577
1 Coletânea da Legislação Municipal Atualizada (Março/2013) "Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente." (Henfil)

Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Coletãnea Legislação Ambiental

Citation preview

Page 1: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

1

Coletânea da Legislação Municipal Atualizada (Março/2013)

"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente."

(Henfil)

Page 2: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

2 LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE .................................................................... 4

LEI Nº 4.253, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1985 .................................................................................... 76

LEI Nº 6.038, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1991 .................................................................................... 82

LEI Nº 6.248, DE 14 DE OUTUBRO DE 1992 ..................................................................................... 84

LEI Nº 6.314, DE 12 DE JANEIRO DE 1993 ....................................................................................... 85

LEI Nº 7.277, DE 17 DE JANEIRO DE 1997 ....................................................................................... 88

LEI Nº 8.068, DE 30 DE AGOSTO DE 2000........................................................................................ 93

LEI Nº 8.201, DE 17 DE JULHO DE 2001 ........................................................................................... 96

LEI Nº 8.262, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2001 .................................................................................. 102

LEI Nº 8.327, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2002 .................................................................................. 104

LEI Nº 9.037, DE 14 DE JANEIRO DE 2005 ..................................................................................... 105

LEI Nº 9.063, DE 17 DE JANEIRO DE 2005 ..................................................................................... 124

LEI Nº 9.068, DE 17 DE JANEIRO DE 2005 ..................................................................................... 126

LEI Nº 9.336, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2007 .................................................................................. 128

LEI N° 9.433, DE 27 DE SETEMBRO DE 2007................................................................................. 130

LEI Nº 9.464, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2007 .................................................................................. 131

LEI N° 9.505, DE 23 DE JANEIRO DE 2008 ..................................................................................... 132

LEI N° 9.506, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 ..................................................................................... 139

LEI N° 9.529, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008 ................................................................................ 140

LEI Nº 9.546, DE 1º DE ABRIL DE 2008 ........................................................................................... 141

LEI N° 9.563, DE 30 DE MAIO DE 2008 ............................................................................................ 142

LEI N° 9.568, DE 10 DE JUNHO DE 2008 ........................................................................................ 152

LEI Nº 9.604, DE 19 DE SETEMBRO DE 2008 ................................................................................. 155

LEI Nº 9.718, DE 3 de JULHO DE 2009 ............................................................................................ 158

LEI Nº 9.789, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2009 ................................................................................ 162

LEI Nº 9.814, DE 18 DE JANEIRO DE 2010 ..................................................................................... 165

LEI Nº 9.830, DE 21 DE JANEIRO DE 2010 ..................................................................................... 170

LEI Nº 9.959, DE 20 DE JULHO DE 2010 ......................................................................................... 171

DECRETO Nº 2.939, DE 27 DE SETEMBRO DE 1976 .................................................................... 270

DECRETO Nº 2.940, DE 27 DE SETEMBRO DE 1976 .................................................................... 271

DECRETO Nº 5.362, DE 4 DE JUNHO DE 1986 .............................................................................. 275

DECRETO Nº 5.893, DE 16 DE MARÇO DE 1988 ........................................................................... 282

DECRETO Nº 7.351, DE 21 DE SETEMBRO DE 1992 .................................................................... 318

DECRETO Nº 7.579, DE 14 DE ABRIL DE 1993 .............................................................................. 319

DECRETO Nº 9.859, DE 2 DE MARÇO DE 1999 ............................................................................. 320

DECRETO Nº 10.889, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2001.................................................................. 323

DECRETO Nº 12.015, DE 5 DE ABRIL DE 2005 .............................................................................. 327

DECRETO Nº 12.362, DE 3 DE MAIO DE 2006 ............................................................................... 341

DECRETO Nº 13.202, DE 2 DE JULHO DE 2008 ............................................................................. 344

DECRETO Nº 13.276, DE 27 DE AGOSTO DE 2008 ....................................................................... 348

DECRETO Nº 13.643, DE 17 DE JULHO DE 2009 ........................................................................... 364

DECRETO Nº 13.744, DE 5 DE OUTUBRO DE 2009 ....................................................................... 377

DECRETO Nº 13.842, DE 11 DE JANEIRO DE 2010 ....................................................................... 378

DECRETO Nº 13.886, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2010 .................................................................. 412

DECRETO Nº 13.916, DE 8 DE ABRIL DE 2010 .............................................................................. 414

DECRETO Nº 13.927, DE 16 DE ABRIL DE 2010 ............................................................................ 415

DECRETO Nº 13.949, DE 29 DE ABRIL DE 2010 ............................................................................ 425

DECRETO Nº 13.972, DE 17 DE MAIO DE 2010 ............................................................................. 426

DECRETO Nº 13.978, DE 24 DE MAIO DE 2010 ............................................................................. 429

DECRETO Nº 14.043, DE 22 DE JULHO DE 2010 ........................................................................... 431

DECRETO Nº 14.060, DE 6 DE AGOSTO DE 2010 ......................................................................... 433

DECRETO Nº 14.292, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2011 .................................................................. 479

DECRETO Nº 14.367, DE 12 DE ABRIL DE 2011 ............................................................................ 481

DECRETO Nº 14.370, DE 13 DE ABRIL DE 2011 ............................................................................ 485

DECRETO Nº 14.594, DE 30 DE SETEMBRO DE 2011 .................................................................. 517

DECRETO Nº 14.651, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011.................................................................. 533

DECRETO Nº 14.652, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011.................................................................. 543

DECRETO Nº 14.708, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011 .................................................................. 571

DECRETO Nº 14.995, DE 28 DE AGOSTO DE 2012 ....................................................................... 576

DECRETO Nº 15.137, DE 29 DE JANEIRO DE 2013 ....................................................................... 577

Page 3: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

3

LEIS MUNICIPAIS

Page 4: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

4

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo de Belo Horizonte, investidos pela Constituição da

República na atribuição de elaborar a lei basilar da ordem municipal autônoma e

democrática, que, fundada no império de justiça social e na participação direta da

sociedade civil, instrumentalize a descentralização e a desconcentração do poder

político, como forma de assegurar ao cidadão o controle do seu exercício, o acesso

de todos à cidadania plena e a convivência em uma sociedade fraterna, pluralista e

sem preconceitos, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Lei Orgânica:

Page 5: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

5

TÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - O Município de Belo Horizonte integra, com autonomia político-administrativa, a República Federativa do Brasil e o Estado de Minas Gerais. Parágrafo único – O Município se organiza e se rege por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, observados os princípios constitucionais da República e do Estado. Art. 2º - Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição da República e desta Lei Orgânica. § 1º - O exercício indireto do poder pelo povo no Município se dá por representantes eleitos pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, na forma da legislação federal, e por representantes indicados pela comunidade, nos termos desta Lei Orgânica. § 2º - O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei Orgânica, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular no processo legislativo; IV – participação na administração pública; V – ação fiscalizadora sobre a administração pública. § 3º - A participação na administração pública e a fiscalização sobre esta se dão por meio de instâncias populares, com estatutos próprios, aprovados pela Câmara Municipal. Art. 3º - São objetivos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166 da Constituição do Estado: I – garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos; II – assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade e da legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos; III – preservar os interesses gerais e coletivos; IV – promover o bem de todos, sem distinção de origem, raça, sexo, cor, credo religioso, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação; V – proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum; VI – priorizar o atendimento das demandas da sociedade civil de educação, saúde, transporte, moradia, abastecimento, lazer e assistência social; VII – preservar a sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação de sua memória, tradição e peculiaridades; VIII – valorizar e desenvolver a sua vocação de centro aglutinador e irradiador da cultura brasileira. Parágrafo único – O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a consecução dos objetivos fundamentais da República e prioritários do Estado.

Page 6: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

6

TÍTULO II – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Art. 4º - O Município assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os direitos e garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. § 1º - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo fato de litigar com órgão ou entidade municipal, no âmbito administrativo ou judicial. § 2º - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente, que, no Município, é o Prefeito ou aquele a quem ele delegar a atribuição. § 3º - Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o procedimento, observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou a decisão motivados. § 4º - Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder Público, ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindível à segurança da sociedade e do Município, nos termos da lei, que fixará também o prazo em que deva ser prestada a informação. § 5º - Independe de pagamento de taxa ou emolumentos, ou de garantia de instância, o exercício do direito de petição ou representação, bem como a obtenção de certidão, devendo o Poder Público raújo -la no prazo máximo de trinta dias, para defesa de direitos ou esclarecimentos de interesse pessoal ou coletivo. § 6º - É direito de qualquer cidadão e entidade legalmente constituída denunciar às autoridades competentes a prática, por órgão ou entidade pública ou por delegatário de serviço público, de atos lesivos aos direitos dos usuários, incumbindo ao Poder Público apurar sua veracidade e aplicar as sanções cabíveis, sob pena de responsabilização. § 7º - Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas atribuições e independentemente da função que exerça, violar direito previsto nas Constituições da República e do Estado e nesta Lei Orgânica. § 8º - Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de direção, em órgão ou entidade da administração pública, o agente público que deixar injustificadamente de sanar, dentro de sessenta dias da data do requerimento do interessado, omissão que inviabilize o exercício de direito previsto nas Constituições da República ou do Estado ou nesta Lei Orgânica. § 9º - O Poder Público coibirá todo e qualquer ato discriminatório, nos limites de sua competência, dispondo, na forma da lei, sobre a punição dos agentes públicos e dos estabelecimentos privados que pratiquem tais atos. Art. 5º - Ao Município é vedado: I – estabelecer culto religioso ou igreja raújo ta a-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relações de

Page 7: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

7 dependência ou de aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II – recusar fé a documento público; III – criar distinção entre brasileiros ou preferência de uma em relação às demais unidades da federação.

TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 6º - São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Parágrafo único – Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuição e, a quem for investido na função de um deles, exercer a de outro. Art. 7º - O Município exerce sua autonomia, especialmente, ao: I – elaborar e promulgar a Lei Orgânica; II – legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar as legislações federal e estadual no que couber; III – eleger o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores; IV – organizar o seu governo e administração. Art. 8º - São símbolos do Município a bandeira, o hino e o brasão. Art. 9º - O Distrito de Belo Horizonte é a sede do Município e lhe dá o nome. Art. 10 – Depende de lei a criação, organização e supressão de distritos ou subdistritos, observada, quanto àqueles, a legislação estadual.

CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Art. 11 – Compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu interesse local. Art. 12 – Compete ao Município, entre outras atribuições: I – manter relações com a União, os Estados Federados, o Distrito Federal e os demais Municípios; II – organizar, regulamentar e executar seus serviços administrativos; III – firmar acordo, convênio, ajuste e instrumento congênere; IV – difundir a seguridade social, a educação, a cultura, o desporto, a ciência e a tecnologia; V – proteger o meio ambiente; VI – instituir e arrecadar os tributos de sua competência e aplicar as suas receitas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes trimestralmente; VII – organizar e prestar, diretamente ou mediante delegação, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VIII – fixar os preços dos bens e serviços públicos;

Page 8: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

8 IX – promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do parcelamento, da ocupação e do uso do solo urbano; X – administrar seus bens, adquiri-los e raújo-los, aceitar doações, legados e heranças, e dispor sobre sua aplicação; XI – desapropriar bens, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos previstos em lei; XII – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços, inclusive os prestados mediante delegação, e, em caso de iminente perigo ou calamidade pública, ocupar e usar de propriedade particular, bens e serviços, assegurada indenização ulterior, se houver dano; XIII – estabelecer o regime jurídico único de seus servidores e os respectivos planos de carreira; XIV – constituir guarda municipal destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações, nos termos da Constituição da República; XV – associar-se a outros municípios do mesmo complexo geoeconômico e social, mediante convênio previamente aprovado pela Câmara, para a gestão, sob planejamento, de funções públicas ou serviços de interesse comum, de forma permanente ou transitória; XVI – cooperar com a União e o Estado, nos termos de convênio ou consórcio previamente aprovados pela Câmara, na execução de serviços e obras de interesse para o desenvolvimento local; XVII – participar, autorizado por lei, da criação de entidade intermunicipal para a realização de obra, o exercício de atividade ou a execução de serviço específico de interesse comum; XVIII – fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte de gênero alimentício e produto farmacêutico destinados ao abastecimento público, bem como de substância potencialmente nociva ao meio ambiente, à saúde e ao bem-estar da população; XIX – licenciar a construção de qualquer obra; XX – licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de serviços similares e cassar o alvará de licença dos que se tornarem danosos ao meio ambiente, à saúde ou ao bem-estar da população; XXI – fixar o horário de funcionamento de estabelecimentos referidos no inciso anterior; XXII – regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de papéis e de outros resíduos recicláveis; XXIII – interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e as que apresentem as irregularidades previstas na legislação específica, bem como fazer demolir construções que ameacem a segurança individual ou coletiva; XXIV – regulamentar e fiscalizar a instalação e o funcionamento de aparelho de transporte; XXV – licenciar e fiscalizar, nos locais sujeitos ao seu poder de polícia, a fixação de cartazes, anúncios e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda; XXVI – regulamentar e fiscalizar, na área de sua competência, os espetáculos e os divertimentos públicos; XXVII – estabelecer e impor penalidades por infrações a suas leis e regulamentos. Art. 13 – É competência do Município, comum à União e ao Estado: I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e da garantia das pessoas portadoras de deficiência;

Page 9: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

9 III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII – preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e o saneamento básico; X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território; XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

CAPÍTULO III DO DOMÍNIO PÚBLICO

Art. 14 – Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município.

CAPÍTULO IV DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 15 – A atividade de administração pública dos Poderes do Município e a de entidade descentralizada obedecerão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e razoabilidade. § 1º - A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas, para efeito de controle e invalidação, em face dos dados objetivos de cada caso. § 2º - O agente público motivará o ato administrativo que praticar, explicitando-lhe o fundamento legal, o fático e a finalidade. Art. 16 – A administração pública direta é a que compete ao órgão de qualquer dos Poderes do Município. Art. 17 – A administração pública indireta é a que compete: I – à autarquia; II – à sociedade de economia mista; III – à empresa pública; IV – à fundação pública; V – às demais entidades de direito privado, sob o controle direto ou indireto do Município. Art. 18 – A ação administrativa do Poder Executivo será organizada segundo os critérios de descentralização, regionalização e participação popular. Art. 19 – A atividade administrativa, subordinada ou vinculada ao Prefeito Municipal, se organizará em sistemas, integrados por: I – órgão central de direção e coordenação;

Page 10: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

10 II – entidade da administração indireta, se houver; III – unidade administrativa. § 1º - Secretaria Municipal é o órgão central de cada sistema administrativo. § 2º - Unidade administrativa é a parte de órgão central ou de entidade da administração indireta. Art. 20 – Funcionará junto a cada sistema administrativo uma instância, com atribuições de: I – participar da elaboração de política de ação do Poder Público para o setor; II – participar da elaboração de planos e programas para o setor e do levantamento de seus custos; III – analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual; IV – acompanhar e fiscalizar a execução de plano e programas setoriais; V – acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados ao setor; VI – manifestar-se sobre proposta de alteração na legislação pertinente à atividade do setor. Parágrafo único – Admitir-se-á o funcionamento de instâncias junto a sistema administrativo ou a órgão ou entidade da administração pública, nos termos do art. 23 e seus parágrafos, voltados para as áreas de interesse específicos da criança, do adolescente, do idoso, do portador de deficiência, do negro e da mulher. Art. 21 – Administração Regional é a unidade descentralizada do Poder Executivo, com circunscrição, atribuição, organização e funcionamento definidos em lei. Parágrafo único – As diretrizes, metas e prioridades da administração municipal serão definidas, para cada Administração Regional, nas leis de que trata o art. 125. Art. 22 – Funcionará junto a cada Administração Regional uma instância, com atribuições de: I – relacionar as carências e reivindicações regionais, nas áreas, entre outras, de saúde, educação, habitação, transporte, saneamento básico, meio ambiente, urbanização, cultura, esporte e lazer e nas relativas à criança, ao adolescente e ao portador de deficiência, e hierarquizar as prioridades; II – participar da elaboração de planos de obras prioritárias para a região e do levantamento de seus custos; III – analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual; IV – acompanhar e fiscalizar as ações regionais do Poder Público; V – acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados à região; VI – elaborar proposta de solução para problema da região. Art. 23 – As instâncias de que tratam os arts. 20 e 22 atuarão de forma autônoma e independente do Poder Público, nos termos fixados em lei, sendo-lhes garantido o livre acesso a documentos e informações de que necessitar. § 1º - A composição, organização e funcionamento das instâncias serão definidos em estatutos próprios, registrados em cartório e protocolados no órgão junto ao qual cada instância atuará.

Page 11: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

11 § 2º - A participação nas instâncias não acarretará qualquer ônus para o Município. Art. 23 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 1º) Art. 24 – O Poder Público garantirá a participação da sociedade civil na elaboração do plano diretor, do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. Art. 25 – Depende de lei, em cada caso: I – a instituição e a extinção de autarquia e fundação pública; II – a autorização para instituir e extinguir sociedade de economia mista e empresa pública e para alienar ações que garantam, nessas entidades, o controle pelo Município; III – a criação de subsidiária das entidades mencionadas nos incisos anteriores e sua participação em empresa privada. § 1º - Ao Município somente é permitido instituir ou manter fundação com a natureza jurídica de direito público. § 2º - É vedada a delegação de poderes ao Executivo para a criação, extinção ou transformação de entidade de sua administração indireta. Art. 26 – Para o procedimento de licitação, obrigatório para contratação de obra, serviço, compra, alienação e concessão, o Município observará as normas gerais expedidas pela União.

Parágrafo único revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 2º) Art. 27 – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, sendo obrigatória a regressão, no prazo estabelecido em lei, contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa. Art. 28 – A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de órgão público, por qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter informativo, educativo ou de orientação social, e dela não constarão nome, cor ou imagem que caracterizem a promoção pessoal de autoridade, servidor público ou partido político. § 1º - É vedado ao Município subvencionar ou auxiliar, com recursos públicos e por qualquer meio de comunicação, propaganda político-partidária ou com finalidade estranha à administração pública. § 2º - Os Poderes do Município, incluídos os órgãos que os compõem, publicarão trimestralmente, o montante das despesas com publicidade que, no período, tiverem sido contratadas ou pagas a cada agência publicitária ou veículo de comunicação. Art. 29 – A lei definirá os atos decisórios de relevância que deverão ser publicados para produzir efeitos. Art. 30 – Para registro dos atos e fatos administrativos, o Município terá livros, fichas ou outro sistema, convenientemente autenticados, que forem necessários aos seus serviços.

Page 12: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

12 Parágrafo único – O Município terá um livro especial para o registro de suas leis. Art. 31 – Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços. Art. 32 – A aquisição de bem imóvel, por meio de compra, permuta ou doação com encargo, depende de autorização legislativa e, nos dois primeiros casos, também de prévia avaliação. Art. 32 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 3º) Art. 33 – A alienação de bem imóvel público edificado depende de avaliação prévia, licitação e autorização legislativa. Parágrafo único – A alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes, resultantes de obras públicas, e inaproveitáveis para edificação ou outra destinação de interesse público, bem como de áreas resultantes de modificação de alinhamento, dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa. Art. 34 – A alienação de bem imóvel público não edificado depende de interesse público, avaliação prévia, autorização legislativa e licitação, observadas, quanto a esta, as exceções previstas em lei. Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22, de 01/06/2010 (Art. 1º) § 1º - São inalienáveis os bens imóveis públicos, edificados ou não, utilizados pela população em atividades de lazer, esporte e cultura, os quais somente poderão ser utilizados para outros fins se o interesse público o justificar e mediante autorização legislativa.

§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22, de 01/06/2010 (Art. 1º) § 2º - A autorização legislativa mencionada neste artigo e no art. 33 é sempre prévia e depende do voto da maioria dos membros da Câmara. Art. 35 – O Município, preferencialmente à venda ou doação de seus imóveis, outorgará concessão de direito real de uso. Parágrafo único – O título de domínio e o de concessão do direito real de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei. Art. 36 – Os bens imóveis públicos de interesse histórico, artístico ou cultural somente podem ser utilizados por terceiros para finalidades culturais. Art. 37 – A alienação de bem móvel é feita mediante procedimento licitatório e depende de avaliação prévia. § 1º - Para os fins do artigo, o órgão competente expedirá laudo técnico que comprove a obsolescência ou exaustão, em razão de uso, do bem. § 2º - É dispensável o procedimento licitatório nas hipóteses de: I – doação, admitida exclusivamente para fins de interesse social;

Page 13: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

13 II – permuta; III – venda de ações em bolsa. § 3º - O disposto no inciso III do parágrafo anterior depende de prévia autorização legislativa. § 4º - Nos casos em que for dispensada a Autorização legislativa, o Executivo encaminhará à Câmara relatório explicando a alienação feita, particularmente sobre o preço, se for o caso, e os critérios de escolha do adquirente.

§ 4º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 4º) Art. 38 – O uso especial de bem patrimonial do Município por terceiro será objeto, na forma da lei, de: I – concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a título de direito real resolúvel; II – permissão; III – cessão; IV – autorização. § 1º - O uso especial de bem patrimonial por terceiro será sempre a título precário, condicionado ao atendimento de condições previamente estabelecidas e submetido à aprovação de comissão a ser criada pelo Executivo. Parágrafo único renumerado como § 1º e com redação dada pela Emenda à Lei

Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 1º)

§ 2º - O uso especial de bem patrimonial será remunerado e dependerá de licitação quando destinado a finalidade econômica.

§ 2º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 2º) § 3º - O uso especial de bem patrimonial poderá ser gratuito quando se destinar a outras entidades de direito público, entidades assistenciais, religiosas, educacionais, esportivas, desde que verificado relevante interesse público.

§ 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 2º) Art. 39 – Os bens do patrimônio municipal devem ser cadastrados, zelados e tecnicamente identificados, especialmente as edificações de interesse administrativo, as terras públicas e a documentação dos serviços públicos. § 1º - O cadastramento e a identificação técnica dos imóveis do Município, de que trata o artigo, devem ser anualmente atualizados, garantido o acesso às informações neles contidas. § 2º - Os imóveis não-edificados deverão ser murados ou cercados e identificados com placas indicativas da propriedade municipal. Art. 40 – É vedado ao Poder Público edificar, descaracterizar ou abrir vias públicas em praças, parques, reservas ecológicas e espaços tombados do Município, ressalvadas as construções estritamente necessárias à preservação e ao aperfeiçoamento das mencionadas áreas. Art. 41 – O disposto nos arts. 32 a 40 se aplica às autarquias e às fundações públicas.

Page 14: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

14 Art. 42 – O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, os ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança, as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo, até o segundo grau, ou por adoção, e os servidores e empregados públicos municipais não poderão firmar contrato com o Município, subsistindo a proibição até seis meses após findas as respectivas funções. Art. 43 – É vedada a contratação de empresas, inclusive as locadoras de mão-de-obra, para a execução de tarefas próprias e permanentes de órgãos e entidades da administração pública, salvo as situações de emergência, bem como as atividades sazonais ou para as quais a manutenção de pessoal técnico e operacional e de equipamentos e instalações seja inconveniente ao interesse público, nos termos da lei.

CAPÍTULO V

DOS SERVIDORES PÚBLICOS Art. 44 – A atividade administrativa permanente é exercida: I – em qualquer dos Poderes do Município, nas autarquias e nas fundações públicas, por servidor público, ocupante de cargo público, em caráter efetivo ou em comissão, ou de função pública; II – nas sociedades de economia mista, nas empresas públicas e nas demais entidades de direito privado sob o controle direto ou indireto do Município, por empregado público, ocupante de emprego público ou função de confiança. Art. 45 – Os cargos, empregos e funções são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. § 1º - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas, ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. § 2º - O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma vez, por igual período. § 3º - Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso público será convocado, observada a ordem de classificação, com prioridade sobre novos concursados, para assumir o cargo ou emprego na carreira. § 4º - A inobservância do disposto nos parágrafos anteriores implica nulidade do ato e punição da autoridade responsável, nos termos da lei. § 5º - Ao servidor público municipal são garantidos, nos concursos públicos, cinco por cento da pontuação total dos títulos, por ano de serviço prestado, mediante subordinação, à administração pública do Município, até o máximo de trinta por cento. Art. 46 – A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. § 1º - O disposto no artigo não se aplica a funções de magistério.

Page 15: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

15 § 2º - É vedado o desvio de função de pessoa contratada na forma autorizada no artigo, bem como sua recontratação, sob pena de nulidade do contrato e responsabilização administrativa e civil da autoridade contratante. Art. 47 – Serão exercidos por servidores ou empregados públicos municipais os cargos em comissão e as funções de confiança da administração direta, inferiores, no Poder Executivo, ao terceiro nível hierárquico da estrutura organizacional e, no Poder Legislativo, ao primeiro nível. Parágrafo único – Excetuam-se do disposto no artigo os cargos e funções de assessoria, apoio e execução estabelecidos em lei. Art. 48 – Na administração indireta, os cargos ou empregos de provimento em comissão e as funções de confiança, inferiores ao primeiro nível hierárquico da estrutura organizacional, e metade dos cargos e funções da administração superior serão exercidos por servidores ou empregados de carreira da respectiva entidade. Art. 49 – A revisão geral da remuneração do servidor público, sob um índice único, far-se-á sempre no mês que a lei fixar, sendo, ainda, assegurada a preservação mensal de seu poder aquisitivo, desde que respeitados os limites a que se refere a Constituição da República. § 1º - A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, a qual não poderá exceder a percebida, em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito. § 2º - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não podem ser superiores aos percebidos no Poder Executivo. § 3º - É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto nesta Lei Orgânica. § 4º - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados, para o fim de concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. § 5º - Os vencimentos do servidor público são irredutíveis, e a remuneração observará o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo e os preceitos estabelecidos nos arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição da República. § 6º - Serão corrigidos mensalmente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis, os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória pagos com atraso ao servidor público. § 7º - É assegurado aos servidores públicos e às suas entidades representativas o direito de reunião nos locais de trabalho, após prévia comunicação à chefia imediata, e desde que o atendimento externo ao público, se houver, não sofra interrupção. Art. 50 – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, permitida, no entanto, se houver compatibilidade de horários: I – a de dois cargos de professor;

Page 16: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

16 II – a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; III – a de dois cargos privativos de médico. Parágrafo único – A proibição de acumular se estende a empregos e funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Art. 51 – Ao servidor público municipal em exercício de mandato eletivo se aplicam as seguintes disposições: I – tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado do cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito ou de Vereador, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração; III – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento; IV – para o efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Art. 52 – A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de deficiência e para ex-presidiários recém-colocados em liberdade e definirá os critérios de sua admissão. Art. 52 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14, de 16/06/1999 (Art. 1º) Art. 53 – Os atos de improbidade administrativa importam suspensão dos direitos políticos, perda de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e na gradação estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 54 – É vedado ao servidor público desempenhar atividades que não sejam próprias do cargo de que for titular, exceto quando ocupar cargo em comissão ou desempenhar função de confiança. Art. 55 – Os servidores dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações públicas sujeitar-se-ão a regime jurídico único e a planos de carreira a serem instituídos pelo Município. § 1º - A política de pessoal obedecerá às seguintes diretrizes: I – valorização e dignificação da função pública e do servidor público; II – profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público; III – constituição de quadro dirigente, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores públicos; IV – sistema de mérito objetivamente apurado para ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira; V – remuneração compatível com a complexidade e a responsabilidade das tarefas e com a escolaridade exigida para o seu desempenho. § 2º - Ao servidor público que, por acidente ou doença, se tornar inapto para exercer as atribuições específicas de seu cargo, serão assegurados os direitos e vantagens a ele inerentes, até seu definitivo aproveitamento em outro cargo, de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, ou até a aposentadoria.

Page 17: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

17 § 3º - Para provimento de cargo de natureza técnica, exigir-se-á a respectiva habilitação profissional. Art. 56 – O Município assegurará ao servidor os direitos previstos no art. 7º, incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição da República e os que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e à produtividade no serviço público, especialmente: I – duração do trabalho normal não-superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada nos termos em que dispuser a lei; II – adicionais por tempo de serviço; Inciso III com a redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 10, de 27/12/1995

(Art. 1º) Inciso III revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 1º)

Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas

Gerais) IV – assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes; V – atendimento gratuito, em creche e pré-escola, aos filhos e dependentes, desde o nascimento até seis anos de idade; VI – licença a gestante, com duração de cento e vinte dias e, nos termos da lei, a adotante, sem prejuízo da remuneração; VII – auxílio-transporte; VIII – progressão horizontal e vertical. § 1º - Cada período de cinco anos de efetivo exercício dá ao servidor o direito ao adicional de dez por cento sobre seu vencimento e gratificações, o qual se incorpora ao valor do provento da aposentadoria.

§ 1º declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (ADIN nº 159, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

§ 2º - Para os fins do inciso II, é assegurado o cômputo integral do tempo de serviço público. § 3º - Haverá, na administração pública, serviços especializados em segurança e medicina do trabalho e comissões internas de prevenção de acidentes, com atribuições definidas em lei. § 4º - O servidor público, incluído o das autarquias e fundações, detentor de título declaratório que lhe assegure direito à continuidade de percepção da remuneração de cargo de provimento em comissão, tem direito aos vencimentos, às gratificações e a todas as demais vantagens inerentes ao cargo em relação ao qual tenha ocorrido o apostilamento, ainda que decorrentes de transformação ou reclassificação posteriores. § 5º - O servidor do Poder Executivo terá direito a férias-prêmio, nos seguintes termos: I – corresponderá a 6 (seis) meses, para cada 10 (dez) anos de efetivo exercício na administração pública;

Page 18: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

18 II – será admitida a conversão em espécie, em caráter indenizatório, por opção do servidor; III – será devida ao servidor da Administração Direta e Indireta.

§ 5º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 2º) Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de

Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais)

§ 6º - O benefício de que trata o § 5º se estenderá ao servidor do Poder Legislativo, na hipótese de extinção de outro benefício previsto na respectiva legislação que implique, com ou sem conversão em espécie, concessão de período de fruição remunerada de descanso em razão de tempo de serviço parecido com o previsto no inciso I do mesmo parágrafo.

§ 6º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 2º) Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de

Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais)

Art. 57 – A lei assegurará ao servidor público da administração direta isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder, ou entre servidores dos poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. Art. 58 – É livre a associação profissional ou sindical dos servidores públicos, nos termos da Constituição da República. Parágrafo único – É garantida a liberação de servidor ou empregado público para o exercício de mandato eletivo em diretoria executiva de entidade sindical, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos e vantagens de seu cargo ou emprego, exceto promoção por merecimento. Art. 59 – É garantido ao servidor público o direito de greve, a ser exercido nos termos e limites definidos em lei complementar federal. Art. 60 – É estável, após dois anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado em virtude de concurso público. § 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. § 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor público estável, será ele reintegrado no cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento de todas as vantagens, sendo o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. § 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor público estável ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, respeitada a habilitação exigida.

Page 19: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

19 Art. 61 – A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos municipais, na forma da lei. Art. 62 – O Município manterá plano de previdência e assistência sociais para o agente político e o servidor público submetido a regime próprio e para a sua família. § 1º - O plano de previdência e assistência sociais visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos os beneficiários mencionados no artigo e atenderá, nos termos da lei, a: I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, falecimento e reclusão; II – proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; III – assistência à saúde; IV – ajuda à manutenção dos dependentes dos beneficiários. § 2º - O plano será custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais obrigatórias do servidor público e do agente político, do Poder, do órgão ou da entidade a que se encontra vinculado, e de outras fontes de receita definidas em lei. § 3º - A contribuição mensal do servidor público e do agente político será diferenciada em razão da remuneração, na forma da lei, e não será superior a um terço do valor atuarialmente exigível. § 4º - Os benefícios do plano serão concedidos nos termos e nas condições estabelecidos em lei e compreendem: I – quanto ao servidor público e agente político: a) aposentadoria; b) auxílio-natalidade; c) salário-família diferenciado; d) licença para tratamento de saúde; e) licença-maternidade, licença-paternidade e licença-adoção; f) licença por acidente em serviço; II – quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão; c) auxílio-funeral; d) pecúlio. § 5º - Nos casos previstos nas alíneas “d”, “e” e “f” do inciso I do parágrafo anterior, o servidor perceberá remuneração integral, como se em exercício estivesse. § 6º - Incumbe ao Tesouro Municipal o custeio e pagamento dos benefícios referidos nas alíneas “a”, “d”, “e” e “f” do inciso I do § 4º. § 7º - O Poder, o órgão ou a entidade a que se vincule o servidor público ou o agente político terá, após os descontos, o prazo de dez dias para recolher as respectivas contribuições sociais, sob pena de responsabilização do seu preposto e pagamento dos acréscimos definidos em lei. Art. 63 – O servidor público será aposentado:

Page 20: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

20 I – por invalidez permanente, com proventos integrais, quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos; II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; III – voluntariamente: a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais; b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e aos vinte e cinco, se professora, com proventos integrais; c) aos trinta anos de exercício, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. § 1º - As exceções ao disposto no inciso III, alíneas “a” e “c”, no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas em legislação federal. § 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 30/06/1992 (Art. 1º) § 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargo, função ou emprego temporários. § 3º - O tempo de serviço público será computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade. § 4º - Os proventos da aposentadoria e as pensões por morte, nunca inferiores ao salário mínimo, serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração do servidor em atividade. § 5º - Serão estendidos ao inativo os benefícios ou vantagens posteriormente concedidos ao servidor em atividade, mesmo quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou da função em que se tiver dado a aposentadoria. § 6º - O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto nos §§ 4º e 5º. § 7º - A pensão de que trata o parágrafo anterior será devida ao cônjuge ou companheiro e aos demais dependentes, na forma da lei. § 8º - É assegurado ao servidor afastar-se da atividade a partir da data do requerimento de aposentadoria, e sua não-concessão importará a reposição do período de afastamento. § 9º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos sistemas de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei federal. § 10 – Nenhum benefício ou serviço da previdência social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

Page 21: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

21 Art. 64 – O servidor público que retornar à atividade após a cessação dos motivos que causaram sua aposentadoria por invalidez terá direito, para todos os fins, salvo para o de promoção, à contagem do tempo relativo ao período de afastamento. Art. 65 – Incumbe a entidade da administração indireta gerir, com exclusividade, o sistema de previdência e assistência sociais dos servidores públicos e agentes políticos. § 1º - Os cargos de direção da entidade serão ocupados por servidores municipais de carreira dela contribuintes, ativos e aposentados, observada a habilitação profissional exigida quando se tratar de diretoria técnica. § 2º - Um terço dos cargos de direção da entidade será provido por servidor efetivo, eleito pelos filiados ativos e aposentados, para mandato de dois anos, vedada a recondução consecutiva. § 3º - Homologado o resultado da eleição, o Prefeito, nos vinte dias subseqüentes, nomeará o eleito e lhe dará posse. § 4º - Caso o Prefeito não o nomeie ou emposse, no prazo do parágrafo anterior, ficará o eleito investido no respectivo cargo.

CAPÍTULO VI DOS SERVIÇOS E OBRAS PÚBLICOS

Art. 66 – No exercício de sua competência para organizar e regulamentar os serviços públicos, o Município observará os requisitos de eficiência do serviço e conforto e bem-estar dos usuários. Parágrafo único – O Poder Público dará prioridade às obras em andamento, não podendo iniciar novos projetos com objetivos idênticos sem que seja concluído o projeto em execução. Art. 67 – A lei disporá sobre a organização, o funcionamento, a fiscalização e a segurança dos serviços públicos de interesse local, prestados mediante delegação, incumbindo aos que os executarem sua permanente atualização e adequação às necessidades dos usuários. § 1º - O Município poderá retomar os serviços delegados, desde que: I – sejam executados em desconformidade com o ato ou contrato, ou se revelem insuficientes para o atendimento dos usuários; II – haja ocorrência de paralisação unilateral dos serviços por parte dos delegatários; III – seja estabelecida a prestação direta do serviço pelo Município. § 2º - A retomada será feita sem indenização nos casos previstos nos incisos I e II do parágrafo anterior, bem como, salvo disposição em contrário do contrato, ao término deste. § 3º - A permissão de serviço público, sempre a título precário, dar-se-á por decreto, após edital de chamamento de interessados para a escolha do melhor pretendente,

Page 22: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

22 procedendo-se à licitação com estrita observância das normas gerais da União e da legislação municipal pertinente. § 4º - A concessão só será feita com autorização legislativa e mediante contrato, observada a legislação referente à licitação e contratação. § 5º - Os delegatários de serviços públicos sujeitar-se-ão à regulamentação específica e ao controle tarifário do Município. § 6º - Em todo ato ou contrato de delegação de serviço público, o Município se reservará o direito de averiguar a regularidade do cumprimento da legislação trabalhista pelo delegatário. Art. 68 – A lei disporá sobre: I – o regime dos delegatários de serviços públicos, o caráter especial do contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e extinção dos serviços delegados; II – os direitos dos usuários; III – a política tarifária; IV – a obrigação de manter serviço adequado; V – as reclamações relativas à prestação de serviços públicos; VI – o tratamento especial em favor do usuário de baixa renda. Parágrafo único – Na fixação das tarifas dos serviços públicos, ter-se-á em vista a justa remuneração. Art. 69 – A competência do Município para realização de obras públicas abrange: I – a construção de edifícios públicos; II – a construção de obras e instalações para implantação e prestação de serviços necessários ou úteis às comunidades; III – a execução de quaisquer outras obras destinadas a assegurar a funcionalidade e o bom aspecto da cidade. § 1º - A obra pública poderá ser executada diretamente por órgão ou entidade da administração pública e, indiretamente, por terceiros, mediante licitação. § 2º - A construção de edifícios e obras públicas obedecerá aos princípios de economicidade, simplicidade, adequação ao espaço circunvizinho e ao meio ambiente, e se sujeitará às exigências e limitações constantes do código de obras. § 3º - A Câmara manifestar-se-á sobre a execução de obra pública pela União ou pelo Estado, no território do Município, observada a legislação específica.

TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I DO PODER LEGISLATIVO

Seção I

Disposições Gerais

Page 23: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

23 Art. 70 – O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de representantes do povo eleitos em pleito direto, pelo sistema proporcional, para mandato de quatro anos. Parágrafo único – O número de vereadores aumentará em proporção ao crescimento da população municipal, acrescentando-se um vereador para cada quinhentos mil habitantes até o limite estabelecido na Constituição da República.

Seção II Da Câmara Municipal

Art. 71 – A Câmara reunir-se-á, em sessão ordinária, independentemente de convocação, nos meses de fevereiro a dezembro de cada ano, na forma como dispuser o Regimento Interno. Art. 71 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 6, de 14/12/1994 (Art. 1º)

Art. 72 – No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com o mandato dos Vereadores, a Câmara reunir-se-á no dia primeiro de janeiro para dar posse aos Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito e eleger a sua Mesa Diretora para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição subseqüente. Parágrafo único – A eleição da Mesa se dará por chapa, completa ou não, inscrita até a hora de eleição por qualquer Vereador. Art. 73 – A convocação de sessão extraordinária da Câmara Municipal far-se-á: I – pelo Presidente da Câmara, em caso de intervenção no Município e para compromisso e posse do Prefeito e Vice-Prefeito; II – pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara ou a requerimento de um terço dos membros da Câmara, em caso de urgência ou interesse público relevante. Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 08/03/1995 (Art. 1º)

Parágrafo único – Na sessão extraordinária, a Câmara somente delibera sobre a matéria objeto da convocação. Art. 74 – A Câmara e suas comissões funcionam com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros, e as deliberações são tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica. § 1º - Quando se tratar de matéria relativa a empréstimos, concessões de isenções, incentivos, benefícios fiscais e gratuidades nos serviços públicos de competência do Município, além de outras referidas nesta Lei, as deliberações da Câmara são tomadas por dois terços de seus membros. § 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 7, de 26/01/1995 (Art. 1º)

§ 2º - Quando estiverem sendo apreciadas proposições, o Presidente somente votará em caso de escrutínio secreto ou se ocorrer empate nas demais modalidades de votação. § 2º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 08/03/1995 (Art. 2º) Art. 75 – As reuniões da Câmara são públicas, e somente nos casos previstos nesta Lei o voto é secreto.

Page 24: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

24 Parágrafo único – É assegurado o uso da palavra por representantes populares na tribuna da Câmara durante as reuniões, na forma e nos casos definidos pelo Regimento Interno. Art. 76 – A Câmara ou qualquer de suas comissões, a requerimento da maioria de seus membros, pode convocar, com antecedência mínima de dez dias, Secretário Municipal ou dirigente de entidade da administração indireta, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado e constante da convocação, sob pena de responsabilização. § 1º - O convocado, três dias úteis antes de seu comparecimento, enviará à Câmara exposição referente às informações solicitadas. § 2º - Em situações de urgência e interesse público relevante, o prazo de convocação mencionado no artigo poderá ser reduzido a até quarenta e oito horas, mediante requerimento aprovado por três quintos dos membros da Câmara, hipótese em que não se aplicará o disposto no parágrafo anterior. § 3º - O Secretário pode comparecer à Câmara ou a qualquer de suas comissões, por sua iniciativa e após entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevância de sua Secretaria. § 4º - A Mesa da Câmara pode, de ofício ou a requerimento do Plenário, encaminhar, por escrito, pedido de informação a secretário, a dirigente de entidade da administração indireta e a outras autoridades municipais, e a recusa, ou o não-atendimento no prazo de trinta dias, ou a prestação de informação falsa constituem infração administrativa, sujeita a responsabilização.

Seção III Dos Vereadores

Art. 77 – O Vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos proferidos no exercício do mandato e na circunscrição do Município. Art. 78 – É defeso ao Vereador: I – desde a expedição do diploma: firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa delegatária de serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerados, inclusive os de que seja demissível ad nutum, nas entidades indicadas na alínea anterior; II – desde a posse: ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo, função ou emprego de que seja demissível ad nutum nas entidades indicadas no inciso I, alínea “a”; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, alínea “a”; d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Art. 79 – Perderá o mandato o Vereador:

Page 25: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

25 I – que infringir proibição estabelecida no artigo anterior; II – que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa; III – que proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública; IV – que perder ou tiver suspensos seus direitos políticos; V – quando o decretar a Justiça Eleitoral; VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado; VII – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das reuniões ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão por esta autorizada; VIII – que fixar residência fora do Município. § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso de prerrogativa assegurada ao Vereador. § 2º - Nos casos dos incisos I, II, III e VIII, a perda de mandato será decidida pela Câmara por voto secreto e maioria de seus membros, mediante provocação da Mesa ou de partido político devidamente registrado. § 3º - Nos casos dos incisos IV, V e VII, a perda será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou por provocação de qualquer de seus membros ou de partido político devidamente registrado. § 4º - No caso do inciso VI, a perda será decidida, se culposo o crime, na forma do § 2º, e declarada, se doloso o crime, nos termos do § 3º. § 5º - O Regimento Interno disporá sobre o processo de julgamento, observado o disposto no art. 4º, § 3º, e, no que couber, no art. 110 e parágrafos. Art. 80 – Não perderá o mandato o Vereador: I – investido em cargo de Ministro da República, Secretário de Estado, Secretário do Município, Administrador Regional, chefe de missão diplomática temporária ou dirigente máximo de entidade de administração indireta na esfera federal, estadual ou municipal; II – investido em outro cargo do setor público, na esfera federal ou estadual, considerado de importância para o Município, desde que, neste caso, tenha sido autorizado por três quintos dos membros da Câmara; III – licenciado por motivo de doença ou para necessários cuidados físicos, aí incluídos os de maternidade, sendo indispensável, em todos os casos, a respectiva comprovação médica por profissional da Câmara, sob pena de responsabilização; IV – licenciado para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 60 (sessenta) dias por sessão legislativa. Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 9, de 24/04/1995 (Art. 1º)

§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em cargo mencionado no artigo ou de licença superior a sessenta dias. § 2º - Se ocorrer vaga e não houver suplente, far-se-á eleição para raújo t-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. § 3º - Na hipótese do inciso I, o Vereador poderá optar pela remuneração do mandato.

Page 26: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

26 Art. 81 – A remuneração do vereador será fixada pela Câmara, em cada legislatura, para ter vigência na subseqüente, por voto da maioria de seus membros, observados os limites constitucionais, vedado o pagamento de jetons por comparecimento a sessão extraordinária. Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 08/03/1995 (Art. 3º)

Parágrafo único – Na hipótese de a Câmara deixar de exercer a competência de que trata o artigo, ficarão mantidos, na legislatura subseqüente, os valores de remuneração vigentes em dezembro do último exercício da legislatura anterior, admitida apenas a atualização dos mesmos.

Seção IV Das Comissões

Art. 82 – A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma do Regimento Interno e com as atribuições nele previstas, ou conforme os termos do ato de sua criação. § 1º - Na constituição da Mesa e na de cada comissão é assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional dos partidos políticos ou dos blocos parlamentares representados na Câmara. § 2º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência cabe: I – discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Câmara; II – realizar audiência pública com entidade da sociedade civil; III – realizar audiência pública em regiões do Município, para subsidiar o processo legislativo; IV – convocar, além das autoridades a que se refere o art. 76, § 4º, servidor municipal para prestar informação sobre assunto inerente às suas atribuições, constituindo infração administrativa a recusa ou não-atendimento no prazo de trinta dias; V – receber petição, reclamação, representação ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade ou entidade públicas; VI – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VII – apreciar plano de desenvolvimento e programa de obras do Município; VIII – acompanhar a implantação dos planos e programas de que trata o inciso anterior e exercer a fiscalização dos recursos municipais neles investidos. § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, observada a legislação específica, no que couber, terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, e serão criadas a requerimento de um terço dos membros da Câmara, para apuração de fato determinado e por prazo certo, e suas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público, ao Defensor do Povo ou a outra autoridade competente, para que se promova a responsabilização civil, criminal ou administrativa do infrator.

Seção V Das Atribuições da Câmara Municipal

Page 27: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

27 Art. 83 – Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida para o estabelecido no art. 84, dispor sobre todas as matérias de competência do Município, especificamente: I – plano diretor; II – plano plurianual; III – diretrizes orçamentárias; IV – orçamento anual; V – sistema tributário municipal, arrecadação e distribuição de rendas; VI – dívida pública, abertura e operação de crédito; VII – delegação de serviços públicos; VIII – criação, transformação e extinção de cargo, emprego e função públicos na administração direta, autárquica e fundacional, e fixação de remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; IX – fixação do quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Município; X – servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, seu regime jurídico único, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; XI – criação, organização e definição de atribuições de órgãos e entidades da administração pública; XII – divisão regional da administração pública; XIII – divisão territorial do Município; XIV – bens do domínio público; XV – isenção, remissão e anistia; XVI – transferência temporária da sede do Governo Municipal; XVII – matéria decorrente da competência comum de que trata o art. 13. Art. 84 – Compete privativamente à Câmara Municipal: I – eleger a Mesa e constituir as comissões; II – elaborar o Regimento Interno; III – dispor sobre sua organização, seu funcionamento e sua polícia; IV – dispor sobre criação, transformação ou extinção de cargo, emprego e função de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; V – aprovar crédito suplementar ao orçamento de sua Secretaria, nos termos desta Lei Orgânica; VI – fixar a remuneração do Vereador, do Prefeito, do Vice-Prefeito e do Secretário Municipal; VII – dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito; VIII – conhecer da renúncia do Prefeito e do Vice-Prefeito; IX – conceder licença ao Prefeito para interromper o exercício de suas funções; X – autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município e o Vice-Prefeito, do Estado, por mais de dez dias, e ambos, do País, por qualquer tempo; XI – processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e o Secretário Municipal, bem como ocupante de cargo de mesma hierarquia deste, nas infrações político-administrativas; XII – destituir do cargo o Prefeito, após condenação por crime comum ou de responsabilidade ou por infração político-administrativa, e o Vice-Prefeito, o Secretário Municipal e ocupante de cargo de mesma hierarquia deste, após condenação por crime comum ou por infração político-administrativa; XIII – proceder à tomada de contas do Prefeito não apresentadas dentro de sessenta dias da abertura da sessão legislativa;

Page 28: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

28 XIV – julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; XV – eleger, pelo voto de dois terços de seus membros, após argüição pública, o Defensor do Povo; XVI – autorizar celebração de convênio pelo Governo do Município e ratificar o que, por motivo de urgência e de interesse público relevante, for efetivado sem essa autorização, desde que encaminhado à Câmara nos dez dias úteis subseqüentes à sua celebração; Inciso XVI declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (ADIN nº 117, do

Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais) XVII – autorizar previamente convênio intermunicipal para modificação de limites; XVIII – solicitar, pela maioria de seus membros, a intervenção do Estado; XIX – suspender, no todo ou em parte, a execução de ato normativo municipal declarado, incidentalmente: a) inconstitucional, por decisão definitiva do Tribunal de Justiça do Estado, quando a decisão de inconstitucionalidade for limitada ao texto da Constituição do Estado; b) infringente desta Lei Orgânica, por decisão definitiva do órgão competente do Poder Judiciário; XX – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar; XXI – fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; XXII – dispor sobre limites e condições para concessão de garantia do Município em operações de crédito; XXIII – autorizar a contratação de empréstimo, operação ou acordo externo, de qualquer natureza, de interesse do Município, regulando as suas condições e respectiva aplicação, observada a legislação federal; XXIV – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa do Poder Executivo; XXV – aprovar, previamente, a alienação ou a concessão de bem imóvel público; XXVI – autorizar referendo e convocar plebiscito; XXVII – indicar, observada a lei complementar estadual, os vereadores representantes do Município na Assembléia Metropolitana; XXVIII – autorizar a participação do Município em convênio, consórcio ou entidade intermunicipais destinados à gestão de função pública, ao exercício de atividade ou à execução de serviços e obras de interesse comum; XXIX – aprovar os estatutos das instâncias previstas nesta Lei Orgânica; XXX – mudar, temporária ou definitivamente, a sua sede. § 1º - Compete também à Câmara manifestar-se, por maioria de seus membros, a favor de proposta de emenda à Constituição do Estado. § 2º - O não-encaminhamento à Câmara de convênio a que se refere o inciso XVI, nos dez dias úteis subseqüentes à sua celebração, implica nulidade dos atos já praticados em virtude de sua execução, aplicando-se o disposto no art. 91, no que couber.

§ 2º declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (ADIN nº 117, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

§ 3º - A representação judicial da Câmara é exercida por sua Procuradoria-Geral, à qual cabe também a consultoria jurídica do Poder Legislativo.

Page 29: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

29

Seção VI Do Processo Legislativo

Art. 85 – O processo legislativo compreende a elaboração de: I – Emenda à Lei Orgânica; II – lei; III – resolução; IV – decreto legislativo.

Inciso IV acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 13, de 04/09/1998 (Art. 1º)

Parágrafo único – São também objeto de deliberação da Câmara, além de outras proposições previstas no Regimento Interno: I – a autorização; II – a indicação; III – o requerimento; IV – a representação. Art. 86 – A Lei Orgânica pode ser emendada mediante proposta: I – de, no mínimo, um terço dos membros da Câmara; II – do Prefeito; III – de, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município. § 1º - As regras de iniciativa privativa pertinentes à legislação ordinária não se aplicam à competência para a apresentação da proposta de que trata o artigo. § 2º - A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio ou estado de defesa, nem quando o Município estiver sob intervenção do Estado. § 3º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e considerada aprovada se obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos membros da Câmara. § 4º - Na discussão de proposta popular de emenda é assegurada a sua defesa, em comissão e no Plenário, por um dos signatários. § 5º - A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de ordem. § 6º - O referendo à emenda será realizado, se requerido antes da data da promulgação, por dois terços dos membros da Câmara, ou por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município. § 7º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser representada na mesma sessão legislativa. Art. 87 – A iniciativa de lei cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara, ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos definidos nesta Lei Orgânica. § 1º - São matéria de lei, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica, que dependem de voto favorável: I – de dois terços dos membros da Câmara:

Page 30: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

30 a) o plano diretor; b) o parcelamento, a ocupação e o uso do solo; c) o código tributário; d) alteração das regras pertinentes ao estatuto dos servidores. Alínea “d” acrescentada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art.

3º) Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de

Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais)

II – da maioria dos membros da Câmara: a) o código de obras; b) o código de posturas; c) o código sanitário; Alínea “d” revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 3º)

Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas

Gerais) e) a organização da Defensoria do Povo e da Guarda Municipal; f) a organização administrativa; g) a criação de cargos, funções e empregos públicos. § 2º - Será dada ampla divulgação aos projetos de Lei Orgânica, estatuto e código previstos no parágrafo anterior ou em outros dispositivos desta Lei, facultado a qualquer cidadão, no prazo de quinze dias da data de sua publicação, apresentar sugestão sobre qualquer um deles ao Presidente da Câmara, que a encaminhará à comissão respectiva, para apreciação. Art. 88 – São matéria de iniciativa privativa, além de outras previstas nesta Lei Orgânica: I – da Mesa da Câmara: a) o regulamento geral, que disporá sobre a organização da Secretaria da Câmara, seu funcionamento, sua polícia, criação, transformação ou extinção de cargo, emprego e função, regime jurídico de seus servidores e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e o disposto nos arts. 49, §§ 1º e 2º, e 57; b) a autorização para o Prefeito ausentar-se do Município; c) a mudança temporária da sede da Câmara; II – do Prefeito: a) a criação de cargo e função públicos da administração direta, autárquica e fundacional e a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros da lei de diretrizes orçamentárias; b) o regime jurídico único dos servidores públicos dos órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, incluído o provimento de cargo, estabilidade e aposentadoria; c) o quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Município; d) a criação, organização e definição de atribuições de órgãos e entidades da administração pública, exceto as da Defensoria do Povo; e) os planos plurianuais; f) as diretrizes orçamentárias; g) os orçamentos anuais; h) a concessão de isenção, benefício ou incentivo fiscal;

Page 31: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

31 I) a divisão regional da administração pública. Art. 89 – Salvos nas hipóteses previstas no artigo anterior, a iniciativa popular em matéria de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros pode ser exercida pela apresentação à Câmara de projeto de lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município, em lista organizada por entidade associativa legalmente constituída, que se responsabilizará pela idoneidade das assinaturas. § 1º - Na discussão do projeto de iniciativa popular, é assegurada a sua defesa, em comissão e no Plenário, por um dos signatários. § 2º - O disposto neste artigo e no § 1º se aplica à iniciativa popular de emenda a projeto de lei em tramitação na Câmara, respeitadas as vedações do art. 90. Art. 90 – Não será admitido aumento da despesa prevista: I – nos projetos de iniciativa do Prefeito, ressalvados a comprovação da existência de receita e o disposto no art. 132, § 4º; II – nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara. Art. 91 – O Prefeito pode solicitar urgência para apreciação de projeto de sua iniciativa, salvo o de Lei Orgânica, estatutária ou equivalente a código, ou que dependa de “quorum” especial para aprovação. § 1º - Se a Câmara não se manifestar sobre o projeto em até quarenta e cinco dias, será ele incluído na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação. § 2º - O prazo do parágrafo anterior não corre em período de recesso da Câmara. Art. 92 – A proposição de lei, resultante de projeto aprovado pela Câmara, será enviada ao Prefeito, que, no prazo de quinze dias úteis, contados da data de seu recebimento: I – se aquiescer, a sancionará; ou II – se a considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrária ao interesse público, a vetará, total ou parcialmente. § 1º - O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo, importa sanção. § 2º - A sanção, expressa ou tácita, supre a iniciativa do Poder Executivo no processo legislativo. § 3º - O Prefeito publicará o veto e, dentro de quarenta e oito horas, comunicará seus motivos ao Presidente da Câmara. § 4º - O veto parcial abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. § 5º - A Câmara, dentro de trinta dias contados do recebimento da comunicação do veto, sobre ele decidirá, em escrutínio secreto, e sua rejeição só ocorrerá pelo voto: I – de três quintos de seus membros, quando a matéria objeto da proposição de lei depender de aprovação por dois terços;

Page 32: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

32 II – da maioria de seus membros, quando a matéria depender de aprovação por “quorum” idêntico ou inferior. § 6º - Se o veto não for mantido, será a proposição de lei enviada ao Prefeito para promulgação. § 7º - Esgotado o prazo estabelecido no § 5º, sem deliberação, o veto será incluído na ordem do dia da reunião imediata, sobrestadas as demais proposições, até votação final, ressalvada a matéria de que trata o § 1º do art. 91. § 8º - Se, nos casos dos §§ 1º e 6º, a lei não for promulgada pelo Prefeito dentro de quarenta e oito horas, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente raú-lo. § 9º - O referendo a proposição de lei será realizado nos termos da legislação específica. Art. 93 – A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa mediante proposta da maioria dos membros da Câmara ou de pelo menos cinco por cento do eleitorado. Art. 94 – A requerimento de vereador, aprovado pelo Plenário, os projetos de lei, decorridos sessenta dias de seu recebimento, serão incluídos na ordem do dia, mesmo sem parecer. Parágrafo único – O projeto somente pode ser retirado da ordem do dia a requerimento do autor, aprovado pelo Plenário.

Seção VII Da Fiscalização e dos Controles

Subseção I

Disposições Gerais Art. 95 – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da administração indireta é exercida pela Câmara, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder e entidade, observado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 74 da Constituição do Estado. § 1º - O controle externo, a cargo da Câmara, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado. § 2º - Os Poderes Legislativo e Executivo e as entidades da administração indireta manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, com a finalidade de: I – avaliar o cumprimento das metas previstas nos respectivos planos plurianuais e a execução dos programas de governo e dos orçamentos; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos da administração direta e das entidades da administração indireta, e da aplicação de recursos públicos por entidade de direito privado;

Page 33: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

33 III – exercer o controle de operações de crédito, avais e garantias, e o de seus direitos e haveres; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. § 3º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas e ao Defensor do Povo, sob pena de responsabilidade solidária. Art. 96 – Qualquer cidadão, partido político, associação legalmente constituída ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade de ato de agente público. Parágrafo único – A denúncia poderá ser feita, em qualquer caso, à Câmara e à Defensoria do Povo, ou, sobre o assunto da respectiva competência, ao Ministério Público ou ao Tribunal de Contas. Art. 97 – As contas do Prefeito, referentes à gestão financeira do ano anterior, serão julgadas pela Câmara mediante parecer prévio do Tribunal de Contas, nos termos da Constituição do Estado, o qual somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara. § 1º - Para efeito de exame e apreciação, as contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer cidadão, que poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 2º - No primeiro e no último ano de mandato do Prefeito, o Município enviará ao Tribunal de Contas inventário de todos os seus bens móveis e imóveis. Art. 98 – Anualmente, dentro de sessenta dias do início da sessão legislativa, a Câmara receberá, em reunião especial, o Prefeito, que informará, por meio de relatório, o estado em que se encontram os assuntos municipais. Parágrafo único – Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assunto de interesse público, a Câmara o receberá em reunião previamente designada. Art. 99 – A Câmara, após aprovação da maioria de seus membros, convocará plebiscito para que o eleitorado do Município se manifeste sobre ato político do Poder Executivo ou do Poder Legislativo, desde que requerida a convocação por vereador, pelo Prefeito ou, no mínimo, por cinco por cento do eleitorado do Município.

Subseção II Da Defensoria do Povo

Art. 100 – A Defensoria do Povo é órgão público dotado de autonomia administrativa e financeira e com funções de controle da administração pública, e suas atribuições, organização e funcionamento serão definidos em lei, aprovada pela maioria dos membros da Câmara. § 1º - A Defensoria é dirigida pelo Defensor do Povo, com mais de trinta anos de idade, notável experiência, reputação ilibada e reconhecido senso de justiça, eleito

Page 34: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

34 por dois terços dos membros da Câmara, para mandato, não-renovável, de quatro anos, e nomeado pelo Presidente desta. § 2º - O Defensor do Povo se sujeita, no que couber e na forma da lei, às proibições, incompatibilidades e perda do mandato aplicáveis ao Vereador. Art. 101 – A Defensoria do Povo terá, entre outras, as seguintes atribuições: I – apurar os atos, fatos e omissões de órgãos e entidades da administração pública ou de seus agentes, que impliquem exercício ilegítimo, inconveniente ou inoportuno de suas funções; II – apurar: a) as reclamações contra prestação dos serviços públicos; b) os atos ou omissões do Poder Público, com ofensa dos princípios a que se sujeita a administração, de modo especial o pertinente à moralidade administrativa; III – divulgar, para conhecimento do cidadão, os direitos deste em face do Poder Público, incluído o de exercer o controle direto dos atos administrativos; IV – divulgar informações e avaliações relativas à sua ação, com o direito de publicá-la em órgão oficial de imprensa; V – acompanhar os processos de licitação; VI – encaminhar relatórios de suas atividades e prestar suas contas à Câmara. Parágrafo único – Obrigam-se as autoridades de órgãos e entidades a fornecer, em regime de urgência, sob pena de responsabilização, documentos, dados, informações e certidões solicitados pelo Defensor do Povo.

CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO

Seção I

Disposições Gerais Art. 102 – O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelos Secretários Municipais. Art. 103 – A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, se realizará até noventa dias antes do término do mandato de seus antecessores, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País, e a posse ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 da Constituição da República. Parágrafo único – Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 51, I, II e III. Art. 104 – A eleição do Prefeito importará, para mandato correspondente, a do Vice-Prefeito com ele registrado. § 1º - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em reunião da Câmara, prestando o seguinte compromisso: “Prometo manter, defender e cumprir as Constituições da República e do Estado, a Lei Orgânica do Município, observar as leis, promover o bem geral do povo belo-horizontino e exercer o meu cargo sob a inspiração do interesse público, da lealdade e da honra”.

Page 35: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

35 § 2º - O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito nos seus impedimentos e lhe sucederá na vacância do cargo. § 3º - O Vice-Prefeito auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para missões especiais. Art. 105 – No caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou no de vacância dos respectivos cargos, será chamado ao exercício do Governo o Presidente da Câmara. § 1º - Vagando os cargos de Prefeito e de Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. § 2º - Ocorrendo a vacância nos últimos quinze meses do mandato governamental, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela Câmara, na forma de lei, aprovada pela maioria dos membros desta. § 3º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Art. 106 – Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, reconhecido pela Câmara, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Art. 107 – O Prefeito e o Vice-Prefeito residirão no Município. Parágrafo único – O pedido de autorização para o Prefeito e o Vice-Prefeito ausentarem-se do Município, nos termos do art. 84, X, desta Lei Orgânica, será decidido pela Mesa Diretora da Câmara Municipal.

Art. 107 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 17, de 09/07/2001(Art. 1º)

Seção II

Das Atribuições do Prefeito Municipal Art. 108 – Compete privativamente ao Prefeito Municipal: I – nomear e exonerar Secretário Municipal; II – exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior do Poder Executivo; III – prover os cargos públicos do Poder Executivo; IV – prover os cargos de direção ou administração superior de autarquia e fundação pública; V – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica; VI – fundamentar os projetos de lei que remeter à Câmara; VII – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e, para sua fiel execução, expedir decretos e regulamentos; VIII – vetar proposições de lei; IX – remeter mensagem e planos de governo à Câmara, quando da reunião inaugural da sessão legislativa ordinária, expondo a situação do Município, especialmente o estado das obras e dos serviços municipais;

Page 36: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

36 X – enviar à Câmara a proposta de plano plurianual, o projeto da lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento; XI – prestar, anualmente, dentro de sessenta dias da abertura da sessão legislativa ordinária, as contas referentes ao exercício anterior; XII – extinguir cargo desnecessário, desde que vago ou ocupado por servidor público não-estável, na forma da lei; XIII – celebrar convênios, ajustes e contratos de interesse municipal; XIV – contrair empréstimo, externo ou interno, e fazer operação ou acordo externo de qualquer natureza, mediante prévia autorização da Câmara, observado os parâmetros de endividamento regulados em lei, dentro dos princípios da Constituição da República; XV – convocar extraordinariamente a Câmara, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica; XVI – fixar, mediante decreto, o preço dos bens e serviços; XVII – exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica.

Seção III Do Processo e Julgamento do Prefeito Municipal

Art. 109 – São crimes de responsabilidade do Prefeito os definidos em lei federal especial, que estabelece as normas de processo de julgamento. Parágrafo único – Nos crimes de responsabilidade, e nos comuns, o Prefeito será submetido a processo e julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado. Art. 110 – São infrações político-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Câmara, além de outras previstas nesta Lei Orgânica: I – impedir o funcionamento regular da Câmara; II – impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos arquivos da administração pública, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissão de investigação da Câmara, pelo Defensor do Povo ou por auditoria regularmente instituída; III – desatender, sem motivo justo, os pedidos de informação da Câmara, quando feitos a tempo e em forma regular; IV – retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e os atos sujeitos a essa formalidade; V – deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo e em forma regular, a proposta orçamentária; VI – descumprir o orçamento aprovado para exercício financeiro; VII – praticar ato administrativo contra expressa disposição de lei ou omitir-se na prática daquele por ela exigido; VIII – omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos à sua administração; IX – ausentar-se do Município por tempo superior ao permitido nesta Lei Orgânica, ou afastar-se do exercício do cargo, sem autorização da Câmara; X – deixar de remeter à Câmara, até o dia vinte de cada mês, um duodécimo da dotação orçamentária destinada ao Poder Legislativo, salvo se por motivo justo, fundamentado ao Presidente da Câmara em tempo hábil; XI – deixar de declarar seus bens, nos termos do art. 215, parágrafo único; XII – proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

Page 37: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

37 § 1º - A denúncia, escrita e assinada, poderá ser feita por qualquer cidadão, com a exposição dos fatos e a indicação das provas. § 2º - Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de integrar a comissão, processante, e, se for o Presidente da Câmara, passará a presidência ao substituto legal para os atos do processo. § 3º - Será convocado o suplente do vereador impedido de votar, o qual não poderá integrar a comissão processante. § 4º - De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira reunião subseqüente, determinará sua leitura e constituirá a comissão processante, formada por sete vereadores, sorteados entre os desimpedidos e pertencentes a partidos diferentes, os quais elegerão, desde logo, o presidente e o relator. § 5º - A comissão, no prazo de dez dias, emitirá parecer, que será submetido ao Plenário, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, podendo proceder às diligências que julgar necessárias. § 6º - Aprovado o parecer favorável ao prosseguimento do processo, por dois terços dos membros da Câmara, o Presidente determinará, desde logo, a abertura da instrução, citando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia, dos documentos que a instruem e do parecer da comissão, informando-lhe o prazo de vinte dias para o oferecimento da contestação e a indicação dos meios de prova com que pretenda demonstrar a verdade do alegado. § 7º - Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, com ou sem contestação, a comissão processante determinará as diligências requeridas, ou as que julgar convenientes, e realizará as audiências necessárias para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o denunciado, que poderão assistir pessoalmente, ou por seu procurador, a todas as reuniões e diligências da comissão, interrogando e contraditando as testemunhas e requerendo a sua reinquirição ou acareação. § 8º - Após as diligências, a comissão proferirá, no prazo de dez dias, parecer final sobre a procedência ou improcedência da acusação e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de reunião para julgamento, que se realizará após a distribuição do parecer. § 9º - Na reunião de julgamento, o processo será lido integralmente, e, a seguir, os Vereadores que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de quinze minutos cada um, sendo que, ao final, o denunciado ou seu procurador terá o prazo máximo de duas horas para produzir defesa oral. § 10 – Terminada a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais quantas forem as infrações articuladas na denúncia. § 11 – Considerar-se-á afastado definitivamente do cargo e inabilitado, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis, o denunciado que for declarado, pelo voto de dois terços dos membros da Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia.

Page 38: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

38 § 12 – Concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente o resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração e, se houver condenação, expedirá a competente resolução de cassação do mandato, ou, se o resultado da votação for absolutório, determinará o arquivamento do processo, comunicando, em qualquer dos casos, o resultado à Justiça Eleitoral. § 13 – O processo deverá estar concluído dentro de noventa dias, contados da citação do acusado, e, transcorrido o prazo sem julgamento, será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os mesmos fatos. Art. 111 – O Prefeito será suspenso de suas funções: I – nos crimes comuns e de responsabilidade, se recebida a denúncia ou a queixa pelo Tribunal de Justiça do Estado; e II – nas infrações político-administrativas, se admitida a acusação e instaurado o processo, pela Câmara.

Seção IV Dos Secretários Municipais

Art. 112 – O Secretário Municipal será escolhido dentre brasileiros, maiores de vinte e um anos de idade e no exercício dos direitos políticos, e está sujeito, desde a posse, aos mesmos impedimentos do Vereador. Parágrafo único – Além de outras atribuições conferidas em lei, compete ao Secretário Municipal: I – orientar, coordenar e supervisionar as atividades dos órgãos de sua Secretaria e das entidades da administração indireta a ela vinculadas; II – referendar ato e decreto do Prefeito; III – expedir instruções para a execução de lei, decreto e regulamento; IV – apresentar ao Prefeito relatório anual de sua gestão; V – comparecer à Câmara, nos casos e para os fins previstos nesta Lei Orgânica; VI – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito. Art. 113 – O Secretário é processado e julgado perante a Câmara, nas infrações político-administrativas, observado, no que couber, o disposto nos arts. 110 e 111.

Seção V Da Procuradoria do Município

Art. 114 – A Procuradoria do Município é o órgão que o representa judicialmente, cabendo-lhe também as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos ao Poder Executivo, e, privativamente, a execução de dívida ativa. § 1º - O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. § 2º - A Procuradoria do Município tem por chefe o Procurador-Geral do Município, de livre designação pelo Prefeito, dentre advogados de reconhecido saber jurídico e reputação ilibada.

TÍTULO V – DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Page 39: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

39

CAPÍTULO I

DA TRIBUTAÇÃO

Seção I Dos Tributos Municipais

Art. 115 – Ao Município compete instituir: I – impostos sobre: a) propriedade predial e territorial urbana; b) transmissão “inter-vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição; c) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel; d) serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, nos termos da Constituição da República e da legislação complementar específica; II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição; III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º - O imposto previsto na alínea “a” do inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade. § 2º - O imposto previsto na alínea “b” do inciso I não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nestes casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, a locação de bens imóveis ou o arrendamento mercantil. § 3º - As alíquotas dos impostos previstos nas alíneas “c” e “d” do inciso I obedecerão aos limites fixados em lei complementar federal. § 4º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração municipal identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 5º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Art. 116 – Constituem também recursos financeiros do Município: I – as multas arrecadadas pelo exercício do poder de polícia; II – as rendas provenientes de concessão, permissão, cessão ou autorização; III – o produto da alienação de bens imóveis ou móveis, ações e direitos, na forma da lei; IV – as doações e legados, com ou sem encargos; V – outros definidos em lei. Art. 117 – Somente ao Município cabe instituir isenção de tributo de sua competência, por meio de lei aprovada por dois terços dos membros da Câmara, prevalecendo o estatuído para o exercício seguinte.

Page 40: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

40 Art. 118 – A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos municipais que incidam sobre vendas e serviços, observadas as legislações federal e estadual sobre consumo.

Seção II

Das Limitações ao Poder de Tributar Art. 119 – É vedado ao Município, sem prejuízo das garantias asseguradas aos contribuintes e do disposto no art. 150 da Constituição da República e na legislação complementar específica, estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Art. 120 – Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária de competência do Município só poderá ser concedida por lei aprovada por dois terços dos membros da Câmara. Parágrafo único – O perdão da multa, o parcelamento e a compensação de débitos fiscais poderão ser concedidos por ato do Poder Executivo, nos casos e condições especificados em lei.

Seção III Da Participação do Município em Receitas Tributárias Federais e Estaduais

Art. 121 – Em relação aos impostos de competência da União, pertencem ao Município: I – o produto da arrecadação do imposto sobre rendas e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pela administração direta, pelas autarquias e pelas fundações instituídas e mantidas pelo Município; II – cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município. Art. 122 – Em relação aos impostos de competência do Estado, pertencem ao Município: I – cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores, licenciados no território municipal, a serem creditados nos termos do art. 150, § 1º, da Constituição do Estado; II – vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, a serem creditados na forma do disposto no art. 158, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição da República e no art. 150, § 1º, da Constituição do Estado. Art. 123 – Caberá também ao Município: I – a respectiva quota no Fundo de Participação dos Municípios, como disposto no art. 159, inciso I, alínea “b”, da Constituição da República; II – a respectiva quota do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, como disposto no art. 159, inciso II e § 3º, da Constituição da República e no art. 150, inciso III e § 1º, da Constituição do Estado;

Page 41: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

41 III – a respectiva quota do produto da arrecadação do imposto de que trata o inciso V do art. 153 da Constituição da República, nos termos do inciso II do § 5º do mesmo artigo. Art. 124 – Ocorrendo a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos decorrentes da repartição das receitas tributárias, por parte da União ou do Estado, o Poder Executivo adotará as medidas judiciais cabíveis, à vista do disposto nas Constituições da República e do Estado.

CAPÍTULO II DO ORÇAMENTO

Art. 125 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. Art. 126 – A lei que instituir o plano plurianual de ação governamental, compatível com o plano diretor, estabelecerá, por administrações regionais, as diretrizes, objetivos e metas da administração municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas a programas de duração continuada. Art. 127 – A lei de diretrizes orçamentárias, compatível com o plano plurianual, compreenderá as metas e prioridades da administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária. Art. 128 – A lei orçamentária anual compreenderá: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes Públicos, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Município; II – o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III – o orçamento da seguridade social, se houver, abrangendo todas as entidades e órgãos da administração direta e indireta do Município a ela vinculados, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Parágrafo único – Integrarão a lei orçamentária demonstrativos específicos com detalhamento das ações governamentais, em nível mínimo de: I – órgão ou entidade responsável pela realização da despesa e da função; II – objetivos e metas; III – natureza da despesa; IV – fontes de recursos; V – órgão ou entidade beneficiários; VI – identificação dos investimentos, por região do Município; VII – identificação, de forma regionalizada, dos efeitos, sobre as receitas e as despesas, decorrentes de isenções, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Art. 129 – A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição autorização para

Page 42: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

42 abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Art. 130 – A lei orçamentária assegurará investimentos prioritários em programas de educação, saúde, habitação, saneamento básico e proteção ao meio ambiente. Parágrafo único – Os recursos para os programas de saúde não serão inferiores aos destinados aos investimentos em transporte e sistema viário. Art. 131 – Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Prefeito à Câmara, nos termos e prazos fixados pela legislação específica. Parágrafo único – O não-cumprimento do disposto no artigo implica a elaboração, pela comissão prevista no § 1º do art. 132, de projeto de lei sobre a matéria, tomando por base a respectiva legislação vigente. Art. 132 – Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara, na forma regimental. § 1º - Caberá à comissão permanente da Câmara: I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos no artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito; II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões da Câmara. § 2º - As emendas serão apresentadas na comissão permanente, que sobre elas emitirá parecer, para apreciação na forma regimental pelo Plenário. § 3º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não podem ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. § 4º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou a projeto que a modifique somente podem ser aprovadas caso: I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; ou III – sejam relacionadas: com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. § 5º - O Prefeito poderá enviar a mensagem à Câmara para propor modificação nos projetos a que se refere o artigo enquanto não iniciada, na comissão permanente, a votação da parte cuja alteração é proposta. § 6º - Rejeitado pela Câmara o projeto de lei orçamentária anual, prevalecerá, para o ano seguinte, o orçamento do exercício em curso, aplicando-se-lhe a atualização dos valores.

Page 43: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

43 § 7º - Se a Câmara não devolver, para sanção, o projeto de lei do orçamento anual no prazo consignado na legislação específica, o Prefeito raújo t-lo-á como lei. § 8º - Aplicam-se aos projetos mencionados no artigo, no que não contrariar o disposto neste Capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo. Art. 133 – Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. Art. 134 – São vedados: I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III – a realização de operações de crédito: a) sem autorização legislativa em que se especifiquem a destinação, o valor, o prazo da operação, a taxa de remuneração do capital, as datas de pagamento, a espécie dos títulos e a forma de resgate, salvo disposição diversa em legislação federal ou estadual; b) que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela Câmara, por maioria de seus membros; IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 160, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 129; V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados; VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos; IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão do plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. § 3º - Admitir-se-á a abertura de crédito extraordinário, “ad referendum” da Câmara, para atender a despesas imprevistas e urgentes, decorrentes de calamidade pública.

Page 44: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

44 Art. 135 – Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados à Câmara, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês. Art. 136 – A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal. Parágrafo único – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alterações de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Art. 137 – À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim. § 1º - É obrigatória a inclusão, no orçamento municipal, de dotação necessária ao pagamento de seus débitos constantes de precatórios judiciários, apresentados até primeiro de julho, data em que terão atualizados seus valores, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte. § 2º - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao Poder Judiciário, recolhidas as importâncias respectivas à repartição competente, para atender ao disposto no art. 100, § 2º, da Constituição da República.

TÍTULO VI – DA ORDEM SOCIAL E ECONÔMICA

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 138 – A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. Parágrafo único – São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, na forma da Constituição da República e desta Lei Orgânica. Art. 139 – O Poder Público, agente normativo e regulador da atividade econômica, exercerá, no âmbito de sua competência, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, atuando: I – na eliminação do abuso do poder econômico; II – na defesa, promoção e divulgação dos direitos do consumidor; III – na fiscalização da qualidade dos bens e dos serviços produzidos e comercializados em seu território;

Page 45: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

45 IV – no apoio à organização da atividade econômica em cooperativas e no estímulo ao associativismo; V – na democratização da atividade econômica. VI – na proteção dos trabalhadores em face da automação.

Inciso VI acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica n° 16, de 15/06/2000 (Art. 1º) Parágrafo único – O Município dispensará tratamento jurídico diferenciado à pequena e à microempresa, assim definidas em lei, visando a raújo ta-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. Art. 140 – A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias. Parágrafo único – As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não-extensivos às do setor privado.

CAPÍTULO II DA SAÚDE

Art. 141 – A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurado mediante políticas econômicas, sociais, ambientais e outras que visem à prevenção e à eliminação do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, sem qualquer discriminação. Parágrafo único – O direito à saúde implica a garantia de: I – condições dignas de trabalho, renda, moradia, alimentação, educação, lazer e saneamento; II – participação da sociedade civil na elaboração de políticas, na definição de estratégias de implementação e no controle das atividades com impacto sobre a saúde, entre elas as mencionadas no inciso anterior; III – acesso às informações de interesse da saúde individual e coletiva, bem como sobre as atividades desenvolvidas pelo sistema; IV – proteção do meio ambiente e controle da poluição ambiental; V – acesso igualitário às ações e aos serviços de saúde; VI – dignidade, gratuidade e boa qualidade no atendimento e no tratamento de saúde; VII – opção quanto ao número de filhos. Art. 142 – As ações e serviços de saúde são de relevância pública, e cabem ao Poder Público sua regulamentação, fiscalização e controle, na forma da lei. Art. 143 – As ações e serviços públicos de saúde integram o Sistema Único de Saúde, que se organiza, no Município, de acordo com as seguintes diretrizes: I – comando político-administrativo único das ações pelo órgão central do sistema, articulado com as esferas estadual e federal, formando uma rede regionalizada e hierarquizada; II – participação da sociedade civil; III – integralidade da atenção à saúde, entendida como o conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos, curativos e de recuperação individuais e

Page 46: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

46 coletivos, exigidos para cada caso e em todos os níveis de complexidade do sistema, adequado às realidades epidemiológicas; IV – integração, em nível executivo, das ações originárias do Sistema Único com as demais ações setoriais do Município; V – proibição de cobrança do usuário pela prestação de serviços públicos e contratados de assistência à saúde, salvo na hipótese de opção por acomodações diferenciadas; VI – distritalização dos recursos, dos serviços e das ações, segundo critérios de contingente populacional e de demanda; VII – desenvolvimento dos recursos humanos e científico-tecnológicos do sistema, adequados às necessidades da população; VIII – formulação e implantação de ações em saúde mental, obedecendo ao seguinte: a) respeito aos direitos e garantias fundamentais do doente mental, inclusive quando internado; b) estabelecimento de política que priorize e amplie atividades e serviços preventivos e extra-hospitalares. Parágrafo único – Na distribuição dos recursos, serviços e ações a que se refere o inciso I, serão observados o disposto nos planos diretor e plurianual e na lei de diretrizes orçamentárias e o princípio da hierarquização, compreendidos, para tal fim, os seguintes equipamentos: I – unidades locais de saúde; II – policlínicas; III – hospitais gerais; IV – hospitais de nível terciário; V – hospitais especializados. Art. 144 – Compete ao Município, no âmbito do Sistema Único de Saúde, além de outras atribuições previstas na legislação federal: I – a elaboração e a atualização periódica do plano municipal de saúde, em consonância com os planos estadual e federal e com a realidade epidemiológica; II – a direção, a gestão, o controle e a avaliação das ações de saúde ao nível municipal; III – a administração do fundo municipal de saúde e a elaboração de proposta orçamentária; IV – a fiscalização da produção ou da extração, do armazenamento, do transporte e da distribuição de substâncias, produtos, máquinas e equipamentos que possam apresentar riscos à saúde da população; V – o planejamento, a execução e a fiscalização das ações de vigilância epidemiológica e sanitária, incluindo os relativos à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente, em articulação com os demais órgãos e entidades governamentais; VI – o oferecimento aos cidadãos, por meio de equipes multiprofissionais e de recursos de apoio, de todas as formas de assistência e tratamento necessárias e adequadas, incluídas a homeopatia e as práticas alternativas reconhecidas; VII – a promoção gratuita e prioritária, pelas unidades do sistema público de saúde, de cirurgia interruptiva de gravidez, nos casos permitidos por lei; VIII – a normatização complementar e a padronização dos procedimentos relativos à saúde, pelo código sanitário; IX – a formulação e implementação de política de recursos humanos na esfera municipal, com vistas à valorização do profissional da área de saúde, mediante instituição de planos de carreira e condições para reciclagem periódica;

Page 47: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

47 X – o controle dos serviços especializados em segurança e medicina do trabalho; XI – a instalação de estabelecimento de assistência médica de emergência em cada área regional do Município; XII – a adoção de política de fiscalização e controle de endemias; XIII – a prevenção do uso de drogas que determinem dependência física ou psíquica, bem como seu tratamento especializado, provendo aos recursos humanos e materiais necessários; XIV – a informação à população sobre os riscos e danos à saúde e medidas de prevenção e controle, inclusive mediante a promoção da educação sanitária nas escolas municipais; XV – a prevenção de deficiências, bem como o tratamento e a reabilitação de seus portadores; XVI – a transferência, quando necessária, do paciente carente de recursos para estabelecimento de assistência médica ou ambulatorial, integrante do Sistema Único de Saúde, mais próximo de sua residência; XVII – a implementação, em conjunto com órgãos federais e estaduais, do sistema de informatização, na área de saúde; XVIII – a participação na produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos. Art. 145 – O Poder Público poderá contratar a rede privada, quando houver insuficiência de serviços públicos, para assegurar a plena cobertura assistencial à população, segundo as normas de direito público e mediante autorização do órgão competente. § 1º - A rede privada, na condição de contratada, submete-se ao controle da observância das normas técnicas estabelecidas pelo Poder Público e integra o Sistema Único de Saúde ao nível municipal. § 2º - Terão prioridade para contratação as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 3º - É assegurado à administração do Sistema Único de Saúde o direito de intervir na execução do contrato de prestação de serviços, quando ocorrer infração de normas contratuais e regulamentares. § 4º - Caso a intervenção não restabelecer a normalidade da prestação de atendimento à saúde da população, poderá o Poder Executivo promover a desapropriação da unidade ou rede prestadora de serviços, na forma da lei. Art. 146 – O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos do orçamento municipal e do orçamento da seguridade social da União, além de outras fontes, os quais constituirão o fundo municipal de saúde. § 1º - As dotações orçamentárias oriundas da União e do Estado serão destinadas diretamente ao fundo. § 2º - É vedada a destinação de recursos do fundo para auxílios e subsídios, bem como a concessão de prazos ou juros privilegiados às entidades privadas.

Page 48: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

48 Art. 147 – As pessoas físicas ou jurídicas que gerem riscos ou causem danos à saúde de pessoas ou grupos assumirão o ônus do controle e da reparação de seus atos. Art. 148 – O Município priorizará a assistência à saúde materno-infantil. Art. 149 – A assistência à saúde é livre iniciativa privada.

CAPÍTULO III

DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 150 – Compete ao Poder Público formular e executar a política e os planos plurianuais de saneamento básico, assegurando: I – o abastecimento de água, compatível com os padrões de higiene, conforto e potabilidade, independentemente da regularidade do parcelamento do solo ou da edificação;

Inciso I com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 21, de 17/07/2007 (Art. 1º) II – a coleta e a disposição dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos e a drenagem das águas pluviais, de forma a preservar o equilíbrio ecológico e prevenir as ações danosas à saúde; III – o controle de vetores. § 1º - As ações de saneamento básico serão precedidas de planejamento que atenda aos critérios de avaliação do quadro sanitário da área a ser beneficiada, objetivando a reversão e a melhoria do perfil epidemiológico. § 2º - O Poder Público desenvolverá mecanismos institucionais que compatibilizem as ações de saneamento básico com as de habitação, desenvolvimento urbano, preservação do meio ambiente e gestão dos recursos hídricos, buscando integração com outros municípios nos casos em que se exigirem ações conjuntas. § 3º - As ações municipais de saneamento básico serão executadas diretamente ou por delegação, visando ao atendimento adequado à população. Art. 151 – O Município manterá sistema de limpeza urbana, coleta, tratamento e destinação final do lixo, observado o seguinte: I – a coleta de lixo será seletiva; II – o Poder Público estimulará o acondicionamento seletivo dos resíduos; III – os resíduos recicláveis serão acondicionados para reintrodução no ciclo do sistema ecológico; IV – os resíduos não-recicláveis serão acondicionados e terão destino final que minimize o impacto ambiental; V – o lixo séptico proveniente de hospitais, laboratórios e congêneres será acondicionado e apresentado à coleta em contenedores especiais, coletado em veículos próprios e específicos e transportado separadamente, tendo destino final em incinerador público; VI – os terrenos resultantes de aterros sanitários serão destinados a parques ou áreas verdes; VII – a coleta e a comercialização dos materiais recicláveis serão feitas preferencialmente por meio de cooperativas de trabalho.

CAPÍTULO IV

Page 49: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

49

DO MEIO AMBIENTE

Art. 152 – Todos têm direito ao meio ambiente harmônico, bem de uso comum do povo e essencial à saudável qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de raújo -lo, raújo t-lo e manter as plenas condições de seus processos vitais para as gerações presentes e futuras. § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público, entre outras atribuições: I – promover a educação ambiental multidisciplinar nas escolas municipais e disseminar as informações necessárias à conscientização da população para a preservação do meio ambiente; II – assegurar o livre acesso às informações ambientais básicas e divulgar, sistematicamente, os níveis de poluição e de qualidade do meio ambiente no Município; III – prevenir e controlar a poluição, a erosão, o assoreamento e outras formas de degradação ambiental; IV – preservar remanescentes de vegetações, como florestas, cerrados e outros, a fauna e a flora, controlando a extração, a captura, a produção, o armazenamento, a comercialização, o transporte e o consumo de espécimes e subprodutos, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade; V – criar parques, reservas, estações ecológicas e outras unidades de conservação, mantê-los sob especial proteção e raú-los da infra-estrutura indispensável às suas finalidades; VI – estimular e promover o reflorestamento com espécies nativas, objetivando especialmente a proteção de encostas e dos recursos hídricos; VII – fiscalizar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que importem riscos para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, bem como o transporte e o armazenamento dessas substâncias no território municipal; VIII – sujeitar à prévia anuência do órgão ou entidade municipal de controle e política ambiental o licenciamento para início, ampliação ou desenvolvimento de atividades e construção ou reforma de instalações que possam causar degradação do meio ambiente, sem prejuízo de outras exigências legais; IX – determinar para atividades e instalações de significativo potencial poluidor a realização periódica de auditorias nos respectivos sistemas de controle de poluição, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade dos recursos ambientais; X – estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de energia alternativa não-poluentes, bem como de tecnologia poupadora de energia; XI – implantar e manter hortos florestais destinados à recomposição da flora nativa e à produção de espécies diversas para a arborização dos logradouros públicos; XII – promover ampla arborização dos logradouros públicos, a substituição de espécimes inadequados e a reposição daqueles em processo de deterioração ou morte. § 2º - O licenciamento de que trata o inciso VIII do parágrafo anterior dependerá, no caso de atividade ou obra potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, de prévio relatório de impacto ambiental, seguido de audiência pública para informação e discussão sobre o projeto, resguardado o sigilo industrial.

Page 50: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

50 § 3º - Aquele que explora recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão ou entidade municipal de controle e política ambiental. § 4º - A conduta e a atividade consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão o infrator, pessoa física ou jurídica, a sanções administrativas, inclusive a interdição temporária ou definitiva, sem prejuízo das cominações penais e da obrigação de reparar o dano causado. Art. 153 – São vedadas no território municipal: I – a disposição inadequada e a eliminação de resíduo tóxico; II – a caça profissional, amadora e esportiva; III – a emissão de sons, ruídos e vibrações que prejudiquem a saúde, o sossego e o bem-estar públicos. Art. 154 – É vedado ao Poder Público contratar e conceder isenções, incentivos e benefícios fiscais a quem estiver em situação de irregularidade diante das normas de proteção ambiental. Art. 155 – Cabe ao Poder Público: I – reduzir ao máximo a aquisição e a utilização de material não-reciclável e não-biodegradável, além de divulgar os malefícios desse material sobre o meio ambiente; II – fiscalizar, por meios técnicos específicos, a qualidade dos combustíveis distribuídos no Município e a emissão de poluentes por veículos automotores, máquinas e equipamentos, bem como estimular a implantação de medidas e uso de tecnologias que venham minimizar seus impactos; III – implantar medidas corretivas e preventivas para recuperação dos recursos hídricos; IV – estimular a adoção de alternativas de pavimentação, para garantia de menor impacto à permeabilidade do solo; V – implantar e manter áreas verdes de preservação permanente, em proporção nunca inferior a doze metros quadrados por habitante, distribuídos eqüitativamente por Administração Regional; VI – estimular a substituição do perfil industrial do Município, incentivando indústria de menor impacto ambiental; VII – controlar os níveis de poluição sonora, visando a manter o sossego e o bem-estar públicos; VIII – manter sistema de atendimento de emergência para casos de poluição acidental, em articulação com instituições públicas e privadas; IX – fiscalizar os serviços e as instalações nucleares de qualquer natureza e a utilização de quaisquer fontes de radiação. Art. 156 – A Câmara manifestar-se-á previamente, em relação ao território municipal, sobre: I – a instalação de reator nuclear; II – a disposição e o transporte de rejeitos de usina que opere com reator nuclear; III – a fabricação, a comercialização, o transporte e a utilização de equipamento bélico nuclear.

