Coleção Os Pensadores - Maquiavel

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    NICOLAU MAQUIAVEL

    ESCRITOS poIiTIcos

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    I II

    VIDA BOBRAFun.~_ali(l,rV IC TO R C lV lT A(1907-1990)

    . . I~~' L tda 2C104@ Owriht d~Bta . m ~ ~ i l D .Edi~.I'Q~!!W Ou "lLl'''-' "DhilltoB ~w d"'(ls SqID ,~lLeitl'IidU~M daste velnme:

    EdiLorB' ' ;NQVP.IGultl lml1J:da.Direil.o;!, ~ivoll'5ob'r~ M f U /u i a' fJ ( J1 - Vid'ae Ohm:

    E-iliitora NcvaCul Lura.! Ucla.

    [~ ]

    No AND lJ~ 15'13, na ddaae Italiana de San Cas-ciano, urn exilado po li ti ca o cup l' 3l -s e todas as manhi1s , e l i \a!:lU'll.riliitr~~a0 diJ peq,u!?,f la prQpricdade Oli\de eSteon-finado, A tarde, joga cartes :ruma hasped.ana, compe5S03:S simpleS do poveado. A noite, ye5te trajes decerhntm ia e rassa a conviver, atn iV E s c ia. leitnra,

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    _ _ _ _ _ _ = n 1 i , - - , - I 'E N S . o = - o\DOjUS _

    de A:rag~o (1485~1536); esse ardil foi qUtl_ U:c p~Diitiusepal"ar a Igr.eja britanka da Santa ~, eb'FQl. iM S1S'ten'\L1-ticamenteo5 mosteiros e rousoUdar seu poder absnluto,Diz-se que tambem Cafarina de Mcdicis (1519-1589), rainha-mae da Ftan~~ teria seguiJi.o osensma-mentos de Maquiavel ao [ogar cat6licos contra pro.tes-tantes e ord:eroll' 0 'fanltliKl massacre de 1572. Com ISSOmanteve a seberanis para 05 filhos, h1dolentes e inca-pazes de agi r m ( I J . 1 1, l i a v , t > i l c n m t m t e como a mii~.Bla era_filha de LouretW0, ao qual tinha sido dedicada a obraque, adolescente ainda, certarneI1te leu"Essa a outras historl.as de ardis, assassmat,os eespofuu;oes de govemgmtes t e r n sido atriaUida!i> a inspi-: r a c a o de 0 Prfndpe,. e chegarn a ter algum valor paraco mpr-elm der-Ih e ;() sig nifitC ado . M ast :E r:qU en~ te-,serv em ap en as p a:r ~ d ek u;:n :tar- lh e 0 contefll ': 'in m3lS p ro-fund-a e a re.levincia dentro da his't6ria das ideias.Conteddo erclevancia que so podem .lier apI~ndidosquando sec:onl'lete1l1 as drc:unstincial!i, ern que a obraveia a luz, denL('o do quadro da vlda l'e5soal doautoae das coord:enadasemn6micas, seciaiae PQIiIi-cas da Europa dos se['ulos XV e . XVI. Aessas condi-~oes vincula-se a:5itua~a0 es;pecial da Willa. pattia deMnq1Jia'\'el.o PA.NOMIVIA POlmCO DA RENASCHNCA- ITAUANANa [ttiUa do Renasllimcnto reina grand~ c.anfusao.A titaniGl tmperaem pequen.os principades, gtl'l/Crnad05despoticament~ p.or casas rei~~H'-r:tess e t ? tf~~~0 dina&-Dca ou de direitos con tesmveIS. A i1e~tinudade dopod~ ge:r a s lmaQP es de erise e inb-tabllidade permancn-

    t e o Somerue 0caIctilo POlitilCO, :aastuci~.. 3a~jo rapide~ fu Jmi tt a'1 ,_ te c ;on l1 a OS adve:rSlbios sao (a?~ de man-ter 0 prlncipe- Esmagar au reduair a irnpcHenda aO'FosiQ8 ,Omtetna. a:tem orizar os sCiditos paraevitaT a

