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2014 LEANDRO BORTOLETO Mestre e bacharel em direito pela Universidade Estadual Paulista – UNESP Professor no curso de pós-graduação em direito da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, campus Ribeirão Preto Professor no curso de graduação em direito do Centro Universitário UNISEB Professor no curso de especialização em licitações e contratos administrativos do Centro Universitário UNISEB Interativo Professor no curso EuVouPassar- Professor no curso Proordem Analista Judiciário na Justiça Federal Ex-ocial de justiça no TJ SP www.leandrobortoleto.com.br • Facebook: Leandro Bortoleto Para os concursos de Analista dos Tribunais De acordo com as Leis nº 12.846/13, 12.873/13 e com o Decreto nº 7.892/13. d li d ib i DA 2ª PARA A 3ª EDIÇÃO Nota de atualização

Coleção Tribunais - Direito Administrativo - Leandro ... · PDF fileDireitos e deveres ... Lei nº 8.112/1990 e suas alterações. Cap. III ... Ministério Público da União Conselho

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2014

LEANDRO BORTOLETOMestre e bacharel em direito pela Universidade Estadual Paulista – UNESP

Professor no curso de pós-graduação em direito da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, campus Ribeirão Preto

Professor no curso de graduação em direito do Centro Universitário UNISEBProfessor no curso de especialização em licitações e contratos administrativos

do Centro Universitário UNISEB InterativoProfessor no curso EuVouPassar- Professor no curso Proordem

Analista Judiciário na Justiça FederalEx-ofi cial de justiça no TJ SP

www.leandrobortoleto.com.br • Facebook: Leandro Bortoleto

Para os concursos de Analista dos Tribunais

De acordo com as Leis nº 12.846/13, 12.873/13 e com o Decreto nº 7.892/13.

d li d ib i

DA 2ª PARA A 3ª EDIÇÃO

Nota de atualização

Rua Mato Grosso, 175 – Pituba, CEP: 41830-151 – Salvador – BahiaTel: (71) 3363-8617 / Fax: (71) 3363-5050 • E-mail: [email protected]

Conselho Editorial: Eduardo Viana Portela Neves, Dirley da Cunha Jr., Leonardo de Medeiros Garcia, Fredie Didier Jr., José Henrique Mouta, José Marcelo Vigliar, Marcos Ehrhardt Júnior, Nestor Távora, Robério Nunes Filho, Roberval Rocha Ferreira Filho, Rodolfo Pamplona Filho, Rodrigo Reis Mazzei e Rogério Sanches Cunha.

Capa: Rene Bueno e Daniela Jardim (www.buenojardim.com.br)

Diagramação: Maitê Coelho ([email protected])

Todos os direitos desta edição reservados à Edições JusPODIVM.Copyright: Edições JusPODIVMÉ terminantemente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem a expressa autorização do autor e da Edições JusPODIVM. A violação dos direitos autorais caracteriza crime descrito na legislação em vigor, sem prejuízo das sanções civis cabíveis.

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NOTA DE ATUALIZAÇÃO – COLEÇÃO TRIBUNAIS: DIREITO ADMINISTRATIVO – DA 2ª PARA 3ª EDIÇÃO

EDITAL SISTEMATIZADO

O edital sistematizado foi elaborado tendo como referência os editais dos concursos mais recentes para Analista Judiciário – Área Judiciária (inclusive, Ofi cial de Justiça Avaliador Federal) e Analista Judiciário – Área Administrativa dos TRTs, TREs, TRFs e Tribunais Superiores.

ITENS DO EDITAL TÓPICO DO LIVRO PÁGINAS

1. Estado, governo e administração pública: conceitos, ele-mentos, poderes, natureza, fi ns e princípios.

Cap. I,Itens 1.1, 1.2 e 1.3

27-33

2. Direito administrativo: conceito, fontes e princípios Cap. I, Item 1.4 33-36

3. Administração pública: princípios básicos. Cap. I, Item 2. 37-52

4. Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disci-plinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. Deveres dos administradores públicos

Cap. VI. 317-332

5. Serviços Públicos: conceito e princípios; delegação: conces-são, permissão e autorização. Classifi cação e competência: federais, estaduais, distritais e municipais.

Cap. XI. 565-584

6. Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; classifi -cação, atos administrativos em espécie; anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação.

Cap. VII,Itens 1, 2, 4 a 8.

347-358, 360-374

7. Organização administrativa: administração direta e indi-reta; centralizada e descentralizada; autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e con-sórcios públicos. 8. Órgãos públicos: conceito, natureza e classifi cação.

