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COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO IVATÉ-PR/2012 1

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · IDENTIFICAÇÃO Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio Rua Serra dos Dourados, nº

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COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ ­ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO

IVATÉ­PR/2012

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SUMÁRIO

Apresentação............................................................................................................…3Identificação do Colégio............................................................................................ ...4Aspectos dos Atos Oficiais...........................................................................................4Organização, Localização e Características................................................................5Estrutura Física............................................................................................................7Recursos   Humanos   –   Direção,   Equipe   Pedagógica,   Docentes   e   Agentes Educacionais................................................................................................................8Objetivos Gerais......................................................................................................... 15Marco Situacional....................................................................................................... 16Marco Conceitual....................................................................................................... 23Proposta Pedagógica­Curricular................................................................................ 38

• Disciplina de Arte............................................................................................41• Disciplina de Biologia ….................................................................................60• Disciplina de Ciências Naturais …..................................................................65• Disciplina de Educação Física …...................................................................73• Disciplina de Ensino Religioso …...................................................................78• Disciplina de Filosofia …................................................................................82• Disciplina de Física …....................................................................................88• Disciplina de Geografia …..............................................................................93• Disciplina de História …..................................................................................98• Disciplina de LEM – Espanhol ….................................................................105 • Disciplina de LEM­ Inglês ….........................................................................113• Disciplina de Língua Portuguesa ….............................................................119• Disciplina de Língua Portuguesa ­ Sala de Apoio …....................................127• Disciplina de Matemática ….........................................................................132• Disciplina de Matemática – Sala de Apoio...................................................138• Disciplina de Química …..............................................................................141• Disciplina de Sociologia …...........................................................................146

Marco Operacional...................................................................................................150Projetos Desenvolvidos pela Escola…......…...........................................................155Referências..............................................................................................................168

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APRESENTAÇÃOO   projeto   não   é   algo   que   é   construído   e   em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais   como   prova   do   cumprimento   de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos,  por  todos os envolvidos com   o   processo   educativo   da   escola.   (VEIGA, 1997, p. 12).

        O projeto político­pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio ­ político e com os interesses reais e coletivos da comunidade.  É  politico no sentido de obrigação com a formação de cidadão  para  um  tipo  de  sociedade.  Como afirma Saviani   (2008):   “  a  dimensão politica     se   cumpre   na   medida   em   que   ela   se   realiza   enquanto   prática especificamente pedagógica.” Na dimensão pedagógica se encontra a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formar um cidadão participativo, responsável, comprometido, critico e criativo. Portanto, é pedagógico quando define as ações educativas e as características necessárias às escolas  de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.

Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade. Surge a necessidade de  um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social.

A construção desse projeto político­pedagógico contribui para estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas  pedagógicas que  levem a  instituição escolar   a   transgredir   a   chamada   "educação   tradicional",   cujo   conteudismo   de inspiração positivista está longe de corresponder às necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar. Para tal construção, foi convidada toda comunidade   escolar,   pais,   alunos,   funcionários,   professores,   direção,   APMF, Conselho Escolar para discutir quais são os entraves que dificultam a  melhoria do processo  ensino­aprendizagem.  E  assim,  buscar  possíveis   soluções  para  que  a escola   seja   realmente   um   espaço   democrático   de   socialização   do   saber historicamente   construído   pela   humanidade,   não   se   limitando   a   reproduzir   a realidade sócio­econômica em que está inserida. 

Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a   reproduzir   a   realidade   sócio­econômica   em   que   está   inserida,   e   relatarem principalmente   sobre   os  pontos   negativos,   e   a  partir   deles,   verificar   as   causas decorrentes, e assim buscar alternativas que possam contribuir para uma educação mais satisfatória ou de um espaço físico mais condizente ao ensino­aprendizagem. 

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IDENTIFICAÇÃOColégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e MédioRua Serra dos Dourados,  nº 4351Site: [email protected]­mail:[email protected]ódigo da escola: 00078Telefone: 044 3673­1155Município: Ivaté (código: 1165)Dependência Administrativa: Estadual ­ SEEDCódigo: 48196                NRE: Umuarama (Código: 028)Entidade Mantenedora: Governo Do Estado Do ParanáAto de Autorização do Colégio: Resolução nº. 3457/81 de 28/05/81Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº. 3447/81 de 30/12/81Ato   de   Renovação   do   Reconhecimento   do   Colégio:   Resolução   nº.   3120/98   de 11/09/98Distância do Colégio ao NRE: 50 kmLocalização do Colégio: Zona UrbanaOrganização da Entidade Escolar: Ensino Fundamental (5ª A 8ª séries) e Ensino MédioModalidades de Ensino: Ensino Fundamental e Ensino Médio regular.

ASPECTOS DOS ATOS OFICIAISOs atos oficiais que deram legalidade, denominando, autorizando 

e reconhecendo curso foram:­   Decreto   nº   3030/73,   DOE   17/01/73,   que   autoriza   o 

funcionamento do estabelecimento Grupo Escolar Rocha Pombo de 1ª a 4ª série;

­ Resolução nº 3457/81, DOE  28/05/81, que muda a denominação do estabelecimento para Colégio Rachel de Queiroz – Ensino de 2º Grau do distrito de Ivaté;

­ Resolução 3447/81, DOE 30/12/81, que reconhece o curso de 2º Grau Básico em Comércio;

­    Resolução    3022/83,  DOE 13/09/83,  que  muda  a  denominação  de Colégio Rachel de Queiroz ­ Ensino de 1º e 2º Graus para Colégio Estadual Rachel de Queiroz ­ Ensino de 1º e 2º Graus do Município de Umuarama;

­   Resolução   766/98,     DOE   26/03/98,   que   reconhece   o   Curso   de Magistério do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino de 1º e 2º Graus;

− Resolução   3120/98,   DOE   11/09/98,   que   muda   a   denominação   de Colégio   Estadual   Rachel   de   Queiroz   –   Ensino   de   1º   e   2º   Graus   para   Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio.

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ORGANIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICASO Colégio Estadual Rachel de Queiroz ­ Ensino Fundamental e Médio, 

está localizado à Rua Serra dos Dourados, nº 4351, atendendo alunos do Ensino Fundamental  (6º ao 9º ano) e Ensino Médio. O mesmo funciona em três turnos, sendo no período   matutino: Ensino Fundamental e Médio; no período vespertino: Ensino   Fundamental;   e   no   período   noturno:   Ensino   Médio.   O   horário   de funcionamento   no   período   matutino   é   das   07:30     às   11:55   horas;   no   período vespertino é das 13:00 às 17:25 horas; e no período noturno é das 18:55 às 23:05 horas.

O horário de aulas das disciplinas é feito no início do ano de uma forma que atenda uma boa acomodação para os alunos e professores. Dá­se preferência à geminação   das   aulas,   para   que   o   professor   tenha   um   tempo   maior   para   o desenvolvimento do conteúdo, facilitando assim para que haja uma aprendizagem eficaz.

A hora­atividade dos professores é organizada obedecendo o cronograma semanal   definido   pela   SEED   de   forma   que   possibilite   tempo   disponível   para discussões   coletivas   referentes   a   organização   do   trabalho   pedagógico   como: elaboração   do   da   PPC   e   PTD,   trocas   de   experiências,   análise   e   avaliação   de avanços e dificuldades relacionadas à aprendizagem, entre outras. No entanto, em alguns casos, não foi possível atender essa sugestão pois os professores trabalham em outras instituições de ensino. 

Para verificar a aprendizagem, utiliza­se  instrumentos diversificados de avaliação, considerando essa prática pedagógica  intrínseca ao processo de ensino e   aprendizagem,   com   a   função   de   diagnosticar   o   nível   de   apropriação   do conhecimento do aluno. Tal processo deve ser contínuo, cumulativo e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais   deste   no   conjunto   dos   componentes   curriculares   cursados,   com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Caso  não  haja  apropriação  do  conhecimento   é   concedido  ao  aluno  o direito de realizar a recuperação de estudos, de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.

Se ao final do processo de avaliação o aluno não obtiver aprovação final em 1 (uma) disciplina em regime seriado, poderá matricular com Progressão Parcial e cursá­la subsequente e concomitantemente à série seguinte, cursando­a em turno contrário ou com plano especial de estudos, se houver incompatibilidade de horário. Essa dependência não se aplica ao aluno que cursava o Ensino Fundamental e fará a matrícula inicial no Ensino Médio.

O   estabelecimento   pode     utilizar­se   do   Processo   de   Classificação   e Reclassificação   para   posicionar   o   aluno   na   série   compatível   com   sua   idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais.

A Educação básica nos níveis Fundamental e Médio, será organizado de acordo com a carga horária mínima anual de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias letivos.

Ivaté   está   localizado   na   região   noroeste   do   Paraná   e   conta   com aproximadamente  7.500   habitantes   na   zona   rural   e   urbana.   Possui   um   Distrito: 

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Herculândia, e três vilas rurais. Limita­se: ao norte com Querência do Norte e Santa Cruz do Monte Castelo; ao sul com Umuarama; ao leste com Douradina; e a oeste com Icaraíma.

Possui   clima   temperado   e   tem   como   fonte   de   renda   a   pecuária,     a sericicultura, o comércio e a indústria. Possui atualmente as seguintes industrias: Usina de Álcool e Açúcar Santa Terezinha; Petras Madeira Tratada, Laticínio Luana, e algumas facções.

 Ivaté é um município predominantemente agropecuário e conta em média com 60% das terras ocupada com  produção agrícola e 40% com pastagens.

Grande parte  dos alunos são da zona urbana.    Muitos dos alunos do período noturno trabalham na usina Santa Terezinha. Os habitantes da zona rural são pequenos produtores como sericicultores, hortifruticultores, pecuaristas ­ com pequena quantidade de gado leiteiro que abastece o laticínio do município.   Dentre os da zona rural, alguns são filhos de comerciantes, outros são de comerciários e vários são filhos de funcionários da Prefeitura Municipal. Muitos são de família que vem   para   o   corte   de   cana,   cujos   pais   trabalham   durante   o   dia   todo,   desde   a madrugada, dificultando o acompanhamento escolar de seu filho.

NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA/TURNO ­ ANO 2012

ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO

MANHÃ 6º A 7º A 7º B 8º A 8º B 9º A 9º B 1ªEM A 1ª  EM B 2ª  EM A 2ª EM B 3º EM A

Alunos 32 30 29 29 29 26 29 34 30 20 20 21

TARDE 6º B 7º C 7º D 8º C 8º D 9º C

Alunos 30 26 28 28 24 23

NOITE 1ª EM C 2ª EM C 3º EM B 3º EM C

Alunos 36 23 26 29

Subtotal 363 239

Total Geral:         602

Porte da Escola: IVTurnos de Funcionamento:

Matutino:   15 turmas, sendo 07 do   Ensino Fundamental, 05 do Ensino Médio, , 02  Sala de Apoio a aprendizagem e 01 do Programa Segundo Tempo (50 alunos);

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     Vespertino: 10 turmas, sendo 06 do Ensino Fundamental, 01 de Espanhol – CELEM ( Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna),   02 de Apoio a aprendizagem, 01 de Atividade Complementar – Artes e 01 do Programa Segundo Tempo (50 alunos);

      Noturno: 08 turmas, sendo 04 turmas do Ensino Médio, 01 de Espanhol – CELEM ( Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna), 01 de Técnico em Logística,   01   de   Técnico   em   Segurança   do   Trabalho   e   01   de   Técnico   em Administração – todos os cursos técnicos são Telessalas em parceria com o IFPR – Instituto Federal do Paraná;Números de alunos: 602Número de professores: 41Número de pedagogos: 05 Número de funcionários: 14Número de diretor auxiliar: 01Número de salas de aula: 16Organização escolar: organização por ano no Ensino Fundamental e série no Ensino Médio.

ESTRUTURA   FÍSICABuscando   ir   ao   encontro   das   metas   básicas   da   educação,   este 

estabelecimento possui um espaço físico assim distribuído:➢ 01 Sala Direção;➢ 01 Sala Secretaria;➢ 01 Sala Professoras Pedagogas;➢ 01 Sala de Arquivos da Secretaria;➢ 01 Sala Professores;➢ 01 Sala Biblioteca;➢ 14 salas de aula;➢ 01 Cozinha;➢ 01 Sala de depósito de merenda;➢ 01 Sala de Apoio à Aprendizagem (6º ano) e para o E­TEC   Brasil 

( Escola Técnica Aberta do Brasil);➢ 01 Sala de Apoio à Aprendizagem (9º ano);➢ 01 Laboratório de Física, Química, Biologia/Ciências;➢ 01   Laboratório   de   Informática   com   internet   ­   sistema   PRDigital   e 

Proinfo;➢ 02 banheiros para alunos;➢ 02 banheiros para professores e funcionários;➢ 01 sala para hora atividade;➢ 02 sala de almoxarifado;➢ 01 sala de Educação Física;➢ 01 casa do caseiro;➢ 01 quadra poliesportiva coberta;

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Todas as dependências estão em uso e acomodam satisfatoriamente o número de alunos da Rede Estadual. 

A ventilação é boa, pois além das janelas há ventiladores em todas salas. As salas de aula possuem  cesto para lixo, quadro de giz, TV Multimídia ( duas salas não possuem) e um armário de aço.

A instituição possui um grande pátio coberto  onde é servida a merenda, realizada reuniões com pais, promoções, etc. Possui também um palco onde são feitas apresentações artísticas, culturais, entre outras.

Além das salas de aulas,  existem outras salas que servem de espaço pedagógico:

Biblioteca –   com um acervo de aproximadamente 5.000 livros, além de diversas  revistas,     jornais,    globo,  mapas,  CDR, visando    incentivar  os alunos  à pesquisa e a outras atividades complementares;

Secretaria   –   onde   são   guardadas   toda   a   Documentação   Escolar (matrícula, histórico, declaração, transferências etc.);

Laboratório   de   Física,   Química   e   Biologia   –   possui   mesa   e   cadeiras suficiente para as atividades desenvolvidas pelos professores juntamente com seus alunos   nas   disciplinas   nominadas.   Contém   materiais   básicos   necessários   para realização de experimentos, como: reagentes, vidrarias, balanças, microscópios, etc.

Laboratório   de   informática   ­     possui     vinte   computadores   que   serão usados   pelos   professores   e   alunos   exclusivamente   nas   atividades   de   cunho pedagógico. Também há três projetores multimídia interativo que podem ser levados para as salas.

Videoteca   –   possui   aproximadamente   250   fitas   de   vídeo   que   contém conteúdos de todas as disciplinas, além de 70 DVDs.

Quadra Poliesportiva Coberta.Sala de Educação Física: possui tênis de mesa, armário de aço ( jogos de 

dominó, xadrez ).Depósito   de   Merenda   Escolar   –   neste   local   fica  estocada  a   merenda 

repassada pelo Governo do Estado que serão utilizadas para o   atendimento aos alunos do colégio.   

                           

RECURSOS HUMANOS – DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGICA

          DIREÇÃO: Diretor: Alberto Viduino Stela Diretor Auxiliar: Rinaldo Andreucci de Souza

                    PROFESSOR PEDAGOGO: 

Iraci Ferreira da SilvaGraduação: PedagogiaPós­Graduação: Especialização em Educação EspecialCargo: REPR

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Iolanda Aparecida RufinaGraduação: PedagogiaPós­Graduação: Especialização em Psicopedagogia

     Cargo: REPR 

Maria PestanaGraduação: PedagogiaPós­Graduação: Especialização em Educação EspecialCargo: REPR 

Neide Favero EspoladorGraduação: Estudos Sociais / Historia / Geografia  / PedagogiaPós­Graduação: Especialização em GeografiaCargo Efetivo: QPM

Neuza Valério de AbreuGraduação: Letras e PedagogiaPós­Graduação: Especialização em PsicopedagogiaCargo: REPR 

CORPO DOCENTE:

Adiel de OliveiraGraduação: Educação FísicaPós­Graduação: Especialização em Educação FísicaCargo Efetivo: QPM

Adelinda Ruht Nilson Graduação: Letras /Português e InglêsPós­Graduação:   Especialização   em   Educação   Especial   e   atendimento   as necessidades especiais.Cargo Efetivo: REPR

Ana Lúcia SantiagoGraduação: Ciências Econômicas com complementação em matemática Pós­Graduação: Especialização em educação de Jovens e AdultosCargo Efetivo: QPM

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Ana Delcia P. BarrosGraduação: QuímicaPós­Graduação: Especialização em Educação EspecialCargo Efetivo: REPR

Carlos de Oliveira SantiagoGraduação: HistóriaPós­Graduação: Especialização em Educação EspecialCargo Efetivo: REPR

Celina da Costa SantosGraduação: Português / InglêsPós­Graduação: Especialização em PortuguêsCargo Efetivo: QPM

Cibeli da CunhaGraduação: Acadêmica (Matemática)Cargo: REPR

Claudenir Romeiro PivaGraduação: Ciências e BiologiaPós­Graduação: Especialização em Biologia / Pedagogia Escolar  Orientação Supervisão e DireçãoCargo Efetivo: QPM

Clementina do Carmo MenegassiGraduação: Português / Inglês / PedagogiaPós­Graduação: Especialização em PortuguêsCargo Efetivo: QPM

Cristiane Sampaio FariasGraduação: QuímicaCargo: REPR

Delma Rufino CostaGraduação: Português / InglêsPós­Graduação: Especialização em PortuguêsCargo Efetivo: QPM

Deoly Eloi da SilvaGraduação: Estudos Sociais / Geografia Pós­Graduação: Especialização em Geografia

  Cargo Efetivo: QPM

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Durcelina dos Santos FerreiraGraduação: Educação Artística / Licenciatura Plena em Artes  PlásticasPós­Graduação: Metodologia do EnsinoCargo Efetivo: QPM

Edna Pereira GalvãoGraduação: LetrasPós­Graduação: Especialização em Língua PortuguesaCargo Efetivo: QPM

Ednalva Chalegre Nunes           Graduação: Letras – Espanhol

Pós­Graduação: Especialização em Produção Textual e Literatura Brasileira           Cargo Efetivo: QPM

Edson Chalegre NunesGraduação: Estudos SociaisPós­Graduação: Especialização em História do Mundo ContemporâneoCargo Efetivo: REPR

Erika AridaGraduação: Ciências e MatemáticaPós­Graduação: Especialização em Matemática e Educação Jovens e AdultosCargo Efetivo:QPM

Fernanda Buzon MarquesGraduação: Educação FísicaPós­Graduação: Especialização em Treinamento Desportivo Personalizado; Educação Especial; Educação Física EscolarCargo: REPR

Ilza Maria da SilvaGraduação: Português / InglêsPós­Graduação:   Especialização   em   Língua   Portuguesa   –   Metodologia   e Técnica em Produção de Texto.Cargo Efetivo: QPM

Iraci Leotério TavaresGraduação: Português / InglêsPós­Graduação:  Especialização  em Processo  de  Ensino­aprendizagem da Língua PortuguesaCargo Efetivo: QPM

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Ivanilda Dos SantosGraduação: LetrasPós­Graduação: Língua Portuguesa: Metodologia e Técnica de Produção de TextoCargo Efetivo: QPM

João Elói da Silva Graduação: Estudos Sociais / HistóriaPós­Graduação: Especialização em História do Mundo ContemporâneoCargo Efetivo: REPR

Jodele Paes MilaniGraduação: Ciências BiológicasCargo Efetivo: REPR

José Elói da Silva FilhoGraduação: Estudos Sociais / HistóriaPós­Graduação: Especialização em História do Mundo ContemporâneoCargo Efetivo: QPM

Laudemir SantinGraduação: HistóriaPós­Graduação:  Especialização em História do Mundo ContemporâneoCargo Efetivo: QPM

Lourival PestanaGraduação: Ciências e MatemáticaPós­Graduação: Especialização em Matemática e Educação EspecialCargo Efetivo:QPM

Luis Carlos de SouzaGraduação: Educação FísicaPós­graduação: Educação Especial Cargo: REPR

Luis Carlos PolinGraduação: GeografiaCargo: REPR

Magda Batista de SáGraduação: Artes PlásticasPós­Graduação: Especialização em Educação EspecialCargo: REPR

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Maria Aparecida Pedroso da SilvaGraduação: LetrasPós­Graduação: Especialização em  Educação Infantil

           Cargo: REPR

Maria Aparecida TavaresGraduação: MatemáticaPós­Graduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo: QPM

Maria de Lourdes CoelhoGraduação: Ciências BiológicasPós­Graduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo: QPM

Marluci de BritoGraduação:Ciências BiológicasPós­Graduação: Especialização em Química Ambiental Cargo  contrato: REPR

Neide Favero EspoladorGraduação: Estudos Sociais / Historia / Geografia  / PedagogiaPós­Graduação: Especialização em GeografiaCargo Efetivo: QPM

Rinaldo Andreucci de SouzaGraduação: Ciências e BiologiaPós­Graduação:   Especialização   em   Biologia;   Especialização   em   Biologia AquáticaCargo Efetivo: QPM

Rivelina Andreuci de SouzaGraduação: QuímicaPós­Graduação: Especialização em QuímicaCargo Efetivo: QPM

Rosangela de Souza Graduação: CiênciasPós­Graduação: Especialização em Ensino da Matemática eEspecialização em Educação Especial Cargo  Efetivo: QPM

Sérgio Lima PimentelGraduação: Filosofia

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Pós­Graduação: Metodologia do Ensino de Filosofia e SociologiaCargo: REPR

Sirley VieiraGraduação: Ciências e Matemática Pós­Graduação:   Especialização   em   Ensino   de   Matemática   e   Educação Especial.Cargo Efetivo: QPM

Sonia Amador TorneiroGraduação: LetrasPós­Graduação:   Especialização   em   Educação   Especial:   atendimento   às necessidades especiaisCargo Efetivo: REPR

Terezinha AndreguetteGraduação: GeografiaPós­Graduação: Ensino de Geografia e Pedagogia EscolarCargo: QPM

Agente Educacional II:  Secretária – Inês Ângela Navarro

Graduação: Ciências/BiologiaPós­Graduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo:QFEB

Técnico administrativo: Cristiane Mantelato KuhnGraduação: PedagogiaCargo Efetivo: QFEB

Técnico administrativo: Maria de Lourdes Coelho Graduação: Ciências/BiologiaPós­Graduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo: QFEB

Técnico administrativo: Maria José da Silva BritoGraduação: PedagogiaPós­Graduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo: QFEB

Técnico administrativo: Renata Jaqueline de MeloGraduação: Sistema de Informação

           Cargo: REPR

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Técnico administrativo: Vilma Tonhi Graduação: Normal Superior e PedagogiaCargo Efetivo: QFEB

Agente Educacional I:

Abivaldo Ferreira da Silva Aparecida Dirce de Sá Cleusa Rodrigues Iolanda Bússula Maria de Fátima Laurindo da Silva Maria da Conceição Alberti Ferreira Marta Antonio dos Santos Milani

OBJETIVOS GERAIS              O Colégio Estadual Rachel de Queiróz – Ensino Fundamental e Médio tem a finalidade de efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispostos constitucionais Federal, a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/96, o Estatuto da Criança e do adolescente – ECA, lei nº 8060/90 e a Legislação do Sistema de Ensino aprendizagem.

A proposta da escola é:➢ Possibilitar o ensino aprendizagem às crianças, adolescentes e jovens 

objetivando a inclusão social através da formação de sujeitos críticos, capazes de mudar a si mesmo e seu meio. 

➢ Oferecer   requisitos  necessário  para  que  os  alunos  compreendam o contexto social e histórico e que, pelo acesso ao conhecimento, criticamente sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade;

➢ Oferecer ao aluno a formação necessária para o enfrentamento, com à transformação da realidade social, econômica e política do seu tempo.

➢ Utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para a construção do conhecimento;

➢ Criar possibilidades para o aluno demonstrar sua capacidade criativa, na produção do conhecimento nas diversas disciplinas;

➢ Utilizar as diferentes linguagens: verbal, musical, matemática, gráfica, plástica   e   corporal   como   meio   para   produzir,   expressar   e   comunicar   seu conhecimento;

➢ Acompanhar a ação da prática do plano de trabalho docente, que deve ser de autoria do próprio professor;

➢ Acompanhar a capacitação dos professores nos grupos de estudos e cursos de capacitação, visando seu aperfeiçoamento para melhoria de sua prática pedagógica;                                                                                   

➢ Organizar o trabalho pedagógico de cada disciplina, partindo sempre do  conteúdo  estruturante,  conteúdos  básicos  e  conteúdos  específicos  elencados 

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pela SEED, observando a expectativa de aprendizagem definida para cada ano/série de cada disciplina;

➢ Os conteúdos disciplinares devem ser  tratados, na escola, de modo contextualizado,   estabelecendo­se,   entre   eles,   relações   interdisciplinares   e colocando sob suspeita   tanto a  rigidez com que  tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe­se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas   presentes  nas   estruturas   da   sociedade   contemporânea   e   propiciem compreender   a  produção   científica,   a   reflexão   filosófica,   a   criação  artística,   nos contextos em que elas se constituem;

➢ Abordar os assuntos sobre diversidades étnico­cultural nas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada, articulados com os respectivos objetos de estudos dessas disciplinas, de acordo com a lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003,  que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “ História e Cultura Afro – Brasileira”;

➢ Assegurar   que   sejam   abordados   nas   disciplinas   afins,   de   forma contextualizada,   os   demais   desafios   sociais   contemporâneos,   como:   Educação Ambiental,  Uso Indevido de Drogas, Violência na Escola, Educação do Campo e Gênero e Diversidade Sexual;

➢ Garantir   através   da   gestão   democrática   o   acesso,   permanência   e qualidade de ensino­aprendizagem a todos os alunos.

MARCO SITUACIONALOs   últimos   tempos   devido   as   grandes   revoluções   da   tecnologia,   a 

informatização,   a   crise   econômica   do   capitalismo,   as   mudanças   na   política,   na economia,  a globalização, o mundo tornou­se mais complexo. Os processos são muito  dinâmicos  e,  portanto,   sofrem várias   transformações.  Todos  os   indivíduos estão   sujeitos   a   essa   série   de   mudanças.   O   mesmo   ocorre   com   a   educação brasileira. 

O   Estado   do   Paraná   através   da   SEED   (   Secretaria   de   Estado   da Educação) e NRE (Núcleo Regional de Educação), tem trabalhado diretamente com as escolas, com objetivos de ajudar, colaborar e elaborar planos de trabalho que venham   ao   encontro   das   necessidades   da   escola   rumo   a   uma   educação   de qualidade. Nos últimos anos, o Paraná avança muito em relação à organização e valorização do currículo das escolas, através de discussões oriundas de encontros, da produção de materiais didáticos através do Programa de Desenvolvimento da Educação, seminários, Formação em Ação, Grupo de Trabalho em Rede, Grupos de Estudos, Semana Pedagógica – envolvendo professores, pedagogos e gestores. O Estado   passa   a   investir   mais   na   capacitação   dos   docentes.   Isto,   junto   com ampliação   do   quadro   de   professores   efetivos   através   de   concursos   públicos, promoveu   na   escola   um   processo   de   decisões   coletivas   envolvendo   todos   os trabalhadores   da   educação,   valorizando   a   permanente   discussão   e   análise   da 

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prática  educacional   desenvolvida   nas   mesmas.   Esta   prática   educacional   aponta como base a concepção histórico­crítica  para direcionar o trabalho pedagógico.

A   escola   nos   últimos   tempos   tornou­se   paternalista.   Isso   se   deu, principalmente, a partir da promulgação da Constituição de 1988, onde está explicito que  o  zelo  pela  criança  não  é   uma   tarefa  apenas  da   família,  mas   também de instituições organizadas da sociedade, como a escola. Os reflexos são sentidos nos dias de hoje, pois a maioria dos pais não acompanha ativamente a vida escolar de seus filhos. 

Com a democratização do acesso à educação, todos devem permanecer na   escola,   mesmo   aqueles   que   não   consideram   a   educação   como   prioridade. Acomodar e proporcionar aprendizado para os mesmos não é   tarefa fácil,  mas é algo imprescindível. 

Atender a essa demanda é o maior desafio da escola. Desenvolver um pensamento   de   que   a   escola   é   um   meio   de   apropriação   do   conhecimento historicamente produzido pela humanidade, que possibilita dignidade ao cidadão, e não um fardo, exige um esforço imenso.  Por isso, é verificado o descaso de muitos alunos pelo ato do lecionar do professor e do aprender do educando, além  da falta de   respeito   com   os   colegas   e   com   o   professor   gerando   assim   problemas   de indisciplina em algumas salas de aula.

Muitos desses alunos, crianças/adolescentes permanecem sozinhos em casa enquanto seus pais estão trabalhando, a maioria na usina de açúcar e álcool. O tempo ocioso no período em que estão fora do turno de aula não é ocupado com atividades de formação, esportivas ou culturais. São raros os projetos nesta área ofertados pelo poder público municipal. Para isso a escola deve ofertar atividades, como as citadas anteriormente,  no  contra   turno.  No  último mês do ano anterior iniciou o Programa Segundo Tempo, que oferta atividades esportivas a 100 alunos divididos no período da manhã e tarde e o Projeto de Atividades Complementares na área  de  Artes   (teatro)   com 30  alunos.  Além disso  a  escola  oferta   o  CELEM – Espanhol com duas turmas com cerca de 25 alunos – uma turma à tarde e outra à noite.

Existem vários fatores que contribuem com os problemas verificados nas famílias do nosso município. Muitos trabalham na Usina tendo uma folga a cada cinco (5) dias, e diz não ter tempo de acompanhar a vida escolar de seus filhos, outros não querem mesmo e acham que a escola tem que dar conta de ensinar e educar.   No   ano   anterior   enfrentamos   sérios   problemas   com   alguns   alunos   do período vespertino. Os mesmos deram muito trabalho para os professores e equipe pedagógica, não parando na sala, não desenvolvendo as atividades propostas pelos professores e ainda desacatando  e agredindo verbalmente a todos, desde o Diretor, professores  até os colegas de sala. Todos os dias assinam advertência. Muitos pais já foram chamados e alguns declararam que não tem mais condições de disciplinar seus   próprios   filhos.   Nem   todos   os   pais   comparecem   para   ajudar   a   resolver situações­problemas de seus filhos.

Analisando e avaliando os anseios de alguns pais, pode­se observar que eles também almejam um ensino de qualidade para os seus filhos. Há uma parcela que não participa de reuniões ou de eventos na escola, mas muitos outros atendem 

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prontamente   quando são convidados ou convocados. Esses almejam uma escola pública de qualidade e se esforçam acompanhando a vida escolar do filho e dando sugestões para melhorar o trabalho pedagógico, pois entendem que a educação é uma condição essencial para mudar sua realidade. 

Existem   algumas   turmas   com   problemas   sérios   de   participação   nas atividades  de  sala  de  aula.   Isso  ocorreu,  principalmente,  nas   turmas  com maior números de alunos,  destacando­se as 7ª séries dos períodos matutino e vespertino do ano anterior que, além de serem turmas numerosas, são compostas de alguns alunos com inadequação  idade­série,  e que portanto, não se adaptam à   turma e apresentam baixa produtividade e consequentemente pouca aprendizagem. Alguns alunos da  turma da 7ª série da tarde reprovaram (Gráfico 1).  O maior  índice de reprovação e desistência ocorreu nas duas turmas do 1º ano do Ensino Médio do 

período da manhã (Gráfico 2).

GRÁFICO 1 –  Resultado  final  das  turmas do Ensino Fundamental  dos períodos manhã( turmas A e B) e tarde (tumas C e D) – 2011.

GRÁFICO 2 – Resultado final das turmas do Ensino Médio dos períodos manhã( 1º A e B, 2º e 3º  A) e noite (1º C, 2º B e C e 3º B) – 2011.

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5ª A 5ª B 5ª C 5ª D 6ª A 6ª B 6ª C 6ª D 7ª A 7ª B 7ª C 8ª A 8ª B 8ª C 8ª D

0

5

10

15

20

25

30

35

RESULTADO FINAL ENS. FUNDAMENTAL - 2011

Nº DE ALUNOSDESISTENTESREPROVADOSAPROVADOSAP. PELO CONSELHO

TURMAS

ALU

NO

S

1ºEMA 1ºEMB 1ºEMC 2ºEMA 2ºEMB 2ºEMC 3ºEMA 3ºEMB

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

RESULTADO FINAL - ENSINO MÉDIO 2011

Nº DE ALUNOSDESISTENTESREPROVADOSAPROVADOSAP. PELO CONSELHO

TURMA

DE

ALU

NO

S

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Analisando   os   índices   do   IDEB   contido   na   tabela   abaixo   (Tabela   2), percebe­se   que   a   escola   avança   além   das   metas   projetadas.   Um   dos   fatores preocupantes,   que   certamente   afeta   a   conquista   de   índices   maiores   revelando maior   condição   de   aprendizagem   do   aluno,   é   a   baixa   porcentagem   de   alunos leitores,  pois  sabemos que muitos  dos erros obtidos pelos alunos na prova são oriundos   da   capacidade   parcial   de   interpretação   de   textos   e   enunciados   das questões..   Tal   incapacidade   também   pode   ser   reforçada   pela   forma   como   são produzidas as questões utilizadas pelos professores nas avaliações aplicadas na escola em cada disciplina. Portanto, as médias obtidas nas provas de Matemática e L.   Portuguesa   (   Tabela   2)   indicam   que   há   um   avanço,   embora   tímido,   na aprendizagem dos alunos.

IDEB Observado Metas Projetadas

2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

3,5 3,9 4,2 3,5 3,6 3,9 4,3 4,7 5 5,2 5Tabela 1 – Resultados do IDEB e metas do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio.

PROVA BRASIL TAXA DE ABANDONO

MATEMÁTICA L. PORTUGUESA E.F. ­ ANOS FINAIS

ENSINO MÉDIO

2005 2007 2009 2005 2007 2009 2009 2010 2009 2010

231,85 241,67 237,31 210,5 225,74 237,49 1,3 0,7 7,8 6,7Tabela 2 – Média da proficiência dos alunos na Prova Brasil e taxas de abandono do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio.

Comparando   com   o   os   resultados   do   estado   do   Paraná   e   do   Brasil (Gráfico  3),  percebemos similaridade com nosso estabelecimento.   Isso   indica  as deficiências de ensino e aprendizagem são praticamente as mesmas nas escolas públicas.   Também   foi   verificado   um  desconhecimento  por   parte   da   comunidade escolar   da   importância   destes   índices   para   nortear   a   organização   do   trabalho pedagógico. Muitos pais desconhecem os índices da escola. Muitos alunos, por sua vez, não levam a sério o momento em que realizam as provas.

No  ano  anterior,   foi   realizado  um  trabalho  contínuo   com orientação  e conscientização de toda a comunidade escolar sobre a importância da Prova Brasil, instrumento de avaliação externa que mostra a aprendizagem dos alunos através de resolução de problemas,   leitura e  interpretação. No começo do 2º  semestre    foi aplicado  instrumentos   avaliativos   diversificados   para   auxiliar   os   alunos     e professores a conhecerem as deficiências que os alunos apresentavam, permitindo assim, reorientar a prática pedagógica, reestruturando PTDs das disciplinas e da Sala de Apoio das então 8ª séries. 

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IDEB Anos Finais - Rede Estadual - 2005/2009

0

1

2

3

4

5

2005 2007 2009

Brasil Paraná Município Escola

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GRÁFICO 3 – Resultado do IDEB Anos Finais ­ 2005 à 2009.

Na taxa de aprovação, conforme Tabela 3,   o outro fator que compõem o IDEB,  nossa escola   tem avançado,  pois  a  cada ano  temos  índices menores de reprovação e desistência. Como já foi citado em outro momento, a taxa maior de reprovação se concentrou na 6ª série B (manhã),  7ª série C (tarde) e 1º Ensino Médio A e B (manhã). A desistência ocorreu principalmente no 1º ano B do Ensino Médio diurno. Verifica­se (Tabela 2) que a evasão sempre ocorreu mais no ensino Médio. Embora houve um pequeno decréscimo de 2009 para 2010, no ano anterior, 11,8%   dos   alunos   das   duas   turmas   do   1º   ano   do   Ensino   Médio   da   manhã abandonaram a escola. Credita­se isso, ao desestímulo e  desinteresse dos alunos, as defasagens de aprendizagem e ausência da família no acompanhamento da vida escolar do filho.

Taxa de aprovação ­ 2005 Taxa de aprovação ­2007

5ª à 8ª

5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de rendimento 

(P)

5ª à 8ª

5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de rendimento 

(P)

85,4 84,6 83 85,3 90 0,86 87,4 88,9 86,7 90,5 83,3 0,87

Taxa de aprovação ­2009

5ª à 8ª

5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de rendimento 

(P)

90,6 93,5 84,8 91,2 94,7 0,91

Tabela 3  – Taxa de aprovação do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio.

Em 2011, especialmente nas 5ª séries, existiam alunos que necessitavam de    acompanhamento  psicológico    ou   tratamento  médico  para  que   tivessem as condições minímas para frequentar a sala de aula.   Foram realizados orientações aos pais para que procurassem os serviços públicos que oferecem o serviço. Toda orientação   foi   baseada   em   avaliação   para   averiguar   se   os   mesmos   possuem necessidades   especiais.   Houve   orientação   para   os   professores   no   sentido   de 

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organizar o trabalho pedagógico tendo um olhar diferenciado para alunos com essas características, já que não possuímos sala de recurso.

         Outra característica verificada na turma, que atrapalhou as atividades pedagógicas  realizadas na sala,   foi  a  dificuldade dos alunos em compreender  a dinâmica de funcionamento da escola, como por exemplo, o processo de avaliação, já  que na escola municipal  não tinham provas. Também alterou­se o número de professores e o tempo de duração das aulas. Inclusive foi realizado na semana do ano anterior uma reunião de todos o professores com a  coordenadora pedagógica da escola municipal com o intuito de melhorar o processo pedagógico nas turmas. Outro   ponto   observado   é   a   interrupção   brusca   da   presença   de   vários   pais   no acompanhamento da vida escolar do filho.

Para tentar resolver os problemas de aprendizagem existe, em contra­turno,  a  Sala de Apoio à  Aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática,   no   6º   e   9º   anos.   No   entanto,   embora   todo   o   esforço   da   equipe pedagógica e professores para detectar alunos com problemas de aprendizagem e encaminhá­los para esta sala, ainda há resistência de vários alunos para frequentá­la.   Alguns   pais,   que   foram   informados   da   necessidade   da   frequência   do   filho, também não tem colaborado exigindo que o mesmo vá até a escola. Em relação ao processo pedagógico nesta sala, verificamos que houve avanços, principalmente no tocante  à  elaboração  do  Plano  de  Trabalho  Docente.  Foi   imprescindível  colocar atividades   com   metodologias   diferenciadas,   haja   visto   a   defasagem   de aprendizagem do aluno. 

A exigência legal da implantação curricular de Língua Espanhola fez com que nossa escola optasse pela oferta facultativa ao aluno no contraturno através do CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) com duração de dois anos sendo quatro aulas semanais em cada um deles. Observamos que há uma considerável taxa de desistência por parte dos alunos matriculados. Pelo visto, eles ainda não perceberam a importância do aprendizado dessa língua para seu desenvolvimento, potencializando as possibilidades de ingresso dele no mundo do trabalho. 

Sabe­se que a realidade dos alunos do noturno  é  diferenciada, pois a grande   maioria   dos   alunos   matriculados   são   trabalhadores.   Ainda   existem problemas relacionados à frequência, principalmente na 1ª aula. Para muitos falta estímulo ao estudo. Sempre argumentam que devido ao trabalho não tem tempo para realizar atividades pedagógicas.

Na nossa escola há  uma grande maioria de professores e funcionários participativos, abertos a mudanças e a novos conhecimentos, dispostos a participar de capacitações bem como receber novidades para trabalhar com as diversidades dos educandos. Praticamente todos são comprometidos com a educação, participam dos programas estaduais de formação continuada, como GTR (Grupo de Trabalho em Rede), PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), Grupo de Estudos, Pró­Funcionário, além de outras atividades de formação continuada. Professores e funcionários desmotivados, acomodados e omissos são exceções, mas entre todos os   professores,   alguns   apresentam   dificuldades   nos   encaminhamentos metodológicos de sua disciplina. 