    I I II [I

    -p--

    subversao-e raahzar aliancas cum outros principadosI;:lonstitu@me ffixo da administracao, Como {) poder sefw-ul,a 'exdusi vamenteem atos de fors;a, e pmv is i "Q :e l enat,ural que pela f?r~ s~a deB1oCiId~0'..est@prura aquelesenhC;)I . Nom a J "e li gu iO l nem a 'tr1ad~aof nern at vol1iad~papular legitlmam 0 soberano e ele tern de contar,e:q:lusivamente com sua @llergia eriadora. A atHi~nci8de um .Esta_docentral e aextrema mtdtipolarlza9io dopoder criam urn vazio, qlle as mais fmte:s ind h/i,duaii-dadesea pacitam-se a orupar.Os cmtdoft ief i i sao h ah BlB rtisso, Bspe-dalistas 11:3 , tee-niea militar. aventureircs e filhcs daforh.mrn, vendem!iETVi.;osie seguranca e eonquista ao principe que me-Thor pague. Os pequeno:s Es:tndCiS nin r e m . recursospam financial' tropas regulates e na o f ! : poliiicaroentePOSSI ' el a crhl~a:a de um exerdto-, 0 que .impUca 11mtrt=ga de armas no pavo, : fa to perig,oso para gover-nan ~ de pop~a~6es descontentes, os rondo.t f ier i adqui-rem importancia crescente: alguns conquistam pnineipa-do E' l"!:>'filhFlprpm aliancas CQD1_ reis,lJaJJ'de~ e _papas.. E e p ~n ~l1 -am a Fh, l tdn E "- T1ll ; t taVel, de: Qn1- ]pals mvi-dld.1) em multiples Eslildn,s, Ct'"tras:~ com a s it ua r ;. i' io darnaior pa,rtt' CIaEuropa ocidental. em que alguns g o e V ' m '-

    nos enfeixam todo 0pnder, e sofre as conseqiiencias'~~ om pe-nnanente ~tervencioniitm). Os princj._padbsitalianos ape lam fr'equentem:ente para as menarqu t as~sojutas l !W!'opehlS, a n : n de solueionar as disputasmternas; co m rsso a rtlilta t-onlaee v{lim~ impbte11tle .Alguns p~q~el'tos Estados !>u f rem a sebe ran ia do, l'lp~no ~e:maruco. e f,rall,~ o Espanha disputam a possede vanes -d e seus tern torios.

    E estranho qUf? tude issc acon~esse nUID paisC'UJlI economic t inha eenhecido mui!:o antes as ie-RIl3Sresp n.sa\eis pelo .podBrio espanhol, fumc~ e ingles.Na v erdade ""P -1 . . . . 1 . , ., , 1 -. ."'-ismo comerctai J lI tm ta quase deis5 1: ul : u - . d - . -'.~ a quan 0 Su:rglU nos demais paises e

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    OSJ!i!l'.!IS iJOJl.l'.S -~--

    Fundarn ntou as monarquias ahsolutisras. Ma s - ell d -senvo lvfmento na penfnsula o i difereru:e. e o. eongela-menta do O1pi.t de terras,. cortes. arisi:ocr.aticas eu1:tnadas supenoses da burgnesia, a5S1m como pelascomas :!presentativa des interesse5 dos novos Ustados:nadcm.ai eW'opeus. As necessidades de eansumo dessesserores tOm'lift'arrt a eeonomia especializada na pliodu~iode tecidos cares, no commdio de es:p~iarias de Orientee nos neg6dos bancirio8 com. as pote:\tado~ d(~,~mmrispafses. Bssa solidatiedade entre a econorma iraliana eas condlC0e5 e COl1tradi t;Bcs car .acte r i5t icas da Europamedie al acarretara SlID rufna, quando oturrer a deca-denda da ordem feudal. Por Dutro lado, a relativafacillda.de com que os senhores feudais sao afastedosdo p dec nos rnicleos burgueses mais fortes ~n~ anecessidade de unificac;ao JIlacional omo tarefa social-mente necessaria. A burguesia dispensa o' m)nar~como per;a E $ S r . - > n c i a l vara. supmeter os senhores feudam.como ocorreu no ca 0 c li :i $S ic ;. t: l da Flal'\jfa. Ela mesmase oncede como artstecracia rein ante, mas a organi-za

