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Elpídio Donizetti Para PaSSar em CONCURSOS JURÍDICOS Questões Objetivas com Gabarito e Justificação Este livro contém questões objetivas de concursos classificadas por temática, com gabarito e justificação das respostas. Tudo que você precisa saber e fazer para passar nos concursos da Magistratura, Ministério Público, AGU, Delegado de Polícia (Estadual e Federal), Defensorias Públicas, Procuradorias e Exame da Ordem, entre outros. 7« edição ampliada, revista e atualizada Civil, Processo Civil e Empresarial EDITORA MÉTODO

Coleção Para Passar Em Concursos Jurídicos Vol. 02 - Civil, Proc. Civil e Empresarial - Elpídio Donizetti

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Coleção Para Passar Em Concursos Jurídicos

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  • Elpdio Donizett i

    P a r a PaSSar e m C O N C U R S O S JURDICOS

    Questes Objetivas com Gabarito e Justificao Este livro contm questes objetivas de concursos classificadas por temtica, com gabarito e

    justificao das respostas. Tudo que voc precisa saber e fazer para passar nos concursos da Magistratura, Ministrio Pblico, AGU, Delegado de Polcia (Estadual e Federal),

    Defensorias Pblicas, Procuradorias e Exame da Ordem, entre outros.

    7 edio ampliada, revista e atualizada

    Civil, Processo Civil

    e Empresarial

    E D I T O R A

    MTODO

  • EXPERINCIAS NA REALIZAO DE PROVAS E CONCURSOS PBLICOS

    rea Jurdica:

    ^ 1 colocado no concurso para monitoria de Direito Penal da Universidade Federal de Uberlndia (1981);

    ^ 40 colocado no concurso para Promotor de Justia em Gois (1986);

    ^ 1 colocado no concurso para Promotor de Justia em Minas Gerais (1988);

    1 colocado no concurso para Juiz de Di-reito em Minas Gerais (1988);

    >^ 1 colocado no concurso para Professor (contratado) da Universidade Federal de Uberlndia;

    >^ 1 colocado no concurso para Professor efetivo de Direito Comercial da Universi-dade Federal de Uberlndia (1989);

    ^ 8 colocado no concurso para Procura-dor da Repblica;

    ^ 1 colocado no processo seletivo para o Mestrado da PUC/MG;

    ^ Nota 100 na dissertao O exerccio da jurisdio sob o prisma da efetividade, apresentada perante a banca da PUC/ MG para obteno do ttulo de Mestre em Direito Processual (2002).

    Outras reas:

    ^ 1 colocado no vestibular para o curso de Engenharia Eltrica (1978);

    ^ 1 colocado no concurso para Agente Administrativo do INSS;

    ^ 8 colocado no concurso para funcion-rio do Banco do Brasil.

    E DJ TO R A MTODO

    www.editorametodo.com.br

  • ^ara Passar e m C O N C U R S O S JURDICOS

    Vol. II Civil, Processo Civil e Empresarial

    O fato de voc ter adquirido esta obra demonstra que j escolheu o caminho que trilhar: o caminho dos concursos, seja para o cargo de Promotor de Justia, Juiz de Direito, Delegado Federal, Advogado da Unio ou qualquer outro da rea jurdica.

    Voc tem um ideal. Lute por ele e todas as foras da natureza conspiraro a seu favor. Afinal, a colheita vem do suor, no do orvalho.

    Para passar em concursos, s h um caminho. Portanto, mos obra.

    Elpdio Donizetti

    Para a satisfao daqueles que se preparam para os concursos visando ingresso nas carreiras jurdicas, o professor Elpdio Donizetti reformulou sua obra Poro Possor em Concursos Jurdicos.

    A Edio 2011 est de coro novo. A mudana tem por objetivo facilitar ainda mais a vida dos que vo prestar concursos. O trabalho foi dividido em 5 volumes: Vol. I - Constitucional, Administrativo e Tributrio, Vol. II - Civil, Processo Civil e Empresarial, Vol. III - Penal e Processo Penal, Vol. IV-Traba-lho, Processo do Trabalho e Previdencirio e Vol. V - Legislao Especial.

    Cada volume contm questes objetivas com gabarito e justificao das respostas. As questes foram selecionadas e classificadas por disciplina e, dentro desta classificao, dispostas por temas em ordem lgica.

    Como salienta o autor, este livro constitui um instrumento, um roteiro seguro para voc que tem o ideal de ingressar nas carreiras jurdicas. Na verdade, destina-se a todos os candidatos a concursos pblicos, em cujos editais constam disciplinas jurdicas, como: Magistratura, Ministrio Pblico, AGU, Defensorias Pblicas, Delegado de Polcia (Estadual e Federal), Procuradorias, Au-ditor Fiscal, Exame da OAB e aos diversos cargos nos Tribunais federais e estaduais. Para todos, a Coleo Poro possor em Concursos Jurdicos leitura indispensvel.

    E D I T O R A

    MTODO

  • Elpdio Donizetti Desembargador do Tribunal de Justia do Estado de Minas Gerais.

    Professor dos Cursos de ps-graduao e preparatrios s carreiras jurdicas, ministrados pelo Curso Aprobatum em convnio com o Centro Universitrio Newton Paiva.

    Para PASSAR em

    CONCURSOS JURDICOS Questes Objetivas com Gabarito e Justificao

    De acordo com as Emendas Constitucionais 64 e 66, de 2010, as Leis 12.016 (Mandado de Segurana), 12.010 (Adoo), de 2009, e 12.376 de 2010

    (Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro).

    Este livro contm questes objetivas, de concursos realizados at maio de 2010, classificadas por temtica, com gabarito e justificao das respostas. Tudo que voc precisa saber e fazer para passar nos concursos da Magistratura, Ministrio Pblico, AGU, Delegado de Polcia (Estadual e Federal), Defensorias Pblicas, Procuradorias e Exame da Ordem, entre outros.

    Civil, Processo Civil e Empresarial II

    7 edio Ampl iada, revisada e atualizada

    SO PAULO

  • EDITORA M T O D O Uma edi tora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional

    Rua Dona Brgida, 701, Vila Mariana - 04111-081 - So Paulo - SP Tel.: (11) 5080-0770 / (21) 3543-0770

    Fax: (11) 5080-0714

    Visite nosso si te: www.edi torametodo.com.br

    metodo@grupogen. com. br

    CIP-BfRASIL. CATALOGAO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

    N924C

    Nunes, Elpidio Donizetti, 1956-Civil, processo civil, empresarial: questes objetivas com gabarito e justificao / Elpidio Donizetti.

    - 7. ed. - Rio de Janeiro : Forense; So Paulo : MTODO, 2011. (Para Passar em Concursos Jurdicos ; v.2)

    ISBN 978-85-309-3424-8

    1. Direito civil - Problemas, questes, exerccios. 2. Processo civil - Problemas, questes, exercidos. 3. Direito empresarial - Problemas, questes, exercidos. 4. Servio pblico - Brasil - Concursos. I. Titulo. II. Srie.

    10-6089. CDU: 347(81)

    A Editora Mtodo se responsabiliza pelos vcios do produto no que concerne sua edio (impresso e apresentao a fim de possibilitar ao consumidor bem manuse-lo e l-lo). Os vcios relacionados atualizao da obra, aos conceitos doutrinrios, s concepes ideolgicas e referncias indevidas so de responsabilidade do autor e/ou atualizador.

    Todos os direitos reservados. Nos termos da Lei que resguarda os direitos autorais, proibida a reproduo total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, inclusive atravs de processos xerogrficos, fotocpia e gravao, sem permisso por escrito do autor e do editor

    Impresso no Brasil Printed in Brazil

    2011

  • AO CONCURSEIRO

    De origem humilde, aos 11 anos comecei a trabalhar e, por anos a fio, carreguei comigo as deficincias do ensino ofertado nas escolas pblicas.

    Graas inteligncia que Deus equitativamente a todos distribui, pude fazer da queda u m passo de dana. Hoje, com serena humildade, integro o reconhecido Tribunal de Justia de Minas Gerais, ministro aulas em cursos preparatrios para carreiras jurdicas e de ps-graduao em Direito. Nas horas que me sobram, dedico-me composio de obras jurdicas, cujas caractersticas so a simplicidade, a conciso, a linguagem direta e acessvel. Trata-se de incontido anseio de compartilhar, em reverencioso agradecimento, minha experincia com a superao, com o sucesso.

    Alguns amigos advertiram-me que eu no deveria compor livros para concursos. C o m questes, nem pensar! Af inal , disseram-me eles, u m desembargador escreve livros doutrinrios, pesada doutrina, daquelas que s os letrados, aqueles que ficam transcrevendo autores estrangeiros, conseguem entender. Mas deixemos de lado os cultos, os letrados, as convenes...

    Este livro, fruto do trabalho da minha coesa equipe, foi concebido e gestado pensando em voc, carinhosamente chamado concurseiro, que, de forma obstinada, busca seu merecido lugar ao sol.

    A voc, que muitas vezes divide seu tempo entre o trabalho e o estudo, abdicando do merecido lazer.

    A voc, que se prepara no silncio das madrugadas, e, depois, desacomodado em bancos de madeira, fustigado pela exiguidade do tempo e sob o olhar austero do examinador, disputar uma vaga nas carreiras jurdicas.

    A voc, concurseiro, que acalenta u m sonho, que ousa, que faz e que, por isso mesmo, ser senhor do seu tempo, da sua histria, do seu destino...

    Elpdio Donizetti

  • AOS GALOS DA TESSITURA

    " U m galo sozinho no tece uma manh:

    ele precisar sempre de outros gaios.

    De u m que apanhe esse grito que ele

    e o lance a outro; de u m outro galo

    que apanhe o grito de u m galo antes

    e o lance a outro; e de outros gaios

    que com muitos outros gaios se cruzem

    os fios de sol de seus gritos de galo,

    para que a manh, desde uma teia tnue,

    se v tecendo, entre todos os gaios.

    (...)" (Joo Cabral de Melo Neto)

    Este livro foi feito a muitas mos. Todas deram uma parcela de contribuio para que voc pudesse contar com este eficiente instrumento de preparao para concursos.

    Cleane Drumond, Mariana Malaquias, Pedro Vieira e Pietro Sarnaglia, meus competentes estagirios, dedicaram-se coleta e classificao das questes, e pesquisa para justificao e elaborao do gabarito.

    A todos vocs, os meus agradecimentos pela dedicao.

    Agradeo aos leitores de minhas obras, em especial ao Gilberto de Sousa, Lucas Meira e Joo Carlos, que enviaram elogios, sugestes e sobretudo crticas, que muito contriburam para o aprimoramento desta 7^ edio.

    Cleane Drumond, responsvel pela reviso e coordenao dos trabalhos, meu agradecimento especial.

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    Agradeo, finalmente, A m a n d a Aratijo, Eduardo Calais, Fbio Kle in , Tiago Xavier e Valter Costa, integrantes da qualificada equipe do meu gabinete na 18^ Cmara Cvel do T J M G , pela inestimvel contribuio a f im de que o meu trabalho como desembargador no T J M G pudesse permanecer rigorosamente em dia.

