ambulantes, ferreiros, sapa-teiros, alfaiates. Eram trabalhadores que traba-lhavam para si mesmos, podendo dispor do tem-

po como lhes conviesse. Hoje, um operário de fá-brica tem que passar cartão e cumprir todas ashoras estipuladas pelo contrato que assinou coma empresa. Quando são liberados das fábricas,geralmente estão tão cansados que não conse-guem bater papo com os amigos ou jogar futebolde fim de semana. Mas em grandes e pequenascidades do Brasil há ainda os trabalhadores quesão donos de seu tempo e podem ser tambémvioleiros, tocadores de sanfona ou dançarem ocatira, o congo, a folia de reis e participar de umaroda de samba.

Tempo sugerido: 4 horas

05-CP07Tx04P2.qxd 21.01.07 17:38 Page 24

Page 25: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 25

Área: Português Nível I

Atividades de pré-leitura: Perguntar aos alunos seconhecem a catira, se é uma dança comum em suaregião. Pedir que coletem informações sobre a dan-ça. Se possível, convide um catireiro para contar aorigem da manifestação folclórica e ensaiar umgrupo. Ampliar o tema: relacionar a dança à histó-ria da localidade e a costumes surgidos na épocade sua chegada e que ainda se mantêm.

Atividades de produção de textos

1. Depois de ler o texto com os alunos e comen-tá-lo, sugere-se mostrar que além de catireiro,Benedito presta serviços para a comunidade.Como recebe pelo trabalho, provavelmente épago em dinheiro ou cheque.

2. Pedir aos alunos que imaginem que Beneditofez um carreto e recebeu, em cheque, a quan-tia de R$ 60,00. Deu um recibo ao contratanteno mesmo valor. Pedir aos alunos que preen-cham o cheque e o recibo dado. Simule outrassituações e utilize números que podem ofere-cer dificuldade na escrita: seiscentos, catorzeou quatorze, cinqüenta, sessenta.

3. Informar que o cheque equivale a dinheiro.Para ter valor, não pode ter rasuras, precisaestar preenchido corretamente, estar datado,assinado e ter fundos. Portanto, só pode emi-tir cheques quem tem conta num banco.(mostrar, detalhadamente, as diversas partesde um cheque e explicar suas funções: núme-ro do banco, agência, número da conta, nú-mero do cheque, valor declarado em núme-

Descrição da atividaderos, valor declarado por extenso, nome dapessoa a quem se destina o cheque ou “ao por-tador”, espaço para colocar data e assinatura).

4. Na compra de determinados objetos, na pres-tação de serviços, prestações ou pagamentos,a pessoa que recebe dá em troca um recibo.Discutir o sentido da palavra com os alunos.Informar que o recibo é um documento quecomprova que o valor nele contido foi real-mente pago. É importante que o recibo não te-nha rasuras, esteja todo preenchido e com oseventuais espaços vazios anulados com traços,esteja datado, assinado (pois recibos sem assi-natura não têm nenhum valor). Se não hou-ver impresso, pode-se escrever um: Recebi dosenhor X a quantia X relativa ao pagamento deX. Local, data, assinatura.

5. Simule, com os alunos, várias situações de com-pra e venda ou aluguel de objetos, imóveis, ser-viços, etc. Entregue, em cópia, vários cheques erecibos para que os alunos preencham, de acor-do com a simulação. Se o professor quiser, podefazer um bazar com objetos trazidos pelos pró-prios alunos ou simulá-lo. Cada compra será pa-ga com cheque, e o vendedor fornecerá um re-cibo de pagamento.

Atividade P Produção de textos: cheques e recibos

5T e x t o

Objetivo• Preencher, corretamente, cheques e recibos.

IntroduçãoCatira é uma dança comum em sua região?Quais seriam suas origens?

O preenchimento de cheques é prática comumno comércio, mas todos praticam essa atividadecom correção e segurança? E quanto ao recibo depagamento? Será que todos os alunos sabem co-mo preenchê-los?

Materiais indicados:P Cópias de cheques e recibos.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados: Segurança e correçãono preenchimento de cheques e recibos na vidareal.

05-CP07Tx04P2.qxd 21.01.07 17:38 Page 25

Page 26: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

26 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Desenvolver uma atividade de interpretaçãolivre da tira. Comentar uma a uma e esclare-cer dúvidas do léxico espanhol, por exemplo,salgo, presente de indicativo de salir.

2. Promover um debate a respeito da chargelida, orientando os alunos para que percebamo tipo de linguagem escolhida e que deu oefeito humo-rístico ao texto. No caso, o uso doartículo indeterminante UNOS. O artigo usado,por ser indefinido, mostra o grau de conheci-mento que o empresário tem sobre seus filhos.Quantos pais, hoje, não devem viver uma situa-ção parecida com a do empresário da charge?

3. Nessa aula é possível conhecer melhor as fa-mílias dos alunos, dirigindo-lhes perguntas eintroduzindo vocabulário específico sobre afamília como:

a) ¿Tienes hijos? ¿Cuántos?

b) ¿Conoces bien, a tus hijos? ¿Tienes hijo o hija?

Descrição da atividadec) ¿Cómo se llama El primero? Y?El/La segun-

do/a...?

d) ¿Cuáles son los más obedientes, Los hijos, o Lashijas?”...

4. Introduzir o quadro dos artículos determinan-tes e indeterminantes.Artículos Determinantes / IndeterminantesSingular-Plural / Singular-PluralMasculino EL-Los / Un-UnosFemenino La-Las / Una-Unas

Atividade P El trabajo no debe alejarnos de la convivencia familiar

Resultados esperados:Por meio das imagens e da linguagem, espera-seque os alunos possam identificar com clareza ouso dos artigos em espanhol e como tambémusar o vocabulário referente a família.

6T e x t o

Objetivo• Desenvolver a habilidade de ler imagens e criticá-

las; Conhecer os artigos indefinidos em espanhol,pela observação do efeito humorístico do uso de“unos” na charge.

IntroduçãoA economia capitalista continua no século XXI,exigindo extrema dedicação ao trabalho, já que aconcorrência por uma vaga de emprego estácada dia mais acirrada. Nos tempos atuais, traba-lhadores e trabalhadoras, pais e mães, exercem

suas funções de forma “escrava”, para conseguiratender ao que é exigido pela empresa emprega-dora. Esforçar-se para manter um emprego, nemsempre satisfatório ao que se idealiza, não é,para muitos, uma questão de escolha, mas aúnica possibilidade de continuar garantindo odireito à sobrevivência própria e a da família. Noentanto, a relação familiar e a atenção aos filhosdeve ser priorizada, mesmo dentro dos escassosmomentos livres. Como coordenar o trabalhocom o tempo livre? Qual é o papel das empresasnessa relação?

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: Se tiver outras charges em espanhol,aproveitar para apresentá-las aos alunos.

06-CP07Tx06P2.qxd 21.01.07 17:39 Page 26

Page 27: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 27

Área: Ciências Nível II

1. Pedir aos alunos para trazerem exemplares depeixes ósseos e cartilaginosos.

2. Os alunos devem abrir os peixes, procurandoidentificar a presença de esqueleto apenascartilaginoso ou de esqueleto ósseo contendoapenas alguma cartilagem.

3. Pedir aos alunos para desenharem as dife-renças observadas nos dois tipos de peixesavaliados.

Descrição da atividade

Atividade P Peixes

Resultados esperados:Identificação da classificação de tipos de peixes.

7T e x t o

Objetivo• Identificar a classificação de tipos de peixes.

IntroduçãoO texto apresenta um pescador descansando,após ter conseguido a sua cota de peixe paraaquele dia. Existem diversos tipos de peixes nanatureza. Eles se constituem no maior grupo devertebrados, com mais de 20 mil espécies, 50%delas marinhas. Os peixes são classificados emdois grupos principais: os de esqueleto apenascartilaginoso e os de esqueleto ósseo, contendoapenas algumas partes com cartilagem. Há pou-quíssimas espécies de peixes de esqueleto apenascartilaginosos, menos de 5% do total. Algunsexemplos de peixes desse tipo são os tubarões eas raias. Já os peixes de esqueleto ósseo são a

grande maioria, cerca de 95% do total. A maiorparte desses peixes possui uma bolsa cheia degases acima do estômago – a chamada bexiganatatória. O peixe pode controlar o volume dessabexiga, permitindo assim que ele afunde ou flu-tue na água, conforme deseje. Os peixes ósseospodem ser marinhos ou de água doce. Os repre-sentantes dessa categoria mais consumidos peloser humano como alimento são: marinhos (sardi-nha, pescada, anchova, tainha, cavala, bacalhau,atum, linguado, manjuba, robalo, namorado egaroupa) e de água doce (dourado, pintado, car-pa, truta e pirarucu). Os alunos sabem algo a res-peito da indústria pesqueira no Brasil? Com nos-so grande litoral e nossa hidrografia, será quenossa indústria pesqueira é avançada, usa tecno-logia, ou ainda estamos nos desenvolvendo?

Dicas do professor: Um dos maiores peixes de água docedo mundo é o pirarucu, conhecido também como o baca-lhau brasileiro. Este peixe de esqueleto ósseo chega a medir2m de comprimento e a pesar mais de 100 kg. A sua lín-gua, quando seca, pode ser utilizada como lixa, podendoser facilmente encontrada nos mercados típicos da regiãonorte, sendo sua carne também bastante apreciada. Já ostubarões são exemplos de peixes cartilaginosos. Eles che-gam a ter 7m de comprimento e mostram várias adapta-ções que lhes garantem a sua conhecida eficiência na caça:a boca é ampla, deixando visíveis cinco a sete pares de fen-das branquiais nas porções laterais. Esses peixes não pos-suem bexiga natatória, portanto necessitam ficar em cons-tante movimento, já que tendem a afundar quando nãoestão exercendo nenhuma atividade muscular. Curiosa-mente, os dentes pontiagudos e dilacerantes dos tubarõespodem ser sempre substituídos por outros, isto é, podemser repostos.

Materiais indicados:P Peixes diversos, facas afia-

das, toalha de plástico euma mesa para suporte.

Tempo sugerido: 2 horas

07-CP07Tx07P2.qxd 21.01.07 17:40 Page 27

Page 28: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

28 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Pedir aos alunos para trazerem exemplares depeixes ósseos e cartilaginosos.

2. Os alunos devem abrir os peixes, procurandoidentificar neles a presença de estruturas ana-tômicas para adaptação à vida aquática: nada-deiras, a bexiga natatória, a linha lateral, asbrânquias e características da pele.

3. Pedir aos alunos para desenharem as estrutu-ras observadas em cada tipo de peixe (ósseo ecartilaginoso), buscando fazer um diagramaesquemático dessas estruturas.

Descrição da atividade4. Os alunos devem apontar se diferenças signi-

ficativas foram observadas nas estruturas exa-minadas dos dois tipos de peixes.

Materiais indicados:P Peixes diversos, facas afia-

das, toalha de plástico e

uma mesa para suporte.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Peixes e suas partes

Resultado esperado: Identificação das partescomponentes de peixes ósseos e cartilaginosos.

7T e x t o

Objetivo• Identificar as partes componentes de peixes

ósseos e cartilaginosos.

IntroduçãoO texto apresenta um pescador descansando, apóster conseguido a sua cota de peixe para aquele dia.O corpo de um peixe possui várias estruturas ana-tômicas para adaptação à vida aquática: nadadei-ras, a bexiga natatória, a linha lateral, as brânquiase a pele. As nadadeiras são órgãos locomotores,podendo alguns peixes possuir adaptações especí-ficas, como alguns raios das nadadeiras fortes epontiagudos ferrões que liberam veneno, como é ocaso do bagre e da raia. As nadadeiras podem serem pares – peitorais e pélvicas; ou ímpares – dor-sal, caudal e anal. A bexiga natatória é um órgãoque acumula gases, principalmente os gases ni-trogênio e oxigênio do meio ou do sangue. É elaque permite que o peixe fique estabilizado em pro-fundidades diversas da coluna de água, sem gastarenergia. A linha lateral é formada por diversosporos e se estende ao longo dos dois lados do cor-

po. É capaz de detectar a direção e a velocidadedas correntes de água. As brânquias são órgãos es-pecializados na troca de gases entre o sangue e aágua que circunda o peixe. Para garantir uma tro-ca eficiente de gases entre o sangue o meio, elaspossuem grande superfície de contato, são irri-gadas por inúmeros capilares e estão localizadasem um ponto do corpo no qual é fácil receber umbom fluxo de água. A pele dos peixes possui umaepiderme com camadas e com glândulas. Essasglândulas secretam mucosas que protegem e lubri-ficam o peixe, reduzindo o seu atrito com a água.Vocês já ouviram falar de pesca predatória? Existeuma relação dessa pesca com o turismo? O peixe éo sustento de quem?

Contexto no mundo do trabalho: A fabricação de redes,barcos, navios; a utilização de equipamentos tecnológicoscomo o sonar, para localizar os grandes cardumes de pei-xes; o fenômeno da piracema e as leis de proibição dapesca, dentre outros, são fatos que passamos a refletir apartir desta atividade, cuja figura central é o peixe.

07-CP07Tx07P2.qxd 21.01.07 17:40 Page 28

Page 29: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 29

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Iniciar a aula com uma leitura silenciosa dotexto pelos alunos.

2. Em seguida, abrir uma discussão procurandodetalhar a posição do industrial e a do pesca-dor abordando os seguintes pontos de vista,entre outros: a) O texto apresenta dois modos diferentes de

entender o trabalho. Qual é o modo do ri-co industrial? Qual é o modo do pescador?

b) O que vocês acham do modo de gozar a vi-da do pescador? E do industrial?

c) O que há de diferente entre estes dois modos?

3. Procurar trazer a discussão para a maneira co-mo a sociedade capitalista organiza e valorizao trabalho;

4. Falar sobre os dois modos de valorizar o tra-balho na nossa sociedade e explique por que omodo do capitalista de conceber o trabalho éo que tem valor;

Descrição da atividade 5. Falar ainda que esse modo só interessa a unspoucos e que a grande maioria da populaçãodo planeta não leva vantagem nisso.

6. Em seguida, dividir a classe em dois grupos epedir à turma para realizar um júri simulado.Um grupo defenderá a posição do industrial,o outro, a do pescador.

Atividade P História contemporânea

Resultados esperados: Reflexão sobre o va-lor do trabalho na sociedade capitalista. Realiza-ção do júri simulado.

7T e x t o

Objetivo• Reconhecer que a sociedade capitalista só valo-

riza o trabalho que permite a sua reproduçãocontínua.

IntroduçãoNa sociedade capitalista, o valor do trabalho é me-dido de duas maneiras: 1) pela produção de mer-cadorias, isto é, pelos produtos que depois de fabri-cados e consumidos são capazes de gerar umexcedente, que é acumulado pelo capitalista e criaas condições de produzir novas mercadorias, su-cessivamente; 2) pelos produtos úteis, neces-sáriosà vida dos seres humanos. Embora essas duas ma-neiras de medir o valor do trabalho estejam pre-sentes na sociedade capitalista, a que prevalece é a

primeira. A segunda maneira fica totalmente apa-gada. A sociedade capitalista só existe e continua-rá existindo se produzir mercadorias e de um mo-do tal que gere excedentes que serão acumuladospor poucos, criando assim as condições da repro-dução contínua do capitalismo. Qual a conseqüên-cia disso? Na sociedade em que vivemos, o traba-lho só tem valor porque produz mercadorias quenão necessariamente estão relacionadas às nossasreais necessidades, por exemplo, de ter uma vidadigna, saudável, inteligente, prazerosa, solidária,responsável. O que vale mesmo é produzir merca-dorias sem levar em conta valores úteis a todos osseres humanos e à sobrevivência do nosso planeta.É esta dinâmica perversa que expressa o texto quevamos trabalhar.

Dicas do professor: Livro: O capital, de Karl Marx. Rio deJaneiro: Civilização Brasileira, 1968.Site: www.fae.ufmg.br/trabalhoeeducacaoDicionário da Educação Profissional, de Fidalgo (NETE), 2000.

Tempo sugerido: 4 horas

07-CP07Tx07P2.qxd 21.01.07 17:40 Page 29

Page 30: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

30 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Antes da aula, o professor deve verificar as co-tações da libra esterlina, do dólar e do euro.

2. Colocar então na lousa as informações comose fosse um cartaz de um guichê de câmbio(para troca de moeda). Como no exemplo:

Libra esterlina – Pound (? 4.50 – four poundsand fifty pence)Dólar – Dollar ($ 3.15 – three dollars and fifteen cents)Euro – Euro (-7.20 – seven euros and twenty cents)Real – Real (R$ 2.70 – two reais and seventycents)

Enfatizar para os alunos que os centavos de li-bra esterlina chamam-se PENCE, ou PI, e nãotêm forma plural. Também lembrar os alunosde que no Brasil usamos vírgula para separaras casas decimais, mas que nesses países ado-ta-se o ponto.

O professor deve providenciar uma pilha de“dinheiro” (tiras de papel com o símbolo damoeda que representa e um valor). Se tivercondições, imprimir uma imagem das notasem questão, o suficiente para que cada alunofique com umas 3 ou 4 “notas”. Então, depoisde ter distribuído o “dinheiro” (cada um sódeve receber um tipo de dinheiro), pedir aeles que imaginem que estão todos numa ca-sa de câmbio e que devem tentar trocar seu“dinheiro” pelo equivalente em outra moeda

Descrição da atividadeem inglês. Eles devem conversar tudo em in-glês. Exemplo: O aluno que tem reais e quereuros, supondo que o Euro está custando R$2.70, aborda outro aluno com euros:

– Do you have euros?– Yes.– I want 2 euros.– Ok!– How much is it?– It’s R$ 5.20.– Here you are.– Ok, thank you.

Os alunos não terão moedas para os centavos,o que significa que vão ter de arredondar osvalores para cima ou para baixo, negociando(recebendo descontos ou pagando a mais).

3. Dar a eles de 15 a 20 minutos de “negocia-ção”, auxiliando-os quando tiverem dificulda-des para falar as frases em inglês.

Materiais indicados:P Quantidades iguais de tiras

de papel representando

euro, libra, dólar e real.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Currency Exchange Bureau

Resultados esperados: Saber o nome dasmoedas em inglês e criar maior desenvoltura pa-ra o uso dessa língua em situações de conversa.

7T e x t o

Objetivo• Ensinar os nomes e símbolos de dólar, euro e li-

bra esterlina em inglês.

IntroduçãoO texto trata da importância diferente que cadapessoa dá ao dinheiro. Essa é uma oportunidadepara os alunos terem contato com os nomes, eminglês, do dinheiro de outros países.

07-CP07Tx07P2.qxd 21.01.07 17:40 Page 30

Page 31: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 31

Área: Português Nível I

Atividades de leitura

1. Ler o texto e perguntar para os alunos quaissão os valores que o tema explora, discutindoa idéia de viver bem e viver com bens.

2. Pedir que retirem do texto as frases com “porque” e “porque”. Perguntar se entendem oporquê de estarem grafadas de modo diferen-te. Depois da discussão, observar que o “porque” (separado, sem acento) encontra-se noinício de frase interrogativa. O “porque” (jun-to, sem acento) encontra-se na resposta à per-gunta iniciada por “por que”.

3. Perguntar aos alunos se na oração “Mas porque você não está pescando?” o “por que” po-deria ir para o final da frase. (Mostrar que épossível. Nesse caso, porém, deve ser grafadoseparado e com acento: “Mas você não estápescando por quê?”.

4. Pedir que escrevam, então, as “regras de usodos porquês”: (por que – separado, sem acen-to: no início de frases interrogativas; por quê– separado, com acento: no final de frases in-terrogativas; porque – junto, sem acento: nasrespostas às perguntas.)

5. Explicar que qualquer palavra precedida deartigo em português é substantivo. Às vezes,

Descrição da atividade“porque” significa motivo. Nesse caso, se vierprecedido de artigo, será substantivo e deveser grafado “porquê” (junto, com acento).“Quero saber o porquê de tanta confusão”.

6. Pedir que criem perguntas e completem asrespostas com “por que”, “por quê”, “porque”ou “porquê”, com base nos dados do texto:

a) O industrial ficou horrorizado com o pes-cador.

b) O pescador não estava pescando.

c) O pescador deveria consertar o motor dobarco. (Ampliar o exercício livremente.)

Atividade P “Por que uso o porquê? Por quê?”

Resultado esperado: Identificação de aspec-tos de uso dos porquês em português.

7T e x t o

Objetivo• Ampliação da capacidade de usar , com desen-

voltura, as palavras “por que”, “por quê”, “por-que” e “porquê”.

IntroduçãoO correto emprego da ortografia se faz tambémpela ampliação da habilidade de observação. Éimportante, pois, que, através da análise do em-prego de algumas palavras nos textos, os alunosdepreendam a forma correta de escrever algunsvocábulos.

Tempo sugerido: 2 horas

07-CP07Tx07P2.qxd 21.01.07 17:40 Page 31

Page 32: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

32 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

5. Pedir aos alunos para identificarem as coresobservadas, procurando explicar o mecanismode produção da cor.

Materiais indicados:P Sal, sonrisal e sal de frutas.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Fogos de artifício

Resultados esperados: Entendimento dosmecanismos utilizados na fabricação dos fogos;relacionamento dos seus componentes com ou-tras modalidades de uso.

8T e x t o

Objetivo• Compreender como funcionam os fogos de

artifício.

IntroduçãoO autor fala em fazer pedidos e votos, durante oreveillon, sob fogos de artifício. Vamos entendercomo os fogos de artifício funcionam? O materialutilizado nos fogos é constituído basicamente depólvora e de uma substância química determina-da, que é responsável pela cor da luz que se pro-duz durante a explosão. As cores são originadaspelos metais presentes nas substâncias químicas,estando cada metal relacionado a uma cor outom dos fogos de artifício. O fenômeno associa-do à cor chama-se emissão de luz. O metal con-tido na substância, quando aquecido pelo calorda explosão, é excitado para um nível de energiamais elevado. Quando ele retorna ao nível deenergia no qual estava anteriormente, emite de

volta a energia absorvida. Cada metal é capaz deabsorver uma certa quantidade de energia e, por-tanto, a energia emitida está relacionada à ener-gia absorvida, sendo característica do metal emquestão, funcionando a cor da energia como umaespécie de impressão digital do metal. Como osmetais puros são geralmente muito reativos,usam-se sais desses metais nos fogos. Assim, saisde sódio, ao ser aquecidos, emitem luz amarela;sais de estrôncio e lítio, luz vermelha; e sais debário, luz verde. Os fogos contêm ainda umasubstância para aumentar a claridade observadanos céus quando de sua explosão: são os saisexplosivos de potássio. Este fenômeno chama-seincandescência, e está associado à emissão deenergia visível na cor branca. Você já ouviu falarda indústria bélica? Da pirotecnia? Da implosãode edifícios? Da mineração? Quantas profissõesainda poderíamos relacionar com o uso da pólvo-ra e dos componentes acima?