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    qual naa pede ser desliga,da sob perm de .riatl se rpnsslvel C!0mpreender; . lhe U Signillca do.Em ]494, quando es Medici: s a , Q expu l sbs de Flo-Len~a e instala-"Se 0 .severo re,gime republkano do mon-ge Savonarola (1452-1498). Maquiavel b :U c ja-se na vidapublica, tra.b allilan do , n at e ,h an cela .c ia em c ar go s d e p ou calmpo,d;\rrcia:. Qualm ;mOB depois, a o p~5ic;ao lntema,sust:erdJlda pelo papa Alexand:re Vl (14:31-1503). depoe,enfo :rca e queima Savenarols, e Maq ,u ii lr ve l e lndkadopan! 0 poste de Segund.0 Chantcler d,a Rep'llblica.Como fu:nclnnario permanente.. e m ere executo rdas ,decis6es d nprende comoera inl1ignt.rncanteo pesu Lit! urn pcqueno Estado cemo .Flore:n~a masrelacocs Inremacfbnai e, prirtdpalmente. que sedeveconfiar pouco m aliadcs dernesiadernente poder.as()iS,.Outras ernbatxada .. dam iei:ta Bela sectetariofloren tinu, [untn a Ce~ar B6rgia (1475-150i7) ,e 01 0 pap.;!.l~lio n (1445-1513), C corn ambos apre:nde.ria tambemh~os fundamentals sobre a tiencia ea,tecnica da.po lr Iiea.

    C~~ eor~r fllho do papa lexandre V.[e pede-roso l'.jJlld'i:ltJl_J?J~, invade Pacnzaem 1501e a : v a : l " I a sebreFlorP.T l t ; ' rJ, exq;lndo 0 retorno dos M edic ie umcontrato'Com~defensor dil ridade, a tarritcrio Ilorentino do valeI Ch ana 'S C suble ve1 ~ tacilita D entTada do invasor,Enquanto tsse, os oliados francesti8 heslmm em socorrerFk renca e d repllhltGl a.m~~da errvia Ma.q:uia.vel, [un-mente com I rancesco : : : : inderini, bispo de Volterrapara parbme~tar C: ?,iUlhal tempo. Frnalmenre as tropa~tranccsas decidern intervir e as fOl\as do c o m i o t t d e r ehrrnd(111;]mO~ terrft trios ocnpadcs.

    l eplSt1d;~ tern ?ra~di' importanda para .MBquia-, 1 . porqlle f O J I;) pnmeLtoenCOl1tro ebnl aqueltl que\ mil a ser ()modele de Q Pr fne ip l ' e pur Iazcr geE(llinar-Jl~

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    urna parm de sua plodw;ao teoo-loa ipGsterior.E"carr~gada de fazerlITtl re l. a! t6 r io ~b : re:comQ .b:atar os [ev~l-tados do vale do Chiana, Maqtuavelaftrrpa ser a his-t6:ri~ a mestrs dos atos humanos, especia1r.nente desgdveman.tes, e que. 0 1ll'u1\dosempre ioj h~i~do porhomens com as ruesmas paix:6es, sempre e:xIStindo go-vemantese. govemados, bons e maus sdditos. Aquelesque se rebelRm d.even1, pClrbanto, ser puni.dos. Apr.oyaa, t01eroncia pam [om os habi:ta:ntes do vale, mas dis-(:otda de trataml!1ito dispensada C I. Arezze. A li tropasde O~$ar BOrgiaainda estitvaD1pOll' pertee eI'8 Pl'lrig,OSQp e m : : ti t i :I ; urn Ieee de reheJiao nes ltrtlites da eidade,Maquia vdacha que Arezzo deve.r;ia sofrer pun.ir;;aoexemplar, tal eomo fiaeram os romanoe comCartago.N ~~ novas CDndi~i5es d e g ll- le rr a:e c i a , p oli ti ca In te r-ruI f]orenliIla, fortalece-Se 0 poder executive e Maquia-vel tn lI'lS fo nna:-se nae.ro :i:.nfu:lcia pard a do reg im e, co ma . f'lomea~o de Fiero Sod,erJni para 0 cargo de ,gorua-Ioneire vitalicio. Em 1503 e deslgl.1'ado para nova mis-saO junto a Ceser B6rgia e cem ele passa uma tempo-r.ada de t r e s meses. 0 fillio do papa. Alexandre VIrepresen:ta para Maquiavcl a homem provl.dencial, ( ' ; ,

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    U5I'1lNIIAlOORli.S""---- _

    obras, de ponto de vista es'triti!lmEmt~ctentffi o. Esa:evetan:tbem urn poema chamado a A : ; r z o l urn gradavelconto, a D e m Q lI i o q u e S l : " ! C n . ' > ( : J l ( .~arnbem conhecido comoBelfagar , e a ,c0media teatral A MIrJ-ldrrfgo1'll, obra"'{lIimado tealJ."oit",liano.Em 1520 redlge i)dia~ogo A Ar t e d(1G'uer~a e, logodepois, a V id a d e C ast-m ea ia CI15~ I ' I 1CI1 lL j . , uma ~e:cie debi( grafia tomanceada do c u 1 u i a r t i e r e Lucano, no qual v ea flgura ideal ~ como jfi tinh~ vi to ern r . : ~ s : r r ~6rgia_ do novo priaeipe, nee ssa.lJlD para a \IfiLl fica~ao c nstiiulndo urn mare que a dividiu em duasasc.. di tmtas. - - -