    8 Aos gaios da tessitura

  • NDICE DAS DISCIPLINAS

    D I R E I T O C I V I L 31

    Gabarito 205

    P R O C E S S O C I V I L 279

    Gabarito 433

    D I R E I T O E M P R E S A R I A L 513

    Gabarito 613

  • NDICE GERAL

    Nota do autor 7^ edio 15

    Apresentao 17

    O Autor e sua Obra 19

    Orientaes ao Candidato 23

    D o Autor ao Leitor 27

    Carta do Leitor 29

    DIREITO CIVIL

    QUESTES O B J E T I V A S 31

    1. Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro 33

    2. Das Pessoas 40

    3. Dos Bens 55

    4. Dos Fatos Jurdicos 59

    4.1. Dos Defeitos do Negcio Jurdico 68

    4.2. Prescrio e Decadncia 76

    4.3. Da Prova 83

    5. D o Direito das Obrigaes 85

    5.1. Das Modalidades das Obrigaes : 85

    5.2. D o Adimplemento e Extino das Obrigaes 93

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    5.3. Do Inadimplemento das Obrigaes 100

    6. Responsabilidade C i v i l 106

    7. Dos Contratos 117

    7.1. Dos Princpios Contratuais 117

    7.2. Dos Contratos em Espcie 126

    8. Do Direito das Coisas 145

    8.1. Da Posse 145

    8.2. Dos Direitos Reais 150

    9. D o Direito de Famlia 164

    10. D o Direito das Sucesses 190

    G A B A R I T O 205

    PROCESSO CIVIL

    QUESTES O B J E T I V A S 279

    1. D a Jurisdio e da Ao 281

    2. D o Ministrio Ptiblico 294

    3. Dos rgos Judicirios e dos Auxiliares de Justia 296

    4. Dos Atos Processuais 304

    5. D a Formao, da Suspenso e da Extino do Processo 314

    6. D o Procedimento Ordinrio 324

    7. D o Procedimento Sumrio 347

    8. D o Processo nos Tribunais 350

    9. Dos Recursos 355

    10. D o Processo de Execuo, da Liquidao e do Cumprimento de Sentena 378

    11. D o Processo Cautelar 393

    12. Dos Procedimentos Especiais de Jurisdio Voluntria e Conten-ciosa 402

    12 i (ndice geral

  • Vol. I I -Di re i to Civil | Processo Civil | Direito Empresarial

    13. Desapropriao, Mandado de Segurana, Ao C i v i l Ptiblica e Ao Popular 417

    14. Juizados Especiais Cveis 426

    G A B A R I T O 433

    DIREITO EMPRESARIAL

    QUESTES O B J E T I V A S 513

    1. D o Direito da Empresa 515

    1.1. Contratos Mercantis 530

    1.2. Propriedade Industrial e Intelectual 540

    2. Das Sociedades 547

    2.1. D a Sociedade Limitada 547

    2.2. Da Sociedade Annima 554

    2.3. Outros Tipos Societrios 568

    3. Dos Ttulos de Crdito 575

    3.1. Letra de Cmbio e Nota Promissria 584

    3.2. Duplicatas 587

    3.3. Cheques 589

    4. D a Recuperao Judicial e Falncia 592

    G A B A R I T O 613

    Nota da Editora: o Acordo Ortogrfico foi aplicado integralmente nesta obra.

    ndice geral i 13

  • NOTA DO AUTOR 7^ EDIO

    Agora o Para Passar em Concursos Jurdicos est de cara nova. A Mudana comeou pela diviso da obra. A partir desta edio, o

    livro, antes apresentado em volume nico, foi dividido em trs. Volume I -Constitucional, Administrativo e Tributrio; Volume II - C i v i l , Processo C i v i l e Empresarial e Volume III - Penal e Processo Penal. A coleo contempla outros dois volumes, que em breve estaro disposio dos dedicados concurseiros: Volume IV - Trabalho, Processo do Trabalho e Previdencirio e Volume V -Legislao Especial.

    Essas modificaes tm por objetivo facilitar ainda mais a vida dos que vo prestar concursos, inclusive no que respeita ao aspecto financeiro. Se no edital do concurso no consta u m determinado conjunto de disciplinas, no faz sentido o candidato pagar pelo que no lhe vai ser til. Agora voc adquire os volumes de que precisa para se preparar. A aprovao - pelo menos na primeira etapa - estar garantida, se resolver, conscientemente, as questes pertinentes ao programa do concurso. Nos volumes da coleo Para Passar em Concursos Jurdicos voc encontrar questes sobre todos os pontos que est estudando, com o gabarito e justificao no final de cada u m deles.

    A justificao, como voc perceber, ser mais ou menos extensa, dependendo da complexidade da questo. E m muitos casos, restringe-se indicao do dispositivo legal; em outros, fez-se necessria uma citao de doutrina ou jurisprudncia e, em certos casos, houve necessidade de fazer uma crtica questo formulada.

    O trabalho, mormente o de justificao, foi minudentemente revisado, tarefa para a qual pude contar com os qualificados professores do Curso Aprobatum. E m razo da extenso e da complexidade da obra, no seu manuseio, o candidato ter oportunidade de constatar muitos pontos que ainda podem ser clareados.

    A atualizao evidentemente alcanou tambm o contedo da obra. Algumas questes, porque desatualizadas, tiveram que ser suprimidas e outras, mais recentes, foram acrescentadas. Para esse trabalho de atualizao coletaram--se questes de concursos promovidos pelos Tribunais Estaduais e Federais,

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passarem Concursos Jurdicos

    inclusive do Trabalho, Ministrio Ptiblico Estadual, Federal e do Trabalho, Procuradorias Estaduais, A G U , Polcias C i v i l e Federal e O A B , at o ms de maio de 2010. E m face disso, toda a obra encontra-se atuahzada de acordo com as Emendas Constitucionais 64 e 66, de 2010, a Lei Complementar 135/2010 (Inelegibilidades), a Reforma Processual Penal (Leis 11.689, 11.690 e 11.719, de 2008), as Leis 11.900 (Videoconferncia), 12.010 (Adoo), 12.015 (Crimes contra a dignidade sexual), 12.016 (Mandado de Segurana), todas de 2009, e a Lei 12.234/2010 (Prescrio).

    O que importa que voc tem em mos o mais eficaz instrumento para a sua preparao. O conjunto de questes retrata o grau de exigncia e, por que no, u m espectro da linha de pensamento das bancas examinadoras dos concursos s carreiras jurdicas. E m outras palavras, a coleo Para Passar em Concursos Jurdicos contm o material sobre o qual voc dever se debruar para lograr xito no concurso dos seus sonhos. Agora que voc adquiriu este livro, est pronto para a batalha. Bons estudos!

    A h , ao manusear este livro, no se esquea: os elogios, mas sobretudo as crticas e sugestes sero sempre bem-vindas.

    Belo Horizonte ( M G ) , janeiro de 2011

    Elpdio Donizetti

    16 I Nota do autor 7 edio

  • APRESENTAO

    Coletar questes de concursos e apresent-las aos candidatos com as respostas oferecidas pelas bancas examinadoras tarefa muito simples, o que, por certo, explica a infinidade de livros dessa natureza nas prateleiras das livrarias.

    O mesmo, entretanto, no se pode dizer do estafante trabalho de coletar milhares de questes referentes ao conjunto de disciplinas exigidas na maior parte dos concursos, selecion-las, classific-las por temtica e justificar ou criticar a resposta apresentada pela banca examinadora.

    Igualmente rdua a tarefa de manter a obra atualizada. Como se sabe, h uma inflao legislativa em nosso pas, o que torna impossvel a atualizao de qualquer obra jurdica, sobretudo quando se destina ao treinamento de candidatos a concursos. As infindveis alteraes legislativas fazem com que muitas das questes coletadas em u m ano estejam desatualizadas no outro.

    Embora no se trate de obra doutrinria, a concluso do livro exigiu, alm do trabalho de equipe, a utilizao de conhecimentos jurdicos e, sobretudo, a minha experincia pessoal, seja como candidato a diversos concursos jurdicos, seja como professor de cursos preparatrios.

    N u m primeiro momento, levando-se em conta a finalidade da obra e o fato de os candidatos se inscreverem em mais de u m certame, procedemos compatibilizao dos programas dos principais concursos oferecidos aos bacharis em Direito, entre outros, os da Magistratura, Ministrio Pblico, Advocacia da Unio, Delegado (Polcias C i v i l e Federal), Defensoria Pblica, Procuradorias e Exame de Ordem, abertos no mbito da Unio e dos Estados.

    Estabelecido o programa bsico, coletamos aproximadamente cinco m i l questes que constaram de concursos anteriores.

    A seguir, as questes foram selecionadas e classificadas por disciplina (Civil , Processo C i v i l , Empresarial, Penal, Processo Penal, Constitucional, Administrativo, Tributrio, Internacional, Previdencirio, Econmico e Legislao Especial) e, dentro destas, dispostas em ordem lgica, por temtica, de acordo com os pontos do programa. N a seleo, exclumos as questes que restaram desatualizadas em face das recentes alteraes legislativas, mormente nas reas do Direito Administrativo e Processual C i v i l .

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    O passo seguinte consistiu na elaborao das justificaes das respostas. Para tanto, o trabalho foi dividido entre os membros da equipe, de acordo com a especializao e preferncia de cada u m . As respostas que suscitaram diividas foram objeto de debate e, a final, justificadas e/ou criticadas, levando-se em conta a posio da doutrina e jurisprudncia, mas principalmente a assertiva apresentada pela banca examinadora.

    O resultado do trabalho da equipe que tive a honra de coordenar a coleo Para Passar em Concursos Jurdicos, da qual este livro parte integrante, que reiine mais de 5.000 questes objetivas classificadas por ponto do programa das seguintes disciplinas: Constitucional, Administrativo e Tributrio (Volume I); C i v i l , Processo C i v i l e Empresarial (Volume II); Penal e Processo Penal (Volume III); Trabalho, Processo do Trabalho e Previdencirio (Volume IV) e Legislao Especial (Volume V ) .

    Os livros da coleo Para Passar em Concursos Jurdicos constituem um roteiro seguro aos candidatos. As questes selecionadas indicam o grau de incidncia das perguntas nas provas, o que voc deve saber para ter xito no concurso; a leitura da justificao proporciona a reviso e a sedimentao dos temas a serem cobrados nos concursos. M e u caro concurseiro, juntamente com os cdigos e livros doutrinrios, esta a sua ferramenta de preparao. Agora, mos obra.