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Na   questão   da   avaliação   os   professores   demonstram   desejos   de mudanças, mas entre o anúncio de novas perspectivas em avaliação e a prática avaliativa existe uma distância muito grande. Embora houvesse inúmeros momentos de   reflexão   sobre   essa  questão,   houve  um   modesto  avanço,   principalmente   no tocante   aos   instrumentos   diversificados   de   avaliação.   Também   existem   dúvidas quanto aos critérios de avaliação para os conteúdos trabalhados. Esse item não está claro em muitos dos Planos de Trabalho Docente.  Acredita­se que o caderno de Expectativas de Aprendizagens permitiram reduzir as dúvidas. 

Pela primeira vez na Semana Pedagógica do início do ano, a escola tinha suprida   toda   sua   demanda   de   professores   docentes   e   professores   pedagogos permitindo   melhor   planejamento   das   atividades  do  ano.  Muitos  professores  que assumiram tiveram oportunidades para compreender pontos que levam a um melhor entendimento do PPP (Projeto Político Pedagógico), da PPC (Proposta Pedagógica Curricular) da disciplina e da elaboração do PTD (Plano de Trabalho Docente). 

No entanto, a rotatividade do professor é outro fator  que acarreta prejuízo na organização do trabalho pedagógico. A rotatividade não permite que o professor crie vínculo com a escola dificultando o entendimento das variadas questões que afetam seu trabalho, como , por exemplo, a realidade social da escola e do aluno e as dificuldades individuais deles.   

Embora  todo o  trabalho  feito  nos últimos anos para  a construção das diretrizes curriculares de cada disciplina, ainda persiste a falta de conhecimento por parte de alguns professores sobre a concepção de currículo  e as expectativas de aprendizagem com cada conteúdo.

Em   relação   à   valorização   das   instâncias   colegiadas   pela   comunidade escolar ainda precisamos avançar. É a minoria dos pais que participam ativamente dos   encontros   e   reuniões   promovidas   na   escola.  Os   alunos   não   se   organizam através     do   grêmio   estudantil.  Portanto,   essas   instâncias   não   cumprem satisfatoriamente   sua   função,   pois   ainda   falta   formação   para   os   integrantes. Percebemos uma organização maior dos alunos quando há interesses em arrecadar fundos para realizar solenidades de formatura ao término do Ensino Médio.

Apesar   dos   avanços   conseguidos   nos   últimos   anos   em   relação   ao Conselho de Classe, ainda não há uma configuração ideal sobre como deve operar esse instrumento, pois balizamos parte de nossas ações focados na nota. Tanto o Pré­Conselho como o Pós­Conselho precisa de aperfeiçoamento.

Quanto ao espaço físico na nossa escola não temos graves problemas. Apenas uma sala não possui TV Multimídia, recurso importante para organização de aulas que melhore o processo de ensino e aprendizagem. Precisamos urgentemente é de uma reforma geral na escola, principalmente a pintura. Algumas adequações em relação à acessibilidade também são necessárias. 

     O direito do professor em realizar sua hora/atividade no dia marcado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED) nem sempre acontece, pois muitos dos professores são PSS e atendem à várias escolas da região, tendo que se deslocar de uma cidade para outra. Assim, é necessário ocupar todos os dias com docência na sala. Um fator que ajudará neste é o fato de não haver afastamento de professor 

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PDE no meio do período letivo, embora haja afastamentos por motivos de saúde, o que causa muitos transtornos para a escola e principalmente para os alunos. 

MARCO CONCEITUAL Entendemos que o papel do professor deve ser mediador do processo 

ensino aprendizagem. E que a função social da escola é formar cidadãos críticos e bem informados, em condições de compreender e atuar no mundo em que vive. É baseado nas concepções que acreditamos viáveis, que planejamos nossas ações. Portanto,   tais  concepções constituem a coluna principal,  o   fio  condutor,  a  baliza direcionadora de todo o trabalho desenvolvido na escola.

Concepção de sociedadePensando na sociedade atual, podemos considerá­la como complexa e 

heterogênea, organizada e estruturada política e economicamente, mesmo que pela lógica do neoliberalismo – modelo econômico que parece ter se tornado cada vez mais   determinante   da   vida   dos   indivíduos.  Saviani   (2008)   afirma   que     muitos concebem a  sociedade  como sendo  essencialmente  marcada  pela  divisão  entre grupos   ou   classes  antagônicas   que   se   relacionam   à   base   da   força,   a   qual   se manifesta   fundamentalmente  nas  condições  de  produção  da   vida  material.  Para outros, a sociedade tem que ser essencialmente harmoniosa tendendo à integração entre seus membros. A marginalidade é considerada um fenômeno que deve ser corrigido.   A   educação   nesse   caso   tem   o   papel   fundamental   em   corrigir   esses desvios, que  caracterizam a marginalidade. Ela é a força homogeneizadora que tem por função reforçar os laços sociais, promover a coesão e garantir a integração de todos  os   indivíduos  no   corpo   social.  Assim,     ela   se   torna  democrática,   justa  e igualitária – com oportunidades iguais para todos.Concepção de homem

Ao   conceber   o   homem,   entendendo­o   como   um   ser   eminentemente social,   Vigotski   (1987)   estabelece   que   a   formação   e   o   desenvolvimento   do psiquismo humano ocorrem com base em uma crescente apropriação dos modos de pensar, sentir e agir culturalmente elaborados. Nesse sentido, a perspectiva sócio­histórica considera que o homem não possui uma natureza humana inata e imutável. Ao   contrário,   segundo   essa   visão,   ele   conta   tão   somente   com   uma   “condição humana”, uma vez que constrói  sua existência pelas  interações mantidas com a realidade física e social, buscando satisfazer suas necessidades.  Leontiev (1978), diz que o homem, ao nascer, é candidato à humanidade e é introduzido no mundo da cultura por outros indivíduos; segundo ele, o homem é um ser de natureza social, tudo o que há de humano nele provém da sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade.

Morin (2001), ao falar sobre a complexidade do ser humano, diz que o homem é  um ser   ,  ao mesmo tempo,  totalmente biológico e  totalmente cultural. Partindo desta concepção, de que o homem é tanto físico como social, traçamos o tipo  de cidadão que queremos  formar:  um  indivíduo  que     tenha  consciência  de pertencer à Terra, compreendendo a interdependencia entre os fenômenos sendo 

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capaz de interagir de maneira crítica,   criativa, responsável e consciente com seu meio natural e social. 

O ser humano, na atualidade, é competitivo e individualista, resultado das relações  impostas pelo modelo de sociedade em vigor.  O homem, modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos como seres histórico­sociais, portanto, capazes  de   transformar  a   realidade.  Sujeitos  capazes  de  participarem de   forma atuante no âmbito coletivo, compreendendo o contexto em que vivem e avaliando os problemas colocados pela realidade, intervindo nela. 

Concepção de educaçãoPara que o indivíduo participe de maneira consciente e ativa na sociedade 

é necessário que a atividade educativa se baseie na dialética entre o ato educativo e o ato político. Paulo Freire, afirma que “educar é, sobretudo, politizar”. Já Demerval Saviani  diz que equivale o ato de educar ao de “transformar, revolucionar a serviço das forças emergentes da sociedade”. 

O processo educacional deve contemplar o ensino aprendizagem como um   processo   de   produção   e   de   apropriação   de   conhecimento   e   transformá­lo, possibilitando,   que   o   cidadão   torne­se   crítico   e   que   exerça   a   sua   cidadania, refletindo   sobre   as   questões   sociais   e   buscando   alternativas   de   superação   da realidade.   Assim,   educar   é   mais   que   reproduzir   conhecimento,   é   socializar     o conhecimento.

Concepção de escola A   Escola     tem   a   função   de   socializar   o   saber   elaborado   que   foi 

selecionado para compor o currículo escolar.  Ela não pode perder  de vista  esta função que é de suma importância para o processo educacional. Nesta perspectiva, e em meio a tantas demandas, busca aprimorar­se, formar­se e capacitar­se como instituição que tem o domínio do saber. Assim deve mediar este saber e oferece­lo ao aluno de forma organizada e sistematizada. Desejamos que a nossa escola seja voltada a socialização de saberes   científicos   elaborados pela humanidade.   No entanto,   segundo   Sacristán   &   Gomez   (   1998)   ,     a   função   educativa  da   escola ultrapassa a função reprodutora do processo de socialização,  já  que se apóia no conhecimento   público   (ciência,   filosofia,   cultura,   arte   ,...)     para   provocar   o desenvolvimento do conhecimento   privado de cada um dos alunos. Ela necessita quebrar   essa   reprodução     para   ser   uma   escola   transformadora,   autônoma   e emancipadora.  

Segundo o Art 23 da Resolução 07/10 (MEC), a escola deve promover ações integradas, articulando­se pedagogicamente dentro da mesma e também com outros serviços de apoio aos sistemas educacionais, representados por outras áreas e serviços da sociedade, a fim de garantir a aprendizagem e o bem­estar do aluno em todas as dimensões. Portanto, cabe à escola além de educar, cuidar da criança. 

Concepção de ensino e aprendizagemSaviani   (1995),   afirma   que   ensinar   é   o   “ato   de   produzir,   direta   e 

intencionalmente,   em   cada   indivíduo   singular   a   humanidade   que   e   produzida 

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histórica  e   coletivamente  pelo   conjunto  dos  homens.”   Esse  processo   se  efetiva quando   o   indivíduo   se   apropria   dos   elementos   culturais   indispensáveis     a   sua formação   e   a   sua   humanização.   Portanto,   aprender     e   ensinar   são   processos inseparáveis. Ensinar de forma democrática exige o compromisso para que haja a aprendizagem por parte de todos os alunos, considerando a forma e o tempo de aprendizagem e o entorno do aluno. O grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais dos alunos sem perder de vista  o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos ( SEED/PR, 2005).

Segundo Vygotsky   (1995),   “  a  aprendizagem  é  um processo histórico, fruto   de   uma   relação   mediada   que   possibilita   um   processo   interno,   ativo   e interpessoal.”  Portanto,  o conhecimento e  fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Isso permite ao  aluno,  sair  do  papel  de  passividade e   fazer  parte  dessa  relação,  através do desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, entre elas a linguagem.

Concepção de conhecimento               As concepções pós­modernas consideram que o conhecimento válido ou verdadeiro   é   somente   o   conhecimento   útil   –   o   saber   fazer   prático,   o   qual   não encaminha  para  a   superação   da   fragmentação  do   conhecimento  e  do   currículo escolares e, assim, não contribui para uma sólida formação teórico­prática, a ser fundamentada nos conhecimentos científicos, apreendidos através dos conteúdos escolares formais.               O processo de produção do conhecimento é produto da atividade humana, atividade  não  abstrata,  mas  atividade   real,   objetiva,  material,   e   conforme afirma Vásquez (1977), “conhecer é conhecer objetos que se integram na relação entre o homem e o mundo, entre o homem e a natureza, relação esta que se estabelece a partir da atividade prática humana”.

Em   síntese,   na   concepção   difundida   no   Paraná,   o   conhecimento   se realiza na relação entre sujeito e objeto num dado contexto histórico­social. Significa dizer,   que   é   nesta   relação   mediada   pela   prática,   no   processo   de   contínua transformação, que a realidade objetiva transforma­se em conhecimento.

Entendemos o conhecimento como produto da construção histórica do ser humano, ­ nas dimensões científicas, artística e filosófica ­  que nas suas interações é  o que constrói e reconstrói, conforme suas necessidades. 

A  escola  é   o   espaço  de   confronto  e  diálogo  entre  os   conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Em suma, conhecimento é o   saber   sistematizado   e   historicamente   acumulado,   necessário   ao   processo   de tomada de consciência, à emancipação e à formação do cidadão (GRAMSCI, apud SEED/PR, 2010). Estes conhecimentos estão postos nos conteúdos definidos nas disciplinas do currículo.

Concepção de currículoSegundo Sacristan (2000), existem várias definições para currículo como: 

“conjunto de conhecimento ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um 

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ciclo  –  nível  educativo  ou  modalidade  de  ensino   é  a  acepção  mais  clássicas  e desenvolvidas; programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas  metodologicamente   tal   com se  mostra  num manual  ou  num guia  do professor;   também   foi   entendido,   às   vezes,   como   resultados   pretendidos   de aprendizagem;  concretização  do  plano  reprodutor  para  a  escola  de  determinada sociedade,   contendo   conhecimento,   valores  e  atitudes;   experiencia   recriada  nos alunos   por   meio   da   qual   podem   desenvolver­se;   tarefa   e   habilidade   a   serem dominadas  como  é   o   caso  da   formação  profissional;  programa  que  proporciona conteúdos   e   valores   para   que   os   alunos   melhorem   a   sociedade   em   relação   à reconstrução social da mesma”. Ele também diz que o currículo é algo que adquire forma   e   significado   educativo   à   medida   que   sofre   uma   série   de   processos   de transformação dentro das atividades práticas que o tem mais diretamente por objeto. 

O currículo é a forma de ter acesso ao conhecimento. No entanto, como assinalou Schubert(1986, apud Sacristán, 2000),  ele  não é  apenas um corpo de conhecimento,   mas   uma   dispersa   e   ao   mesmo   tempo   encadeada   organização social. A SEED/PR (2010) enfatiza que ele é a via de acesso ao conhecimento se organizando a partir  de suas áreas de referência que sistematizam os conteúdos históricos, científicos, culturais, filosóficos artísticos, ou seja, conteúdos universais que devem ser socializados para todos. Essa via deve garantir a emancipação do sujeito, garantido não apenas pela seleção de conteúdos, mas primordialmente pelo método de apropriação dos mesmos.

Em síntese, o currículo é a expressão das   concepções (de homem, de mundo, de   ensino e aprendizagem, de método e de educação),  das aspirações sobre a escola e seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela vividas. É, como consequência disto, a seleção intencional de conteúdos, saberes e conhecimentos, os quais devem   ser democratizados para toda a população, uma vez que são requisitos mínimos para a participação consciente  em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e contraditória. 

Concepção de avaliaçãoNo processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como 

diagnóstico   do   processo   de   ensino­aprendizagem   quanto   como   instrumento   de investigação   da   prática   pedagógica.   Desta   forma   ela   assume   uma   dimensão formadora, uma vez que , o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela,     mas   também   permitir   que   haja   uma   reflexão   sobre   a   ação   da   prática pedagógica (DCE – SEED/PR,  2008). Segundo Lima ( 2002), o verdadeiro sentido da   avaliação   está   em   acompanhar   o   desempenho   do   presente   e   orientar   as possibilidades de desempenho futuro, mudando as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas possibilitando a emersão de novas práticas pedagógicas.

Sendo   parte   integrante   do   trabalho   do   professor,   a   avaliação   tem   o objetivo de proporcionar subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo  educativo  que  envolve  professor  e  aluno  no  acesso  ao  conhecimento. Portanto,   deve   ser   um   processo  contínuo   e   sistemático,   considerada   em   suas múltiplas dimensões: diagnóstica, processual, formativa e somativa, como elemento 

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que dá  significado ao trabalho escolar e docente. Na relação ensino­aprendizagem, ela     está   voltada   tanto  para   o   processo  de   ensino,   como  para   o   processo  de construção do conhecimento, possibilitando o redimensionamento do planejamento e da prática pedagógica. Os critérios de avaliação devem ser discutidos com todos os   envolvidos   no   processo   ensino   aprendizagem,   oportunizando   a   reflexão   e propondo abordagens e  intervenções diferenciadas. Através da avaliação   é  que podemos perceber a necessidade de mudança da prática pedagógica, pois é uma das dimensões do processo ensino­aprendizagem. Por si só, não altera a qualidade da aprendizagem. É essencial que o professor realize diferentes atividades como forma de retomar os conteúdos, a fim de oportunizar a aprendizagem dos alunos antes de propor novos instrumentos de avaliação. Isso caracteriza a recuperação de estudos.

Concepção de Alfabetização e Letramento       Embora sejam processos simultâneos e  indissociáveis,  alfabetização e 

letramento   possuem   significados   distintos.   A   alfabetização   é   caracterizada   pela aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico da escrita e das técnicas para seu uso, enquanto  letramento significa  ler e escrever de forma adequada e eficiente, diferentes   gêneros   e   tipos   de   textos   nas   mais   diversas   situações.   Portanto,   o letramento vai além do aprendizado da leitura e da escrita (alfabetização) e objetiva que o sujeito utilize essa tecnologia na vida social, aprendendo a ler o mundo de maneira crítica e comprometida.

   Soares (apud PERALTA, 2009), afirma que é possível “alfabetizar letrando”. Para   tanto,   segundo  Moraes&Albuquerque   (apud  PERALTA,  2009)   é   necessário democratizar a vivência de prática de uso da leitura e da escrita permitindo que o aprendiz construa e reconstrua suas ideias sobre o sistema de escrita. 

      Carvalho (apud PERALTA, 2009) diz que podemos ensinar crianças a ler, a conhecer os sons que as letras representam, e na mesma relevância instigá­los a se tornarem leitores, participando da aventura do conhecimento implícito no ato de ler.  Acompanhando esse processo, é  necessário considerar e valorizar a criança como um produtor de textos.

Concepção de cidadão e cidadaniaSobre  cidadania  o dicionário de  língua portuguesa Larousse afirma ser 

“qualidade de cidadão”, “qualidade de uma pessoa que possui, em uma determinada comunidade, política, o conjunto de direitos civis e políticos”. Cidadania é o direito do indivíduo em participar da vida da sociedade. É o ato do homem constituir­se como homem. Dessa forma ele nunca permite ser objeto , mas sim, é construtor do seu próprio ser, de sua própria identidade, enfim  é construtor do seu próprio mundo. Ela não pode ser pensada como um conjunto de valores e práticas cujo exercício se fundamente apenas no reconhecimento formal dos direitos e deveres do cidadão. O importante é a prática dessa definição. Isso significa ir além do reconhecimento dos direitos e deveres do cidadão, exigindo o cumprimento dos mesmos por parte da sociedade.

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Ser cidadão é assumir­se protagonista do processo histórico, lutar pelos seus direitos e dos outros. Só pode haver processo educacional pleno se os sujeitos desse processo se entendem como cidadãos.

A cidadania esteve e esta em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles   que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade,  melhores garantias individuais e coletivas.

No dizer de Dalmo Dallari: “ a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá a pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania esta marginalizado ou excluído da vida social e da   tomada   de   decisão,   ficando   numa  posição   de   inferioridade   dentro   do   grupo social”.

O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica em defesa dos direitos dos alunos de aprender e participar do ensino comum sem nenhum tipo de discriminação. Ou seja, uma concepção fundamentada nos direitos humanos, criando alternativas para superar as práticas discriminatórias, onde om papel da escola é acompanhar os avanços do conhecimento e das lutas sociais,   visando   constituir   políticas   públicas   que   promovam   uma   educação   de qualidade para todos os alunos (MEC, 2008).

Concepção de CulturaRefere­se a cultura toda produção humana que se constrói  a partir das 

inter­relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo.Cultura   é   o   conjunto   de   manifestação   artística,   sociais,   linguística   e 

comportamento de um povo. É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de existência transformando a realidade. Fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, etc.

Também pode ser  definida como um sistema de signos e significados criados   pelos   grupos   sociais.   Ela   se   produz   “através   da   interação   social   dos indivíduos, que constroem seus modos de pensar e sentir, seus valores, trabalham suas identidades e diferenças e estabelecem suas rotinas” (BOTELHO,2001 apud CANEDO,   2009)).   Marilena   Chauí   (1995)   também   chama   a   atenção   para   a necessidade de tornar mais amplo o conceito de cultura, tomando­o no sentido de invenção   coletiva   de   símbolos,   valores,   ideias   e   comportamentos,   “de   modo   a afirmar que todos os indivíduos e grupos são seres e sujeitos culturais”. 

Para o fortalecimento da cidadania e a inclusão social, há a necessidade de   considerar   todos   os   indivíduos,   e   não   apenas   os   artistas,   como   sujeitos   e produtores   culturais.   As   ações   devem   promover   a   superação   de   exclusões   e desajustes e da distância entre os “culturalmente integrados” e os excluídos.

Portanto, cada  ser humano traz dentro de si uma cultura seja ela herdada ou adquirida. As escolas necessitam trabalhar e respeitar essas diferenças culturais valorizando  assim  a   identidade  cultural  do  aluno,  na  perspectiva  da  diversidade cultural.                                          

Relações Étnico­Raciais e Demandas Socioeducacionais . 

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Segundo Frigotto (1993), a produção do conhecimento e sua socialização para   determinados   grupos   ou   classes   não   é   alheio   ao   conjunto   de   práticas   e relações que produzem num determinado tempo ou espaço. Isto significa dizer que ao se abordar  o  conteúdo da disciplina –  recorte  histórico,  político e cultural  do conhecimento   (que por sua vez já trouxe consigo uma intencionalidade) é preciso analisá­lo em suas múltiplas determinações. Mesmo delimitado, o conhecimento não perde o tecido da totalidade. É na categoria totalidade – condição de compreensão do conhecimento nas suas determinações   que as questões sociais,  ambientais, econômicas, políticas e culturais   podem e devem ser tratadas. Nesta perspectiva, os “desafios educacionais” no currículo deve pressupor ser parte desta totalidade. Portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação artificial e arbitrária, devem     ser   “chamados”   pelo   conteúdo  da   disciplina  em  seu   contexto   e  não  o contrário transversalizando ou secundarizando­o.

É necessário voltar­se sobre os fatos históricos, sociais, políticos, culturais e econômicos, não de forma imediata mas dialética. Esses desafios educacionais contemporâneos, além de pressupor um novo olhar – não com olhar ingênuo, raso e linear encobrindo fatos históricos favorecendo sempre a perspectiva do dominador como   tradicionalmente   foram   tratados   os   conteúdos,   mas   do   conhecimento   da realidade  histórica   –   sobre   questões   sociais,   culturais,   ambientais,   devendo   ser trabalhados   nas   disciplinas   que   permitem   contextualização   permitindo   a compreensão do conhecimento em suas múltiplas manifestações. É imprescindível, portanto,  interpretar os   “porquês” em sua plenitude buscando outros referenciais que possibilitem outras representações sobre os fatos e sobre o passado. Assim, estaremos desconstruindo   representações  do passado  ou evitando a  criação  de novas representações que são contaminadas de estereótipos em relação ao povo negro,   indígena,   cigano,  entre  outras  minorias,   contribuindo  para    não   fomentar práticas de preconceito, discriminação e racismo em nossa sociedade (CGE/SEED, 2008).

Portanto, este novo olhar sobre os fatos e sobre a história indicam  que as questões   econômicas,   sociais,   culturais,   ambientais,   raciais,   de   gênero   se apresentam como desafios  que visam permitir a compreensão para além da visão idealista ou estereotipada sobre eles. Para isso, o coletivo da escola precisa buscar referenciais teóricos para fundamentar   a discussão, gerando a instrumentalização para agir diante de situações concretas que se põe no cotidiano, como a violência, a sexualidade,   do   uso   de   drogas   não   caindo   na   ânsia   voluntarista   de   práticas pontuais, pragmáticas, psicologizantes  e espontaneístas. 

Concepção de tecnologia As   tecnologias   de   informação   e   comunicação   pode   desempenhar   um 

papel funcional – como instrumento, ferramenta, função e normativo – quando ela determina modelos para as relações sociais. O primeiro papel imprime à sociedade a marca da transformação, tanto na versão otimista – mundo sem fronteiras, rapidez na troca de informações ­ como pessimista – controle social e político.

Em decorrência  do  seu  avanço,  surge   ideologicamente,  o  conceito  de “sociedade da  informação”  induzindo à  crença de que o crescimento gerado por 

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essa sociedade gera oportunidade sociais. Contrapondo­se a essa ideia capitalista, podemos usar as tecnologias da informação para estabelecer canais de interação social   ,   visando   expandir,   fortalecer   e   dar   novos   significados   as   experiências culturais e movimentos sociais (SEED/PR, 2010).

O acesso às tecnologias permite uma série de transformações sociais e desencadeiam uma série de mudanças na forma de  reconstrução do conhecimento. É   evidente   que   neste   cenário,   a   educação   tem   de   construir   novas   estratégias pedagógicas utilizando esses recursos com vistas a implementação de práticas de promoção do currículo nos diversos campos do sistema educacional, além de se constituir como prática libertadora, pois permite a inclusão digital o que favorece a descoberta de novas possibilidades.

As   tecnologias   devem   ser   consideradas   como   impulsionadoras   e potencializadoras   das   práticas   pedagógicas.   Portanto,   não   podem   ser   tomadas como sujeito  dessas práticas.  Na verdade,  elas devem aproximar os sujeitos do currículo numa relação dialógica. Dessa forma, junto com a mediação do professor, cumpre o seu papel como meio   que contribui com a democratização e socialização do conhecimento.

Concepção de Desenvolvimento Humano, Infância e Adolescência.         Segundo Kuhlmann e Fernandes (apud, PERALTA, 2009) o conceito de 

infância é de origem latina, infans – o que não fala. Muitos autores afirmam que é o período em que o sujeito é criança, considerando fatores físicos e biológicos que vão desde  o  nascimento  até  a  puberdade.  No  entanto,  não  se  pode  olhar  para  ela apenas observando dados biológicos, mas também o meio social, pois uma vez que se alteram aspectos históricos, políticos, culturais e educacionais, altera­se também a concepção de infância e de ser criança.

   Nesta fase singular, a criança apresenta grande capacidade de aprender, dependência   em   relação   ao   adulto,   exigência   de   proteção   e   cuidados,   intenso desenvolvimento físico–motor e usa a brincadeira como forma de apropriar­se da cultura e do conhecimento. Ela deve ser considerada como um sujeito participativo na sociedade, que tem uma história e que  constrói  e reconstrói  história.  Ela não pode ser considerada um ser submisso, passivo e incapaz de resolver problemas e expor suas opiniões.

    Assim cabe à escola desenvolver um olhar compreensivo e valorativo pela criança, propiciando ambientes adequados, respeito, afeto e proteção. Desta forma, ela poderá ter a infância como uma fase de descoberta e de construção. 

      Segundo   Peralta   (2009),   hoje   ocorre   o   amadurecimento   precoce   de crianças, seja por sedução do mercado de consumo ou por necessidades derivadas de   sua   condição   social,   pois   muitas   vezes   ela   assume   responsabilidades   para auxiliar a família. Assim, ela não vive uma infância plena e prazerosa, com garantia de direitos, como: brincar, gozar da segurança de ter família, casa, escola, amigos, etc.  

       Aos adultos – representados pela    família,  escola, outras  instituições ­ cabe a tarefa de considerar o modo de ser e de pensar das crianças, valorizando o lúdico, garantindo uma infância plena e feliz, contribuindo com seu desenvolvimento 

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social,  histórico,   físico e  cognitivo,   formando um cidadão  responsável  e  ativo  na sociedade. 

      Portanto,   cabe   à   escola   realizar   um   trabalho   interdisciplinar,   pois   as crianças não apresentam um pensamento sincrético – não separa conhecimento em campos   específicos.   Além   disso,   no   período   inicial   de   ingresso   na   escola,   é determinante   ter   um   planejamento   com   atividades   bem   estruturadas   e   atitudes coerentes e compartilhadas com as famílias.

    Já a adolescência, segundo Aberastury & Knobel (1991), é um período de contradições, confuso, ambivalente, doloroso, caracterizado por conflitos com o meio social   e   familiar.     Adolescência   vem   da   palavra   latina   “adolesço”,   que   significa crescer. É caracterizada por conflitos internos, por uma intensa busca de “si mesmo” e   da   própria   identidade.   Como   um   processo   de   autoafirmação,   há   um   intenso questionamento sobre os padrões já estabelecidos, sobre as escolhas dos pais ou de outros adultos. Nesta fase, há uma evolução do pensamento sincrético para um pensamento sistemático, lógico e hipotético, acarretando o desenvolvimento de uma nova qualidade de mente. 

Concepção de gestão democrática A Gestão Escolar tem que se dar de forma antagônica à administração 

escolar capitalista, pois a gestão de uma escola pública, que visa a transformação social, tem que ser diferente ao modo de administrar uma empresa. A escola tem que cumprir seu papel de socializadora do conhecimento, sem servir aos propósitos conservadores e elitistas (PARO 2008, apud SEED/PR, 2010).

A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista a necessidade de fazer da educação um serviço público,   se   contrapondo   aos   interesses   privados,   patrimoniais,   clientelistas   ou corporativistas.   Dessa   forma,   inclui   necessariamente,   a   ampla   participação   dos representantes   dos   diferentes   segmentos   da   escola   nas   decisões,   ações administrativa e pedagógicas. Seguindo o princípio de gestão democrática, todas as decisões são tomadas de forma participativa e coletiva.

Concepção de tempo e espaço      Conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)  em seu 

art. 24, a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.     As turmas ou classes    são organizadas com alunos em séries distintas com níveis equivalentes.      

         O trabalho escolar para ser eficiente necessita, além das salas de aulas equipadas, de espaços pedagógicos, como biblioteca, sala de professores, sala de Hora­atividade,   laboratório de Física,  Química e Biologia/Ciências, Laboratório de Informática, Quadra Poliesportiva entre outros. 

O papel do conselho escolarO   Conselho   Escolar   é   um   órgão   colegiado   de   natureza   consultiva, 

avaliativa, deliberativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da escola. Ele assume o desafio de democratizar as 

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decisões da escola pública , explicitando contradições e conflitos de interesses entre esta e outros setores da sociedade como dentre os vários grupos que a compõem. Portanto,   ele   define   critérios  e   ações   sobre   a   organização   e   funcionamento   da escola e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional   traçadas pela Secretaria  de Estado da Educação.

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência do seu funcionamento. Por isso que o processo de escolha dos representantes  é realizado   por   eleição   direta   respeitando   o   princípio   da   representatividade   e   da proporcionalidade.

Conselho de classe  O   Pré   –   Conselho   configura­se   como   um   espaço   interdisciplinar   de 

estudo e tomadas de decisão sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola, oportunizando  a  discussão  pedagógica  do  ensino  e  da  aprendizagem  de   forma situada e  integrada.  No Pré­Conselho os participantes  refletem sobre o perfil  da turma   e   propõe   linhas   de   ação,   observando:   casos   específicos   de   alunos   que apresentam   dificuldades   na   aprendizagem;   formas,   critérios   e   instrumentos   de avaliação   utilizados   para   verificar   o   nível   de   conhecimento   do   aluno; acompanhamento dos alunos em seu percurso escolar e adaptações curriculares para alunos com dificuldades específica.  É concebido como uma instância coletiva de avaliação do processo ensino­aprendizagem, pois é  um momento de refletir e repensar a ação pedagógica. 

O   Conselho   de   Classe   constitui­se   em   um   espaço   pedagógico   na organização escolar, que proporciona  a participação efetiva de todos os professores juntamente com a direção, pedagogos e  alunos representantes de turma, visando a reflexão e avaliação da prática pedagógica e a aprendizagem dos   alunos. Seus objetivos   são:   acompanhar   e   avaliar   o   processo   de   aprendizagem   e   o desenvolvimento dos alunos – a avaliação   global do aluno e o levantamento de suas dificuldades bem como o estabelecimento de ações para superação dessas dificuldades; oportunizar condições de avaliar e analisar a prática docente – se as práticas são motivadoras para permitir a produção e apropriação do conhecimento no   que   se   refere   à   metodologia,   aos   conteúdos   e   a   totalidade   das   atividades realizadas; reunir dados que subsidiem o redimensionamento do planejamento.  O Conselho   de   Classe   será   realizado   por   turma,   nos   períodos   bimestrais   e   será proponente das ações que visem à melhoria da aprendizagem sendo o definidor da aprovação ou não aprovação do/a aluno/a. 

O Pós­ Conselho é  outro momento significativo, onde se encontram os alunos, professores, direção e pedagogo, estabelecendo estratégias de ação que possibilitam   uma   reorganização   do   processo   de   ensino­aprendizagem, comprometendo  todos os envolvidos com o processo educativo. 

Papel do grêmio estudantil 

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O Grêmio Estudantil representa a ala estudantil de todo estabelecimento, levando   para   reuniões   do   Conselho   e   Associação   de   Pais,   Professores   e Funcionários   (APMF)   o  anseio  da   classe.   Também   desenvolve   atividades recreativas, esportivas e culturais nos contra­turnos e em datas especiais. O Grêmio Estudantil     é   formado   exclusivamente   por   alunos   regularmente   matriculados   no estabelecimento de ensino, propondo sugestões que possam contribuir no processo ensino­   aprendizagem,  ser   intermediador  entre  alunos  x   professores  e  alunos  x administração.

O papel do aluno representante de turmaO aluno  é escolhido pela turma para representar os mesmos nas demais 

instâncias da instituição de ensino em ocasiões especiais ou na defesa dos seus interesses,   bem como manter contato com a direção e equipe pedagógica para comunicação de qualquer fato que surgir, como intenção de desistência por parte de algum aluno, problema na assiduidade ou qualquer outro problema que possa ser percebido por ele no dia­a­dia escolar.

O papel da APMF e outros A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é responsável pela 

integração entre a escola e a comunidade, comanda as promoções e administra a parte financeira dos recursos próprios e do Programa Dinheiro Direta na Escola.  No entanto, ela  tem que ter uma preocupação para além do caráter  arrecadador de taxas, junto à população para garantir a manutenção da escola, diante da falta de recursos que deveriam ser repassados pelos poderes públicos. Como o Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil, ela também possui estatuto próprio. Tem um papel muito   importante   na   vida   da   escola,   pois   é   ela   que   luta   e   trabalha,   buscando recursos para atender as necessidades imediatas da escola.Salas de Apoio

Conforme   resolução   nº   208/04­   SEED   e   Instrução   nº   05/2005   – SUED/DEE,  competem as Salas  de Apoio  atender  alunos da 6º  e  9º  anos com dificuldades  de   aprendizagem  na   leitura  e  na  escrita   e  nos   cálculos  essenciais (adição, subtração, multiplicação e divisão).  Elas são formadas pelos alunos das séries citadas acima, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com carga horária   de   quatro   horas   semanais,   que   mesmo   aplicando   a   recuperação concomitante ao processo de ensino e aprendizagem, ainda encontram dificuldades na aprendizagem.

Formação continuadaOs professores, direção e  funcionários deverão constantemente buscar 

aperfeiçoamento profissional, com grupos de estudos no próprio estabelecimento, seminários   ou   simpósios,  Grupo   de   Trabalho   em   Rede,   Programa   de Desenvolvimento Educacional promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ­ LDB. Portanto, a  formação continuada   deve   estar   centrada   na   escola   e   fazer   parte   do   Projeto   Político­

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Pedagógico,  inclusive   incentivando   e   valorizando   atividades   de   formação independentes, como cursos de especialização, etc.

A formação continuada do professor é atualmente uma necessidade cada vez   mais   emergencial   visto   que   vivemos   transformações   aceleradas   e   muitas mudanças educacionais,  principalmente no que tange as características do nosso público, especialmente relacionado ao mundo tecnológico.

Estágio não obrigatórioO estágio se caracteriza como componente do processo de formação do 

estudante,   com   objetivos   educacionais­formativos   e   como   fator   de   interesse pedagógico.   Portanto,   como   procedimento   didático­pedagógico,   é   atividade   de competência da Instituição de Ensino, que dispõe sobre as condições e requisito para   a   realização   do   estágio   de   seus   alunos,   bem   como,   pelos   processos   de acompanhamento, supervisão e avaliação.

Conceber trabalho como principio educativo pressupõe oferecer subsídios a partir das diferentes disciplinas, bem como, oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção e dominação e ainda possibilidades de sua emancipação como sujeito a partir  do  trabalho.  Os conhecimentos escolares deverão permitir ao estudante atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e critica, permitindo ainda sua integração nas práticas sustentadas pelos conhecimentos   teóricos,   possibilitando   assim,   ao   estagiário   que   as   ações desenvolvidas   no   trabalho   possam   ser   trazidas   para   a   escola   e   vice­versa, relacionando­as aos conhecimentos   universais necessários para compreendê­las a partir   das   relações   de   trabalho.   Em   suma,   o   estágio   possibilita   ao   aluno compreender e viver  na prática as relações do mundo do trabalho, o que contribui para o desenvolvimento pleno de sua cidadania.

O   pedagogo   da   instituição   de   ensino   acompanhará   as   práticas   de estágios   desenvolvidos   pelo   aluno,   mediando   a   natureza   do   estágio   e   as contribuições  do aluno para enriquecer o plano de trabalho docente, de forma que os     conhecimentos   façam­no   compreender   de   que   forma   tais   relações   se estabelecem histórica, econômica, politica, cultural e socialmente. O  pedagogo deve manter os professores da turma do aluno estagiário informados sobre as atividades desenvolvidas para que possam contribuir para esta relação. 

Base Nacional Comum e Parte DiversificadaA Matriz   curricular  do  Colégio  Estadual  Rachel  de  Queiroz   ­    Ensino 

Fundamental  e  Médio  é  elaborada em reunião com direção,  equipe pedagógica, professores   e   Conselho   Escolar   que   discutem   a   melhor   forma   de   adequá­lo   a realidade   dos   educandos,   obedecendo   a   legislação   vigente.   Cada   disciplina   é composta   com   uma   carga   horária   suficiente   para   trabalhar   os   conteúdos programados em cada série, obedecendo a Lei de Diretrizes e Bases de no mínimo 800   horas   anuais.   Toda   disciplina   da   matriz   curricular,   possui   professor   com habilitação específica.MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 6º AO 9º ANO

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NRE: UMUARAMA                       MUNICÍPIO: IVATÉESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO  ­ 0078ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4.000    ENS. FUND. 6º/9º ANO       TURNO: MANHÃ/TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2.006 – SIMULTÂNEA          MÓDULO: 40 SEMANASCARGA HORÁRIA DO CURSO: 3920 H/A      3266 HORAS

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS 6º ANO

7º ANO

8º ANO

9º ANO

TOTALH/A

ARTES 2 2 2 2 320CIÊNCIAS 3 3 4 3 520EDUCAÇÃO FÍSICA

3 3 3 3 480

*ENSINO RELIGIOSO

1 1 0 0

GEOGRAFIA 3 3 3 3 480HISTÓRIA 3 3 3 4 520LÍNGUA PORTUGUESA

4 4 4 4 640

MATEMÁTICA 4 4 4 4 640SUB­TOTAL 22 22 22 22 3600

PARTE DIVERSIFICADA

L.E.MINGLÊS

2 2 2 2 320

SUB­TOTAL 2 2 2 2 320TOTAL EM H/A 24 24 24 24 3920TOTAL GERAL EM HORAS 3266

*Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIOESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 028 ­ UMUARAMA MUNICÍPIO: 1165 ­ IVATÉ

ESTABELECIMENTO:  0078 – COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENDEREÇO: RUA SERRA DOS DOURADOS, 4351FONE: (44) 3673­1155

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ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BA

SE

 NA

CIO

NA

L C

OM

UM

DISCIPLINAS ANO

1º 2º 3º

ARTE 02 02 ­­­­

BIOLOGIA 02 02 02

EDUCAÇÃO FÍSICA 02 02 02

FILOSOFIA 02 02 02

FÍSICA 02 02 02

GEOGRAFIA 02 02 02

HISTÓRIA 02 02 02

LÍNGUA PORTUGUESA

02 03 04

MATEMÁTICA 03 02 03

QUÍMICA 02 02 02

SOCIOLOGIA 02 02 02

SUB­TOTAL 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L.E.M. ­ INGLÊS 02 02 02

L.E.M. ­ ESPANHOL * 04 04 04

SUB­TOTAL 06 06 06

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM. 

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIOESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 028 ­ UMUARAMA MUNICÍPIO: 1165 ­ IVATÉ

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ESTABELECIMENTO:  0078 – COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENDEREÇO: RUA SERRA DOS DOURADOS, 4351FONE: (44) 3673­1155ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BA

SE

 NA

CIO

NA

L C

OM

UM

DISCIPLINAS ANOS

1º 2º 3º

ARTE 02 02 ­­­­

BIOLOGIA 02 02 02

EDUCAÇÃO FÍSICA 02 02 02

FILOSOFIA 02 02 02

FÍSICA 02 02 02

GEOGRAFIA 02 02 02

HISTÓRIA 02 02 02

LÍNGUA PORTUGUESA

02 03 04

MATEMÁTICA 03 02 03

QUÍMICA 02 02 02

SOCIOLOGIA 02 02 02

SUB­TOTAL 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L.E.M. ­ INGLÊS 02 02 02

L.E.M. ­ ESPANHOL * 04 04 04

SUB­TOTAL 06 06 06

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.Observação: serão ministradas 03 aulas de 50 minutos 02 de 45 minutos.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA­CURRICULAR

                 NOSSA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Um ensino de qualidade na escola propõe uma aprendizagem adequada às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da nossa sociedade, que considerem a vivência dos alunos e garanta sua formação integral,  tornando­os co­nhecedores de seus direitos e deveres e capazes de agirem diante das circunstân­cias do dia­a­dia.