    At,. enfa , a teoria d E:tladn e da ~ciedad,e nao~ trapassn a 0, limite da esp cl.lla~aQ [ilosQfica. ErnJ !aifin (42 C . - -i a. - I I' ru~6te1es (3&1-322 a.c.), TomasA 1 . J l . 1 1 T l o (122--1~ ) ou Dante ( 1265 -1321 ) , 0 ( !S tu d . o

    .1sunt vUlc."Ulava-sea moral le~titu- ~.L no l l i ! iria de idea de or..ma'n'izal"iOopolftl .....'7 16 se0- . 1r" u . . . . . e secial,

    -lJ-

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    A mesma regra nao lbgamseps co ntem po rano os. co T?-0Erasmo de Raitel1dam (1465-153'6) no Mnmml do Pf f~JC lpeCrwtil0 i ou Thomas Mote (U7EHj3~) na li tnp'i/I, que, nabase de u rn h um ...'1 J'1 ..i .sm oa bs tr ato e d .e sc am a do de ma r-h ir ia COT IC Ile h i"consneem medeles ideais do born gpve t -nante de uma socill!d'1ld justa.o u~efSO mental de M a q _ W a ; ,; ;r e 1 e COn1pletamw~d lV e :r 5o . 'Em San Cas,cia;F.lo, tem p 1 .e na c pn se ie nc ia de su aorigina1idade e trllha um . novo. carn~1l;lo. De"li?eDada~mente d is 'l ilmc ia -: :s _e 'des trata,d~s SlStematlcos da escolas-tim medieval e, a 6e'me1J:lan~a dQs TepflS(le1\t1Stas pnoo-rupado5 cam hUH la r uma nova ? e n c i a 1 1 s i c 8 , I ' rorrq::~.ecom 0pemame.[\'to~teriQ!,. atravas da defusa do me-toda de inveB-Ligai;aoettrpttlca. AsSlm COn;~IDa:.narrl:oda V mcd (1452-l519 ) ohSttrVI1Il qu~ a e xp el '1 enC ia j :aMarSengana e oerro e produ:w do peru;a!"-~to ~(laiLa!i~0,qt:Wldo dele se quelr timr GOnseqiieruc,n ~:1Ca:li, assnnlambern M a q 1 l i , ,- , ; ' e l ptopoe sh.uiar a sociedade. pela.anaHse da verdade!!!feti.va dos fates human as, emperd.er.-se em vas esp~Oes. 0 0hjeto de ,s\~a: .refle-xoes ,{ i a l'eaIidade polltica, per113ada como pratl~ hu-!pana c.oncreta, e a cetlitro malar de seu interesse e , . . 0enomeno do poder , f or -m a ll z ad o na msnhiLi~o,do Es-tado, Naio' se trata. .d e eshidar o ttipc~.deal de. fisfaQo.mes ce n\p ;r oo nd ~i r como al i ' o rga'nizQ(oes polL1ica5 seliundaM se deseJwolvem, persistern e decaem,Ess~ exame que se pre.tende putaIttente empicicoctepende. coo-tudo, de duas c ( : ) l 'Hdenadas ,te6~ca~ bbi-cas: urna filoscfla da bistor:i.:\e uma expl l ca_~a c iapSico:togia humana. A p rlme ir lll c en ee ee 0 fen6menohlst6rico nao CO]lTC! a ideia cris~, segundo a qual 0elesmrolnr dos fatos hnmanos n o tee :tp o cumpre de5fg-T rio s d iv in os , d ir ig in do :se linann~rHe para 0il,.l.fzt'final,m as .como COn5utuido par c ic l@l l f Ique Sf .renmram emmQvimen.tos de rev_olu~ao em tomo de si mesmos, (h,faW.Shi .5f6r ieos repet~!Jl~!!! rtas linhas msstras; conl1ec:~

    los e apossar-se de urn material de lL 'E!cpr fenc ia, essen-eial pi.\t2I 0 estudo do. presente,Tal cl)n!!ep(fio do acenteeer hlst6ricQ ccmplereente-s e (oro um ~ O O'.m ;prc l2 I'IlS aada psteologia humana, Ma-'1 111 .11" ,.1cen clul, pm : melo do estudo des anHgos e clainlimidade .;om os p O l t : m l ' a d o ! $ da e-poca. que os homensSii'l ' t l J 'UO~ ego i.stas e 3 mb id.O so s. so , recuando da pratieado mal 'Luanda coeg idos peJa iOTY1 da: lei. Os des-njDs'" as p a i x o e s seriarrt os mesrnos em IudEl.~ as cidades eem tcdos OS povos.