    Elpdio Donizetti

    18 Apresentao

  • o AUTOR E SUA OBRA

    o Desembargador Elpdio Donizetti tem vasta experincia profissional e de vida. Entre outras atividades, j foi cadete do Exrcito, professor de Matemtica e de Fsica em colgios e cursos pr-vestibulares e funcionrio do Banco do Brasil. N a rea jurdica, exerceu os cargos de promotor de justia nos Estados de Gois e Minas Gerais e de professor concursado na Universidade Federal de Uberlndia, onde lecionou Direito C i v i l e Processual C i v i l ; na Magistratura de Minas Gerais, foi juiz de direito, juiz corregedor, juiz eleitoral, juiz do Tribunal de Alada e presidiu, por dois mandatos, a Associao dos Magistrados Mineiros. Atualmente, desembargador do Tribunal de Justia de Minas Gerais, presidente da Associao Nacional dos Magistrados Estaduais - Anamages - e professor de Direito Processual C i v i l nos cursos de ps-graduao e preparatrio s carreiras jurdicas, ministrados pelo Curso Aprobatum.

    Como candidato a concursos na rea jurdica, ps em prtica mtodo que consiste no estabelecimento de u m programa bsico, na seleo do material a ser utilizado, na identificao dos canais (viso, audio e sinestesia) mais aptos compreenso e assimilao dos contedos estudados e na definio de u m plano de estudo para melhor aproveitamento do tempo disponvel. A aplicao desse mtodo valeu a Elpdio Donizetti onze aprovaes, sendo oito em primeiro lugar, e o ttulo de "campeo de concursos".

    N o magistrio jurdico, seja nos cursos de graduao, ps-graduao ou nos preparatrios s carreiras jurdicas, alm de transmitir amplo espectro de conhecimentos, fazendo-se a devida interUgao entre os diversos contedos, procura despertar seus alunos para tcnicas que possibilitam aumentar a capacidade de aprendizado e apreenso, por meio da otimizao da memria, da inteligncia e dos canais sensitivos. Para ele, ensinar vai muito alm da mera transmisso de informaes. "Ensinar motivar a utilizao de mtodos de raciocnio, como a induo e deduo, a fim de que o aluno, a partir de conhecimentos bsicos, possa expor com clareza, no s as informaes hauridas em salas de aula e nos manuais, mas, sobretudo, o ponto de vista pessoal, que vai distinguir e valorizar a prova". "Essa a receita do sucesso", resume o autor.

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    Como escritor, brindou a comunidade jurdica com obras indispensveis aos profissionais do Direito, sobretudo aos que se preparam para os concursos da rea jurdica.

    A sua experincia de professor de cursos preparatrios levou-o a publicar Roteiro para Concursos, Questes de Mltipla Escolha e Coleo para Concursos Jurdicos, todas esgotadas.

    O livro Curso Didtico de Direito Processual Civil, porque resulta do desenvolvimento de fichas de estudo e notas de aula, simples, direto e objetivo. N a obra, que agora se encontra na 15^ edio, o programa bsico do Direito Processual C i v i l , suficiente para garantir o xito do candidato em qualquer prova jurdica, foi desenvolvido com argumentao segura e em linguagem descomplicada. Obra recomendada a estudantes e professores dos cursos de Direito, profissionais atuantes nos fruns e candidatos a concurso da rea jurdica.

    N o livro Processo de Execuo, o autor, de forma simples e didtica, sem perder em essncia e profundidade, comenta todo o processo de execuo. Esse trabalho, que abrange a teoria geral da execuo, o cumprimento de sentena e a execuo de ttulos extrajudiciais, obra de leitura obrigatria por todos os operadores do processo, bem como pelos professores, estudantes de Direito e candidatos a concursos jurdicos.

    N o trabalho A ltima Onda Reformadora do Cdigo de Processo Civil, o Prof Elpdio Donizetti comenta, artigo por artigo, todas as alteraes levadas a efeito pelas Leis n"' 11.112/2005, 11.187/2005, 11.232/2005, 11.276/2006, 11.277/2006,11.280/2006,11.341/2006,11.382/2006,11.417/2006,11.418/2006, 11.419/2006ell.441/2007. Trata-se de obra indita nas letras jurdicas, porquanto, n u m tinico volume, o autor, de forma simples e direta, sem comprometimento do conteiido, apresenta todas as alteraes por que passou o estatuto processual. A leitura da obra dar ao profissional do Direito, ao estudante e ao candidato que se prepara para os concursos da rea jurdica uma viso global e sistematizada da nova disciplina do agravo, do cumprimento de sentena, da nova execuo de ttulo extrajudicial, da disciplina da smula vinculante, da regulamentao da clusula da repercusso geral e do processo eletrnico, entre outros temas atuais do Direito Processual C i v i l brasileiro.

    Elpdio Donizetti tornou-se conhecido no meio forense como juiz metdico, que, por meio de decises claras e objetivas, resolve as questes atinentes funo judicante com rapidez e eficcia. Essa qualidade retratada no Redigindo a Sentena Cvel, obra que, a despeito do ttulo, contm importantes ensinamentos acerca da elaborao de qualquer texto dissertativo, seja sentena cvel, penal ou trabalhista ou mesmo pareceres e resoluo de questes abertas. Por tais qualidades, indispensvel aos candidatos que almejam ingressar na carreira jurdica, bem como aos juizes que se iniciam na funo judicante.

    N a obra Aes Constitucionais, o renomado autor aborda, didaticamente, as aes constitucionais em uma perspectiva procedimental, sem descurar

    20 o Autor e sua Obra

  • Vol. I I -Di re i to Civil | Processo Civil | Direito Empresarial

    de aspectos dos direitos substanciais subjacentes ao respectivo processo. N o livro, discorre-se sobre a ao de Mandado de Segurana, A D I , A D C , A D P F , Mandado de Injuno, Habeas Data, Ao C i v i l Ptiblica, Ao Popular, Reclamao Constitucional e Improbidade Administrativa. A obra indispensvel a todos os que criam, aplicam e estudam o Direito, sobretudo queles que se preparam para os concursos jurdicos, nesse momento histrico marcado pela defesa dos direitos fundamentais, entre eles, a adequao das normas ordinrias aos preceitos constitucionais e os demais direitos difusos num sentido lato.

    N o livro Curso de Processo Coletivo, em coautoria com Marcelo Malheiros Cerqueira, os autores trazem uma abordagem completa sobre o processo e os direitos coletivos, dissecando todos os princpios e institutos da tutela jurisdicional coletiva, incluindo temas delicados, como as aes coletivas passivas e a transao envolvendo direitos coletivos. Esse trabalho, sem desviar de uma perspectiva didtica, traz conteiido aprofundado, inovador e atualizado com a jurisprudncia recente dos tribunais superiores, alm de discorrer sobre o procedimento no mandado de segurana coletivo segundo a Lei n 12.016/2009. Trata-se, por isso e tambm pelo crescente avano na disciplina do Direito Processual Coletivo, de consulta indispensvel aos profissionais e estudantes do Direito.

    Agora, para a satisfao dos profissionais que se preparam para os concursos s carreiras jurdicas, o prof Elpdio Donizetti e a Editora Mtodo lanam a 7^ edio da obra Para Passar em Concursos Jurdicos. O livro, antes apresentado em volume tinico, foi divido em trs: Volume I - Constitucional, Administrativo e Tributrio; Volume II - C i v i l , Processo C i v i l e Empresarial e Volume III -Penal e Processo Penal. A coleo contempla ainda mais dois volumes, que em breve estaro disposio dos dedicados concurseiros: Volume IV - Trabalho, Processo do Trabalho e Previdencirio e Volume V - Legislao Especial. Voc escolhe e paga somente os volumes de que precisa para se preparar.

    A obra completa retine mais de 5.000 questes objetivas, selecionadas e classificadas por ponto do programa das respectivas disciplinas. Voc encontrar, ainda, o gabarito e a justificao da assertiva correta no final de cada volume.

    A coleo Para Passar em Concursos Jurdicos destina-se a todos os candidatos a concursos ptiblicos, de cujos editais constam disciplinas jurdicas. Candidatos a Magistratura, Ministrio Ptiblico, Defensor Ptiblico, Delegado de Polcia (Estadual e Federal), Procuradorias (da Unio e dos Estados), Auditor Fiscal (da Receita Federal e da Previdncia Social), Exame de Ordem e aos diversos cargos nos tribunais federais e estaduais. Como salienta o autor, esta obra constitui u m instrumento, u m roteiro seguro para voc, que tem o ideal de ingressar nas carreiras jurdicas.

    Para sintetizar esta apresentao, basta afirmar que o autor tem alta qualificao como magistrado e professor, e experincia comprovada como

    o Autor e sua Obra I 21

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    candidato a concursos jurdicos. Essa rica experincia fez com que Elpdio Donizetti se tornasse o mais requisitado professor de Direito Processual C i v i l . Suas aulas e palestras so ouvidas e apreciadas por alunos e profissionais de todos os rinces deste Pas. Sua obra indispensvel aos universitrios, estudiosos, profissionais atuantes nos fruns, professores, candidatos a concursos jurdicos, enfim, a todos os que trabalham com o Direito nesse momento histrico, marcado pela velocidade, pela falta de tempo, e que almejam o sucesso e por isso priorizam a praticidade.

    22 O Autor e sua Obra

  • ORIENTAES AO CANDIDATO

    "Um caminho s um caminho, e no h desrespeito a si ou aos outros em abandon-lo, se isto que o corao nos diz... Examine cada caminho com muito cuidado e deliberao. Tente-o muitas vezes, tanto quanto julgar necessrio. S ento pergunte a voc mesmo, sozinho, uma coisa ... Este caminho tem um corao?

    Se tem, o caminho bom; se no tem, ele no lhe serve. Um caminho s um caminho ..."

    (Carlos Castaneda. Os ensinamentos de Don Juan.)

    O fato de voc ter adquirido esta obra demonstra que j escolheu o caminho que trilhar: o caminho dos concursos, seja para o cargo de Promotor de Justia, Juiz de Direito, Defensor Pblico, Procurador Federal, Delegado Federal, Advogado da Unio ou qualquer outro da rea jurdica. rdua ser a tarefa de preparar-se para as provas.

    certo que a recompensa maior advm com a aprovao. Entretanto, no se pode perder de vista que qualquer concurso como uma corrida. Muitos, por despreparo, intelectual ou psicolgico, no comparecem partida ou correm somente alguns metros. Outros, com u m pouco mais de treinamento, vo mais longe, aproximam-se da linha de chegada. Os vencedores so os persistentes, os que se utilizam da experincia anterior para alcanar a vitria.

    Qualquer que seja a sua posio, no desanime. Q u e m nunca teve uma derrota nunca avanar. O importante persistir, pois s assim, seja neste ou em outro concurso, voc obter a aprovao. Todos os anos, inmeros concursos so realizados. Se no vencer desta vez, outras chances lhe sero oferecidas. O importante acreditar que o seu lugar est reservado e que voc ir alcan-lo.

    O estudo deve comear pela minuciosa anlise do programa. indispensvel que, ao final dessa anlise, voc tenha uma viso global de todas as matrias a serem estudadas, com percepo dos pontos fceis, difceis e os ignorados.