Para isso, nossa escola facilitará o acesso aos recursos indispensáveis aos alunos, para que esses possam ter participação responsável na sociedade.         

      Cabe a nós propiciarmos aos educandos vivências e atividades para que possam:

• Ter domínio da língua falada e escrita;• Refletir matematicamente;• Ter coordenadas espaciais e temporais que lhes facilitem uma melhor 

percepção do mundo;• Saber explicar cientificamente fenômenos à sua volta;• Ter condições de fruir a arte e entender mensagens estéticas.A escola se propõe também abrir discussões relevantes sobre a dignida­

de humana, igualdade de direitos, a não discriminação e a importância do respeito.Queremos favorecer aos alunos vivências com significados éticos neces­

sários para a formação de uma ação de cidadania, conhecedores de seus direitos e seus deveres. Nos dias de hoje, é importante que o nosso aluno seja instruído o sufi­ciente para enfrentar os desafios da sociedade seja no mundo de trabalho, no meio social, político, religioso. Que ele saiba cuidar do próprio corpo, da sua saúde, tendo referências para uma vida melhor e mais sadia­ A preservação do meio ambiente também é tema importante para nós, já que nossos recursos naturais vêm sendo di­zimados e usados sem responsabilidade e sem preocupação com o futuro. E impor­tante levar uma discussão crítica sobre as formas de preservação e utilização na na­tureza, de uma maneira participativa.

A educação básica para nós tem a função de garantir ao educando instru­mentos que o capacitem para um processo de educação permanente. Para tanto, a melhor metodologia utilizada, seria aquela capaz de priorizar a construção de estra­tégias e comprovação de hipóteses controlando­se o resultado desse processo. A di­nâmica de ensino prima pela descobertas das potencialidades individuais, mas con­sidera também importante o trabalho coletivo. Isso implica no sujeito sentir­se útil, autônomo e seguro quanto aos seus limites e capacidades, estando integrado num trabalho conjunto e sendo capaz de atuar em diversos níveis de interlocução.

OBJETIVO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

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Esta proposta pedagógica organiza o trabalho pedagógico visando pro­porcionar o desenvolvimento da capacidade do aprender, tendo como meios básicos de apoio a LDB (Lei de Diretrizes e Bases); a DCN (diretrizes Curriculares Nacio­nais); DCE (Diretrizes Curriculares Estaduais); as Deliberações: 014/99 – 13.381/01 – 007/99 – 09/01 – 016/99 – 02/05 – 02/03 – 02/00; Lei Estadual 13.381/01; Lei Fe­deral 10.639/03; Lei Federal 11.114/05; Decreto 5.254/04, a nível de MEC – Diretri­zes Operacionais para a educação Básica nas Escolas do Campo Resolução nº 1, de 3 de abril de 2003/CNE/CEB­ Câmara da Educação Básica, no cumprimento do estabelecimento na Lei nº9.131/95 e na lei nº 9394/96/LDB. Lei 8.009/90 – ECA, Ins­trução 02/03 – Hora Atividade, Instrução 03/06 – Livro Registro de Classe, Leis que norteiam a educação Especial LDB – art.58,59 e 60, DCN – Ed. Especial, DCE – ver­são preliminar, Deliberação 02/03 – Paraná, Instrução Normativa 05/04.

Desenvolver no aluno a capacidade de aprender, a compreensão do am­biente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores da sociedade, formando atitudes, criando e respeitando valores, além de aproveitar to­das as oportunidades possíveis no sentindo de fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de respeito entre as pessoas.

Assim sendo, preocupados em dar maior flexibilidade ao nosso trabalho, os Planos de Curso inicialmente elaborados são permanentemente avaliados e re­formulados sempre  que há necessidade, o que é feito por ocasião das reuniões de planejamento que são bimestralmente realizadas, nas quais sempre ocorre a troca de experiências. Esta atitude de permanente "vigília", acreditamos, torna nosso pla­nejamento muito mais vivo e lhe dá cada vez melhor qualidade.

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

No Ensino Fundamental e Médio objetivamos a formação básica do cida­dão e nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna­se obrigatório o estudo da história e cultura afro­brasileira e indígena. Mediante esta proposta, o aluno deverá ficar competente para:

­  Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio­cultural brasilei­ro, bem como aspectos sócio­culturais de outros povos e nações, posicionando­se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;

­ Perceber­se integrante, dependente e agente transformador do ambien­te, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;

­ Conhecer o próprio e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudá­veis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e apoio com responsabili­dade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

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­ Utilizar as diferentes linguagens ­ verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal ­ como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, in­terpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, aten­dendo a diferentes intenções de comunicação;

­ Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos e construir conhecimentos;

­ Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvê­los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação; ­  Viabilizar  a  compreensão  dos   fundamentos   cientifico   ­   tecnológicos, processos   produtivos   relacionando   a   teoria   com   a   prática,   no   sentido   de   cada componente curricular;              ­ Propor ao  aluno que compreenda e aproprie do conhecimento por meio  do objeto de estudo de cada disciplina;

­ A formação do aluno no ensino médio deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos   básicos, a preparação científica e a capacidade para utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação. ­   Garantir   ensino   aprendizagem   ás   crianças,   adolescentes   e   jovens objetivando a inclusão social através da formação de sujeitos críticos, capazes de mudar a si mesmo e seu meio.             ­  Oferecer   requisitos  necessários  para  que  os  alunos  compreendam o contexto social e histórico e que, pelo acesso ao conhecimento, criticamente sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade;          ­ Oferecer ao aluno a formação necessária para o enfrentamento, com à transformação da realidade social, econômica e política do seu tempo.            ­ Utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para construção do conhecimento;             ­ Criar possibilidades para o aluno demonstrar sua capacidade criativa,  na produção do conhecimento nas diversas disciplinas;               ­ Utilizar as diferentes linguagens, verbal, musical, matemática, gráfica, plástica   e   corporal   –   como   meio   para   produzir,   expressar   e   comunicar   seu conhecimento;           ­ Acompanhar a ação da prática do plano de trabalho docente, que deve ser de autoria do próprio professor.

ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

DISCIPLINA DE ARTE ­ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 

1­APRESENTAÇÃO

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     Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, inclusive onde 

hoje se situa o Estado do Paraná, ocorreu à primeira forma registrada de arte na educação. 

Nas   reduções   jesuíticas,   realizaram um  trabalho  de   catequização  dos indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança pintura, escultura e artes manuais.

Por   volta   do   século   XVIII,   buscou­se   a   efetiva   superação   do   modelo teocêntrico medieval.

O governo do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil   Colônia   e   estabeleceu   uma   reforma   na   educação   colonial   e   em   outras instituições,  conhecida como Reforma Pombalina,   fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, com ênfase ao ensino das ciências naturais e dos estudos literários.

Apesar   da   formalização   dessa   Reforma,   na   prática   não   se   registrou efetivas Mudanças.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal, chega ao Brasil um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas­Artes.

Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa e obedecia ao estilo neoclássico, que entrou em conflito com a arte colonial de características brasileiras.

Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi  a Semana de Arte Moderna de 1922,  que  influenciou artistas brasileiros, que valorizavam   a   cultura   nacional,   expressa   na   educação   pela   escola   nova,   que postulava   métodos   de   ensino   em   que   a   liberdade   de   expressão   do   aluno   era priorizada.

O   movimento   Modernista,   também   denominado   de   Antropofágico, valorizava a cultura do povo, pois entendia que, em toda a História dos povos que habitaram   o   território   onde   hoje   é   o   Brasil,   sempre   ocorreram   manifestações artísticas.    Considerava,   também, que desde o  processo  de colonização,  a  arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana, cada uma com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira.

Nesse   contexto,   o   ensino   de  Arte   teve   o  enfoque  na  expressividade, espontaneidade   e   criatividade.       Pensada   inicialmente   para   as   crianças,   essa concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas etárias.

O ensino de música tornou­se obrigatório nas escolas com a nomeação do compositor   Heitor Villa Lobos como Superintendente de Educação Musical e Artística, no Governo de Getúlio Vargas.   

  A   música   foi   muito   difundida   nas   escolas   e   conservatórios   e   os professores trabalhavam com o canto orfeônico, ensino dos hinos, canto coral, com apresentações para grandes públicos.

A partir  da década de 1960,  as produções e movimentos artísticos se intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a ela; na música, com a bossa nova e os festivais; no teatro, com o teatro de rua, teatro oficina e o teatro de arena de Augusto Boal, e no cinema, com o cinema novo de Glauber Rocha.     Esses movimentos tiveram forte caráter  ideológico, propunham 

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uma   nova   realidade   social   e,   gradativamente,   deixaram   de   acontecer   com   o endurecimento do regime militar.

Com o Ato Institucional n. 5 (AI­5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos.    Vários  artistas,  professores,  políticos  e  outros  que  se  opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Nesse contexto, em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, em cujo artigo 7.° determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5.ª série) e do Ensino Médio.

Contraditoriamente,  nesse momento  de  repressão política  e  cultural,  o ensino de Arte tornou­se obrigatório.   Sob uma concepção centrada nas habilidades e técnicas, minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia então ao professor trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.

O   ensino   de   Educação   Artística   passou   a   pertencer   à   área   de Comunicação e Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas, na música, enfatizou­se execução de hinos pátrios e de festas cívicas. 

A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e para a nova Constituinte de 1988.

Com a elaboração do Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no Ensino de 1.o grau e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2.o grau. Tais propostas curriculares tiveram na pedagogia   histórico­crítica o seu princípio norteador e intencionavam fazer da escola um instrumento que contribuísse para a transformação social.   O ensino de Arte retomava, assim, o seu caráter artístico e estético pela formação do aluno, pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.

Após  quatro  anos  de   trabalho  de   implementação  das  propostas,  esse processo   foi   interrompido   em   1995   e   o   Currículo   Básico   foi,   aos   poucos, abandonado  nas  escolas  pela   imposição  dos  Parâmetros  Curriculares  Nacionais (PCN).

A nova LDB 9394/96 mantém e assegura a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de Educação Básica. Nesse período,  também houve mudanças nos cursos de graduação em Educação Artística que passaram a ter  licenciatura plena em uma habilitação específica.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais  (PCN) passaram a considerar a Música, as Artes Visuais, o Teatro e a Dança como linguagens artísticas autônomas no Ensino Fundamental e, no Ensino Médio. 

Assim, o conceito de estética foi esvaziado do conteúdo artístico.Em   2003,   iniciou­se   no   Paraná   um   processo   de   discussão   com   os 

professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições           de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática   e   registra   sua   práxis.   As   novas   diretrizes   curriculares   concebem   o 

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conhecimento nas suas dimensões artísticas, filosófica e científica e articula­se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.

Reconhecer  que  houve  muitos  avanços  no  processo  histórico   recente para  efetivar  uma  transformação no  ensino  de Arte.    Entretanto,  essa  disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente   como   meio   para   destacar   dons   inatos,   pois   muitas   vezes   é   vista equivocadamente, como prática de entretenimento e terapia. 

O ensino  de Arte  deixa  de ser  coadjuvante  no sistema educacional  e passa  a  se  preocupar   também com o  desenvolvimento  do  sujeito   frente  a  uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.

O objeto de estudo aborda o conhecimento em arte a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido estudos sobre ela:

­o   conhecimento   estético  está   relacionado   à   apreensão   do   objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância com os diferentes momentos históricos e formações sociais em que se manifestam. Pode­se buscar contribuições nos campos da Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento estético seja melhor compreendido em relação às representações artísticas;

­o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a  produção,   o   saber   científico  e   o  nível   técnico   alcançado   na  experiência   com materiais;   bem   como   o   modo   de   disponibilizar   a   obra   ao   público,   incluindo   as características desse público e as formas de contato com ele, próprias da época da criação  e  divulgação  das  obras,  nas  diversas   áreas   como  artes   visuais,  dança, música e teatro.

A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da sua existência individual e social; perceber e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções   e  os   sentidos   de   suas   construções.   Por   isso,   o   ensino   da  Arte  deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para que o aluno possa situar­se como sujeito de sua realidade histórica.

Com   o   ensino   da   arte   pretendesse   que   os   alunos   adquiram conhecimentos   sobre   a   diversidade   de   pensamento   e   de   criação   artística   para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico. Propõe­se o ensino da arte  como  fonte de humanização, o  que  implica no  trabalho com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do espectador.

2­CONTEÚDOS

Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área e de  forma seriada. Devido ao  fato da disciplina de Arte ser composta por 

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quatro áreas artísticas (artes visuais, música,  teatro e dança),  o professor  fará  o planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como referência a sua formação, o desenvolvimento dos conteúdos em cada ano deve pautar no conteúdo estruturante   “Composição”   e   seus   desdobramentos.   Este   conteúdo,   como   eixo central, direciona o olhar para determinados “elementos formais” e “movimentos e períodos”, que ao serem abordados e estudados, aprofundam a compreensão e a apropriação do conhecimento em Arte. 

       Os conteúdos estão organizados de forma a proporcionar uma unidade, serão  aprofundados  em cada  ano  para   todas  as   áreas,   relacionando  conteúdos referentes a História e Cultura Afro­brasileira e Indígena.

Neste  sentido,  o   trabalho no 6°  ano é  direcionado para a  estrutura  e organização   da   Arte   em   suas   origens   e   outros   períodos   históricos;   nas   séries seguintes  prossegue o aprofundamento  dos conteúdos,  sendo que no 7°  ano é importante   relacionar   o   conhecimento   com   o   cotidiano   do   aluno;   no   8°   ano   o trabalho poderá  enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte; no 9° ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. No Ensino Médio é proposto uma retomada dos conteúdos do 6°   ao  9°   ano  e  aprofundamento  destes  e  outros   conteúdos   de  acordo   com   a experiência escolar e cultural dos alunos do Ensino Médio.

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO 

FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS.

       6º ANO ­ ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E 

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

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AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

Ritmo MelodiaEscalas: diatônica, pentatônicacromática maior, menor, ImprovisaçãoGêneros: erudito, popular

Greco­RomanaOriental Ocidental Idade Média Música Popular (folclore)

Percepção dos elementos formaisna paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos eescalas musicais.Teoria da música.Produção e execução de instrumentos rítmicos.Prática coral e cânone rítmico e melódico.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.  

7º ANO ­ ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DEAPRENDIZAGEM

ELEMENTOS

 FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS 

E PERIODOS

     CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

Ritmo MelodiaEscalas Estrutura Gêneros: folclórico, popular, étnicoTécnicas: vocal, instrumental, mista Improvisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental) BrasileiraParanaenseAfricanaRenascimentoNeoclássicaCaipira/Sertanejo Raiz

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Pesquisa da paisagem sonora.Teorias da música.Produção de trabalhos musicais com característicaspopulares e composição de sons da paisagem sonora.

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teóricade técnicas e modos de composição musical.

8º ANO ­ ÁREA MÚSICA 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Sonoplastia

Indústria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, TecnoSertanejo pop VanguardasClássica

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O som e a música no Cinema e Mídias (Vídeo, TV eComputador)Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de  composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias  e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

9º ANO ­ ÁREA MÚSICA 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS EPERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

AlturaDuraçãoTimbreIntensidade Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaEstrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros:popular,folcló

Música EngajadaMúsica PopularBrasileira.Música contemporânea Hip Hop, Rock, Punk Romantismo

Percepção dos modos de fazer música e sua função social.Teorias da Música.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte 

Compreensão da música como fator de transformação social.Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade 

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rico, étnico.  Engajada.   singular e social.

6º ANO – ÁREA  ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEMPEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DEAPRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS  PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativa/AbstratoGeométricaTécnicas: Pintura, desenho,baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia

Arte Greco­RomanaArte AfricanaArte OrienalIdade MédiaArte Popular (folclore)Arte Pré­HistóricaRenascimentoBarroco

Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou. 

7º ANO ­ ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEMPEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE 

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativaAbstrataGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...Gêneros: 

Arte indígenaArte PopularBrasileira eParanaenseAbstracionismoExpressionismoImpressionismo

Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teoria das Artes Visuais Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular,

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origense práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas

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Paisagem, retrato,natureza morta.

relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

 e modos de composição visual.

8º ANO ­ ÁREA ARTES VISUAIS 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEMPEDAGÓGICA

EXPECTATIVA DEAPRENDIZAGEM

ELEMENTOSFORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografia

Técnicas: pintura, desenho,fotografia, audiovisual,gravura...

Gêneros: Natureza 

morta, retrato, paisagem.

Indústria CulturalArte DigitalVanguardasArte ContemporâneaArte CinéticaOp ArtPop ArtClássicismo

Percepção dos modos   de fazertrabalhos   com artesvisuais nas diferentes mídias.

Teoria dasartes visuais e mídias.

Produção de trabalhos deartes visuaisutilizando equipamentose recursostecnológicos.

Compreensão das artesvisuais no Cinema e nasmídias,   sua função sóciae   ideológica   de veiculaçãoe consumo.

Apropriação prática eteórica   das tecnologiase   modos   de composiçãodas artes visuais nas   mídias, relacionadas aprodução, divulgação econsumo.

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 9º ANO ­ ÁREA  ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DEAPRENDIZAGEM

ELEMENTOSFORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOSE PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura­fundo PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnica:   Pintura, desenho, performance...Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano

RealismoDadaísmoArte EngajadaMuralismoPré­colombianaGrafite   (Hip Hop)Romantismo

Percepção   dos modos de fazer trabalhos   com artes   visuais   e sua   função social.

Teorias   das Artes Visuais.

Produção de trabalhos com os   modos   de organização e composição com   enfoque na Arte Engajada.

  

Compreensão   da dimensão   das Artes   Visuais enquanto fator de transformação social. 

Produção   de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidadesingular e social.

6º ANO ­ ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEMPEDAGÓGICA

EXPECTATIVA  DA 

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTO

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem: expressões corporais, vocais,gestuais e

Técnicas: jogosteatrais,   teatro indiretoe   direto, improvisação,manipulação, 

Greco­RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimento

Estudo das estruturas teatrais:personagem,ação dramática e espaço   cênico 

Compreensão dos   elementos que estruturame   organizam   o teatro   e   sua relação com 

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faciais  

Ação 

Espaço

máscara

Gênero:Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço   Cênico, circo.Adereços

Teatro Popular e   sua articulaçãocom formas de composição em movimentos   e períodos   onde se originaram.

os   movimentos artísticos   nos quais   se originaram. 

Apropriação prática   e   teórica de   técnicas   e modos   de composição teatrais.

7º ANO ­ ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS   DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS   E 

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais   e faciais

  Ação 

Espaço

Representação

Leitura dramática,enografia.Gêneros: RuaComédiaarena,Caracterização

Técnicas:   jogos dramáticos   e teatrais, Mímica, 

  improvisação, formas animadas...

Comédia   dell'  arteTeatro PopularTeatro   Popular Brasileiro   e Paranaense

Percepção   dos modos   de   fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.

Teorias do teatro.

Produção   de trabalhos   com teatro  de arena,de rua e indireto.

Compreensão dasdiferentes   formas de  representaçãopresentes   no cotidiano,   suas origense   práticas contemporâneas.

Apropriação prática   e   teórica de   técnicas   e modos   de composição teatrais, presentes   no cotidiano.

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8º ANO ­ ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS   DE APRENDIZAGEM

ELEMENTO FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem: expressõescorporais,vocaisgestuaise faciais

   Ação 

Espaço

RepresentaçãoNo Cinema eMídias(Vídeo, TV eComputador)Texto dramáticoCenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredoTécnicas:jogos   teatrais, sombra, adaptação cênica

Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema NovoVanguardasClassicismo

Percepção dosmodos de fazerteatro, atravésde   diferentes mídias.Teorias da Representaçãono   teatro   e mídias.

Produção de trabalhos de representaçãoutilizando equipamentose recursostecnológicos.

Compreensão das   diferentes formas   de representação no Cinema e nas mídias,   sua função social eideológica   de veiculação   e consumo.

Apropriação prática   e   teórica das tecnologiase modos de composição darepresentação nas   mídias; relacionadas   a produção,divulgação   e consumo.

9º ANO ­ ÁREA TEATRO 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEMPEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS   DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS 

PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Personagem:

 expressões corporais, vocais, 

Técnicas: Monólogo,jogos teatrais,direção, ensaio, Teatro­Fórum,

Teatro EngajadoTeatro   do OprimidoTeatro PobreTeatro   do 

Percepção   dos modos   de   fazer teatro   e   sua função social.

Teorias do teatro.

Compreensão dadimensão ideológica presente no teatro e   o   teatro enquanto fator de 

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gestuais efaciais

  Ação 

Espaço

Teatro ImagemRepresentaçãoRoteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros

AbsurdoRomantismo Criação   de 

trabalhos   com   os modos   de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.

  

transformaçãosocial. 

Criação   de trabalhosteatrais, visandoatuação do sujeito em sua realidade singular e social.

6º ANO ­ ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVASDE APRENDIZAGEM

ELEMENTOFORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Movimento CorporalTempo

Espaço

EixoDeslocamentoPonto   de ApoioFormaçãoTécnica:

  ImprovisaçãoGênero: Circular

Pré­históriaGreco­RomanaMedievalIdade MédiaArte Popular(folclore)

Estudo   do movimento corporal,tempo,   espaço   e sua   articulação com os elementos de   composição   e movimentos   e períodos   da dança.

Compreensão dos elementos   que estruturam   e organizam   a dança   e   sua relação   com   o movimento artístico   no   qual se originou.

7º ANO ­ ÁREA DANÇA 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOSFORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOSE PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Movimento 

Corporal

Gênero: Folclórica, popular,

Dança PopularBrasileiraParanaense

Percepção   dos modos de fazer dança, através de

Compreensão das   diferentes formas  de  dança 

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Tempo

Espaço

étnicaPonto deApoioFormaçãoRotaçãoCoreografiaSalto e quedaNíveis(alto, médio   e baixo)

AfricanaIndígenaRenascimento

diferentes espaços onde é elaboradae executada.

Teorias da dança.

Produção   de trabalhos com   dança utilizando diferentes   modos de composição.

popular, suasorigens e práticas contemporâneas.Apropriação prática   e   teórica de técnicase   modos decomposiçãoda dança.

8º ANO ­ ÁREA DANÇA 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVADE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO

Movimento 

Corporal

Tempo

Espaço

DireçõesDinâmicasAceleraçãoImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural,espetáculo

Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural  Dança ModernaDança Clássica

Percepção   dos modos   de   fazer dança,   através   de diferentes mídias.

Teorias da dança de   palco   e   em diferentes  mídias.

Produção   de trabalhos de dança utilizando equipamentos   e recursos tecnológicos.

Compreensão das   diferentes formas  de  dança no Cinema,musicais e nasmídias,   sua função   social   e ideológica deveiculação   e consumo.

Apropriação prática   e   teórica das   tecnologias e   modos   de composição dadança   nas mídias;relacionadas aprodução, divulgação   e consumo.

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9º ANO ­ ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVASDE APRENDIZAGEm

ELEMENTO FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA O ANO

MovimentoCorporal

Tempo

Espaço

Ponto deApoioNíveis(alto,médio ebaixo)RotaçãoDeslocamentoGênero:Salão,Espetáculo,modernaCoreografia

Arte EngajadaVanguardasDançaContemporâneaRomantismo

Percepção dosmodos   de   fazer dança   e   sua função social.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos comos modos de organização   e composiçãoda   dança   com enfoque   na   Arte Engajada.

Compreensão dadimensão   da dança enquantofator   de transformaçãosocial. 

Produção   de trabalhos   com dança, visandoatuação   do sujeito   em   sua realidade singular e social

CONTEÚDOS   REFERENCIAIS   PARA   A   DISCIPLINA   DE   ARTE   NO 

ENSINO MÉDIO

ENSINO MÉDIO ­ ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRURANTES

ABORDAGEMPEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaModal,   Tonal e fusãode ambos.Gêneros: erudito,clássico,

Música PopularBrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidental

Percepção depaisagem   sonora como constitutivada   música contemporânea(popular e erudita), dos   modos   de fazer música esua função social.

Compreensão dos   elementos que estruturame organizam a música   e   sua relação   com   a sociedadecontemporânea. 

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popular,étnicofolclórico,Pop

Técnicas: vocal, instrumental,eletrônica, informática   e mista

mprovisação

OrientalAfricanaLatino­Americano

Teoria da Música. 

Produção   de trabalhos   com   os modos   de organizaçãoe   composição musical,   com enfoque na música de   diversas culturas.

Produção detrabalhos musicais, visando atuaçãodo sujeito em sua realidade singular e social.Apropriação prática e teórica dosmodos   de composiçãomusical   das diversas   culturas e mídias, relacionadas aprodução,divulgaçãoe consumo.

ENSINO MÉDIO – ÁREA  ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS   DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOSFORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualTécnica: Pintura, Desenho,Modelagem,instalação Performance,Fotografia, Gravura e Esculturas...

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte   de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte   Latino­

Percepção   dos modos   de   fazer trabalhos comartes visuais nas diferentes culturase mídias.

Teoria   das   artes visuais.

Produção   de trabalhos de artes visuais com osmodos   de organização e composição, com enfoque   nas 

Compreensão dos   elementos que estruturam e organizam   as artes   visuais   e sua relação com a   sociedade contemporânea.

Produção   de trabalhos de artes visuais   visando  a atuação do sujeito em sua  realidade singular e social.

Apropriação 

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Gêneros: Paisagem,Natureza­Morta,Designer,históriaem quadrinhos...

Americana diversas culturas. prática   e   teórica dos   modos   de composição dasartes visuais  nasdiversas culturase   mídias, relacionadasa   produção, divulgaçãoe consumo.

ENSINO MÉDIO ­ ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEMPEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS   DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS EPERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

 expressões corporais,vocais, gestuais e faciais

  Ação 

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro diretoe indireto,mímica,ensaio, Teatro­FórumRoteiroEncenação, leitura dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama eÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,

Teatro   Greco­RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro   do OprimidoTeatro PobreTeatro   de VanguardaTeatro Renascentista

Estudo   da personagem,   ação dramática e do espaço   cênico   e sua   articulação com   os   elementos de composiçãoe   movimentos   e períodos do teatro.

Percepção   dos modos   de   fazer teatro e sua função social.

Teorias do teatro.

Produção   de trabalhoscom   teatro   em diferentes espaços.

Percepção   dos modos   de   fazer 

Compreensão dos   elementos que  estruturam e organizam   o teatro   e   sua relação   com   o movimento artístico   no   qual se originou. 

Compreensão dadimensão   do teatro   enquanto fator detransformação social. 

Produção   de trabalhos teatrais, visandoatuação do sujeito   em   sua realidadesingular e social.

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sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução

Teatro   Latino­AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

teatro e sua funçãosocial.

Produção   de trabalhos   com   os modos   de organização ecomposição   teatral com   enfoque   na Arte Engajada.  

Apropriação prática   e   teórica das tecnologias  e modos   de composição darepresentação nas   mídias; relacionadas aprodução, divulgação e consumo.

Apropriação prática eteórica   de técnicas e modos de composiçãoteatrais.

                    ENSINO MÉDIO­ ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento 

Corporal

Tempo

Espaço

EixoDinâmicaAceleraçãoPonto   de ApoioSalto   e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial 

Pré­históriaGreco­RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopExpressionismoIndústria Cultural   Dança ModernaArte Engajada

Estudo   do movimentocorporal, tempo,   espaço   e sua articulação comos elementos de composição e movimentos   e períodos da dança.

Percepção   dos modos   de   fazer dança,   através   de diferentes   espaços onde é elaborada e executada.

Teorias da dança.

Compreensão dos   elementos que estruturam e organizam   a dança e sua relação com o movimento artístico   no   qual se originou.

Compreensão das   diferentes formas  de  dança popular,   suas origens e práticascontemporâneas.

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cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...

VanguardasDança Contemporânea

Produção   de trabalhos

  de dança utilizando

 equipamentos   e   recursos tecnológicos.

Produção de trabalhos com dança     utilizando diferentes   modos de composição.

Compreensão dadimensão   da dança   enquanto fator   de transformação social. 

Compreensão das   diferentes formas  de  dança no Cinema, musicais   e   nas mídias,sua função   social   e ideológica de veiculação   e consumo.

Apropriação prática   e   teórica de técnicas emodos   de composição   da dança.

Apropriação prática   e   teórica das   tecnologias e   modos   de composição dadança   nas mídias; relacionadas aprodução,divulgação e consumo.

Produção   de trabalhos   com dança, visandoatuação   do sujeito   em   sua realidade singular e social.

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Os  temas  referentes  as  Demandas Socioeducaionais  serão abordados junto aos conteúdos da disciplina sempre que possível.

                 3­METODOLOGIA

O   trabalho   terá   como   ponto   de   partida   as   Diretrizes   Curriculares Estaduais e o conhecimento produzido em arte.

Os   conteúdos   serão   selecionados   a   partir   do   repertório   dos   alunos articulados  aos  conteúdos  presentes  nas  produções  e  manifestações  abordadas pelo professor. O aluno terá assim, oportunidade de ampliar sua visão de mundo e compreender  as  construções simbólicas  de outros sujeitos  pertencentes   às mais diversas realidades cultural.

Tais conteúdos serão abordados de forma teórica pratica, oportunizando a vivência artística dos alunos, e contemplando os três momentos da organização pedagógica: Teorizar; sentir e perceber; e trabalho artístico.

As  atividades  serão  propostas  em diferentes  contextos,  apresentando, tanto   quanto   possível,   caráter   lúdico   e   desafiador.   Serão   propostas   atividades artísticas   e   culturais   com   técnicas   diferenciadas:   pinturas   origami,   escultura   e modelagens. Aulas explicativas a partir de obras bidimensionais e tridimensionais de diversos   artistas,   dados   sobre  o   processo   de   criação   de   cada  artista   e   época, pesquisas no laboratório de informática e explanação na Tv Pendrive assim como levantamento   dos   diversos   suportes   e   materiais   recicláveis     que   podem   ser utilizados como suporte para a arte. Os trabalhos serão expostos para que todos possam ver e refletir efetivamente sobre o que produziram.

 4­ AVALIAÇÃO.

 A avaliação na disciplina de Arte, será diagnóstica e processual, numa dimensão criadora que envolva o ensino aprendizagem. O   conhecimento que o aluno   acumula deve servir  como ponto   de   referência para o professor propor abordagens diferenciadas, é importante  ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural próprio.

  A  avaliação   visa   contribuir   para  a   compreensão  das   dificuldades  de aprendizagem dos  alunos,   com vistas  as  mudanças  necessárias  para  que  essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade , da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.

Serão   estabelecidos   em   cada   conteúdo   diversos   instrumentos   de avaliação, visando diagnosticar o conhecimento do aluno para possíveis avanços, levando em conta o que se concretiza no Projeto Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente.

Após serem utilizados os  instrumentos de avaliação pra diagnosticar o processo de ensino aprendizagem será proposta uma retomada dos conteúdos que ainda não foram articulados e apreendidos pelos educandos. Esta retomada terá outras formas de abordagem e outras formas de avaliação para que todos possam 

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participar  das discussões,   inclusive os  que  já  se  apropriaram dos conceitos  dos conteúdos destacados. A recuperação  de estudos deve acontecer a partir de uma lógica  simples:  os  conteúdos selecionados para  o  ensino  são  importantes  pra  a formação do aluno, então é  preciso  investir  em todas as estratégicas e recursos possíveis  pra  que  ele  aprenda.  A   recuperação  é   justamente   isso:  o  esforço  de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdos.

5 – REFERÊNCIAS

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ.  Projeto   Político­Pedagógico. Ivaté, 2011.

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

PARANÁ.   Secretária   de   Estado   da   Educação   do   Paraná   ­   Departamento   de Educação Básica. Diretrizes Estaduais Curriculares da Educação Básica ­ Artes. Curitiba, 2008.

DISCIPLINA DE BIOLOGIA

1­ APRESENTAÇÃO 

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicá­lo e, ao mesmo tempo, compreendê­lo. 

A   preocupação   com   a   descrição   dos   seres   vivos   e   dos   fenômenos naturais levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência humana.          

Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos diferentes  tipos de comportamento dos animais e da  floração das plantas  foram registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em explorar a natureza. 

No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. 

       Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes   concepções   sobre   o   fenômeno   VIDA   e   suas   implicações   no   ensino, buscou­se,   na   história   da   ciência,   os   contextos   históricos   nos   quais   influências religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.   

     A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na antiguidade.   Ideias  desse  período,   que   contribuíram para  o  desenvolvimento  da 

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Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.). Este filósofo deixou contribuições relevantes quanto à organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas que buscavam, dentre outras, explicações para a compreensão da natureza. 

     Na  idade média,  a   Igreja   tornou­se uma  instituição poderosa,   tanto  no aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o universo   vinculado a um Deus criador,   foi  oficializado pela  igreja católica que o transformou   em   dogma.   Cabe   ressaltar   que   a   importância   desta   compreensão histórica e filosófica da Ciência esta em conformidade com o atual contexto sócio­econômico   e   político,   estabelecido   a   partir   da   compreensão   da   concepção   de Ciência enquanto construção humana.

Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e considerava que “para tudo que não podia ser explicado,visto ou reproduzida, havia uma razão divina; Deus era o responsável”; (RAW, SANT'ANNA, 2002. p 13, apud PARANÁ, 2008).

A disciplina tem por objetivo valorizar e  incorporar as “culturas vividas” pelos   alunos,   respeitando   seus   saberes   e   suas   experiências,   e   que   possa desconstruir  as  tradicionais  fronteiras entre cultura popular,  a cultura erudita  e a cultura de massa.

Os   conhecimentos   biológicos   devem   possibilitar   acesso   a   cultura científica, socialmente valorizada, tendo como objetivo a formação do sujeito critico e reflexivo   analítico,   portanto   consolida­se   por   meio   de   um   trabalho   em   que   o professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do fenômeno VIDA.

No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio devem levar a apreensão contemplativa da natureza em si e buscar entender os fenômenos naturais e a explicação racional da natureza que levou o ser humano a propor  concepções de mundo e  interpretações que  influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria humanidade. Pois a disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo, ou seja, o fenômeno vida em sua complexidade de relações.

A importância de se estudar Biologia está no fato de se tratar de um tema relacionado   com   as   origens   de   tudo   que   existe   no   universo   e   os   caminhos percorridos pelos seres vivos, nos dias atuais, desperta a curiosidade do homem, encontra respostas para muitos questões e proporciona uma melhor entendimento sobre a própria existência.

2­ CONTEÚDOS 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

­  Organização dos seres vivos;

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­  Mecanismos biológicos;­  Biodiversidade;­  Manipulação genética.

CONTEÚDOS BÁSICOS

­ Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. ­ Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. ­ Mecanismos de desenvolvimento embriológico. ­ Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. ­ Teorias evolutivas. ­ Transmissão das características hereditárias. ­ Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. ­ Organismos geneticamente modificados.

Também   será   contemplado   temas   de   acordo   com   a   Lei   11.645   de 10/03/2008; Lei Estadual do Paraná n. 14037, de 20 de março de 2003, que institui o Código Estadual  de  Proteção aos Animais;  Lei  n.  9795/99 que  institui  a  Política Nacional de Educação Ambiental; Lei n. 10639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura afro­brasileira e africana.

Em   relação   à   questão   étnico­racial   serão   abordados   temas   como: características   biológicas   (biótipo)   dos   diversos   povos;   contribuições   dos   povos africanos e de seus descendentes para os avanços da Ciência e da  tecnologia; análise   e   reflexão   sobre   o   panorama   da   saúde   dos   africanos   (conflitos   entre epidemias / endemias e o atendimento à saúde, entre as doenças e as condições de higiene   proporcionadas   à   população,   bem   como   o   índice   de   desenvolvimento humano).

Os desafios contemporâneos e as questões relacionadas à diversidade serão contextualizados com os conteúdos específicos.

3­ METODOLOGIA

É   muito   importante   que   os   conteúdos   tenham   sequência   e   relação servindo como ponte entre o conhecimento anterior e aquele a ser adquirido, não sendo apenas chegada, mas caminho.

Abordar   sempre   o   conteúdo   de   forma   significativa   para   o   aluno incentivando­o a refletir sobre a situação problema que envolve a discussão critica do tema despertando no aluno o interesse e a vontade de aprofundar as pesquisas e buscar   as   alternativas   resolutivas   para   a   questão   em   pauta.  Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos, a Diversidade, a Cultura Afro­Brasileira   e   Indígena   serão   trabalhados   integrados,   contínuos     no desenvolvimento dos conteúdos. 

­ Para informar: aulas dialogadas;­ Para investigar: experimentos e  questionamentos;

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­ Para analisar as causas e implicações do desenvolvimento daBiologia: simulações e trabalhos dirigidos;

­ Propiciar ao aluno situações de estudo: debates,  leituras de rótulos e embalagens;

­Trocas de experiências;­ Uso de vídeos;­ Uso de informática;­ Pesquisas;

                 ­ TV multímidia.

Assim,  esta  proposta  de  encaminhamento  metodológico  orienta­se  por uma   abordagem   crítica,   que   considere   a   prática   social   do   sujeito   histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos.

A busca de soluções para as problematizações, constitui­se em referência fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes  trazidos pelos educandos e a evolução   do   processo   de   aprendizagem.   É   importante   lembrar   que   a   cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.

Uma estratégia  comum em Biologia   é   a  utilização  de  experimentos  e práticas realizadas em laboratório.  É   importante que seja definido com clareza o sentido   e   o   objetivo   dessa   alternativa   metodológica,   visto   que   muitas   vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve­se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano,   assim   como   lugares   alternativos,   situações   ou   eventos   para   se desenvolver   uma   atividade   científica.   A   utilização   de   experimentos   e   práticas realizadas   em   laboratório   devem   ser   vistas   como   uma   atividade   comum   e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada pelo professor. 

BIZZO   (2002)   considera   importante   que   o   professor   perceba   que   a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela,   por   si   só,   não   garante   bom   aprendizado.   (...)   a   realização   de experimentos   é   uma   tarefa   importante,   mas   não   dispensa   o acompanhamento constante do professor, que devem pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É   comum que seja  necessário  propor uma nova situação que desafie  a explicação encontrada pelos alunos.

É importante lembrar que as aulas e atividades práticas podem acontecer em diversos ambientes, na escola ou fora dela. Portanto, o encaminhamento para essa disciplina não pode ficar restrito a um único método. 

O ensino de Biologia deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. 

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4­ AVALIAÇÃO

Partindo da idéia de que a metodologia deverá  respeitar o conjunto de saberes do educando,  o  processo avaliativo  deve ser  diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre   esses   conhecimentos.   Desta   forma,   o   educador   terá   possibilidades   de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.

A   avaliação   não   terá   caráter   exclusivamente   mensurável   ou classificatório, deve­se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos em todos os seus aspectos, oportunizando­lhe o acesso e a permanência no sistema escolar.   Há   necessidade,   tanto   por   parte   do   educador,   quanto   da   comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos. Portanto, a avaliação tem como objetivo promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.

Por meio dos  instrumentos avaliativos diversificados,  os alunos podem expressar   os   avanços   na   aprendizagem   à   medida   que   interpretam,   produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista.

A   avaliação   se   dará   ao   longo   do   processo   de   ensino   e   não   estará centralizada em apenas uma atividade ou método avaliativo e,    irá  considerar os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem. 

Através de: Provas escritas de leitura e interpretação; Testes sobre aulas práticas no laboratório de biologia; Trabalhos em grupos ou individuais; Relatórios das aulas com apresentação de filmes; Apresentações de resultados de pesquisas em seminários; Elaboração de cartazes, frases, slogan.

O   processo   de   recuperação   será   paralela   ao   processo     ensino aprendizagem   de   forma   coerente   às   necessidades   do   aluno,   buscando possibilidades  que este consiga a compreensão dos conteúdos.   

5­ REFERÊNCIAS

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ.  Projeto   Político   Pedagógico. Ivaté , 2011. 

______. Regimento Escolar. Ivaté.  2008. 

LINHARES   Sérgio   e   GEWANDSZNAJDER   Fernando.  Biologia.  1ª   edição, Editora Abril: São Paulo 2006

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para o ensino médio . Curitiba: SEED, 2008.