    A h islo ri a e a ps.ilco ID gia, assim entend 'ida:s, n~ s a of . lpenas insttun,cntos t eO r ic :o s ma s tambem~as para a

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    ,!)5 ~MroRES _~_------

    lsolada a situa.;,ao pamaularMl .suas rmiltiplasdelermiJna~aes efeitas as p:revis6es dQ5 desdobramentosprovav:efs; a ciencia do. e~omenop@l: i t ieo. ~edR; . 1 u , g a x . ame de be rn , gov t' !I i11a t; .As:rnp" 0s ab er p oli ti co , munia'l"Ja.sobrE' a teo:ria o a histori,a, I ? > a . a,@u humane nie eslariarondenada .a SegWr urn ,cu.nro delElJl'tiRado pelo ~esti-no, come n as tra:gedi;ts gregas. Etnb(lra. a realid.adedetelJmine 05 limites da a&;io ,, as persortlll.itiades l:cdd.i-dBS ~ ampreendedoras In:tededriam na histOne. A cien-de. polltica,enqllailtGJ p:tati'ca,~f:fa e~t!,: a c~nce~-aode um UIDVex50' fechado e de uma histDn:a ,cons l: :r :u iP .apar p~d..icO$ e inexOnlyeis retomnS. ,.

    Q deosdob;r:amejita dc;lico pemumece, para ,!v[aqwa-vel, 0 qllad.ro teoric!:)bAsico de interpil'etar;a,o, da h ls t6 ri aenquanto ciencia. Ad d'esdobraJI)..entn dcJic .Q jun4tftse' umQutr'0 mvel de determinaes mals pr6ximas e C{'incre-tas, sQlilre as, quais Maqwavel nao IOIJ1ce lnrucll;;6esriliO:l1Gsas;cornpreende--as sob a d:cnoll'l.in_~~ao geral eclassica de ftJth'l.'l 'ltI.A ! o r h , 1 1 1 1 proporcion8 rhaves p i U ' a . 0 exito da ac;aopoiltit,a, e COflSti-tttia, metade da vida que: MO pode .setgovemada peto indivfduo. E~~ propo:rctiJna a OC.CO$ IOH fa p,r oo ve ila da p ela vir t i" do gavemal'l'te. JE m Qt1ttQS tM-TIll:) , 0, h,omem de virMe aquele que sabe e momrurtoel(atO eriado pcla f o r W 1 ! o , no qual a ~~ao pad/era fun-denar com exito. 0 estadista !illbia e prudente bU5C~na bistOria Il1ML s itu at; a"O s eme lb .im te e eXe l! 1'l pla r, a ilqual saberia exlrair Q (:onb;ectmeFlto dos ~os Ra~a .aiiI~O e a pre\ 'l . f f i .ao des eti :~es. Para ser eOO:Z,a ll"tlDlt-'tIva pol1tica , de \.~a ll 16 tM-s e a s d:r.cunstincias. Na ~~-tabilidade de Maqu:ia"el, I S 50ft. reservadcs ao alblmoe a vontade hl'lmana t~ianl eu welua de opera

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    con umar Uma atitude que desaaOJ a fQNIli1R pode,pOTtanto, frequentementi! p,['e:tniar seu autor com 0e x u o .o homem de flirt1) ft, QSSim, 0 hlVen~r do possivelnuma sltw!~Q eonorela dada, e Maquiervet no ultimocapitulo de 0 :Pr{r~dpl! , ~o:cta a easa reinanfe dos Me-dici! a consfltuir .. dentre seus m em ruo s, e prfru :l:lipe v ir-tuoso da ItaJja, que deJ.a Bzess urns n ac ;M uni fi ca da ,