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    V a uma livraria ou biblioteca e faa uma leitura seletiva, procurando inteirar-se superficialmente daqueles temas sobre os quais voc tem dificuldade ou pouco conhece. A partir da, selecione a bibliografia a ser utilizada: livros de doutrina, cdigos anotados e secos e legislao especial. No se esquea de que o melhor livro o seu, aquele que voc est acostumado a manusear, no qual os temas pesquisados so facilmente encontrados. D preferncia aos manuais. Quanto mais simples e direta a linguagem, melhor.

    Estabelea u m plano de estudo. Alguns preferem dividir o tempo destinado ao estudo em horrios, analisando mais de uma disciplina em u m s dia. Outros preferem esgotar uma disciplina e em seguida iniciar o estudo de outras.

    De minha parte, preferia seguir rigorosamente a ordem do programa. Se este comeava com Direito Penal, estudava primeiramente essa disciplina, ponto por ponto, at o final, e, em seguida, iniciava outra. Para maior aproveitamento, fazia u m resumo sinttico, no qual, por meio de palavras ou frases, representava as idias principais extradas do livro de doutrina. N o final de cada ponto, relia o resumo e fazia exerccios sobre o que fora estudado. Idntica praxe era adotada no final da disciplina, sendo que as folhas com as palavras representativas das idias eram grampeadas sob u m ttulo (Direito Penal, v.^.).

    A o final de cada disciplina, detinha-me nos pontos a ela referentes e certificava-me, sem preocupao de lembrar textualmente a mensagem, se tinha uma idia relativamente precisa acerca dos temas estudados, se era capaz de sobre eles discorrer. E m caso afirmativo, prosseguia; ao contrrio, voltava e relia.

    Depois de estudar todos os pontos, fazer a prova e, ao tomar conhecimento do resultado, solenemente queimava o programa.

    A voc que adquiriu este livro, sugiro que siga os pontos estabelecidos no programa do concurso de sua escolha, estudando uma ou mais disciplinas de uma vez, a seu critrio. Estude em u m manual a parte terica e depois resolva os exerccios. Eles ajudam a fixar a matria. Caso disponha de pouco tempo, resolva apenas os testes e confira a resposta com o gabarito. Para as provas abertas -geralmente a segunda etapa dos concursos - , entretanto, indispensvel que voc resolva as questes dissertativas.

    Muitas questes so pedidas em mais de um concurso. Resolvendo com segurana as questes objetivas, com u m ndice de acerto de pelo menos 70%, voc estar preparado para a primeira etapa das provas. A resoluo das questes dissertativas completa a sua preparao, habilitando-o para as etapas posteriores, se houver.

    As provas objetivas de u m modo geral so informativas, bastando para a resoluo das questes a apreenso de textos de dispositivos legais, os quais, de regra, no podem ser manuseados no momento da prova. A o contrrio, as provas discursivas so mais analticas, ou seja, cobram-se anlise e interpretao de dispositivos legais, conhecimentos doutrinrio e jursprudencal. Assim, para

    24 I Orientaes ao Candidato

  • Vol. II - Direito Civil | Processo Civil | Direito Empresarial

    a primeira etapa das provas, importante que o candidato leia atentamente a lei, procurando fixar o seu sentido. Para as demais etapas, se houver, alm do conhecimento da legislao, avulta-se a importncia dos conhecimentos hauridos nos manuais de doutrina e na jurisprudncia.

    Ningum mais sbio, mais inteligente, melhor ou pior do que ningum. As pessoas so apenas diferentes. Por isso, no existe u m modelo de treinamento. A preparao deve respeitar as diferenas de cada um. Procure, pois, a melhor maneira de compreender, apreender e fixar o que est lendo ou estudando.

    A neurolingustica, no que tange rea sensorial, divide as pessoas em preferencialmente visuais, auditivas ou sinestsicas. Se voc tem facilidade para apreender imagens visuais, basta que leia e faa resumos. Se encontrar dificuldade com esse mtodo de estudo, experimente gravar o que estiver lendo para depois ouvir. Finalmente, para os sinestsicos, o mais recomendvel que procurem dar concretude aos conceitos estudados. Entretanto, bom no perder de vista que o ser humano, em face de sua complexidade, no cabe numa simples teoria. Escolha seu prprio caminho, utilizando u m ou todos os sentidos (canais). Os concursos, mormente os da rea jurdica, so reputados srios. No acredite em falcatruas, em recomendaes de pessoas importantes, em cartas marcadas. Estes sos os argumentos dos fracassados. A fraude pode eventualmente ocorrer ou ter ocorrido neste ou naquele concurso, mas no constitui a regra. O candidato, em todos os aspectos de sua preparao, deve se preocupar com o geral, no com as excees.

    Voc tem u m ideal. Lute por ele e todas as foras da natureza conspiraro a seu favor. Af inal , a colheita vem do suor, no do orvalho. Para passar em concursos, s h u m caminho. Portanto, mos obra.

    Elpdio Donizetti

    Orientaes ao Candidato 25

  • DO AUTOR AO LEITOR

    M e u caro leitor, como voc bem sabe, errar humano. A i n d a mais quando se trata de u m livro que rene questes extradas de centenas de concursos, elaboradas por milhares de examinadores, cada u m com uma cabea e, portanto, com uma sentena.

    Como o autor humano - pelo menos at o momento mantive-me firme nessa crena - , este trabalho por certo contm falsos juzos, enganos ou incorrees.

    Diante dessa inexorvel contingncia do ser humano, s me resta u m pedido: se voc, na leitura deste trabalho, perceber alguma coisa que equivalha a erro, por favor, entre em contato comigo. O livro, tal como o ser humano, exige constantes aperfeioamentos. Corta-se aqui, retoca-se acol e nunca est pronto e acabado. Contribua, pois, com o aperfeioamento do autor, ou melhor, da obra.

    Elpdio Donizetti

  • CARTA DO LEITOR

    Prezado Professor Elpdio Donizetti,

    uma honra receber u m e-mail do Senhor, fico Usonjeado e grato pela sua ateno. Sempre leio suas obras e me so muito teis no aprimoramento do meu ensino. Fico contente em dar essa mnima contribuio sua obra.

    Joo Carlos

    Prezado Professor Elpdio,

    Bom dia. Tudo bem? A exemplo da questo 356 de constitucional (p. 831), a questo 379 (p. 837), 6.* edio, que o caderno de resposta aponta como correta o item "b", atualmente, pelo mesmo motivo da primeira questo, tambm estaria correto o item "c", tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal, revendo sua posio, passou a admitir o controle concentrado dos atos estatais de efeitos concretos. Desde j agradeo. U m grande abrao,

    Gilberto de Souza

    Prezado Dr. Elpdio,

    Gostaria de parabeniz-lo pela qualidade das constantes obras jurdicas que tm sido editadas pelo senhor. O motivo do meu contato em virtude de comunic-lo de u m erro ocorrido na edio P A R A P A S S A R E M C O N C U R S O S JURDICOS, mais especificamente no C A D E R N O D E RESPOSTAS, no que se

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    refere a PROCESSO P E N A L - QUESTO 271. Est escrito como "Assertiva correta (e)", porm, no C A D E R N O D E QUESTES, o quesito 271 tem como assertivas apenas as letras a,b,c,d, sendo que a resposta correta a letra d. Espero ter contribudo, com carinho.

    Lucas Meira

    30 Carta do Leitor

  • Direito Civil Questes objetivas

  • Vol. II - Direito Civil | Processo Civil | Direito Empresarial

    1. LEI DE INTRODUO S NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO*

    1. (Promotor de Justia - SP- MPE/SP - 2010) Assinale a alternativa incorreta: a) no possvel executar provisoriamente sentena estrangeira. b) a execuo da sentena estrangeira pressupe homologao pelo Superior Tribunal

    de Justia. c) as sentenas estrangeiras meramente declaratrias do estado de pessoas dependem

    de homologao. d) o exequatur da carta rogatria somente ser concedido se no contrariar a ordem

    ptiblica, a soberania nacional e os bons costumes. e) ser permitido o novo casamento no Brasil, desde que os nubentes faam juntar na

    habilitao matrimonial a sentena do divrcio proferida no estrangeiro h mais de um ano, devidamente traduzida, em lngua portuguesa, por intrprete autorizado ou juramentado.

    2. (Auditor/TCE - M G - 2007) Considere as seguintes afirmaes: I - Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em todo o pas quarenta e cinco

    dias depois de oficialmente publicada. II - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleam perodo de

    vacncia far-se- com a incluso da data da publicao e do ltimo dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente sua consumao integral.

    a) As afirmaes I e II so corretas. b) Somente a afirmao I correta. c) Somente a afirmao II correta. d) As afirmaes I e II so incorretas. e) As afirmaes I e II so colidentes entre si e nenhuma delas corresponde a regra

    jurdica em vigor

    3. (Juiz do Trabalho - 1" Regio - 2005) O princpio da continuidade assim se enuncia: a) a norma revogada continua vinculante para os casos anteriores sua revogao. b) a norma atinge os efeitos de atos jurdicos praticados sob o imprio da lei revogada. c) no se destinando vigncia temporria, a norma estar em vigor enquanto no

    surgir outra que a altere ou revogue. d) h incompatibilidade entre a lei nova e a antiga, se a nova regular inteiramente a

    matria tratada pela anterior e) a norma s obriga no espao nacional, ou seja, no seu territrio, mas suas guas e na

    sua atmosfera.

    4. (Auditor/TCE - A M - 2006) Sobre a vigncia da lei so corretas as seguintes afirma-es: I - Salvo disposio contrria, a lei comear a vigorar em todo o pas um ms e meio

    depois de oficialmente publicada.

    Ementa do Decreto-lei 4.657/1942 alterada pela Lei 12.376/2010. Assim, onde consta "Lei de In -troduo ao Cdigo Civi l" deve-se ler "Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro".

    Questes objetivas ! 33

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    II - A lei posterior revoga a anterior quando regular inteiramente a matria de que tratava a lei anterior

    III - A lei nova que estabelece disposio geral a par das j existentes, no revoga nem modifica a lei anterior

    IV - Salvo disposio contrria, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigncia.

    V - As leis permanentes e temporrias s se revogam com a supervenincia de outra lei.

    So corretas as afirmaes: a) l e l l . b) II e III. c) I l e l V . d) III e V e) IV eV.

    5. (Juiz de Direito - SP - 2007) Considere as seguintes afirmaes: I - as leis, atos e sentenas de outro pas tero eficcia no Brasil, quando no ofenderem a

    soberania nacional e a ordem ptiblica, ainda que atentem contra os bons costumes. II - a lei nova, que estabelea disposies gerais e especiais a par das j existentes, no

    revoga nem modifica a lei anterior III - a lei destinada vigncia temporria ter vigor at que outra a revogue. IV - as correes a texto de lei j em vigor consideram-se lei nova. Pode-se afirmar que so corretas apenas a) I,IIeIII. b) II e IV c) II. d) I, II e IV

    6. (Juiz do Trabalho - 24' Regio - 2005) Com relao "vigncia" e "revogao" da lei, assinale a INCORRETA: a) Durante a vacatio legis, continua a ser aplicvel a lei anterior, fenmeno chamado de

    ultratividade da lei. b) Revogao o gnero, das quais so espcies a ab-rogao e a derrogao. c) O direito brasileiro no aceita o efeito repristinatrio da lei revogada. d) A lei nova em vigor ter efeito imediato e geral, respeitados o ato jurdico perfeito, o

    direito adquirido e a coisa julgada. e) A lei nova, que estabelea disposies gerais ou especiais a par das j existentes, no

    revoga nem modifica a lei anterior

    7. (Procurador do Estado - SP - 2006) A Lei A, de vigncia temporria, revoga expres-samente a Lei B. Tendo a lei revogadora perdido a vigncia, certo que: a) a lei revogada automaticamente restaurada, j que a lei revogadora temporria, e,

    os seus efeitos estavam apenas suspensos.