CAPÍTULO V DA EDUCAÇÃO

Page 51: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

51 Art. 157 – A educação, direito de todos, dever do Poder Público e da sociedade, tem como objetivo o pleno desenvolvimento do cidadão, tornando-o capaz de refletir sobre a realidade e visando à qualificação para o trabalho. § 1º - O dever do Município com a educação implica a garantia de: I – ensino de primeiro grau, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, em período de oito horas diárias para o curso diurno; II – atendimento obrigatório e gratuito em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade, em horário integral, bem como acesso automático ao ensino de primeiro grau; III – expansão progressiva da escola pública de segundo grau; IV – acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; V – atendimento à criança em creche, pré-escola e no ensino de primeiro grau, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, de assistência à saúde e de alimentação, inclusive, para a carente, nos períodos não-letivos; VI – expansão e manutenção da rede municipal de ensino, com a dotação de infra-estrutura física e equipamentos adequados; VII – preservação dos aspectos humanísticos e profissionalizantes do ensino de segundo grau; VIII – atendimento educacional especializado ao portador de deficiência, sem limite de idade, na rede regular de ensino, bem como vaga em escola próxima a sua residência; IX – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; X – programas específicos de atendimento à criança e ao adolescente superdotados; XI – criação e manutenção, no currículo das escolas públicas, de cursos técnico-profissionalizantes adequados às peculiaridades e potencialidades dos educandos; XII – supervisão e orientação educacional em todos os níveis e modalidades de ensino nas escolas públicas, exercidas por profissional habilitado; XIII – passe escolar gratuito ao aluno do sistema público municipal que não conseguir matrícula em escola próxima à sua residência, observado os requisitos da lei. § 2º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito, bem como o atendimento em creche e pré-escola, é direito público subjetivo. § 3º - O não-oferecimento do ensino pelo Poder Público, sua oferta irregular, ou o não-atendimento ao portador de deficiência importam responsabilidade da autoridade competente. § 4º - Compete ao Município recensear as crianças em idade de creche e pré-escola e os educandos no ensino de primeiro grau e zelar pela freqüência à escola. § 5º - O Município manterá os programas de educação pré-escolar e de ensino de primeiro grau com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado. Art. 158 – Na promoção da educação pré-escolar e do ensino de primeiro e segundo graus, o Município observará os seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

Page 52: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

52 II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de idéias e de concepções filosóficas, políticas, estéticas, religiosas e pedagógicas, que conduza ao educando à formação de uma postura ética e social própria; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, extensiva aos programas suplementares; V – valorização dos profissionais do ensino, com a garantia de plano de carreira para o magistério público, com piso de vencimento profissional, pagamento por habilitação e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, realizado periodicamente, sob o regime jurídico único adotado pelo Município para seus servidores; VI – garantia do princípio do mérito, objetivamente apurado, na carreira do magistério; VII – garantia do padrão de qualidade, mediante: a) reciclagem periódica dos profissionais de educação; b) avaliação cooperativa periódica por órgão próprio do sistema educacional, pelo corpo docente, pelos alunos e pelos responsáveis por estes; VIII – incentivo à participação da comunidade no processo educacional; IX – preservação dos valores educacionais e culturais locais; X – gestão democrática do ensino público, mediante, entre outras medidas, a instituição de: a) Assembléia Escolar, como instância máxima de deliberação de escola municipal, composta por servidores nela lotados, por alunos e seus pais e por membros da comunidade; b) direção colegiada de escola municipal; c) eleição direta e secreta, em dois turnos, se necessário, para o exercício de cargo comissionado de Diretor e de função de Vice-Diretor de escola municipal, para mandato de três anos, permitida uma recondução consecutiva, mediante eleição, e garantida a participação de todos os segmentos da comunidade;

Alínea “c” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 20, de ½/2007 (Art. 1º),

Vide Emenda à Lei Orgânica nº 20, de ½/2007, que estabelece os efeitos da nova redação para o mandato subseqüente ao vigente na data de aprovação da

emenda (Art. 2º) XI – garantia e estímulo à organização autônoma dos alunos, no âmbito das escolas municipais. Art. 159 – Para o atendimento de crianças de zero a seis anos de idade, o Município deverá: I – criar, implantar, implementar, manter, orientar, supervisionar e fiscalizar as creches; II – atender, por meio de equipe multidisciplinar, composta por professor, pedagogo, psicólogo, assistente social, enfermeiro e nutricionista, às necessidades da rede municipal de creches; III – propiciar cursos e programas de reciclagem, treinamento, gerenciamento administrativo e especialização, visando à melhoria e ao aperfeiçoamento dos trabalhadores de creches; IV – estabelecer normas de construção e reforma de logradouros e dos edifícios para o funcionamento de creches, buscando soluções arquitetônicas adequadas à faixa etária das crianças atendidas;

Page 53: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

53 V – estabelecer política municipal de articulação junto às creches comunitárias e às filantrópicas. § 1º - O Município fornecerá instalações e equipamentos para creches e pré-escolas, observados os seguintes critérios: I – prioridade para as áreas de maior densidade demográfica e de menor faixa de renda; II – escolha do local para funcionamento de creche e pré-escola, mediante indicação da comunidade; III – integração de pré-escolas e creches. § 2º - A gestão democrática das creches públicas observará o disposto no art. 158, X, no que couber. § 3º - Cabe ao Poder Público o atendimento, em creche comum, de criança portadora de deficiência, oferecendo recursos e serviços especializados de educação e reabilitação. § 4º - A execução da política de atendimento em creche pública é de responsabilidade de organismo único da administração municipal. Art. 160 – O Município aplicará, anualmente, nunca menos de trinta por cento da receita orçamentária corrente exclusivamente na manutenção e expansão do ensino público municipal. § 1º - As verbas municipais destinadas a atividades culturais e recreativas, bem como aos programas suplementares de alimentação e saúde previstos no art. 157, § 1º, V, não compõem o percentual, que será obtido levando-se em conta as datas de arrecadação e aplicação dos recursos, de forma que não se comprometam os valores reais efetivamente liberados. § 2º - O Poder Executivo publicará no diário oficial, até o dia dez de março de cada ano, demonstrativo da aplicação de verbas na educação, especificando sua destinação.

Art. 161 – Fica assegurada a cada unidade do sistema municipal de ensino, inclusive às creches, a destinação de recursos necessários à sua conservação, manutenção e vigilância e à aquisição de equipamentos e materiais didático-pedagógicos, conforme dispuser a lei orçamentária. Art. 162 – O Município elaborará plano bienal de educação, visando à ampliação e à melhoria do atendimento de sua obrigação de oferta de ensino público e gratuito. Parágrafo único – A proposta do plano será elaborada pelo Poder Executivo, com a participação da sociedade civil, e encaminhada, para a aprovação da Câmara, até o dia trinta e um de agosto do ano imediatamente anterior ao do início de sua execução. Art. 163 – As escolas municipais deverão contar, entre outras instalações e equipamentos, com laboratório, biblioteca, auditório, cantina, sanitário, vestiário, quadra de esportes e espaço não-cimentado para recreação.

Page 54: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

54 § 1º - O Município garantirá o funcionamento de biblioteca em cada escola municipal, acessível à população e com o acervo necessário ao atendimento dos alunos. § 2º - Cada escola municipal aplicará pelo menos dez por cento da verba referida no art. 161 na manutenção e ampliação do acervo de sua biblioteca. § 3º - As unidades municipais de ensino adotarão livros didáticos perduráveis, possibilitando seu reaproveitamento. § 4º - É vedada a adoção de livro didático que dissemine qualquer forma de discriminação ou preconceito. § 5º - O prédio e o mobiliário escolares deverão conformar-se aos princípios ergonômicos. Art. 164 – O currículo escolar de primeiro e de segundo grau das escolas municipais incluirá conteúdos programáticos sobre prevenção do uso de drogas, educação para a segurança no trânsito, educação do consumidor e formação política e de cidadania.

Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15, de 22/03/2000 (Art.1º)

§ 1º - A formação religiosa, sem caráter confessional e de matrícula e freqüência facultativas, constitui disciplina das escolas públicas de ensino fundamental. § 2º - A história e a geografia do Município constituem matérias obrigatórias nas classes de 1º a 4º séries do primeiro grau. § 3º - A disciplina Formação Política e de Cidadania integrará a parte diversificada do currículo de segundo grau e incluirá conteúdos relacionados à história política do Brasil, à constituição do Congresso Nacional, das assembléias legislativas e das câmaras municipais, às atividades dos vereadores, dos deputados estaduais e federais e dos senadores, à Constituição Federal, à Constituição do Estado de Minas Gerais, à Lei Orgânica do Município e à legislação eleitoral vigente.

§ 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 15, de 22/03/2000 (Art. 2º) Art. 165 – O quadro de pessoal necessário ao funcionamento das unidades municipais de ensino será estabelecido em lei, de acordo com o número de turmas, turnos e séries existentes na escola.

CAPÍTULO VI DA CULTURA

Art. 166 – O acesso aos bens da cultura e às condições objetivas para produzi-la é direito do cidadão e dos grupos sociais. § 1º - Todo cidadão é um agente cultural, e o Poder Público incentivará, por meio de política de ação cultural democraticamente elaborada, as diferentes manifestações culturais do Município.

Page 55: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

55 § 2º - O Município protegerá as manifestações das culturas populares e dos grupos étnicos participantes do processo civilizatório nacional e promoverá, nas escolas municipais, a educação sobre a história local e a dos povos indígenas e de origem africana. Art. 167 – Constituem patrimônio cultural do Município os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, que contenham referência à identidade, à ação e à memória do povo belo-horizontino, entre os quais se incluem: I – as formas de expressão; II – os modos de criar, fazer e viver; III – as criações tecnológicas, científicas e artísticas; IV – as obras, os objetos, os documentos, as edificações e outros espaços destinados a manifestações artísticas e culturais, nestas incluídas todas as formas de expressão popular; V – os conjuntos urbanos e os sítios de valor histórico, artístico, paisagístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. § 1º - As áreas públicas, especialmente os parques, os jardins e as praças, são abertas às manifestações culturais, desde que estas não tenham fins lucrativos e sejam compatíveis com a preservação do patrimônio ambiental, paisagístico, arquitetônico e histórico. § 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantes para a cultura municipal. Art. 168 – O Município, com a colaboração da sociedade civil, protegerá o seu patrimônio histórico e cultural, por meio de inventários, pesquisas, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras formas de acautelamento e preservação. Parágrafo único – O Poder Público manterá sistema de arquivos públicos e privados com a finalidade de promover o recolhimento, a preservação e a divulgação do patrimônio documental de organismos públicos municipais, bem como de documentos privados de interesse público, a fim de que possam ser utilizados como instrumento de apoio à administração, à cultura e ao desenvolvimento científico e como elemento de prova e informação. Art. 169 – O Poder Público promoverá a implantação, com a participação e cooperação da sociedade civil, de centros culturais nas regiões do Município, para atender às necessidades de desenvolvimento cultural da população. Parágrafo único – Serão instalados, junto aos centros culturais, bibliotecas e oficinas ou cursos de formação cultural.

CAPÍTULO VII

DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 170 – O Município promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a difusão e a capacitação tecnológicas, voltados preponderantemente para a solução de problemas locais.

Page 56: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

56 Parágrafo único – O Poder Executivo implantará política de formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia e concederá meios e condições especiais de trabalho aos que dela se ocupem. Art. 171 – O Município criará e manterá entidade voltada ao ensino e à pesquisa científica, ao desenvolvimento experimental e a serviços técnico-científicos relevantes para o seu progresso social e econômico. § 1º - Os recursos necessários à efetiva operacionalização da entidade serão consignados no orçamento municipal, bem como obtidos de órgãos e entidades de fomento federais e estaduais ou de outras fontes. § 2º - O Município recorrerá preferencialmente aos órgãos e entidades de pesquisa estaduais e federais nele sediados, promovendo a integração intersetorial por meio da implantação de programas integrados, consideradas as diversas demandas científicas, tecnológicas e ambientais afetas às questões municipais. Art. 172 – O Município criará núcleos descentralizados de treinamento e difusão de tecnologias de alcance comunitário, de forma a contribuir para a sua absorção efetiva pela população, prioritariamente a de baixa renda.

CAPÍTULO VIII DO DESPORTO E DO LAZER

Art. 173 – O Município promoverá, estimulará, orientará e apoiará a prática desportiva e a educação física, inclusive por meio de: I – destinação de recursos públicos; II – proteção às manifestações esportivas e preservação das áreas a elas destinadas; III – tratamento privilegiado do desporto não-profissional. § 1º - Para os fins do artigo, cabe ao Município: I – exigir, nas unidades escolares públicas, e para aprovação dos projetos urbanísticos e de novos conjuntos habitacionais, reserva de área destinada a praça ou campo de esporte e lazer comunitários; II – utilizar-se de terreno próprio ou cedido, para implantação de áreas de lazer e praças de esporte, necessárias à demanda do esporte amador nos bairros da cidade; III – incluir a Educação Física como disciplina nos estabelecimentos oficiais de ensino; IV – manter o funcionamento das instalações desportivas por ele criadas, no que se refere a recursos humanos e materiais. § 2º - Cabe à Administração Regional, na área de sua circunscrição, a execução da política de esporte e lazer definida pelo órgão ou entidade municipal competente, com a participação dos segmentos da sociedade interessados. § 3º - O Município garantirá ao portador de deficiência atendimento especial no que se refere à educação física e à prática de atividade desportiva, sobretudo no âmbito escolar.

Page 57: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

57 § 4º - O Município, por meio da rede pública de saúde, propiciará acompanhamento médico e exames ao atleta integrante de quadros de entidade amadorista carente de recursos. § 5º - Cabe ao Município, na área de sua competência, colaborar com os organismos públicos e as entidades esportivas, objetivando o cumprimento das normas que regem os desportos. Art. 174 – O Município apoiará e incentivará o lazer e o reconhecerá como forma de promoção social. Parágrafo único – Os parques, os jardins, as praças e os quarteirões fechados são espaços privilegiados para o lazer.

CAPÍTULO IX DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Seção I

Disposições Gerais Art. 175 – A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II – o amparo às crianças e adolescentes de rua, aos desempregados e aos doentes; III – a promoção da integração no mercado de trabalho; IV – a reabilitação e habilitação do portador de deficiência, promovendo-lhe a melhoria da qualidade de vida e a integração na vida comunitária, inclusive por meio da criação de oficinas de trabalho com vistas à sua formação profissional e automanutenção. § 1º - O Município estabelecerá plano de ações na área da assistência social, observados os seguintes princípios: I – recursos financeiros consignados no orçamento municipal, além de outras fontes; II – coordenação, execução e acompanhamento a cargo do Poder Executivo; III – participação da sociedade civil na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. § 2º - O Município poderá firmar convênios com entidade beneficente e de assistência social para a execução do plano.

Seção II Da Família, da Criança, do Adolescente, do Idoso e do Portador de Deficiência

Art. 176 – O Município, na formulação e na aplicação de suas políticas sociais, visará a dar à família condições para a realização de suas relevantes funções sociais. Parágrafo único – Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade e maternidade responsáveis, o planejamento familiar é livre decisão do casal, incumbindo ao Município, nos limites de sua competência, propiciar recursos

Page 58: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

58 educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte das instituições oficiais ou privadas. Art. 177 – É dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de raújo-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. § 1º - A garantia de absoluta prioridade compreende: I – a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; II – a precedência de atendimento em serviço de relevância pública ou em órgão público; III – a preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; IV – o aquinhoamento privilegiado de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude, notadamente no tocante ao uso e abuso de tóxicos, drogas afins e bebidas alcoólicas. § 2º - Será punido na forma da lei qualquer atentado do Poder Público, por ação ou omissão, aos direitos fundamentais da criança, do adolescente, do idoso e do portador de deficiência. Art. 178 – O Município, em conjunto com a sociedade, criará e manterá programas sócio-educativos e de assistência jurídica destinados ao atendimento de criança e adolescente privados das condições necessárias ao seu pleno desenvolvimento e incentivará os programas de iniciativa das comunidades, mediante apoio técnico e financeiro, vinculado ao orçamento, de forma a garantir-se o completo atendimento dos direitos constantes desta Lei Orgânica. § 1º - As ações do Município de proteção à infância e à adolescência serão organizadas na forma da lei, com base nas seguintes diretrizes: I – desconcentração do atendimento; II – priorização dos vínculos familiares e comunitários como medida preferencial para a integração social de crianças e adolescentes; III – a participação da sociedade civil na formulação de políticas e programas, bem como no controle de sua execução. § 2º - Programas de defesa e vigilância dos direitos da criança e do adolescente preverão: I – estímulo e apoio à criação de centros de defesa dos direitos da criança e do adolescente, geridos pela sociedade civil; II – criação de plantões de recebimento e encaminhamento de denúncias de violência contra criança e adolescente; III – implantação de serviços de advocacia da criança, atendimento e acompanhamento às vítimas de negligência, abuso, maus-tratos, exploração e tóxico. § 3º - O Município implantará e manterá, sem qualquer caráter repressivo ou obrigatório: I – casas abertas, que ficarão à disposição das crianças e dos adolescentes desassistidos;

Page 59: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

59 II – quadros de educadores de rua, compostos por psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, especialistas em atividades esportivas, artísticas e de expressão corporal e dança, bem como por pessoas com reconhecida competência e sensibilidade no trabalho com crianças e adolescentes. Art. 179 – O Município promoverá condições que assegurem amparo à pessoa idosa, no que respeite à sua dignidade e ao seu bem-estar. § 1º - O amparo ao idoso será, quando possível, exercido no próprio lar. § 2º - Para assegurar a integração do idoso na comunidade e na família, serão criados centros diurnos de lazer e de amparo à velhice. Art. 180 – O Município, isoladamente ou em cooperação, criará e manterá: I – lavanderias públicas, prioritariamente nos bairros periféricos; II – casas transitórias para mãe puérpera que não tiver moradia, nem condições de cuidar de seu filho recém-nascido nos primeiros meses de vida; III – casas especializadas para acolhimento da mulher e da criança vítimas de violência no âmbito da família ou fora dele; IV – centros de orientação jurídica à mulher formados por equipes multidisciplinares; V – centros de apoio e acolhimento à menina de rua que a considerem em suas especificidades de mulher. Art. 181 – O Município garantirá ao portador de deficiência, nos termos da lei: I – a participação na formulação de políticas para o setor; II – o direito à informação, à comunicação, à educação, ao transporte e à segurança, por meio, entre outros, da imprensa braile, da linguagem gestual, da sonorização de semáforo e da adequação dos meios de transporte; III – programas de assistência integral para os excepcionais não-reabilitáveis; IV – sistema especial de transporte para a freqüência às escolas e clínicas especializadas, quando impossibilitado de usar o sistema de transporte comum, bem como passe livre, extensivo, quando necessário, ao acompanhante. § 1º - O Poder Público estimulará o investimento de pessoas físicas e jurídicas na adaptação e na aquisição de equipamentos necessários ao exercício profissional do trabalhador portador de deficiência, conforme dispuser a lei. § 2º - Os veículos de transporte coletivo deverão ser equipados com elevadores hidráulicos e demais condições técnicas que permitam o acesso adequado ao portador de deficiência. § 3º - O Poder Público implantará organismo executivo da política pública de apoio ao portador de deficiência.

CAPÍTULO X

DAS POPULAÇÕES AFRO-BRASILEIRAS

Art. 182 – Cabe ao Poder Público, na área de sua competência, coibir a prática do racismo, crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da Constituição da República. Parágrafo único – O dever do Poder Público compreende, entre outras medidas:

Page 60: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

60 I – a criação e a divulgação, nos meios de comunicação públicos, ou nos privados de cujos espaços se utilize a administração pública, de programas de valorização da participação do negro na formação histórica e cultural brasileira e de repressão a idéias e práticas racistas; II – a inclusão, na propaganda institucional do Município, de modelos negros em proporção compatível com sua presença no conjunto da população municipal; III – a reciclagem periódica dos servidores públicos, especialmente os de creches e escolas municipais, de modo a raújo t-los para o combate a idéias e práticas racistas; IV – a punição ao agente público que violar a liberdade de expressão e manifestação das religiões afro-brasileiras; V – a proibição de práticas, pelas unidades da administração pública municipal, de controle demográfico e de esterilização de mulheres negras, salvo as necessárias à saúde das pacientes; VI – a inclusão de conteúdo programático sobre a história da África e da cultura afro-brasileira no currículo das escolas públicas municipais; VII – o cancelamento, mediante processo administrativo sumário, sem prejuízo de outras sanções legais, de alvará de funcionamento de estabelecimento privado, franqueado ao público, que cometer ato de discriminação racial. Art. 183 – É considerado data cívica e incluído no calendário oficial do Município o Dia da Consciência Negra, celebrado anualmente em vinte de novembro.

CAPÍTULO XI DA POLÍTICA URBANA

Seção I

Disposições Gerais Art. 184 – O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, a garantia do bem-estar de sua população e o cumprimento da função social da propriedade, objetivos da política urbana executada pelo Poder Público, serão assegurados mediante: I – formulação e execução do planejamento urbano; II – distribuição espacial adequada da população, das atividades sócio-econômicas, da infra-estrutura básica e dos equipamentos urbanos e comunitários; III – integração e complementaridade das atividades urbanas e rurais, no âmbito da região polarizada pelo Município; IV – participação da sociedade civil no planejamento e no controle da execução de programas que lhe forem pertinentes. Art. 185 – São instrumentos do planejamento urbano, entre outros: I – plano diretor; II – legislação de parcelamento, ocupação e uso do solo, de edificações e de posturas; III – legislação financeira e tributária, especialmente o imposto predial e territorial progressivo e a contribuição de melhoria; IV – transferência do direito de construir; V – parcelamento ou edificação compulsórios; VI – concessão do direito real de uso;

Page 61: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

61 VII – servidão administrativa; VIII – tombamento; IX – desapropriação por interesse social, necessidade ou utilidade pública; X – fundos destinados ao desenvolvimento urbano. Art. 186 – Na promoção do desenvolvimento urbano, observar-se-á o seguinte: I – ordenação do crescimento da cidade, prevenção e correção de suas distorções; II – contenção de excessiva concentração urbana; III – indução à ocupação do solo urbano edificável ocioso ou subutilizado; IV – parcelamento do solo e adensamento condicionados, adequada disponibilidade de infra-estrutura e de equipamentos urbanos e comunitários; V – urbanização, regularização e titulação das áreas ocupadas por população de baixa renda; VI – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente e do patrimônio histórico, cultural, artístico e arqueológico; VII – garantia do acesso adequado do portador de deficiência aos bens e serviços coletivos, aos logradouros e edifícios públicos, bem como a edificações destinadas ao uso industrial, comercial e de serviços, e ao residencial multifamiliar; VIII – ampliação das áreas reservadas a pedestres. Art. 187 – O Município, sobre toda edificação cuja implantação resultar em coeficiente de aproveitamento do terreno superior a índice estabelecido em lei, deverá receber contrapartida correspondente à concessão do direito de criação do solo. Parágrafo único – A contrapartida, que se dará em moeda corrente ou dação de imóvel, será utilizada segundo critérios definidos pelo plano diretor.

Seção II

Do Plano Diretor

Art. 188 – O plano diretor conterá: I – exposição circunstanciada das condições econômicas, financeiras, sociais, ambientais, culturais e administrativas do Município; II – objetivos estratégicos, fixados com vista à solução dos principais entraves ao desenvolvimento social; III – diretrizes econômicas, financeiras, administrativas, sociais, de uso e ocupação do solo e de preservação do patrimônio ambiental e cultural, visando a atingir os objetivos estratégicos e as respectivas metas; IV – ordem de prioridades, abrangendo objetivos e diretrizes; V – estimativa preliminar do montante de investimentos e dotações financeiras necessários à implantação das diretrizes e à consecução dos seus objetivos, segundo a ordem de prioridades estabelecida; VI – cronograma físico-financeiro com previsão dos investimentos municipais. Parágrafo único – Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual serão compatibilizados com as prioridades e metas estabelecidas no plano diretor. Art. 189 – As diretrizes e metas do plano diretor devem estar ajustadas às definidas para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, especialmente no que se refere às funções públicas de interesse comum metropolitano.

Page 62: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

62 Art. 190 – O plano diretor definirá áreas especiais, tais como: I – áreas de urbanização preferencial; II – áreas de reurbanização; III – áreas de urbanização restrita; IV – áreas de regularização; V – áreas destinadas a implantação de programas habitacionais; VI – áreas de transferência do direito de construir; VII – áreas de preservação ambiental. § 1º - Áreas de urbanização preferencial são as destinadas a: I – aproveitamento adequado de terrenos não-edificados, subutilizados ou não-utilizados, observado o disposto no art. 182, § 4º, I, II e III, da Constituição da República; II – implantação prioritária de equipamentos urbanos e comunitários; III – adensamento de áreas edificadas; IV – ordenamento e direcionamento da urbanização. § 2º - Áreas de reurbanização são as que, para a melhoria das condições urbanas, poderão exigir novo parcelamento do solo, recuperação ou substituição de construções existentes ou novo zoneamento de uso e ocupação do solo. § 3º - Áreas de urbanização restrita são aquelas em que a ocupação será desestimulada ou contida, em decorrência de: I – necessidade de preservação de seus elementos naturais; II – vulnerabilidade a intempéries, calamidades e outras condições adversas; III – necessidade de proteção ambiental e de preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural, arqueológico e paisagístico; IV – proteção dos mananciais, margens de rios e demais águas correntes e dormentes; V – manutenção do nível de ocupação da área; VI – implantação e operação de equipamentos urbanos de grande porte, tais como terminais aéreos, rodoviários, ferroviários e autopistas. § 4º - Áreas de regularização são as ocupadas por população de baixa renda, sujeitas a critérios especiais de urbanização, bem como a implantação prioritária de equipamentos urbanos e comunitários. § 5º - Áreas de transferência do direito de construir são as passíveis de adensamento, observados os critérios estabelecidos na lei de parcelamento, ocupação e uso do solo. § 6º - Áreas de preservação ambiental são as destinadas à preservação permanente, em que a ocupação deve ser vedada, em razão de: I – riscos geológicos, geotécnicos e geodinâmicos; II – necessidade de conter, pela preservação da vegetação nativa, o desequilíbrio no sistema de drenagem natural; III – necessidade de garantir áreas para a preservação da diversidade das espécies; IV – necessidade de garantir áreas ao refúgio da fauna; V – proteção às nascentes e cabeceiras de cursos d’água.

Page 63: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

63 Art. 191 – A transferência do direito de construir poderá ser autorizada ao proprietário de imóvel considerado de interesse de preservação ambiental ou cultural, bem como ao proprietário de imóvel destinado à implantação de programa habitacional. § 1º - Na transferência do direito de construir, observar-se-á o índice de aproveitamento estabelecido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo para o imóvel a que se refere o artigo, deduzida a parcela já utilizada do mesmo índice, limitando-se a transferência, no caso de imóvel destinado a programa habitacional, a 50% (cinqüenta por cento) do saldo. § 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 1º) § 2º - Os imóveis passíveis de recepção da transferência do direito de construir são: I – os integrantes das áreas a que se refere o art. 190, § 5º; II – os indicados em lei específica referente a projetos urbanísticos especiais; III – os situados em torno do imóvel objeto da transferência, segundo critérios de proximidade a serem estabelecidos em lei. § 2º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 1º) § 3º - Observar-se-á, como limite máximo de recepção da transferência do direito de construir, a área correspondente ao percentual de 20% (vinte por cento) do índice de aproveitamento do terreno de recepção, excetuados os casos previstos em projetos urbanísticos especiais para os quais o limite será definido em lei específica.

§ 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 2º)

§ 4º - Uma vez exercida a transferência do direito de construir, o índice de aproveitamento não poderá ser objeto de nova transferência.

§ 3º renumerado como § 4º pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 2º)

§ 5º - O disposto no artigo não se aplica ao imóvel cujo possuidor preencha as condições para a aquisição da propriedade por meio de usucapião.

§ 4º renumerado como § 5º pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 2º)

Art. 192 – A operação do plano diretor dar-se-á mediante implantação de sistema de planejamento e informações, objetivando o controle das ações e diretrizes setoriais. Parágrafo único – Além do disposto no art. 39, o Poder Executivo manterá cadastro atualizado dos imóveis dos patrimônios estadual e federal, situados no Município.

CAPÍTULO XII DO TRANSPORTE PÚBLICO E SISTEMA VIÁRIO

Art. 193 – Incumbe ao Município, respeitadas as legislações federal e estadual, planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a prestação de serviços públicos relativos a transporte coletivo e individual de passageiros, tráfego, trânsito e sistema viário municipal. § 1º - Os serviços a que se refere o artigo, incluído o de transporte escolar, serão prestados diretamente ou mediante delegação, nos termos da lei.

Page 64: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

64 § 2º - À entidade da administração indireta, que será criada pelo Poder Público, caberão as atribuições, entre as referidas no artigo, fixadas em lei. § 3º - A exploração do serviço de transporte coletivo que o Poder Público seja levado a exercer, por força de contingência ou conveniência administrativa, será empreendida por entidade da administração indireta. § 4º - A implantação e a conservação de infra-estrutura viária são de competência de órgão ou entidade da administração pública, incumbindo-lhe a elaboração de programa gerencial das obras respectivas. Art. 194 – As diretrizes, objetivos e metas da administração pública nas atividades setoriais de transporte coletivo serão estabelecidos em lei que instituir o plano plurianual, de forma compatível com a política de desenvolvimento urbano, definida no plano diretor do Município, e com a de desenvolvimento metropolitano. Art. 195 – A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a fiscalização dos serviços de transporte coletivo, escolar e de táxi, devendo fixar diretrizes de caracterização precisa e proteção eficaz do interesse público e dos direitos dos usuários. § 1º - É assegurado o direito ao transporte coletivo a todos os habitantes do Município, cabendo ao Poder Público tomar as medidas necessárias para garantir linha regular em todos os bairros, vilas e favelas. § 2º - É obrigatória a manutenção de linhas noturnas de transporte coletivo em toda a área do Município. § 3º - O Poder Público promoverá permanente vistoria nas unidades de transporte coletivo, determinando a retirada de circulação dos veículos não-apropriados ao uso e sua imediata substituição. § 4º - O sistema de transporte coletivo fornecerá, para aquisição antecipada pelo usuário, bilhete-transporte. Art. 196 – O planejamento dos serviços de transporte coletivo deve ser feito com observância dos seguintes princípios: I – compatibilização entre transporte e uso do solo; II – integração física, operacional e tarifária entre as diversas modalidades de transporte; III – racionalização dos serviços; IV – análise de alternativas mais eficientes ao sistema; V – progressiva unificação das tarifas; VI – participação da sociedade civil. Parágrafo único – O Município, ao traçar as diretrizes de ordenamento dos transportes, estabelecerá metas prioritárias de circulação de coletivos urbanos, que terão preferência em relação às demais modalidades de transporte. Art. 197 – As tarifas de serviços de transporte coletivo, de táxi e de estacionamento público serão fixadas pelo Poder Executivo, conforme dispuser a lei.

Page 65: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

65 § 1º - O Poder Executivo deverá proceder ao cálculo da remuneração do serviço de transporte de passageiros às empresas operadoras, com base em planilha de custos, contendo metodologia de cálculo, parâmetros e coeficientes técnicos em função das peculiaridades do sistema de transporte urbano municipal. § 2º - As planilhas de custos serão atualizadas quando houver alteração no preço de componentes da estrutura de custos de transporte necessários à operação do serviço. § 3º - É assegurado a entidades representativas da sociedade civil, à Câmara e à Defensoria do Povo o acesso aos dados informadores da planilha de custos, a elementos da metodologia de cálculo, a parâmetros de coeficientes técnicos, bem como às informações relativas às fases de operação do sistema de transporte. Art. 198 – O equilíbrio econômico-financeiro dos serviços de transporte coletivo será assegurado por uma ou mais das seguintes condições, conforme dispuser a lei: I – tarifa justa e sua revisão periódica; II – subsídio aos serviços; III – compensação entre a receita auferida e o custo total do sistema. § 1º - O cálculo das tarifas abrange o custo da produção do serviço definido pela planilha de custos e o custo de gerenciamento das delegações do serviço e do controle de tráfego, levando-se em consideração a expansão do serviço, a manutenção de padrões mínimos de conforto, segurança e rapidez e a justa remuneração dos investimentos. § 2º - A fixação de qualquer tipo de gratuidade no transporte coletivo urbano só poderá ser feita mediante lei que indique a fonte de recursos para custeá-la. Art. 199 – A permissão do serviço de táxi será feita, proporcionalmente, observada a seguinte ordem de preferência: I – a motoristas profissionais autônomos e a suas cooperativas; II – a pessoa jurídica. Parágrafo único – É vedada mais de uma permissão a motorista profissional autônomo. Art. 200 – As vias integrantes dos itinerários das linhas de transporte coletivo terão prioridade para pavimentação e conservação. Parágrafo único – O alargamento das ruas principais de penetração de favelas, necessário à viabilização da oferta de transporte coletivo, será compatível com a política de desenvolvimento urbano. Art. 201 – O Poder Executivo analisará solicitação de alteração no trânsito do Município, podendo aprovar, negar ou embargar atos a seu critério, e dará ciência de sua decisão ao Poder Legislativo no prazo máximo de trinta dias. Art. 202 – Em quarteirão fechado, o mobiliário urbano será disposto de forma a facilitar o trânsito eventual de veículos, especialmente em situação de emergência.

Page 66: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

66 Art. 203 – Nenhuma tecnologia nova no sistema de transporte coletivo poderá ser implantada no Município sem prévia autorização legislativa. § 1º - Consideram-se aprovados como tecnologia no sistema de transporte coletivo o ônibus e o metrô. § 2º - A Câmara poderá autorizar o Poder Executivo a delegar a exploração de serviço de transporte público de passageiros em nova tecnologia a órgão ou entidade da administração pública federal, estadual ou intermunicipal, desde que o interesse público o justifique. § 3º - A alocação de recursos para investimentos em pesquisa e nova tecnologia de transporte e tráfego será definida na lei que instituir o plano plurianual.

CAPÍTULO XIII

DA HABITAÇÃO

Art. 204 – Compete ao Poder Público formular e executar política habitacional visando à ampliação da oferta de moradia destinada prioritariamente à população de baixa renda, bem como à melhoria das condições habitacionais. § 1º - Para os fins do artigo, o Poder Público atuará: I – na oferta de habitações de lotes urbanizados, integrados à malha urbana existente; II – na definição das áreas especiais a que se refere o art. 190, V; III – na implantação de programas para redução do custo de materiais de construção; IV – no desenvolvimento de técnicas para barateamento final da construção; V – no incentivo a cooperativas habitacionais; VI – na regularização fundiária e na urbanização específica de favelas e loteamentos; VII – na assessoria à população em matéria de usucapião urbano; VIII – em conjunto com os municípios da Região Metropolitana, no estabelecimento de estratégia comum de atendimento de demanda regional, bem como na viabilização de formas consorciadas de investimento no setor. § 2º - A lei orçamentária anual destinará ao fundo de habitação popular recursos necessários à implantação da política habitacional. Art. 205 – O Poder Público poderá promover licitação para execução de conjuntos habitacionais ou loteamentos com urbanização simplificada, assegurando: I – a redução do preço final das unidades; II – a complementação pelo Poder Público da infra-estrutura não implantada; III – a destinação exclusiva àqueles que não possuam outro imóvel. Art. 206 – Na implantação de conjunto habitacional, incentivar-se-á a integração de atividades econômicas que promovam a geração de emprego para a população residente. Art. 207 – Na desapropriação de área habitacional decorrente de obra pública ou na desocupação de áreas de risco, o Poder Público é obrigado a promover o reassentamento da população desalojada, que será ouvida.

Page 67: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

67 Art. 208 – Na implantação de conjuntos habitacionais com mais de trezentas unidades, é obrigatória a apresentação de relatório de impacto ambiental e econômico-social, e assegurada a sua discussão em audiência pública. Art. 209 – A política habitacional do Município será executada por órgão ou entidade específicos da administração pública, a que compete a gerência do fundo de habitação popular. Art. 210 – O Município deverá discriminar e manter cadastro atualizado de habitações em áreas de risco, efetuando trabalho permanente de prevenção e realocação.

CAPÍTULO XIV DO ABASTECIMENTO

Art. 211 – O Município, nos limites de sua competência e em cooperação com a União e o Estado, organizará o abastecimento, com vistas a melhorar as condições de acesso a alimentos pela população, especialmente a de baixo poder aquisitivo. Parágrafo único – Para assegurar a efetividade do disposto no artigo, cabe ao Poder Público, entre outras medidas: I – planejar e executar programas de abastecimento alimentar, de forma integrada com os programas especiais dos níveis federal, estadual, metropolitano e intermunicipal; II – dimensionar a demanda, em qualidade, quantidade e valor de alimentos básicos consumidos pelas famílias de baixa renda; III – incentivar a melhoria do sistema de distribuição varejista; IV – articular-se com órgão ou entidade executores da política agrícola nacional e regional, com vistas à distribuição de estoques governamentais prioritariamente aos programas de abastecimento popular; V – implantar e ampliar os equipamentos de mercado atacadista e varejista, como galpões comunitários, feiras cobertas e feiras livres, garantindo o acesso a eles de produtores e de varejistas, por intermédio de suas entidades associativas; VI – incentivar a criação e a manutenção de granja, sítio e chácara destinados à produção alimentar básica; VII – planejar e executar programas de hortas comunitárias.

CAPÍTULO XV

DA POLÍTICA RURAL

Art. 212 – O Município efetuará os estudos necessários ao conhecimento das características e das potencialidades de sua zona rural, visando a: I – criar unidades de conservação ambiental; II – preservar a cobertura vegetal de proteção das encostas, das nascentes e dos cursos d’água; III – propiciar refúgio à fauna; IV – proteger e preservar os ecossistemas; V – garantir a perpetuação de bancos genéticos; VI – implantar projetos florestais; VII – implantar parques naturais; VIII – ampliar as atividades agrícolas.

Page 68: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

68

CAPÍTULO XVI DO TURISMO

Art. 213 – O Município, colaborando com os segmentos do setor, apoiará e incentivará o turismo como atividade econômica, reconhecendo-o como forma de promoção e desenvolvimento social e cultural. Art. 214 – Cabe ao Município, observadas as legislações federal e estadual, definir a política municipal de turismo e as diretrizes e ações, devendo: I – adotar, por meio de lei, plano integrado e permanente de desenvolvimento do turismo em seu território; II – desenvolver efetiva infra-estrutura turística; III – estimular e apoiar a produção artesanal local, as feiras, exposições, eventos turísticos e programas de orientação e divulgação de projetos municipais, bem como elaborar o calendário de eventos; IV – regulamentar o uso, ocupação e fruição de bens naturais e culturais de interesse turístico, proteger o patrimônio ecológico e histórico-cultural e incentivar o turismo social; V – promover a conscientização da população para preservação e difusão dos recursos naturais e do turismo como atividade econômica e fator de desenvolvimento; VI – incentivar a formação de pessoal especializado para o atendimento das atividades turísticas.

TÍTULO VII – DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 215 – Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, e o dirigente, a qualquer título, de entidade da administração indireta, obrigam-se, ao serem empossados e exonerados, ou demitidos, a declarar seus bens, sob pena de nulidade, de pleno direito, do ato de posse. Parágrafo único – Obrigam-se a declaração de bens, registrada em cartório de títulos e documentos, os ocupantes de cargos eletivos nos poderes Legislativo e Executivo, os secretários municipais e os dirigentes de entidades da administração indireta, no ato da posse no término de seu exercício, sob pena de responsabilização. Art. 216 – Quando a execução de função pública de interesse comum da Região Metropolitana couber ao Município, na forma de lei complementar estadual, observar-se-á a distribuição de competências entre os poderes Legislativo e Executivo previstas nesta Lei Orgânica. Art. 217 – Os órgãos e entidades da administração direta e indireta publicarão anualmente, até o dia trinta de abril, relatório concernente aos cargos, empregos e funções de seus respectivos quadros que, no ano anterior, tiverem vagado ou sido providos. Art. 218 – Ao servidor nomeado em virtude de concurso público e exonerado durante o período de que trata o art. 60 é assegurado o direito a indenização calculada pelo somatório de um duodécimo de sua remuneração, por mês de efetivo exercício, e do valor de uma remuneração mensal, sem prejuízo de outros direitos previstos em lei.

Page 69: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

69 Art. 219 – Além do previsto nos arts. 56 e 158, V, a lei que dispuser sobre o estatuto do pessoal do magistério público atribuirá, entre outros, os seguintes direitos ao profissional de educação: I – adicional de, no mínimo, dez por cento sobre o vencimento e gratificação inerente ao exercício de cargo ou função, a cada período de cinco anos de efetivo exercício, o qual se incorpora ao valor do provento de aposentadoria; II – pagamento por habilitação; III – adicional por regência de turma, enquanto no efetivo desempenho das atribuições específicas do cargo; IV – recesso escolar; V – período sabático, com duração de cento e vinte dias, a cada período de sete anos de efetivo exercício do magistério, para aprimoramento profissional devidamente comprovado; VI – vencimento fixado a partir de valor que atenda às necessidades básicas do servidor e às de sua família, respeitado o critério de habilitação profissional; VII – jornada de trabalho especial, nela computadas as lacunas existentes no horário fixado; VIII – liberação da regência de aulas em número equivalente a metade da carga horária, para o exercente da função de coordenador de ensino a partir da 5ª série, escolhido anualmente pelos professores do mesmo conteúdo curricular e de conteúdos afins; IX – liberdade de afixação e divulgação de materiais e temas de interesse da categoria ou escola, nas salas destinadas aos servidores. § 1º - Para fins do inciso II, o professor de 1ª a 4ª séries do primeiro grau detentor de curso superior que o habilite para o magistério terá seu vencimento definido conforme a nível e a forma de cálculo do vencimento do professor de 5ª a 8ª séries e do segundo grau, em jornada equivalente.

Parágrafo único renumerado como § 1º pela Emenda à Lei Orgânica nº 18, de 07/04/2004 (Art. 1º)

§ 2º - O Educador Infantil atuará unicamente na formação de crianças de 0 a 5 (zero a cinco) anos e 8 (oito) meses, nos moldes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conforme parâmetros específicos de carreira.

§ 2º acrescentado pela Emenda a Lei Orgânica nº 18, de 07/04/2004 (Art. 1º) Art. 220 – Compete ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Humanos propagar os direitos e garantias fundamentais, assegurados na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Constituição da República, investigar-lhes as violações, encaminhar denúncias a quem de direito e zelar para que sejam respeitados pelo Poder Público. § 1º - O Conselho será composto: I – por representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal; II – por um representante de cada entidade situada no Município e voltada, exclusivamente ou por meio de setor próprio, para defesa desses direitos e garantias. § 2º - A participação no Conselho será gratuita.

Page 70: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

70 Art. 221 – Comemorar-se-á, anualmente, em doze de dezembro, o Dia do Município, como data cívica. Art. 222 – Para os fins do art. 204, § 2º, fica mantido o fundo de habitação popular, de que trata o Decreto nº 4.539, de 12 de setembro de 1983. Art. 223 – Fica mantido o fundo Municipal de Defesa Ambiental, instituído pela Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985, sendo-lhe destinados para despesas de investimentos, entre outros, recursos provenientes de: I – participação do Município no resultado da exploração de recursos minerais em seu território, ou correspondente compensação financeira, prevista no art. 20, § 1º da Constituição da República; II – reembolso dos custos de serviços prestados pelo Poder Executivo no licenciamento ambiental de atividades e obras; III – arrecadação de multas previstas na legislação ambiental. Art. 224 – Ficam tombados para o fim de preservação e declarados monumentos naturais, paisagísticos, artísticos ou históricos, sem prejuízo de outros que venham a ser tombados pelo Município: I – o alinhamento montanhoso da Serrado Curral, compreendendo as áreas do Taquaril ao Jatobá; II – as áreas de proteção dos mananciais; III – os parques urbanos; IV – o Jardim Zoológico; V – a área do Aeroporto Carlos Prates; VI – o conjunto arquitetônico e paisagístico da Igreja São José; VII – o conjunto arquitetônico e paisagístico do Mosteiro Nossa Senhora das Graças, na Vila Paris; VIII – o conjunto paisagístico e as fachadas do prédio do Hospital Raul Soares; IX – a mata da Baleia e as fachadas do prédio do Hospital Maria Ambrosina; X – a mata e o conjunto arquitetônico do antigo seminário do campus da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; XI – a mata do campus da Universidade Federal de Minas Gerais; XII – o Viaduto Floresta; XIII – o edifício original do Colégio Arnaldo e seu terreno com testadas para as Ceará e Timbiras; XIV – o conjunto arquitetônico original da Escola Estadual Governador Milton Campos – Colégio Estadual Central; XV – o Parque de Exposição da Gameleira; XVI – o prédio e a área adjacente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais; XVII – as fachadas do prédio do Hospital Militar; XVIII – as fachadas do conjunto de edificações da Indústria de bebidas Antarctica Minas Gerais S.ª, situada na Av. Oiapoque, nº 78; XIX – o edifício do Cine México, situado na Av. Oiapoque, nº 194; XX – o conjunto arquitetônico original do Centro Mineiro de Promoções Israel Pinheiro – Minascentro, situado na Av. Augusto de Lima, nº 758; XXI – o conjunto arquitetônico e paisagístico do reservatório d’ água do Cruzeiro; XXII – o Parque Florestal do Jatobá; XXIII – O Jardim Botânico e o Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais;

Page 71: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

71 XXIV – o conjunto arquitetônico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais e o quarteirão onde está localizado, nas interseções das ruas Carangola, Primavera, Professor Magalhães Drumond e Desembargador Alfredo de Albuquerque; XXV – o prédio da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, localizado no quarteirão compreendido pelas interseções das ruas Gonçalves Dias, Paraíba, Cláudio Manoel e Rio Grande do Norte; XXVI – o conjunto arquitetônico do Minas Tênis Clube I e o quarteirão onde está localizado, compreendido pelas interseções das ruas da Bahia, Antônio Albuquerque, Espírito Santo e Antônio Aleixo; XXVII – o edifício sede da Prefeitura Municipal, situado na Av. Afonso Pena, nº 1.212; XXVIII – a estátua do Cristo Redentor, situada no Bairro Milionários; XXIX – As edificações, com suas fachadas, do Conjunto Residencial São Cristóvão (IAPI), situado entre as avenidas Presidente Antônio Carlos, José Bonifácio e a Rua Araribá. Inciso XXIX acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 12, de 12/03/1996 (Art.

1º) Art. 224 declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (ADIN nº 40.647-0,

do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Art. 225 – O Poder Público promoverá a implantação de ciclovias e bicicletários como forma de incentivo e segurança dos ciclistas. Art. 226 – È vedada nova localização de atividades concentradoras de tráfego, prejudiciais a função de circulação, em lotes lindeiros a vias arteriais, de acordo com o plano municipal de classificação viária. Art. 227 – Os logradouros e estabelecimentos públicos municipais não poderão ser designados com nome de pessoa viva. Art. 228 – A lei disporá sobre a organização, a composição,a competência e o funcionamento de junta, com duplo grau de jurisdição, na estrutura do órgão central do sistema administrativo de saúde, relativamente aos processos administrativos decorrentes da fiscalização e da vigilância sanitária do Município. Art. 229 – Estendem-se aos doentes mentais, no que couber, os direitos assegurados por esta Lei Orgânica ao portador de deficiência. Art. 230 – Para exercer atividades auxiliares e complementares de prevenção de incêndio e de defesa civil, o Município poderá criar organizações de voluntários, cuja orientação e treinamento serão efetivados, de preferência, mediante convênio com o Estado. Art. 231 – Esta Lei Orgânica terá vigência a partir de sua publicação.

ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 1º - Fica criada a autarquia Instituto Municipal de Previdência e Assistência Social, com a incumbência prevista no art. 65 da Lei Orgânica.

Page 72: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

72 § 1º - À autarquia criada serão transferidos todo o ativo e passivo, pessoal, patrimônio, atribuições, verbas e saldos da Beneficência da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, que se extinguirá concomitantemente, na forma da lei. § 2º - O Poder Executivo promoverá, no prazo de cento e vinte dias da promulgação da Lei Orgânica, regulamentação da autarquia criada. § 3º - Os servidores públicos e agentes políticos municipais ficam compulsoriamente filiados ao Instituto Municipal de Previdência e Assistência Social, ressalvados aqueles que, nesta data, sejam contribuintes da previdência social urbana, os quais poderão ser facultativamente filiados, na forma em que dispuser a lei. Art. 2º - A autarquia municipal Hospital Municipal Odilon Odilon Behrens absorverá o pessoal a área de saúde do quadro de servidores da Beneficência da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, após a regulamentação do Instituto Municipal de Previdência e Assistência Social. Parágrafo único – O Hospital mencionado no artigo, na prestação direta dos serviços de saúde que lhe competirem, dará prioridade ao atendimento dos servidores públicos municipais. Art. 3º - A contratação de novos leitos psiquiátricos só será permitida na medida da demanda e da plena utilização da atual capacidade pública instalada. Art. 4º - A Município instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os servidores dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações públicas. Parágrafo único – A lei instituidora de regime jurídico único dos servidores públicos municipais dependerá de voto da maioria dos membros da Câmara. Art. 5º - Fica assegurado ao servidor público municipal que tiver tempo de serviço prestado antes de 13 de maio de 1967 o direito de computar esse tempo para efeito de aposentadoria, proporcionalmente ao número de anos de serviço a que estava sujeito, no regime anterior áquela data. Art. 6º - Dentro de cento e oitenta dias da data da promulgação da Lei Orgânica, proceder-se-á à revisão dos direitos do servidor público municipal inativo e do pensionista e à atualização do provento ou pensão a eles devidos, a fim de raújo-los ao disposto na Lei Orgânica. Art. 7º - Enquanto não editada a lei prevista no art. 49 da Lei Orgânica, a revisão da remuneração do servidor público se fará no mês de maio de cada ano. Art. 8º - A administração pública municipal tem cento e oitenta dias para se adaptar ás normas dos arts. 43, 47 e 48 da Lei Orgânica. Art. 9º - Salvo disposição legal em contrário, os estabelecimentos municipais de ensino observarão os seguintes limites na composição de suas turmas: I – pré-escolar: até vinte alunos; II – de 1ª e 2ª sérias do primeiro grau: até vinte e cinco alunos; III – de 3ª e 4ª séries do primeiro grau: até trinta alunos;

Page 73: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

73 IV – de 5ª a 8ª séries do primeiro grau: até trinta e cinco alunos; V – segundo grau: até quarenta alunos. Art. 10 – A Município promoverá a ampliação, a recuperação e o aparelhamento das unidades municipais de ensino, no prazo máximo de doze meses posteriores à promulgação da Lei Orgânica. Art. 11 – A elaboração do primeiro plano bienal de educação será iniciada em abril de 1990, e dela participação entidades representativas dos profissionais municipais de ensino, entidades representativas. Art. 12 – Comissão Paritária instalada no prazo máximo de trinta dias da promulgação da Lei Orgânica, composta por representantes do Poder Executivo, do Poder Legislativo e de entidades representativas dos profissionais de educação, elaborará anteprojeto de leis referentes ao estatuto do magistério e ao quadro de pessoal das escolas municipais, os quais serão enviados ao Prefeito no prazo máximo de cento e vinte dias, contados da instalação. Parágrafo único – O Poder Executivo enviará os projetos de lei, elaborados com base nos anteprojetos mencionados, à apreciação da Câmara, no prazo máximo de trinta dias, contados do recebimento das propostas. Art. 13 – A primeira eleição para diretor e vice-diretor de estabelecimento municipal de ensino, após a vigência da Lei Orgânica, será realizada até março de 1991. Art. 14 – Será gradual a implantação da jornada de ensino de oito horas e do horário integral, previstos nos inciso I e II do § 1º do art. 157 da Lei Orgânica. § 1º - A implantação prevista no artigo dar-se-á no primeiro período letivo após a vigência da Lei Orgânica, em pelo menos dez por cento das escolas municipais de 1ª a 4ª séries de primeiro grau e das creches públicas. § 2º - Para efeito do disposto no parágrafo anterior, terão prioridade as escolas e creches situadas em regiões carentes do Município. Art. 15 – O Poder Executivo, dentro de noventa dias contados da promulgação da Lei Orgânica, criará e instalará comissão, com a participação das entidades do setor cultural, para elaborar o plano de instalação de centros culturais a que se refere o art. 169 de Lei Orgânica, o qual definirá, também, os critérios relativos aos acervo das bibliotecas. Art. 16 – O organismo previsto no art. 181, § 3º, da Lei Orgânica será implantado no prazo de seis meses, contados da promulgação desta. Art. 17 – A lei definirá a implantação progressiva, compatível com o sistema, dos equipamentos mencionados no art. 181, § 2º da Lei Orgânica. Art. 18 – Até que a rede pública possa absorver a demanda existente, o Poder Público poderá firmar convênios com instituições particulares para atendimento ao aluno excepcional.

Page 74: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

74 Art. 19 – Em caso de convênio com instituições particulares para atendimento ao aluno excepcional, a cessão de pessoal de magistério para o fim de orientação psicopedagógica ao educando se dará com todos os direitos e vantagens do cargo, como se em exercício em unidade do sistema municipal de ensino. Art. 20 – O Município obriga-se a fornecer apoio técnico, material e financeiro às creches comunitárias conveniadas, até que possa assumir o atendimento em creches públicas. Art. 21 – O Poder Executivo reavaliará todas as isenções, incentivos e benefícios fiscais em vigor e proporá ao Poder Legislativo as medidas cabíveis. Parágrafo único – Considerar-se-ão revogados, após seis meses contados da promulgação da Lei Orgânica, as isenções, os incentivos e os benefícios fiscais que não forem confirmados por lei. Art. 22 – Serão revistas pela Câmara, nos dezoito meses contados da data da promulgação da Lei Orgânica, a doação, a venda, a permuta, a dação em pagamento e a cessão, a qualquer título, de imóveis públicos realizadas de primeiro de janeiro de 1980 até a mencionada data. § 1º - A revisão obedecerá aos critérios de legalidade e de conveniência ao interesse público e, comprovada a ilegalidade ou havendo interesse público, os bens reverterão ao patrimônio do Município. § 2º - Verificadas a lesão ao patrimônio público e a impossibilidade de reversão, o Poder Executivo tomará as medidas judiciais cabíveis, visando ao ressarcimento dos prejuízos, sob pena de responsabilização. § 3º - Fica o Prefeito obrigado, nos primeiros seis meses do prazo referido no artigo, a remeter à Câmara todas as informações e documentos, bem como, a qualquer tempo, colocar à sua disposição os recursos humanos, materiais e financeiros necessários ao desempenho da tarefa, sob pena de responsabilização. § 4º - As despesas previstas para o trabalho de revisão serão consignadas nos orçamentos dos poderes Executivo e Legislativo. Art. 23 – Ficam revogadas todas as concessões, permissões, cessões e autorizações de uso, assim como as locações, os arrendamentos e os comodatos de bem imóvel ou logradouro pertencentes ao patrimônio municipal, feitos a terceiros sem a licitação legalmente exigida, cabendo ao Poder Executivo raújo -la, se houver interesse público relevante. Art. 24 – O Município elaborará, no prazo de seis meses da promulgação da Lei Orgânica, plano plurianual de proteção e controle ambiental, incluindo diagnóstico e programas pormenorizados de preservação, reabilitação e melhoria da qualidade do meio ambiente. Parágrafo único – O percentual mínino de área verde por habitante, previsto no art. 155, V, da Lei Orgânica, deverá ser atingido no prazo máximo de cinco anos, sob pena de responsabilização da autoridade competente.

Page 75: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

75 Art. 25 – O plano diretor será aprovado no prazo de doze meses a contar da promulgação da Lei Orgânica. Parágrafo único – O sistema de planejamento e informações de que trata o art. 192 da Lei Orgânica deverá estar implantado no prazo estabelecido neste artigo. Art. 26 – O Município promoverá a descrição perimétrica das áreas indicadas no art. 224 da Lei Orgânica, no prazo de seis meses da promulgação. Art. 27 – O Poder Público tem cento e oitenta dias para criar a entidade da administração indireta a que se refere o art. 193, § 2º, da Lei Orgânica. Art. 28 – A Superintendência de Desenvolvimento da Capital é a entidade responsável pelas atividades descritas no art. 193, § 4º, da Lei Orgânica, salvo se lei dispuser em contrário. Art. 29 – A lei disporá sobre a criação do Diário Oficial do Município. Art. 30 – Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, é assegurada prioridade na aquisição de casa própria, para o que não a possua, ou para sua viúva ou companheira. Art. 31 – Os poderes públicos municipais promoverão edição popular do texto integral da Lei Orgânica, a qual será distribuída aos munícipes por meio de escolas, sindicatos, associações e outras instituições representativas da comunidade. Art. 32 – Este Ato terá vigência a partir de sua publicação. Belo Horizonte, 21 de março de 1990

Page 76: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

76

LEI Nº 4.253, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1985 Retificada em 15/2/1986

Dispõe sobre a política de proteção do controle e da conservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida no Município de Belo Horizonte.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPITULO I DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 1º - A Política Ambiental do Município, respeitadas as competências da União e do Estado, tem por objeto a conservação e a recuperação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Belo Horizonte. Art. 2º - Para os fins previstos nesta Lei entende-se por: I – Meio Ambiente – o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e política, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II – degradação da qualidade ambiental – a alteração adversa das características do meio ambiente; III – poluição – a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente: prejudique a saúde, o sossego, a segurança ou o bem estar da população; b) crie condições adversas às atividades sociais e econômicas; e) afete desfavoravelmente a fauna, a flora ou qualquer recurso ambiental; d) afete as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lance matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; f) ocasione danos relevantes aos acervos histórico, cultural e paisagístico. IV) – agente poluidor – pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação ambiental; V – recursos ambientais – a atmosfera, as águas superficiais e subterrâneas, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera; VI – poluente – toda e qualquer forma de matéria ou energia que provoque poluição nos termos deste artigo, em quantidade, em concentração ou com característica em desacordo com as que forem estabelecidas em decorrência desta Lei, respeitadas as legislações federal e estadual, VII – fonte poluidora – considera-se fonte poluidora efetiva ou potencial, toda atividade, processo, operação, maquinaria, equipamento ou dispositivo fixo ou móvel, que cause ou possa causar emissão ou lançamento de poluentes, ou qualquer outra espécie de degradação da qualidade ambiental.

CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA

Art. 3º - À Secretaria Municipal de Meio Ambiente, como órgão central de implementação da política ambiental do Município, nos termos da Lei n.º 3.570, de

Page 77: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

77 16 de julho de 1983, do Decreto n.º 4.489, de 13 de julho de 1983, e do Decreto n.º 4.534, de 12 de setembro de 1983, cabe fazer cumprir esta Lei, competindo-lhe: I – formular as normas técnicas e (VETADO) os padrões de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, observadas as legislações federal e estadual; II – estabelecer as áreas em que a ação do Executivo Municipal, relativa à qualidade ambiental deva ser prioritária; III – exercer a ação fiscalizadora de observância das normas contidas na legislação de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente. IV – exercer o poder de polícia nos casos de infração da lei de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente e de inobservância de norma ou padrão estabelecido; V – responder a consultas sobre matéria de sua competência;

Inciso VI revogado pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 21) VII – atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger, melhorar e conservar o meio ambiente. Parágrafo único – A SMMA é o órgão central de planejamento, administração e fiscalização das posturas ambientais na estrutura básica da PMBH, cabendo-lhe fornecer diretrizes técnicas aos demais órgãos municipais, em assuntos que se refiram a Meio Ambiente e Qualidade de Vida.

CAPÍTULO III DA FISCALIZAÇÃO E DO CONTROLE DAS FONTES POLUIDORAS E DA

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL Art. 4º - Fica proibida a emissão ou lançamento de poluentes, direta ou indiretamente, nos recursos ambientais, assim como sua degradação, nos termos dos itens II e III do artigo 2º.

Caput revogado pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 21) Parágrafo único revogado pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 21)

Art. 6º revogado pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 21) Art. 7º - Para a realização das atividades decorrentes do disposto nesta Lei e seus regulamentos, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá utilizar-se, além dos recursos técnicos e humanos de que dispõe, do concurso de outros órgãos ou entidades públicas ou privadas, mediante convênios, contratos e credenciamento de agentes. Art. 8º - Aos seus técnicos e aos agentes credenciados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente para a fiscalização do cumprimento dos dispositivos desta Lei será fraqueada a entrada nas dependências das fontes poluidoras localizadas ou a se instalarem no Município, onde poderão permanecer pelo tempo que se fizer necessário. Art. 9º (VETADO) Art. 10 – A Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá, a seu critério, determinar às fontes poluidoras, com ônus para elas, a execução de medições dos níveis e das concentrações de suas emissões e lançamentos de poluentes nos recursos ambientais.

Page 78: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

78 Parágrafo único – As medições, de que trata este artigo, poderão ser executadas pelas próprias fontes poluidoras ou por empresas do ramo, de reconhecida idoneidade e capacidade técnicas, sempre com acompanhamento por técnico ou agente credenciado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

CAPITULO IV DAS PENALIDADES

Art. 11 – Os infratores dos dispositivos da presente Lei e seus regulamentos, ficam sujeitos às seguintes penalidades: I – advertência por escrito, em que o infrator será notificado para fazer cessar a irregularidade, sob pena de imposição de outras sanções previstas nesta Lei; II – multa de 01 (uma) a 700 (setecentas) UFPBH; III – suspensão de atividades, até correção das irregularidades, salvo os casos reservados à competência da União; IV – cassação de alvarás e licenças concedidos, a ser executada pelos órgãos competentes do Executivo Municipal, em especial as Secretarias Municipais de Obras Civis e Indústria, Comércio e Abastecimento, em atendimento a parecer técnico emitido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. § 1º - As penalidades previstas neste artigo serão objeto de especificação em regulamento, de forma a compatibilizar a penalidade com a infração cometida, levando-se em consideração sua natureza, gravidade e conseqüências para a coletividade. § 2º - Nos casos de reincidência as multas poderão, a critério da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ser aplicadas em dobro. Art. 12 – Ao infrator penalizado com as sanções previstas nos itens II, III ou IV do artigo 11 caberá recurso para o Prefeito Municipal, no prazo máximo de 15 dias, contados a partir da data de recepção do aviso de penalidade a ser enviado através de carta registrada, com Aviso de Recebimento (AR). § 1º - O recurso impetrado não terá efeito suspensivo. § 2º - Será irrecorrível, em nível administrativo, a decisão proferida pelo Prefeito Municipal.

CAPITULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 13 – Fica o Prefeito Municipal autorizado a determinar medidas de emergência, a serem especificadas em regulamento, a fim de evitar episódios críticos de poluição ambiental ou impedir sua continuidade em caso de grave ou iminente risco para vidas humanas ou recursos ambientais. Parágrafo único – Para a execução das medidas de emergência de que trata este artigo poderá ser reduzida ou impedida, durante o período crítico, a atividade de qualquer fonte poluidora na área atingida pela ocorrência, respeitadas as competências da União e do Estado.

Page 79: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

79 Art. 14 – Fica criado o Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo Horizonte, órgão colegiado, composto de 15 membros, (VETADO) competindo-lhe a ação normativa (VETADO) e de assessoramento, com as seguintes atribuições: I – formular as diretrizes da Política Municipal do Meio Ambiente; II – promover medidas destinadas à melhoria da qualidade de vida no Município; III – estabelecer as normas e os padrões de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, observadas as legislações Federal e Estadual; IV – opinar, previamente, sobre os planos e programas anuais e plurianuais de trabalho da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; V – decidir sobre a outorga da Licença Ambiental, nos termos de lei específica, em segunda e última instância administrativa, sobre os casos que dependam de parecer da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, bem como, em todos os casos, decidir em grau de recurso quando da aplicação de penalidades previstas na legislação ambiental;

Inciso V com redação dada pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 17) VI – deliberar sobre a procedência de pedido escrito de impugnação, sob a ótica ambiental, de projetos sujeitos à licença Ambiental – conforme disciplinado em legislação específica – ou a parecer prévio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

Inciso VI com redação dada pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 18) VII – apresentar ao Prefeito Municipal o projeto de regulamentação desta Lei; VIII – avocar a si, exame e decisão sobre qualquer assunto que julgar de importância para a política ambiental do Município. § 1º - A composição do Conselho e sua instalação com a finalidade específica de elaboração do projeto de regulamentação desta Lei, dar-se-á dentro de 30 (trinta) dias a contar da vigência da presente Lei. § 2º - As normas de funcionamento do Conselho Municipal do Meio Ambiente serão estabelecidas em regulamento, vedada a remuneração por participação no Colegiado, o qual é considerado como de relevante interesse público.

§2º com redação dada pela Lei nº 5.684, de 07/03/1990 (Art. 1º) Art. 15 revogado pela Lei nº 4.906, de 08/12/1987 (Art. 23)

Art. 16 – A concessão ou renovação de licenças, previstas nesta Lei, será precedida da publicação do edital, no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação local, com ônus para o requerente, assegurando ao público prazo para exame do pedido, respectivos projetos e pareceres dos órgãos municipais, e para apresentação de impugnação fundamentada por escrito. § 1º - As exigências previstas no artigo aplicam-se, igualmente, a todo projeto de iniciativa do Poder Público ou de entidades por este mantidas, que se destinem à implantação (VETADO) no Município. § 2º - O Conselho Municipal do Meio Ambiente ao regular, mediante Deliberação Normativa, o processo de licenciamento, levará em conta os diferentes potenciais de poluição das fontes e atividades, para estabelecer: I – os requisitos mínimos dos editais; II – os prazos para exame e apresentação de objeções; III – as hipóteses de isenção do ônus da publicação de edital.

Page 80: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

80 Art. 17 – Fica instituído o Fundo Municipal de Defesa Ambiental, a ser aplicado em projetos de melhoria da qualidade do meio ambiente no Município, propostos pela comunidade ou pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. § 1º - As linhas de aplicação e as normas de gestão e funcionamento do Fundo Municipal de Defesa Ambiental serão estabelecidas mediante Deliberação Normativa do Conselho Municipal do Meio Ambiente. § 2º - Os recursos do Fundo não poderão ser aplicados no custeio de pessoal e das atividades permanentes de controle e fiscalização a cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art. 18 – Constituem recursos do Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente: I – dotação orçamentária; II – o produto da arrecadação de multas previstas na legislação ambiental; III – o produto do reembolso do custo dos serviços prestados pela administração municipal aos requerentes de licença prevista na legislação ambiental;

Inciso III com redação dada pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 19) IV – transferência da União, do Estado ou de outras entidades públicas; V – doação e recursos de outras origens. Art. 19 – Fica instituída a obrigatoriedade de programas de Educação Ambiental, em nível curricular, nas escolas de 1º e 2º graus da rede escolar municipal.

Caput com redação dada pela Lei nº 5.871, de 13/03/1991 (Art. 1º) § 1º - Para efeito desta Lei, Educação Ambiental é definida, conforme resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), como o processo de formação e informação social orientado para: I – o desenvolvimento de consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como consciência crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais, tanto em relação aos seus aspectos biológicos e físicos, quanto sociais, políticos, econômicos e culturais; II – o desenvolvimento de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais; III – o desenvolvimento de atitudes que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.

§ 1º acrescentado pela Lei nº 5.871, de 13/03/1991 (Art. 1º) § 2º - A Educação Ambiental será incluída no currículo das diversas disciplinas das unidades escolares da rede municipal de ensino, integrando-se ao projeto pedagógico de cada escola: I – caberá a cada unidade escolar definir o trabalho de Educação Ambiental a ser desenvolvido, guardadas as especificidades de cada local, respeitada a autonomia da escola; II – as secretarias envolvidas no programa de Educação Ambiental poderão estabelecer convênios com a universidade, entidades ambientalistas e outros que permitam o bom desenvolvimento dos trabalhos, no cumprimento desta Lei; III – fica estabelecido o prazo de 01 (um) ano para que as secretarias envolvidas preparem os professores através de cursos, seminários e material didático, possibilitando, de fato, que todos os alunos da rede pública, findo este prazo, recebam obrigatoriamente o programa de Educação Ambiental.

Page 81: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

81

§ 2º acrescentado pela Lei nº 5.871, de 13/03/1991 (Art. 1º) Art. 20 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei, mediante decretos, dentro de 90 (noventa) dias, a partir da data de sua publicação. Art. 21 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Belo Horizonte, 4 de dezembro de 1985 Ruy Lage Prefeito de Belo Horizonte

Retificada em 15/02/1986

Page 82: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

82

LEI Nº 6.038, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1991

Dispõe sobre a arborização de logradouros públicos nos projetos de parcelamento do solo.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A aprovação de projetos de parcelamento do solo para loteamentos e desmembramentos fica condicionada à arborização das vias e, se necessário, dos locais destinados a áreas verdes, sob responsabilidade do empreendedor. Art. 2º - O projeto de arborização deverá observar os seguintes requisitos mínimos: I – espécimes de árvores adequadas, com mudas plantadas medindo pelo menos 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de altura e 5cm (cinco centímetros) de diâmetro na base, com proteção, à sua volta, de grade de metal ou madeira; II – as mudas deverão ser amparadas por um tutor para direcionamento do desenvolvimento medindo 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de altura e 5cm (cinco centímetros) de diâmetro; III – as covas deverão ter a dimensão de 60cm (sessenta centímetros) de altura, comprimento e largura, devendo ser adubadas com 10 (dez) litros de esterco animal curtido e 50 (cinqüenta) gramas de adubo químico N.P.K. 6-30-6; IV – espaçamento longitudinal de, no máximo, 10,0m (dez metros) de uma a outra árvore, nos passeios e canteiros centrais das vias, bem como distanciamento adequado das esquinas e dos postes das redes e sistemas elétricos e similares; V – cronograma detalhado da implantação e manutenção pelo período mínimo de 1 (um) ano. Parágrafo único – As áreas verdes que passarão para o domínio público, bem como aquelas definidas em lei como de preservação permanente, deverão ser cercadas pelo empreendedor, conforme especificações estabelecidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art. 3º - Os projetos de arborização das vias e áreas verdes serão objeto de análise e decisão pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, antes da liberação do parcelamento. § 1º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente deverá se manifestar no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da apresentação do projeto completo de arborização. § 2º - A não-apresentação do projeto completo de arborização suspende o andamento do processo de parcelamento, até que seja satisfeita a exigência. Art. 4º - A não-execução, total ou parcial, do projeto de arborização aprovado, inclusive de seu cronograma de implantação e manutenção, sujeitará o requerente à penalidade de 10 (dez) UFPBHs (Unidades Fiscais Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte) por árvore não-plantada ou não-mantida. Parágrafo único – A não-execução, total ou parcial, do cercamento previsto no parágrafo único do art. 2º sujeitará o requerente à penalidade de 1 (uma) UFPBH

Page 83: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

83 (Unidade Fiscal Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte) por metro de cerca não implantada. Art. 5º - O Executivo regulamentará esta Lei no que for necessário à sua execução. Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário. Belo Horizonte, 9 de dezembro de 1991 Eduardo Brandão de Azeredo Prefeito de Belo Horizonte

Page 84: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

84

LEI Nº 6.248, DE 14 DE OUTUBRO DE 1992 Dispõe sobre áreas destinadas ao plantio de árvores frutíferas em parques a serem criados em projetos de parcelamento do solo urbano e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica o Executivo obrigado a destinar, ao exclusivo plantio de árvores frutíferas, no mínimo 5% (cinco por cento) da área total de cada parque a ser criado no Município. Parágrafo único – São consideradas árvores frutíferas aquelas cujos frutos possam servir para consumo humano. Art. 2º - Nos projetos de parcelamento do solo urbano, quando necessária a arborização de locais destinados a áreas verdes de domínio público, o plantio deverá compreender uma porcentagem de árvores frutíferas definida em laudo técnico elaborado por órgão competente. Art. 3º - Após o plantio, as árvores frutíferas deverão ser identificadas com placas contendo o seu nome científico e popular, bem como a indicação do período de sua floração. Art. 4º - Ao se promover o reflorestamento de áreas de parques que tenham sofrido qualquer tipo de devastação, será reservada uma área para plantio de árvores frutíferas, nos termos da presente Lei. Parágrafo único – Os critérios para o replantio, bem como para sua distribuição nas áreas urbanas do Município, serão regulamentados pelo Executivo, por meio de seu órgão competente.

Art. 4º com redação dada pela Lei nº 7.414, de 04/12/97 (Art. 1º) Art. 5º - Os frutos provenientes da produção das árvores frutíferas poderão ser utilizados pelos freqüentadores dos parques e áreas verdes, ou serão destinados para outras finalidades, conforme determinação do órgão responsável. Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário. Belo Horizonte, 14 de outubro de 1992 Eduardo Brandão de Azeredo Prefeito de Belo Horizonte

Page 85: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

85

LEI Nº 6.314, DE 12 DE JANEIRO DE 1993

Dispõe sobre a instituição, no Município de Belo Horizonte, de Reserva Particular Ecológica, por destinação do proprietário.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá requerer ao Executivo que institua em imóvel de propriedade da mesma Reserva Particular Ecológica, por

raújo ta-la como de valor ecológico, total ou parcialmente. Parágrafo único – Somente poderá ser reconhecido como Reserva Particular Ecológica o imóvel particular onde sejam identificadas condições naturais primitivas ou semiprimitivas recuperadas ou cujas características justifiquem ações de recuperação, pelo aspecto paisagístico, para a preservação do ciclo biológico de espécies da fauna ou da flora nativas do Brasil. Art. 2º - O técnico ambiental designado pelo Executivo, após vistoriar o imóvel, emitirá laudo circunstanciado, contendo, obrigatoriamente, além de outras informações que reputar necessárias, as seguintes: I – descrição da área, compreendendo a tipologia florestal, a paisagem, a hidrologia e o estado de conservação; II – relação das principais atividades desenvolvidas no local, classificando-as conforme sua compatibilidade com a instituição da Reserva Particular Ecológica; III – indicação das eventuais pressões potenciais degradadoras do ambiente existentes no local; IV – conclusão opinativa sobre a conveniência e a necessidade do acolhimento ou não do requerimento, bem como sobre a extensão do imóvel que se deva reconhecer como Reserva Particular Ecológica. Art. 3º - O imóvel será reconhecido como Reserva Particular Ecológica mediante decreto do Executivo, após a assinatura do competente termo de compromisso. Art. 4º - A minuta do termo de compromisso de que trata o art. 3º será elaborada previamente e em comum acordo pelo Executivo e pelo proprietário do imóvel, obedecidas as prescrições legais pertinentes, devendo conter, obrigatoriamente, cláusulas sobre: I – prazo de vigência nunca inferior a 20 (vinte) anos, e preferencialmente em caráter perpétuo; II – abertura ou não ao público, da reserva, estabelecendo as regras a serem obedecidas, em caso positivo; III – a possibilidade de utilização da reserva para a formação e manutenção de pomar e/ou horta comunitários, delimitando, quando for o caso, a área em que ela se dará e as normas a serem obedecidas; IV – as hipóteses de rescisão antecipada do termo de compromisso, sempre fundadas em interesse público relevante e descumprimento de cláusulas intransigíveis por força de lei; e V – cláusula penal, em valor não-inferior a 50 (cinqüenta) UFPBHs-Unidades Fiscais Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte, aplicável em caso de rescisão antecipada por inadimplemento.

Page 86: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

86 Parágrafo único – Após a celebração do acordo não será necessária a aquiescência do proprietário do imóvel para a realização das hipóteses dos incisos II e III deste artigo, quando tiverem sido permitidas, sendo possível a qualquer tempo o aditamento que modifique a finalidade neles prevista. Art. 5º - Deferido o requerimento, o proprietário do imóvel será intimado a assinar o termo de compromisso acertado na forma do artigo anterior, após o que será publicado o competente decreto. Art. 6º - Caberá ao proprietário do imóvel, após a instituição da Reserva Particular Ecológica: I – averbar o termo de compromisso e o decreto no Cartório de Registro de Imóveis, para os fins do art. 6º da Lei Federal n° 4.771, de 15 de setembro de 1965; e II – divulgar a condição do imóvel de Reserva Particular Ecológica mediante a colocação e manutenção, nas vias de acesso à região onde o imóvel se encontra e nos limites de sua área, de placas indicativas desta situação. § 1º - As placas previstas no inciso II deste artigo deverão conter, obrigatoriamente, advertência contra o desmatamento ou a queimada na área, caça, pesca, a apanha ou captura de animais no interior da reserva, e contra quaisquer outros atos que afetem ou possam afetar o meio ambiente local. § 2º - O Executivo estabelecerá as dimensões, o material, a forma e o conteúdo exato das placas indicativas de que trata o parágrafo anterior, bem como os locais onde deverão ser colocadas e mantidas. Art. 7º - As autoridades públicas dispensarão à Reserva Particular Ecológica a mesma proteção assegurada pela legislação vigente às áreas de preservação permanente, sem prejuízo do direito de propriedade, que deverá ser exercido por seu titular em defesa da reserva, sob orientação e apoio do Executivo. Parágrafo único – No exercício das atividades de fiscalização, monitoramento e orientação à Reserva Particular Ecológica, o Executivo poderá firmar convênios de colaboração com entidades privadas, com a anuência do proprietário do imóvel onde ela se localiza. Art. 8º - A alteração das características da área e a intervenção de terceiros no local, inclusive para a realização de pesquisas, dependerão de prévia aprovação, pelo Executivo, de requerimento fundamentado e instruído com projeto detalhado do que se pretende fazer. Parágrafo único – A autorização de que trata este artigo somente poderá ser concedida quando os atos pretendidos não afetarem as características do imóvel que justificaram seu reconhecimento como Reserva Particular Ecológica. Art. 9º - O Executivo poderá, a qualquer tempo, promover vistoria na Reserva Particular Ecológica, independente de notificação prévia. § 1º - Constatada qualquer irregularidade, far-se-á notificação ao proprietário para que ele a cesse ou faça cessar.

Page 87: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

87 § 2º - O infrator deverá reparar o dano causado, no prazo para isso fixado pelo Executivo, nos termos de laudo técnico respectivo. § 3º - Persistindo a ação ou omissão nociva, o Executivo determinará as soluções necessárias, cobrando-se do infrator as despesas que tiver, acrescidas de multa no valor de 25 (vinte e cinco) UFPBHs – Unidades Fiscais Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte. § 4º - Quando o infrator for o proprietário do imóvel reconhecido como Reserva Particular Ecológica, o Executivo poderá substituir a multa pela rescisão do termo de compromisso, obedecidos os preceitos dos incisos IV e V do art. 4º. Art. 10 – As atribuições previstas nesta Lei deverão ser exercidas por órgãos que tenham relação direta com a defesa e preservação do meio ambiente, salvo as competências de natureza financeira. Art. 11 – Fica o poder Executivo autorizado a conceder isenção, total ou parcial, do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU -, para o imóvel reconhecido como Reserva Particular Ecológica, nos termos desta lei, mediante requerimento do proprietário e comprovação da averbação no Registro de Imóveis, prevista no art. 6º.

Caput com redação dada pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 1º) § 1º - A isenção parcial implicará a redução do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU -, na mesma proporção entre a área da reserva e a área total do imóvel no qual a reserva está inserida.

§ 1º acrescentado pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 1º) § 2º - A isenção fiscal concedida nos termos deste artigo cessará automaticamente ao término do prazo de vigência do Termo de Compromisso relativo à instituição da Reserva Particular Ecológica, ou na data de seu cancelamento.

§ 2º acrescentado pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 1º) § 3º - A concessão da isenção total ou parcial, nos termos deste artigo, dependerá de parecer prévio favorável do Conselho Municipal do Meio Ambiente, aprovado por, no mínimo, 2/3 (dois terços) de seus membros.

§ 3º acrescentado pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 1º) Art. 12 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário.

Art. 12 renumerado pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 2º) Belo Horizonte, 12 de janeiro de 1993 Patrus Ananias de Sousa Prefeito de Belo Horizonte

Page 88: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

88

LEI Nº 7.277, DE 17 DE JANEIRO DE 1997

Institui a Licença Ambiental e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A construção, a ampliação, a instalação e o funcionamento de empreendimentos de impacto ficam vinculados à obtenção prévia da Licença Ambiental. Art. 2º - Empreendimentos de impacto são aqueles, públicos ou privados, que venham a sobrecarregar a infra-estrutura urbana ou a ter repercussão ambiental significativa. § 1º - São considerados empreendimentos de impacto: I – os destinados a uso não residencial nos quais a área edificada seja superior a 6.000m² (seis mil metros quadrados); II – os destinados a uso residencial que tenham mais de 150 (cento e cinqüenta) unidades; III – os destinados a uso misto em que o somatório da razão entre o número de unidades residenciais e 150 (cento e cinqüenta) e da razão entre a área da parte da edificação destinada ao uso não-residencial e 6.000m² (seis mil metros quadrados) seja igual ou superior a 1 (um); IV – os parcelamentos de solo vinculados, exceto os propostos para terrenos situados na ZEIS – Zona de Especial Interesse Social – com área total parcelada inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados); V – os seguintes empreendimentos e os similares: a) aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos; b) autódromos, hipódromos e estádios esportivos; c) cemitérios e necrotérios; d) matadouros e abatedouros; e) presídios; f) quartéis; g) terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários; gA) heliponto, considerando-se este como a área ao nível do solo ou elevada para pousos e decolagens de helicópteros;

Alínea “gA” acrescentada pela Lei nº 9.084, de 11/05/2005 (Art. 1º) h) vias de tráfego de veículos com 2 (duas) ou mais faixas de rolamento; i) ferrovias, subterrâneas ou de superfície; j) terminais de minério, petróleo e produtos químicos; l) oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; m) linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230kv (duzentos e trinta quilovolts); n) usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10mw (dez megawatts); o) obras para exploração de recursos hídricos, tais como barragens, canalizações, retificações de coleções de água, transposições de bacias e diques; p) estações de tratamento de esgotos sanitários; q) distritos e zonas industriais; r) usina de asfalto.

Page 89: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

89 § 2º - O Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM – poderá, em deliberação normativa, incluir novos empreendimentos na relação do inciso V do parágrafo anterior. Art. 3º - A Licença Ambiental será outorgada pelo COMAM, mantidas as demais licenças legalmente exigíveis. Parágrafo único – A outorga da Licença Ambiental será precedida da publicação de edital – explicitando o uso pretendido, o porte e a localização – em órgão oficial de imprensa e em jornal de grande circulação no Município, com ônus para o requerente, assegurado ao público prazo para exame do pedido, dos respectivos projetos e dos pareceres dos órgãos municipais e para apresentação de impugnação, fundamentada e por escrito. Art. 4º - O COMAM, se julgar necessário, promoverá a realização de audiência pública para informação sobre o projeto e seus impactos ambientais e urbanos e discussão do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. Parágrafo único – A convocação de audiência pública será feita por meio de edital, publicado em jornal de grande circulação no Município e em órgão oficial de imprensa, com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis.

Art. 4º com redação dada pela Lei nº 7.903, de 09/12/1999 (Art. 1º) ADI nº 1.0000.00.254954-1/000, Lei nº 7.903/99 DECLARADA

INCONSTITUCIONAL.

Art. 5º - O COMAM, no exercício de sua competência, expedirá as seguintes licenças: I – Licença Prévia (LP), na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de construção, ampliação, instalação e funcionamento, observadas as leis municipais, estaduais e federais de uso do solo; II – Licença de Implantação (LI), autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações constantes do projeto aprovado e verificados os requisitos básicos definidos para esta etapa; III – Licença de Operação ou Licença de Ocupação (LO), autorizando, após as verificações necessárias e a execução das medidas mitigadoras do impacto ambiental e urbano, o início da atividade licenciada ou da ocupação residencial, de acordo com o previsto na LP e na LI. § 1º - No caso de construção ou ampliação de empreendimentos de impacto, a LP e a LI deverão preceder a outorga do Alvará de Construção; e a LO, a da Certidão de Baixa e Habite-se. § 2º - A LP é precedida da apresentação de Estudo de Impacto Ambiental – EIA – e do respectivo RIMA, a serem aprovados pelo COMAM. § 3º - A LI é precedida da apresentação do Plano de Controle Ambiental – PCA -, a ser aprovado pelo COMAM. § 4º - Serão definidos pelo COMAM, mediante deliberação normativa, para cada empreendimento ou grupo de empreendimentos: I – os requisitos prévios para obtenção das licenças mencionadas; II – o roteiro básico de elaboração do EIA, RIMA e PCA.

Page 90: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

90 Art. 6º - Para avaliação do cumprimento das obrigações assumidas para a obtenção da LI e da LO, o COMAM poderá determinar, quando necessário, a adoção de dispositivos de medição, análise e controle, a cargo do responsável pelo empreendimento, diretamente ou por empresa do ramo, de reconhecida idoneidade e capacidade técnica.

Caput com redação dada pela Lei nº 7.903, de 09/12/1999 (Art. 2º) ADI nº 1.0000.00.254954-1/000, Lei nº 7.903/99 DECLARADA

INCONSTITUCIONAL.

Parágrafo único – A medição, a análise ou o controle deverão ser precedidos de comunicado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que poderá fazer-se representar por um técnico de sua escolha. Art. 7º - Os empreendimentos sujeitos à Licença Ambiental que, na data de publicação desta Lei, já estejam instalados ou em funcionamento, deverão apresentar o Relatório de Controle Ambiental – RCA -, a ser aprovado pelo COMAM. Parágrafo único – As diretrizes para elaboração do RCA serão definidas pelo COMAM para cada atividade ou grupo de atividades, mediante deliberação normativa. Art. 8º - O prazo para outorga das licenças referidas no art. 5º será de 60 (sessenta) dias para Licença Prévia – LP – e 30 (trinta) dias para as demais, contado da data de apresentação do requerimento acompanhado dos documentos necessários.

Caput com redação dada pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º) § 1º - Somente com a anuência do Plenário do Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM -, e tendo em vista a complexidade do exame do impacto ambiental e urbano, poderá ser prorrogado, por igual período, o prazo previsto no caput.

§ 1º com redação dada pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º) § 2º - Esgotado o prazo previsto no caput deste artigo, ou o prorrogado na forma do § 1º, sem que haja decisão do COMAM, será considerada outorgada a licença requerida.

§ 2º com redação dada pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º) § 3º - No caso específico das solicitações para instalação e operação de antenas de telecomunicações com estrutura em torre ou similar, o prazo para outorga das licenças, referidas no art. 5º, será de 45 (quarenta e cinco) dias para LP e 30 (trinta) dias para as demais, contado da data de apresentação do requerimento acompanhado dos documentos necessários.

§ 3º acrescentado pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º) § 4º - Também no caso das solicitações para instalação e operação de antenas de telecomunicações com estruturas em torre ou similar, não será aplicável a prorrogação de prazo, conforme disposto no § 1º deste artigo, devendo o COMAM apresentar a decisão nos prazos estabelecidos no § 3º. Caso não haja decisão nestes prazos, a licença requerida será considerada outorgada.

§ 4º acrescentado pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º)

Page 91: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

91 Art. 9º - O procedimento administrativo para a concessão das licenças referidas será estabelecido em deliberação normativa do COMAM. § 1º - A ampliação ou a modificação do objeto da Licença Ambiental sujeitar-se-ão a novo licenciamento. § 2º - A análise do EIA, RIMA, PCA ou RCA poderá ser efetuada por entidade especializada integrante da Administração Pública, mediante convênio com o COMAM. Art. 10 – O COMAM, em decorrência da análise do EIA e do RIMA, poderá exigir do responsável a intervenção pública que se faça necessária na área do empreendimento. Art. 11 – Os órgãos da administração municipal somente aprovarão projeto de implantação ou ampliação de atividades sujeitas à Licença Ambiental após a expedição da mesma, sob pena de responsabilidade administrativa e nulidade dos seus atos. Art. 12 – No caso de empreendimentos de impacto sujeitos a financiamento ou incentivos governamentais, fica a aprovação de projetos habilitados aos benefícios vinculada ao licenciamento ambiental, nos termos desta Lei. Art. 13 – O suporte técnico e administrativo necessário ao cumprimento, pelo COMAM, das disposições desta Lei será prestado diretamente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. § 1º - Para a realização das atividades decorrentes do disposto nesta Lei e nos seus regulamentos, poderá a Secretaria Municipal de Meio Ambiente utilizar-se, além dos recursos técnicos e humanos de que dispõe, do concurso de outros órgãos ou entidades públicas ou privadas, mediante convênios, contratos ou credenciamento de agentes. § 2º - Serão franqueadas, para fiscalizar o cumprimento dos dispositivos desta Lei, a entrada e a permanência, pelo tempo que se fizer necessário, dos técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e dos agentes por ela credenciados, nos locais de construção ou ampliação de empreendimentos de impacto, nos locais onde estejam instalados ou em funcionamento ou onde se pretenda raújo -los. Art. 14 – (VETADO) § 1º - (VETADO) § 2º - (VETADO) § 3º - (VETADO) § 4º - (VETADO) § 5º - (VETADO) Art. 15 – Não se aplicam ao disposto nos artigos anteriores as regras constantes dos arts. 12 e 13 da Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985, bem como em seu regulamento. Art. 16 – Enquanto não conceituados em lei o parcelamento vinculado e as ZEISs, é a seguinte a redação do inciso IV do § 1º do art. 2º: “Art. 2º - ...