______,  Secretaria  de  Estado  da  Educação.  Biologia  Ensino  Médio.    Curitiba: SEED,  2006.

 

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS

1 – APRESENTAÇÃO 

O coletivo de professores da disciplina de Ciências, de acordo com as Diretrizes   Curriculares   desta   disciplina,   e   em   consonância   com   as   discussões realizadas pela rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências, que norteiam a elaboração da proposta pedagógica desta disciplina. 

A história da ciência, além do conhecimento científico, liga­se também às técnicas pela quais foram produzidas esse conhecimento, as tradições de pesquisa as   instituições   que   as   apoiam   (KNELLER   apud   DCE   /Ciências,   2008).   Assim, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a natureza nos diversos momentos históricos. 

O  grande   desafio   atualmente   é   a   necessidade  de   estender   a   cultura científica a um público cada vez mais amplo, socializando o conhecimento científico. O saber historicamente acumulado não pode ser propriedade de uma elite.

O desenvolvimento tecnológico movido pelos avanços da ciência, ou vice­versa, determina e é determinado por relações de poder implícitas. Neste contexto, fica cada vez mais claro que a ciência é uma construção humana, que convive com a dúvida, tem suas aplicações, é falível, intencional e está diretamente  relacionada com o avanço da  tecnologia  e com as  relações sociais (CHASSOT, 2004).

Sendo assim, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, seja  superado por  um modelo  que desenvolva  a  capacidade dos educandos de buscar   explicações   científicas   para   os   fatos,   através   de   posturas   críticas, referenciadas pelo conhecimento científico. 

Nessa   perspectiva,   a   disciplina   de   Ciências   tem   como   fundamento   o conhecimento   científico   proveniente   da   ciência   construída   historicamente   pela humanidade, considerando a influência de fatores sociais, econômicos, políticos e éticos e vinculada às relações de poder existente na sociedade. O objeto de estudo da  disciplina  de  Ciências  é   o  estudo  do  conhecimento  científico  que   resulta  da investigação da natureza.

Os   conhecimentos   prévios   dos   alunos   devem   ser   considerados   no processo  de  ensino  e  de  aprendizagem de   forma  mais  articulada  aos  aspectos sociais   e   históricos,   priorizando­se   o   estudo   dos   fenômenos   em   detrimento   da abordagem restrita a noções e conceitos dos outros modelos. 

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Os   fenômenos   não   são   explicados   apenas   por   um   determinado conhecimento,  portanto,  é   importante estabelecer  as  relações possíveis  entre  as disciplinas,   identificando   a   forma   com   que   atuam   e   as   dimensões   desses conhecimentos,   pois   o   diálogo   com   outras   disciplinas   gera   um   movimento   de constante ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se conhece. Assim, se estabelece   as   relações   interdisciplinares,   entendidas   como   necessárias   para   a compreensão da totalidade. 

A disciplina de Ciências deve prezar pela sistematização do saber, cujo objetivo é a transformação da sociedade, abordando questões sociais, econômicas, políticas, éticas e históricas. Todos os conhecimentos devem ser contemplados com vistas   à   compreensão   das   inter­relações   existentes   entre   outros   conteúdos   e disciplinas, visando um processo não fragmentado de ensino e de aprendizagem, onde os conteúdos deixam de ser compreendidos como neutros e a­históricos.

Isso se dá através da definição de conteúdos significativos na formação dos   alunos   na   medida   em   que   oportunizem   o   estudo   da   astronomia,   da biodiversidade,   da   matéria,   da   energia   e   dos   sistemas   biológicos,   fornecendo subsídios   para   a   compreensão   crítica   e   histórica   do   mundo   no   atual   período histórico, facilitando a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Cabe á escola delinear um caminho para que esta dê conta desses desafios, construindo a identidade da disciplina a partir da compreensão do seu objeto de estudo. Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes Ciências   de   referência   –   Biologia,   Física,   Química,   Geologia,   Astronomia,   entre outras.

Conteúdos   significativos   são   aqueles   que   os   alunos   atribuem­lhe significados,   estabelecendo   relações   “substantivas   e   não­arbitrárias   entre   o   que conhece   de   aprendizagens   anteriores   (nível   de   desenvolvimento   real   – conhecimentos alternativos) e o que aprende de novo (AUSUBEL et all apud DCE de Ciências, 2008). Assim ocorre a aprendizagem significativa. Tudo  isso ocorre, principalmente,   através   da   mediação   do   professor.   Portanto,   a   construção   de significados pelos alunos é resultado de interações entre três fatores: o estudante, os conteúdos científicos  escolares e o professor  de Ciências como mediador  do processo de ensino­aprendizagem.

Dessa  forma, é   importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Ciências,   possibilite   ao   educando,   a   partir   de   seus   conhecimentos   prévios,   a construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.

Portanto, o ensino de ciências tem o objetivo de transmitir conhecimento científico  que   resulta  da   investigação  da  Natureza.  Do  ponto  de  vista  científico, entende­se   por   Natureza   o   conjunto   de   elementos   integradores   que   constitui   o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,  movimento,  força, campo, energia e vida. Promovendo assim a socialização dos conhecimentos científicos, tecnológicos 

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e   a   democratização   dos   procedimentos   de   natureza   social,   tendo   em   vista   o atendimento de  toda a população que  tem assegurado o direito  ao processo de escolarização.   

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos   Estruturantes   são  conhecimentos   amplos   e   essenciais, construídos historicamente e sempre ligados a uma concepção política de educação e por isso não são neutras (DCE – Ciências, 2008).   Segundo Lopes (apud DCE, 20008),   esses   conteúdos   visam   superar   a   fragmentação   do   currículo,   sendo construídos historicamente a partir dos conceitos científicos e estruturam a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino.  Tais conteúdos são relevantes para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu   objeto   de   estudo,   bem   como   facilitar   a   integração   conceitual   dos   saberes científicos na escola. 

Se  faz  necessário  que  o  ensino  de  Ciências  aconteça  por   integração conceitual   estabelecendo   relações   entre   os   conceitos   científicos   escolares   de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares);   entre   os   conteúdos   científicos   escolares   e   o   processo   de produção   do   conhecimento   científico   (relações   contextuais).     Santos,   Stange   e Trevas (apud, DCE, 2008), afirmam que essa forma de abordagem permite superar a construção fragmentada de um mesmo conceito.

      Portanto, para organizar teoricamente os campos de estudo da disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. foram definidos os conteúdos estruturantes que são:

➢ Astronomia;➢ Matéria;➢ Sistemas biológicos;➢ Energia;➢ Biodiversidade;

          É   indispensável   que  a  organização  dos   conteúdos  da  disciplina  de Ciências  na  proposta   curricular   esteja   vinculada   à   experiência   cotidiana   destes, procurando apresentar os conteúdos como instrumentos de melhor compreensão e atuação na realidade.              Ao pensar nessa organização, o educador deve abordar conteúdos que possam ter significado real à vida dos educandos, possibilitando­lhes a percepção das diversas abrangências sobre um determinado fenômeno. Dessa forma, o ensino de Ciências não pode se restringir apenas ao livro didático ou ao material de apoio. “A seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele pode produzir uma unidade de ensino que não existe no livro ou deixar de abordar um de seus capítulos, pode realizar retificações ou propor uma abordagem diferente” (BIZZO, 2000).

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Além do desafio maior, que é permitir que o aluno acesse o conhecimento produzido,  expressão maior  do nosso  trabalho e  função essencial  da escola,  há demandas novas, que a escola também precisa trabalhar, chamados de desafios contemporâneos   que   refletem   as   inquietudes   humanas,   as   relações   sociais, econômicas,   políticas   e   culturais,   levando­nos   a   avaliar   os   enfrentamentos   que devemos fazer. As Demandas Socioeducacionais  a serem trabalhadas na disciplina de Ciências, vão permear os conteúdos de forma não pontual e são cinco: Educação Ambiental,   Prevenção   ao   uso   indevido   de   drogas,   Relações   Étnico­Raciais, Sexualidade e Violência na escola.

Os conteúdos básicos que deverão ser abordados neste nível de ensino são:

ASTRONOMIA

Universo; Sistema Solar; Movimentos terrestres; Movimentos celestes; Astros; Origem e evolução do Universo; Gravitação universal.

MATÉRIA➢ Constituição da matéria;➢ Propriedades da matéria. 

SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização celular; Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos;  Mecanismos de herança genética.

ENERGIA Formas de energia; Conversão de energia; Transmissão de energia; Conservação de energia.

BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos; Ecossistema; Evolução dos seres vivos; Origem da vida; Sistemática;

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Interações ecológicas

Em   cumprimento   as   Leis   10.639/03   e   11.645/08   que   tratam, respectivamente,  da  História  e  Cultura  Afro­Brasileira  e  Africana  e  da  História  e Cultura   Indígena  é   necessário  abordar  questões  envolvendo  a  história  e  cultura desses povos, como: estudo da herança dos genes, cor da pele, tipos sanguíneos, os tipos de plantas,  culinárias,  contribuições dos povos   para o desenvolvimento científico, entre outros. Esses conteúdos devem ser trabalhados no dia­a­dia da sala de aula.   

3 – METODOLOGIA

A prática pedagógica de Ciências não deve estar  centrada num único método e nem em práticas laboratoriais que vise tão somente comprovar teorias e leis previamente apresentada aos alunos. Deve buscar a integração dos conceitos científicos  e  valorizar  o  pluralismo metodológico.  Para   tanto,  o  professor  deverá observar o tempo de aula para o trabalho pedagógico, o Projeto Político­Pedagógico da escola, os interesses regionais no qual a escola está inserida e análise crítica dos livros didáticos.  Também será  necessário  refletir  e estabelecer   relações entre os conteúdos,   estratégias,   recursos,   a   expectativa   de   aprendizagem   e   o   estágio cognitivo do aluno.

Os  conteúdos  específicos  de  Ciências  devem ser  entendidos  em sua complexidade de relações conceituais,   interdisciplinares, contextuais e abordados dentro do contexto tecnológico, social, ético, cultural e político, que os envolvem.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Ciências do Paraná (2008), o professor é o responsável pela mediação entre o conhecimento científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos estudantes deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade   no   processo   ensino­aprendizagem   e   a   construção   de conceitos de forma significativa para os estudantes.

A busca de soluções para as problematizações, constitui­se em referência fundamental   no   ensino   de   Ciências.   Primeiro   o   professor   problematiza   o conhecimento de situações significativas, apresentadas pelos estudantes e depois realiza a problematização de forma que ele sinta a necessidade do conhecimento escolar para resolver os problemas apresentados. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo, portanto,  valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo de aprendizagem.  É importante lembrar que   a   cultura   científica   deve   ser   incentivada   mesmo   que   de   forma   gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.

Uma estratégia comum em Ciências é  a  utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório.  É   importante que seja definido com clareza o sentido   e   o   objetivo   dessa   alternativa   metodológica,   visto   que   muitas   vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve­se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano,   assim   como   lugares   alternativos,   situações   ou   eventos   para   se 

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desenvolver   uma   atividade   científica.   A   utilização   de   experimentos   e   práticas realizadas   em   laboratório   devem   ser   vistas   como   uma   atividade   comum   e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada pelo professor.

Nesse   sentido,   algumas   possibilidades   de   encaminhamentos metodológicos são:

a)   Recursos   pedagógicos/tecnológicos:   livro   didático,   texto   de   jornal, revista   científica,   figuras,   revistas  em  quadrinhos,  música,   quadro  de  giz,  mapa (   geográficos,   sistemas   biológicos,   entre   outros),   globo,   modelo   didático   (torso, esqueleto,   célula,   olho,   entre   outros),   microscópio,   lupa,   jogos,   TV   Multimídia, computador (Laboratório PRDigital), entre outros;

b) Recursos instrucionais: organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

c)  Espaços de pertinência pedagógica: feiras, laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.

O ensino de Ciências deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta  forma, o  educador  terá  condições de dialogar  sobre a sua prática   a   fim   de   retomar   o   conteúdo   com   enfoque   metodológico   diferenciado   e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreenda e aja sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando­o como um exercício de aprendizagem.

Diante de tudo que  foi exposto, se propõe valorizar os encaminhamentos metodológicos   como:   problematização,   contextualização,   interdisciplinaridade, pesquisa, leitura científica, atividade em grupo, observação, atividade experimental, recursos instrucionais e o lúdico. 

A  abordagem problematizadora  pode  ser  efetuada,  evidenciando  duas dimensões: na primeira, o professor  leva em conta o conhecimento de situações significativas  apresentadas  pelos  estudantes,  problematizando­as;  na  segunda,  o professor   problematiza   de   forma   que   o   estudante   sinta   a   necessidade   do conhecimento científico escolar  para resolver  os problemas apresentados.  Nesse caso, a contextualização significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas   sociais,   políticas,   éticas,   tecnológicas,   econômicas,   entre  outras.  Esta aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de abordagens que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para as experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento. 

Em   Ciências,   as   relações   interdisciplinares   podem   ocorrer   quando   o professor busca, nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o   entendimento   do   objeto   de   estudo   de   Ciências,   o   conhecimento   científico resultante da investigação da Natureza.

A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para  que  os  objetivos  pedagógicos sejam atingidos,  se   faz  necessário  que  seja construída com redação do próprio estudante, pois ao organizar o texto escrito ele precisará  sistematizar ideias e explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com 

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recursos   do   vocabulário   que   domina.   Na   apresentação   oral,   o   estudante   deve superar   a   simples   leitura   e   repetição,   evidenciando   a   compreensão   crítica   do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.

A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao professor analisar o material a ser trabalhado, levando­se em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada.

    No   trabalho   em   grupo,   o   estudante   tem   a   oportunidade   de   trocar experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver   espírito   de   equipe   e   atitude   colaborativa.   Esta   atividade   permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante.

A observação é uma alternativa viável e coerente com a própria naturezada   disciplina.   O   estudante   pode   desenvolver   observações   e   superar   a   simples constatação de resultados, passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita.

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta­se como uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm como único espaço possível o  laboratório escolar,  visto que podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos,  como a  sala  de aula,  e  utilizar  materiais  alternativos  aos convencionais.

        Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas derelações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser   usados   na   análise   do   conteúdo   científico   escolar,   no   trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem. 

      O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse,   tais   como   jogos,   brinquedos,   modelos,   exemplificações   realizadas habitualmente pelo professor, entre outros.

4 – AVALIAÇÃO

Partindo  da   ideia  de  que  a  metodologia  deve   respeitar  o  conjunto  de saberes do educando,  o  processo avaliativo  deve ser  diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre   esses   conhecimentos.   Desta   forma,   o   educador     terá   possibilidades   de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo de ensino e aprendizagem.

A   avaliação   não   pode   ter   caráter   exclusivamente   mensurável   ou classificatório, mas respeitar e valorizar o perfil  e a realidade dos educandos em todos   os   seus   aspectos,   oportunizando   o   acesso   e   a   permanência   no   sistema escolar.   Há   necessidade,   tanto   por   parte   do   educador,   quanto   da   comunidade escolar, de conhecer o universo  desses educandos, Portanto, a avaliação tem como 

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objetivo promover  um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.

Os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem a medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista.

Para cada conteúdo, o professor deve estabelecer critérios que definem de forma clara os propósitos e a dimensão do que se avalia.

A  avaliação,  portanto,  se  dará   ao   longo  do  processo  de  ensino  e  de aprendizagem; não pode estar centralizada em uma atividade ou método avaliativo e, precisa considerar os alunos como sujeito históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem; deve ser contínua e acumulativa, em relação à aprendizagem do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Será prática   emancipatória,   instrumento   reflexivo,   para   obtenção   de   informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica, através de:

Atividades de leitura (compreensiva/crítica) de textos; Projeto de pesquisa bibliográfica; Produção de texto; Projeto de pesquisa de campo; Seminário; Debate; Relatório; Atividades com textos literários; Atividades com recursos audio­visuais; Atividades experimentais; Palestra; Trabalho   em   grupo   (diferentes   atividades:   escrita,   oral,   gráfica, 

corporal, construção de maquetes, painéis, etc.); Questões objetivas;  Questões discursivas.Conforme prevê   a  LDB nº  9394/96  o  professor  deve  promover  meios 

diferenciados para a recuperação dos alunos de menor rendimento. Deve então, retomar os conteúdos, a fim de oportunizar a aprendizagem antes de aplicar novos instrumentos de avaliação. Isso caracteriza a recuperação de estudos, que deve ser realizada concomitantemente ao processo de ensino e aprendizagem.

5 – BIBLIOGRAFIA

BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson Rodrigues. Ciências. São Paulo: Ática, 2006.

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96. Brasília, 1996.

CHASSOT, A.  I.  Catalisando transformações na educação.  Ijuí:  Editora Unijuí, 1994.

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COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ.  Projeto   Político     Pedagógico. Ivaté, 2011.

________. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

________. Departamento de Educação Básica. (Grupo de Estudo 2008). Avaliação – um processo intencional e planejado. SEED, 2008.

SANTANA, O. A.; FIGUEIREDO NETO, A. F. Ciências naturais. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ­ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 

1­ APRESENTAÇÃO

Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à  luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa e etc. Como Educação Física as origens mais remotas da história falam de 3000 A. C. lá na China. Um certo imperador guerreiro, Hoang Ti, pensando no progresso do seu povo pregava os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas além do caráter guerreiro.

No começo do primeiro milênio, os exercícios  físicos eram  tidos como uma doutrina por causa das "leis de Manu", uma espécie de código civil, político, social e religioso. Eram indispensáveis às necessidades militares além do caráter fisiológico. Buda, atribuía aos exercícios o caminho da energia física, pureza dos sentimentos, bondade e conhecimento das ciências para a suprema felicidade do Nirvana ­ no budismo, estado de ausência total de sofrimento (MELO, 2006).

O  Yoga,   tem suas  origens  na  mesma   época   retratando  os  exercícios ginásticos  no   livro   "Yajur  Veda"  que  além  de  um aprofundamento  da  Medicina, ensinava manobras massoterápicas e técnicas de respirar. Sem dúvida nenhuma a civilização que marcou e desenvolveu a Educação Física foi a grega através da sua cultura. Nomes como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates contribuíram e muito para  a Educação Física  e a Pedagogia  atribuindo conceitos até  hoje  aceitos  na ligação corpo e alma através das atividades corporais e da música. "Na música a simplicidade torna a alma sábia; na ginástica dá  saúde ao corpo" Sócrates. É de Platão o conceito de equilíbrio entre corpo e espírito e mente (MELO, 2006).           Os sistemas metodizados em grupo, assim como os termos halteres, atleta,  ginástica, pentatlo entre outros, é uma herança grega. As atividades sociais e físicas eram uma prática até  a velhice lotando os estádios destinados a isso (ALMEIDA, 1979).

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A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL

No   Brasil   colônia   ­   Os   primeiros   habitantes,   os   índios,   deram   pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atraz da caça, lançar, trepar. Nas suas tradições incluem­se as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da guerra e da paz, os casamentos etc. Entre os jogos incluem­se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Sabe­se que os  índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo.

     Os negros e a capoeira ­ Sabe­se que vieram para o Brasil para o trabalho escravo e as fugas para os Quilombos os obrigava a lutar sem armas contra os capitães­do­mato, homens a mando dos senhores de engenho que entravam mato a dentro para recapturar os escravos. Com o instinto natural, os negros descobriram ser o próprio corpo uma arma poderosa e o elemento surpresa. A inspiração veio da observação da briga dos animais e das raízes culturais africanas. O nome capoeira veio do mato onde entrincheiravam­se para treinar. "Um estranho jogo de corpo dos escravos   desferindo   coices   e   marradas,   como   se   fossem   verdadeiros   animais indomáveis".  São  algumas das  citações  de  capitães­do­mato  e  comandantes  de expedições descritas nos poucos alfarrábios que restaram. Rui  Barbosa mandou queimar tudo relacionado à escravidão (SANTOS).

       Brasil Império ­ Em 1851 a lei de n.º 630 inclui a ginástica nos currículos escolares. Embora Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse da história dos negros, preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundárias praticada 4 vezes por semana durante 30 minutos.

     Brasil República ­ Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física.

    As   políticas   públicas   ­   Até   os   anos   60   o   processo   ficou   limitado   ao desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas  tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos.

     Os anos 70, marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltada para os esportes de alto rendimento.

       Nos anos 80 a Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos  voltados à  sociedade.  No esporte de alto   rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo   contratar   atletas   funcionários   fazendo   surgir   uma   boa   geração   de campeões das equipes Atlântica Boa Vista, Bradesco, Pirelli entre outras.

     Nos anos 90 o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível   a   todos   manifestada   de   três   formas:   esporte   educação,   esporte participação e esporte performance. 

       A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito uma profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo.                Os passos da profissão:

       1946   ­  Fundada a  Federação Brasileira  de  Professores  de Educação Física.

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      1950   a   1979   ­   Andou   meio   esquecida   com   poucos   e   infrutíferos movimentos.

        1984   ­   Apresentado   1º   projeto   de   lei   visando   a   regulamentação   da profissão.

       1998 ­ Finalmente a 1º de setembro assinada a lei 9696 regulamentando a profissão com todos os avanços sociais  fruto de muitas discussões de base e segmentos interessados (TUBINO, 1996).

A disciplina de Educação Física, através de manifestações   corporais e culturais implica aprender o processo de transformação do mundo natural a partir de modos históricos de existência real dos homens nas suas relações na sociedade e com a natureza .

Estabelecer     relações   equilibradas     e   construtivas,   reconhecendo   e respeitando características   físicas,    sexuais,  sócio­culturais,  percebendo­as como importantes instrumentos para a integração na sociedade.  

Pensar   a   Educação   Física   a   partir   de   uma   mudança   significativa, analisando   a   insuficiência   do   atual   modelo   de   ensino,   que   muitas   vezes   não contempla a  enorme  riqueza de manifestações corporais  produzidos socialmente pelos diferentes grupos humanos. 

O papel da Educação Física é transcender o senso comum e desmistificar formas arraigadas e equivocadas em relação as diversas práticas e manifestações corporais.

Priorizar o conhecimento sistematizado, com oportunidade para elaborar ideias e práticas que ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.   O objeto de ensino é: Cultura Corporal e sua potencialidade formativa. 

Tendo como principais objetivos:­   Desenvolver   atividades   físicas   de   acordo   com   suas   necessidades, 

interesse e condições, visando uma formação de seres humanos, democráticos e participativos.

­ Compreender a realidade da qual faz parte, situar­se nela, contribuindo para sua transformação, através de seu desenvolvimento físico.

­Desenvolver   uma   forma   pessoal   e   natural   de   expressão   corporal, valorizando­a e gerando alternativas humanizadoras para o mundo.

­Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis.

­Praticar   atividades   físicas   e   perceber   a   importância   das   mesmas   na construção de seres humanos, sadios e participativos.

­Criar e melhorar suas aptidões necessárias para a vida na sociedade.­Criar novos movimentos com liberdade de expressão, oportunizando a 

convivência em grupos, despertando o companheirismo.­Oportunizar ao aluno uma visão critica do mundo e da sociedade na qual 

está inserido.

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2­ CONTEÚDOS

CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES                           CONTEÚDOS BÁSICOS;

Esportes;                                                                   Coletivos e individuais.

Jogos e Brincadeiras;                                              Jogos e brincadeiras populares                                                                                    Brincadeiras e cantigas de roda.                                                                                    Jogos de tabuleiro.                                                                                    Jogos cooperativos.

Dança;                                                                        Danças folclóricas.                                                                                    Dança de rua.                                                                                    Danças criativas.

Ginástica;                                                                  Ginástica rítmica.                                                                                    Ginástica circense.                                                                                    Ginástica geral.

Lutas;                                                                         Lutas de aproximação.                                                                                    Capoeira.

CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES                       CONTEÚDOS BÁSICOS;

Esportes;                                                              Coletivos e individuais e radicais.

Jogos e Brincadeiras;                                          Jogos dramáticos.                                                                                Jogos de tabuleiro.                                                                                Jogos cooperativos.

Dança;                                                                    Danças folclóricas.                                                                                Dança de rua.                                                                                Danças de salão.

Ginástica;                                                              Ginástica artística/olímpica.                                                                                Ginástica geral.                                                                                Condicionamento físico.

Lutas;                                                                      Lutas de aproximação.                                                                                 Lutas à distância.

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                                                                                 Lutas com instrumento mediador.                                                                                 Capoeira.

Em   cumprimento   as   leis10.639/03   e   11.645/08,   que   tratam respectivamente  da  História   e  Cultura  Afro­Brasileira   e  Africana  e  da  História  e Cultura  Indígena,  é  necessário  abordar  questões envolvendo a  história  e  cultura desses povos, como suas danças, suas lutas, culinária.

3­ METODOLOGIA

Por  meio  dos   conteúdos  propostos,   a  Educação  Fisica   tem  a   função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio   corpo,   ter   autonomia   sobre   ele,   e   adquirir   uma   expressividade   corporal consciente.

Ao   tratar  dos  conteúdos  propostos,  as  aulas  de  Educação  Fisica   tem como objeto  de estudo é  a  cultura corporal  e  sua potencialidade  formativa,  que podem   produzir   um   espaço   pedagógico   repleto   de   significados.   Os   conteúdos devem constituir­se  como  referencia  que  vão  se  ampliando  no  pensamento  dos alunos e aumentando o grau de complexidade a cada série, onde a pratica possa expressar as múltiplas relações étnicas, de gênero, vivencia, a sexualidade, limites e possibilidades corporais.

Uma das mais importantes ferramentas para o acompanhamento dessas ações é o registro escrito das atividades escolares, procurando ajudar o professor, cujas histórias são marcadas por recusas, exclusões, discriminações, segregação e competição acirrada, o professor deve ser  o mediador em situações conflitantes que envolvam a corporalidade por meio do diálogo e da reflexão.

Nesse   sentido   algumas   possibilidades   de   encaminhamentos metodológicos são:

a) Livros didáticos, textos de jornais esportivos, músicas, quadro de giz, jogos,   tv   multimídia,   computador,   bolas,   raquetes,   mesa   de   tênis,   quadra poliesportiva, quadra de areia, corda, redes etc.

4­ AVALIAÇÃO

Trata­se de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organizará o seu trabalho, sustentando nas diversas práticas corporais da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, cujo horizonte é conquista de maior consciência corporal e senso critico em suas relações interpessoais e sociais.

A  avaliação está  vinculada ao Projeto Politico Pedagógico   da escola, deve ser diferenciada e continua, ou seja,   deve contemplar as   especificidades e habilidades   previas   dos   alunos   e   ocorrer   durante   todo   o   processo   de   ensino­aprendizagem, tendo como referência os objetivos estabelecidos para a disciplina. A avaliação deve permitir  ao educando  reconhecer  suas conquistas  e  dificuldades, ajudando­o a visualizar os desafios e os caminhos  possíveis para a sua superação.

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Para o professor, a avaliação possibilita rever sua prática pedagógica e ajustá­la  às necessidades do grupo,  alterando procedimentos  e  readequando os instrumentos avaliatórios.

A   avaliação   não   só   permite   verificar   se   os   conteúdos   estão   sendo aprendidos, mas também perceber os avanços e as  fragilidades do processo de ensino­aprendizagem,   criando   condições   para   que   o   aluno   atinja   os   objetivos estabelecidos para a disciplina e para a prática educativa como um todo.   Assim o professor deve fazer uso, em sua experiência pedagógica, de uma diversidade de instrumentos de avaliação que considerem as diferentes habilidades dos alunos..

Conforme prevê a LDB nº 9394/96, o professor deverá promover meios diferenciados   para   recuperação   dos   educandos   com   menor   rendimento.  Deverá então retomar os conteúdos, afim de oportunizar à aprendizagem antes de aplicar novos   instrumentos  de  avaliação,   isto  deve  ser   realizado  concomitantemente  ao processo de ensino aprendizagem.

5­ BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, J. O. História da Educação Física. Viçosa: Ed. da UFV/DEF, 1979.

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ.  Projeto   Político­Pedagógico. Ivaté, 2011.

_______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

MELO, V. A. História da Educação Física e do Esporte no Brasil. 3 ed.  2006 

PARANÁ. Diretrizes Estaduais Curriculares de Educação Física. Curitiba, 2008.

_______. Livro Didático Publico – Educação Física. Curitiba, 2006.

SANTOS, L.R.G. História da Educação Física.

TUBINO, M. J. G. O esporte no Brasil: do período colonial aos nossos dias. São Paulo – IBRASA, 1996, 144p.

DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

1­ APRESENTAÇÃO

O Ensino Religioso, como área do conhecimento, é diferente de aula de religião,  catequese,  doutrinação.  Essa disciplina  não pressupõe a  adesão,  muito menos a  propagação ou a preferência  por  determinada crença ou  religião.  Vale lembrar que seu objeto de estudo é especificamente a decodificação e análises das diferentes manifestações do Sagrado, possibilitando ao estudante o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso como fato cultural e social, bem como uma visão global de mundo e de pessoa, promovendo assim, o respeito e a tolerância às diferentes formas de expressão da religião no meio em que se vive. Portanto,  o objeto de estudo do Ensino Religioso é  o  fenômeno religioso que compreende o 

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conjunto das diferentes manifestações do Sagrado no âmbito individual e coletivo. O Ensino Religioso ocupa­se com a educação integral do ser humano, 

com seus valores e suas aspirações mais profundas. Sendo assim, após a nova redação do artigo 33 da LDBEN 9394/96, cumpre destacar que, o Ensino Religioso é parte   integrante   da   formação   básica   do   cidadão,   assegurado   o   respeito   à diversidade cultural religiosa do Brasil, sendo proibido toda forma de proselitismo.

Por   conseguinte,   a   disciplina   de   Ensino   Religioso   tem   muito   a acrescentar, pois permitirá que os educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com as diferentes manifestações do Sagrado.  Também contribui  para  compreensão da  importância das religiões na vida das pessoas, pois não trata apenas do fenômeno religioso, mas da   própria   humanidade   no   seu   desenvolvimento   histórico,   fundamental   nas organizações econômicas, sociais, políticas e culturais, portanto um conteúdo muito amplo, abrangendo variedades de assuntos relevantes para a formação básica do cidadão e cidadã.

Na aula de Ensino Religioso nossas crianças e adolescentes crescem na totalidade,   respeitando   o   pluralismo   religioso,   tendo   o   pensamento   e   o   espírito voltados para o universal e tem também em vista a educação para a paz, o diálogo, cidadania, consciência ecológica e outros temas relacionados à vida cidadã.

Pretende­se com a disciplina de Ensino Religioso que o aluno torne­se uma  pessoa  esclarecida  quanto   à   diversidade   religiosa  presente  no  Brasil   e   no mundo e desta forma, aprenda tolerar e a respeitar os outros nas suas diferenças e a conviver respeitosamente com pessoas de diferentes religiões e culturas

Os objetivos do Ensino Religioso no  ensino fundamental que os alunos desenvolvam as capacidades de:

Proporcionar  o   conhecimento  dos  elementos  básicos  que  compõem o fenômeno religioso, a partir  das experiências religiosas recebidas no contexto do educando; 

Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações socioculturais; 

Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das tradições religiosas; 

Refletir   o   sentido   da   atitude  moral,   como  consequência  do   fenômeno religioso e expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser humano; 

Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.

2­ CONTEÚDOS

Conteúdos estruturantesConteúdos   estruturantes:   Paisagem   Religiosa,   Universo   Simbólico 

Religioso, Texto Sagrado.

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Conteúdos específicos  

6° Ano

Organizações religiosasLugares SagradosTextos Sagrados, orais e escritosSímbolos Religiosos

7° Ano 

Temporalidade SagradaFestas ReligiosasRitosVida e Morte

3­ METODOLOGIA 

Quanto à metodologia do Ensino da Religião tem como objetivo discutir as diversas fases históricas da educação religiosa no Brasil, caracterizar os sujeitos do espaço   escolar,   identificar   os   diversos   métodos   e   técnicas   que   contribuem   no melhoramento da prática docente e no reconhecimento de planejamentos para os vários níveis de ensino. O ensino religioso nas escolas sempre tem sido alvo de controvérsias.

Uma das formas de romper com a vinculação entre a disciplina do Ensino Religioso   e   as   aulas   de   religião   é   superar   práticas   que   tradicionalmente   tem marcado o seu currículo, seja em relação aos funcionamentos teóricos, ao objetivo de estudos, aos conteúdos selecionados, ou ainda em relação ao encaminhamento metodológico adotado pelo professor. 

O Ensino Religioso no sentido de contribuir para a formação da cidadania, como toda disciplina escolar, tem uma prática docente metodológica própria. Numa visão pedagógica e holística, o educando do 6° e 7° Ano do Ensino Fundamental conhecerá   os  elementos  básicos  que  compõem o   fenômeno  religioso,  para  que possa entender melhor a sua busca pelo Sagrado. 

No Ensino Religioso não se pode afirmar haver receitas prontas, fórmulas, métodos prontos e definitivos, pois estaríamos desconsiderando diversas variáveis que,   num   movimento   cíclico   entre   sociedade­escola,   se   constituem.   Logo,   as práticas pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso em sala de aula, serão no sentido de fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, com articulação de conteúdo, diálogo, sensibilidade à pluralidade, mediar conflitos e também atenção especial aos alunos com necessidades especiais, na inclusão social.

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4­ AVALIAÇÃO 

Conforme a DCE de Ensino Religioso, no que se refere ao processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário estabelecer os instrumentos e definir os critérios  que  explicitem quanto  o  aluno  se  apropriou  do   conteúdo  específico  da disciplina e foi capaz de relacioná­lo com as outras disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para a transformação social.

Embora ainda não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação ou aprovação dos alunos, será efetuado ao registro formal do processo avaliativo,  deve­se  levar  em conta as especificidades de oferta  e  frequência dos alunos nesta disciplina que todo professor ao ministrá­la deve estar ciente, pois  tal disciplina     está     em   processo   de     implementação  nas   escolas   e,   por     isso,   a avaliação pode contribuir para sua legitimação como componente curricular. 

Enfim,   por  meio  de  uma  avaliação  o  professor  poderá   diagnosticar   o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo   de concepção da realidade social, ou seja, se o aluno  ampliou  o   seu  conhecimento  em  torno  do  objeto  de    estudo  do    Ensino Religioso, o  Sagrado,  sua  complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.

5­ REFERÊNCIAS 

CISALPINO, Murilo. Religiões. Editora Scipione. 

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político­Pedagógico. 

Ivaté, 2011.

______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

FIGUEREDO, P. Anísia. Ensino Religioso: perspectiva pedagógica ­ Biblioteca 

do Professor.

PARANÁ. Caderno Pedagógico de Ensino Religioso – O Sagrado no Ensino 

Religioso. Curitiba,  2006.

______ SEED ­ Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso. 

Curitiba, 2008. 

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DISCIPLINA DE FILOSOFIA

“São Filósofos verdadeiros aqueles que gostam de contemplar a verdade”  (Platão).

  1 – APRESENTAÇÃO

O   estudo   dessa   disciplina   visa   ampliar   a   compreensão   da   realidade, tornando o  individuo critico perante a mesma, no sentido de aprendê­la em sua inteireza. Em outras palavras pode­se dizer que a verdade filosófica esta na ação dinâmica, e ao mesmo tempo dessa, ousar reaprender e a ver o mundo com todas as particularidades nele existentes, munido de conceitos e juízos formados sobre os assuntos pertinentes a serem discutidos sobre o mesmo. 

      Entender a importância do estudo da disciplina da filosofia para a vivencia do ser humano na sua particularidade de individuo e cidadão. Por conseguinte, é responsabilidade da filosofia ampliar horizontes aos discentes sobre problemas e conceitos   criados   no   decorrer   de   toda   a   sua   historia,   os   quais,   devidamente aplicados,   gerarão   discussões   e   criticidade   promissoras   como   ação   e   futuras transformações   no   meio   social.   Simplificando   seria   oferecer   aos   discentes   a possibilidade  de  aprender   a   complexidade   do   mundo   contemporâneo   com  suas múltiplas interpretações e dimensões.    

Em uma época mundializada é  pos­comtemporânea como a atual com toda   a   polêmica   estrutural   mundial,   essa   disciplina,   visa   dar   suporte   sobre   os comportamentos   da   sociedade   e   valores,   tais   como:   éticos,   políticos,   estéticos, epistemológicos, econômicos, religiosos, científicos e transcendentais,  procurando espaços   ou   lacunas   a   ocupar   e,   com   essa   ocupação,   revelar   aos   discentes, conceitos   e   juízos   para   contribuir   para   a   formação   humana   e   intelectual   dos mesmos. Vale lembrar que a criticidade e a racionalização dos conceitos é a porte da   entrada   para   tal   entendimento   e   concretude   desse   conhecimento   em   cada indivíduo. 

Indubitavelmente, uma especificação da filosofia como condição primeira, é analisar toda a estrutura do saber filosófico analítico e assimila­lo com a pratica social, ou seja, da teoria internalizada o discente deve­se sentir responsável em ser membro responsável de mudanças pertinente a economia, política, comportamentos sociais ou culturais, ética ou moral e valores estéticos. Faz­se necessário esclarecer que   essa   mudança   deve   ter   fundamento   social,   beneficiando   pessoas   de   um município, Estado ou até mesmo a uma nação, desde que tenha essa concepção de mudança concretude e pilares embasados dentro dos direitos humanos, códigos de ética e direito civil.

Pode­se   afirmar   filosofia   é   a   arte   de   formar,   inventar   e   de   fabricar conceitos. Segundo DELEUZE G. e GUATTARI F.:

O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência. Quer dizer que   a   filosofia   não   é   uma   simples   arte   de   formar,   de   inventar   ou   de   fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos. 

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A filosofia, mais rigorosamente é a disciplina que consiste em criar conceitos. (1992, p. 10­13).

Percebe­se que atualmente a sociedade exige cidadãos com formação cultural sólida, com capacidade de dominar conceitos e desenvolver um pensamento abstrato e crítico. A chamada sociedade do conhecimento exige um novo perfil de profissionais, flexíveis e polivalentes. Há necessidade de pessoas que privilegiem o desenvolvimento  do   raciocínio   lógico,  que   tenham a  capacidade  de   iniciativa  de aprendizagem   constante.   Nesse   aspecto,   a   filosofia   quer   contribuir   como instrumento de apropriação de conhecimento e formação de sujeitos pensantes e atuantes na sociedade.

Destarte, é  necessário  ter clareza de que a Filosofia pode oferecer os instrumentos para a instrução de uma visão de mundo, de homem e de sociedade mais critica, superando o senso comum, fundamentalmente se ocupando com as questões   referentes   à   existência   humana   no   seu   espaço,   respeitando­se   as diferentes etnias, diversidades religiosas, pluralidade cultural, sexual, dentre vários outros fatores indispensáveis à vivência humana.

1. Justificativa A Filosofia é  um modo de pensar, é  uma postura diante do mundo. A 

filosofia   não   é   um   conjunto   de   conhecimentos   prontos,   um   sistema   acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua pura aparência.  Assim, ela  pode se  voltar  para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida   cotidiana.   Diz­se   que   a   Filosofia   incomoda   certos   indivíduos   e   instituições porque  questiona  o  modo de  ser  das  pessoas,  das  culturas,  do  mundo.   Isto   é, questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. 

Desse   modo,   compreender   a   importância   do   ensino   da   Filosofia   no Ensino Médio é entendê­Ia como um conhecimento que contribui para a formação do   aluno.   Cabe   a   ela   indagar   a   realidade,   refletir   sobre   as   questões   que   são fundamentais para os homens, em cada época. 

A   reflexão   filosófica   não   é,   pois,   qualquer   reflexão,   mas   rigorosa, sistemática   e   deve   sempre   pensar   o   problema   em   relação   à   totalidade,   para alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade. 

2­ OBJETIVOS

2.1­ OBJETIVOS GERAIS: • Contribuir   para   a   compreensão   dos   elementos   que   interferem   no 

processo social  através da busca do esclarecimento dos universos que  tecem a existência humana: trabalho, relações sociais e cultura simbólica  

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• Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando a formação de juízos de valor que subsidiem a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela. 

• Estimular   a   atitude   de   respeito   mútuo   e   o   senso   de   liberdade   e responsabilidade na sociedade em que vive considerando a escola como parte da vida do aluno. 

• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão de conceitos, argumentação e problematização. 

2.2­ OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 

•    Oportunizar  momentos  que   facilitem.  o  pensar  e  o  pensar  sobre  o pensar; 

• Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que facilitem a interação no contexto social; 

• Debater  questões  contemporâneas  que   facilitem a  compreensão  da realidade a partir dos problemas filosóficos destacados; 

• Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de pontos de vista e articulações possíveis entre os mesmos; 

•   Ler textos filosóficos de modo significativo; •   Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros; • Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo, de forma a 

reconstruir os conceitos aprendidos; • Debater, tomando uma posição, defendendo­a argumentativamente e 

mudando de posição em face de argumentos mais consistentes. • Articular   conhecimentos   filosóficos   e   diferentes   conteúdos   e   modos 

discursivos das diversas áreas do conhecimento, e em outras produções culturais através da produção de conceitos. 