Cap. II, Item 1 65-96

9. Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. Atenção: Esse item também é cobrado da seguinte forma (aglutinando este e o item seguinte): Agentes administrativos. Investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários públicos; regimes jurídicos. Processo admi-nistrativo: conceito, princípios, fases e modalidades. Lei nº 8.112/1990 e suas alterações.

Cap. IIIItens 1.3, 1.4 e 2.1.

130-135

10. Lei nº 8.112/90 (regime jurídico dos servidores públicos civis da União)Atenção: esse item, em alguns concursos, é cobrado dentro do item Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais.

Cap. IV. 193-248

11. Lei nº 11.416/2006 (Carreiras do Poder Judiciário da União).

Cap. V 299-306

12. Processo administrativo (Lei nº 9.784/99)Atenção: esse item, em alguns concursos, é cobrado dentro do item Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais.

Cap. VIII 393-408

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LEANDRO BORTOLETO

ITENS DO EDITAL TÓPICO DO LIVRO PÁGINAS

13. Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; respon-sabilidade civil do Estado.

Cap. XIV e XV. 639-682

14. Lei nº 8.429, de 2/6/92 (Lei de Improbidade administrativa)Atenção: esse item, em alguns concursos, é cobrado dentro do item Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais.

Cap. XVI.Item 2

703-716

15. Licitações e Contratos administrativos. 15.1 Lei nº 8.666/93: Conceito, fi nalidade, princípios, objeto, obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade e vedações, modalidades, proce-dimentos, anulação e revogação, sanções, pregão presen-cial e eletrônico, sistema de registro de preços. 15.2 Lei nº 10.520/2002. Características do contrato administrativo. Forma-lização e fi scalização do contrato. Aspectos orçamentários e fi nanceiros da execução do contrato. Sanção administrativa. Equilíbrio econômico-fi nanceiro. Garantia contratual. Alteração do objeto. Prorrogação do prazo de vigência e de execução. Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005. Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013

Cap. IXItens 1 a 6.6, 7 e 8.

Cap. XItens 1 a 8

429-477,519-541

16. Intervenção do Estado na propriedade: modalidades. Cap. XIII, Item 3. 617-630

17. Bens públicos: regime jurídico. Cap. XII, Item 3 599-602

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NOTA DE ATUALIZAÇÃO – COLEÇÃO TRIBUNAIS: DIREITO ADMINISTRATIVO – DA 2ª PARA 3ª EDIÇÃO

NOTA À 3ª EDIÇÃO

Novamente, a alegria transborda ao ver a receptividade que continuou a ser dada a esta obra em sua 2ª edição, exigindo o seu aperfeiçoamento e sua ampliação para a 3ª edição.

Nesta edição, houve a substituição de algumas questões comentadas e, também, das questões de concursos, com a inclusão de questões dos concursos de Analista cujas provas ocorreram no ano de 2013.

Foram incorporadas, também, as atualizações legislativas do período, desta-cando-se: a) a Lei nº 12.873/13: incluiu uma nova hipótese de dispensa de licitação ao art. 24 (inciso XXXIII) da Lei nº 8.666/93, bem como acrescentou parágrafo único ao art. 4º do Decreto-Lei nº 3.365/41, para dispor sobre aspectos fi nanceiros referentes à desapropriação destinada à urbanização ou à reurbanização realizada mediante concessão ou parceria público-privada; b) a Lei 12.846/13, conhecida como Lei Anti-corrupção, que repercutiu no tema Licitações porque estendeu a possibilidade de celebração de acordo de leniência em relação às infrações praticadas no âmbito da Lei nº 8.666/93; c) o Decreto nº 7.892/13, que regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666/93.

Também, foi feita a reestruturação dos capítulos e, agora, a obra conta com dezesseis capítulos, com a atribuição de capítulo específi co para a abordagem da Lei nº 11.416/06, que trata das Carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União, antes incluída no capítulo referente à Lei nº 8.112/90, com o que se pretende facilitar a localização do tema, bem como realçar a importância do tema nas provas para os concursos de Analista.

Além disso, duas novidades: a) em cada capítulo, houve a inclusão dos dispo-sitivos relevantes da legislação relacionada ao capítulo; b) foi acrescentado edital sistematizado para que o leitor encontre na obra, com mais facilidade, os itens do edital de seu concurso para Analista.

É isso! Esta é a 3ª edição!

Com ela, renovo meus agradecimentos aos meus queridos leitores pela acolhida dada à obra e pelas inúmeras mensagens que me foram enviadas, o que é a força necessária para seguir com o projeto e tentar, sempre, aprimorá-lo. Por isso, todas as sugestões continuam sendo muito bem vindas.