1. Pedir aos alunos para fazerem o seguinteexperimento em casa: acender a chama de umfogo, no modo baixo.

2. Colocar uma pitada de sal de cozinha na cha-ma. CUIDADO!, o aluno não deve se aproxi-mar muito da chama: a pitada de sal deve serlançada de uma distância de pelo menos15 cm. Observar a cor que aparece quando osal entra em contato com a chama.

3. Repetir o experimento lançando à chama umaborrifada de salmoura. Novamente deve serobservada a cor que aparece quando o salentra em contato com a chama.

4. Repetir o experimento lançando à chama umapitada de sal de frutas ou de pó de sonrisal.

Descrição da atividade

Dicas do professor: O fenômeno da incandescência podeser observado nas lâmpadas incandescentes convencionais.Este tipo de lâmpada possui um filamento de tungstênio,que é aquecido por meio da passagem de corrente elétricae passando aí a produzir luz que ilumina os ambientes. Aslâmpadas de sódio, que iluminam ruas, possuem a coramarela característica da emissão deste metal.

08-CP07Tx08P2.qxd 21.01.07 17:42 Page 32

Page 33: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

1. Ler o poema “Contra o tempo” e pedir aos alu-nos responderem: O que é o tempo? Vocêdeve registrar as principais idéias na lousa.

2. Pedir então que relatem como fazem paramarcar/controlar o tempo. (Organize as res-postas em três colunas: numa delas devem seranotados os instrumentos formais ou artefatosmecânicos (relógios, calendários), em outraas unidades de medida de tempo (horas, dias,meses…), e numa terceira os modos informais(pôr-do-sol, fases da Lua, fome, sono, etc.).

3. Organizar a turma em grupos e pedir que esta-beleçam relações entre as três colunas, isto é,entre artefatos mecânicos, suas respectivas uni-dades e as regularidades da natureza. Ex.:calendário – dias/ano – movimento da terra/sol; ou calendário – meses – fases da lua.

4. Pedir que o grupo liste atividades que elesfazem em que o tempo parece “passar rápido”e outras em que o tempo “demora a passar”.

Descrição da atividade

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 33

Área: Matemática Nível I e II

Atividade P Medindo o tempo

Resultados esperados: Que os alunos sejamcapazes de fazer uma lista relacionando artefatosde medidas de tempo com suas respectivas uni-dades e referências na natureza. Percepção desentido histórico do tempo.

8T e x t o

Objetivo• Relacionar artefatos mecânicos de medida de

tempo com suas respectivas unidades e refe-rências na natureza. Perceber que o sentido eas medidas de tempo são históricos e culturais.

IntroduçãoAs noções de tempo são básicas para a construçãodo tempo histórico e localização do sujeito nomundo. Predomina a idéia de que o tempo existea priori e que nasce inscrito na sociedade e naspessoas. Como se aprende as noções de tempo?De modo geral, ensina-se a leitura do relógio, docalendário sem pontuar que eles são artefatos

construídos historicamente. Em que momento esob quais necessidades eles foram criados? Temosvários exemplos de sociedades que ainda hojetêm na natureza a referência direta para seus sen-tidos de tempo: ciclos de trabalho, fases da lua,tempo de cozimento do arroz, amanhecer, entar-decer, etc. Desejamos nesta atividade abordar otempo histórico, que assume sentidos diferentesem cada época e lugar de acordo com a cultura,bem como constatar que a sociedade modernacapitalista nos separa da natureza para referênciano tempo. Ou seja, somos dependentes do reló-gio. Quem consegue escapar desta lógica? Quemecanismos usa?

5. Finalizar a atividade mediando uma discussãosobre as formas de viver/sentir/pensar o tem-po, que não são homogêneas. Elas variam deacordo com as concepções e modos predomi-nantes de organizar a vida, sempre uma cons-trução cultural. Retomar os registros do item 1e perguntar se alguém alteraria seu conceito detempo depois da discussão.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Organize os alunos para que entrevis-tem pessoas idosas com o objetivo de saber como elasvivenciavam o tempo na sua infância e depois na sala deaula, faça comparações com as vivências dos alunos.Filme: Narradores de Javé, 2003, dirigido por Eliane Caffé,roteiro de Luiz Alberto de Abreu e Eliane Caffé. Produção:Vânia Catani e Bananeira Filmes.

08-CP07Tx08P2.qxd 21.01.07 17:42 Page 33

Page 34: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

34 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Matemática Nível I

A linha do tempo da sociedade ocidental deter-mina que o século I iniciou no ano 1 e terminouno ano 100. Com base neste dado, pedir aos alu-nos que:

1. Escrevam em que século vivemos hoje e qualé o período de anos em que ele se insere.

2. Encontrem os séculos que pertencem aosanos: 46, 1550, 1989 e 2007.

3. Determinem em números indo-arábicos o anoem que começam e terminam os séculos: V, X,XV e XIX.

4. Verifiquem quantos segundos tem um minuto,quantos dias tem um ano e meio, quantosanos tem três séculos e quantos séculos temum milênio.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P Relógios com numeração e

digital, calendários, ampu-lheta (mede o tempo pela

passagem da areia de umrecipiente para outro).

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Medidas de tempo

Resultados esperados: Utilização de cálculose linguagem matemática adequados para regis-trar diferentes medidas de tempo.

8T e x t o

Objetivos• Reconhecer diferentes medidas de tempo que a

sociedade ocidental usou e usa. • Estabelecer relações entre tempos e medidas

diferentes, utilizando-se da linguagem mate-mática.

IntroduçãoO texto “Contra o tempo” nos faz pensar nas dife-rentes formas que o tempo tem de se manifestar. Otempo de vida, o que passou, aquele que vem etraz esperanças, o de agora que é presença. Como

medir o tempo? Medimos o tempo usando noçõesde intensidade ou distância. É possível medi-lo emhoras, minutos e segundos. Semanas, meses e anossão medidas usadas para tempos maiores. Háainda outras medidas: décadas, séculos, milênios,milhões ou até bilhões de anos. Dialogue com seusalunos: Por que temos sensação de que o tempopassa correndo? Peça que dêem exemplos queindiquem que o tempo passa. O que significa “nãotemos tempo a perder”? De acordo com a nature-za, é possível medir o tempo?

Dicas do professor: Ouvir os CDs de música de MarisaMonte e Nando Reis, Enquanto isso, e de Renato Russo,Tempo perdido.

Por volta do século XIV, o relógio mecânico foi inventado. Omais antigo instrumento de medição de tempo foi inventa-do pelos antigos egípcios e recebeu o nome de gnômon.Sugira aos alunos uma pesquisa a respeito.

08-CP07Tx08P2.qxd 21.01.07 17:42 Page 34

Page 35: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 35

Área: Português Nível I e II

I – Atividades de leitura:

Linguagem Figurada: A anáfora e uso de fazer

1. Pedir aos alunos que observem os primeirosversos do poema. O que pretende o poeta coma repetição dos vocábulos? (Intensificar o sen-tido da expressão “Quanto Tempo”).

2. Explicar que a esse recurso dá-se o nome deanáfora (repetição de uma mesma palavra ouexpressão no início de frases ou versos). Pedirque observem se há anáforas em outros textosdeste caderno.

II – Atividades lingüísticas:

1. Escrever o segundo verso do poema noquadro: “Quanto tempo faz” e lançar pergun-tas livremente (Quanto tempo faz que vocênasceu? Quanto tempo faz que se casou?Quanto tempo faz que não dorme de chupe-ta?). Os alunos, darão respostas livremente.

2. Informar que, no padrão culto da linguagem,“fazer” indicando tempo transcorrido ou atranscorrer é impessoal, fica sempre na ter-ceira pessoa do singular: (Faz vinte anos, fazquarenta anos, faz um mês...).

3. Da mesma maneira que o verbo “haver”, overbo “fazer” transmite sua impessoalidade

Descrição da atividadepara o verbo auxiliar: Hoje faz seis meses queestudo aqui. Domingo vai fazer três semanasque a beijei.

4. Pedir aos alunos que criem um poema comanáfora e verbo fazer referindo-se a tempo paracontar quanto tempo faz que não realizamcoisas que gostavam de realizar no passado.

Atividade P Uso de “fazer” indicando tempo

8T e x t o

Objetivo• Utilizar, corretamente, o verbo “fazer” no

padrão culto da linguagem. Entender a anáfo-ra como recurso de ênfase.

IntroduçãoEscrever é um ato que exige atenção, e a orto-grafia é uma convenção necessária à comuni-cação escrita.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: Que os alunos pos-sam avaliar a importância da linguagem figuradae utilizar corretamente o verbo fazer como im-pessoal em comunicações formais.

08-CP07Tx08P2.qxd 21.01.07 17:42 Page 35

Page 36: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

36 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

QUADRO: “Família, trabalho, carreira, férias,a fazer, saúde, alimentação, higiene, dormir,romance, feriados”.

DOGBERT: “Vocês têm tempo para três coisas.Trabalho e feriados são duas. Vocês podemescolher a terceira”.

Materiais indicados:P Dicionários de inglês/por-

tuguês.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Em português

Resultados esperados: Que os alunos pos-sam melhorar o entendimento da língua inglesae a compreensão de textos em inglês.

9T e x t o

Objetivo• Treinar os alunos para compreender textos

escritos em inglês.

IntroduçãoTrata-se de charge em inglês ironizando a situa-ção de ócio, ou de excesso de trabalho nas

empresas. Por tratar-se de uma tirinha cômica, écomum que a linguagem seja mais irônica e, por-tanto, de significado mais elaborado. É uma boaoportunidade para praticar a leitura em outroidioma e sua compreensão.

1. Apresentar a charge como um desafio. Primei-ramente, pedir aos alunos que formem gruposde quatro pessoas e que procurem ler a char-ge. Eles não devem usar nenhum tipo de con-sulta, apenas sua intuição. Deverão traduzirpara o português tudo o que conseguiremcompreender. Nesta etapa, dar a eles cerca dequinze minutos. Então oferecer um dicionárioinglês/português para cada grupo (caso nãohaja, os grupos terão de se revezar, de modoque todos possam ter acesso ao dicionário).Agora com os dicionários eles deverão, emgrupo, traduzir a charge (o que falta com-preender). Nesta etapa, permitir mais quinzeminutos.

2. Então escolher três grupos aleatoriamente,cada um para interpretar sua charge em por-tuguês para os colegas.

3. Em seguida, apresentar a tradução correta epedir aos alunos para, ainda em grupos, veri-ficarem seus erros de tradução, corrigiremsuas charges e tirarem possíveis dúvidas.

Charge 1 – DOGBERT: “Bem-vindos ao semi-nário Dogbert sobre o equilíbrio trabalho–vidapessoal”. “Primeiro. Revise sua lista de priori-dades”.

Descrição da atividade

09-CP07Tx09P2.qxd 21.01.07 17:43 Page 36

Page 37: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 37

Área: Ciências Nível I

1. Com o auxílio dos alunos, identificar os diver-sos meios de transporte utilizados por eles nodia-a-dia – fluvial (barcos e balsas), ônibus,trem, metrô, carro, bicicleta, etc.

2. Pedir aos alunos que identifiquem potenciaisimpactos ambientais e de saúde de cada umdos meios utilizados: poluição do ar, poluiçãoda água, contaminação do solo, bronquite,asma, etc.

3. Pedir que construam um diagrama para cadaum dos meios de transporte identificados,mostrando a sua utilização pelos alunos, os

Descrição da atividade

Atividade P Meios de transporte

Resultados esperados:a) Compreensão da diversidade existente de

meios de transporte. b) Identificação de alguns impactos ambientais e

de saúde que podem ser causados pelos meiosde transporte em nosso país.

10T e x t o

Objetivos• Compreender a diversidade existente de meios

de transporte.• Identificar alguns impactos ambientais e de saúde

causados pelos meios de transporte em nosso país.

IntroduçãoO texto fala sobre um passeio no qual as perso-nagens utilizam trem e ônibus como meios detransporte. Nosso mundo não funciona sem a uti-lização plena de diversos meios de transporte.Eles fornecem serviços variados, que dependemde sua capacidade de carga, da existência decondições naturais adequadas – no caso de hi-drovias, por exemplo –, do consumo de energia,dos impactos ambientais causados, dos custos ebenefícios associados ao transporte, etc. O siste-ma de transportes no Brasil é calcado em rodo-vias, em ignorância à nossa disponibilidade derios navegáveis e do menor custo de ferroviaspara transporte de cargas. As rodovias são res-ponsáveis pelo transporte de cerca de 65% dacarga do país, com consumo de 90% de todo o

diesel aqui produzido. O transporte por rodoviasé bem mais caro do que o transporte ferroviário(cerca de três vezes mais caro) e o fluvial (cercade nove vezes). O uso de transporte rodoviáriotem implicações sérias do ponto de vista ambien-tal. O congestionamento das grandes cidadescontribui para a poluição do ar, com conseqüen-te aumento de doenças respiratórias. O transpor-te de cargas por vias rodoviárias interiores tam-bém polui o ar, por meio de óxidos de enxofre enitrogênio e pela liberação de dióxido de carbo-no, um dos gases do efeito estufa. Esse modelode transporte deverá ser revisto, a fim de redu-zirmos os custos sociais e ambientais dos trans-portes em nosso país. Os especialistas recomen-dam a utilização de diversos meios de transporteem associações variadas, cada um deles sendousado para aquilo que é mais benéfico. Esta asso-ciação é conhecida como transporte multimodal.Quantas vezes seus alunos utilizam um meio detransporte ao dia? Quais as profissões que conhe-cemos que se relacionam com os transportes?

Tempo sugerido: 1 hora

seus impactos ambientais e de saúde e aimportância socioeconômica daquele meiopara os alunos.

10-CP07Tx10P2.qxd 21.01.07 17:44 Page 37

Page 38: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

38 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Educação Física Nível I e II

1. Promover uma discussão com os alunos sobrequais atividades eles fazem nos momentosque não estão trabalhando. Não vale citarassistir à televisão.

2. Fazer uma lista na lousa sobre as atividadesque eles citarem e relacione a elas o que é pre-ciso: por exemplo, para jogar futebol, são ne-cessários dois times, uma bola e um espaço.

3. Dividir a classe em grupos de quatro pessoas.

4. Cada grupo deverá fazer um levantamento decinco atividades de lazer, pensando nas possi-bilidades que a cidade oferece, mesmo queeles ainda não tenham feito tais atividades.

5. Depois cada grupo deverá escrever na lousasuas atividades.

6. Todos os alunos deverão analisar as atividadesde cada grupo, avaliando as facilidades e difi-culdades de realizá-las.

Descrição da atividade 7. Sugerir que no próximo fim de semana cadaaluno tente realizar pelo menos uma atividadede lazer discutida pela classe. Na aula seguinteao final de semana, levantem quantos alunosconseguiram realizar alguma atividade.

8. Utilizando a mesma divisão de grupos, proporuma brincadeira de mímica da seguinte for-ma: a) Escolha com os alunos o assunto, porexemplo, nomes de filmes, de duplas sertane-jas, de músicas, etc. b) Cada grupo deveráfazer a mímica para os outros adivinharem.No final, avaliar com a classe se gostaram defazer a atividade, como se sentiram, se pro-porcionou relaxamento.

Atividade P Como você usa o seu tempo livre?

10T e x t o

Objetivo• Refletir sobre as diferentes formas de utilizar o

tempo livre.

IntroduçãoO texto nos incentiva a pensar sobre o que temosfeito de nosso tempo livre. Nos dias atuais oassunto que envolve lazer, tempo livre e ócio temse tornado de fundamental importância para amelhoria da qualidade de vida. A crescente com-petitividade no mundo do trabalho e as exigên-cias de especialização impostas a todo trabalha-dor, decorrentes dessa competitividade, invaria-velmente, nos impedem de realizar atividades delazer. Quais tipos de atividades de lazer você cos-tuma ter no seu tempo livre? O texto nos instigaa refletir sobre o fato de que as atividades de

nosso tempo livre não precisam ser sofisticadas ecaras; pelo contrário, qualquer atividade queproporcione prazer, relaxamento e que seja dife-rente de nosso trabalho diário são consideradaslazer. Elas são importantes para evitar o stresse emelhorar a qualidade de vida, preparando nossocorpo para mais um dia de trabalho. Que tal pen-sar sobre isso? Levante do sofá em frente à TV eprograme com sua família, amigos, ou até sozi-nho, uma forma diferente de ocupar o seu tempolivre. Vale a pena tentar! Vá visitar aquela fazen-da que sempre lhe falaram que vendia verdurasfresquinhas, ou sentar na praça central da cidadepara observar as pessoas, ou, ainda, apenas apre-ciar aquele pôr-de-sol maravilhoso que semprevocê perde e no dia seguinte comentar com seuscolegas de trabalho.

Tempo sugerido: 1 hora

Resultado esperado: Reflexão sobre aimportância de utilizar o tempo livre de dife-rentes formas.

10-CP07Tx10P2.qxd 21.01.07 17:44 Page 38

Page 39: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 39

Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Pedir a um de seus alunos que faça a leiturado texto em voz alta, para toda a turma;

2. Em seguida, em grupos e auxiliados pelotexto, pedir a eles que respondam às seguin-tes questões, registrando os resultados: a) Vo-cê acha que o pai das crianças é um trabalha-dor? Justifique. b) Onde você imagina que é olocal de habitação desta família? Justifique. c)Por que você acha que o pai está levando ascrianças neste dia e para este passeio? d) Quelocal é este onde estão as escadas rolantes,visitado pela família, em sua interpretação? e)O que você acha do tipo de lazer desfrutadopela família e sugerido pelo texto?

3. Em seguida, apresentar os resultados em ple-nária e conversar com o grupo sobre eles.

4. Introduzir informações acerca do debate atualem torno do tema do ócio e do lazer.

5. Realçar o fato de que os segmentos sociaismais abastados têm, e tiveram historicamen-te, maiores possibilidades de usufruir do ócioe do lazer.

6. Perguntar aos seus alunos se eles acreditamque os setores menos favorecidos têm sido

Descrição da atividadebeneficiados ultimamente quanto às possibili-dades de, também, usufruírem do ócio e dolazer.

7. Em grupos, novamente, pedir a eles que ela-borem um texto que expresse uma situaçãovivida por uma família, durante uma semana,que articule o trabalho com o lazer.

8. Expor esse material no mural da sala e pedirà turma para dar um título a ele.

Atividade P Parque de diversões

10T e x t o

Objetivo• Conhecer e discutir as possibilidades de lazer

dos trabalhadores e suas famílias.

IntroduçãoO tema do ócio e do lazer tem ocupado espaçocada vez maior nas pesquisas, na imprensa, noscircuitos de empresários e trabalhadores, nasociedade de modo geral. Apesar de ser abordadosob diversos ângulos, o que está em questão é um

questionamento sobre a maneira como o ócio e olazer se articulam com a organização do trabalhoem nossa sociedade e, conseqüentemente, comoos trabalhadores vivem essa articulação. De ummodo geral, as discussões sobre o tema indicamque os segmentos sociais mais abastados têm, etiveram historicamente, maiores possibilidades deusufruir do ócio e do lazer. Você acredita que essaspossibilidades têm se estendido, atualmente, aossegmentos menos favorecidos?

Tempo sugerido: 4 horas

Resultado esperado: Elaboração de um textoque expresse uma situação vivida por uma famí-lia, durante uma semana, que articule o trabalhocom o lazer. Exposição desse material no muralda sala.

Dicas do professor: Livros: “Perspectivas para o trabalho e otempo livre”, de D. de Masi. In: Lazer numa sociedade globa-lizada, de Brivelto B. Garcia; Francis Lobo (Ed. Sesc). Lazer eCultura Popular, de Joffre Dumazedier (Ed. Perspectiva), SãoPaulo, 2001. “O Lazer após a Revolução Industrial”:www.faculdade.nobel.br/?action=revista&id;Século XXI: www.multirio.rj.gov.br/seculo21/texto_link. asp?-cod_link=29&cod_chave=1&letra=c;“De férias & estressado”: www.terra.com.br/istoe/1634/comportamento/1634_de_ferias_estressado.htm

10-CP07Tx10P2.qxd 21.01.07 17:44 Page 39

Page 40: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

40 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Procurar ser o mais específico/detalhado pos-sível.

2. Requisitar a leitura do texto em sala, coletiva-mente.

3. Solicitar aos alunos que reproduzam a histó-ria relatada no texto.

4. Identificar os elementos que apontem para olazer realizado pela família.

5. Identificar ainda passagens que apontem paraas condições financeiras da família.

6. Debater em sala se o lazer estava num deter-minado lugar ou na viagem em si, na realiza-ção daquele “quase” ritual.

7. Debater ainda, com base nas respostas obti-das no item anterior, se o lazer da família eraum local caracterizado normalmente comoturístico.

8. Discutir o tema do lazer a partir do local visi-tado, do ritual da viagem, e se o local visitadoé objeto de visitação e aproveitamento paralazer de alguns e não de outros.

Descrição da atividade9. Propor a produção de um pequeno texto, em

prosa ou poesia, em que o aluno fale sobreseus momentos de lazer e o que isso represen-ta na vida dele.

Atividade P O lazer de cada um

Resultados esperados:a) Reavaliação das suas atitudes e posturas

diante do lazer;b) Capacidade de repensar o significado do lazer

na sociedade atual;c) Reflexão sobre se o valor subjetivo do lazer

tem relação com a condição social e financeirado grupo que o pratica.

10T e x t o

Objetivos• Pensar na prática do lazer como o exercício do

convívio, do relaxamento, da ausência de com-promisso.

• Avaliar se o lazer é uma prática que dependediretamente da classe social a que a pessoapertence e compreender a sua dimensão subje-tiva.