• Articular   teorias   filosóficas   e   o   tratamento   de   temas   e   problemas científicos, tecnológicos éticos e políticos, sócio­culturais com as vivências pessoais. 

• Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto em outros planos: o pessoal, o entorno sócio­político, histórico e cultural; a sociedade científico­tecnológica. 

3­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conteúdos apresentados nesse planejamento segue as orientações da DCE de Filosofia, o qual organizou­se também o livro didático público de Filosofia, a partir de conteúdos denominados conteúdos estruturantes, ou seja, conteúdos que se constituíram historicamente e são basilares para o ensino de filosofia. MITO E FILOSOFIA,   TEORIA   DO   CONHECIMENTO,   ÉTICA,   FILOSOFIA   POLÍTICA, ESTÉTICA   E   FILOSOFIA   DA   CIÊNCIA.     A   partir   dos   conteúdos   estruturantes, adaptou­se os conteúdos específicos e complementares que irão ser  trabalhados com os alunos no decorrer do ano letivo.

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1º ANOI – MITO E FILOSOFIA O que é mito; Passagem do mito à Filosofia/Razão; Filosofia, Mito e senso comum  Nascimento da Filosofia ou surgimento da Filosofia; Ironia e Maiêutica; O que é Filosofia; Mitos contemporâneos; Mitologia grega/deuses da Mitologia; O mito da Filosofia, continuidade e ruptura; As funções do Mito; A contradição do Mito A Filosofia na História. Contra ideologia. Mito e Filosofia.  Trajetória da Filosofia; Campos e reflexões filosófica; Cultura Afro­brasileira: características gerais e principais influências; Cultura   Indígena:   características   gerais   e   primeiro   contato   com   os 

brancos portugueses.

II – TEORIA DO CONHECIMENTO➢ O problema do conhecimento➢ Filosofia e método➢ Perspectiva do conhecimento➢ A Filosofia e o conhecimento em si➢ Trabalho e realização➢ Trabalho alienado➢ O mundo do trabalho e as formas de alienação➢ Conseqüências de alienação na vida social e individual➢ Trabalho realizador e ócio na sociedade contemporânea➢ Os diversos tipos de conhecimentos nos diversos períodos da Filosofia 

(Antiga, Patrística, Medieval, moderna, contemporânea)

2º ANOIII ­ ÉTICA Concepções éticas; Liberdade; Liberdade em Sartre Autonomia e Liberdade Objeto da Ética; Ética e moral;

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O que é valor Valor da influência da Cultura Afro no Brasil; A cultura Afro brasileira e africana / Cotas; Cultura e Costumes Indígenas na sociedade brasileira.  Valores universais Determinismo; virtude em Aristóteles e Sêneca Amizade Poder e força / Estado e Poder As relações étnicas: autonomia, heteronomia e anomia; Constituinte do campo ético. A moral na História; A tolerância como virtude; juízo de fato e de valor; Movimento Feminista – Lei Maria da Penha O caso brasileiro Moral e Ética

IV – FILOSOFIA POLÍTICA➢ Invenção da Política;➢ Essência da Política;➢ Política e Poder;➢ Política e Violência;➢ Jusnaturalismo / contratualismo  e Materialismo;➢ Liberalismo /Neoliberalismo;➢ Estruturas de governo;➢ Os Partidos Políticos;➢ O caso brasileiro;➢ Fundamentalismo religioso e a Política contemporânea;

3º ANOV – FILOSOFIA DA CIÊNCIA  Concepções de ciência; Progresso da ciência; Bioética; Senso comum e ciência; Atitude científica. Cientificismo; Caráter provisório da ciência.VI – ESTÉTICA Pensar a Beleza; A beleza da cultura afro e indígena; A Universidade do gosto; Necessidade ou fim da arte;

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Cinema e uma nova percepção; A arte como forma de conhecer o mundo; Arte e sociedade; Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação Concepções de Estética; Arte e Filosofia;a) valores universais Arte Afro­brasileira: músicas, artes artesanais, crenças e costumes; Arte Indígena: crenças, costumes e objetos artesanais.

       4­ METODOLOGIA 

Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas serão no sentido de  levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as de outrem configurando   um   sujeito   crítico   e   criativo.   Igualmente,   as   atividades   nas   aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: a sensibilização propriamente dita (através de um problema, questionamentos dos próprios alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico ­ ou que possam dar margem à  reflexão de cunho filosófico. Redação buscando o aluno a criar textos críticos sobre os conteúdos específicos e complementares da disciplina em questão, apresentação de trabalhos, em que os alunos  demonstrarão  ou  não  a  apreensão  dos   temas  e  problemas   investigados através da criação de conceitos. Dessa forma, cremos estar caminhando em direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do ensino médio: solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal. 

5­ AVALIAÇÃO

A  avaliação   ocorrerá   no   sentido  de   contribuir   tanto  para   o   professor, possibilitando  avaliar   a   própria  prática,   como  para  o  desenvolvimento  do  aluno; permitindo­lhe   perceber   seu   próprio   crescimento   e   sua   contribuição   para   a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e som ativo (em caráter de zero a  dez),   conforme  o  desempenho   individual   e/ou   coletivo.  Serão  adotados   como instrumentos, além da auto­avaliação: 

• Textos produzidos pelos alunos; • Participação em sala de aula; • Atividades e exercícios realizados em classe ou extraclasses; • Avaliações escritas com pesquisa e sem pesquisa;• Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo; • Registro das aulas, conforme a necessidade; 

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7­ REFERÊNCIAS

ARANHA,  Maria   Lúcia  de  Arruda;  MARTINS,   Maria  Helena   Pires.  Filosofando: Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993. 

ABBAGNANO, Nicola.  Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 

BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 

CHÂTELET, F.  História da Filosofia, idéias e doutrinas ­ o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol. 

CHAUí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995. 

COLÉGIO ESTADUAL RAQUEL DE QUEIRÓZ. Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.

_______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008. 

CORO I, Cassiano et alI. Para Filosofar. São Paulo: Scipione, 2000. 

COTRIM, Gilberto.  Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas.  São Paulo:Saraiva, 2005. 

PARANÁ. Diretriz Curricular de Filosofia. Curitiba: junho, 2006.

______. Livro Didático Público de Filosofia. DEM. Curitiba,  2006. 

FOLSCHEID,  Dominique;   WUNEMBURGER,   Jean­Jacques.  Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 

NOVA CULTURAL. Coleção Os Pensadores. São Paulo, 1999.

DISCIPLINA  DE FÍSICA

1­ APRESENTAÇÃO

A   Física   tem   como   objeto   de   estudo   o   Universo   em   toda   a   sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalta­se   que   os   conhecimentos   da   Física   apresentados   aos   estudantes   do Ensino Médio não são coisas da natureza,  ou a própria  natureza,  mas modelos elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa natureza.

Desde   tempos   remotos,   provavelmente   no   período   Paleolítico,   a humanidade   observa   a   natureza,   na   tentativa   de   resolver   problemas   de   ordem prática   e   de   garantir   subsistência.   Porém,   bem   mais   tarde   é   que   surgiram   as primeiras sistematizações,  com o  interesse dos gregos em explicar  as variações 

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cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.

A Historia  da Física demonstra que até  o período do Renascimento a maior  parte  da  ciência  conhecida  pode  ser   resumida   à  Geometria  Euclidiana,  à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu e à Física de Aristóteles (384 – 322 a.C), que foi muito divulgada na Idade Média a partir de traduções dos árabes, especialmente Avicena.

Tal como a conhecemos hoje, a Física foi inaugurada por Galileu Galilei (1562 – 1643), no século XVI, como uma nova forma de se conceber o Universo, pela descrição matemática dos fenômenos físicos. Galileu buscava descrever um fenômeno partindo de uma situação particular. Inauguravam­se então as bases da ciência moderna, que, a partir de uma situação particular chega ao geral, tornando possível construir leis universais.

A Física tem como objetivo construir um ensino centrado em conteúdos e metodologias   que   favoreçam   reflexão   sobre   o   mundo   das   ciências,   sob   a perspectiva de que esta  não é  somente   fruto da pura   racionalidade cientifica.   É preciso   ensinar   Física   útil   para   o   aluno   para   que   o   mesmo   possa   perceber   o significado no momento em que aprende a relacionar com o seu cotidiano, tornando­se   um   instrumento   necessário   para   a   compreensão   deste   mundo,   como conhecimento   indispensável       a   formação   da   cidadania,contribuindo   para desenvolvimento  de  um sujeito   crítico,   capaz  de  admirar  a  beleza  da  produção científica ao  longo da história  e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os   aspectos   sociais,   políticos,   econômicos   e   culturais   desta   ciência,   seu comprometimento   e   envolvimento   com   as   estruturas   que   representam   esses aspectos.

Os   conteúdos   estruturantes:   MOVIMENTO,   TERMODINÂMICA, ELETROMAGNETISMO que  serão  desmembrados  em conteúdos  básicos,   serão organizados de forma a garantir os objetos de estudos da disciplina em toda a sua complexidade: o Universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele em conta apenas uma equação matemática, mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é  uma construção humana com significado histórico e social. 

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : Movimento

Conteúdos Básicos:

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➢Momentum e inércia;➢A conservação de quantidade de movimento ( momentum);➢Variação da quantidade de movimento = impulso;➢2ª Lei de Newton;➢3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;➢Energia e o Princípio da Conservação da energia;➢Gravitação.

2­ CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Termodinâmica

Conteúdos Básicos:

➢ Leis da Termodinâmica:➢ Lei zero da Termodinâmica➢ 1ª Lei do Termodinâmica;➢ 2ª Lei do Termodinâmica.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Eletromagnetismo

Conteúdos Básicos:

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas Força eletromagnética; Equações   de   Maxwell(   Lei   de   Gauss   para   eletrostática),   Lei   de 

Coulomb , Lei de Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday); A natureza da luz e suas propriedades. Referente a Lei 10.639/03 referente a História e a cultura Afro­brasileira 

e   Africana   e   a   Lei   11.645/08   referente   à   Historia   e   a   cultura   Afro­brasileira   e Indígena,   (   trabalharemos   sobre  as  Leis   de  Newton,  Dinâmica  dos  Movimentos Retilíneo Lançamento de arco e Flecha).

3­  METODOLOGIA

O trabalho pedagógico será desenvolvido de várias formas conforme as   particularidades   de   cada   atividade,   utilizando   os   recursos   disponíveis   no momento   de   sua   execução   tendo   em   vista   o   aluno   como   elemento   central   da atividade.

Assim,  as  atividades poderão contar  com um ou mais  dos  recursos a seguir:

Aulas expositivas; Discussões em grupo; Demonstrações e atividades práticas em salas de aula;

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Pesquisa e discussão de textos, vídeos e outros materiais utilizando várias mídias inclusive, computadores e internet;

Para   enriquecimento   de   ensino  a   Física   deverá   ser   trabalhada  em conjunto, ou seja, fazer acontecer entre professor/aluno e aluno/aluno a troca de experiência como aula expositiva, estudos de textos complementares relacionados aos conteúdos trabalhados, vídeos que mostrem a evolução tanto científica como tecnológica do mundo que nos rodeia, práticas laboratoriais e pesquisas diversas e não deixando de lado a leitura científica, o uso do DVD, internet, Tv pen drive e demais recursos tecnológicos para que o estudante mergulhe cada dia mais neste vasto universo de conhecimento.

4­ AVALIAÇÃO

Considerar a apropriação dos objetivos de estudos da Física; Considerar  o  progresso  dos  alunos  quanto  aos  aspectos  históricos, 

conceituais e culturais;  Buscar uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo, 

não só  para verificar a apropriação do conteúdo, mas encontrar subsídios para o professor intervir;

Os alunos deverão ser avaliados continuamente;➢ Faz­se necessário uma avaliação diagnóstica e cumulativa, utilizando 

os seguintes instrumentos:­ observação direta quanto a resolução e participação das atividades em 

sala   de   aula,   bem   como   das   mudanças   de   atitude   após   aquisição   de   novos conhecimentos;

­ formulação, resolução e apresentação de situação problema;

­ apresentação de relatório de pesquisa e experimentos;

­ apresentação de proposta de solução das problematizarão estudadas;

­ aplicação de teste.

– recuperação de estudos.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

O aluno será recuperado de forma processual e continuada, através de retomada de conteúdos, atividades, trabalhos e aferições avaliativas, visando uma melhor aprendizagem  e oportunizando a todos os alunos.

5­ REFERÊNCIAS

BONJORNO – Física do 2ºgrau – BONJORNO, Regina de Azevedo,

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BONJORNO,  José  Roberto,  BONJORNO,    Valter  RAMOS Clinton  Marcio  –  São Paulo, FTD.

CARRON, Wilson. GUIMARÃES, Osvaldo. FÍSICA, volume único Ed. Moderna;

Biblioteca do Professor

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ   .  Projeto   Político   Pedagógico. Ivaté, 2011.

________. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

GONÇALVES FILHO, Aurelio; TOSCANO, Carlos. Física para o Ensino Médio. São Paulo: Editora Scipione, 2007.

Grupo de Reelaboração do Ensino de Física.  2 ed. 3 vol. São Paulo: EDUSP ­ Editora da Universidade de São Paulo, 2001;

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba, 2009.

________.Livro Didático Público– Secretaria de Estado de Educação, 2006.

MAXIMO. A: ALVARENGA. B. Física: Volume único. São Paulo: Scipione. 1987.

PENTEADO,   Paulo   César   M.;   TORRES,   Carlos   Magno   A.,  Física   Ciência   e Tecnologia. São Paulo: Editora Moderna, 2005.

www.diaadiaeducaçao.pr.gov.br

www.sbfisica.org.br/rbef

www.ufsem.br/cienciaeambiente

www.scielo.br

www.saladefisica.com.br

www.fsc.ufsc.br/ccef/

www.ifi.unicamp.br/~ghtc/

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 

1­ APRESENTAÇÃO 

Desde as primeiras civilizações os grupos humanos utilizam o espaço e a natureza como forma de garantir sobrevivência. Foi observando e conhecendo os fenômenos naturais que os primeiros povos conseguiram modificar o espaço vivido.

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Os   saberes   geográficos,   nesse   período   histórico,   passaram   a   ser evidenciados   nas   discussões   filosóficas,   econômicas   e   políticas,   que   buscavam explicar   questões   referentes   ao   espaço   e   à   sociedade,   de   acordo   com   suas necessidades nos diversos momentos históricos.

A Geografia tem assumido um papel muito importante em época em que as informações são transmitidas pelos meios de comunicação com muita rapidez e em grande volume.

É no espaço geográfico – conceito fundamental da ciência geográfica que se   realizam   as   manifestações   da   natureza   e   as   atividades   humanas.   Por   isso, compreender  as  organizações  e  as   transformações  sofridas  por   esse  espaço   é essencial para a formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em   que   vive.   Por   consequência   pensamos   no   aluno   como   agente   atuante   e modificador do espaço geográfico, dentro de uma proposta educacional que requer responsabilidade   de   todos,   visando   conseguir   um   mundo   mais   ético   e   menos desigual.

A análise acerca do ensino de Geografia começa pela epistemologia do seu objeto de estudo. Muitas foram às denominações propostas para o que hoje é entendido como o espaço geográfico e sua composição conceitual básica – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros.

A expressão espaço geográfico e sua composição conceitual, entretanto, não se auto­explicam. Ao contrário, exigem esclarecimentos, pois, a depender da visão a que se vinculam, assumem posições filosóficas e políticas distintas.

A Geografia capacitará o cidadão a fazer uma analise crítica das relações sócio­espaciais nas diversas escalas geográficas seja local ou global.

O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como aquele produzido e apropriado pela sociedade,  composto por  objetos – naturais,  culturais   e   técnicos   –   e   ações   pertinentes   a   relações   socioculturais   e   político­econômicas. Objetos e ações estão inter­relacionados.

O   ensino   da   Geografia   fornecerá   ao   educando   embasamentos   para consolidar a área do conhecimento que propicie ao aluno a capacidade de  ler e interpretar   criticamente   o   espaço   Terra,   considerando   as   diversidades,   as desigualdades e as complexidades do mundo.

Considerando  a   abrangência  e   riqueza  que   compreende  o  estudo  da Geografia é de suma importância que o aluno tenha também adquirido domínio da linguagem cartográfica que é  a   forma de elucidar  e   localizar   fatos  e   fenômenos geográficos.

2­ CONTEÚDOS

CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 

• Dimensão econômica do espaço geográfico• Dimensão política do espaço geográfico

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• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico• Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS DO 6º ANO

• Formação e transformação das  paisagens naturais e culturais.• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias 

de exploração e produção.• A   formação,   localização,   exploração   e   utilização   dos   recursos 

naturais.• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização 

do espaço geográfico.• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.• A   transformação   demográfica,   distribuição   espacial   e   os 

indicadores estatísticos da população.• A mobilidade populacional  e  as manifestações ciberespaciais  da 

diversidade culturais.• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

                  CONTEÚDOS BÁSICOS DO 7º ANO

• A   formação,   mobilidade   das   fronteiras   e   a   reconfiguração   do território brasileiro.

• A   dinâmica   da   natureza   e   sua   alteração   pelo   emprego   de tecnologias de exploração e produção.

• As diversas regionalizações  do espaço brasileiro.• As manifestações socioespacial da diversidade culturais.• A   transformação   demográfica,   a   distribuição   espacial   e   os 

indicadores estatísticos da população.• Movimentos migratórios e suas motivações.• O espaço rural e a modernização da agricultura.• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços 

urbanos e a urbanização.• A distribuição espacial das atividades produtivas, (re)organização 

do espaço geográfico.• A circulação de mão­de­obra, das mercadorias e das informações.

CONTEÚDOS BÁSICOS DO 8º ANO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.• A   formação,   mobilidade   das   fronteiras   e   a   reconfiguração   dos 

territórios do continente americano.

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• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

• O comércio em suas implicações socioespaciais.• A circulação da mão­de­obra, do capital,  das mercadorias e das 

informações.• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização 

do espaço geográfico.• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.• O espaço rural e a modernização da agricultura.• A   transformação   demográfica,   a   distribuição   espacial   e   os 

indicadores estatísticos da população.• Os movimentos migratórios e suas motivações.• As manifestações socioespaciais da diversidade culturais.• Formação,   localização,   exploração   e   utilização   dos   recursos 

naturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS DO 9º ANO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do 

Estado.• A revolução técnico­científico­informacional e os novos arranjos no 

espaço da produção.• O comércio mundial e as implicações sociespaciais.• A   formação,   mobilidade   das   fronteiras   e   a   reconfiguração   dos 

territórios.• A   transformação   demográfica,   a   distribuição   espacial   e   os 

indicadores estatísticos da população.• As manifestações socioespaciais da diversidade culturais.• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.• A   distribuição   das   atividades   produtivas,   a   transformação   da 

paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.• A   dinâmica   da   natureza   e   sua   alteração   pelo   emprego   de 

tecnologias de exploração e produção.• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual 

configuração territorial.

CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

• A formação e transformação das paisagens.• A   dinâmica   da   natureza   e   sua   alteração   pelo   emprego   de 

tecnologias de exploração e produção.

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• A   distribuição   espacial     das   atividades   produtivas   e   a (re)organização do espaço geográfico.

• A   formação,   localização,   exploração   e   utilização   dos   recursos naturais.

• A revolução tecnico­científica­informacional e os novos arranjos no espaço de produção.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual 

configuração territorial.• A circulação  de  mão­de­obra  do  capital  das  mercadorias  e  das 

informações.• Formação,   mobilidade   das   fronteiras   e   reconfiguração   dos 

territorios.• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços 

urbanos e a urbanização recente.• A   transformação   demográfica,   a   distribuição   espacial   e   os 

indicadores estatísticos da população.• Os movimentos migratórios e suas motivações.• As manifestações socioespaciais da diversidade culturais.• O comércio e as implicações socioespaciais.• As diversas regionalizações do espaço geográfico.• As implicações socioespaciais do processo de mundialização.• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do 

Estado.

3­ METODOLOGIA

A metodologia deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais   da   Geografia   e   compreendem   o   processo   de   produção   e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma critica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos. 

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento geográfico se dá  a partir  da  intervenção  intencional própria do ato docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação   (CAVALCANTI,   1998).   No   ensino   de   Geografia,   tal   abordagem   deve considerar   o   conhecimento   espacial   prévio   dos   alunos   para   relacioná­lo   ao conhecimento cientifico de superar o senso comum.

Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será   trabalhado, recomenda­se que o professor crie uma situação problema, instigante e provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para conhecimento. Por isso, deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a 

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critica,   de   modo   que   se   torne   sujeito   do   seu   processo   de   aprendizagem (VASCONCELOS, 1993).

Sempre   que   possível   o   professor   deverá   estabelecer   relações interdisciplinares   dos   conteúdos   geográficos   em   estudo,   porém,   sem   perder   a especialidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre esse assunto ultrapassa os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que cada uma delas tem um foco de análise próprio.

O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão   dos   conteúdos   e   a   aprendizagem   critica   aconteçam.   Todo   esse procedimento   tem   por   finalidade   que   o   ensino   de   Geografia   contribua   para   a formação de um sujeito capaz de interferir  na realidade de maneira consciente e crítica

4 ­ AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno e nortear o trabalho do professor.

A   avaliação   é   continua,   cumulativa   e   processual   devendo   refletir   o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos   sobre   os   quantitativos.   Deve   dar   relevância   à   atividade   crítica,   à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação formal somativa também é valida, mas também tem que optar pela avaliação formativa. Deve ser registradas de maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades. Por isso além da avaliação por provas, o educador deve usar como instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, são elas:

­ Leitura e interpretação de textos;­ Produção de textos;­ Leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, mapas;­ Pesquisas Bibliográficas;­ Relatórios de aula de campo;­ Apresentação de seminários;­ Construção e analise de maquetes;

                 ­ Dramatização e outros.

         5­ REFERÊNCIAS

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ – Projeto Político­Pedagógico. Ivaté, 2010.

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________.Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.

________. Secretaria de Estado da Educação. “Livro Didático Público de Geografia“ ­ Ensino Médio – 2ª edição. Curitiba, 2007.

OLIVEIRA, U. A., A Geografia das lutas no campo. São Paulo: Contexto, 2006.

RULA, J; W, F. A; TANNURI M. R. P; NETO H. P.  Para ensinar Geografia. São Paulo: Cortez, 2009.

SANTOS, M.  A natureza do Espaço. São Paulo: USP, 2006.

VISENTINI, J. W.  Para geografia e modernidade – 5ª edição. : Bertrand Brasil – 2005.

DISCIPLINA DE HISTÓRIA

1­ APRESENTAÇÃO

               A disciplina de História na Educação  Básica busca­se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos,  culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico.

As  Diretrizes   Curriculares   do   ensino   de   História   na   Educação   Básica busca­se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico. Os principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.

O ensino de História pode ser analisado sob duas perspectivas: uma que o compreende a serviço dos interesses do Estado ou do poder institucional; e outra que privilegia  as  contradições entre a História  apresentada nos currículos  e nos livros didáticos e a história ensinada na cultura escolar.                Nestas Diretrizes, propõe­se analisar o ensino de História, principalmente no período da década de 1970 até os dias atuais, a partir das tensões identificadas entre as propostas curriculares e a produção historiográfica  inserida nas práticas escolares.  Para  tanto,  serão destacadas as  permanências,  mudanças e  rupturas ocorridas no ensino de História e suas contradições frente à ciência de referência.

A  História   passou  a  existir   como  disciplina  escolar   com a   criação  do Colégio   Pedro   II,   em   1837.   No   mesmo   ano,   foi   criado   o   Instituto   Histórico   e Geográfico  Brasileiro   (IHGB),  que   instituiu  a  História  como disciplina  acadêmica. Alguns professores do Colégio Pedro  II   faziam parte  do  IHGB e construíram os programas escolares,  os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos que seriam ensinados. 

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Essas produções foram elaboradas sob influência da História metódica e do positivismo,  caracterizadas,  em  linhas gerais,  por  uma racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como fonte e verdade histórica e,  por   fim,  pela perspectiva da valorização política dos heróis. 

A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na síntese das  raças branca,   indígena e  negra,  com o predomínio  da ideologia do branqueamento. Nesse modelo conservador de sociedade, o currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o processo   histórico   conduzido   por   líderes   excluía   a   possibilidade   das   pessoas comuns serem entendidas como sujeitos históricos. 

Este modelo  de ensino  de História   foi  mantido no  início da República (1889),   e   o   Colégio   Pedro   II   continuava   a   ter   o   papel   de   referência   para   a organização  Sobre as características da história metódica e o positivismo.

O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu­se apenas no período   autoritário   do   governo   de   Getúlio   Vargas,   vinculado   ao   projeto   político nacionalista do Estado Novo (1937­1945), e se ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares. 

Desde  o   início  da  década  de  1930,   porém,  debates   teóricos   sobre  a inclusão da disciplina de Estudos Sociais na escola foram incentivados pelo recém­criado   Ministério   da   Educação   e   Cultura.   As   experiências   norte­americanas   na organização   dessa   disciplina   passaram   a   fazer   parte   dos   debates   educacionais trazidos pela Escola Nova2.  Para dar  viabilidade à   inserção dessa disciplina nos currículos escolares, Anísio Spínola Teixeira (1900­1971), responsável pela Diretoria de Instrução Pública do Distrito Federal e intelectual da Escola Nova, publicou uma proposta   de   Estudos   Sociais   para   a   escola   elementar   em   1934,   denominada Programa de Ciências Sociais. Contudo, essa proposta não chegou a ser instituída no Brasil dos anos 1930 e 1940.

Na década de 1950,  em continuidade a essa proposta,   foi   instituído o Programa   de   Assistência   Brasileiro­Americano   ao   Ensino   Elementar   (PABAEE), resultado do convênio entre os governos Federal de Minas Gerais e estadunidenses, para   instituir   o   ensino   de   Estudos   Sociais.   A   proposta   se   efetivava   com investimentos na formação dos professores da Escola Normal Primária, na produção de materiais  didáticos  e  na publicação dos  trabalhos desenvolvidos nas escolas primárias  de Minas Gerais.  Essas experiências  serviram como referência para  a posterior instituição dos Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau, por força da Lei n. 5.692, de 1971. 

Ainda no regime militar, a partir da Lei n. 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrou­se numa formação tecnicista, voltada à preparação de mão­de­obra para o mercado de trabalho. Em decorrência dessa ênfase no currículo, as disciplinas da área de ciências humanas passaram a ser tratadas de modo pragmático, na medida em que assumiam o papel de legitimar, por meio da escola, o modelo de nação vigente junto 

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às  novas  gerações.  No  entanto,  na  configuração  curricular  definida  pelo   regime militar, as disciplinas da área de ciências humanas perderam espaço nos currículos. 

No   Primeiro   Grau,   as   disciplinas   de   História   e   Geografia   foram condensadas como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária para o ensino de Educação Moral e Cívica (EMC). No Segundo Grau, a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de Organização Social e Política Brasileira (OSPB) passou   a   compor   o   currículo.   O  esvaziamento   da   disciplina   de   História   deu­se também devido à proliferação de cursos de licenciatura curta em Estudos Sociais, que abreviavam e tornavam polivalente a formação inicial, seguida da simplificação de conteúdos científicos.

Com   a   adoção   dessas   medidas,   o   Estado   objetivava   exercer   maior controle ideológico sobre o corpo docente, porque retirava o instrumental intelectual politizador e centrava a formação numa prática pedagógica pautada na transmissão de conteúdos selecionados e sedimentada pelos livros e manuais didáticos. 

O   ensino   de   História   tinha   como   prioridade   ajustar   o   aluno   ao cumprimento dos seus deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para   adaptá­los   à   realidade.   A   História   continuava   tratada   de   modo   linear, cronológico   e   harmônico,   conduzida   pelos   heróis   em   busca   de   um   ideal   de progresso de nação. 

2 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES  (ENSINO FUNDAMENTAL) 

Entende­se  por  Conteúdos  Estruturantes  os  conhecimentos  de  grande amplitude que  identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

Os  Conteúdos Estruturantes  da História  constituem­se  como a  própria materialidade do pensamento histórico. Deles derivam os conteúdos básicos/temas históricos   e   específicos   que   compõem   o   trabalho   pedagógico   e   a   relação   de ensino/aprendizagem no cotidiano da escola,  e  devem ser   trabalhados de  forma articulada entre si.

Nestas Diretrizes, consideram­se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:

➢ Relações de trabalho;➢ Relações de poder;➢ Relações culturais.                                                                                                                 Os conteúdos básicos  de História deverão ser abordados nesta forma: 

CONTEÚDOS BÁSICOS (ENSINO FUNDAMENTAL)

ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO ­ os diferentes sujeitos suas culturas suas histórias

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➢ A experiência humana no tempo. ➢ Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.➢ As culturas locais e a cultura comum.

ENSINO FUNDAMENTAL: 7ªANO ­ A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

➢ As relações de propriedade.➢ A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade. 

ENSINO   FUNDAMENTAL:   8ªANO   ­   O   Mundo   do   Trabalho   e   os Movimentos de Resistência

História das relações da humanidade com o trabalho. ➢ O trabalho e a vida em sociedade.➢ O trabalho e as contradições da modernidade. ➢ Os trabalhadores e as conquistas de direito.

ENSINO FUNDAMENTAL: 9ª ANO ­ Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais

➢A constituição das instituições sociais.➢A formação do Estado.➢Sujeitos, Guerras e revoluções.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES (ENSINO MÉDIO) 

➢ Relações de trabalho➢ Relações de  poder➢ Relações  culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS (ENSINO MÉDIO)

1ª ANO Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.Tema 2:  Urbanização e industrialização

2ª ANO Tema 3: O Estado e as relações de poderTema 4: Os sujeitos, as revoltas e as guerras 

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3ª ANO Tema   5:  Movimentos   sociais,   políticos   e   culturais   e   as   guerras   e 

revoluçõesTema 6:  Cultura e religiosidade

Ainda com relação à abordagem de conteúdos, será garantido o previsto na Lei n. 10.639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura afro­brasileira e africana, a história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08, bem como as temáticas relacionadas aos desafios educacionais contemporâneos   que são: educação do campo,   educação ambiental, uso indevido de drogas e enfrentamento à violência escolar... Porém tais temas não serão desenvolvidos como conteúdos básicos da disciplina de História ou como projetos específicos, mas sim   envolvidos quando   houver possibilidades de relacioná­los   ao   conteúdo   de   sala   de   aula.   Contemplar     também     a   lei   de  nº 13.381/01  Art.   1º   que     torna   obrigatório   um   novo   tratamento,   na   Rede   Pública Estadual  de  Ensino,  dos  conteúdos  da  disciplina  História  do  Paraná,  no  Ensino Fundamental   e   Médio,   objetivando   a   formação   de   cidadãos   conscientes   da identidade, potencial e valorização do nosso Estado.  No § 1º diz que a  História do Paraná deverá permanecer, como parte diversificada, no currículo, em mais de um ano ou distribuídos os seus conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.

3 ­ METODOLOGIA

No  Ensino  Fundamental,  os  Conteúdos  Estruturantes  –  Relações  de Trabalho,   Relações   de   Poder   e   Relações   Culturais   –   tomados   em   conjunto, articulam os  conteúdos básicos e específicos a partir das histórias locais e do Brasil e  suas  relações   com a História  Geral,  e permitem acesso ao conhecimento de ações humanas no tempo.   Por meio do processo pedagógico, busca­se construir uma consciência histórica que possibilite compreender a realidade contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.

Segundo   a   historiadora   brasileira   Circe   Bittencourt   (2004),   uma   das questões     importantes  no  momento  da   seleção  de   conteúdos   é   a   dúvida  entre privilegiar  uma história nacional ou mundial. A tendência atual na produção didática é privilegiar a história mundial em detrimento da local e nacional, tentando silenciar um passado da disciplina de História, no qual a história nacional estava associada aos interesses de uma elite. Segundo essa visão, diante de um mundo globalizado, seria   inadequado   propor   uma   história   nacional,   pois   todos   seriam   cidadãos   do mundo. A sequência dos conteúdos é muito importante servindo como ponte entre o conhecimento anterior e aquele a ser adquirido, não sendo apenas chegada, mas caminho. 

Para   o  Ensino   Médio,  a   metodologia   proposta   por   esta   Diretrizes Curriculares    está   relacionada  à  História  Temática.  Os conteúdos básicos/temas 

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históricos  selecionados para o ensino devem articular aos Conteúdos Estruturantes propostos   nestas   Diretrizes.   Tomá­los   como   ponto   de   partida   é   uma   forma   de responder às críticas a respeito da impossibilidade de ensinar “toda a história da humanidade”. A organização do trabalho pedagógico por meio de temas históricos possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um determinado contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e presente.

Abordar o conteúdo de forma significativa para o aluno incentivando­o a refletir   sobre   a   situação   problema   que   envolve   a   discussão   critica   do   tema despertando no aluno o interesse e a vontade de aprofundar as pesquisas e buscar as alternativas resolutivas para a questão em pauta. Serão envolvidos no contexto do conteúdo de História, assuntos associados à Educação do campo, cultura afro­brasileira   e   africana,   educação   indígena,   educação   ambiental,   enfrentamento   à violência na escola e prevenção ao uso indevido de drogas, a fim de que tenham um posicionamento crítico da realidade para compreendê­la e nela intervir.

As estratégias metodológicas utilizadas em História serão:­ Para informar: aulas expositivas e demonstrativas;­ Para investigar: experimentos e projetos;­ Para analisar as causas e implicações do desenvolvimento da História: 

simulações e trabalhos dirigidos;­ Propiciar ao aluno situações de estudo: debates,  leituras de rótulos e 

embalagens;­ Construção de maquetes;­Trocas de experiências;­ Elaboração de painéis;­ Uso de revistas;­ Apresentação de slides em powerpoint;­ Desenvolvimento de Projetos;­ Exibição de vídeos;­ Modelagem;­ pesquisas;­ Elaboração de mapas conceituais;­ Jogos com uso   de data show   para   simular o show do milhão. Com 

varias questões para os alunos responderem. Para a prática das estratégias metodológicas descritas, serão utilizados, 

além de outros materiais, os recursos tecnológicos que a escola dispõe, como: DVD, TV pendrive, internet e data show.

4 – AVALIAÇÃO

Poderá propor outras atividades  associativas, como: •     Atividades   que   possibilitem   a   apreensão   das   ideias   históricas   dos 

estudantes em relação ao tema abordado;•   Atividades   que   permitam   desenvolver   a   capacidade   de   síntese   e 

redação de uma narrativa histórica; 

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•   Atividades   que   permitam   ao   aluno   expressar   o   desenvolvimento   de idéias e conceitos históricos; 

• Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.

A avaliação tem o objetivo de proporcionar subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. Portanto, deve ser um processo contínuo, considerada em suas   múltiplas   dimensões:   diagnóstica,   processual,   formativa   e   somativa,   como elemento  que dá    significado ao  trabalho escolar  e  docente.  Na  relação ensino­aprendizagem, ela    está  voltada  tanto  para o  processo de ensino,  como para o processo  de   construção  do   conhecimento.  Os   critérios  de  avaliação   devem  ser discutidos   com   todos   os   envolvidos   no   processo   ensino   aprendizagem, oportunizando   a   reflexão   e   propondo   abordagens   e   intervenções   diferenciadas. Através da  avaliação   é  que podemos perceber  a  necessidade  de  mudança  da prática pedagógica, pois é uma das dimensões do processo ensino­aprendizagem. Por si só, não altera a qualidade da aprendizagem. É essencial realizar diferentes atividades   como   forma   de   retomar   os   conteúdos,   a   fim   de   oportunizar   a aprendizagem dos alunos antes de propor novos instrumentos de avaliação. Isso caracteriza a recuperação de estudos.

      5 ­ REFERÊNCIAS

BRASIL. Diretrizes Nacionais para a Educação Básica. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_hist.pdf Acesso em: 27/agos/2011.

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ.    Projeto  Político    Pedagógico. Ivaté, 2011.

_______. Regimento Escolar. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Livro Didático Público ­ História. Curitiba, 2006.

TEXTOS COMPLEMENTARES. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/historia/conceito_historia.htm> Acesso em: 27/ago/2011

DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ­ ESPANHOL – CELEM

      1­ APRESENTAÇÃO 

       A língua estrangeira é um instrumento de comunicação entre os povos. Com esse conhecimento, o aluno não é apenas um cidadão, mas um sujeito inserido 

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em um mundo repleto de possibilidades, de esperanças e muitos desafios, os quais só podem ser enfrentados e superados através da educação que assume funções de   inserir   este   sujeito   num   contexto   global,   contribuindo   para   seu   próprio desenvolvimento e o da comunidade.

Ela norteia­se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do conhecimento e à formação cidadã e, que a língua   aprendida   seja   caminho   para   o   reconhecimento   e   compreensão   das diversidades lingüísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto, instrumento de comunicação.

Seu objetivo é   incluir o estudante no mundo globalizado, caracterizado pelo   avanço   tecnológico   e   pelo   grande   intercâmbio   entre   os   povos,   garantindo assim,  uma melhor   interpretação  da  sociedade  e  do  mundo  em que  vive  como cidadão participante.

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo  escolar  sofreram constantes  mudanças  em decorrência  da  organização social  no  decorrer  da  história.  As  propostas  curriculares  e  as  metodologias  são instigadas   a   atender   às   expectativas   e   demandas   sociais   contemporâneas   e   a propiciar   às  novas  gerações  a  aprendizagem dos   conhecimentos  historicamente produzidos.

     O  ensino  das   línguas  modernas   começou  a   ser   valorizado  depois   da chegada da família real portuguesa ao Brasil, mas somente com a publicação de Cours de linguistique générale de Ferdinand Saussure (1857­1913), na Europa, em 1916, que os estudos da linguagem assumiram um caráter científico. Essa obra, que estabelece   a   oposição   entre   langue,   o   sistema   linguístico   propriamente   dito,   e parole, o uso deste sistema em contextos sociais, tornou­se um marco histórico. Os estudos de Saussure forneceram elementos para a definição de objeto de estudo específico da Linguística: a  língua. Tais estudos fundamentaram o estruturalismo, uma das principais correntes da linguística moderna.

Com a reforma de Capanema, em 1942, o currículo oficial buscava atrelar todos os conteúdos ao nacionalismo e o curso secundário passa a ser organizado em dois níveis e em duas modalidades (o clássico que possibilitava o ingresso na faculdade, procurado pela elite e o técnico profissionalizante que tinha a finalidade da   formação   profissional.   Nessa   mesma   conjuntura,   o   prestígio   das   línguas estrangeiras foi mantido no ginásio. O francês se apresentava com uma vantagem sobre o inglês e o espanhol foi introduzido como matéria obrigatória alternativa ao ensino do alemão.

       A partir de então a responsabilidade pelos rumos educacionais passou a ser centralizada no Ministério de Educação e Cultura, que por sua vez indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série. Comprometido com os ideais nacionalistas, o MEC preconizava que a disciplina de Língua Estrangeira deveria  contribuir   tanto para a formação do aprendiz quanto para o acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos. Isso explica porque o 

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espanhol  passou  a  ser  permitido  oficialmente  para  compor  o  currículo  do  curso secundário,  uma vez  que  a  presença  de   imigrantes  da  Espanha  era   restrita  no Brasil.

Atualmente,  muitos   linguistas   têm estudado  e  pesquisado  o  papel   da língua estrangeira na contribuição para a redução de desigualdades sociais. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro. 

      De   acordo   com   as   Diretrizes,   o   ensino   de   Língua   Estrangeira   deve contemplar os discursos sociais que a compõe; ou seja, aqueles manifestados em forma   de   textos   diversos   efetivados   nas   práticas   discursivas,   pois   a   Língua Estrangeira, nos dias de hoje, é fundamental. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades independentemente do grau de proficiência atingido. Essa forma de ensinar   amplia   as   perspectivas   de   ver   o   mundo,   de   avaliar   os   paradigmas   já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e no mundo.