Forte abraço,

Leandro Bortoletowww.leandrobortoleto.com.br Facebook: Leandro Bortoleto

E-mail: [email protected]

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NOTA DE ATUALIZAÇÃO – COLEÇÃO TRIBUNAIS: DIREITO ADMINISTRATIVO – DA 2ª PARA 3ª EDIÇÃO

CAPÍTULO II

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR

1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1.3. Administração Direta

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (SENTIDO AMPLO)

PODER EXECUTIVO

Presidência da República

ÓRGÃOS ESSENCIAIS• Gabinete Pessoal da Presidenta

da República• Casa Civil (é ministério)• Secretaria-Geral (é ministério)• Secretaria de Relações Institucio-

nais (é ministério)• Secretaria de Comunicação Social

(é ministério)• Gabinete de Segurança Institucio-

nal (é ministério)• Secretaria de Assuntos Estratégi-

cos (é ministério)• Secretaria de Políticas para as

Mulheres (é ministério)• Secretaria de Direitos Humanos

(é ministério)• Secretaria de Políticas de Pro-

moção da Igualdade Racial (é ministério)

• Secretaria de Portos (é ministério)• Secretaria de Aviação Civil (é

ministério)

ÓRGÃOS DE CONSULTA• Conselho da República• Conselho de Defesa Nacional

ÓRGÃO VINCULADO• Comissão de Ética Pública

ÓRGÃO DE ASSESSORAMENTO IMEDIATO• Advocacia-Geral da União (é mi-

nistério)• Assessoria Especial da Presidenta

da República

CONSELHOS• Conselho de Governo• Conselho de Desenvolvimento Eco-

nômico e Social (CDES)• Conselho de Segurança Alimentar

e Nutricional (CONSEA)• Conselho Nacional de Política Ener-

gética• Conselho Nacional de Integração

de Políticas de Transportes (CONIT)

OUTROS ÓRGÃOS INTEGRANTES• Controladoria Geral da União (é

ministério)

MINISTÉRIOS• Advocacia Geral da União• Casa Civil da Presidência da Re-

pública• Controladoria Geral da União• Gabinete de Segurança Institucional

da Presidência da República• Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento• Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação• Ministério da Cultura• Ministério da Defesa• Ministério da Educação• Ministério da Fazenda• Ministério da Integração Nacional• Ministério da Justiça• Ministério da Pesca e Aquicultura• Ministério da Previdência Social• Ministério da Saúde• Ministério das Cidades

• Ministério das Comunicações• Ministério das Relações Exteriores• Ministério de Minas e Energia• Ministério do Desenvolvimento

Agrário• Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome • Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior• Ministério do Esporte• Ministério do Meio Ambiente• Ministério do Planejamento, Orça-

mento e Gestão• Ministério do Trabalho e Emprego• Ministério do Turismo• Ministério dos Transportes• Secretaria de Assuntos Estratégicos

da Presidência da República• Secretaria de Aviação Civil da Pre-

sidência da República• Secretaria de Comunicação So-

cial da Presidência da República• Secretaria de Direitos Humanos

da Presidência da República• Secretaria de Políticas de Pro-

moção da Igualdade Racial da Presidência da República

• Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da Re-pública

• Secretaria de Portos da Presidên-cia da República

• Secretaria de Relações Institucio-nais da Presidência da República

• Secretaria-Geral da Presidência da República

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LEANDRO BORTOLETO

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (SENTIDO AMPLO)

PODER LEGISLATIVO

• Senado Federal • Câmara dos Deputados • Tribunal de Contas da União (TCU)

PODER JUDICIÁRIO

• Supremo Tribunal Federal (STF)• Conselho Nacional de Justiça (CNJ)• Superior Tribunal de Justiça (STJ)• Tribunal Superior do Trabalho (TST)

• Superior Tribunal Militar (STM)• Tribunal Superior Eleitoral (TSE)• Tribunais Regionais Federais

(TRFs)

• Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs)

• Tribunais Regionais Eleitorais (TREs)• Tribunal de Justiça do Distrito

Federal e Territórios (TJDFT)

MINISTÉRIO PÚBLICO

Ministério Público da União Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)

• Ministério Público Federal (MPF)• Ministério Público do Trabalho (MPT)• Ministério Público Militar (MPM)• Ministério Público do Distrito• Federal e Territórios (MPDFT)

1.4.4. Empresa pública e sociedade de economia mista ATENÇÃO! Apesar de discutível, em algumas provas é cobrado posicionamento

diverso, que distingue a obrigatoriedade ou não das empresas estatais realizarem licitação, levando-se em conta a separação entre atividade-fi m e atividade-meio. De acordo com esse posicionamento, não há necessidade de se fazer licitação quanto às atividades-fi m dessas pessoas (são aquelas relacionadas com o próprio objetivo da empresa estatal, isto é, são as atividades de natureza econômica para as quais a empresa foi criada) e, por outro lado, devem fazer licitação quanto às atividades--meio (são as que não se encaixam como atividade-fi m). Assim, se a questão não entrar em detalhe, deve ser lembrada a regra geral (obrigatoriedade de licitar) e, apenas, se mencionar atividade-fi m ou atividade-meio é que essa posição deverá ser lembrada.