Page 92: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

92 § 1º - ... IV – parcelamentos de solo, exceto os propostos para conjuntos habitacionais cuja área parcelada seja inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados), com, pelo menos, uma das seguintes características: a) destinação ao uso não residencial; b) existência de lotes com área inferior a 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) ou superior a 10.000m² (dez mil metros quadrados); c) existência de quarteirões com extensão superior a 200m (duzentos metros);” Art. 17 – O inciso V do art. 14 da Lei nº 4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 14 - ... ... V – decidir sobre a outorga da Licença Ambiental, nos termos de lei específica, e, em segunda e última instância administrativa, sobre os casos que dependam de parecer da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, bem como, em todos os casos, decidir em grau de recurso quando da aplicação de penalidades previstas na legislação ambiental;”

Art. 18 – O inciso VI do art. 14 da Lei nº 4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 14 - ... ... VI – deliberar sobre a procedência de pedido escrito de impugnação, sob a ótica ambiental, de projetos sujeitos à Licença Ambiental – conforme disciplinado em legislação específica – ou a parecer prévio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;”

Art. 19 – O inciso III do art. 18 da Lei nº 4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 18 - ... ... III – o produto do reembolso do custo dos serviços prestados pela administração municipal aos requerentes de licença prevista na legislação ambiental;”

Art. 20 – (VETADO) § 1º - (VETADO) § 2º - (VETADO) Art. 21 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente o inciso VI do art. 3º e os arts. 5º e 6º da Lei nº 4.253/85. Belo Horizonte, 17 de janeiro de 1997 Célio de Castro Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei nº 26/96, de autoria do Vereador Sávio Souza Cruz)

Page 93: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

93

LEI Nº 8.068, DE 30 DE AGOSTO DE 2000

Dispõe sobre o transporte de produto perigoso no Município.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O transporte de produto perigoso obedecerá às normas técnicas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN – e ao disposto nesta Lei e na legislação federal pertinente. Parágrafo único – É considerado perigoso o produto que, por suas características, durante a fabricação, manejo, transporte, armazenamento ou uso, por si só ou em contato com outro produto, possa gerar ou desprender pó, fumo, gás, vapor, fibra ou radiação ionizante, de natureza infecciosa, irritante, inflamável, explosiva, corrosiva, asfixiante, tóxica ou radioativa, ou ainda, que represente comprovado risco para a saúde humana, a segurança ou o meio ambiente. Art. 2º - A empresa que transporta, manuseia ou armazena produto perigoso deve estar cadastrada e licenciada pelo órgão competente do Executivo. Parágrafo único – A empresa prevista no caput que já esteja em funcionamento tem o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da publicação desta Lei, para se cadastrar. Art. 3º - A circulação de veículo transportador de produto perigoso em via pública depende de prévia autorização do órgão municipal responsável pela gestão do trânsito. § 1º- O requerimento de autorização será encaminhado ao órgão mencionado no caput, com antecedência mínima de 8 (oito) dias, instruído com: I – documentação fiscal do produto; II- origem, destino, quantidade, número e nome apropriado para embarque do produto; III- classe e subclasse às quais o produto pertence, segundo classificação da Organização das Nações Unidas – ONU; IV – declaração do expedidor de que o produto está adequadamento acomodado para suportar os riscos de carga, descarga e transporte; V – orientação do fabricante do produto acerca dos procedimentos a serem adotados em caso de avaria, acidente ou emergência; VI – certificado de registro do veículo no órgão competente e identificação de suas características; VII – itinerário, data e horário pretendidos; VIII – certidão do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial – INMETRO – de que a manutenção do veículo é adequada para o transporte a granel de produto perigoso; IX – comprovação de que a empresa encontra-se devidamente licenciada para o transporte de que trata esta Lei, nos termos da legislação ambiental sobre a matéria; X – nome e telefone de contato do representante legal ou do técnico responsável pela empresa;

Page 94: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

94 XI – comprovação de que o local e a pessoa jurídica responsável pela descontaminação do veículo encontram-se devidamente licenciados nos termos da legislação ambiental sobre a matéria. § 2º - A autorização deve ser expedida por órgão responsável pela gestão do trânsito com antecedência mínima de 2 (dois) dias da data do transporte e indicará: I – itinerário; II – horário autorizado; III – local para abastecimento do veículo; IV – condições para abastecimento do veículo; V – acompanhamento técnico especializado, quando necessário, a ser realizado por batedores e mediante interdição de via ou vias públicas; VI – local para descontaminação. § 3º - Fica dispensada a autorização de que trata o caput deste artigo nos casos de transporte de: I – gás medicinal; II – produto em quantidade inferior ao limite de isenção estabelecido no regulamento desta Lei; III – produto radioativo em quantidade igual ou inferior ao valor básico de atividade estabelecido pelo CNEN. Art. 4º - O veículo descarregado será imediatamente encaminhado ao local de descontaminação e sua circulação ficará sujeita à apresentação do comprovante de descontaminação, emitido pela pessoa jurídica de que trata o inciso XI do § 1º do art. 3º. Art. 5º - A carga, a descarga e o transporte de gás raújo ta de petróleo – GLP – de combustível para motor e de derivados de petróleo respeitarão o previsto no art. 3º, atendidas, ainda, as seguintes condições: I – autorização por prazo determinado; II – utilização de veículos credenciados em distribuidor registrado na Agência Nacional de Petróleo – ANP III – fixação, nos termos do regulamento desta Lei, de nome e telefone da distribuidora. § 1º - O veículo previsto no caput respeitará os critérios de segurança estabelecidos pelo órgão municipal responsável pela gestão do trânsito. § 2º - O funcionário ou preposto da distribuidora, a quem caberá a emissão de notas fiscais, deverá estar uniformizado e identificado por crachá. § 3º - A licença para carga, descarga e transporte do produto referido no caput depende de vistoria do órgão municipal responsável pela gestão do trânsito e do atendimento aos quesitos de segurança estabelecidos pelo regulamento desta Lei. § 4º - A licença prevista no parágrafo anterior tem validade de 6 (seis) meses e sua renovação estará condicionada ao desempenho ambiental satisfatório da distribuidora, conforme regulamento desta Lei. § 5º - O órgão municipal responsável pela gestão do trânsito emitirá selo de vistoria para fixação no veículo em local a ser definido pelo regulamento desta Lei.

Page 95: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

95 § 6º - A licença prevista no § 3º não abrange o transporte por cavalo mecânico. Art. 6º - Ficam proibidos o estacionamento e a circulação de veículo transportador de produto perigoso na Avenida do Contorno, no perímetro por esta delimitado e nas vias locais definidas pelo Plano de Classificação Viária. § 1º - O órgão municipal responsável pela gestão do trânsito poderá abrir exceção ao disposto no caput em caso de necessidade ou urgência devidamente justificada, atendido o disposto no art. 3º desta Lei. § 2º - A proibição estabelecida no caput não se aplica a veículo que transporte produto previsto no artigo anterior. Art. 7º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator às seguintes penalidades aplicadas pelo órgão municipal responsável pela gestão do trânsito: I – multa de 230 UFIRs (duzentas e trinta unidades fiscais de referência) a 11.300 UFIRs (onze mil e trezentas unidades fiscais de referência), aplicada em dobro a cada reincidência; II – apreensão do veículo, em caso de risco para a saúde humana, a segurança ou o meio ambiente; III – cassação da licença. § 1º - As penalidades podem ser aplicadas cumulativamente. § 2º - Considera-se reincidência o cometimento de nova infração durante 1 (um) ano civil. Art. 8º - Os danos ambientais decorrentes do descumprimento do disposto nesta Lei serão objeto de avaliação do órgão competente do Executivo para efeitos de responsabilização nos termos da legislação aplicável à matéria. Art. 9º - Até a regulamentação desta Lei, o limite de isenção previsto no art. 3º, § 3º, II, é o estabelecido pela Portaria nº 291, de 31 de maio de 1998, do Ministério dos Transportes. Art. 10 – A distribuidora que opera no Município tem o prazo de 90 (noventa) dias, contado da publicação desta Lei, para requerer a licença prevista no art. 5º, § 3º. Art. 11 – A empresa prevista no art. 2º que esteja em funcionamento tem o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da publicação desta Lei, para se cadastrar. Art. 12 – O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contado de sua publicação. Art. 13 – Ficam revogadas a Lei nº 6.724, de 25 de agosto de 1994, e a Lei nº 6.834, de 16 de fevereiro de 1995. Art. 14 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 30 de agosto de 2000 Célio de Castro Prefeito de Belo Horizonte

Page 96: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

96

LEI Nº 8.201, DE 17 DE JULHO DE 2001

Altera a Lei nº 7.277/97, que estabelece normas para instalação de antenas de telecomunicações e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A localização, instalação e operação de antenas de telecomunicações com estrutura em torre ou similar obedecerão às determinações contidas nesta Lei, além das leis nºs 4.253, de 4 de dezembro de 1985, e 7.277, de 17 de janeiro de 1997, que disciplinam o licenciamento ambiental no Município. Parágrafo único – Para efeito desta Lei, as estruturas verticais com altura superior a 10m (dez metros) são consideradas como estrutura similar à de torre. Art. 2º - O art. 8º da Lei nº 7.277/97 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 8º - O prazo para outorga das licenças referidas no art. 5º será de 60 (sessenta) dias para Licença Prévia – LP – e 30 (trinta) dias para as demais, contado da data de apresentação do requerimento acompanhado dos documentos necessários. § 1º - Somente com a anuência do Plenário do Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM -, e tendo em vista a complexidade do exame do impacto ambiental e urbano, poderá ser prorrogado, por igual período, o prazo previsto no caput. § 2º - Esgotado o prazo previsto no caput deste artigo, ou o prorrogado na forma do § 1º, sem que haja decisão do COMAM, será considerada outorgada a licença requerida. § 3º - No caso específico das solicitações para instalação e operação de antenas de telecomunicações com estrutura em torre ou similar, o prazo para outorga das licenças, referidas no art. 5º, será de 45 (quarenta e cinco) dias para LP e 30 (trinta) dias para as demais, contado da data de apresentação do requerimento acompanhado dos documentos necessários. § 4º - Também no caso das solicitações para instalação e operação de antenas de telecomunicações com estruturas em torre ou similar, não será aplicável a prorrogação de prazo, conforme disposto no § 1º deste artigo, devendo o COMAM apresentar a decisão nos prazos estabelecidos no § 3º. Caso não haja decisão nestes prazos, a licença requerida será considerada outorgada. (NR)“

Art. 3º - Para implantação e operação dos equipamentos de que trata esta Lei, serão adotadas as recomendações técnicas publicadas pela Comissão Internacional para Proteção Contra Radiações Não Ionizantes – ICNIRP -, ou outra que vier a substituí-la, em conformidade com as orientações da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

Page 97: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

97 Parágrafo único – Para atendimento ao disposto no caput deste artigo, serão realizadas medições e elaborado laudo radiométrico, conforme requisitos mínimos relacionados nesta Lei. Art. 4º - O licenciamento ambiental de que trata esta Lei dependerá, quando legislação específica determinar, da manifestação dos competentes órgãos responsáveis pelo licenciamento de edificações e de proteção do patrimônio histórico e cultural, nas fases de obtenção da Licença de Implantação – LI – ou de Licença de Operação – LO. Art. 5º - Visando à proteção da paisagem urbana, para concessão do licenciamento ambiental, serão observados os seguintes parâmetros de distanciamento mínimo: I – 500m (quinhentos metros) a partir do eixo da base de uma torre ou poste para outra; II – 30m (trinta metros) a partir do ponto de emissão de radiação, na direção de maior ganho da antena, de qualquer ponto de edificação existente em imóveis vizinhos que se destinem à permanência de pessoas, salvo nos casos de utilização de microcélulas; III – 5m (cinco metros) do alinhamento frontal e das divisas laterais e de fundos, a partir do eixo da base da torre ou poste em relação à divisa do imóvel ocupado; IV – a projeção vertical sobre o terreno, de qualquer elemento da Estação de Rádio-Base – ERB – ou estação de transmissão, incluindo torre e antenas, em relação às divisas laterais e de fundo, não poderá ser inferior a 1,5m (um metro e cinco decímetros), respeitando o respectivo afastamento ao alinhamento frontal. Parágrafo único – Poderão ser licenciadas instalações de equipamentos de telecomunicações, desobrigadas das limitações previstas neste artigo, nos casos de impossibilidade técnica para prestação dos serviços, compatíveis com a qualidade exigida, devidamente justificada junto aos órgãos municipais de licenciamento, mediante laudo da ANATEL ou de entidade de notória especialização em telecomunicações. Art. 6º - O licenciamento de antenas em fachadas das edificações é admitido desde que: I – as emissões de ondas eletromagnéticas não sejam direcionadas para o interior da edificação na qual se encontram instaladas; II – seja promovida a harmonização estética com a respectiva fachada. Art. 7º - A instalação dos equipamentos de transmissão, containers e antenas no topo de edifícios é admitida desde que: I – as emissões de ondas eletromagnéticas não sejam direcionadas para o interior da edificação na qual se encontram instaladas; II – sejam garantidas condições de segurança para as pessoas que acessarem o topo do edifício; III – seja promovida a harmonização estética dos equipamentos de transmissão, containers e antenas com a respectiva edificação. Art. 8º - Sempre que tecnicamente viável, em áreas urbanas, deverão ser utilizados postes tubulares, visando minimizar os impactos visuais causados pela estrutura de suporte das antenas, reduzindo, assim, a utilização de estruturas treliçadas. Art. 9º - O licenciamento ambiental será procedido em 3 (três) etapas seqüenciais

Page 98: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

98 destinadas, respectivamente, à apreciação dos requerimentos de LP, LI e LO. § 1º - As licenças ambientais poderão ser expedidas isoladas ou conjunta- mente, de acordo com a natureza, características e fase da atividade, compatibilizando as etapas de planejamento, implantação e operação. § 2º - A análise da LP dependerá de apresentação de Estudos de Impacto Ambiental – EIA – e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. § 3º - No EIA/RIMA, deverá ser analisada a interferência dos equipamentos sobre a área de entorno nos aspectos da exposição a campos eletromagnéticos, ruídos e intrusão visual no ambiente urbano. § 4º - No RIMA, deverá ser apresentado mapeamento, em forma de cadastro em meio físico e magnético, das ERBs ou das estações de transmissão já existentes e das propostas. Art. 10 – Para análise da LI, o empreendedor deverá apresentar o Plano de Controle Ambiental – PCA -, conforme roteiro a ser fornecido pelo órgão municipal competente, acompanhado de laudo radiométrico da situação preexistente. Art. 11 – Para análise da LO, a partir de seu requerimento, o empreendedor deverá apresentar laudo radiométrico da situação a ser licenciada dentro de um raio de 100m (cem metros).

§ 1º - Para o licenciamento de estação de transmissão, deverão ser realizadas pelo menos duas medições de modo que a primeira identifique a situação preexistente e a segunda avalie as condições do local com a incorporação da radiação emitida pela nova estação. § 2º - As medições requeridas para o laudo citado no caput deste artigo deverão ser formalmente comunicadas ao órgão municipal competente, com antecedência mínima de 10 (dez) dias, para possível acompanhamento. § 3º - Somente durante as medições exigidas e comunicadas previamente, será permitido o funcionamento do sistema antes da obtenção da LO, não sendo permitida, em nenhuma outra hipótese, a operação sem o licenciamento ambiental devidamente outorgado. § 4º - Para avaliação das radiações não ionizantes serão realizadas até 9 (nove) medições, de acordo com a metodologia adotada pela ANATEL. § 5º - As medições serão realizadas por profissionais habilitados, com o uso de equipamentos que quantifiquem a densidade de potência na faixa de freqüência de interesse e que englobe as fontes de freqüências relevantes, por integração do espectro eletromagnético, de acordo com os critérios definidos pela ANATEL. § 6º - Os equipamentos utilizados deverão ser calibrados e aferidos em laboratórios credenciados pelo fabricante, devidamente comprovado, dentro de suas especificações.

Page 99: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

99 § 7º - Prédios utilizados como sede de escolas, creches, hospitais e clínicas onde se internem pacientes ou locais onde se verifique grande concentração de pessoas serão, obrigatoriamente, pontos de medição. § 8º - O laudo radiométrico resultante das medições deverá ser elaborado por engenheiro especialista em radiação eletromagnética, com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura a Agronomia – CREA/MG -, e acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. § 9º - Na impossibilidade de se obter a permissão para a realização da medição em local privado, a mesma será realizada no local público que mais se aproxime do ponto anteriormente determinado.

Art. 12 – No certificado de outorga da LO, serão registradas as condições técnicas autorizadas para seu funcionamento no local. § 1º - As antenas transmissoras de ondas eletromagnéticas deverão funcionar de modo que a densidade de potência total, considerada a soma da radiação pré-existente com a radiação adicional emitida pela nova antena, medida por equipamento que faça a integração de todas as freqüências na faixa prevista nesta Lei não ultrapasse os limites recomendados na forma do art. 3º. § 2º - Os registros das localizações e das densidades de potência das antenas licenciadas pelo órgão ambiental deverão constar de cadastro junto à Prefeitura. Art. 13 – No caso de acréscimo de novas antenas, utilizando-se de estrutura já licenciada pelo órgão ambiental, será dispensada a LP, podendo a LI e a LO serem concedidas de forma simplificada. Art. 14 – Caso as etapas previstas para a obtenção de LP ou LI estejam vencidas, estas licenças não serão expedidas, ficando o empreendedor responsável pelas antenas transmissoras de ondas eletromagnéticas obrigado a apresentar o Relatório e Plano de Controle Ambiental – RCA/PCA – acompanhado de laudo radiométrico ou do cronograma de medições, a fim de possibilitar a apreciação da LO. Art. 15 – As antenas já em operação no Município ficam sujeitas à obtenção de LO por convocação do órgão municipal competente, quando serão analisadas caso a caso as possibilidades de adequação de suas instalações às exigências contidas nesta Lei, observadas as normas do Código Civil Brasileiro, utilizado como referência na época de sua instalação. Parágrafo único – (VETADO) Art. 16 – Havendo incidência de várias antenas transmissoras já em operação de um mesmo empreendedor, a documentação relativa ao licenciamento ambiental deverá ser apresentada em conjunto para análise, acompanhada de mapa representativo, contendo as seguintes informações: I – antenas transmissoras próprias, com indicação de sua altura, especificação da estrutura de suporte, tipo de ocupação do lote ou edificação da instalação; II – antenas transmissoras de terceiros, com indicação de sua altura, no caso da ocorrência de compartilhamento de torre ou estrutura; III – prédios residenciais ou comerciais com altura igual ou superior à altura da

Page 100: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

100 antena, considerando um raio de 100m (cem metros) da antena objeto de análise; IV – ocorrência de áreas de proteção ambiental, escolas, creches, hospitais e clínicas onde se internem pacientes ou locais onde se verifique grande concentração de pessoas. Parágrafo único – Os mapas deverão ser apresentados em escala adequada por regional administrativa de Belo Horizonte. Art. 17 – Nos locais onde a densidade de potência total ultrapasse os limites citados no art. 3º, as emissões deverão ser imediatamente enquadradas de forma a atender os parâmetros estabelecidos nesta Lei, sob pena de ser determinada a desativação da antena. § 1º - Os empreendedores responsáveis pelas emissões de ondas eletromagnéticas deverão realizar medições radiométricas com a interrupção alternada das emissões para diagnóstico e apuração de responsabilidades nos casos citados no caput. § 2º - Havendo mais de uma fonte emissora responsável pelo excesso de densidade de potência, será determinada a adequação pelo responsável, iniciando-se por aquela mais recentemente instalada, e assim sucessivamente, até que sejam atendidos os limites estabelecidos. Art. 18 – A instalação de antenas transmissoras, microcélulas e equipamentos afins em área pública dependerá de aprovação do órgão competente, sem prejuízo das medidas mitigadoras ambientais, além das exigências contidas nesta Lei e demais dispositivos legais aplicáveis. § 1º - Fica vedada a instalação de antenas transmissoras, microcélulas e equipamentos afins com estrutura em torre ou similar em Área de Proteção Especial, Parque Estadual, Parque Municipal, Reserva Particular do Patrimônio Natural, Reserva Particular Ecológica e Zona de Preservação Ambiental – ZPAM. § 2º - Em situações de relevante interesse público, poderá ser admitida, pelo órgão ambiental competente, a instalação de equipamentos de telecomunicações nas áreas a que se refere o § 1º, mediante a completa mitigação dos impactos paisagísticos e ambientais. Art. 19 – Compete à Prefeitura exigir, quando necessário, por ato administrativo fundamentado, laudo radiométrico das emissões das antenas do empreendedor licenciado ou convocado para obtenção da LO. § 1º - As medições requeridas, citadas no caput, quando de sua realização, deverão ser formalmente comunicadas à Prefeitura, com antecedência mínima de 10 (dez) dias, para possível acompanhamento. § 2º - A exigência de elaboração de laudo radiométrico poderá ser feita uma única vez em um período mínimo de 12 (doze) meses. § 3º - As medições das radiações não ionizantes deverão atender as exigências estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento. Art. 20 – A instalação de estrutura vertical para suporte de antenas deverá seguir

Page 101: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

101 normas de segurança, mantendo suas áreas devidamente isoladas e aterradas, conforme as prescrições da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT -, garantindo que os locais expostos à radiação não ionizante, na área considerada ocupacional, sejam sinalizados com placas de advertência. § 1º - As placas de advertência deverão estar em local de fácil visibilidade, seguir padrão estabelecido pelo poder público e conter nome do empreendedor, telefone para contato, nome e qualificação do profissional responsável e número da licença. § 2º - No caso de empreendimento em fase de licenciamento, deverá ser instalada placa identificando o empreendedor e o número do processo administrativo em tramitação no órgão competente, além dos telefones para contato. Art. 21 – (VETADO) Art. 22 – Os níveis de ruídos emitidos pelo funcionamento do equipamento da estação de transmissão serão avaliados para enquadramento nos limites prescritos na legislação ambiental em vigor. Art. 23 – O empreendedor que utiliza torre ou poste para telecomunicações deverá apresentar contrato de seguro capaz de cobrir dano patrimonial e físico em relação aos transeuntes e moradores de imóveis vizinhos à área de instalação dos equipamentos. Art. 24 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 17 de julho de 2001 Célio de Castro Prefeito de Belo Horizonte

Page 102: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

102

LEI Nº 8.262, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2001

Dispõe sobre monitoramento e controle do ar no Município.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O Executivo implantará rede de monitoramento para promover, periodicamente, medição da concentração de poluentes no ar, com a finalidade de efetuar medidas de controle, caso limite permissível dessa concentração seja ultrapassado. § 1º - O dimensionamento da rede e a definição da localização das estações de medição que a integrarão serão subsidiados por estudo técnico. § 2º - A rede contará com estação móvel, a ser utilizada em: I – campanha de curta ou média duração; II – situação emergencial; III – estudo para deslocamento ou definição de novos pontos de monitoramento. Art. 2º - Os resultados da medição prevista no inciso I do caput do art. 1º serão disponibilizados à população. Parágrafo único – Em caso de concentração imprópria de poluente no ar, será afixada, no local, informação sobre tal condição. Art. 3º - Ficam estabelecidos os seguintes parâmetros e os respectivos padrões de qualidade do ar: I – partículas em suspensão; a) concentração média geométrica anual de 80µg/m3 (oitenta microgramas por metro cúbico); b) concentração média diária de, no máximo, 240µg/m3 (duzentos e quarenta microgramas por metro cúbico), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; c) método de referência: de Amostrador de Grandes Volumes, ou equivalente; II – dióxido de enxofre: a) concentração média aritmética anual de 80µg/m3 (oitenta microgramas por metro cúbico), equivalente a 0,03ppm (três centésimos de parte por milhão); b) concentração média diária de, no máximo, 365µg/m3 (trezentos e sessenta e cinco microgramas por metro cúbico), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; c) método de referência: da Pararosanilina, ou equivalente; III – monóxido de carbono: a) concentração média, em intervalo de 8h (oito horas), de, no máximo, 10.000µg/m3

(dez mil microgramas por metro cúbico), equivalente a 9ppm (nove partes por milhão), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; b) concentração média horária de, no máximo, 40.000µg/m3 (quarenta mil micro-gramas por metro cúbico), equivalente a 35ppm (trinta e cinco partes por milhão), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;

Page 103: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

103 c) método de referência: de Absorção de Radiação Infravermelho não Dispersivo, ou equivalente; IV – oxidantes fotoquímicos: a) concentração média horária de, no máximo, 160µg/m3 (cento e sessenta microgramas por metro cúbico), equivalente a 0,08ppm (oito centésimos de parte por milhão), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; b) método de referência: da Luminescência Química, ou equivalente; V – partículas inaláveis: a) concentração média aritmética anual de 50µg/m3 (cinqüenta microgramas por metro cúbico); b) concentração média diária de, no máximo, 150µg/m3 (cento e cinqüenta microgramas por metro cúbico), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; c) método de referência: Separação Inercial/Filtração; VI – fumaça: a) concentração média aritmética anual de 60µg/m3 (sessenta microgramas por metro cúbico); b) concentração média de, no máximo, 150µg/m3 (cento e cinqüenta micro-gramas por metro cúbico), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; c) método de referência: Refletância. Parágrafo único – As medidas devem ser corrigidas para temperatura de 25ºC (vinte e cinco graus Celsius) e pressão absoluta de 760mmHg (setecentos e sessenta milímetros de mercúrio). Art. 4º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contado de sua publicação. Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 4 de dezembro de 2001 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte, em exercício (Originária do Projeto de Lei nº 30/01, de autoria do Vereador André Quintão)

Page 104: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

104

LEI Nº 8.327, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2002

Dispõe sobre plantio, extração, poda, substituição de árvores e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O plantio, a extração, a poda e a substituição de árvores serão regidos por esta Lei. Art. 2º - Será aprovado o loteamento ou desmembramento de terra em área revestida, total ou parcialmente, por vegetação de porte arbóreo, somente após prévia aprovação de projeto que defina o melhor aproveitamento da referida vegetação. Art. 3º - O Executivo deverá elaborar, para loteamento já existente devidamente legalizado e onde não haja arborização, projeto que defina, de forma adequada, a arborização da região. Parágrafo único – Fica o Executivo autorizado a estabelecer convênio com entidade pública ou privada, para implementar o projeto a que se refere o caput. Art. 4º - O plantio de árvore, em via ou logradouro público, deverá respeitar as normas técnicas para arborização e composição de área verde. Art. 5º - O projeto de edificação e iluminação pública ou particular, em área arborizada, deverá compatibilizar-se com a vegetação arbórea existente de modo a evitar a futura poda e principalmente a extração de espécies encontradas. Art. 6º - Qualquer árvore, localizada no Município, poderá ser declarada imune ao corte mediante lei específica. Parágrafo único – Compete ao Executivo cadastrar e identificar, por meio de placa educativa, a árvore declarada imune ao corte e fornecer apoio técnico necessário a preservação de espécie protegida. Art. 7º - Ficam proibidas ao Município a extração e a poda de árvore existente em via e logradouro público, sem que haja uma orientação técnica do setor competente. Art. 8º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator a multa, aplicada pelo órgão competente do Executivo, no valor de R$150,00 (cento e cinqüenta reais), que será duplicado em caso de reincidência. Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 7 de fevereiro de 2002 Sérgio Ferrara Prefeito de Belo Horizonte, interino (Originária do Projeto de Lei nº 328/01, de autoria do Vereador Leonardo Quintão)

Page 105: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

105

LEI Nº 9.037, DE 14 DE JANEIRO DE 2005 Institui o plano de ação – Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha – PROPAM – em Belo Horizonte, e regulamenta as ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo, em conformidade com as Leis nº 7.165/96 e 7.166/96.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I DO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL DA

BACIA DA PAMPULHA – PROPAM – EM BELO HORIZONTE

CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

Art. 1º - O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha – PROPAM – tem como objetivos: I – proceder à recuperação e ao desenvolvimento ambiental da Bacia da Pampulha por meio de: a) desenvolvimento de ações relativas à melhoria do saneamento ambiental; b) garantia da qualidade das águas conforme legislação específica; c) recuperação da represa da Pampulha, das ilhas, das enseadas e revitalização da orla; d) melhoria das condições viárias; e) educação ambiental da população, de modo a propiciar a mudança de comportamento em relação à proteção e à preservação dos recursos naturais; f) gestão ambiental conjunta com o Município de Contagem, por meio da Associação Civil Comunitária de Recuperação da Bacia Hidrográfica da Pampulha/Consórcio de Recuperação da Bacia da Pampulha, autorizado pela Lei nº 7.932, de 30 de dezembro de 1999; II – promover o desenvolvimento urbano e econômico da Bacia da Pampulha por meio de: a) requalificação urbana das áreas integrantes da Bacia, de modo a propiciar a realização de potenciais econômicos, ampliar a oferta e as condições de apropriação de espaços públicos e acentuar a atratividade da Pampulha como espaço de lazer, cultura e turismo de âmbito metropolitano; b) definição de parâmetros de ocupação e uso do solo adequados à recuperação ambiental e ao desenvolvimento urbano e econômico da referida Bacia.

CAPÍTULO II DAS AÇÕES

Art. 2º - O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha – PROPAM – abrange as seguintes ações relativas ao saneamento ambiental: I – a definição de vilas e de conjuntos prioritários para urbanização, conforme o Anexo I; II – o controle dos focos erosivos e do aporte de sedimentos para os cursos d’água;

Page 106: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

106 III – a remoção e o reassentamento das famílias residentes em áreas de risco geológico, sujeitas à inundação ou destinadas à implantação de sistema viário estrutural; IV – a ampliação da rede de drenagem em toda a Bacia; V – a ampliação da coleta de esgotos sanitários, por meio de redes coletoras convencionais e da adoção de tecnologias alternativas em toda a Bacia, de forma a eliminar os lançamentos clandestinos nas redes de drenagem e nos cursos d’água; VI – a implantação prioritária dos interceptores de esgotos nos fundos de vale e na margem esquerda da Lagoa da Pampulha, conforme Anexo II; VII – a implantação da coleta de lixo em áreas ainda não atendidas e a ampliação deste serviço em áreas onde o atendimento ainda é insuficiente; VIII – o controle dos bota-foras clandestinos; IX – a garantia da infra-estrutura necessária para a coleta seletiva e para a reciclagem dos resíduos sólidos, por meio da implantação de galpões de recebimento e triagem de resíduos, de contenedores seletivos e de equipamentos de transporte; X – a intensificação do controle e da recuperação ambiental da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos da BR-040; XI – a implantação de estação de reciclagem de entulho, objetivando a minimização do seu lançamento em áreas públicas, de forma clandestina, bem como sua reutilização comercial; XII – o desenvolvimento de ações de combate e controle de vetores, visando a eliminar, a diminuir ou a prevenir os riscos e os agravos à saúde; XIII – o tratamento dos fundos de vale constantes do Anexo III, de forma a favorecer a adoção de alternativas que assegurem mínima intervenção no meio ambiente natural; XIV – a priorização da urbanização dos logradouros públicos constantes do Anexo III, incluída a pavimentação não asfáltica ou assemelhada, extensão de rede de drenagem, expansão da rede coletora de esgotos e da coleta de resíduos sólidos. Art. 3º - O PROPAM abrange as seguintes ações relativas à recuperação da represa: I – o desassoreamento da represa por meio de dragagem dos sedimentos, visando à recuperação do espelho d’água, a manutenção da capacidade de amortecimento nos picos de cheias e a proteção contra enchentes nas áreas situadas à jusante da barragem; II – a recuperação ambiental das ilhas e da enseada do Zoológico, por meio de implantação de parques ecológicos para a proteção e para o desenvolvimento da flora e da fauna locais; III – a revitalização da orla da represa por meio da recuperação de áreas verdes, da preservação do patrimônio histórico-arquitetônico, da requalificação do espaço público e da redefinição do uso do solo, para reforçar o turismo e o lazer na região; IV – a melhoria da qualidade das águas da represa e dos cursos d’água afluentes, por meio de medidas adequadas em relação aos lançamentos de efluentes

raújo t, à disposição de resíduos sólidos e ao combate às erosões, viabilizando as atividades de pesca e de recreação de contato primário. Art. 4º - Entre as ações do PROPAM, incluem-se as seguintes, relativas à gestão e ao planejamento urbano e ambiental: I – a mobilização e a educação ambiental por meio de oficinas, palestras, circuitos de percepção ambiental, implantação de centros de educação ambiental na

Page 107: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

107 Fundação Zoobotânica e nas secretarias municipais da coordenação de gestão regional Noroeste e Pampulha e de um centro de vivência agroecológica; II – a implantação de comissões locais de meio-ambiente para a divulgação e para a promoção de iniciativas de proteção dos recursos hídricos, da fauna e da flora, cuja composição e atribuições serão definidas em conjunto com o Executivo e as associações comunitárias; III – o monitoramento e o controle da qualidade ambiental quanto à qualidade dos recursos hídricos, à fauna, à flora, aos focos de erosão e aos sedimentos provenientes destes, e quanto às condições de ocupação e uso do solo; IV – o monitoramento pluviométrico e fluviométrico dos cursos d’água da bacia; V – o controle de vetores, de forma integrada com os órgãos relacionados ao saneamento; VI – a maximização do potencial turístico e de lazer representado pela represa e seu entorno, por meio da ampliação das possibilidades de localização de atividades econômicas; VII – a preservação ambiental da Bacia e a proteção do patrimônio cultural e da paisagem no entorno da represa, por meio da revisão dos parâmetros de ocupação e de uso do solo, em especial, nas Áreas de Diretrizes Especiais – ADEs – da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo; VIII – a compatibilização da atividade turística com a preservação do patrimônio cultural e paisagístico e a permanência do assentamento residencial nas proximidades da represa. Art. 4º-A – O Executivo priorizará a implementação do Programa de Recuperação da Bacia da Pampulha, com vistas à sua consolidação deverá ser implementado em caráter prioritário, para que esteja consolidado até o ano de 2014, especialmente no que diz respeito à finalização das obras físicas previstas.

Art. 4º-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 104)

TÍTULO II DA REGULAMENTAÇÃO DAS ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS – ADES – DA

BACIA DA PAMPULHA, DA PAMPULHA E TREVO

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 5º - As ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo visam a assegurar condições de recuperação e de preservação ambiental da represa da Pampulha, proteção e valorização do patrimônio arquitetônico, cultural e paisagístico e fomento ao potencial turístico da área. Parágrafo único – A delimitação das ADEs é determinada pela Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996 – Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo – LPOUS. Art. 6º - Os parâmetros urbanísticos para as ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo são aqueles definidos pela LPOUS que não contrariem o disposto nesta Lei. Parágrafo único – Os parâmetros urbanísticos estabelecidos nesta Lei sobrepõem-se aos do zoneamento definido pela LPOUS e sobre eles preponderam.

Page 108: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

108 Art. 7º - A taxa mínima de permeabilidade é de 30% (trinta por cento), salvo na Zona de Preservação Ambiental – ZPAM – e na Zona de Proteção – ZP-1 -, contidas na LPOUS e nas Áreas de Proteção Máxima – Grau 1 – e Áreas de Proteção Moderada – Grau 2 -, definidas no art. 10 desta Lei. § 1º - É vedada a substituição, mesmo que parcial, da área permeável obrigatória, por caixa de captação e de drenagem. § 2º - A área permeável obrigatória será localizada, preferencialmente, em áreas de vegetação significativa já existentes no terreno. Art. 8º - Ficam vedados os níveis de edificação que atinjam o lençol freático, à exceção de fundação e de reservatório. Parágrafo único – A edificação que implique desaterro, corte e/ou ocupação abaixo do nível do terreno natural será obrigatoriamente precedida por sondagem que identifique a profundidade do lençol freático, de modo a evitar sua exposição e conseqüente contaminação. Art. 9º - (VETADO) Art. 10 – Ficam instituídas as seguintes Áreas de Proteção Especial quanto à ocupação e ao uso do solo, conforme delimitação contida no Anexo IV: I – Áreas de Controle Especial de Uso do Solo, em função da vulnerabilidade à contaminação de águas subterrâneas e superficiais; II – Áreas de Proteção Máxima – Grau 1 – para a preservação permanente de nascentes, de cursos d’água e de cobertura vegetal; III – Áreas de Proteção Moderada – Grau 2 – para o controle da ocupação e do uso em áreas de nascentes, de cursos d’água e de cobertura vegetal. Art. 11 – As Áreas de Controle Especial de Uso do Solo estão sujeitas às seguintes condições: a) vedação de implementação de atividades capazes de gerar efluentes líquidos e de contaminar o lençol freático e as águas superficiais, tais como: aterro sanitário, cemitério, cemitério para animais e produtos químicos, inflamáveis, tóxicos e venenosos; b) a instalação das atividades listadas no Anexo V desta Lei sujeita-se a licenciamento pelo órgão ambiental competente e será admitida somente mediante a adoção de medidas mitigadoras que assegurem a proteção integral das águas; Parágrafo único – Quando já instaladas, as atividades referentes às alíneas a e b ficam sujeitas a licenciamento corretivo pelo órgão municipal competente. Art. 12 – São admitidos nas Áreas de Proteção Máxima – Grau 1: a) a instalação somente de serviços de apoio à manutenção de vegetação, de nascentes e de cursos d’água; b) o Coeficiente de Aproveitamento máximo de 0,05 (cinco centésimos); c) a taxa máxima de ocupação de 2% (dois por cento); d) a taxa mínima de permeabilidade de 95% (noventa e cinco por cento).

Page 109: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

109 Parágrafo único – No caso de terrenos de propriedade particular, são admitidos os usos e as condições previstos nesta Lei, desde que obedecidos os parâmetros de ocupação da LPOUS para ZPAM na mesma situação. Art. 13 – São admitidos nas Áreas de Proteção Moderada – Grau 2: a) lotes mínimos de 1.000m² (mil metros quadrados); b) coeficiente de aproveitamento máximo de 0,6 (seis décimos); c) quota de terreno por unidade habitacional de 120m² (cento e vinte metros quadrados); d) taxa máxima de ocupação de 20% (vinte por cento); e) taxa mínima de permeabilidade de 70% (setenta por cento). Parágrafo único – Nas Áreas de Proteção Moderada – Grau 2 – situadas fora da ADE da Pampulha, é obrigatório o licenciamento específico para atividades dos Grupos II e III, quando permitidas pela LPOUS, exigindo-se licenciamento corretivo, se já instaladas.

CAPÍTULO II DA ADE TREVO

Art. 14 – (VETADO) Art. 15 – (VETADO) Art. 16 – (VETADO) Art. 17 – (VETADO) Art. 18 – (VETADO) Art. 19 – (VETADO) Art. 20 – (VETADO) Parágrafo único – (VETADO) Art. 20-A – Podem ser instalados na ADE Trevo, desde que adequadamente solucionado o esgotamento sanitário na região, em conformidade com o adensamento resultante, equipamentos de uso público e edificações relativas a programas de habitação de interesse social, limitada a 12 m (doze metros) a altura das edificações e respeitando-se a quota mínima de terreno por unidade habitacional de 60 m² (sessenta metros quadrados).

Art. 20-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 105)

CAPÍTULO III DA ADE DA PAMPULHA

Art. 21 – A ADE da Pampulha tem como objetivo específico a proteção e a valorização do patrimônio arquitetônico, cultural e paisagístico e o fomento do potencial turístico da área, por meio da definição de parâmetros adequados de ocupação e de uso do solo. Art. 22 – A taxa máxima de ocupação é de 50% (cinqüenta por cento). Art. 23 – O afastamento frontal mínimo é de 5m (cinco metros).

Page 110: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

110 § 1º - A área delimitada pelo afastamento frontal mínimo das edificações será obrigatoriamente ajardinada, permitindo-se a sua impermeabilização em um percentual máximo de 25% (vinte e cinco por cento) para acessos e guaritas; § 2º - Na área do afastamento frontal mínimo o piso intertravado será permitido desde que utilizado em até 10% (dez por cento) da área permeável desse afastamento; § 3º - É vedada a utilização da área delimitada pelo afastamento frontal mínimo ajardinado para estacionamento de veículos. § 4º - Não se aplica à ADE da Pampulha o disposto no inciso III do artigo 52 da Lei n° 7.166/96. Art. 24 – No fechamento frontal dos lotes edificados só serão admitidos elementos com permeabilidade visual, que garantam a visibilidade dos jardins a partir dos logradouros públicos. Parágrafo único – Elementos sem permeabilidade visual só serão permitidos para contenção de terreno natural ou com altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros) acima do terreno natural. Art. 25 – Os afastamentos laterais e de fundo mínimos são de 3m (três metros). Art. 26 – A altura máxima permitida às edificações é de 9m (nove) metros, contados a partir do terreno natural. Parágrafo único – Excetua-se do disposto no caput deste artigo o terreno não parcelado inserido na quadra 4700 e definido como ZAR-2 no Anexo II da Lei nº 7.166/96, na qual a altimetria das edificações fica limitada, alternativamente: I – a 9 m (nove metros), contados a partir do terreno natural; II – a 30 m (trinta metros), contados a partir do nível da Avenida Flemming, no trecho correspondente à quadra a que se refere o parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 105) Art. 27 – Nos terrenos lindeiros à Avenida Otacílio Negrão de Lima, a somatória dos pés direitos dos diversos pisos não pode, em nenhuma parte da edificação, ultrapassar a altura máxima de 9m (nove metros). Parágrafo único – Não são permitidos, nesses terrenos, níveis de subsolo enterrados em mais de 3m (três metros) de altura em relação ao terreno natural, assegurada a proteção do lençol freático, conforme condições definidas no artigo 8º desta Lei. Art. 28 – Além do uso residencial, é permitida a instalação das atividades previstas no Anexo VII desta Lei, conforme as áreas incluídas no Anexo VI desta Lei, a saber: I – áreas predominantemente residenciais; II – Avenida Otacílio Negrão de Lima; III – Avenida Fleming; Rua Expedicionário Celso Racioppi; avenidas Alfredo Camarate e Santa Rosa; Praça Alberto D. Simão; avenidas Francisco Negrão de Lima, Atlântida/Heráclito Mourão de Miranda, Antônio Francisco Lisboa, Professor Clóvis Salgado, Braúnas, Chaffir Ferreira e Orsi Conceição Minas e ruas Xangrilá, Versília e Ministro Guilhermino de Oliveira.

Page 111: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

111 § 1º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser agregadas as atividades auxiliares constantes do mesmo Anexo, desde que sua instalação seja admitida na via na qual está instalada a atividade principal. § 2º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser associadas outras, independentemente de sua admissão no local em que está instalada a atividade principal, observado o seguinte: I – às atividades incluídas entre os serviços de alimentação poderão ser associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de produtos alimentícios; II – às atividades de centro de convenções e de centro cultural poderão ser associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de produtos alimentícios e comércio varejista de artigos e aparelhos de uso pessoal e domiciliar. § 3º - O Executivo deverá regulamentar a forma de implantação das atividades associadas, ouvido o COMPUR.

Art. 28 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 106) Art. 29 – São permitidos, nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Portugal, Presidente e Francisco Negrão de Lima, entre a Avenida Presidente a Rua Acácio Teles Pereira, e nas ruas Francisco raújo Bhering, João Zacarias de Miranda, Estanislau Fernandes e Pedrogão Pequeno, os usos permitidos em vias arteriais, de acordo com a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.

Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 107) § 1º - A R. Cheik N. Assrauy, extensão da Avenida Portugal, admite os mesmos usos desta.

§ 2º retificado em 28/04/2005 § 2º - Aplica-se aos lotes 8, 9 e 10 da quadra 3A do Bairro São Luiz o disposto no art. 71-B da Lei nº 7.166/96, exceto o disposto nos §§ 1º e 2º do mesmo artigo.

§ 2º com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 16) Art. 30 – É permitida a instalação de equipamentos voltados à cultura, ao turismo e ao lazer com parâmetros urbanísticos diferenciados dos determinados nesta Lei nas vias incluídas no inciso III do art. 28, no art. 29 e no Anexo VI, todos desta Lei. § 1°- A utilização dos benefícios previstos no caput deste artigo somente será admitida para: I – lotes desocupados; II – imóveis comprovadamente subutilizados, cujas edificações não se caracterizem como de interesse de preservação. § 2° - Para os casos previstos no caput deste artigo, admitir-se-á: I – taxa de ocupação superior a 50% ( raújo ta por cento), desde que observada a Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento); II – altura máxima na divisa de 9 m (nove metros), nas vias arteriais e de ligação regional e de 5 m (cinco metros) nas vias coletoras. III – altura total da edificação superior a 9 m (nove metros), desde que: a) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em visadas significativas do Conjunto Urbano da Pampulha;

Page 112: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

112 b) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em visadas dos monumentos tombados e definidos como de interesse de preservação. § 3°- A utilização dos parâmetros estabelecidos no § 2° deste artigo fica condicionada à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV – e à aprovação pelo CDPCM-BH e pelo COMPUR. § 4º - A concessão prevista no inciso III do § 2º deste artigo é válida apenas para os lotes 1, 2, 3 e 35 a 46 da quadra 66 do Bairro São Luiz.

§ 4º com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 17) Art. 30 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 107)

Art. 31 – O remembramento de lotes para usos não residenciais é permitido somente ao longo das avenidas Flemming/Celso Racioppi, Alfredo Camarate, Santa Rosa, Francisco Negrão de Lima, Atlântida/Heráclito Mourão de Miranda, Antônio Francisco Lisboa, Clóvis Salgado e Braúnas. Art. 32 – Cinemas, teatros, auditórios e museus, desde que sua destinação não seja alterada, são permitidos, inclusive com parâmetros de ocupação diferentes dos previstos nesta Lei, desde que: I – tenham sido submetidos à aprovação do CDPCM e do COMPUR; II – contribuam para a requalificação da área; III – promovam adequação à paisagem local. Art. 32-A – Nos terrenos onde estão situados o Mineirão, o Mineirinho e o Centro Esportivo Universitário Centro Esportivo Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais – CEU/UFMG -, com vistas ao atendimento das demandas relativas aos equipamentos esportivos e em virtude da necessidade de constante modernização desses, podem ser praticados parâmetros e critérios urbanísticos diferentes dos previstos na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e desta Lei, desde que: I – sejam submetidos à aprovação do CDPCM-BH e do COMPUR; II – contribuam para a requalificação da área.

Art. 32-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 108) Art. 33 – As atividades instaladas há mais de 2 (dois) anos da vigência desta Lei e que estejam em desacordo com o Anexo VII desta regulamentação, poderão permanecer no local, observadas as seguintes condições: a) regularização das edificações, esteja a atividade regularizada ou não; b) regularização das atividades, mediante apresentação do EIV e aprovação do Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Pampulha – FADE da Pampulha, do COMPUR e aprovação do CDPCM, quando aplicável. Parágrafo único – As atividades do Grupo 3, nos termos do Anexo X da Lei nº 7.166/96 regularmente instaladas, até a data da publicação desta Lei, na ADE da Pampulha, poderão ser substituídos pela atividade de hotel, desde que a substituição não implique desrespeito a qualquer dos parâmetros urbanísticos válidos para ADE e para o zoneamento do local, em especial a Taxa de Permeabilidade e a altimetria.

Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 109) Art. 34 – (VETADO)

Page 113: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

113 Parágrafo único – (VETADO) Art. 35 – A intervenção nas edificações constantes do Inventário de Arquitetura Modernista de Belo Horizonte será submetida à aprovação do CDPCM. Art. 36 – Intervenções de qualquer natureza (construções, instalação de usos, mobiliário urbano, etc), de iniciativa particular ou não, situadas nos lotes lindeiros ou em espaços públicos da Avenida Otacílio Negrão de Lima, serão submetidas à anuência prévia do órgão municipal de preservação do patrimônio histórico. Art. 37 – É permitida a instalação de dispositivos de comunicação visual e de mobiliário urbano, mediante licenciamento municipal, precedido de parecer favorável do órgão municipal de preservação do patrimônio histórico. § 1º - A instalação de dispositivos de comunicação visual atenderá às seguintes condições: I – não comprometimento da paisagem local; II – não obstrução da visualização de elementos arquitetônicos característicos das edificações. § 2º - Na Avenida Otacílio Negrão de Lima, somente poderão ser instalados engenhos de publicidade indicativos, cooperativos e institucionais. § 3º - Os engenhos de publicidade classificados como publicitários somente serão permitidos em mobiliário urbano, atendidas as diretrizes do órgão municipal de preservação do patrimônio histórico.

CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38 – Fica instituído o Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Pampulha – FADE da Pampulha, com as seguintes atribuições: I – elaborar seu regimento interno; II – acompanhar a implementação desta Lei, avaliando, periodicamente, os resultados; III – propor a adoção de melhorias para a ADE da Pampulha; IV – subsidiar o COMPUR, o CDPCM e o Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM-; V – auxiliar na fiscalização do cumprimento dos dispositivos desta Lei. § 1º - As condições de funcionamento e a composição do FADE da Pampulha serão definidas em conjunto com o Executivo. § 2º - Fica instituída uma Comissão Provisória com a atribuição de definir o processo de indicação dos seus representantes e efetivar a implementação do FADE da Pampulha, composta por 1 (um) representante da Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional – SCOMGER – Pampulha e 2 (dois) representantes da comunidade local, por esta indicados.

Page 114: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

114 Art. 39 – O Executivo, por meio de decreto, estabelecerá as intervenções necessárias à implementação do PROPAM, de acordo com o estabelecido no Título I desta Lei. Art. 39-A – O Executivo elaborará estudos técnicos que apresentem alternativas de uso para os imóveis ociosos ou desocupados das ADEs da Pampulha e Trevo, compatíveis com os usos residenciais dessas regiões.

Art. 39-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110) Art. 39-B – O Executivo promoverá a implantação, manutenção e custeio de projetos permanentes de educação ambiental extraescolar, que tenham como foco a conscientização ambiental, especialmente a de crianças, adolescentes e jovens.

Art. 39-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110) Art. 39-C – O Executivo estenderá os projetos de educação ambiental já existentes e promovidos pelo Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha – PROPAM – às escolas de ensino público e privado e a outras instituições.

Art. 39-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110) Art. 39-D – Serão previstas as seguintes ações e intervenções no âmbito das ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo: I – criação, para toda a ADE da Bacia da Pampulha, de mecanismos de coleta e tratamento de dejetos recicláveis e reutilizáveis; II – definição de políticas de mobilidade, acessibilidade e controle do tráfego de veículos para as ADEs da Pampulha e Trevo. III – realização de intervenções que visem à recuperação de espaços públicos pertencentes à Avenida Otacílio Negrão de Lima, para implantação de segunda pista e de calçadão junto à Lagoa, em consonância com o planejamento inicial da via.

Art. 39-D acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110) Art. 40 – São partes integrantes desta Lei: I – ANEXO I: Mapa – Vilas e Conjuntos Prioritários para Urbanização; II – ANEXO II: Listagem – Fundos de Vale Prioritários para Interceptação de Esgotos; III – ANEXO III: Listagem – Fundos de Vale e Vias para Tratamento e Urbanização Prioritários; IV – ANEXO IV: Mapa – Áreas de Proteção Especial quanto à Ocupação e ao Uso do Solo; V – ANEXO V: Listagem – Usos Sujeitos a Licenciamento Especial – Áreas de Controle Especial de Uso do Solo; VI – ANEXO VI: Mapa – Áreas Diferenciadas Quanto ao Uso do Solo; VII – ANEXO VII: Quadro – Relação de Usos Permitidos na ADE da Pampulha. Parágrafo único – Ficam inseridas, entre os Serviços de Educação permitidos na ADE da Pampulha e constantes do Anexo VII desta Lei, as escolas de ensino médio e profissionalizante.

Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 111) Art. 41 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 14 de janeiro de 2005

Page 115: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

115 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei nº 1.659/04, de autoria dos vereadores César Masci e Henrique Braga)

Page 116: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

116

ANEXO I – Vilas e Conjuntos Prioritários para Urbanização

Relação de Vilas e Conjuntos Vila São Bernardo Vila São Tomás Vila Novo Ouro Preto Vila Alvorada Vila Antena Vila Califórnia Vila Coqueiral Vila Santo Antônio Vila Paquetá Conjunto Jardim Filadélfia Conjunto São Francisco de Assis Fonte: PROPAM –2003

ANEXO II – Fundos de Vale Prioritários para Interceptação de Esgoto

Fundos de Vale

Avenida Havaí Avenida Hum Avenida Dois Avenida Francisco Negrão de Lima Avenida Otacílio Negrão de Lima (margem esquerda da Lagoa da Pampulha correspondendo ao trecho situado entre o Jardim Zoológico e o Pampulha Iate Clube)

Fonte: PROPAM –2003

ANEXO III – Fundos de Vale e Vias para Tratamento e Urbanização Prioritários

Fundos de Vale para Tratamento

Avenida Havaí Avenida Hum

Vias Prioritárias para Urbanização Logradouro Bairro Avenida Francisco Negrão de Lima Garças Rua Cornélio Lima Rodrigues Garças Rua Exp. Noraldino dos Santos São Luiz Rua Exp. Nilo M. Pinheiro São Luiz Avenida João XXIII Alípio de Melo Rua Guimoar Paranhos Ouro Preto Rua Andorra Santa Terezinha Rua Geraldo Parreiras Braúnas Rua Dirceu D. Braga Braúnas

Page 117: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

117

Rua Otilia Moreira Braúnas Rua Wanderley T. Matos Braúnas Rua Tóquio Braúnas Rua Manoel Ferreira Cardoso Nova Pampulha Rua 45 Ouro Preto Rua Bagdá Trevo Rua Vocação V. São José Rua Hum Jardim Filadélfia Rua Montreal Trevo Rua Oslo Trevo Rua Idalisio ª Filho Braúnas Rua Walquiria Braúnas Rua Maestro João Cavalcante Braúnas Rua Cartagena Braúnas Rua Adolfo Lippi Fonseca Garças Rua Radialista Sheilla Jordani Garças Rua Radialista Carlos Filgueiras Garças Rua Antônio Mazzinetti Ouro Preto Rua Engenho da Noite Ouro Preto Rua Engenho da Estrela Ouro Preto Rua Engenho da Paz Ouro Preto Rua Professor José Guerra Ouro Preto Praça e Rua 47 Ouro Preto Rua Nizia Torres Ouro Preto Rua Celso Cunha Braúnas

Fonte: PROPAM – 2003

Page 118: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

118

ADE BACIA DA PAMPULHAANEXO IV - Áreas de ProteçãoEspecial Quanto à Ocupação e

ao Uso do Solo

)

Áreas de Proteção Moderada Grau 2

Áreas de Controle Especial de Uso do Solo - Vulneráveis àContaminação de Aquíferos

Áreas de Proteção Máxima Grau 1

Lagoa da Pampulha

Prefeitura Municipal de Belo HorizonteSMRU/GERE - Fevereiro/2004

450 0 450 900 1350 m

Escala 1 : 45000

Anexo IV alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010

Page 119: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

119

ANEXO V Usos Sujeitos a Licenciamento Especial – Áreas de Controle Especial de Uso do

Solo Produção de Húmus Reparação de Baterias e Acumuladores Garagem de Empresa de Transporte de Carga e de Passageiros Garagem de Serviço de Guindaste e Reboque Lava-jato Posto de Serviço de Veículos Transportadora de Carga com Depósito sem Pátio de Veículos Transportadora de Carga com Pátio de Veículos com/sem Depósito Transportadora e Revendedora Retalhista de Derivados de Petróleo Pátio de Máquinas, Equipamentos e Veículos Indústria com Pequeno Potencial Poluidor não Geradora de Tráfego Pesado Indústria com Pequeno Potencial Poluidor Indústrias que não se enquadrem nos Grupos I e II Terminais de Cargas Unidade de Reciclagem de Resíduos Sólidos Posto de Abastecimento de Veículos

Page 120: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

120

ANEXO VI Anexo VI alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010

ANEXO VI Uso do Solo - ADE da Pampulha

Área predominantemente residencial

Avs. Portugal, Antônio Carlos e F. Negrão de Lima (trecho) e Ruas P. Pequeno e E. Fernandes

Av. Otacílio Negrão de Lima

)

Prefeitura Municipal de Belo HorizonteSMRU/GERE - Setembro/2003

Avs. Francisco N. de Lima (trecho), A. Francisco Lisboa, Flemming /C. Racioppi, A. Camarate, Santa Rosa, Atlântida, Clóvis Salgado, Braúnas e Pça. A. D. Simão

230 0 230 460 690 m

Escala 1 : 23000

Page 121: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

121

ANEXO VII – Relação de Usos Permitidos na ADE da Pampulha

Anexo VII substituído pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010

Atividades

Área Predominantemente Residencial

Av. ª N.

Lima

Avs. Francisco N. Lima, Flemming/C. Racioppi, ªCamarate, Sta. Rosa, Pça. Alberto D. Simão, Atlântida(1; 2), Antônio F. Lisboa(1; 3), Clóvis Salgado(1; 2) e Braúnas(1)

Atividades do Grupo I da LPOUS em vigor

SE

RV

IÇO

S

raújo ta as de credito, seguro.... Estabelecimentos bancários � Caixa eletrônico � � � Serviços de alojamento e alimentação Bar, Restaurante e Lanchonete � � Cafeteria, Casa de Chá, Casa de Doces, Casa de Sucos, Casa de Vitaminas � � Hotel, Apart-Hotel e Residência Hotel � � Pousada � � � Sorveteria � � Serviços Domiciliares � � Jardinagem e Paisagismo � � � Serviços pessoais Academias de Ginástica, Esportivas e de Artes Marciais � � Escola de Esportes � Escola de Dança e Música � Escola de Natação e Mergulho � Quadras de Esporte e conjuntos de Quadras de Esporte �

Page 122: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

122

Serviços de raújo t e comunicaçao

Autopista para Diversão � Boliche � � Brinquedos Mecânicos e Eletrônicos � Buffet com Salão de Recepção � � Casa de Jogos � � Casa de Jogos pela INTERNET � � Casa de Recepção e Salão de Festas � � Cinema, Teatro e Auditório � � Parque de Diversões � � Pista de Patinação � Serviço de Recreação Infantil, inclusive com Buffet � � Serviços raújo -profissionais Estúdio de Escultura, Desenho e Pintura Artística � � Serviços Auxiliares de Transpote � � Estacionamento � � Locação de Bicicletas � � Outros serviços Agência de Intercâmbio Cultural � �

SE

RV

IÇO

S D

E U

SO

CO

LE

TIV

O

Agência de Viagens, Turismo e Venda de Passagens � �

raújo ta a Social Asilo e Casa de Idosos � � � Inst. Cientifica, Culturais,

raújo ta as e Filosoficas

Aquário � � Associação Cultural, Filosófica e Científica � � Associação de Apoio à Educação, Ciência e Tecnologia � �

Biblioteca � �

Centro Cultural � �

Centro de Documentação � �

Page 123: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

123

Centro de Pesquisa � � Estabelecimento de Cultura Artística � � Estabelecimento de Pesquisa na área de Saúde � �

Jardim Botânico � �

Jardim Zoológico � � Mostras Artesanais e Folclóricas � �

Museu � � Entidades Desportivas e Recreativas Clube Esportivo e Recreativo �

Escola de Equitação � Serviços de Educação Curso Supletivo (de ensino fundamental) � � � Escola de Ensino Fundamental � � � Escolas de Excepcionais � � � Escola maternal, Escola Infantil � � � Escola de Idiomas � � � Instituto para Portadores de Deficiência � � � Serviços Publicos

Delegacia de Policia � �

Sede de raúj Público � � Representação Diplomática � � � Representação de Organismos Internacionais � � � Outros serviços

CO

RC

IO

Antiquário � �

Artesanato � �

Bomboniére � �

Confeitaria � � Floricultura � � � Hidroponia � � � Jornais e Revistas � � Tabacaria � �

Page 124: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

124

LEI Nº 9.063, DE 17 DE JANEIRO DE 2005

Regula procedimentos e exigências para a realização de evento no Município.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Esta Lei regula os procedimentos e as exigências para a realização de evento no Município. Parágrafo único – Inclui-se entre os procedimentos e exigências a que se refere o caput o licenciamento. Art. 2º - Considera-se evento o acontecimento institucional ou promocional, comunitário ou não, previamente planejado com a finalidade de criar conceito e de estabelecer a imagem de organizações, produtos, serviços, idéias e pessoas cuja realização tenha caráter temporário e local determinado. Art. 3º - Os eventos classificam-se quanto à sua natureza, duração, dimensão e local. I – Quanto à natureza, o evento pode ser: a) cultural; b) de entretenimento e lazer; c) esportivo; d) expositivo; e) político; f) religioso; g) social. II – Quanto à duração, o evento pode ser: a) momentâneo, quando realizado em horas; b) continuado, quando realizado em dias. III – Quanto à dimensão de público, o evento pode ser: a) pequeno: até 25.000 pessoas; b) médio: de 25.001 até 100.000 pessoas; c) grande: acima de 100.000 pessoas. IV – Quanto ao local, o evento pode ser realizado em: a) logradouro público; b) parque ou espaço não edificado; c) espaço edificado, caracterizado como recinto fechado. Parágrafo único – O evento expositivo a que se refere a alínea d do inciso I deste artigo é de caráter congressual ou demonstrativo, admitida a venda direta a consumidor exclusivamente para fomento de atividade cultural e de entretenimento. Art. 4º - Os eventos realizados em espaço público ou privado, portador de Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades, ficam dispensados de licenciamento, quando forem executados nos limites e condicionantes do respectivo alvará. Art. 5º - As exigências para licenciar os eventos previstos no Calendário Oficial de Festas e Eventos do Município – COFEM-BH -, independentemente de sua dimensão, e para aqueles classificados como de pequena dimensão, limitam-se aos

Page 125: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

125 aspectos relacionados à saúde, limpeza, segurança e trânsito, além de outras exigências a serem definidas pelo regulamento desta Lei. Art. 6º - Para os eventos classificados como médio e grande, de acordo com o inciso III do artigo 3º, as exigências para obtenção de licenciamento serão fixadas no regulamento desta Lei. Art. 7º - O protocolo dos pedidos de licenciamento a que se refere esta Lei será feito na Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional – SCOMGER – respectiva, responsável pelo licenciamento. § 1º - A concessão de licenciamento pela SCOMGER dependerá de parecer de órgão ou de empresa pública municipal cuja atividade seja relacionada com a natureza do evento. § 2º - O Executivo poderá rejeitar a análise dos pedidos de licenciamento que não forem apresentados de acordo com os seguintes prazos: I – para os eventos previstos no COFEM-BH, independentemente de sua dimensão, e para aqueles classificados como de pequena dimensão: 2 (dois) dias úteis; II – para os eventos classificados como: a) médios: 5 (cinco) dias úteis; b) grandes: 10 (dez) dias úteis. Art. 8º - O Executivo definirá, até 30 de novembro de cada ano, os eventos a serem incluídos no COFEM-BH para o ano subseqüente. Art. 9º - Para fins do licenciamento de que trata esta Lei, os níveis de ruído admitidos serão definidos por ato do Executivo. Art. 10 – O disposto nesta Lei não se aplica às feiras de venda direta a consumidor. Art. 11 – O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias. Art. 12 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando os artigos 161 e 162 da Lei n° 8.616, de 14 de julho de 2003. Belo Horizonte, 17 de janeiro de 2005 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte

Page 126: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

126

LEI Nº 9.068, DE 17 DE JANEIRO DE 2005

Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e a destinação final de resíduo sólido que menciona, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Considera-se resíduo potencialmente perigoso à saúde e ao meio ambiente, as pilhas, baterias e lâmpadas, após seu uso ou esgotamento energético, sendo que a sua coleta, o seu recolhimento e a sua destinação final deverão observar o estabelecido nesta Lei. § 1º - Para os fins da aplicação do disposto nesta Lei, consideram-se pilhas e baterias, aquelas que contenham, em sua composição, um ou mais elementos de chumbo, mercúrio, cádmio, lítio, níquel e seus compostos. § 2º - Estende-se o disposto no caput aos produtos eletroeletrônicos que contenham pilhas ou baterias em sua estrutura, de forma insubstituível. § 3º - Os resíduos a que se refere o caput deste artigo não poderão ser dispostos em aterros sanitários destinados a resíduos domiciliares. Art. 2º - Os produtos a que se refere o artigo 1º, após sua utilização ou esgotamento energético, deverão ser entregues, pelos usuários, aos estabelecimentos que os comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. Art. 3º - As baterias industriais destinadas a telecomunicações, usinas elétricas, sistemas ininterruptos de fornecimento de energia, alarme, segurança, movimentação de cargas ou pessoas, partida de motores diesel e uso geral industrial, após seu esgotamento energético, deverão ser entregues pelo usuário ao fabricante, ao importador ou ao distribuidor para os procedimentos a que se refere o artigo 2º desta Lei. Art. 4º - Para os fins da aplicação do disposto nesta Lei e de acordo com as normas técnicas específicas, considera-se: I – bateria: conjunto de pilhas ou acumuladores recarregáveis interligados convenientemente; II – pilha: gerador eletroquímico de energia elétrica, mediante conversão geralmente irreversível de energia química; III – lâmpada fluorescente: lâmpada em que a maior parte da luz é emitida por uma camada de material fluorescente aplicada na superfície interna de um bulbo de vidro, excitada por radiação ultravioleta produzida pela passagem de corrente elétrica, através de vapor de mercúrio; IV – lâmpada de vapor de mercúrio: lâmpada em que a luz é emitida pela passagem de corrente elétrica através de vapor de mercúrio à alta pressão, contido num bulbo de vidro;

Page 127: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

127 V – lâmpada de vapor de sódio: lâmpada em que a luz é emitida pela passagem de corrente elétrica de vapores de sódio e de mercúrio, contidos num bulbo de vidro; VI – lâmpada de luz mista: lâmpada em que a luz é emitida pela passagem de corrente elétrica simultaneamente através de filamento metálico e de vapor de mercúrio, puro ou associado ao sódio, contido num bulbo de vidro. Art. 5º - Os estabelecimentos que comercializam os produtos descritos no art. 4º, bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos, ficam obrigados a aceitar dos usuários a devolução das unidades usadas, cujas características sejam similares àquelas comercializadas, com a finalidade de atender aos procedimentos a que se refere o art. 2º desta Lei. Parágrafo único – Os resíduos potencialmente perigosos de que trata o art. 1º desta Lei serão acondicionados adequadamente e armazenados de forma segregada, obedecidas as normas ambientais e de saúde pública, além das recomendações de fabricantes ou de importadores, até o seu repasse a estes. Art. 6º - (VETADO) Art. 7º - (VETADO) Art. 8º - (VETADO) Art. 9º - A reutilização, a reciclagem, o tratamento ou a disposição final dos produtos de que trata esta Lei, realizados diretamente pelo fabricante ou por terceiros, deverão ser processados de forma tecnicamente segura e adequada à saúde e ao meio ambiente, especialmente no que se refere ao licenciamento da atividade. Art. 10 – O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contado da data de sua publicação. Art. 11 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 17 de janeiro de 2005 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei nº 1.717/04, de autoria da Vereadora Neusinha Santos)

Page 128: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

128

LEI Nº 9.336, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2007 Dispõe sobre a destinação, o descarte e o armazenamento adequados de pneus inservíveis.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - As empresas instaladas no Município que atuam na área de comercialização de pneumáticos para uso em quaisquer tipos de veículos ou da prestação de serviços no reparo ou recuperação desses pneumáticos, abrangendo distribuidores e revendedores de pneus novos, usados ou recondicionados, recauchutadores, borracharias e estabelecimentos similares, qualquer que seja seu porte, ficam obrigadas a possuir e manter, adequadamente, locais seguros para armazenamento transitório dos pneus inservíveis que sejam descartados em suas instalações, em conformidade com as normas técnicas e com a legislação em vigor no País sobre essa matéria específica, até seu conveniente transporte e entrega em postos de recebimento desses rejeitos devidamente autorizados pela Administração Municipal. § 1º - O transporte até os postos de recebimento é de responsabilidade das empresas citadas no caput deste artigo. § 2º - Os estabelecimentos citados no caput deste artigo ficam obrigados a afixar avisos de fácil visualização e leitura, para alertar o consumidor sobre os perigos resultantes do descarte de pneumáticos inservíveis em locais inadequados, informando que o estabelecimento está obrigado a receber os pneumáticos inservíveis na mesma quantidade fornecida ao consumidor. Art. 2º - É obrigatório que os locais de armazenamento transitório de pneumáticos inservíveis: I – possuam dimensões compatíveis com o volume do material a ser transitoriamente armazenado em condições adequadas de segurança, até sua entrega nos postos de recebimento autorizados; II – sejam adequadamente cobertos e fechados, de modo a impedir a acumulação de água; III – sejam corretamente sinalizados, com alerta para os riscos de acidentes associados ao material ali armazenado, inclusive no que se refere à ocorrência de incêndios. Art. 3º - Os pneumáticos inservíveis deverão ser armazenados no local apropriado do estabelecimento, de forma ordenada, em prateleiras apropriadas ou em pilhas de pneumáticos de diâmetros externos similares, de modo a conferir melhores condições de segurança ao depósito e facilitar eventual fiscalização dos órgãos competentes. Art. 4º - Os estabelecimentos mencionados no caput do art. 1º desta Lei que descumprirem as regras previstas nesta Lei ficam sujeitos às seguintes sanções: I – advertência, por escrito, nas hipóteses de não-existência de local específico para a estocagem transitória de pneumáticos inservíveis ou de sua não-conformidade com as exigências legais; II – multa de R$385,00 (trezentos e oitenta e cinco reais), em caso de reincidência;

Page 129: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

129 III – multa de R$770,00 (setecentos e setenta reais), no caso de novas reincidências. § 1º - No caso de advertência, poderá ser concedido prazo de até 90 (noventa) dias para a implantação do depósito ou sua adequação, nos termos do compromisso formal estabelecido entre o fiscal do Município e o responsável pelo estabelecimento. § 2º - As penalidades de multa poderão ser aplicadas cumulativamente às demais sanções previstas na legislação municipal. § 3º - A pessoa física ou jurídica que venha a ser formalmente responsabilizada por realizar descarte de pneumáticos em locais não autorizados fica sujeita à aplicação de multa de R$38,50 (trinta e oito reais e cinqüenta centavos) por pneumático descartado, sem prejuízo de outras penalidades legais cabíveis. § 4º - Na hipótese de reincidências na prática da infração discriminada no § 3º deste artigo o infrator ficará sujeito à aplicação, em dobro, da multa ali estabelecida, igualmente sem prejuízo de outras penalidades legais cabíveis ao caso. § 5º - As multas previstas nesta Lei serão atualizadas nos termos definidos no §1º do art. 14 da Lei nº 8.147, de 29 de dezembro de 2000. Art. 5º - O Município poderá, na forma da Lei, permitir o uso de áreas públicas consideradas tecnicamente adequadas para o recebimento e armazenamento de pneumáticos inservíveis, nas quantidades compatíveis com a necessidade imposta para seu periódico recolhimento e transporte até o local de sua disposição final ambientalmente adequada. Parágrafo único – A pessoa física ou jurídica que obtiver a permissão de uso da área citada no caput deste artigo fica responsável pelo carregamento, transporte e destinação final dos pneumáticos inservíveis por ela recebidos. Art. 6º - O Município deverá utilizar, de forma sistemática e continuada, os meios de que disponha para sensibilizar e esclarecer a população do Município quanto aos riscos associados à acumulação de pneumáticos inservíveis ao ar livre, tais como a poluição do meio ambiente e o comprometimento da saúde pública. Art. 7º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado a partir de sua publicação. Art. 8º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 6 de fevereiro de 2007 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei nº 1.107/06, de autoria do Executivo)

Page 130: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

130

LEI N° 9.433, DE 27 DE SETEMBRO DE 2007

Torna obrigatória a afixação de número de telefone da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente em indústria que menciona.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - A indústria de produto químico e a indústria de outros produtos que possam causar dano ao meio ambiente ficam obrigadas a afixar, em local de boa visibilidade, cartaz com o número do telefone da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente, para acolhimento de denúncia, encimado dos seguintes dizeres: “A Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente está à sua disposição”. Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 27 de setembro de 2007 Ronaldo Vasconcellos Novais Prefeito em exercício (Originária do Projeto de Lei n° 80/05, de autoria do Vereador Carlos Henrique)

Page 131: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

131

LEI Nº 9.464, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2007

Altera dispositivos da Lei nº 6.819/94, que dispõe sobre a obrigatoriedade de retenção e sedimentação de areias e sólidos grosseiros e separação de óleos e graxas.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O art. 1º da Lei nº 6.819, de 29 de dezembro de 1994, passa a ter a seguinte redação:

“Art. 1º - Ficam obrigados a proceder à retenção e à sedimentação de areias e sólidos grosseiros e à separação de óleos e graxas, em caixas coletoras e separadoras, os seguintes estabelecimentos: I – posto de revenda de combustíveis; II – lava-jato de veículos e similares; III – oficina mecânica destinada à manutenção de veículos e máquinas pesadas; IV – oficina mecânica de fabricação ou manutenção de máquinas operatrizes, tornearias e similares; V – concessionária de veículos e máquinas pesadas; VI – garagem de empresa de transporte de passageiros; VII – empresa transportadora de cargas; VIII – VETADO IX – indústria que utilize caldeira movida a óleo, combustível ou graxa. Parágrafo único – O cumprimento do disposto no caput dar-se-á conforme normas técnicas da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA MG -, no prazo de até 6 (seis) meses, contado da data de publicação desta Lei.(NR)”.

Art. 2º - O art. 4º da Lei nº 6.819/94 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 4º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator às seguintes sanções: I – multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), no caso de o equipamento ser instalado após decorrido o prazo previsto no parágrafo único do art. 1º desta Lei e em até 60 (sessenta) dias; II – multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) e cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades, no caso da não instalação do equipamento até o prazo limite previsto no inciso I deste artigo. (NR)”.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Belo Horizonte, 6 de dezembro de 2007 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte

Page 132: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

132

LEI N° 9.505, DE 23 DE JANEIRO DE 2008

Dispõe sobre o controle de ruídos, sons e vibrações no Município de Belo Horizonte e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A emissão de ruídos, sons e vibrações em decorrência de atividades exercidas em ambientes confinados ou não, no Município, obedecerá aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos por esta Lei. Art. 2º - É proibida a emissão de ruídos, sons e vibrações, produzidos de forma que: I – ponha em perigo ou prejudique a saúde individual ou coletiva; II – cause danos de qualquer natureza às propriedades públicas ou privadas; III – cause incômodo de qualquer natureza; IV – cause perturbação ao sossego ou ao bem-estar públicos; V – ultrapasse os níveis fixados nesta Lei.

CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I

Das Definições Art. 3º - Para fins do disposto nesta Lei, considera-se: I – poluição sonora: a alteração adversa das características do meio ambiente causada por emissão de ruído, som e vibração que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva à saúde física e mental, à segurança e ao bem-estar dos meios antrópico, biótico ou físico, ou transgrida as disposições fixadas nesta Lei; II – período diurno: o período de tempo compreendido entre as 07:01 h (sete horas e um minuto) e as 19:00 h (dezenove horas) do mesmo dia; III – período vespertino: o período de tempo compreendido entre as 19:01 h (dezenove horas e um minuto) e as 22:00 h (vinte e duas horas) do mesmo dia; IV – período noturno: o período de tempo compreendido entre as 22:01 h (vinte e duas horas e um minuto) de um dia e as 07:00 h (sete horas) do dia seguinte; V – ruído: sons indesejáveis capazes de causar incômodos; VI – ruído contínuo: aquele com flutuações de nível de pressão sonora tão pequenas que podem ser desprezadas dentro do período de observação; VII – ruído intermitente: aquele cujo nível de pressão sonora oscila bruscamente várias vezes, durante o intervalo de tempo de medição, sendo o período em que o nível sonoro se mantém constante igual ou superior a 01 (um) segundo; VIII – ruído impulsivo: aquele que consiste de uma ou mais explosões de energia sonora, tendo, cada uma, duração inferior a 01 (um) segundo; IX – som com componentes tonais: som que contém tons puros, que podem ser identificados por meio da comparação de níveis sonoros;

Page 133: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

133 X – nível sonoro: termo genérico utilizado para expressar parâmetros descritores do som, tais como o nível de pressão sonora e o nível de pressão sonora equivalente, entre outros; XI – decibel (dB): unidade adimensional usada para expressar a razão entre a pressão sonora a medir e a pressão sonora de referência; XII – dB(A): intensidade de som medida na curva de ponderação “A” utilizada para a avaliação das reações humanas ao ruído; XIII – pressão sonora: diferença instantânea entre a pressão produzida por uma onda sonora e a pressão barométrica, em um dado ponto do espaço, na ausência de som; XIV – nível de som equivalente: LAeq – nível médio de energia sonora, medido em dB(A), avaliado durante um período de tempo de interesse; XV – ruído de fundo: nível de som equivalente, expresso na curva de ponderação “A” de todo e qualquer ruído que esteja sendo captado e que não seja objeto das medições sonoras, no local e horário considerados; XVI – local de suposto incômodo: local onde é suposta a existência de distúrbio ou incômodo causado pelo som ou ruído; XVII – limite real da propriedade: aquele representado por um plano imaginário que separa a propriedade real de uma pessoa física ou jurídica da de outra; XVIII – serviço de construção civil: qualquer operação de montagem, construção, demolição, remoção, reparo ou alteração substancial de uma edificação ou de uma estrutura; XIX – fonte fixa de emissão sonora: qualquer instalação, equipamento ou processo, situado em local fixo, que produza emissão sonora para o seu entorno; XX – fonte móvel de emissão sonora: qualquer instalação, equipamento ou processo que, durante seu deslocamento, produza emissão sonora para o seu entorno; XXI – vibração: oscilação ou movimento alternado de um sistema elástico, transmitido por ondas mecânicas, sobretudo em meios sólidos.

Seção II Dos Níveis Máximos Permissíveis e da Medição de Sons e Ruídos

Art. 4º - A emissão de ruídos, sons e vibrações provenientes de fontes fixas no Município obedecerá aos seguintes níveis máximos fixados para suas respectivas imissões, medidas nos locais do suposto incômodo: I – em período diurno: 70 dB(A) (setenta decibéis em curva de ponderação A); II – em período vespertino: 60 dB(A) (sessenta decibéis em curva de ponderação A); III – em período noturno: 50 dB(A) (cinqüenta decibéis em curva de ponderação A), até às 23:59 h (vinte e três horas e cinqüenta e nove minutos), e 45 dB(A) (quarenta e cinco decibéis em curva de ponderação A), a partir da 0:00 h (zero hora). § 1º - Às sextas-feiras, aos sábados e em vésperas de feriados, será admitido, até às 23:00 h (vinte e três horas), o nível correspondente ao período vespertino. § 2º - As medições do nível de som serão realizadas utilizando-se a curva de ponderação A com circuito de resposta rápida, devendo o microfone ficar afastado, no mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, e à altura de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) do piso. § 3º - Na impossibilidade de verificação dos níveis de imissão no local do suposto incômodo, será admitida a realização de medição no passeio imediatamente

Page 134: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

134 contíguo ao mesmo, sendo considerados como limites os níveis máximos fixados no caput deste artigo acrescidos de 05 dB(A) (cinco decibéis em curva de ponderação A). § 4º - Para o resultado das medições efetuadas serão adotados os seguintes critérios: I – ruído contínuo e ruído intermitente: o nível de som corrigido será igual ao nível de som equivalente medido; II – ruído impulsivo e som com componentes tonais: o nível de som corrigido será igual ao nível de som equivalente medido, acrescido de 05 dB(A) (cinco decibéis em curva de ponderação A); III – ruído proveniente da operação de compressores, de sistemas de troca de calor, de sistemas de aquecimento, de ventilação, de condicionamento de ar, de bombeamento hidráulico ou similares, independentemente de sua natureza contínua ou intermitente: o nível de som corrigido será igual ao nível de som equivalente medido, acrescido de 05 dB(A) (cinco decibéis em curva de ponderação A). § 5º - Independentemente do ruído de fundo, o nível de som proveniente da fonte poluidora, medido dentro dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, não poderá exceder os níveis fixados no caput deste artigo. § 6º - Quando a propriedade em que se dá o suposto incômodo tratar-se de escola, creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou similar, deverão ser atendidos os menores limites: I – em período diurno: 55 dB(A) (cinqüenta e cinco decibéis em curva de ponderação A); II – em período vespertino: 50 dB(A) (cinqüenta decibéis em curva de ponderação A); III – em período noturno: 45 dB(A) (quarenta e cinco decibéis em curva de ponderação A). § 7º - O nível de som proveniente da fonte poluidora, medido dentro dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, não poderá exceder em 10 dB(A) (dez decibéis em curva de ponderação A) o nível do ruído de fundo existente no local. Art. 5º - No caso de fontes móveis admitidas pela legislação em vigor, aplicam-se os mesmos limites estabelecidos nesta Lei para as fontes fixas. Art. 6º - As vibrações não serão admitidas quando perceptíveis no local do suposto incômodo, de forma contínua ou alternada, por períodos superiores a 5 min. (cinco minutos). Art. 7º - Para o cumprimento do disposto nesta Lei, o Executivo poderá utilizar-se, além dos recursos técnicos e humanos de que dispõe, do concurso de outros órgãos ou entidades públicas ou privadas, mediante convênios, contratos e credenciamento de agentes. Parágrafo único – Será franqueada aos agentes públicos e agentes credenciados pelo Executivo a entrada nas dependências das fontes poluidoras localizadas ou a se instalarem no Município, onde poderão permanecer pelo tempo que se fizer

Page 135: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

135 necessário, para as avaliações técnico-fiscais do cumprimento dos dispositivos desta Lei.

Seção III Da Adequação Sonora

Art. 8º - Deverão dispor de proteção, de instalação ou de meios adequados ao isolamento acústico que não permitam a propagação de ruídos, sons e vibrações acima do permitido para o exterior, os estabelecimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores, tais como: I – estabelecimentos recreativos, culturais, educacionais, filantrópicos, industriais, comerciais ou de prestação de serviços; II – estabelecimentos nos quais seja executada música ao vivo ou mecânica; III – estabelecimentos onde haja atividade econômica decorrente do funcionamento de canil, granja, clínica veterinária ou similar; IV – espaços destinados ao funcionamento de máquinas ou equipamentos. Parágrafo único – A concessão de Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades do estabelecimento ficará condicionada ao cumprimento do disposto no caput deste artigo, quando couber, ou de adequações alternativas, sem prejuízo das demais exigências previstas na legislação. Art. 9º - Os estabelecimentos e atividades que provoquem poluição sonora e perturbação do sossego público estarão sujeitos à adoção de medidas eficientes de controle, tais como as arroladas a seguir, que poderão ser impostas de forma isolada ou cumulativa, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas nesta Lei: I – implantação de tratamento acústico; II – restrição de horário de funcionamento; III – restrição de áreas de permanência de público; IV – contratação de funcionários responsáveis pelo controle de ruídos provocados por seus freqüentadores; V – disponibilização de estacionamento coberto a seus freqüentadores.

Seção IV Das Permissões

Art. 10 – Serão tolerados ruídos e sons acima dos limites definidos nesta Lei provenientes de: I – serviços de construção civil não passíveis de confinamento, que adotarem demais medidas de controle sonoro, no período compreendido entre 10:00 h (dez horas) e 17:00 h (dezessete horas); II – VETADO III – alarmes em imóveis e sirenes ou aparelhos semelhantes que assinalem o início ou o fim de jornada de trabalho ou de períodos de aula em escola, desde que tenham duração máxima de 30 s (trinta segundos); IV – obras e serviços urgentes e inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força maior, acidentes graves ou perigo iminente à segurança e ao bem-estar da comunidade, bem como o restabelecimento de serviços públicos essenciais, tais como energia elétrica, gás, telefone, água, esgoto e sistema viário; V – o uso de explosivos em desmontes de rochas e de obras civis no período compreendido entre 10:00 h (dez horas) e 16:00 h (dezesseis horas), nos dias úteis,

Page 136: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

136 observada a legislação específica e previamente autorizado pelo órgão municipal competente. § 1º - Nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III e IV deste artigo, os ruídos e sons não poderão ultrapassar 80 dB(A) (oitenta decibéis em curva de ponderação A). § 2º - Os serviços de construção civil da responsabilidade de entidades públicas ou privadas, com geração de ruídos, dependem de autorização prévia do órgão municipal competente, quando executados nos seguintes horários: I – domingos e feriados, em qualquer horário; II – sábados e dias úteis, em horário vespertino ou noturno. Art. 11 – Os eventos, assim compreendidos os acontecimentos institucionais ou promocionais, comunitários ou não, previamente planejados com a finalidade de estabelecer a imagem de organizações, produtos, serviços, idéias e pessoas, em especial aqueles do calendário oficial de festas e eventos do Município, cuja realização tenha caráter temporário e local determinado, serão licenciados em conformidade com a Lei n° 9.063, de 17 de janeiro de 2005, conforme dispuser o regulamento desta Lei.

Seção V Das Proibições

Art. 12 – Ficam proibidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos ou sons provenientes de pregões, exceto os oficiais, avisos e anúncios em logradouro público ou para ele dirigidos, de viva voz ou por meio de aparelho ou instrumento de qualquer natureza, de fonte fixa ou móvel, exceto no horário compreendido entre 10:00 h (dez horas) e 16:00 h (dezesseis horas), desde que respeitados os limites de ruídos fixados nesta Lei.

CAPÍTULO III DA INFRAÇÃO

Art. 13 – Os infratores desta Lei estarão sujeitos às seguintes penalidades, além da obrigação de cessar a transgressão: I – advertência; II – multa; III – interdição parcial ou total da atividade, até a correção das irregularidades; IV – cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades ou de licença. Art. 14 – Para efeito da aplicação de penalidades, as infrações aos dispositivos desta Lei serão classificadas como leves, médias, graves ou gravíssimas, conforme o seguinte: I – infração leve: quando se tratar de infração de dispositivos desta Lei que não implique poluição sonora; II – infração média: nos casos em que a imissão de ruído estiver acima do limite estabelecido, até o máximo de 10% (dez por cento) desse valor; III – infração grave: nos casos em que a imissão de ruído estiver acima de 10% (dez por cento) e até 40% (quarenta por cento) do limite estabelecido; IV – infração gravíssima: nos casos em que a imissão de ruído ultrapassar 40% (quarenta por cento) em relação ao limite estabelecido.

Page 137: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

137 Art. 15 – A penalidade de advertência será aplicada quando se tratar de infração de natureza leve ou média. Parágrafo único – A penalidade de advertência não poderá ser aplicada mais de uma vez, para uma mesma infração cometida pelo mesmo infrator. Art. 16 – A multa será aplicada quando o infrator não sanar a irregularidade após a aplicação da advertência ou, imediatamente, em caso de infração grave ou gravíssima. Art. 17 – Os valores das multas, de acordo com sua gravidade, variarão de R$80,00 (oitenta reais) a R$30.000,00 (trinta mil reais), atualizados com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo fixado o valor inicial em: I – infração leve: de R$80,00 (oitenta reais) a R$400,00 (quatrocentos reais); II – infração média: de R$450,00 (quatrocentos e cinqüenta reais) a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); III – infração grave: de R$2.550,00 (dois mil quinhentos e cinqüenta reais) a R$5.000,00 (cinco mil reais); IV – infração gravíssima: de R$5.500,00 (cinco mil e quinhentos reais) a R$10.000,00 (dez mil reais). Art. 18 – Em caso de reincidência, a penalidade de multa poderá ser aplicada em dobro e, havendo nova reincidência, a multa poderá ser aplicada até o triplo do valor inicial. Parágrafo único – Considera-se reincidência a prática da mesma infração cometida pelo mesmo agente no período de até 02 (dois) anos. Art. 19 – A penalidade de interdição parcial ou total da atividade poderá ser aplicada, a critério da autoridade competente, nas hipóteses de: I – risco à saúde individual ou coletiva; II – dano ao meio ambiente ou à segurança das pessoas; III – reincidência, observado o disposto no § 1º deste artigo. § 1º - Dependendo da gravidade da infração praticada, a penalidade de interdição parcial ou total da atividade poderá ser aplicada na primeira reincidência. § 2º - A desobediência ao Auto de Interdição acarretará ao infrator a aplicação da pena de multa correspondente à infração gravíssima, sendo a reincidência caracterizada a cada visita da fiscalização, que poderá ser diária. § 3º - A interdição parcial ou total da atividade deverá anteceder a cassação de Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades ou de licença. Art. 20 – A penalidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades e de licença será aplicada: I – após 3 (três) meses da interdição, na hipótese de não terem sido efetivadas as providências para regularização; II – na hipótese de descumprimento do Auto de Interdição; III – quando constatado que o tratamento acústico realizado não foi suficiente para conter a emissão de ruídos.

Page 138: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

138 Art. 21 – Conforme dispuser o regulamento, os responsáveis pelas atividades econômicas, sociais, artísticas e de entretenimento incorrem nas mesmas sanções previstas nesta Lei, quando houver geração de níveis de ruído superiores ao estabelecido nesta Lei, por ação de seus freqüentadores. Art. 22 – Aplicam-se, no que couber, os procedimentos e prazos previstos na Lei n 4.253, de 4 de dezembro de 1985, e em seus regulamentos, para a aplicação das penalidades e interposição e julgamento de defesas e recursos.

CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23 – O produto de arrecadação de multas previstas nesta Lei constitui recurso do Fundo Municipal de Defesa Ambiental, instituído pela Lei nº 4.253/85. Art. 24 – Fica concedida anistia fiscal relativamente à penalidade aplicada em razão de autuação por infração à Lei nº 9.341, de 22 de fevereiro de 2007, ocorrida no período de 28 de agosto de 2007 até a data de publicação desta Lei. Art. 25 – Fica revogada a Lei nº 9.341, de 22 de fevereiro de 2007. Art. 26 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2008 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei n° 1.500/07, de autoria do Executivo)

Page 139: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

139

LEI N° 9.506, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 Institui a Área de Diretrizes Especiais - ADE - Mirante, autoriza o Município a outorgar concessão de uso do imóvel que menciona e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica instituída a Área de Diretrizes Especiais - ADE - Mirante, com o objetivo de incentivar os usos que garantam o incremento das atividades turísticas, culturais, de entretenimento e lazer, e a conseqüente sustentabilidade ambiental da área e de seu entorno, em consonância com os objetivos previstos no inciso III do art. 75 da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996. Art. 2º - A ADE Mirante compreende o lote 1 do quarteirão 37 do Bairro das Mangabeiras, conforme CP 209-002-M. Art. 3º - A implantação de edificação na ADE Mirante deverá atender: I - quanto à ocupação, aos parâmetros urbanísticos definidos para Zona de Preservação Ambiental - ZPAM -, zoneamento original da área, de acordo com a Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996; II - quanto ao uso, à permissão para instalação de atividades comerciais e de serviços relacionados com o uso cultural, de entretenimento, lazer e alimentação, independentemente da classificação viária da via de acesso; III - às diretrizes para elaboração de projeto e posterior aprovação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município. Art. 4º - Para viabilizar o objetivo previsto no art. 1º desta Lei, nos termos do art. 38 da Lei Orgânica do Município, fica o Executivo autorizado a outorgar concessão de uso, mediante procedimento licitatório, de parte do lote 1 do quarteirão 37 do Bairro das Mangabeiras, tendo por objeto a construção e a exploração de um restaurante, destinado a incentivar a cultura, o entretenimento e o lazer na região, por conta e risco do concessionário. § 1º - A concessão de que trata o caput deste artigo será onerosa para o concessionário, mediante pagamento de valor de outorga inicial ou periódica, conforme vier a ser definido no edital de licitação e no contrato a ser firmado, cabendo ao concessionário todos os investimentos necessários à execução da obra e à conservação, administração e exploração do empreendimento. § 2º - Caberá ao concessionário, para remuneração e amortização de seu investimento, a exploração comercial do empreendimento descrito no caput deste artigo. § 3º - O prazo e as demais condições da concessão serão fixados no edital de licitação respectivo. Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 24 de janeiro de 2008 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte

Page 140: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

140

LEI N° 9.529, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008

Dispõe sobre a substituição do uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica por saco de lixo ecológico e sacola ecológica, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica deverá ser substituído pelo uso de saco de lixo ecológico e de sacola ecológica, nos termos desta Lei. Parágrafo único - VETADO I, II, III e IV - VETADOS Art. 2º - A substituição de uso a que se refere esta Lei acontecerá nos estabelecimentos privados e nos órgãos e entidades do Poder Público sediados no Município. Art. 3º - A substituição de uso a que se refere esta Lei terá caráter facultativo pelo prazo de 3 (três) anos, contado a partir da data de publicação desta Lei, e caráter obrigatório a partir de então. Art. 4º - A inobservância ao disposto nesta Lei acarretará ao infrator as seguintes penalidades: I - notificação; II - multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e, em caso de reincidência, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais); III - interdição do estabelecimento; IV - cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades. § 1º - Na penalidade de notificação, será concedido prazo de 30 (trinta) dias para que o infrator se ajuste ao previsto por esta Lei. § 2º - A penalidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades não se aplica a órgão e entidade do Poder Público.