     Reconhecer   que  o  aprendizado  da  Língua  Estrangeira  permite  pensar criticamente   sobre   o   papel   da   língua   na   sociedade,   conhecer   a   diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para desenvolvimento cultural do ser   é   o   objetivo   do   ensino   da   Língua   Estrangeira   e   particularmente   da   Língua Espanhola. Também visa atender a interesses sociais, políticos e econômicos, tendo em vista que a maioria dos países do nosso continente a utiliza.

Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar  o  seu entorno social  com maior  profundidade e melhores  condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.

     A língua estrangeira deve ser um instrumento de crescimento cultural para os alunos que a aprendem,  jamais de subserviência, supervalorização da cultura externa, subjugação ou inferioridade cultural dos que a conhecem. É necessário que o educando tenha percepção de outras culturas para valorizar a sua própria, bem como a do outro.

Assim,   identificou­se   na   pedagogia   crítica,   o   referencial   teórico   que sustenta a valorização da escola com o espaço social, responsável pela apropriação crítica   e   histórica   do   conhecimento,   compreensão   da   realidade   social   para   a transformação da realidade. Entende­se que a escolarização tem o compromisso de prover  aos alunos meios necessários para que não assimilem o saber  enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

2­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 

 Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social, e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os 

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conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade,  leitura e escrita.  Por serem conhecimentos fundamentais para o curso não podem ser suprimidos nem reduzidos.   A   seguir   apresentamos   esses   conteúdos   para   o   ensino   de   LEM   ­ Espanhol:

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS ­ P1 (160 horas)ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAISEsfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária

Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para radio*FolderParódiaPlacaPublicidade ComercialSlogan

Esfera produção de circulação:BulaEmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo

Esfera jornalística de circulação:Anúncio classificadosCartumChargeEntrevista**HoróscopoReportagem**Sinopse de filme

Esfera artística de circulação:AutobiografiaBiografia

Esfera escolar de circulação:CartazDiálogo**Exposição oral*MapaResumo

Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema

Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico (e­mail)Mensagem de texto (SMS)Telejornal*Telenovela*Videoclipe

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.

CONTEÚDOS BÁSICOS ­ P2 (160 horas)ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAISEsfera cotidiana de circulação:ComunicadoCurriculum VitaeExposição oral*Ficha de inscriçãoLista de comprasPiada**

Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para televisão*FolderInscrições em muroPropaganda**

Esfera produção  de circulação:Instrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento 

Esfera jornalística de circulação:Artigo de opiniãoBoletim do tempo**Carta do leitorEntrevista**Notícia**Obituário

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Telefonema* Publicidade InstitucionalSlogan

Reportagem**

Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuraçãoRequerimento

Esfera escolar de circulação:Aula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oralPalestra*ResenhaTexto de opinião

Esfera literária de circulação:Contação de história*ContoPeça de teatro*RomanceSarau de poema*

Esfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico (e­mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral

GÊNEROS DISCURSIVOS: 

         Para  o   trabalho  das  práticas  de   leitura,   escrita,  oralidade  e  análise lingüística,   serão   adotados   como   conteúdos   básicos   os   gêneros   discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade  com as  características  da  escola  e  com o  nível   de  complexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA:➢Tema do texto➢Interlocutor➢Finalidade do texto➢Aceitabilidade do texto➢Informatividade➢Situacionalidade➢Intertextualidade➢Temporalidade➢Referência textual➢Partículas conectivas do texto➢Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais 

no texto,➢Discurso direto e indireto➢Elementos composicionais do gênero➢Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto➢Polissemia

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       ESCRITA:

➢Tema do texto➢Interlocutor➢Finalidade do texto➢Aceitabilidade do texto➢Informatividade➢Situacionalidade➢Intertextualidade➢Referência textual➢Partículas conectivas do texto➢Discurso direto e indireto➢Elementos composicionais do gênero➢Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais 

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem

➢Acentuação gráfica➢Ortografia➢Concordância verbal e nominal.

ORALIDADE:

➢Conteúdo temático➢Finalidade➢Aceitabilidade do texto➢Informatividade➢Papel do locutor e interlocutor➢Elementos   extralinguísticos,   entonação,   expressão   facial,   corporal   e 

gestual, pausas...➢Adequação do discurso ao gênero➢Turno de fala➢Variações linguísticas➢Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica➢Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, 

etc)➢Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

               A partir desses conteúdos mencionados, selecionará os textos, tendo como referência   os   fundamentos   teórico­metodológicos   da   disciplina,   bem   como   os objetivos do ensino da Língua Estrangeira. Ao interagir com textos provenientes de vários   gêneros,   o   aluno   perceberá   que   as   formas   linguísticas   não   são   sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam 

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dependendo do contexto e da situação em que se dá  a prática social do uso da linguagem. 

     Tais   conteúdos  serão  elaborados  a  partir   de  um gênero,   conforme as esferas   sociais   de   circulação:   cotidiana,   científica,   escolar,   imprensa,   política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.

O ensino da Cultura afro­brasileira e Africana e a Cultura  Indígena na formação da sociedade brasileira e latino­americana serão contemplados.

3­ METODOLOGIA

A partir   do  Conteúdo  Estruturante  discurso   como  prática  social   serão trabalhadas  questões   linguísticas,   sociopragmáticas,   culturais  e  discursivas,   bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.

 A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as diferenças,   estruturais   e   funcionais,   a   autoria   e   a   que  público   se  destinam.   As estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim diferentes.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal   e   não­verbal,   como   unidade   de   linguagem   em  uso,   esses   textos  devem abordar uma prática reflexiva e crítica, desenvolvendo conhecimentos linguísticos, percebendo as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes nos mesmos.

As   reflexões   discursivas   e   ideológicas   dependem   de   uma   interação primeira   com   o   texto.   Isto   não   representa   privilegiar   a   prática   da   leitura   em detrimento das demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade.

Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de conhecimento   dos   alunos   e   estarão   voltados   para   a   interação   que   tenha   por finalidade o uso efetivo da linguagem e não da memorização de conceitos. Serão selecionados  a   partir   dos  erros   resultantes   das  atividades  e  da  dificuldade  dos alunos.   Ao   trabalhar   com   as   diferentes   culturas   é   importante   que   o   aluno,   ao contrastar   a   sua   cultura   com   a   do   outro,   perceba­se   como   sujeito   histórico   e socialmente constituído e assim elabore a consciência da própria identidade.

Na prática da  leitura será  propiciado o acesso a diferentes textos com diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos para que estes formulem questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto e que também oportunize  discussões sobre  o   tema,   intenções e   intertextualidade,  bem como a socialização das idéias dos alunos sobre o texto.

Com relação à  escrita  não podemos esquecer  que ela  deve ser  vista como   uma   atividade   sócio­interacional,   ou   seja,   significativa.   Essa   prática   deve permitir a produção de textos atendendo as circunstâncias de produção propostas, diferenciar  a   linguagem  formal  da   informal,  estabelecer   relações entre  partes  do texto, identificar repetições ou substituições, estimular a ampliação de leituras sobre 

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o tema e o gênero proposto, conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

Os   textos   literários   serão   apresentados   aos   alunos   de   modo   que provoquem reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado contexto sócio­cultural particular. 

Na oralidade a ênfase estará na organização de textos produzidos pelos alunos  levando em consideração a aceitabilidade,  informatividade e finalidade do texto e a estimulação da contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando os recursos extralinguísticos,  como: entonação, expressão  facial,  corporal  e  gestual, pausa, etc.

O   ensino   de   Língua   Estrangeira   estará   articulado   com   as   demais disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos.  Isso não significa   obrigatoriamente   desenvolver   projetos   envolvendo   inúmeras   disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que conteúdos e disciplinas distintas podem muitas vezes estar relacionados entre si.

A   Língua   Estrangeira   será   trabalhada   de   maneira   a   proporcionar   a inclusão   social,   o   desenvolvimento   da   consciência   do   papel   das   línguas   na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural  e o processo de construção das   identidades   transformadoras.   Os   alunos,   nesta   abordagem   de   ensino   são encorajados a reconhecer e compreender a diversidade  linguística e cultural  nos textos   que   lhe   são   apresentados,   envolvendo­os   em   atividades   críticas   e problematizadoras que se concretizam por meio da língua como prática social. 

4­ AVALIAÇÃO 

A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir  o seu verdadeiro significado,   assumir   a   função   de   subsidiar   a   construção   da   aprendizagem   bem sucedida.   Depreende­se,   portanto   que   avaliação   da   aprendizagem   da   Língua Estrangeira  precisa   superar   a   concepção  do  mero   instrumento  de  mediação  da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.

Utilizar­se­á   a  avaliação  diagnóstica,   contínua,  processual  e   formativa, subsidiada por observações e registros obtidos no decorrer do processo, durante o desenvolvimento das aulas, através da observação do professor.

O aluno será avaliado através de avaliações orais, escritas, de leituras e de análise linguística, através de trabalhos individuais e em grupo, participação em atividades   relacionadas   à   música,   pesquisas,   dramatizações,   diálogos,   jogos, interpretações de textos, etc.

Ao aluno serão oportunizadas atividades de retomadas de conteúdos. No âmbito   da   leitura   será   realizada   uma   leitura   compreensiva   do   texto   para   a localização   de   informações   explícitas   e   implícitas   no   texto,   o   posicionamento argumentativo, a percepção do ambiente no qual circula o gênero, identificação da idéia   principal   do   texto,   análise   das   intenções   do   autor,   identificação   do   tema, compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras  e/ou expressões no 

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sentido conotativo e denotativo e o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. 

Para   a   escrita   serão   avaliados   a   expressão   de   ideias   com   clareza, elaboração de textos atendendo as situações de produção propostas, a continuidade temática, diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal, o uso de recursos textuais como coesão e coerência, uso adequado de recursos linguísticos, pertinência  do uso dos elementos  discursivos,   textuais,  estruturais  e  normativos, entre outros. 

Em  relação  a  oralidade  serão  observados  a  utilização  do  discurso  de acordo   com   a   situação   de   produção,   apresentação   das   ideias   com   clareza,   a exposição   objetiva   de   argumentos,   organização   e   respeito   aos   turnos   de   fala, participação   ativa   em   diálogos,   relatos,   discussões,   utilização   consciente   de expressões faciais, corporais e gestuais, entre e outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades apresentadas.

A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será   feita   conforme   o   previsto   no   Regimento   Escolar   deste   estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.

A recuperação de conteúdos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Ela dar­se­á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático­metodológicos diversificados. 

A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos das disciplinas.

Sendo assim os resultados da mesma serão incorporados as avaliações efetivadas durante o período letivo, constituindo­se em mais uma componente do aproveitamento escolar,  sendo obrigatório  sua anotação no Livro de Registro  de Classe.

5­ REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: HU CITEC, 1988.

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ.    Projeto   Político   Pedagógico. Ivaté, 2011.

______.Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

LEFFA,  V.  Metodologias  do Ensino de Línguas.   In:  Bohn,  H.I;  VANDRESEN, P. Tópicos   em   Lingüística   Aplicada:   o   Ensino   de   Línguas   Estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1988.

SANTILLANA.  Livro Español Esencial – obra coletiva. São Paulo: Ed. Santillana, 2008. 

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.  Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira e Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

______.   Diretrizes   Curriculares   de   Língua   Estrangeira   e   Moderna   para   a Educação Básica. Curitiba, 2008.

______.  Língua   Estrangeira   Moderna   –   Espanhol   e   Inglês  /   vários   autores. Curitiba,2006.

DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA­ INGLÊSENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO

O ensino de língua estrangeira tem início no Brasil com a chegada dos jesuítas.   A   abordagem   pedagógica   tradicional   de   raízes   europeias,   também chamada de gramática­tradução, adotada desde a educação jesuítica com o ensino dos idiomas clássicos prevaleceu no ensino das línguas modernas até o princípio do século   XX,   a   partir   de   1.916   os   estudos   da   linguagem   assumiram   um   caráter científico   com   Saussure.   Desde   então,   o   ensino   passou   por   transformações   e reformas,   culminando   na   Reforma   Francisco   Campos   que   pela   primeira   vez estabeleceu­se um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto em contraposição ao Tradicional.

Em 1.950 com o desenvolvimento da ciência  linguística e o crescente interesse pela aprendizagem de línguas, ocorrem mudanças significativas quanto às abordagens e ao método de ensino, surge então o Método Audiovisual e Áudio­Oral. Em virtude  do   surgimento  de   teorias   como  a  de  Chomsky  o  ensino  de  Língua Estrangeira  sofre  modificações.  Em 1.970  começam a discutir   teorias  de  Piaget sobre abordagem cognitiva e construtivista. Nessa abordagem, a aquisição da língua é   entendida  como   resultado  de   interação  entre  o  organismo  e  o  ambiente,   em assimilações e acomodações responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência. 

A lei 5.692/71 desobrigou a inclusão de Língua Estrangeira nos currículos de primeiro e segundo grau e só em 1.976 o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, sendo obrigatório no segundo grau. Em 1.996 a LDBEN determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma L.E no ensino  Fundamental e Médio ficando a escolha do idioma a critério da comunidade escolar.   A partir de 5 de agosto de 2.005 foi criada a lei 11.161 que tornou obrigatória a oferta de ensino de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. 

No   ensino   de   Língua   Estrangeira,   a   língua,   objeto   de   estudo   dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna­se fundamental que os professores compreendam  o que se pretende com o ensino de Língua  Estrangeira  na  Educação  Básica,   ou  seja,  ensinar   e  aprender   línguas  é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é 

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formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.

As   aulas   de   Língua   Estrangeira   se   configuram   como   espaços   de interações entre professores e alunos e pelas   representações e visões de mundo que   se   revelam   no   dia­a­dia.   Objetiva­se   que   os   alunos   analisem   as   questões sociais­políticas­econômicas   da   nova   ordem   mundial,   suas   implicações   e   que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

Busca­se, também, superar a ideia de que o objetivo de ensinar Língua Estrangeira na escola é apenas o linguístico ou, ainda, que o modelo de ensino dos Institutos   de   Idiomas   seja   parâmetro   para   definir   seus   objetivos   de   ensino   na Educação Básica. Tal aproximação seria um equívoco, considerando que o ensino de Língua Estrangeira nas escolas de língua não tem, necessariamente, as mesmas preocupações  educacionais  da  escola  pública.  Entender  que   toda   língua  é  uma construção histórica e cultural em constante transformação,como princípio social e dinâmico,   a   língua   não   se   limita   a   uma   visão   sistêmica   e   estrutural   do   código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.

Pretende­se,   assim,   resgatar   a   função   social   e   educacional   dessa disciplina na Educação Básica, bem como estabelecer os objetivos   de ensino da mesma. Dentre eles: 

­ Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdo que ampliem as possibilidades de ver  o  mundo,  de  avaliar  os  paradigmas  já  existentes  e  novas maneiras de construir sentidos do e no mundo;

­   Fazer   da   aula   de   língua   estrangeira   um   espaço   para   que   o   aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural;

­ Ser capaz de usar a língua em situação de comunicação oral e escrita;­ Vivenciar na aula de linguagem estrangeira, formas de participação que 

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;­   Compreender   que   os   significados   são   sociais   e   historicamente 

construídos e, portando, passíveis de transformação na prática social;­   Proporcionar   a   todos   os   envolvidos   no   processo   de   ensino   e   de 

aprendizagem a inclusão social;­   Desenvolver no educando uma consciência crítica a respeito do papel 

das línguas na sociedade.

2. CONTEÚDOS

Gêneros discursivos das diversas esferas sociais de circulação: cotidiana, literária/artística, científica, escolar, imprensa, publicitária política, jurídica, produção e consumo e midiática.

Oralidade­conteúdo temático;­tema do texto;­interlocutor;

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­finalidade;­aceitabilidade do texto;­informatividade;­papel do locutor e interlocutor;­elementos   extralinguísticos:entonação,   expressões   faciais,corporal   e 

gestual, pausas;­adequação do discurso ao gênero;­turnos da fala­variações linguísticas;­marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições,semântica.­elementos semânticos;­adequação da fala ao contexto( uso de conectivos, gírias, repetições, etc)­diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Leitura­tema do texto;­interlocutor;­finalidade do texto;­aceitabilidade do texto;­informatividade;­situacionalidade;­intertextualidade;­temporalidade;­referência textual;­partículas conectivas do texto;­discurso direto e indireto;­ambiguidade;­operadores argumentativos;­semântica;­informações explícitas;­repetição proposital das palavras;­elementos composicionais do gênero;­emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;­palavras e/ ou expressões que denotam ironia e humor no texto;­polissemia;­marcas  linguísticas:coesão, coerência,   função das classes gramaticais 

no texto no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem;

­léxico.

Escrita­conteúdo temático;­tema do texto;­interlocutor;­finalidade do texto;

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­aceitabilidade do texto;­informatividade;­situacionalidade;­intertextualidade;­temporalidade;­semântica;­variações linguísticas;­discurso direto e indireto;­elementos composicionais do gênero;­emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;­palavras e/ ou expressões que denotam ironia e humor no texto;­polissemia;­figuras de linguagem;­processo de formação de palavras;­significado das palavras;­relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;­vozes sociais presentes no texto;­operadores argumentativos;­ambiguidade;­marcas  linguísticas:coesão, coerência,   função das classes gramaticais 

no texto no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem

­acentuação gráfica;­ortografia;­concordância verbal/ nominal.

Observação:durante  o ano  letivo serão desenvolvidas,  permeando os  conteúdos, atividades que contemplem a Lei 10.639/03 referentes à História e a Cultura Afro­brasileira e Africana, as Demandas Socioeducativas e a Lei 11.645/08.

                   3. METODOLOGIA

         É importante que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do  gênero  estudado,  sua  composição,  a  distribuição  de   informações,  o  grau  de informação presente ali,  a  intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois a gramática em si.       

  As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos dispõem   de   um   léxico   suficiente   para   que   o   diálogo   se   realize   em   Língua Estrangeira.   Elas   servirão   como   subsídios   para   a   produção   textual   em   Língua Estrangeira.

 Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo relevante   porque   possibilita   construir   novos   conhecimentos,   a   partir   daqueles existentes   na   memória   do   leitor,   os   quais   são   ativados   e   relacionados   às informações  materializadas  no   texto.  Com  isso,  as  experiências  dos  alunos  e  o 

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conhecimento de mundo são valorizados. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas crítico, reaja aos textos com os quais se depara e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido.

As   estratégias   específicas   da   oralidade   tem   como   objetivo   expor   os alunos  a   textos  orais,  pertencentes  aos  diferentes  discursos,   lembrando  que  na abordagem discursiva, a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua; é aprender a expressar em LE mesmo com limitações. É importante que os alunos se familiarizem com os sons específicos da língua que estão aprendendo. Na aula de língua estrangeira será  possível   fazer  discussões orais sobre a compreensão do texto, bem como produzir textos orais, escritos e/ ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas neste processo, utilizando recursos visuais para auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula.

Faz­se importante destacar que o trabalho com a produção de textos na aula de LE também precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no qual escreve­se sempre para alguém e de quem se constrói uma representação.

Um outro aspecto a ser trabalhado é o estudo da gramática implícita de maneira a promover a consciência linguística. A pesquisa de palavra no dicionário pode auxiliar a conscientização da linguagem, trabalhando um texto com cognatos e termos   transparentes  e  outro  no  qual  os  conhecimentos  de   língua  materna  não favoreçam a sua compreensão imediata.

Descortinar os valores subjacentes ao livro didático faz parte do papel do professor   na   abordagem   de   ensino   como   Letramento   Crítico.   Será   utilizado   o material didático disponível na prática pedagógica:

­ Dicionário­ Vídeo­ Fitas cassetes e cds room­ Rádio­ Videokê­ Computador­ Mapas­ Música com clipe ou não­ Manual de instrução de equipamento­ Embalagem­ Rótulos­ Excursões­ Palestras­ Usos de painéis­ Retroprojetor­ Internet­ Tv Multimídia

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       4. AVALIAÇÃO

A   avaliação   da   aprendizagem   deverá   orientar   as   intervenções pedagógicas no processo de ensino de modo que os objetivos sejam alcançados. Nesse processo é  necessário  que o  professor  observe  a  participação do  aluno, engaje   o   mesmo   em   atividades   que   envolvam   uma   diversidade   de gêneros,proporcionando a ele a possibilidade de torná­lo um leitor ativo,capaz de produzir sentidos na leitura dos textos, inferindo,levantando hipóteses, percebendo a intencionalidade.  Pretende­se   a   partir   de   suas   produções   discutir   dificuldades   e avanços, encarar os erros não como entrave, mas como elemento imprescindível para uma ação reflexiva e assim propor encaminhamentos que visem superá­los. É importante que no ensino de Língua Estrangeira Moderna fique claro os objetivos que se querem alcançar e os critérios de avaliação aplicados aos conteúdos, para que assim a aprendizagem se efetive.

                 5. REFERÊNCIAS

ALMEIDA FILHO, José  Carlos Paes de.  O professor de língua estrangeira em formação ­ II Série. 2ª edição. Campinas, SP : Pontes,  2005.

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político­Pedagógico.Ivaté, 2011.

________. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

LEFFA, Vilson J.O professor de Línguas Estrangeiras­ construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2006.

MARQUES, Amadeu.  Inglês: volume único ( Série Novo Ensino Médio ).  São Paulo: Ática, 2005 

________. Inglês: volume único. São Paulo: Ática,2005

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglesa­Reflexões e experiências. 3ª edição. Campinas, SP: Pontes Editores,  2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.   Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

_______.  Secretaria  de  Estado  da  Educação.  Livro  Didático  Público   ­  Língua Estrangeira Moderna. Espanhol e Inglês/ vários autores, p.256. 2ª edição. Curitiba: SEED­Pr 2006..

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_______.   Secretaria   de   Estado   da   Educação.   Superintendência   da   Educação. Departamento   de   Ensino   Fundamental.  História   e   Cultura   afro­brasileira   e africana: educando as relações étnico­raciais  (Cadernos Temáticos ). Curitiba: SEED, 2006­ 

SARMENTO,   Simone;   MULLER,   Vera.  O   ensino   do   Inglês   como   língua estrangeira. Porto Alegre: APIRS, 2004.

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA ­  ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

                 1­ APRESENTAÇÃO

A disciplina  de  Língua  Portuguesa  ao   longo  de  sua  história   tem sido elemento de estudos, debates e discussões. Sabe­se que historicamente o processo de  ensino  de  Língua  Portuguesa  no  Brasil   iniciou­se  com a  educação   jesuítica, baseada em práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da Igreja.

Ao longo de muitos anos, o ensino no Brasil era retórico, imitativo e elitista visando à construção de uma civilização de aparências com base em uma educação “claramente   reprodutiva   voltada   para   perpetuação   de   uma   ordem   patriarcal   e colonial, refletindo, assim, no cotidiano dos alunos um ensino de caráter repressivo para inculcar a obediência, a fé, o temor ao rei e à lei”.

Em 1758, através de um decreto, a Língua Portuguesa tornou­se idioma oficial   do   Brasil.   A   partir   daí   a   Educação   Brasileira   passou   por   grandes transformações. Por volta de 1871, com a valorização da língua nacional, o  latim começou  a  perder   seu  prestígio,  o  ensino  de  Língua  Portuguesa   foi  expandido, sendo, a princípio, apenas com característica elitista e mantendo tais características até meados do século XX. Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina passou a integrar os currículos escolares brasileiros.

Com o processo de expansão do ensino primário público as exigências culturais passaram a ser outras, bem diferentes. Nesse contexto uma concepção tecnicista gerou um ensino baseado em exercícios de memorização. A seguir surge a  lei  Nº  5.692/71 que amplia  e aprofunda que o ensino  deveria  estar  voltado  à qualificação para o trabalho. Nesse período a Língua Portuguesa passou a ter várias denominações. Na década de 70 passaram a ser debatidas várias teorias a respeito da linguagem; as inovações que surgiram foram o trabalho com a produção de texto e a leitura mecânica. O ensino baseava­se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamentos de habilidades de leitura.

Mas  a  grande   revolução  no  ensino  da  Língua  Portuguesa  ocorreu  no início dos anos 80, quando surgiram as primeiras obras do círculo de Bakhtin e a partir daí a valorização do texto como unidade fundamental de análise. As amplas discussões geradas pelos linguistas resultaram em uma re­estruturação no ensino 

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da   língua,   dando   ênfase   à   língua   viva,   dialógica,   em   constante   movimento, permanentemente reflexiva e produtiva.

Nessa   época   surgiram  vários  autores   que   deram   e   até   hoje   dão   um respaldo muito grande ao docente sobre o ensino de Língua Portuguesa como: João Wanderley Geraldi, Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme e outros. É um material rico de pesquisas sobre Língua Portuguesa, Linguística e o ensino da Língua Materna.

Constatamos   que   a   nossa   história   enquanto   falantes   e   docentes   da Língua Portuguesa passou por marcantes transformações, há uma mistura grande em   nossa   cultura   pelo   fato   de   nossa   colonização   que   reflete   diretamente   no apreender, no falar e no ensinar a Língua Portuguesa.

Pensar  o ensino da Língua e da Literatura  implica pensar   também as diferenças e contradições do quadro complexo da contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e as inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas, que atravessam o campo social, constituindo­o e ao mesmo tempo sendo por ele constituídos, requerem do professor uma percepção crítica, cujo horizonte é  a mudança de posicionamento em sua ação pedagógica. É  nos processos   educativos   e   notadamente   nas   aulas   de   Língua   Portuguesa,   que   o estudante  brasileiro   tem  a  oportunidade  de  aprimoramento   de   sua   competência lingüística,  de   forma a  garantir  uma  inserção ativa  e  crítica  na sociedade.  É  na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar,  o  estudante aprende a  ter  voz e  fazer uso da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos.

Na   linguagem,   o   homem   se   reconhece   humano,   interage   e   troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel como participante da sociedade. A partir desse caráter social da linguagem, Bakhtin e os teóricos de seu círculo formularam os conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, cujo conhecimento e repercussão, suscitaram novos caminhos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino de Língua.

A Língua Portuguesa está fundamentada no ensino produtivo tendo como objeto de estudo a própria língua, visando à formação de um ser competente, capaz de realizar enunciados linguísticos e aumentar a sua capacidade de compreensão e aplicação  do  maior  número  possível  de  estruturas  que  a   língua  oferece  para  a interação dos sujeitos, pois a língua só se constitui pelo uso, movida pelos sujeitos que a integram.

  Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes   práticas   sociais,   os   objetivos   a   seguir   fundamentarão   o   processo   de ensino:

­ empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá­la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de novos posicionamentos;

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­ desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de  práticas   sociais  que   consideram  os   interlocutores,   seus  objetivos,   o   assunto tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/ leitura;

­refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

­aprimorar,   pelo   contato   com   textos   literários,   a   capacidade   de pensamento crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;

­reconhecer   a   importância   da   norma   culta   da   língua,   de   maneira   a propiciar   acesso   aos   recursos   de   expressão   e   compreensão   de   processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está   inserido e para a afirmação de sua cidadania, como sujeito singular e coletivo;

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem   um   processo   longitudinal   de   ensino   e   aprendizagem   que   se   inicia   na alfabetização,   consolida­se  no  decurso  da   vida  acadêmica   e  não   se  esgota  no período escolar, mas se estende por toda a vida.

2. CONTEÚDOS

      Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.

Conteúdos Básicos:

Oralidade:

­ Conteúdo temático;­ Finalidade;

                 ­ Intencionalidade;                 ­ Argumentos;

­ Aceitabilidade do texto;­ Informatividade;­ Papel do locutor e interlocutor;­ Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e 

gestual, pausas...­ Adequação do discurso ao gênero;­ Turnos da fala;­ Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)­ Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;­ Elementos semânticos;­ Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, 

etc.)

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                 ­ Diferenças e semelhanças entre o discurso e o escrito.

Leitura

­ Conteúdo temático;­ Interlocutor;­ Finalidade do texto;

                 ­ Intencionalidade;                 ­ Argumentos do texto;                 ­ Contexto de produção;

­ Aceitabilidade do texto;­ Informatividade;­ Situacionalidade;­ Intertextualidade;­ Temporalidade;­ Vozes sociais presentes no texto;­ Discurso ideológico presente no texto;­ Elementos composicionais do gênero;­ Contexto de produção da obra literária;­ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais 

no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;­ Progressão referencial;­ Partículas conectivas do texto;­ Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;­ Semântica:­ operadores argumentativos;­ modalizadores;­ figuras de linguagem;

                 ­ sentido conotativo e denotativo;      ­ polissemia;       ­ expressões que denotam ironia e humor no texto.

                 ­ Discurso direto e indireto;                 ­ Informações explícitas e implicítas;                 ­ Léxico;                 ­ Repetição proposital de palavras;                 ­ Ambiguidade;                 

Escrita

­ Conteúdo temático;­ Interlocutor;­ Finalidade do texto;­ Intencionalidade;

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                 ­ Informatividade;                 ­ Contexto de produção;

­ Situacionalidade;­ Intertextualidade;

                 ­ Temporalidade;                 ­ Argumentatividade;                 ­ Discurso direto e indireto;                 ­ Partículas conectivas;                 ­ Paragrafação;                 ­ Processo de formação das palavras;

­ Referência textual;­ Vozes sociais presentes no texto;­ Ideologia presente no texto;­ Elementos composicionais do gênero;­ Progressão referencial;­ Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;­  Semântica:   operadores  argumentativos,  modalizadores,   ambiguidade, 

significado das palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que denotam ironia e humor no texto;                     ­ Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomados sequenciação do texto;

­ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; figuras de linguagem, conectores.

­ Vícios de linguagem;­ Sintaxe de concordância;­ Sintaxe de regência;

                 ­ Acentuação;                 ­ Ortografia;

Sugestões   de   Gêneros   Discursivos:   textos   dramáticos,   romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada contemporâneo, fábulas, diários,   testemunhos,   biografia,   debate   regrado,   artigos   de   opinião,   editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta   de   reclamação,   tomada   de   notas,   resumo,   resenha,   relatório   científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico,   mesa   redonda,   instruções,   regras   em   geral,   leis,   estatutos,   lendas, mitos,   piadas,   histórias   de   humor,   tiras,   cartum,   charge,   caricaturas,   paródia, propagandas,  placas,  outdoor,  chats,  e­mail,   folder,  blogs,   fotoblog,  Orkut,   fotos, pinturas,   esculturas,   debate,   depoimentos,   folhetos,   mapas,   croqui,   explicação, horóscopo, provérbios e outros.

Observação:  durante  o  ano   letivo  serão  desenvolvidas,  permeando  os conteúdos, atividades que contemplem a Lei 11.645/08 referente  às Demandas e à História e a Cultura Afro­Brasileira e Indígena e as Demandas Socioeducativas.

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3. METODOLOGIA 

As   práticas   discursivas   devem   abranger,   além   dos   textos   escritos   e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens.

É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer.

É   necessário   um   trabalho   de   reflexão   linguística   voltado   para   a observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística, variedades linguísticas, as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita   quer   no   nível   fonológico­   ortográfico,   quer   no   nível   textual   e   discursivo, visando à construção de conhecimento sobre o sistema linguístico. 

Oralidade  –  na  prática  da  oralidade  explorar­se­á   o   trabalho   com os gêneros orais. O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que se baseie tanto nas relações cotidianas quanto nas relações mais complexas.

As   possibilidades   de  trabalho   com   os   gêneros   orais   são   diversas   e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de família,   da   comunidade,   um   filme,   um   livro);   depoimentos   sobre   situações significativas  vivenciadas  pelo  aluno  ou  pessoas  do  seu  convívio;  dramatização; recado;   explicação;   contação   de   histórias;   declamação   de   poemas;   troca   de opiniões; debates; seminários; júris­simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

Leitura ­ a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O professor proporcionará  ao aluno contato com diferentes gêneros  literários,  analisando seu conteúdo temático, a finalidade dos possíveis interlocutores, as vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam, as ideologias apresentadas no texto, a   fonte,   dos   argumentos   elaborados,   a   intertextualidade.   É   importante   que   o professor avalie o contexto da sala de aula, as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as sugestões sobre textos que gostam de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos.

Escrita – O exercício da escrita, leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado na língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim a escrita é entendida como formadora de subjetividades.

O domínio da escrita não é  inato nem uma dádiva restrita a uma meia dúzia   de   sujeitos.  Pensar   que   fosse   implica   distanciá­la   dos   alunos.   Quando   a escrita   é   supervalorizada   e   descontextualizada,   torna­se   mero   exercício   para preencher o tempo.

No   trabalho   com   a   escrita,   o   aluno   vivenciará   a   prática   de   planejar, escrever,   revisar  e   re­escrever   seus   textos,  percebendo  que  o  ato  de   revisar  e reformular o texto é um processo que permite ao locutor refletir sobre seus pontos de  vista,  sua criatividade,   seu   imaginário.    Além disso  o  professor   socializará   a 

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experiência da produção textual através de estratégias, como: afixar os textos dos alunos no mural da escola promovendo um rodízio dos mesmos, reunir os diversos textos em uma coletânea ou publicá­los no jornal da escola, enviar cartas do leitor para determinado jornal, encaminhar carta de solicitação dos alunos para câmara de vereadores da cidade, produção de panfletos a serem distribuídos na comunidade.

A   análise   linguística  –   a   prática   de   análise   linguística   constitui   um trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o objeto do ensino.

Serão  utilizados  os   recursos  disponíveis  como:  cartazes,  painéis,   cds, dvds, tv / pendrive, músicas, livros, data show entre outros.

 4. AVALIAÇÃO

                Avaliação   deverá   objetivar   o   estudo   e   interpretação   dos   dados   da aprendizagem   durante   todo   o   desenvolvimento   do   processo,   considerando­se   o trabalho do professor,  o envolvimento do aluno,  o  diagnóstico de resultados nos alunos e atribuição de valores. Ela deverá ser contínua, permanente e cumulativa, visando     a   verificação  da   capacidade  de   crítica,   síntese  e  elaboração  de   seus próprios   conceitos   sobre   os   aspectos   abordados   no  decorrer   da   aprendizagem, utilizando   argumentos   coerentes   e   coesos.   Esta   servirá   de   parâmetros   para   a análise, reflexão e reformulação do processo ensino­aprendizagem, levando­se em conta o desenvolvimento do ser humano como um todo.

A avaliação acontecerá mediante os seguintes instrumentos: atividade de leitura compreensiva de textos, pesquisa bibliográfica, produção de texto, palestra, pesquisa de campo, relatório, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas, questões objetivas entre outros.

Quanto à análise linguística a avaliação será mediante a instigação no aluno   da   percepção   da   multiplicidade   de   usos   e   funções   da   língua,   o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções frasais, a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo­o às atividades metalinguísticas, à  construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.

Quanto à leitura – o professor pode propor debates e outras atividades que lhe permitem avaliar as estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Quanto à escrita – é preciso ver os textos dos  alunos como uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de produção textual; observando os seguintes critérios:

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­Produzir   textos   atendendo   às   circunstâncias   de   produção   (gênero, interlocutor, finalidade, etc.);

­ Expressar as ideias com clareza ( coerência e coesão); ­ Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando­lhe 

diferentes  graus   de   formalidade  ou   informalidade,   atendendo  especificidades   da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

­ Elaborar argumentos consistentes;­ Produzir textos respeitando o tema;­ Estabelecer relações entre as partes do texto;­  Estabelecer   relação  entre  a   tese  e  os   argumentos   elaborados  para 

sustentá­la, entre outros.                    O aluno precisa estar em contextos reais de interação comunicativa para 

que os  critérios de avaliação que  tomam como base às condições de produção tenham alguma validade.

Quanto à oralidade  – será avaliada considerando­se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias,   a   fluência   de   sua   fala,   o   seu   desembaraço,   a   argumentação   que   ele apresenta ao defender seus pontos de vistas e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto   à   Literatura:  será   avaliada   a   partir   da   compreensão   e interpretação   da   linguagem   utilizada   no   texto,   da   articulação   do conceito/conteúdo/tema   discutido   nas   aulas   com   texto   literário   lido,   do reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário, entre outros itens.

5. REFERÊNCIAS

ANTUNES,   Irandé.  Aula   de   Português:   Encontro   &   Interação.  São   Paulo: Parábola Editorial, 2003.

CASTRO, Gilberto de, FARACO, Carlos Alberto. Por uma Teoria Linguística que Fundamente  o Ensino de Língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: UFPR, Educar em Revista, vol 15, 1999.

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.

________.Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

FARACO,   Carlos   A,   TEZZA,   Cristóvão,   CASTRO,   Gilberto   de.  Diálogos   com Bakhtin, Curitiba, Pr: Editora UFRP, 2001.

FARACO,  Carlos  Emílio.  Português:  projetos.  volume único:   livro  do  professor/ Carlos Emílio Faraco & Francisco Moura 1.ed. São Paulo: Ática, 2005

MARCUSCHI, Luís Antonio. Da Fala para a Escrita. São Paulo: Cortez, 2001.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.  Diretrizes Estaduais Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008,

________.   Secretaria   de   Estado   da   Educação.  Currículo   Básico   para   Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

________. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2007.

________. Secretaria de Estado da Educação. Educando para as relações étnico­raciais II. Curitiba: SEED, 2008.

POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar Gramática. 4. ed. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996.

DISCIPLINA DE  LÍNGUA PORTUGUESA ­ SALA DE APOIO  

1­ APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED – implementou o Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6º e 9º anos  do  Ensino  Fundamental.  O programa prevê   o  atendimento  aos  alunos,  no contra turno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à oralidade, leitura, escrita.

       A partir de sua criação. a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vêm   promovendo   ações   e   eventos   de   capacitação   aos   professores   que   atuam nessas   salas,   bem como  aos  diretores  e   às  equipes  pedagógicas  das  escolas, buscando   esclarecer   a   todos   quais   são   os   objetivos   das   salas   de   Apoio   e promovendo discussões sobre quais devem ser os encaminhamentos metodológicos que  façam com que os alunos que  ingressam no 6º/9º ano com dificuldades de aprendizagem   possam   –   por   meio   de   atividades   diferenciadas   e   significativas oferecidas no contra turno – superar essas dificuldades e acompanhar seus colegas do   turno   regular,   diminuindo   assim   a   repetência   e   melhorando   a   qualidade   da educação ofertada pela rede pública.

  Este programa é  amparado pela Resolução nº 2772/2011 e Instrução nº 007/2011 – SUED/SEED.     

 As DCE enfatizam a língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente   reflexiva   e   produtiva.   Tal   ênfase   traduzível   na   adoção   das práticas de  linguagem como ponto central    do  trabalho com a Língua, objeto de estudo dessa disciplina, deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola. É preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes.

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Sob essa perspectiva, o ensino­ aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar  os conhecimentos  linguísticos e discursivos dos alunos,  para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos.

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri­los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade letrada.

Dessa  forma,  será  possível  a   inserção de  todos os que  frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais,   raciais,   religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.

Os objetivos da sala de Apoio à Aprendizagem são:­ Apoiar o desenvolvimento do educando, permitindo­lhe apropriar­se do 

conhecimento de uma maneira diferenciada a da sala de aula regular e transpô­lo para a sala de ensino regular do 6º/9ª ano.

­   Empregar   a   Língua   oral   em   diferentes   situações   de   uso,   sabendo adequá­la   a   cada   contexto   e   interlocutor,   descobrindo   as   intenções,   os   seus objetivos,   o   assunto   tratado,   os   gêneros   e   suportes   textuais   e   o   contexto   de produção e leitura.

­   Refletir   sobre   os   textos   produzidos,   lidos   ou   ouvidos,   atualizado   o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

– Oferecer ao aluno a oportunidade de enfrentar desafios para que ele possa superar quaisquer problemas relacionado ao seu processo de apropriação da Língua escrita ou falada.

       2­ CONTEÚDOS 

       CONTEÚDOS BÁSICOS – 6º ANO

GENÊROS   DISCURSIVOS:   Para   o   trabalho   das   práticas   de   leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. O professor fará a seleção   de   acordo   com   o   Projeto   Político­Pedagógico,   a   Proposta   Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, em conformidade com as características da escola e com nível de complexidade adequado a cada aluno.

LEITURA:Tema do texto;Interlocutor;Finalidade;Aceitabilidade do texto;Informatividade;

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Discurso direto e indireto;Elementos composicionais do gênero;Linguagem verbal e não verbal;Imagens;Marcas linguísticas, coesão, coerência, Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem. ESCRITA:Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Informatividade;Argumentatividade;Discurso direto e indireto;Elementos composicionais do gênero;Divisão do texto em parágrafos;Marcas linguísticas, coesão, coerência, função das classes gramaticais no 

texto;Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem;Processo de formação de palavras;Acentuação gráfica;Pontuação (enfatizando definição de período, orações frases, entonação)Concordância verbal/nominal;O emprego tipos de frases;Ortografia;Sintaxe, morfologia.