    34 Questes objetivas

  • Vol. II - Direito Civil ] Processo Civil | Direito Empresarial

    b) a lei revogada automaticamente restaurada, j que no se pode ficar sem lei. c) a lei revogada no se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigncia, porque no

    admitido o princpio da comorincia. d) a lei revogada no se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigncia, salvo dis-

    posio expressa neste sentido. e) como no existe lei de vigncia temporria, a revogao da anterior nunca teria

    acontecido.

    8. (OAB - M G - Abril - 2007) De acordo com o disposto na Lei de Introduo ao C-digo Civil , quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de acordo com os seguintes critrios, EXCETO : a) Analogia. b) Princpios gerais do direito. c) Costumes. d) Equidade.

    9. (OAB - SP - 2008/3) Acerca do que dispe a Lei de Introduo ao Cdigo Civil , assinale a opo correta. a) O direito adquirido aquele que foi definitivamente incorporado ao patrimnio de

    seu titular, seja por se ter realizado o termo preestabelecido, seja por se ter imple-mentado a condio necessria.

    b) A lei nova que estabelea disposies gerais ou especiais a par das j existentes revoga a lei anterior, ainda que no o declare expressamente.

    c) A analogia e a interpretao extensiva so institutos jurdicos idnticos. d) Em qualquer situao, possvel a utilizao dos costumes contra legem como ins-

    trumento de integrao do ordenamento jurdico.

    10. (OAB - Nordeste - 2005/1) Dispe a Lei de Introduo do Cdigo Civil que a) o regime de bens, legal ou convencional, obedece lei do pas em que tiverem os

    nubentes domiclios, e, se este for diverso, do liltimo domiclio conjugai. b) salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em todo o pas 60 dias depois de

    oficialmente publicada. c) a lei do pas em que for nata a pessoa determina as regras sobre o comeo e o fim

    da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de famlia. d) a obrigao resultante do contrato reputa-se constituda no lugar em que residir o

    proponente.

    n . (OAB - RS - 2006/1) Relativamente Lei de Introduo do Cdigo Civil , assinale a assertiva correta. a) A lei comea a vigorar no prazo de 45 dias aps sua promulgao, sem excees. b) Considera-se ato jurdico perfeito aquele j consumado segundo a lei vigente ao

    tempo em que se efetuou. c) O regime de bens, legal ou convencional, obedece lei do pas onde foi celebrado

    o casamento. d) Na aplicao da lei, o juiz decidir o caso de acordo com a analogia.

    Questes objetivas ! 35

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    12. (Promotor de Justia - SP- MPE/SP - 2010) Assinale a alternativa incorreta: a) a interpretao extensiva recurso passvel de ser utilizado pelo aplicador do direito

    quando no existir norma jurdica que regule a matria. b) o princpio geral de direito introduzido no direito positivo caracteriza-se como

    clusula geral. c) a analogia, os costumes e os princpios gerais do direito so elementos de integrao

    do direito. d) a analogia legis a analogia propriamente dita e a analogia jris a que d soluo

    igual a duas hipteses em virtude da mesma razo de direito. e) a equidade recurso passvel de ser utilizado pelo aplicador do direito nos casos de

    lacuna da lei.

    13. (Juiz do Trabalho - 23" Regio - 2006) Assinale a alternativa correta: a) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela

    compatvel ou quando regule inteiramente a matria de que tratava a lei anterior b) A lei nova, que estabelea disposies gerais ou especiais a par das j existentes,

    modifica a lei anterior c) Ab-rogao a supresso total da norma anterior e a derrogao torna sem efeito

    uma parte da norma. d) Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou algum por ele,

    possa exercer, como aqueles cujo comeo do exerccio no tenha termo prefixo, ou condio preestabelecida altervel, a arbtrio de outrem.

    e) Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em todo o pas quarenta dias depois de oficialmente publicada.

    14. (Auditor/TCE - MA - 2005) Conforme a Lei de Introduo ao Cdigo Civil, consi-dere as seguintes assertivas: I - A sucesso de bens de estrangeiros, situados no Pas, ser regulada pela lei brasi-

    leira em benefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, independentemente de ser a lei pessoal do de cujus mais favorvel.

    II - Os Governos estrangeiros, bem como as organizaes de qualquer natureza, que eles tenham constitudo, dirijam ou hajam investido de funes piiblicas, podero adquirir no Brasil bens imveis ou susceptveis de desapropriao.

    III - O regime de bens, legal ou convencional, obedece lei do pas em que tiverem os nubentes domiclio, e, se este for diverso, a do primeiro domiclio conjugai.

    Est correto SOMENTE o que se afirma em a) l e l L b) I e III. c) I l e l I L d) II. e) III.

    15. (Juiz do Trabalho - 7 Regio - 2005) A analogia jris: a) Surge do fato de que as notas, que trazem a tnica da semelhana de um objeto a

    outro, convenham ao segundo em grau distinto do primeiro.

    36 ! Questes objetivas

  • Vol. II - Direito Civil | Processo Civil | Direito Empresarial

    b) o argumento consistente em ter por ordenado ou permitido, de modo implcito, algo menor do que o que est determinado ou autorizado expressis verbis.

    c) Parte do fato de que uma disposio normativa inclui certo comportamento num modo dentico, excluindo-se de seu mbito qualquer outra conduta, isto , um com-portamento "C" estando proibido, qualquer conduta "No - C" est permitida.

    d) Estriba-se num conjunto de normas, para extrair elementos que possibilitem sua aplicabilidade ao caso concreto no contemplado, mas similar

    e) Consiste em passar da validade de uma disposio normativa menos extensa para outra mais ampla, necessitando-se, para tanto, do auxlio de valoraes.

    16. (Juiz do Trabalho - 24 Regio - 2006) Assinale a alternativa INCORRETA. a) O princpio da continuidade das leis enuncia que a lei permanece em vigor at que

    outra a modifique ou revogue. b) Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicao de seu texto, destinada a

    correo, a vacatio legis comear a correr da nova publicao. Se j em vigor a lei, eventuais correes em seu texto consideram-se lei nova.

    c) A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleam perodo de vacncia far-se- com a incluso da data da publicao e do liltimo dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente sua consumao integral.

    d) Em matria de aplicao espacial de normas jurdicas, o Brasil adota o princpio da territorialidade moderada.

    e) A revogao parcial de uma lei denomina-se ab-rogao e a revogao total deno-mina-se derrogao.

    17. (Defensor Ptiblico - M A - 2009) Segundo a Lei de Introduo ao Cdigo Civil Brasileiro (Decreto-Lei no 4.657/42): a) quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes,

    a equidade e os princpios gerais de direito. b) salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em todo o pas quarenta e cinco

    dias depois de oficialmente promulgada. c) nos Estados, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se trs meses depois de oficial-

    mente publicada, salvo disposio contrria. d) a lei nova, que estabelea disposies gerais ou especiais a par das j existentes, no

    revoga nem modifica a lei anterior e) salvo disposio em contrrio, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora

    perdido a vigncia.

    18. (Procurador Autrquico - ARCE - 2006) A sucesso, por morte, de estrangeiro, que no tenha cnjuge ou filho brasileiro, mas que possua bens imveis no Brasil, se regular pela lei a) do pas em que era domiciliado o defunto. b) brasileira, em relao aos bens situados no Brasil. c) correspondente nacionalidade do defunto. d) brasileira, se favorecer a qualquer herdeiro legtimo brasileiro.

    Questes objetivas I 37

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    19. (Procurador do Estado - A L - 2008) A respeito da vigncia e aplicao da lei, assinale a opo correta. a) A lei posterior revoga a anterior se for com ela incompatvel, ou se estabelecer dis-

    posies gerais a par das j existentes. b) Em que pese lei em vigor ter efeito imediato e geral, dever ser respeitado o direito

    adquirido, que se traduz naquele que j foi consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

    c) Como no pode deixar de decidir, quando a lei for omissa, o juiz dever atentar para os fins sociais a que ela se dirige e decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais do direito.

    d) Considerando que ningum pode se escusar de cumprir a lei, esta comea a vigorar a partir da sua publicao, salvo disposio em contrrio, tanto no Brasil como nos Estados estrangeiros.

    e) A derrogao torna sem efeito parte de uma norma, de forma que a norma no perder sua vigncia, pois apenas os dispositivos alcanados que no tero mais obrigatoriedade.

    20. (Defensor Pblico - PA - 2009) Em nossa legislao ptria a) a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com

    ela incompatvel ou quando regule inteiramente a matria de que tratava a lei ante-rior. Entretanto, caso estabelea disposies gerais ou especiais a par das j existentes, no revoga nem modifica a lei anterior

    b) a lei comea a vigorar em todo o pas, salvo disposio contrria, na data de sua publicao.

    c) a lei, sem exceo, ter vigor at que outra a modifique, revogue ou que ela caia em desuso.

    d) na aplicao da lei, o juiz atender aos fins sociais a que ela se dirige e s exigncias do bem comum, sendo certo que, ao interpret-la, o juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais de direito.

    e) se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicao de seu texto destinada a correo, ainda que mantida a vacatio legis, o incio de sua vigncia ocorrer no dia da nova publicao.

    21. (Promotor de Justia - SP - 2005) Quando o conflito normativo for passvel de so-luo mediante os critrios hierrquico, cronolgico e da especialidade, estaremos diante de um caso de a) conflito normativo intertemporal. b) conflito jurdico-positivo de normas. c) conflito jurdico-negativo de normas. d) antinomia real. e) antinomia aparente.

    22. (Procurador da Fazenda Nacional - 2007) Assinale a opo correta. a) Os meios probatrios regular-se-o pela lex fori por pertencerem ordem processual

    e o modo de produo dessas provas reger-se- pela norma vigente no Estado onde ocorreu o fato.

    38 i Questes objetivas

  • Vol. II - Direito Civil | Processo Civil | Direito Empresarial

    b) A nossa Lei de Introduo ao Cdigo Civil no contm qualquer proibio expressa e categrica do retorno; assim, o juiz poder ater-se s normas de direito internacional privado do pas em que ocorreu o fato interjurisdicional sub judice.

    c) A interpretao teleolgica tambm axiolgica e conduz o intrprete-aplicador configurao do sentido normativo em dado caso concreto, j que tem como critrio o fim prtico da norma de satisfazer as exigncias sociais e a realizao dos ideais de justia vigentes na sociedade atual.

    d) s coisas in transitu aplicar-se- a lex reisitae. e) A locus regit actum uma norma de direito internacional privado para indicar a lei

    aplicvel forma intrnseca do ato.