Art. 4º promulgado em 23/04/2008 e publicado em 29/04/2008 Art. 5º - VETADO Art. 6º - Fica o Poder Executivo autorizado a realizar campanhas educativas e de conscientização de cidadãos e instituições a respeito da substituição de que trata esta Lei. Art. 7º - Esta Lei será regulamentada no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da data de sua publicação. Art. 8º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 27 de fevereiro de 2008 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte

Page 141: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

141

LEI Nº 9.546, DE 1º DE ABRIL DE 2008

Cria o Certificado Gentileza Ambiental. O Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais e atendendo ao que dispõe o § 6º, combinado com o § 8º do art. 92 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, tendo sido rejeitado o Veto Total aposto pelo Excelentíssimo Senhor Prefeito à Proposição de Lei nº 601/08, promulga a seguinte Lei: Art. 1º - Fica criado o Certificado Gentileza Ambiental, a ser concedido a estabelecimento que comercializa gêneros alimentícios e utiliza embalagem reciclável e biodegradável. Art. 2º - Para a obtenção do Certificado Gentileza Ambiental, o estabelecimento interessado, além de atender o disposto no art. 1º desta Lei, deverá desempenhar as seguintes ações: I - campanha de conscientização destinada aos seus clientes consumidores, visando a proteção do meio ambiente; II - divulgação, por meio de cartazes e folhetos informativos, de que adota medidas ecologicamente corretas. Parágrafo único - O Certificado Gentileza Ambiental deverá ser requerido ao órgão competente do Executivo pelo estabelecimento interessado, mediante apresentação dos documentos que comprovem o cumprimento do disposto neste artigo e no art. 1º desta Lei. Art. 3º - O Certificado Gentileza Ambiental terá validade de 1(um) ano. Parágrafo único - Será impressa, no Certificado Gentileza Ambiental, a informação de que o estabelecimento faz jus, por 1 (um) ano, ao documento, podendo este ser renovado a cada ano, de acordo com o cumprimento do disposto nos arts. 1º e 2º desta Lei. Art. 4º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de sua publicação. Art. 5º - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário. Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 1º de abril de 2008 Totó Teixeira Presidente (Originária do Projeto de Lei nº 1.401/07, de autoria da Verª Luzia Ferreira)

Page 142: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

142

LEI N° 9.563, DE 30 DE MAIO DE 2008

Dispõe sobre a regulamentação da Área de Diretrizes Especiais da Cidade Jardim, instituída pela Lei nº 7.166/96.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei regulamenta a Área de Diretrizes Especiais - ADE - Cidade Jardim, em atendimento ao disposto no inciso I do art. 75 da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996 e nos arts. 75, § 4º e 82 da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996. Parágrafo único - A ADE Cidade Jardim constitui área sujeita a políticas específicas de preservação paisagística, cultural e histórica que visam a reforçar sua identidade e sua referência no Município, e sua delimitação, determinada pela Lei n° 7.166/96, está representada no Anexo I desta Lei. Art. 2º - São diretrizes gerais para a regulamentação da ADE: I - fortalecer a ADE Cidade Jardim como espaço de referência histórico-arquitetônica de Belo Horizonte; II - preservar a ambiência local; III - viabilizar um processo sustentável de preservação. Art. 3º - São diretrizes específicas de uso e ocupação do solo na ADE Cidade Jardim: I - manter a tipologia de ocupação original e existente, desestimulando a substituição de edificações; II - preservar o estilo arquitetônico modernista; III - preservar o alto índice de cobertura vegetal; IV - compatibilizar a tipologia de ocupação existente e o alto índice de cobertura vegetal com o uso do solo a ser flexibilizado, buscando: a) controlar a poluição sonora e atmosférica; b) restringir usos que demandam carga e descarga e estacionamento; c) dificultar o aumento do fluxo de tráfego.

CAPÍTULO II DA INTERVENÇÃO EM IMÓVEIS EXISTENTES

Art. 4º - Os projetos de reforma em edificação existente na ADE Cidade Jardim deverão ser aprovados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana - SMARU -, devendo manter as características originais da edificação nos seguintes itens: I - fachadas e vãos; II - volumetria; III - rampas, escadas e demais acessos externos; IV - jardins e quintais. Parágrafo único - Às propostas de intervenções em imóveis situados na ADE Cidade Jardim cabe recurso ao Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR.

Page 143: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

143 Art. 5º - As vagas existentes destinadas a estacionamento de veículos deverão ser mantidas e não poderão ter outra destinação, exceto serem transformadas em áreas ajardinadas. Art. 6º - A área total permeável nos imóveis da Cidade Jardim não poderá ser inferior a 30% (trinta por cento). Parágrafo único - As espécies arbóreas existentes não poderão ser suprimidas sem prévia autorização do órgão competente, sendo obrigatória, no caso de supressão, a reposição de nova espécie no mesmo imóvel.

CAPÍTULO III

DA OCUPAÇÃO Art. 7º - Os parâmetros urbanísticos estabelecidos nesta Lei sobrepõem-se aos do zoneamento definidos na Lei nº 7.166/96 e sobre eles preponderam. Art. 8º - Os parâmetros urbanísticos da ADE Cidade Jardim são os seguintes: I - o coeficiente de aproveitamento é 0,8 (oito décimos); II - a taxa de ocupação é de 40% (quarenta por cento); III - a quota de terreno por unidade habitacional é 1.000 m²/un. (mil metros quadrados de terreno por unidade habitacional), exceto para lotes aprovados até a data de publicação desta Lei com área inferior a 1.000 m² (mil metros quadrados), para os quais a quota mínima por unidade habitacional será igual a sua área; IV - a taxa de permeabilidade mínima é de 30% (trinta por cento) da área do lote; V - o afastamento frontal mínimo da edificação, a partir do alinhamento da via pública é de 10 m (dez metros), sendo de 5 m (cinco metros) para os lotes de esquina; VI - os afastamentos laterais e de fundo mínimos das edificações são de 3 m (três metros), vedada a construção na divisa; VII - a altura máxima permitida às edificações é 9 m (nove metros), incluindo telhados e caixa d'água, contados a partir do terreno natural em todos os seus pontos, se terreno plano ou em aclive; ou da cota média altimétrica do passeio, se terreno em declive. § 1º - A área delimitada pelo afastamento frontal mínimo das edificações de que trata este artigo será obrigatoriamente ajardinada, permitindo-se impermeabilização máxima de 25% (vinte e cinco por cento) da área do afastamento frontal, exclusivamente para acessos e guaritas. § 2º - As áreas revestidas com piso intertravado poderão ser computadas na área permeável, até o limite máximo de 10% (dez por cento) da área total permeável exigida no inciso IV deste artigo.

CAPÍTULO IV DOS USOS

Seção I Dos Usos Permitidos

Art. 9º - Nos imóveis lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas, Tenente Renato César e Carvalho de Almeida serão permitidos os usos previstos no

Page 144: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

144 Anexo II desta Lei, nas duas faces das vias, respeitados os demais parâmetros e critérios dispostos nesta Lei. Art. 10 - Nos imóveis lindeiros às avenidas Raja Gabaglia e Contorno, serão permitidos os usos previstos para vias arteriais na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo em vigor, nas duas faces das vias, respeitando-se os demais critérios dispostos nesta Lei. Parágrafo único - Não se aplica aos lotes citados no caput deste artigo o disposto no art. 71-B da Lei nº 7.166/96. Art. 11 - Nos imóveis que não se enquadrarem no disposto nos arts. 9º e 10, somente serão admitidos os usos constantes do Anexo III desta Lei. Art. 12 - A permissão de usos não residenciais a que se refere os arts. 9º, 10 e 11 somente é válida para as edificações existentes na data de publicação desta Lei. Art. 13 - Somente será concedido um Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades por edificação.

Seção II Da Permanência e da Substituição de Usos

Art. 14 - Poderão permanecer, nos termos deste artigo, os usos instalados em data anterior à entrada em vigor desta Lei que estejam em desacordo com o disposto neste Capítulo, desde que atendam a uma das seguintes condições: I - estar regularmente instalado; II - estar instalado em edificação construída para o exercício específico do uso a que se destina. § 1º - Os usos que não se enquadrarem no disposto neste artigo, que estejam localizados em imóveis lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas, Tenente Renato César e Carvalho de Almeida e instalados antes da data de publicação desta Lei poderão ser licenciados mediante os seguintes procedimentos: I - regularização da edificação; II - definição de diretrizes e parecer favorável do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR. § 2º - A edificação na qual se exerça o direito de permanência de uso não é passível de acréscimo de área construída. § 3º - Para fins de aplicação do disposto neste artigo, aplicam-se os seguintes conceitos: I - uso regularmente instalado ou licenciado: refere-se ao uso com Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades; II - edificação construída para o exercício específico da atividade: é a edificação cujas dependências e instalações sejam inequivocamente vinculadas ao exercício da referida atividade. Art. 15 - A substituição de uso, em data posterior a esta Lei, somente será admitida pelos usos permitidos conforme o estabelecido na Seção I deste Capítulo e no art. 16 desta Lei.

Page 145: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

145 Art. 16 - A substituição de uso, nos lotes abaixo indicados, somente será admitida desde que pelas atividades de Biblioteca, Centro de Documentação ou Museu: I - nos lotes 1 a 19 e 22 e 23, quadra 7, CP: 042032MB, ocupados pelo Colégio Loyola; II - no lote 1, quadra 2B, CP: 042032MB, ocupado pela antiga Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG -; III - nos lotes 8, 9, 10, 11, 12, quadra 9, CP: 042032MB, ocupados pelo Colégio São Paulo; IV - nos lotes 1, 2, 3, 4, quadra 17, CP: 042226F, ocupados pelo Museu Abílio Barreto; V - na área da quadra 7A subtraída dos lotes 1 a 8, quadra 7A, CP: 042198H, com área aproximada de 44.000 m2 (quarenta e quatro mil metros quadrados), ocupada pelo Ministério da Agricultura; VI - na área da quadra 17 subtraída dos lotes 1 a 4, quadra 17, CP: 042226F, com área aproximada de 4.183 m2 (quatro mil, cento e oitenta e três metros quadrados), ocupada pela Igreja Santo Inácio de Loyola.

CAPÍTULO V DAS POSTURAS A SEREM ADOTADAS

Seção I Dos Passeios e Fechamento de Terrenos

Art. 17 - Os passeios não poderão ter largura inferior à existente, devendo obedecer, além do disposto no Título II, Capítulo I do Código de Posturas do Município de Belo Horizonte e sua regulamentação, aos seguintes parâmetros: I - faixa pavimentada contínua no quarteirão, destinada à circulação de pedestres, com largura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), livre de quaisquer obstáculos; II - restante da área ajardinada, não sendo permitida a sua delimitação por cordões ou outro tipo de elemento que extrapole, em altura, o nível do piso pavimentado. Parágrafo único - Para fins do disposto no inciso I deste artigo, são considerados obstáculos os degraus, o mobiliário urbano, as árvores e os postes de iluminação pública. Art. 18 - No fechamento frontal dos lotes edificados só serão admitidos elementos vazados ou transparentes que garantam a visibilidade dos jardins a partir dos logradouros públicos. Parágrafo único - Elementos sem permeabilidade visual só serão permitidos para contenção de terreno natural ou com altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros) acima do terreno natural.

Seção II Da Comunicação Visual e do Mobiliário Urbano

Art. 19 - É permitida a instalação de dispositivos de comunicação visual e de mobiliário urbano mediante licenciamento municipal precedido de parecer favorável do órgão municipal responsável pela preservação do patrimônio histórico, devendo respeitar o Código de Posturas vigente no Município, e, em particular, o disposto nesta Lei.

Page 146: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

146 Art. 20 - A instalação de dispositivos de comunicação visual deverá respeitar as seguintes condições: I - não comprometimento da paisagem local; II - não obstrução da visão de elementos arquitetônicos característicos das edificações; III - obediência aos parâmetros estabelecidos pelo órgão municipal responsável pelo patrimônio histórico. Parágrafo único - São proibidos os anúncios publicitários de qualquer natureza.

CAPÍTULO VI DA GESTÃO URBANA

Art. 21 - Fica instituído o Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Cidade Jardim - FADE - idade Jardim, cujo objetivo é acompanhar e monitorar as decisões e as ações relativas a esta Lei. Art. 22 - São atribuições do FADE Cidade Jardim: I - elaborar seu regimento interno; II - subsidiar órgãos e conselhos municipais pertinentes; III - acompanhar a implementação desta Lei, avaliando periodicamente os resultados; IV - propor a adoção de melhorias para a ADE Cidade Jardim; V - auxiliar na fiscalização do cumprimento dos dispositivos desta Lei. Art. 23 - O FADE Cidade Jardim será composto por 4 (quatro) membros efetivos e seus respectivos suplentes, assim definidos: I - 2 (dois) representantes da comunidade local; II - 2 (dois) representantes do Executivo Municipal. Art. 24 - Caberá à Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul definir o processo de indicação dos representantes do FADE Cidade Jardim e efetivar a sua implementação.

CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 25 - Não se aplica à ADE Cidade Jardim o disposto na Lei nº 6.831, de 17 de janeiro de 1995. Art. 26 - São partes integrantes desta Lei: I - Anexo I: Delimitação da ADE Cidade Jardim; II - Anexo II: Usos admitidos em lotes lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas, Tenente Renato César e Carvalho de Almeida (cf. art. 9º); III - Anexo III: Usos admitidos em lotes não referidos nos arts. 9º e 10 desta Lei (cf. art.11). Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 30 de maio de 2008 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte

Page 147: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

147

ANEXO I Delimitação da ADE Cidade Jardim

Page 148: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

148

ANEXO II Usos admitidos em lotes lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas,

Tenente Renato César e Carvalho de Almeida (cf. art. 9º) 1. RESIDENCIAL 2. OS USOS NÃO RESIDENCIAIS LISTADOS ABAIXO, RESPEITADA A ÁREA EXISTENTE OCUPADA PELA EDIFICAÇÃO, INDEPENDENTE DO GRUPO EM QUE O USO SE LOCALIZA: 2.1. SERVIÇOS DE USO COLETIVO 2.1.1. Associação Cultural 2.1.2. Biblioteca 2.1.3. Estabelecimento de Cultura Artística 2.1.4. Centro de Documentação 2.1.5. Centro de Pesquisa 2.1.6. Locais para exposição: Museu / Galeria de artes plásticas /Pinacoteca 2.1.7. Associação de Moradores do bairro Cidade Jardim 2.1.8. Asilo e Casa de Convivência 2.1.9. Representação de Organismos Internacionais 2.1.10. Representação Diplomática 2.2. COMÉRCIO 2.2.1. Livraria 2.2.2. Adega 2.2.3. Antiquário 2.2.4. Artesanato 2.2.5. Objetos de Arte e Adornos 2.2.6. Artigos de vestuário 2.3. SERVIÇOS 2.3.1. INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, SEGURO, CAPITALIZAÇÃO, COMÉRCIO E ADMINISTRAÇÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS 2.3.1.1. Administrações de Loterias 2.3.1.2. Administrações de Seguros e Resseguros 2.3.1.3. Administrações de Cartões de Crédito 2.3.1.4. Arrendamento Mercantil 2.3.1.5. Caixas Eletrônicos e Postos de Atendimento Bancário 2.3.1.6. Casas de Câmbio 2.3.1.7. Crédito Habitacional 2.3.1.8. Distribuidoras e Corretoras de Títulos e Valores 2.3.1.9. Fundos de Investimento 2.3.1.10. Instituições de Aplicação Financeira, Financiamento, Investimento e Crédito 2.3.1.11. Sociedade de Capitalização 2.3.2. COMÉRCIO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS 2.3.2.1. Administrações de Imóveis 2.3.2.2. Compra, Venda e Corretagem de Imóveis 2.3.2.3. Empreendimentos Imobiliários 2.3.2.4. Incorporação de Imóveis 2.3.3. SERVIÇOS DE ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO 2.3.3.1. Albergues 2.3.3.2. Restaurante 2.3.3.3. Pensões 2.3.4. SERVIÇOS DOMICILIARES 2.3.4.1. Chaveiros 2.3.4.2. Dedetização

Page 149: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

149 2.3.4.3. Jardinagem e Paisagismo 2.3.4.4. Lavanderias Self-Service 2.3.4.5. Locação de Artigos para Festa 2.3.4.6. Posto de Recebimento de Pequenas Mercadorias 2.3.4.7. Produção de Húmus 2.3.5. SERVIÇOS PESSOAIS 2.3.5.1. Agência de Casamento 2.3.5.2. Barbeiros 2.3.5.3. Centros de Estética 2.3.5.4. Confecções e Reparação de Artigos de Vestuário sob Medida 2.3.5.5. Cursos Aula Particular 2.3.5.6. Cursos Diversos 2.3.5.7. Estilista 2.3.5.8. Escola de Mergulho 2.3.5.9. Estúdios Fotográficos 2.3.5.10. Locação de Artigos de Vestuário 2.3.5.11. Massagens, Saunas, Duchas e Banhos 2.3.5.12. Salões de Beleza 2.3.5.13. Salões de Engraxate 2.3.5.14. Serviço de Tele-informática 2.3.5.15. Serviços Esotéricos 2.3.6. SERVIÇOS DE DIVERSÃO E COMUNICAÇÃO 2.3.6.1. Casas Lotéricas 2.3.6.2. Estúdio de Gravação 2.3.6.3. Locação de Filmes e Discos 2.3.6.4. Locação de Livros 2.3.6.5. Locação de Fitas de Vídeo-Game com até Duas Máquinas de Vídeo Game 2.3.6.6. Prestação de Serviços por Telefone 2.3.7. SERVIÇOS TÉCNICO-PROFISSIONAIS 2.3.7.1. Agências de Publicidade e Propaganda 2.3.7.2. Consultórios 2.3.7.3. Consultórios Veterinários 2.3.7.4. Empreiteira de Serviços de Construção 2.3.7.5. Escritórios 2.3.7.6. Estúdios de Escultura, Desenho e Pintura Artística 2.3.7.7. Laboratório de Prótese Dentária 2.3.7.8. Laboratório Fotográfico 2.3.7.9. Posto de Coleta de Materiais Biológicos 2.3.7.10. Profissionais Autônomos 2.3.7.11. Provedor - INTERNET 2.3.7.12. Serviços de Acupuntura 2.3.7.13. Serviços de Auditoria 2.3.7.14. Serviço de Comunicação e Programação Visual 2.3.7.15. Serviços de Decoração 2.3.7.16. Serviços de Informática 2.3.7.17. Serviços Gráficos, Editoriais e de Reprodução 2.3.7.18. Serviços de Investigação Particular 2.3.7.19. Serviços de Jornalismo e Comunicação 2.3.7.20. Serviço de Nutricionismo 2.3.7.21. Serviços de Promoção e Organização de Eventos 2.3.7.22. Serviço de Serigrafia / Silk- Screen 2.3.7.23. Serviços de Tradução e Documentação

Page 150: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

150 2.3.8. SERVIÇOS AUXILIARES DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO 2.3.8.1. Confecção de Carimbos 2.3.8.2. Locação de Artigos, Aparelhos, Máquinas e Equipamentos de Pequeno Porte 2.3.8.3. Locação de Marcas e Patentes 2.3.8.4. Posto de Intermediação de Serviços 2.3.8.5. Serviços de Vigilância 2.3.9. OUTROS SERVIÇOS 2.3.9.1. Administração de Tickets, Vales, Cartões e Fichas 2.3.9.2. Administração de Consórcio 2.3.9.3. Agência de Intercâmbio Cultural 2.3.9.4. Agências de Turismo 2.3.9.5. Locação, Compra e Venda de Telefones 2.3.9.6. Locação e Venda de Telões 2.3.9.7. Gravação, Lapidação e Vitrificação de Jóias e pequenos objetos 2.3.9.8. Sedes Administrativas de Empresas.

Page 151: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

151

ANEXO III Usos admitidos em lotes não referidos nos arts. 9º e 10 desta Lei (cf. art.11)

1. RESIDENCIAL 2. OS USOS NÃO RESIDENCIAIS ABAIXO LISTADOS, RESPEITADA A ÁREA EXISTENTE OCUPADA PELA EDIFICAÇÃO, INDEPENDENTE DO GRUPO EM QUE O USO SE LOCALIZA: 2.1 - SERVIÇOS DE USO COLETIVO 2.1.1. Associação Cultural 2.1.2. Biblioteca 2.1.3. Estabelecimento de Cultura Artística 2.1.4. Centro de Documentação 2.1.5. Centro de Pesquisa 2.1.6. Locais para exposição: Museu / Galeria de artes plásticas /Pinacoteca 2.1.7. Associação de Moradores do bairro Cidade Jardim 2.1.8. Asilo e Casa de Convivência 2.1.9. Representação de Organismos Internacionais 2.1.10. Representação Diplomática 2.2 - SERVIÇOS 2.2.1. Escritório Administrativo (sem operação de venda de mercadorias): - Escritório de empresa ou firma - Escritório de representação 2.2.2. Escritório de profissionais liberais e técnicos

Page 152: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

152

LEI N° 9.568, DE 10 DE JUNHO DE 2008

Dispõe sobre a Operação Urbana do Parque Linear Bulevar Andradas.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Seção I Disposições Preliminares

Art. 1º - Fica instituída a Operação Urbana do Parque Linear Bulevar Andradas, em conformidade com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, e de acordo com o disposto no art. 11 da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, com o objetivo de viabilizar a implantação do Parque Linear Bulevar Andradas, de acordo com os projetos elaborados pelo Executivo. Art. 2º - As áreas objeto da operação urbana prevista nesta Lei são: I - extensão das margens do ribeirão Arrudas, ao longo da Avenida dos Andradas, entre as Avenidas do Contorno e Mem de Sá; II - área delimitada pela Avenida dos Andradas e pelas ruas Ponta Porã, Professor Otaviano e Pacífico Mascarenhas, correspondentes às quadras 278, 5127, 5130 e 5142 constantes da folha 42 do Anexo II da Lei nº 7.166/96 e às ruas Galiléia, Nanuque e Pimenta, excluídos os lotes 1 e 2 da quadra 54G e os lotes 10-A, 11-A, 12-A, 13 e 14-A da quadra 54-H da Oitava Seção Suburbana.

Seção II Do Plano Urbanístico

Art. 3º - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana do Parque Linear Bulevar Andradas, seguindo o disposto no art. 67 da Lei nº 7.165/96, envolve as seguintes intervenções: I - recuperação ambiental e tratamento paisagístico das margens do ribeirão Arrudas por meio da implantação do Parque Linear Bulevar Andradas; II - promoção do desenvolvimento econômico da região adjacente ao Parque, por meio da definição de parâmetros urbanísticos específicos para a área referida no inciso II do art. 2º desta Lei; III - desafetação e alienação onerosa das seguintes vias: a) trecho da Rua Nanuque junto à esquina com a Rua Professor Otaviano, com área de 288m² (duzentos e oitenta e oito metros quadrados) e extensão de 24m (vinte e quatro metros); b) trecho da Rua Pimenta junto à esquina com a Rua Professor Otaviano, com área de 288m² (duzentos e oitenta e oito metros quadrados) e extensão de 24m (vinte e quatro metros). Art. 4º - Para os fins do disposto no art. 1º desta Lei, ficam estabelecidos, para os imóveis incluídos na área descrita no inciso II do art. 2º desta Lei, os seguintes parâmetros: I - coeficiente de aproveitamento admitido equivalente a 2,70 (dois vírgula setenta); II - demais parâmetros constantes do Plano Diretor, da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo - LPOUS -, e da legislação municipal correlata.

Page 153: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

153 Parágrafo único - A exigência de área permeável constante da Subseção V da Seção II do Capítulo IV da Lei nº 7.166/96 poderá, até o limite de 60% (sessenta por cento), ser efetivada dentro da área do Parque Linear Bulevar Andradas.

Seção III Da Implementação da Operação Urbana

Art. 5º - A utilização dos benefícios previstos no art. 4º desta Lei fica condicionada a: I - execução, pelo empreendedor, das intervenções referentes à implantação do Parque Linear Bulevar Andradas a que se refere o inciso I do art. 3°, no prazo definido no art. 7º, todos desta Lei, conforme projeto do Executivo, até o limite de R$ 5.552.634,30 (cinco milhões, quinhentos e cinqüenta e dois mil, seiscentos e trinta e quatro reais e trinta centavos). II - pagamento, pelo empreendedor, ao Poder Público Municipal do valor referente à apropriação da área desafetada constante no inciso III do art. 3º desta Lei. Parágrafo único - O recurso financeiro de que trata a presente operação urbana poderá ser repassado aos cofres públicos para execução das intervenções pelo Município, a critério do Executivo. Art. 6º - Cabe ao Poder Público Municipal: I - apresentar o projeto executivo do Parque Linear Bulevar Andradas, bem como o seu respectivo orçamento; II - desafetar e alienar onerosamente ao empreendedor as áreas descritas no inciso III do art. 3º desta Lei; III - considerar os parâmetros definidos no art. 4º, em atendimento aos objetivos dispostos no art. 1º, no processo de licenciamento do empreendimento situado na área constante do inciso II do art. 2º, todos desta Lei. § 1º - Anteriormente à concretização da alienação de que trata o inciso II do caput deste artigo, as áreas descritas no inciso III do art. 3º desta Lei deverão ser objeto de avaliação específica pela Secretaria Municipal de Finanças, tomando-se por base o valor venal do imóvel constante do cadastro do ITBI. § 2º - Além da avaliação a que se refere o § 1º deste artigo, as áreas remanescentes deverão ser avaliadas pela Comissão de Avaliação de Bens Imóveis, prevista na alínea "c" do inciso I do art. 19 da Lei nº 9.330, de 29 de janeiro de 2007, de modo a assegurar que o valor pago ao Município seja, efetivamente, o valor de mercado do imóvel. § 3º - Na hipótese de divergência entre as duas avaliações, prevalecerá a que for maior.

Seção IV Do Prazo da Operação Urbana

Art. 7º - O prazo de vigência da Operação Urbana do Parque Linear Bulevar Andradas é de 5 (cinco) anos, contados da data de publicação desta Lei. § 1º - As intervenções relativas ao disposto no inciso I do art. 3º desta Lei deverão ser concluídas no prazo previsto no caput deste artigo.

Page 154: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

154 § 2º - A utilização dos parâmetros urbanísticos previstos no art. 4º desta Lei fica condicionada ao protocolo de projeto arquitetônico junto à Secretaria competente no prazo previsto no caput deste artigo.

Seção V Das Penalidades

Art. 8º - O não cumprimento do disposto no § 1º do art. 7º desta Lei sujeita o empreendedor a multa de R$11.539.252,20 (onze milhões, quinhentos e trinta e nove mil, duzentos e cinqüenta e dois reais e vinte centavos). Parágrafo único - A não utilização dos parâmetros urbanísticos constantes do art. 4º, no prazo previsto no art. 7º, não isenta o empreendedor do cumprimento do disposto no art. 5º, todos desta Lei.

Seção VI Disposições Finais

Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 10 de junho de 2008 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei n° 1.600/08, de autoria do Executivo)

Page 155: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

155

LEI Nº 9.604, DE 19 DE SETEMBRO DE 2008

Institui a Política Municipal de Gestão Ambiental dos Resíduos Gerados pelos Serviços de Reparação de Veículos e Motocicletas e dá outras providências.

O Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais e atendendo ao que dispõe o § 6º, combinado com o § 8º, do art. 92 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, tendo sido mantido o Veto aposto pelo Excelentíssimo Senhor Prefeito à Proposição de Lei nº 667/08 relativamente ao inciso I do art. 3º e ao § 1º do art. 4º e rejeitado o Veto relativamente aos demais dispositivos da mesma proposição, promulga a seguinte Lei: Art. 1º - Fica instituída a Política Municipal de Gestão Ambiental dos Resíduos Gerados pelos Serviços de Reparação de Veículos e Motocicletas, com o objetivo de disciplinar o armazenamento, o recolhimento e a destinação dos resíduos originados dessas atividades. Art. 2º - A Política Municipal de Gestão Ambiental dos Resíduos Gerados pelos Serviços de Reparação de Veículos e Motocicletas observará as seguintes diretrizes: I - prevenção, mitigação ou eliminação e monitoramento da poluição ambiental provocada pelos resíduos originados dessas atividades; II - promoção da reciclagem, recuperação e reutilização dos resíduos originados dessas atividades; III - promoção da inserção social dos catadores dos resíduos originados dessas atividades; IV - incentivo a parcerias entre o poder público, as empresas que atuam no setor de reparação de veículos e motocicletas e as entidades de classe ligadas a atividades pertinentes a esta Lei. ADIN nº 1.0000.09.497683-4/000, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

- Concedida a liminar - SUSPENSA A EFICÁCIA deste artigo. Art. 3º - Compete ao Executivo: I - MANTIDO O VETO; II - promover a conscientização e a sensibilização da população com relação à proteção ambiental e aos riscos associados ao armazenamento e à destinação inadequada dos resíduos; III - exigir medidas preventivas e mitigadoras específicas para atividades que envolvem reparação e conservação de veículos e motocicletas e monitorar seu cumprimento; IV - estimular ações relacionadas à reciclagem, à recuperação e à reutilização dos resíduos; V - incentivar as empresas geradoras dos resíduos a participarem de projetos que visem a gestão ambiental de seus setores por meio de incentivos fiscais e da adoção de selo característico do projeto, a ser detalhado em regulamentação; VI - manter cadastro atualizado das empresas prestadoras de serviço de reparação e conservação com atuação no Município. ADIN nº 1.0000.09.497683-4/000, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

- Concedida a liminar - SUSPENSA A EFICÁCIA deste artigo. Parágrafo único - Para o cumprimento do que dispõe este artigo, o Executivo poderá promover convênios e realizar parcerias.

Page 156: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

156 Art. 4º - Compete à empresa que atua no setor de reparação de veículos e motocicletas: I - manter local e recipientes em condições seguras e adequadas para armazenamento transitório de resíduos gerados, conforme as normas técnicas e a legislação vigente; II - responsabilizar-se pelo transporte e destinação final dos resíduos gerados, a serem realizados de acordo com as normas técnicas e a legislação vigente; III - comprometer-se, juntamente com o Executivo, em ações que visem à inserção social dos catadores de resíduos. § 1º - MANTIDO O VETO. § 2º - Para o atendimento do disposto no inciso II deste artigo, as empresas poderão desenvolver parcerias com o Executivo, com entidades que as represente ou com entidades ligadas à reciclagem, recuperação e reutilização. § 3º - O local e o recipiente de armazenamento transitório dos resíduos deverão ter: I - dimensão compatível com o volume do material a ser armazenado em condições de segurança; II - cobertura e fechamento, de modo a impedir a acumulação de água; III - sinalização com alerta, em caso de risco de acidente provocado pelo material armazenado. Art. 5º - Compete às entidades de classe ligadas a atividades de reparação e conservação o encaminhamento periódico ao Executivo das empresas que aderiram, de forma associativa, à política de gestão ambiental prevista por esta Lei. Art. 6º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o estabelecimento infrator às seguintes penalidades: I - advertência, por escrito, em caso de não existência de local específico para armazenamento transitório ou de não conformidade com as exigências legais; II - multa no valor de R$ 385,00 (trezentos e oitenta e cinco reais), em caso de descumprimento de advertência e de reincidência; § 1º - Em caso de advertência, será concedido prazo de até 90 (noventa) dias para a implantação do local ou recipiente de armazenamento ou para a adequação do existente, nos termos do compromisso formal estabelecido entre o fiscal do Município e o responsável pelo estabelecimento. § 2º - A penalidade de multa será aplicada cumulativamente às demais sanções previstas na legislação municipal. Art. 7º - Fica sujeita a multa de R$ 1.000,00 (um mil reais), sem prejuízo de outras penalidades legais cabíveis, a pessoa física ou jurídica que venha a ser responsabilizada por realizar descarte, em local não autorizado, dos resíduos de que trata esta Lei. Parágrafo único - Na hipótese de reincidência na prática da infração discriminada no caput deste artigo, será aplicada ao infrator a multa estabelecida, que será cobrada em dobro, sem prejuízo de outras penalidades legais cabíveis.

Page 157: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

157 Art. 8º - As multas previstas nesta Lei serão atualizadas nos termos do § 1º do art. 14 da Lei nº 8.147, de 29 de dezembro de 2000. Art. 9º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da data de sua publicação. Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 19 de setembro de 2008 Totó Teixeira Presidente (Originária do Projeto de Lei n° 1.413/07, de autoria do Vereador Anselmo José Domingos)

Page 158: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

158

LEI Nº 9.718, DE 3 de JULHO DE 2009

Altera a Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O art. 1º da Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XI:

“Art. 1º - XI – Secretaria Municipal de Meio Ambiente. (NR)”.

Art. 2º - O art. 52 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 52 – A Secretaria Municipal de Políticas Urbanas tem por finalidade articular a definição e a implementação da política de desenvolvimento urbano do Município, de forma integrada e intersetorial, visando ao pleno cumprimento das funções sociais da Cidade. (NR)”.

Art. 3º - Os incisos III, IV, V, X e XII do art. 53 da Lei nº 9.011/05 passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 53 – III – coordenar a elaboração das políticas de transporte e trânsito, habitação, controle urbano, estruturação urbana, saneamento básico, drenagem e limpeza urbana no Município; IV – elaborar planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; V – coordenar a estratégia, monitorar e avaliar a implementação dos planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; X – delegar às entidades da Administração Indireta o gerenciamento dos contratos de sua competência; XII – gerenciar o Fundo Municipal de Habitação Popular, o Fundo Municipal de Saneamento, o Fundo de Transportes Urbanos e o Fundo Municipal de Calamidade Pública; (NR)”.

Art. 4º - O art. 54 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 54 – Compõem a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas: I – a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; II – a Secretaria Municipal Adjunta de Habitação; III – a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. (NR)”. Art. 5º - Ficam revogados a Subseção I da Seção XII do Capítulo II e respectivos artigos 55 e 56 da Lei nº 9.011/05. Art. 6º - O parágrafo único do art. 73 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 73 –

Page 159: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

159

Parágrafo único – Integra a Secretaria de Administração Regional Municipal a Secretaria Adjunta de Administração Regional Municipal, a cujo titular compete atuar em parceria com o Secretário de Administração Regional Municipal e substituí-lo em suas ausências ou impedimentos. (NR)”.

Art. 7º - O Capítulo II da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar acrescido da seguinte Seção XVII e respectivos artigos 80A e 80B:

“Seção XVII Da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Art. 80A – A Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem por finalidade coordenar a elaboração e implementação da política ambiental do Município, visando a promover proteção, conservação e melhoria da qualidade de vida da população. Art. 80B – Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente: I – elaborar e implementar os planos, programas, pesquisas, projetos e atividades para a promoção da política ambiental; II – coordenar, executar e avaliar a implementação de planos, programas e projetos de desenvolvimento ambiental; III – coordenar a elaboração da política de recursos hídricos no Município; IV – coordenar a elaboração das políticas de proteção e preservação da biodiversidade no Município; V – coordenar a elaboração de proposta de legislação ambiental municipal; VI – coordenar e executar as atividades de controle ambiental, gerenciando o licenciamento ambiental e a avaliação dos empreendimentos de impacto e das respectivas medidas mitigadoras ou compensatórias, com colaboração dos demais órgãos municipais; VII – coordenar, executar, normatizar e avaliar a fiscalização de controle ambiental no Município, em colaboração com outros órgãos e entidades da Administração Municipal; VIII – executar e monitorar a política de educação ambiental do Município; IX – executar e monitorar estudos e projetos de desenvolvimento ambiental; X – normatizar, monitorar e avaliar a qualidade ambiental do Município; XI – normatizar e monitorar a política de áreas verdes e de arborização do Município e desenvolver estudos e projetos sobre a matéria; XII – prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM; XIII – gerenciar o Fundo Municipal de Defesa Ambiental; XIV – coordenar a execução de suas atividades administrativas e financeiras; XV – coordenar outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Parágrafo único – Integra a Secretaria Municipal de Meio Ambiente a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente, a cujo titular compete atuar em parceria com o Secretário Municipal de Meio Ambiente e substituí-lo em suas ausências ou impedimentos. (NR)”.

Page 160: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

160 Art. 8º - Ficam revogadas as alíneas “c” e “f” do inciso III do art. 84 da Lei nº 9.011/05. Art. 9º - O art. 84 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar acrescido do seguinte inciso V:

“Art. 84 – V – à Secretaria Municipal de Meio Ambiente: a) a Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte – FZB; b) a Fundação de Parques Municipais – FPM. (NR)”.

Art. 10 – O inciso II do § 1º do art. 94 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 94 – § 1º - II – Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM -, criado pelo Decreto nº 4.796, de 30 de agosto de 1984, e ratificado pela Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985, com as alterações posteriores: Secretaria Municipal de Meio Ambiente; (NR)”.

Art. 11 – O parágrafo único do art. 112 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 112 – Parágrafo único – A Fundação integra a Administração Pública Indireta do Município, vinculando-se à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. (NR)”.

Art. 12 – O art. 114 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar acrescido do seguinte inciso VI:

“Art. 114 – VI – gerenciar o Fundo Municipal de Operação do Parque das Mangabeiras. (NR)”.

Art. 13 – O inciso II do art. 151 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 151 – II – Secretário Municipal de Meio Ambiente; (NR)”.

Art. 14 – O Anexo I da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte alteração referente à quantidade de vagas do cargo em comissão de Secretário Adjunto de Administração Regional:

“ANEXO I

Page 161: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

161 QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO

DIRETA DO PODER EXECUTIVO E DE CORRELAÇÃO COM OS CARGOS ANTERIORES

CARGO PREVISTO NA

LEGISLAÇÃO ANTERIOR

CARGO PREVISTO NESTA LEI

QUANTIDADE DE VAGAS

Secretário Municipal Regional

Secretário Adjunto de Administração Regional

9

(NR)”. Art. 15 – Ficam criados os seguintes cargos públicos comissionados, passando o Anexo I da Lei n° 9.011/05 a vigorar acrescido desses cargos:

“ANEXO I

QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO PODER EXECUTIVO E DE CORRELAÇÃO COM OS CARGOS

ANTERIORES

CARGO PREVISTO NA LEGISLAÇÃO

ANTERIOR

CARGO PREVISTO NESTA LEI

QUANTIDADE DE VAGAS

Secretário Municipal de Coordenação

Secretário Municipal 01

Gerente de 2º Nível Gerente de 2º Nível 03 Gerente de 3º Nível Gerente de 3º Nível 03 Assessor I Assessor I 10 Assessor II Assessor II 20 Assessor III Assessor III 02

(NR)”. Art. 16 – As unidades de saúde, as unidades de ensino, os Equipamentos Municipais de Apoio à Família e à Cidadania e os Centros de Apoio Comunitário, que tenham sido vinculados por outras leis e por decretos às Secretarias Adjuntas de Administração Regional de Serviços Sociais passam a vincular-se às respectivas Secretarias de Administração Regional Municipal. Art. 17 – Fica o Executivo autorizado a remanejar os créditos orçamentários consignados nos órgãos e entidades do Município no limite de R$70.355.076,00 (setenta milhões, trezentos e raújo ta e cinco mil e setenta e seis reais), objeto da reestruturação administrativa desta Lei, por meio da abertura de créditos adicionais especiais nos termos dos artigos 40 a 43, 45 e 46 da Lei nº 4.320, de 17de março de 1964. Art. 18 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 3 de julho de 2009 Marcio Araújo de Lacerda

Page 162: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

162

LEI Nº 9.789, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2009

Institui a Política Municipal de Coleta, Tratamento e Reciclagem de Óleo e Gordura de Origem Vegetal ou Animal.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Fica instituída a Política Municipal de Coleta, Tratamento e Reciclagem de Óleo e Gordura de Origem Vegetal ou Animal. Art. 2º - A Política Municipal de Coleta, Tratamento e Reciclagem de Óleo e Gordura de Origem Vegetal ou Animal tem os seguintes objetivos: I - incentivar a adoção de medidas que evitem o lançamento de resíduo de óleo e gordura de origem vegetal ou animal em rede de coleta de esgoto e de drenagem pluvial; II - reduzir a poluição ambiental - dos solos e das águas - provocada pelo lançamento de óleo e gordura em rede de coleta de esgoto e de drenagem pluvial; III - reduzir o gasto de recurso público aplicado em manutenção de rede de coleta de esgoto e de drenagem pluvial; IV - evitar o entupimento de rede de coleta de esgoto e de drenagem pluvial. Parágrafo único - Para os fins desta Lei, considera-se resíduo de óleo e gordura de origem vegetal ou animal a sobra descartada após a utilização de óleo e gordura em atividade culinária. Art. 3º - A Política Municipal de Coleta, Tratamento e Reciclagem de Óleo e Gordura de Origem Vegetal ou Animal observará as seguintes diretrizes: I - VETADO II - conscientização da população quanto a dano proveniente do descarte residual de óleo e gordura de origem vegetal ou animal no meio ambiente e quanto às vantagens da sua reutilização ou reciclagem; III - estímulo a iniciativas não governamentais voltadas para a reciclagem, bem como a ações ligadas às diretrizes da Política de que trata esta Lei, especialmente as que impliquem geração de trabalho e renda; IV - busca do cumprimento de metas de proteção ao meio ambiente; V - promoção de estudo e desenvolvimento de projeto e programa que atenda às finalidades desta Lei; VI - incentivo à cooperação entre a União, o Estado, os municípios e as Organizações Não Governamentais - ONGs -; VII - VETADO; VIII - incremento na fiscalização de indústria de alimentos e de serviço de alojamento e alimentação, conforme classificação do Anexo X da Lei n° 7.166, de 27 de agosto de 1996; IX - monitoramento do descarte de material originário de limpeza de caixa de gordura realizada por empresa prestadora de serviço dessa natureza.

Page 163: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

163 Art. 4º - Para a execução dos objetivos propostos no art. 2° desta Lei, o Executivo promoverá: I - a realização de estudo sobre as formas adequadas de descarte de óleo e gordura de origem animal e vegetal; II - a realização de estudo sobre a viabilidade de coleta especial e reaproveitamento do resíduo de óleo e gordura de origem vegetal ou animal, especialmente, para a produção de biodiesel; III - o desenvolvimento de campanha de conscientização ambiental da população; IV - o estabelecimento de convênio com empresas e entidades envolvidas com reciclagem; V - a fiscalização e o monitoramento quanto ao funcionamento adequado de caixa de gordura dos estabelecimentos citados no inciso VIII do art. 3° desta Lei.

CAPÍTULO II DO RECOLHIMENTO DE ÓLEO E GORDURA

Art. 5º - VETADO Parágrafo único - VETADO Art. 6º - VETADO Parágrafo único - VETADO

CAPÍTULO III DAS OBRIGAÇÕES

Art. 7º - VETADO Parágrafo único - VETADO Art. 8º - VETADO

CAPÍTULO IV DAS PENALIDADES

Art. 9º - VETADO Parágrafo único - VETADO I - VETADO II - VETADO III - VETADO IV - VETADO Art. 10 - VETADO I - VETADO II - VETADO III - VETADO IV - VETADO Art. 11 - VETADO Art. 12 - VETADO Art. 13 - VETADO I - VETADO II - VETADO Art. 14 - VETADO Art. 15 - VETADO Art. 16 - VETADO Parágrafo único - VETADO

Page 164: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

164 Art. 17 - VETADO I - VETADO II - VETADO Art. 18 - VETADO

CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19 - Para cumprimento do disposto nesta Lei, o Executivo poderá estabelecer convênio, contrato e parceria com órgão ou entidade pública ou privada. § 1º - VETADO § 2º - A entidade privada a que se refere o caput deste artigo deverá cadastrar-se, previamente, no órgão competente do Município. Art. 20 - VETADO Parágrafo único - VETADO Art. 21 - VETADO Art. 22 - VETADO Art. 23 - VETADO Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2009 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei nº 97/09, de autoria da vereadora Luzia Ferreira e do Vereador Paulo Lamac)

Informação retificada em 15/12/2009

Page 165: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

165

LEI Nº 9.814, DE 18 DE JANEIRO DE 2010

Autoriza o Executivo a doar áreas de propriedade do Município e a realizar aporte financeiro ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR -, representado pela Caixa Econômica Federal; institui isenção de tributos para operações vinculadas ao Programa Minha Casa, Minha Vida, nas condições especificadas, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O Executivo, objetivando promover a implantação de moradias destinadas à alienação para famílias com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV -, fica autorizado a doar ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR -, regido pela Lei Federal n° 10.188, de 12 de fevereiro de 2001, representado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA -, responsável pela gestão do FAR e operacionalização do PMCMV, bens imóveis públicos de propriedade do Município para implantação do programa de habitação popular. § 1º - Os bens públicos mencionados no caput deste artigo compreendem: I - imóveis não-edificados; II - imóveis edificados cujo emprego no PMCMV seja justificado; III - imóveis edificados ou não, adquiridos para cumprir o Programa previsto nesta Lei. § 2º - Os bens públicos mencionados no § 1º deste artigo deverão ser previamente avaliados, nos termos da legislação municipal. Art. 2º - Fica o Fundo Municipal de Habitação, gerido pelo Município de Belo Horizonte, autorizado a realizar aporte financeiro ao FAR, gerido pela CAIXA, visando a implantação de moradias destinadas à alienação para famílias com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos. § 1º - O aporte de recursos do Município ao FAR destina-se a empreendimentos que tenham a viabilidade técnica e financeira atestada pela CAIXA e pela Secretaria Municipal Adjunta de Habitação. § 2º - O Município avaliará o montante a ser destinado ao empreendimento, bem como a forma de aplicação dos recursos, de acordo com as normas previstas no regulamento desta Lei. Art. 2º-A - Fica o Executivo autorizado a alienar bens imóveis públicos não edificados para a implantação de moradias no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV -, visando à obtenção de recursos para a realização de aporte financeiro ao Fundo Municipal de Habitação. § 1º - Os bens públicos mencionados no caput deste artigo deverão ser previamente avaliados, nos termos da legislação municipal.

Page 166: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

166 § 2º - Os recursos provenientes das alienações de que trata o caput deste artigo serão utilizados exclusivamente no âmbito do PMCMV.

Art. 2º-A acrescentado pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 1º) Art. 3º - As doações de bens imóveis públicos para implantação do programa de habitação popular, as obras, os serviços e os aportes financeiros ao PMCMV não poderão exceder, em seu conjunto, a quantia de R$200.000.000,00 (duzentos milhões de reais).

Caput com redação dada pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 2º) Parágrafo único - Não serão computadas no valor previsto no caput deste artigo as obras e intervenções em infraestrutura urbana que tenham alocação própria em orçamento. Art. 4º - Os bens imóveis doados pelo Município serão utilizados exclusivamente no âmbito do PMCMV e constarão dos bens e direitos integrantes do patrimônio do FAR, com fins específicos de manter a segregação patrimonial e contábil dos haveres financeiros e imobiliários, observados, quanto a tais bens e direitos, as seguintes restrições: I - não integram o ativo da CAIXA; II - não respondem direta ou indiretamente por qualquer obrigação da CAIXA; III - não compõem a lista de bens e direitos da CAIXA, para efeito de liquidação judicial ou extrajudicial; IV - não podem ser dados em garantia de débito de operação da CAIXA; V - não são passíveis de execução por quaisquer credores da CAIXA; VI - não podem ser constituídos quaisquer ônus reais sobre os imóveis. Art. 5º - Caso a donatária não utilize os imóveis e os recursos aportados para o cumprimento do disposto nos arts. 1º e 2º desta Lei no prazo de 4 (quatro) anos, contados da efetiva transferência dos bens, prorrogável por mais 2 (dois) anos, justificadamente e a critério do Executivo, os mesmos reverterão ao patrimônio do Município mediante simples aviso no prazo de 30 (trinta) dias. Parágrafo único - Entende-se por utilizados os imóveis e recursos quando da efetiva entrega das moradias aos beneficiários do PMCMV devidamente concluídas e liberadas para habitação. Art. 6º - Observado o interesse público, as áreas destinadas à implantação do PMCMV, voltadas para os beneficiários inseridos na faixa de 0 (zero) a 3 (três) salários mínimos, poderão ser utilizadas com parâmetros excepcionais desde que, comprovadamente, o projeto a ser implantado não implique comprometimento de aspectos ambientais relevantes existentes no local. § 1º - A utilização dos parâmetros mencionados no caput deste artigo fica condicionada à emissão, pelas secretarias municipais de Políticas Urbanas e de Meio Ambiente, de diretrizes de implantação e parecer conjunto e motivado que conclua pela adequação do projeto às condições existentes no local. § 2º - Os parâmetros previstos no caput deste artigo serão fixados pelas diretrizes de implantação a que se refere o § 1º, ficando limitados a: I - coeficiente de aproveitamento igual a 1,0 (um inteiro);

Page 167: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

167 II - quota de terreno por unidade habitacional igual a 45m2/un. (quarenta e cinco metros quadrados por unidade habitacional); III - taxa de permeabilidade igual a 20% (vinte por cento); IV - área mínima dos lotes em ZP1 nos termos do disposto no art. 6º, inciso II, da Lei Federal nº 6.766/79.

Inciso IV acrescentado pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 3º) § 3º - Consideram-se aspectos ambientais relevantes: I - declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento); II - existência de área de proteção de nascentes; III - existência de faixas de proteção de curso d’água; IV - presença expressiva de vegetação; V - inadequação do solo para o adensamento proposto; VI - outros considerados relevantes motivadamente pela Administração Municipal. Art. 7º - As áreas de propriedade do Município, incluídas as resultantes de parcelamento ou reparcelamento do solo, poderão ser desafetadas, mediante decreto, e destinadas à implantação de programas de habitação popular, inclusive por meio da doação prevista no art. 1º desta Lei. Parágrafo único - Aos imóveis de que trata este artigo aplica-se o disposto no art. 6º. Art. 8º - Fica isento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - o serviço de execução de obra de construção civil vinculada ao PMCMV do Governo Federal, para a implantação de moradias destinadas a famílias com renda de até 3 (três) salários mínimos. § 1º - A isenção prevista neste artigo alcança também os serviços de execução de obra de construção civil vinculada ao PMCMV, para a implantação de moradias destinadas a famílias com renda superior a 3 (três) e até 6 (seis) salários mínimos, desde que para cada edificação com esta destinação correspondam outras duas destinadas a famílias de até 3 (três) salários mínimos, realizadas pelo mesmo construtor. § 2º - A aplicação da isenção prevista neste artigo fica condicionada à apresentação de comprovante emitido pela CAIXA, representante da União e responsável pela operacionalização do PMCMV, e pela Secretaria Municipal Adjunta de Habitação, de que a obra e o respectivo construtor vinculam-se ao Programa, sem prejuízo de outras exigências estabelecidas em regulamento específico. § 3º - A isenção de que trata este artigo não desobriga o prestador do serviço do cumprimento das obrigações acessórias previstas na legislação tributária específica. Art. 9º - Fica isento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU -, bem como da Taxa de Fiscalização de Obras Particulares, durante o período de execução da obra, o imóvel no qual serão realizadas edificações vinculadas ao PMCMV, destinadas a famílias com renda de até 3 (três) salários mínimos. § 1º - A isenção prevista neste artigo alcança também o imóvel no qual serão realizadas edificações vinculadas ao PMCMV para famílias com renda superior a 3 (três) e até 6 (seis) salários mínimos, desde que para cada edificação com esta

Page 168: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

168 destinação correspondam outras duas destinadas a famílias de até 3 (três) salários mínimos, realizadas pelo mesmo construtor. § 2º - A aplicação da isenção prevista neste artigo fica condicionada à apresentação de comprovante emitido pela CAIXA, representante da União e responsável pela operacionalização do PMCMV, e pela Secretaria Municipal Adjunta de Habitação, de que o imóvel vincula-se ao Programa, sem prejuízo de outras exigências estabelecidas em regulamento específico. § 3º - Ao término da obra deverá ser obrigatoriamente apresentada a Certidão de Baixa e Habite-se cuja data de expedição será considerada o marco determinante do final do benefício previsto neste artigo. Art. 10 - Fica isento do IPTU, durante a vigência do contrato de financiamento firmado com o agente financeiro, o imóvel adquirido através do PMCMV, por mutuário com renda familiar mensal de até 6 (seis) salários mínimos. Parágrafo único - A aplicação da isenção prevista neste artigo, sem prejuízo de outras exigências a serem estabelecidas em regulamento específico, fica condicionada a: I - apresentação de comprovante emitido pela CAIXA e pela Secretaria Municipal Adjunta de Habitação de que o imóvel integra o referido Programa e destina-se à família com renda mensal de até 6 (seis) salários mínimos; II - apresentação de cópia autenticada do contrato de financiamento firmado com o agente financeiro respectivo; III - não ser o mutuário, seu cônjuge ou companheiro proprietário ou promitente comprador de outro imóvel; IV - utilização/ocupação exclusivamente residencial do imóvel objeto do financiamento. Art. 11 - Fica isenta do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso Inter Vivos - ITBI - a transmissão da propriedade de imóvel destinado a edificações vinculadas ao PMCMV para famílias com renda de até 3 (três) salários mínimos. Parágrafo único - A isenção prevista neste artigo alcança também a transmissão da propriedade de imóvel destinado a edificações vinculadas ao PMCMV para famílias com renda superior a 3 (três) e até 6 (seis) salários mínimos, desde que para cada edificação com esta destinação correspondam outras duas destinadas a famílias de até 3 (três) salários mínimos, realizadas pelo mesmo construtor. Art. 12 - Fica isenta do ITBI a transmissão de imóvel vinculado ao PMCMV a mutuário cuja renda familiar mensal seja de até 6 (seis) salários mínimos. Parágrafo único - A aplicação da isenção prevista neste artigo, sem prejuízo de outras exigências a serem estabelecidas em regulamento específico, fica condicionada a: I - apresentação de comprovante emitido pela CAIXA e pela Secretaria Municipal Adjunta de Habitação de que o imóvel integra o referido Programa e destina-se à família com renda mensal de até 6 (seis) salários mínimos; II - apresentação de cópia autenticada do contrato de financiamento firmado com o agente financeiro respectivo;

Page 169: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

169 III - não ser o mutuário, seu cônjuge ou companheiro proprietário ou promitente comprador de outro imóvel; IV - utilização/ocupação exclusivamente residencial do imóvel objeto do financiamento. Art. 13 - Para fins de aplicação das isenções previstas nesta Lei, entende-se por edificação cada uma das unidades destinadas individualmente às famílias de baixa renda definidas nos referidos artigos. Art. 14 - Fica o Executivo autorizado a receber, conforme dispuser o regulamento desta Lei, imóvel a ser vinculado ao PMCMV destinado a famílias com renda de até 3 (três) salários mínimos através de dação em pagamento para quitar créditos tributários originários do IPTU e do ITBI incidentes sobre o imóvel objeto da dação. § 1º - O proprietário do imóvel, objeto da dação em pagamento, não receberá qualquer outro tipo de ressarcimento que não a quitação do crédito tributário. § 2º - Os imóveis recebidos pelo Município a título de dação em pagamento poderão ser doados ao FAR, como aporte de recursos de que trata o art. 3º, nas condições estabelecidas nesta Lei. Art. 15 - É obrigatório o atendimento preferencial, no PMCMV, aos seguintes beneficiários: I - residentes em área de risco; II - VETADO III - beneficiários do programa do Governo Municipal Bolsa-Moradia; IV - participantes do Orçamento Participativo Habitacional; V - famílias que se enquadrem no perfil socioeconômico do Programa Minha Casa, Minha Vida e cujo direito à moradia tenha sido reconhecido na esfera do Conselho Municipal de Habitação.

Inciso V acrescentado pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 4º) Parágrafo único - O tratamento previsto no caput deste artigo poderá ser afastado por ato administrativo motivado expedido pelo Secretário Municipal de Políticas Urbanas.

Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 4º) Art. 16 - Para atender ao disposto nesta Lei, fica o Executivo autorizado a adaptar seus instrumentos de planejamento financeiro e, nos termos dos arts. 40 a 43, 45 e 46 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, a abrir crédito adicional no valor de R$70.000.000,00 (setenta milhões de reais) ao orçamento corrente, bem como reabri-lo pelo seu saldo para o exercício seguinte. Art. 17 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 18 de janeiro de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei nº 728/09, de autoria do Executivo)

Page 170: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

170

LEI Nº 9.830, DE 21 DE JANEIRO DE 2010

Dispõe sobre a manutenção, utilização e apresentação de animais em circos ou espetáculos e atividades circenses no Município de Belo Horizonte, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Ficam proibidas, em toda a extensão territorial do Município de Belo Horizonte, a apresentação, manutenção e utilização, sob qualquer forma, de animais selvagens ou domésticos, nativos ou exóticos, em circos ou espetáculos e atividades circenses. Parágrafo único - As proibições de que trata este artigo não eximem os tutores dos animais de eventuais ações decorrentes do descumprimento de outras normas legais, inclusive as de caráter penal. Art. 2º - O descumprimento do disposto nesta Lei acarretará ao infrator a aplicação cumulativa das seguintes sanções: I - cancelamento da licença de funcionamento, se houver, e imediata interdição do local onde se realizam os espetáculos; II - multa de R$5.000,00 (cinco mil reais) por dia de apresentação já realizada no território belo-horizontino com a utilização dos animais; III - multa de R$5.000,00 (cinco mil reais) pela manutenção dos animais em ambiente de apresentação ou atividade circense ou à sua disposição; IV - multa de R$500,00 (quinhentos reais) por animal mantido sob custódia do responsável legal do circo ou atividade/espetáculo circense. Parágrafo único - Os reajustes das multas previstas nesta Lei serão efetuados com base na legislação municipal e em suas alterações, aplicáveis à espécie. Art. 3º - Caberá à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ou sua equivalente, a execução desta Lei. Parágrafo único - A arrecadação de multas aplicadas em decorrência desta Lei será destinada ao Fundo Municipal de Meio Ambiente, em consonância com a Política Nacional do Meio Ambiente. Art. 4º - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Belo Horizonte, 21 de janeiro de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 171: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

171

LEI Nº 9.959, DE 20 DE JULHO DE 2010

Altera as leis n° 7.165/96 - que institui o Plano Diretor do Município de Belo Horizonte - e n° 7.166/96 - que estabelece normas e condições para parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no Município -, estabelece normas e condições para a urbanização e a regularização fundiária das Zonas de Especial Interesse Social, dispõe sobre parcelamento, ocupação e uso do solo nas Áreas de Especial Interesse Social, e dá outras providências.

O Povo Do Município De Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I DAS ALTERAÇÕES À LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA E DOS CRITÉRIOS E

PARÂMETROS URBANÍSTICOS DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL - AEISs

CAPÍTULO I

DAS ALTERAÇÕES À LEI Nº 7.165, DE 27 DE AGOSTO DE 1996 Art. 1º - O § 1º do art. 7º da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, - Plano Diretor do Município - passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 7º - (...) § 1º - Hipercentro é a área compreendida pelo perímetro iniciado na confluência das avenidas do Contorno e Bias Fortes, seguindo por esta até a Rua Rio Grande do Sul, por esta até a Rua dos Timbiras, por esta até a Avenida Bias Fortes, por esta até a Avenida Álvares Cabral, por esta até a Rua dos Timbiras, por esta até a Avenida Afonso Pena, por esta até a Rua da Bahia, por esta até a Avenida Assis Chateaubriand, por esta até a Rua Sapucaí, por esta até a Avenida do Contorno, pela qual se vira à esquerda, seguindo até o Viaduto Jornalista Oswaldo Faria, por este até a Avenida do Contorno, por esta, em sentido anti-horário, até a Avenida Bias Fortes, e por esta até o ponto de origem.” (NR)

Art. 2º - O § 3º do art. 18 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18 - (...) § 3º - A Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, - Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo - definirá critérios para garantir a implantação das intervenções previstas no Anexo II desta Lei.” (NR)

Page 172: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

172 Art. 3º - Fica acrescentado à Subseção XII da Seção II do Capítulo III do Título II da Lei nº 7.165/96 o seguinte art. 32-B:

“Art. 32-B - Fica instituído, na Política Municipal de Habitação, o Empreendimento Habitacional de Interesse Social - EHIS -, que se destina a suprir a demanda habitacional, vinculado a programas de financiamento público subsidiado, e que atenda aos critérios vigentes na Política Municipal de Habitação. Parágrafo único - A implantação dos EHISs pode ocorrer por iniciativa do Executivo ou por solicitação de particulares, denominados Empreendedores Sociais, e obedecerá a critérios, parâmetros e procedimentos a serem regulamentados pelo Executivo, ouvido o Conselho Municipal de Habitação - CMH.” (NR)

Art. 4º - O art. 60 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 60 - Transferência do Direito de Construir - TDC - é o instrumento pelo qual o Poder Público Municipal autoriza o proprietário de imóvel urbano a alienar ou a exercer em outro local, mediante escritura pública, o direito de construir previsto na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo relativo ao Coeficiente de Aproveitamento Básico - CAb -, observado o disposto no art. 61 desta Lei. Parágrafo único - O acréscimo de potencial construtivo proveniente da Transferência do Direito de Construir poderá gerar aumento proporcional no número de unidades habitacionais no imóvel receptor, aplicando-se, para tanto, as regras referentes à Transferência do Direito de Construir previstas nesta Lei.” (NR)

Art. 5º - O art. 61 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 61 - São imóveis passíveis de geração da TDC aqueles considerados necessários para: I - a implantação de programa habitacional de interesse social, observado o § 1º do art. 191 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte - LOMBH -; II - o atendimento a interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; III - o atendimento a programas de regularização fundiária e de urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda; IV - a implantação de equipamentos urbanos e comunitários; V - VETADO § 1º - Não podem originar Transferência do Direito de Construir: I - os imóveis cujo possuidor preencha as condições para aquisição da propriedade por meio de usucapião; II - os imóveis não parcelados; III - os imóveis de propriedade pública ou que, em sua origem, tenham sido alienados pelo Município, pelo Estado ou pela União de forma não onerosa.

Page 173: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

173

§ 2º - VETADO

Art. 6º - Fica alterado o caput do art. 62 da Lei nº 7.165/96 e fica acrescentado a esse artigo o § 4º, nos seguintes termos:

“Art. 62 - São passíveis de recepção da Transferência do Direito de Construir os imóveis situados: I - nas Zonas de Adensamento Preferencial - ZAPs -, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; II - na mesma mancha contínua do zoneamento do imóvel de origem; III - em área indicada em lei específica, referente a projetos urbanísticos especiais; IV - na Zona Central de Belo Horizonte - ZCBH -, desde que provenientes desse mesmo zoneamento ou da Zona Hipercentral - ZHIP -, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; V - na ZHIP, desde que provenientes desse mesmo zoneamento ou da ZCBH; VI - na Zona Adensada - ZA -, desde que provenientes desse mesmo zoneamento ou da Zona de Proteção - ZP -, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; VII - nas áreas receptoras previstas nos conjuntos urbanos tombados, respeitadas suas diretrizes de proteção cultural e ambiental. (...) § 4º - O cálculo da possibilidade de recepção de TDC será feito a partir do Coeficiente de Aproveitamento Básico do terreno, e sua utilização independe da aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir – ODC.” (NR)

Art. 7º - Fica acrescentado à Lei nº 7.165/96 o seguinte art. 62-A:

“Art. 62-A - O imóvel gerador, consumada a transferência, poderá ser receptor de Transferência do Direito de Construir para repor o potencial construtivo transferido, desde que sejam mantidas as características do imóvel que o levaram a ser classificado como gerador de TDC.” (NR)

Art. 8º - O art. 65 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 65 - Operação Urbana é o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participação de agentes públicos ou privados, com o objetivo de viabilizar projetos urbanos de interesse público, podendo ocorrer em qualquer área do Município. § 1º - A Operação Urbana pode ser proposta pelo Poder Executivo Municipal ou a este, por qualquer cidadão ou entidade que nela tenha interesse, e será aprovada por lei específica, observado o disposto no art. 80, II, da Lei nº 7.165/96.

Page 174: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

174

§ 2º - O encaminhamento à Câmara Municipal de projeto de lei relativo à Operação Urbana deverá ser precedido de assinatura de Termo de Conduta Urbanística - TCU - entre o Executivo e o empreendedor interessado, por meio do qual este se compromete a cumprir as obrigações e os prazos constantes da proposta de texto legal, sob pena de aplicação das penalidades previstas no TCU.” (NR)

Art. 9º - Ficam acrescentados à Lei nº 7.165/96 os seguintes arts. 65-A, 65-B, 65-C, 65-D e 65-E:

“Art. 65-A - As áreas envolvidas na Operação Urbana não podem receber potencial construtivo adicional, originado da Transferência do Direito de Construir, durante a tramitação do projeto de lei respectivo, a não ser que essa tramitação exceda o prazo de 4 (quatro) meses. Art. 65-B - A lei referente à Operação Urbana pode prever que a execução de obras por agentes da iniciativa privada seja remunerada pela concessão para exploração econômica do serviço implantado. Art. 65-C - O potencial construtivo das áreas privadas passadas para domínio público sem ônus para o Município pode ser transferido para outro local, determinado por lei, situado dentro ou fora das áreas envolvidas na Operação Urbana. Art. 65-D - As Operações Urbanas classificam-se em Operações Urbanas Simplificadas e Operações Urbanas Consorciadas. Art. 65-E - As Operações Urbanas e os projetos urbanísticos especiais que envolvam a autorização da Transferência do Direito de Construir poderão ser realizados com a contrapartida de transferência não onerosa de imóvel ao Município, sendo vedado, nessa hipótese, pagamento de indenização, a qualquer título, ao particular.” (NR)

Art. 10 - O Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar constituído pelas seções I, II e III, nos seguintes termos:

“I - Seção I - Disposições Gerais: inclui os arts. 65 a 65-E da Lei nº 7.165/96; II - Seção II - Da Operação Urbana Simplificada: inclui os arts. 66 a 68 da Lei nº 7.165/96; III - Seção III - Da Operação Urbana Consorciada: inclui os arts. 69 a 69-H da Lei nº 7.165/96.” (NR)

Art. 11 - Ficam alterados o caput e o inciso IX do art. 66 da Lei nº 7.165/96, e fica acrescentado a esse artigo o inciso X, nos seguintes termos:

“Art. 66 - A Operação Urbana Simplificada, sempre motivada por interesse público, destina-se a viabilizar intervenções tais como: (...) IX - regularização de edificações e de usos; X - requalificação de áreas públicas.” (NR)

Page 175: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

175 Art. 12 - Ficam alterados o caput e os respectivos incisos do art. 67 da Lei nº 7.165/96, e fica acrescentado a esse artigo o § 4º, nos seguintes termos:

“Art. 67 - Da lei que aprovar a Operação Urbana Simplificada, deverão constar: I - a identificação das áreas envolvidas; II - a finalidade da intervenção proposta; III - as obrigações do Executivo e de cada um dos agentes envolvidos; IV - os procedimentos de natureza econômica, administrativa, urbanística ou jurídica necessários ao cumprimento das finalidades pretendidas; V - os parâmetros urbanísticos a serem adotados na Operação; VI - as obrigações das demais partes envolvidas na Operação Urbana Simplificada, a serem dimensionadas em função dos benefícios conferidos pelo Poder Público na Operação, de acordo com o que dispuser a lei específica; VII - o seu prazo de vigência. (...) § 4º - As obrigações previstas no inciso VI do caput deste artigo não se confundem com a execução de condicionantes impostas aos empreendedores em decorrência de processo de licenciamento urbanístico ou ambiental.” (NR)

Art. 13 - O art. 69 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 69 - Operação Urbana Consorciada é o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental, podendo ocorrer em qualquer área do Município. § 1º - Cada Operação Urbana Consorciada será instituída por lei específica, de acordo com o disposto nos arts. 32 a 34 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, - Estatuto da Cidade. § 2º - As Operações Urbanas Consorciadas serão instituídas visando a alcançar, entre outras, as seguintes finalidades: I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano; II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem de áreas consideradas subutilizadas; III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social; IV - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo; V - implantação de espaços públicos; VI - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico; VII - melhoria e ampliação da infraestrutura e da Rede Viária Estrutural; VIII - dinamização de áreas visando à geração de empregos.

Page 176: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

176

§ 3º - Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas: I - a modificação de índices e características de parcelamento, ocupação e uso do solo e subsolo, bem como as alterações das normas edilícias, considerando-se o impacto ambiental delas decorrente e o impacto de vizinhança; II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente. § 4º - A lei específica que aprovar ou regulamentar a Operação Urbana Consorciada deverá conter, no mínimo: I - a definição da área a ser atingida; II - o programa básico de ocupação da área; III - o programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela Operação; IV - as finalidades da Operação; V - o estudo prévio de impacto de vizinhança; VI - a contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, nos termos do disposto no inciso VI do art. 33 da Lei nº 10.257/01; VII - a forma de controle da Operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil. § 5º - Os recursos obtidos pelo Poder Público Municipal na forma do inciso VI do § 4º deste artigo serão aplicados, exclusivamente, na própria Operação Urbana Consorciada. § 6º - A partir da aprovação da lei específica de que trata o § 1º do art. 69 desta Lei, são nulas as licenças e as autorizações a cargo do Poder Público Municipal expedidas em desacordo com o plano de Operação Urbana Consorciada, conforme previsto na Lei nº 10.257/01. § 7º - O Executivo poderá utilizar, na área objeto da Operação Urbana Consorciada, mediante previsão na respectiva lei específica, os instrumentos previstos nos arts. 32 a 34 da Lei nº 10.257/01, bem como a Outorga Onerosa do Direito de Construir, de acordo com as características de cada Operação Urbana Consorciada.” (NR)

Art. 14 - Ficam acrescentados à Lei nº 7.165/96 os seguintes arts. 69-A a 69-O:

“Art. 69-A - Sem prejuízo de outras que venham a ser instituídas por lei específica, ficam delimitadas as seguintes áreas para Operações Urbanas Consorciadas, nas quais, até a aprovação da lei de que trata o § 1º do art. 69 desta Lei, prevalecerão os parâmetros e as condições estabelecidos nesta Lei: I - as Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte; II - o entorno de Corredores Viários Prioritários; III - o entorno de Corredores de Transporte Coletivo Prioritários; IV - as Áreas Centrais, indicadas como preferenciais para Operação Urbana nos termos do Plano de Reabilitação do Hipercentro; V - as áreas localizadas em um raio de 600 m (seiscentos metros) das estações de transporte coletivo existentes ou das que vierem a ser implantadas.

Page 177: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

177

§ 1º - A delimitação das áreas de que trata o caput deste artigo é a estabelecida nos Anexos IV e IV-A desta Lei. § 2º - Na hipótese de o limite das áreas de que trata o caput deste artigo coincidir com o eixo de via já existente, os terrenos lindeiros a ambos os seus lados ficarão submetidos às normas relativas às mesmas. Art. 69-B - A Operação Urbana nas Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte tem as seguintes finalidades: I - ordenar a ocupação do solo, visando a estruturar nova centralidade no entorno da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais; II - assegurar condições para a expansão do uso institucional de interesse público, complementar às atividades da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais; III - garantir a proteção e a valorização do patrimônio arquitetônico, cultural e paisagístico; IV - ordenar o crescimento urbano na região; V - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano; VI - implantar espaços públicos; VII - ampliar e melhorar a rede viária estrutural e local; VIII - proteger as áreas de fragilidade ambiental; IX - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte; X - reciclar as áreas consideradas subutilizadas. Art. 69-C - Até a aprovação da lei de que trata o § 1º do art. 69 desta Lei, prevalecerão, para as Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, os parâmetros e as condições desta Lei, estabelecidos de acordo com as Subáreas especificadas nos arts. 69-D, 69-E, 69-F, 69-G e 69-H, constantes do Anexo IV-A desta Lei. Art. 69-D - Fica criada a Subárea I - Área de Proteção Ambiental e Paisagística, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, constituída pelo Parque Serra Verde e pelas áreas de proteção ambiental e paisagística, com os seguintes parâmetros urbanísticos: I - Coeficiente de Aproveitamento Básico igual a 0,05 (cinco centésimos); II - Taxa de Ocupação igual a 2% (dois por cento); III - Taxa de Permeabilidade igual a 95% (noventa e cinco por cento). § 1º - Os usos permitidos na Subárea I são apenas os relacionados com as atividades de apoio e manutenção da área de preservação, excetuados aqueles relacionados aos equipamentos de lazer públicos. § 2º - As áreas de propriedade particular inseridas na Subárea I poderão utilizar a Transferência do Direito de Construir, observadas as seguintes condições: I - o potencial construtivo da área, calculado com base nas condições estabelecidas no caput deste artigo, poderá ser transferido para outro imóvel localizado na área da Operação Urbana, observados os

Page 178: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

178

parâmetros estabelecidos nessa Operação e as demais condições estabelecidas na legislação em vigor; II - o potencial construtivo da área, calculado com base nos parâmetros de ZP-1, poderá ser transferido para qualquer outro imóvel receptor, localizado ou não na área da Operação Urbana, observados os parâmetros estabelecidos nessa Operação e as demais condições estabelecidas na legislação em vigor, desde que a propriedade da área seja transferida, integralmente, para o Poder Público. Art. 69-E - Fica criada a Subárea II - Área de Proteção Institucional, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, configurada pela área de entorno imediato da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, e sujeita aos seguintes parâmetros: I - Coeficiente de Aproveitamento Básico igual a 0,5 (cinco décimos); II - altura máxima das edificações limitadas a 9,0 m (nove metros), contados a partir do terreno natural, podendo tal limite ser superado mediante estudo de controle de altimetria a ser desenvolvido pelo Executivo, visando a garantir a visibilidade e o caráter monumental do equipamento público instalado; III - afastamento mínimo de 25 m (vinte e cinco metros) em relação à Rodovia MG-10, incluindo-se a faixa de domínio da Rodovia, para os terrenos com testada para a face oeste da Rodovia. § 1º - Na Subárea II, prevista no caput deste artigo, serão admitidas as seguintes atividades e tipologias de atividades, de acordo com o disposto no Anexo X da Lei n° 7.166/96: I - instituições científicas, culturais, tecnológicas e filosóficas; II - serviços públicos; III - serviços de alimentação; IV - hotéis e apart-hotéis; V - academias de ginástica; VI - cinemas; VII - teatros com área de até 1.000 m² (um mil metros quadrados); VIII - estacionamento de veículos com área de até 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados); IX - demais atividades classificadas como do Grupo I indicadas no Anexo X da Lei n° 7.166/96. § 2º - Na Subárea II, de que trata o caput deste artigo, fica vedada a instalação de todos os demais usos não residenciais e atividades. § 3º - Para as áreas pertencentes à Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, prevalecem os parâmetros previstos pelo zoneamento e pela regra geral de usos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Art. 69-F - Fica criada a Subárea III - Área de Influência Direta, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, configurada pelas áreas inseridas na porção territorial que está sob influência direta da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais,

Page 179: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

179

delimitada em função das características topográficas e de circulação locais. § 1º - A Área de Influência Direta fica submetida aos parâmetros urbanísticos estabelecidos para Zona de Adensamento Restrito – ZAR-2 –, com o Coeficiente de Aproveitamento limitado a 0,5 (cinco décimos). § 2º - A limitação prevista no § 1º deste artigo não se aplica ao uso residencial unifamiliar. § 3º - Fica vedada, na Subárea III de que trata o caput deste artigo, a instalação de usos industriais e atividades do Grupo IV, prevista no Anexo X da Lei nº 7.166/96. § 4º - Fica permitida a outorga onerosa de potencial construtivo adicional para usos não residenciais em imóveis situados em vias coletoras, arteriais e de ligação regional, limitado ao Coeficiente de Aproveitamento Máximo igual a 4,0 (quatro), mediante avaliação prévia do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR - quanto à pertinência do uso e à capacidade da infraestrutura no local do empreendimento, estando sujeito ao licenciamento especial ambiental ou urbanístico, conforme o caso. § 5º - O valor da outorga onerosa prevista no § 4º deste artigo será calculado com base nos procedimentos estabelecidos no art. 14-E da Lei nº 7.166/96. § 6º - Os recursos arrecadados na forma do § 4º deste artigo somente poderão ser aplicados na área da Operação Urbana Consorciada e deverão ser utilizados, preferencialmente, em projetos de interesse social e de mobilidade. § 7º - Fica estabelecido o lote mínimo de 1.000 m² (um mil metros quadrados); Art. 69-G - Fica criada a Subárea IV - Área de Influência Indireta, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte, configurada pelas áreas inseridas em regiões potencialmente beneficiadas e valorizadas por intervenções urbanísticas públicas, e com capacidade para reciclar as áreas consideradas subutilizadas. § 1º - As Áreas de Influência Indireta ficam submetidas aos seguintes critérios especiais de ocupação: I - adoção de parâmetros urbanísticos estabelecidos para Zona de Adensamento Restrito - ZAR-2 -, excetuadas as áreas de Zonas de Preservação Ambiental - ZPAMs -; Zonas de Proteção - ZPs - e Zonas de Especial Interesse Social - ZEISs -, que mantêm os parâmetros urbanísticos de seus respectivos zoneamentos; II - possibilidade de alteração dos parâmetros urbanísticos de empreendimentos caracterizados como de interesse público, observado o seguinte: a) lotes mínimos de 1.000 m² (um mil metros quadrados);

Page 180: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

180

b) outorga onerosa de potencial construtivo adicional para usos não residenciais em imóveis situados em vias coletoras, arteriais e de ligação regional, limitado ao Coeficiente de Aproveitamento Máximo igual a 4,0 (quatro), mediante avaliação prévia do Conselho Municipal de Política Urbana quanto à pertinência do uso e à capacidade da infraestrutura no local do empreendimento, estando sujeito ao licenciamento especial ambiental ou urbanístico, conforme o caso. § 2º - O pagamento de outorga onerosa prevista na alínea “b” do inciso II do § 1º deste artigo deverá ser calculado com base nos procedimentos estabelecidos no art. 14-E da Lei nº 7.166/96. § 3º - Os recursos arrecadados na forma do § 2º deste artigo somente poderão ser aplicados na área da Operação Urbana e deverão ser utilizados, preferencialmente, em projetos de interesse social e de mobilidade. Art. 69-H - VETADO Art. 69-I - As restrições relativas aos parâmetros urbanísticos previstas para as Subáreas I, II, III e IV não se aplicam às edificações públicas e àquelas destinadas ao uso institucional, cujos projetos deverão ser submetidos a licenciamento urbanístico ou ambiental, nos termos da Lei nº 7.166/96. Art. 69-J - As áreas contidas na Operação Urbana do Vetor Norte não poderão receber a Transferência do Direito de Construir, exceto nas hipóteses previstas nessa Operação Urbana. Art. 69-K - A Operação Urbana no entorno dos Corredores Viários Prioritários tem as seguintes finalidades: I - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano; II - implantar novos espaços públicos; III - ampliar e melhorar a rede viária estrutural; IV - otimizar áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e a reciclagem de áreas consideradas subutilizadas. § 1º - Para as áreas lindeiras às avenidas D. Pedro I, D. Pedro II, e Presidente Carlos Luz e à Via 710, no trecho entre a Avenida José Cândido da Silveira e a Rua Arthur de Sá, incluídas nas áreas previstas no caput deste artigo, conforme delimitação constante do Anexo IV desta Lei, o Coeficiente de Aproveitamento Básico é igual a 0,5 (cinco décimos). § 2º - Para os proprietários de terrenos inseridos na área da Operação Urbana prevista no § 1º deste artigo, lindeiros às vias incluídas no Anexo V da Lei nº 7.166/96, que transferirem ao Município as áreas necessárias à implantação do Corredor Viário Prioritário, de acordo com projeto do Executivo, fica autorizada a transferência do potencial construtivo a essas referentes, alternativamente: I - para as áreas remanescentes do mesmo terreno;

Page 181: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

181

II - para outro lote situado em áreas de Operação Urbana no entorno dos Corredores Viários Prioritários ou de Operação Urbana no entorno dos Corredores de Transporte Coletivo Prioritários. § 3º - Para os proprietários de terrenos inseridos na área da Operação Urbana no entorno dos Corredores Viários Prioritários lindeiros à Via 710, fica autorizada a geração de Unidades de Transferência de Direito de Construir - UTDCs - pela área total de sua propriedade, calculadas com base no Coeficiente de Aproveitamento previsto na Lei n° 7.165/96, desde que: I - a área seja integralmente transferida ao Município; II - o proprietário custeie a implantação da via no trecho correspondente ao seu terreno. § 4º - O cálculo das UTDCs geradas pelos terrenos descritos no § 2º deste artigo será feito de acordo com o previsto nesta Lei. § 5º - A utilização do potencial construtivo transferido na forma prevista no § 2º deste artigo fica condicionada à implantação do Corredor Viário ou do Corredor de Transporte Coletivo Prioritário respectivos. Art. 69-L - A Operação Urbana no entorno de Corredores de Transporte Coletivo Prioritários tem as seguintes finalidades: I - permitir, após a reestruturação dos Corredores, a revisão do adensamento, dada a maior capacidade de suporte do sistema de transporte; II - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano e para o sistema de transporte; III - implantar novos espaços públicos; IV - ampliar e melhorar a rede viária; V - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e a reciclagem de áreas consideradas subutilizadas. Art. 69-M - A Operação Urbana nas áreas localizadas em um raio de 600 m (seiscentos metros) das estações de transporte coletivo tem as seguintes finalidades: I - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano e para o sistema de transporte; II - ampliar e melhorar a rede viária local, melhorando o acesso às estações; III - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e proporcionar a reciclagem de áreas consideradas subutilizadas; IV - rever os adensamentos, dada a maior capacidade de suporte do sistema de transporte. Art. 69-N - A Operação Urbana das Áreas Centrais, que abrange as áreas identificadas como preferenciais no Plano de Reabilitação do Hipercentro, denominadas Casa do Conde de Santa Marinha/Boulevard Arrudas, Guaicurus/Rodoviária e Mercados, tem as seguintes finalidades: I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano;

Page 182: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

182

II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem de áreas consideradas subutilizadas; III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social; IV - implantação de espaços públicos; V - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico; VI - dinamização de áreas, visando à geração de empregos. Art. 69-O - Os Coeficientes de Aproveitamento Básico das áreas incluídas nas Operações Urbanas Consorciadas de que tratam os arts. 69-K, 69-L, 69-M e 69-N são aqueles previstos para cada zoneamento, conforme o Anexo V desta Lei, limitados a 1,0 (um). § 1º - A limitação prevista no caput deste artigo não se aplica aos imóveis públicos e de comprovado interesse público, cujos projetos deverão ser submetidos a licenciamento urbanístico ou ambiental, conforme o caso. § 2º - As áreas contidas nas Operações Urbanas Consorciadas a que se refere o caput deste artigo não poderão receber a Transferência do Direito de Construir. § 3º - Os parâmetros urbanísticos das áreas destinadas à implantação de terminal rodoviário e seus empreendimentos associados poderão ser flexibilizados, independentemente do zoneamento, mediante análise do COMPUR." (NR)

Art. 15 - Ficam alterados os §§ 1º, 2º e 3º do art. 70 da Lei nº 7.165/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 4º e 5º, nos seguintes termos:

“Art. 70 - (...) § 1º - Por meio do Convênio Urbanístico, poderão ser firmados compromissos dentro dos seguintes padrões: I - o proprietário de imóvel situado em áreas destinadas à implantação de programas habitacionais poderá autorizar o Município a realizar, dentro de determinado prazo, obras de implantação de empreendimento; II - o Poder Público poderá disponibilizar terrenos para empreendedores interessados em implantar programas habitacionais, com vistas à viabilização do atendimento, por parte destes, ao público da Política Municipal de Habitação. § 2º - Na hipótese prevista no inciso I do § 1º deste artigo, a proporção da participação do proprietário do imóvel no empreendimento é obtida pela divisão do valor venal original do terreno pelo somatório desse valor ao do orçamento das obras. § 3º - Na hipótese prevista no inciso I do § 1º deste artigo, concluídas as obras, o proprietário do imóvel deve receber, nas áreas incluídas no convênio ou fora dessas, imóveis em valor equivalente à proporção da participação prevista no § 2º deste artigo, multiplicada pelo somatório do valor venal das unidades produzidas.

Page 183: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

183

§ 4º - Para a realização das obras previstas no inciso I do § 1º deste artigo, fica o Poder Público autorizado a utilizar recursos do Fundo Municipal de Habitação. § 5º - Os critérios e os procedimentos para a formalização de Convênio Urbanístico de Interesse Social serão definidos pelo Executivo, em decreto.” (NR)

Art. 16 - Ficam acrescentados ao Título IV da Lei n° 7.165/96 os seguintes Capítulos VI, VII, VIII, IX, X e XI:

“CAPÍTULO VI DO PARCELAMENTO, DA EDIFICAÇÃO E DA UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS, DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO E DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO

EM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA

Seção I Do Parcelamento, da Edificação e da Utilização Compulsórios

Art. 74-B - O Executivo poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não utilizado ou subutilizado, observadas as potencialidades e as vocações das diferentes zonas e unidades de planejamento do Município, visando ao cumprimento de sua função social. Art. 74-C - A aplicação dos instrumentos previstos no caput do art. 74-B desta Lei é válida em todo o território do Município, exceto nas ZPAMs, ZPs-1 e ZPs-2. Parágrafo único - A aplicação, nas ZARs, dos instrumentos previstos no caput do art. 74-B desta Lei deverá observar as características da área relativas à capacidade da infraestrutura, e aos aspectos ambientais e de sistema viário, nos termos do regulamento. Art. 74-D - Para os efeitos desta Seção, considera-se: I - imóvel não utilizado: a) gleba não parcelada e o lote não edificado; b) edificação que esteja abandonada ou sem uso comprovado há mais de 5 (cinco) anos; c) a edificação caracterizada como obra paralisada, entendida como aquela que não apresente Alvará de Construção em vigor e não possua Certidão de Baixa de Construção; II - imóvel subutilizado: o lote com área total edificada inferior ao aproveitamento mínimo deste, definido pela fórmula “Área do lote x Coeficiente de Aproveitamento Básico x 0,15.” Parágrafo único – Não serão considerados subutilizados os lotes ocupados por uso não residencial com área total edificada inferior ao definido no inciso II do caput deste artigo, desde que a atividade exercida no local faça uso de toda a área não construída existente.

Page 184: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

184

Art. 74-E - A incidência do instrumento de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios fica vedada no caso de: I - gleba ou lote onde haja impossibilidade técnica de implantação de infraestrutura de saneamento e de energia elétrica; II - gleba ou lote com impedimento de ordem legal ou ambiental; III - gleba que não tenha acesso por logradouro pavimentado e pertencente a parcelamento aprovado.

Seção II Do IPTU progressivo no tempo e da desapropriação com pagamento em

títulos da dívida pública Art. 74-F - Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos para o parcelamento, a edificação e a utilização compulsórios, poderão ser aplicados, sucessivamente, a cobrança de Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU - progressivo no tempo e a desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública, conforme o disposto nas Seções III e IV do Capítulo II da Lei Federal nº 10.257/01. Parágrafo único - Consumada a desapropriação por meio do instrumento a que se refere o caput, fica o Município obrigado a dar imediato início aos procedimentos relativos à destinação ao imóvel, de acordo com o previsto no art. 8º, §§ 4º e 5º, da Lei nº 10.257/01.

CAPÍTULO VII DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Art. 74-G - Fica instituído o Consórcio Imobiliário, com vistas a viabilizar planos de urbanização ou edificação por meio dos quais o proprietário atingido pela obrigação de parcelar, edificar ou utilizar poderá transferir ao Poder Público Municipal seu imóvel, e, após a realização das obras, receberá, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas. § 1º - O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras. § 2º - O valor a que se refere o § 1º deste artigo refletirá aquele da base de cálculo do IPTU, conforme previsto no art. 8º, § 2º, da Lei nº 10.257/01.

CAPÍTULO VIII

DO DIREITO DE PREEMPÇÃO Art. 74-H - Fica instituído, no âmbito do Município de Belo Horizonte, o Direito de Preempção, que será exercido nos termos e nas condições previstos na Seção VIII do Capítulo II da Lei Federal nº 10.257/01. Art. 74-I - O Direito de Preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para: I - regularização fundiária; II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

Page 185: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

185

III - constituição de reserva fundiária; IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana; V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários; VI - criação de equipamentos públicos de lazer e áreas verdes; VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; VIII - proteção de áreas de interesse histórico ou paisagístico.

CAPÍTULO IX DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 74-J - Fica instituído o instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir - ODC -, por meio do qual o direito de construir poderá ser exercido acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. § 1º - A aplicação da ODC deverá observar a relação entre a densidade máxima prevista, os aspectos ambientais, culturais e paisagísticos e a capacidade da infraestrutura existente nas diversas áreas do Município. § 2º - Para efeito do disposto neste artigo, ficam estabelecidos os Coeficientes de Aproveitamento Básico e Máximo, nos seguintes termos: I - Coeficiente de Aproveitamento Básico – CAb –: é aquele que resulta do potencial construtivo atribuído às diversas zonas, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo; II - Coeficiente de Aproveitamento Máximo - CAm -: é aquele que poderá ser atingido mediante ODC e/ou TDC. § 3º - Alcançado o CAm por meio da ODC, o imóvel ainda poderá receber o potencial construtivo proveniente da recepção de TDC. § 4º - Os valores relativos aos Coeficientes de Aproveitamento serão definidos no Anexo V desta Lei. § 5º - É vedada a aplicação da ODC nas ZPAMs, nas ZPs-1 e ZPs-2 e nas ZEISs, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. § 6º - O uso do CAm nas edificações públicas independe do pagamento referente à Outorga Onerosa do Direito de Construir, bem como da regulamentação do instrumento. § 7º - A aplicação da ODC nas Áreas de Diretrizes Especiais – ADEs – fica condicionada à observância de todos os parâmetros previstos para cada uma delas. § 8º - Nas áreas para Operações Urbanas, a aplicação da ODC é regida pelo disposto em suas regulamentações específicas. Art. 74-K - A aplicação do potencial construtivo adicional passível de ser obtido mediante Outorga Onerosa do Direito de Construir ficará

Page 186: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

186

condicionada à elaboração de Estudo de Estoque de Potencial Construtivo Adicional e será limitada: I - nos lotes, pelo CAm definido para a zona em que estão inseridos; II - nas zonas ou em parte delas e nas áreas de Operação Urbana, pelo Estoque de Potencial Construtivo Adicional. § 1º - Os Estoques de Potencial Construtivo Adicional a serem concedidos por meio da Outorga Onerosa do Direito de Construir serão calculados e reavaliados a partir de estudo técnico a ser desenvolvido pelo Executivo, podendo ser diferenciados por uso residencial e não residencial e que considere: I - a capacidade do sistema de circulação; II - a infraestrutura disponível; III - as limitações ambientais e de paisagem urbana; IV - as políticas de desenvolvimento urbano. § 2º - O estudo técnico para a definição dos Estoques de Potencial Construtivo Adicional a que se refere o § 1º deste artigo será submetido à avaliação do órgão colegiado responsável por monitorar a implementação das normas contidas nesta Lei e na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, nos termos do art. 80 desta Lei, e publicado no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação desta Lei. § 3º - Publicados os Estoques de Potencial Construtivo Adicional estabelecidos conforme disposto no § 1º deste artigo, esses terão validade por um período não inferior a 2 (dois) anos. § 4º - Uma vez aprovado e publicado o estudo técnico a que se refere o § 1º deste artigo, as revisões a serem realizadas após o decurso do período previsto no § 3º deste artigo não poderão prever aumento no Estoque de Potencial Construtivo Adicional inicialmente estabelecido para cada região, exceto se, no mesmo período, se verificar a ocorrência de intervenção estruturante que, comprovadamente, demonstre o aumento de capacidade na área respectiva. § 5º - A revisão do estudo técnico de Estoque de Potencial Construtivo Adicional submeter-se-á aos mesmos procedimentos de aprovação e publicação previstos no § 2º deste artigo. § 6º - O impacto na infraestrutura e no meio ambiente da concessão de outorga onerosa de potencial construtivo adicional e da Transferência do Direito de Construir será monitorado permanentemente pelo Executivo, que tornará públicos, mediante avaliação do COMPUR e por meio de publicação, o estoque inicial disponível e os relatórios periódicos de monitoramento, destacando as áreas críticas próximas da saturação. § 7º - Caso o monitoramento a que se refere o § 6º deste artigo revele que a tendência de ocupação de determinada área do Município levará à saturação no período de 1 (um) ano, a concessão da outorga onerosa do potencial construtivo adicional e a Transferência do Direito de Construir poderão ser suspensas 180 (cento e oitenta) dias após a publicação de ato do Executivo nesse sentido.