ORALIDADE:Tema de texto;Finalidade;Argumentatividade;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos, entonação, pausas, gestos,...Adequação do discurso ao gênero;Turno de fala;Variações linguísticasMarcas   linguísticas;   coesão,   coerência,   gírias,   repetição,   recursos 

semânticos.

                 CONTEÚDOS BÁSICOS – 9º ANO                 

      ORALIDADE: Argumentação;Adequação vocabular;Contexto de uso;

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Clareza;Coerência;Fluência;Entonação;Pontuação.

LEITURA:Tema/tese/argumentos do texto;Intencionalidade; Informações explícitas;Informações implícitas;Inferência;Marcas linguísticas;Coesão;Coerência;Função das classes gramaticais;Pontuação;Recursos gráficos como aspas, travessão e negrito;Linguagem figurada;Finalidade;Diferentes gêneros textuais;Relações intertextuais;Elementos gráficos (não­verbais);Formalidade da linguagem.

ESCRITA:Clareza e coerência;Norma padrão; Regras ortográficas; Acentuação;Sinais de pontuação;Concordância;Regência verbal e nominal;Marcas da oralidade;Elementos coesivos (pronomes, adjetivos, conjunções...);Substituição de palavras repetidas;Interlocutor;Finalidade;Suporte;  Esfera de publicação.

3­ METODOLOGIA

Colocar o aluno em contato com diversidade de textos, com flexibilidade e liberdade no uso da  língua, possibilitando­lhe um “acesso amplo e sistemático à 

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herança   cultural   que   a   linguagem   carrega,   em   suas   diferentes   modalidades, percepção   das   relações   de   interação   e   de   poder   que   permeiam   os   usos   da linguagem, bem como, o desenvolvimento da produção (não produção) linguísticas do educando em sua língua materna”. ( Mantencio, 2008:86)

 A partir dos gêneros diversificados se estará permitindo que o aluno seja sujeito de suas produções, pois terá percebido a forma como são organizadas as ideias   no   texto.  Serão   desenvolvidas   atividades   a   partir   da   reescrita   de   textos; produção de textos escritos de modalidades diversas; gramática aplicada ao texto; socialização oral, pelos alunos do resultado das produções.

Leitura interpretação e argumentação de artigos jornalísticos, obras das leituras infanto­juvenil, revistas, textos não verbal, etc.

A leitura infantil promoverá a ludicidade conduzindo o aluno a uma viagem imaginária de sonhos e planos.

Serão realizados exercícios práticos, escritos e orais;  socialização oral, pelos  alunos,  do   resultado  das  produções;  apresentação  e  discussão  de  vídeos sobre   assuntos   relevantes;   jogos   de   letras   de   formar   palavras,   entre   outras atividades.

4­ AVALIAÇÃO

A   avaliação   da   sala   de   apoio   à   aprendizagem   será   mediadora   no processo de ensino­aprendizagem, sendo a mesma contínua e processual.

O   aluno   será   dispensado   da   sala   de   apoio   à   aprendizagem,   quando superar as dificuldades e após reunião com todos os envolvidos nesse processo direção, equipe pedagógica, professores regentes e o professor da sala de apoio à aprendizagem.

5­ REFERÊNCIAS

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político­Pedagógico. Ivaté, 2011.

_______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

MANTENCIO,   Maria   de   Lourdes   Meireles.  Leitura   e   produção   de   textos   e   a escrita. Campinas: Mercado das Letras, 2000.

PARANÁ. Coletânea de textos para o aluno ­ Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2009.

_______.Diretrizes   Curriculares   da   Educação   Básica   –   Língua   Portuguesa. Curitiba, 2008.

_______.  Orientações Pedagógicas ­  Sala de Apoio à  Aprendizagem – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2009.

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DISCIPLINA DE MATEMÁTICA –    ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1­ APRESENTAÇÃOÉ necessário compreender a Matemática desde suas origens até sua 

constituição como campo científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro para ampliar a discussão acerca dessas duas dimensões.

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período demarcou o nascimento da matemática.

Contudo, como campo de conhecimento, a matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V  a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Com os platônicos, buscava se, pela Matemática, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os dias de hoje.

O início da modernização do ensino da matemática no Brasil aconteceu num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, do desenvolvimento da agricultura, do aumento da população nos centros urbanos, e das   ideias  que agitavam o  cenário  político   internacional  após  a  primeira  Guerra Mundial.  Assim, as novas propostas educacionais caracterizavam reações contra uma   estrutura   educacional   artificial   e   verbalizada.   Neste   contexto,   a   Educação Matemática se torna um campo fértil e promissor para o ensino da matemática.

O   objeto   de   estudo   da   Educação   Matemática,   ainda   encontra   se   em processo de construção, pois esta ciência não é estática, ela evolui de acordo com as necessidades e mudanças do desenvolvimento humano. Por meio de uma visão histórica   em   que   os   conceitos   foram   apresentados   discutidos,   construídos   e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias. 

Nesta   Proposta   Pedagógica   Curricular,   optamos   pela   Educação matemática,   cujos   objetivos   básicos   visam   desenvolvê­la   enquanto   campo   de investigação e de produção de conhecimento e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática. Este campo de investigação prevê a formação de um  estudante   crítico,   capaz   de   agir   com   autonomia   nas   suas   relações   sociais, políticas  e  econômicas.  Apropriando   se  de   conhecimentos  matemáticos  e   tenha condições de constatar regularidade matemática, generalizações e apropriação de 

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linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras áreas de conhecimento.

O ensino da matemática deve possibilitar aos estudantes fazer análise, conjecturas, discussões, apropriação de conceitos e formulação de ideias.

2­ CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

números e Álgebra grandezas e Medidas geometria funções tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS/ ENSINO FUNDAMENTAL

NÚMEROS E ALGEBRA

conjuntos numéricos e operações equações e inequações polinômios proporcionalidade

                               GRANDEZAS E MEDIDAS

sistema monetário medidas de comprimento medidas de massa medidas de tempo medidas derivadas: áreas e volumes medidas de ângulos medidas de temperatura medidas de velocidade trigonometria:   relações   métricas   no   triângulo   retângulo   e   relações 

trigonométricas nos triângulos

GEOMETRIAS

geometria plana

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geometria espacial geometria analítica noções básicas de geometrias não­euclidianas

FUNÇÕES

função afim  função quadrática

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

noções de probabilidade estatística matemática financeira noções de análise combinatória

ENSINO MÉDIO

NÚMEROS E ÁLGEBRA números reais  números complexos sistemas lineares matrizes e determinantes polinômios equações e Inequações exponenciais, logarítmicas e modulares

                 GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de massa medidas derivadas: área e volume Medidas de informática  medidas de energia medidas de Grandezas e Vetoriais trigonometria:   relações   métricas   e   trigonométricas   no   triângulo 

retângulo e a trigonometria na circunferência

GEOMETRIAS geometria plana geometria espacial geometria analítica noções básicas de geometrias não­euclidianas

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FUNÇÕES função afim função quadrática função polinomial função exponencial função logarítmica função trigonométrica progressão aritmética progressão geométrica

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO análise combinatória binômio de newton probabilidade estatísticas matemática financeira

3­ METODOLOGIA

O   ensino   da   matemática   será   desenvolvido   através   de   metodologias utilizando­se   a   resolução   de   problemas,   modelagem   matemática,   investigação matemática, mídias tecnológicas, etnomatemática, história da matemática.

As   tendências   metodológicas   elencadas   devem   ser   entendidas   como meio que fundamentará metodologias para a prática docente.

Uma tendência não é mais importante que a outra, tão pouco devem ser abordadas  isoladamente,  uma vez que se complementam, por   isso,  sempre que possível,   será   promovido  a  articulação  entre  elas.  Portanto,  as  obordagens  dos conteúdos específicos transitará por todas as tendências da Educação Matemática.

As referências que permitem aos professores realizar sua prática teórico metodológico   na   matemática   como   disciplina   escolar   são   os   conteúdos estruturantes, que são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar.

Resolução de problemasAtravés da  resolução de problemas,  o  estudante  terá  oportunidade de 

aplicar  conhecimentos previa mente adquiridos em novas situações,   tornando as aulas de matemática mais dinâmicas e não restringem o ensino de matemática a modelos clássicos de ensino, tais como, exposição oral e resolução de exercícios.

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EtnomatemáticaO   papel   da   etnomatemática   é   reconhecer   e   registrar   questões   de 

relevância social que produzem conhecimento matemático.Essa tendência  leva em consideração que não existe um único saber, 

mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que o outro.

Modelagem MatemáticaA   modelagem   matemática,   ao   mesmo   tempo   em   que   propõe   a 

valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamento sobre situações de vida.

Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagem, essa tendência contribui para a formação do estudante ao possibilitar maneira pelas quais   os   conteúdos   de   matemática   sejam   abordados   na   prática   docente,   cujo resultado será um aprendizado significativo.

 Mídias TecnológicasOs   recursos   tecnológicos   sejam   eles   os   softwares   a   televisão,   as 

calculadoras, os aplicativos da Internet entre outros, favorecem as experimentações matemáticas, potencializando as formas de resolução de problemas.

História da MatemáticaÉ importante entender a História da Matemática para compreender melhor 

os conceitos matemáticos. Segundo Miguel e Miorim (2004) afirma que a história deve   ser   o   fio   condutor   que   direciona   as   explicações   dadas   aos   porquês   da matemática.

Sendo assim, é necessário que os educandos compreendam a natureza da matemática  e  sua  relevância  na vida  da humanidade,  a  matemática  de uma maneira indireta está inserida nos avanços tecnológicos mesmo sem percebermos ela está presente em quase tudo.

4­  AVALIAÇÃO

A   avaliação   tem   um   papel   de   mediação   no   processo   de   ensino   e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como partes   integrantes   de   um   mesmo   sistema.   Nessa   escola   será     considerado   no contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como a observação, a   intervenção,  a   revisão  de  noções  e   subjetividades,   isto   é,     diversos  métodos avaliativos, utilizando a mídia e as novas tecnologias; (calculadoras, computadores e outros); no incentivo ao crescimento do educando, tanto intelectual como também uma   aprendizagem   voltada   para   formação   do   cidadão,   nas   relações   sociais, culturais e políticas. 

No   processo   avaliativo,   é   necessário   que   o   professor   faça   uso   da observação   sistemática   para   diagnosticar   as   dificuldades   dos   alunos   e   criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu   conhecimento. Tais 

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oportunidades  devem  incluir  manifestações  orais  e  escritas  e  de  demonstração, inclusive   por   meio   de   ferramentas   e   equipamentos,   tais   como   materiais manipuláveis, computadores e calculadora.                           Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor, e essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

➢ comunica matematicamente, oral ou por escrito➢ compreende, por meio de leitura, o problema matemático➢ elabora um plano que possibilite a solução de problema;➢ encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;➢ realiza o retrospecto da solução de um problema.

                     Assim, será  possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia   do   exame   para   se   basearem   numa   pedagogia   do   ensino   e   da aprendizagem.              Portanto, a avaliação será uma prática emancipatória, instrumento reflexivo, para   obtenção   de   informações  necessárias   sobre   o  desenvolvimento   da   prática pedagógica, através de:

➢ Atividades   de   leitura   (compreensiva/crítica)   de   textos,   gráficos   e tabelas;

➢ Projeto de pesquisa bibliográfica;➢ Projeto de pesquisa de campo;➢ Debate;➢ Relatório;➢ Atividades com textos literários;➢ Atividades com recursos audio­visuais;➢ Trabalho   em   grupo   (diferentes   atividades:   escrita,   oral,   gráfica, 

construção de objetos tridimensionais, painéis, etc.);➢ Questões objetivas; ➢ Questões discursivas.A escola  oportunizará,  conforme prevê  a  LDB nº  9394/96,  a   todos os 

alunos com menor rendimento a oportunidade de participação da recuperação de conteúdos.   As   atividades   de   recuperação   acontecerão   de   forma   processual   e contínua através da  retomada de conteúdos,  atividades e  trabalhos paralelos  às aferições avaliativas visando a aprendizagem dos alunos.

5­ REFERÊNCIAS

BIEMBENGUT, Maria Salett; HEIN, Nelson – Modelagem Matemática no Ensino. São Paulo: Editora Contexto, 2005.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96. Brasília, 1996.

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ.  Projeto   Político­Pedagógico. Ivaté, 2011.

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______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. Ensino Fundamental. São Paulo: Editora Ática, 2007.

______, Luiz Roberto. GIOVANNI, José Ruy. Matemática Completa. Ensino Médio. São Paulo: Editora FTD S.A, 

D’AMBRÓSIO,   Ubiratan,  Etnomatemática­   Elo   entre   as   Tradições   e   a Modernidade. Belo Horizonte­MG: Editora Autêntica, 2005.

PARANÁ.  Diretrizes   curriculares   da   Rede   Pública   de   Educação   Básica   do Estado do Paraná – DCE.  Curitiba:SEED, 2010.

POLYA,   George   –  A   Arte   de   Resolver   Problemas.   Rio   de   Janeiro:   Editora Interciência, 2006.

ZASLAVSKY, Cláudia – Jogos e Atividades Matemáticas do mundo Inteiro. Porto Alegre RS, ARTMED Editora S. A. 2000.

DISCIPLINA DE MATEMÁTICA ­ SALA DE APOIO 

1­ APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná ­ SEED­ implementou o programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6º ano do   Ensino   Fundamental.   O   programa   prevê   o   atendimento   aos   alunos,   no contraturno, nas disciplinas de Língua  Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. Os encaminhamentos metodológicos devem fazer com que os alunos que ingressam no 6º/9º anos com defasagens de aprendizagem possam, por meio de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contraturno, superar essas defasagens   e   acompanhar   seus   colegas   do   turno   regular,   diminuindo   assim   a repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública.

2­ CONTEÚDOS  

CONTEÚDOS  ESTRUTURANTES ­ 6º ANO

➢     Números   ,   Grandezas   e   medidas,   Geometria   e   Tratamento   da Informação

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                         CONTEÚDOS BÁSICOS

➢ Sistema de Numeração Decimal➢ Classificação e seriação numérica➢ Adição, subtração, multiplicação e divisão de números naturais➢ Números Racionais➢ Sistema Monetário Brasileiro➢ Unidades  de  medidas   (   comprimento,  massa,   tempo,   ângulos  e 

capacidade)➢ Perímetro e Área➢ Topologia➢ Polígonos e Poliedros➢ Dados, Tabelas e gráficos

CONTEÚDOS  ESTRUTURANTES ­ 9º ANO

➢   Números e álgebra, Grandezas e medidas, Geometria, Tratamento da Informação e Funções.

                         CONTEÚDOS BÁSICOS

➢ Números reais;➢ Regra de três simples;➢ Razão e proporção;➢ Polinômios;➢ Equações e inequações de 1º grau;➢ Expressão algébrica;➢ Sistemas de equações do 1º grau;➢ Medidas de comprimento;➢ Medidas de massa;➢ Ângulo, grau;➢ Superfície, tempo, volume, velocidade;➢ Sistema monetário;➢ Propriedades de figuras planas;➢ Corpos redondos;➢ Sólidos geométricos;➢ Gráfico cartesiano;➢ Princípio fundamental da contagem;➢ Análise combinatória;➢ Média aritmética e moda;➢ Porcentagem;

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➢ Juros simples;➢ Função de 1º grau;➢ Função quadrática.

3­ ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O   ensino   da   Matemática   na   Sala   de   Apoio   à   Aprendizagem   será desenvolvido   através   de   metodologias   diferenciadas   tendo   como   base   as Tendências   da   Educação   Matemática:   resolução   de   problemas,   investigação matemática, jogos e mídias tecnológicas, articulando os recortes de conteúdo.

A  partir   de   leituras,  pesquisas,  desenhos  e  discussões  em grupos  os conteúdos serão desenvolvidos buscando dar significado ao conteúdo aprendido.

Serão   desenvolvidas   atividades   utilizando   os   jogos:   Torre   de   Hanoi, dominó  das tabuadas,jogo de sequências    lógicas trânsito, conjunto de barras de medidas,  conjunto  de  réguas  numéricas,  conjunto  de  números e  sinais,   jogo  da memória, dominó da multiplicação, escala cuisenaire, conjunto blocos lógicos.

Confecção de  jogos  (  bingo da  tabuada,  corrida  da  tabuada,   trilha  da tabuada, etc.), e de material  concreto para trabalhar unidades, dezenas, centenas , poliedros, etc.

No   laboratório  de   informática  será   realizadas  pesquisas,   jogos  on   line ( raciocínio lógico, tabuadas, sudoku) , construção de gráficos e tabelas.

4­ AVALIAÇÃO

A   avaliação   na   Sala   de   Apoio     à   Aprendizagem   será   mediadora   no processo de ensino e aprendizagem, sendo a mesma contínua e processual.

O  aluno  será   dispensado  da  Sala  de  Apoio   à  Aprendizagem,  quando superar as dificuldades e após reunião com todos os envolvidos nesse processo ( direção, equipe pedagógica, professores regentes e o professor da Sala de Apoio à Aprendizagem). Outro aluno já avaliado será encaminhado para a vaga do aluno que foi dispensado.

 5­ REFERÊNCIAS

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ.  Projeto   Político­Pedagógico  . Ivaté, 2011.

________. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

PARANÁ.   Coletânea   de   atividades   para   sala   de   apoio   à   aprendizagem   – Matemática.

PARANÁ. Orientações pedagógicas – Ciclo Básico de Alfabetização – Matemática

Projeto Pitanguá – Matemática. São Paulo: Moderna.

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DISCIPLINA DE QUÍMICA

1­ APRESENTAÇÃOAo   nos   depararmos   com   o   desenvolvimento   da   sabedoria,   as 

transformações   da   matéria,   através   das   necessidades   humanas   com   a comunicação, o domínio do fogo, o domínio do processo de cozimento necessário à sobrevivência. A química esta presente em todo o processo de desenvolvimento das civilizações, e com o aprendizado de química devem permitir  a compreensão da natureza com relação aos elementos que nela estão presentes, no decorrer dessa história.   Assim   não   se   pode   falar   da   história   da   química   sem   reportar   a   fatos políticos, religiosos e sociais. O poder, representado pela riqueza, e a cura de todas as   doenças,   sinônimos   de   vida   eterna,   foram   e   são   buscas   incessantes   da humanidade. Sendo assim, as primeiras citações que temos a cerca da Química são provenientes da alquímica, que buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal  (transmutação de todos os metais em ouro). Os alquimistas eram aqueles que se dedicavam à tarefa da experimentação, mas agiam de modo hermético, em segredo, uma   vez   que   a   sociedade  da   época   era   contra   procedimento  experimental   por acreditar tratar­se de bruxaria.

Para que o homem possa acompanhar e entender os motivos de tantas transformações  e  como  elas   se  processam ao   longo  dos   tempos,  o   local  onde começa o processo do conhecimento humano, organizado, estruturado direcionado com objetivos é a escola. Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química, considera­se essencial resgatar momentos marcantes sobre a história do   conhecimento   químico.   Inicialmente,   o   ser   humano   conheceu   a   extração, produção e o tratamento de metais como cobre, o bronze, o ferro, o outro etc.

Acredita­se que o domínio do fogo abriu o caminho da civilização, tendo sido a combustão uma das primeiras reações químicas experimentadas pelo ser humano. As transformações químicas, transformações de uma substancia em outra sempre fascinaram a humanidade. A partir delas surgiram processos que ajudaram a melhorar a vida no planeta: os metais usados para a fabricação de todo tipo de utensílio há muitos séculos, são obtidos por meio de transformações por meio de cozimento; os processos de curtição das peles de animais transformam o couro para que ele possa ser utilizado em vestuário; ferramentas são empregadas desde os primórdios de nossa civilização; o tingimento de fibras envolve transformações que as   fazem   absorver   as   tintas   que   lhes   conferem   diferentes   cores;   corantes   são obtidos por processos que envolvem varias transformações, inclusive químicas. Os egípcios desenvolveram técnicas de extração de corantes vegetais, e os fenícios de extração de tintas de moluscos.

Nas civilizações pré­históricas, as técnicas primitivas de transformações de materiais muitas vezes eram executadas como rituais religiosos ou de magia. Essas   técnicas   ritualísticas   foram   se   somando   aos   conhecimentos   de   diversos sábios,   dando   origem   à   alquimia.   A   sabedoria   alquímica   surgiu   em   diversas civilizações, se diferenciando pelas concepções do mundo de cada cultura. Assim surgiram à alquímica chinesa, a hindu, a egípcia, a árabe, e a europeia desde a 

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Antiguidade ate a Idade Média. Em comum, todas desenvolveram técnicas arcaicas de transformações. 

Acredita­se  que  a  palavra   “química”   tenha   se  originado  nessa   época. Alguns consideram que ele teve origem na civilização egípcia, advinda da palavra Khemeia, arte relacionada com mistérios, superstições, ocultismos e religião. Outra hipótese é que tenha surgido da palavra grega chima, que significa fundir ou moldar metais.

       No final do século XIV e inicio do século XV, com o fim do feudalismo, a alquimia   adquiriu   uma   nova   configuração.   Esse   período   foi   caracterizado   por aglomerações urbanas emergentes, por péssimas condições sanitárias, pela fome, pela  peste,   gerando  um desequilíbrio   demográfico  e  problemas   relacionados  ao trabalho. Na transição do século XV­XVI, estudos desenvolvidos pelo suíço Philipus Auredus Theophastus Bombastus Von Hohenhim, cujo pseudônimo era Paracelso, possibilitam o nascimento da iatroquimica, antecessora da química. No século XVII, na  Europa,  ocorria  a  expansão  da   indústria,  do  comercio,  da  navegação  e  das técnicas militares. Nesse contexto, foi fundada, em Paris, a Academie de Sciences e outra similar em Berlim.

A química como ciência contempla as tradições para o desenvolvimento teorias e das leis que fundamentam as ciências. Bizzo (2002, p.17), afirma que a ciência não esta amparada em verdades religiosas ou filosóficas, mas em certo tipo de verdade que é diferente dessas outras. Não é correta que a imagem de que os conhecimentos   científicos  por   serem comumente   fruto  de  experimentação  e  por terem   uma   base   lógica   sejam   “melhores”   do   que   os   demais   conhecimentos. Tampouco  se  pode  pensar  que  o  conhecimento  cientifico  possa  gerar   verdades eternas e perenes.

Assim podemos ver que a química não é uma ciência pronta e acabada e sim de mudanças, proporcionando ao homem compreensão e sabedoria de suas origens e leis da natureza que esta sempre em transformação.

Para buscar a valorização da química num patamar de conhecimentos significa colaborar a compreensão do mundo e suas transformações reconhecendo e   contribuindo   o   esclarecimento   de   fenômenos   da   natureza   questionando   os diferentes modos de nela intervir, assim envolvendo a produção e aplicação e do conhecimento cientifico e tecnológico sendo necessário estudo, pesquisa, trabalhos coletivos a fim de que a química faça parte do cotidiano numa visão mais ampla.

2­ OBJETIVO GERAL

O   objetivo   do   ensino   da   química   no   Ensino   Médio   é   possibilitar   o entendimento do mundo e sua interação cm ele. Ilustrando as experiências de sala de aula com situações observadas no cotidiano. Contribuindo para o esclarecimento dos   fenômenos  da  natureza,  questionando  os  diferentes  modos  de  nela   intervir criando   situações   novas   de   aprendizagem   de   modo   que   o   aluno   pense   mais criticamente sobre o mundo, reflita sobre as razoes dos problemas, neste caso, os ambientais. Estas leituras de mundo proporcionaram ao educando do Ensino Médio 

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uma reflexão mais abrangente do mundo em que se vive. Cada aprendizado de química deve permitir a compreensão da natureza com relação aos elementos que nela   estão   presentes,   e   entender   o   processo  histórico   de   como   o   ser   humano conheceu a extração, a produção e os tratamentos de materiais, no processo de desenvolvimento   no   mundo;   assim   como   medicina   (medicamentos);   solo (agrotóxicos pesticidas e inseticidas).

O objeto de estudo da química: substancias e materiais sustentado pela tríade   composição,   propriedades   e   transformações   presentes   nos   conteúdos estruturantes   matéria   e   sua  natureza,   biogeoquímica  e  química   sintética.  Esses conteúdos norteiam o ensino da química, e através da construção e reconstrução de significados   dos   conceitos   científicos   vinculados   a   historia   política,   econômica, sociais e culturais.

3­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZAA abordagem da historia da química é necessária ao desenvolvimento da 

compreensão   de   teorias   e,   em   especial,   dos   modelos   atômicos,   conceitos   de indivisibilidade até  o conceito atual do átomo, na maioria das vezes se devemos observar o significado do comportamento das moléculas nos três estados físicos da matéria  e  ao  ponto   tríplice  nos  diagramas  de   fases  assim  segue  os   conteúdos estruturantes Matéria e sua Natureza.

BIOGEOQUÍMICA  O   conteúdo   biogeoquímico   sugere   a   partir   de   uma   sobreposição   de 

biologia, geologia e química, pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera, e a atmosfera sendo assim é dessas regiões que o homem retira e utiliza tudo aquilo que necessita para sobreviver. Isto é, química dos organismos vivos e químicos dos minerais.

QUÍMICA SINTÉTICANessa proposta, a química é a possibilidade da apropriação de produtos 

já existentes para diferentes e a criação e utilização de novos materiais, o avanço de novas   tecnologias,   permitiram   um   combate   a   enfermidades   com   o   preparo   de medicamentos   eficazes.   A   indústria   alimentícia,   fertilizantes   agrotóxicos   etc.   É importante lembrar, que os conteúdos estruturantes se inter­relacionam entre si ao planejamento anual elaborados pelos professores.

CONTEÚDOS BÁSICOS­ Matéria;­ Soluções;­ Velocidade das reações;­ Equilíbrio químico;­ Ligações químicas;

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­ Radioatividade;­ Gases;­ Funções químicas

DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS­ Educação Ambiental;­ Prevenção ao uso indevido de drogas;­ Relações Étnicas – Raciais;­ Sexualidade;­   Violência   na   escola   –   serão   trabalhados   permeando   os   conteúdos 

básicos sempre que for possível.

4­ METODOLOGIA

O ensino aprendizagem em química parte do conhecimento prévio dos alunos,   por   meio   da   mediação   do   conhecimento   do   senso   comum   e   do conhecimento   cientifica   apresentado   pelo   professor,   cujo   papel   é   explorar   as concepções   atribuindo­lhes   valores   e   significados.   Utiliza­se   da   concepção espontânea que o  educando  já  adquiriu  em seu cotidiano em  interação com os recursos   trabalhados   em   sala   de   aula   e   nos   espaços   de   convivência.   Desta interação   resulta   a   construção   dos   saberes.   Desta   forma   os   conhecimentos científicos permitem que o estudante do ensino médio consiga estabelecer conexões entre o cotidiano e os conhecimentos científicos. Através desta interação procura­se estabelecer uma visão abrangente do estudo da química e do universo, facilitando estudos   teóricos,   trabalhos   com   experimentos,   pesquisas,   manipulações   de materiais e reflexões criticas. O ensino­aprendizagem na disciplina de química será baseado nas  interações aluno­aluno,  aluno­professor  e  aluno­professor­objeto  do conhecimento. E para que essas interações ocorram com sucesso, serão utilizados os seguintes recursos: 

• Leitura e interpretação de textos, onde o importante será a discussão de ideias e contextualização;

• Demonstrações experimentos, como recurso para coleta de dados e posterior discussão;

• Experimentação formal com discussão pré e pós laboratório visando à construção e ampliação de conceitos;

• Participação em atividades como: eventos, feira cultural e palestras;• Estudo do meio, através do qual, se pode ter ideia; • Aulas dialogadas, na qual será instigado o diálogo sobre o objeto de 

estudo;• Áudio­visual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolvendo 

períodos   de   discussão   pré   e   pós   atividade   como   instrumento   facilitador   para construção e ampliação dos conceitos;

• Uso da biblioteca e informática como fontes de informações.

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5­ AVALIAÇÃO

A avaliação deve atribuir valor ou conceitos ao resultado de um trabalho. Tanto   a   escola   quanto   professores   e   alunos   devem   ter   consciência   de   que   a avaliação   é   um   ato   educativo,   e   não   opressivo,   ou   seja,   um   momento   de aprendizagem,   possibilitando   ao   estudante   buscar   seu   autoconhecimento,   para refletir sobre a sua atuação escolar, portanto o próprio estudante deve conhecer o sentido da avaliação e saber e porque de estar sendo avaliado. Ser entendida como uma   alavanca   que   impulsiona   o   êxito   dos   alunos   e   da   escola   como   um   todo. Portanto, deve ser continua e evolutiva, avaliando os alunos em todas as aulas para que  o  mesmo perceba  a   importância  do  estudo  da  química.  Assim dar­se­á   ao professor subsídios para percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos.

A   avaliação   não   deve   voltar­se   apenas   para   o   aluno   e   para   seu desempenho,   mas   incidir   sobre   aspectos   do   processo   ensino­aprendizagem, envolvendo  desde  a   intervenção  do  professor   até   a   sua   função   socializadora  e cultural da escola. Segundo tal concepção a ação avaliativa deve evidenciar todo um processo   e   não   apenas   o   produto.   Sendo   a   avaliação   diagnostica,   processual, contínua, cumulativa e participativa. A avaliação não tem a finalidade em sim, mas deve subsidiar ou mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar  a  qualidade do processo educacional  no coletivo da escola visando a formação de um cidadão critico. Utilizando­se de instrumentos variados tendo como principal critério a formação de conceitos científicos.

6­ REFERÊNCIAS

BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996.

CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas : Ed. Da Ulbra, 1995. 

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ   .  Projeto   Político   Pedagógico. Ivaté, 2011.

_______. Regimento Escolar.  Ivaté, 2008.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: Professor/Pesquisador. 2ª Ed. Ljui: Editora Unijuí, 2003. p.120

PARANÁ. Diretrizes Estatuais Curriculares de Química. Curitiba, 2008.

_______.Livro Didático Público. Curitiba, 2006.

ROCHA, G. O. A Pesquisa sobre currículo no Brasil e a historia das disciplinas escolares. in Currículo e políticas públicas. Belo Horizonte: Autentica, 2003.

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DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

1­ APRESENTAÇÃO 

Podemos dizer que a Sociologia brasileira começa a “engatinhar” a partir da década de 1930, vindo a se fortalecer nas décadas seguintes. Apesar de alguns autores  da   sociologia  dizerem  que   não   há   uma  data   correta  que  marca   o   seu começo em solo brasileiro, essa época parece ser a mais adequada para se falar em início dos estudos sociológicos no Brasil. Foi justamente a partir de 1930, que surge no Brasil um período no qual a reflexão sobre a realidade social ganha um caráter mais investigativo e explicativo.

      Dividindo os acontecimentos da implantação da Sociologia no Brasil como ciência, em fases, ou em geração de autores, de acordo com o sociólogo brasileiro Otávio Ianni (1926­2003), destacamos aqui três delas, as quais se complementam:

Na primeira fase surge a longos intervalos, estudos e trabalhos em que aparecem,   na   interpretação   da   história   geral   ou   literária   ideias   e   tendências sociológicas, orientadas em direções diversas. São obras antes literárias e históricas do   que   sociológicas,   em   que   já   se   acusa   uma   penetração   maior   ou   menor, geralmente superficial, do espírito e das ideias correntes da ciência social, ainda em formação,  dominantes  nos meados do século  XIX.  A obra  de maior  destaque e contribuição à Sociológica brasileira foi o Livro Os Sertões de Euclides da Cunha. 

Numa segunda fase de geração de autores, a preocupação em se fazer pesquisas de campo, que é uma característica das pesquisas sociológicas, começa a ser levada em conta. Gilberto Freyre foi o autor de Casa Grande & Senzala (1933),  livro no qual demonstrou as características da colonização portuguesa, a formação da sociedade agrária, o uso do trabalho escravo e, ainda, como a mistura das raças ajudou   a   compor   a   sociedade   brasileira.   Já   a   partir   dos   anos   de   1940   novos sociólogos começam a aparecer no cenário brasileiro. 

Esta terceira geração é formada por sociólogos que vieram de diferentes instituições universitárias,  fundadas a partir  de 1930 e inauguram estilos mais ou menos  independentes de  fazer  Sociologia.    Dos autores  que  fazem parte dessa terceira   geração,   podemos   citar   Oliveira   Viana,   Florestan   Fernandes,   Guerreiro Ramos, dentre vários outros. 

Com Augusto  Comte   (1798­1857)  surge  o   termo Sociologia,este  autor buscará criar um método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava que a ciência deveria ser usada na organização das mesmas e afirmando que a ordem levaria ao progresso.

Emile  Durkheim   (1858­1917)   irá   utilizar­se  de   conceitos  de  Comte  na elaboração e consolidação de uma ciência que  tenta entender a sociedade e as relações sociais. Durkheim chamou de "Socialização", a consciência coletiva seria então formada durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar. E esse "tudo" ele chamou de "Fatos Sociais", e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.

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Em Max Weber( 1864­1920) o estudo da Sociologia tem novo sentido, para   ele   o   indivíduo   prevalece   sobre   a   sociedade.   Ele   estabelece   a   Sociologia Compreensiva que vai buscar entender a sociedade a partir da compreensão das ações indivíduo. 

Outro autor relevante para o entendimento das sociedades é Karl Marx (1818­1883). Que busca compreender a sociedade capitalista e aponta uma direção para   sua   transformação,   Marx   desvenda   os   mecanismos   de   exploração   e manutenção das relações sociais apontando para o fato das sociedades estarem divididas em classes. Muito embora Marx não esteja preocupado com a constituição de   uma   ciência,   suas   reflexões   são   importantes   para   a   compreensão   das sociedades.

Essa   disciplina   deve   realmente   contribuir   muito   na   medida   em   que fornece informações acerca da estrutura e das relações sociais e cria um espaço privilegiado   para   discussões   que   nem   sempre   se   fazem   presentes   na   escola. Apresentar   e   propiciar   aos   alunos   o   entendimento   do   contexto   histórico   do surgimento da sociologia, isto é, mostrar como essa ciência foi sendo constituída e se estabelecendo a uma análise critica da realidade social. Pois é de fundamental importância apresentar os acontecimentos, as transformações sociais e científicas que ocorriam no mundo quando a sociologia começou a ser constituída como uma ciência, uma disciplina, um saber uma forma de pensar o mundo. 

Proporcionar   também   uma   compreensão   aos   alunos,   que   além   do contexto do surgimento da sociologia, quais foram os precursores desta disciplina, como   o   filósofo   August   Comte   e   o   sociólogo   Émile   Durkheim,   pensadores   que empenharam se em transformar a Sociologia em um saber científico. 

A   Sociologia   propiciará   aos  alunos  uma   compreensão   sobre  algumas teorias   da   sociologia   que   deram   um   novo   olhar   sobre   o   mundo,   trazendo   a compreensão de que a sociedade é construída e acionada a partir das motivações e intenções dos homens, desmistificando a naturalidade de muitos fatos. 

2­ CONTEÚDOS

O desenvolvimento da sociologia no Brasil. 

1­ Conteúdo estruturante: O processo de socialização e as  instituições sociais.

Conteúdos Básicos: Processo de Socialização;Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos,  

etc).

2 ­ Conteúdo estruturante: Cultura e Indústria Cultural.Conteúdos Básicos:Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição 

na   análise   das   diferentes   sociedades;   Diversidade   cultural;   Identidade;   Indústria 

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cultural; Meios de comunicação de massa; Sociedade de consumo; Indústria cultural no Brasil; Questões de gênero; Cultura afro­brasileira e africana; Culturas indígenas.

3 ­ Conteúdo estruturante:Trabalho, Produção e Classes SociaisConteúdos Básicos:O   conceito   de   trabalho   e   o   trabalho   nas   diferentes   sociedades; 

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociaisOrganização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; 

Globalização e Neoliberalismo;Relações de trabalho; trabalho no Brasil.

4 ­ Conteúdo estruturante: Poder, Política e IdeologiaConteúdos Básicos: Formação   e   desenvolvimento   do   Estado   Moderno;Democracia, 

autoritarismo,   totalitarismo   Estado   no   Brasil;Conceitos   de   Poder;   Conceitos   de Ideologia; Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

5 ­ Conteúdo estruturante: Direitos, Cidadania e Movimentos SociaisConteúdos Básicos: Direitos:   civis,   políticos   e   sociais;   Direitos   Humanos;   Conceito   de 

cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONG's.

6 – Quanto aos conteúdos dos Desafios Educacionais Contemporâneos e da   Diversidade,   serão   estudados   e   trabalhados   de   acordo   com   os   conteúdos programados no decorrer dos bimestres.

3­ METODOLOGIA

No ensino da Sociologia propõe­se que sejam redimensionados aspectos da   realidade  por  meio  de  uma  análise  didática  e  crítica  dos  problemas  sociais. Sendo   assim,   os   conteúdos   específicos   estarão   articulados   à   realidade, considerando   sua   dimensão   sócio­histórica,   vinculado   ao   mundo   do   trabalho,   à ciência, às novas tecnologias, dentre outras coisas.

Neste sentido, destacam­se os conteúdos específicos da disciplina não precisa   ser   trabalhados,   necessariamente,   de   forma   sequencial,   do   primeiro   ao último conteúdo listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas para  compreensão,   já  que eles,  apesar  de  estarem articulados,  possibilitam sua apreensão sem a necessidade de uma “amarração” com os demais.

Sugere­se,  no  entanto,  que  a  disciplina  seja   iniciada  com uma  rápida contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas principais teorias na análise/compreensão da realidade.

No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos,   instrumentos   estes,   que   devem   adequar­se   aos   objetivos 

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pretendidos,   seja   a   exposição,   a   leitura   e   esclarecimentos   do   significado   dos conceitos   e   da   lógica   dos   textos   (teóricos,   temáticos,   literários),   sua   análise   e discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

Por   fim,   o   conhecimento   sociológico   deve   ir   além   da   definição, classificação,   descrição   e   estabelecimento   de   correlações   dos   fenômenos   da realidade   social.’   É   tarefa   primordial   do   conhecimento   sociológico   explicitar   e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré­noções   e   preconceitos   que   quase   sempre   dificultam   o   desenvolvimento   da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á transformação social.

4­ AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação, consistirá em uma análise do que foi trabalhado em sala de aula. Serão feitas leituras do livro didático e explicações teóricas sobre o conteúdo, pesquisas, e orientações individuais no intento de situar o aluno frente às situações e problemas que envolvem sua vivência cotidiana na sociedade. 

Nesses conteúdos básicos e específicos serão avaliados a maneira como os alunos compreendem o texto lido,  e seus níveis de compreensão e entendimento referente o conteúdo analisado e estudado. Será também verificada a participação dos alunos nos diálogos, discussões, e a clareza que eles mostram ao expor suas ideias,  no  qual  será  diagnosticada por   intermédio  de   trabalhos  e  avaliações por escrito, questões referente a temática estudada e também em pesquisas que eles desenvolverão. Independentemente de haver ou não alunos com notas abaixo da esperada, a recuperação dos conteúdos serão recuperados concomitantemente ao processo ensino aprendizagem. 

5­ REFERÊNCIAS

ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989.

ANTUNES, R. (Org.)  A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels.  São Paulo: Expressão popular, 2004.

AZEVEDO,   F.  Princípios   de   sociologia:   pequena   introdução   ao   estudo   da sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

BOBBIO, N.  Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política.  Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

BOSI,   E.  Cultura   de   massa   e   cultura   popular:   leituras   de   operárias.   5   ed. Petrópolis: Vozes, 1981.

COELHO, T. O que é indústria cultural. l5ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.

COLÉGIO   ESTADUAL   RACHEL   DE   QUEIROZ.  Projeto   Político­Pedagógico. Ivaté, 2010.

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COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed,2005.

GOHN,  M.  G.   (Org.)  Movimentos  sociais  no  início  do  século  XXI:  antigos  e novos atores sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.

LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.

PARANÁ.Diretrizes   Curriculares   da   Rede   pública   de   Educação   Básica   do Estado do Paraná — Sociologia. Curitiba, 2006.

MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

MARCO OPERACIONAL

Diante da realidade apresentada e dos conceitos explicitados no decorrer deste Projeto Politico­Pedagógico, se faz necessário definir coletivamente o conjunto de ações necessárias a concretização do mesmo. 