    23. (Juiz do Trabalho - 9' Regio - 2009) Considere as seguintes proposies: I - Com exceo das normas constitucionais federais, que prevalecem sobre todas as

    categorias de normas complementares ou ordinrias vigentes no Brasil, no existe hierarquia absoluta entre leis federais, estaduais e municipais, j que esse escalona-mento objetivo s prevalece quando houver competncia normativa concorrente entre os entes da federao.

    II - Por analogia estende-se a um caso no previsto aquilo que o legislador previu para um caso semelhante, em igualdade de razes, preenchendo uma lacuna na lei, en-quanto na interpretao extensiva supe-se que a norma existe, sendo passvel de aplicao ao caso concreto, desde que sua abrangncia seja estendida alm do que usualmente se faz. Quando se afirma a existncia de uma lacuna legal e se nega a aplicao de norma por analogia ao caso concreto, o operador jurdico ainda pode utilizar os princpios gerais de direito para a soluo do conflito.

    III - A equidade um elemento de integrao da lei e pode ser utilizada para abranda-mento do texto legal, amoldando a justia especificidade de uma situao real.

    IV - Os princpios gerais de direito so enunciaes normativas de valor genrico, que condicionam e orientam a compreenso do ordenamento jurdico, quer para a sua aplicao e integrao, quer para a elaborao de novas normas, abrangendo tanto o campo da pesquisa pura do Direito quanto o de sua atualizao prtica.

    V - Quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os cos-tumes e os princpios gerais de direito. Na aplicao da lei, o juiz atender aos fins sociais a que ela se dirige e s exigncias do bem comum.

    a) todas as proposies esto corretas b) somente as proposies I, II, III e IV esto corretas c) somente as proposies II, III, IV e V esto corretas d) somente as proposies I, III, IV e V esto corretas e) somente as proposies I, II, IV e V esto corretas

    24. (Juiz do Trabalho - 3' Regio - 2009) Sobre a eficcia espacial e temporal da lei, leia as afirmaes abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: I - Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em todo o pas quarenta e cinco

    dias depois de oficialmente publicada. o que se convencionou chamar de "vacatio legis". Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicao de seu texto, des-tinada a correo, o prazo comear a correr da nova publicao, mas as correes

    Questes objetivas 1 39

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    a texto de lei j em vigor consideram-se meras retificaes, sem necessidade de "vacatio legis".

    II - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatvel ou quando regule inteiramente a matria de que tratava a lei anterior, mas a lei nova, que estabelea disposies gerais ou especiais a par das j existentes, no revoga nem modifica a lei anterior

    III - Quando a lei revogadora perde a sua vigncia, a lei revogada , em regra, restau-rada.

    IV - A lei do pas em que a pessoa houver nascido determina as regras sobre o comeo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de famlia.

    V - As leis, atos e sentenas de outro pas, bem como quaisquer declaraes de vontade, no tero eficcia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pblica e os bons costumes.

    a) Somente uma afirmativa est correta. b) Somente duas afirmativas esto corretas. c) Somente trs afirmativas esto corretas. d) Somente quatro afirmativas esto corretas. e) Todas as afirmativas esto corretas.

    2. DAS PESSOAS

    25. (Procurador da Fazenda Nacional - 2006) Assinale a opo falsa. a) Uma pessoa pode ter o gozo de um direito sem ter o seu exerccio. b) A capacidade de gozo pressupe a capacidade de exerccio. c) A capacidade de gozo pode subsistir sem a capacidade de fato. d) A lei confere personalidade jurdica material ao nascituro. e) A lei admite restries ao exerccio de certos direitos pelos estrangeiros.

    26. (Juiz de Direito - SC - 2008) Observadas as proposies abaixo, assinale a alternativa correta, considerando as regras do Cdigo Civil . I - Somente pessoas naturais podem ser titulares de direitos de personalidade. II - A desconsiderao da personalidade jurdica deve ser decretada ex officio pelo juiz

    quando presentes elementos que autorizem a concluso do intuito de fraude. III - Os direitos de personalidade podem ser protegidos por tutela reparatria, vedado

    o uso da tutela inibitria. IV - A proteo aos direitos de personalidade tem incio j na vida intrauterina e no

    cessa com a morte. a) Somente a proposio IV est correta. b) Somente a proposio II est correta. c) Somente as proposies III e IV esto corretas. d) Somente as proposies I e II esto corretas. e) Somente as proposies II, III e IV esto corretas.

    40 Questes objetivas

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    27. (Promotor de Justia - SP- MPE/SP - 2010) Assinale a alternativa correta: a) os pressupostos para que ocorra a desconsiderao da personalidade jurdica so:

    existncia da pessoa jurdica, podendo se tratar de sociedade de fato; exaurimento do seu patrimnio social; abuso da personalidade jurdica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confuso patrimonial.

    b) a desconsiderao da personalidade jurdica medida excepcional, diante da auto-nomia patrimonial de que goza a pessoa jurdica.

    c) a desconsiderao da personalidade jurdica no se aplica no Direito de Famlia. d) o Ministrio Ptiblico intervindo no processo como "custos legis" no possui legi-

    timidade para requerer ao juiz que os efeitos de certas e determinadas relaes de obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou scios da pessoa jurdica.

    e) o Ministrio Ptiblico intervindo no processo como "custos legis" no possui legiti-midade para postular a desconsiderao da personalidade jurdica, salvo existindo interesse de incapaz.

    28. (Delegado da Polcia Civil - M G - 2007) Considerando os dispositivos do Cdigo Civil em vigor sobre os direitos da personalidade, assinale a alternativa INCORRE-TA: a) Com exceo dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade so intransmis-

    sveis e irrenunciveis, no podendo o seu exerccio sofrer limitao voluntria. b) valida, com o objetivo cientfico, ou altrustico, a disposio gratuita do prprio

    corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, sendo tal ato irrevogvel. c) Salvo por exigncia mdica, defeso o ato de disposio do prprio corpo, quando

    importar diminuio permanente da integridade fsica, ou contrariar os bons cos-tumes.

    d) Ningum pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento mdico ou a interveno ciriirgica.

    29. (Procurador Autrquico - Bacen - 2006) A existncia da pessoa natural termina com a morte, a) a qual pode ser declarada, pelo Juiz, sem decretao de ausncia, se for extremamente

    provvel a morte de quem estava em perigo de vida. b) presumindo-se a morte quanto aos ausentes, desde que aberta sua sucesso provi-

    sria. c) a qual nunca pode ser presumida. d) e o ausente ser presumido morto somente depois de contar oitenta (80) anos de

    idade e de cinco anos antes forem suas ltimas notcias. e) e o ausente ser presumido morto somente depois de passados dez (10) anos do

    pedido de sucesso definitiva.

    30. (Promotor de Justia - AP - 2005) Assinale a alternativa incorreta. Sobre a incapa-cidade relativa podemos afirmar que so incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer:

    Questes objetivas I 41

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    a) Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. b) Os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental, tenham

    o discernimento reduzido. c) Os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade. d) Os prdigos.

    31. (OAB - DF - Dezembro - 2005) No tm nenhuma capacidade de exerccio: a) Os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discerni-

    mento para a prtica desses atos. b) Os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental, tenham

    o discernimento reduzido. c) Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. d) Os prdigos.

    32. (Juiz de Direito - M G - 2006) Conforme dispe o Cdigo Civil , so absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil, EXCETO: a) os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. b) os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discerni-

    mento para a prtica de atos da vida civil. c) os menores de 16 (dezesseis) anos. d) os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    33. (Juiz Federal - TRF - 1" Regio - 2005) Quanto a pessoa fsica, julgue as assertivas: I - A pessoa natural ou fsica comea sua existncia com o nascimento com vida, mas

    a capacidade jurdica existe desde a concepo. II - Nascimento o fato, natural ou artificial, da separao do feto do ventre materno. III - O Cdigo Civil brasileiro nega a personalidade jurdica ao nascituro, mas lhe

    garante proteo para os direitos de que possa ser titular IV - A jurisprudncia brasileira nega o reconhecimento da capacidade processual ativa

    do nascituro.

    a) I, II e IV so verdadeiras. b) I, II e III so falsas. c) II e III so verdadeiras. d) I, III e IV so falsas.

    34. (Procurador do Estado - RR - 2006) Considere as seguintes afirmaes a respeito dos direitos da personalidade: I - O pseudnimo, ainda que adotado para atividade lcita, no goza de proteo legal. II - O servidor pblico no pode ser constrangido a submeter-se a tratamento ou a

    interveno cirrgica com risco de morte, para, se no tiver sucesso, obter apo-sentadoria por invalidez.

    III - A vida privada da pessoa natural inviolvel, salvo se exercer cargo pblico ou mandato eletivo.

    42 I Questes objetivas

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    IV - vlida, com objetivo cientfico, ou altrustico, a disposio, gratuita ou onerosa, do prprio corpo para depois da morte.

    V - Aplica-se s pessoas jurdicas, no que couber, a proteo dos direitos da persona-lidade.

    Esto corretas as afirmaes a) l e l l l . b) I l e l V c) II e V d) III e V e) IV e V

    35. (Juiz de Direito - M G - 2007) Na sistemtica do Cdigo Civil , os direitos da per-sonalidade so indisponveis. Mas, casualmente, admite-se temperamentos. Assim, so relativamente disponveis, de acordo com a lei: a) os direitos da personalidade da pessoa jurdica. b) os direitos subjetivos de exigir comportamento negativo dos outros, para proteo

    de direitos inatos. c) os direitos da personalidade da pessoa morta. d) o direito integridade fsica.

    36. (OAB - M G - Abril - 2007) Joo, aos dezoito anos, e Maria, aos 16 anos, casaram-se. Meses depois, Joo faleceu e Maria ficou viva aos 16 anos de idade. Com relao capacidade civil de Maria, assinale a alternativa CORRETA: a) Retorna incapacidade absoluta, anterior ao casamento. b) Retorna incapacidade relativa, em razo de sua idade. c) Deve ter o retorno incapacidade declarado por sentena. d) Permanece plenamente capaz para os atos da vida civil.

    37. (Auditor/TCE - A M - 2006) A proteo dos direitos da personalidade a) aplica-se somente s pessoas naturais e s pessoas jurdicas de direito pblico. b) em nenhuma hiptese se aplica s pessoas jurdicas. c) aplicvel indistintamente s pessoas naturais e jurdicas. d) aplica-se no que couber s pessoas jurdicas. e) aplica-se somente s pessoas naturais e s pessoas jurdicas constitudas na moda-

    lidade de associaes ou fundaes.

