C O L É G I O N O V O H O R I Z O N T EHISTÓRIA

PROFESSOR:MÁRCIO DE JESUSTURMA:1º ano do Ensino Médio

AULA 01NOME: TURMA: TEMA ABORDADO: FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS PÁGINAS DO LIVRO: CAP. 31, 32 e 33 (LIVRO GERAL) DATA: 01/04/2020

CONTEÚDO

Renascimento comercial e declínio do feudalismo.

Idade Média. Queda do Império Romano (476). Queda do Império Romano no Oriente (1453). Baixa Idade Média (XI-XV). Caracterização do Sistema Feudal -> Feudo (corveia; talha); Relações de suserania e vassalagem. Cultura Teocêntrica. Relações estamentais de poder.

Renascimento comercial

Razões de ocorrência do renascimento comercial, a partir do século XI: renovação das práticas agrícolas (melhorias da produção e da qualidade de vida, diminuindo as taxas de mortalidade); crescimento demográfico; excedente agrícola estimulou o comércio e introdução de moeda na economia. As Cruzadas acabaram reativando o comércio de longa distância. Liberação do mediterrâneo, Gênova e Itália passaram a deter o monopólio das rotas marítimas. (Comércio com os países árabes) – especiarias e tecidos. Progressiva ligação da Europa Setentrional da Meridional. Estabelecimento de novas rotas terrestres e fluviais para o escoamento da produção local. Surgimento de feiras. Criação, entre os comerciantes, das ligas de defesa mútua: guildas (associação de mercadores de uma cidade) e hansas (associações de várias cidades mercantis).

Renascimento urbano Surgimento dos burgos – Alguns eram dentro dos feudos, pagamento de taxas dos senhores feudais. Crescimento das atividades artesanais. Luta das comunas (assembleias que governavam os feudos) para conseguirem autonomia nos feudos. Alteração nas relações servis, em que a riqueza passa a ser a posse de dinheiro e não mais de terra. Criação das corporações de ofício pelos artesãos. Aumento da demanda início da contratação de jornaleiros. Surgimento da burguesia através do enriquecimento de comerciantes. Fortalecimento das mesmas no séc. XIII,

disputas com os trabalhadores e desmembramento das comunas. Caracterização de uma nova ordem social.

Crise do Século XIV1. Movimento das Cruzadas fez crescer a militarização que se profissionalizou fazendo aumentar os conflitos por posse de terra.2. Crise climática e fome – 1315 – episódios de canibalismo.3. 1348 – Peste Negra, 1/3 da população foi devastada.

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Fortalecimento monárquico Enfraquecimento político e empobrecimento dos senhores feudais. A fragmentação política da sociedade feudal prejudicava a expansão das atividades burguesas. Rei passa de um senhor feudal a árbitro das disputas entre a burguesia e a nobreza. Fortalecimento político da realeza com o auxílio econômico da burguesia.

RESUMO

A formação dos Estados Nacionais

►Definição de Estado: Conjunto de instituições que detém o monopólio do uso legítimo da força dentro de um determinado território (Max Weber).

►Na Idade Média, esse uso era fragmentado entre a Igreja, os senhores feudais e o rei. Esta situação foi alterada por diversos fatores, entre os quais se destacaram: o surgimento da burguesia, com interesses opostos aos da nobreza e a tentativa real de concentrar poder político, o que fez com que entrasse em conflito com os senhores feudais.

►A formação das monarquias nacionais acabou com a fragmentação política causada pela dispersão do poder nas mãos de diversos senhores feudais, passando os reis, então, a concentrar não só o poder como os meios administrativos.

►Os reis contaram para o seu fortalecimento com o apoio da burguesia, pois ela tinha suas atividades comerciais prejudicadas pela fragmentação territorial, pela pluralidade monetária, pela diversidade de leis, enfim, pela falta de unidade que caracterizava o feudalismo.

►Os Estados nacionais formaram: exércitos permanentes; padronizaram o sistema de pesos e medidas; dinamizaram o desenvolvimento da economia monetária etc.

►Para legitimar e dar respaldo legal aos Estados nacionais, burgueses passaram a ocupar cargos administrativos nas cortes, formando uma burocracia profissional pública.