Page 187: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

187

Art. 74-L - Os recursos obtidos por meio da ODC serão destinados ao Fundo Municipal de Habitação, ficando sua utilização vinculada às finalidades previstas no art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01, podendo ser aplicados em qualquer área do Município, respeitada a destinação mínima de 10% (dez por cento) dos recursos provenientes de projetos de edificações situadas nos Conjuntos Urbanos Protegidos, nos imóveis com tombamento específico ou de interesse de preservação, para aplicação em projetos públicos de recuperação ou de proteção do patrimônio histórico e cultural do Município aprovados pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte – CDPCM-BH. Art. 74-M - Fica o Executivo autorizado a receber imóveis de seu interesse, em pagamento da ODC, observados os trâmites legais. Art. 74-N - Além do Coeficiente de Aproveitamento Máximo, poderá ser concedida outorga onerosa adicional, exclusivamente para acréscimo de vagas de estacionamento em empreendimentos residenciais, independentemente da realização de estudo técnico de Estoque de Potencial Construtivo Adicional, nos termos do Anexo V desta Lei. Parágrafo único - O acréscimo de vagas de estacionamento previsto no caput deste artigo ficará condicionado à observância dos parâmetros urbanísticos das ADEs, quando for o caso.

CAPÍTULO X DA CONCESSÃO URBANÍSTICA

Art. 74-O - Fica o Executivo autorizado a delegar, mediante licitação, à empresa, isoladamente, ou a conjunto de empresas, em consórcio, a realização de obras de urbanização ou de reurbanização de região do Município, inclusive parcelamento, modificação de parcelamento, demolição, reconstrução, implantação de infraestrutura e incorporação de conjuntos de edificações para implementação de diretrizes do Plano Diretor do Município. § 1º - A empresa concessionária obterá sua remuneração mediante exploração, por sua conta e risco, dos terrenos e das edificações destinados a usos privados que resultarem da obra realizada, da renda derivada da exploração de espaços públicos, nos termos que forem fixados no respectivo edital de licitação e contrato de concessão urbanística. § 2º - A empresa concessionária ficará responsável, por sua conta e risco, pelo pagamento das indenizações devidas em decorrência das desapropriações e pela aquisição dos imóveis que forem necessários à realização das obras concedidas, inclusive o pagamento do preço de imóvel no exercício do Direito de Preempção pelo Executivo ou o recebimento de imóveis que forem doados por seus proprietários para viabilização financeira do seu aproveitamento, nos termos do art. 46 da Lei Federal nº 10.257/01, cabendo-lhe também a elaboração dos

Page 188: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

188

respectivos projetos básico e executivo, o gerenciamento e a execução das obras objeto da concessão urbanística. § 3º - A concessão urbanística a que se refere este artigo será regulamentada por lei específica.

CAPÍTULO XI DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 74-P - Fica instituído o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -, para os casos em que o empreendimento implicar repercussões preponderantemente urbanísticas. § 1º - O EIV deverá considerar a interferência do empreendimento na qualidade de vida da população residente na área e em suas proximidades, considerando, nos termos da Seção XII do Capítulo II da Lei Federal nº 10.257/01, no mínimo: I - o adensamento populacional; II - os equipamentos urbanos e comunitários; III - o uso e a ocupação do solo; IV- a valorização imobiliária; V - a geração de tráfego e a demanda por transporte público; VI - a ventilação e a iluminação; VII - a paisagem urbana e o patrimônio natural e cultural. § 2º - Lei municipal definirá os empreendimentos ou as atividades sujeitos a EIV. § 3º - O Executivo disporá sobre a regulamentação do licenciamento e sobre os procedimentos para a aplicação do EIV. § 4º - Os empreendimentos sujeitos à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA - serão dispensados da elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -, ficando, nessa hipótese, acrescidos ao escopo do EIA os requisitos incluídos no Estatuto da Cidade para o EIV. Art. 74-Q - O EIV será elaborado por responsável técnico habilitado, apresentado pelo empreendedor, devendo conter a análise de impactos nas condições funcionais, paisagísticas e urbanísticas e as medidas destinadas a minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos positivos e será submetido a análise e deliberação por parte do COMPUR. § 1º - É de responsabilidade do empreendedor a efetivação de medidas mitigadoras de impactos gerados pela instalação, construção, ampliação ou pelo funcionamento dos empreendimentos de impacto preponderantemente urbanísticos. § 2º - O processo desenvolvido para a elaboração do EIV pode determinar a execução, pelo empreendedor, de medidas compensatórias dos impactos gerados pela instalação, construção, ampliação ou pelo

Page 189: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

189

funcionamento dos empreendimentos de impacto preponderantemente urbanísticos. § 3º - O estudo do impacto urbano-ambiental deve incorporar pesquisas sobre a paisagem urbana e sobre o patrimônio natural e cultural da área impactada. Art. 74-R - Para garantir a participação da sociedade e, em especial, da população afetada pelo empreendimento sujeito ao licenciamento urbanístico, poderão ser realizadas, no decorrer do processo de elaboração do EIV, audiências públicas e utilizados outros instrumentos de gestão democrática. § 1º - Os documentos integrantes do EIV serão disponibilizados, pelo órgão municipal responsável por sua análise, para consulta por qualquer interessado. § 2º - Regulamentação específica preverá casos em que será necessária pesquisa de percepção ambiental a ser realizada em área de abrangência definida para avaliação de impacto dos empreendimentos. Art. 74-S - Regulamento definirá a instância de recurso contra as decisões relativas ao licenciamento dos empreendimentos sujeitos ao EIV.” (NR)

Art. 17 - Fica acrescentado à Lei nº 7.165/96 o seguinte Título V-A:

“TÍTULO V-A DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL

Art. 75-A - Em atendimento ao disposto no art. 31 desta Lei, o Executivo identificará áreas que apresentem características adequadas quanto às condições topográficas, geológico-geotécnicas, de acesso a infraestrutura, equipamentos e serviços urbanos e de regularidade jurídica e urbanística, nas quais haja interesse público em implantar programas e empreendimentos habitacionais de interesse social. § 1º - Para as áreas a que se refere o caput deste artigo, serão fixados parâmetros e critérios urbanísticos diferenciados, que viabilizem programas e empreendimentos habitacionais destinados à população de baixa renda. § 2º - VETADO

Art. 18 - O § 3º do art. 81 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 81 - (...) § 3º - Constituem o setor empresarial as entidades patronais da indústria, do comércio e dos serviços vinculados à questão urbana.” (NR)

Page 190: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

190 Art. 19 - O Capítulo III do Título VI da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte denominação:

“CAPÍTULO III DAS DIRETRIZES DE MONITORAMENTO DA POLÍTICA URBANA” (NR)

CAPÍTULO II

DAS ALTERAÇÕES À LEI Nº 7.166/96 Art. 20 - O inciso II do art. 2º da Lei n° 7.166, de 27 de agosto de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2º - (...) II - as obras de edificações, no que se refere aos parâmetros urbanísticos relacionados com Coeficientes de Aproveitamento do solo, quota de terreno por unidade habitacional, taxa de ocupação, gabarito, Taxa de Permeabilidade, afastamentos, altura na divisa, saliências e área de estacionamento.” (NR)

Art. 21 - O parágrafo único do art. 6º da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar como § 1º, e fica acrescentado a esse artigo o § 2º, nos seguintes termos:

“Art. 6º - (...) § 1º - É vedada a ocupação do solo nas ZPAMs de propriedade pública, exceto por edificações destinadas, exclusivamente, ao seu serviço de apoio e manutenção. § 2º - As áreas de propriedade particular classificadas como ZPAMs poderão ser parceladas, ocupadas e utilizadas, respeitados os parâmetros urbanísticos previstos nesta Lei e assegurada sua preservação ou recuperação, mediante aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM.” (NR)

Art. 22 - O caput do art. 7º da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 7º - São ZPs as regiões sujeitas a critérios urbanísticos especiais, que determinam a ocupação com baixa densidade e maior Taxa de Permeabilidade, tendo em vista o interesse público na proteção ambiental e na preservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico, e que se subdividem nas seguintes categorias:” (NR)

Art. 23 - O caput do art. 11 da Lei n° 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 11 - São ZCs as regiões configuradas como centros de polarização regional, municipal ou metropolitana, e que se subdividem em:” (NR)

Page 191: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

191 Art. 24 - O art. 12 da Lei n° 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 12 - São ZEISs as regiões edificadas, em que o Executivo tenha implantado conjuntos habitacionais de interesse social ou que tenham sido ocupadas de forma espontânea, nas quais há interesse público em ordenar a ocupação por meio de implantação de programas habitacionais de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, subdividindo-se essas regiões nas seguintes categorias: I - ZEISs-1, regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa renda, nas quais existe interesse público em promover programas habitacionais de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e à sua integração à malha urbana; II - ZEISs-3, regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado conjuntos habitacionais de interesse social. Parágrafo único - As ZEISs ficam sujeitas a critérios especiais de parcelamento, ocupação e uso do solo, visando à promoção da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e à sua integração à malha urbana.” (NR)

Art. 25 - Fica alterado o caput do art. 13 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados os §§ 5º, 6º e 7º ao art. 14 dessa Lei, nos seguintes termos:

“Art. 13 - São Zonas de Grandes Equipamentos - ZEs - as regiões ocupadas ou destinadas a usos de especial relevância na estrutura urbana, nas quais é vedado o uso residencial. (...) Art. 14 - (....) § 5º - Fica classificada como ZAR-2, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, a área delimitada pelas ruas Deputado Salim Nacur, dos Expedicionários, das Canárias e pela Avenida Guarapari. § 6º - Fica classificada como ZAR-2, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, toda a área definida como ZP-1 paralela à Rua Francisco Borja e Silva, no trecho compreendido entre as ruas Anita Soares Borja e Professor Josias Faria; § 7º - Fica classificada como ZA, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, a área delimitada pelas ruas Professor Júlio Mourão, Engenheiro Teodoro Vaz, Pio Porto de Menezes e Engenheiro Albert Scharlé.

§ 7º promulgado em 14/10/2010 e publicado em 15/10/2010

Art. 26 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte Capítulo II-A:

“CAPÍTULO II-A

Page 192: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

192

DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

Seção I Da aplicação da Transferência do Direito de Construir

Art. 14-A - O cálculo do potencial construtivo proveniente do imóvel gerador será feito pela fórmula UTDC = AT(m²) x VG (reais/m²)/R$1.000,00, na qual: I - UTDCs correspondem às unidades de Transferência do Direito de Construir; II - AT corresponde ao saldo da área líquida transferível, calculada com base no valor do CA básico; III - VG corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno do imóvel gerador. Art. 14-B - O cálculo do potencial construtivo a ser acrescido ao imóvel receptor será feito pela fórmula UTDC = AR(m²) x VR (reais/m²)/R$1.000,00, na qual: I - UTDCs são as unidades de Transferência do Direito de Construir; II - AR corresponde à área líquida adicional a ser edificada; III - VR corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno do imóvel receptor.

Seção II Da aplicação do parcelamento, da edificação e da utilização compulsórios, do IPTU progressivo no tempo e da desapropriação com pagamento em

títulos da dívida pública Art.14-C - A aplicação do parcelamento, da edificação e da utilização compulsórios deverá seguir os seguintes prazos: I - 2 (dois) anos, contados a partir da notificação, segundo regras definidas na Lei nº 10.257/01, para que seja protocolado o projeto de parcelamento; II - 1 (um) ano, contado a partir da notificação, segundo regras definidas na Lei nº 10.257/01, para que seja protocolado projeto de edificação; III - 2 (dois) anos, contados a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento; IV - 1 (um) ano, contado a partir da conclusão das obras, para a utilização da edificação. Parágrafo único - Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, poderá ser prevista a conclusão da obra por etapas, desde que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo. Art. 14-D - Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos no art. 14-C desta Lei, o Município procederá à aplicação do IPTU progressivo no tempo, mediante majoração da alíquota pelo prazo de 5 (cinco) anos, nos seguintes termos: I - 1,8 (uma vírgula oito) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no primeiro ano de cobrança; II - 2,6 (duas vírgula seis) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no segundo ano de cobrança;

Page 193: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

193

III - 3,4 (três vírgula quatro) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no terceiro ano de cobrança; IV - 4,2 (quatro vírgula duas) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no quarto ano de cobrança; V - 5 (cinco) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no quinto ano de cobrança. Parágrafo único - Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos previsto no caput deste artigo, o Executivo poderá manter a cobrança pela alíquota máxima até que seja cumprida a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel.

Seção III Da aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 14-E - A cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir obedecerá à formula CT = (CP - CAb) x AT x V, na qual: I - CT corresponde ao valor da contrapartida do beneficiário; II - CP corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento praticado, limitado ao CA máximo; III - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento Básico; IV - AT corresponde à área do terreno; V - V corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno. Parágrafo único - Aos empreendimentos caracterizados como EHIS será aplicado o Fator de Interesse Social - FIS -, que constituirá redutor a ser aplicado ao resultado da equação prevista no caput deste artigo, menor ou igual a 0,8 (oito décimos). Art. 14-F - A cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir relativa às vagas de estacionamento adicionais obedecerá à formula CT = (30 x N x V / Cab) x FV, na qual: I - CT corresponde ao valor da contrapartida do beneficiário; II - 30 (trinta) corresponde à área de cada vaga de garagem adicional, medida em metros quadrados; III - N corresponde ao número de vagas de garagem adicionais, limitado ao número previsto no Anexo V da Lei nº 7.165/96; IV - V corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno; V - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento Básico; VI - FV - corresponde ao fator de volumetria, variável conforme o impacto, no meio urbano, do acréscimo do direito de construir relativo às vagas de garagem adicionais, limitado a 0,5 (cinco décimos). Art. 14-G - Ficam isentos de pagamento referente à Outorga Onerosa do Direito de Construir: I - equipamentos públicos destinados a educação, saúde, lazer, assistência social e segurança; II - hospitais; III - estabelecimentos culturais destinados, exclusivamente, a cinemas, teatros, auditórios, bibliotecas e museus, conforme disposto em regulamento.

Page 194: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

194

§ 1º - VETADO § 2º - A utilização do benefício previsto neste artigo sujeita o empreendedor à manutenção dos equipamentos públicos, hospitais ou estabelecimentos culturais, conforme a hipótese, pelo prazo mínimo de 10 (dez) anos, contado da data da emissão do Alvará de Localização e Funcionamento da atividade. § 3º - O descumprimento do disposto no § 2º deste artigo, no caso de empreendimento privado, sujeita o infrator à transferência, ao Executivo, de valor equivalente ao potencial construtivo excedente, calculado com base no valor atualizado do metro quadrado de terreno apurado para fins de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso Inter Vivos - ITBI -, conforme o cadastro do Município, observada a fórmula VP = (CP - CAb) x AT x V, na qual: I - VP corresponde ao valor a ser pago pelo potencial construtivo adicional; II - CP corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento praticado, limitado a 5,0 (cinco); III - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento básico; IV - AT corresponde à área do terreno; V - V corresponde ao valor do metro quadrado de terreno, apurado conforme previsto no § 3º deste artigo.

Seção IV Da aplicação do Direito de Preempção

Art. 14-H - Ficam definidas como áreas nas quais o Município detém o Direito de Preempção: I - as áreas de Projetos Viários Prioritários, definidas no Anexo II da Lei nº 7.165/96, para atendimento das finalidades previstas nos incisos I a VIII do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01; II - as áreas definidas como Zonas de Especial Interesse Social – ZEISs –, para atendimento das finalidades previstas nos incisos I, II, III, V e VI do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01; III - as áreas definidas como AEISs, para atendimento da finalidade prevista no inciso II do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01; IV - as áreas de Operações Urbanas Consorciadas estabelecidas no art. 69-A da Lei nº 7.165/96, para atendimento das finalidades previstas nos incisos I a VIII do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01; V - os imóveis tombados, para atendimento da finalidade prevista no inciso VIII do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01; Art. 14-I - A vigência do Direito de Preempção é de 5 (cinco) anos, renovável a partir de 1 (um) ano após o decurso desse prazo.” (NR)

Art. 27 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 15-A:

“Art. 15-A - O exame da regularidade dominial ou possessória não compete ao Executivo.

Page 195: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

195

Parágrafo único - A apresentação dos títulos de domínio ou posse perante o Município destina-se apenas a indicar a localização, o formato, a dimensão e as características do imóvel, cabendo ao Executivo apenas o exame da regularidade técnica e urbanística do projeto de parcelamento.” (NR)

Art. 28 - O art. 16 da Lei n° 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 16 - No projeto de parcelamento do solo, devem ser demarcadas como de interesse ambiental: I - as áreas não parceláveis, de acordo com a Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que serão identificadas no projeto de parcelamento do solo como Unidades de Preservação - UPs -; II - as áreas não edificáveis entendidas como de interesse ambiental, de acordo com a Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 – Código Florestal. § 1º - As áreas a que se refere o inciso I do caput deste artigo podem ser agregadas a 1 (um) lote ou ao conjunto de lotes aprovados, sendo identificadas e descritas nas certidões de origem. § 2º - Verificada a hipótese prevista no §1º deste artigo, as áreas não parceláveis não geram potencial construtivo, bem como não são consideradas para a aferição do número de unidades habitacionais admitidas no lote ou no conjunto de lotes. § 3º - As áreas não edificáveis a que se refere o inciso II do caput deste artigo serão incorporadas a 1 (um) lote ou ao conjunto de lotes aprovados, sendo identificadas e descritas nas certidões de origem.” (NR)

Art. 29 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 16-A:

“Art. 16-A - O projeto de parcelamento de área com declividade de 30% (trinta por cento) a 47% (quarenta e sete por cento) deve ser acompanhado de declaração do responsável técnico que ateste a viabilidade de edificar no local.” (NR)

Art. 30 - Ficam alterados o inciso II do caput e os §§ 1º e 4º do art. 17 da Lei n° 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 11 e 12, nos seguintes termos:

“Art. 17 - (...) II - os lotes devem ter área mínima de 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e máxima de 10.000 m² (dez mil metros quadrados), com, no mínimo, 5,00 m (cinco metros) de frente e relação entre profundidade e testada não superior a 5 (cinco); (...)

Page 196: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

196

§ 1º - Os lotes a serem aprovados em ZP-1 e em terrenos de propriedade particular situados na ZPAM devem ter área mínima de 10.000 m² (dez mil metros quadrados). (...) § 4º - São admitidos lotes com área superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados), observados os critérios estabelecidos para o parcelamento vinculado ou para o parcelamento para condomínio. (...) § 11 - No parcelamento de gleba ou porção de gleba com declividade de 30% (trinta por cento) a 47% (quarenta e sete por cento), os lotes deverão ter área mínima correspondente a 4 (quatro) vezes a área mínima permitida, exceto quando situados na ZP-1 ou em áreas de propriedade particular classificadas como ZPAMs. § 12 - VETADO

Art. 31 - O inciso III do art. 18 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 18 - (...) III - que se enquadrem no art. 16 ou no art. 16-A desta Lei.” (NR)

Art. 32 - Ficam alterados o caput e os §§ 5º, 6º e 9º, o caput e o respectivo inciso I do § 7º, todos do art. 21 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 17 e 18, nos seguintes termos:

“Art. 21 - Nos loteamentos, é obrigatória a transferência ao Município de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba, para instalação de equipamentos urbanos e comunitários e espaços livres de uso público, além da área correspondente à implantação do sistema de circulação do loteamento. (...) § 5º - Nas glebas a serem loteadas, com área igual ou superior a 30.000 m² (trinta mil metros quadrados), será destinado a espaços livres de uso público, no mínimo, 1/3 (um terço) do percentual a que se refere o caput deste artigo. § 6º - Na definição das áreas a serem transferidas ao Município, será priorizado o acordo entre Poder Público e proprietário, desde que resguardado o atendimento ao interesse público. § 7º - Não são aceitas, no cálculo do percentual de terrenos a serem transferidos, as seguintes áreas: I - Unidades de Preservação e áreas não edificáveis previstas nos arts. 16 e 17 desta Lei;

Page 197: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

197

(...) § 9º - Não são computados como espaços livres de uso público os canteiros centrais ao longo das vias. (...) § 17 - A transferência de área ao Município poderá ser feita em outro local, desde que haja interesse público manifesto, sendo que, nesse caso, a nova área a ser transferida deverá representar o mesmo valor correspondente ao da área original, aplicando-se, para a conversão, a tabela de valores imobiliários utilizada para o cálculo do ITBI. § 18 - A transferência prevista no § 17 deste artigo fica condicionada ao atendimento da demanda por equipamentos públicos na área do projeto de parcelamento.” (NR)

Art. 33 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 21-A:

“Art. 21-A - Os espaços livres de uso público podem separar quarteirões, desde que, alternativamente: I - não haja viabilidade técnica de execução de via pública, devido a declividades em desacordo com o Anexo III desta Lei; II - não seja de interesse público a abertura de via pública que mantenha a testada do quarteirão em, no máximo, 200 m (duzentos metros); III - o somatório das testadas dos quarteirões separados e do espaço livre de uso público não ultrapasse 400 m (quatrocentos metros). Parágrafo único - Ocorrendo a hipótese prevista no caput deste artigo, o Executivo poderá exigir do empreendedor alternativa que viabilize a transposição do quarteirão dentro dos espaços livres de uso público usados como separadores dos mesmos.” (NR)

Art. 34 - O art. 23 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 23 - A elaboração do projeto de loteamento deve ser precedida da fixação de diretrizes pelo Município.” (NR)

Art. 35 - VETADO Art. 36 - O § 3º do art. 26 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 26 - (...) § 3º - O restante do depósito deve ser restituído 1 (um) ano após a liberação do loteamento, conforme o disposto no § 1º deste artigo.” (NR)

Page 198: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

198 Art. 37 - O § 2º do art. 28 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 28 - (...) § 2º - O proprietário de gleba cujo acesso ao sistema viário somente possa ser feito através de terreno de propriedade pública pode parcelá-la, correndo por sua conta os ônus da construção do referido acesso, cabendo ao Executivo a definição da localização e da geometria e a classificação da via de acesso.” (NR)

Art. 38 - Fica alterado o caput do art. 29 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 2º e 3º, passando o parágrafo único a vigorar como § 1º, nos seguintes termos:

“Art. 29 - Os desmembramentos estão sujeitos à transferência ao Município de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba, sendo que, na determinação da localização dessas áreas, deverá ser priorizado o acordo entre Poder Público e proprietário, desde que seja resguardado o atendimento ao interesse público. (...) § 2º - A transferência de área ao Município poderá ser feita em outro local, desde que haja interesse público manifesto, sendo que, nesse caso, a nova área a ser transferida deverá representar o mesmo valor correspondente ao da área original, aplicando-se, para a conversão, a tabela de valores imobiliários utilizada para o cálculo do ITBI. § 3º - A transferência prevista no § 2º deste artigo fica condicionada ao atendimento da demanda por equipamentos públicos na área do projeto de parcelamento.” (NR)

Art. 39 - O caput e o inciso I do art. 32 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 32 - Parcelamento para condomínio é o que se destina a abrigar conjunto de edificações em lote único, dispondo de espaços de uso comum, caracterizados como bens em condomínio, e cujo terreno não pode: I - ter área superior a 100.000 m² (cem mil metros quadrados), sendo que, para condomínios com área entre 50.000 m² (cinquenta mil metros quadrados) e 100.000 m² (cem mil metros quadrados), sua aprovação fica condicionada à elaboração de estudos de impactos urbanos e/ou ambientais a serem avaliados pelo órgão municipal competente;” (NR)

Art. 40 - Ficam acrescentados à Lei nº 7.165/96 os seguintes arts. 33-A e 33-B, nos seguintes termos:

Page 199: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

199

“Art. 33-A - O sistema viário interno dos condomínios poderá integrar-se ao sistema viário público em, no máximo, dois pontos, de acordo com avaliação do órgão municipal competente.

Art. 33-B - A aprovação do parcelamento de que trata esta Seção deve ser vinculada à aprovação do plano de ocupação da área, do qual devem constar: I - o sistema viário de circulação interna; II - o espaço de interesse ambiental de propriedade particular dos condôminos, quando o terreno tiver características que justifiquem sua caracterização como áreas não edificáveis; III - as unidades territoriais; IV - o número máximo de unidades residenciais, calculado como o quociente da área líquida de terreno edificável pela quota de terreno aplicável ao empreendimento. § 1º - Para efeito do parcelamento e da ocupação das áreas a que se refere este artigo, considera-se: I - área líquida de terreno edificável a diferença entre a área total do terreno e o somatório das áreas a que se referem os incisos I e II do caput deste artigo e das áreas transferidas ao Município; II - sistema viário de circulação interna as vias internas de uso privativo do condomínio, com largura mínima de 10 m (dez metros); III - espaço de interesse ambiental de propriedade particular a área interna vegetada, não passível de ocupação ou de impermeabilização, destinada à proteção ambiental; IV - unidade territorial a fração de terreno individualizada dentro do lote único. § 2º - A área mínima da unidade territorial é igual à da quota de terreno definida para o condomínio. § 3º - Os parâmetros de ocupação do zoneamento aplicam-se às unidades territoriais.” (NR)

Art. 41 - O § 2º do art. 35 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 35 - (...) § 2º - Em parcelamentos vinculados referentes a condomínios residenciais e a distritos industriais, somente precisam ser aprovados, juntamente com o projeto de parcelamento, os projetos das partes comuns e os parâmetros construtivos das edificações.” (NR)

Art. 42 - Os incisos I e VI do art. 36 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 36 - (...)

Page 200: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

200

I - em empreendimentos que originem lotes com área superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados); (...) VI - em terrenos de propriedade particular situados na ZPAM.” (NR)

Art. 43 - A Seção V do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte denominação:

“Seção V Das Destinações do Parcelamento” (NR)

Parágrafo único - A Seção V do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar constituída pelas subseções I e II, nos seguintes termos: “I - Subseção I - Do Parcelamento para Condomínios: inclui os arts. 32 a 34; II - Subseção II - Do Parcelamento Vinculado: inclui os arts. 35 e 36.” (NR)

Art. 44 - A Seção VII do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar como Seção VI, nos seguintes termos:

“Seção VI

Da Modificação de Parcelamento” (NR)

Parágrafo único - A Seção VI do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a ser constituída pelos arts. 37 a 39 da Lei nº 7.166/96.

Art. 45 - A Seção VIII do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar como Seção VII, nos seguintes termos:

“Seção VII Do Reparcelamento” (NR)

Parágrafo único - A Seção VII do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a ser constituída pelos arts. 40 e 41 da Lei nº 7.166/96.

Art. 46 - O art. 43 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 43 - Os parâmetros urbanísticos a que se refere o inciso II do caput do art. 2º desta Lei são os definidos neste Capítulo, nos Anexos VI a IX desta Lei e no Anexo V da Lei nº 7.165/96. § 1º - As ZEISs serão regidas por parâmetros urbanísticos especiais, a serem definidos em lei. § 2º - Cessado o interesse público na implantação de Estação de Integração de Transporte Coletivo constante do Anexo VI-A desta Lei, o terreno ficará submetido aos parâmetros urbanísticos do zoneamento que, dentre os lindeiros, ocupe a maior extensão limítrofe.

Page 201: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

201

§ 3º - Na ZP-1 e nas áreas de propriedade particular situadas na ZPAM, os lotes com área inferior a 2.500 m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) regularmente aprovados em data anterior a 27 de dezembro de 1996 estarão submetidos aos parâmetros urbanísticos da ZP-2.” (NR)

Art. 47 - O caput do art. 44 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 44 - O Executivo poderá exigir que os proprietários de terrenos lindeiros às vias constantes do Anexo V desta Lei respeitem recuo de alinhamento de 10,00 m (dez metros), mediante redução da área computada para efeito de incidência do IPTU, com base na alínea “b” do inciso III do art. 46 do Plano Diretor do Município.” (NR)

Art. 48 - Ficam acrescentados os §§ 1º, 2º e 3º ao art. 44-A da Lei nº 7.166/96:

“Art. 44-A - (...) § 1º - Os terrenos de que trata este artigo ficam submetidos aos seguintes parâmetros e critérios de ocupação e uso do solo: I - o Coeficiente de Aproveitamento Básico é de 0,8 (oito décimos), prevalecendo entre este valor e o do CAb do zoneamento em que o imóvel se insere, aquele que for mais restritivo; II - a área total a ser edificada não pode exceder 1.000 m² (um mil metros quadrados); III - a altura máxima da edificação é de 8,00 m (oito metros); IV - fica vedada a aplicação do instrumento da Outorga Onerosa do Direito de Construir para os terrenos de que trata o caput deste artigo. § 2º - Após definido pelo Executivo o projeto básico a ser implantado em Área de Projeto Viário Prioritário, as restrições de uso e ocupação do solo de que trata este artigo deixarão de incidir sobre os lotes não atingidos no projeto, passando a vigorar os parâmetros do zoneamento em que o imóvel se insere. § 3º - Após executado o projeto a que se destina, a Área de Projeto Viário Prioritário ficará descaracterizada, deixando de submeter-se ao disposto neste artigo.” (NR)

Art. 49 - Ficam alterados o caput e o § 1º do art. 45 da Lei nº 7.166/96, e fica acrescentado a esse artigo o § 7º, nos seguintes termos:

“Art. 45 - O potencial construtivo é calculado mediante a multiplicação da área total do terreno pelo Coeficiente de Aproveitamento Básico do zoneamento em que se situa. § 1º - Os valores do CAb são aqueles previstos no Anexo V da Lei nº 7.165/96 e no Anexo VI-A desta Lei. (...)

Page 202: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

202

§ 7º - O valor do Coeficiente de Aproveitamento Básico aplicável ao terreno situado na ZE é o da tabela do Anexo VI-A desta Lei ou o do zoneamento de maior extensão limítrofe.” (NR)

Art. 50 - Ficam alterados os incisos I, III e XVII do art. 46 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 5º e 6º, nos seguintes termos:

“Art. 46 - (...) I - a área destinada a estacionamento de veículos, exceto se situada em edifícios-garagem, limitada à área correspondente à multiplicação da área do terreno pelo valor do CAb válido para o zoneamento no qual ele está inserido; (...) III - um único pavimento de pilotis em edificação residencial ou de uso misto com pavimento-tipo residencial; (...) XVII - a área das rampas de acesso às áreas comuns de edificações destinadas ao uso residencial que sejam adequadas à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, bem como às normas técnicas pertinentes, desde que façam parte de edificação em que não seja obrigatória a instalação de elevadores. (...) § 5º - O somatório das áreas a que se referem os incisos IV a XIII do caput deste artigo não será computado, para efeito de cálculo do CA, até o limite de 14% (quatorze por cento) do somatório das áreas dos pavimentos-tipo. § 6º - Não serão computadas, para efeito de cálculo do CA, as vagas de estacionamento adicionais exigidas em processo de licenciamento ambiental ou urbanístico.” (NR)

Art. 51 - Os §§ 1º e 2º do art. 47 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 47 - (...) § 1º - As quotas de terreno por unidade habitacional são as previstas no Anexo VI desta Lei, e seu cálculo somente é feito depois de deduzido da área do terreno o percentual transferido ao Município no registro do parcelamento. § 2º - Em loteamento aprovado em data anterior a 27 de dezembro de 1996, situado em ZP-1, ZP-2 ou em área de propriedade particular classificada como ZPAM, quando a área do lote for inferior à quota de terreno por unidade habitacional estabelecida para o zoneamento, será admitida quota de terreno equivalente à área do lote.” (NR)

Page 203: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

203 Art. 52 - A Subseção V da Seção II do Capítulo IV da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte denominação:

“Subseção V Da Taxa de Permeabilidade” (NR)

Art. 53 - Ficam alterados o caput e os §§ 1º, 2º, 4º e 6º do art. 50 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 7º, 8º, 9º e 10, nos seguintes termos:

“Art. 50 - Considera-se Taxa de Permeabilidade a área descoberta e permeável do terreno em relação à sua área total, dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático e propicie alívio para o sistema público de drenagem urbana. § 1º - Os valores da Taxa de Permeabilidade mínima são os definidos no Anexo VI desta Lei, observado o seguinte: I - para os terrenos situados na ADE da Bacia da Pampulha, a taxa de permeabilidade mínima é de 30% (trinta por cento); II - para os terrenos situados em ZPAM e ZP-1, prevalecem os valores determinados no Anexo VI desta Lei; III - para os terrenos que não se enquadrem nos incisos I e II deste parágrafo, prevalece: a) 10% (dez por cento), se o terreno tiver área menor ou igual a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados); b) 20% (vinte por cento) se o terreno tiver área superior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados). § 2º - As edificações, exceto as localizadas na ZPAM e nas ZPs, podem impermeabilizar até 100% (cem por cento) da área do terreno, desde que: I - nelas haja área descoberta - equivalente à área de permeabilidade mínima - dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático; II - seja construída caixa de captação e drenagem que retarde o lançamento das águas pluviais provenientes da área de que trata o inciso I deste parágrafo. (...) § 4º - Podem ser utilizados, simultaneamente, as áreas permeáveis de terreno e os mecanismos previstos no § 2º deste artigo para atingir a Taxa de Permeabilidade. (....) § 6º - Quando exigido o recuo de alinhamento, não será considerada, para aplicação da Taxa de Permeabilidade, a área do terreno resultante do referido recuo. § 7º - A Taxa de Permeabilidade estará atendida com a manutenção de área descoberta e permeável, podendo a área dotada de vegetação

Page 204: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

204

situar-se em área equivalente à permeável sobre lajes, jardineiras ou pavimentos elevados. § 8° - A área permeável, livre e vegetada, implantada no afastamento frontal de edificação e inteiramente visível do logradouro público, poderá ser convertida em pagamento do potencial construtivo adicional utilizado no próprio lote, observadas as demais exigências legais. § 9º - Aplica-se a permissão prevista no § 8º deste artigo aos terrenos lindeiros a vias arteriais, exceto nas ruas que apresentem intenso fluxo de pedestres, conforme dispuser o regulamento. § 10 - Não se aplica o disposto nos §§ 2º e 3º, 7°, 8º e 9º deste artigo aos terrenos situados em ADEs de Interesse Ambiental.” (NR)

Art. 54 - Ficam alterados o § 2º e os incisos II, III e IV do § 5º do art. 51 da Lei nº 7.166/96, e fica acrescentado a esse artigo o § 6º, nos seguintes termos:

“Art. 51 - (...) § 2º - Em razão do reduzido fluxo de pedestres nas vias, da topografia acidentada ou em razão de estar a edificação situada na ADE Residencial Central ou em ADE de uso exclusivamente residencial, pode a exigência prevista no §1º deste artigo ser substituída pela de ajardinamento, permitidos, nesse caso, a construção de guarita e o fechamento, exclusivamente, por gradil vazado ou transparente. (...) § 5º - (...) II - afastamento frontal de, no mínimo, 5,00 m (cinco metros); III - existência de passeio com, no mínimo, 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros), admitindo-se, no caso de ter o passeio dimensão inferior, o estacionamento no afastamento frontal, desde que a soma da largura desse afastamento e a do passeio existente seja de, no mínimo, 7,40 m (sete metros e quarenta centímetros); IV - seja destinada à circulação de pedestres a faixa mínima de 0,90 m (noventa centímetros) nas divisas laterais, ou junto ao acesso à garagem, quando este estiver junto às divisas laterais; § 6º - O afastamento frontal mínimo das edificações em terrenos lindeiros a vias arteriais e de ligação regional deve dar continuidade ao passeio, não sendo permitida a instalação de elementos construtivos, exceto pilares de sustentação, respeitado o livre trânsito no local.” (NR)

Art. 55 - Fica acrescentado ao caput do art. 52 da Lei nº 7.166/96 o seguinte inciso V:

“Art. 52 -

Page 205: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

205

(...) V - em áreas destinadas a uso não residencial, desde que a laje de cobertura se situe em nível inferior à menor cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento do lote.” (NR)

Art. 56 - Ficam alterados os §§ 4º e 5º do art. 61 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 6º, 7º, 8º, 9º e 10:

“Art. 61 - (...) § 4º - No caso de edificação destinada a hotel, o número mínimo de vagas de estacionamento de veículos é de 1/3 (um terço) do número de unidades hoteleiras. § 5º - No caso de edificação destinada a uso não residencial atrator de veículos de carga, poderá ser facultada, a critério do órgão municipal responsável pelo trânsito, a utilização de, no máximo, 70% (setenta por cento) da área reservada para estacionamento de veículos leves como área de estacionamento e manobra de veículos pesados. § 6º - Para empreendimentos não sujeitos ao Estudo de Impacto de Vizinhança ou ao Licenciamento Ambiental pelo COMAM, a serem instalados em edificações já existentes até 27 de dezembro de 1996, a exigência relativa ao número mínimo de vagas para estacionamento de veículos poderá ser flexibilizada, mediante parecer favorável do COMPUR. § 7º - Para as edificações existentes na ZHIP, até a data da entrada em vigor deste parágrafo, a exigência de vagas de estacionamento de veículos poderá ser atendida pelas vagas existentes, no caso de adaptação de edificações para o uso residencial. § 8º - A condição prevista no § 7º deste artigo poderá ser aplicada no caso de substituição ou instalação de novo uso não residencial em edificações existentes na ZHIP, mediante parecer favorável do COMPUR ou do COMAM, conforme a hipótese. § 9º - A exigência do número mínimo de vagas de estacionamento para edificações públicas destinadas ao uso institucional poderá ser flexibilizada, mediante parecer favorável do COMPUR ou do COMAM, conforme a hipótese. § 10 - Cada vaga de carga e descarga deve ter 9,0 m (nove metros) de comprimento por 3,0 m (três metros) de largura e 4,0 m (quatro metros) de altura.” (NR)

Art. 57 - Ficam alterados os incisos II e III do art. 64 da Lei nº 7.166/96, e fica acrescentado a esse artigo o parágrafo único, nos seguintes termos:

“Art. 64 -

Page 206: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

206

(...) II - não residencial, compreendendo atividades das subcategorias Comércio, Serviços, Serviços de Uso Coletivo, Indústria e Agricultura Urbana; III - misto, definido como o exercício, em uma mesma edificação, de usos residencial e não residencial. Parágrafo único - Os usos não residenciais são classificados de acordo com as seguintes subcategorias: I - Comércio; II - Serviço; III - Indústria; IV - Serviço de Uso Coletivo; V - Agricultura Urbana.” (NR)

Art. 58 - O art. 65 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 65 - Os usos não residenciais são classificados, de acordo com o potencial de geração de incômodos atribuído a cada atividade, em: I - Grupo I: atividades compatíveis com o uso residencial, sem potencial de geração de repercussões negativas e que não necessitam de medidas mitigadoras para se instalarem; II - Grupo II: atividades compatíveis com o uso residencial, com potencial de geração de incômodos de pouca significância, que devem ser mitigados; III - Grupo III: atividades que se destinam à produção de objetos de maior complexidade ou a serviços mais impactantes e que, por sua natureza, têm potencial de geração de incômodos de maior relevância e maior atração de veículos e pessoas; IV - Grupo IV: atividades com alto potencial de geração de incômodos, que geram riscos à saúde ou ao conforto da população ou que não são compatíveis com o funcionamento das atividades urbanas na maioria dos locais. § 1º - São classificadas como do Grupo I, para fins de localização, as atividades econômicas exercidas por Microempreendedor Individual – MEI –, nos termos da Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008. § 2º - Excetuam-se do disposto no § 1º deste artigo as atividades classificadas como de risco alto, conforme o Anexo X desta Lei. § 3º - O disposto no §1º deste artigo não isenta o MEI do cumprimento das medidas mitigadoras relativas à atividade por ele exercida, previstas no Anexo X desta Lei. § 4º - A classificação das atividades econômicas quanto ao Grupo a que pertencem, a designação de atividades desenvolvidas por MEI e as atividades consideradas de risco alto estão dispostas no Anexo X desta Lei.” (NR)

Art. 59 - Ficam acrescentados à Seção I do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 os arts. 65-A e 65-B:

Page 207: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

207

“Art. 65-A - São atividades auxiliares aquelas que subsidiam as atividades principais, sendo complementares ao funcionamento destas, compreendendo: I - escritório/sede administrativa de empresa; II - depósito/almoxarifado; III - garagem de veículos leves; IV - pátio de máquinas/garagem de veículos pesados; V - ponto de exposição; VI - unidade de manutenção; VII - centro de treinamento; VIII - unidade de enfermaria; IX - refeitório/cozinha; X - posto de coleta de material biológico; XI - posto de recebimento de pequenos objetos sem armazenamento; XII - unidade de abastecimento de combustíveis. Parágrafo único - Consideram-se parte integrante das atividades industriais, quando implantadas no mesmo local, além do setor produtivo: I - as atividades auxiliares previstas no caput do art. 65-A desta Lei; II - as atividades complementares de lazer, saúde e cultura voltadas para o atendimento de seus funcionários. Art. 65-B - É obrigatória a declaração, pelo interessado, das atividades auxiliares exercidas no local de implantação do empreendimento. § 1º - Na hipótese de conjugação do exercício de atividades principais com atividades auxiliares, a instalação do empreendimento apenas será possível caso todas as atividades sejam admitidas no local. § 2º - Verificado o atendimento ao requisito previsto no § 1º deste artigo, deverão ser atendidas as medidas mitigadoras relativas a cada uma das atividades exercidas no local. § 3º - Para as atividades econômicas classificadas no Código da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE - não mencionadas no Anexo X desta Lei, somente será admitida a instalação de suas atividades auxiliares. § 4º - É admitido o exercício de atividade auxiliar fora do local onde se exerce a atividade principal. § 5º - Nas hipóteses determinadas nos §§ 3º e 4º deste artigo, o licenciamento e a localização da atividade serão determinados segundo a classificação definida para as atividades auxiliares.” (NR)

Art. 60 - O art. 66 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 66 - São os seguintes os tipos de repercussões negativas: I - atração de alto número de veículos leves, referida como número 1 (um) no Anexo X desta Lei;

Page 208: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

208

II - atração de alto número de veículos pesados, referida como número 2 (dois) no Anexo X desta Lei; III - atração de alto número de pessoas, referida como número 3 (três) no Anexo X desta Lei; IV - geração de risco de segurança, referida como número 4 (quatro) no Anexo X desta Lei; V - geração de efluentes atmosféricos, referida como número 5 (cinco) no Anexo X desta Lei; VI - geração de efluentes líquidos especiais, referida como número 6 (seis) no Anexo X desta Lei; VII - geração de resíduos sólidos especiais e de saúde, referida como número 7 (sete) no Anexo X desta Lei; VIII - geração de radiações ionizantes ou não ionizantes, referida como número 8 (oito) no Anexo X desta Lei; IX - geração de ruídos e vibrações, referida como número 9 (nove) no Anexo X desta Lei; Parágrafo único - As repercussões negativas são atribuídas às atividades principais e auxiliares, conforme o disposto no Anexo X desta Lei.” (NR)

Art. 61 - Fica acrescentado à Seção III do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 o art. 66-A:

“Art. 66-A - As atividades causadoras de repercussões negativas, sem prejuízo do cumprimento das normas ambientais, de posturas, sanitárias e outras pertinentes, ficam sujeitas à adoção das seguintes medidas mitigadoras em função da análise da característica da atividade: I - implantação de alternativa de estacionamento e controle de acesso de veículo a edificação, referida como letra “a” no Anexo X desta Lei; II - realização de medidas para viabilizar a carga e a descarga, referida como letra “b” no Anexo X desta Lei; III - realização de medidas para viabilizar embarque e desembarque, referida como letra “c” no Anexo X desta Lei; IV - realização de medidas para prevenção e combate a incêndio, comprovada mediante apresentação de laudo elaborado por profissional habilitado, relativo às condições de segurança, prevenção e combate a incêndios, referida como letra “d” no Anexo X desta Lei; V - adoção de processo de umidificação, referida como letra “e” no Anexo X desta Lei; VI - adoção de sistema de controle de efluentes atmosféricos, referida como letra “f” no Anexo X desta Lei; VII - adoção de sistema de tratamento dos efluentes líquidos especiais resultantes do processo produtivo da atividade, referida como letra “g” no Anexo X desta Lei; VIII - adoção de procedimentos para gerenciamento de resíduos sólidos, como segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte e destinação final adequada de acordo com a legislação específica, referida como letra “h” no Anexo X desta Lei; IX - realização de medidas de controle dos níveis de emissões radiométricas, comprovado por laudo elaborado por profissional habilitado e, no caso de exercício de atividades com fontes de radiação ionizante, em medicina nuclear, radioterapia e aplicações industriais, o laudo deverá

Page 209: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

209

ser acompanhado da respectiva autorização emitida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN -, referida como letra “i” no Anexo X desta Lei; X - implantação de medidas de controle de ruído e atenuação da vibração, tais como proteção ou isolamento acústico e de vibração, confinamento ou relocalização de equipamentos e operações ruidosas, observadas as normas legais de construção, iluminação e ventilação, referida como letra “j” no Anexo X desta Lei. § 1º - As medidas mitigadoras aplicáveis aos usos não residenciais causadores de repercussões negativas e enumeradas no caput deste artigo estão contidas no Anexo X desta Lei. § 2º - Para as edificações existentes até a data da entrada em vigor deste parágrafo, a exigência de vagas de estacionamento de veículos poderá ser atendida pelas vagas existentes, desde que seja apresentada alternativa para a mitigação do impacto decorrente do não atendimento ao número mínimo de vagas de estacionamento previsto no Anexo VIII desta Lei. § 3º - As vagas de estacionamento constantes do Anexo VIII desta Lei terão como dimensões mínimas, além dos espaços necessários ao acesso, circulação e manobra de veículos, 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) de largura por 4,50 m (quatro metros e cinquenta centímetros) de comprimento. § 4º - As vagas de carga e descarga poderão, a critério do órgão responsável pelo tráfego, ter dimensões diferentes das definidas no § 10 do art. 61 desta Lei e na Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009, – Código de Edificações do Município –, ou ser dispensadas, nos casos de instalação de atividades em edificações existentes antes de 27 de dezembro de 1996. § 5º - Sempre que houver interferência significativa na circulação de veículos ou pedestres, será exigida, a critério do órgão municipal competente, a implantação de sinalização ou equipamentos de controle do tráfego. § 6º - A concessão do Alvará de Localização e Funcionamento, para as atividades que tenham repercussões negativas, será subsidiada por dados ambientais e urbanísticos e por informações prestadas pelo próprio interessado, contendo dados qualitativos e quantitativos referentes ao funcionamento da atividade. § 7º - Para edificações destinadas a uso não residencial atrator de veículo de carga que não seja atrator de veículos leves, poderá ser autorizada a utilização da área reservada para o estacionamento de veículos leves como área de estacionamento e manobra de veículos pesados, desde que haja anuência do órgão municipal competente. § 8º - Para as atividades não classificadas como de risco alto, o Alvará de Localização e Funcionamento será emitido de forma simplificada.

Page 210: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

210

§ 9º - Para as atividades classificadas como de risco alto, a emissão de Alvará de Localização e Funcionamento será precedida de parecer prévio, elaborado pelo órgão responsável pelo controle ambiental.” (NR)

Art. 62 - Ficam alterados o caput e os §§ 1º, 2º, 3º e 5º do art. 67 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 13, 14, 15, 16 e 17, nos seguintes termos:

“Art. 67 - A localização dos usos não residenciais é disciplinada, na forma do Anexo XI desta Lei, pela conjugação da classificação de cada atividade, prevista no Anexo X desta Lei, com a classificação da via pública quanto à permissividade de usos. § 1º - Com relação à localização de usos não residenciais, ficam definidas as seguintes regras para as ZPs: I - é proibida a instalação de usos dos Grupos II, III e IV em vias preferencialmente residenciais; II - fica condicionada a parecer favorável do COMAM a instalação de usos dos Grupos II, III e IV nas demais vias, respeitada a permissividade de usos não residenciais de cada via. § 2º - Para efeito de localização dos usos, as vias que compõem o sistema viário do Município ficam definidas como: I - VR: vias preferencialmente residenciais, onde se busca preservar a ambiência residencial; II - VM: vias de caráter misto, onde se busca a conjugação de usos; III - VNR: vias preferencialmente não residenciais, onde se busca privilegiar o uso não residencial. § 3º - Para efeitos de localização, as atividades não listadas no Anexo X desta Lei devem ser classificadas, devendo ainda ser definidas medidas mitigadoras para eventuais repercussões no meio urbano, identificadas de acordo com critérios definidos no art. 66-A desta Lei e observado o disposto no art. 80, IV, da Lei nº 7.165/96. (...) § 5º - As escolas infantis e os estabelecimentos de ensino fundamental e médio somente podem ser localizados: I - em terrenos lindeiros a vias locais e coletoras, observado o disposto no Anexo XI desta Lei; II - na Zona Hipercentral - ZHIP - e na ZCBH, observado o disposto no Anexo XI desta Lei; III - em terrenos lindeiros a vias arteriais, desde que submetidos a licenciamento urbanístico, mediante EIV. (...) § 13 - Para efeito da aplicação do disposto no Anexo X desta Lei, considera-se área da atividade ou área utilizada a área edificada ocupada

Page 211: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

211

pela mesma, acrescida dos espaços não cobertos destinados ao seu exercício. § 14 - No cálculo da área utilizada, não são computados os espaços descobertos e os cômodos exigidos para a conformidade da edificação segundo as normas contidas nesta Lei. § 15 - Nas vias classificadas como VR, são admitidos bares, restaurantes e similares com área de até 100,00 m² (cem metros quadrados), desde que a atividade ocupe somente área edificada e o passeio não seja utilizado para colocação de mesas e cadeiras. § 16 - O exercício de qualquer atividade econômica em logradouro público deverá ser licenciado conforme os critérios previstos na Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, - Código de Posturas do Município - e suas alterações posteriores. § 17 - VETADO

Art. 63 - VETADO Art. 64 - O art. 71-B da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 71-B - No caso de aprovação de projeto em lote ou em conjunto de lotes com frente para logradouros de permissividade de usos diferentes, poderá ser admitido para todo o terreno o uso permitido nos lotes com frente para a via de maior permissividade, desde que: I - sejam respeitados os parâmetros urbanísticos relativos a cada lote; II - o acesso se faça pelas vias em que o uso é permitido. § 1º - O acesso poderá ser feito por via em que o uso não é permitido, desde que haja licenciamento urbanístico especial, mediante EIV. § 2º - No caso em que os lotes ou o conjunto de lotes estiverem situados em área adjacente a ADE exclusivamente ou predominantemente residencial, não será admitido, em nenhuma hipótese, o uso permitido na via de maior permissividade para todo o terreno.” (NR)

Art. 65 - A Seção III do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar constituída pelas Subseções I e II, nos seguintes termos:

“I - Subseção I - Do Funcionamento das Atividades Causadoras de Repercussões Negativas: inclui o art. 66-A;

II - Subseção II - Da Localização: inclui os artigos arts. 67 a 71-B.”(NR) Art. 66 - Fica alterado o caput do art. 72 da Lei nº 7.166/96 e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 9º e 10, nos seguintes termos:

“Art. 72 - Poderá permanecer no local, independentemente de vedação estabelecida por legislação posterior à sua instalação, a atividade admitida nesse local por lei vigente à época de sua implantação e que atenda a uma das seguintes condições:

Page 212: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

212

I - possuir Alvará de Localização e Funcionamento emitido em data anterior à da publicação da lei que estabeleceu a vedação; II - ser desenvolvida por empresa regularmente constituída e comprovadamente instalada em data anterior à da publicação da lei que estabeleceu a vedação; III - estar instalada em edificação construída especificamente para uso admitido à época de sua instalação. (...) § 9º - A edificação na qual se exerça o direito de permanência de uso é passível de alteração e acréscimo da área utilizada pela atividade, dentro dos limites dos parâmetros urbanísticos fixados por esta Lei, mediante parecer prévio favorável do COMPUR, baseado em Estudo de Impacto de Vizinhança. § 10 - Os impactos da atividade gerados pela modificação devem ser mitigados e contribuir para minimizar possíveis incômodos por ela causados.” (NR).

Art. 67 - Ficam acrescentados à Seção IV do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 os seguintes arts. 72-A, 72-B e 72-C:

“Art. 72-A - A atividade que usufruir do direito de permanência, nos termos do art. 72 desta Lei, poderá ser substituída por outra, desde que a nova atividade esteja classificada na mesma Tipologia e no mesmo Grupo, ou em Grupo inferior em que se enquadra a atividade a ser substituída, conforme o Anexo X desta Lei. Art. 72-B - A lei específica que regulamentar ou instituir ADE poderá definir critérios diferenciados de permanência e de substituição de uso, de acordo com a especificidade da área. Art. 72-C - As edificações a que se refere o inciso V do caput do art. 2º do Decreto Municipal nº 2.383, de 6 de julho de 1973, poderão ter seu uso substituído pela atividade Hospital, definida nos termos do Anexo X desta Lei. Parágrafo único - Na hipótese de haver a substituição de uso a que se refere o caput deste artigo, as edificações utilizadas, à época da substituição, serão passíveis de regularização, de acordo com os critérios estabelecidos pela Lei nº 9.074, de 18 de janeiro de 2005, para fins da instalação da atividade Hospital.” (NR)

Art. 68 - A Seção IV do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte denominação:

“Seção IV Dos Usos Não Conformes” (NR)

Parágrafo único - A Seção IV do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar constituída pelas subseções I e II, nos seguintes termos:

Page 213: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

213

“I - Subseção I - Do Direto de Permanência dos Usos: inclui o art. 72 da Lei nº 7.166/96;

II - Subseção II - Da substituição dos Usos Não Conformes: inclui os arts. 72-A, 72-B e 72-C da Lei nº 7.166/96.” (NR)

Art. 69 - Ficam alterados o caput e o § 2º do art. 74 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 4º e 5º, nos seguintes termos:

“Art. 74 - A instalação, a construção, a ampliação ou o funcionamento dos empreendimentos de impacto, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis, ficam sujeitos a: I - licenciamento ambiental pelo COMAM, nos termos da legislação específica, nos casos em que o empreendimento implique repercussões ambientais significativas; II - licenciamento urbanístico pelo COMPUR, nos casos em que o empreendimento implique repercussões preponderantemente urbanísticas. (...) § 2º - O licenciamento das atividades a que se refere o inciso I do caput deste artigo dependerá da prévia elaboração de estudos que contenham a análise de impactos no meio ambiente e as medidas destinadas a minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos positivos, inclusive a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA -, quando for o caso. (...) § 4º - O licenciamento das atividades a que se refere o inciso II do caput deste artigo dependerá da elaboração de estudos que contenham a análise de impactos nas condições funcionais, paisagísticas e urbanísticas e as medidas destinadas a minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos positivos, inclusive a elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -, conforme o disposto no Capítulo XI da Lei nº 7.165/96, quando for o caso. § 5º - O funcionamento de empreendimento de impacto já instalado poderá ficar condicionado ao licenciamento urbanístico, quando convocado pelo COMPUR.” (NR)

Art. 70 - Ficam acrescentados à Seção V do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 os seguintes arts. 74-A, 74-B, 74-C, 74-D e 74-E:

“Art. 74-A - Submetem-se a licenciamento ambiental pelo COMAM as seguintes atividades e os seguintes empreendimentos de impacto: I - extração ou tratamento de minerais; II - barragens para contenção de rejeitos ou resíduos; III - indústrias com repercussão ambiental significativa; IV - usina de asfalto; V - terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários;

Page 214: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

214

VI - terminais de minério, de produtos químicos e petroquímicos; VII - oleodutos, gasodutos, minerodutos; VIII - interceptores de esgoto; IX - aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos e estação de transbordo de resíduos; X - unidades de incineração de resíduos; XI - autódromos, hipódromos e estádios esportivos; XII - cemitérios e crematórios; XIII - matadouros e abatedouros; XIV - estabelecimentos prisionais; XV - ferrovias, subterrâneas ou de superfície; XVI - linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 kV (duzentos e trinta quilovolts); XVII - usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima 10 MW (dez megawatts); XVIII - intervenções em corpos d’água - tais como barragens, canalizações, retificações de coleções de água - e em diques; XIX - estações de tratamento de água; XX - estações de tratamento de esgotos sanitários; XXI - garagem de empresas de transporte de passageiros e de cargas; XXII - postos de abastecimento de veículos e de revenda de combustíveis; XXIII - loteamentos; XXIV - parcelamentos destinados a uso industrial; XXV - obras de arte compreendidas por viadutos, túneis e trincheiras; XXVI - hospitais; XXVII - tipologias de atividades e empreendimentos arrolados pelo Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM -, como modificadoras do meio ambiente, sujeitas ao licenciamento ambiental ou à autorização ambiental de funcionamento. Parágrafo único - O COMAM estabelecerá, com base em critérios que conjuguem o porte e o potencial poluidor ou degradador do meio ambiente, quais as atividades e os empreendimentos arrolados neste artigo que estarão sujeitos a licenciamento simplificado perante o órgão municipal de meio ambiente, e quais os procedimentos específicos aplicáveis a cada modalidade de licenciamento. Art. 74-B - Submetem-se a licenciamento urbanístico pelo COMPUR os seguintes empreendimentos de impacto: I - os edifícios não residenciais com área de estacionamento maior que 10.000 m² (dez mil metros quadrados) ou com mais de 400 (quatrocentas) vagas; II - os destinados a uso residencial que tenham mais de 300 (trezentas) unidades; III - os destinados a uso misto com mais de 20.000 m² (vinte mil metros quadrados); IV - os destinados a serviço de uso coletivo com área maior que 6.000 m² (seis mil metros quadrados); V - casas de show, independentemente da área utilizada; VI - centro de convenções, independentemente da área utilizada;

Page 215: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

215

VII - casa de festas e eventos com área utilizada superior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados); VIII - hipermercados com área utilizada igual ou superior a 5.000 m² (cinco mil metros quadrados); IX - os parcelamentos vinculados, na figura de desmembramento, que originem lote com área superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados) ou quarteirão com dimensão superior a 200 m (duzentos metros); X - as intervenções em áreas urbanas consolidadas, compreendidas por modificações geométricas significativas de conjunto de vias de tráfego de veículos; XI - os helipontos; XII - outros empreendimentos sujeitos a EIV definidos por lei municipal. Parágrafo único - Mediante definição de padrões e procedimentos, o COMPUR poderá delegar ao Executivo a análise de licenciamentos de empreendimentos que sejam considerados de baixa repercussão negativa para a vizinhança. Art. 74-C - Estão sujeitos à elaboração de EIV os empreendimentos de que trata o art. 74-B desta Lei. Art. 74-D - A classificação de novos empreendimentos e a definição de tipo de licenciamento a que estarão sujeitos será efetuada mediante lei municipal. Art. 74-E - O estudo para fins de licenciamento, realizado para empreendimentos de impacto, deverá prever a revisão e a adequação do zoneamento da área impactada pela intervenção, se for o caso.” (NR)

Art. 71 - O parágrafo único do art. 77 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 77 - (...) Parágrafo único - A Taxa de Permeabilidade mínima da ADE da Bacia da Pampulha é de 30% (trinta por cento).” (NR)

Art. 72 - Ficam alterados o caput e o § 3º do art. 78 da Lei nº 7.166/96, e fica acrescentado a esse artigo o § 4º, nos seguintes termos:

“Art. 78 - A ADE Residencial Central é destinada ao controle especial de uso, sendo garantidas, em parte da ZCBH, a predominância do uso residencial e a preservação das edificações e de traços da ambiência local, resultante do atendimento aos parâmetros específicos da ADE. (...) § 3º - Na ADE Residencial Central, somente é permitido o uso não residencial em edificações horizontais, nas destinadas a hotéis ou a apart-hotéis e nas edificações tombadas.

Page 216: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

216

§ 4º - Na ADE Residencial Central, não se aplica o disposto no § 6º do art. 54 desta Lei.” (NR)

Art. 73 - O art. 79 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 79 - A ADE do Vale do Arrudas, em função de sua localização estratégica, de sua importância como eixo simbólico, histórico e de articulação viária ao longo do curso d’água mais importante do Município e de suas condições de degradação ou subutilização, demanda projetos de reurbanização e requalificação urbana. § 1º - São diretrizes para regulamentação da ADE do Vale do Arrudas, com vistas à requalificação urbana por meio do tratamento da paisagem urbana e intensificação do uso dos espaços públicos: I - implementação de projetos de tratamento paisagístico das áreas livres sobre o Túnel da Lagoinha, com potencial para praça/mirante e para interligação entre eixos viários preferenciais de pedestres da área central do Município; II - estímulo à requalificação das fachadas das edificações e, em especial, dos galpões; III - criação de áreas de lazer, com incremento da arborização e implantação de ciclovias; IV - promoção e/ou estímulos à realização de grandes eventos de interesse cultural; V - melhoria e padronização da acessibilidade para pedestres, principalmente em relação ao acesso às estações do metrô e à transposição do curso d’água e das pistas veiculares; VI - verificação da possibilidade de extensão do Boulevard até a Avenida Teresa Cristina; VII - promoção da reintegração das propriedades públicas existentes na área, que hoje se encontram destinadas ao uso por terceiros. § 2º - A regulamentação da ADE do Vale do Arrudas deve ser referenciada em subáreas de interesse especial, que retratem a diversidade urbana da ADE, e deve considerar critérios de preservação cultural e ambiental, bem como as diretrizes e propostas provenientes do planejamento do Hipercentro. § 3º - A lei específica que dispuser sobre a ADE do Vale do Arrudas deve prever, por meio de parâmetros urbanísticos e critérios especiais de ocupação e uso do solo: I - o aumento das taxas de permeabilidade do solo, entre outras medidas de proteção das características de drenagem das áreas de fundo de vale; II - o controle do adensamento das áreas lindeiras ao curso d’água em toda a sua extensão na ADE, conjugado com a possibilidade de maior aproveitamento dos lotes da ADE do Hipercentro; III - outras medidas de valorização da paisagem urbana de fundo de vale, a partir de estudos voltados para a manutenção das visadas significativas da área; IV - o incentivo ao reagrupamento de lotes e vias, de modo a viabilizar a instalação de grandes equipamentos;

Page 217: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

217

V - o incentivo à diversidade de usos, visando a garantir mais vitalidade à área, principalmente no período noturno.” (NR)

Art. 74 - Ficam alterados o inciso II do § 1º e o § 3º do art. 81 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§5º, 6º e 7º, nos seguintes termos:

“Art. 81 - (...) § 1º - (...) II - na ADE do São Bento, nos lotes lindeiros à Rua Michel Jeha, e nos lotes da quadra 3901 lindeiros à Avenida Cônsul Antônio Cadar; (...) § 3º - Para os lotes de que tratam os incisos I e II do §1º deste artigo permite-se utilizar, uma única vez, a extensão de uso prevista no art. 71-B desta Lei. (...) § 5º - Nos terrenos voltados para a Avenida Celso Porfírio Machado, entre as ruas Juvenal Melo Senra e Emílio Jacques de Moraes, e para a Avenida Paulo Camilo Pena, entre a Avenida Luiz Paulo Franco e a Rua Jornalista Djalma Andrade, bem como naqueles terrenos localizados na quadra 3675, conforme o Anexo II desta Lei, são admitidas as atividades previstas no Anexo XV desta Lei, desde que instaladas em edificações horizontais. § 6º - Nos lotes com frente para a Avenida Raja Gabáglia inseridos na ADE de Santa Lúcia, é permitida a instalação dos usos não residenciais admitidos na via, desde que o acesso se faça exclusivamente por essa Avenida. § 7º - VETADO

Art. 75 - Fica alterado o caput do art. 84 da Lei nº 7.166/96, e fica acrescentado a esse artigo o § 2º, passando o parágrafo único a vigorar como § 1º, nos seguintes termos:

“Art. 84 - A ADE da Savassi é a que, em função de suas características e do alto potencial para desenvolvimento econômico e cultural, demanda a adoção de incentivos e normas especiais, visando à sua requalificação urbana. (...) § 2º - Deverá ser desenvolvido um projeto de requalificação urbano-ambiental da Savassi, que aborde, entre outras, as seguintes questões: I - tratamento dos espaços públicos, incluindo-se a padronização do mobiliário urbano; II - ordenamento e intensificação do uso dos espaços públicos por atividades múltiplas, em especial as culturais de médio e pequeno porte;

Page 218: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

218

III - altimetria das edificações; IV - uso do solo e horário de funcionamento dos estabelecimentos; V - circulação de pedestres e veículos, incluindo-se a definição de eixos preferenciais de pedestre para ligação com outras áreas de referência no entorno da ADE; VI - compatibilidade entre iluminação pública e arborização das calçadas.” (NR)

Art. 76 - Ficam alterados o caput e os §§ 1º e 3º do art. 85 da Lei nº 7.166/96, fica acrescentado a esse artigo o § 5º, nos seguintes termos:

“Art. 85 - A ADE Hospitalar é a área que, devido à alta concentração de atividades da área de saúde e hospitalares de caráter geral, demanda a adoção de medidas para inibir a crescente especialização dos usos, adequá-la aos já existentes e promover a melhoria da qualidade ambiental. § 1º - Na ADE Hospitalar, ficam condicionados a parecer favorável do COMPUR o funcionamento e a ampliação das atividades hospitalares, comerciais e de prestação de serviços relacionadas à saúde e classificadas, no Anexo X desta Lei, como do Grupo IV. § 3º - Os espaços e os equipamentos públicos da ADE Hospitalar, especialmente as praças Hugo Werneck e Floriano Peixoto, serão adaptados às características de seus usuários, em especial os portadores de necessidades especiais, e tratados de modo a estimular sua apropriação pela população. (...) § 5º - O Executivo promoverá estudos e adotará medidas com os seguintes objetivos: I - viabilizar a implantação de estações de transbordo do transporte de massa e eixos preferenciais para o caminhamento de pedestres na ADE Hospitalar; II - incentivar a formação de novas concentrações de atividades hospitalares e de saúde, visando à diminuição da tendência ao adensamento dessas atividades nesta ADE; III - avaliar as interferências advindas do agrupamento de hospitais em seu entorno imediato, em particular no Bairro Santa Efigênia, com possibilidade de extensão do perímetro da ADE, de modo a incorporá-lo.” (NR)

Art. 77 - Ficam alterados o caput e o § 1º do art. 86 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º e 10, nos seguintes termos:

“Art. 86 - A ADE de Interesse Ambiental é constituída por áreas nas quais existe interesse público na preservação ambiental, a ser incentivada pela aplicação de mecanismos compensatórios, por apresentarem uma ou mais das seguintes características: I - presença de cobertura vegetal relevante;

Page 219: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

219

II - presença de nascentes, cursos d’água, lagoas e represas; III - existência de áreas cujo lençol freático seja subaflorante, configurando ecossistema de brejo; IV - existência de expressivo contingente de quintais arborizados; V - existência de terrenos com declividade superior a 47% (quarenta e sete por cento), vegetado ou não; VI - existência de áreas degradadas, ainda não ocupadas, em processo de erosão ativa e/ou cuja vegetação tenha sido suprimida ou submetida a degradação. § 1º - A preservação das ADEs de Interesse Ambiental será estimulada por meio dos seguintes instrumentos: I - Transferência do Direito de Construir, prevista no Plano Diretor do Município de Belo Horizonte e na legislação correlata; II - instituição de Reserva Particular Ecológica, conforme previsto nas leis n° 6.314, de 12 de janeiro de 1993, e n° 6.491, de 29 de dezembro de 1993. § 3º - As intervenções em ADE de Interesse Ambiental serão objeto de prévio licenciamento pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, sem prejuízo de outras análises cabíveis, e mediante apresentação da caracterização da área e indicação dos impactos previsíveis e das medidas mitigadoras e/ou compensatórias, se for o caso. § 4º - As intervenções em ADE de Interesse Ambiental poderão ser objeto de análise pelo COMAM, quando assim o determinar a legislação pertinente. § 5º - A Taxa Mínima de Permeabilidade em ADE de Interesse Ambiental é de 30% (trinta por cento), resguardadas as taxas determinadas pela legislação vigente para as áreas localizadas em ZP-1 e ZPAM. § 6º - Em ADE de Interesse Ambiental, é vedada a substituição da taxa mínima de permeabilidade por caixa de captação de águas pluviais ou jardineiras, devendo ser incentivado o uso concomitante da caixa de captação. § 7º - Nos lotes localizados em ADE de Interesse Ambiental, devem ser preservados os elementos naturais relevantes existentes, devendo a localização da área permeável ser coincidente com a localização desses elementos. § 8º - Poderá ser admitida a não preservação de elementos naturais existentes, mediante justificativa técnica e condicionada ao estabelecimento de medidas compensatórias a serem definidas pelo COMAM, observadas as demais restrições legais. § 9º - Em caso de ADE de Interesse Ambiental cuja cobertura vegetal seja inexistente ou tenha sofrido processo de degradação, a área permeável deverá ser alvo de ações de recuperação ambiental, tais como a contenção de erosões e a revegetação com espécies adequadas, preferencialmente nativas.

Page 220: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

220

§ 10 - As áreas públicas situadas em ADE de Interesse Ambiental devem ser destinadas, preferencialmente, a áreas verdes." (NR)

Art. 78 - O caput e os respectivos incisos do art. 87 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 87 - A ADE de Venda Nova tem o objetivo de compatibilizar a proteção do patrimônio cultural com o desenvolvimento das atividades econômicas e a permanência do uso residencial, mediante a adoção de políticas que, considerando a reestruturação urbana e econômica do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH -, contemplem: I - o reforço da identidade do centro de Venda Nova e sua valorização como referencial simbólico, considerando-se os eixos da Rua Padre Pedro Pinto e da Avenida Vilarinho como eixos culturais e funcionais da ADE; II - o tratamento urbanístico-ambiental da Avenida Vilarinho e da Rua Padre Pedro Pinto, visando à melhoria da acessibilidade e à sua articulação com o metrô; III - a implementação de medidas de proteção e de valorização do patrimônio cultural da região, que resultem de estudos urbanísticos que considerem controle de altimetria das edificações, despoluição e requalificação das fachadas de edificações de interesse histórico, requalificação de espaços públicos e dos referenciais simbólicos, bem como ações de promoção da história local.” (NR)

Art. 79 - Fica alterado o inciso II do caput do art. 88 da Lei nº 7.166/96, e fica acrescentado a esse artigo o § 4º, nos seguintes termos:

“Art. 88 - (...) II - à requalificação de áreas degradadas ou estagnadas; (...) § 4º - Visando ao desenvolvimento socioeconômico, ambiental e cultural da região, a regulamentação da ADE da Lagoinha deverá, entre outros aspectos: I - estimular o desenvolvimento de novas vocações econômicas na região, por meio de projetos de requalificação urbana; II - estimular a permanência do uso residencial na ADE; III - levantar os imóveis passíveis de inventário e tombamento.” (NR)

Art. 80 - O inciso IV do § 1º do art. 91 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 91 -

Page 221: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

221

§ 1° - (...) IV - Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento);” (NR)

Art. 81 - O caput do art. 91-A da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 91-A - A ADE do Primeiro de Maio tem o objetivo de preservar os traços da ambiência original dos espaços públicos e a tipologia típica da ocupação e do uso, por meio de: I - valorização da centralidade urbana, conformada pelo centro comercial ao longo da Rua Ladainha, nos bairros Primeiro de Maio e Providência; II - promoção da requalificação urbana da área e das fachadas de edificações de interesse cultural, com integração ao Parque Primeiro de Maio; III - instituição de perímetro de proteção do patrimônio cultural.” (NR)

Art. 82 - Ficam alterados os incisos II e III do § 1º do art. 91-B da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 3º e 4º, nos seguintes termos:

“Art. 91-B - (...) § 1° - (...) II - Coeficiente de Aproveitamento - CA - igual a 1,0 (um); III - nas quadras a montante do Parque Aggeo Pio Sobrinho, identificadas no Anexo II desta Lei, às folhas 53 e 59, pelos números 11223, 11340, 11353, 11366, 11379, 11381, 11394, 11400, 11439, 11441, 11454, 11501, 11514, 11527, 11530 e 9973, é admitido, exclusivamente, o uso residencial unifamiliar e com os parâmetros do zoneamento existentes. (...) § 3º - As novas edificações deverão adaptar-se ao perfil do terreno, evitando-se a utilização de estruturas aparentes, permitindo-se, excepcionalmente, a adoção de tratamento estético harmônico para bases de estruturas de edificação que apresentem alturas iguais ou superiores a 3 m (três metros), compatível com o restante da edificação, de maneira a formar composição estética com esta. § 4º - Deve ser estimulada a adoção de medidas de melhoria da paisagem urbana, como proteção e tratamento paisagístico de taludes, a serem implementadas pelas edificações existentes, às quais poderão ser concedidos incentivos, e pelas edificações a construir.” (NR)

Page 222: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

222 Art. 83 - Ficam acrescentados ao Capítulo VI da Lei nº 7.166/96 os seguintes arts. 86-A, 86-B, 86-C, 86-D, 86-E, 86-F, 86-G, 86-H, 86-I, 86-J, 86-K, 86-L, 86-M, 86-N; 89-A; 91-C, 91-D, 91-E e 91-F:

“Art. 86-A - Fica instituída a ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, que poderá ser objeto de Operação Urbana, desde que respeitados os parâmetros específicos da ADE. Art. 86-B - Na área da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, o parcelamento do solo somente poderá ser feito por meio da modalidade de parcelamento vinculado. Art. 86-C - No parcelamento das áreas lindeiras aos principais cursos d'água da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, em especial do Ribeirão do Isidoro, do Córrego dos Macacos e do Córrego da Terra Vermelha, será prevista a implantação de parques lineares destinados a atividades de lazer, preservação e requalificação ambiental, respeitado o disposto na legislação específica. § 1º - Os parques lineares de que trata o caput deste artigo deverão, sempre que possível, interligar-se com as áreas definidas como ZPAM, de modo a criar eixos contínuos de preservação ambiental, e deverão ser implantados nas áreas delimitadas pelas cotas máximas de cheia, a serem definidas de acordo com estudos técnicos específicos. § 2º - Todos os córregos na área da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro devem ser mantidos em leito natural, ressalvadas as transposições do sistema viário quando não houver alternativa tecnicamente viável, devendo ser evitadas, em todos os casos, as movimentações de terra junto a esses córregos. Art. 86-D - Em todas as vias classificadas como locais, mistas e de pedestres, nos termos do art. 27 desta Lei, será previsto calçamento intertravado, de paralelepípedo ou outro que garanta a permeabilidade da via e que seja adequado às características do solo local. Art. 86-E - A Taxa de Ocupação máxima admitida no perímetro da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro é de 0,5 (cinco décimos). Art. 86-F - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, a instalação das atividades classificadas como do Grupo IV, nos termos do Anexo X desta Lei, fica condicionada a parecer favorável do COMPUR, não sendo admitidas aquelas que apresentem risco de contaminação do lençol freático ou das águas superficiais. Art. 86-G - Nas porções da área da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro localizadas em cotas altimétricas acima de 800 m (oitocentos metros), a altura máxima das edificações fica limitada a 12,0 m (doze metros), contados a partir do terreno natural.

Page 223: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

223

§ 1º - O limite de altimetria previsto no caput deste artigo deverá abarcar todos os elementos que compõem a edificação, inclusive a caixa d’água e a casa de máquinas. § 2º - Poderão ser construídos acima da cota altimétrica definida no caput deste artigo apenas os equipamentos destinados exclusivamente ao apoio à manutenção das áreas de preservação. Art. 86-H - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, a construção de pavimentos no subsolo somente poderá ocorrer caso seja assegurada a proteção do lençol freático. Art. 86-I - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, deverão ser implantadas vias públicas ao redor de todos os parques e reservas particulares ecológicas, de forma a garantir sua visualização a partir do espaço público. Parágrafo único - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, poderá ser exigida pelo Executivo a implantação de rede elétrica, de telefonia ou similar no subsolo, de forma a evitar o impacto da fiação aérea na paisagem, conforme dispuser regulamento. Art. 86-J - Na arborização dos espaços públicos da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, somente poderão ser adotadas espécies arbóreas da flora nativa local, sujeito à aprovação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art. 86-K - Poderá ser exigida pelo Executivo a utilização de sistema de aproveitamento de energia solar e de reaproveitamento de água nas edificações construídas na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, conforme dispuser regulamento. Art. 86-L - Para os lotes inseridos na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, fica obrigatória a instalação da caixa de captação e drenagem, juntamente com o atendimento ao parâmetro da Taxa de Permeabilidade, de acordo com os parâmetros previstos em regulamento. Parágrafo único - A obrigatoriedade de utilização da caixa de captação e drenagem prevista no caput deste artigo estende-se às áreas do loteamento destinadas ao sistema viário, ficando o loteador obrigado a promover sua instalação. Art. 86-M - Fica definido o Coeficiente de Aproveitamento igual a 0,5 (cinco décimos) para o uso não residencial na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro. Art. 86-N - Ressalvado o disposto nos arts. 86-A a 86-M desta Lei, são válidos para a ADE de Interesse Ambiental do Isidoro os parâmetros urbanísticos referentes às demais ADEs de Interesse Ambiental do Município. (...)

Page 224: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

224

Art. 89-A - Fica instituída a ADE do Quilombo de Mangueiras, cuja delimitação coincide com os limites do território quilombola, conforme descrição perimétrica a ser definida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA. § 1º - Os parâmetros de uso e ocupação da ADE do Quilombo de Mangueiras serão objeto de regulamentação específica a ser elaborada em conjunto com a comunidade local, considerando-se o relatório técnico de identificação e delimitação elaborado pelo INCRA, bem como o disposto na legislação pertinente. § 2º - Após regulamentação específica, a ADE do Quilombo de Mangueiras poderá adotar parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo distintos dos especificados por esta Lei, inclusive aqueles relativos à ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, desde que respeitadas as exigências das legislações ambientais pertinentes. (...) Art. 91-C - A ADE da Serra do Curral corresponde à área de proteção da Serra do Curral, incluindo-se a área tombada e a área de entorno, definidas conforme deliberação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte - CDPCM-BH -, de acordo com o Anexo XII-A desta Lei, excluídas as áreas de ZEIS. § 1º - As intervenções na ADE Serra do Curral estão sujeitas aos seguintes critérios, que poderão ser flexibilizados mediante análise e aprovação do CDPCM-BH: I - a Taxa Mínima de Permeabilidade é superior ao valor estabelecido no Anexo VI desta Lei em: a) 30% (trinta por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento cultural, como Área Parcelada 1 - Apa 1 - e como Área Parcelada 2 - Apa 2 -; b) 20% (vinte por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento cultural, como Área Parcelada 3 - Apa 3 -; II - a taxa máxima de ocupação é inferior ao valor estabelecido no Anexo VI desta Lei em: a) 30% (trinta por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento cultural, como Apa 1 e Apa 2; b) 20% (vinte por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento cultural, como Apa 3; III - para todo o perímetro da ADE, a altura máxima dos taludes em novos cortes no terreno é de 3,00 m (três metros), salvo nos casos de comprovada inviabilidade técnica; IV - as novas edificações deverão adaptar-se ao perfil do terreno, evitando-se a utilização de estruturas aparentes, permitindo-se, excepcionalmente, a adoção de tratamento estético harmônico para bases de estruturas de edificação que apresentem alturas iguais ou superiores a 3,00 m (três metros), compatível com o restante da edificação, de maneira a formar composição estética com esta;

Page 225: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

225

V - para a recuperação de áreas degradadas e implementação de paisagismo de novas áreas, deverão ser utilizadas espécies nativas da Serra do Curral; VI - as construções nas áreas degradadas classificadas como Área de Recuperação no mapeamento cultural somente serão permitidas mediante elaboração de Plano de Recuperação de Área Degradada a ser aprovado pelo CDPCM-BH, ouvido o COMAM, e desde que destinadas a uso público. Parágrafo único - A recuperação das áreas degradadas poderá ser estimulada mediante utilização de instrumentos de política urbana. Art. 91-D - A ADE Rua da Bahia Viva é aquela que, em virtude de sua importância histórico-cultural associada à sua vocação de lazer e cultura, demanda a adoção de medidas para o incremento de seu potencial, que incluam: I - a elaboração de estudos técnicos para a instituição de parâmetros e posturas urbanísticas específicas, bem como para intervenções físicas pertinentes; II - a implementação de políticas para o desenvolvimento econômico local, tais como incentivos fiscais, apoio técnico e articulação entre parceiros; III - a identificação de órgão ou unidade responsável por coordenar as ações institucionais e técnicas necessárias ao seu desenvolvimento. Art. 91-E - A ADE Polo da Moda, delimitada no Anexo XII desta Lei, é aquela que, em virtude do potencial existente relacionado aos setores têxtil, de design e produção de moda, demanda a adoção de medidas para incremento da geração de divisas e empregos para o Município, que incluam: I - a elaboração de estudos técnicos para a instituição de parâmetros e posturas urbanísticas específicas, bem como para intervenções físicas pertinentes; II - a implementação de políticas para o desenvolvimento econômico local, tais como incentivos fiscais, apoio técnico e articulação entre parceiros; III - a consolidação de entidade gestora, de forma a coordenar ações institucionais, técnicas e estratégicas para seu desenvolvimento. Art. 91-F - Áreas de Especial Interesse Social - AEISs - são aquelas edificadas ou não, destinadas à implantação de programas e empreendimentos de interesse social, vinculados ao uso habitacional. § 1º - A instituição das AEISs pode se dar: I - por lei, quando da alteração do zoneamento, observado o disposto no art. 111 desta Lei; II - por ato do Executivo, a partir da proposição do proprietário, caracterizado o interesse público, desde que haja: a) anuência prévia do COMPUR relativa à capacidade da área para receber os parâmetros urbanísticos de AEIS; b) anuência prévia do CMH. § 2º - Ficam classificadas como AEISs-1 as áreas delimitadas no Anexo XIII desta Lei e os terrenos incluídos no Anexo XIV desta Lei.

Page 226: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

226

§ 3º - Constituem AEISs-2 os loteamentos clandestinos passíveis de regularização, que serão definidas pelo Executivo, no prazo de 6 (seis) meses, contado a partir da data de publicação desta Lei. § 4º - Os critérios e parâmetros urbanísticos das AEISs serão estabelecidos em lei municipal.” (NR)

Art. 84 - O Capítulo VI da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte denominação:

“CAPÍTULO VI

DAS ÁREAS ESPECIAIS” (NR) Parágrafo único - O Capítulo VI da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar constituído pelas Seções I e II, nos seguintes termos:

“I - Seção I - Das Áreas de Diretrizes Especiais: inclui os arts. 75 a 91-E da Lei nº 7.166/96; II - Seção II - Das Áreas de Especial Interesse Social: inclui o art. 91-F da Lei nº 7.166/96.” (NR)

Art. 85 - O caput e o § 2º do art. 92 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 92 - O processo administrativo relativo à infração pelo descumprimento do disposto nesta Lei deve ser feito, no que não contrariar o que nela está previsto, com os mesmos prazos e forma aplicáveis pelo descumprimento do Código de Edificações do Município. (...) § 2º - O infrator do disposto nesta Lei será previamente notificado, pessoalmente ou mediante via postal, com Aviso de Recebimento - AR -, para regularizar a situação no prazo de 30 (trinta) dias, ressalvados os casos de prazos maiores ou menores fixados neste Capítulo.” (NR)

Art. 86 - O § 2º do art. 93 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 93 - (...) § 2º - O pagamento da multa não implica regularização da situação nem obsta a continuidade da ação fiscal.” (NR)

Art. 87 - Fica acrescentado à Seção I do Capítulo VII da Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 94-A:

“Art. 94-A - A instalação, construção ou ampliação de empreendimento de impacto em desacordo com o disposto na Seção V do Capítulo V desta

Page 227: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

227

Lei implica pagamento de multa diária no valor de 1% (um por cento) do valor venal do terreno, sem prejuízo do disposto no art. 106 desta Lei.” (NR)

Art. 88 - O art. 95 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 95 - A realização de parcelamento irregular ensejará a adoção das seguintes medidas: I - imediato embargo da obra de implantação do parcelamento ou interdição do parcelamento concluído; II - notificação para obter, no prazo de 90 (noventa) dias, o Alvará de Urbanização para a obra de implantação do parcelamento ou o registro do loteamento, no caso de parcelamento concluído. § 1º - Caracteriza-se como realização de parcelamento irregular: I - a execução de qualquer obra sem a existência de Alvará de Urbanização; II - a implantação de parcelamento em desacordo com o projeto aprovado. § 2º - A desobediência ao embargo ou à interdição sujeitará o infrator, proprietário, empresa contratada ou corretor, à apreensão ou à interdição das máquinas, dos equipamentos e veículos em uso no local, juntamente com a aplicação de multa no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), observando-se o disposto no caput do art. 93 desta Lei, e considerando-se o prazo de 1 (um) dia para a caracterização de reincidência. § 3º - A não regularização no prazo estabelecido no inciso II do caput deste artigo ensejará à aplicação de multa de R$1,00 (um real) por metro quadrado da gleba objeto do parcelamento irregular, observando-se o disposto no art. 93 desta Lei, e considerando-se o prazo de 60 (sessenta) dias para a caracterização de reincidência.” (NR)

Art. 89 - O art. 96 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 96 - Para fins de aplicação de multas, a venda de lotes ou áreas e a publicidade de qualquer natureza ou forma, inclusive a presença de corretores no imóvel, serão consideradas desobediência ao auto de embargo ou de interdição.” (NR)

Art. 90 - O art. 97 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 97 - A não conclusão da urbanização, no prazo de validade fixado no Alvará de Urbanização sujeita o proprietário ao pagamento de multa, por mês, ou fração de atraso, no valor de R$1,00 (um real) por metro quadrado da gleba objeto do parcelamento.” (NR)

Art. 91 - O caput do art. 98 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

Page 228: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

228

“Art. 98 - O acréscimo irregular de área em relação ao Coeficiente de Aproveitamento sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa, calculada multiplicando-se o valor venal do metro quadrado do terreno pelo número de metros quadrados de construção acrescidos à área líquida máxima permitida.” (NR)

Art. 92 - O art. 100 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 100 - A desobediência aos parâmetros mínimos referentes às taxas de ocupação e de permeabilidade sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa de 1% (um por cento) do valor venal do terreno multiplicado pelo número de metros quadrados, ou fração, de área irregular.” (NR)

Art. 93 - O art. 101 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 101 - A desobediência às limitações de gabarito sujeita o proprietário ao pagamento de multa no valor de 1% (um por cento) do valor venal do terreno multiplicado por metro cúbico, ou fração, do volume criado pela altura excedente à permitida.” (NR)

Art. 94 - O art. 102 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 102 - O desrespeito às medidas correspondentes à altura máxima na divisa sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa no valor de 1% (um por cento) do valor venal do terreno multiplicado por metro cúbico, ou fração do volume superior ao permitido calculado a partir da limitação imposta.” (NR)

Art. 95 - O art. 103 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 103 - A invasão dos afastamentos mínimos estabelecidos nesta Lei ou o descumprimento do disposto nos arts. 57 e 58 desta Lei sujeitam o proprietário do imóvel ao pagamento de multa de 0,5% (cinco décimos por cento) do valor venal do terreno por metro cúbico ou fração, de volume invadido, calculado a partir da limitação imposta.” (NR)

Art. 96 - O art. 105 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 105 - A execução de área de estacionamento em desconformidade com o disposto nesta Lei implica o pagamento de multa correspondente a 1% (um por cento) do valor venal do imóvel multiplicado pelo número de vagas inferior ao mínimo exigido por esta Lei.” (NR)

Art. 97 - As alíneas “a”, “b”, “c” e “d” do inciso I do § 1º e o § 4º do art. 106 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 106 - (...) § 1º -

Page 229: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

229

(...) I - (...) a) R$250,00 (duzentas e cinquenta reais), no caso de uso do Grupo I do Anexo X desta Lei; b) R$500,00 (quinhentos reais), no caso de uso do Grupo II do Anexo X desta Lei; c) R$1.000,00 (um mil reais), no caso de uso do Grupo III e do Grupo IV do Anexo X desta Lei; d) R$3.000,00 (três mil reais), no caso de empreendimento de impacto. (...) § 4º - Para as atividades em que haja perigo iminente, enquanto persistir o perigo, o valor da multa diária é equivalente a R$3.000,00 (três mil reais), podendo a interdição se dar de imediato, cumulativamente com a multa.” (NR)

Art. 98 - Ficam acrescentados à Seção IV do Capítulo VII da Lei nº 7.166/96 os seguintes arts. 106-A e 106-B:

“Art. 106-A - A construção, a ampliação, a instalação ou o funcionamento de empreendimentos de impacto, inclusive de antenas de telecomunicações, sem a devida licença ambiental ou em desacordo ao que nela estiver determinado, sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985. Parágrafo único - As infrações decorrentes das condutas previstas no caput deste artigo serão consideradas de natureza gravíssima. Art. 106-B - As multas previstas em normas de caráter ambiental poderão ter a sua exigibilidade suspensa, quando o infrator, por termo de compromisso aprovado pelo órgão municipal responsável pelo meio ambiente, cessar imediatamente a degradação ambiental e obrigar-se à adoção de medidas específicas para repará-la. § 1º - A correção do dano a que se refere o caput deste artigo deverá ser precedida de apresentação de projeto técnico de reparação do mesmo. § 2º - A autoridade competente pode dispensar o infrator de apresentação de projeto técnico na hipótese em que a reparação não o exigir. § 3º - Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a multa será reduzida em 80% (oitenta por cento) do valor, atualizado monetariamente. § 4º - Na hipótese de interrupção do cumprimento das obrigações de corrigir a degradação ambiental, por decisão da autoridade ambiental, o infrator deverá recolher o valor da multa atualizado monetariamente, que será proporcional ao dano não reparado.

Page 230: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

230

§ 5º - Na hipótese de descumprimento das obrigações de cessar e de corrigir a degradação ambiental, por culpa do infrator, o valor da multa, atualizado monetariamente, será recolhido integralmente. § 6º - Os valores apurados nos §§ 3º, 4º e 5º deste artigo serão recolhidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado do recebimento da notificação.” (NR)

Art. 99 - O art. 107 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 107 - Pelo descumprimento de outros preceitos desta Lei não especificados nas seções anteriores, o infrator deve ser punido com multa no valor de R$500,00 (quinhentos reais).” (NR)

Art. 100 - Fica alterado o inciso X do art. 108 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os incisos XIII, XIV, XV, XVI e XVII, nos seguintes termos:

“Art. 108 - (...) X - Anexo X - Classificação dos Usos, Repercussões Negativas e Medidas Mitigadoras das Repercussões Negativas; (...) XIII - Anexo XIII - Mapa de Áreas de Especial Interesse Social - AEIS-1 -; XIV - Anexo XIV - Listagem de Terrenos Classificados como Áreas de Especial Interesse Social – AEIS-1 -; XV - Anexo XV - Usos não residenciais admitidos nas ADEs Belvedere e Belvedere III; XVI - Anexo VI-A - Parâmetros Urbanísticos das ZEs estabelecidas pela Lei nº 8.137/00; XVII - Anexo XII-A - Mapa da ADE Serra do Curral.” (NR)

Art. 101 - O caput do art. 109 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 109 - São considerados lotes aprovados as partes de lotes que possam ser identificadas na Planta Cadastral de Belo Horizonte de 1942, elaborada na administração Juscelino Kubitschek de Oliveira.” (NR)

Art. 102 - O art. 112 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 112 - Os acréscimos e as alterações ao Anexo IV desta Lei e à classificação das vias segundo a permissividade de usos não residenciais somente podem ser feitos: I - por decreto, quando se tratar de aprovação de parcelamento; II - por lei, de 3 (três) em 3 (três) meses, com parecer prévio favorável do COMPUR, contados da data de vigência desta Lei; III - por lei, quando objeto de Operação Urbana. § 1° - A classificação da via, efetivada nos termos do inciso I do caput deste artigo, não poderá ser alterada por decreto.