IntroduçãoNa evolução da sociedade da produção e do con-sumo, o lazer passou a ser um tempo caracteriza-

do pelo tempo do não trabalho. Trabalho e des-canso passaram a andar separados em função danecessidade de se produzir ininterruptamente parao abastecimento do consumo. A extensa jornadade trabalho e a má remuneração de boa parte dostrabalhadores colocam as possibilidades de lazerem patamares restritos. Apesar da aplicação cres-cente de novas tecnologias no processo produtivo,o que se observa é a redução dos empregos e nãoo aumento do tempo livre pela redução da jornadade trabalho. E mais: o próprio lazer passou a serobjeto de consumo.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: O site EFDeportes aborda a questão dolazer e sua relação com a natureza(www.efdeportes.com/efd89/ativ.htm) e pode colaborar nodesenvolvimento da atividade.

10-CP07Tx10P2.qxd 21.01.07 17:44 Page 40

Page 41: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 41

Área: Matemática Nível I

1. Calcular quanto o pai das crianças, menciona-do no texto, gastaria em um mês se compras-se um sonho a R$ 1,60 e um refrigerante aR$ 2,70 para cada criança, todos os domingosque fossem andar de escada rolante.

2. Pedir que façam uma estimativa considerando otempo relatado no texto, gasto para ir ao passeioe voltar dele.

3. Pedir que coloquem os tempos em ordem cres-cente: meia hora, um quarto de hora, umahora, 45 minutos. Pedir que utilizem a nota-ção numérica para escrever esses tempos.

4. Solicitar que encontrem a altura do edifícioonde as crianças andam de escada rolante,considerando que cada andar tem 3,2 m dealtura e que o prédio possui 18 andares.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P Relógios com números.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Horas felizes

Resultados esperados:a) Que os alunos saibam representar por meio da

escrita da língua materna e da linguagem ma-temática, tempos diferentes usando horas eminutos.

b) Que eles sejam capazes de resolver diferentessituações-problema envolvendo multiplica-ções, adições, estimativas, medidas e frações.

10T e x t o

Objetivos• Possibilitar reflexões que mostram que a po-

sição social não define nem garante felicidade.• Realizar estimativas e cálculos mentais.

IntroduçãoO texto revela que alegria e horas de felicidade

não estão necessariamente vinculadas ao poder

econômico. Seus alunos concordam com isso?Descubra junto a eles se na cidade ou regiãoonde vivem existem parques de diversões e seacham caro ou barato o ingresso; pergunte seexistem outros tipos de parque com entrada fran-ca, e que tipo de lazer eles gostariam que fossegratuito. Como eles proporcionam divertimentoa suas crianças?

Dicas do professor: Livro: Seja líder de si mesmo, de Au-gusto J. Cury (Ed. Sextante), Rio de Janeiro 2004.

10-CP07Tx10P2.qxd 21.01.07 17:44 Page 41

Page 42: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

42 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Português Nível I e II

1. Ler o texto com os alunos. Lançar perguntassobre prazeres simples da vida e sua impor-tância. Sugerimos fazer uma relação dos “pra-zeres” de final de semana que a classe consi-dera impagáveis. Eles poderão relacioná-losna lousa.

2. Pedir que observem o primeiro parágrafo edepois alterem, livremente, a ordem de açõesdo primeiro período. (Sugestões: Com o filhomenor no colo e de mãos dadas com o maior,ele saiu com sua melhor roupa.). Estudar asvariações possíveis e observar o uso da vírgula.

3. Pedir que, livremente, alterem a ordem deações do segundo período. (Sugestão: A mu-lher foi para a porta de saída, sorriu, enxugouas mãos na barra da saia, recebeu um beijo domarido e viu a saída alegre da família.)Estudar as variações possíveis e observar ouso das vírgulas.

4. Escrever na lousa: “Todos os domingos...” eem seguida pedir que os alunos reescrevamtodo o parágrafo a partir dessas palavras.

5. Reescrever, com os alunos, o segundo pará-grafo em outra ordem. Observar que não hádependência sintática entre as orações; so-

Descrição da atividademente dependência semântica (ir do bairropara a cidade).

6. Dependendo do nível da classe, mostrar queas orações são coordenadas e não subordina-das. As orações coordenadas não dependemsintaticamente uma das outras, pois têm sen-tido completo. Por isso, permitem – dentrodos limites do efeito pretendido – algumasinversões, alterações de ordem.

7. Observar que há, no texto, muitos períodossimples. Perguntar que efeito provocam noleitor (Ampliam o ritmo do texto, dão dinami-cidade às ações.).

8. Pedir que reescrevam o texto, agora com in-versão de ações. Iniciar pelo entardecer,contar a volta até chegar ao lar. Reforçar aidéia de que poderão imitar o autor no usode frases curtas, terminadas em ponto.

Atividade P Estrutura do parágrafo: a ênfase

Resultado esperado: Reflexão crítica sobre aimportância da ordem das orações no texto.

3T e x t o

Objetivo• Selecionar idéias para colocá-las no corpo do

parágrafo.

IntroduçãoComo se consegue ênfase em português? Aordem das orações no período contribui para aênfase? É possível reordenar um parágrafointeiro para destacar uma ação e não outra?

Tempo sugerido: 3 horas

10-CP07Tx10P2.qxd 21.01.07 17:44 Page 42

Page 43: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 43

Área: Artes Nível I e II

1. Reler o texto grifando as idéias que cada umconsidera mais condizentes com sua interpre-tação do ócio.

2. Apresentar as idéias e discutir o espaço que oócio ocupa na vida de cada um.

3. Organizar duas listas: uma com as coisas queos alunos fazem em seu tempo livre e outracom as coisas que eles gostariam de fazer.

4. Compartilhar o conteúdo das listas com todaa classe.

5. A partir da apresentação e discussão das lis-tas, a classe deverá organizar um dia de ócio,que poderá ser realizado na escola ou em umoutro espaço que seja de consenso.

6. Realização do dia de ócio. Obs.: Não devehaver um fechamento formal da atividade.

Descrição da atividade

Atividade P Dia de ócio

11T e x t o

Objetivos• Refletir sobre a presença ou ausência do ócio

na vida do aluno.• Criar um dia dedicado ao ócio.

IntroduçãoComo o próprio texto diz, o ócio pode ser enten-dido de várias formas, e culturas diferentesderam-lhe status e interpretações diversos. Noentanto, todos convergem para o entendimentodo ócio como um tempo que o ser humano dedi-ca a si mesmo. Num mundo em que somos domi-nados pela supervalorização do trabalho, o ócioparece, à primeira vista, sinal de vagabundagem.Quantas vezes não nos sentimos constrangidosquando dizemos que não fizemos nada, como se

tivéssemos que ininterruptamente fazer algo pro-dutivo para o outro ou para o mundo. Quandodizemos que não fizemos nada, esse nada nãosignifica necessariamente ausência de atividade,mas que essa atividade à qual nos dedicamosdurante determinado período é nossa e fontegeradora de prazer. Historicamente o trabalhoestá ligado ao esforço, ao sacrifício, e o prazer, aoócio. Na cultura ocidental o artista muitas vezesé visto como um ser ocioso, primeiro porque otrabalho que realiza causa-lhe prazer e porquepara criar passa um tempo considerável emsituação de ócio, refletindo sobre sua criação. Afábula da cigarra e da formiga é um bom exem-plo dessa visão.

Tempo sugerido: Etapas 1 a 5 – 2 horas

Resultados esperados: a) Que o aluno desfrute de momentos de ócio.b) Que o aluno perceba a importância do ócio

como parte essencial da manutenção da saúdefísica e mental.

c) Que o aluno possa refletir sobre a presença doócio na realização de atividades profissionais.

11-CP07Tx30P2.qxd 21.01.07 17:46 Page 43

Page 44: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

44 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Geografia Nível II

1. Realizar a leitura do texto coletivamente em salade aula.

2. Identificar como funcionava a sociedade grega naAntigüidade, destacando os gregos em si e osescravos.

3. Registrar na lousa e depois no caderno as dife-renças sociais entre um e outros.

4. Destacar ainda o significado e conceito deescola, cidadania e liberdade na Grécia antiga.

5. Debater em classe, com base nas considera-ções nos itens anteriores, como se sustentavaeconomicamente a sociedade grega, tendo, deum lado, os que desfrutavam da vida livre e,de outro, os escravos, que produziam os bense gêneros de primeira necessidade para aoutra parcela da população grega.

6. Localizar para a classe no mapa a civilizaçãogrega antiga, sua posição geográfica e suasprincipais cidades.

7. Realizar um trabalho de associação e compa-ração da Grécia antiga com os dias atuais,

Descrição da atividadedestacando o que as sociedades têm de seme-lhanças e diferenças.

8. Registrar num cartaz as conclusões desta com-paração.

Atividade P O tempo que sobra e a falta de liberdade

11T e x t o

Objetivos• Compreender a importância do trabalho escra-

vo na Grécia antiga.• Refletir sobe uma socie-dade dividida entre os

que produziam à força e os que desfrutavamdo tempo livre para exercer sua liberdade.

IntroduçãoO escravismo, na Grécia antiga, se constituía nabase da produção de bens necessários ao desen-volvimento da nação e ao exercício da cidadaniade uma classe. Se de um lado os gregos podiam

se dedicar às artes, ao debate científico e filosó-fico, à prática de esportes e ao ócio em geral, deoutro lado os escravos experimentavam umavida sem descanso e de trabalho árduo, dondesaíam os bens que eram consumidos pelos gregosem contemplação.

Contexto no mundo do trabalho: O escravismo é umaforma de exploração do trabalho utilizada em váriassociedades em tempos distintos. O baixo custo da mão-de-obra e a sua subordinação total aos feitores se consti-tuíam num atrativo à sua utilização.

Materiais indicados:P Mapa da Grécia antiga.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados: a) Desenvolvimento da criticidade dos alunos

contra qualquer forma humilhante e degradan-te de trabalho.

b) Que eles sejam capazes de associar o desfrutede tempo livre e vida ociosa por uma classe, deum lado, com a opressão e a exploração dos tra-balhadores escravos, de outro, transpondo essaassociação aos dias atuais.

Dicas do professor: O site Historianet (www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=27) possui váriostextos que auxiliariam no aprofundamento dos conheci-mentos acerca da sociedade grega na Antigüidade. O siteAprendiz também oferece informações interessantes sobreo período (www2.uol.com.br/aprendiz/n_simulado/revisao/revisao10/his.htm).

11-CP07Tx30P2.qxd 21.01.07 17:46 Page 44

Page 45: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 45

Área: História Nível II

Solicitar aos alunos, motivá-los e ajudá-los nasseguintes atividades:

1. Ler coletivamente o texto;

2. Procurar o significado das palavras desconhe-cidas;

3. Grifar as idéias principais;

4. Reler, discutir, retirar do texto e registrar osconceitos de: ócio, ociosidade, descanso, lazere tempo livre;

5. Elaborar, em folhas de sulfite ou em papelpardo grande, uma linha do tempo registran-do, de acordo com o texto, os diferentes signi-ficados de lazer:

a) Na Grécia antiga: Esparta, Atenas;

b) Na Idade Média;

c) Na atualidade.

Descrição da atividade

Atividade P Histórias do lazer

11T e x t o

Objetivo• Refletir sobre os significados do lazer em dife-

rentes épocas da História.

IntroduçãoQuando falamos em lazer, na atualidade, fala-mos de um direito de cidadania das pessoas. Masnem sempre foi assim. Até bem pouco tempo eracomum ouvirmos ditados populares como“mente vazia, oficina do diabo” ou “preguiça épecado”, e assim por diante. A ideologia do tra-balho inculcada pelas instituições condenava otempo livre dos trabalhadores. Apenas os patrões,as pessoas da classe dominante tinham o direitoao lazer. Ficar “à toa” era sinônimo de malandra-gem, algo pejorativo, negativo. Na atualidade,como o texto afirma, o tempo livre é conceitua-

do como “um conjunto de ocupações às quais oindivíduo pode entregar-se de livre vontade, sejapara repousar, seja para divertir-se, recrear-se eentreter-se ou, ainda, para desenvolver sua infor-mação ou formação desinteressada, sua partici-pação social voluntária ou sua livre capacidadecriadora, após livrar-se ou desembaraçar-se dasobrigações profissionais, familiares e sociais”.Desta forma, o lazer, o tempo livre, o ócio sãovistos como algo positivo, necessário, importantepara a qualidade de vida das pessoas e para asociedade em geral. Vamos explorar o texto,fazendo um percurso por diferentes períodos daHistória, identificando, comparando, analisandomudanças e permanências, diferenças e seme-lhanças. Bom trabalho!

Resultado esperado: Produção de uma linhado tempo sobre a história do lazer e compreen-são do lazer como algo essencial à qualidade devida do trabalhador.

Dicas do professor: Consultar os livros Tempo livre e recrea-ção, de P. A. Waichman (Ed. Papirus), Campinas, 2000; eLazer e educação, de N. C. Marcellino (Org.) (Ed. Papirus),Campinas, 2003.

Materiais indicados:P Papel, régua, pincéis,

gravuras, cola.

Tempo sugerido: 2 horas

A linha do tempo poderá ser ilustrada paraque o grupo perceba melhor as diferenças esemelhanças, as mudanças e permanências nahistória do lazer.

11-CP07Tx30P2.qxd 21.01.07 17:46 Page 45

Page 46: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

46 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Matemática Nível II

1. Fazer um a leitura em voz alta do texto e per-guntar: “Quem organiza na sua vida cotidianaum tempo livre diariamente? Semanalmente?”.

2. Após breve discussão procurando perceber co-mo ocupamos nosso tempo, pedir que cadaaluno liste no seu caderno todas as atividadesque costuma fazer durante a semana que secaracterizariam, segundo o texto, como tem-po livre.

3. A seguir, pedir para desenharem um retângu-lo (21 cm x 9 cm, p. ex.) dividido no sentidovertical em 7 (sete) partes iguais para repre-sentar os sete dias da semana, e dividir cadaparte (um dia), na horizontal, em três partesiguais: manhã (das 6 às 12 h), tarde (das 12às 18 h) e noite (das 18 às 24 h). O resultadoserá um retângulo dividido em 21 partes.

4. Pedir então que marquem, pintando propor-cionalmente no retângulo construído, ashoras/minutos de lazer e descanso que lista-ram no item 1.

5. Ao final, pedir para somarem (estimativamen-te) o total de horas livres em cada dia, e nasemana. Orientar o cálculo em porcentagemdas horas livres e trabalhadas na semana.

Descrição da atividade6. Organizar os alunos em grupos para analisa-

rem suas jornadas semanais comparando lazere trabalho, suas causas e conseqüências, ano-tando nos cadernos suas conclusões.

7. Os grupos podem relatar suas conclusões àturma comparando e discutindo semelhançase diferenças entre as diferentes jornadas se-manais e seus tempos livres.

Atividade P Mapa do lazer

Resultados esperados: Produção de ummapa das horas de tempo livre semanal e registrosobre causas e conseqüências da distribuição dotempo livre na jornada semanal.

11T e x t o

Objetivo• Calcular o tempo livre semanal.

IntroduçãoTempo livre é algo em extinção nos dias de hoje.Ao que parece a sociedade moderna inverteu osentido grego de valorar o tempo livre para valo-

rizar o tempo de labor. Quanto tempo livre temossemanalmente? Que prejuízos isso traz paranossa saúde, qualidade de vida e relações afeti-vas? A atividade a seguir propõe uma tomada deconsciência sobre o tempo livre semanal com aintenção de problematizar a forma como se orga-niza a vida na sociedade moderna.

Tempo sugerido: 4 horas

11-CP07Tx30P2.qxd 21.01.07 17:46 Page 46

Page 47: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 47

Área: Português Nível I

1. Atividades de leitura: Discutir o texto com osalunos e pedir comentários sobre o conceitode lazer criado por Jofre Dunmazedier.

a) Perguntar qual seria, na opinião de cadaum deles, a melhor forma de lazer.

b) Lembrar que “festas” (quando não se traba-lha nelas) são formas de lazer.

2. Atividades de produção de textosa) Mostrar aos alunos vários tipos de convites

(de aniversário de criança, de aniversáriode adulto, de casamento, de inauguraçãode um espaço, de uma apresentação artísti-ca, etc.). Pedir aos alunos que comentem ostipos de convites que conhecem e já rece-beram.

b) Analisar, com os alunos, as partes compo-nentes de um convite: nome da pessoa queestá sendo convidada, data e local do acon-tecimento, tipo de comemoração (aniver-sário, batizado, casamento, etc.), nome dapessoa ou entidade que envia o convite.Analisar os dizeres do convite: são tradicio-nais? São inovadores?

3. Falar, então, sobre o uso dos cartões: se exi-gem envelopes; se podem conter algumaespécie de erro relativamente à norma culta(festas juninas, por exemplo), se têm umaforma padrão de ordenar o texto no espaço do

Descrição da atividade

Materiais indicados:P Convites de casamento,

aniversário, inauguraçãode espaços, de shows, de

comemorações na escolaetc.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Produção de textos: convites

Resultado esperado: Ampliação da capaci-dade de observação e escrita, em vários registroslingüísticos, do gênero “convite”.

11T e x t o

Objetivo• Reconhecer as partes componentes do “con-

vite” e perceber os níveis de linguagem utiliza-dos na redação desse gênero.

IntroduçãoO ócio é um direito a ser conquistado? Receberconvites para o lazer é produto dos tempos mo-dernos?

cartão, etc. Discutir o porquê dos diferentestamanhos.

4. Criar, com os alunos, situações para que escre-vam convites: comemorações da escola, dacomunidade, dos próprios alunos, para cha-mar os colegas de outras salas para verem aexposição de convites de sua sala, para assis-tirem a uma apresentação de teatro ou depoemas, etc.

5. Expor, em um mural, os convites criados pelosalunos.

11-CP07Tx30P2.qxd 21.01.07 17:46 Page 47

Page 48: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

48 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalhos

Área: Artes Nível I e II

Tempo sugerido: 1h para a preparação e 2 h para a apre-sentação e discussão.

Atividade P O batente no lazer e vice-versa

Resultados esperados:a) Que o aluno possa conhecer o trabalho envol-

vido na área do lazer; b) Que o aluno possa observar as diferenças e as

semelhanças entre o lazer e o trabalho.

12T e x t o

Objetivos• Observar diferenças entre as diversas ativi-

dades profissionais envolvidas na área emlazer.

• Realizar pesquisa de campo sobre o trabalhona área do lazer e a satisfação obtida.

• Discutir o trabalho realizado na área do lazer.

IntroduçãoO texto selecionado nos fala da satisfação pessoalobtida no trabalho diário de algumas pessoas.

Conseguir tal satisfação não é tarefa fácil, já quea satisfação pessoal, em geral, encontra-se disso-ciada do trabalho. Todavia, o trabalho na área delazer é considerado, por muitos, como a formaideal de trabalho, pois alia sustento a satisfação.Mas o que acontece de fato com as pessoas quetrabalham na área do lazer? Estão satisfeitas?Divertem-se o tempo todo? O que fazem em seutrabalho? Qual a diferença entre passar algumashoras no lazer e trabalhar nas áreas que ofere-cem o lazer?

1. Cada aluno indicará ao professor um tipo delazer de que gosta (Ex.: ver TV, ouvir rádio, irao teatro, dançar, ouvir música, ir ao parquede diversões, pescar).

2. O professor fará uma lista na lousa com todasas sugestões e indicações.

3. Grupos serão formados a partir das atividadeslistadas na lousa.

4. Cada grupo discutirá a atividade escolhida,tentando identificar a natureza do trabalho dolazer escolhido.

5. Cada grupo sairá a campo para verificar naprática o que significa trabalhar na área delazer e entretenimento. A pesquisa deverácolher dados sobre rotina de trabalho, horá-rios, funções, direitos e deveres de cada ativi-dade, faixa salarial e índice de satisfação.

6. Os resultados da pesquisa serão apresentadosem forma de cena.

Descrição da atividade

Dica do professor: Site: www.n-a-u.org/Magnanilazer.html.

7. As cenas serão discutidas tendo como foco arelação da idéia inicial sobre a atividade comos resultados da pesquisa de campo.

12-CP07Tx12P2.qxd 21.01.07 17:49 Page 48

Page 49: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 49

Área: Educação Física Nível I e II

1. Pedir aos alunos que escrevam no caderno aresposta para a seguinte questão: O que vocêfaria se pudesse tornar seu trabalho maisdivertido?

2. Depois que todos responderem, pedir a elesque formem um círculo em pé.

3. Pegar um rolo de barbante e dê a seguinteinstrução:

a) Vou segurar a ponta do barbante e jogar orolo para um de vocês, que deverá dizer atodos a resposta que deu à pergunta.

b) Depois esse aluno deve segurar o barbante ejogar o rolo para o colega que está à sua fren-te no círculo, o qual deverá fazer o mesmo.

c) Assim, cada um que receber o rolo deveráresponder à questão e jogá-lo para outrocolega posicionado à sua frente.

4. Ao final das respostas, chame a atenção dosalunos para o desenho com linhas retas que secruzam, formado pelo barbante.

Descrição da atividade5. Discutir com eles que da mesma forma que as

linhas do barbante se entrecruzam para for-mar um desenho, os diferentes trabalhos queexercemos no dia-a-dia podem, também, seentrecruzarem com atividades mais prazerosasque nos ajudem a aliviar as tensões, a sentirprazer no trabalho que realizamos. Precisa-mos estar atentos para não transformar o nos-so trabalho em um peso a ser carregado pelavida, nos fazendo esquecer das necessáriasatividades de lazer.

Materiais indicados:P Rolo de barbante.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P O que você tem feito com o seu lazer?

Resultados esperados:a) Relaxamento das tensões, discutindo formas

de modificar a rotina de trabalho. b) Reflexão sobre as possibilidades de introduzir

maneiras de realizar as atividades de trabalhocom maior prazer.

12T e x t o

Objetivo• Refletir sobre as possibilidades de integração

entre as atividades de trabalho e lazer.

IntroduçãoVocê já pensou em integrar as suas atividades detrabalho com as de lazer? O texto nos convida arefletir que os ambientes de trabalho podem gerarprazer e satisfação. Por exemplo, você já pensouem utilizar a sua aula para ensinar conteúdos comjogos e brincadeiras divertidas, tanto para vocêcomo para os alunos? Além de servirem como alí-vio de tensões diárias para você e para os alunos,também geram aprendizagens mais efetivas e com

significado para todos. Geralmente, quando pensa-mos em lazer as atividades envolvem dinheiro.Quem já não pensou: “Ah!, se eu tivesse dinheiroiria fazer uma viagem para relaxar…”? Realmen-te, viajar é muito bom, mas podemos aliviar astensões do cotidiano realizando atividades sim-ples, prazerosas e grátis. Vamos pensar juntoscomo poderiam ser essas atividades?