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►Com o processo de centralização do poder político e enfraquecimento das relações servis, a nobreza viu-se enfraquecida. Assim, esse grupo social buscou se sustentar através da manutenção de seus privilégios sociais, que a distinguiam dos outros grupos, como o direito à justiça especial, o não pagamento de impostos etc. O rei, não querendo perder o controle sobre a nobreza manteve seus benefícios, assim como sustentou a posição social do alto clero, o que fez com que, apesar da alteração na estrutura econômica da sociedade, a Idade Moderna mantivesse a hierarquia social herdada da Idade Média.

►É importante não esquecer que mesmo tendo se aliado à burguesia para a centralização de seu poder, em razão do potencial econômico daquela, os reis não lhe concederam poder político, mantendo o lugar social da nobreza, pois também eram membros dessa classe social. Dessa forma, os monarcas mantiveram um posicionamento ambíguo, ora privilegiando a nobreza, ora apoiando os burgueses.

►No início do século XIV, com a centralização monárquica, os reis se voltaram contra a Igreja Católica, limitando o poder do papa. Essa atitude fez com que a Igreja, para manter seus rendimentos, aumentasse a venda de indulgências e de cargos eclesiásticos.

►Essa imensa concentração de poderes nas mãos dos reis gerou (veremos isso em outras aulas), entre os séculos XVI e XVIII, a formação de Monarquias Absolutas.

Informações pontuais sobre a formação de Estados Nacionais específicos ►Na Espanha a centralização monárquica foi caracterizada pelas lutas de Reconquista, visando recuperar territórios dos mulçumanos. O processo foi concluído por volta de 1492, contando com força expressiva do catolicismo, da burguesia mercantil e da pequena nobreza (fidalgos).►Portugal foi o primeiro Estado europeu a efetuar a centralização administrativa. Com a consolidação da dinastia de Avis, em 1385, o rei (D. João I) aliou-se à burguesia criando condições para que Portugal fosse a primeira nação moderna a expandir seus limites através das Grandes Navegações Marítimas.

►Na França, a Guerra dos Cem Anos, (ocorrida aproximadamente entre 1337-1453) entre a França e a Inglaterra em razão de disputas dinástica entre os dois reinos, apesar de ter desgastado materialmente a França, permitiu a consolidação de sua monarquia e construiu um forte sentimento de identidade nacional francês. Destaque para a participação da camponesa Joana D’Arc (1412-1431) no comando de tropas francesas.

►Na Inglaterra, diferentemente dos outros Estados europeus, a Magna Carta (assinada em 1215) estabeleceu limites para o poder do rei. Apoiado nesse documento, o Parlamento seria um órgão de controle do poder monárquico. Após a Guerra Civil das Duas Rosas, ascendeu a dinastia Tudor responsável pela centralização monárquica.

►A Península Itálica e o Sacro Império Romano-Germânico permaneceram fragmentados até a segunda metade do século XIX, quando surgiram tardiamente a Alemanha e a Itália modernas e unificadas.

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Para pensarmos:

Podemos dizer que no Brasil contemporâneo o Estado ainda é o detentor do monopólio do uso da força?

A formação dos Estados coincidiu com a construção das nacionalidades?

Hoje, na era global, os Estados Nacionais têm a mesma importância que tinham quando foram estruturados?

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. São aspectos da crise do feudalismo, EXCETO:

a) a descoberta da América no século XV.b) o fim das invasões vikings e árabes, a partir do século IX.c) o crescimento demográfico a partir do século X.d) as inovações técnicas na agricultura.e) o renascimento comercial e urbano a partir do século XII.

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2. Relacione as colunas e assinale a alternativa correta:

A) Corporações de OfícioB) GuildasC) HansasD) BurgosE) Cidades Francas( ) Núcleos urbanos que surgiram ao redor dos castelos e que deram origem a várias cidades medievais.( ) Associações de artesãos nas cidades medievais, formadas por mestres, jornaleiros e aprendizes.( ) Cidades que compravam a liberdade junto a um senhor feudal.( ) Associações de mercadores nas cidades medievais.( ) Liga formada por cidades comerciais, na Baixa Idade Média.

a) C, A, D, B, e E. b) B, C, D, E e A.c) E, C, D, A e B.d) D, A, E, B e C e) B, D, E, A e B.