Page 231: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

231

§ 2° - Os acréscimos e as alterações relativos à permissividade de usos não residenciais serão estabelecidos com base na análise das seguintes características das vias: I - predominância de usos lindeiros; II - largura da via obtida da planta cadastral; III - classificação da função da via, no sistema ao qual pertence, em local, coletora, arterial e de ligação regional; IV - características físicas da via; V - ambiência do entorno, contemplando a compatibilidade entre usos diversos; VI - potencial de saturação do sistema viário e de estacionamento; VII - saturação da via gerada por impacto cumulativo de atividades no local.” (NR)

Art. 103 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 116-B:

“Art. 116-B - Deve ser estimulada, mediante mecanismos a serem estabelecidos por decreto, a utilização simultânea da área de permeabilização e da caixa de captação e drenagem para atendimento à Taxa de Permeabilidade.” (NR)

CAPÍTULO III

Das alterações à Lei Nº 9.037, DE 14 DE JANEIRO DE 2005

Art. 104 - O Capítulo II do Título I da Lei nº 9.037/05 passa a vigorar acrescido do seguinte art. 4º-A:

“Art. 4º-A - O Executivo priorizará a implementação do Programa de Recuperação da Bacia da Pampulha, com vistas à sua consolidação deverá ser implementado em caráter prioritário, para que esteja consolidado até o ano de 2014, especialmente no que diz respeito à finalização das obras físicas previstas.” (NR)

Art. 105 - Ficam acrescentados ao Capítulo II do Título II da Lei nº 9.037/05 o art. 20-A e o parágrafo único do art. 26, nos seguintes termos:

“Art. 20-A - Podem ser instalados na ADE Trevo, desde que adequadamente solucionado o esgotamento sanitário na região, em conformidade com o adensamento resultante, equipamentos de uso público e edificações relativas a programas de habitação de interesse social, limitada a 12 m (doze metros) a altura das edificações e respeitando-se a quota mínima de terreno por unidade habitacional de 60 m² (sessenta metros quadrados). (...) Art. 26 - (...) Parágrafo único - Excetua-se do disposto no caput deste artigo o terreno não parcelado inserido na quadra 4700 e definido como ZAR-2 no Anexo

Page 232: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

232

II da Lei nº 7.166/96, na qual a altimetria das edificações fica limitada, alternativamente: I - a 9 m (nove metros), contados a partir do terreno natural; II - a 30 m (trinta metros), contados a partir do nível da Avenida Flemming, no trecho correspondente à quadra a que se refere o parágrafo único deste artigo.” (NR)

Art. 106 - O art. 28 da Lei nº 9.037/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 28 - Além do uso residencial, é permitida a instalação das atividades previstas no Anexo VII desta Lei, conforme as áreas incluídas no Anexo VI desta Lei, a saber: I - áreas predominantemente residenciais; II - Avenida Otacílio Negrão de Lima; III - Avenida Fleming; Rua Expedicionário Celso Racioppi; avenidas Alfredo Camarate e Santa Rosa; Praça Alberto D. Simão; avenidas Francisco Negrão de Lima, Atlântida/Heráclito Mourão de Miranda, Antônio Francisco Lisboa, Professor Clóvis Salgado, Braúnas, Chaffir Ferreira e Orsi Conceição Minas e ruas Xangrilá, Versília e Ministro Guilhermino de Oliveira. § 1º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser agregadas as atividades auxiliares constantes do mesmo Anexo, desde que sua instalação seja admitida na via na qual está instalada a atividade principal. § 2º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser associadas outras, independentemente de sua admissão no local em que está instalada a atividade principal, observado o seguinte: I - às atividades incluídas entre os serviços de alimentação poderão ser associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de produtos alimentícios; II - às atividades de centro de convenções e de centro cultural poderão ser associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de produtos alimentícios e comércio varejista de artigos e aparelhos de uso pessoal e domiciliar. § 3º - O Executivo deverá regulamentar a forma de implantação das atividades associadas, ouvido o COMPUR.” (NR)

Art. 107 - O caput do art. 29 e o art. 30 da Lei nº 9.037/05 passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 29 - São permitidos, nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Portugal, Presidente e Francisco Negrão de Lima, entre a Avenida Presidente a Rua Acácio Teles Pereira, e nas ruas Francisco Bretas Bhering, João Zacarias de Miranda, Estanislau Fernandes e Pedrogão Pequeno, os usos permitidos em vias arteriais, de acordo com a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Art. 30 - É permitida a instalação de equipamentos voltados à cultura, ao turismo e ao lazer com parâmetros urbanísticos diferenciados dos

Page 233: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

233

determinados nesta Lei nas vias incluídas no inciso III do art. 28, no art. 29 e no Anexo VI, todos desta Lei. § 1°- A utilização dos benefícios previstos no caput deste artigo somente será admitida para: I - lotes desocupados; II - imóveis comprovadamente subutilizados, cujas edificações não se caracterizem como de interesse de preservação. § 2° - Para os casos previstos no caput deste artigo, admitir-se-á: I - taxa de ocupação superior a 50% (cinquenta por cento), desde que observada a Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento); II - altura máxima na divisa de 9 m (nove metros), nas vias arteriais e de ligação regional e de 5 m (cinco metros) nas vias coletoras. III - altura total da edificação superior a 9 m (nove metros), desde que: a) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em visadas significativas do Conjunto Urbano da Pampulha; b) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em visadas dos monumentos tombados e definidos como de interesse de preservação. § 3°- A utilização dos parâmetros estabelecidos no § 2° deste artigo fica condicionada à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV – e à aprovação pelo CDPCM-BH e pelo COMPUR. § 4º - A concessão prevista no inciso III do § 2º deste artigo é válida apenas para os lotes 1, 2 e 35 a 46 da quadra 66 do Bairro São Luiz.” (NR)

Art. 108 - Fica acrescentado à Lei nº 9.037/05 o seguinte art. 32-A:

“Art. 32-A - Nos terrenos onde estão situados o Mineirão, o Mineirinho e o Centro Esportivo Universitário Centro Esportivo Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais - CEU/UFMG -, com vistas ao atendimento das demandas relativas aos equipamentos esportivos e em virtude da necessidade de constante modernização desses, podem ser praticados parâmetros e critérios urbanísticos diferentes dos previstos na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e desta Lei, desde que: I - sejam submetidos à aprovação do CDPCM-BH e do COMPUR; II - contribuam para a requalificação da área.” (NR)

Art. 109 - Fica acrescentado ao art. 33 da Lei nº 9.037/05 o seguinte parágrafo único:

“Art. 33 - (...) Parágrafo único - As atividades do Grupo 3, nos termos do Anexo X da Lei nº 7.166/96 regularmente instaladas, até a data da publicação desta Lei, na ADE da Pampulha, poderão ser substituídos pela atividade de hotel, desde que a substituição não implique desrespeito a qualquer dos

Page 234: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

234

parâmetros urbanísticos válidos para ADE e para o zoneamento do local, em especial a Taxa de Permeabilidade e a altimetria". (NR)

Art. 110 - Ficam acrescentados os arts. 39-A, 39-B, 39-C e 39-D ao Capítulo IV do Título II da Lei nº 9.037/05:

“Art. 39-A - O Executivo elaborará estudos técnicos que apresentem alternativas de uso para os imóveis ociosos ou desocupados das ADEs da Pampulha e Trevo, compatíveis com os usos residenciais dessas regiões. Art. 39-B - O Executivo promoverá a implantação, manutenção e custeio de projetos permanentes de educação ambiental extraescolar, que tenham como foco a conscientização ambiental, especialmente a de crianças, adolescentes e jovens. Art. 39-C - O Executivo estenderá os projetos de educação ambiental já existentes e promovidos pelo Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - PROPAM - às escolas de ensino público e privado e a outras instituições. Art. 39-D - Serão previstas as seguintes ações e intervenções no âmbito das ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo: I - criação, para toda a ADE da Bacia da Pampulha, de mecanismos de coleta e tratamento de dejetos recicláveis e reutilizáveis; II - definição de políticas de mobilidade, acessibilidade e controle do tráfego de veículos para as ADEs da Pampulha e Trevo. III - realização de intervenções que visem à recuperação de espaços públicos pertencentes à Avenida Otacílio Negrão de Lima, para implantação de segunda pista e de calçadão junto à Lagoa, em consonância com o planejamento inicial da via.” (NR)

Art. 111 - Fica acrescentado ao art. 40 da Lei nº 9.037/05 o seguinte parágrafo único:

“Art. 40 - (...) Parágrafo único - Ficam inseridas, entre os Serviços de Educação permitidos na ADE da Pampulha e constantes do Anexo VII desta Lei, as escolas de ensino médio e profissionalizante.” (NR)

CAPÍTULO IV

DAS ALTERAÇÕES À LEI Nº 8.137, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2000 Art. 112 - O Capítulo VI da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte denominação:

Page 235: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

235

“CAPÍTULO VI DA REVISÃO DO PROFAVELA E REGULAMENTAÇÃO DA ZEIS” (NR)

Art. 113 - Fica acrescentado à Seção I do Capítulo VI da Lei nº 8.137/00 o seguinte art. 138-A:

“Art. 138-A - A delimitação de áreas como ZEIS será definida de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, durante as revisões da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, a partir de estudos específicos do órgão gestor da Política Municipal de Habitação, com base no conceito das ZEISs e com o referendo do Conselho Municipal de Habitação, desde que não sejam áreas que estejam predominantemente inseridas: I - em faixas de domínio e/ou servidão; II - em áreas de risco; III - em áreas de preservação histórica e/ou ambiental; IV - em áreas com declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento).” (NR)

Art. 114 - O art. 139 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 139 - Fica instituída a figura dos Planos Globais Específicos - PGEs -, a serem elaborados para cada ZEIS sob a coordenação do Executivo.” (NR)

Art. 115 - O art. 140 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 140 - Os Planos Globais Específicos para cada ZEIS deverão considerar 3 (três) níveis de abordagem: físico-ambiental, jurídico-legal e socioeconômico-organizativo, elaborados concomitantemente. § 1º - Para efeito de ordenação territorial, o Plano Global Específico para cada ZEIS poderá subdividi-las em áreas de categorias diferenciadas, em função dos potenciais de adensamento, da necessidade de proteção ambiental e das características de expansão dessas áreas, ficando estas sujeitas a índices ou parâmetros urbanísticos próprios. § 2º - O detalhamento do conteúdo dos Planos Globais Específicos deverá ser feito por decreto.” (NR)

Art. 116 - O art. 142 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 142 - Os Planos Globais Específicos das ZEISs e suas eventuais alterações deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de Habitação, após prévia aprovação da comunidade. Parágrafo único - O Executivo implementará processos de monitoramento e avaliação dos procedimentos de elaboração e de execução dos Planos Globais Específicos.” (NR)

Art. 117 - O caput e os §§ 1º, 2º, 3º e 5º do art. 143 da Lei nº 8.137/00 passam a vigorar com a seguinte redação:

Page 236: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

236

“Art. 143 - Os projetos de parcelamento das ZEISs serão aprovados pelo Executivo a título de urbanização específica de interesse social, em conformidade com o disposto no art. 4º, inciso II, da Lei nº 6.766/79. § 1º - O sistema viário, nas ZEISs, será composto de avenidas, travessas, ruas, escadarias e becos ou passagens de uso comum e será incorporado ao domínio público, uma vez aprovado o registro do projeto de parcelamento do solo. § 2º - As vias veiculares serão caracterizadas conforme os parâmetros abaixo: I - vias veiculares locais: a) pista de rolamento com largura mínima de 6,00 m (seis metros), para as vias com 2 (duas) pistas; b) pista de rolamento com largura mínima de 3,00 m (três metros) para as vias com 1 (uma) pista; c) declividade máxima de 30% (trinta por cento), exceto em pequenos trechos para viabilização de concordâncias; II - vias veiculares coletoras: a) no mínimo 2 (duas) pistas de rolamento, totalizando-se uma largura mínima de 6m (seis metros) de pista; b) declividade máxima de 22% (vinte e dois por cento); III - vias de acesso restrito, assim consideradas por apresentarem baixo volume de circulação de veículos: a) pista de rolamento com largura mínima de 5 m (cinco metros); b) declividade máxima de 35% (trinta e cinco por cento); c) extensão máxima de 100 m (cem metros). § 3º - A largura mínima da faixa de circulação das vias de pedestres será de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), reservando-se faixa de alargamento de 0,80 m (oitenta centímetros); (...) § 5º - O Executivo estimulará o parcelamento do solo nas áreas ocupadas pelas ZEISs, sempre que necessário à implantação do respectivo Plano Global Específico e à melhoria da qualidade de vida do conjunto da população, mediante operações compensatórias, entre moradores e Administração Pública, conforme previsto na Lei nº 7.165/96.” (NR)

Art. 118 - Fica acrescentado ao art. 143 da Lei nº 8.137/00 o seguinte § 6º:

“Art. 143 - (...) § 6º - O detalhamento das demais características geométricas das vias será feito por decreto específico.” (NR)

Art. 119 - O inciso II do caput do art. 144 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

Page 237: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

237

“Art. 144 - (...) II - pesquisa socioeconômica de forma censitária, físico-ambiental e jurídico-legal.” (NR)

Art. 120 - O caput do art. 145 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 145 - Não será permitido, nas ZEISs, o parcelamento do solo nas seguintes áreas:” (NR)

Art. 121 - O caput do art. 146 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 146 - O percentual de reserva de áreas destinadas à implantação, nas ZEISs, de equipamentos urbanos e comunitários, de sistema de circulação e de espaços para lazer e recreação será estabelecido nos respectivos projetos de parcelamento do solo.” (NR)

Art. 122 - O caput do art. 147 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 147 - Para aprovação do projeto de parcelamento do solo, integral ou parcial, das ZEISs, o interessado deverá encaminhar ao órgão competente do Município responsável a relação de documentos constantes do Anexo XII desta Lei.” (NR)

Art. 123 - O parágrafo único do art. 148 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 148 - (...) Parágrafo único - Considera-se lote padrão a área básica, em metros quadrados, fixada para cada ZEIS, com dimensão estabelecida por parâmetros estatísticos referentes às áreas dos lotes resultantes do levantamento planialtimétrico cadastral.” (NR)

Art. 124 - O art. 150 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 150 - Os pedidos de modificação do parcelamento do solo aprovado para as ZEISs serão instruídos com os documentos constantes do Anexo XII desta Lei.” (NR)

Art. 125 - O caput e os respectivos incisos do art. 151 da Lei nº 8.137/00 passam a vigorar com a seguinte redação:

Page 238: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

238

“Art. 151 - Nas ZEISs, os lotes deverão atender às condições básicas de habitabilidade, acesso e segurança, resguardando-se a área mínima de 40 m² (quarenta metros quadrados) e a área máxima de 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), exceto: I - aqueles destinados à implantação de atividades institucionais promovidas pelo Poder Público ou de uso coletivo; II - os lotes originalmente maiores que 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) situados em ZEIS-3.” (NR)

Art. 126 - O § 2º do art. 151 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 151 - (...) § 2º - Sempre que necessário à melhoria da qualidade de vida do conjunto das famílias moradoras das ZEISs, será promovida a redivisão das áreas densamente ocupadas, estabelecendo-se, inclusive, medidas compensatórias às benfeitorias atingidas.” (NR)

Art. 127 - O caput do art. 153 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 153 - As condições de uso e ocupação do solo de cada núcleo integrante das ZEISs serão regidas por decreto específico, visando a:” (NR)

Art. 128 - O art. 155 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 155 - Os usos permitidos nas ZEIs serão aqueles constantes das Normas Específicas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão, quando se tratar de áreas já regularizadas.

Parágrafo único - As ZEISs ainda não regularizadas deverão seguir os parâmetros discriminados nesta Seção.” (NR)

Art. 129 - O art. 156 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 156 - As ZEISs são predominantemente de uso residencial, sendo admitidos também os usos não residencial e misto, nos termos do art. 64 da Lei nº 7.166/96. § 1º - O uso misto será permitido desde que a atividade não residencial associada ao uso residencial não prejudique a segurança, o bem-estar e o sossego dos moradores e desde que suas instalações tenham acesso independente. § 2º - Os usos não residencial e misto, nas ZEISs, deverão ser compatíveis com o uso residencial, observando-se, cumulativamente: I - as condições de ocupação e características locais;

Page 239: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

239

II - a repercussão produzida pela atividade no local e em seu entorno imediato, nos termos do art. 66 da Lei nº 7.166/96; III - a possibilidade da geração de emprego e renda, em conformidade com a situação socioeconômica dos moradores da ZEIS.” (NR)

Art. 130 - Fica acrescentado à Lei nº 8.137/00 o seguinte art. 156-A:

“Art. 156-A - Serão permitidas, nas ZEISs, apenas as seguintes atividades: I - todas as atividades do Grupo I indicadas no Anexo X da Lei nº 7.166/96; II - as atividades do Grupo II e III indicadas no Anexo XIV desta Lei. § 1º - O licenciamento de atividades, nas ZEISs, segue as normas estabelecidas pela Lei nº 7.166/96 e suas alterações, exceto no que se refere ao disposto em seu art. 67, que trata da vinculação da localização de atividades com a permissividade de uso atribuída ao sistema viário. § 2º - A área máxima utilizada será de 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados), exceto para atividades: I - instaladas em lotes originalmente implantados com área superior em ZEIS-3; II - classificadas como Serviço de Uso Coletivo. § 3º - O licenciamento de atividades, nas ZEISs, dependerá de parecer prévio da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL - , no qual serão consideradas as diretrizes definidas no art. 156 desta Lei. § 4º- O licenciamento de atividades em lotes acima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) depende de parecer favorável da URBEL.” (NR)

Art. 131 - O art. 159 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 159 - Os decretos específicos das Normas de Uso e Ocupação do Solo das ZEISs poderão detalhar as atividades permitidas para as edificações em consonância com as diretrizes do Plano Global Específico.” (NR)

Art. 132 - O art. 160 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 160 - Nos lotes ocupados por mais de um domicílio, o parcelamento e a titulação serão precedidos de Estudo Básico de Ocupação efetuado com a participação dos moradores, para definição das frações ideais respectivas, quando necessário.” (NR)

Art. 133 - Ficam alterados o caput e o § 2º do art. 161 da Lei nº 8.137/00 e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 5º, 6º e 7º, nos seguintes termos:

“Art. 161 - As obras de novas edificações, de reformas e de ampliações das existentes estarão sujeitas às normas estabelecidas nesta Lei e em suas alterações, bem como às disposições do decreto específico que

Page 240: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

240

contenha as Normas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão, quando da aprovação do parcelamento. (...) § 2º - Até que ocorra a regularização fundiária da ZEIS em questão, as novas construções, ampliações ou quaisquer elementos construtivos - lajes, sacadas, varandas, marquises, toldos, - terão sua altura acima do nível da via limitada em função da distância da edificação ao eixo da via, de acordo com o estabelecido em decreto específico. (...) § 5º - Serão admitidas edificações de, no máximo, 4 (quatro) pavimentos e altura máxima de 12,00 m (doze metros), medidos do piso do primeiro pavimento ao forro do último pavimento. § 6º - As áreas destinadas a reassentamentos com mais de 1.000 m² (um mil metros quadrados) seguirão os parâmetros de ocupação do solo da AEIS-1. § 7º - Nas áreas destinadas a reassentamentos, o limite das edificações será de 5 (cinco) pavimentos, desde que o desnível entre a laje de piso do primeiro pavimento e a laje de piso do último pavimento seja de, no máximo, 11,00 m (onze metros).” (NR)

Art. 134 - O caput do art. 164 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 164 - Fica proibida a obstrução dos acessos de uso coletivo, tais como avenidas, travessas, ruas, escadarias, becos ou passagem de uso comum, e de demais espaços de uso coletivo existentes, tais como praças e áreas de lazer, ainda que não derivados de parcelamento aprovado.” (NR)

Art. 135 - O caput do art. 168 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 168 - O Executivo poderá aprovar Cadastro de Edificações no interior das ZEISs, destinado a fazer prova junto ao Registro Imobiliário para fins de averbação da edificação.” (NR)

Art. 136 - Ficam alterados o caput e os respectivos incisos II e IV do art. 170 da Lei nº 8.137/00; ficam acrescentados ao caput do art. 170 da Lei nº 8.137/00 os incisos V e VI e ficam acrescentados ao art. 170 da Lei nº 8.137/00 os §§ 2º e 3º, passando o parágrafo único a vigorar como §1º, nos seguintes termos:

“Art. 170 - Fica o Executivo autorizado a alienar lotes em áreas públicas municipais, com dispensa de licitação nos termos do art. 17 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, alterada pela Lei nº 8.883, de 8 de junho de 1994, aos moradores das ZEIS, mediante as condições seguintes: (...)

Page 241: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

241

II - para cada família somente será destinado um único lote, ou fração ideal, no caso de ocupação multifamiliar, de uso residencial ou misto; (...) IV - nas áreas classificadas como ZEISs, o documento de propriedade será conferido mediante escritura de compra e venda, nos critérios estabelecidos pela URBEL e de acordo com legislação vigente; V - não poderá ser titulada a família moradora de ZEISs que possuir outro imóvel no Município de Belo Horizonte; VI - as transferências de domínio dos lotes e frações ideais posteriormente à titulação deverão se dar com a interveniência do órgão gestor da Política Municipal de Habitação, de acordo com normas e critérios estabelecidos em conjunto com o CMH. (...) § 2º - Os lotes de uso residencial destinados à locação ou os lotes de uso não residencial poderão ser objeto de concessão do direito real de uso ou de permissão de uso, com ou sem ônus.

§ 3º - Decreto detalhará a destinação dos lotes nos casos previstos no § 2º deste artigo.” (NR)

Art. 137 - Fica acrescentado à Lei nº 8.137/00 o seguinte art. 170-A:

“Art. 170-A - Os parâmetros para cálculo de frações ideais em lotes de uso multifamiliar serão os seguintes: I - os lotes com ocupação multifamiliar distribuída horizontalmente poderão ser alienados a todas as famílias que os ocupam, e a cada família corresponderá uma fração ideal calculada pela proporção entre a parcela do lote ocupada individualmente e a área total do lote; II - os lotes com ocupação multifamiliar distribuída verticalmente poderão ser alienados a todas as famílias que os ocupam, e a cada família corresponderá uma fração ideal calculada pela proporção entre a soma da área edificada com a sua respectiva área livre e a área de ocupação total do lote, desde que assegurados os parâmetros mínimos de segurança, salubridade, conforto e acesso.” (NR)

Art. 138 - O art. 171 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 171 - Fica o Executivo autorizado a desafetar os bens públicos existentes no interior das ZEISs, para fins de regularização fundiária das ZEISs e de implantação do Plano Global Específico respectivo.” (NR)

Art. 139 - A Seção VI do Capítulo VI da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte denominação:

“Seção VI Do Grupo de Referência das ZEISs” (NR)

Art. 140 - O art. 172 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

Page 242: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

242

“Art. 172 - No início dos processos de elaboração dos Planos Globais Específicos das ZEISs, deverá ser criado o Grupo de Referência da respectiva área.” (NR)

Art. 141 - O caput do art. 173 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 173 - Os Grupos de Referência poderão ser compostos por representantes da Associação de Moradores local, por grupos comunitários formais e informais da área específica, por grupos organizados das áreas de influência da respectiva ZEIS e por moradores interessados.” (NR)

Art. 142 - O inciso IV do art. 174 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 174 - (...) IV - participar da análise dos pedidos de exclusão de áreas de ZEISs referidas no art. 124 desta Lei;” (NR)

Art. 143 - O art. 180 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 180 - Pelo descumprimento do disposto nos artigos da Seção IV do Capítulo VI desta Lei, o infrator ficará sujeito a multa no valor de R$ 53,00 (cinquenta e três reais), que terá sua aplicação iniciada 6 (seis) meses após a publicação desta Lei e após ampla campanha de divulgação e conscientização da população das ZEISs referente ao seu conteúdo.” (NR)

Art. 144 - Fica acrescentada a alínea “f” ao inciso I do caput do art. 187 da Lei nº 8.137/00, e fica alterado o caput do inciso II desse artigo, nos seguintes termos: Art. 187 -

(...) I - (...) f) a coordenação das ações de fiscalização urbana nas ZEISs; II - compete à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana:” (NR)

CAPÍTULO V

DOS CRITÉRIOS E PARÂMETROS URBANÍSTICOS DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL - AEISs

Seção I

Disposições Preliminares Art. 145 - Áreas de Especial Interesse Social - AEISs - são áreas, edificadas ou não, destinadas à implantação de programas e empreendimentos de interesse social vinculados ao uso habitacional, conforme diretrizes da Política Municipal de Habitação.

Page 243: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

243 § 1º - As AEISs dividem-se em: I - AEISs-1: destinadas à produção de moradias, compostas de áreas vazias, edificações existentes e edificações subutilizadas ou não utilizadas; II - AEISs-2: destinadas à regularização fundiária e à legalização do tecido urbano, compostas por loteamentos irregulares ocupados, predominantemente, por população de baixa renda. § 2º - As áreas vazias e as edificações subutilizadas ou não utilizadas compõem o cadastro de imóveis para a produção de novas moradias. Art. 146 - As AEISs-1 obedecerão aos critérios e parâmetros urbanísticos referentes a parcelamento, ocupação e uso do solo estabelecidos nesta Lei e por decreto específico, no caso de edificações subutilizadas ou não utilizadas. Art. 147 - As AEISs-2 obedecerão aos critérios e parâmetros urbanísticos dispostos na Lei nº 9.074/05 e suas alterações. Art. 148 - A instituição de novas AEISs, além das indicadas nos anexos XVI e XXXIII desta Lei, poderá se dar, por lei, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, juntamente com a revisão da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, ou por decreto, ao longo do intervalo de 4 (quatro) anos, quando se tratar de área pública ou a partir da proposição do proprietário interessado em estabelecer parceria com o Município, referendada pelo Conselho Municipal de Habitação.

Caput com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 19) Parágrafo único - Constituem critérios para a delimitação de AEIS-1: I - existência de infraestrutura adequada, ou com possibilidade de expansão, para atendimento à população a ser assentada; II - presença e/ou previsão de implantação de equipamentos públicos comunitários que atendam à população; III - compatibilização e integração do uso proposto às condições do entorno; IV - não comprometimento da implantação do conjunto habitacional pela existência de vegetação ou espécimes arbóreas de porte significativo; V - presença de condições topográficas e geológico-geotécnicas adequadas para a destinação proposta no terreno, que não deve apresentar predominância de áreas com declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento) ou com incidência de risco; VI - não estar predominantemente inserida em áreas de preservação histórica ou ambiental; VII - não ser definida como Zona de Proteção Ambiental ou Zona de Preservação Ambiental; VIII - regularidade da situação fundiária ou possibilidade de regularização jurídica do terreno, que não deve estar predominantemente inserido em áreas afetadas por faixas de domínio ou servidão e por demais elementos geradores de restrições legais à ocupação; IX - relação custo-benefício favorável para a implantação do empreendimento habitacional; X - não estar predominantemente inserida em áreas a serem afetadas por projetos/programas especiais que comprometam a implantação do empreendimento.

Seção II Da Alienação de Lotes

Page 244: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

244 Art. 149 - Fica o Executivo autorizado a titular, financiar, vender, permutar, retomar, doar ou dar em garantia imóveis de propriedade pública municipal delimitados como AEIS, com dispensa de licitação, nos termos do art. 17 da Lei Federal nº 8.666/93, alterada pela Lei Federal nº 8.883/94, em favor dos beneficiários da Política Municipal de Habitação. Art. 150 - Fica o Executivo autorizado a desafetar os bens públicos existentes no interior das AEIS-2 para fins de regularização fundiária. Art. 151 - As transferências de imóveis produzidos no âmbito da Política Municipal de Habitação deverão se dar com a interveniência do órgão gestor, de acordo com normas e critérios definidos pelo CMH, visando à defesa e à permanência do caráter de interesse social.

Seção III Dos critérios e parâmetros para as AEISs-1

Art. 152 - A validade dos parâmetros urbanísticos relativos à AEIS-1 apenas se aplica para empreendimento habitacional de interesse social. Parágrafo único - Na hipótese de o empreendimento habitacional ser demolido ou ter sua destinação alterada, as novas edificações deverão respeitar os parâmetros do zoneamento original.

Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 20)

Subseção I Do Parcelamento

Art. 153 - Os lotes nos parcelamentos em AEIS-1 devem atender às seguintes condições: I - ter área mínima de 80 m² (oitenta metros quadrados) e, no mínimo, 5 m (cinco metros) de frente (testada); II - os lotes com área entre 80 m² (oitenta metros quadrados) e 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) não poderão ser destinados à habitação multifamiliar, e sua aprovação se dará como parcelamento vinculado e ficará condicionada à apresentação de estudos geológico-geotécnicos. Art. 154 - Nos parcelamentos em AEIS-1, as principais características geométricas das vias devem atender aos parâmetros estabelecidos no Anexo XIX desta Lei, e as demais características serão detalhadas em decreto específico. § 1º - Nas AEISs-1, não serão permitidos lotes voltados para vias de pedestres. § 2º - Nas AEISs-1, serão permitidos lotes voltados para vias mistas, desde que, além dos critérios e parâmetros constantes do Anexo XIX desta Lei, seu traçado permita que a distância máxima a ser percorrida entre qualquer edificação e uma via de hierarquia superior seja de 50m (cinquenta metros). Art. 155 - Nos loteamentos em AEIS-1, é obrigatória a transferência ao Município de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da área total da gleba a ser loteada para instalação de equipamentos urbanos e comunitários e espaços livres de uso público,

Page 245: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

245 devendo-se destinar a espaços livres de uso público, nas glebas com área superior ou igual a 30.000m² (trinta mil metros quadrados), no mínimo, 1/3 (um terço) desse percentual. § 1º - Não serão computadas no percentual de 15% (quinze por cento) a que se refere o caput deste artigo as áreas destinadas ao sistema viário, as quais serão transferidas ao Município. § 2º - As áreas transferidas ao Município devem ter, no mínimo, 5,0 m (cinco metros) de frente para logradouro público e acesso direto ao sistema viário. § 3º - Serão exigidas a delimitação e a utilização de áreas não parceláveis como área de preservação ou não edificável, bem como a manutenção e a preservação dessas. § 4º - Será aceita a utilização de espaços livres de uso público como divisores de quarteirões. Art. 156 - Nos casos de desmembramento: I - quando os 15% (quinze por cento) a serem transferidos ao Município resultem em área inferior à mínima prevista no inciso II do art. 17 da Lei nº 7.166/96, o pagamento em espécie é obrigatório; II - a transferência de área ao Município poderá ser feita em outro local, desde que haja interesse público manifesto, sendo que, nesse caso, a nova área a ser transferida deverá representar o mesmo valor correspondente ao da área original, aplicando-se, para a conversão, a tabela de valores imobiliários utilizada para o cálculo do ITBI. Art. 157 - Para implantação de empreendimento habitacional em AEIS-1, será exigida, no mínimo, a implantação de: I - vias necessárias para acesso adequado ao empreendimento; II - sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e iluminação pública. Parágrafo único - A regulamentação das exigências previstas neste artigo e dos padrões de urbanização, bem como das responsabilidades dos agentes envolvidos, se dará por meio de decreto, ouvidos o Conselho Municipal de Habitação e o Conselho Municipal de Política Urbana.

Subseção II Da Ocupação

Art. 158 - A previsão mínima de vagas de estacionamento em AEIS-1 deverá ser de 1 (uma) vaga para cada 3 (três) unidades habitacionais. Parágrafo único - No caso de lotes com frente para via mista, será feita uma previsão de áreas públicas de estacionamento, incorporadas ao percentual do sistema viário, de forma que seu acesso esteja a uma distância máxima de 100m (cem metros), em projeção horizontal, dos acessos de entrada das edificações localizadas na via, não sendo admitidas vagas presas.

Page 246: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

246 Art. 159 - As edificações implantadas em lotes com único acesso e frente para vias mistas deverão ter, no máximo, 2 (dois) pavimentos com pé-direito de até 3m (três metros) cada. Art. 160 - A Taxa de Permeabilidade - TP - deverá variar proporcionalmente ao tamanho dos lotes, garantida TP de, no mínimo, 10% (dez por cento) quando a área do lote for menor ou igual a 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados). Art. 161 - O afastamento mínimo das edificações com relação ao alinhamento frontal do terreno será de 3,00 m (três metros). Art. 162 - As edificações poderão ser construídas sem afastamentos laterais e de fundos até a altura máxima de 7,00 m (sete metros) em, no máximo, 50% (cinquenta por cento) da extensão da divisa. Parágrafo único - A altura máxima permitida na divisa deverá ser calculada tendo o terreno natural em seus respectivos pontos como referência de nível. Art. 163 - Serão permitidas edificações com até 5 (cinco) pavimentos, desde que a distância entre a laje de piso do primeiro pavimento e a laje de piso do último pavimento seja de, no máximo, de 11 m (onze metros). Art. 164 - O Coeficiente de Aproveitamento nas AEISs-1 será de 1,7 (um inteiro e sete décimos). § 1º - Não será admitida aplicação de outorga onerosa em AEIS, em conformidade com o disposto na Lei nº 7.165/96. § 2º - Não serão admitidos descontos de área no cálculo do potencial construtivo, a partir da aplicação do Coeficiente de Aproveitamento. Art. 165 - Nas AEISs-1, a Quota de Terreno por Unidade Habitacional será de, no mínimo, 25m²/un (vinte e cinco metros quadrados por unidade habitacional). Art. 166 - As edificações de uso misto com 5 (cinco) pavimentos em AEIS-1 ficam liberadas da exigência de pilotis separando os usos residencial e não residencial.

Subseção III Do Uso

Art. 167 - As AEISs são destinadas prioritariamente ao uso residencial, sendo aceitos o uso misto e os usos não residenciais, desde que atendidos os critérios gerais vigentes para localização de atividades no Município. § 1º - A soma das áreas dos lotes de uso não residencial não poderá exceder a 10% (dez por cento) da área total dos lotes do empreendimento, não se incluindo, nesse percentual, os lotes destinados à implantação de equipamentos públicos. § 2º - No caso do uso misto em um mesmo lote, a soma das áreas de atividades destinadas aos usos não residenciais não poderá exceder a 10% (dez por cento) da área total do lote.

Page 247: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

247

CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 168 - Caberá ao Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR - deliberar sobre as dúvidas decorrentes da interpretação da legislação urbanística municipal. Art. 169 - A multa a que se refere o art. 100 da Lei nº 7.166/96 equivale a R$1.500,00 (um mil e quinhentos reais) por metro quadrado ou fração de área irregular. Art. 170 - Para a regularização de superação do Coeficiente de Aproveitamento decorrente do fechamento de varanda, poderá ser utilizada a Transferência do Direito de Construir gerado por imóveis tombados localizados em qualquer zona. Art. 171 - São partes integrantes desta Lei: I - Anexo I - Mapa do Sistema Viário, que substitui o Anexo I da Lei nº 7.165/96; II - Anexo II - Mapa das Áreas de Projetos Viários Prioritários, que substitui o Anexo II da Lei nº 7.165/96; III - Anexo III - Áreas para Operações Urbanas Consorciadas, que inclui o Anexo IV à Lei nº 7.165/96; IV - Anexo IV - Operação Urbana Consorciada das Áreas em Reestruturação do Vetor Norte de Belo Horizonte, incluído como Anexo IV-A à Lei nº 7.165/96; V - Anexo V - Coeficientes de Aproveitamento Básico e Máximo, que inclui o Anexo V à Lei nº 7.165/96; VI - Anexo VI - Glossário, que substitui o Anexo I da Lei nº 7.166/96; VII - Anexo VII - Alterações do Mapa de Zoneamento constante do Anexo II da Lei nº 7.166/96; VIII - Anexo VIII - Alterações no Mapa de Hierarquização do Sistema Viário Constante do Anexo IV da Lei nº 7.166/96; IX - Anexo IX - Parâmetros Urbanísticos Relativos à Quota de Terreno por Unidade Habitacional, Taxa de Ocupação, Taxa de Permeabilidade e Altura Máxima na Divisa, que substitui o Anexo VI da Lei nº 7.166/96; X - Anexo X - Afastamentos Mínimos Laterais e de Fundo, que substitui o Anexo VII da Lei nº 7.166/96; XI - Anexo XI - Número Mínimo de Vagas para Veículos nos Projetos de Edificações, que substitui o Anexo VIII da Lei nº 7.166/96; XII - Anexo XII - Classificação dos Usos, Repercussões Negativas e Medidas Mitigadoras das Repercussões Negativas, que substitui o Anexo X da Lei nº 7.166/96; XIII - Anexo XIII - Localização dos Usos, que substitui o Anexo XI da Lei nº 7.166/96; XIV - Anexo XIV - Alterações no Mapa das Áreas de Diretrizes Especiais constante do Anexo XII da Lei nº 7.166/96; XV - Anexo XV - Vias definidas como de caráter misto; XVI - Anexo XVI - Mapa de Áreas de Especial Interesse Social - AEIS-1, incluído na Lei nº 7.166/96 como Anexo XIII; XVII - Anexo XVII - Atividades admitidas nas ADEs Belvedere e Belvedere III, incluído como Anexo XV da Lei nº 7.166/96; XVIII - Anexo XVIII - Parâmetros Urbanísticos das ZEs estabelecidas pela Lei nº 8.137/00, acrescido como Anexo VI-A da Lei n° 7.166/96; XIX - Anexo XIX - Parâmetros das vias em AEIS-1; XX - Anexo XX - Normas para Pedido de Exclusão de Área em ZEIS, que substitui o Anexo XIII da Lei nº 8.137/00;

Page 248: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

248 XXI - Anexo XXI - Classificação dos Usos Instalados em ZEIS, Repercussões Negativas das Atividades e Medidas Mitigadoras das Repercussões Negativas, incluído como Anexo XIV da Lei nº 8.137/00;

Inciso XXI com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 21) XXII - Anexo XXII - Alterações no Anexo IV da Lei nº 9.037/05; XXIII - Anexo XXIII - Relação de Documentos para Aprovação de Projetos de Parcelamento nas ZEISs, que substitui o Anexo XII da Lei nº 8.137/00; XXIV - Anexo XXIV - Alterações no Anexo VI da Lei nº 9.037/05; XXV - Anexo XXV - Relação de usos permitidos na ADE da Pampulha, que substitui o Anexo VII da Lei nº 9.037/05; XXVI - Anexo XXVI - Operação Urbana Bosque das Braúnas; XXVII - Anexo XXVII - Área do Projeto de Requalificação da Praça Diogo de Vasconcelos e adjacências; XXVIII - Anexo XXVIII - Lotes envolvidos na Operação Urbana da Savassi; XXIX - Anexo XXIX - Área da Concessão de Uso do Subsolo do Município à Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais; XXX - Anexo XXX - Mapa da ADE Serra do Curral, incluído na Lei nº 7.166/96 como Anexo XII-A; XXXI - Anexo XXXI - Plano Urbanístico Operação Urbana do Isidoro; XXXII - Anexo XXXII - Custo das intervenções previstas na Operação Urbana do Isidoro; XXXIII - Anexo XXXIII - Listagem de Terrenos Classificados como Área de Especial Interesse Social - AEIS -, incluído como Anexo XIV da Lei n.º 7.166/96.

Inciso XXXIII acrescentado pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 21) §1º - Fica excluída do Anexo VII desta Lei - Alterações do Mapa de Zoneamento -, constante do Anexo II da Lei nº 7.166/96, a alteração de zoneamento proposta para a quadra 6146, situada no Bairro União. § 2º- O Anexo IV da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar como Anexo VI-A da Lei nº 7.166/96, com o título “Parâmetros Urbanísticos das ZEs estabelecidas pela Lei nº 8.137/00”, com o conteúdo constante do Anexo XVIII desta Lei. Art. 172 - VETADO Art. 173 - Os projetos inseridos em ZEIS deverão observar as normas de acessibilidade, ressalvada a hipótese de existência de impedimentos técnicos ou econômicos e garantido, nesse caso, o reassentamento em moradias com melhores condições de acessibilidade no momento da intervenção. Art. 174 - Para os proprietários de terrenos lindeiros às vias ou aos trechos de vias incluídos no Anexo V da Lei nº 7.166/96, que transferirem ao Município as áreas necessárias ao recuo de alinhamento, de acordo com projeto elaborado pelo Executivo, fica autorizada a transferência do potencial construtivo referentes a estas para as áreas remanescentes do mesmo terreno. Parágrafo único - A utilização do potencial construtivo transferido na forma prevista no caput deste artigo ficará condicionada à implantação do alargamento da respectiva via. Art. 175 - Ficam revogados: I - a Lei nº 2.390, de 16 de dezembro de 1974;

Page 249: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

249 II - os arts. 5º, 7º, 14, o inciso II do art. 24 e o inciso IV do art. 25, todos da Lei n° 3.995, de 16 de janeiro de 1985; III - a Lei nº 5.955, de 26 de agosto de 1991; IV - a Lei n° 6.221, de 5 de agosto de 1992; V - a Lei nº 6.999, de 6 de dezembro de 1995; VI - os §§ 1º e 3º do art. 67 da Lei nº 7.165/96; VII - o art. 68 da Lei nº 7.165/96; VIII - o Capítulo IV do Título IV da Lei n° 7.165/96; IX - os §§ 1º e 3º do art. 14 da Lei n° 7.166/96; X - o § 13 do art. 21 da Lei nº 7.166/96; XI - o § 4º do art. 30 da Lei nº 7.166/96; XII - o art. 31 da Lei nº 7.166/96; XIII - o § 1º do art. 32 da Lei nº 7.166/96; XIV - o § 1º do art. 37 da Lei nº 7.166/96; XV - o inciso IV do art. 44-A da Lei nº 7.166/96; XVI - os §§ 2º a 5º do art. 45 da Lei nº 7.166/96; XVII - os incisos II, XV e XVI do caput do art. 46 da Lei nº 7.166/96; XVIII - os §§ 4º, 6º, 10 e 11 do art. 67 da Lei nº 7.166/96;

Inciso XVIII com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 22) XIX - os arts. 68 a 71 da Lei nº 7.166/96; XX - os §§ 1º, 2º e 8º do art. 72 da Lei nº 7.166/96; XXI - o § 2º do art. 98 da Lei nº 7.166/96; XXII - o parágrafo único do art. 102 da Lei nº 7.166/96; XXIII - os arts. 113 e 114 da Lei nº 7.166/96; XXIV - os arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 10, 11, 12 e 15 do Capítulo IX da Lei nº 7.166/96; XXV - o Capítulo III da Lei nº 8.137/00; XXVI - o parágrafo único do art. 141 da Lei nº 8.137/00; XXVII - os arts. 157 e 158 da Lei nº 8.137/00; XXVIII - o § 1º do art. 161 da Lei nº 8.137/00; XXIX - o art. 169 da Lei nº 8.137/00; XXX - o § 1º do art. 190 e o art. 192 da Lei nº 8.137/00; XXXI - o Anexo VI da Lei nº 8.137/00; XXXII - a alínea “d” do inciso I do art. 38 da Lei n.º 7.166/96.

Inciso XXXII acrescentado pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 22) Art. 176 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS TÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - O Executivo, no sentido de facilitar a compreensão da legislação, elaborará projeto de compilação desta Lei com as leis nº 7.165/96, nº 7.166/96, nº 8.137/00 e outras leis municipais vigentes sobre parcelamento, ocupação e uso do solo, preservando-se o conteúdo normativo dos dispositivos consolidados. § 1º - Na compilação do Mapa de Zoneamento, será utilizada base cartográfica atualizada, à qual deverão ser ajustados os limites das zonas.

Page 250: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

250 § 2º - As dúvidas na compatibilização entre os limites das zonas e a base cartográfica atualizada serão dirimidas pelo COMPUR. Art. 2º - Os licenciamentos de projeto protocolados em órgãos municipais licenciadores até a data de entrada em vigor desta Lei submetem-se aos parâmetros urbanísticos previstos na legislação vigente até então. § 1º - Os alvarás de construção para as áreas definidas como de Operações Urbanas Consorciadas, emitidos em desacordo com o disposto nesta Lei, não poderão ser renovados e terão validade improrrogável de 4 (quatro) anos, findos os quais serão aplicados os parâmetros desta Lei para o empreendimento. § 2º - A condição prevista no caput deste artigo será aplicada apenas aos licenciamentos que tiverem o protocolo de projeto arquitetônico na Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana deferido em até 1 (um) ano, contado da data de publicação desta Lei. § 3º - Para os licenciamentos enquadrados na hipótese prevista no caput deste artigo não se aplica o disposto no § 8º do art. 15 da Lei nº 9.725/09. Art. 3º - O Executivo deverá encaminhar à Câmara Municipal projeto de lei contendo mapa com a revisão dos limites das ZPAMs, ZPs e ADEs de Interesse Ambiental, no prazo de 1 (um) ano, contado da aprovação desta Lei, com vistas à sua incorporação aos Anexos II e XII da Lei nº 7.166/96. Parágrafo único - A elaboração do projeto de lei previsto no caput deste artigo deverá ser subsidiada por avaliações do Conselho Municipal de Política Urbana e do Conselho Municipal de Meio Ambiente. Art. 4º - O Executivo promoverá estudos técnicos destinados a definir parâmetros de regulação da altimetria no Município, considerando identidades e características diferenciadas dos lugares. Art. 5º - O Executivo elaborará tabela, visando à correspondência entre o quadro relativo às atividades econômicas admitidas nas ADEs e a classificação da CNAE, no prazo de 120 (cento e vinte dias) após a entrada em vigor desta Lei. Art. 6º - Na hipótese de os planos diretores regionais recomendarem alterações à legislação urbanística municipal, estas poderão ser encaminhadas pelo Executivo à Câmara Municipal, independentemente do prazo previsto no art. 111 da Lei nº 7.166/96 e em atendimento ao disposto no art. 83 da Lei nº 7.165/96. Art. 7º - As antenas de telecomunicação obedecerão às definições contidas nas leis nº 7.277/97 e nº 8.201/01 até que seja aprovada legislação específica para sua localização, instalação e operação. Art. 8º - O Executivo encaminhará à Câmara Municipal projeto de lei contendo mapa com a classificação viária relativa à permissividade de instalação de usos não residenciais, no prazo de 1 (um) ano, contado da aprovação desta Lei.

Page 251: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

251 § 1º - Até que entre em vigor a lei a que se refere o caput deste artigo, fica estabelecido o seguinte critério para a classificação da natureza das vias no que diz respeito à permissividade de instalação de usos não residenciais: I - as vias locais, definidas no Anexo IV da Lei nº 7.166/96, ficam classificadas como VR; II - as vias coletoras e arteriais, definidas no Anexo IV da Lei nº 7.166/96, com largura inferior a 10,00m (dez metros) ficam classificadas como VR; III - as vias coletoras e arteriais, definidas no Anexo IV da Lei nº 7.166/96, com largura igual ou superior a 10,00 m (dez metros) ficam classificadas como VM; IV - as vias de ligação regional, definidas no Anexo IV da Lei nº 7.166/96, ficam classificadas como VNR. § 2º - Excetuam-se da regra prevista no § 1º deste artigo as seguintes vias, que ficam classificadas como: I - vias de caráter misto - VM: a) as vias localizadas na Zona Central de Venda Nova - ZCVN - e na Zona Central do Barreiro - ZCBA -; b) as vias inseridas no Anexo XV desta Lei;

Alínea “b” com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 23) c) a Rua Istria Ferraz, entre as ruas Moisés Kalil e Amílcar Viana Martins; d) a Rua Flor do Divino; e) a Rua Flor do Natal; f) a Rua dos Lagos, no trecho entre as ruas Jabaquara e Tocantins; g) a Avenida Paranaíba, no trecho entre as ruas Belmiro de Almeida e Jequitaí; h) a Rua Pacajá; i) a Rua Teresópolis, no trecho entre as ruas Gonçalves Ledo e Resende; j) a Rua Resende; II - Vias Preferencialmente Não Residenciais - VNR -, as localizadas nas ZEs. § 3º - Ficam classificadas como vias coletoras a Avenida Alfredo Camarate, no trecho entre a Avenida Carlos Luz e a Rua Expedicionário Mário Alves de Oliveira, e a Rua Expedicionário Benvindo Belém de Lima, entre a Rua Joubert Guerrra e a Avenida Expedicionário Noraldino Rosa Santos.

§ 3º acrescentado pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 23) Art. 9º - O Executivo regulamentará o processo de licenciamento urbanístico, incluindo o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV em até 1 (um) ano, contado a partir da data da entrada em vigor desta Lei. Parágrafo único - A transferência das atribuições previstas nesta Lei do COMAM para o COMPUR dar-se-á quando da regulamentação prevista no caput deste artigo. Art. 10 - O Executivo publicará tabela de arredondamento dos valores relativos aos afastamentos frontais e de fundo, em complementação ao disposto no Anexo X desta Lei. Art. 11 - A área destinada à implantação de equipamento de transporte de interesse municipal, remanescente da urbanização da área de Estação de Integração de Transporte Coletivo Vila São José, identificada na folha 33 do Anexo II da Lei nº 7.166/96, passa a ser classificada como Zona de Grandes Equipamentos - ZE -, conforme projeto do Executivo.

Page 252: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

252 Art. 12 - Fica suspensa, por 2 (dois) meses, a emissão de Consulta Prévia e Informação Básica pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, com vistas à atualização do sistema do órgão às determinações desta Lei, contados a partir da data de sua publicação. Art. 13 - Até que sejam aprovadas as leis específicas das Operações Urbanas Consorciadas previstas nesta Lei, os parâmetros urbanísticos para as áreas nelas incluídas poderão ser flexibilizados, em caráter excepcional, em decorrência de outras Operações Urbanas aprovadas por lei específica, com vistas, exclusivamente, ao atendimento de demandas vinculadas à realização da Copa do Mundo FIFA 2014.

TÍTULO II DAS OPERAÇÕES URBANAS BOSQUE DAS BRAÚNAS, DA AVENIDA BARÃO HOMEM DE MELO, DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS

GERAIS - ALMG - E DA SAVASSI

CAPÍTULO I DA OPERAÇÃO URBANA BOSQUE DAS BRAÚNAS

Art. 14 - Fica instituída a Operação Urbana Bosque das Braúnas, em conformidade com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96, com o objetivo de garantir a preservação de área de interesse ambiental, localizada no Bairro Braúnas. Art. 15 - A área objeto da Operação Urbana prevista neste Capítulo é aquela definida como Zona de Proteção-2 - ZP-2 - pelo Anexo II da Lei nº 7.166/96, correspondente à quadra 4003, de acordo com o mesmo Anexo e delimitada pela Rua Sem Nome (código 078991). Art. 16 - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana Bosque das Braúnas envolve a instituição de Reserva Particular Ecológica, em caráter perpétuo, nos termos da Lei nº 6.314, de 12 de janeiro de 1993, em porção do terreno a que se refere o art. 15 destas Disposições Transitórias e conforme delimitado no Anexo XXVI desta Lei. Art. 17 - Em contrapartida à instituição da Reserva Particular Ecológica nos termos do art. 3º da Lei nº 6.314/93, fica permitida, na porção remanescente do terreno delimitado no Anexo XXVI desta Lei, a construção de edificações residenciais multifamiliares, de acordo com os parâmetros previstos nessa Operação Urbana. § 1º - O adimplemento da obrigação prevista no caput deste artigo possibilita a aprovação de projeto de edificação e posterior emissão de Alvará de Construção para conjunto de edificações residenciais que atenda aos seguintes requisitos: I - unidades habitacionais limitadas a 18 (dezoito); II - número de pavimentos limitado a 3 (três), além de pilotis aberto no pavimento térreo; III - altimetria máxima das edificações de 12 m (doze metros) contados a partir da cota natural do terreno, excluída desta a caixa d’água e a casa de máquinas; IV - manutenção de toda a área não edificada como área permeável; V - a implantação das edificações obedecerá à legislação relacionada às Áreas de Preservação Permanente - APPs - existentes no terreno.

Page 253: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

253 § 2º - O acesso de veículos às áreas edificadas respeitará a delimitação da Reserva Particular Ecológica e receberá pavimentação que garanta a permeabilidade do solo. Art. 18 - O prazo de vigência da Operação Urbana Bosque das Braúnas é de 2 (dois) anos, contado da data de publicação desta Lei. Parágrafo único - O cumprimento da obrigação prevista no art. 16 destas Disposições Transitórias e a aprovação de projeto de edificação prevista no §1º do art. 17 deverão observar o prazo previsto no caput deste artigo.

CAPÍTULO II DA OPERAÇÃO URBANA DA AVENIDA BARÃO HOMEM DE MELO

Art. 19 - Fica instituída a Operação Urbana da Avenida Barão Homem de Melo, em conformidade com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96, com o objetivo de viabilizar o alargamento da referida Avenida. Art. 20 - A área objeto da Operação Urbana prevista neste Capítulo é a dos lotes lindeiros à Avenida Barão Homem de Melo, no trecho entre as avenidas Silva Lobo e Raja Gabáglia. Art. 21 - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana da Avenida Barão Homem de Melo envolve o alargamento dessa Avenida, identificado como via com previsão de recuo de alinhamento no Anexo V da Lei nº 7.166/96, com vistas a proporcionar o aumento da capacidade do sistema viário e de transporte e permitir o adensamento dos lotes lindeiros. Art. 22 - Aos proprietários dos lotes localizados na área prevista no art. 20 destas Disposições Transitórias que doarem ao Município as áreas respectivas definidas como recuo de alinhamento, será autorizada a Transferência do Direito de Construir relativo ao potencial construtivo da área doada para as áreas remanescentes do mesmo terreno. Parágrafo único - O potencial construtivo a ser transferido de acordo com o caput deste artigo será calculado com base no produto da área total de terreno doado pelo Coeficiente de Aproveitamento previsto para o lote. Art. 23 - A utilização do potencial construtivo transferido na forma prevista no art. 22 destas Disposições Transitórias antes da duplicação da Avenida Barão Homem de Melo fica condicionada a anuência do órgão colegiado responsável pelo licenciamento urbanístico nos termos desta Lei. Art. 24 - O prazo de vigência da Operação Urbana da Avenida Barão Homem de Melo é de 10 (dez) anos, contado da data de publicação desta Lei.

CAPÍTULO III DA OPERAÇÃO URBANA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS - ALMG Art. 25 - Fica instituída a Operação Urbana da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais - ALMG -, com o objetivo de proporcionar o incremento da qualidade

Page 254: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

254 do atendimento prestado por esse órgão à população do Estado, por meio da viabilização de melhorias em sua estrutura. Art. 26 - As áreas objeto da Operação Urbana da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais são aquelas definidas no Anexo XXIX desta Lei, bem como o quarteirão 11A e os lotes 13 e 14 do quarteirão 18B, da 12ª Seção Urbana. Art. 27 - Fica autorizada a concessão de uso de áreas específicas do subsolo do Município à Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, com vistas ao cumprimento dos objetivos previstos no art. 25 destas Disposições Transitórias. Parágrafo único - As áreas mencionadas no caput deste artigo são aquelas definidas no Anexo XXIX desta Lei. Art. 28 - Ficam excluídos da ADE Residencial Central o quarteirão 11A e os lotes 13 e 14 do quarteirão 18B da 12ª Seção Urbana. Art. 29 - A concessão dos benefícios previstos no art. 27 destas Disposições Transitórias fica condicionada à reconstituição, à recuperação e à manutenção, pela concessionária, das áreas públicas da Praça Carlos Chagas, no Município de Belo Horizonte, resgatando o projeto original criado por Roberto Burle Marx, bem como à realização das intervenções viárias que se fizerem necessárias para a minimização do impacto urbanístico decorrente do plano urbanístico proposto. Parágrafo único - Fica vedada a cobrança, pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, por qualquer serviço prestado em decorrência de atividades desenvolvidas nas áreas abarcadas pela concessão de uso prevista no art. 27 destas Disposições Transitórias. Art. 30 - O prazo para a implementação da Operação Urbana é de 4 (quatro) anos, contado da data de publicação desta Lei. Art. 31 - O prazo da concessão de uso prevista no caput do art. 27 destas Disposições Transitórias é de 10 (dez) anos, renovável sucessivamente, por igual período, a critério das partes envolvidas na Operação Urbana.

CAPÍTULO IV DA OPERAÇÃO URBANA DA SAVASSI

Art. 32 - Fica instituída a Operação Urbana da Savassi, em conformidade com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96 e de acordo com o disposto no art. 11 da Lei nº 7.166/96, com os seguintes objetivos: I - propiciar a melhoria dos espaços públicos na região da Savassi, por meio de intervenções viárias e urbanísticas; II - minimizar a situação de conflito entre veículo e pedestre existente na área. Art. 33 - As áreas objeto da Operação Urbana prevista nesta Lei são: I - área do Projeto de Requalificação da Praça Diogo de Vasconcelos e Adjacências, delimitada no Anexo XXVII desta Lei; II - os lotes constantes do Anexo XXVIII desta Lei; III - o corredor da Avenida Nossa Senhora do Carmo.

Page 255: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

255 Art. 34 - São partes envolvidas na Operação Urbana da Savassi o Município de Belo Horizonte e os proprietários dos lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei. Art. 35 - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana da Savassi, seguindo o disposto no art. 67 do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte, envolve a implantação do Projeto de Requalificação da Praça Diogo de Vasconcelos e Adjacências e de melhorias viárias no corredor da Avenida Nossa Senhora do Carmo. Art. 36 - Para os proprietários dos lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei, fica estabelecida outorga de potencial construtivo adicional equivalente a 1.994,89 m² (mil novecentos e noventa e quatro vírgula oitenta e nove metros quadrados) de área líquida construída, a ser utilizado, alternativamente: I - nos lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei; II - em outros terrenos pertencentes aos proprietários dos lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei, devendo o imóvel receptor sujeitar-se ao disposto no Capítulo I do Título IV da Lei nº 7.165/96. § 1º - A utilização do benefício no caso previsto no inciso I do caput deste artigo fica condicionada: I - à não superação da altimetria máxima constante de projeto aprovado pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana para o empreendimento comercial localizado na quadra 02 A da Segunda Seção Suburbana, na data da publicação desta Lei; II - à supressão das entradas para as áreas de estacionamento a partir da Avenida do Contorno. § 2º - O potencial construtivo adicional adquirido pelos proprietários dos lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei não poderá ser alienado. § 3º - Para os lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei, fica autorizada, além do potencial construtivo adicional previsto no art. 36, I, destas Disposições Transitórias, a recepção de Unidades de Transferência de Direito de Construir – UTDCs –, independentemente do zoneamento em que tenham sido geradas, até o limite de 997,45 m² (novecentos e noventa e sete vírgula quarenta e cinco metros quadrados), respeitados os demais parâmetros incluídos no Capítulo I do Título IV da Lei nº 7.165/96 e em seu Regulamento. § 4º - O acréscimo de potencial construtivo proveniente de Transferência do Direito de Construir terá como referência o Coeficiente de Aproveitamento, igual a 1,0 (um) e deverá respeitar o limite de 20% (vinte por cento) para cada lote, conforme previsto no § 1º do art. 62 da Lei n.º 7.165/96. Art. 37 - A utilização dos benefícios previstos no art. 36 destas Disposições Transitórias fica condicionada às seguintes contrapartidas: I - transferência ao Município de R$ 7.580.589,60 (sete milhões, quinhentos e oitenta mil, quinhentos e oitenta e nove reais e sessenta centavos), com vistas ao custeio parcial das intervenções previstas no art. 35 destas Disposições Transitórias; II - revisão do sistema de estacionamento do empreendimento comercial localizado na quadra 02 A da Segunda Seção Suburbana, de modo a transformar somente em saída a entrada de veículos da Avenida do Contorno ou mediante apresentação de estudo prevendo solução diversa, a critério do Executivo.

Page 256: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

256 Parágrafo único - O valor referente à obrigação constante do inciso I do caput deste artigo será atualizado com base no reajuste aplicável ao valor do metro quadrado de terreno apurado para fins de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso Inter Vivos - ITBI -, conforme o cadastro do Município. Art. 38 - O cumprimento da obrigação prevista nos incisos I e II do caput do art. 37 destas Disposições Transitórias deverá ocorrer nos prazos de 6 (seis) e de 8 (oito) meses, respectivamente, contados a partir da data de publicação desta Lei. Art. 39 - O não cumprimento do disposto no caput do art. 38 destas Disposições Transitórias sujeita o empreendedor ao pagamento de multa no valor de R$15.161.179,20 (quinze milhões, cento e sessenta e um mil cento e setenta e nove reais e vinte centavos).

TÍTULO III DA OPERAÇÃO URBANA DO ISIDORO

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 40 - Fica instituída a Operação Urbana do Isidoro, em conformidade com o disposto no Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96. § 1º - A área da Operação Urbana do Isidoro é definida por parte das bacias hidrográficas do ribeirão de mesmo nome e do baixo Ribeirão do Onça, conforme delimitação constante do Anexo XXXI desta Lei. § 2º - A Operação Urbana do Isidoro compreende um conjunto integrado de intervenções com o objetivo de promover a proteção e a recuperação ambiental da Região do Isidoro, por meio de processo de ocupação ordenado e sustentável, que proporcione a preservação de áreas de grande relevância ambiental e paisagística, em especial, das nascentes e dos cursos d’água, e de áreas de vegetação expressiva e de cerrado. Art. 41 - Os proprietários e investidores cujos imóveis estejam localizados no perímetro abrangido pela Operação Urbana do Isidoro poderão fazer jus aos benefícios previstos nesta Lei, mediante o pagamento de contrapartida, observadas as disposições e restrições urbanísticas contidas nesta Lei e na legislação aplicável à matéria.

CAPÍTULO II DO PLANO URBANÍSTICO

Seção I

Objetivos Específicos Art. 42 - Considerando a relevância ambiental que caracteriza a região objeto da Operação Urbana do Isidoro, em especial o grande número de nascentes e cursos d’água, a presença de vegetação expressiva, a incidência de áreas de alta declividade e de risco geológico, o Plano Urbanístico em que se fundamenta essa Operação Urbana tem como pressupostos:

Page 257: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

257 I - instituir classificação das áreas, de forma a identificar aquelas passíveis de ocupação e as que devem ser preservadas; II - permitir o adensamento das áreas propícias à ocupação, concentrando nelas o potencial construtivo das áreas a serem preservadas; III - assegurar a ampliação de áreas não parceláveis permeáveis com relação aos parâmetros vigentes na legislação atual; IV - viabilizar a manutenção e a proteção de áreas vegetadas contínuas e integradas ao longo dos cursos d’água principais existentes na área, em especial o Ribeirão do Isidoro, o Córrego dos Macacos e o Córrego da Terra Vermelha; V - promover a recuperação ambiental das áreas de preservação, incluindo revegetação, contenção de erosão, despoluição dos cursos d’água e conservação das encostas; VI - garantir a preservação das visadas de topo e de fundo de vale da Região do Isidoro e entorno e assegurar que os novos assentamentos disponham de padrões ambientais e paisagísticos de boa qualidade; VII - promover a transformação das grandes áreas vegetadas em parques públicos ou Reservas Particulares Ecológicas de caráter perpétuo e abertas ao público, que contribuam para a melhoria das condições de lazer da população, em especial dos moradores da Região Norte do Município; VIII - assegurar que o processo de expansão urbana na região ocorra de modo sustentável, contemplando a implantação de toda infraestrutura necessária, bem como a construção de equipamentos urbanos e comunitários para atendimento à demanda da população local; IX - criar condições efetivas para que os investidores e proprietários de imóveis beneficiados com os parâmetros urbanísticos excepcionais previstos para a Operação Urbana contribuam com recursos necessários à sua viabilização; X - implantar o sistema viário estruturante na região, de modo a garantir a implantação de corredores viários e de transporte coletivo integrados ao sistema existente; XI - viabilizar a oferta de terrenos urbanizados para implantação de unidades habitacionais, bem como para instalação de atividades econômicas compatíveis com as características de ocupação predominantemente residencial proposta para a área.

Seção II Da Classificação e dos Parâmetros das Áreas da Operação Urbana do Isidoro

Art. 43 - Os proprietários de imóveis localizados no perímetro da Operação Urbana do Isidoro, e que a ela aderirem, terão seus terrenos submetidos a parâmetros específicos, em conformidade com o grau de proteção definido para cada área, respeitadas as normas gerais contidas na legislação urbanística, em especial na Lei nº 7.166/96, naquilo que não conflitarem com as condições estabelecidas para essa Operação. Art. 44 - Para os fins dessa Operação Urbana, a Região do Isidoro fica classificada em 3 (três) categorias urbanísticas estabelecidas em função de seus aspectos geomorfológicos e ambientais, que demandam critérios específicos relativos ao grau de ocupação e de proteção ambiental, conforme delimitação estabelecida no Anexo XXXI desta Lei: I - Grau de Proteção 1: áreas de proteção máxima, destinadas à preservação permanente de nascentes, cursos d'água e grandes áreas contínuas de cobertura

Page 258: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

258 vegetal de relevância ambiental, onde a ocupação deverá ser proibida, exceto para atividades relacionadas com a sua manutenção e preservação; II - Grau de Proteção 2: áreas de proteção elevada devido às condições topográficas, presença expressiva de cursos d’água e de manchas isoladas de cobertura vegetal significativa, nas quais a ocupação, o adensamento e a impermeabilização do solo deverão sofrer restrições; III - Grau de Proteção 3: áreas de proteção moderada, nas quais, em virtude das condições locais topográficas, morfológicas, de drenagem mais favoráveis e da menor concentração de cobertura vegetal relevante, poderão ser estabelecidos parâmetros de ocupação e adensamento menos restritos que nas demais áreas. § 1º - Os proprietários e investidores cujos imóveis estejam localizados no perímetro da Operação Urbana do Isidoro, e que a ela aderirem, somente farão jus aos benefícios previstos nesta Lei mediante a observância integral dos parâmetros relativos à classificação prevista no caput deste artigo, sem prejuízo das demais exigências contidas nesta Lei, inclusive pagamento de contrapartida, e nas demais normas aplicáveis à matéria. § 2º - As áreas a que se refere o inciso II do caput deste artigo que apresentarem características de vegetação, topografia e recursos hídricos relevantes e propensos a recuperação ambiental poderão ser, por força de deliberação do COMAM, reclassificadas para o Grau de Proteção 1. § 3º - Não se aplica o disposto no art. 46 destas Disposições Transitórias às áreas reclassificadas para o Grau de Proteção 1, em conformidade como o disposto neste artigo.

Subseção I Das Áreas com Grau de Proteção 1

Art. 45 - As áreas submetidas ao Grau de Proteção 1, conforme delimitação contida no Anexo XXXI desta Lei, ficam sujeitas às seguintes regras: I - atendimento aos parâmetros urbanísticos de ZPAM, não se lhes aplicando o disposto no § 2º do art. 14 da Lei 7.166/96; II - não poderão ser parceladas nem ocupadas, ressalvadas as edificações destinadas à sua manutenção, e preservação, no caso de implantação de parque público ou de reserva particular ecológica. Art. 46 - As áreas classificadas como de Grau de Proteção 1 que forem destinadas à instituição de reserva particular ecológica, de caráter perpétuo e aberta ao público, nos termos da Lei nº 6.314/93, ou doadas ao Município para a instituição de parque público, conforme delimitação do Anexo XXXI desta Lei, ficarão autorizadas a gerar UTDCs. § 1º - O cálculo das UTDCs provenientes do terreno gerador dar-se-á a partir da multiplicação do Coeficiente de Aproveitamento igual a 0,5 (cinco décimos) pela área total do imóvel. § 2º - A recepção do potencial construtivo a que se refere o caput deste artigo somente poderá ocorrer nas áreas a que forem atribuídos os Graus de Proteção 2 e 3 e cujos proprietários aderirem a essa Operação Urbana, observando-se o disposto

Page 259: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

259 nesta Lei, no Plano Diretor do Município de Belo Horizonte e na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, no que couber. § 3º - O potencial construtivo adicional obtido a partir da transferência do direito de construir proveniente das áreas com Grau de Proteção 1 não autoriza o acréscimo proporcional de unidades habitacionais nos terrenos receptores. § 4º - Não são passíveis de geração de UTDCs as áreas com Grau de Proteção 1 cujo domínio seja objeto de transferência ao Município em virtude das exigências estabelecidas pela legislação sobre parcelamento do solo.

Subseção II Das Áreas com Grau de Proteção 2

Art. 47 - As áreas submetidas ao Grau de Proteção 2 ficam sujeitas aos seguintes critérios especiais de ocupação e parcelamento: I - lotes mínimos de 5.000 m² (cinco mil metros quadrados); II - Coeficiente de Aproveitamento de 1,0 (um); III - taxa de ocupação máxima de 30% (trinta por cento); IV - Taxa de Permeabilidade mínima de 50% (cinquenta por cento); V - quota de terreno por unidade habitacional de 150 m² (cento e cinquenta metros quadrados). Parágrafo único - O Coeficiente de Aproveitamento previsto no inciso II do caput deste artigo poderá ser majorado para 1,2 (um inteiro e dois décimos), a partir da recepção de UTDCs geradas, exclusivamente, pelas áreas com Grau de Proteção 1, cujos proprietários aderirem à Operação Urbana. Art. 48 - As glebas cujos processos de parcelamento resultarem em, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) de sua área demarcada como de interesse ambiental, poderão adotar, nas porções classificadas com o Grau de Proteção 2, os seguintes parâmetros: I - lotes mínimos de 5.000 m² (cinco mil metros quadrados); II - Coeficiente de Aproveitamento de 1,0 (um); III - taxa de ocupação máxima de 50% (cinquenta por cento); IV - Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento); V - quota de terreno por unidade habitacional de 50 m² (cinquenta metros quadrados). Parágrafo único - O Coeficiente de Aproveitamento previsto no inciso II do caput deste artigo poderá ser majorado para 1,5 (um inteiro e cinco décimos), a partir da recepção de UTDCs geradas, exclusivamente, pelas áreas com Grau de Proteção 1, cujos proprietários aderirem à Operação Urbana.

Subseção III Das Áreas com Grau de Proteção 3

Art. 49 - As áreas submetidas ao Grau de Proteção 3, conforme delimitação do Anexo XXXI desta Lei, ficam sujeitas aos seguintes critérios especiais de ocupação e parcelamento: I - lotes mínimos de 2.000 m² (dois mil metros quadrados);

Page 260: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

260 II - Coeficiente de Aproveitamento igual ao do zoneamento definido para a área, de acordo com a Lei nº 7.166/96; III - taxa de ocupação máxima de 50% (cinquenta por cento); IV - Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento); V - quota de terreno por unidade habitacional de 45 m² (quarenta e cinco metros quadrados). Parágrafo único - O Coeficiente de Aproveitamento previsto no inciso II do caput deste artigo poderá ser majorado para 1,5 (um inteiro e cinco décimos), a partir da recepção de UTDCs geradas exclusivamente pelas áreas com Grau de Proteção 1, cujos proprietários aderirem à Operação Urbana.

Subseção IV Disposições Gerais

Art. 50 - Os parcelamentos aprovados no perímetro dessa Operação Urbana deverão destinar, no mínimo, 12% (doze por cento) do somatório da área dos lotes para o uso não residencial. Art. 51 - Os empreendimentos a serem executados na área da Operação Urbana deverão destinar, no mínimo, 10% (dez por cento) das unidades habitacionais, edificadas e regularizadas, para atendimento à demanda da Política Municipal de Habitação. Parágrafo único - Nos parcelamentos em que esteja prevista a abertura das vias 540 e Norte-Sul, as unidades habitacionais de que trata o caput deste artigo deverão ser edificadas nos lotes lindeiros a essas vias. Art. 52 - Os lotes localizados em quarteirões lindeiros à Via 540, situados em áreas a que forem atribuídos os Graus de Proteção 2 e 3, poderão ter o Coeficiente de Aproveitamento majorado para 1,7 (um inteiro e sete décimos), exclusivamente por meio da recepção de UTDCs provenientes de áreas classificadas como de Grau de Proteção 1, condicionado à adesão dos respectivos proprietários à Operação Urbana. Art. 53 - O parcelamento das glebas inseridas na área da Operação Urbana do Isidoro dar-se-á apenas por meio de parcelamento vinculado, no qual deverão ser analisadas, além do disposto na Lei nº 7.166/96, as condições de implantação das edificações nos lotes. § 1º - As condições de implantação previstas no caput deste artigo, bem como a contrapartida vinculada ao projeto aprovado, serão registradas no documento de aprovação como condicionantes para sua validade. § 2º - O pagamento da contrapartida prevista no § 1º deste artigo deverá ser feito em conformidade com o disposto no Capítulo III do Título III destas Disposições Transitórias. § 3º - Mediante análise pelo COMPUR e aprovação de projeto pelo Executivo, respeitadas as diretrizes e os parâmetros da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro e da legislação pertinente, poderão ser flexibilizados os seguintes parâmetros de parcelamento nas áreas com Graus de Proteção 2 e 3:

Page 261: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

261 I - extensão máxima do somatório das testadas de lotes ou terrenos contíguos compreendidos entre 2 (duas) vias transversais; II - área máxima dos lotes, desde que tenham, no mínimo, 5,00 m (cinco metros) de frente; III - possibilidade de aprovação de lotes isolados, em virtude da existência de condições excepcionais de topografia e restrições de caráter ambiental; IV - proporção entre a área do parcelamento destinada a equipamentos urbanos e comunitários e áreas verdes, observado o mínimo de 15% (quinze por cento) da gleba a ser transferido ao Município e considerando-se a densidade de ocupação. § 4º - Serão consideradas no cômputo das áreas a serem transferidas ao Município, por força do parcelamento, as áreas não parceláveis e não edificáveis localizadas nas porções da gleba submetidas ao Grau de Proteção 1 destinadas à implantação de parques públicos, conforme delimitação contida no Anexo XXXI desta Lei. Art. 54 - Para efeito dessa Operação Urbana, o número de unidades habitacionais permitidas para o parcelamento será obtido a partir da aplicação da quota de terreno por unidade habitacional para a totalidade da área dos lotes, ficando autorizado que as unidades habitacionais previstas para o parcelamento sejam distribuídas de forma diferenciada entre os lotes, observados os demais parâmetros urbanísticos previstos para a área. Art. 55 - Os fundos dos lotes não poderão fazer divisa com áreas submetidas ao Grau de Proteção 1, devendo haver, entre eles, vias veiculares. Art. 56 - No fechamento frontal dos lotes edificados na área da Operação Urbana do Isidoro, somente será admitida a utilização de elementos construtivos que garantam a visualização do interior do lote ou terreno a partir do logradouro público. Parágrafo único - Fica permitida a utilização de elementos construtivos que não atendam ao disposto no caput deste artigo para contenção de terreno natural, ou com altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros), contados a partir do terreno natural. Art. 57 - Para empreendimentos destinados ao uso não residencial, poderá ser concedido acréscimo de potencial construtivo por meio de Outorga Onerosa do Direito de Construir - ODC -, limitado ao Coeficiente de Aproveitamento 4,0, condicionado à realização de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV - e à aprovação pelo Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR. Parágrafo único - Os recursos obtidos a partir da aplicação da ODC serão destinados ao Fundo da Operação Urbana do Isidoro. Art. 58 - Para efeito da aplicação da Transferência do Direito de Construir prevista para essa Operação Urbana, o valor do metro quadrado de terreno inserido na área da Operação fica fixado em R$ 200,00 (duzentos reais). Art. 59 - Os imóveis situados no perímetro da Operação Urbana do Isidoro ficam isentos do pagamento do IPTU até a data da concessão da respectiva Certidão de Baixa de Construção.

Seção III

Page 262: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

262

Da Infraestrutura Básica Projetada para a Região Art. 60 - A infraestrutura básica projetada para a área dessa Operação Urbana está dimensionada para adensamento populacional máximo correspondente à implantação de 67.620 (sessenta e sete mil e seiscentas e vinte) unidades residenciais e não residenciais, que poderá ser atingido a partir da utilização dos parâmetros excepcionais estabelecidos nessa Operação Urbana.

Subseção I Do Sistema Viário

Art. 61 - O sistema viário básico da Região do Isidoro é composto por: I - sistema principal, representado no mapa constante do Anexo XXXI desta Lei, objeto de diretrizes para projeto, elaboradas pelo Executivo, e constituído pelas vias: a) Via 540, definida como o ponto 038 do Programa de Estruturação Viária de Belo Horizonte - VIURBS -, que fará a interligação entre a Rodovia MG-20 e a Avenida Cristiano Machado/Rodovia Prefeito Américo Gianetti, de forma a promover a melhoria da articulação interna da Região Norte do Município; b) Via Norte-Sul, definida como o ponto 039 do VIURBS, que cortará a Região Norte do Município, no sentido norte-sul, e fará a interligação entre a Via 540, e a Região do Bairro Jaqueline; II - sistema secundário, constituído pelas vias arteriais, coletoras e locais a serem previstas nos projetos de parcelamento, conforme diretrizes específicas a serem fornecidas pelo Executivo.

Subseção II Dos Equipamentos Urbanos e Comunitários

Art. 62 - Os equipamentos urbanos e comunitários previstos para a área da Operação Urbana estão dimensionados com base no adensamento populacional estimado para a área, e sua implantação deverá ocorrer progressivamente, de acordo com o número de unidades habitacionais existentes, da seguinte forma: I - 15 (quinze) Unidades Municipais de Educação Infantil, sendo 1 (uma) a cada 4.500 (quatro mil e quinhentas) unidades habitacionais; II - 20 (vinte) Escolas de Ensino Fundamental/Escola Integrada, sendo 1 (uma) a cada 3.500 (três mil e quinhentas) unidades habitacionais; III - 8 (oito) Escolas de Ensino Médio, sendo 1 (uma) a cada 9.000 (nove mil) unidades habitacionais; IV - 2 (duas) Escolas Profissionalizantes, sendo 1 (uma) a cada 35.000 (trinta e cinco mil) unidades habitacionais; V - 14 (quatorze) centros de saúde, sendo 01 (um) a cada 5.000 (cinco mil) unidades habitacionais; VI - 1 (um) terminal de integração de transporte coletivo a partir de 60.000 (sessenta mil) unidades habitacionais; VII - 1 (um) terminal de embarque e desembarque de ônibus a cada 600 m (seiscentos metros), nas vias 540 e Norte-Sul. Parágrafo único - Os equipamentos relacionados nesta Subseção deverão atender aos projetos e às especificações estabelecidos pelo Executivo.

Subseção III

Dos Parques Públicos

Page 263: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

263 Art. 63 - São previstos para a área da Operação Urbana a implantação, conforme delimitação constante do Anexo XXXI desta Lei, dos seguintes parques públicos: I - Parque Leste, com área total estimada em 2.300.000 m² (dois milhões e trezentos mil metros quadrados); II - Parque Oeste, com área total estimada em 500.000 m² (quinhentos mil metros quadrados). Parágrafo único - Os parques de que tratam este artigo serão cercados e dotados da infraestrutura necessária à sua preservação, manutenção e atendimento ao público, de acordo com os projetos e às especificações estabelecidos pelo Executivo.

Subseção IV Dos Custos de Implantação

Art. 64 - Os custos referentes à desapropriação e à implantação da infraestrutura viária, incluindo-se obras de arte, bem como aos equipamentos urbanos e comunitários e dos parques mencionados nesta Seção ficam estimados, de acordo com os valores estabelecidos no Anexo XXXII desta Lei, em R$ 963.573.000,00 (novecentos e sessenta e três milhões e quinhentos e setenta e três mil reais). § 1º - Para efeito desta Lei consideram-se obra de arte as passagens de nível, as pontes, as passarelas e os viadutos que, por força de projeto, sejam necessários à implantação, continuidade e articulação do sistema viário com as vias adjacentes oficiais existentes. § 2º - O valor previsto no caput deste artigo fica sujeito a majoração a partir da elaboração de orçamento definitivo, em conformidade com os projetos executivos referentes às intervenções previstas para essa Operação Urbana.

CAPÍTULO III DA CONTRAPARTIDA DOS PROPRIETÁRIOS E INVESTIDORES

Art. 65 - A utilização dos índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e dos benefícios previstos para a Operação Urbana do Isidoro fica condicionada a contrapartida a ser exigida dos investidores e proprietários de terrenos na região, de acordo com o disposto neste Capítulo. Art. 66 - Em contrapartida à utilização do beneficio previsto no art. 46 deste Título, os proprietários de áreas classificadas como de Grau de Proteção 1 deverão promover: I - doação ao Município de áreas destinadas à implantação de parques públicos, de acordo com o Anexo XXXI desta Lei; II - instituição de Reserva Particular Ecológica, em caráter perpétuo e aberta ao público, nos termos da Lei nº 6.314/93, de acordo com o Anexo XXXI desta Lei. Parágrafo único - As áreas transferidas ao Município em conformidade com o inciso I do caput deste artigo, com vistas à utilização do benefício previsto no art. 46 deste Título, não serão inseridas no cômputo das áreas públicas exigíveis por força do parcelamento, conforme legislação específica. Art. 67 - Como contrapartida ao adensamento populacional proporcionado pela utilização dos parâmetros previstos para esta Operação Urbana, ficam os

Page 264: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

264 proprietários sujeitos ao pagamento de contrapartida a ser depositada no Fundo da Operação Urbana do Isidoro, de acordo com a seguinte fórmula: CT = (AL x V), em que: I - CT é a contrapartida financeira a ser depositada no fundo da Operação Urbana; II - AL é a área líquida edificada; III - V é o valor de investimento por metro quadrado de área líquida total edificável, fixado em R$ 180,00 (cento e oitenta reais), para edificações destinadas ao uso residencial, e em R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais), para edificações destinadas ao uso não residencial, calculado com base na divisão do custo total das intervenções previstas para a Operação Urbana pelo potencial construtivo máximo estimado para a área. § 1º - Poderão ser descontados do valor da contrapartida obtido a partir da aplicação da fórmula prevista no caput deste artigo: I - o valor dos equipamentos urbanos e comunitários para as áreas de saúde, educação e lazer, implantados progressivamente pelo empreendedor, em conformidade com o disposto no art. 62 destas Disposições Transitórias; II - o valor correspondente à transferência dos terrenos dos parques públicos ao Município, excluídos aqueles transferidos por força de parcelamento; III - o custo de implantação, pelo empreendedor, dos parques públicos nas áreas definidas no Anexo XXXI desta Lei, incluindo-se cercamento da área, implantação de equipamentos de apoio e revegetação; IV - o valor de implantação, pelo empreendedor, de trecho das vias 540 e Norte-Sul, incluindo-se transferência, para o Município, de terrenos inseridos no perímetro da operação urbana. § 2º - Os valores previstos na fórmula de que trata o caput deste artigo serão calculados tomando-se como base a planilha de custos diretos e indiretos incluída no Anexo XXXII desta Lei, os quais poderão ser majorados a partir da elaboração de orçamento definitivo, em conformidade com os projetos executivos referentes às intervenções previstas para essa Operação Urbana. § 3º - Os projetos executivos das vias e dos parques, bem como os projetos executivos dos equipamentos urbanos e comunitários a serem implantados, serão elaborados pelo Executivo, atendendo às diretrizes do Programa de Estruturação Viária de Belo Horizonte - VIURBS - e às demais políticas municipais setoriais. § 4º - Os custos referentes à desapropriação de áreas localizadas fora do perímetro da Operação Urbana, com vistas à implantação das vias 540 e Norte-Sul, correrão por conta do Município. § 5º - Os equipamentos urbanos e comunitários poderão ser implantados nas áreas institucionais previstas no parcelamento. Art. 68 - A contrapartida prevista no art. 67 destas Disposições Transitórias será garantida por depósito em favor do Município no Fundo da Operação Urbana do Isidoro, no momento da aprovação do parcelamento, em dinheiro, por meio de fiança bancária ou hipoteca de terrenos inseridos no perímetro da Operação Urbana. Parágrafo único - O pagamento a que se refere o caput deste artigo será objeto de regulamentação específica, por Decreto, que deverá prever as normas relacionadas

Page 265: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

265 a prazos e pagamentos parcelados, respeitados os requisitos mínimos estabelecidos nesta Lei. Art. 69 - O pagamento do valor da contrapartida financeira prevista no art. 67 destas Disposições Transitórias será feito de acordo com cronograma a ser definido pela Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro. § 1º - O valor e a forma de pagamento previstos no caput deste artigo poderão ser considerados para cada etapa do empreendimento, em conformidade com o número de unidades implantadas. § 2º - Unidades acrescidas ao empreendimento posteriormente ao processo de parcelamento deverão ser aprovadas pela Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro, instituída por esta Lei, desde que respeitados os parâmetros previstos nesta Lei e exigida a contrapartida de que trata o art. 67 destas Disposições Transitórias. § 3º - No caso de pagamento da contrapartida por meio da execução das obras de que tratam os arts. 61, 62 e 63 destas Disposições Transitórias, serão exigidas: I - como condicionante da emissão de Alvará de Construção para os projetos de edificação a serem aprovados com base nos parâmetros excepcionais definidos para essa Operação Urbana: a) a emissão, pelo Executivo, de Termo de Recebimento do sistema viário definido no parcelamento; b) a apresentação, pelo empreendedor, e a aprovação, pelo Executivo, de cronograma de execução das demais obras previstas para a região; II - como condicionante da emissão da Certidão de Baixa de Construção para as edificações que utilizarem os benefícios da Operação Urbana a emissão, pelo Executivo, de Termo de Recebimento das demais obras.

CAPÍTULO IV DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA OPERAÇÃO URBANA DO ISIDORO Art. 70 - Fica criada a Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro, com atribuição deliberativa e fiscalizadora para a aplicação dos recursos oriundos da Operação Urbana. § 1º - A Comissão de que trata este Capítulo será constituída por 10 (dez) membros, a saber: I - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Finanças; II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas; III - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Governo; IV - 1 (um) representante da Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP -; V - 1 (um) representante da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; VI - 1 (um) representante da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A - BHTRANS -; VII - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; VIII - 1 (um) representante dos moradores dos imóveis situados na área da Operação Urbana do Isidoro; IX - 1 (um) representante dos proprietários dos terrenos inseridos na Operação Urbana do Isidoro;

Page 266: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

266 X - 1 (um) representante dos empreendedores envolvidos na Operação Urbana do Isidoro. § 2º - A presidência da Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro será exercida por membro da Secretaria Municipal de Finanças. § 3º - À Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro compete, sem prejuízo das demais atribuições inerentes ao acompanhamento e à fiscalização das ações envolvidas nessa Operação Urbana: I - decidir quais serão os investimentos prioritários a serem feitos com os recursos da contrapartida, inclusive quando forem implantados pelo empreendedor; II - deliberar sobre a forma de prestação da contrapartida dos investidores e proprietários de terrenos, seja mediante execução das obras de infraestrutura previstas para esta Operação Urbana, seja por meio de depósito no Fundo da Operação Urbana do Isidoro. § 4º - A Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro, no exercício da competência prevista no inciso I do § 3º deste artigo, deverá priorizar a articulação do sistema viário com as vias adjacentes oficiais existentes, bem como a implantação dos equipamentos urbanos e comunitários correspondentes ao número de unidades habitacionais implantadas, em conformidade com o disposto no art. 62 destas Disposições Transitórias. § 5º - A Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro, no exercício da competência prevista no inciso II do § 3º deste artigo, deverá optar, preferencialmente, pela prestação da contrapartida por meio da execução direta, pelo empreendedor, das obras de infraestrutura previstas para essa Operação.

CAPÍTULO V DO FUNDO DA OPERAÇÃO URBANA DO ISIDORO

Art. 71 - Fica instituído o Fundo da Operação Urbana do Isidoro, de natureza contábil, com autonomia administrativa e financeira, com o objetivo de custear a implantação da infraestrutura prevista nessa Operação Urbana. Art. 72 - Constituem receitas do Fundo da Operação Urbana do Isidoro: I - recursos oriundos de aplicações do Executivo, disponibilizados por meio da Lei Orçamentária Anual; II - recursos oriundos da contrapartida dos empreendedores particulares participantes da Operação Urbana. Art. 73 - Os recursos do Fundo da Operação Urbana do Isidoro, no limite de sua apuração, serão aplicados em: I - elaboração dos projetos básicos e executivos complementares ao previsto na contrapartida; II - desapropriação de terrenos necessários à implantação da infraestrutura da Operação Urbana; III - execução das obras previstas na Operação Urbana. Parágrafo único - Após a execução de todas as obras previstas para a Operação Urbana do Isidoro, o excedente de recursos do Fundo da Operação Urbana do

Page 267: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

267 Isidoro, caso existente, será destinado ao ressarcimento do Município em virtude de custos incorridos nas desapropriações a seu cargo para implantação da Via 540. Art. 74 - O Fundo da Operação Urbana do Isidoro será gerido pela Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, em consonância com as deliberações da Comissão de Acompanhamento de que trata o art. 70 destas Disposições Transitórias. Parágrafo único - O controle interno da gestão orçamentária, financeira, contábil e patrimonial é de responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP -, que deverá publicar, para fins de prestação de contas, balancetes, balanços e demais demonstrativos contábeis do recebimento e aplicação dos recursos processados pelo Fundo da Operação Urbana do Isidoro, nos termos da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

CAPÍTULO VI DAS PENALIDADES

Art. 75 - A utilização dos parâmetros urbanísticos ou de parcelamento previstos para esta Operação Urbana sem o cumprimento das obrigações a ela vinculadas sujeita o empreendedor: I - ao embargo imediato das obras; II - à interdição imediata das edificações concluídas; III - ao pagamento de multa equivalente ao dobro do valor a ser pago em cada etapa do empreendimento conforme cronograma a ser definido, nos termos do § 1º do art. 69 destas Disposições Transitórias.

CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 76 - O custo total das intervenções envolvidas na Operação Urbana do Isidoro, os custos de implantação dos projetos, previstos no Anexo XXXII desta Lei, e o valor de investimento por unidade habitacional serão reajustados, anualmente, com base no Índice Nacional da Construção Civil - INCC - da Fundação Getúlio Vargas. Art. 77 - O prazo de vigência da Operação Urbana do Isidoro é de 12 (doze) anos, contado da publicação desta Lei. Art. 78 - Fica o Executivo autorizado a abrir créditos especiais no montante de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), para atender à instituição do Fundo da Operação Urbana do Isidoro, podendo ser reabertos nos limites dos seus saldos para o exercício seguinte, nos termos dos arts. 40 a 43, 45 e 46 da Lei Federal nº 4.320/64. Parágrafo único - O valor de que trata o caput deste artigo refere-se à elaboração dos projetos executivos de trecho das vias e dos parques municipais previstos na operação urbana. Art. 79 - Com o objetivo de viabilizar a disponibilidade de unidades de alojamento decorrente das demandas de cidade sede da Copa do Mundo FIFA de 2014, fica autorizada a transferência de UTDCs geradas pelas áreas submetidas ao Grau de Proteção 1 para fora da área da Operação Urbana do Isidoro condicionada ao cumprimento do disposto no art. 80 destas Disposições Transitórias, desde que atendidas as seguintes condições:

Page 268: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

268 I - a área geradora com Grau de Proteção 1 deverá estar inserida em parcelamento que compreenda as áreas submetidas a Grau de Proteção 2 ou 3; II - o potencial construtivo a ser transferido para áreas situadas fora do perímetro da Operação Urbana fica limitado a 30% (trinta por cento) do potencial de geração de UTDCs das áreas de Grau de Proteção 1. § 1º - A autorização para transferências das UTDCs de que trata o caput deste artigo dar-se-á em conformidade com os seguintes percentuais e condições: I - 50% (cinquenta por cento) das UTDCs por ocasião da aprovação do projeto e da concessão do Alvará de Construção referentes às unidades habitacionais previstas no inciso I do art. 80 destas Disposições Transitórias. II - 50% (cinquenta por cento) das UTDCs após a concessão da Certidão de Baixa de Construção referente às unidades habitacionais previstas no inciso I deste parágrafo. § 2º - São passíveis de recepção da Transferência do Direito de Construir de que trata este artigo os imóveis definidos na Lei nº 7.165/96. Art. 80 - Nas áreas classificadas como de Graus de Proteção 2 ou 3, deverão ser edificados: I - até setembro de 2013, o mínimo de 3.000 (três mil) unidades habitacionais, mobiliadas e equipadas, que deverão ser cedidas temporariamente ao Município, com vistas à sua utilização como alojamento destinado a atender ao fluxo de visitantes decorrente da realização da Copa do Mundo FIFA de 2014, por um período de até 150 (cento e cinquenta) dias; II - sede para funcionamento de órgão da Administração Pública Municipal; III - 2 (dois) auditórios com capacidade compatível para abrigar apresentações culturais e artísticas, associados ou não às escolas a serem implantadas. Parágrafo único - O mobiliário e os equipamentos das unidades habitacionais previstas no inciso I do caput deste artigo deverão atender a padrões qualitativos compatíveis com os de hotéis classificados na categoria três estrelas. Belo Horizonte, 20 de julho de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte (Originária do Projeto de Lei nº 820/09, de autoria do Executivo) (Os anexos integrantes desta Lei encontram-se à disposição dos interessados na Edição Especial nº 78, do Diário Oficial do Município, desta data)

Page 269: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

269

DECRETOS MUNICIPAIS

Page 270: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

270

DECRETO Nº 2.939, DE 27 DE SETEMBRO DE 1976

Transforma em Reserva Biológica o Parque Municipal da Vila Betânia e o Horto Municipal, com Parque Municipal e contém outras disposições

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais e considerando a necessidade da preservação dos espécimes vegetais ainda existentes no Município e, em comemoração à Semana da Árvore, decreta: Art. 1º - Fica transformada em Reserva Biológica, o Parque Municipal da Vila Betânia, criado pelo Decreto nº 2.065, de 21 de setembro de 1971. Art. 2º - Fica criada a Reserva Biológica do Horto e, em anexo, um Parque Municipal com acesso ao público, aos sábados, domingos e feriados. Art. 3º - A “Casa de Descanso do Prefeito”, no Barreiro, fica transformada em Parque Municipal do Barreiro, e a casa-sede, destinada à sede do Departamento de Parques e Jardins, que ali manterá um horto. Art. 4º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. Mando, portanto, a quem o conhecimento e a execução do presente Decreto pertencer, que o cumpra e o faça cumprir, tão inteiramente como nele se contém. Belo Horizonte, 27 de setembro de 1976 Luiz Verano Prefeito Lúcio Fonseca de Castro Secretário Municipal de Serviços Urbanos

Page 271: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

271

DECRETO Nº 2.940, DE 27 DE SETEMBRO DE 1976 Declara imune a corte ou derrubada as árvores identificadas no Anexo

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais e considerando: I – que compete ao Poder Público preservar e conceder proteção a espécimes vegetais que, pela sua beleza, raridade ou localização, se fizeram carecedoras da medida; II – que após levantamentos efetuados em todas as regiões da Capital, verificou-se a existência de inúmeros exemplares que devem ser protegidos; III – considerando, finalmente, a oportunidade das comemorações da Semana da Árvore, decreta: Art. 1º - São declarados imunes de corte ou derrubadas os exemplares botânicos relacionados no Anexo que fica fazendo parte integrante deste Decreto. Art. 2º - A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos providenciará a numeração das árvores, bem como a colocação de placas indicativas de sua imunidade. Art. 3º - Quando ocorrer a morte do espécime ou houver necessidade inarredável do corte, o Departamento de Parques e Jardins providenciará o plantio de duas mudas no mesmo local, ou nas proximidades. Art. 4º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. Mando, portanto, a quem o conhecimento e a execução do presente Decreto pertencer, que o cumpra e o faça cumprir, tão inteiramente como nele se contém. Belo Horizonte, 27 de setembro de 1976 Luiz Verano Prefeito Lúcio Fonseca de Castro Secretário Municipal de Serviços Urbano

Page 272: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

272 RELAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ÁRVORES QUE SERÃO INCLUÍDAS EM DECRETO COMO: “IMUNES DE CORTE OU DERRUBADA”

Nome Vulgar

Nome Científico Família Localização Unid

. Observações

Gerais

Paineira Chorisia apeciosa

Bombacacoae

Rua Bernardo Guimarães esq/ Rua Mato Grosso I Árvore majestosa, de grande porte,

adulta (60 anos aprox.) Jambo do Pará Rua Espírito Santo, em frente ao nº

881, no passeio I Único exemplar desta espécie existente nas ruas de BH.

Flamboyant Dalonix regia Leguminoseae Praça da Igreja da Boa Viagem VIII Árvores adultas

Grevilea Grevílea robusta Proteaceae Praça da Igreja da Boa Viagem IX Árvores adultas

Ficus Fícus retusa Moraceae Praça da Igreja da Boa Viagem VII

Mulungu Erytrina mulungu

Leguminoseae Praça da Igreja da Boa Viagem XIX

Espatodea Espatodea campanulata Beauv.

Bignoniaceae Praça da Igreja da Boa Viagem V

Pinheiro do Paraná

Araucária angustifólia

Araucareaceae Praça da Igreja da Boa Viagem I

Paineira Chorisia apeciosa

Bombacacoae Praça da Igreja da Boa Viagem VII

Ipê Amarelo Tabebuia serratifolia

Leguminoseae Praça da Igreja da Boa Viagem II

Cassia albrisia

Cassia albrisia Leguminoseae

Praça da Igreja da Boa Viagem II

Magnólia Amarela

Michelia champaca Magnoliaceae Praça da Igreja da Boa Viagem I

Eucalipto Eucalyptus spp Myrtaceae Praça da Igreja da Boa Viagem III Tipuana Tipuana tipu Leguminosea Praça da Igreja da Boa Viagem I

Page 273: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

273

e

Casuarina Casuarina Equisetifolia

Casuarinaceae Praça da Igreja da Boa Viagem I

Mangueiras Mangifera indica

Anacardiaceae

Av. Carandaí, trecho compreendido entre Praça João Pessoa e Rua Ceará

XIX São as últimas mangueiras restantes das centenas que foram plantadas nas ruas da cidade. Av. Alfredo Balena, no trecho

compreendido entre Carandaí e Av. Bernardo Monteiro

Quaresmeira Tibouchina spp Melastomasta

ceae Praça da Igreja da Boa Viagem I

Ficus Fícus retusa Moraceae Praça Afonso Arinos com Rua Goiás II

Palmeira Imperial

Poystonea oleraceae

Leguminoseae

Todas as palmeiras existentes na Av. Brasil, no trecho compreendido entre a Rua Sergipe e a Rua Pernambuco

XXIX

Pau Brasil Caesalpina echinata, LAM

Leguminoseae

Praça Afonso Arinos II

Paineiras Chorisia apeciosa

Bombacacoae Praça da Assembléia V Paineiras que foram transplantadas

Ipê Branco Tabeluia odontodiscus

Bignomiaceae

Av. Afonso Pena, entre Brasil e Contorno I

Único Ipê Branco existente na Av. Afonso Pena

Todas as árvores localizadas em praças públicas Div.

As praças públicas de uma cidade representam o mais importante centro de lazer comunitário

Todas as árvores localizadas em Parques Municipais Div.

Naturais ou artificiais, os Parques representam, além de área de lazer, importantes centros de preservação da natureza.

Page 274: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

274

Page 275: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

275

DECRETO Nº 5.362, DE 4 DE JUNHO DE 1986 Retificado em 6/6/1986

Republicado em 11/6/1986

Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo Horizonte O Prefeito Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, e nos termos do artigo 14 § 2º da Lei nº 4.253, de 04.12.1985, decreta: Art. 1º - Fica aprovado o Regimento Interno do Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo Horizonte, que com este baixa. Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Belo Horizonte, 4 de junho de 1986 Sérgio Ferrara Prefeito de Belo Horizonte Lomelino de Andrade Couto Secretário Municipal do Governo Francisco A. C. de Souza Barros Secretário Municipal do Meio Ambiente José Francisco Alves Secretário Municipal de Administração Evandro Antônio Brazil Secretário Municipal da Fazenda Wilson Tibúrcio Nogueira Secretário Municipal de Planejamento

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

CAPÍTULO I

DO OBJETIVO Art. 1º - Este Regimento estabelece as normas de organização e funcionamento

do Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo Horizonte - COMAM.

Page 276: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

276

Parágrafo único - A expressão Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo Horizonte e a sigla COMAM se equivalem para efeitos de referência e comunicação.

CAPITULO II

DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA Art. 2º - O COMAM foi criado como órgão colegiado, composto de 15 (quinze)

membros, com ação normativa e de assessoramento, pela Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985.

Art. 3º - Compete ao COMAM: I - formular as diretrizes da Política Municipal de Meio Ambiente; II - promover medidas destinadas à melhoria da qualidade de vida no Município; III - estabelecer as normas e os padrões de proteção, conservação e melhoria do

meio ambiente para o Município de Belo Horizonte, observadas as legislações federal e estadual;

IV - opinar, previamente, sobre os planos e programas anuais e plurianuais de trabalho da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

V - decidir, em segunda instância administrativa, sobre a concessão de licenças e aplicação de penalidades previstas na Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, e sua regulamentação;

VI - deliberar sobre a procedência de impugnação, sob a dimensão ambiental, relativa às iniciativas de projetos do Poder Público ou de entidades por este mantidas, destinadas à implantação física no Município;

VII - apresentar ao Prefeito Municipal o projeto de regulamentação da Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985;

VIII - avocar a si exame e decisão sobre qualquer assunto que julgar de importância para a Política Municipal de Meio Ambiente, respeitado o disposto no artigo 2º deste Regimento;

XI - atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger, conservar e melhorar o meio ambiente;

X - responder a consulta sobre matéria de sua competência. Art. 4º - O suporte técnico e administrativo indispensável ao funcionamento do

COMAM, será prestado diretamente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

CAPÍTULO III DA COMPOSIÇÃO DO COMAM

Art. 5º- O COMAM se compõe dos seguintes membros efetivos: I - de um Presidente, que é o Secretário Municipal de Meio Ambiente; II – de 1 (um) representante de cada um dos seguintes órgãos e entidades: a) Câmara Municipal de Belo Horizonte; b) Secretaria Municipal de Obras Civis;

Page 277: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

277

b) Secretaria Municipal de Atividades Urbanas; Alínea “b” com redação dada pelo Decreto nº 6.287, de 12/7/1989 (Art. 1º) c) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano; c) Secretaria Municipal de Cultura;" Alínea “c” com redação dada pelo Decreto nº 6.287, de 12/7/1989 (Art. 1º) d) Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP; e) Secretaria Municipal de Saúde; f) Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG; g) Associação Comercial de Minas - ACM; h) Federação das Associações de Moradores de Bairros e Favelas de Belo

Horizonte i) Coordenadoria de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico, Artístico

Cultural, Estético e Paisagístico da Procuradoria Geral de Justiça do Estado d Minas Gerais.

III - de 1 (um) representante escolhido entre cada um dos seguintes conjuntos de órgãos e entidades:

a) entidades civis criadas com finalidade específica de defesa da qualidade do meio ambiente, com atuação no âmbito do Município de Belo Horizonte;

b) entidades civis representativas de categorias profissionais liberais com atuação no âmbito do Município de Belo Horizonte;

c) universidades e unidades de ensino superior, públicas ou não, que operem no Município de Belo Horizonte;

d) sindicatos de trabalhadores de categorias profissionais não liberais, com base territorial no Município de Belo Horizonte.

IV - de cientista, tecnólogo, pesquisador ou pessoa de notório saber, dedicado à atividade de preservação do meio ambiente e à melhoria da qualidade de vida, de livre escolha do Prefeito Municipal de Belo Horizonte.

Art. 5º revogado pelo Decreto nº 11.944, de 14/2/2005 (Art. 3º) Art. 6º - Cada membro do COMAM terá um suplente que o substituirá em caso de

impedimento. Art. 7º - O Secretário Municipal Adjunto de Meio Ambiente será o substituto do

Presidente, nos seus impedimentos. Parágrafo único - Em caso de impedimento simultâneo do Presidente e de seu

substituto, assumirá provisoriamente a presidência o membro mais idoso do COMAM presente à reunião, que procederá imediatamente à eleição do presidente da sessão.

Art. 8º - Os membros efetivos de que trata o artigo 5º, inciso II, e seus respectivos

suplentes, serão indicados pela direção de cada um dos órgãos e entidades mencionados.

Parágrafo único - O órgão ou entidade poderá substituir o membro efetivo ou seu

suplente, mediante comunicação por escrito dirigida ao Presidente do COMAM.

Page 278: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

278

Art. 8º revogado pelo Decreto nº 11.944, de 14/2/2005 (Art. 3º) Art. 9º - Os membros efetivos de que trata o artigo 5º, inciso III, e seus respectivos

suplentes, serão escolhidos em reunião conjunta dos órgãos e entidades interessados com o Presidente do COMAM.

§ 1º - As reuniões serão convocadas pelo Presidente do COMAM mediante edital

publicado no "Minas Gerais". § 2º - O Presidente do COMAM não tem direito a voto nas reuniões para a escolha

dos representantes. § 3º - O Presidente do COMAM julgará os pedidos de impugnação de órgãos ou

entidades que não se enquadrarem no previsto no artigo 5º, inciso III. § 4º - Os representantes escolhidos terão mandato com duração de 1 (um) ano,

permitida a recondução. Art. 9º revogado pelo Decreto nº 11.944, de 14/2/2005 (Art. 3º) Art. 10 - O membro efetivo de que trata o artigo 5º, inciso IV, e seu suplente, terão

mandato com duração de 1 um ano, permitida a recondução. Art. 10º revogado pelo Decreto nº 11.944, de 14/2/2005 (Art. 3º) Art. 11 - O COMAM deliberará, por iniciativa própria ou por requerimento do

interessado, a inclusão de órgãos ou entidades como membros convidados do Conselho. Parágrafo único - Os membros convidados não têm direito a voto nem à

remuneração "pro-labore".

CAPITULO IV DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 12 - Ao Presidente do COMAM compete: I - dirigir os trabalhos e presidir às sessões; II - convocar as reuniões do Conselho; III - dirimir dúvidas relativas à interpretação deste Regimento; VI - encaminhar a votação de matéria submetida à decisão do Conselho; V - assinar as atas aprovadas nas reuniões; VI - assinar as deliberações do Conselho; VII - despachar os expedientes do Conselho; VIII - dirigir as sessões ou suspendê-las, conceder, negar e cassar a palavra, ou

delimitar a duração das intervenções; IX - designar relatores para estudos preliminares dos assuntos a serem discutidos

nas reuniões; X - fazer cumprir este Regimento; XI - delegar atribuições de sua competência.

Page 279: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

279

XII - exercer o juízo de admissibilidade para recursos dirigidos ao COMAM, nos casos de tempestividade e de prévio recolhimento de multas aplicadas.

Inciso XII acrescentado pelo Decreto nº 7.426, de 6/11/1992 (Art. 1º) Art.13 - Compete aos membros do COMAM: I - comparecer às reuniões; II - debater a matéria em discussão; III - requerer informações, providências e esclarecimentos ao Presidente; IV - apresentar relatórios e pareceres dentro dos prazos fixados; V - votar; VI - propor temas e assuntos à discussão e votação do Conselho.

CAPITULO V DAS REUNIÕES DO COMAM

Art. 14 - O COMAM se reunirá ordinária e extraordinariamente. § 1º - As reuniões ordinárias ocorrerão mensalmente, em data, local e hora fixados

com antecedência de, pelo menos, 7 (sete) dias, pelo Presidente. § 2º - As reuniões extraordinárias ocorrerão por iniciativa do Presidente ou por

solicitação por escrito assinada por um mínimo de 5 (cinco) de seus membros efetivos, encaminhada ao Presidente com antecedência mínima de 10 (dez) dias.

§ 3º - O Presidente convocará as reuniões extraordinárias com antecedência de,

no mínimo, 5 (cinco) dias. § 3º - O Presidente convocará as reuniões extraordinárias com antecedência de,

no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas § 3º com redação dada pelo Decreto nº 12.334, de 28/3/2006 (Art. 1º) Art. 15 - Somente haverá reunião do COMAM com a presença de, no mínimo, 8

(oito) membros com direito a voto. Art. 16 - As reuniões do COMAM serão públicas, respeitadas a capacidade do

local onde for realizada a reunião e a ordem de inscrição do público interessado. § 1º - A inscrição do público interessado será aberta na Secretaria Municipal de

Meio Ambiente, em livro próprio, 24 (vinte e quatro) horas antes do início da reunião. § 2º - Por decisão do Presidente, será facultado a todos os presentes o direito à

palavra, ressalvando-se o disposto no item VIII do artigo 12 do presente Regimento.

Page 280: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

280

Art. 17- Por decisão do COMAM, nos termos deste Regimento, poderá ser vedada a participação do público e membros convidados na reunião seguinte, ordinária ou extraordinária.

Art. 18 - Havendo o número regimental o Presidente abrirá a sessão, procedendo-

se à leitura da ata da sessão anterior, a qual, depois de discutida e aprovada, com emendas ou sem elas, será subscrita pelo Presidente.

Art.19 - Os assuntos a serem apreciados nas reuniões deverão constar de pauta

previamente distribuída, acompanhada dos documentos necessários ao estudo da matéria.

Parágrafo único - Por requerimento de qualquer de seus membros com direito a

voto, o COMAM poderá deliberar sobre a inclusão de novos assuntos na pauta da reunião em curso, ou na pauta da reunião seguinte.

Art. 20 - Os assuntos serão discutidos segundo a respectiva ordem de inscrição

em pauta, podendo o Conselho, a requerimento de qualquer de seus membros, deliberar sobre a precedência de um sobre o outro.

Art. 21 - Os assuntos serão discutidos em plenário e depois de suficientemente

esclarecidos, serão colocados em votação pelo Presidente. § 1º - Terão direito a voto os membros efetivos do Conselho, ou, no caso de

impedimento, os seus respectivos suplentes. § 2º - Será considerada aprovada a menção que obtiver a maioria simples dos

votos, com exceção da votação de pedido de vista mencionada no artigo 22 deste Regimento.

§ 3º - Cabe ao Presidente do COMAM, além do voto pessoal, o de qualidade. Art. 22 - Qualquer membro efetivo do Conselho que não se julgue suficientemente

esclarecido poderá, antes de encerrada a discussão, pedir vista da matéria em debate, a qual permanecerá na pauta para a reunião seguinte, e dela só poderá ser retirada por novo pedido de vista, se aprovado pelo voto de dois terços dos membros presentes à reunião.

Art. 23 - As atas, depois de aprovadas e assinadas pelo Presidente, nos termos do

artigo 18, serão lavradas em livro próprio e assinadas pelos membros que participaram da reunião que as originou.

CAPITULO VI

DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Page 281: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

281

Art. 24 - Os membros efetivos do COMAM, ou, no caso de impedimento, os seus respectivos suplentes, receberão um "pro-labore” por comparecimento e presença até o fim de cada reunião ordinária ou extraordinária, equivalente a 1,5 (uma e meia) Unidade Padrão Fiscal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – UFPBH.

Art. 25 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Presidente, "ad referendum" do

Conselho. Belo Horizonte, 4 de junho de 1986 Sérgio Ferrara Prefeito

Page 282: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

282

DECRETO Nº 5.893, DE 16 DE MARÇO DE 1988 Regulamenta a Lei nº 4.253, de 04 de dezembro de 1985, que dispõe sobre a

política de proteção, controle e conservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida no Município de Belo Horizonte.

O Prefeito Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, decreta:

CAPÍTULO I

DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE Art. 1º - A Política Municipal de Meio Ambiente, respeitadas as competências da

União e do Estado, tem por objeto a conservação e a recuperação do meio ambiente, e a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Belo Horizonte.

Art. 2º - Para os fins previstos neste Regulamento, entende-se por: I - meio ambiente - o conjunto de condições, leis, influências e interações de

ordem física, química, biológica, social, cultural e política, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

II - degradação da qualidade ambiental - a alteração adversa das características do meio ambiente;

III - poluição - a degradação da qualidade ambiental resultante de atividade que, direta ou indiretamente:

a) prejudique a saúde, o sossego, a segurança ou o bem-estar da população; b) crie condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afete desfavoravelmente a fauna, a flora ou qualquer recurso ambiental; d) afete as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lance matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais

estabelecidos; f) ocasione danos relevantes aos acervos histórico, cultural e paisagístico; IV - agente poluidor - pessoa física ou jurídica de direito público ou privado,

responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação ambiental; V - recursos ambientais - a atmosfera, as águas superficiais e subterrâneas, o

solo, o subsolo e os elementos da biosfera; VI - poluente - toda e qualquer forma de matéria ou energia que provoque poluição

nos termos deste artigo, em quantidade, em concentração ou com característica em desacordo com as que estão estabelecidas na Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, neste Regulamento e nas normas dele decorrentes, respeitadas as legislações federal e estadual;

VII - fonte poluidora - considera-se fonte poluidora efetiva ou potencial, toda atividade, processo, operação, maquinaria, equipamento ou dispositivo fixo ou móvel, que cause ou possa causar emissão ou lançamento de poluentes, ou qualquer outra espécie de degradação ambiental.

Page 283: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

283

Art. 3º - Fica proibida a emissão ou o lançamento de poluentes, direta ou indiretamente, nos recursos ambientais, bem como sua degradação, nos termos do artigo anterior.

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA Art. 4º - À Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA, como órgão central de

implementação da Política Municipal de Meio Ambiente, cabe fazer cumprir a Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, e este Regulamento, competindo-lhe:

I - formular as normas técnicas e os padrões de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, observadas as legislações federal e estadual, submetendo-os à apreciação do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM;

II - estabelecer as áreas em que ação do Executivo Municipal, relativa à qualidade ambiental, deva ser prioritária;

III - exercer a ação fiscalizadora de observância das normas contidas na legislação de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente;

IV - exercer o poder de polícia nos casos de infração da lei de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente e de inobservância de norma ou padrão estabelecido;

V - responder a consultas sobre matéria de sua competência; VI - emitir parecer a respeito dos pedidos de localização e funcionamento de

fontes poluidoras; VII - decidir sobre os pedidos para execução de atividades que dependam de

prévia autorização, nos termos do artigo 90 deste Decreto; VIII - atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger,

melhorar e conservar o meio ambiente; IX - decidir sobre a concessão de licenças e a aplicação de penalidades, nos

termos deste Regulamento. § 1º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente é órgão central de planejamento,

administração e fiscalização das posturas ambientais na estrutura básica da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, cabendo-lhe fornecer diretrizes técnicas aos demais órgãos municipais, em assuntos que se refiram a meio ambiente e qualidade de vida.

§ 2º - Para a realização de suas atividades, a Secretaria Municipal de Meio

Ambiente poderá utilizar-se, além dos recursos técnicos e humanos de que dispõe, do concurso de outros órgãos ou entidades públicas ou privadas, mediante convênios, contratos e credenciamento de agentes.

Art. 5º - Ao Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo Horizonte

- COMAM, criado pela Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, com ação normativa e de assessoramento, compete:

I - formular as diretrizes da Política Municipal de Meio Ambiente; II - promover medidas destinadas à melhoria da qualidade de vida do Município;

Page 284: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

284

III - estabelecer, mediante deliberações normativas, padrões e normas técnicas, não previstas neste Regulamento, ou modificar os existentes, quando necessário, com base em estudos técnico-científicos, respeitadas as legislações federal e estadual;

IV - opinar, previamente, sobre os planos e programas anuais e plurianuais de trabalho da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

V - decidir, em segunda instância administrativa, sobre a concessão de licenças e a aplicação de penalidades, nos termos deste Regulamento;

VI - deliberar sobre a procedência de impugnação, sob a dimensão ambiental, relativa às iniciativas de projetos do Poder Público ou de entidades por este mantidas, destinadas à implantação física no Município;

VII - apresentar ao Prefeito Municipal o projeto de regulamentação da Lei 4253, de 04 de dezembro de 1985;

VIII – avocar a si mesmo a decisão sobre qualquer assunto que julgar de importância para a Política Municipal de Meio Ambiente;

IX - atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger, conservar e melhorar o meio ambiente;

X - responder a consulta sobre a matéria de sua competência. Parágrafo único - As deliberações normativas do COMAM constituem

complemento deste Regulamento e terão seu processo deliberativo fixado em norma específica.

Art. 6º - Ao Prefeito Municipal compete decidir, em última instância administrativa,

sobre a aplicação de penalidades, nos termos deste Regulamento.

CAPÍTULO III DA POLUIÇÃO SONORA

Seção I

Das Definições Art. 7º - Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as seguintes definições: I - som - fenômeno físico causado pela propagação de ondas mecânicas em um

meio elástico, compreendidas na faixa de freqüência de 16 Hz (dezesseis Hertz) a 20 khz (vinte quilohertz) e capaz de excitar o aparelho auditivo humano;

II - ruído - mistura de sons cujas freqüências não seguem nenhuma lei precisa, e que diferem entre si por valores imperceptíveis ao ouvido humano:

a) ruído contínuo - aquele com flutuações de nível de pressão acústica tão pequenas que podem ser desprezadas dentro do período de observação;

b) ruído intermitente - aquele cujo nível de pressão acústica cai bruscamente ao nível do ambiente, várias vezes, durante o período de observação, desde que o tempo em que o nível se mantém com o valor constante, diferente daquele do ambiente, seja da ordem de grandeza de um segundo ou mais;

c) ruído impulsivo - aquele que consiste em uma ou mais explosões de energia acústica, tendo cada uma duração menor do que cerca de um segundo;

Page 285: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

285

d) ruído de fundo - todo e qualquer ruído que esteja sendo captado e que não seja proveniente da fonte objeto das medições;

III - vibração - oscilação ou movimento mecânico alternado de um sistema elástico, transmitido pelo solo ou por um meio qualquer;

IV - decibel (dB) - unidade de intensidade física relativa ao som; V - nível de som - dB (A) - intensidade do som, medida na curva de ponderação A,

definida na Norma NBR-7731 da Associação Brasileira de Normas Técnicas; VI - nível de som equivalente (Leq) - nível médio de energia sonora (medido em

dB (A)), avaliada durante um período de tempo de interesse; VII - distúrbio sonoro e distúrbio por vibração - qualquer ruído ou vibração que : a) ponha em perigo ou prejudique a saúde, o sossego e o bem-estar públicos; b) cause danos de qualquer natureza às propriedades públicas ou privadas; c) possa ser considerado incômodo; d) ultrapasse os níveis fixados neste Regulamento; VIII - limite real da propriedade - aquele representado por um plano imaginário que

separa a propriedade real de uma pessoa física ou jurídica da de outra; IX - serviço de construção civil - qualquer operação de montagem, construção,

demolição, remoção, reparo ou alteração substancial de uma edificação ou de uma estrutura;

X - centrais de serviço: canteiros de manuseio e/ou produção de peças e insumos para atendimento de diversas obras de construção civil;

Inciso X retificado em 22/03/1988 XI - horários - para fins de aplicação deste Decreto, ficam definidos: a) diurno - entre 07 e 19 horas; b) vespertino - entre 19 e 22 horas; c) noturno - entre 22 e 07 horas.

Seção II Das Disposições Gerais

Art. 8º - Fica proibido perturbar o sossego e o bem-estar públicos através de

distúrbios sonoros ou distúrbios por vibrações. Art. 9º - Depende de prévia autorização da SMMA a utilização ou detonação de

explosivos ou similares, ao Município de Belo Horizonte. Art. 10 - Depende de prévia autorização da SMMA a utilização de serviço de alto-

falantes e outras fontes de emissão sonora, no horário diurno ou vespertino, como meio de propaganda ou publicidade.

Parágrafo único - No horário noturno, não será permitido o uso de alto-falantes e

outras fontes de emissão sonora, em qualquer hipótese.

Page 286: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

286

Art. 11 - Os serviços de construção civil da responsabilidade de entidades públicas ou privadas, dependem de autorização prévia da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quando executados no seguintes horários:

I - domingos e feriados, em qualquer horário; II - dias úteis, em horário noturno e, em horário vespertino, no caso de atividades

de centrais de serviços. Parágrafo único - Excetuam-se destas restrições as obras e os serviços urgentes

e inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força maior, acidentes graves ou perigo iminente à segurança e ao bem-estar da comunidade, bem como o restabelecimento de serviços públicos essenciais, tais como energia elétrica, gás, telefone, água, esgoto e sistema viário.

Seção III

Dos Níveis Máximos Permissíveis de Ruídos Art. 12 - A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais,

comerciais, prestação de serviços, inclusive de propaganda, bem como sociais e recreativas, obedecerá aos padrões e critérios estabelecidos neste Regulamento.

Art. 13 - Ficam estabelecidas os seguintes limites máximos permissíveis de

ruídos: I - o nível de som proveniente da fonte poluidora, medido dentro dos limites reais

da propriedade onde se dá o suposto incômodo, não poderá exceder de 10 (dez) decibéis (dB(A)) o nível do ruído de fundo existente no local;

II - independente do ruído de fundo, o nível de som proveniente da fonte poluidora, medido dentro dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, não poderá exceder os níveis fixados na Tabela 1, que é parte integrante deste Decreto.

Parágrafo único - Quando a propriedade onde se dá o suposto incômodo tratar-se

de escola, creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou similar, deverão ser atendidos os limites estabelecidos para a ZR1, independentemente da efetiva zona de uso.

Parágrafo único - Quando a propriedade onde se dá o suposto incômodo tratar-se

de escola, creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou similar, deverão ser atendidos os menores limites estabelecidos na Tabela I mencionada no item II deste artigo, independentemente da efetiva zona de uso e classificação viária.

Parágrafo único com redação dada pelo Decreto nº 9.139, de 7/3/1997 (Art. 2º) Art. 14 - Quando o nível do som proveniente de tráfego, medido dentro dos limites

reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, ultrapassar os níveis fixados na Tabela 1, caberá a SMMA articular-se com os órgãos competentes, visando adoção de medidas para eliminação ou minimização do distúrbio sonoro.

Page 287: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

287

Art. 15 - A medição do nível de som será feita utilizando a curva de ponderação A com circuito de resposta rápida, e o microfone deverá estar afastado, no mínimo, de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros) dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, e à altura de 1,2m (um metro e vinte centímetros) do solo.

Art. 15 retificado em 22/03/1988 Art. 16 - O nível de som medido será função da natureza da emissão, admitindo-

se os seguintes casos: I - ruído contínuo: o nível de som será igual ao nível de som medido; II - ruído intermitente: o nível de som será igual ao nível de som equivalente (Leq); III - ruído impulsivo: o nível de som será igual ao nível de som equivalente mais

cinco decibéis (Leq+5 dB(A)). Art. 17 - As vibrações serão consideradas prejudiciais quando ocasionarem ou

puderem ocasionar danos materiais à saúde e ao bem-estar públicos. Art. 18 - Os equipamentos e o método utilizado para a medição e avaliação dos

níveis de som e ruído obedecerão às recomendações da norma NBR-7731 da ABNT, ou às que lhe sucederem.

Art. 19 - A emissão de som ou ruído por veículos automotores, aeroplanos e

aeródromos, e os produzidos no interior dos ambientes de trabalho, obedecerão às normas expedidas, respectivamente, pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e pelos órgãos competentes do Ministério da Aeronáutica e Ministério do Trabalho.

CAPÍTULO IV

DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Seção I Das Definições

Art. 20 - Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as seguintes definições: I - padrões de qualidade do ar: limites máximos permissíveis de concentração de poluentes na atmosfera; II - padrões para emissão de efluentes: condições a serem atendidas para o lançamento de poluentes na atmosfera; III - sistema de ventilação local exaustora: conjunto de equipamentos e dispositivos utilizados para realizar a captação, condução, tratamento e lançamento de efluentes atmosféricos; IV - sistema de controle da poluição do ar: conjunto de equipamentos e dispositivos destinados à retenção de poluentes, impedindo seu lançamento na atmosfera; V - incineradores: equipamentos ou dispositivos utilizados com o objetivo de promover a queima de resíduos;

Page 288: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

288 VI - medidas de emergência: conjunto de providências adotadas pelo Executivo Municipal para evitar a ocorrência de episódios críticos de poluição atmosférica, ou impedir a sua continuidade; VII - episódio crítico de poluição atmosférica: presença de altas concentrações de poluentes na atmosfera em decorrência de condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos mesmos.

Seção II

Dos Padrões de Qualidade do Ar Art. 21 - Ficam estabelecidos para todo o Município de Belo Horizonte os seguintes padrões de qualidade do ar: I - partículas em suspensão: a) uma concentração média geométrica anual de 80 microgramas por metro cúbico; b) uma concentração média diária de, no máximo, 240 microgramas por metro cúbico e que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; c) método de referência: Método de Amostrador de Grandes Volumes, ou equivalente; II - dióxido de enxofre: a) uma concentração média aritmética anual de 80 microgramas por metro cúbico (0,03 ppm); b) uma concentração média diária de, no máximo, 365 microgramas por metro cúbico, que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; c) método de referência: Método da Pararosanilina ou equivalente; III - monóxido de carbono: a) uma concentração média em intervalo de 08 horas, de no máximo 10.000 microgramas por metro cúbico (9ppm) e que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; b) uma concentração média horária de no máximo 40.000 microgramas por metro cúbico (35 ppm) e que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; c) método de referência: Método de Absorção de Radiação Infravermelho não Dispersivo, ou equivalente; IV - oxidantes fotoquímicos: a) uma concentração média horária de no máximo 160 microgramas por metro cúbico (0,08ppm), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano; b) método de referência: Método da Luminescência Química, ou equivalente. Parágrafo único - Todas as medidas de qualidade do ar deverão ser corrigidas para temperatura de 25º C e pressão absoluta de 760mm de mercúrio.

Seção III Dos Padrões para Emissão de Efluentes

Art. 22 - As fontes poluidoras adotarão sistemas de controle de poluição do ar baseados na melhor tecnologia viável para cada caso.

Page 289: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

289 Parágrafo único - A adoção da tecnologia preconizada neste artigo, será feita após análise e aprovação pela SMMA do projeto de sistema de controle de poluição, que especifique as medidas a serem adotadas e a redução almejada para a emissão. Art. 23 - Toda fonte de poluição atmosférica deverá ser provida de sistema de ventilação local exaustora, e o lançamento de efluentes na atmosfera somente poderá ser realizado através de chaminé, ou outro dispositivo técnico adequado. Parágrafo único - As operações, processos ou funcionamento dos equipamentos de britagem, moagem, transporte, manipulação, carga e descarga de material fragmentado ou particulado, poderão ser dispensados das exigências referidas neste artigo, desde que realizados a úmido, mediante processo de umidificação permanente. Art. 24 - A SMMA, nos casos em que se fizer necessário, poderá exigir: I - a instalação e operação de equipamentos de medição com registradoras, nas fontes de poluição do ar, para monitoramento das quantidades de poluentes emitidos; II - que os responsáveis pelas fontes poluidoras construam plataformas e forneçam os requisitos necessários à realização de amostragens em chaminés. Art. 25 - Nenhum motor dos ciclos diesel ou otto poderá operar no Município com limites de emissão de gases, opacidade, rotação e emissão de ruídos acima dos parâmetros previstos nas Resoluções do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. § 1º - No caso do ciclo diesel, a fumaça emitida pelo cano de descarga não poderá exceder a densidade colorimétrica superior ao Padrão 2 (dois) da Escala Ringelmann, ou equivalente, por mais de 5 (cinco) segundos consecutivos, exceto para partida a frio. § 2º - Os veículos vistoriados poderão receber um adesivo alusivo ao resultado da avaliação, o qual será afixado no pára-brisa e somente poderá ser retirado pelo agente de fiscalização. § 3º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá convocar para vistoria, com data, local e horário previamente agendados, quaisquer veículos em operação no Município.

Art. 25 com redação dada pelo Decreto nº 13.744, de 5/10/2009 (Art. 1º) Art. 26 - Não é permitida, em nenhuma hipótese, a queima de lixo ou resíduos, ao ar livre. Art. 27 - Ficam proibidos a instalação e o funcionamento de incineradores domiciliares ou em prédios residenciais e comerciais de quaisquer tipos.

Seção IV

Das Medidas de Emergência

Page 290: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

290 Art. 28 - O Prefeito Municipal determinará a adoção de medidas de emergência, a fim de evitar episódios críticos de poluição do ar no Município de Belo Horizonte, ou para impedir sua continuidade, em caso de grave e iminente risco para vidas humanas ou recursos ambientais. Parágrafo único - Para a execução das medidas de emergência de que trata este artigo, poderá ser reduzida ou impedida, durante o período crítico, a atividade de qualquer fonte poluidora na área atingida pela ocorrência, respeitadas as competências do Estado e da União. Art. 29 - O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM apresentará ao Prefeito Municipal proposta de regulamento, especificando os limites que caracterizem os episódios críticos, e o conjunto de medidas a serem adotadas em cada tipo de episódio.

CAPÍTULO V DA POLUIÇÃO HÍDRICA

Seção I

Das Definições Art. 30 - Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as definições que se seguem: I - padrões de qualidade das coleções de água: limites máximos permissíveis para os valores de parâmetros que caracterizam a qualidade das coleções de água; II - padrões para lançamento de efluentes: condições a serem atendidas para o lançamento de efluentes líquidos nas coleções de água superficiais ou subterrâneas; III - classificação: qualificação dos tipos de coleções de água, com base nos usos preponderantes (sistema de classes de qualidade);

Inciso III retificado em 22/03/1988

IV - enquadramento: estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou mantido em um segmento de coleção de água ao longo do tempo; V - condição: nível de qualidade apresentado por um segmento de coleção de água, num determinado momento, em termos dos usos possíveis, com segurança adequada; VI - efetivação do enquadramento: conjunto de medidas necessárias para colocar e/ou manter a condição de um segmento de coleção de água em correspondência com a sua classe; VII - manancial: coleção de água superficial ou subterrânea, utilizada para o abastecimento doméstico, com ou sem prévio tratamento.

Seção II Dos Padrões de Qualidade das Coleções de Água

Art. 31 - As coleções de água situadas no território do Município de Belo Horizonte classificam-se em: I - Classe Especial - águas destinadas: a) ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfeção;

Page 291: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

291 b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. II - Classe 1 - águas destinadas: a) ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho); d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas, sem remoção de película; e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. III - Classe 2 - águas destinadas: a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho) d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. IV - Classe 3 - águas destinadas: a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à dessedentação de animais. V - Classe 4 - águas destinadas: a) à navegação; b) à harmonia paisagística; c) aos usos menos exigentes. Parágrafo único - Não há impedimento no aproveitamento de águas de melhor qualidade em uso menos exigentes, desde que tais usos não prejudiquem a qualidade estabelecida para essas águas. Art. 32 - As coleções de água situadas no Município de Belo Horizonte serão enquadradas mediante deliberação do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM. § 1º - Para o enquadramento de coleções de água cuja bacia contribuinte incluir outros municípios, o COMAM deverá fornecer os subsídios de que dispuser ao órgão estadual competente. § 2º - Não serão objeto de enquadramento os cursos d'água artificiais destinados ao transporte de efluentes líquidos tratados ou não. Art. 33 - As coleções de água que, na data de seu enquadramento, apresentarem condição em desacordo com a sua classe (qualidade inferior à estabelecida), serão objeto de providências com prazo determinado, visando a sua recuperação, excetuados os parâmetros que excedam os limites devido às condições naturais.

Art. 33 retificado em 22/03/1988

Page 292: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

292 Art. 34 - Para as águas de Classe Especial, quando utilizadas para abastecimento sem prévia desinfecção, os coliformes totais deverão estar ausentes em qualquer amostra. Art. 35 - Para as águas de Classe 1, são estabelecidas os limites ou condições seguintes: I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes; II - óleos e graxas: virtualmente ausentes; III - substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes; IV - corantes artificiais: virtualmente ausentes; V - substâncias que formem depósitos objetáveis: virtualmente ausentes; VI - coliformes: a) para uso de recreação de contato primário: 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das 5 (cinco) semanas anteriores, colhidas no mesmo local, devem conter, no máximo, 1.000 coliformes fecais por 100 mililitros, ou 5.000 coliformes totais por 100 mililitros; b) para uso em irrigação de hortaliças ou plantas frutíferas que se desenvolvem rentes ao solo e que são consumidas cruas, sem remoção de casca ou película: não devem ser poluídas por excrementos humanos, ressaltando-se a necessidade de inspeções sanitárias periódicas; c) para os demais usos: não deverá ser excedido um limite de 200 coliformes fecais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 (cinco) amostras mensais colhidas em qualquer mês; caso de não haver na região meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice-limite será de 1.000 coliformes totais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 (cinco) amostras mensais colhidas em qualquer mês; VII - DBO/5 dias, 20º C até 3mg/L de O2; VIII - OD, em qualquer amostra, não inferior a 6mg/L de O2; IX - turbidez: até 40 unidades nefelométricas de turbidez (UNT); X - cor: nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/L; XI - pH entre 6,0 e 9,0; XII - substâncias potencialmente prejudiciais (teores máximos): Alumínio ........................................... 0,1 mg/L de Al Amônia não ionizável ....................... 0,02 mg/L de NH3 Arsênio ............................................. 0,05 mg/L de As Bário ................................................ 1,0 mg/l de Ba Berílio ............................................... 0,1mg/L de Be Boro ................................................. 0,75 mg/L de B Benzeno ........................................... 0,01 mg/L Benzo-a-pireno ................................ 0,00001 mg/L Cádmio ............................................ 0,001 mg/L de Cd Cianetos ........................................... 0,01 mg/L de CN Chumbo ........................................... 0,03 mg/L de Pb Cloretos ........................................... 250 mg/L de Cl Cloro residual ................................... 0,01 mg/L de Cl Cobalto ............................................ 0,2 mg/L de Co Cobre ............................................... 0,02 mg/L de Cu

Page 293: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

293 Cromo trivalente ............................... 0,5 mg/L de Cr Cromo hexavalente .......................... 0,05 mg/L de Cr 1,1 dicloroetano ............................... 0,0003 mg/L 1,2 dicloroetano ............................... 0,01 mg/L Estanho ............................................ 2,0 mg/L Índice de fenóis ................................ 0,001 mg/L C6H5OH Ferro solúvel .................................... 0,3 mg/L de Fe Fluoretos .......................................... 1,4 mg/L de F Fosfato total ..................................... 0,025 mg/L de P Lítio .................................................. 2,5 mg/L de Li Manganês ........................................ 0,1 mg/L de Mn Mercúrio ........................................... 0,0002 mg/L de Hg Níquel .............................................. 0,025 mg/L de Ni Nitrato .............................................. 10 mg/L de N Nitrito ............................................... 1,0 mg/L de N Prata ................................................ 0,01 mg/L de Ag Pentaclorofenol ................................ 0,01 mg/L Selênio ............................................. 0,01 mg/L de Se Sólidos dissolvidos totais ................. 500 mg/L Substâncias tensoativas que reagem com o azul de metileno ................................ 0,5 mg/L de LAS Sulfatos ............................................ 250 mg/L de SO4 Sulfetos (como H2S não dissociado) 0,002 mg/L de S Tetracloroeteno ................................ 0,01 mg/L Tricloroeteno .................................... 0,03 mg/L Tetracloreto de carbono ................... 0,003 mg/L 2,4,6 triclorofenol ............................. 0,01 mg/L Urânio total ....................................... 0,02 mg/L de U Vanádio ............................................ 0,1 mg/L de V Zinco ................................................ 0,18 mg/L de Zn Aldrin ................................................ 0,01 ug/L Clordano .......................................... 0,04 ug/L DDT ................................................. 0,002 ug/L Dieldrin ............................................. 0,005 ug/L Endrim ............................................. 0,004 ug/L Endossulfan ..................................... 0,056 ug/L Epóxido de Heptacloro ..................... 0,01 ug/L Heptacloro ........................................ 0,01 ug/L Lindano (gama-BHC) ....................... 0,02 ug/L Metoxicloro ....................................... 0,03 ug/L Dodecacloro + nonacloro ................. 0,001 ug/L Bifenilas policloradas (PCB's) .......... 0,001 ug/L Toxafeno .......................................... 0,01 ug/L Demeton .......................................... 0,1 ug/L Gution .............................................. 0,005 ug/L

Page 294: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

294 Malation ........................................... 0,1 ug/L Paration ........................................... 0,04 ug/L Carbaril ............................................ 0,02 ug/L Compostos organofosforados e carbamatos 10,0 ug/L em Paration 2,4 - D .............................................. 4,0 ug/L 2,4,5 - TP ......................................... 10,0 ug/L 2,4,5 - T ........................................... 2,0 ug/L Art. 36 - Para as águas de Classe 2, são estabelecidos os mesmos limites ou condições da Classe 1, à exceção dos seguintes: I - não será permitida a presença de corantes artificiais que não sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais; II - coliformes: não deverá ser excedido um limite de 1.000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 (cinco) amostras mensais colhidas em qualquer mês; no caso de não haver na região meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice-limite será de até 5.000 coliformes totais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 (cinco) amostras mensais colhidas em qualquer mês; III - cor: até 75 mg/L de Pt/L; IV - turbidez: até 100 UNT; V - DBO/5 dias, 20º C até 5 mg/L de O2; VI - OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/L de O2. Art. 37 - Para as águas de Classe 3, são estabelecidos os limites ou condições seguintes: I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes; II - óleos e graxas: virtualmente ausentes; III - substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes; IV - não será permitida a presença de corantes artificiais que não sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais; V - substâncias que formem depósitos objetáveis: virtualmente ausentes; VI - coliformes: não deverá ser excedido um limite de 4.000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mês; no caso de não haver na região meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice-limite será de até 20.000 coliformes totais por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mês; VII - DBO/5 dias, 20º C até 10 mg/L de O2; VIII - OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L de O2; IX - turbidez: até 100 UNT; X - cor: até 75 mg Pt/L; XI - pH entre 6,0 e 9,0; XII - substâncias potencialmente prejudiciais (teores máximos): Alumínio ........................................... 0,1 mg/L de Al Arsênio ............................................. 0,05 mg/L de As Bário ................................................ 1,0 mg/L de Ba Berílio ............................................... 0,1 mg/L de Be

Page 295: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

295 Boro ................................................. 0,75 mg/L de B Benzeno ........................................... 0,01 mg/L Benzo-a-pireno ................................ 0,00001 mg/L Cádmio ............................................ 0,01 mg/L de Cd Cianetos ........................................... 0,2 mg/L de CN Chumbo ........................................... 0,05 mg/L de Pb Cloretos ........................................... 250 mg/L de Cl Cobalto ............................................ 0,2 mg/L de Co Cobre ............................................... 0,5 mg/L de Cu Cromo trivalente ............................... 0,5 mg/L de Cr Cromo hexavalente .......................... 0,05 mg/L de Cr 1,1 dicloroeteno ............................... 0,0003 mg/L 1,2 dicloroetano ............................... 0,01 mg/L Estanho ............................................ 2,0 mg/L Índice de fenóis ................................ 0,3 mg/L de C6H5OH Ferro solúvel .................................... 5,0 mg/L de Fe Fluoretos .......................................... 1,4 mg/L de F Fosfato total ..................................... 0,025 mg/L de P Lítio .................................................. 2,5 mg/L de Li Manganês ........................................ 0,5 mg/L de Mn Mercúrio ........................................... 0,002 mg/L de Hg Níquel .............................................. 0,025 mg/L de Ni Nitrato .............................................. 10 mg/L de N Nitrito ............................................... 1,0 mg/L de N Nitrogênio amoniacal ....................... 1,0 mg/L de N Prata ................................................ 0,05 mg/L de Ag Bentaclorofenol ................................ 0,01 mg/L Selênio ............................................. 0,01 mg/L de Se Sólidos dissolvidos totais ................. 500mg/L Substâncias tensoativas que reagem com o azul de metileno ............................... 0,5 mg/L de LAS Sulfatos ............................................ 250 mg/L de SO4 Sulfetos (como H2S não dissociado) 0,3 mg/L de S Tetracloroeteno ................................ 0,01 mg/L Tricloroeteno .................................... 0,03 mg/L Tetracloreto de carbono ................... 0,003 mg/L 2,4,6 triclorofenol ............................. 0,01 mg/L Urânio total ....................................... 0,02 mg/L de U Vanádio ............................................ 0,1 mg/L de V Zinco ................................................ 5,0 mg/L de Zn Aldrin ................................................ 0,03 ug/L Clordano .......................................... 0,3 ug/L DDT ................................................. 1,0 ug/L Dieldrin ............................................. 0,03 ug/L Endrim ............................................. 0,2 ug/L

Page 296: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

296 Endossulfan ..................................... 150 ug/L Epóxido de Heptacloro ..................... 0,1 ug/L Heptacloro ........................................ 0,1 ug/L Lindano (gama-BHC) ....................... 3,0 ug/L Metoxicloro ....................................... 30,0 ug/L Dodecacloro + nonacloro ................. 0,001 ug/L Bifenilas policloradas (PCB's) .......... 0,001 ug/L Toxafeno .......................................... 5,0 ug/L Demeton .......................................... 14,0 ug/L Gution .............................................. 0,005 ug/L Malation ........................................... 100,00 ug/L Paration ........................................... 35,0 ug/L Carbaril ............................................ 70,0 ug/L Compostos organofosforados e carbamatos totais em Paration ............................ 100,0 ug/L 2,4 - D .............................................. 20,0 ug/L 2,4,5 - TP ......................................... 10,0 ug/L 2,4,5 - T ........................................... 2,0 ug/L Art. 38 - Para as águas de Classe 4, são estabelecidos os limites ou condições seguintes: I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes; II - odor e aspecto: não objetáveis; III - óleos e graxas: toleram-se iridescências; IV - substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento: virtualmente ausentes; V - índice de fenóis até 1,0 mg/L de C6H5OH; VI - OD superior a 2,0 mg/L de O2, em qualquer amostra; VII - pH entre 6 e 9. Art. 39 - Os padrões de qualidade das águas estabelecidos neste Regulamento constituem-se em limites individuais para cada substância. Considerando eventuais ações sinergéticas entre as mesmas, estas ou outras não especificadas, não poderão conferir às águas características capazes de prejudicar os usos a que se destinam. Parágrafo único - As substâncias potencialmente prejudiciais deverão ser investigadas sempre que houver suspeita de sua presença. Art. 40 - Os limites de DBO estabelecidos para as Classes 2 e 3 poderão ser elevados, caso o estudo na capacidade de autodepuração do corpo receptor demonstre que os teores mínimos de OD previstos não serão desobedecidos em nenhum ponto do mesmo, nas condições críticas de vazão.

Art. 40 retificado em 22/03/1988

Page 297: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

297 Art. 41 - Para os efeitos deste Decreto, consideram-se "virtualmente ausentes" e "não objetáveis" teores desprezíveis de poluentes, podendo ser exigido, quando necessário, quantificá-los para cada caso.

Seção III

Dos Padrões para Lançamento de Efluentes Art. 42 - Não será permitido o lançamento de poluentes nos mananciais sub-superficiais e em poços profundos. Art. 43 - Nas águas de Classe Especial não serão tolerados lançamentos de águas residuárias, domésticas e industriais, lixo e outros resíduos sólidos, substâncias potencialmente tóxicas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e outros poluentes, mesmo tratados. Caso sejam utilizadas para o abastecimento doméstico, deverão ser submetidas a uma inspeção sanitária preliminar. Art. 44 - Nas águas das Classes 1 a 4 serão tolerados lançamentos de despejos, desde que, além de atenderem ao disposto no artigo 45 deste Decreto, não venham a fazer com que os limites estabelecidos para as respectivas classes sejam ultrapassados. Parágrafo único - Resguardados os padrões de qualidade do corpo receptor demostrado por estudo de impacto ambiental realizado pela fonte poluidora, a SMMA poderá autorizar lançamentos acima dos limites estabelecidos no artigo 45, fixando o tipo de tratamento e as condições para esse lançamento. Art. 45 - Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nas coleções de água, desde que obedeçam às seguintes condições: I - pH entre 5 e 9; II - temperatura: inferior a 40º C, sendo que a elevação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3º C; III - materiais sedimentáveis: até 1 ml/L em teste de 1 hora em Cone Imhoff. Para lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes; IV - regime de lançamento contínuo de 24 (vinte quatro) horas por dia, com vazão máxima de até 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária da fonte poluidora; V - óleos e graxas: a) óleos minerais até 20 mg/L b) óleos vegetais e gorduras animais até 50 mg/L; VI - ausência de materiais flutuantes; VII - valores máximos admissíveis das seguintes substâncias: Amônia ............................................. 5,0 mg/L de N Arsênio Total .................................... 0,5 mg/L de As Bário ................................................ 5,0 mg/L de Ba Boro ................................................. 5,0 mg/L de B

Page 298: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

298 Cádmio ............................................ 0,2 mg/L de Cd Cianetos ........................................... 0,2 mg/L de CN Chumbo ........................................... 0,5 mg/L de Pb Cobre ............................................... 1,0 mg/L de Cu Cromo trivalente ............................... 2,0 mg/L de Cr Cromo hexavalente .......................... 0,5 mg/L de Cr Estanho ............................................ 4,0 mg/L de Sn Índice de fenóis ................................ 0,5 mg/L de C6H5OH Ferro solúvel .................................... 15,0 mg/L de Fe Fluoretos .......................................... 10,0 mg/L de F Manganês solúvel ............................ 1,0 mg/l de Mn .......................................................... 1,0 mg/l de Mn

Item retificado em 22/03/1988

Mercúrio ........................................... 0,01 mg/L de Hg Níquel .............................................. 2,0 mg/L de Ni Prata ................................................ 0,1 mg/L de Ag Selênio ............................................. 0,05 mg/L de Se Sulfetos ............................................ 1,0 mg/L de S Sulfitos ............................................. 1,0 mg/L de SO3 Zinco ................................................ 5,0 mg/L de Zn Tricloroeteno .................................... 1,0 mg/L Clorofórmio ...................................... 1,0 mg/L Tetracloreto de carbono ................... 1,0 mg/L Compostos organofosforados e carbamatos totais em Paration ...................................... 1,0 mg/L Sulfeto de carbono ........................... 1,0 mg/L Dicloroeteno ..................................... 1,0 mg/L Compostos organoclorados não listados acima (pesticidas, solventes, etc.) .............. 0,05 mg/L Outras substâncias em concentrações que poderiam ser prejudiciais, de acordo com limites a serem fixados pelo COMAM. VIII - tratamento especial, se provierem de hospitais e outros estabelecimentos nos quais haja despejos infectados com microorganismos patogênicos. Art. 46 - Não será permitida a diluição de efluentes industriais com águas não poluídas, tais como água de abastecimento e água de refrigeração. Parágrafo único - Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes despejos ou emissões individualizadas, os limites constantes desta regulametação aplicar-se-ão a cada um deles ou ao conjunto após a mistura, a critério da SMMA.

Art. 46 retificado em 22/03/1988 Art. 47 - Os efluentes líquidos provenientes de indústrias deverão ser coletados separadamente, através de sistemas próprios independentes, conforme sua origem e natureza, assim destinados:

Page 299: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

299 I - à coleta e disposição final de águas pluviais; II - à coleta de despejos sanitários e industriais, conjunta ou separadamente; III - às águas de refrigeração. Art. 48 - O lançamento de efluentes no corpo receptor será sempre feito por gravidade, e, se houver necessidade de recalque, os efluentes deverão ser lançados em caixa de passagem, da qual partirão por gravidade para a rede coletora. Art. 49 - O sistema de lançamento de despejos será provido de dispositivos ou pontos adequados para medição da qualidade do efluente. Art. 50 - No caso de lançamento de efluentes em sistema público de coleta e tratamento de esgotos, a SMMA poderá exigir a apresentação de autorização expressa da entidade responsável pela operação do sistema. Parágrafo único - A entidade responsável pela operação do sistema de Coleta de esgotos passa a ser responsável pelo tratamento dos efluentes coletados, e pelo atendimento aos padrões estabelecidos neste Regulamento. Art. 51 - Os métodos de coleta e análise das águas devem ser os especificados nas normas aprovadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO - ou na ausência delas, no "Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater: APHA-AWWA-WPCF", última edição. O índice de fenóis deverá ser determinado conforme o método 510 B do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 16ª edição, de 1985.

CAPÍTULO VI DA POLUIÇÃO DO SOLO

Seção I

Das Definições Art. 52 - Para fins deste Regulamento, aplicam-se as definições que se seguem: I - resíduos sólidos: resíduos em qualquer estado da matéria, não utilizados com fins econômicos, e que possam provocar, se dispostos no solo, contaminação de natureza física, química ou biológica do solo ou das águas superficiais e subterrâneas; I - resíduos sólidos: resíduos em qualquer estado da matéria, independentemente de sua destinação ou utilização, resultantes de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, ficando incluídos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, os resíduos provenientes de equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como aqueles determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água;

Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 9.859, de 2/3/1999 (Art. 6º)

Page 300: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

300 II - entulhos: resíduos sólidos inertes, não suscetíveis de decomposição biológica, provenientes de construções ou demolições, que possam ser dispostos de forma segura e estável em aterro controlado, sem oferecer risco efetivo ou potencial à saúde humana ou aos recursos ambientais; III - aterro sanitário: processo de disposição de resíduos sólidos no solo, mediante projeto específico elaborado com a observância de critérios técnicos e da legislação pertinente; IV - movimento de terra: escavação ou depósito de terra ou entulhos em um terreno, com quaisquer finalidades; V - logradouro público: designação genérica de locais de uso comum destinados ao trânsito ou permanência de pedestres ou veículos tais como rua, avenida, praça, parque, ponte, viaduto ou similares.

Seção II Dos Resíduos Sólidos

Art. 53 - Não é permitido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular no solo resíduos sólidos, sem prévia autorização da SMMA. § 1º - O transporte, a disposição e, quando for o caso, o tratamento de resíduos provenientes de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços deverão ser feitos pelo responsável por tais atividades, não se eximindo de responsabilização mesmo quando forem efetuados por terceiros. § 2º - Os estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços deverão apresentar à SMMA o programa de gerenciamento de resíduos sólidos, em conformidade com as normas técnicas e regulamentações legais cabíveis, tais como a NBR 10.004/87 e a Resolução Conama nº 05/93, apontando e descrevendo as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, bem como contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento, disposição final e proteção à saúde pública. § 3º - Na elaboração do programa de gerenciamento de resíduos sólidos, devem ser considerados princípios que conduzam à reciclagem, bem como a soluções integradas ou consorciadas, para os sistemas de tratamento e disposição final, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela SMMA. § 4º - O programa de gerenciamento de resíduos sólidos somente poderá prever a destinação para disposição ou tratamento por terceiros, desde que sejam previamente licenciados para tal fim junto à SMMA ou ao órgão ambiental competente. § 5º - A utilização do solo como destino eventual, temporário ou final de resíduos sólidos deverá ser feita de forma adequada, estabelecida em projetos específicos de transporte e destinação aprovados

Page 301: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

301 pela SMMA, ficando vedada a simples descarga ou depósito, seja em propriedade pública ou particular.

Art. 53 com redação dada pelo Decreto nº 9.859, de 2/3/1999 (Art. 6º) Art. 54 - Quando a disposição final dos resíduos sólidos exigir a execução de aterros sanitários, deverão ser tomadas medidas adequadas para proteção das águas superficiais e subterrâneas. Art. 55 - Serão obrigatoriamente incinerados ou submetidos a tratamento especial: I - resíduos sólidos declaradamente contaminados, considerados contagiosos ou suspeitos de contaminação, provenientes de estabelecimentos hospitalares, laboratórios, farmácias, drogarias, clínicas, maternidades, ambulatórios, casas de saúde, necrotérios, prontos-socorros, sanatórios, consultórios e congêneres; II - materiais biológicos, assim considerados: restos de tecidos orgânicos, restos de órgãos humanos ou animais, restos de laboratórios de análises clínicas e de anatomia patológica, animais de experimentação e outros materiais similares; III - os resíduos sólidos e materiais provenientes de unidades médico-hospitalares, de isolamento, de áreas infectadas ou com pacientes portadores de moléstias infecto-contagiosas, inclusive restos de alimentos e os produtos resultantes de lavagem e varredura dessas áreas;

Inciso III retificado em 22/3/1988 IV - todos os resíduos sólidos ou materiais resultantes de tratamento ou processo diagnóstico que tenham entrado em contato direto com pacientes, tais como: agulhas, seringas descartáveis, curativos, compressas e similares. § 1º - As emissões provenientes de incineradores de que trata este artigo, deverão ser oxidadas em pós-queimador que utilize combustível gasoso, operando a uma temperatura mínima de 850º C (oitocentos e cinquenta graus Celsius) e com tempo de residência mínimo de 0,8s (oito décimos de segundo), ou por outro sistema de controle de poluição, de eficiência igual ou superior. § 2º - Para fins de fiscalização, o pós-queimador deverá conter dispositivo de medição de temperatura da câmara de combustão, em local de fácil visualização. Art. 56 - Fica proibido lançar ao solo, em logradouros públicos, resíduos sólidos de qualquer natureza.

Seção III Dos Movimentos de Terra

Art. 57 - Depende de prévia autorização da SMMA a movimentação de terra para execução de aterro, desaterro e bota-fora, quando implicarem sensível degradação ambiental, incluindo modificação indesejável da cobertura vegetal, erosão, assoreamento e contaminação de coleções hídricas, poluição atmosférica, ou descaracterização significativa da paisagem, respeitada a legislação municipal específica.

Page 302: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

302 Art. 58 - Para quaisquer movimentos de terra deverão ser previstos mecanismos de manutenção da estabilidade de taludes, rampas e platôs, de modo a impedir a erosão e suas conseqüências. Parágrafo único - O aterro ou desaterro deverá ser seguido de recomposição do solo e de cobertura vegetal adequada à contenção do carreamento pluvial de sólidos.

CAPÍTULO VII DA FAUNA E FLORA

Seção I

Das Definições Art. 59 - Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as definições que se seguem: I - Fauna silvestre nativa: conjunto de espécies de animais, não introduzidas pelo homem, que ocorrem naturalmente no território do Município; a) fauna silvestre: conjunto de espécies de animais, nativos ou não, da fauna em geral, nacional ou estrangeiras;

Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 9/8/1988 (Art. 1º) II - flora silvestre nativa: conjunto de espécies de vegetais, não introduzidas pelo homem, que ocorrem naturalmente no território do Município; a) flora silvestre: conjunto de espécies de vegetais, nativos ou não, da flora em geral, nacional ou estrangeira

Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 9/8/1988 (Art. 1º) III - logradouro público: designação genérica de locais de uso comum destinados ao trânsito ou à permanência de veículos e pedestres, tais como ruas, avenidas, praças, parques, pontes, viadutos ou similares; IV - áreas de domínio público: logradouros públicos e áreas mantidas pelo poder público, tais como reservas biológicas, parques florestais, jardins e nascentes; V - reserva biológica: unidade de conservação da natureza, destinada a proteger integralmente a flora e a fauna ou mesmo a uma espécie em particular, com utilização para fins científicos; VI - parque florestal: unidade de conservação permanente, destinada a resguardar atributos da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das e das belezas naturais com a utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos; VII - área verde: toda área onde predominar qualquer forma de vegetação, quer seja nativa ou não, de domínio público ou privado; VIII - área de conservação ou de preservação permanente: área de domínio público ou privado, destinada à conservação dos recursos naturais, devido à sua importância, beleza, raridade, valor científico, cultural ou de lazer; IX - poda: operação que consiste na eliminação de galhos ou raízes dos vegetais; X - transplante: remoção de um vegetal de determinado local e seu implante em outro; XI - supressão: eliminação de um ou mais espécimes vegetais.

Page 303: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

303

Seção II Das Disposições Gerais

Art. 60 - Cabe ao Município proteger a fauna e a flora existentes nos logradouros públicos, em atuação coordenada com órgãos federais e estaduais que direta ou indiretamente exerçam tais atribuições. Parágrafo único - Em se tratando de vetores de moléstias ou artrópodes importunos, o controle de suas populações cabe à Secretaria Municipal de Saúde, nos termos da legislação específica. Art. 61 - É de responsabilidade da Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o plantio, replantio, transplante, supressão e poda das árvores situadas nas áreas de domínio público. § 1º - Depende de prévia autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente a poda, o transplante ou a supressão de espécime arbóreo e demais formas de vegetação, em áreas de domínio público ou privado, bem como seu plantio em áreas de domínio público.

§ 1º com redação dada pelo Decreto nº 6.747, de 19/12/1990 (Art. 1º) § 2º - Em casos de supressão, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá exigir a reposição dos espécimes suprimidos por espécimes da flora nativa. Art. 62 - São de preservação permanente todas as áreas verdes situadas no Município de Belo Horizonte. Art. 63 - Depende de prévia anuência da SMMA a implantação de projetos de parcelamento do solo ou de edificações em áreas revestidas, total ou parcialmente, por vegetação de porte arbóreo. Art. 64 - Os danos causados à flora, inclusive aqueles provocados em decorrência de acidentes de trânsito, serão punidos com as penalidades previstas neste Regulamento. § 1º - As despesas, decorrentes da reposição de espécimes suprimidos irregularmente, correrão por conta do responsável pela supressão, sem prejuízo das penalidades aplicáveis. § 2º - No caso de supressão irregular de áreas verdes, a SMMA poderá exigir a recuperação da área lesada, mediante planos de reflorestamento ou de regeneração natural, sem prejuízo das penalidades aplicáveis. Art. 65 - Qualquer árvore do Município poderá ser declarada imune de corte mediante ato do COMAM, por motivo de sua localização, raridade, antiguidade, de seu interesse

Page 304: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

304 histórico, científico ou paisagístico, ou de sua condição de porta-sementes, ficando sua proteção a cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art. 66 - Depende de prévia autorização da SMMA a utilização de praças e parques florestais, para realização de shows, comícios, feiras e demais atividades cívico-religiosas e esportivas. Art. 67 - Os espécimes da fauna silvestre, em qualquer fase de seu desenvolvimento, seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são bens de interesse comum, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha, sem autorização da SMMA. Art. 68 - A SMMA poderá autorizar a manutenção ou criação de animais silvestres em cativeiro no Município, mediante a observância das normas ambientais, de segurança, higiene e preservação da espécie, respeitadas as legislações federal e estadual. Art. 69 - Depende de prévia autorização da SMMA a exploração dos recursos naturais em áreas de domínio público, através de caça, pesca, pastoreio, uso agrícola, colheita de frutos, sementes e de outros produtos ali existentes. Art. 70 - É proibida a comercialização de espécimes da fauna ou flora silvestre, ou de objetos deles derivados. Parágrafo único - Excetuam-se os espécimes provenientes de criadouros ou viveiros devidamente legalizados, e os objetos deles derivados. Art. 71 - A SMMA poderá conceder autorização especial para a realização de estudos científicos que possam implicar danos à fauna ou à flora, a pesquisadores ou entidades científicas oficialmente reconhecidas. Art. 72 - Fica proibido qualquer ato que inicie ou possa provocar incêndio em terrenos baldios. Art. 73 - Depende de prévia autorização da SMMA a utilização da arborização pública para colocação de cartazes e anúncios ou a afixação de cabos e fios, ou para suporte ou apoio a instalações de qualquer natureza. Art. 74 - Todo projeto de obra pública relativo à implantação de rede de energia elétrica, iluminação pública, telefonia, rede de água e esgoto, deverá compatibilizar-se com a vegetação arbórea, de forma a evitar ou minimizar danos à mesma. Parágrafo único - Mesmo em caso de inexistência de vegetação ou de seu projeto de implantação, as obras públicas deverão ser implantadas conforme orientação da SMMA.

CAPÍTULO VIII DA POLUIÇÃO VISUAL EM VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS

Page 305: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

305 Art. 75 - Compete à SMMA julgar casos de situações existentes e sobre a conveniência de implantação de qualquer obra, equipamento ou atividade que venha a causar uma intrusão visual significativa, capaz de agredir a estética urbana, inclusive as agressões ao vernáculo, causar poluição visual ou interferir em monumentos históricos e na qualidade de vida dos cidadãos. Art. 76 - Todo e qualquer plano de intervenção urbana para disciplinar a colocação de veículos de divulgação de anúncios ao público deverá ser submetido à aprovação do COMAM.

CAPÍTULO IX DO CONTROLE DAS FONTES POLUIDORAS

Seção I

Do Licenciamento Prévio Art. 77 - São consideradas fontes poluidoras as atividades de comércio varejista, comércio atacadista, serviços, indústria e serviços de uso coletivo, relacionadas no Anexo 6 da Lei Municipal nº 4034, de 25 de março de 1985.

Lei nº 4.034, de 25/03/1985, revogada pela Lei nº 6.725, de 29/08/1994 (Art. 66, LXI) Lei nº 6.725, de 29/08/1994, declarada inconstitucional (ADIN nº 41.895/4, do Tribunal de

Justiça do Estado de Minas Gerais) Lei nº 4.034, de 25/03/1985, revogada pela Lei nº 7.166, de 27/08/1996 (Art. 117, III)

Parágrafo único - São também consideradas fontes poluidoras as atividades extrativas minerais de qualquer natureza. Art. 78 - A Secretaria Municipal de Obras Civis e a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Abastecimento somente expedirão Alvará de Construção, Habite-se, Alvará de Localização, ou quaisquer outras licenças relacionadas com o funcionamento de fonte poluidora, mediante parecer técnico favorável da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art. 79 - Os projetos específicos de fontes poluidoras, ao serem submetidos à aprovação do Executivo Municipal, deverão conter, devidamente preenchido, o Formulário de Caracterização de Fonte Poluidora - Modelo Simplificado, conforme o modelo fornecido pela SMMA, respeitada a matéria de sigilo industrial de acordo com a lei federal específica. § 1º - O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM estabelecerá, através de Deliberações Normativas, os modelos completos do Formulário de Caracterização de Fonte Poluidora aplicáveis às diferentes categorias de estabelecimentos. § 2º - A SMMA poderá exigir a apresentação de informações técnicas complementares julgadas necessárias à análise do projeto.

Page 306: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

306 Art. 80 - A SMMA dará publicidade, através de edital publicado no órgão oficial, dos pedidos de aprovação de projetos de fontes poluidoras. § 1º - A publicação será feita em prazo de no máximo 10 (dez) dias após o recebimento do último documento necessário à análise do projeto, com ônus para o requerente.

§ 1º retificado em 22/3/1988 § 2º - Isentam-se do ônus da publicação os projetos relativos a microempresas, definidas na legislação específica. Art. 81 - Serão recebidos no prazo de até 20 (vinte) dias, após a data de publicação, os pedidos de impugnação do projeto. Parágrafo único - Os pedidos de impugnação serão dirigidos ao Secretário Municipal de Meio Ambiente, e deverão conter as respectivas fundamentações. Art. 82 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente emitirá parecer técnico conclusivo sobre os pedidos de aprovação de projetos no prazo de até 60 (sessenta) dias, contados a partir da data da publicação do edital. Parágrafo único - O prazo para emissão do parecer poderá ser prorrogado, em até 60 (sessenta) dias, tendo em vista a complexidade do exame do impacto ambiental, a critério do Prefeito Municipal. Art. 83 - Das decisões da SMMA, relativas à aprovação de projetos de fontes poluidoras, caberá recurso para o Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM. § 1º - O recurso será dirigido ao Presidente do COMAM e interposto no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de ciência do despacho. § 2º - É irrecorrível, em nível administrativo, a decisão do COMAM relativa à aprovação de projetos de fontes poluidoras. Art. 84 - O início de funcionamento de fonte poluidora fica condicionado ao parecer técnico favorável da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Seção II Da Avaliação de Impacto Ambiental

Art. 85 - Depende de prévia elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, a serem submetidos ao COMAM, o licenciamento de projetos de obras ou atividades modificadoras do meio ambiente, de iniciativa de atividade pública ou privada, tais como: I - vias de tráfego de veículos com duas ou mais faixas de rolamento;

Page 307: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

307 II - ferrovias; III - terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV - aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 48 do Decreto-lei nº 32, de 18/11/66; V - oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 Kv (duzentos e trinta quilovolts); VII - obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como barragens, canalizações, retificações de coleções de água, transposições de bacias, diques; VIII - aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; IX - estações de tratamento de esgotos sanitários; X - usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10 MW (dez megawatts); XI - distritos industriais e zonas industriais. Parágrafo único - O COMAM poderá exigir a elaboração do Relatório de Impacto Ambiental - RIMA para projetos de obras ou atividades não mencionadas neste artigo, quando puderem ocasionar elevado impacto ambiental.

Parágrafo único retificado em 22/3/1988 Art. 86 - O COMAM definirá, mediante Deliberação Normativa, as instruções básicas para elaboração do Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, o qual deverá contemplar as seguintes diretrizes: I - avaliação das alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese da não execução do projeto; II - diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, com descrição detalhada da situação da área, antes da implantação do projeto, considerando o meio físico, o meio biológico e os ecossistemas naturais, e o meio sócio-econômico; III - identificação e previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes gerados nas fases de implantação e operação do projeto; IV - definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre as quais os sistemas de controle de poluição e a definição de áreas de preservação para compensação dos impactos; V - elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos. § 1º - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental, a SMMA poderá fixar as informações adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área, forem julgadas necessárias. § 2º - Correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e custos referentes à realização do estudo de impacto ambiental.

Art. 86 retificado em 22/3/1988

Page 308: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

308

Seção III Do Procedimento Corretivo

Art. 87 - As fontes poluidoras em funcionamento ou implantação na data deste Decreto, serão convocadas para registro na SMMA, visando seu enquadramento no estabelecido na Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, neste Decreto e nas normas dele decorrentes. § 1º - A vistoria por fiscal, técnico ou agente credenciado pela SMMA, caracterizará uma convocação para registro.

§ 1º retificado em 22/3/1988

§ 2º - Poderão ser objeto do Procedimento Corretivo atividades não consideradas fontes poluidoras, nos termos do artigo 77 deste Decreto, desde que possam provocar poluição, nos termos do inciso III do artigo 2º deste Regulamento. Art. 88 - As fontes poluidoras convocadas para registro deverão apresentar, em prazo fixado pela SMMA de até 60 dias, prorrogáveis a critério da mesma, o Formulário de Caracterização de Fonte Poluidora, devidamente preenchido, e demais informações técnicas consideradas necessárias à análise do processo, respeitada a matéria de sigilo industrial de acordo com a legislação federal específica.

Art. 88 retificado em 22/3/1988

Art. 89 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente analisará as informações e assinará ao responsável pela fonte poluidora prazo para adaptação da mesma às normas e padrões vigentes no Município. § 1º - Para efeito do disposto neste artigo, a fonte poluidora apresentará à SMMA, para aprovação, projeto de sistemas para correção das irregularidades, e cronograma de implantação. § 2º - Durante a vigência do prazo concedido para a adaptação, a fonte poluidora não poderá ser penalizada, salvo no descumprimento do projeto ou do cronograma.

Seção IV

Das Autorizações Art. 90 - A SMMA analisará e decidirá os pedidos para realização das atividades que, por exigência deste Decreto, exijam prévia autorização, a saber: I - autorização para utilização ou detonação de explosivos ou similares, nos termos do artigo 9º; II - autorização para utilização de serviço de alto-falante ou fontes sonoras em horário diurno e vespertino, nos termos do artigo 10; III - autorização para execução de serviços de construção civil em horário especial, nos termos do artigo 11;

Page 309: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

309 IV - autorização para disposição de resíduos sólidos, nos termos do artigo 53; V - autorização para movimentação de terra, aterro, desaterro e bota-fora, nos termos do artigo 57; VI - autorização para poda, transplante ou supressão de espécime arbóreo e demais formas de vegetação, em áreas de domínio público ou privado, bem como para seu plantio em área de domínio público, nos termos do art. 61, § 1º;

Inciso VI com redação dada pelo Decreto nº 6.747, de 19/12/1990 (Art. 1º) VII - autorização para implantação de parcelamento de solo ou edificação em área revestida por vegetação de porte arbóreo, nos termos do artigo 63; VIII - autorização para realização de shows, feiras ou similares em praça ou parque florestal, nos termos do artigo 66; IX - autorização para apreensão de espécimes da fauna silvestre, nos termos do artigo 67; X - autorização para manutenção ou criação de animais silvestres em cativeiro, nos termos do artigo 68; XI - autorização para executar atividade extrativa de recursos naturais em áreas de domínio público, nos termos do artigo 68; XII - autorização para realização de projeto de pesquisa científica que implique danos à fauna ou à flora, nos termos do artigo 71; XIII - autorização para fixação de cabos, fios ou similares na arborização pública, nos termos do artigo 73. Art. 91 - O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM definirá, mediante Deliberações Normativas, a documentação e informações necessárias à obtenção de cada modalidade de autorização, e julgará os recursos decorrentes.

Art. 91 retificado em 22/3/1988

Seção V

Da Fiscalização Art. 92 - A fiscalização do cumprimento da Lei n.º 4253, de 04 de dezembro de 1985, deste Decreto e das normas dele decorrentes, será exercida pelos agentes credenciados pela SMMA. Art. 93 - Os responsáveis por fonte poluidora ficam obrigados a comunicar imediatamente à SMMA e à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil - COMDEC a ocorrência de qualquer episódio, acidental ou não, que possa representar riscos à saúde pública ou aos recursos ambientais. Art. 94 - No exercício da ação fiscalizadora, fica assegurada aos agentes credenciados a entrada em estabelecimentos ou locais públicos ou privados, com permanência neles pelo tempo necessário, bem como o acesso aos equipamentos e informações.

Caput com redação dada pelo Decreto nº 6.797, de 5/4/1991 (Art. 1º)

Page 310: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

310 Parágrafo único - O Secretário Municipal de Meio Ambiente ou os agentes credenciados, quando necessário, poderão requisitar apoio policial para garantir o cumprimento do disposto neste artigo. Art. 95 - Aos agentes credenciados compete: I - efetuar vistoria em geral, levantamentos e avaliações; II - verificar a ocorrência de infração; III - lavrar de imediato o auto de fiscalização e o de infração, se for o caso, fornecendo cópia ao autuado; IV - elaborar relatórios de vistorias. Art. 96 - A SMMA poderá, a seu critério, determinar às fontes poluidoras, com ônus para elas, a execução de programas de medição ou monitorização de efluentes, de determinação da concentração de poluentes nos recursos ambientais e de acompanhamento dos efeitos ambientais decorrentes de seu funcionamento. § 1º - As medições, de que trata este artigo, poderão ser executadas pelas próprias fontes poluidoras ou por empresas do ramo, de reconhecida idoneidade e capacidade técnicas, acompanhadas por técnico ou agente credenciado pela SMMA. § 2º - A fonte poluidora deverá fornecer todas as informações complementares sobre o funcionamento da mesma, que se fizerem necessárias à avaliação dos resultados desses programas de medição, monitorização ou acompanhamento, a critério da SMMA.

Seção VI Das Infrações e Penalidades

Art. 97 - Aos infratores dos dispositivos da Lei Municipal nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, deste Regulamento e das normas deles decorrentes serão aplicadas as seguintes penalidades, sem prejuízo das cominações cíveis e penais cabíveis: I - advertência por escrito, em que o infrator será notificado para fazer cessar a irregularidade, sob pena de imposição de outras sanções previstas neste Decreto; II - multa de 1 (uma) a 700 (setecentas) UFPBH; III - suspensão de atividades até correção das irregularidades; IV - cassação de alvarás e licenças concedidas, a ser executada pelos órgãos competentes do Executivo Municipal, em especial a Secretaria Municipal de Obras Civis e a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Abastecimento. Parágrafo único - Nos casos de infração a mais de um dispositivo legal, serão aplicadas tantas penalidades quantas forem as infrações. Art. 98 - Para efeito da aplicação de penalidades, as infrações aos dispositivos deste Regulamento serão classificadas como leves, graves ou gravíssimas.

Page 311: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

311 Art. 99 - A penalidade de advertência poderá ser aplicada quando se tratar de infração de natureza leve ou grave, fixando, se for o caso, prazo para que sejam sanadas as irregularidades apontadas. Parágrafo único - A penalidade de advertência não poderá ser aplicada mais de uma vez, para uma mesma infração cometida por um único infrator.

Art. 99 com redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 9/8/1988 (Art. 2º) Art. 100 - Na aplicação das multas de que trata o inciso II do artigo 97, serão observadas os seguintes limites: I - de 1 (uma) a 50 (cinquenta) UFPBH, no caso de infração leve; II - de 51 (cinquenta e um) a 300 (trezentas) UFPBH, no caso de infração grave; III - de 301 (trezentas e uma) a 700 (setecentas) UFPBH, no caso de infração gravíssima. § 1º - o valor da multa a ser aplicada será fixado pela autoridade competente, levando-se em conta a natureza da infração, as suas conseqüências, o porte do empreendimento, os antecedentes do infrator, e as demais circunstâncias agravantes ou atenuantes. § 2º - Em caso de reincidência em infração punida com multa, esta será aplicada em dobro. Art. 101 - A penalidade de suspensão de atividades poderá ser aplicada, a critério da autoridade competente, a partir da segunda reincidência em infração penalizada com multa. Parágrafo único - Em caso de grave e iminente risco para vidas humanas ou recursos ambientais, o Prefeito Municipal poderá determinar, em processo sumário, a suspensão de atividades de fonte poluidora, durante o tempo que se fizer necessário para correção da irregularidade.

Seção VII Da Formalização das Sanções

Art. 102 - Constatada a infração, será lavrado o respectivo auto em 03 (três) vias, destinando-se a primeira ao autuado e as demais à formação do processo administrativo, devendo aquele instrumento conter: I - nome do autuado, com o respectivo endereço; II - o fato constitutivo da infração e o local, hora e data da sua constatação; III - a disposição legal ou regulamentar que fundamenta a autuação; IV - prazo para apresentação de defesa e, se for o caso, para comparecimento à SMMA com finalidade indicada; Inciso IV com redação dada pelo Decreto 6.797, de 5/4/1991 (Art. 1º) V - assinatura do autuante

Inciso V com redação dada pelo Decreto 6.797, de 5/4/1991 (Art. 1º)

Page 312: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

312 VI - assinatura do autuante; VII - assinatura do autuado; Parágrafo único - O autuado tomará ciência do auto de infração pessoalmente, por seu representante legal ou preposto, ou por carta registrada, com Aviso de Recebimento - AR. Art. 103 - O autuado poderá apresentar defesa endereçada ao Secretário Municipal de Meio Ambiente, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento do auto de infração. Art. 104 - O Secretário Municipal de Meio Ambiente determinará a formação de processo administrativo, ou a anexação da autuação em processo administrativo já em tramitação na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Parágrafo único - Ao processo administrativo serão juntados os pareceres técnico e jurídico quando houver apresentação tempestiva de defesa por parte do autuado.

Art. 104 com redação dada pelo Decreto nº 9.859, de 2/3/1999 (Art. 6º) Art. 105 - As penalidades de advertência e multa, previstas nos incisos I e II do artigo 97, serão aplicadas pela Secretária Municipal de Meio Ambiente. Art. 106 - A aplicação das penalidades de suspensão de atividades e cassação de alvarás e licenças, previstas nos incisos III e IV do artigo 97, será decidida em primeira instância pela SMMA, ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 101 deste Decreto. § 1º - A execução das penalidades de que trata este artigo poderá ser efetuada, quando necessário, com requisição de força policial, podendo ficar a fonte poluidora sob custódia policial, até sua liberação pela SMMA. § 2º - O infrator será único responsável pelas conseqüências da aplicação das penalidades de que trata este artigo, não cabendo qualquer indenização por eventuais danos. § 3º - Todos os custos e despesas decorrentes da aplicação destas penalidades correrão por conta do infrator. Art. 107 - A imposição das penalidades previstas neste Regulamento será notificada, por escrito, ao infrator, pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em carta registrada, com Aviso de Recebimento. Art. 108 - As multas previstas neste Regulamento deverão ser recolhidas pelo infrator no prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento da notificação, sob pena de inscrição em dívida ativa.

Page 313: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

313 § 1º - o recolhimento deverá ser feito em estabelecimento de crédito credenciado para tal fim, a favor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Fundo Municipal de Defesa Ambiental. § 2º - O não recolhimento da multa no prazo fixado, além de sujeitar o infrator a decadência do direito de recurso, acarretará correção monetária e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês a partir do mês subseqüente ao do vencimento do prazo fixado para recolhimento.

§ 2º com redação dada pelo Decreto nº 6.031, de 8/8/1988 (Art. 2º)

Seção VIII Dos Recursos

Art. 109 - Das decisões em primeira instância, caberá recurso para o Conselho Municipal de Meio Ambiente, sem efeito suspensivo. Parágrafo único - Os recursos serão dirigidos ao Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e interpostos no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de recebimento, pelo infrator, da notificação da decisão recorrida. Art. 110 - Das decisões do Conselho Municipal de Meio Ambiente, caberá recurso para o Prefeito Municipal, sem efeito suspensivo. § 1º - Os recursos serão dirigidos ao Prefeito Municipal e interpostos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recebimento, pelo infrator, da notificação da decisão recorrida. § 2º - É irrecorrível, em nível administrativo, a decisão proferida pelo Prefeito Municipal, relativa à aplicação de penalidades. Art. 111 - Não será reconhecido recurso desacompanhado de cópia autenticada da Guia de Recolhimento da multa, quando for o caso. Art. 112 - No caso de cancelamento de multa, a restituição será automática, sempre, pelo mesmo valor recolhido, em número de UFPBH na data de decisão. Parágrafo único - A restituição da multa recolhida será efetuada no prazo máximo de 30 dias.

CAPÍTULO X DO FUNDO MUNICIPAL DE DEFESA AMBIENTAL

Art. 113 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente disporá, em observância ao artigo 17 da Lei Municipal nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, de um fundo especial de natureza

Page 314: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

314 contábil, com o objetivo de custear projetos de melhoria da qualidade do meio ambiente do Município. Art. 114 - Constituirão recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental - FMDA: I - as dotações orçamentárias específicas; II - o produto de arrecadação de multas previstas na legislação ambiental; III - o produto de reembolso do custo dos serviços prestados pela Prefeitura Municipal aos requerentes de licença prevista na Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985; IV - transferência da União, do Estado ou de outras entidades públicas; V - doação e recursos de outras origens. Art. 115 - Os recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental serão aplicados, exclusivamente, em projetos de melhoria da qualidade do meio ambiente do Município, propostos pela Secretária Municipal de Meio Ambiente ou pela comunidade, e submetidos à apreciação do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM.

Art. 115 retificado em 22/3/1988

§ 1º - Para cada projeto poderão ser estabelecidos mecanismos periódicos de avaliação, através da elaboração de relatórios parciais e do relatório final. § 2º - É vedada a utilização de recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental no custeio de pessoal e das atividades de controle, manutenção e operação normais, a cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que correrão pelo processo normal de despesa. Art. 116 - O controle administrativo, financeiro e contábil do Fundo será exercido pelo diretor do Departamento de Planejamento, Administração e Finanças da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o qual, através de Balancetes Mensais, outros demonstrativos contábeis e do Balanço Geral no fim de cada exercício, prestará contas de sua gestão à Auditoria Geral de Município e ao Departamento de Inspeção Financeira da Secretaria Municipal da Fazenda. Art. 117 - O Departamento de Planejamento, Administração e Finanças manterá contabilidade própria de todos os atos e fatos de sua gestão, compreendendo os sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial. Art. 118 - O saldo positivo do Fundo Municipal de Defesa Ambiental, verificado no fim do exercício, constituirá receita do exercício seguinte. Art. 119 - Ao Diretor do Departamento de Planejamento, Administração e Finanças da SMMA, além das competências definidas no artigo 6º do Decreto Municipal nº 4534, de 12 de setembro de 1983, incumbe: I - assinar balanços, balancetes e ordens de pagamento;

Page 315: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

315 II - assinar, com o Chefe da Seção de Orçamento e Controle, ou, em sua falta, com o Chefe do Setor Contábil, cheques ou ordens de pagamento sobre depósitos bancários, bem como assinar recibos e dar quitação; III - executar a administração do Fundo Municipal de Defesa Ambiental em consonância com as orientações da Junta de Coordenação Orçamentaria e Financeira; IV - promover licitação na forma prevista no Decreto-lei Federal nº 2300, de 21 de novembro de 1986, com observância, ainda, das disposições contidas no Decreto Municipal nº 4544, de 12 de setembro de 1983, para execução de obras, fornecimento e aquisição de materiais; V - assinar contratos de fornecimento, serviços e obras, observada a legislação municipal vigente, específica; VI - zelar para que sejam incorporados ao Fundo Municipal de Defesa Ambiental todos os recursos que lhe são servidos; VII - apresentar, mensalmente, ao Secretário Municipal de Meio Ambiente e à Junta de Coordenação Orçamentária e Financeira, um demonstrativo do movimento de receita de despesa relativo ao Fundo; VIII - providenciar os pagamentos de numerários relacionados com as despesas do Fundo; IX - autorizar a restituição de qualquer importância recolhida indevidamente ao Fundo; X - prestar contas das importâncias recebidas pelo Fundo Municipal de Defesa Ambiental, dentro dos prazos estabelecidos nos atos de concessão, com audiência prévia do Departamento de Inspeção Financeira da Secretaria Municipal da Fazenda; XI - zelar pelo cumprimento das normas legais, para aplicação dos recursos do Fundo; XII - promover os registros contábeis, financeiros e patrimoniais do Fundo Municipal de Defesa Ambiental e o inventário dos bens em almoxarifado e de equipamentos e instalações de seu uso; XIII - realizar as prestações de contas anuais, observando os seguintes básicos constitutivos: a) balancete das operações financeiras e patrimoniais; b) extratos bancários e respectiva conciliação dos saldos; c) relatório da despesa do Fundo; d) balanços gerais em 31 de dezembro de cada exercício. Art. 120 - À Seção de Orçamento e Controle, além das competências já previstas no art. 8º do Decreto nº 5034, de 24 de julho de 1985, incumbe ainda: I - manter o controle da Receita e da Despesa referente ao Fundo Municipal de Defesa Ambiental; II - depositar e controlar dinheiro arrecadado na conta do estabelecimento bancário, indicado pela Secretária Municipal da Fazenda; III - solicitar suplementação de dotações, quando for o caso; IV - assinar, com o Diretor do Departamento de Planejamento, Administração e Finanças ordens de fornecimento, pagamentos, cheques, transferências de recursos, balanços, balancetes e prestações de contas.

Page 316: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

316 Art. 121 - Ao setor Contábil, além das competências já previstas no art. 9º do Decreto nº 5034, de 24 de julho de 1985, incumbe ainda: I - acompanhar e registrar, mediante documento hábil, os atos e fatos de gestão do Fundo Municipal de Defesa Ambiental, com observância do Plano de Contas e das Normas Gerais de Contabilidade, aprovadas pela Secretaria Municipal da Fazenda; II - zelar pela exatidão das contas e oportuna apresentação dos balancetes, balanços e demonstrações contábeis dos atos relativos à administração financeira, orçamentaria e patrimonial do Fundo Municipal de Defesa Ambiental; III - elaborar os relatórios financeiros do Fundo Municipal de Defesa Ambiental; IV - executar os pagamentos autorizados pelo Diretor do Departamento, assinando com ele, na ausência do Chefe da Seção de Orçamento e Controle, os cheques pertinentes.