Contexto no mundo do trabalho: Reflexão sobre anecessidade de encontrarmos formas de alívio das tensõesdurante as atividades de trabalho.

12-CP07Tx12P2.qxd 21.01.07 17:49 Page 49

Page 50: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

50 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Os estudantes fazem comentários sobre o tex-to, indicando se eles se sentem worklovers,workholics ou nenhum dos dois. Por quê? Emque condições trabalham: quem decide comoo trabalho será feito; quem controla o tempoe o ritmo do trabalho; quem se beneficia dosfrutos do trabalho, etc.? É possível conciliartrabalho e prazer?

2. Pedir que, em grupos, recortem e colem empapel pardo imagens de revistas e jornais queretratem situações de trabalho.

3. Cada um dos grupos analisa cada uma dasimagens escolhidas, inferindo sobre as condi-ções de trabalho e os significados deste para otrabalhador.

4. Na medida em que cada um dos grupos vaimostrando as imagens escolhidas, os demaisalunos tentam adivinhar como o grupo anali-sou as condições de trabalho e as relações queo trabalhador estabelece com o seu trabalho.

Descrição da atividade 5. Propor uma redação com o seguinte tema: “ Oque é necessário para que todos os trabalha-dores possam se tornar worklovers. Além dotrabalho, que outros prazeres a vida pode nosdar?

6. Quem gostaria de ler trechos de sua redação?

Materiais indicados:P Revistas, jornais, cola, te-

soura, papel pardo.Tempo sugerido: 5 horas

Atividade P Prazer e tortura: duas faces de uma mesma moeda?

Resultado esperado: Que os alunos possaminferir sobre o significado do trabalho, tendo emconta as condições em que ele se realiza.

13T e x t o

Objetivo• Perceber as relações que o trabalhador estab-

elece com o seu trabalho, considerando as con-dições objetivas e subjetivas em que o trabalhose realiza.

IntroduçãoAlém dos worklovers e dos workaholics, existeuma gama enorme de trabalhadores que nãosentem prazer em trabalhar devido às condiçõesadversas que produzem a alienação ao trabalho.Eles não fazem o que gostam, mas da formacomo querem aqueles que compram sua força detrabalho (os capitalistas). Brincando de inventarnovas designações, poderíamos chamar esses tra-balhadores de workescravos. No livro O que é

alienação, o psicólogo a que se refere o texto dizque “o trabalho é ao mesmo tempo criação etédio, miséria e fortuna, felicidade e tragédia”.Por exemplo, se uma pessoa passa todo o seutempo de trabalho colocando um pino e apertan-do dois parafusos em uma certa peça do qual elemal sabe a função, não pensará em outra coisasenão na hora de soar o relógio de ponto e voltarpara casa. Sabemos que, também para os traba-lhadores intelectuais, o trabalho pode represen-tar felicidade ou tortura, ou ambos ao mesmotempo. Vai depender das condições e das rela-ções sociais de trabalho estabelecidas. Para vocêe seus alunos, quais as condições necessáriaspara que o trabalho possa nos dar prazer?

Dicas do professor: 1. Livro: O que é alienação, de Wanderley Codo (Ed. Brasi-

leira) e Educação: trabalho e carinho – “Burn-out”, a sín-drome da desistência do educador, que pode levar àfalência da educação, organizado por este mesmo autor.(Ed. Vozes/CNTE).

2. Filme: Estamira, de Marcos Prado (trata da vida de umamulher que trabalha há vinte anos num lixão).

13-CP07Tx13P2.qxd 21.01.07 17:49 Page 50

Page 51: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 51

Área: Artes Nível I e II

1. Discutir com a classe o papel do carnaval navida de cada um.

2. Dividir a classe em 5 grupos. Cada grupoficará responsável pela pesquisa do carnavalem uma região do Brasil: norte, nordeste, sul,sudeste, centro-oeste.

3. Os grupos deverão pesquisar os tipos de car-naval existentes em cada uma das regiões, suasorigens, peculiaridades, músicas e tradições.

4. Os grupos apresentarão as pesquisas, ilustran-do e/ou demonstrando seus achados.

5. Discussão final tendo por foco as similari-dades e diferenças marcantes.

Descrição da atividade Materiais indicados:P Aparelho de som.

Tempo sugerido:3 h para a apresentação ediscussão

Atividade P Carnavais

Resultados esperados:a) Que o aluno perceba a diversidade do carna-

val como manifestação cultural que caracteri-za e contribui para a formação da identidadede um povo.

b) Que o aluno aprenda um pouco mais sobre acultura brasileira.

c) Que o aluno seja capaz de estabelecer relaçõesentre a origem do carnaval e as suas diferen-tes traduções.

15T e x t o

Objetivo• Pesquisar os diferentes carnavais do Brasil.

IntroduçãoA origem do carnaval remonta à origem do pró-prio teatro. Quando o homem primitivo dominouo conhecimento dos ciclos da natureza e do plan-tio, abandonou o nomadismo e fixou-se à terra. Aboa colheita passou a ser, então, fundamentalpara a sua sobrevivência. Assim, da mesma formaque os ritos criados em honra aos mortos teriamoriginado a tragédia, aqueles ligados à fertilidadeteriam originado a comédia. Alegres cortejosbarulhentos eram realizados nos vilarejos, rega-dos por muito vinho. Não é de estranhar que novemeses após a festa a população dos vilarejos tam-

bém costumava aumentar. Essa festa popular atra-vessou os séculos e, em 590 d.C., o Papa GregórioI regulamentou-a. Séculos depois, em 1594, oPapa Gregório XIII fixou a data do carnaval sem-pre três dias antes da quarta-feira de cinzas.A palavra “carnaval” teria duas origens, ambasderivadas do latim. Na primeira, o significado dapalavra viria de “carro naval” (carrum novalis),carro alegórico, usado em um tipo de encenaçãoteatral romana que fazia alusão às batalhasnavais e que iniciava as comemorações do carna-val romano. A outra origem liga-se ao catolicis-mo e está relacionada diretamente à quaresma,que se inicia na quarta-feira de cinzas, marcandoo período em que não se come carne, daí aexpressão “adeus carne” (carnem levare).

Dicas do professor: Veja os sites:www.miniweb.com.br/Cidadania/Dicas/carnaval.html?t=012;www.almanaque.folha.uol.com.br/carnaval.ht//;www.prosite.com.br/carnaval/viagemnotempo.asp;

15-CP07Tx15.qxd 21.01.07 17:51 Page 51

Page 52: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

52 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Educação Física Nível I e II

Desenvolver a seguinte atividade com os alunos:O lençol.

1. Um voluntário do grupo é colocado no centrodo círculo, coberto por um lençol. Convém terum lençol de casal, para cobrir bem o volun-tário.

2. Assim que a pessoa estiver coberta, e sentadano chão, o professor dirá: Você se lembra deonde fulano (o professor cita o nome de umapessoa do grupo) estava no círculo?

3. Se ela não acertar, os colegas irão dar dicaspara que acerte, por exemplo: ela está pertode fulano; está mais para a direita, etc. Se elaacertar, volta para o seu lugar.

4. Todos mudam de posição no círculo.

5. Outra pessoa irá para debaixo do lençol. Abrincadeira continua até que todos tenhampassado pelo lençol.

6. Depois que todos terminarem o professorincentiva os alunos a avaliarem a experiênciacom perguntas do tipo: O que acharam dessa

Descrição da atividade

Materiais indicados:P 1 lençol de casal.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Relaxamento em grupo por brincadeiras

Resultado esperado: Reflexão sobre a possi-bilidade de conviver com outras pessoas, intera-gir, ajudar, solidarizar-se, situações estas semprepresentes no mundo do trabalho.

15T e x t o

Objetivo• Proporcionar a integração com o grupo e o

alívio das tensões.

IntroduçãoAssim como o carnaval onde “...o corpo é gastopelo prazer e pela brincadeira”, as atividades dejogos e brincadeiras são próprias para descar-regar as tensões ou para exercitar a sociabilidadee a integração do grupo. É nos momentos demaior desinibição, de relaxamento, de descon-

centração, oferecidos pelos jogos e brincadeiras,que as pessoas voltam a ser crianças, curtem oprazer das brincadeiras, se descontraem eaproximam-se uns dos outros, desenvolvendolaços de amizade. Você já se sentiu desanimadocom o seu trabalho? Já pensou em relaxar astensões por meio de brincadeiras? Você achaque deve haver brincadeiras só para homens esó para mulheres? Brincar juntos, homens emulheres, não dá certo? As brincadeiras só fun-cionam com as crianças?

Dicas do professor: Você pode utilizar, também, uma vendaescura nos olhos do voluntário. Além disso, os alunos po-dem sugerir outras formas de modificar essa brincadeira.Utilize sua criatividade e a dos alunos. O importante é quena discussão final você os incentive a falar sobre suasvisões, vergonha e sentimentos durante a brincadeira emgrupo.

brincadeira? As dicas do grupo ajudaram vocêa responder corretamente? Se não houvesseas dicas do grupo, como você iria fazer pararesponder à questão?

15-CP07Tx15.qxd 21.01.07 17:51 Page 52

Page 53: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 53

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Solicitar aos alunos que escrevam em seuscadernos o que o carnaval representa paraeles.

2. Tendo em conta seus textos, pedir aos alu-nos para ilustrar, em grupos, com tinta gua-che, as fantasias com as quais gostariam debrincar o carnaval. O que gostariam de ser?Por quê?

3. Apresentação dos grupos e debate: Qual arelação entre a fantasia e a realidade? O queo trabalho tem a ver com isto? Você conhecepessoas que trabalham no e para o carnaval?

4. Perguntar aos alunos: Que trabalhos sãonecessários para que possa haver liberdade nocarnaval?

5. Dividindo a lousa em duas partes, pedir quecada um dos alunos leia trechos de sua reda-

Descrição da atividade

Materiais indicados:P Tinta guache, pincel e pa-

pel pardo.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Samba, cerveja... e muito trabalho!

Resultado esperado: Identificação dos traba-lhos necessários para garantir que o carnaval serealize como “mundo da liberdade”.

15T e x t o

Objetivo• Perceber a relação entre trabalho e liberdade.

IntroduçãoTem gente que não gosta de brincar o carnaval.Tem gente que “é doente do pé” (como diziaDorival Caymmi ) e por isso não pode brincar ocarnaval. Tem gente que diz que detesta o carna-val, mas não perde nenhum de seus flashes natelevisão. Aproveitando o embalo do samba (dofrevo ou do maracatu), também tem gente queentra no carnaval só para tentar garantir o almo-ço da quarta-feira de cinzas e outros dias do ano.Ao vivo, o que podemos observar no interior dosblocos e nos arredores das concentrações dasescolas de samba é que famílias inteiras se orga-

nizam para vender cerveja, água ou qualquercoisa que possa amenizar o “calor do carnaval”(e a dureza da própria vida!). São homens, mu-lheres, crianças.... são milhares de seres huma-nos que, no meio da multidão, vendem cerveja ecatam latinhas de alumínio para tentar sobrevi-ver. Com a globalização da economia e, por con-seguinte, a globalização da pobreza, já não épossível viver plenamente “a ausência fantasiosae utópica da miséria”, como descreve RobertoDamatta. Como você e os estudantes de EJA vi-venciam o carnaval? Confeccionar a fantasia exi-ge que tipo de trabalho? De quantas pessoas pre-cisamos para “botar o bloco na rua”? Que outrostrabalhos são necessários para realizar a fantasiado carnaval?

Dicas do professor: Para uma sociologia do drama do povobrasileiro, leia Carnavais, malandros e heróis, do antropólo-go Roberto Damatta (Ed. Rocco).

ção, anotando na lousa as questões que dizemrespeito ao “mundo do trabalho” e ao“mundo da liberdade”. A partir disso, fazer odebate.

15-CP07Tx15.qxd 21.01.07 17:51 Page 53

Page 54: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

54 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

1. Depois da leitura e discussão do texto, organizena lousa um glossário relacionado ao Carnaval,por exemplo: Así se dice... en español:

a) o Rei Momo = el Rey Momo;

b) a rainha do carnaval = la reina del Carnaval;

c) o concurso de fantasias = los concursos defantasias;

d) as máscaras = los disfraces;

e) as escolas de samba = las escuelas de samba;

f) os carros alegóricos = las carrozas;

g) a quarta-feira de cinzas = el miércoles deceniza, etc.”

2. Contesta a las siguientes preguntas:

a) ¿Cuándo se celebran los carnavales enBrasil? R. En el mes de febrero;

b) ¿Cuáles son las ciudades más concurridaspor los turistas? R. Río de Janeiro, Salvador

Descrição da atividade

Atividade P Los carnavales en Brasil

Resultado esperado: Espera-se que os alunosse expressem por escrito em língua espanholasobre as festas carnavalescas no Brasil.

15T e x t o

Objetivo• Ampliar os conhecimentos sobre a cultura bra-

sileira e praticar a expressão escrita da versãoportuguês/espanhol.

IntroduçãoO carnaval teria sua origem nas grandes cerimô-nias romanas celebradas no mês de fevereiro, omês das purificações. Se analisamos essas festasno Brasil atual, percebemos que as pessoas, nocarnaval, vivem um vale-tudo: todos os pecados,todas as orgias durante os quatro dias que ante-cedem o início da quaresma; na quarta-feira decinzas assistem ao ritual da purificação dos cor-

pos. Receber as cinzas bentas de um sacerdote ésinal de que o corpo foi purificado. Mas essagrande festa que toma conta do país de norte asul: ritmos, movimentos, beleza, dança, alegria,fantasia, transgressões e anonimato tambémoferece a oportunidade de muitos postos de tra-balho em vários setores em cidades como Recife,Olinda, Salvador e principalmente no Rio de Ja-neiro, onde o carnaval é espetáculo e recebemuitos turistas estrangeiros. Esse é o trabalhooferecido pelo Turismo Oficial. Se para os profis-sionais que atendem ao turismo no período car-navalesco é época de muito trabalho, como equando seria sua festa carnavalesca?

Tempo sugerido: 1 hora

Dicas do professor: Sites:www.carnasite.com.br/carnaval;www.elalmanaque.com. Folhetos e recortes de revistas so-bre o Carnaval podem ajudar a ambientar a aula.

de Bahía, Olinda, Recife... (respuesta abier-ta);

c) ¿Estás de acuerdo que los Carnavales gener-an muchos puestos de trabajo? R. Respuestalibre;

d) ¿Escriba algunas frases sobre tus experien-cias con los festejos del Carnaval.

15-CP07Tx15.qxd 21.01.07 17:51 Page 54

Page 55: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 55

Área: Geografia Nível II

1. Antes da leitura do texto, destacar que a ativi-dade passa pelo estudo da contraposição en-tre carnaval e trabalho, entre o tempo da di-versão e o tempo da obrigação.

2. Solicitar uma leitura coletiva do texto, tirando aseventuais dúvidas que surgirem no seu decorrer;

3. Após a leitura e a superação das dúvidas, rea-lizar uma discussão sobre a compreensão queos alunos tiveram do texto.

4. Solicitar aos alunos que explanem para a salacomo foi o carnaval na vida deles, de que maisgostaram, de que menos gostaram, onde pula-ram e como se relacionam hoje com essa festa.

5. Discutir agora como eles entendem o carnavaldo ponto de vista da cultura e da diversão, uti-lizando o texto como base para as discussõese sempre relacionando com o seu oposto: otempo de trabalho.

6. Resgatar no texto o conceito de “tripalium”(equipamento romano que penalizava osescravos) como a origem da palavra trabalho,ou seja, associada a castigo, pena.

Descrição da atividade 7. Propor a produção de um texto, individual-mente, em que o aluno expresse seu conceitoda relação entre trabalho e diversão.

Atividade P Carnaval: tempo de liberdade

Resultados esperados:a) Compreensão do significado da relação entre

tempo de trabalho e tempo de diversão, ca-racterísticos da sociedade moderna.

b) Compreensão dos motivos que levam as pes-soas a verem o trabalho como algo pesado,enfadonho e repulsivo.

c) Capacidade de relacionar a cultura ao tempolivre, tempo da criação, do exercício das aspi-rações e desejos pessoais.

15T e x t o

Objetivos• Levar o aluno a refletir sobre o carnaval brasilei-

ro, em suas características e seu significado. Pos-sibilitar ainda a compreensão sobre a contrapo-sição entre tempo de trabalho e tempo livre.

• Discutir em sala o conceito de trabalho e seusignificado.

IntroduçãoO carnaval é a maior festa popular do Brasil. Sãodias de manifestação da liberdade, do corpo e dasensualidade. A festa caracteriza o país, inclusive

no exterior, como o país do futebol e do carnaval.Ao professor cabe aproveitar os múltiplos signifi-cados que essa festa tem e explorar em sala deaula as possibilidades de reflexão que ela abre.

Contexto no mundo do trabalho: O tempo do trabalhoé o tempo da obrigação, das normas e da falta de liber-dade. O carnaval é, ao contrário, o exercício da liberdade,da brincadeira e da alegria. A contraposição entre um eoutro possibilita pensar a relação de trabalho nos outrosdias do ano.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: A Fundação Joaquim Nabuco possuium link destinado à história do carnaval:www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=300&textCode=896&date=currentDate.O site da Liesa também contém extenso material sobre ahistória do carnaval:www.liesa.globo.com/por/08-historiadocarnaval/historiadocarnaval-capitulo2/historiadocarnaval-capitulo2_principal.htm).

15-CP07Tx15.qxd 21.01.07 17:51 Page 55

Page 56: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

56 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Português Nível I e II

1. Atividades de leitura: Discutir o texto com osalunos. Conversar sobre o significado que ocarnaval tem para cada um deles.

a) O carnaval é mesmo uma “ausência fanta-siosa e utópica de miséria, trabalho, obri-gação, pecado e deveres”? É “oportunidadede fazer tudo ao contrário”?

b) Perguntar se concordam que “a catástrofeque o carnaval brasileiro possibilita é a dadistribuição livre e igualitária do prazersensual para todos” e se essa frase é verda-deira ou muito mais produto da propagan-da do carnaval brasileiro.

2. Atividades de produção de textos

a) Colocar os alunos em um semicírculo e ini-ciar o jogo com a palavra “carnaval”. Pediraos alunos que formem novas palavras comas letras contidas na palavra-geradora.Escolher um aluno para iniciar o jogo.(Exemplo: palavra-geradora: CARNAVAL –Palavras formadas livremente pelos alunos:naval, carnal, lavar, vala, cara, lava, cavar,lá, cana, vaca, cravar, lã). O aluno que nãoconseguir montar mais vocábulos escolhe-rá uma nova palavra do texto, irá ao qua-dro, escreverá essa palavra-geradora e rei-niciará o jogo.

b) O aluno escolhido no semicírculo formauma palavra a partir das letras da palavra-

Descrição da atividade

Atividade P Trabalho em grupo: formar palavras

Resultados esperados: Ampliação do co-nhecimento lexical e da capacidade de resgatar oconhecimento prévio.

15T e x t o

Objetivo• Desenvolver a comunicação visual, o espírito

de observação e a expressão escrita.

IntroduçãoPor que você gosta ou não gosta do carnaval? Ocarnaval cansa mais do que o trabalho? Essecansaço vale a pena? Por quê?

Tempo sugerido: 2 horas

geradora e passa a responsabilidade para ocolega do lado, e assim por diante. O alunoque escolheu a palavra-geradora deve es-crever, no quadro, todas as sugeridas peloscolegas. O aluno do semicírculo que nãoconseguir mais formar uma palavra novairá ao quadro para dar prosseguimento aojogo.

3. Quando achar conveniente, interromper ojogo e pedir que criem um poema em que apa-reçam muitas das palavras escritas na lousa.

15-CP07Tx15.qxd 21.01.07 17:51 Page 56

Page 57: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 57

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Pedir aos alunos que tragam para a sala deaula gravuras de diversos lugares, cidades,fotos de viagens ou passeios que fizeram.

2. Montar um painel com este material.

3. Em círculo, conversar com os alunos arespeito do impacto da expansão do turismo,nos dias atuais, em sua vida e na cidade emque moram. Fazer perguntas como:

a) Vocês conhecem as atividades turísticasque são realizadas em sua comunidade?

b) Acham que elas têm expandido?

c) Vocês têm usufruído dessa expansão? Co-mo?

d) Os efeitos do turismo modificam de formapositiva ou negativa a sua comunidade?

e) Quem mais se beneficia dessa atividade?

4. Apresentar para os seus alunos os dados daOMT sobre as características dos empregosnos segmentos de hotelaria e restauração e

Descrição da atividade

Atividade P Os trabalhadores do turismo

Resultados esperados:Discussão do turismo como fonte de emprego edas características do emprego dos trabalhado-res desse setor.

16T e x t o

Objetivo• Discutir a importância da atividade turística

como fonte de geração de empregos e o tipo deemprego que ela tem gerado.

IntroduçãoUm texto recente aborda o fenômeno do turismochamando a atenção para o fato de que nesta ativi-dade o trabalhador assume grande relevância. Issoporque o resultado dos serviços por ele prestadosinterfere significativamente na qualidade do pro-duto turístico final. No entanto, apesar dessaevidência, pesquisas demonstram que o segmentoturístico caracteriza-se por uma enorme precariza-ção das relações de trabalho. Segundo dados da

Organização Mundial do Turismo – OMT, osempregos nos segmentos de hotelaria e restau-ração se caracterizam por: “grande número de tra-balhadores temporários; destacada participação demão-de-obra feminina nos postos de trabalhoinferiores e baixo percentual das mulheres emcargos de maiores responsabilidades; elevadonúmero de trabalhadores clandestinos; grandepresença de jovens; importante presença deestrangeiros; baixa remuneração, comparativa-mente a outros segmentos econômicos; elevadonúmero de horas de trabalho semanais; baixograu de sindicalização” (Jiménez, E.; Barreiro, F.;Sánchez, J. et. al., 1998). Sendo assim, quemtem se beneficiado da expansão do turismo?

Tempo sugerido: 4 horas

mostrar-lhes que os trabalhadores do turis-mo, segundo esses dados, são os que menosse beneficiam da expansão do turismo.