    38. (Procurador Autrquico - ARCE - 2006) A existncia da pessoa natural termina com a morte, presumindo-se esta quanto aos ausentes, a) desde a abertura da sucesso provisria. b) nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucesso definitiva. c) apenas depois de o ausente contar oitenta anos de idade. d) somente depois de dez anos da abertura da sucesso provisria. e) apenas se for extremamente provvel sua morte por estar em perigo de vida.

    Questes objetivas i 43

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    39. (Defensor Pblico - RN - 2006) Examine as assertivas abaixo I - Os direitos do nascituro so ressalvados desde a concepo. II - relativamente incapaz aquele que por causa transitria no puder exprimir sua

    vontade. III - A morte presumida no pode ser declarada sem a decretao da ausncia. IV - Cessar a menoridade pela autorizao de um dos pais, na ausncia do outro, em

    documento pblico, independente de homologao judicial. V - So registrados no registro pblico os casamentos e os divrcios. Esto corretos os itens a) l e l l l . b) l e l V c) IV e V d) III e IV.

    40. (Juiz do Trabalho - 14 Regio - 2006) Personalidade jurdica. I - Capacidade de exerccio a aptido do indivduo para, pessoalmente, adquirir

    direitos e contrair obrigaes. II - O nascituro, embora tenha proteo legal, no possui personalidade jurdica. III - A existncia da pessoa natural termina com a morte. Excepcionalmente, pode ser

    declarada a morte presumida sem a decretao de ausncia. IV - vlida, com objetivo cientfico, ou altrustico, a disposio gratuita do prprio

    corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Responda: a) todas as opes esto corretas. b) apenas as opes I e II esto corretas. c) apenas as opes II e III esto corretas. d) apenas as opes I e IV esto corretas. e) todas as opes esto incorretas.

    41. (OAB - SC - 2006/3) Em relao aos direitos da personalidade, assinale a alternativa correta: a) Os exerccios de alguns direitos da personalidade podem ser limitados mediante

    declarao expressa do titular, atravs de instrumento pblico. b) Ningum pode ser constrangido a submeter-se a tratamento mdico ou interveno

    cirrgica que traga risco sua vida. c) Quando h violao dos direitos da personalidade, deve-se pedir a indenizao pelas

    perdas e danos, mas no possvel a propositura de ao para que se faa cessar a leso.

    d) No possvel a disposio do corpo com objetivos altrusticos, no todo ou em parte, para depois da morte.

    44 I Questes objetivas

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    42. (Delegado da Polcia Civil - MS - 2006) Assinale a alternativa correta. a) A menoridade civil cessar para os menores apenas ao completar 18 anos e ainda no

    caso da concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento ptiblico.

    b) So pessoas jurdicas de direito privado, as fundaes, as sociedades, as autarquias e as associaes.

    c) No caso de homicdio doloso, cujo ru confessou a prtica delitiva, a declarao civil da morte presumida da vtima face no localizao do corpo, materializa o delito suscitado.

    d) Entende-se por comorincia, quando duas ou mais pessoas vm a bito na mesma ocasio, no se podendo definir quem faleceu primeiro, presumindo-se ento a morte simuhnea para os efeitos civis.

    e) A personalidade civil da pessoa comea desde sua concepo.

    43. (Defensor Pblico - SP - 2006) Com relao capacidade civil, hiptese correta: a) Menor entre 16 e 18 anos, por ser relativamente incapaz, no pode ser inter-

    ditado. b) Menor com 16 anos fez testamento, por instrumento pblico, deixando todos os

    seus bens para a me. Faleceu aos 25 anos, solteiro, sem filhos, deixando vivos pai e me. Em razo do testamento, com sua morte, todos os seus bens iro para a me, aps o regular processamento do testamento.

    c) Decretada a interdio do prdigo, fica o mesmo impossibilitado de praticar atos da vida civil e, portanto, est proibido de contrair matrimnio.

    d) So relativamente incapazes os brios eventuais e os prdigos. e) Um vivo, pai de dois filhos menores, interditado. Com a incapacidade do pai e

    sua conseqente interdio, os filhos menores sero representados pelo Curador do pai, automaticamente.

    44. (OAB - RJ - 32 Exame) Os direitos da personalidade so a) disponveis e prescritveis. b) disponveis e transmissveis por morte de seu titular c) prescritveis, mas transmissveis por ato inter vivos. d) intransmissveis e irrenunciveis.

    45. (Promotor de Justia - ES - 2005) Sobre os direitos da personalidade pode-se afir-mar, exceto: a) So intransmissveis, visto no poderem ser transferidos esfera jurdica de ou-

    trem. b) So extrapatrimoniais por serem insuscetveis de aferio econmica. c) So irrenunciveis j que no podero ultrapassar a esfera de seu titular d) So direitos subjetivos "excludendi alios", ou seja, direitos de exigir um comporta-

    mento negativo dos outros, protegendo um bem inato. e) So indisponveis no se admitindo que sejam objeto de contrato.

    Questes objetivas I 45

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    46. (Defensor Pblico - SP - 2007) Princpio que consagra o direito da pessoa capaz, de manifestar sua vontade e de dispor gratuitamente do prprio corpo, no todo ou em parte, aps a sua morte, com objetivo cientfico ou teraputico chamado pela doutrina de princpio a) da beneficncia altrusta. b) do consenso beneficente. c) do consenso afirmativo. d) do consentimento vlido. e) da autonomia de vontade.

    47. (Juiz Substituto - PR - PUC/PR - 2010) Dadas as assertivas abaixo, escolha a alter-nativa CORRETA: I - No induzem posse atos de mera permisso ou tolerncia, exceto quando decorrido

    o prazo mnimo hbil a ensejar prescrio aquisitiva via usucapio. II - A existncia de clusulas contraditrias em contrato de adeso, ou a incluso e

    clusula nova que contradiz outra j existente, se resolve, no primeiro caso, ado-tando-se a mais favorvel ao aderente e, no segundo, ser sempre vUda a clusula posteriormente inserida, desde que prevista antecipadamente clusula de renncia do aderente modificao do contedo contratual.

    III - A existncia da pessoa natural termina com a morte, exceto no caso de ausncia em que a morte presumida. Neste caso, em qualquer hiptese, a declarao da morte decorre a partir da decretao de ausncia.

    IV - lcita a disposio onerosa em vida de parte do prprio corpo, com objetivo cientfico e gratuita, se altrusta.

    a) Apenas a assertiva III est correta. b) Todas as assertivas esto incorretas. c) Apenas as assertivas II e IV esto corretas. d) Apenas a assertiva IV est correta.

    48. (Procurador do Estado - SP - 2005) Considerando o direito intimidade, possvel admitir que a) no encontra amparo jurdico no direito positivo. b) a vida interior de uma pessoa no pode ser licitamente exposta ao pblico. c) sem a autorizao de seu titular, no pode haver exposio pblica. d) o direito intimidade no absoluto e total. e) no oponvel erga omnes.

    49. (OAB - RS - 2007/1) Em relao aos direitos de personalidade, assinale a assertiva correta. a) Em princpio, o prenome da pessoa natural definitivo. b) Somente o cnjuge pode tutelar a honra da pessoa falecida. c) Nosso ordenamento legal no outorga proteo ao pseudnimo. d) O ato de disposio do prprio corpo no admite restries de qualquer espcie.

    46 I Questes objetivas

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    50. (Promotor de Justia - M G - 2006) Assinale a assertiva INCORRETA. a) A separao judicial faz desaparecer os deveres do casamento e participao patri-

    monial, porm mantm intacto o vnculo matrimonial. b) Excludos os aquestos a que faz jus a companheira, e inexistncia de herdeiros leg-

    timos, os bens particulares do falecido transformam-se em herana jacente. c) A sentena proferida de abertura da sucesso provisria tem seus efeitos imediatos,

    aps a sua publicao pela imprensa. d) Os sucessores provisrios representam ativa e passivamente os ausentes, aps serem

    empossados nos bens que compem o acervo. e) O casamento religioso poder produzir os efeitos civis, caso os nubentes atendam

    s exigncias contidas na legislao pertinente e audincia do M.P.

    51. (Defensor Ptiblico - RN - 2006) correto afirmar sobre a ausncia nos termos do Cdigo Civil que a) O cnjuge do ausente ser sempre o legtimo curador ainda que separado de fato

    por mais de dois anos antes da declarao de ausncia. b) No se declarar a ausncia da pessoa que deixar mandatrio, ainda que este no

    queira exercer o mandato, oportunidade na qual, poder o juiz, a requerimento, designar outro mandatrio.

    c) No sendo requerida no prazo legal a sucesso definitiva, os bens do ausente passaro ao domnio dos Municpios se localizados nas respectivas circunscries.

    d) A sucesso definitiva poder ser decretada desde logo, independente de sucesso provisria, quando o ausente contar com mais de oitenta anos de idade.

    52. (Promotor de Justia - SP- MPE/SP - 2010) Assinale a alternativa correta: a) os nascimentos, casamentos, divrcios e bitos so averbados no Registro Civil de

    Pessoas Naturais. b) o enteado ou a enteada poder adotar o nome de famlia do padrasto ou da madrasta,

    desde que assim requeira ao Oficial do Registro Civil. A averbao somente ser autorizada caso haja concordncia expressa do padrasto ou da madrasta.

    c) a averbao modalidade de ato registrrio e tem carter acessrio. d) os pais podem sempre escolher o prenome dos filhos. e) no caso de a criana morrer na ocasio do parto, tendo, entretanto, respirado, ser

    feito um assento com os elementos que couberem e com remisso ao bito.

    53. (Promotor de Justia - AP - 2005) Assinale a alternativa correta. Decorrido um ano da arrecadao dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando trs anos e no havendo interessados na sucesso provisria, a quem cumpre requerer ao juzo competente que se declare a ausncia e se abra proviso-riamente a sucesso?

    a) Ao cnjuge no separado judicialmente. b) Aos herdeiros presumidos, legtimos ou testamentrios. c) Ao Ministrio Ptiblico. d) Aos credores de obrigaes vencidas e no pagas.

    Questes objetivas I 47

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    54. (Promotor de Justia - SP- MPE/SP - 2010) Assinale a alternativa correta: a) as agncias reguladoras, como a ANEEL (Agncia Nacional de Energia Eltrica) e

    a A N VIS A (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria), consideradas autarquias sob regime especial, so pessoas jurdicas de direito ptiblico interno.

    b) quando o Cdigo Civil estabelece que o Ministrio Ptiblico velar pelas fundaes, acaba por lhe autorizar uma ao efetiva de fiscaUzao tanto na esfera admi-nistrativa como judicial. No obstante tal disposio legal, no est o membro do "Parquet" legitimado a ingressar com o procedimento tendente a extinguir a fundao.

    c) o Cdigo Civil considera como pessoas jurdicas de direito privado somente as associaes, as sociedades e as fundaes.

    d) a responsabilidade civil das pessoas jurdicas de direito ptiblico interno pressupe a ao ou omisso, culposa ou dolosa, dos seus agentes, o dano causado a terceiros e a relao de causalidade.

    e) as organizaes religiosas, os partidos polticos e as associaes beneficentes, cons-titudas segundo leis anteriores, no ficaram sujeitas a se adaptarem disposies do Cdigo Civil de 2002.