3. O período histórico comumente designado como Transição do Feudalismo para o Capitalismo caracterizou-se por:a) mão-de-obra escrava, grandes extensões de terras dedicadas à monocultura e produção estabelecida pela demanda do mercado interno.b) escravismo antigo, terra de propriedade estatal com usufruto da elite agrária e comércio externo determinado pelo Estado.c) proletariado urbano, concretização dos "trustes" e produção industrial estabelecida por uma demanda artificial.d) acumulação primitiva do capital, liberação da mão-de-obra do campo para a cidade e crescente progresso da técnica aplicada à produção.e) produção de subsistência, propriedade comunal dos campos e comércio estabelecido por rotas domésticas.

4. "O dinheiro, quando deve ser devolvido dentro de um prazo, proporciona nesse período um produto considerável e por vezes, priva a quem empresta, de tudo aquilo que traz a quem o toma emprestado."Este escrito do século XVI está justificando a:a) usurab) féc) moedad) livre negociaçãoe) comunicação

5. Apesar de não terem alcançado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram amplas repercussões, porque:a) favoreceram a formação de vários reinos cristãos no Oriente, o que permitiu maior estabilidade política à região.b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação dos vários reinos em torno de um objetivo comum.c) facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças à influência que a Igreja então exercia.d) uniram os esforços do mundo cristão europeu para eliminar o domínio árabe na Península Ibérica.e) estimularam as relações comerciais do Oriente com o Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo a navios europeus.

6. As cidades medievais:a) não diferiam das cidades greco-romanas, uma vez que ambas eram, em primeiro lugar, centros político-administrativos e local de residência das classes proprietárias rurais e, secundariamente, também centro de comércio e manufatura.b) não diferiam das cidades da época moderna, uma vez que ambas, além de serem cercadas por grossas muralhas, eram, ao mesmo tempo, centros de comércio e manufatura e de poder, isto é, politicamente autônomas.c) diferiam das cidades de todas as épocas e lugares, pois o que se definia era, precisamente, o fato de serem espaços fortificados, construídos para abrigarem a população rural durante as guerras feudais.d) diferentemente de suas antecessoras greco-romanas eram principalmente centro de comércio e manufatura e, diferentemente de suas sucessoras modernas, eram independentes politicamente, dominando um entorno rural que lhes garantia o abastecimento.e) eram separadas da economia feudal, pois sendo esta incapaz de gerar qualquer excedente de produção, obrigava-as a importar alimentos e a exportar manufaturas fora do mundo feudal, daí a importância estratégica do comércio na Idade Média.

7. No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra podem ser identificados os seguintes aspectos:a) fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Modernob) ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igrejac) desagregação do feudalismo e centralização políticad) diminuição do poder real e crise do capitalismo comerciale) enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja

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8. O Estado Moderno Absolutista atingiu seu maior poder de atuação no século XVII. Na arte e na economia suas expressões foram respectivamente:a) rococó e liberalismo.b) renascentismo e capitalismo.c) barroco e mercantilismo.d) maneirismo e colonialismo.e) classicismo e economicismo.

9. Dentre as principais características dos Tempos Modernos, do ponto de vista político, podemos assinalar:a) fortalecimento das cruzadas e, com elas, o enriquecimento da burguesia.b) fortalecimento dos partidos políticos nos estados modernos.c) concentração do poder nas mãos dos grandes proprietários de terra, com a formação de exércitos nacionais permanentes.d) centralização do poder nas mãos dos monarcas e a formação do Estado Absolutista.

10. A política externa de Luís XIV, o Rei Sol, teve como principal característica:a) A ruína da economia francesa em decorrência das sucessivas guerras que a França travou contra outros países para preservar sua supremacia na Europa, juntamente com os gastos vultosos para manutenção da corte.b) A consolidação do absolutismo monárquico através da redução dos poderes da alta burguesia.c) Concentração da autoridade política na pessoa do rei.d) Por ter reduzido seus ministros à condição de meros funcionários, passar a fiscalizar, pessoalmente, todos os negócios do Estado.e) A autossuficiência do país com a regulamentação da produção, a criação de manufaturas do Estado e o incremento do comércio exterior.

EMAIL DO PROFESSOR – TIRA DÚVIDAS

marciorjesus211008@gmail.com

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SUGESTÃO DO FILME CRUZADAS – 2005 (DEMONSTRA O SURGIMENTO DA BURGUESIA ITALIANA E O DECLINIO DO FEUDALISMO PARA CAPITALISMO)

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