5. Pedir aos alunos para ler o texto em grupo e,a partir dele e da discussão anterior, levantarquestões sobre o tema do turismo comofonte de emprego.

6. Registrar no quadro o resultado do trabalhodos grupos.

7. Com os alunos, agrupar as questões seme-lhantes e dar um título para elas. Cada gru-po ficará responsável por encontrar respos-tas para as questões agrupadas e apresentá-las para seus colegas. Sugestões: propagan-da, folder, teatro, roteiro turístico, etc.

16-CP07Tx16P2.qxd 21.01.07 17:53 Page 57

Page 58: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

58 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Questionar os alunos sobre o que entendempor ócio. Organizar seus conhecimentos.

2. Questionar o que entendem por diversão.Organizar também o que pensam.

3. Apresentar a reivindicação dos operários doséculo XIX do que considera uma jornadaideal: “oito horas de trabalho, oito horas derepouso e oito horas de prazer”.

4. Debater se concordam ou não e comparar essajornada com a realizada em nossa vida atual.Organizar as idéias da classe.

5. Ler coletivamente o texto, parando paradebater as idéias apresentadas: O que signifi-ca lazer? E turismo? Qual a relação entre lazere turismo? Quem faz turismo? O que significavida moderna? Por que o turismo está na vidamoderna? Ter acesso ao turismo faz parte deum processo de democratização ou não? Porque o texto diz que está relacionado aosavanços tecnológicos? Vocês concordam ounão? As camadas mais pobres da populaçãopassaram a ter mais recursos disponíveis?

Descrição da atividade

Atividade P Oito horas de trabalho, oito horas de repouso e oito horas de prazer...

Resultados esperados: Espera-se que osalunos reflitam criticamente a respeito de con-ceitos como trabalho, ócio e turismo na organi-zação econômica atual em geral e, em especial,na vida de cada um deles.

16T e x t o

Objetivo• O objetivo é refletir criticamente a respeito de

conceitos como trabalho, ócio e turismo na or-ganização econômica da sociedade moderna.

IntroduçãoDesde o início do século XIX, as lutas operárias naEuropa incluíam a redução do tempo de trabalho.A jornada ideal foi proposta por Robert Owen, em1817: “oito horas de trabalho, oito horas de repou-so e oito horas de prazer”. Assim, a luta por tempopara passear e se divertir tem sido diferente do

processo de investimento tecnológico para oaumento da produtividade. Antes de os interesseseconômicos projetarem o lazer como tempo deconsumo, os trabalhadores sabiam do valor de des-pender tempo com o “não trabalho”. Hoje, o capi-talismo criou a indústria do lazer, procurando ven-der aos trabalhadores suas atividades de diversão.As viagens, os passeios turísticos programados, ospagamentos parcelados entram cada vez mais navida da classe média e de famílias operárias queeconomizam para obter o que consideram “benefí-cios” da sociedade de consumo.

Tempo sugerido: 4 horas

Possuem recursos para usufruir do turismo?Será que o crescimento da indústria de turis-mo se deve às camadas mais pobres, que pas-saram a fazer turismo? Poderíamos chamar aindústria do turismo de “indústria do ócio”?Por quê? Qual nome poderíamos dar paraesse tipo de atividade?

6. Propor que façam uma pesquisa sobre os con-sumidores da indústria do turismo. Podementrevistar pessoas ou colher informações emjornais, revistas, prospectos de agências deturismo, livros, etc.

7. Propor a organização de um roteiro turístico –“A viagem de meus sonhos” – que seja com-patível com o padrão aquisitivo dos alunos ecom suas escolhas e gostos culturais paradiversão.

16-CP07Tx16P2.qxd 21.01.07 17:53 Page 58

Page 59: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 59

Área: Matemática Nível I

Em São Paulo, mais de 1,4 milhão de pessoasdesembarcam mensalmente a turismo ou a tra-balho para se juntar a seus quase 11 milhões dehabitantes. Para hospedá-las, há mais de 430hotéis. Além de 50 shoppings com praças de ali-mentação, há 12 mil opções de restaurantes, de46 diferentes nacionalidades. São 70 museus,120 teatros, 50 parques e quase 300 salas decinema. (Fonte: Secretaria de Turismo do Estadode São Paulo).

De acordo com as informações, pedir aos alunosque:

a) determinem o número de pessoas que SãoPaulo abriga mensalmente;

b) encontrem o quociente entre o total depessoas e as 12 mil opções de restaurantes;

Descrição da atividade

Atividade P Viagens e turismo: São Paulo mostrada por números

16T e x t o

Objetivos• Mostrar números que fazem com que São

Paulo, uma das capitais brasileiras, tenha umfluxo enorme de turismo, lazer e serviços, den-tre outros eventos.

• Desenvolver procedimentos de cálculos: men-tal, escrito, exato e aproximado.

IntroduçãoO lazer e o turismo têm sido estendidos a umpúblico cada vez mais crescente. Parcelamentos,promoções, cartões de crédito são alguns dosfacilitadores para que lugares desconhecidospossam ser visitados. Reservas são facilitadas,

podendo ser realizadas pela internet, com direitoa imagens virtuais dos locais a serem visitados.Para aquelas pessoas que não têm muitas reser-vas econômicas, é possível viajar trocando a altatemporada do momento. A idéia que muitasagências, revistas, propagandas e folders passamé a de que a única dúvida será escolher o destinodas férias, ou da viagem. A indústria de viagense turismo é uma das mais desenvolvidas nomundo. Discuta com os alunos: Como essa indús-tria exerce influência sobre outros setores deatividades? Alguns deles trabalham nessa área,ou conhecem quem trabalha? Quantos delesconseguem viajar em suas férias?

Dicas do professor: Livro: Os 100 segredos das pessoas fe-lizes, de David Niven. Trd. Maria Claúdia Coelho. (Sextante)Rio de Janeiro, 2001. (Cap. 8444: ”Algumas pessoas gos-tam do quadro geral, outras dos detalhes” e Cap. 90 “Nãoignore uma parte de sua vida”).

Música: A vida de viajante, composição de Luíz Gonzaga eHervê Cordovil, música de Luiz Gonzaga.

Tempo sugerido: 2 horas

c) Verifiquem quantos são os lugares de lazere cultura, considerando os números de: mu-seus, teatros, parques e salas de cinema àdisposição do público em São Paulo.

16-CP07Tx16P2.qxd 21.01.07 17:53 Page 59

Page 60: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

60 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Português Nível I

1. Atividades de leitura: Comentar o texto comos alunos. Perguntar se, de algum modo, aindústria do turismo já os atingiu. Discutir asrazões. Indagar: Qual o lugar mais bonito quevocês conhecem? Por quê? Nesse lugar hápossibilidade de acomodar confortavelmenteo turista? Na opinião de vocês, o que é funda-mental para se promover o turismo na nossaregião? Quais os pontos turísticos que vocêsdestacariam? Que lugar gostariam de conhe-cer? Por quê?

2. Atividades de produção de texto:a) Mostrar aos alunos panfletos de agências

de turismo. Pedir que analisem e vejamquais são os apelos utilizados pelos publici-tários (visão, paladar, tato, olfato, audi-ção). Pedir que identifiquem a que públicose destinam (classe média alta, classemédia média, etc). Solicitar que observemse há apelos que caracterizam um público-alvo (crianças, jovens, adultos, pessoasmais velhas, mulheres, homens, pessoasreligiosas, minorias sexuais, etc.).

b) Se houver possibilidade, pedir aos alunosque recortem anúncios de viagens de re-vistas e jornais e façam verificações seme-lhantes.

c) Pedir que observem a linguagem: Quais sãoos substantivos mais usados? E os adjeti-

Descrição da atividade

Atividade P O gênero panfleto

Resultados esperados: Ampliação da capa-cidade de observação e de uso dos registros lin-güísticos.

16T e x t o

Objetivo• Ampliar os conhecimentos sobre a cultura bra-

sileira e praticar a expressão escrita da versãoportuguês/espanhol.

IntroduçãoVocê gosta de viajar? Quais os lugares de suaregião que valeriam a pena ser vistos por todasas pessoas?

vos? Quais são os verbos mais utilizados?No aspecto formal, os anúncios de viagemtêm, normalmente, a mesma estrutura? Oque todos têm em comum? O que diferen-cia um do outro?

d) Pedir que selecionem os locais de sua regiãoainda não explorados pelo turismo e, depoisde dividir a classe em grupos, pedir quecriem panfletos de viagem somente paraatrair: 1) jovens; 2) pessoas com mais de 60anos; 3) apenas mulheres; 4) jovens casais;5) casais mais velhos; 6) pessoas de classemédia baixa; 7) estrangeiros.

16-CP07Tx16P2.qxd 21.01.07 17:53 Page 60

Page 61: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 61

Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

Depois da leitura do texto, pergunte:

a) ¿Qué quiere decir Hasta la Vista? (Recordarque Hasta la Vista, Hasta Luego, Adiós sãoexpressões usadas para se despedir). Qualseria então essa relação com o texto?

b) ¿Cómo se dice en portugués): echarse unasiesta; las costumbres; negócios cerrados;quedarse despierto;

c) ¿A los españoles les gusta dormir la siesta?

d) ¿Según el texto, cuáles son los beneficios dela siesta?

e) Escriba algunas costumbres brasileñas rela-cionadas con el reposo.

Descrição da atividade

Atividade P ¿La siesta está de moda en el mundo?

Resultado esperado: Compreensão dasdiferenças culturais entre os povos formulandoopiniões orais ou escritas.

17T e x t o

Objetivo• Conhecer os hábitos culturais espanhóis e esta-

belecer relações com os brasileiros.

IntroduçãoEm alguns países e na Espanha, principalmente,é hábito da maioria da população “tirar umasoneca” depois do almoço. É a famosa siesta.Embora digam que a siesta faz parte da identida-de espanhola, essa palavra tem origem com osromanos: “hora sexta” era a expressão originalque eles utilizavam para se referir ao tempodedicado ao descanso depois de cinco horas deintenso trabalho. Daí vem a palavra siesta incor-porada à lingua espanhola. Os hábitos culturaisdos espanhóis: dormir tarde, almoçar tarde,entre as 14 e 15 horas induz a Me voy a echar unasiesta. Porém, nos últimos tempos os costumesestão mudando: depois que a Espanha entrou

para a Comunidade Européia (CE) e deve acom-panhar os horários dos demais países no mundodos negócios esse hábito está desaparecendo. Emalgumas cidades o comércio já não fecha suasportas por duas ou três horas durante a tarde.Por outro lado, países como China, Japão eEstados Unidos estão incorporando a siesta aomundo do trabalho: 20 minutos de sono depoisdo almoço para que os funcionários, em salascom poltronas instaladas para esse fim, renovemas energias e voltem às atividades laborais maisdispostos e produtivos. Muitas empresas noBrasil também já adotaram essa prática. Vocêsconhecem alguma dessas empresas? Alguémpode compartilhar com os colegas alguma expe-riência desse tipo? Que benefícios podem trazeresses minutos de sono à saúde do funcionário eàs atividades da empresa?

Dicas do professor: Ambientar a aula com músicas espa-nholas. Veja o site: www.cvc.cervantes.es.

Materiais indicados:P Aparelho de som, CD ou

fita, dicionário espanhol/

português.

Tempo sugerido: 2 horas

17-CP07Tx17P2.qxd 21.01.07 17:53 Page 61

Page 62: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

62 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: História Nível II

1. Levar um mapa-múndi para a sala de aula. Solici-tar aos alunos que localizem a Espanha no mapa.

2. Levantar com os alunos seus conhecimentossobre a Espanha: língua, costumes, cultura,história, times de futebol, moeda, etc.

3. Questionar a turma sobre: o que sabem sobrea “siesta”; quem tem o hábito de dormir apóso almoço; o que isto significa na opinião daturma: pode atrapalhar ou contribuir para aprodutividade no trabalho?

4. Após esse diálogo, ler e interpretar o textocom a turma.

5. Discutir: a) O texto afirma que em algumas cidades e

regiões da Espanha muitos trabalhadoresestão com dificuldades de manter o hábitoda siesta. Por quê?

b) Na opinião do grupo, a siesta espanholapode ser incorporada aos hábitos dos brasi-leiros? Sim, Não? Por quê?

Descrição da atividade

Atividade P Hasta la vista, siesta!

Resultados esperados:a) Compreensão do tempo livre como necessário

ao melhor desempenho e à qualidade de vidado trabalhador.

b) Produção de uma proposta de jornada de tra-balho que contemple um tempo livre para odescanso.

17T e x t o

Objetivo• Discutir o significado da “siesta” para a quali-

dade de vida das pessoas e as relações entretempo livre e produtividade no trabalho.

IntroduçãoA siesta, como o texto mostra, é um termo usadopara designar o antigo hábito espanhol de dormirapós o almoço para se livrar do calor. No Brasil,muitas pessoas cultivam esse hábito, porém comdificuldades, pois o horário de almoço estabeleci-do na maioria dos locais de trabalho é reduzido,não possibilitando ao trabalhador prolongar odescanso. Além disso, há uma concepção genera-lizada entre nós de que a “siesta” é uma perda de

tempo, hábito de pessoas preguiçosas que prejudi-ca a produtividade no trabalho. Os dados atuaisdemonstram que a Espanha possui, na atualidade,a oitava economia do mundo e a quinta européia.Possui uma indústria turística dinâmica. É osegundo país mais visitado do mundo, superadoapenas pela França. Portanto, cabe questionar:como pode um povo construir um país rico,democrático, com bons índices de produtividadee qualidade de vida mantendo hábitos que privi-legiam o tempo livre, o descanso após o almoço?Tempo livre, descanso, feriados, lazer e turismopodem contribuir para o aumento da produtivida-de? Vamos discutir essas relações?

c) Como a siesta pode contribuir para a me-lhoria da qualidade de vida das pessoassem prejudicar a produtividade no traba-lho, a geração de emprego e de renda parao trabalhador brasileiro?

6. Considerando que a jornada de trabalho diá-ria do trabalhador brasileiro é de 8 horas, soli-citar que cada aluno elabore uma proposta dehorário de trabalho para algum local – a esco-la, por exemplo – que considere um tempolivre para a “siesta”, sem prejudicar a produti-vidade do trabalhador.

Material indicado:P Mapa-múndi.

Tempo sugerido: 2 horas

17-CP07Tx17P2.qxd 21.01.07 17:53 Page 62

Page 63: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 63

Área: Economia solidária Nível I e II

1. O professor poderá desenvolver uma dinâmi-ca denominada “Dê a sua opinião”. O objetivoé suscitar uma discussão e obter a opinião dosalunos a partir do relato da seguinte situação:“Em um empreendimento econômico solidário(cooperativa) da área de confecção, os coope-rados trabalham oito horas/dia. O empreendi-mento recebeu uma encomenda para fabricarmais 15 mil camisas além do que já produz pormês. Os cooperados se reuniram e verificaramque dentro da sua jornada normal de trabalhonão poderiam atender a esse pedido. Decidi-ram aceitar a encomenda porque não queriamperder essa oportunidade de mercado. Os coo-perados fizeram reuniões e colocaram paravotação as seguintes alternativas: a) fazerhoras extras; b) dividir essa produção comoutros empreendimentos do mesmo ramo deatividade; c) contratar algumas pessoas por umcurto período, assegurando-lhes os seus direi-tos trabalhistas”. Na sua opinião, qual a melhorestratégia a ser adotada por esse empreendi-mento e por quê?

2. A partir do relato deverá ser iniciado o debate.O professor poderá contribuir também com a

Descrição da atividade

Atividade P Trabalho, saúde e economia solidária

Resultados esperados: Que os alunos perce-bam a importância de preservar um ambiente detrabalho saudável, com jornadas que não preju-diquem a saúde dos trabalhadores e que lhesdêem condições de desenvolver outras ativida-des depois do trabalho. No caso dos empreendi-mentos econômicos solidários, essa deve seruma decisão coletiva e consciente de todosaqueles que deles participam.

18T e x t o

Objetivo• Mostrar a importância de os trabalhadores pro-

duzirem e ao mesmo tempo se preocuparemcom a sua saúde e qualidade de vida.

IntroduçãoMuitos trabalhadores cumprem uma jornada detrabalho que ultrapassa aquela estabelecida emseu contrato de trabalho. Essa situação, além deocasionar riscos para a saúde, prejudica a partici-

pação social e política dos trabalhadores, a con-vivência familiar e com os amigos, o tempo delazer, entre outros. Na empresa capitalista, o tra-balhador não tem opção de decidir sobre a quan-tidade de horas extras que poderá fazer. E em umempreendimento econômico solidário (coopera-tiva, associações de produtores, grupos de pro-dução), isso pode ser diferente? Como aconte-cem as definições quanto ao tempo de trabalho,já que são os donos do próprio negócio?

Materiais indicados:P Papel, canetas, cadeiras.

Tempo sugerido: 2 horas

discussão, no sentido de reforçar: a) a impor-tância de, nos empreendimentos econômicossolidários, os trabalhadores se preocuparemcom as jornadas de trabalho, com o ambientede trabalho, com a qualidade de vida; b) aimportância de envolver outros empreendi-mentos na hora de atender demandas de queum empreendimento sozinho não conseguedar conta, uma vez que isso reforça a rede desolidariedade na economia solidária; c) naeconomia solidária todas as decisões devemser compartilhadas pelos cooperados/associa-dos e todos eles são responsáveis pelas deci-sões, resultados positivos e/ou negativos.

18-CP07Tx18P2.qxd 21.01.07 17:55 Page 63

Page 64: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

64 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Educação Física Nível I e II

1. Perguntar aos alunos quantos deles costumamfazer horas extras no trabalho.

2. Promover uma discussão entre eles questio-nando-os se esse dinheiro a mais no final domês tem trazido melhores condições de vida.

3. Após a discussão, incentivar os alunos a pen-sarem juntos em formas alternativas de lazer,da seguinte maneira: a) pedir-lhes que se divi-dam em dois grupos; b) cada grupo deverápensar em atividades de lazer e anotar cadauma em folhas de sulfite, por exemplo, pesca-ria, escrita em letras grandes; c) a quantidadede atividades produzidas por grupo deverá serigual ao número de pessoas do outro grupo;d) depois, cada um do grupo fixa nas costasde um integrante do outro grupo uma folhade sulfite, sem que a pessoa veja o que estáescrito; e) depois que todos tenham a folhafixada nas costas, pedir-lhes que caminhempela sala lendo o que está escrito nas costasdos companheiros; f) ao som de uma palma

Descrição da atividade

Atividade P Horas extras x qualidade de vida

18T e x t o

Objetivo• Refletir sobre a qualidade de vida do traba-

lhador que faz muitas horas extras no trabalho.

IntroduçãoVocê faz horas extras no trabalho? Levanta pelamanhã cansado? Está contando os dias para suasférias? Nos finais de semana não quer sair decasa? Fazer atividades físicas, nem pensar? Sevocê se identificou com esse perfil, está na horade dar um tempo. As atividades de lazer são fun-damentais para a melhoria da qualidade de vida,principalmente nos dias atuais, devido ao au-

mento da competitividade no trabalho e das exi-gências de especialização da profissão. Alémdisso, elas melhoram a saúde e, portanto, odesempenho no trabalho. Comumente, a descul-pa para não fazer as atividades de lazer é queelas custam caro. Entretanto, essa justificativanão é correta, pois o lazer pode envolver ativida-des simples e baratas. Por exemplo, caminhar,sair com a família para dar um passeio na cida-de, ouvir uma música de que gosta, ler um livrointeressante, ou até mesmo contemplar a nature-za. Vamos pensar juntos sobre essas atividades?

do professor, cada aluno deverá parar emfrente a um colega, ler o que está escrito emsuas costas e fazer uma mímica da atividadeque leu; g) cada aluno precisa descobrir o queestá escrito em suas costas a partir da mímicado colega; h) assim que descobrir, o aluno falaem voz alta o que acha que está escrito nassuas costas; i) o outro integrante da duplaconfirma ou não; j) o jogo prossegue até quetodos descubram a atividade de lazer escritaem suas costas.

4. Fazer uma lista na lousa das atividades sugeri-das pelos grupos.

5. Solicitar aos alunos a escrita da lista no caderno.

Resultado esperado: Reflexão sobre a impor-tância de o trabalhador dividir o seu tempo entreas atividades profissionais e de lazer.

Materiais indicados:P Folha de sulfite, caneta,

fita crepe.

Tempo sugerido: 1 hora

18-CP07Tx18P2.qxd 21.01.07 17:55 Page 64

Page 65: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 65

Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Desenvolver uma atividade de compreensãode leitura, propondo as seguintes perguntas:

a) ¿Cuál es la jornada laboral oficial en Brasil?

b) ¿Cuáles son los problemas de salud quepuede ocasionar el exceso de trabajo?

c) ¿Consideras importante el tiempo de ociopara un trabajador mantenerse saludable?

d) ¿Según el texto, trabajar dos horas extraor-dinarias después de la jornada completaseria recomendable a un trabajador?

2. Escreva na lousa a correção da atividade.

Descrição da atividade

Atividade P ¿Las horas extraordinarias perjudican a la salud de los trajadores?

Resultado esperado: Mudança de atitudesrespeitando os limites convenientes à manuten-ção da própria saúde.

18T e x t o

Objetivo• Aprender a equilibrar os fatores que causam

estresse ou fadiga laboral.

IntroduçãoAs horas extras no trabalho, segundo pesquisa,fariam mal à saúde dos trabalhadores brasilei-ros. Essa prática laboral é bem aceita pelosempregados porque complementa o salário nofinal do mês; o patrão também seria beneficia-do. Mas, a longo prazo, isso realmente afetaria asaúde daquele que, muitas vezes em detrimentode seu bem-estar e descanso, se vê obrigado afazer horas extras porque seu salário não é sufi-

ciente. Numa época em que a competição e abusca por metas, às vezes irreais, sustentam asengrenagens no âmbito corporativo, é cada vezmais difícil encontrar equilíbrio entre o trabalhoe a vida pessoal, produção e saúde. E, quandoum desses elementos não está em harmonia, aqualidade de vida fica prejudicada. Sofre o tra-balhador; perde a empresa. Uma profunda refle-xão se faz necessária.

Tempo sugerido: 1 hora

18-CP07Tx18P2.qxd 21.01.07 17:55 Page 65

Page 66: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

66 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Promover a leitura do texto em classe, coleti-vamente.