CAPÍTULO III

AGENTES PÚBLICOS 2.6.2. Pensão por morte

Nos termos do art. 40, § 7º, I e II, para se saber o valor da pensão, é neces-sário tomar emprestado do regime geral (art. 201) o valor do limite máximo dos benefícios previdenciários1. Assim, até o valor do limite do regime geral, a pensão

1. De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF nº 19, de 10 de janeiro de 2014, o limite é, atualmente, de R$ 4.390,24.

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NOTA DE ATUALIZAÇÃO – COLEÇÃO TRIBUNAIS: DIREITO ADMINISTRATIVO – DA 2ª PARA 3ª EDIÇÃO

será integral, isto é, corresponderá à totalidade do valor da remuneração ou dos proventos do servidor falecido. Por outro lado, se a remuneração ou os proventos do servidor eram superiores ao limite mencionado, a pensão não terá valor inte-gral, pois corresponderá, na verdade, ao valor total até o limite, mais 70% do valor que exceder o limite.

ATENÇÃO! Não é 70% do todo, mas apenas sobre o valor que exceder o teto. Por exemplo, se o servidor falecido recebia remuneração no valor de R$ 7.390,24, o valor da pensão será a soma de R$ 4.390,24 (valor do limite do RGPS) com R$ 2.100,00 (70% de R$ 3.000,00, que é o valor que extrapola o limite), totalizando, pois, R$ 6.490,24.

CAPÍTULO IV

REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS FEDERAIS

(LEI Nº 8.112/90)

3.2. Vacância

EXONERAÇÃO

Cargo efe-

tivo

A pedido do servidor

De ofício: • Inabilitação no estágio probatório de servidor não estável• Servidor não entra em exercício no prazo legal, após tomar posse• Reprovação em procedimento de avaliação periódica de desempenho (CF) • Reintegração do antigo ocupante e servidor atual não é estável (CF)• Extinção do cargo ocupado por servidor não estável (CF)• Redução de despesa com pessoal para adequação legal (CF)

Cargo em

comissão

A pedido do servidor

De ofício• A juízo da autoridade competente

4.2.1. Indenizações

A ajuda de custo serve para compensar as despesas de instalação do servidor que passa a ter exercício, de maneira defi nitiva, em nova localidade (art. 53). A Administração arcará com as despesas de transporte do servidor e de sua família, incluindo passagem, bagagem e bens pessoais. A ajuda de custo é paga de uma vez, e seu valor é estabelecido em regulamento, mas, no máximo, é de três remunerações

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LEANDRO BORTOLETO

do servidor. A ajuda de custo somente é paga quando o deslocamento do servidor se der no interesse do serviço e, nesse sentido, o § 3º do art. 532 veda a sua concessão nos casos de remoção a pedido (previstas no art. 36, II e III). Não será concedida se o cônjuge também é servidor, vier a ter exercício na mesma sede e receber a ajuda (só um dos dois pode receber). Se o servidor, sem motivo justifi cado não se apre-sentar na nova sede, tem o prazo de trinta dias para devolver o valor recebido (art. 57). Caso após o deslocamento, o servidor falecer na nova sede, a família receberá ajuda de custo e transporte para retornar ao local de origem, dentro do prazo de um ano contado da morte.

(...)

Antes, havia a previsão de que o auxílio poderia ser recebido, no máximo, pelo prazo de oito anos, dentro de cada período de doze anos. Entretanto, o art. 60-C da Lei nº 8.112/90, que dispunha a respeito, foi revogado pela Medida Provisória nº 632/133.

4.5. ConcessõesNos artigos 97 a 99, a Lei nº 8.112/90 disciplina situações em que o servidor

poderá se ausentar do serviço, ou terá horário especial ou terá direito a matrícula em instituição de ensino congênere.

O servidor poderá ausentar-se do serviço: a) por um dia, no caso de doação de sangue; b) pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadas-

tramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a dois dias;4

c) por oito dias consecutivos em razão de casamento e falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, fi lhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

2. O § 3º do art. 53 foi incluído pela Medida Provisória nº 632, de 24/12/2013, e até o fechamento dessa edição não havia sido apreciada pelo Congresso Nacional, exigindo o acompanhamento da tramitação.