    PRJ CIPADOS E IlHPOBLICASPa r a l 'v 1 .a 'l ui av e l, 0 e sse nc ial n ur na na.~ C q'l1e o s

    conflites origimtdos em, seu interior B~am eontroladese regulado p$Estado. Elm fum;,ao do modo pelo qua]os bens sio cornpartilhado5. as sociedades concretes as-sum en1 d ifere:n tes fo rm as. A ssim , node p er 5 is :t a l !I u p es -a persi t i ' 1 r uma relativa igualdade entre 65 c idpdaQs , 0fundador de' Estados deve estabelecer uma l:epublica.OCrnT~do e oonhmo, ruanda a prudencia ue jacon titufdo wn prirtripado. Se n i ' i c proceder ' 1 , 1 , slm, 0go emante formara limEstado desequilihrado e semharmonia, que nilo podera subslstir por muitn teIi.lpO.a nudeo da orgm:iza apresent:a t i .am t t e s me-dalidades: a aristoaiHica, e(lln0 Esperta, 9pl que umamaioria de govern:mdo eneentrava-se subol'dinada iiiuma rnlnoria d e g o vema:n 1e B ; a' demoerade restrita, naqual se dA 0 contrarit. omo ocerreu em Arenas, e ademocracia ampla, quand a colerividade au~og~-"Vema, fen6meno encontrado em Roma ap6s a insli-tui .[ ea deserdem, 0 abusede pnder, pm parte dos herd ei:ros do hert51 pr.imGrclia1,fomenta a diSc6rdta e alimenta COnsP1ra~.s1 ponde emperigo a ordem inten1ao reino a c lmpt"ti~ao entre "E tad nao seriaI,; nttol~ ~1, egundo Maqlli:a el, por in tituit;:6 nempela lei coscria unpossivol que uma repUbl ica eonse-guisse p rmanecer tran trila e goza.r de li~errdfldeden-tro de ua.. lynn t~ias, tf Ila(l m lestu a demals, seramol~stada p r olas, e dlsso nasceria o deja Me-cessidade de conquista.o fundadur d e E sta de s nao e, para Ma'luisvel, 'Urnhnmem qUi:llqlWT mas uma peJ.s01'101idade fora do ce-mum, d ltada de urna et ica superior, que Ihe faculta a1 I 5 1 : de mel . traordiruirios para a o rg ~m :izaG 8o de_ reput &.15. ROmuln seria urn born E"xemplofnao pb t te a i rnagern negath'a qUE ' dele empre seI z po ter a a sinado 0 Irmao e con cntido no assas-hnil u de Tito Tatiu f om quem dr idia 0 trono. Bssc!>t.'T1 u:n e mpl negati H, case nao se ceneiderassemUm th 1I~ 'Jri ltadores de & l l . . : i a~t). Segundo Maquia-

    it )hTa de Nomulu 0 exime de culpa, POlS seus fins-:2:11-

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    05i>1[i'l~="___ ---- ---

    er3IIl mora is. 1550 fica clare q_uando se Bahe , ci a pe~~pare:ela de al.ltoridaae que reserv:ou p~ SJ " ao ~"l1diro ,govemo (Om 0 Se"na,d~, e ao eriar leIS qu:eele mesmes;empre observou.

    os FiNS JUSTrFlC~M OSMHoso ptllitico de vi"1~ 118 cmefia tips Estadose '11mmomento breve e excep.oonal,e soment~ a ~le. os, h,:mens iSef.itam: de culpa pelo uso de meios llldl~-( ladas, em, cm;ljunwraS ds grave ,perigo par~ a comJaru-dade, Dieso ~-eti.v~que a gstabllida:de PQlitica,deF'md,ede boas leis e inSti.tujes" pois 0 poder pu:mmenl'epe ssoa l- d eg e J"U !t a [aci1mte em ttraniae IDstabilidad~_.o bomem providenciel jamaiSe urn tirano. ~UQ heroi-c :i da dJ e r ea li za -se n o- plas:ooaxra ,fo~a :Oll ' l j~mujmte p~raa materia.. que C o 0 povo. E1e mSt1:tua0n~h,zB a 0'rdeme a cQesa"o social, quer e),'IiI re gime s r@pu bliC anD's, qt,lef

    em p 'l 'i nc ip ado s _, - dependendo das drams~~das. .o her6i hmdador de Hstado.-"e 0 :polilicO de ])'-l"I:I),par S ' . i s O . B , luio instituem ,0 l l _ 1 e t h o . r l'egim~.~ a melh!.')rsacledade. 0 nivel desolidarledade ! e maror qUaq~O 0povo perticipe do go;\~emo.HomemeIll llberdade Iden-tificam-se rom os nc:lg6cio deseu ~tad{) e 0 dclendemcomo coisa sua. Nada fol mals di'ffcil para os mlT\anosdo que a cQl1qttista de povos ,rj,~10S, amar.,~es daliberdad@qoe gozav.am emseus paISes. A g:rnn~ezarnmarta deve Sel' atribuldfia h'berdade< de seus ctda."daos, e a vo ta%ao imperial nan poderia m t' slde r.e~-zada sern II ampla pairlicipa~an do pove nos ne~cCloSpublicos, Urn pm.;q docil ou a~rro_rizadc nao S@?8 ca-pilZ de encontntr forQ35_e _nmtWac;~o para co:nq~~ ~mundo. Numa l'\a~o nan cortornplda. onde as ltistt~(5~ mantertham pels edu:ca~ao e pelo exeIf!I'pl0 ('IS vir-tudes ()iv:i~, os cicl.ailiios 5robrep5em os inte.resse:s ~e-rais aCiU;pat"tkul:ares. A liherdade .rclorc;a accesao in--~-