2. Identificar quais as vantagens imediatas parao trabalhador da prática da hora extra.

3. Identificar em seguida quais as vantagenspara o empregador.

4. Apontar que mudanças ocorreram nos últimosvinte anos no mundo do trabalho, em relaçãoàs exigências ao trabalhador e suas funções.

5. Destacar no texto quais as conseqüências alongo prazo para a saúde dos trabalhadoresque acumulam horas extras continuamente.Levantar ainda a informação de por que duashoras no final do expediente são tão maléficaspara a integridade física do trabalhador.

6. Pesquisar junto aos alunos sobre a prática dehoras extras em seu cotidiano de trabalho.

7. Pesquisar junto aos sindicatos de trabalha-dores do município sobre a questão das horasextras em diferentes categorias profissionais.

Descrição da atividade8. Registrar a síntese das discussões e das pes-

quisas no caderno. Finalizar a atividade com aprodução de frases e/ou slogans que alertemsobre os malefícios da hora extra para a saúdedo trabalhador.

Materiais indicados:P Boletins sindicais, jornais,

etc.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Trabalho a mais, lazer a menos

Resultados esperados:a) Que os alunos possam avaliar criticamente a

existência de hora extra como mecanismo cor-rente e habitual (não excepcional) do cotidia-no de trabalho.

b) Que eles possam refletir sobre a possibilidadede geração de novos postos de trabalho e me-lhores salários como forma de redução da exe-cução de horas extras, e envolver-se em açõesnesse sentido.

18T e x t o

Objetivo• Possibilitar ao aluno entender a hora extra co-

mo um mecanismo de incremento salarial,porém prejudicial à saúde do trabalhador.Refletir sobre as vantagens para o empregadore os efeitos nocivos à geração de novos postosde trabalho.

IntroduçãoA produção em larga escala exige investimentosem mão-de-obra e em tecnologia, principalmen-te. Como o desenvolvimento de novas técnicasde produção é lento, pois depende da aplicaçãode recursos em pesquisa, além de muita experi-mentação e correções de rumos, a contratação de

mão-de-obra é mais flexível e atende às oscila-ções do mercado. Se as vendas caem, demitem-se trabalhadores e as máquinas e ferramentasficam ociosas. Se as vendas crescem, contratam-se mais funcionários ou mesmo exige-se o tra-balho em hora extra. O trabalhador fica à mercêdas necessidades do mercado.

Contexto no mundo do trabalho: Na medida em que ostrabalhadores foram conquistando limites à longa jornadade trabalho que prevalecia desde os tempos da RevoluçãoIndustrial, os empregadores foram também criando meca-nismos para driblar tais limitações. A existência das horas-extras é um exemplo disso.

18-CP07Tx18P2.qxd 21.01.07 17:55 Page 66

Page 67: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Área: Matemática Nível I e II

Propor aos alunos as seguintes questões:

Considerando que um trabalhador que recebeum salário mínimo tem sua hora normal de R$ 1,59, e no caso de trabalhar horas extras temdireito a receber um acréscimo de 50%, solicite aeles que:

a) Calculem o número de horas mensais traba-lhadas por essa pessoa;

b) Encontrem o valor extra que o trabalhador re-cebe, tendo o direito de 50% de acréscimo;

c) Digam qual será o valor da hora trabalhadapelo empregado que realiza horas extras.

Descrição da atividade

Material indicado:P Calculadora.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Horas extras afetam a saúde do trabalhador?

Resultados esperados:a) Que os alunos conheçam seus direitos quando

efetuam trabalho em horas extras.b) Que aprendam a verificar, por meio de opera-

ções matemáticas tais como: percentagem,divisões, subtrações e adições, vantagens edesvantagens ao trabalhar mais.

18T e x t o

Objetivos• Conhecer seus direitos quanto à saúde e ao tra-

balho efetuado.• Utilizar cálculos matemáticos para verificar o

acréscimo do salário do trabalhador ao realizarhoras extras.

IntroduçãoA jornada de 40 a 44 horas semanais é comumem muitas empresas e a esse tempo são acresci-das horas extras, as quais, muitas vezes, são

opção do próprio trabalhador, que deseja aumen-tar seu rendimento salarial. Discuta com seusalunos se eles realizam horas extras em seus tra-balhos e se percebem os problemas em relação àsaúde, como mostra o texto. Vale a pena realizarhora extra? Quais políticas o governo poderiaadotar para estabelecer uma meta menor detempo de trabalho? Como o trabalhador podeadministrar sua vida profissional e valorizar suavida pessoal?

Dicas do professor: a) Tome como referência o salário mínimo nacional e lem-

bre que o trabalhador trabalha 220 horas semanais.Desse modo, ele recebe R$ 1,59 como hora normal detrabalho;

b) Comente com seus alunos que sindicatos também sãouma ótima fonte de orientação quanto aos direitos tra-balhistas.

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 67

18-CP07Tx18P2.qxd 21.01.07 17:55 Page 67

Page 68: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

68 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. Pesquisar individualmente o significado dapalavra “malandragem”.

2. Cada aluno deverá trazer uma foto de corpointeiro (dele mesmo ou de qualquer outrapessoa) fotocopiada e ampliada.

3. Cada aluno irá, através de desenho, pintura oucolagem, intervir na foto, criando figurinos eobjetos que caracterizem a imagem do malan-dro a partir dos achados da pesquisa, traduzin-do-a, segundo sua visão, para a atualidade.

4. Gravar uma música do estilo musical que o alunoconsidere ser do agrado da figura montada.

5. O aluno deverá dar um título à sua obra ecolocá-la em exposição na classe.

6. Discutir sobre as obras levando em conta ostítulos e a escolha dos elementos utilizadospara a caracterização da figura e o papeldesempenhado pelo “malandro” na culturabrasileira ontem e hoje: o que era e em quese transformou.

Descrição da atividadeObs.: Se os alunos tiverem aparelhos de som(walkman e similares) com fone de ouvido,poderá ser montada uma exposição dos tra-balhos, unindo imagem e som de forma afazer o “visitante” passar por uma experiên-cia individual.

Materiais indicados:P Cola, tesoura, xérox am-

pliada, papel colorido, re-

vistas, canetas coloridas,tintas e lápis de cor.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Malandragem

Resultados esperados:a) Que o aluno possa discutir as mudanças ocorri-

das na imagem “romântica” de tipos brasilei-ros, suas transformações ao longo dos anos e osmotivos dessa mudança.

b) Que o aluno possa discutir e rever conceitos quesão aceitos como parte da cultura brasileira.

c) Que o aluno tenha a possibilidade de criartipos e personagens que expressem o seuponto de vista.

20T e x t o

Objetivos• Pesquisar o significado da palavra “malandra-

gem”. • Construir novos “tipos” de malandros, a partir

das artes plásticas e da música.

IntroduçãoA imagem do malandro tradicional, aquele queconhecíamos das rodas de samba e das históriaspitorescas, parece ter mudado de posição. O“malandro” brasileiro – ou sua típica imagem –surgiu nos anos 30. Era carioca, habitava as rodasde samba e os guetos, vestia um chapéu panamá,sapatos bicolores (preto e branco), uma camisa

listrada, paletó. Carregava sempre uma navalhano bolso. Era boêmio, aplicava pequenos golpescontra os “otários”, adorava rodas de samba, nãoacreditava no trabalho. Era sentimental, galan-teador e, além de tudo, respeitado. Ao longo dosanos essa imagem mudou. O malandro típicodesapareceu. A música “Homenagem ao Malan-dro”, de Chico Buarque, nos aponta para essatransformação. Aquele “malandro” hoje “traba-lha, aposentou a navalha, mora longe e chacoalhanum trem da Central”. Os novos malandros (oupseudo-malandros) são “profissionais” espertos,“com gravata e capital”.

Dicas do professor: Site:www.rabisco.com.br/07/malandragem.htm

20-CP07Tx20P2.qxd 21.01.07 17:57 Page 68

Page 69: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 69

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Promover uma cantoria da música de ChicoBuarque.

2. Após interpretação do texto, pedir que os estu-dantes dividam-se em grupos e elaborempequenos textos de representação, em forma deteatro, sobre diferentes tipos de malandragempara serem encenados em sala de aula.

3. Após a encenação, cada um dos grupos expli-ca que a malandragem, na sua representação,se deu devido: a) à exploração do trabalhoalheio; b) à resistência à exploração do tra-balho; c) por outros motivos.

4. O professor e os demais alunos fazem comen-tários, tentando lembrar outras músicas quese referem direta ou indiretamente à malan-dragem no trabalho.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P Equipamento de som e CD.

Tempo sugerido: 6 horas

Atividade P Malandros-trabalhadores e outros malandros

Resultados esperados: Que os alunos pos-sam, por meio da linguagem e representação tea-tral, expressar os diferentes tipos de malandra-gem , relacionando-os com a questão do trabalho.

20T e x t o

Objetivo• Estabelecer a relação entre condições de vida,

trabalho e malandragem.

IntroduçãoPoderíamos dizer que malandros-trabalhadoressão todos aqueles cujos produtos do trabalhoresultam do exercício de atividades que transgri-dem as normas culturais, histórica e socialmenteestabelecidas: furto, prostituição, participaçãona venda de drogas e outros delitos. Por nãoestarem inseridas no mercado de trabalho e/ounão estarem satisfeitas com os baixos salários,muitos pessoas têm se deixado levar para o cha-mado “mundo do crime”; daí o aumento donúmero de jovens que, estando trabalhando parao narcotráfico, se submetem a um tipo de explo-ração cujo resultado quase sempre é a morte. No

entanto, não podemos esquecer que a “malan-dragem” e a “vadiagem” também podem repre-sentar uma manifestação de resistência à explo-ração de trabalho. No período da colonização,por exemplo, os indígenas fugiam porque nãoqueriam trabalhar para os portugueses (e nãoporque eram preguiçosos!). O mesmo aconteciacom os escravos ao se refugiar nos quilombos.Lúcio Kowarick nos ensina que, para garantir oprocesso de industrialização (anos 30), foi preci-so que a classe dominante criasse, reproduzisse eassociasse as imagens de vadiagem e malandra-gem aos “homens livres”, como forma de sensibi-lizá-los quanto à importância de vender sua forçade trabalho. Explorar o trabalho alheio tambémpoderia ser considerado malandragem? Afinal,de que tipo de malandragem nos fala a músicade Chico Buarque?

Dicas do professor: 1. Em Zé Carioca (revista em quadrinhos) temos uma exce-

lente caricatura do malando carioca;2. A Ópera do Malandro, de Chico Buarque, pode ser apre-

ciada em filme (dirigido por Ruy Guerra) ou em peçateatral;

3. Leia Trabalho e vadiagem: a origem do trabalho livre noBrasil, de Lúcio Kowarick (Ed. Brasiliense).

20-CP07Tx20P2.qxd 21.01.07 17:57 Page 69

Page 70: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

70 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: História Nível II

1. Debater com os alunos o conceito de “malan-dragem” e o que entendem por “malandro”.Registrar seus conhecimentos prévios.

2. Tocar a música com os alunos, lendo a letra.Debater os significados de “malandro” namúsica de Chico Buarque.

3. Apresentar o contexto histórico da música edebater a relação entre os conceitos e o con-texto histórico.

4. Confrontar as idéias da música com as idéiasanteriores dos alunos.

5. Solicitar uma pesquisa sobre a história domalandro, tendo atenção para as mudançasde significados com o tempo.

Descrição da atividade6. Propor também pesquisas de letras de sambas

que falam do tema.

7. Socializar e debater os resultados das pesquisas.

8. Confrontar os conceitos na música de ChicoBuarque com os resultados da pesquisa.

9. Discutir a relação entre trabalho e malan-dragem.

10. Propor a criação coletiva de um samba sobreo tema.

Atividade P Quem é o malandro?

20T e x t o

Objetivo• Refletir a respeito da construção do conceito

de malandro historicamente e suas transforma-ções a partir de valores sociais.

IntroduçãoO significado de “malandragem” foi sendo trans-formado com o tempo. Existiram variaçõesdependendo do contexto e da época. Esteve liga-do à memória do trabalho, como recusa, nega-ção, desordem, ou ao controle do trabalhador.Chico faz referência a essa mudança. Esse malan-dro substituiu o que vivia do samba, que, por suavez, substituiu o relacionado à violência (quederivou das políticas depois da Abolição, de sub-missão ao novo regime de trabalho livre – quemnão trabalhava era criminoso, submetido às leiscontra a vadiagem; a intenção era condicionar otrabalhador à venda de sua força de trabalho. O

malandro do samba está no confronto entre doissambistas. Em 1933, Wilson Batista envolveu-seem uma polêmica com Noel Rosa. O primeirotinha feito apologia à malandragem em “Lençono Pescoço” e, então, Noel lançou a música “Ra-paz Folgado” para provocá-lo. Wilson respondeucom “Mocinho da Vila” e Noel retrucou com“Palpite Infeliz”. A música de Chico Buarque temum contexto histórico. Faz parte da Ópera do Ma-landro, de 1978, encenada no teatro e com umaversão em filme. A obra foi inspirada em John Gay(A Ópera dos Mendigos, de 1728) e em BertoldBrecht (A Ópera dos Três Vinténs, de 1928). Naversão de Chico Buarque há o contexto da situa-ção política e social do Brasil no fim dos anos1970, época de regime militar. A Ópera de Chicoconta a história de um malandro, rei da boemiana Lapa dos anos 40, dividido entre os amores deduas mulheres e vivendo à margem da lei.

Resultados esperados: Espera-se que os alu-nos reflitam criticamente a respeito da constru-ção do conceito de malandro historicamente esuas transformações a partir de valores sociais.

Tempo sugerido: 4 horas

20-CP07Tx20P2.qxd 21.01.07 17:57 Page 70

Page 71: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 71

Área: Português Nível I E II

Atividades de leitura: Discutir com os alunos osentido do termo “malandro”. Observar o fortetom de crítica social e de ironia presente na can-ção de Chico, o ataque virulento à malandragempolítica e o desmascaramento do roubo em“escala industrial”, operado pelo capitalismo.

Atividades de reflexão lingüística e produção detextos

1. Pedir aos alunos que pensem nos significadospossíveis das palavras “nata”, “coluna” e “trem”.Mostrar que “nata” pode ser a parte gorda doleite, que se forma à superfície, da qual se fazmanteiga; creme ou, em sentido figurado, a me-lhor parte de qualquer coisa; o que há demelhor. “Coluna”, por sua vez, pode significar“pilar cilíndrico que sustenta abóbadas” ou“cada uma das divisões verticais de uma pági-na de livro, ou de periódico, separadas porfilete, ou espaço em branco”. Trem é “comboioferroviário”, mas é também “qualquer objetoou coisa; coisa, negócio, treco, troço”.

2. Dizer, então, que “nata” e “nata” são palavrashomônimas.

3. Pedir aos alunos que imaginem contextos di-ferentes para as seguintes frases: “Danilo des-perdiçou o passe.” (lançamento no esporte/cartão de viagem) e “Meu amigo, as balasestão no fim.” (confeito/projétil).

Descrição da atividade4. Pedir aos alunos que, primeiramente, pensem

nos significados que podem assumir as pala-vras relacionadas e, depois, criem frases paraque, pelo contexto, seja possível entender umsignificado ou outro: abrigo (conjunto de mo-leton/albergue); batida (colisão de automó-veis/mistura de bebidas); canela (parte daperna/tempero); dado (instrumento de jogo/informação); frango (ave/gol sofrido porincompetência do goleiro); jato (saída impe-tuosa de um líquido/avião); pena (casti-go/cobertura do corpo das aves).

5. Solicitar que verifiquem se há caso de homo-nímia em: “Na festa, o funcionário pede umcigarro ao presidente da empresa. O presiden-te comenta: “Não sabia que você fumava”. Osecretário respondeu: “Eu fumo, mas não tra-go”. O presidente, irritado: “Pois devia trazer”.(trago do verbo trazer e trago de aspirar fu-maça do cigarro).

6. Pedir que discutam, livremente, se o seguinteraciocínio se justifica: “Baratas, hoje em dia,são raras. As coisas raras são caras. Portanto,as coisas baratas são caras”.

Atividade P Deu zebra? – Atividades com homônimos

20T e x t o

Objetivo• Tomar consciência da homonímia como um fator

potencial de ambigüidade, dirimido pelas infor-mações contextuais e pela grafia dos vocábulos.

IntroduçãoPalavras homônimas são aquelas que se pronun-ciam da mesma maneira, mas têm significadosdistintos e são percebidas como distintas pelosfalantes da língua. Será que interferem na comu-nicação?

Resultados esperados: Ampliação do léxicoe da capacidade de expressão em português.

Tempo sugerido: 2 horas

20-CP07Tx20P2.qxd 21.01.07 17:57 Page 71

Page 72: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

72 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

O professor deverá estipular datas para cadauma das partes do exercício.

1. Pesquisa individual da estrutura e dos quesitos.

2. Apresentação da pesquisa.

3. Dividir a classe em quatro grupos. Três gru-pos ficarão responsáveis pela criação de pro-jetos e um grupo funcionará como comissãojulgadora.

4. Cada um dos três grupos deverá pensar emuma história (enredo) para discutir o tema docaderno e a desenvolverá nas diferentes esta-ções (alas).

5. Os grupos criarão maquetes que representemem miniatura o desfile.

6. Os projetos serão apresentados para a comis-são julgadora, que terá de analisá-los, segun-

Descrição da atividadedo os critérios usados nos desfiles, fundamen-tando o julgamento dos quesitos.

7. Discussão final levando em consideração asdificuldades encontradas tanto na criação dosprojetos como no julgamento.

Materiais indicados:P À escolha do aluno.

Tempo sugerido: 1 h 30 mpara etapa 2 e 2 h para asetapas 6 e 7

Atividade P Escola de samba

Resultados esperados:a) Que os alunos conheçam um pouco mais so-

bre a formação da cultura brasileira.b) Que os alunos adquiram ferramentas de aná-

lise da obra de arte que é o desfile de uma es-cola de samba.

22T e x t o

Objetivos• Pesquisar a estrutura da escola de samba e

todos os quesitos que devem ser obedecidos nacriação de um desfile.

• Criar um projeto de desfile de escola de sambasobre o tema do caderno.

IntroduçãoA “escola de samba”, com essa denominação,nasceu no Rio de Janeiro, em 1928, e a razão donome teria duas explicações: a primeira seriauma gozação a uma escola Normal que funciona-va na rua Estácio de Sá onde surgiu a primeiraescola de samba: Deixa Falar. A segunda explica-ção estaria ligada à preservação da cultura negrae à dificuldade que os negros encontravam emmatricular seus filhos em escolas. As diferençassociais, na época, eram extremamente acentua-das, e os negros só podiam se reunir em procis-

sões ou enterros. No centro do nascimento dasescolas de samba encontra-se a comunidadenegra, de origem baiana, ligada ao candomblé,que se estabeleceu próximo ao centro da cidade.O final do século XIX e o início do século XX trou-xeram profundas modificações na paisagemurbana do Rio de Janeiro, e os antigos e impo-nentes casarões do centro, agora abandonados,transformavam-se em cortiços ocupados pelosnegros. Essas casas, dirigidas pelas baianas, asyalorixás dos terreiros, chamadas “tias”, acaba-ram por se tornar ponto de encontro de negros emulatos que para lá iam por causa do culto, mastambém para se divertir em rodas de capoeira,nas parcas horas de folga. É nessas casas quesurge o samba e também os ranchos carnavales-cos, que adotam a configuração de procissão, eque serão a base das escolas de samba.

Dicas do professor:www.oficinadesamba.com.br/conteudo.asp?id=3

22-CP07Tx22P2.qxd 21.01.07 17:58 Page 72

Page 73: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 73

Área: Matemática Nível I e II

Pedir aos alunos que:

1. façam uma relação de trabalhadores que seenvolvem com serviços temporários nos diasde carnaval;

2. verifiquem em sua escola quantas pessoasacompanham os dias de carnaval: vendo TV,ouvindo músicas, assistindo a desfiles para sedivertir.

3. façam uma tabela com esses dados;

4. elaborem exercícios matemáticos que envol-vam a festa de carnaval e os custos para mon-tar: uma escola de samba, blocos, fantasias ecarro alegórico. (Os trabalhos podem ser fei-tos em equipe e os dados, pesquisados junto àcomunidade.)

Descrição da atividade

Materiais indicados:P Cartolina, pincel atômico

e dados relacionados com

a festa carnavalesca, revis-tas, folders e fotografias.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Carnaval: festa, barulho e trabalho

Resultados esperados:a) Que os alunos verifiquem que muitas pessoas

se envolvem nos dias de carnaval para brincarou descansar do trabalho, enquanto outrastêm trabalhos temporários durante os quatrosdias.

b) Que organizem tabelas e elaborem problemas,ou situações matemáticas que envolvam o te-ma do texto lido e discutido.

22T e x t o

Objetivos• Destacar o envolvimento das pessoas durante a

festa de carnaval.• Relacionar atividades temporárias-comerciais

nos quatro dias de festa.

IntroduçãoNos quatro dias de carnaval o trabalho é esque-cido, e as regras seguidas no dia-a-dia são postasde lado. São momentos para a negação das roti-nas cotidianas. É uma festa para e de toda a po-pulação brasileira. Para quantos de seus alunosesse período é uma opção a mais de trabalho?Como se organizam para isso e para poderusufruir de um tempo livre nessa época?

Dicas do professor: a) Palestra: convide uma pessoa da comunidade para pales-

trar sobre a história da carnaval;b) CD, música de Zé Rodrix, “Casa no campo”.

22-CP07Tx22P2.qxd 21.01.07 17:58 Page 73

Page 74: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

74 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. A classe deverá ouvir a música de Gilberto Gil,preferencialmente na versão original.

2. Com o auxílio da letra da canção impressa,indicar os instrumentos musicais ouvidos emcada momento. Quais instrumentos novos en-tram na música?

3. Tentar identificar os movimentos musicais esuas expressões de acordo com a letra. O mo-vimento musical se modifica? Está em con-cordância com a letra?

4. Identificar, com uma palavra apenas, cadamudança de clima musical. Exemplo: medo,alegria, suspense, tristeza, etc.

Descrição da atividade Material indicado:P Aparelho de som.