3. A medida provisória foi publicada no DOU, com retifi cação, no dia 27/12/13 e, até o fechamento dessa edição, não havia sido apreciada pelo Congresso Nacional, exigindo o acompanhamento da sua tramitação.

4. O inciso II do art. 93, em sua redação anterior, estabelecia que o servidor poderia se ausentar por 2 dois dias para se alistar como eleitor, mas sua redação foi alterada pela Medida Provisória nº 632/13 e, agora, o período máximo de ausência é de 2 dias e, assim, pode ser menor. Atenção: quando do fechamento dessa edição, a MP ainda não havia sido apreciada pelo Congresso Nacional, exigindo o acompanhamento de sua tramitação.

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NOTA DE ATUALIZAÇÃO – COLEÇÃO TRIBUNAIS: DIREITO ADMINISTRATIVO – DA 2ª PARA 3ª EDIÇÃO

CAPÍTULO V

CARREIRAS DO PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO (LEI Nº 11.416/06)5-6

2. QUADROS DE PESSOAL, CARREIRAS, INGRESSO E DESENVOLVIMENTO NA CARREIRADo total de cargos em comissão, em cada órgão do Poder Judiciário da União, 50%

devem ser ocupados, necessariamente, por servidores titulares de cargo efetivo inte-grante de seu quadro de pessoal, conforme regulamento, exigindo-se como requisito para investidura a formação em nível superior, exceto as situações já consolidadas (art. 5º, § § 7º e 8º). O § 1º do art. 5º estabelece que, de todas as funções comissio-nadas de cada órgão, 80% devem ser exercidas por servidores integrantes das Carreiras dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário da União e as demais podem ser destinadas a titulares de cargo efetivo de outras carreiras ou que sejam titu-lares de emprego público, observados os requisitos de qualifi cação e de experiência previstos em regulamento. Em relação ao exercício de funções comissionadas, a lei estabelece que as de natureza gerencial serão exercidas, preferencialmente, por servidores com formação superior, e que os requisitos para o exercício das funções comissionadas de natureza não gerencial serão estabelecidos em regulamento (art. 5º, § § 2º e 6º).

CAPÍTULO IX

LICITAÇÃO

3.2. Exigência constitucional da realização de licitação

O art. 173, § 1º, da Constituição prevê que será estabelecido o estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de economia mista que explorem atividade econômica e, dentre outros temas, disporá sobre licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da Administração Pública.

Não pode restar dúvida de que esse artigo não estabelece que a empresa estatal exploradora de atividade econômica pode contratar diretamente, sem licitação. Ao

5. Em alguns concursos, como os realizados pelos Tribunais Regionais Eleitorais, o conteúdo desse capítulo é cobrado sob a rubrica “Normas aplicáveis aos servidores públicos federais”.

6. Deve ser feita a leitura integral do texto legal para o bom aproveitamento das questões de concurso. ATENÇÃO: a Lei nº 11.416/06 foi alterada pela Lei nº 12.774/12, publicada no Diário Ofi cial da União no dia 31/12/12.

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LEANDRO BORTOLETO

contrário, o texto constitucional, apenas, permite que exista uma forma diferente de se licitar, permitindo sua fl exibilização, mas, nunca, que não será mais obriga-tória. Portanto, mesmo se explorarem atividade econômica, a empresa pública ou a sociedade de economia mista são obrigadas a licitar, salvo os casos de dispensa e inexigibilidade.

Quanto a esse ponto, merece destaque que a lei prevista no texto constitucional ainda não existe e, dessa forma, a regra é que, até que entre em vigor a lei insti-tuidora do estatuto das empresas estatais exploradoras de atividade econômica, aplica-se a legislação comum, isto é, a Lei nº 8.666/93 e a Lei nº 10.520/02.

*ATENÇÃO!* Apesar de discutível, em algumas provas é cobrado posicionamento diverso, que distingue a obrigatoriedade ou não das empresas estatais realizarem licitação, levando-se em conta a separação entre atividade-fi m e atividade-meio. De acordo com esse posicionamento, não há necessidade de se fazer licitação quanto às atividades-fi m dessas pessoas (são aquelas relacionadas com o próprio objetivo da empresa estatal, isto é, são as atividades de natureza econômica para as quais a empresa foi criada) e, por outro lado, devem fazer licitação quanto às atividades-meio (são as que não se encaixam como atividade-fi m). Assim, se a questão não entrar em detalhe, deve ser lembrada a regra geral (obrigatoriedade de licitar) e, apenas, se mencionar atividade-fi m ou atividade-meio é que essa posição deverá ser lembrada.