    55. (OAB - SP - Janeiro - 2005) Relativamente ao ausente, correto afirmar: a) Se o ausente aparecer nos dez anos seguintes abertura da sucesso definitiva ter

    direito aos bens existentes no estado em que se acharem, os subrogados em seu lugar, ou o preo que os herdeiros ou demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.

    b) O juiz, apenas a requerimento do Ministrio Ptiblico, poder declarar a ausncia, e nomear curador

    c) impossvel a declarao da ausncia quando houver mandatrio constitudo antes do desaparecimento.

    d) Declarada a ausncia, ao trmino de cinco anos contados da arrecadao dos bens do ausente, os interessados podero requerer a sucesso definitiva dos seus bens.

    56. (OAB - SP - 2008/3) O conceito de pessoa jurdica pode ser entendido como o conjunto de pessoas ou de bens arrecadados que adquire personalidade jurdica prpria por uma fico legal. Entre as teorias que procuram justificar a existncia da pessoa jurdica, a adotada no Cdigo Civil de 2002 a teoria a) da fico. b) negativista. c) da reaUdade objetiva ou orgnica. d) da reaUdade tcnica.

    57. (Juiz de Direito - PR - 2006) So pessoas jurdicas de direito ptiblico interno, de acordo com o Cdigo Civil : a) a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios, as autarquias, as sociedades

    de economia mista e as empresas piiblicas. b) a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Territrios, os Municpios, as autarquias,

    inclusive as associaes ptiblicas e as demais entidades de carter ptiblico criadas por lei.

    48 I Questes objetivas

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    c) a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Territrios, os Municpios, as autarquias, as fundaes, e as demais entidades de carter ptiblico criadas por lei.

    d) a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Territrios, os Municpios, as autarquias, as fundaes e os partidos polticos.

    58. (OAB - M G - Agosto - 2005) So pessoas jurdicas de direito privado, EXCETO: a) Partidos Polticos. b) Associaes. c) Autarquias. d) Organizaes Religiosas.

    59. (Delegado de Polcia Civil - DF/Universa - 2009) Acerca do domiclio, assinale a alternativa correta. a) A supervenincia de domiclio necessrio da pessoa natural, por si s, no afasta o

    seu domiclio voluntrio. b) necessrio o domiclio da pessoa submetida priso cautelar c) O elemento objetivo do domiclio corresponde inteno do sujeito de direito de

    permanecer no lugar de residncia ou moradia de forma permanente. d) Domiclio contratual aquele determinado por lei, em face de alguma situao

    jurdica da pessoa, como atividade ou profisso que exerce. e) O domiclio do interditado voluntrio.

    60. (Procurador do Estado - SE - 2005) Falecendo o associado de uma entidade de fins esportivos, cujo patrimnio tenha sido constitudo tambm com recursos do finado, que, por isto, titular de quota patrimonial, e nada dispondo a respeito o estatuto da associao, seus herdeiros a) no passaro qualidade de associado, mas podero herdar sua quota parte do

    patrimnio. b) sero automaticamente admitidos como associados, perdendo a sua quota do patri-

    mnio para a associao. c) sero automaticamente admitidos como associados e perdero sua quota do patri-

    mnio para os demais associados. d) no passaro qualidade de associado e os bens que compunham a quota parte do

    falecido sero destinados ao Municpio onde se situarem. e) sero admitidos como associados e os bens que compunham a quota parte do

    falecido sero alienados em leilo, podendo os herdeiros exercer o direito de prefe-rncia.

    61. (OAB - SP - Janeiro - 2005) No que diz respeito s pessoas jurdicas, INCORRETO afirmar: a) As pessoas jurdicas de direito pblico so civilmente responsveis pelos atos de seus

    agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

    b) Comea a existncia legal das pessoas jurdicas de direito pblico com a inscrio do ato constitutivo no registro pertinente, decaindo em cinco anos o direito do particular interessado pleitear a anulao de seus atos constitutivos.

    Questes objetivas i 49

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    c) So pessoas jurdicas de direito ptiblico externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional ptiblico.

    d) Obrigam a pessoa jurdica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.

    62. (Delegado de Polcia Civil - DF/Universa - 2009) Acerca da personalidade, da ca-pacidade e dos direitos da personalidade da pessoa natural, assinale a alternativa correta. a) A violao a direito da personalidade resta caracterizada por simples atentado ao

    bem jurdico tutelado, independentemente da intensidade da dor e do sofrimento infligidos ao titular

    b) Os menores de dezoito e maiores de dezesseis anos de idade no gozam dos atri-butos da personalidade jurdica, motivo pelo qual so relativamente incapazes de exercerem pessoalmente os atos da vida civil.

    c) No caso de comorincia, sendo os comorientes herdeiro um do outro, no haver direito sucessrio entre eles.

    d) A declarao judicial de morte presumida da pessoa natural somente ser admitida mediante a prvia decretao da ausncia.

    e) O direito a pretenso de indenizao patrimonial por violao aos direitos da per-sonalidade da pessoa natural imprescritvel.

    63. (Juiz de Direito - M G - 2006) Com relao s pessoas jurdicas, conforme dispe o Cdigo Civil , CORRETO afirmar que: a) as organizaes religiosas no tm personalidade jurdica. b) extinta a fundao, seu patrimnio ser revertido ao instituidor ou aos seus herdei-

    ros. c) a fundao somente poder constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou

    de assistncia. d) os partidos polticos so pessoas jurdicas de direito ptiblico.

    64. (Delegado da Polcia Civil - M G - 2005) Assinale a alternativa CORRETA: a) Para criar uma fundao, o seu instituidor far, por escritura ptiblica, testamento

    ou documento autntico, dotao especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando a maneira de administr-la.

    b) A Fundao somente poder constituir-se para fins religiosos, esportivos ou de assistncia.

    c) As associaes so constitudas para fins empresariais. d) Quando insuficientes para constituir a fundao, os bens a ela destinados sero, se

    de outro modo no dispuser o instituidor, incorporados em outra fundao que se proponha a fim igual ou semelhante.

    e) Se o estatuto da fundao no for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, a incumbncia caber a pessoa designada pelo Juiz.

    65. (Juiz de Direito - RS - 2009) Considere as assertivas abaixo sobre domiclio. I - A pessoa natural tem por domiclio a residncia com nimo definitivo.

    50 Questes objetivas

  • Vol. II - Direito Civil | Processo Civil | Direito Empresarial

    II - Ser considerado domiclio da pessoa natural qualquer das residncias em que , viva alternativamente. ,,ffeaHKWfi?# ift>i.b.iiW i ' b n i l - l

    III - O domiclio da pessoa natural, que no tenha residncia habitual, o lugar onde j se encontre.

    Quais so corretas? ' ; ; , t ' a^fss - s j* ' a) Apenas I >.^,u^'^ i, m ' * j , , 1^ b) Apenas II . - < . . . . i , *. c) Apenas III ' .i. .onj( , / I . d) Apenas l e III ' i - h m . . j . e) I, II e III , .. .-bfcnoqafl

    66. (Procurador do Estado - AL - 2008) Por vezes, a autonomia patrimonial da pessoa jurdica pode dar azo realizao de fraudes, o que pode ensejar a sua desconside-rao. Com base nessa teoria, assinale a opo correta. a) Se o juiz decidir pela desconsiderao da pessoa jurdica, a conseqncia mediata

    ser a invalidade do seu ato constitutivo, t b) Para que o juiz decida pela desconsiderao da pessoa jurdica, necessrio que haja

    ; abuso da personalidade jurdica, o que se caracteriza pelo desvio de finalidade ou pela confuso patrimonial.

    c) Diante dos princpios que norteiam as relaes contratuais, como a boa-f objetiva e a lealdade, mostra-se suficiente desconsiderao da pessoa jurdica a insolvncia do respectivo ente coletivo que, a toda evidncia, traga prejuzo aos credores.

    d) A teoria da desconsiderao tem sido alvo de crticas por impedir a preservao da empresa. M^S-M. :^> ^ tWsfr _ v>?frc'Kt?^i-i'

    e) Embora tenha sido fruto de construo jurisprudencial, hoje a teoria da desconsi-derao da personahdade jurdica tem respaldo legal e passou a ser apUcada como

    67. (OAB - RS - 2006/2) Em se tratando de pessoa jurdica, assinale a assertiva correta. a) A decretao da desconsiderao da personalidade da pessoa jurdica pressupe a

    existncia de fraude a credores. . . ,,. ,. . , . , , .otimtmamm

    b) A pessoa jurdica tem direito a pleitear dano moral. , ^ . , . , , , , , V '^i or'! i'

    c) Os partidos polticos sao pessoas jurdicas de direito publico. d) Adquire-se a personalidade jurdica mediante a assinatura do contrato social. r

    68. (Juiz do Trabalho - 13 Regio - 2006) Para que se possa alterar o estatuto da fun-dao, mister que a reforma: a) seja deliberada por dois teros dos competentes para gerir e representar a funda-

    o. b) seja deliberada pela metade dos competentes para gerir e representar a fundao. c) seja deliberada pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fun-

    dao. d) seja deliberada por um tero dos competentes para gerir e representar a fundao. e) nenhuma das respostas.

    Questes objetivas I 51

  • Elpdio Donizetti - Coleo Para Passar em Concursos Jurdicos

    69. (Juiz do Trabalho - 14' Regio - 2006) Pessoas jurdicas. I - Tendo a pessoa jurdica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um

    deles ser considerado domiclio para os atos nele praticados. II - A fundao somente poder constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou

    de assistncia. III - As associaes constituem-se numa unio de pessoas organizadas para fins eco-

    nmicos ou no econmicos. IV - Os partidos polticos so pessoas jurdicas de direito privado. Sero organizados

    e funcionaro conforme o disposto em lei especfica. Responda: a) todas as opes esto corretas. b) apenas trs opes esto corretas. c) apenas duas opes esto corretas. d) apenas uma opo est correta. e) todas as opes esto incorretas.

    70. (OAB - M G - Abril - 2006) Segundo a doutrina mais moderna, o esplio, segundo o tratamento prtico que lhe conferido, ser, quanto a sua natureza: a) pessoa jurdica. b) ente personificado. c) quase-pessoa. d) ente despersonalizado.

    71. (Defensor Ptiblico - PA - 2009) A capacidade de fato a) da pessoa natural inicia-se com o nascimento com vida, mas a lei pe a salvo, desde

    a concepo, os direitos do nascituro. b) da pessoa moral inicia-se com o nascimento com vida, mas a lei pe a salvo, desde

    a concepo, os direitos do nascituro. c) relativa entre os dezesseis e vinte e um anos de idade e absoluta a partir de ento. d) ser absoluta a partir dos dezoito anos incompletos e no perdida em razo do

    envelhecimento. e) no se apura exclusivamente com base no critrio etrio.

    72. (Auditor/TCE - A M - 2006) A criao e funcionamento das organizaes religiosas a) so livres, entretanto, permitido ao poder pblico negar reco