Tempo sugerido: 1h 30 m

Atividade P Abrindo os ouvidos

Resultados esperados:a) Que os alunos possam, por meio da música,

perceber mudanças de intenções de uma his-tória contada.

b) Que eles possam identificar na música popu-lar uma forma de retratar sua realidade e, aomesmo tempo, ao ouvi-la, vivenciar um mo-mento prazeroso.

c) Que os alunos possam perceber na músicauma possibilidade de identificação de diversasemoções e sensações.

23T e x t o

Objetivos• Observar detalhes de uma obra musical;• Reconhecer as diferenças sonoras e interpreta-

tivas de uma música;• Identificar os diferentes momentos musicais

com a letra ou história sendo contada.

IntroduçãoAo ouvirmos a canção “Domingo no parque”, deGilberto Gil, podemos perceber que não é apenasuma letra, ou seja, uma poesia, mas uma históriaque está sendo contada. Ela tem início num de-terminado ritmo poético e musical, como se tudoestivesse dentro de uma normalidade do dia-a-dia. No desenvolvimento da história, pela açãodas três personagens, novos instrumentos são in-

troduzidos com diferentes arranjos e passamtambém a “comentar”, acrescentar sons que nostrazem diferentes sensações e reações. Ao ouvir-mos uma música clássica podemos ser levados acaminhos imaginários, de sensações diversas, deemoções contrastantes. Ao ler um poema, umconto, muitas vezes somos conduzidos a lugaresdistantes ou mesmo a percepções da realidadetão próximas e vivas. Contar uma história atra-vés de uma música, de uma canção é realizaruma viagem dupla de emoção e pensamento.Cada estilo musical pode nos trazer diferentes ericas emoções. A música popular brasileira é oregistro mais completo de nossa cultura e nos ali-menta em nossos bons momentos de ócio.

Dicas do professor: Procurar utilizar a gravação deDomingo no parque, de Gilberto Gil, 1967 (Disco “GilbertoGil” – Universal, 1968); sites:www.gilbertogil. com.br/sec_discografia_view.php?id=2;www.gilbertogil.com.br (site oficial de Gilberto Gil).

23-CP07Tx23P2.qxd 21.01.07 17:59 Page 74

Page 75: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 75

Área: Geografia Nível I e II

1. Ouvir a música com os alunos acompanhan-do-a com a leitura da letra.

2. Conversar sobre o texto e possíveis interpre-tações.

3. Debater as frases da letra da música que ante-cipam os acontecimentos.

4. Solicitar que comparem a primeira estrofecom a última, debatendo os fatos que provo-caram mudanças nas histórias das persona-gens e dos lugares.

5. Solicitar que os alunos assinalem as palavrasque fazem referência a lugares. Listar aspalavras na lousa.

6. Pedir, então, que assinalem as palavras queexplicam o que as personagens faziam nesseslugares.

7. Pedir para identificarem quais foram asmudanças de comportamento nesses lugares.

8. Debater a relação entre lugares e atividadesdos personagens e se os lugares podem ga-nhar outros sentidos em função do convívioentre as pessoas.

9. Propor aos alunos uma pesquisa a respeito delugares que sofrem mudanças nas suas fun-

Descrição da atividade

Atividade P Lugar e movimento

Resultados esperados: Espera-se que os alu-nos reflitam sobre as relações entre os lugares eas atividades de lazer e trabalho, e as mudançasque os lugares podem sofrer em função dosacontecimentos decorrentes das relações entreas pessoas.

23T e x t o

Objetivo• Refletir sobre as relações entre os lugares e as

atividades de lazer e trabalho, e as mudançasque os lugares podem sofrer em função dosacontecimentos decorrentes das relações entreas pessoas.

IntroduçãoA letra da música remete a diferentes atividadesde trabalho e lazer, ao mesmo tempo em que esta-belece relações entre essas atividades e os lugares.Será que em certos lugares só podem ser realiza-das certas atividades? Ou são os convívios huma-nos que promovem sentidos para os lugares?

Tempo sugerido: 4 horas

ções por conta das relações que as pessoasestabelecem entre si nesses lugares.

10. Solicitar que escrevam, em dupla, um poe-ma a partir da história de lugares que ga-nham sentidos diferentes por conta de novosacontecimentos que neles ocorreram.

23-CP07Tx23P2.qxd 21.01.07 17:59 Page 75

Page 76: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

76 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Português Nível II

I – Atividades de pré-leitura

1. O Brasil viveu momentos muito difíceis duran-te a ditadura militar. A música, como forma deexpressão privilegiada, serviu, naquele tempo,como uma válvula de escape dos sentimentosbrasileiros. Se possível, pedir que os alunoscompilem dados sobre os festivais da TV Re-cord e sua importância no cenário brasileiro.

II – Atividades de leitura e produção de texto

1. Mostrar como o ritmo do poema se intensificaquando o personagem vê a amada com outroe os recursos lingüísticos utilizados pelo poetapara simular o girar das idéias e da roda-gigante.

2. Ação reflexiva: a escrita se transforma em meiode ação reflexiva, permitindo ao sujeito for-mular enunciados deliberadamente e torná-losobjeto de análise, em termos de adequação,consistência e lógica.

3. Ler o poema com os alunos. Pedir que falemlivremente sobre os porquês da traição e seusreflexos. Discutir a violência do traído e suascondições emocionais para reagir.

4. Observar que o texto de Gil está escrito emversos. Ressaltar que o texto está em terceirapessoa: alguém conta os fatos.

Descrição da atividade5. Pedir aos alunos que imaginem se a história

seria a mesma se fosse contada por José. Sus-citar comentários.

6. Esclarecer que “paráfrase” é o desenvolvimen-to do texto conservando-se as idéias originais;é um modo diverso de expressar frase ou tex-to, sem que se altere o significado da primeiraversão. É possível, pois, transformar verso emprosa.

7. Dividir a sala em grupos e atribuir uma tarefapara cada um deles. Pedir que transformem opoema em uma narrativa em prosa. Elesdevem contar a história com mudança de foconarrativo:

a) a história contada por Juliana;b) a história contada por João;c) A história contada por José.

8. Esclarecer que a narrativa, evidentemente, per-derá o maravilhoso sintetismo do verso. Porisso, poderão ampliar as frases, proceder àsmudanças necessárias para bem contar semalterar a trama proposta no poema.

Atividade P Mecanismos de transformação textual: o foco narrativo

Resultados esperados: Reconhecimento dasdiversas formas de expressão de um mesmo tema.Percepção de que criar é um ato artesanal, de tra-balho, e não um acontecer gratuito de inspiração.

23T e x t o

Objetivo• Exercitar a habilidade da criação de uma nar-

rativa a partir da leitura de um poema.

IntroduçãoPela observação de textos, o aluno poderá iden-tificar os índices de foco narrativo e distinguirnarrador-observador de narrador-personagem.Inúmeras transformações poderão ser feitas apartir da mudança de foco narrativo.

Tempo sugerido: 3 horas

23-CP07Tx23P2.qxd 21.01.07 17:59 Page 76

Page 77: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 77

Área: Artes Nível I e II

1. Cópias ampliadas da ampulheta deverão estardisponíveis. Os alunos poderão também re-produzir a ampulheta através de desenho oupintura.

2. Recortar a figura em pequenos pedaços, comoum quebra-cabeça, lembrando que cada peda-ço deverá conter apenas uma cor.

3. Recortar o molde de cada pedaço em papelcelofane.

4. Montar o quebra-cabeça.

5. Finas tiras de cartolina farão o papel do chum-bo, servindo de ligação entre os pedaços. Cui-dadosamente os alunos colarão os pedaços decelofane nas tirinhas de cartolina.

6. Terminada e seca, a ampulheta será colocadasobre papel celofane transparente, para for-mar o quadro. A colagem da figura no papelcelofane deverá ser feita apenas onde há car-tolina. Depois de seco, repete-se no verso docelofane a colagem de tirinhas de cartolina,exatamente no mesmo lugar das que serviramde ligação entre os pedaços.

7. Ao final, o vitral receberá uma moldura feitacom a mesma cartolina, aplicada também nafrente e no verso.

Descrição da atividade8. Expor os vitrais. Seria interessante experimen-

tar os efeitos da luz diurna e noturna sobreeles.

9. Discussão do exercício tendo por foco a vivên-cia do tempo e dos efeitos provocados pelaação da luz.

Materiais indicados:P Cartolina preta ou cinza,

folhas de papel celofanede diversas cores, tesoura,

cola e cópias ampliadasda ampulheta.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Vitral

24T e x t o

Objetivo• Transformar o desenho da ampulheta em um

vitral.

Introdução:A ampulheta é um dos instrumentos de medidade tempo mais antigos que existem. Criada no

século VIII por um monge francês, foi durantemuito tempo o “relógio” mais difundido. NaIdade Média, a Igreja fez uso do tempo e da luzpara incutir temor a Deus e para elevação espiri-tual. Um dos recursos foi o vitral. O vitral é umaobra de arte produzida com pequenos pedaçosde vidro unidos por liga de chumbo.

Resultados esperados:a) Que o aluno vivencie uma dimensão de tempo

diferente da do cotidiano, realizando uma ta-refa que exige paciência e cuidado.

b) Que o aluno perceba que o ambiente em quese vive e as atividades que realizamos influen-ciam nossa maneira de ser e de nos relacionarcom o tempo.

c) Que o aluno reflita sobre a diferença entre otempo marcado pelas horas do relógio e aque-le vivido na experiência pessoal, ou seja, entretempo e temporalidade.

24-CP07Tx24P2.qxd 21.01.07 18:01 Page 77

Page 78: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

78 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Geografia Nível II

1. Solicitar aos alunos que façam inicialmenteuma leitura da imagem individualmente, semtroca de impressões. Pedir a eles que descre-vam inicialmente a imagem. Sintetizar o re-sultado numa descrição geral;

2. Questionar a classe sobre as possíveis leiturasque a imagem permite;

3. Debater em sala sobre quem domina quem: ohomem ao tempo, ou vice-versa;

4. Os alunos devem anotar no caderno a síntesedas discussões (realizadas em conjunto com oprofessor);

5. Trazer à discussão as impressões suscitadaspela imagem da cabeça segurando a areia daampulheta, questionando se o homem podecontrolar seu tempo de vida, de trabalho, delazer;

6. Os alunos devem registrar em seu caderno (senecessário com a ajuda do professor) a síntesedos resultados das discussões.

Descrição da atividade

Atividade P O homem e seu tempo

Resultados esperados:a) Que os alunos assumam uma postura altiva

em relação ao uso de seu tempo restante, o donão trabalho.

b) Que eles compreendam os efeitos de uma vidadominada pela ditadura do relógio sobre asaúde (física e emocional) humana.

c) Que eles possam ampliar sua atenção com otempo das amizades, da família, dos rela-cionamentos pessoais em si.

24T e x t o

Objetivos• Refletir sobre a questão do tempo na socieda-

de contemporânea.• Pensar sobre a utilização do tempo numa so-

ciedade industrial, produtiva, delimitada pelotempo de fazer as coisas.

• Associar o tempo do trabalho ao tempo da pro-dução e suas conseqüências para a organizaçãoda sociedade, da família e para o convívio social.

IntroduçãoNuma sociedade marcada pela produção de mer-cadorias em larga escala e pelo consumo desen-

freado, faz-se necessário ocupar o máximo dotempo dos trabalhadores com o exercício de suasfunções, produzindo sempre e cada vez mais. Asnovas tecnologias fazem parte dessa estrutura,ampliando a capacidade de produção.

Contexto no mundo do trabalho: Em tempos de mer-cados globais a sociedade industrial vai ganhando novoscontornos: se a produção torna-se cada vez mais perso-nalizada em substituição ao fordismo (produção padroni-zada), também é verdade que as novas tecnologias, quepermitem maior flexibilidade, substituem a força de tra-balho gerando massas de desempregados.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: A música Sinal Fechado, de Paulinho daViola, aborda a questão da correria do cotidiano, onde duaspessoas amigas se encontram num cruzamento e conver-sam no minuto em que o sinal está fechado. É uma con-tribuição valiosa ao debate do homem e seu tempo.

24-CP07Tx24P2.qxd 21.01.07 18:01 Page 78

Page 79: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 79

Área: Geografia Nível I e II

1. Em círculo, observar a imagem e levantar ou-tras maneiras e instrumentos de medição dotempo.

2. Na atualidade as ampulhetas não são utiliza-das com freqüência. Os relógios e os calendá-rios são mais usados. Apresentar e explicarpara a turma o nosso calendário gregoriano oucristão. Questionar a turma, se possível com aajuda de um planetário e de um calendário:Quanto tempo a Terra leva para dar uma voltaem torno de seu próprio eixo? E para dar umavolta completa em torno do Sol? Quantos diastem o ano? De quanto em quanto tempo ocor-re o ano bissexto? Por que isso acontece?

3. Os séculos e as décadas são importantes paraa localização dos fatos históricos. Questionar:

Descrição da atividadeQuantos anos tem um século? E uma década?

4. Solicitar aos alunos: indicar os séculos corres-pondentes aos seguintes anos: 2000, 1500,1501, 1822, 1930, 2006.

5. Construir uma reta numerada dividindo o sé-culo XX em décadas.

6. Estamos vivendo a primeira década do séculoXXI. Construir uma reta localizando os princi-pais fatos ocorridos na comunidade em que osalunos vivem.

Atividade P Histórias de diferentes formas de medir o tempo

24T e x t o

Objetivo• Analisar, a partir da imagem, diferentes formas

de medir o tempo construídas historicamentepelos homens.

Introdução“Também conhecida por relógio de areia, a inven-ção completa é atribuída a um monge de Chartres,de nome Luitprand, que viveu no século VIII. Noentanto as primeiras referências a esse tipo deobjeto aparecem apenas no século XIV. É forma-da por dois cones ocos de vidro, unidos pelo gar-galo, de modo a deixar passar a areia de um paraoutro num determinado intervalo de tempo,através de um orifício. Para proteger o conjuntoera usada uma armação de madeira ou latão.Mais tarde as ampulhetas foram feitas de uma sópeça de vidro com um orifício para a passagemda areia. O acerto era necessário e fazia-se com

o astrolábio ao meio-dia, através do Sol, quandoo tempo o permitia. No século XVI, os relógiosmecânicos iniciavam a sua história. Esses reló-gios não tinham ponteiros e não mediam minu-tos ou segundos, pois para esse fim usavam-se asampulhetas. Apenas no final do século XVI, quan-do Galileu Galilei associou o princípio do pêndu-lo ao relógio, os minutos e segundos começarama ser marcados mecanicamente. A partir do fimdo século XV, foram feitos os primeiros relógiosportáteis, que, ao menos em teoria, poderiamsolucionar o problema de medição do tempo emalto-mar”. (www.museutec.org.br). Assim, a am-pulheta é um dos instrumentos que marcam odesenvolvimento das tecnologias da observação,medição e representação do tempo. A imagemnos leva a pensar sobre outras formas de medir otempo, não é? Vamos despertar a curiosidadehistórica dos seus alunos?

Tempo sugerido: 1 hora

Resultado esperado: Compreensão de dife-rentes formas de representar o tempo e dos di-ferentes espaços de tempo que orientam nossavida no planeta Terra.

24-CP07Tx24P2.qxd 21.01.07 18:01 Page 79

Page 80: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

80 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

1. Construir com os alunos várias ampulhetasusando garrafas PET de vários tamanhos. Paraisso, basta unir duas garrafas de igual tama-nho pela boca com fitas adesivas, tendo antescolocado areia seca no interior de uma delas.O desenho do texto serve de referência.

2. Construídas as ampulhetas, marcar o tempoque cada uma delas leva para transpor a areiade uma para a outra garrafa. Vão existir am-pulhetas de diferentes medidas na sala: 2 mi-nutos, 3 minutos, 5 minutos, conforme a quan-tidade de areia que estiver em seu interior.

3. Usar a ampulheta para medir o tempo de al-gumas atividades, como ler uma poesia, fazeruma conta, e ainda criar e resolver problemasusando as ampulhetas como argumento. Ex.:Numa sala de aula constavam como relógiosquatro ampulhetas. Uma de 4 minutos, outrade 7 e duas de 5 minutos. Numa determinada

Descrição da atividade altura, foi necessário medir 9 minutos. Qual amaneira mais rápida de fazê-lo?

4. Organizar uma pesquisa para saber maissobre a história da ampulheta e de outrosartefatos culturais de medida de tempo.

Materiais indicados:P Garrafas PET de diferentes

tamanhos, fita adesiva,

areia seca.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Construindo uma ampulheta

Resultados esperados:a) Reconhecimento da ampulheta como artefato

cultural de medida de tempo.b) Construção desse instrumento e habilidade pa-

ra resolver problemas tendo-o como referência.

24T e x t o

Objetivos• Identificar a ampulheta como artefato cultural

de medida de tempo.• Construir uma ampulheta usando garrafas PET

e exercitar medidas de tempo com ela.

IntroduçãoAssim como o relógio, a ampulheta é um dos di-versos instrumentos que o homem concebeu pa-ra medir o tempo. Também conhecida por reló-gio de areia, a sua invenção remonta ao séculoVIII, mas as primeiras referências a esse tipo deobjeto aparecem apenas no século XIV. Brincar demedir o tempo com uma ampulheta contribui

para se compreender a arbitrariedade das con-venções de tempo estabelecidas. Essa é a inten-ção da atividade a seguir.

Contexto no mundo do trabalho: A medida de tempoabstrato e vazio sem referência concreta simbolizada pelorelógio digital está no âmago da vida moderna. É o tempono capitalismo industrial que circunscreve o trabalho nadivisão social, na vigilância, no excesso de estímulos, nofrenesi da produção de mais coisas em menos tempo. Orelógio é um de seus símbolos. Desnaturalizá-lo pode con-tribuir para a construção de sujeitos mais autônomos eativos na sua comunidade

Dicas do professor: O artigo “Tempo histórico nas primei-ras séries do ensino fundamental”, de Maria AparecidaBergamaschi, encontrado em www.anped.org.br/23/textos/1317t. PDF, pode contribuir para o trabalho com o conceitode tempo.

24-CP07Tx24P2.qxd 21.01.07 18:01 Page 80

Page 81: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 81

Área: Português Nível II

I – Atividades de pré-leitura

1. Levar os alunos para um ambiente diferentedaquele da sala de aula, se possível em conta-to com a natureza. Colocá-los em círculo.

2. Sussurrar no ouvido de cada um uma palavraou expressão. Pedir que escrevam a palavra nocaderno e, durante alguns minutos, reflitamsobre as lembranças, emoções, fatos, impres-sões despertados pelo que foi dito em seus ouvi-dos. Sugerimos: “melancolia”, “sensação de per-plexidade”, “luto”, “pneumonia”, “aniquilamen-to da vontade de viver”, “atrito profundo e aba-lador”, “solidão”, “angústia”, “fogo cáustico”,“máquina do instinto”, “desespero”. “gozo insa-ciável” “sofrimento da mocidade”, “morte”,“ânsia de absoluto desafogo”, “repouso”.

3. Solicitar aos alunos que revelem para a classea palavra soprada em seus ouvidos e quefaçam comentários livres sobre o que o termoou a expressão suscitou neles. Incentivar aexpressão da sensibilidade, o contar de casos,a reflexão sobre o significado dos termos e assituações em que nos sentiríamos melancóli-cos, perplexos, de luto, sem vontade de viver,solitários, angustiados, cheios de prazer etc.

4. Mostrar fotos de Augusto dos Anjos (facilmen-te encontráveis na internet) e, sem dizer onome do poeta, pedir que o observem e o situ-em no tempo e no espaço (É brasileiro? Qualseria sua profissão? Onde e quando teria nas-cido? Será que ainda é vivo? A foto revela, de

Descrição da atividadealgum modo, a possibilidade de ter sido umapessoa melancólica?

5. Depois desse exercício de tentativa de monta-gem da personagem, conte a biografia de Au-gusto dos Anjos, de modo a tornar o autor“uma pessoa”, com qualidades e defeitos para,assim, aproximar quem escreve de quem lê.

II – Atividades de leitura

1. Ler o poema para os alunos. Pedir que leiam dediversas formas (de dois em dois, em forma dejogral, em ritmo bem lento, em ritmo acelera-do, em forma de canção). Enfim, exercitar di-versos modos de leituras possíveis do poema.

2. Exercitar a sinonímia a partir do contexto, so-licitando opiniões sobre o tema, a forma detratá-lo e o trabalho de composição do poema.Mostrar o aspecto melancólico que perpassa odizer de Augusto dos Anjos e solicitar comen-tários sobre esse modo de ver e sentir a vida.

III – Sarau literário

Sugerir um sarau de leitura de poemas de Au-gusto dos Anjos. Se quiser, dividir a sala em gru-pos e pedir a alguns que estudem aspectos bio-gráficos, qualidades de estilo, visão dos críticossobre o poeta e, a outros, que apresentem poe-mas do autor, se possível caracterizados com rou-pas escuras, maquiagem e jogo de luzes parasimbolizar o claro-escuro suscitado pelos versos.

Atividade P Roda de conversa e leitura

25T e x t o

Objetivos• Socializar experiências e conhecimentos sobre

o estar no mundo e compartilhar momentos deprazer e diversão com a leitura.

• Conhecer a vida e a obra de Augusto dos Anjos.

IntroduçãoComo traduzir nossas emoções no papel? Augus-to dos Anjos nos dá uma boa resposta para essapergunta.

Tempo sugerido: 3 h

Resultado esperado: Fluência verbal.

25-CP07Tx25P2.qxd 21.01.07 18:02 Page 81

Page 82: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá desenhar o seu local detrabalho.

2. Depois de desenhado, cada aluno entregaráseu desenho para algum colega, que deverácriar formas de lazer possíveis de serem desen-volvidas naquele local (não podendo incluir atelevisão como forma de lazer). Deverá tam-bém dar um título ao desenho.

3. O professor deverá sortear cinco desenhoscom as respectivas propostas e apresentá-lospara toda a classe.

4. Após a apresentação, os alunos deverão discu-tir sobre a viabilidade ou não da proposta. Emcaso positivo, como aconteceria? Em caso ne-gativo, quais as possibilidades de que essas pro-postas possam ocorrer em outro local? Onde?

5. A classe deverá discutir sobre as alternativaspara a realização de um lazer mais criativo.

Descrição da atividade

Atividade P Trocando as bolas

28T e x t o

Objetivos• Discutir e repensar formas de ocupação do

tempo livre.• Comparar os diferentes locais de trabalho e

como poderiam também servir como espaço delazer criativo.

• Discutir e comparar lazer criativo e entreteni-mento.