5.2.2. Licitação dispensável

5.2.2.2. Em razão de situações excepcionais

As hipóteses catalogadas como dispensa em razão de situações excepcionais são as descritas nos incisos III, IV, V, VI, VII, IX, XI, XIV, XVIII, XXVII e XXVIII do art. 24:

(...)

5.2.2.3. Em razão do objeto

A licitação é dispensável, em razão do objeto, nas hipóteses elencadas no art. 24, X, XII, XV, XVII, XIX, XXI, XXV, XXIX, XXX, XXXI e XXXII:

(...)

5.2.2.4. Em razão da pessoa

A licitação é dispensável, em razão da pessoa, nas situações contidas no art. 24, VIII, XIII, XVI, XX, XXII, XXIII, XXIV e XXVI.

(...)

h) na contratação de entidades privadas sem fi ns lucrativos, para a imple-mentação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, para benefi ciar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água (inciso XXXIII).

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NOTA DE ATUALIZAÇÃO – COLEÇÃO TRIBUNAIS: DIREITO ADMINISTRATIVO – DA 2ª PARA 3ª EDIÇÃO

6. MODALIDADES

6.1. Concorrência

(...)

A concorrência é obrigatória nos seguintes casos:

(...)

h) registro de preços (art. 15, § 3º, I). *ATENÇÃO!* é possível, também, o uso do pregão (art. 12, Lei nº 10.520/02)7.

6.1.1. Sistema de registro de preçosSempre que possível, as compras deverão ser processadas por meio do sistema

de registro de preços, conforme o art. 15 da Lei nº 8.666/93. O registro de preços serve para a Administração, primeiro, para selecionar, por meio de concorrência, os preços dos bens que tem interesse em comprar e, depois, para fazer suas compras habituais, mas a existência do registro de preços não obriga a Administração a contratar quem teve seu preço registrado, pois pode usar outros meios para a contratação, assegurando-se, apenas, ao benefi ciário do registro a preferência em igualdade de condições8.

O registro de preços deve ser precedido de ampla pesquisa de mercado, os preços registrados deverão ser publicados na imprensa ofi cial trimestralmente, e a validade do registro é de um ano.

A regulamentação da Lei nº 8.666/93 deve ser feita por ato administrativo norma-tivo e, nesse sentido, esse mesmo dispositivo determina que o sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais. Na esfera federal, há o Decreto nº 7.892/13 e, de acordo com esse decreto, o Sistema de Registro de Preços é o “conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras” (art. 2º, I) e pode ser adotado nas seguintes hipóteses (art. 3º): “I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes; II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa; III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível defi nir previamente o quanti-tativo a ser demandado pela Administração”.

A licitação para registro de preços pode ser feita na modalidade concorrência, do tipo menor preço, ou na modalidade pregão (art. 7º, caput). Após a licitação para registro de preços ter sido encerrada e homologada, os fornecedores serão convo-cados para assinar a ata de registro de preços. Em regra, a ata é usada pelo órgão que realizou a licitação, mas o Decreto nº 3.931/01, no art. 8º, já previa o seu uso

7. Ver item 6.1.1 adiante sobre o sistema de registro de preços.8. CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de direito administrativo. 8. ed. Salvador: Juspodivm, 2009. p. 496.

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LEANDRO BORTOLETO

por qualquer órgão ou entidade da Administração “que não tenha participado do certame licitatório, mediante prévia consulta ao órgão gerenciador, desde que devi-damente comprovada a vantagem”. Essa possibilidade continua a existir no Decreto nº 7.892/13, pois o art. 22, caput, prevê que, desde que devidamente justifi cada a vantagem, “a ata de registro de preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade da administração pública federal que não tenha participado do certame licitatório, mediante anuência do órgão gerenciador”, bem como o § 9º do mesmo artigo assegura que é “facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou estaduais a adesão a ata de registro de preços da Adminis-tração Pública Federal”.

CAPÍTULO X

CONTRATO ADMINISTRATIVO

4. CLÁUSULAS EXORBITANTES

4.8. Aplicação de penalidades

4.8.1. Acordo de leniênciaA Lei nº 12.846/13, conhecida como Lei Anticorrupção, trata da responsabilização

administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a Adminis-tração Pública.

De acordo com ela, caso fi que comprovado em processo administrativo, asse-gurada ampla defesa e contraditório, a responsabilidade da pessoa jurídica pela prática de atos lesivos ao patrimônio público, poderão ser aplicadas as penas de multa e de publicação extraordinária da decisão condenatória, nos termos do art. 6º.