    I, cm ,a e d es -n n.iln ljl. a s p r!3 b ;! on sO tts d e t_onqUi~ des B sta-de s ri , ai.s,Maquiave1ensina, aindn, que a 'Elt'lergLa criaaora de

    utlli;l C:iedade llvre riaG e daillvao dos h~6is fundadn-res ou dos poUtll!l:iS de virtu, IDa acJ:vell\ do sistema deopO!:>i~o entre os grand($ e 0 pCWO e, assim, os con-{mas wciiis sao mc cesso)r le s pOlque ~reprios a naturezamesm,a dlt li.berdadc. As condi(OOi ijesta tla(iJ 5a!ilarbi-lrarlas, mallte-ado 1 r 1 l 2 1 a - ; a o necessar ia rom g grao dei gu ali :I ad rt e 'x is te nte n o , iM.teEiQf do ] js. tad.o . A '(,fimup~aoe a inaptidao para 0 viver l ivre- provEm c ia dEs:igual-dade. pant lUJa elimina~1l e predso PePll' SQC(,Wnl are1T1~~ extraordlnerios coisa que peuces hemens sa-hem Oll querem Iazer.o pt"'l\ D till: parte- da gater i "p dt,)s heri)jfl. d~ ~quia-" P t . CtlJllpacdndo as re publlcas d~ocnitica:s com esprlntlpados. observe que, ao se j~ urn principe eWTI povo subordinados as lois, verilicar-stNl que a pavemostra qua1idades superiores as do prlneipe, pOIque emats conforme eo ccnstante. Se. ao commo, ambosestao lihertm. de coen;ito le-gru. results que oserros dopovo sao rnenos ntrmeroses; msnores e de mais facilr~pat'i't dU do qu~ os do principe. .

    I T ERPR~ (A ~OES D O M AQ 'U lAV "f;J JSM Oo d~~o do pcnsamento de Maquiavel, cinco se-min!; d~pt.usde sua morro, aiRda nAl" ra i decidido. Lido

    por ml,lIlose citndo publieameatr, per P inums a 01')1d 1 fl' - rt P t)l1'lata orentirro tern conhecide quase tantaslnl rprel'il,t;0es ui\ietgenfes quantes :;80 OS fi16sofo~ eens fstil6 q ue d~l' se aproximam p i l i l 1 B !lIn8.~~W,o t~m'pl ern que vlveu ni() poderia e'h:oc:ar-sc comesse pCnSillTICntu, pois it renovacao cultural e cient;i:ficatmgln urn I"n ~ I~' -., .. tomen .... cutrnmante e O"mva urn_ novonr erso Idl::!ologico, centrado no homeme em, sua

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    secular aveatura, A ob ra de: Maquiavcl eta rntida. ex-pressao' dessas !lludan.~ c e~e prOprio fo~~ss:essor depapa.s' e eardeais. A dessacralizfu;ao do politico: a inde-pendeocia do; poder 'temporal frente ao Vaticano, 0prlmadQ do Estado fate H Deligiao cdnstihliam urn. eon-junto de d:ttunstancias que'se exprcss:avam no desen-velvimento GOS Estadcs nacioneise canferiam a seuplm~to mtensa conrempo:raneidade. 'f,ude 1'1;50 ex-plica par que 0 mal'lusoUe deO Prflicil'c drculou du-rante d'egenove anos sem provoC!M COTll0~tl, e pot q\!lt"a primt'! ira edlo, pubUra~d,a em 1532., 101 automadapelo papa Clemente VI1 e patrocinada por urn cardealromsne.A r n a sorte inicia-se corn a Cantta . :Reforma, quan-do ao cisma pnltestanl:e opoe-se 0 retorno ~ ortodoxiae tenta-se revitaJiy..a:r II. [email protected]!Sp:lrHuaJ c ia 19reja cdefender .seu podar temporal. A partir dai, a ob.ra detv1aq\liavel toma-se exmel1Th'1:ll'l.mte. " ti lne raV 'e l. Na situa-~o especial' C ia Itoilia, sede fiska da 19reja ca~ll1ica,asubOl'dirta~ do religioso 13.0 pafitico, d eie .n