O Colégio Estadual Rachel de Queiroz ­ Ensino Fundamental e Médio tem   como   princípio   norteador   a   gestão   democrática,   pois   as   ações   prioritárias descritas  a   seguir,   para   implementação   em   2012,     foram   decididas   a   partir   de discussões e questionamentos com o envolvimento de todos.

Para   sanar   os  problemas  citados  em  relação   às  salas  de  aulas  com número excessivo de alunos, precisamos pleitear no  inicio do ano a abertura de novas turmas quando se configurar tal situação.  Outra ação conjunta para melhorar a   aprendizagem   é   ter   maior   comprometimento   de   todos,   principalmente     na elaboração   do   Plano   de   Trabalho   Docente,   incluindo   práticas   pedagógicas diferenciadas e propiciando acompanhamento especial aos alunos que apresentam maior dificuldades ­ retidos ou que foram aprovados pelo Conselho de Classe.

Através de sondagens contínuas,  os professores e equipe pedagógica encaminharão os alunos com dificuldades de aprendizagem –   6º e 9º ano ­   para Sala de Apoio à Aprendizagem das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. O coletivo  da  escola  propõe  dar  acompanhamento,   falando  diretamente  com os alunos que apresenta tais situações e deixando os pais cientes dessa necessidade. Assim, com o apoio da família, interferindo e incentivando a participação do aluno na Sala de Apoio à Aprendizagem, haverá sucesso com as ações que visam conseguir melhor rendimento na aprendizagem.  

Caberá  aos professores da Sala de Apoio à  Aprendizagem, orientados pelas   pedagogas,   a   elaboração   de   Plano   de   Trabalho   Docente   consistente, selecionando conteúdos em que os alunos apresentam defasagens, abordando­os 

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através de metodologias adequadas. A eles também cabe um constante diálogo com os docentes das turmas para orientar e reorientar o seu trabalho.

A   equipe   pedagógica   e   professores   dos   6º   anos,   se   reunirão, principalmente no início do ano letivo, com o coordenador pedagógico da escola que oferta os anos  iniciais para discutir  e  levantar dados sobre o processo educativo desenvolvido e as condições de aprendizagem dos alunos. Assim, conheceremos a dinâmica da escola da qual são oriundos e a história educacional dos mesmos, o que favorecerá a implementação de ações para garantir a aprendizagem. Cabe à equipe   pedagógica   acompanhar   o   trabalho  do  professor,   orientando­o  para  que trabalhe considerando que esses alunos ainda são crianças e portanto, devem ser tratados como tal, o que exige um plano com atividades apropriados para esse nível de desenvolvimento. 

Para os alunos iniciantes no Ensino Médio, faremos um trabalho já nas primeiras semanas de aulas com o intuito de esclarecer pontos como a nova matriz curricular,   a   presença   de   novas   disciplinas,   o   aprofundamento   conceitual     na abordagem   dos   conteúdos,   entre   outros.   Outra   ação     é   o   acompanhamento periódico  dos   resultados  avaliativos  o  que  permitirá   acompanhar  o  processo  de ensino e aprendizagem, reorientando professores e alunos na busca do sucesso.

Tanto as ações que buscam articulação entre os anos  iniciais  e anos finais  do ensino  fundamental,  como destes com o ensino médio   necessitam do acompanhamento   dos   pais,   principalmente   no   primeiro   caso,   seja   através   de contatos individuais ou nas reuniões de pais.

Buscaremos   orientação   técnica   com   o   responsável   pela   Educação Especial   do   Núcleo  Regional   de  Educação  no   intuito   de   avaliar   os   alunos   que apresentarem alguma necessidade especial. Se após a avaliação, constatarmos que temos alunos com   necessidades educacionais especiais,  precisaremos reabrir  a sala de recurso para melhor atendê­los. Esse acompanhamento iniciará na 6º ano, inclusive considerando os encaminhamentos e avaliações feitas pelos alunos nas séries iniciais do ensino fundamental, já que recebemos alunos que já passaram por essa avaliação na Rede Municipal de Ensino. Portanto, para fortalecer o processo de  inclusão de alunos com necessidades especiais precisamos adaptar a escola para que eles tenham a garantia do acesso e permanência com qualidade.

O Colégio  Estadual  Rachel  de  Queiroz  desenvolverá   com os  pais  ou responsáveis um programa de orientação sobre o processo de avaliação da escola, pois   acreditamos   que   assim   os   mesmos   estarão   mais   presentes   na   escola   e acompanharão melhor o desempenho escolar do seu filho. As informações serão repassadas para os pais  logo após o Pós­Conselho de Classe em reunião entre eles, equipe administrativa/pedagógica, professores e alunos para esclarecimentos sobre as ações administrativas e pedagógicas da escola e sobre o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Com essas ações pretende­se aproximar os pais ou responsáveis da escola, não apenas do prédio, mas do trabalho pedagógico, para que sejam parceiros efetivos visando melhorar o processo educativo.

É   necessário   que   os   professores   possam   participar   de   cursos   de capacitação,  seminários  ou outros  eventos,  para   ter  um melhor  aperfeiçoamento sobre questões, como Inclusão Educacional, Educação do Campo, Avaliação, novas 

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práticas pedagógicas, entre outras. Também, designamos um funcionário efeivo da escola que atuará como bibliotecário, para participar de capacitação fornecida pela SEED/PR, buscando melhorar o atendimento neste espaço pedagógico essencial para   o   desenvolvimento   da   pesquisa   e   leitura,   já   que   o   estabelecimento   foi contemplado com o Programa Estadual de Biblioteca Escolar. 

Foram obtidos avanços significativos em relação a frequência escolar dos alunos,   devido   às   intervenções   da   equipe   pedagógica   e   direção   com acompanhamento   e   incentivo   a   participação   dos   pais,   que   são   os   únicos reponsáveis em enviar   o filho para a escola. Buscando desenvolver ou aprimorar esse compromisso   em acompanhar frequência e o rendimento escolar dos filhos contamos também com palestras sobre   valores humanos nas reuniões de pais, confecção e exposição de faixas, divulgação na mídia local sobre a importância do acompanhamento da vida escolar do filho, da vivência cidadã    e da participação comunitária, o que muito contribuirá para os avanços.  

Para aumentar o  tempo de permanência do aluno na escola, rumo a uma escola de educação integral, daremos mais visibilidade aos programas e projetos de atividades   no   contra   turno,   como   o   Programa   Segundo   Tempo   e   a   Atividade Complementares de Arte, mostrando sua importância para a ocupação do tempo ocioso e a formação do cidadão.

Para   os   alunos   com   problemas   na   frequência   escolar,   será   adotada primeiramente   a   notificação   direta   ao   aluno.   No   caso   de   persistência   será comunicado ao pai ou responsável. Como último recurso  será enviada a ficha FICA para o Conselho Tutelar. Todo o processo de comunicação deverá ser registrado.

Em   relação   ao   Centro   de   Estudos   em   Língua   Estrangeira   Moderna (CELEM)  –  Lìngua    Espanhola,  propôe­se  que  a  escola,  após  a  matrícula  para composição das turmas, realize reunião com pais e alunos para informar­lhes sobre as vantagens em aprender  outra  língua – que  ficará   registrado em seu histórico escolar, bem como exigindo deles  o compromisso com a frequência, pois ocuparam as vagas que são públicas e gratuitas.

Quanto a avaliação será necessário acompanhar a prática avaliativa e os critérios   de   avaliação   adotados   pelo   professor   em   relação   aos   conteúdos   do currículo.   É   necessário   propor   atividades   avaliativas   diferenciadas   definindo   os critérios   de   acordo   com   os     objetivos     dos   conteúdos   de   cada   disciplina, expressando   a   intencionalidade   do   trabalho   do   professor.   Esses   critérios,   no entanto,  precisam estar   de  acordo  com os  critérios  de  avaliação  da  escola.  As questões   colocadas   nos   instrumentos   de   avaliação,   precisam   corresponder   a necessidade  básica  do  aluno  em qualquer   disciplina:  a  capacidade  de   leitura  e interpretação e a expresão de suas  idéias através da comunicação escrita,  bem como a resolução de problemas. Portanto, não se admite mais  instrumentos que contenham  apenas  questões  envolvendo   estímulo­resposta,   por   exemplo.  Esses instrumentos adequados permitirão reavaliar não somente a aprendizagem do aluno, como   também   a   organização   do   trabalho   pedagógico,   permitindo   que   a   escola continue superando as metas definidas pelo IDEB (ìndice de Desenvolvimento da Educação Básica).

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Os resultados das avaliações bimestrais – usando instrumentos conforme definido no Regimento Escolar ­ deverão ser registrados no Livro de Registro de Classe, assegurando que prevaleça os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Se  após a  avaliação  o  professor  verificar  que o  aluno  não atingiu  os objetivos propostos no Plano de Trabalho Docente, o mesmo aplicará a recuperação de estudos usando novos instrumentos e metodologia para oportunizar novamente a apropriação do conhecimento.

Se   faz   necessário   promover   maior   engajamento   dos   membros   das diversas intâncias colegiadas, principalmente  do Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)e Grêmio Estudantil, a fim de que a maioria dos membros possam  participar  ativamente dos processos decisórios  relacionados aos aspectos  administrativos e pedagógicos. Isso só será conseguido com a valorização dessas   instâncias,   através   da   inserção   do   membros   em   discussões   para embasamento teóricos e práticos.  Será definido um cronograma anual de reuniões ordinárias, tanto para o Conselho Escolar como APMF, com o intuito de organizar melhor   o   trabalho   dessas   instâncias,   ampliando   e   consolidando   a   gestão democrática.

Os alunos serão orientados para organizar o Grêmio Estudantil realizando eleição entre  eles,  para  um mandato  de um ano conforme estatuto  próprio   (em andamento). Sempre será oportunizado aos membros a participação na gestão da escola e nos cursos de formação.

Para o Conselho de Classe é necessário o Pré­Conselho onde a equipe pedagógica reune com os alunos de cada sala para discutir o andamento escolar e as   dificuldades   encontradas   pela   turma   e   o   que   se   pode   melhorar.   Essas informações  trazidas pelos  alunos serão utilizadas pelos    professores,  direção e equipe   pedagógica   para   enriquecer   as   discussões   no   Conselho   de   Classe   e determinar as ações que serão tomadas.

No Pós­Conselho será discutido com a turma os problemas de ensino­ aprendizagem verificados no Conselho de Classe a  partir  desses  levantamentos planejar as ações necessárias para solucionar os mesmos. Essa discussões com os alunos   serão   realizadas   pelos   professores   da   turma   e   em   casos   especiais juntamente com a equipe pedagógica.

Após o Conselho de Classe será   feita  a   reunião,  onde os  pais  serão convocados através de bilhetes, telefones e anúncio em rádio comunitária da cidade para entrega de boletins e informações sobre o  desempenho escolar de seu filho. Quando   necessário,   a   família   será   convidada   a   participar   de   atividades desenvolvidas   na   escola,   como  palestras   sobre   temas   sociais   contemporâneos, discussões,   eventos  e  atividades  pedagógicas  desenvolvidas  por  alunos  ou  por representante de entidades públicas ou profissional competente.

Buscando   solucionar   problemas  de  aprendizagem,  os   profissionais   da educação  serão orientados a  participarem da   formação  continuada  tanto  com a adesão   aos   cursos   ofertados   pela   Secretaria   de   Estado   da   Educação   com Formação em Ação, Semana pedagógica, Grupo de Trabalho em Rede, quanto na busca de conhecimento por meio da pesquisa em educação refletindo a partir da prática,   as   concepções   teóricas  que  o  auxiliarão  a  encontrar   soluções  para   os 

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problemas vivenciados. Essas discussões e estudos podem ocorrer durante a hora atividade, onde os profissionais das disciplinas podem socializar experiências.

Essa formação continuada inclui gestores, equipe pedagógica, equipe de apoio,   conselheiros   entre   outros.   Outras   atividades   de   formação   poderão   ser utilizadas   como:   participação   em   simpósios,   visitas   a   escolas   que   possuem experiências pedagógicas importantes; intercâmbio para trocas de experiências com professores de outros municípios; troca de ideias quanto à seleção, elaboração e formas   de   uso   de   material   didático;   contato   constante   com   as   editoras   para conhecimento de materiais diversos e atualizados; leitura de revistas educacionais assinadas pela escola; recepção de programas da TV Escola ou Paulo Freire, para dar   suporte   ao   conteúdo   do   professor;   e   reuniões   pedagógicas   semestrais realizadas   com objetivo  de  acompanhar   a  execução  do   currículo  e  oferecer   ao docente o suporte para o aprimoramento das metodologias utilizadas por eles.

Quanto  ao horário, a direção com a equipe pedagógica tentará manter o dia  de hora atividade por  disciplinas,  conforme cronograma enviado pelo Núcleo Regional de Educação. É evidente que o professor necessita  utilizar a maior parte do  período  de     hora  atividade  para   fazer   correções  de   instrumentos  avaliativos aplicados aos alunos ou preparar atividades da prática pedagógica. Com o tempo excedente, ou na necessidade, oferecemos condições de    leituras   e reflexões – usando, por exemplo, a Biblioteca do Professor ­ sobre o sentido do currículo na escola, metodologias de ensino, entre outras. O professor deve perceber que a nova concepção de currículo pretende resgatar a  importância dos conteúdos, do saber elaborado, e agir em sua prática por este foco. Deixar também para os professores ter acesso ao   Projeto Político­Pedagógico, à Proposta Pedagógica­Curricular e a prestação de contas da escola para  que o mesmo tenha sempre oportunidades de acompanhar   o   dia­a­dia   da   escola.   Utilizar­se­a   também   este   momento   para discussões, diagnósticos e possíveis   soluções para problemas gerais da sala de aula ou problemas individuais de alunos.

  Em cumprimento  à  Lei  11645/08,  que   trata  sobre  obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro­brasileira, Africana   e Indígena a escola colocará em   sua   Proposta   Pedagógica­Curricular,   nas   disciplinas   afins,   os   recortes   de conteúdos que tratam dessas questões. Portanto, mesmo sabendo que a escola não dá conta de tudo, ela pode, de forma consciente e fundamentada, fazer o exercício de   discutir   sobre   este   tema,   entendendo­o   na  mesma   perspectiva   do   conteúdo escolar,   indo   além   de   representações   ingênuas,   idealistas   e   estereotipadas   da realidade. Esses temas devem  ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto e não o contrário transversalizando ou secundarizando­o. Portanto, devem estar   descritos   no   Plano   de   Trabalho   Docente,   com   as   questões   discutidas   e trabalhadas não de forma pontual, mas de forma contextualizada durante as aulas, na  perspectiva  de  proporcionar  aos  alunos  uma educação  compatível  com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica. Assim, podemos contribuir para reverter   a   dívida   histórica   nacional,   verificadas   pelas   situações   de   exclusão   e invisibilidade a que foram submetidas toda uma população de afrodescendentes e africanos. Como atividade de fechamento utilizar­se­á  o Dia da Consciência Negra, comemorado   em   novembro.   Esse   dia   será   o   ponto   culminante   de   todas   as 

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atividades propostas pela Equipe Multidisciplinar. O mesmo ocorrerá com  as outras demandas:    Prevenção ao Uso de Drogas, Enfrentamento à  Violência na Escola, Educação Ambiental e Sexualidade.

A equipe pedagógica deverá  acompanhar  as  práticas  de estágios  não obrigatórios desenvolvidas pelos alunos relatando sua condição enquanto aluno.

PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA

• SEMANA CULTURAL DESPORTIVA

A   Semana   Cultural   acontece   uma   vez   por   ano   compreendendo   um período   de   uma   semana     incluindo   sábado   e     domingo.   Esta   consiste   no envolvimento   de   toda   escola:   Direção,   Equipe   Pedagógica,   Professores, Funcionários,   Conselho   Escolar,   Associação   de   Pais   Mestres   e   Funcionários (APMF),   e   pais   de   alunos,   onde   serão   apresentados   trabalhos   de   exposições, teatros, danças, várias modalidades esportivas e tem por objetivo o envolvimento de toda   comunidade   escolar,   buscando     maior   interação   entre   aluno­aluno,   aluno­professor,   professor­comunidade  e  comunidade­aluno,   oportunizando   também  os alunos que não participaram de outros eventos externos como: Jogos Escolares, Fera, Com Ciência etc.

 • FEIRA CULTURAL

A   Feira   Cultural   de   Ivaté   –   FECIVA   ­   é   uma   atividade   pedagógica complementar e  interativa, definida no Calendário Escolar a cada  triênio, na qual alunos e professores deste   possuem espaço para expor  publicamente  ­  para a comunidade   local   e   municípios   circunvizinhos   –   suas   produções   planejadas   e executadas no cotidiano escolar. Seu objetivo é permitir  que  alunos e professores interajam com a produção científico­tecnológica mediante experimentos, discussões e de projetos alternativos e, assim, se apercebam da necessidade não só  de ter domínio do conhecimento historicamente produzido como da necessidade de discuti­lo e divulgá­lo através de produção escrita e da comunicação oral.  Desta forma, amplia­se o papel social da escola, bem como socializa o conhecimento científico e promove   maior   interação   aluno­aluno,   professor­aluno,   escola­escola   e   escola­comunidade. As apresentações dos trabalhos serão em dois dias e nos três turno.

• DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA

A comemoração ao dia  da  família  acontece  todo ano onde os alunos farão apresentações de teatros, dança, música, paródias, atividades com jogos e sorteios,  e brincadeiras  interativas com a participação de alunos (as)   de pais  e mães ou responsáveis.  Contamos também com colaboração da comunidade que 

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fazem apresentações musicais. Durante o evento é  oferecido lanche para todos os participantes.   A   data   deste   evento   é   flexível   conforme   as   comemorações   do estabelecimento.  A  comunidade participa  com patrocínio  de   prêmios  que  serão distribuídos à   todos   participantes, quer seja pai ou mãe de alunos ou não. Tem como   objetivo   estreitar   os   vínculos   entre   família   e   escola,   buscando   o comprometimento e participação dos pais e ou responsáveis com a educação.

• ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRA TURNO.

                1 ­ PROJETO DE ARTES 

PROFESSORA :DURCELINA SANTOS FERREIRA

MACROCAMPO: CULTURA E ARTE (TEATRO)

TURNO: VESPERTINO

PARTICIPANTES: 25 ALUNOS  (6º/7º/8º ANOS)

CONTEÚDO: TEATRO 

ELEMENTOS FORMAIS:*Personagem;*Expressões corporais, vocais,gestuais e faciais;*Ação;*Espaço;*Música.

COMPOSIÇÃO:*Enredo,roteiro;*Espaço cênico,adereços;*Técnica;*Jogos,teatrais, teatro,indireto e direto,improvisação,manipulação,máscara...;*Gênero;*Tragédia,comédia e circo.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:*Teatro grego;*Contemporâneo:­ Arte Paranaense;­ Arte Brasileira;

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OBJETIVOS:Dentre   as   possibilidades   de   aprendizagem   oferecidas   pelo   teatro   na   educação, destacam­se:   criatividade,   socialização,memorização   e   coordenação.   Essas aprendizagens são essenciais para o desenvolvimento da criança ou adolescente. Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar no lugar de outros,  experimentando o mundo sem correr risco.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:*Leitura  de   textos  para  os  alunos,   propondo  que   cada  um dramatize  a  história livremente  ouvida em forma de brincadeira;*Transposição do texto literário para o dramático;*Produção de historias a partir de uma frase;*Participação em jogos teatrais:

­Jogo de bola: reúne os alunos, em circulo e o professor começa com o jogo da bola imaginária;  ­Cabo de vassoura: atividade em sala de aula, o aluno pega a vassoura e imagina um objeto, representa o objeto através de mímica;*Criação de personagens: 

­Gestos imitando pessoas e animais em seu cotidiano.­Brincadeiras de faz de conta;

*Exercícios de voz, brincar de cantar musicas preferidas bem baixinho e depois bem alto;*Criação dos personagens, humano e de animais;*Narração de textos;*Confecção de figurino; *Seleção de trilha sonora: música adequada a apresentação;*Recursos de iluminação: acender e apagar a luz serve de sinal de que a peça vai começar.

AVALIAÇÃO*Diagnóstica e processual ­ grupo e individual.

RESULTADOS ESPERADOS:PARA O ALUNO: Enriquecimento do vocabulário oral e escrito, desenvolvimento da leitura,  memorização,  habilidades   corporais   e   faciais,   um bom  relacionamento  e comunicação. O aluno se torna participativo, compromissado, ocupado e disposto.PARA   A   ESCOLA:  O   teatro   em   escolas   tem   uma   importância   necessária   no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança ou adolescente, estimulando a capacidade   criativa   dos   mesmos.   Desta   forma   amplia   a   ideia   de   mundo, melhorando no aprendizado das diversas disciplinas, além de tornar a escola mais atrativa.PARA A COMUNIDADE: Quando apresentado num evento na escola, o teatro serve para aproximar a comunidade dela. Essa mesma produção pode ser apresentada em outro ambiente fora da escola.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:PARANÀ.  Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica – Arte. Secretaria do Estado da Educação – SEED. Curitiba, 2008.PARANÀ.  Livro Didático Publico de Arte  do Estado do Paraná.  Arte:  caminhos metodológicos ­ ensino fundamental. Curitiba: 2006.REVERBEL,  Olga  Garcia.  Jogos Teatrais  na  Escola  –  Atividades  Globais  de Expressão. São Paulo: Scipione, 2009.

2 – PROJETO SEGUNDO TEMPO

Identificação Dados do Núcleo: Núcleo Regional de Educação de UmuaramaNome: Colégio Estadual Rachel de Queiroz Endereço   Rua Serra Dos DouradosNúmero : 4351 Complemento  Prédio Bairro : Centro  Município Ivaté UF Paraná  CEP 87525­000Telefone (44) 3673 1155 Fax:  (44) 3673 1155E­mail [email protected] Página na Internet 

www.ivtrachelqueiroz.seed.pr.gov.br

Nome da instituição:Identificação  PR Esportes  Número  Convênio:  217/07Coordenadora do PST

Fernanda Buzon Marques

Telefone  (44) 84453627 e­mail  [email protected]ário: Gean Carlos da Silva SantosTelefone  (44) 84428681 e­mail [email protected] de funcionamento (no mínimo 3 vezes por semana)(  ) 2ª feira             ( X ) 3ª feira           ( x ) 4ª feira              ( X ) 5ª feira ( X ) 6ª feira           ( ) sábadoPeríodo de funcionamento: (   ) M a n h ã ( )Tarde

Período de funcionamento

( X  ) Manhã   (  X  ) Tarde

Horário de Funcionamento 

08:00 às 10:00 h 13:00 às 17:00 h

Número de beneficiário atendido

100

Atividades esportivas desenvolvidas no núcleo:

( ) Atletismo       ( )Basquetebol                 ( ) Canoagem                       ( ) Capoeira 

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( ) Futebol             (x) Futsal                   ( ) Ginástica                    (  ) Handebol 

( ) Judô                  ( ) Natação                ( ) Volei de Areia            ( ) Tênis 

(x) Tênis de Mesa                 (x) Xadrez                     ( x) Voleibol

(x) Jogos cooperativos                              ( ) Outras ­ Quais?Atividades complementares: vólei de areia, Dama, queimada, dominó, 

futebol de golzinho, jogos cooperativos,      Palestras e vídeos educacionais.Coordenadora geral: Fernanda Buzon MarquesEndereço: Rua ParanaguáEndereço eletrônico: [email protected]: (44) 84453627

Fundamentação Teórica

O   Projeto   Segundo   Tempo   tem   o   intuito   de   propiciar   ao   aluno   da   rede estadual de ensino a oportunidade de ter acesso à prática esportiva e ao mesmo tempo desenvolver suas capacidades e habilidades motoras, tirando­os da situação de risco pessoal e social.

Com   o   desenvolvimento   do   Projeto   pretende­se   continuar   garantindo   o resgate da cidadania e a inclusão social, diminuindo os índices de evasão escolar, contribuindo   para   a   diminuição   da   exposição   a   situações   de   risco   social   de crianças e adolescentes na faixa etária de 06 a 17 anos.

Sendo   assim   o   projeto   visa   garantir   a   inserção   da   criança   e   do adolescente   em   atividades   esportivas,   didáticas   e   culturais;   combaterá   toda forma   de   desigualdades,   discriminação   e   preconceito;   ampliará   o   universo educacional do aluno; incentivará a prática de civismo, ética e disciplina; atuará como propulsor do crescimento intelectual, equilíbrio motor e emocional.

O projeto atenderá  principalmente os alunos que vem de classe baixa, em especial   os   de   famílias   cujos   pais   trabalham   no   corte   de   cana,   na   lavoura   e plantação de alimentos devido à ausência dos pais, muitos desses alunos tem baixa estima,   defasagem   nos   estudos,   baixo   rendimento   escolar,   desinteresse, indisciplina; alguns até passam a maior parte do tempo na rua.

Esse   projeto   pretende   oferecer   a   essas   crianças   e   adolescentes   a oportunidade   de   permanecerem   mais   tempo   na   escola   no   contra   turno   com atividades esportivas, podendo receber a merenda escolar, uma vez que muitos têm a merenda escolar como à única refeição do dia. Enfim, o projeto tem um intuito de devolver a esses alunos a possibilidade de sonharem com um futuro melhor. (Os coordenadores e monitores são de suma importância para os alunos de 11 a 17 anos,   pois   além   de   trabalhar   atividades   esportivas   que   trazem   regras,   normas, respeito, entre outras mais, são experientes e tem a capacidade de orientá­los em diversas situações para que se tornem pessoas com a mente aberta à   rotina da sociedade a qual estão inseridas).

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DIAGNÓSTICO O   Núcleo:   Colégio   Estadual   Rachel   de   Queiróz   ­   Ensino   Fundamental   e 

Médio, está implantado no Município de Ivaté, localizado na Região Sul do Brasil do Estado do Paraná. De acordo com os dados estatísticos do IBGE, o Município conta com uma população de 7.792 habitantes.

Este  núcleo  atenderá   somente  os  alunos  do  Colégio  Estadual  Rachel   de Queiróz   ­   Ensino   Fundamental   e   Médio   com   aproximadamente   670   alunos regularmente matriculados, sedo 435 alunos matriculados no Ensino Fundamental e 235 alunos matriculados no Ensino Médio. Seu funcionamento é nos três períodos.

O Núcleo terá os seguintes espaços físicos disponíveis para a realização das atividades:  Quadra  poliesportiva  do  Colégio,   Laboratório   de   Informática,   sala  de Educação Física, Biblioteca, Pátio da escola, Ginásio de Esportes José Roberto dos Santos, Estádio Municipal Vivaldino Ferreira de Souza, Quadra de Areia próximo ao Ginásio.

Nosso   Município   é   carente   de   projetos   sociais,   com   incentivo   à   pratica esportiva e social, as crianças adolescentes e jovens ficam vulneráveis aos riscos sociais,   outro   fator   importante   é   a   possibilidade   de   alunos   carentes   estarem engajados em algum projeto, com intuito de propiciar a esses alunos momentos de socialização e integração sendo que 27,26% do total da população se encontra num nível econômico de pobreza.

OBJETIVOS. Geral:

➢Explorar através do Projeto Segundo Tempo atividades que promovem sensação de prazer, respeito e honestidade, encontrar dentro do Projeto Segundo Tempo um ambiente mais harmonioso para passar seu tempo.

➢Específico:

➢1. Executar os fundamentos básicos dos esportes escolhidos. 

➢Aperfeiçoar as atividades físicas e motoras.

➢ 2. Desempenhar as atividades propostas dentro das modalidades previstas. 

➢3. Despertar o interesse pela prática esportiva e a função do esporte como lazer. 

➢4. Aprender a respeitar os colegas. 

➢5. Aperfeiçoar as atividades físicas e motoras. 

➢6. Aprender a cooperar e respeitar as atividades propostas.

Conteúdo Específico a ser trabalhado: Voleibol, Futsal, Xadrez e Tênis de Mesa.Voleibol: 

➢ Fundamentos (manchete, toque, saque, levantamento, bloqueio e etc.);➢ Preparação física;

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➢ Treinamento técnico – tático;➢ Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;➢ O jogo como instrumento de convivência social;➢ O jogo na atualidade e a mídia;➢ Profissionalização – chances e riscos;➢ Desenvolver jogos pré­desportivos que favoreçam a vivência de situações 

básicas de jogo.

Futsal:➢ Fundamentos (chute, condução, drible, finta, passe, domínio e etc.);➢ Preparação física;➢ Treinamento técnico – tático;➢ Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;➢ O jogo como instrumento de convivência social;➢ O jogo na atualidade e a mídia;➢ Profissionalização – chances e riscos;➢ Desenvolver jogos pré­desportivos que favoreçam a vivência de situações 

básicas de jogo.

Xadrez:➢ Movimentos das peças (peão, bispo, torre, dama, rei e etc.);➢ Regras básicas;➢ Treinamento de jogadas;➢ Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;➢ O jogo como instrumento de convivência social;➢ O jogo na atualidade e a mídia;➢ Principais partidas;➢ Desenvolver jogos pré­adaptados que favoreçam a vivência de situações 

básicas de cada jogada.

Tênis de Mesa:➢ Fundamentos (posição de base, saque, recepção, batida etc);➢ Treinamento técnico­tático;➢ Origem e histórico do esporte;➢ Regras básicas do esporte;➢ Jogos adaptados – grupos, duplas;➢ Jogando com a família ­ festival;➢ O jogo como prática de lazer;➢ O jogo como exercício físico.

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Desdobramento do Conteúdo Específico – Voleibol Dimensões do Conteúdo

Fundamentos (manchete, toque, saque, levantamento, bloqueio e etc.);

Procedimental

Preparação física; Procedimental

Treinamento técnico – tático; Procedimental

Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;

Conceitual

O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal

O jogo na atualidade e a mídia; Atitudinal, Conceitual

Profissionalização – chances e riscos; Atitudinal, Conceitual

Desenvolver jogos pré­desportivos que favoreçam a vivência de situações básicas de jogo.

Procedimental

Desdobramento do Conteúdo Específico – Futsal Dimensões do Conteúdo

Fundamentos (chute, condução, drible, finta, passe, domínio e etc.);

Procedimental

Preparação física; Procedimental

Treinamento técnico – tático; Procedimental

Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;

Conceitual

O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal

O jogo na atualidade e a mídia; Atitudinal, Conceitual

Profissionalização – chances e riscos; Atitudinal, Conceitual

Desenvolver jogos pré­desportivos que favoreçam a vivência de situações básicas de jogo.

Procedimental

Desdobramento do Conteúdo Específico – Xadrez Dimensões do Conteúdo

Movimentos das peças (peão, bispo, torre, dama, rei e etc.);

Procedimental

Regras básicas; Conceitual

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Treinamento de jogadas; Procedimental

Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;

Conceitual

O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal

O jogo na atualidade e a mídia; Atitudinal, Conceitual

Desenvolver jogos pré­adaptados que favoreçam a vivência de situações básicas de cada jogada.

Procedimental

Desdobramento do Conteúdo Específico – Tênis de Mesa

Dimensões do Conteúdo

Fundamentos (posição de base, saque, recepção, batida etc);

Procedimental

Treinamento técnico­tático; Procedimental

Origem e histórico do esporte; Conceitual

Regras básicas do esporte; Conceitual

Jogos adaptados – grupos, duplas; Procedimental e Atitudinal

Jogando com a família – festival; Atitudinal

O jogo como prática de lazer; Conceitual

O jogo como exercício físico. Conceitual

Núcleo Rachel de Queiróz (Ivaté)

Faixa etária: 11 a 17 anos Turmas: A, B e C

Conteúdo Estruturante: Esporte

Mês Conteúdo Básico

Conteúdo Específico

Desdobramento do Conteúdo Específico

Dimensões do Conteúdo

Setembro Individual Xadrez Movimentos das peças (peão, bispo, torre, dama, rei e etc.);

Procedimental

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OutubroRegras básicas; Conceitual

Treinamento de jogadas; Procedimental

Novembro

Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;

Conceitual

O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal

Dezembro

O jogo na atualidade e a mídia;

Atitudinal, Conceitual

Desenvolver jogos pré­adaptados que favoreçam a vivência de situações básicas de cada jogada.

Procedimental

Setembro

Coletivo Futsal

Fundamentos (chute, condução, drible, finta, passe, domínio e etc.);

Procedimental

Preparação física; Procedimental

Outubro

Treinamento técnico – tático; Procedimental

Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;

Conceitual

Novembro

O jogo como instrumento de convivência social;

Atitudinal

O jogo na atualidade e a mídia;

Atitudinal, Conceitual

Dezembro

Profissionalização – chances e riscos;

Atitudinal, Conceitual

Desenvolver jogos pré­desportivos que favoreçam a vivência de situações básicas de jogo.

Procedimental

Setembro Coletivo Voleibol Fundamentos (chute, condução, drible, finta, 

Procedimental

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passe, domínio e etc.);

Preparação física; Procedimental

Outubro

Treinamento técnico – tático;

Procedimental

Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;

Conceitual

Novembro

O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal

O jogo na atualidade e a mídia;

Atitudinal, Conceitual

Dezembro

Profissionalização – chances e riscos;

Atitudinal, Conceitual

Desenvolver jogos pré­desportivos que favoreçam a vivência de situações básicas de jogo.

Procedimental

Setembro

Individual Tênis de Mesa

Fundamentos (posição de base, saque, recepção, batida etc);

Procedimental

Treinamento técnico­tático; Procedimental

Outubro

Origem e histórico do esporte; Conceitual

Regras básicas do esporte; Conceitual

Novembro

Jogos adaptados – grupos, duplas;

Procedimental e Atitudinal

Jogando com a família – festival; Atitudinal

Dezembro

O jogo como prática de lazer; Conceitual

O jogo como exercício físico. Conceitual

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Estratégias Metodológicas:

O   Projeto   Segundo   Tempo   tem   por   finalidade   trabalhar   uma   perspectiva educacional, onde os alunos poderá buscar diferentes estratégias na execução das atividades   realizadas.Para   que   issso   aconteça   será   utilizado   as   seguintes estratégias:   a)   Instrução   verbal   do   Professor(   demonstração,   ilustração.)   esta estratégia será utilizada no inicio das atividades para favorecer um diálogo entre os grupos. b)   Atividades   experimentais:   (   individuais,   duplas   e   pequenos   grupos)   essas atividades  tem o prazer  de experimentar,  oferecer aos alunos espaços para que criem movimentos e estratégias para as práticas. c) Participação ativa dos alunos: envolver os alunos nas atividades desenvolvidas de forma dinâmica e cooperativa. Este será o desfio do Professor e Monitor todos os dias. d)   Competições:   permite   aos   alunos   a   se   comunicar   em   trabalhos   coletivos   e individuais,estudando as regras e favorecendo seu aprendizado. 

 Recursos materiais  

Espaços ➢ Ginásio de Esportes José Roberto Dos Santos, ➢ Quadra de voleibol de areia do ginásio, ➢ Estádio Municipal Vivaldino Ferreira de Souza,➢ Quadra Poliesportiva do Colégio Estadual Rachel de Queiroz,➢ Laboratório de Informática➢ Biblioteca do Colégio Estadual Rachel de Queiróz.➢ Pátio do Colégio Estadual Rachel de Queiróz.

Processos Avaliativos

A   Avaliação   é   um   processo   contínuo   que   tem   por   objetivo   o   trabalho   do Coordenador, permitindo diagnosticar erros e buscar sempre fazer o correto. Este processo será acompanhado pela equipe do colégio: Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Pais e Alunos que frequentam o PST, procurando avaliar afetivo­social, motor,   cognitivo   do   aluno.   O   principal   processo   avaliativo   são   os   objetivos   do planejamento. Para   isso   ocorrer   utilizará   os   instrumentos   de   avaliação   disponivel   no   livro (   Fundamentos   Pedagógicos   do   Programa   Segundo   Tempo).*   Controle   de frequencia,*   Aplicação   de   questionário   com   os   alunos,   *   Questionários   com   os alunos  para  avaliar  o  Professor   coordenador   e  monitor..  Esses   instrumentos  de avaliação poderá ser melhorado de acordo com a necessidade do núcleo envolvido, pois cada dia é um processo de aprendizagem.

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Cronograma: Projeto Segundo Tempo.

Fevereiro de 2012:  Levantamentos dos alunos que estão cadastrados no Projeto Segundo Tempo

Março de 2012: Após o levantamento separar os alunos em turmas para o Projeto ser desenvolvido corretamente.  Demonstrar  as atividades a serem desenvolvidas durante os semestres.

Abril de 2012: Avaliação respectivas dos alunos em relação aos esportes a serem trabalhados, objetivo do Projeto Segundo Tempo.

Maio de 2012:  Históricos  dos esporte  e  das atividades complementares;  Futsal, Voleibol, Xadrez, Tenis de Mesa, Dama, Futebol de golzinha entre outras.

Junho de 2012:  Jogos pré desportivos, preparação física e algumas jogadas dos esportes trabalhados.

Julho de 2012:  A  relação dos esportes de  rendimento  com o esporte  de  lazer. Atividades complementares.

Agosto 2012: Origem e historia do Tênis de mesa.

Setembro 2012: Regras básicas do tênis de mesa e treinamento técnico­tático

Outubro 2012:  Jogo do Voleibol, Fustal e Tênis de mesa na atualidade e na mídia.

 Novembro 2012:  Jogos competitivos entre as turmas do Projeto: Voeibol, Futsal, Xadrez e Tênis de Mesa.

Dezembro 2012: Recreio de Férias.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TANI,   G.   et   al.   Educação   física   escolar:   fundamentos   de   uma   abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU/USP, 1988.  SERVIÇO   SOCIAL   DO   COMÉRCIO.   Jogos   cooperativos:   um   exercício   de convivência. São Paulo: [s.n.], 1999.

CARNEIRO,  C.  F.  e  LOUREIRO,  L.  A  importância  do  xadrez  na  educação  das crianças. Editora Adonis, 2005;

FREITAS, Armando; Vieira, Silvia: O que É Vôlei ­ História , Regras , Curiosidades. Editora Casa da Palavra.

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CBFS – Novas Regras do futsal 2011

LIMA, F.V. Aspectos em pedagogia do treinamento do tênis de mesa. In: GRECO, P.J.; SAMULSKI, D.M.;CARAN JR, E. Temas atuais em educação física e es­portes. Belo Horizonte: Editora Health, 1997

Emílio, Paulo. Futebol dos alicerces ao telhado. Ed. Oficina do Livro

AFONSO, G. F. Voleibol de praia: uma análise sociológica da história da modalidade (1985­2003). Curitiba, 2004

Fundamentos pedagógicos para segundo tempo. 2. ed; Maringá: Eduem, 2008 Fundamentos Pedagógicos do PST, 2010 

REFERÊNCIAS – PPP   

ARCO­VERDE, Y. F.S. Introdução às diretrizes curriculares. Disponível em: www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/.../texto_yvelise.pdf  Acesso: 22/11/2010

BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996.

CANEDO, D. “Cultura é o quê?” ­ reflexões sobre o conceito de cultura

 e a atuação dos poderes públicos. Salvador: UFBa, 2009.

COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ.   Regimento Escolar. Ivaté, 2008.

PARANÁ.  Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2008. 

FRANCO, A. F. O mito da autoestima na aprendizagem escolar. Rev. Psicol. Esc. Educ. Vol.13,n.2.CampinasJul/Dez.2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141385572009000200015&script=sci_arttextAcesso: 18/11/2010.

IACONO, J.P. Educação Inclusiva.  Disponível em: cac­php.unioeste.br/projetos/pee/arquivos/educacao_inclusiva.pp  Acesso: 26/11/2010Os desafios educacionais contemporâneos  e os conteúdos escolares: reflexos na organização da proposta pedagógica curricular e a especificidade da escola pública . Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=44 Acesso: 07/12/2010. 

PERALTA, T. P. Alfabetização e letramento no ensino fundamental de nove anos: um olhar na contemporaneidade. Disponível em: www.uel.br/ceca/pedagogia/.../TANIA%20PAULA%20PERALTA.pdf Acesso: 12/11/2011

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SACRISTAN, J.G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F. Da Fonseca Rosa – 3ª ed. ­ Porto Alegre: Artmed, 2000.

SACRISTAN, J.G. & PÉREZ GÓMEZ,A.I.  Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani F. Da Fonseca Rosa – 4ª ed. ­ Porto Alegre: Artmed, 1988.

SAVIANI, D. Escola e democracia. Campinas – SP: Autores Associados, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ.  Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: SEED/PR, 2008.

________Orientações   para   a   Semana   Pedagógica   2010.  Curitiba:   SEED/PR, 2010.

VEIGA, I. P. A. Projeto político­pedagógico da escola: Uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.

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