O art. 5º elenca os atos lesivos ao patrimônio público como prometer, oferecer, dar vantagem indevida a agente público ou a terceiro a ele relacionada ou fi nan-ciar, custear, patrocinar os atos ilícitos; utilizar-se de intermediários para dissimular o benefício ao agente público; frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo de procedimento licitatório público; afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo; criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato administrativo.

De forma a estimular a colaboração com a investigação, a Lei Anticorrupção prevê a possibilidade de celebração de acordo de leniência. Conforme o art. 16, o acordo pode ser celebrado entre a autoridade máxima de cada órgão ou enti-dade pública e as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos na lei. As empresas devem colaborar efetivamente com as investigações e o processo

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administrativo, devendo resultar dessa colaboração: I - a identifi cação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob apuração. Os requisitos necessários para a celebração do acordo estão previstos no art. 16, § 1º.

As consequências do acordo são (§ 2º): a) não haverá a aplicação da pena de publicação da condenação; b) a pena de multa será reduzida em até 2/3. Entretanto, deve ser ressaltado que o acordo não exime a pessoa jurídica de reparar integral-mente o dano causado.

Descumprido o acordo, a pessoa jurídica não pode celebrar outro no prazo de 3 anos contados da ciência da Administração do descumprimento (§ 8º).

O acordo interrompe o prazo prescricional dos ilícitos praticados (o prazo de prescrição é de 5 anos, conforme art. 25).

ATENÇÃO: essa inovação legislativa é destinada, em regra, às empresas respon-sáveis pelos ilícitos previstos na Lei Anticorrupção. Entretanto, o art. 17 prevê, expressamente, que a Administração Pública também poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática de ilícitos previstos na Lei nº 8.666/93, para isentar ou atenuar as sanções administrativas estabelecidas nos artigos 86 a 88 da lei de licitações.

CLÁUSULAS EXORBITANTES

• cláusulas inexistentes no direito privado • extrapolam o direito privado, concedendo prerrogativas para a Administração e colocando-a em

posição de superioridade em relação ao contratado

Exigência de garantia

• a critério da autoridade competente;• previsão no edital;• formas de garantia

– caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública– seguro-garantia – fi ança bancária;

• valor – 5%: regra– 10%: grande vulto, alta complexidade e risco fi nanceiro considerável

Alteração unilateral do

contrato administrativo

• modifi cação do projeto ou das especifi cações, para adequação técnica (modifi cação qualitativa);

• modifi cação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou dimi-nuição quantitativa de seu objeto (modifi cação quantitativa). Limites: – até 25% para acréscimos e supressões; – até 50% para acréscimos no caso de reforma de edifício ou equipa-

mento; – por acordo, pode reduzir mais do que 25%.

Rescisão unilateral do

contrato administrativoArt. 78, I a XII e XVII

Manutenção do

equilíbrio econômico-

-fi nanceiro

relação entre os encargos do contratado e a retribuição da Administração para que haja a justa remuneração do contrato

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LEANDRO BORTOLETO

CLÁUSULAS EXORBITANTES

Restrições ao uso da

cláusula de exceção do

contrato não cumprido

(exceptio non adimpleti

contractus)

É possível a exceção do contrato não cumprido, mas de forma mitigada

Controle e fi scalização

do contrato adminis-

trativo

Administração Pública deve acompanhar e fi scalizar a execução do contrato administrativo

Retomada do objeto

• assunção imediata do objeto• ocupação provisória• execução da garantia contratual• retenção dos créditos

Aplicação de penali-

dades

• advertência• multa• suspensão temporária• declaração de inidoneidade

5. DURAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO

(...)

A regra é que a duração do contrato fi ca adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos contratos relativos (art. 57, I, II, IV e V):

(...)

d) às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 249, cujos contratos poderão ter vigência por até cento e vinte meses, caso haja inte-resse da administração.

ATENÇÃO! Nesse ponto é importante registrar a advertência que faz Maria Sylvia Zanella Di Pietro10, pois, segundo a autora, as limitações quanto à vigência dos contratos estabelecidas no art. 57 não se aplicam: a) aos contratos relacionados a uso de bens públicos por particulares (ex.: concessão de uso, concessão de direito real de uso, locação) porque não acarretam ônus ao Poder Público (quem paga é

9. IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;

XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;

XXVIII - para o fornecimento de bens e serviços produzidos ou prestados no País que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão;

XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes.

10. Direito Administrativo. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 273-274.

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o particular); b) aos contratos de concessão de obra pública e de concessão de serviços públicos, pois em regra a remuneração é do usuário da obra ou do serviço público; c) aos contratos de direito privado celebrados pela Administração porque o art. 57 não consta do art. 62, §3º, da Lei nº 8.666/93: de acordo com esse dispositivo aplica-se o disposto nos artigos 55 e 58 a 61 (não incluindo o art. 57) aos contratos de seguro, de fi nanciamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado.