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    os I'EN5AI)@RIl!I~' _como Maquiavel tmha e batido pela kansformat;ao dapeninsula ltaIica numa grande na~ .NQ comeco do eculo XX as discrepan1as quanta3.0 ent.enclimento cia obra do diplomata florentin~ per-mimi.') 0

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    CRONotOGlA

    1453 - Toooada d. ~ Co ru ;mnmnQp ia peln5 t1;I:rCIJS.1454 - A paz de Lam inaugura urn perfodo de equ.ihbdo

    entre os ' E 5 l: ad o s ~ ta lt :m . 0 5 "1469 - Maquia;vd TltISr:t! em Plvrl'J.rI' ia, nl'1 di s a d e maio.14. -9 2. - Crist6vao Columbo descobre iii America.1494 - Cessa o pode r des Medici em I1l0I'eI1W, CarlosV IT I. da F ranca, ataca a Ualia.1498 ~ Mnqu l JW l ! /' t or n rH l ! Segtmtl 'o O l lmce. /c l' d ll R r .p rf b U c a

    f!tmmfnw. Vasco da Gama descobre 0 cammao paraas Indias.1500 - VIfIJf1 p a m (I Fnmr;rr n fl.m d e trn la r do p r o v l l 1 T 1 1 . a , d ePis jllllfo ri Lu is X lI .1502 - CiIsn-s.e ra m MaTi U ll On#n i ; tluflJlJil!"i1':se com (;1 $1 11 "

    B 6 , - g i n em ROlfmgnal'ltl.1503 - .Pret1ClrpiNif c a m (I p r Q b i l ' J t U l d e suktitrtir o ~ S(ildndiJs

    mcn'ctllfrins f A A " mil,,;iIl.!i 11I lo io~f~ is.151)4 - 05 ra nc es es p eld em Napo le s. Michelangelo escul peo Dav i d .15(}6 - M r r q l l { O V I ' i ~ 'h id ( l p n r a 0 t:!I,t 'go de s8etett ft i ( t r i a , >

    Nur,'t, t i m ; Mi l f d1 l8 .1511 - R t . . ' 1 I 1 i z n e i 1 1 b l l i : J ; ( l d u . s e m M i / { if J e ~Ia , ' F m m ; a .un- 00::Medlcizetomem a F1aretu;

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    1518 - Esereoe 'f]. comedia A Mand.Jagora, o/: l ,'a .-pr imo. dofelll'ro itali(lno.1519 - Carlos V torna-se imp radar do Sacro ImperioRomano-Ge.nl1anim. Palace LQurel l l ;C) de Medici.

    1 5 ,2 ( 1 ) - E m Luc il, J .m .t a dos i nl e: rt !f>se'S mtrrca t it .f s de Horew;a .ESl:reva a Vida de Castrucelo Caslrracruii

    1521- Pllb'1iclI A Arre da Guerra. Mane Leif) X .1523 - JUlio de Medici torna-se papa sob 0 (lame de

    Clemente VII.1525 - M(!qllluel o f e t e c e . n O p O I 'l t ( fi c e os n i t , ! p r in l r :i ro s / i v r o $das Hffit-rias Florentmw;. Francisco Storza e reconhe-ddo como duque deMilao.527 - MlIlIui;roel e t ! :xduidn l i l a ; J1ll:~ripa~o no go-

    veJ'M i 1 : l ~ r - i t f l f r ; l l J apo s n ova ql",eda dos Med~cl. F u f e f . " , f 1I 2J d ej U ' I 1 f r a .

    BUTTER IL'LD, H The tatecraft of Machiavelli, 1955.ERCOLE , F. La [ 'oHUG ! d " Ma c hi av li lli , 1 9 26 .P.5CORRL, L " In r duo ao Pensamenttl' P litiro de M e-qurav 1. ({ in d Janeiro, Simoes . 1958.HCJlTJl:, J. G. M l hutvclli. 191,.GTTllERT, P, Ma(hian~nl an d Gulcdatdinl Princeton, 19.65.GRi\."\f5 IA MaqUiavel, a Pelftiea e 0 Rst:adG Moderno.3 d. Ri de Janeiro, Clivillza