IntroduçãoO texto selecionado nos apresenta a proposta dosociólogo italiano Domenico de Masi: o ócio cria-tivo. Muitos estudiosos do passado também fize-ram propostas na mesma direção. O médico fran-co-cubano, Paul Lafargue, por exemplo, ao sedeparar com a situação dos trabalhadores france-

ses que chegavam a trabalhar até 17 horas pordia, escreveu o livro O direito à preguiça, no qualpropunha a diminuição radical das horas de tra-balho para que o trabalhador pudesse gozar maishoras de sua vida na criação artística, na leitura,no prazer. Esse livro tornou-se um clássico daliteratura econômica radical do final do séculoXIX. Muitas propostas são feitas em torno daquestão da redução das horas trabalhadas, masmuitas propostas sobre o que fazer nas horaslivres precisam ser melhor discutidas. Se a má-quina substitui um número grande de trabalha-dores na produção, então, um número maior detrabalhadores terá mais tempo para cuidar dascoisas de que gosta. Como se daria a organizaçãodesse tempo livre?

Tempo sugerido: 1h 30 m

Resultados esperados: a) Que o aluno possa imaginar situações de lazer

em locais não destinados a esse fim.b) Que o aluno experimente, em situação hipo-

tética, a criação de projetos.c) Que o aluno possa criar e ampliar o espectro

de possibilidades de lazer.

Dicas do professor: www.pfilosofia.pop.com.br/03_filosofia/03_07_leia_tambem/leia_tambem_14.htm

82 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

28-CP07Tx28P2.qxd 21.01.07 18:03 Page 82

Page 83: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Área: História Nível II

1. Iniciar a atividade ouvindo a música “Epitáfio”(Titãs, composição de Sérgio Britto); ler a letrada música e iniciar a discussão deixando quecada um faça a sua interpretação.

2. Em seguida ler o texto com os alunos e con-frontar a letra da canção com as idéias a res-peito do tempo livre defendida pelo sociólogoitaliano.

3. Questionar com eles as possibilidades do“ócio criativo” no modo de vida de cada um,tendo em vista a forma como está organizadoseu dia-a-dia.

4. Deixar um tempo livre para a turma criar algo(poesia, artesanato, jogos, teatro, formas delazer, etc.) a partir da canção e do texto, sobreo significado do tempo livre para cada umdeles.

Descrição da atividade

Atividade P Tempo livre – ócio criativo?

Resultados esperados:a) Reflexão sobre o conceito de tempo livre

como tempo de criação e as possibilidades deconciliar trabalho e prazer;

b) Produção de uma representação do conceitode tempo livre.

28T e x t o

Objetivo• Refletir sobre o conceito de tempo livre como

tempo de criação.

IntroduçãoO texto nos convida a refletir sobre o conceito detempo livre, não como tempo de indolência, depreguiça no sentido pejorativo do termo, mascomo um tempo de formação, de criação. Essasidéias são defendidas por Domenico de Masi, so-ciólogo italiano da Universidade La Sapienza, deRoma. Ele defende a proposta conhecida por “óciocriativo”, ou seja, a ocupação do tempo livre deforma criativa, em que as pessoas possam apren-der, produzir saberes, alegrias, prazer, solidarieda-

de e assim por diante... Você pode estar se pergun-tando: isso não seria sonho na realidade brasileira,onde o trabalhador é cada vez mais exigido emlongas e exaustivas jornadas de trabalho? Pode serque você tenha razão, mas cada vez mais setoresdo mundo do trabalho entendem que a produçãodo trabalhador está intimamente ligada à qualida-de de vida, ao prazer, ao gosto pela vida e realiza-ção do trabalho. Vida pessoal e vida profissionalcaminham juntas: não é mais possível separar deforma radical as diversas dimensões da pessoa-tra-balhador, não é? O tempo livre e o trabalho podemser extremamente formativos e criativos, fonte deprazer e de alegrias, você não acha?

Dicas do professor: Vale a pena consultar outras obras doautor publicadas no Brasil pela Ed. Sextante: Criatividade egrupos criativos – descoberta e Invenção (v. 1);– Criatividade e Grupos Criativos – Fantasia e Concretude(v. 2);– A economia do ócio;– O ócio criativo– Site: http://titas.letras.terra.com.br/letras/

Materiais indicados:P CD Titãs e aparelho de

som, se for possível.

Tempo sugerido: 2 horas

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 83

28-CP07Tx28P2.qxd 21.01.07 18:03 Page 83

Page 84: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Depois de ler o texto, pergunte aos alunos o queeles farão se tiverem tempo livre, sem obriga-ções. Anotar algumas das frases que eles fala-rem. Então apresentar a estrutura em inglês:

If I have free time tomorrow, I will sleep more.(Se eu tiver tempo livre amanhã, eu voudormir mais.)

2. Explicar que sempre que falamos de uma hi-pótese futura possível, usamos IF (Se) + Pre-sente Simples, Will + verbo.

3. Pedir aos alunos para completarem as seguin-tes frases, em duplas, se preferirem:

If I study a lot...If I have money next weekend…If I have the opportunity…If I need help…If tomorrow is sunny…

4. Depois pedir a eles que criem outras seis fra-ses com possibilidades reais para si. Dar a elesmais alguns exemplos para ajudá-los:

If I don’t clean the house today, I will have moretime.

Descrição da atividade(Se eu não limpar a casa hoje, vou ter maistempo.)

If my friend calls me, we will go out.(Se meu/minha amigo(a) me ligar, nós vamossair.)

If you help me, I will finish soon.(Se você me ajudar, eu vou terminar logo.)

5. Explique que é possível inverter a ordem dasfrases:

We will go out if my friend calls me. = If myfriend calls me, we will go out.

Atividade P If I have more free time...

28T e x t o

Objetivo

• Saber usar o 1º- condicional em inglês.

Introdução

O texto trata da teoria do ócio criativo, quedefende que o trabalho e o lazer deveriam estarintegrados. As pessoas, assim, não necessitariamde mais tempo para o lazer ou descanso paradiminuir o estresse do trabalho. Podemos entãoensinar aos alunos o condicional futuro (1º- con-dicional) para que saibam expressar possibilida-des futuras.

Materiais indicados:P Dicionários português/

inglês.

Tempo sugerido: 1 hora

Resultados esperados: Compreensão do usodo 1ºº- condicional (ainda que não dominem com-pletamente a estrutura).

84 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

28-CP07Tx28P2.qxd 21.01.07 18:03 Page 84

Page 85: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Área: Português Nível I e II

I – Atividades de leitura

1. Ler apenas as três perguntas iniciais do textoe pedir que, livremente, dêem respostas paraessas questões.

2. Pedir que (por meio de inferências) imagi-nem o que o texto dirá a seguir. Discutir aspossibilidades.

3. Ler o primeiro parágrafo todo e perguntar seas inferências se confirmaram (ler implica umprocesso de antecipação, de inferências, deconhecimento de mundo e lingüístico).

4. Do mesmo modo, pedir que respondam àsdemais questões propostas pelo texto e que,finalmente, formem uma opinião sobre o con-ceito de tempo livre, trabalho e felicidade.

II – Atividades de produção de texto

1. Contar livremente uma história em que a ex-pressão “sentar na mesa” apareça. Sugestãoresumida: Pafúncio só brigava com a mulher enão mais conversava com ela em casa. Mas,de um modo ou de outro, se amavam. Um dia,disposto a colocar tudo no lugar, enviou umconvite formal para a esposa e pediu-lhe paraencontrá-lo em um restaurante. Ele estaria“sentado na mesa 4”. A mulher, também dis-posta a colaborar, aceitou o convite. Entrou norestaurante, olhou para todos os lados, viu omarido, mas foi embora rapidamente, semuma palavra. (Interromper a história e per-guntar o porquê de a mulher não ter ficado).Continuar: Enraivecido, o marido voltou para

Descrição da atividade

Atividade P Jogo: Pode sentar na mesa? – regência verbal

28T e x t o

Objetivo• Estudar a relação estabelecida entre verbo

(regente) e complemento (regido).

Introdução

Na fala coloquial, certas formas de regência sãoperfeitamente válidas e usuais, mas, no padrãoculto, são regidas por normas.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultado esperado: Segurança no uso dopadrão culto da língua.

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 85

casa. Perguntou a razão de ela ter ido emborae ouviu: “Você mentiu para mim. Por isso,saí”. (Interromper novamente e perguntar aosalunos o porquê da resposta). Continuar: Sementender, o marido pediu que ela explicasse.Disse a mulher: “No convite, você dizia queestaria sentado na mesa. Fui até lá, olhei amesa e, sobre ela, só havia um copo de bebi-da, salgadinhos e um cinzeiro. Você não esta-va sobre a mesa como eu esperava! Mentiu!”.(Interromper novamente e verificar se elesentendem a situação.) Explicar: “Para indicarproximidade ou vizinhança, somente a prepo-sição “a” é recomendada. Por isso, uma pessoasó pode estar à mesa, ao volante, à janela, àmáquina, ao computador, à porta, ao balcão.Continuar: O marido, no dia seguinte, man-dou novo convite e informou que estaria sen-tado à mesa 6 e a aguardaria com muito pra-zer. Comprou rosas, um perfume caro e, na-quela noite, dançaram como dois namorados.

2. Pedir aos alunos que escrevam o segundo con-vite feito por Pafúncio à mulher (ver atividadede escrita de convite neste caderno). Informeque, embora tenha escrito em linguagem for-mal, Pafúncio era criativo.

3. Pedir que reescrevam o convite em um papelapropriado e que façam, no mural da classe,uma exposição dos convites de Pafúncio.

28-CP07Tx28P2.qxd 21.01.07 18:03 Page 85

Page 86: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Dicas do professor: Sites:www.voluntarios.com.br; www.ibge.gov.br

Área: Matemática Nível I e II

1. O texto fala que no ano de 2000 para cada 10brasileiros 2 eram voluntários (início dosegundo parágrafo). Pedir que os alunos rees-crevam essa frase utilizando outra forma decomparação, ou seja, transformem esta com-paração em fração (simplificando-a, se possí-vel) ou em porcentagem.

2. Na seqüência o texto fala em 42 milhões devoluntários. Comparando com a populaçãoestimada para o dia 14/12/2006 às 23 horas(www.ibge.gov.br/home/disseminacao/online/popclock/popclock.php) de 187 800 000habitantes, pedir aos alunos que escrevam,sob a forma de fração ou porcentagem, umacomparação entre o número de voluntários ea população total.

Descrição da atividade

Atividade P Quantos são os voluntários

29T e x t o

Objetivo• Entender o que é proporcionalidade.

IntroduçãoEm recente estudo realizado pela FundaçãoAbrinq pelos Direitos da Criança, definiu-se ovoluntário como ator social e agente de transfor-mação, que presta serviços não-remunerados embenefício da comunidade. Doando seu tempo econhecimentos, realiza um trabalho gerado pelaenergia de seu impulso solidário, atendendo tan-to às necessidades do próximo ou aos imperati-vos de uma causa, como às suas próprias motiva-ções pessoais, sejam elas de caráter religioso,cultural, filosófico, político, emocional. Ao anali-sar os motivos que mobilizam em direção ao tra-balho voluntário descobrem-se, entre outros, doiscomponentes fundamentais: o de cunho pessoal,a doação de tempo e esforço como resposta a

uma inquietação interior que é levada à prática;e o de cunho social, a tomada de consciência dosproblemas ao se enfrentar com a realidade, o queleva à luta por um ideal ou ao comprometimen-to com uma causa (www.voluntarios.com.br/oque_e_voluntariado.htm). Assim, o voluntariadoocupa lugar de destaque em alguns setores dasociedade. De acordo com o texto, a quantidadede voluntários vem aumentando muito nos últi-mos anos. O texto traz, nos dois primeiros pará-grafos, o número de voluntários existentes nopaís, mas não podemos dizer que essa quantida-de é pequena, pois não a comparamos com outragrandeza. Tomando a população brasileira comoum fator de comparação, podemos afirmar que onúmero de voluntários aumentou ou diminuiuentre os anos de 2000 e 2006? De que formaspodemos escrever essa comparação?

Tempo sugerido: 1 hora

Resultados esperados: Que os alunos sejamcapazes de utilizar formas diversas para com-parar grandezas e ampliem o entendimento arespeito da questão do trabalho voluntário.

3. Com os resultados obtidos nas questões ante-riores fica uma questão que pode ser debatidacom o alunos: Com tantas pessoas realizandotrabalho voluntário, será que eles não estariamocupando o lugar de profissionais assalariadosque deveriam ser contratados pelos governosmunicipal, estadual e federal, além de institui-ções filantrópicas e particulares?

86 • Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho

29-CP07Tx29P2.qxd 21.01.07 18:04 Page 86

Page 87: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Área: Matemática Nível I e II

1. Perguntar aos alunos se algum deles faz traba-lho voluntário. Anotar as respostas no quadroseparando uma coluna para o sim e outra parao não.

2. Perguntar quais as razões do sim e as do nãoe organizar as respostas em duas colunas.

3. Pedir aos alunos para fazerem uma leitura silen-ciosa do texto. Fazer uma leitura pública co-mentada e organizar os alunos em grupos, soli-citando que, com base no texto, respondam àsseguintes situações (escrevê-las na lousa e fazeruma leitura em voz alta para a turma): a) Quantos por cento dos brasileiros fazem

algum trabalho voluntário? Qual a porcen-tagem dos alunos que fazem trabalho vo-luntário em relação ao total da turma?

b) Qual a diferença entre o que as empresasgastam com segurança patrimonial e o quegastam com filantropia? Quais seriam asrazões para essa diferença?

c) Quanto (em média) cada um dos brasileirosque paga imposto gasta com doações?

4. Pedir que cada grupo aponte uma instituiçãoque conheça e que necessite de contribuição

Descrição da atividade

Atividade P Propondo um trabalho voluntário

Resultados esperados: Que os alunos sejamcapazes de resolver as situações propostas eapontem ações viáveis para trabalho voluntário,percebendo que a necessidade do voluntariadoestá relacionada a questões de ordem pessoal eeconômica.

29T e x t o

Objetivos• Explorar os conceitos de porcentagem, diferença

e média aritmética para compreender o texto.• Resolver situações-problema com base nos da-

dos do texto.

Introdução

Você conhece alguém que faz trabalho voluntário?Por que essa pessoa faz isso? Por que o trabalhovoluntário é necessário? Você faz trabalho voluntá-rio? Tem vontade de fazer? E seus alunos?

Dicas do professor: Solicite que os alunos investiguemquanto as empresas onde trabalham gastam com doaçõesfilantrópicas e com segurança. Faça uma comparação dosdados que trouxerem com os do texto.

Contexto no mundo do trabalho: O trabalho voluntáriose realiza por disposição pessoal e na maioria das vezespor orientação religiosa. Mas também se realiza pornecessidade econômica, uma vez que boa parte do traba-lho voluntário se dirige às pessoas empobrecidas. Setodos tivessem acesso ao trabalho remunerado digna-mente e aos bens públicos, o trabalho voluntário serianecessário? Em que circunstâncias?

Tempo sugerido: 2 horas

das pessoas para desenvolver seus traba-lhos. Sugerir que escrevam uma propostade trabalho voluntário que possa ser reali-zada por eles na instituição apontada.

5. Solicitar aos grupos que apresentem osresultados de seus trabalhos. Conferir osresultados das questões e comentar a viabi-lidade das propostas de ação dos grupos.

6. Orientar uma busca para descobrir quais asvantagens que uma empresa tem ao fazertrabalho voluntário, tais como: reproduçãode impostos, publicidade.

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 87

29-CP07Tx29P2.qxd 21.01.07 18:04 Page 87

Page 88: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Área: Educação Física Nível I e II

1. Dividir a classe em duas equipes.

2. Amarrar um barbante na cintura de um alunode cada equipe e amarrar na ponta uma cane-ta, que deve ficar pendurada até mais ou me-nos a altura da coxa.

3. Pôr garrafas vazias no chão e pedir para osalunos colocarem as canetas penduradas pelobarbante dentro da garrafa sem o auxílio dasmãos, que deverão estar cruzadas nas costas(o aluno que conseguir colocar em menortempo ganha ponto para a equipe). A brin-cadeira só termina quando todos tiverem par-ticipado.

4. Colocar pedacinhos de papel em uma carteira.

5. Numa outra carteira um copo de plástico.

Descrição da atividade

Atividade P Portadores de deficiência

30T e x t o

Objetivo• Refletir sobre as deficiências humanas e os

desafios de melhorar a qualidade de vida detodos.

IntroduçãoA inclusão de pessoas com necessidades espe-ciais (deficientes) em todos os ramos da vidasocial é algo que vem crescendo e fazendo partedo dia-a-dia de todos. Falamos nos problemasdas barreiras arquitetônicas nas cidades, adapta-mos os transportes com elevadores e entradasmais fáceis para essas pessoas, etc. e hoje enten-demos que todos têm o direito de atuar nasdiversas atividades humanas, com suas limita-ções ou não, de forma plena e igualitária, e todostêm o direito de ser um cidadão. O lazer e o tra-

balho são espaços em que essas conquistas estãose fazendo permanentes. Quais as modificaçõesque os alunos já encontraram nos seus trabalhoscom relação à inclusão dessas pessoas? E nolazer? Além de nossas reflexões, como podemosnos colocar diante da situação e sentir um poucoessas limitações (deficiências)?

Materiais indicados:P Duas canetas iguais, duas

garrafas de plásticoiguais, barbante e uma

tesoura; canudinhos deplástico, pedacinhos depapel picado.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor: Coloque uma venda nos olhos dos par-ticipantes e peça que a equipe ajude se comunicando (ori-entando o aluno que está em atividade).

Resultado: Que os alunos possam sentir eentender os desafios dos deficientes por meio deatividades de lazer.

Contexto no mundo do trabalho: Reflexão sobre acooperação, a união entre homens e mulheres, o diálogo,o planejamento, o entendimento, a ação e a coordenação.Reflexão sobre o mundo dos deficientes, suas dificul-dades, problemas, desafios que são sentidos inclusive notrabalho.

6. Um participante de cada equipe terá que, comum canudinho, transportar o maior númerode papéis para dentro do copo, sem a ajudadas mãos (ganha quem conseguir colocar omaior número de papéis no copo).

Caderno do professor / Tempo livre e Trabalho • 88

30-CP07Tx30P2.qxd 21.01.07 18:06 Page 88

Page 89: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Área:

Proposta de atividade

Nível

Nome da atividade P

21T e x t o

Objetivos:

Descrição:

Lista de materiais:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 3

Page 90: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Anotações:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 4

Page 91: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Anotações:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 5

Page 92: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Anotações:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 4

Page 93: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Anotações:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 5

Page 94: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Anotações:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 4

Page 95: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

Anotações:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 5

Page 96: Coleção Cadernos EJA - Professor - 13 Trabalho no Campo

ExpedienteComitê Gestor do ProjetoTimothy Denis Ireland (Secad – Diretor do Departamento da EJA)Cláudia Veloso Torres Guimarães (Secad – Coordenadora Geral da EJA)Francisco José Carvalho Mazzeu (Unitrabalho) – UNESP/UnitrabalhoDiogo Joel Demarco (Unitrabalho)

Coordenação do ProjetoFrancisco José Carvalho Mazzeu (Coordenador Geral)Diogo Joel Demarco (Coordenador Executivo)Luna Kalil (Coordenadora de Produção)

Equipe de Apoio TécnicoAdan Luca ParisiAdriana Cristina SchwengberAndreas Santos de AlmeidaJacqueline BrizidaKelly MarkovicSolange de Oliveira

Equipe PedagógicaCleide Lourdes da Silva Araújo Douglas Aparecido de CamposEunice RittmeisterFrancisco José Carvalho MazzeuMaria Aparecida Mello

Equipe de ConsultoresAna Maria Roman – SPAntonia Terra de Calazans Fernandes – PUC-SPArmando Lírio de Souza – UFPA – PACélia Regina Pereira do Nascimento – Unicamp – SPEloisa Helena Santos – UFMG – MGEugenio Maria de França Ramos – UNESP Rio Claro – SPGiuliete Aymard Ramos Siqueira – SPLia Vargas Tiriba – UFF – RJLucillo de Souza Junior – UFES – ESLuiz Antônio Ferreira – PUC-SPMaria Aparecida de Mello – UFSCar – SPMaria Conceição Almeida Vasconcelos – UFS – SPMaria Márcia Murta – UNB – DFMaria Nezilda Culti – UEM – PROcsana Sonia Danylyk – UPF – RSOsmar Sá Pontes Júnior – UFC – CERicardo Alvarez – Fundação Santo André – SPRita de Cássia Pacheco Gonçalves – UDESC – SCSelva Guimarães Fonseca – UFU – MGVera Cecilia Achatkin – PUC-SP

Equipe editorialPreparação, edição e adaptação de texto: Editora Página Viva

Revisão:Ivana Alves Costa, Marilu Tassetto, Mônica Rodrigues de Lima, Sandra Regina de Souza e Solange Scattolini

Edição de arte, diagramação e projeto gráfico: A+ Desenho Gráfico e Comunicação

Pesquisa iconográfica e direitos autorais: Companhia da Memória

Fotografias não creditadas: iStockphoto.com

Apoio

Editora Casa Amarela

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro. SP, Brasil)

Tempo livre e trabalho : caderno do professor /

[coordenação do projeto Francisco José Carvalho Mazzeu,

Diogo Joel Demarco, Luna Kalil]. -- São Paulo :

Unitrabalho-Fundação Interuniversitária de Estudos

e Pesquisas sobre o Trabalho ; Brasília, DF : Ministério

da Educação. SECAD-Secretraria de Educação Continuada,

Alfabetização e Diversidade,2007, -- (Coleção Cadernos de EJA)

Vários colaboradores.

Bibliografia.

ISBN 85-296-0078-9 (Unitrabalho)

ISBN 978-85-296-0078- (Unitrabalho)

1. Atividades e exercícios (Ensino Fundamental)

2. Lazer 3. Livros-texto (Ensino Fundamental)

4. Trabalho I. Mazzeu, Francisco José Carvalho.

II. Demarco, Diogo Joel. III. Kalil, Luna. IV. Série.

07-0420 CDD-372.19

Índices para catálogo sistemático:

1. Ensino integrado : Livros-texto :

Ensino fundamental 372.19

eja_expediente_Tempo_2388.qxd 1/26/07 3:45 PM Page 96