Conforme determina o art. 57, § 2º, toda prorrogação de prazo deverá ser justi-fi cada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para cele-brar o contrato.

ATENÇÃO! No inciso II do art. 57, consta que a duração do contrato poderá ser “prorrogada” e, por outro lado, no inciso IV, do mesmo artigo, há a previsão de que a duração poderá “estender-se”. Com base nisso, há quem sustente que a lei dife-renciou extensão de prorrogação. Nesse sentido, a prorrogação é um aumento, um acréscimo ao prazo original do contrato, diante da ocorrência de algum dos motivos elencados no § 1º do art. 57 (por exemplo, alteração do projeto ou especifi cações, pela Administração; aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei) e, por outro lado, na hipótese do inciso IV (aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática) o contrato poderia ter sua execução estendida até o prazo de 48 meses, sem necessidade de se fazer termo aditivo para alterar o contrato. Bastaria que essa extensão fosse anotada, por meio de apostila11. Entretanto, a maioria da doutrina considera os termos extensão e prorrogação como sinônimos, exigindo-se, portanto, a realização de termo aditivo. Todavia, o Cespe, no concurso do TRE RJ/2012, já adotou posição que considera os termos como distintos e não como sinônimos e, por isso, considerou correto o item.

CAPÍTULO XI

SERVIÇOS PÚBLICOS

5.1.5. Responsabilidade e encargos da concessionária e do poder concedente

ATENÇÃO! A declaração de utilidade pública de imóvel para desapropriação e a declaração de necessidade ou utilidade pública para fi ns de servidão são sempre encargos do poder concedente. Já, a promoção da desapropriação e a instituição da servidão podem ser feitas tanto pelo poder concedente quanto pela concessio-nária. No entanto, esta somente poderá fazê-los quando autorizada pelo poder concedente e desde que exista previsão no edital e no contrato, cabendo à conces-sionária, nesses casos, a responsabilidade pelas indenizações cabíveis. Também,

11. TORRES, Ronny Charles Lopes de. Leis de licitações públicas comentadas. 4. ed. Salvador: Juspodivm, 2011. p. 355.

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deve ser registrado que a Lei nº 12.873/13 acrescentou parágrafo único ao art. 4º do Decreto-Lei nº 3.365/41 para estabelecer, quando a desapropriação destinar-se à urbanização ou à reurbanização realizada mediante concessão ou parceria público--privada, “o edital de licitação poderá prever que a receita decorrente da revenda ou utilização imobiliária integre projeto associado por conta e risco do concessio-nário, garantido ao poder concedente no mínimo o ressarcimento dos desembolsos com indenizações, quando estas fi carem sob sua responsabilidade”.

CAPÍTULO XIII

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

3.6. Desapropriação

3.6.4. Procedimento

O procedimento da desapropriação divide-se em duas fases12:

(...)

b) fase executória: nessa fase, o Poder Público promove os atos necessários à efetivação da desapropriação. A competência para promover os atos expropriatórios é dos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e, também, das pessoas jurídicas que atuem por delegação do Poder Público (concessionárias e permissionárias de serviço público), conforme o art. 3º do Decreto-Lei nº 3.365/41. No último caso, o parágrafo único do art. 4º do mencionado Decreto, incluído pela Lei nº 12.873/2013, quando a “desapropriação destinar-se à urbanização ou à reurbanização realizada mediante concessão ou parceria público-privada, o edital de licitação poderá prever que a receita decorrente da revenda ou utili-zação imobiliária integre projeto associado por conta e risco do conces-sionário, garantido ao poder concedente no mínimo o ressarcimento dos desembolsos com indenizações, quando estas fi carem sob sua responsa-bilidade”. A fase executória pode ser:

(...)

12. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 163-166.

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CAPÍTULO XIV

RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DO ESTADO

3.5. Reparação do dano e direito de regresso(...)Quanto à reparação do dano, esta pode ser feita no âmbito administrativo,

desde que a Administração reconheça a sua responsabilidade pelo dano causado, bem como haja consenso sobre o valor da indenização. Caso contrário, a vítima deverá ingressar com ação judicial em face da pessoa jurídica causadora do dano para a reparação. Reparado o dano, surge para o Estado o direito de regresso, desde que o servidor tenha atuado com dolo ou culpa. Nesse caso, fará uso da ação regressiva, que é uma ação de natureza civil de que o Estado se vale para reparar o dano sofrido, causado por dolo ou culpa do servidor.