CAPÍTULO XI DAS DEFINIÇÕES FINAIS

Art. 122 - Será obrigatória a inclusão de conteúdos de "Educação Ambiental", de maneira multidisciplinar, nas escolas municipais mantidas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, nos níveis de primeiro e segundo graus, conforme programa a ser elaborado pela Secretaria Municipal de Educação. Art. 123 - Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente. Art. 124 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Belo Horizonte, 16 de março de 1988 Sérgio Ferrara Prefeito de Belo Horizonte Lomelino de Andrade Couto Secretário Municipal do Governo Hiram Firmino Secretário Municipal de Meio Ambiente

Page 317: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

317

TABELA 1 A QUE SE REFERE O ARTIGO 13, INCISO II NÍVEIS MÁXIMOS DE SOM EM dB(A)

Tabela 1 com redação dada pelo Decreto nº 9.139, de 7/3/1997 (Art. 1º)

LOCAL DA PROPRIEDADE ONDE SE DÁ O SUPOSTO

INCÔMODO

HORÁRIOS

ZONA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO (1)

CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS

(1)

DIURNO (07:00 ÁS

19:00)

VESPERTINO (19:00 ÀS

22:00)

NOTURNO (22:00 ÀS

07:00) ZPAM ZP1 ZP2

TODAS AS VIAS

55 Db(A) 50 dB(A) 45 dB(A)

DEMAIS ZONAS DE

USO

LOCAL 60 dB(A) 55 dB(A) 50 dB(A) COLETORA 65 dB(A) 60 dB(A) 55 dB(A) LIGAÇÃO

REGIONAL E ARTERIAL

70 dB(A) 60 dB(A) 55 dB(A)

(1) DE ACORDO COM A LEI MUNICIPAL Nº 7.166, DE 27 DE AGOSTO DE 1996

Page 318: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

318

DECRETO Nº 7.351, DE 21 DE SETEMBRO DE 1992

Cria Comissão Consultiva para o Parque Municipal Américo Renée Gianetti.

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, decreta: Art. 1° - Fica criada a Comissão Consultiva do Parque Municipal Américo Renée Gianetti, com a finalidade de contribuir para a gestão daquela unidade, visando a consecução de seus objetivos ambientais, sócio-culturais e educacionais. Art. 2° - A Comissão Consultiva será composta por: I - 7 (sete) membros, indicados, respectivamente, pelos seguintes órgãos e entidades: a) Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que a coordenará; b) Secretaria Municipal de Cultura; c) Administração Regional Centro-Sul; d) Instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis IMACO; e) Fundação Clóvis Salgado; f) Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte; g) Associação dos Comerciantes e Concessionários do Parque Municipal "Américo Renée Gianetti". II - 2 (dois) membros indicados, respectivamente, pelas entidades civis ambientalistas e pelas entidades civis representativas de profissionais liberais, com atuação no Município: § 1° - Os membros da Comissão e respectivos suplentes serão indicados ao Secretário Municipal de Meio Ambiente. § 2° - A indicação dos membros referidos no inciso II do artigo será feita através dos representantes no Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, dos respectivos conjuntos de entidades civis. § 3° - A Comissão Consultiva do Parque Municipal Américo Renée Gianetti emitirá parecer ou elaborará propostas sobre as seguintes matérias: I - Planos e programas de trabalho do parque; II - Diretrizes e medidas referentes à conservação e controle do acervo; visitação pública; atividades de educação ambiental e de pesquisa; III - Avaliação da execução dos planos, programas e atividades. Art. 4° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Belo Horizonte, 21 de setembro de 1992 Eduardo Brandão Azeredo

Page 319: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

319

DECRETO Nº 7.579, DE 14 DE ABRIL DE 1993

Dispõe sobre doação de resíduos de podas de árvores efetuadas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

O Prefeito de Belo Horizonte, usando das atribuições legais que lhe confere a art. 108, inciso VII da Lei Orgânica do Município e, Considerando: - a necessidade de regulamentar a destinação dos galhos de árvores resultantes da poda rotineira e sistemática efetuada pela Prefeitura de Belo Horizonte; - serem os resíduos das podas bens públicos do Município, inservíveis, em espécie, às suas atividades; - o valor econômico de tais resíduos; - o estabelecimento de ações concretas para o enfrentamento dos problemas ligados aos Meninos e Meninas de Rua, dispostas no Decreto n° 7.551, de 09 de fevereiro de 1993; - a integração da AMAS - Associação Municipal de Assistência Social às ações de que trata o item anterior, por força do que dispõe o art. 1° do citado Decreto; - precedentes, já que em gestões anteriores a Administração Pública Municipal, eventualmente doava à AMAS, parte dos resíduos de podas; - finalmente, o permissivo contido no inciso I, § 2°, do art. 37 da Lei Orgânica do Município, decreta: Art. 1° - Toda a lenha resultante da poda de árvores, efetuada rotineira e sistematicamente pela Prefeitura, em todo o Município, será doada à AMAS - Associação Municipal de Assistência Social. Art. 2° - A renda auferida pela donatária, resultante da alienação dos resíduos de poda, será destinada exclusivamente para atender aos fins estabelecidos no Decreto n° 7.551/93. Art. 3° - Visando à diminuição de custos para um melhor aproveitamento da renda resultante dos bens ora doados e tendo em vista a situação emergencial, será constituída, através de Portaria, um Comissão para regulamentar e operacionalizar a alienação da lenha. Art. 4° - O presente Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Belo Horizonte, 14 de abril de 1993 Patrus Ananias de Sousa Prefeito de Belo Horizonte

Page 320: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

320

DECRETO Nº 9.859, DE 2 DE MARÇO DE 1999

Regulamenta o art. 13 da Lei nº 4.253/85, que dispõe sobre a política de proteção, controle, conservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida no Município de Belo Horizonte, modifica os dispositivos do Decreto nº 5.893/88 que menciona e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto no art. 13 da Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985, e considerando a necessidade de adoção imediata das medidas de combate e controle de reservatórios ou vetores da DENGUE, demais doenças infecto-contagiosas e de zoonoses, decreta: Art. 1º - Os proprietários ou responsáveis pelos estabelecimentos, intervenções, obras ou atividades de indústria, comércio e prestação de serviços, de qualquer natureza, deverão efetuar a proteção e limpeza dos locais propícios ao acúmulo de resíduos sólidos orgânicos ou inorgânicos, tais como embalagens, lixo, entulho, sucatas, pneus e restos de alimentos, bem como ao acúmulo de água, de forma a se evitar a proliferação e o desenvolvimento dos vetores ou reservatórios de doenças infecto-contagiosas e de zoonoses. Parágrafo único - Aplicam-se, no que couber, aos ocupantes, proprietários ou responsáveis pelos imóveis residenciais, áreas não-edificadas e lotes vagos neste Município, as disposições e medidas a que se refere este Decreto. Art. 2º - A fiscalização municipal realizará periodicamente vistorias nos imóveis a fim de verificar o cumprimento e a adoção das medidas indicadas neste regulamento. Art. 3º - Fica assegurada aos fiscais e demais agentes credenciados a entrada em quaisquer estabelecimentos, imóveis e locais públicos ou privados, neles permanecendo pelo tempo que se fizer necessário, podendo requisitar, se for o caso, apoio policial para garantir a ação fiscalizadora, em se tratando de epidemia de grave risco de vida da população. Art. 4º - Aos fiscais e agentes credenciados compete: I - efetuar vistorias, levantamentos e avaliações; II - verificar a ocorrência de infração; III - determinar as providências a serem adotadas para solucionar os problemas identificados; IV - elaborar relatórios de vistoria e lavrar autos de fiscalização e, se for o caso, de infração, fornecendo cópia ao autuado; V - orientar e, se for o caso, advertir os infratores, notificando-os para cessar as irregularidades, observando-se o seguinte:

Page 321: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

321 a) constatadas as situações de insalubridade dos imóveis ou a incúria de seus proprietários, ocupantes ou responsáveis, a que se refere ao art. 1º, será lavrado o auto de fiscalização, em que se consignará o prazo mínimo de vinte e quatro (24) horas e máximo de setenta e duas (72) horas para tomada de providências necessárias, visando sanar os problemas e corrigir as irregularidades apontadas pela fiscalização, sob pena de imposição das penalidades cabíveis; b) quando as providências ou medidas exigíveis tiverem sido cumpridas no prazo assinalado, os documentos fiscais serão arquivados mediante despacho da autoridade competente, dispensando-se da formação de processo administrativo; c) esgotado o prazo concedido, em sendo constatada a omissão ou negligência relativa às providências e medidas assinaladas no auto de fiscalização, conforme alínea "a" supra, serão imediatamente lavrados os autos de fiscalização e infração referentes ao descumprimento; d) além da aplicação das penalidades cabíveis, a Administração Municipal atuará de forma efetiva, adotando as medidas necessárias para cessar os problemas identificados pela fiscalização, com ônus para o infrator. Art. 5º - Os infratores sujeitam-se às seguintes penalidades, que poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente: I - interdição temporária de estabelecimentos; II - suspensão de atividades; III - cassação de alvará; IV - multa de 23 (vinte e três) a 15.845 (quinze mil, oitocentos e quarenta e cinco) UFIR. Art. 6º - O Decreto nº 5.893, de 16 de março de 1988, passa a vigorar com as seguintes modificações:

"Art. 52 - .... I - resíduos sólidos: resíduos em qualquer estado da matéria, independentemente de sua destinação ou utilização, resultantes de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, ficando incluídos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, os resíduos provenientes de equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como aqueles determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água; (.....) Art. 53 - .... § 1º - O transporte, a disposição e, quando for o caso, o tratamento de resíduos provenientes de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços deverão ser feitos pelo responsável por tais atividades, não se eximindo de responsabilização mesmo quando forem efetuados por terceiros.

Page 322: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

322

§ 2º - Os estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços deverão apresentar à SMMA o programa de gerenciamento de resíduos sólidos, em conformidade com as normas técnicas e regulamentações legais cabíveis, tais como a NBR 10.004/87 e a Resolução Conama nº 05/93, apontando e descrevendo as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, bem como contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento, disposição final e proteção à saúde pública. § 3º - Na elaboração do programa de gerenciamento de resíduos sólidos, devem ser considerados princípios que conduzam à reciclagem, bem como a soluções integradas ou consorciadas, para os sistemas de tratamento e disposição final, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela SMMA. § 4º - O programa de gerenciamento de resíduos sólidos somente poderá prever a destinação para disposição ou tratamento por terceiros, desde que sejam previamente licenciados para tal fim junto à SMMA ou ao órgão ambiental competente. § 5º - A utilização do solo como destino eventual, temporário ou final de resíduos sólidos deverá ser feita de forma adequada, estabelecida em projetos específicos de transporte e destinação aprovados pela SMMA, ficando vedada a simples descarga ou depósito, seja em propriedade pública ou particular. (...) Art. 104 - .... Parágrafo único - Ao processo administrativo serão juntados os pareceres técnico e jurídico quando houver apresentação tempestiva de defesa por parte do autuado."

Art. 7º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário. Belo Horizonte, 2 de março de 1999 Célio de Castro Prefeito de Belo Horizonte Paulo Emílio Coelho Lott Secretário Municipal de Governo Juarez Amorim Secretário Municipal de Meio Ambiente

Page 323: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

323

DECRETO Nº 10.889, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2001

Dispõe sobre a regulamentação do procedimento para licenciamento de antenas de telecomunicações previsto na Lei nº 8.201, de 17 de julho de 2001 e dá outras providências. O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, decreta: Art.1º - Entende-se por estruturas verticais similares à de torre, previstas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 8.201, de 17 de julho de 2001, as estruturas destinadas exclusivamente à instalação de antenas radiobase para sistemas de telecomunicações. Art.2º - Fica estabelecido como centros iniciais das circunferências, para efeito de referência, base do parâmetro de 500 (quinhentos) metros previsto no art. 5º, inciso I, da Lei nº 8.201, de 2001, as torres daquelas antenas que receberam autorização para instalação de equipamentos de telecomunicações ou licença ambiental concedida pelo órgão competente. Art.3º - O órgão ambiental municipal definirá os critérios e procedimentos para as medições e avaliação das radiações não ionizantes em conformidade com o §4º, do art. 11 da Lei nº 8.201, de 2001. Art.4º - Para efeito de definição, etapas vencidas, a que se refere o art. 14 da Lei nº 8.201, de 2001, são aquelas cujo prazo de outorga, considerado a partir do requerimento de cada fase do licenciamento, encontra-se transcorrido sem a devida apreciação do Conselho Municipal de Meio Ambiente. Art.5º - Todo requerimento de licenciamento ambiental de antena de telecomunicações será analisado individualmente, devendo o setor competente fornecer a guia de arrecadação municipal por empreendimento, objeto de análise pelo órgão ambiental. Parágrafo único - A Licença de Implantação - LI e a Licença Prévia - LP serão liberadas sempre em conjunto se, a requerimento do interessado, devidamente fundamentado, comprovar-se a incompatibilidade do processo de licenciamento do empreendimento com os prazos estabelecidos pelo poder concedente. Art.6º - No ato de protocolização do pedido de licenciamento do empreendimento junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Urbano - SMMAS, deverão ser apresentados, pelo requerente, os documentos citados no Anexo Único deste Decreto. Art.7º - Qualquer obra de instalação de equipamentos de estação de rádio-base e transmissão sem o devido licenciamento ambiental sujeitará o infrator às penalidades previstas no Decreto-lei nº 84, de 21 de dezembro de 1940 e na Lei nº 4.253, de 04 de dezembro de 1985.

Page 324: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

324 Parágrafo único - Será determinada a suspensão das atividades do empreendimento previsto no art. 15 da Lei nº 8.201, de 2001 que não comparecer ao licenciamento ambiental no prazo determinado pela SMMAS, com a devida protocolização dos documentos necessários, após a convocação pelo órgão ambiental municipal. Art.8º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 30 de novembro de 2001 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte em exercício e Secretário Municipal de Governo, Planejamento e Coordenação Geral Murilo de Campos Valadares Secretário Municipal de Coordenação da Política Urbana e Ambiental Paulo Maciel Júnior Secretário Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Urbano

ANEXO ÚNICO A QUE SE REFERE O DECRETO Nº 10.889/2001 Relação de documentos a serem apresentados no ato do protocolo de requerimento do pedido de licença ambiental de acordo com cada etapa do licenciamento:

ETAPA/FASE

DO LICENCIAME

NTO

DOCUMENTOS

LP/LI/LO/Loc Requerimento de solicitação da licença ambiental assinada pelo empreendedor, acompanhado de procuração, quando for o caso.

LP/LI/LO/Loc Cópia da publicação de edital em jornal oficial e de grande circulação no Município explicitando a licença ambiental requerida, o uso pretendido e localização do empreendimento.

LP/LI/LO/Loc Apresentação da Guia de Arrecadação Municipal - GAM. LI/LO/Loc Cópia da licença da fase anterior LP /Loc Informação básica do terreno expedida pela SMRU. LP/Loc Autorização do COMAR caso a instalação da estação de

telecomunicação exceda a altura máxima contida na informação básica do terreno.

LP/Loc Cópia do registro ou escritura indicando o proprietário do terreno. LP/Loc Cópia do contrato de locação do terreno ou autorização do

proprietário, quando for o caso. LP/Loc Comprovante do índice cadastral do imóvel (IPTU ou planta básica). LP/Loc Cópia do documento de constituição da concessionária (contrato

Page 325: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

325

social, ato constitutivo, etc., acompanhado da última alteração contratual).

LP/Loc Documento comprobatório da concessão expedido pela Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL.

LP/Loc Croquis do terreno na escala 1:1000, contendo a distância às esquinas mais próximas.

LI/Loc Croquis com vista frontal dos equipamentos da estação de telecomunicação devidamente cotados.

LP/Loc Diagrama representativo da elevação das edificações existentes, com cotas das dimensões, situadas no lóbulo principal e secundário de cada antena transmissora e receptora.

LP/Loc Planta de situação do imóvel, em escala adequada, considerando a estação de telecomunicação informando o constante no Art. 5º , incisos I, II, III e IV, da Lei Municipal nº 8.201/01. Indicação das edificações existentes no imóvel e escala mínima de 1:200 para os incisos III e IV. Para o inciso II apresentar diagrama representativo da elevação das edificações, situadas num raio de 30 metros em relação às antenas transmissoras e receptoras.

LP/Loc Memorial descritivo dos elementos e instalações da estação de telecomunicação.

LI/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA-MG relativa ao projeto e instalação da estação de telecomunicação.

LI/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA-MG relativa ao projeto e instalação do sistema de aterramento das instalações da estação de telecomunicação.

LP/LI/LO/Loc EIA/RIMA-Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (LP), PCA-Plano de Controle Ambiental (LI), RCA/PCA-Relatório e Plano de Controle Ambiental (LOc), conforme termos de referência da SMMAS.

LP/Loc Mapa representativo em escala adequada por regional administrativa de Belo Horizonte, com nome do logradouro e zoneamento de acordo com a Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo conforme as informações constantes dos incisos I, II, III, IV e V do artigo 16 da Lei Municipal 8201/01.

LI/ Lic/LO/Loc

Laudo radiométrico conforme Art. 10 e 11 da Lei Municipal 8201/01;

LI/LO/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao Conselho Regional de Engenharia referente ao laudo radiométrico.

LO/Loc Laudo de medição dos níveis de pressão sonora referentes aos ruídos provenientes do funcionamento dos equipamentos da estação de transmissão, considerando inclusive o funcionamento do ar condicionado, frente à legislação ambiental municipal em vigor.

LO/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica referente ao laudo de medições de pressão sonora.

LI/LO/Loc Comprovantes de calibração e aferição dos equipamentos utilizados

Page 326: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

326

nas medições das radiações não-ionizantes e medição dos níveis de pressão sonora.

LO/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA-MG relativa ao projeto e instalação do sistema de segurança da estação de telecomunicação.

LI/Loc Plano de Comunicação Social para LI e Loc , conforme termo referência da SMMAS e Comprovante da entrega da comunicação social para comunidade, para LO e Loc.

LO/Loc Contrato de seguro em favor de terceiros conforme Lei Municipal 7858/99 e artigo 23 da Lei Municipal 8201/01.

LI/Lic/Loc Parecer da Gerência de Patrimônio Histórico Urbano quando se tratar de área de preservação do patrimônio histórico e cultural.

LP/Loc Mapeamento em meio físico e magnético das estações de rádio base ou estação de transmissão já existentes e propostas

LP/Loc Planilha eletrônica com as coordenadas geográficas em UTM,

referência SAD69, das antenas de telecomunicação instaladas e a serem instaladas.

Lic Comprovante de implantação do empreendimento antes da DN COMAM no 20/99

Loc Comprovante de funcionamento do empreendimento antes da DN COMAM no 20/99

LP/LI/LO/Loc Orientação básica para o licenciamento ambiental fornecida pela SMMAS

LP Anotações de Responsabilidade Técnica referente à elaboração do EIA/RIMA

LI Anotações de Responsabilidade Técnica referente à elaboração do PCA

Loc Anotações de Responsabilidade Técnica referente à elaboração do RCA/PCA

LI Comprovante de registro do profissional responsável pela elaboração do Plano de Comunicação Social

Legenda: LP: Licença Prévia LI: Licença de Implantação LO: Licença de Operação Loc: Licença de Operação, licenciamento corretivo Lic: Licença de Implantação, licenciamento corretivo

Page 327: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

327

DECRETO Nº 12.015, DE 5 DE ABRIL DE 2005

Regulamenta a Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005, que "Institui o plano de ação - Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - PROPAM - em Belo Horizonte, e regulamenta as ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo, em conformidade com as Leis n°s 7.165/96 e 7.166/96."

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, decreta: Art. 1º - A aplicação da Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005, observará os procedimentos vigentes no Município para aplicação das normas de uso e ocupação do solo e, em particular, o disposto neste Decreto. Art. 2º - Na aplicação das normas de uso e ocupação do solo nas Áreas de Diretrizes Especiais - ADEs - de que trata a Lei nº 9.037/05, será observada a seguinte ordem de preponderância: I - os critérios e parâmetros estabelecidos para as Áreas de Controle Especial de Uso do Solo, Áreas de Proteção Máxima Grau 1 - AP-1, ou Áreas de Proteção Moderada Grau 2 - AP-2, prevalecerão independentemente da ADE em que o terreno estiver situado; II - os critérios e parâmetros estabelecidos para a ADE em que o terreno estiver situado prevalecerão sobre os estabelecidos para o local pela Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Parágrafo único - O quadro constante do Anexo I deste Decreto contém a síntese dos parâmetros e critérios de uso e ocupação do solo aplicáveis a cada situação. Art. 3º - São consideradas capazes de contaminar o lençol freático e as águas superficiais na Área de Controle Especial de Uso do Solo: I - as atividades mencionadas na alínea 'a' do art. 11 da Lei nº 9.037/05; II - as atividades mencionadas no Anexo V da Lei nº 9.037/05, caso o terreno não seja atendido por rede pública de coleta de esgoto; III - qualquer atividade que figure no Anexo VI da Lei nº 8.137/00 como sujeita à medida mitigadora constante da alínea 'o' do inciso I do art. 97 da mesma lei, caso o terreno não seja atendido por rede pública de coleta de esgoto. Art. 4º - Nas ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo, o uso não residencial admitido no terreno será licenciado de acordo com os procedimentos vigentes no Município, observados os seguintes critérios e procedimentos específicos: I - sempre que a edificação implicar em desaterro, corte ou ocupação abaixo do nível do terreno natural, a concessão do Alvará de Construção ficará condicionada à apresentação de Termo de Responsabilidade quanto à Profundidade do Lençol Freático,

Page 328: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

328 emitido por responsável técnico habilitado, com base na sondagem exigida nos termos do parágrafo único do art. 8° da Lei nº 9.037/05; II - na hipótese de terreno lindeiro à Av. Otacílio Negrão de Lima, o licenciamento será condicionado à anuência prévia do órgão municipal responsável pela preservação do patrimônio histórico; III - na hipótese de terreno situado em Área de Controle Especial de Uso do Solo, o licenciamento ambiental de atividade listada no Anexo V da Lei nº 9.037/05, nos termos da alínea 'b' do art. 11 da mesma lei, será fundamentado em laudo de sondagem, emitido por responsável técnico habilitado; IV - na hipótese de terreno situado em AP-2 inserida na ADE Trevo ou na ADE Bacia da Pampulha, será efetuado para os usos dos Grupos II e III o licenciamento específico de atividades a serem instaladas, ou o licenciamento corretivo daquelas já instaladas. § 1º - Para efeito de aplicação do inciso IV deste artigo, considera-se licenciamento específico aquele condicionado a parecer do órgão municipal responsável pelo controle ambiental. Art. 5º - Na ADE da Pampulha, a utilização dos parâmetros urbanísticos diferenciados nos casos de que trata o art. 30 da Lei nº 9.037/05 fica condicionada a: I - apreciação do empreendimento pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município - CDPCM, compreendendo: a) análise do empreendimento do ponto de vista da valorização do patrimônio cultural da região e a minimização dos impactos negativos na paisagem; b) fornecimento de diretrizes para o projeto; II - apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV; III - apreciação do EIV pelo Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR, com o objetivo de verificar as medidas de adequação do empreendimento às características urbanísticas e ambientais da vizinhança; IV - licenciamento do empreendimento pelo Executivo, desde que cumpridas as diretrizes do CDPCM e as medidas indicadas no EIV. Parágrafo único - A não aprovação do empreendimento pelo CDPCM, na etapa citada na alínea 'a' do inciso I deste artigo, impedirá a continuidade do processo de licenciamento. Art. 6º - Para efeito de aplicação do art. 31 da Lei nº 9.037/05, considera-se remembramento a modificação de parcelamento que promova a unificação de dois ou mais lotes.

Caput com redação dada pelo Decreto nº 14.454, de 14/6/2011 (Art. 1º)

Parágrafo único – O remembramento de lotes voltados para vias com permissividade de usos diferentes apenas será admitido nas hipóteses previstas no § 2º do art. 29 da Lei nº 9.037/05.

Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 14.454, de 14/6/2011 (Art. 1º)

Page 329: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

329 Art. 7º - O direito de permanência de usos na ADE da Pampulha, de que trata o art. 33 da Lei nº 9.037/05, fica condicionado à regularidade da edificação e da atividade. § 1º - A existência da atividade no prazo previsto no art. 33 da Lei nº 9.037/05 deverá ser comprovada pelo interessado. § 2º - A regularização da atividade será realizada segundo os seguintes procedimentos: I - aprovação do projeto da edificação pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; II - aprovação da permanência de uso, em primeira instância, pelo Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Pampulha - FADE da Pampulha; III - aprovação do empreendimento, em segunda instância, pelo CDPCM, no caso de atividade instalada em edificação tombada ou inserida em perímetro de proteção do patrimônio, compreendendo: a) análise do impacto da atividade, do ponto de vista da proteção da paisagem e do patrimônio cultural; b) fornecimento de diretrizes para a regularização da atividade; IV - regularizada a edificação e não havendo impedimento por parte do FADE e do CDPCM, apresentação do EIV, considerando as diretrizes do CDPCM; V - apreciação do EIV pelo COMPUR; VI - licenciamento da atividade pelo Executivo. Art. 8º - Para efeito de aplicação do art. 36 da Lei nº 9.037/05, as obras de saneamento urbano básico não são consideradas como intervenções a serem submetidas ao órgão municipal de preservação do patrimônio histórico. Art. 9º - O FADE da Pampulha, instituído pelo art. 38 da Lei nº 9.037/05, terá caráter consultivo, somente assumindo caráter deliberativo nos casos previstos na alínea 'b' do art. 33 da mesma lei. Art. 10 - Na ADE da Pampulha, os pedidos de licenciamento de atividades que forem submetidos ao COMPUR, CDPCM e/ou COMAM deverão ser previamente encaminhados ao FADE da Pampulha, para conhecimento e fornecimento de subsídios a estes Conselhos, conforme previsto no inciso IV do art. 38 da Lei nº 9.037/05. § 1º - A informação ao FADE estará contida na Ficha de Informações de Empreendimento na ADE da Pampulha, preenchida pelo interessado segundo o modelo constante do Anexo III deste Decreto. § 2º - A apreciação do empreendimento pelo FADE consistirá no pronunciamento deste fórum a respeito das repercussões positivas e negativas do empreendimento, em vista do conhecimento do local e à luz dos objetivos fixados para a ADE da Pampulha. Art. 11 - A Secretaria de Administração Regional Municipal da Pampulha disponibilizará ao FADE informações sobre o licenciamento de edificações e atividades na área da ADE

Page 330: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

330 da Pampulha, de modo a subsidiar o monitoramento da Lei nº 9.037/05, conforme previsto no art. 38 da mesma lei. Art. 12 - O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, de que trata a Lei n.º 9.037/05, será apresentado pelo empreendedor e deverá conter a análise do impacto urbanístico e/ou ambiental do empreendimento e a indicação das medidas destinadas a minimizar os efeitos negativos e a intensificar os positivos. § 1º - O EIV deverá considerar a interferência do empreendimento na qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, dentre outras, das seguintes questões: I - adensamento populacional; II - equipamentos urbanos e comunitários; III - uso e ocupação do solo; IV - valorização imobiliária; V - geração de tráfego e demanda por transporte público; VI - ventilação e iluminação; VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. § 2º - A análise do EIV é da competência do COMPUR. § 3º - O Executivo municipal deverá realizar audiência pública antes da decisão sobre o projeto, sempre que sugerida pelos moradores da área afetada ou suas associações, na forma da Lei. § 4º - Durante o período de análise, será conferida publicidade ao EIV, que ficará disponível na Gerência Executiva do COMPUR para consulta por qualquer cidadão. Art. 13 - São partes integrantes deste Decreto: I - Anexo I: Parâmetros Urbanísticos Básicos e Critérios Gerais de Uso do Solo nas ADEs Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo; II - Anexo II: Modelo de Termo de Responsabilidade quanto à Profundidade do Lençol Freático; III - Anexo III: Modelo de Ficha de Informações de Empreendimento na ADE da Pampulha. Art. 14 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 5 de abril de 2005 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte Murilo de Campos Valadares Secretário Municipal de Políticas Urbanas

Page 331: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

331

ANEXO I PARÂMETROS URBANÍSTICOS BÁSICOS E CRITÉRIOS GERAIS DE USO DO SOLO

NAS ADEs BACIA DA PAMPULHA, DA PAMPULHA E TREVO

ADE DA PAMPULHA ADE TREVO ADE BACIA DA

PAMPULHA PARÂMETR

OS USO DO

SOLO PARÂMETR

OS USO DO

SOLO PARÂMETR

OS USO DO

SOLO

Área de Proteção Máxima Grau 1 – AP-1

Terrenos Públicos: - CA = 0,05 - QT: cf. zoneamento - TO = 2% - TP = 95% - Alt. Edif. = 9m - Afast. Frontal = 5m - Afast. Lat/Fundo = 3m Terrenos Particulares: - CA, TO, QT e TP: Parâmetros de ZPAM particular - Alt. Edif = 9m - Afast. Frontal = 5m - Afast. Lat/Fundo = 3m

Terrenos Públicos: - Somente admitidos serviços de apoio à manutenção da vegetação, nascentes e cursos d´água. Terrenos Particulares: - Usos admitidos cf. Anexo VII e arts. 28, 29 e 33 da Lei 9.037/05

Terrenos Públicos: - CA = 0,05 - QT: 120m² * - TO = 2% - TP = 95% - Alt. Edif = 9m *

- Afast: Frontal = 5m * Lateral/Fundo = 1,5m*

Terrenos Particulares: - CA, TO, QT e TP: parâmetros de ZPAM particular

- Alt. Edif = 9m *

- Afast: Frontal = 5m * Lateral/Fundo = 1,5m*

Terrenos Públicos: - Somente admitidos serviços de apoio à manutenção da vegetação, nascentes e cursos d’água. Terrenos Particulares: - Usos admitidos cf. critérios da LPOUS para ZPAM particular

Terrenos Públicos: - CA = 0,05 - QT: cf. zoneamento - TO = 2% - TP = 95% - Alt. Edif : indefinida - Afast Frontal, laterais e de fundo: cf. LPOUS

Terrenos Particulares: - CA, TO, QT e TP: parâmetros de ZPAM particular

- Alt. Edif: indefinida

- Afast Frontal, laterais e de fundo: cf. LPOUS

Terrenos Públicos: - Somente admitidos serviços de apoio à manutenção da vegetação, nascentes e cursos d’água. Terrenos Particulares - Usos admitidos cf. critérios da LPOUS para ZPAM particular

Page 332: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

332

Área de Proteção Moderada Grau 2 – AP-2

- CA = 0,6 - QT = 120m² - TO = 20% - TP = 70% - lote mínimo = 1000m²

- Alt. Edif = 9m

- Afast Frontal = 5m

- Afast. Lat/Fundo = 3m

- Usos admitidos cf. Anexo VII e arts.28, 29 e 33 da Lei 9.037/05

- CA = 0,6 - QT = 120 m²

- TO = 20% - TP = 70% - lote mínimo = 1000m²

- Alt. Edif = 9m *

- Afast: Frontal = 5m * Lateral/Fundo = 1,5m*

- Usos admitidos cf. - critérios da LPOUS

- Uso de Grupo II ou III:

- licenc. específico para usos a serem instalados - licenc. corretivo para os usos já instalados

- CA = 0,6 - QT = 120 m²

- TO = 20% - TP = 70% - lote mínimo = 1000m²

- Alt. Edif : indefinida

- Afast Frontal, laterais e de fundo: cf. LPOUS

- Usos admitidos cf. critérios da LPOUS - Uso de Grupo II ou III: - licenc. específico para usos a serem instalados - licenc. corretivo para os usos já instalados

Area de Controle Especial de Uso

- CA: cf. zoneamento

- QT: cf. zoneamento

- TO: 50% ** - TP: 30%, salvo em ZPAM (95%) e ZP-1 (70%) - Alt. Edif = 9m

- Afast Frontal = 5m

- Afast. Lat/Fundo = 3m

- Usos admitidos cf. Anexo VII e arts.28, 29 e 33 da Lei 9.037/05

- Vedados: usos listados no art. 11 “a” da Lei 9.037/05 e art. 3°, II deste Decreto.

- Licenciamento ambiental

- CA: cf. zoneamento *

- QT: 120m² * - TO: 50% * - TP: 30%, salvo em ZPAM (95%) e ZP-1 (70%) - Alt. Edif = 9m *

- Afast: Frontal = 5m * Lateral/Fundo = 1,5m*

- Usos admitidos cf. critérios da LPOUS - Vedados: usos listados no art. 11 “a” da Lei 9.037/05 e art. 3°, II deste Decreto.

- licenc. ambiental para os usos

- CA: cf. zoneamento

- QT: cf. zoneamento

- TO: cf. zoneamento - TP: 30%, salvo em ZPAM (95%) e ZP-1 (70%) - Alt. Edif : indefinida

- Afast Frontal, laterais e de fundo: cf. LPOUS

- Usos admitidos cf. critérios da LPOUS - Vedados: usos listados no art. 11 “a” da Lei 9.037/05 e art. 3°, II deste Decret

Page 333: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

333

para os usos listados no Anexo V da Lei 9.037/05

- licenciamento corretivo para usos já instalados do art. 11 “a” e Anexo V da Lei 9.037/05

listados no Anexo V da Lei 9.037/05

- licenciamento corretivo para usos já instalados do art. 11 “a” e Anexo V da Lei 9.037/05

o. - Licenc. ambiental para os usos listados no Anexo V da Lei 9.037/05

- licenc. corretivo para usos já instalados do art. 11 “a” e Anexo V da Lei 9.037/05

Demais áreas

- CA: cf. zoneamento - QT: cf. zoneamento - TO: 50% ** -TP: 30%, salvo em ZPAM (95%) e ZP-1 (70%) - Alt. Edif. = 9m - Afast. Frontal = 5m - Afast.

- Usos admitidos cf. Anexo VII e arts. 28, 29 e 33 da Lei 9.037/05

- CA: cf. zoneamento * - QT: 120 m² - TO: 50% * - TP: 30%, salvo em ZPAM (95%) e ZP-1 (70%) - Alt. Edif = 9m* - Afast: Frontal = 5m* Lateral/Fundo = 1,5m*

- Predominância do uso residencial, admitidos condomínios residenciais* - Usos admitidos cf.

- CA: cf. zoneamento - QT: cf. zoneamento - TO: cf. zoneamento - TP: 30%, salvo em ZPAM (95%) e ZP-1 (70%) - Alt. Edif: indefinida - Afast. Frontal,

- Usos admitidos cf. critérios da LPOUS

Page 334: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

334

Lat/Fundo = 3m

critérios da LPOUS

laterais e de fundo: cf. LPOUS

* - Conforme art. 91 da Lei nº 7166/96 (ADE Trevo) ** Parâmetros especiais para edificações destinadas aos usos referidos no art. 30 da Lei 9.037/05: TO > 50%, desde que TP no mínimo = 30 %, altura maxima a divisa = 9m em via arterial e = 5m em via coletora e haja EIV, aprovação pelo CDPCM e COMPUR OBS: - Cinemas, Teatros, Auditórios e Museus na ADE da Pampulha: parâmetros diferenciados, desde que submetidos ao CDPCM e COMPUR - Edificações lindeiras à Av. Otacílio Negrão de Lima: v. art. 27 da Lei 9.037/05 - Remembramento de lotes para usos não residenciais na ADE da Pampulha: cf. art. 31 da Lei 9.037/05- Direito de permanência de usos na ADE da Pampulha: cf art. 33 da Lei 9.037/05 SIGLAS E ABREVIATURAS: CA = Coeficiente de Aproveitamento QT = Quota de Terreno por Unidade Habitacional TO = Taxa de Ocupação TP = Taxa de Permeabilização Alt. Edif = altura da edificação Afast. Lat. = Afastamento lateral LPOUS = Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo

Page 335: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

335

Page 336: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

336

ANEXO III

MODELO DE FICHA DE INFORMAÇÕES DE EMPREENDIMENTO NA ADE DA PAMPULHA

Ficha de Informações de Empreendimentos na ADE da Pampulha Identificação do empreendedor Nome Endereço Fone E-mail Identificação do empreendimento Endereço Tipo de Uso Pretendido Área construida previstaObservações

Assinatura do requerente Data

Campo de preenchimento exclusivo do Fade Aspectos Positivos

Aspectos Negativos

Recomendamos Avaliação Não Recomendamos

Page 337: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

337

Page 338: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

338

Justificativa

Preencher somente para os usos previstos no Artigo 33 alínea "b" da Lei 9.037/05 Pela Aprovação Pelo Indeferimento Justificativa

Assinatura Responsável Fade Data

Page 339: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

339

ANEXO III MODELO DE FICHA DE INFORMAÇÕES DE EMPREENDIMENTO NA ADE DA

PAMPULHA

Ficha de Informações de Empreendimentos na ADE da Pampulha Identificação do empreendedor Nome Endereço Fone E-mail Identificação do empreendimento Endereço Tipo de Uso Pretendido Área construida prevista Observações

Assinatura do requerente Data

Campo de preenchimento exclusivo do Fade Aspectos Positivos

Aspectos Negativos

Recomendamos Avaliação Não Recomendamos

Page 340: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

340

Justificativa

Preencher somente para os usos previstos no Artigo 33 alínea "b" da Lei 9.037/05 Pela Aprovação Pelo Indeferimento Justificativa

Assinatura Responsável Fade Data

Page 341: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

341

DECRETO Nº 12.362, DE 3 DE MAIO DE 2006

Cria o Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência. O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, Considerando a necessidade de serem implementadas políticas públicas municipais relacionadas às mudanças climáticas e à ecoeficiência, em articulação com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, com a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima e com o Fórum Mineiro de Mudanças Globais e de Biodiversidade, e com as propostas constantes da Agenda 21 Brasileira e da Agenda 21 Local de Belo Horizonte; Considerando que as informações e propostas consolidadas pela Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima e pelo Protocolo de Kyoto deverão ser divulgadas, bem como estimulados os projetos voltados à utilização do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL, e outros mecanismos de fomento nacional e internacional para melhoria da qualidade da vida no Município; Considerando ser indispensável a conscientização e mobilização da sociedade belo-horizontina para o debate e o desenvolvimento de ações relativas às mudanças climáticas globais e ecoeficiência, decreta: Art. 1º - Fica criado o Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência, composto pelos seguintes membros: I - Secretário Municipal de Meio Ambiente, que será seu coordenador;

Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 14.474, de 30/6/2011 (Art. 1º) II - Secretário Municipal Adjunto de Meio Ambiente, que substituirá o coordenador em suas ausências e impedimentos;

Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 14.775, de 29/12/2011 (Art. 1º)

III - membro a ser indicado pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, que será seu coordenador adjunto;

Inciso III acrescentado pelo Decreto nº 14.775, de 29/12/2011 (Art. 1º) IV - por 1 (um) membro titular e respectivo suplente dos seguintes órgãos e entidades: a) Secretaria Municipal de Meio Ambiente; b) Secretaria Municipal de Saúde; c) Secretaria Municipal de Educação; d) Secretaria Municipal de Serviços Urbanos; e) Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano; f) Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Compartilhada; g) Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP; h) Superintendência de Limpeza Urbana - SLU; i) Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte - URBEL; j) Empresa Municipal de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A -BHTRANS; k) Câmara Municipal de Belo Horizonte;

Page 342: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

342 l) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; m) Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA; n) Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG; o) Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG; p) Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais - SINDUSCON; q) Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais - CREA/MG; r) estabelecimentos de ensino superior da Capital, com faculdades relacionadas ao tema deste Decreto; s) Organizações Não-Governamentais com objetivos relacionados ao tema deste Decreto. Inciso III renumerado como inciso IV pelo Decreto nº 14.775, de 29/12/2011 (Art. 1º) § 1º - Como secretário-executivo, o Comitê terá 1 (um) servidor público cedido por órgão que dele participe. § 2º - As decisões serão aprovadas por maioria simples dos membros, sendo que os suplentes só poderão votar na ausência do titular. § 3º - O voto do coordenador em exercício só ocorrerá em caso de empate na votação. Art. 2º - Quanto ao tema "Mudanças Climáticas", o Comitê tem por objetivo promover e estimular ações que visem a mitigação das emissões de gases causadores do efeito estufa, contemplando: I - uso de fontes renováveis de energia; II - aproveitamento do biogás emitido pelos aterros sanitários; III - melhoria da eficiência energética e uso racional de energia; IV - promoção da redução, reutilização e reciclagem de resíduos; V - ampliação e adequada manutenção das áreas verdes e arborização de vias públicas; VI - estímulo às iniciativas que visem multiplicar as informações atinentes às mudanças climáticas, tais como publicações, páginas na internet, cursos, seminários, peças publicitárias e outras formas de divulgação do assunto; VII - estímulo e participação em estudos e pesquisas, em parceria com instituições de ensino, organizações não-governamentais e associações de municípios, visando a redução de emissão de gases causadores do efeito estufa; VIII - demais ações pertinentes. Art. 3º - Quanto ao tema "Ecoeficiência", compete ao Comitê: I - realizar estudos para implantação de qualidade ambiental no Município, e estimular o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat do Ministério das Cidades; II - estabelecer os objetivos e/ou procedimentos do Comitê Municipal de Mudanças Climáticas quanto ao tema "Ecoeficiência", a partir de debates, seminários e conferências.

Page 343: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

343 Art. 4º - As regras de funcionamento do Comitê serão estabelecidas por meio de Regimento Interno, a ser aprovado no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a publicação desse Decreto. Parágrafo único - O Comitê poderá criar Grupos de Trabalho para elaborar estudos, planejamentos e execução de tarefas específicas e, para tal fim, convocar outros órgãos municipais. Art. 5º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 3 de maio de 2006 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte

Page 344: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

344

DECRETO Nº 13.202, DE 2 DE JULHO DE 2008

Estabelece procedimentos para a emissão de Alvará de Localização e Funcionamento para estabelecimentos localizados na Área de Diretrizes Especiais da Pampulha - ADE - Pampulha, nos termos do art. 33 da Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, decreta: Art. 1º - O licenciamento dos estabelecimentos localizados na Área de Diretrizes Especiais da Pampulha - ADE - Pampulha e que se enquadram no direito de permanência de uso estabelecido no art. 33 da Lei n° 9.037, de 14 de janeiro de 2005, será regido por este Decreto. Art. 2º - Em caráter excepcional, a partir do protocolo de requerimento de licenciamento de localização e funcionamento e durante o processo de análise do requerimento, fica permitida a continuidade do funcionamento dos estabelecimentos que se enquadram no disposto no art. 1º deste Decreto. Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no caput deste artigo os estabelecimentos: I - que exercem atividades relacionadas a materiais inflamáveis ou explosivos; II - notificados ou autuados por causarem dano ou incômodo ambiental. Art. 3º - Uma vez notificado, o responsável pelo empreendimento terá 60 (sessenta) dias para protocolizar junto à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana a documentação necessária para regularização da atividade. Parágrafo único - No caso do responsável pelo empreendimento não protocolizar a documentação referida no caput deste artigo, serão aplicadas as penalidades cabíveis da Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, e dos Decretos nº 11.601, de 09 de janeiro de 2004, e nº 11.698, de 30 de abril de 2004. Art. 4º - A concessão do Alvará de Localização e Funcionamento será procedida em cinco etapas: I - análise pelo Fórum da Área de Diretrizes Especiais Pampulha - FADE da Pampulha; II - análise pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana - SMARU; III - análise pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, quando for o caso; IV - análise pelo Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR; V - concessão do Alvará de Localização e Funcionamento pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Page 345: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

345 § 1º - Poderá ser procedida análise concomitante das etapas previstas nos incisos I e II, desde que seja protocolada a documentação exigida para cada uma delas. § 2º - É condição para a análise da etapa descrita no inciso III, a aprovação da etapa descrita no inciso I; e para as etapas descritas nos incisos IV e V, o deferimento das etapas que as antecedem, respectivamente. § 3º - O protocolo da documentação será feito junto à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, que dará encaminhamento ao processo de concessão junto aos órgãos competentes. § 4º - Verificada a insuficiência de dados para análise do requerimento pelo órgão competente, será expedido comunicado ao interessado solicitando a complementação das informações necessárias, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, findo o qual, sem que haja manifestação do interessado, o requerimento será indeferido. Art. 5º - A análise do processo pelo FADE da Pampulha fica condicionada ao protocolo dos seguintes documentos: I - preenchimento da Ficha de Informações de Empreendimento na ADE da Pampulha constante do Anexo III do Decreto nº 12.015, de 05 de abril de 2005; II - Consulta Prévia Manual; III - comprovação de instalação do estabelecimento em data anterior a 14 de janeiro de 2003, por meio de um dos seguintes documentos: a) contrato social ou registro da empresa no órgão competente, no endereço a ser licenciado; b) auto de fiscalização, notificação, auto de infração ou laudo de vistoria integrante de processo administrativo instaurado pelo Executivo Municipal; c) declaração escrita de, no mínimo, dois vizinhos.

Inciso III com redação dada pelo Decreto nº 13.276, de 27/08/2008 (Art. 2º) § 1º - A documentação prevista nas alíneas "a", "b" e "c" do inciso III do caput deste artigo deverá conter elementos suficientes para a identificação precisa do estabelecimento, bem como das atividades por ele exercidas. § 2º - Uma vez acatado o protocolo do requerimento, o FADE da Pampulha procederá ao exame da regularidade da permanência do estabelecimento, instruindo o processo com a assinatura de aprovação da Ficha de Informações de Empreendimento na ADE da Pampulha, constante do Anexo III do Decreto nº 12.015/05, em até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data do protocolo. Art. 6º - A análise da regularidade urbanística do imóvel fica condicionada ao protocolo dos seguintes documentos: I - requerimento próprio;

Page 346: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

346 II - levantamento arquitetônico do terreno e da edificação acompanhado do respectivo cálculo de áreas, conforme padrão estabelecido pelo Município para aprovação de projetos. Parágrafo único - Apresentados os documentos previstos nos incisos I e II do caput deste artigo, a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana procederá ao exame da regularidade urbanística do imóvel ocupado pelo estabelecimento, instruindo o processo com todas as informações cadastrais necessárias e com parecer sobre a regularidade urbanística do imóvel, em até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data do protocolo. Art. 7º - A análise pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte fica condicionada ao protocolo dos seguintes documentos: I - requerimento próprio; II - projeto do(s) engenho(s) de publicidade. Art. 8º - A análise pelo COMPUR fica condicionada ao protocolo dos seguintes documentos: I - requerimento próprio; II - estudo de impacto de vizinhança - EIV; III - certidão de baixa de construção e habite-se. Parágrafo único - Na hipótese da edificação não estar regularizada, o documento previsto no inciso III poderá ser substituído pelo protocolo do requerimento de regularização do imóvel. Art. 9º - A análise da concessão do Alvará de Localização e Funcionamento fica condicionada ao protocolo dos seguintes documentos: I - requerimento próprio; II - documentos indicados na Consulta Prévia Manual. § 1º - É vedada a emissão do Alvará de Localização e Funcionamento para estabelecimento instalado em imóvel irregular, devendo permanecer paralisadas as atividades do estabelecimento até a conclusão de sua regularização urbanística. § 2º - Uma vez verificada a regularidade urbanística do imóvel e a adequação ambiental, bem como a regularidade da localização e do funcionamento das atividades do estabelecimento, será emitido o Alvará de Localização e Funcionamento com prazo de validade estabelecido na legislação vigente. Art. 10 - O prazo máximo para o protocolo da documentação necessária à análise da etapa subseqüente é de 30 (trinta) dias. § 1º - Excetua-se da regra estabelecida no caput deste artigo o protocolo da documentação para a análise pelo COMPUR, que será de 90 (noventa) dias.

Page 347: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

347 § 2º - Findos os prazos estabelecidos no caput e no § 1° deste artigo sem que haja manifestação do interessado, o requerimento será indeferido. § 3º - O indeferimento do requerimento poderá ocorrer em qualquer etapa e dará causa à notificação do interessado e ao início da ação fiscal, visando o encerramento das atividades do estabelecimento. § 4º - Da decisão de indeferimento caberá recurso à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, no prazo máximo de 15 (quinze) dias contados da data da notificação da decisão ao interessado, cuja cópia deverá ser juntada ao requerimento. Art. 11 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 2 de julho de 2008 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte

Page 348: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

348

DECRETO Nº 13.276, DE 27 DE AGOSTO DE 2008

Define os procedimentos para a elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, para as atividades listadas no art. 33 da Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005, e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, decreta: Art. 1º - A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança para as hipóteses previstas no art. 33 da Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005, deverá seguir o disposto no formulário constante do Anexo Único deste Decreto. Art. 2º - O inciso III do art. 5º do Decreto nº 13.202, de 2 de julho de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 5º - III - comprovação de instalação do estabelecimento em data anterior a 14 de janeiro de 2003, por meio de um dos seguintes documentos: a) contrato social ou registro da empresa no órgão competente, no endereço a ser licenciado; b) auto de fiscalização, notificação, auto de infração ou laudo de vistoria integrante de processo administrativo instaurado pelo Executivo Municipal; c) declaração escrita de, no mínimo, dois vizinhos.” (NR)

Art. 3º - Este Decreto a entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 27 de agosto de 2008 Fernando Damata Pimentel Prefeito de Belo Horizonte

ANEXO ÚNICO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FORMULÁRIO PARA OS CASOS PREVISTOS NO ART. 33 DA LEI N° 9.037/05

PARTE I

1 - DADOS CADASTRAIS

1.1 – EMPREENDEDOR

Nome:

CNPJ/CPF: Inscrição Municipal:

Page 349: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

349

Endereço para correspondência (Rua, Avenida, Rodovia, etc.; nº; Complemento):

Bairro: Município:

CEP: Endereço eletrônico:

Telefone: ( ) Fax: ( )

1.2 – EMPREENDIMENTO

Razão Social:

Nome comercial:

CNPJ: Inscrição Municipal:

Endereço (Rua, Avenida, Rodovia, etc.; nº; Complemento):

Bairro: Telefone: ( )

CEP: Fax: ( )

1.3 - RESPONSÁVEL LEGAL Nome:

CPF: Endereço para correspondência (Rua, Avenida, Rodovia, etc.; nº; Complemento):

Bairro: Município:

CEP: Endereço eletrônico:

Telefone: ( ) Fax: ( )

1.4 – RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO EIV: (*) Nome:

Formação Profissional: N° de registro no CREA:

UF:

N° da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART: (preenchimento obrigatório)

Endereço para correspondência (Rua, Avenida, Rodovia, etc.; nº; Complemento):

Page 350: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

350

Bairro: Município:

CEP: Endereço eletrônico:

Telefone: ( ) Fax: ( ) (*) O responsável técnico pelo EIV deve ser um profissional, devidamente registrado no CREA-MG, com experiência em Planejamento Urbano e/ou análise urbanística (comprovar).

1.5 – EQUIPE TÉCNICA:

Nome Formação Profissional

Função Desempenha

da

No Registro

Profissional

UF

No ART (opcional)

(Anexar Cópia da Carteira Profissional de cada integrante da Equipe Técnica)

1.6 - ASSINATURAS:

Responsável legal pelo empreendimento:

Data:

Responsável técnico pela elaboração do EIV:

Data:

2 – CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DA VIZINHANÇA

2.1 – DATA DE CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO: ......... / ....... /

Page 351: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

351

..........

2.2. – DATA DE INSTALAÇÃO DA ATIVIDADE: ......... / ........ / ........... (indicar a data provável e anexar comprovante)

2.3 – ATIVIDADE DESENVOLVIDA NO EMPREENDIMENTO:

2.3.1 - Atividade (descrever) : .............................................................................................................................

Categoria: ( ) uso não residencial ( ) misto

2.3.2 - Classificação da(s) Atividade(s) conforme Legislação de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo (se necessário marcar mais de uma opção):

a) Sub-categoria: ( ) industrial ( ) comercial

( ) serviços de uso coletivo

( ) serviços

b) Tipologia/ramo de atividade:

c) Grupo: ( ) Grupo I ( ) Grupo II ( ) Grupo III

2.4 – ÁREAS:

Área total do terreno:

Área total edificada:

Área ocupada pela atividade:

2.5 – LOCALIZAÇÃO:

2.5.1 - a) Localizar o empreendimento no mapa fornecido pela Gerência Executiva do Conselho Municipal de Políticas Urbanas.

b) Definir a área impactada pelo empreendimento (ver legenda indicada nas orientações para o preenchimento deste formulário).

c) Justificar a delimitação da área impactada pelo empreendimento (ver definição nas orientações para o preenchimento deste formulário):

Page 352: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

352

2.5.2 - Apresentar planta de situação do empreendimento na escala 1:250, em formato ABNT. Indicar na planta de situação:

- todas as unidades que compõem o empreendimento; equipamentos/máquinas e instalações existentes;

- as vagas de estacionamento existentes no empreendimento (especificar vagas para funcionários, vagas para clientes e veículos do empreendimento, vagas para pessoas com mobilidade reduzida);

- entradas e saídas do empreendimento;

- vagas de carga e descarga (se existente);

- área de embarque e desembarque (se existente);

- engenhos de publicidade (placas, totem, sinal sonoro, etc.).

2.6 – USO E OCUPAÇÃO, PAISAGEM URBANA E PATRIMÔNIO CULTURAL DA ÁREA DE ESTUDO

2.6.1 - Utilizar o mapa fornecido pela Gerência Executiva do Conselho Municipal de Políticas Urbanas para demarcar, na área impactada pelo empreendimento, os seguintes itens:

(observar a legenda-padrão) � Marcos e Referenciais Simbólicos; � Elementos naturais significativos; � Usos não residenciais existentes, especificando os

equipamentos comunitários existentes na área de estudo, conforme abaixo indicado:

______________________________________________________________________________

Listar os usos não residenciais mapeados conforme mapa fornecido pela Gerência Executiva do Conselho Municipal de Políticas Urbanas, identificando o nome e a atividade do empreendimento conforme classificação definida no Anexo X da Lei nº 7.166/96.

Exemplo: 1. Escola São José – Escola de ensino fundamental.

Page 353: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

353

2.7 – INFRA-ESTRUTURA 2.7.1 - Infra-estrutura do empreendimento: Abastecimento de água: ( ) rede ( ) poço artesiano ( ) cisterna ( ) outro ( ) não tem Esgotamento sanitário: ( ) rede ( ) fossa séptica ( ) outro ( ) não tem Drenagem pluvial: ( ) boca de lobo ( ) sarjeta ( ) caixa de captação ( ) caixa de captação com infiltração ( ) outro ( ) não tem Coleta de lixo: ( ) na porta ( ) caçamba. localização:________________ ( ) outro ( ) não tem Freqüência da coleta de lixo: ______________

Telefonia: ( ) rede ( ) outro ( ) não tem

Gás canalizado: ( ) rede ( ) outro ( ) não tem Energia elétrica: ( ) rede ( ) gerador. Combustível utilizado:_____________ ( ) outro:____________________________( ) não tem Central de Ar Condicionado: ( ) sim ( ) não

2.8 – GERAÇÃO DE TRÁFEGO E DEMANDA POR TRANSPORTE PÚBLICO

2.8.1 - Caracterização da Via

2.8.1.1 - Dimensionamento do logradouro em frente ao empreendimento:

pista de rolamento:.............metros calçadas:............. metros/..............metros

2.8.1.2. - Pavimentação da calçada:..................................................................................................................

2.8.2 - Caracterização do Fluxo (considerar o estabelecimento analisado como destino)

2.8.2.1 - Indicar os dias/horários de maior movimento no

Page 354: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

354

estabelecimento:

2.8.2.2 - Prováveis origens dos usuários do seu empreendimento: (se necessário, marcar mais de uma opção)

( ) local / entorno ( ) região da Pampulha ( )outras regiões do Município ( ) outras localidades

2.8.2.3 - Número médio de pessoas que freqüentam o estabelecimento por dia:

de segunda-feira a sexta-feira: dia......................... noite...........................

aos finais de semana: dia......................... noite............................

2.8.2.4 - Meio de transporte mais utilizado pelos freqüentadores do empreendimento:

( ) veículo particular ( ) transporte coletivo ( ) a pé ( ) outro: .............................. 2.8.2.5 - Número total de funcionários do estabelecimento: .............................

2.8.2.6 - Meio de transporte mais utilizado pelos funcionários:

( ) veículo particular ( ) transporte público ( ) a pé ( ) outro: ..............................

2.8.2.7 - Existência de vagas de estacionamento de veículos para funcionários e veículos do empreendimento (Indicar os itens existentes na planta do item 2.5.2.)

( ) sim ( ) não

N° de vagas:

2.8.2.8 - Existência de vagas de estacionamento de veículos para terceiros (Indicar os itens existentes na planta do item 2.5.2.)

( ) sim ( ) não

N° de vagas:

2.8.2.9 - Existência de vagas de carga e descarga (Indicar os itens existentes na planta do item 2.5.2.)

( ) sim ( ) não

N° de vagas:

2.8.2.10 - Indicar os dias da semana e horários em que ocorrem carga e descarga.

Page 355: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

355

2.8.2.11 - Existência de faixa de acumulação para embarque e desembarque de passageiros (Indicar os itens existentes na planta do item 2.5.2.).

( ) sim. Dimensão: .................................. metros ( ) não

2.8.2.12 - Existência de sinalização para indicação das áreas de entrada, saída e permanência de veículos no estabelecimento (Indicar os itens existentes na planta do item 2.5.2.).

( ) sim ( ) não

De que tipo? (Se necessário, marque mais de uma opção).

( ) sonora ( )visual ( ) tátil ( ) mobiliário fixo ( ) mobiliário móvel ( ) nenhum 2.8.2.13 - Há retenção do tráfego na área de estudo, provocada pelo empreendimento em seu horário de funcionamento?

( ) sim Especifique: ......................................................................... ( ) não

2.8.2.14 - Indicar no mapa fornecido pela Gerência Executiva do Conselho Municipal de Políticas Urbanas os pontos de estrangulamento no sistema viário e os pontos de conflito entre veículos e pedestres. Caracterizar a natureza dos conflitos e os respectivos horários de ocorrência.

2.9 – MEIO AMBIENTE 2.9.1 – Matérias-Primas e Insumos � Há utilização de matérias-primas e insumos? ( )não ( )

sim, descrever as matérias primas e o consumo médio mensal:

NOTAS: 1. No caso de utilização de produtos químicos, apresentar

relação com nomenclatura química oficial dos princípios ativos, bem como a descrição do tipo de recipiente, volume e forma de armazenamento de cada produto (palets, bacia de

Page 356: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

356

contenção, etc). 2. Em caso de utilização de matéria-prima em estado líquido, informar uso de bacia de contenção. 2.9.2 – Processo Produtivo

2.9.2.1 – Descrever sucintamente o processo produtivo, destacando todas as etapas de produção. 2.9.3 – Caracterização dos Impactos:

2.9.3.1 – Ruídos e vibrações: a) Há alguma fonte de ruído e/ou vibração? ( )não ( ) sim, descrever:

b) Dia e horário das emissões: c) Há alguma forma de tratamento? ( ) não ( ) sim, descrever sucintamente e apresentar laudo comprobatório de eficiência do tratamento acústico, atestando que este atende a legislação ambiental vigente, acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do responsável por sua execução.

2.9.3.2 – Efluentes atmosféricos (pó, névoa, fumaça, odores, vapores químicos, aerossóis, material particulado) a) Há alguma fonte de geração de efluentes atmosféricos? ( )não ( ) sim, descrever: b) Informar o tipo de energia utilizada (energia elétrica, óleo diesel, lenha, carvão, outros), a taxa de consumo mensal, o equipamento onde é utilizado e a forma de armazenamento.

Page 357: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

357

c) Possui sistema de tratamento? ( )não ( ) sim, descrever sucintamente indicando o tipo de tratamento, seus estágios, capacidade nominal, regime de funcionamento. Informar a forma de lançamento dos efluentes (duto, chaminé, etc.), suas dimensões (diâmetro), vazão, temperatura, regime de descarga. 2.9.3.3 – Efluentes líquidos (águas de lavagem, água do resfriamento, águas industriais, banhos, esgotos, etc.) a) Há geração de efluentes líquidos? ( )não ( ) sim, descrever o tipo e em que etapa do processo produtivo são gerados: b) Qual a destinação dada a esses efluentes líquidos? (rede pública, fossa, reaproveitamento, outros) No caso de rede pública, apresentar laudo de liberação das instalações de esgotamento emitido pela COPASA-MG. c) Possui sistema de tratamento? ( )não ( ) sim, descrever: d) Onde é lançado o esgoto sanitário? ( ) rede pública ( ) outros................................................. e) No caso de rede pública, apresentar laudo de liberação das instalações de esgotamento emitido pela COPASA-MG. 2.9.3.4 – Resíduos sólidos (embalagens da matéria-prima, latas, bombonas, estopas, óleo usado, sacos plásticos, papelão, ráfia, filtros contaminados, borra de caixa de separação, barras e limalhas do processo produtivo, etc).

Page 358: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

358

a) Especificar os tipos de resíduos gerados, descrevendo a origem, quantidade gerada, forma de armazenamento e destinação final. NOTAS: 1. Somente será aceito envio para SLU de resíduos compatíveis com a Licença do Aterro; 2. Quando o resíduo for enviado para outra empresa, informar nome da mesma e apresentar sua Licença Ambiental. 2.9.3.5 – Radiação

a) Há alguma fonte/equipamento gerador de radiação? ( ) não ( ) sim, especificar características do equipamento: NOTAS: 1. Para atividades de radiodiagnóstico médico e/ou odontológico (raio X), apresentar Laudo Radiométrico elaborado por profissional devidamente habilitado. 2. Para atividades com fontes de radiação ionizante em medicina nuclear, radioterapia e aplicações industriais, apresentar Laudo Radiométrico elaborado por profissional devidamente habilitado e autorização emitida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

2.10 – ÁREA IMPACTADA: RELATÓRIO FOTOGRÁFICO:

2.10.1 - Registrar o empreendimento e sua relação com a vizinhança imediata mediante o seguinte conjunto de fotos:

• Fachada Principal do empreendimento – 01 foto;

• Engenhos de Publicidade existentes no empreendimento – 01 foto para cada engenho existente;

• O empreendimento e a área impactada – 04 fotos;

Page 359: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

359

• Visadas das ruas onde se localizam os acessos ao empreendimento – 01 foto para cada via onde há acesso ao empreendimento (tirar a foto do eixo da rua);

• Panorâmica do(s) quarteirão(ões) – 02 fotos representando a face da quadra onde se localiza o empreendimento e a face oposta (em frente ao empreendimento).

2.11 – IMPACTOS NA VIZINHANÇA

2.11.1 - Sintetize os impactos que o empreendimento promove no meio urbano:

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA FORMULÁRIO PARA OS CASOS PREVISTOS NO ART. 33 DA

LEI N° 9.037/05 PARTE II

3 – O EMPREENDIMENTO E SUA INTERFERÊNCIA NA VIZINHANÇA

3.1 - Descrever todas as atividades que ocorrem no empreendimento, horários e freqüência de ocorrência, destacando as repercussões (positivas e negativas) que o empreendimento gera na vizinhança, considerando as informações fornecidas no item 2 deste formulário.

3.2 - Identificar possíveis impactos na infra-estrutura local provocados pela permanência da atividade na área de estudo.

Page 360: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

360

3.3 - Descrever a relação do empreendimento com os demais usos existentes, em especial quanto:

3.3.1 - a relação com os demais equipamentos comunitários existentes;

3.3.2 - a demanda de transporte coletivo em decorrência da permanência do empreendimento em questão;

3.3.3 - a geração de tráfego e/ou retenção do fluxo conforme caracterizado no item 2.8.2.14, indicando como o

empreendimento contribui para a situação (possíveis causas).

3.4 - Considerando os dados do item 2.5.2 em especial as áreas de estacionamento, carga e descarga e embarque e

desembarque analise a situação do empreendimento e sua capacidade de internalizar possíveis impactos de trânsito

promovidos por ele na área impactada.

Page 361: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

361

3.5 - A atividade desenvolvida no empreendimento interfere no mercado imobiliário, gerando valorização ou

desvalorização dos imóveis do entorno? Justifique.

3.6 - A atividade desenvolvida no empreendimento gerou ou gera atração ou expulsão de outros usos para a área em

estudo? De que tipo?

3.7 - Descrever e justificar a potencialidade do empreendimento em aumentar ou diminuir a atratividade da

área e o adensamento populacional na mesma.

3.8 - Caracterizar o impacto visual do empreendimento na paisagem local, descrevendo de que forma interfere na

mesma e se articula com as demais formas de ocupação e com o patrimônio cultural existente.

3.9 - Sintetizar os benefícios e os ônus que a atividade exercida pelo empreendimento gera no espaço urbano, definindo a sua área de abrangência dos impactos (positivos e negativos) provocados pelo empreendimento.

Page 362: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

362

4 – IMPACTOS NA VIZINHANÇA E MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS

4.1 - Considerando as respostas anteriores, descreva os impactos gerados pelo empreendimento na vizinhança e

indique medidas mitigadoras e/ou compensatórias desses impactos. Definir o prazo para implantação de tais medidas. QUADRO SÍNTESE:

Impacto(s) Potencial(ais)

Medida Mitigadora Indicada

Medida Compensatória Indicada

Prazo de

implantação da medida

5 – OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES

Page 363: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

363

(espaço reservado para informações complementares do empreendedor e/ou do responsável técnico pelo EIV).

Espaço reservado para Preenchimento da PBH:

6 – ANÁLISE DO EIV

Responsável(is) técnico(s) pela análise:

Assinatura(s): BM(s):

Parecer: Data: _____/_____/_________

Page 364: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

364

DECRETO Nº 13.643, DE 17 DE JULHO DE 2009

Dispõe sobre alocação, denominação e atribuições dos órgãos de terceiro grau hierárquico e respectivos subníveis da estrutura organizacional da Administração Direta do Executivo, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e dá outras providências

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições, e em conformidade com o disposto na Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005 e suas alterações, decreta:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Os órgãos de terceiro grau hierárquico da estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Meio Ambiente estão estruturados em Gerências, escalonadas em até três subníveis. Art. 2º - As Gerências e demais subníveis da Secretaria Municipal de Meio Ambiente são as seguintes: I – Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto, de 1º nível: I.1 – Gerência de Licenciamento de Infraestrutura, de 2º nível; I.2 – Gerência de Licenciamento de Comércio e Prestação de Serviços, de 2º nível; I.3 – Gerência de Licenciamento de Atividades Industriais, de 2º nível; l.4 – Gerência de Avaliação e Controle de Atividades Econômicas, de 2º nível; III – Gerência de Gestão Ambiental, de 1º nível: III.1 – Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana, de 2º nível: III.1.1 – Gerência de Autorizações, de 3º nível; III.2 – Gerência de Projetos Especiais, de 2º nível; III.3 – Gerência de Educação Ambiental, de 2º nível: III.3.1 – Gerência de Articulação e Mobilização para a Educação Ambiental, de 3º nível; III.3.2 – Gerência de Capacitação e Informação em Educação Ambiental, de 3º nível; IV – Gerência de Normatização e Análise Técnico-Processual, de 1º nível; V – Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental, de 1º nível: V.1 – Gerência de Recursos Hídricos, de 2º nível; V.2 – Gerência de Sistemas de Informações Ambientais, de 2º nível: V.2.1 – Gerência de Suporte Tecnológico, de 3º nível; VI – Gerência de Gestão de Documentação e Informações, de 2º nível: VI.1 – Gerência de Orientação para Licenciamento Ambiental, de 3º nível; VI.2 – Gerência de Suporte e Orientação aos Serviços de Meio Ambiente, de 3º nível; VII – Gerência Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, de 2º nível; VIII – Gerência de Informação e Acompanhamento Técnico, de 2º nível; IX – Gerência de Comunicação, de 2º nível; X – Gerência Administrativa, de 2º nível;

Page 365: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

365 XI – Gerência Financeira, de 2º nível.

CAPÍTULO II DAS GERÊNCIAS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Seção I

Da Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto Art. 3º - À Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto compete: I – gerir a política de licenciamento ambiental do Município; II – coordenar as atividades de execução da política de meio ambiente do Município, abrangendo o licenciamento e controle ambiental das atividades caracterizadas como de impacto; III – coordenar as atividades de controle ambiental, gerenciando o licenciamento ambiental e a avaliação dos empreendimentos de impacto, com a colaboração das demais Secretarias Municipais; IV – propor normas, padrões e procedimentos de licenciamento ambiental do Município, em colaboração com a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas; V – coordenar, monitorar e avaliar procedimentos de licenciamento ambiental do Município em conformidade com as normas e padrões estabelecidos; VI – participar da elaboração de proposta de legislação ambiental do Município, no tocante à sua área de atuação, em articulação com as demais gerências e órgãos envolvidos; VII – elaborar, coordenar e executar estudos, pesquisas e projetos relativos à sua área de atuação; VIII – prestar suporte e supervisionar as ações de licenciamento ambiental do Município; IX – prestar suporte técnico às ações da Gerência de Fiscalização e Controle Ambiental; X – prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM, no âmbito de sua competência; XI – coordenar o controle e avaliação de atividades econômicas de repercussão ambiental negativa e não sujeitas a licenciamento ambiental específico; XII – apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades. Art. 4º - Integram a Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto as seguintes gerências, de 2º nível: I – Gerência de Licenciamento de Infraestrutura; II – Gerência de Licenciamento de Comércio e Prestação de Serviços; III- Gerência de Licenciamento de Atividades Industriais; IV – Gerência de Avaliação e Controle de Atividades Econômicas.

Subseção I Da Gerência de Licenciamento de Infraestrutura

Art. 5º - À Gerência de Licenciamento de Infraestrutura compete:

Page 366: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

366 I – executar as atividades de gestão da política de meio ambiente do Município, na área de licenciamento ambiental das atividades de infraestrutura urbana; II – monitorar e avaliar procedimentos de licenciamento ambiental na área de atividades de infraestrutura urbana; III – executar o licenciamento ambiental na área de atividades de infraestrutura urbana, monitorando as condicionantes estabelecidas nas licenças dos empreendimentos de pequeno, médio e grande portes; IV – emitir parecer técnico para instrução de processos de controle ambiental na sua área de atuação; V – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção II Da Gerência de Licenciamento de Comércio e Prestação de Serviços

Art. 6º - À Gerência de Licenciamento de Comércio e Prestação de Serviços compete: I – executar as atividades de gestão da política de meio ambiente do Município, na área de licenciamento ambiental dos setores de comércio e de prestação de serviços caracterizadas como de impacto ambiental; II – monitorar e avaliar procedimentos de licenciamento ambiental na área de comércio e prestação de serviços, em conformidade com as normas e padrões estabelecidos; III – executar o licenciamento ambiental na área de comércio e prestação de serviços de pequeno, médio e grande portes, em conformidade com a legislação vigente, monitorando as condicionantes estabelecidas nas licenças de empreendimentos de impacto e fontes poluidoras; IV – emitir parecer técnico para instrução de processos de controle ambiental na sua área de atuação; V – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção III Da Gerência de Licenciamento de Atividades Industriais

Art. 7º - À Gerência de Licenciamento de Atividades Industriais compete: I – executar as atividades de gestão da política de meio ambiente do Município, na área de licenciamento ambiental de indústrias caracterizadas como de impacto ambiental; II – monitorar e avaliar procedimentos de licenciamento ambiental na área de atividades industriais; III – executar o licenciamento ambiental na área de indústrias de pequeno, médio e grande portes, monitorando as condicionantes estabelecidas nas licenças; IV – emitir parecer técnico para instrução de processos de controle ambiental na sua área de atuação; V – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção IV Da Gerência de Avaliação e Controle de Atividades Econômicas

Page 367: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

367 Art. 8º - À Gerência de Avaliação e Controle de Atividades Econômicas compete: I – avaliar as atividades econômicas de repercussão ambiental negativa e não sujeitas a licenciamento ambiental específico; II – estabelecer, monitorar e avaliar procedimentos corretivos, na sua área de atuação; III – coordenar e analisar a documentação processual dos pedidos de Alvará de Localização e Funcionamento das atividades econômicas de repercussão ambiental negativa, e não sujeitas a licenciamento ambiental específico, emitindo parecer ambiental; IV – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Seção II Da Gerência de Fiscalização e Controle Ambiental

Art. 9º revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II) Art. 10 revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)

Subseção I

Da Gerência de Fiscalização e Controle de Fontes Degradadoras

Art. 11 revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)

Subseção II Da Gerência de Fiscalização e Controle da Poluição Sonora

Art. 12 revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)

Subseção III

Da Gerência de Fiscalização e Controle da Poluição Veicular

Art. 13 revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)

Seção III Da Gerência de Gestão Ambiental

Art. 14 – À Gerência de Gestão Ambiental compete: I – supervisionar e avaliar as atividades de gestão da política de meio ambiente no Município, abrangendo questões relativas à educação ambiental, à preservação e aprimoramento da vegetação urbana, da fauna, dos recursos hídricos, das áreas verdes e demais espaços de especial interesse ambiental; II – coordenar, desenvolver e/ou avaliar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas relativos à educação ambiental, à vegetação urbana, à fauna, às áreas verdes e demais espaços de especial interesse ambiental; III – propor normas relativas à execução da política de meio ambiente do Município, à educação ambiental, à preservação e ao aprimoramento da vegetação urbana, da fauna, das áreas verdes e demais espaços de especial interesse ambiental;

Page 368: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

368 IV – fornecer subsídios ao licenciamento ambiental, para possibilitar a análise dos estudos de impacto ambiental dos programas e projetos de recuperação ambiental; V – coordenar, acompanhar, prestar suporte técnico, e avaliar as ações concernentes à consecução de seus objetivos executadas pelas Secretarias de Administração Regional Municipal; VI – prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM, no âmbito de competência; VII – coordenar a avaliação técnica e o acompanhamento da execução dos projetos desenvolvidos com recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental; VIII – apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades. Art. 15 – Integram a Gerência de Gestão Ambiental as seguintes gerências, de 2º nível: I – Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana; II - Gerência de Projetos Especiais; III – Gerência de Educação Ambiental.

Subseção I Da Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana

Art. 16 – À Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana compete: I - elaborar pesquisas, estudos, planos e programas relativos à ocupação das áreas destinadas a praças, parques, áreas verdes e demais espaços de especial interesse ambiental do Município, visando à preservação e ao aprimoramento de suas qualidades ambientais; II - propor normas relativas à execução da política de meio ambiente do Município, no tocante à ocupação de áreas destinadas a praças, parques, áreas verdes e demais espaços de especial interesse ambiental; III - avaliar e aprovar propostas de implantação de parques e de implantação e intervenções de qualquer natureza nas áreas verdes públicas; IV - prestar apoio às Gerências de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto e de Fiscalização e Controle Ambiental, relativo às intervenções em áreas de propriedade particular de especial interesse ambiental; V - supervisionar, acompanhar, prestar suporte técnico e avaliar as ações concernentes à consecução de seus objetivos executadas por terceiros, em especial pelas Secretarias de Administração Regional Municipal; VI - planejar, coordenar, supervisionar e propor normas para as ações de manejo da vegetação urbana do Município, com a colaboração das Fundações Zoo-Botânica e de Parques Municipais; VII – analisar, quando solicitado, proposta de legislação pertinente à gestão de áreas verdes elaborada pelo Legislativo ou Executivo; VIII - elaborar o Plano Diretor de Arborização Urbana e executar o levantamento e mapeamento das áreas verdes e demais áreas de especial interesse ambiental do Município, em colaboração com as Secretarias de Administração Regional Municipal; IX – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Page 369: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

369 Art. 17 – Integra a Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana a Gerência de Autorizações, de 3º nível, à qual compete: I – analisar e emitir autorizações especiais relativas a intervenções em vegetação, seja supressão, poda ou transplantio; II – analisar recursos de pedidos de cortes de árvores indeferidos pelas Secretarias de Administração Regional Municipal; III – analisar requerimentos de laudos para parcelamento do solo e Áreas de Diretrizes Especiais de interesse ambiental; IV – acompanhar e prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, às suas Câmaras Especializadas e à Comissão de Diretrizes para o Parcelamento do Solo, no âmbito de sua competência.

Subseção II Da Gerência de Projetos Especiais

Art. 18 – À Gerência de Projetos Especiais compete: I – propor diretrizes para a definição de medidas compensatórias para empreendimentos de impacto ambiental; II – propor, orientar e controlar a execução de medidas compensatórias emitidas pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM; III – elaborar avaliações técnicas e acompanhar a execução de projetos desenvolvidos com recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental; IV – acompanhar e prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM e às suas Câmaras Especializadas, no âmbito de sua competência; V – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção III Da Gerência de Educação Ambiental

Art. 19 – À Gerência de Educação Ambiental compete: I – articular-se com os órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Município, e com outras entidades para a promoção da educação ambiental formal e não formal; II – consolidar a execução de ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre questões ambientais de âmbitos global e local; III – promover a educação ambiental não formal por meio da execução de programas de educação ambiental integrados; IV – propor parcerias e convênios de cooperação técnica e/ou financeira e dar suporte às ações da Secretaria vinculadas à implementação de programas da Agenda 21; V – elaborar, subsidiar, implantar, e coordenar estudos, projetos, planos e programas, assim como propor normas, concernentes à execução da política de meio ambiente do Município, no tocante à educação ambiental; VI – capacitar, aperfeiçoar e estimular a formação de educadores e agentes ambientais, para desenvolverem, em âmbito local, atividades de educação ambiental;

Page 370: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

370 VII – participar da organização de cursos, seminários, treinamentos e outros eventos em sua área de atuação; VIII – promover intercâmbios com centros de documentação, assegurando o amplo acesso às informações ambientais básicas, divulgando-as sistematicamente; IX – supervisionar, acompanhar, prestar suporte técnico e avaliar as ações de educação ambiental desenvolvidas pelas Secretarias de Administração Regional Municipal; X – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades. Art. 20 – Integram a Gerência de Educação Ambiental as seguintes gerências, de 3º nível: I - Gerência de Articulação e Mobilização para a Educação Ambiental; II - Gerência de Capacitação e Informação em Educação Ambiental. Art. 21 - À Gerência de Articulação e Mobilização para a Educação Ambiental compete: I – executar as atividades de educação ambiental não formal de forma integrada com outros setores do Executivo e da sociedade, voltados às questões de âmbitos global e local; II – desenvolver programas de educação ambiental regionalizados; III – supervisionar, orientar e acompanhar ações de educação ambiental desenvolvidas pelas Secretarias de Administração Regional Municipal e outros órgãos do Executivo; IV – propor normas e elaborar, orientar, implantar e coordenar estudos, projetos, planos e programas relativos à execução da política de meio ambiente do Município, no tocante à educação ambiental. Art. 22 - À Gerência de Capacitação e Informação em Educação Ambiental compete: I – promover atividades de capacitação, aperfeiçoamento e estímulo à formação de educadores e agentes ambientais, para o desenvolvimento, em âmbito local, de atividades de educação ambiental; II – promover cursos, treinamentos e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre questões ambientais de âmbitos global e local; III – promover intercâmbios com centros de documentação e manter biblioteca de temas ambientais, assegurando a divulgação sistemática e o livre e amplo acesso às informações ambientais básicas; IV – produzir materiais educativos.

Seção IV Da Gerência de Normatização e Análise Técnico-Processual

Art. 23 – À Gerência de Normatização e Análise Técnico-Processual compete: I - fornecer apoio técnico-processual às demais gerências da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM e suas Câmaras Técnicas Especializadas; II - coordenar a elaboração de normas técnicas;

Page 371: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

371 III - elaborar proposta de regulamentação de matérias ambientais referentes a licenciamento, fiscalização, áreas verdes, vegetação urbana, fauna e saneamento do Município; IV - elaborar parecer técnico para instrução de processos de fiscalização, autuação e recurso; V - elaborar, analisar e acompanhar as minutas de contratos e convênios junto às pessoas jurídicas do Poder Público ou à iniciativa privada; VI - instruir e enviar à Procuradoria Geral do Município processos administrativos que envolvam o contencioso; VII – articular-se com as Secretarias de Administração Regional Municipal e com os demais órgãos afins do Executivo, visando à adequação dos critérios jurídicos na condução dos trabalhos afetos ao meio ambiente e saneamento urbano; VIII - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Seção V Da Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental

Art. 24 – À Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental compete: I - operacionalizar as atividades relacionadas ao planejamento, ao monitoramento da qualidade ambiental e ao desenvolvimento ambiental como um todo, em colaboração com a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas; II - coordenar, desenvolver e avaliar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas relativos ao planejamento, ao monitoramento da qualidade ambiental e ao desenvolvimento ambiental no Município; III - propor normas relativas ao monitoramento da qualidade ambiental e ao desenvolvimento ambiental como um todo; IV- acompanhar e avaliar a qualidade ambiental do Município, através do monitoramento sistemático de dados relativos à qualidade do ar, água, solo, ruído, vegetação, fauna, além de outros fatores físicos e bióticos, emitindo relatórios periódicos; V - prestar suporte técnico às ações de planejamento ambiental do Município; VI - participar do planejamento das ações de recuperação, desenvolvimento, preservação e controle ambiental, em conjunto com os demais municípios da região metropolitana e/ou com associações criadas com este fim, nos programas de interesse comum; VII - gerenciar a implantação e o desenvolvimento de sistema de informações ambientais georreferenciado e integrado às demais informações urbanísticas do Município; VIII - prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, no âmbito de sua competência; IX - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades. Art. 25 - Integram a Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental as seguintes gerências, de 2º nível: I – Gerência de Recursos Hídricos; II – Gerência de Sistemas de Informações Ambientais.

Page 372: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

372

Subseção I Da Gerência de Recursos Hídricos

Art. 26 - À Gerência de Recursos Hídricos compete: I - desenvolver e avaliar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas de recuperação e desenvolvimento ambiental de bacias hidrográficas, em colaboração com a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas; II – avaliar os resultados das atividades que coordena ou executa, garantindo o cumprimento dos objetivos institucionais e das metas dos planos, programas e projetos de governo relacionados com a recuperação de bacias hidrográficas; III - gerenciar a implantação de programas específicos de planejamento e recuperação ambiental relativamente aos recursos hídricos; IV - colaborar com o planejamento das ações de saneamento do Município; V - coordenar a elaboração de proposta de enquadramento dos corpos d'água; VI - elaborar programas relativos à proteção e recuperação dos recursos hídricos em consonância com o enquadramento dos corpos d'água; VII - fornecer subsídios ao licenciamento ambiental, para possibilitar a análise dos estudos de impacto ambiental das ações e empreendimentos que afetem os recursos hídricos; VIII - prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, assim como a outros órgãos e entidades, no âmbito de sua competência; IX - apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção II Gerência de Sistemas de Informações Ambientais

Art. 27 - À Gerência de Sistemas de Informações Ambientais compete: I - desenvolver e implantar sistema de informações ambientais georreferenciadas, integrado às demais informações urbanísticas do Município; II - promover a integração das informações ambientais entre os diversos órgãos da Administração; III - promover a integração do sistema de informações ambientais georreferenciadas com o Programa de Saneamento Ambiental de Belo Horizonte - DRENURBS, e com outros programas ambientais; IV - manter atualizada a base de dados das informações ambientais; V - apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades. Art. 28 - Integra a Gerência de Sistemas de Informações Ambientais a Gerência de Suporte Tecnológico, de 3º nível, à qual compete: I - executar serviços correspondentes à tecnologia da informação na execução de programas, estudos, pesquisas e outras atividades técnicas, individualmente ou em equipes; II - prestar atendimento e esclarecimentos técnicos ao público interno na área de informática;

Page 373: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

373 III - efetuar e orientar procedimento operacional padrão de cadastros no sistema de gerenciamento de informações ambientais; IV - coordenar e manter documentadas as alterações necessárias à operação eficiente, atualização e aperfeiçoamento dos sistemas de informações ambientais; V - dirimir eventuais dúvidas sobre a utilização do sistema de informações ambientais; VI - auxiliar e montar equipamentos tecnológicos para eventos, palestras e seminários; VII - acompanhar, participar e executar o desenvolvimento, implementação e manutenção de soluções de infraestrutura e sistemas de Tecnologia da Informação, de acordo com padrões e procedimentos estabelecidos na Administração Municipal; VIII - realizar a avaliação do ambiente físico, otimização do desempenho e garantia do funcionamento das soluções de Tecnologia da Informação.

Seção VI Da Gerência de Gestão de Documentação e Informações

Art. 29 – À Gerência de Gestão de Documentação e Informações compete: I - coordenar, monitorar e avaliar as atividades de atendimento, recebimento, tramitação e gestão eletrônica de documentos; II - receber toda a documentação, correspondências e expedientes encaminhados à Secretaria Municipal de Meio Ambiente; III - proceder à abertura dos processos administrativos e efetuar o cadastro de toda a documentação no sistema vigente de controle interno da Secretaria; IV - tramitar correspondências e processos interna e externamente; V - controlar os prazos dos processos; VI - manter o arquivo temporário dos processos antes do seu envio para o arquivo geral; VII - realizar levantamentos estatísticos visando subsidiar decisões gerenciais; VIII – cuidar dos procedimentos para suporte e orientação aos serviços de meio ambiente e para licenciamento ambiental; IX - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades. Art. 30 – Integram a Gerência de Documentação e Informações as seguintes gerências, de 3º nível: I – Gerência de Orientação para Licenciamento Ambiental; II – Gerência de Suporte e Orientação aos Serviços de Meio Ambiente.

Subseção I Da Gerência de Orientação para Licenciamento Ambiental

Art. 31 – À Gerência de Orientação para Licenciamento Ambiental compete: I - prestar atendimento ao público externo para orientação quanto a providências necessárias para o licenciamento ambiental; II - analisar formulários de caracterização de empreendimentos referentes a pedidos de licenciamento e definir a etapa e modalidade do licenciamento aplicável, conforme legislação pertinente;

Page 374: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

374 III - preparar as orientações para o licenciamento ambiental em consonância com as características do empreendimento e a legislação urbanística e ambiental aplicáveis; IV - prestar suporte às Gerências de Licenciamento na análise de documentos e informações apresentados para o licenciamento ambiental; V - monitorar os prazos de cumprimento de condicionantes do licenciamento ambiental.

Subseção II Da Gerência de Suporte e Orientação aos Serviços de Meio Ambiente

Art. 32 - À Gerência de Suporte e Orientação aos Serviços de Meio Ambiente compete: I - prestar atendimento ao público externo para orientações e recebimento de pedidos de licenciamento, providências e autorizações solicitados à Secretaria; II - prestar informações sobre a tramitação de expedientes e/ou a atuação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; III - entregar e conferir documentos relativos ao licenciamento ambiental; IV - fornecer formulário de caracterização de empreendimento ao cidadão e recebê-lo após preenchimento; V - receber, registrar e encaminhar às demais gerências da Secretaria reclamações, denúncias de poluição, requerimentos, expedientes, correspondências e papéis diversos.

Seção VII Da Gerência Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM

Art. 33 - À Gerência Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM compete: I - coordenar e prestar suporte técnico-operacional ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, inclusive nas suas audiências públicas, incluindo a elaboração e divulgação de pautas e atas de reuniões, o controle de livros de registros, o assessoramento aos membros do Conselho e de suas Câmaras, a distribuição dos processos a serem analisados, entre outras atividades; II - revisar e supervisionar a emissão de licenças ambientais com suas condicionantes, de acordo com as deliberações da plenária do COMAM; III - coordenar os contatos com as demais gerências da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para acompanhamento de processos em licenciamento; IV - coordenar a pesquisa da legislação e acompanhar o desenvolvimento da normatização junto às demais gerências da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e dos membros do COMAM e de suas Câmaras Técnicas Especializadas; V - propor normas, padrões e procedimentos relacionados ao planejamento e suporte técnico-operacional do COMAM; VI - emitir formulários específicos de orientação e de caracterização de empreendimentos para o licenciamento ambiental; VII - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Seção VIII Da Gerência de Informação e Acompanhamento Técnico

Page 375: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

375 Art. 34 – À Gerência de Informação e Acompanhamento Técnico compete: I – estruturar sistema de coleta de informações sobre políticas públicas, programas e projetos desenvolvidos pelo Município na área do meio ambiente e temas afins; II – organizar as informações de acompanhamento de projetos e/ou ações na área do meio ambiente e temas afins, elaborando os respectivos relatórios gerenciais; III – secretariar o Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência; IV - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Seção IX Da Gerência de Comunicação

Art. 35 – À Gerência de Comunicação, em consonância com as diretrizes da Assessoria de Comunicação Social do Município, compete: I – coordenar e planejar programas e projetos que envolvam atividades de comunicação interna no âmbito da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; II – coordenar e planejar a dinâmica do atendimento à imprensa no âmbito da Secretaria; III – coordenar e planejar programas e projetos de mobilização social e campanhas educativas, no âmbito da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, visando a implementação das políticas de meio ambiente do Município; IV – assessorar o Secretário nas matérias de sua competência; V – apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades e informações de seu interesse.

Seção X Da Gerência Administrativa

Art. 36 – À Gerência Administrativa compete: I - administrar os serviços internos, o pessoal, o material de consumo, os veículos e o patrimônio móvel; II - cumprir e fazer cumprir as disposições aplicáveis aos servidores; III – cuidar dos procedimentos necessários ao preparo da folha de pagamento, na forma requerida pela Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos; IV - coordenar a implantação das atividades relacionadas à segurança do trabalho, segundo diretrizes emanadas da Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos; V – executar e cuidar dos processos de licitação e contratos, em todas as suas fases, e das compras, em consonância com os procedimentos legais adotados pela comissão de licitação designada e de acordo com as diretrizes da Secretaria Municipal de Gestão Administrativa; VI – promover a administração centralizada de compras; VII – cuidar do almoxarifado de materiais e dos equipamentos; VIII - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Seção XI Da Gerência Financeira

Page 376: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

376 Art. 37 – À Gerência Financeira compete: I – formatar proposta de orçamento anual e plurianual de investimentos e custeio da Secretaria, conforme a programação anual e plurianual estabelecida; II – coordenar, preparar, executar e acompanhar o cumprimento da programação financeira e orçamentária da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; III – registrar e acompanhar a execução da programação orçamentária anual e plurianual; IV – coordenar as execuções financeiras de empreendimentos, contratos, serviços e demais atividades de apoio, bem como a prestação de contas das aplicações dos recursos financeiros; V – analisar e providenciar as solicitações de recursos junto à Junta de Coordenação Orçamentária e Financeira – JUCOF; VI – realizar a consolidação do balancete e balanços da Secretaria junto à Secretaria Municipal de Finanças; VII – coordenar e controlar os Fundos Municipais de Defesa Ambiental e do Parque das Mangabeiras; VIII - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38 – As competências previstas neste decreto para cada gerência consideram-se atribuições e responsabilidade dos respectivos titulares dos cargos. Art. 39 - Ficam revogados o art. 4º e o Capítulo IV, ambos do Decreto nº 11.918, de 1º de janeiro de 2005. Art. 40 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 04 de julho de 2009.

Art. 40 retificado em 29/7/2009 Belo Horizonte, 17 de julho de 2009 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 377: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

377

DECRETO Nº 13.744, DE 5 DE OUTUBRO DE 2009

Altera o Decreto nº 5.893, de 16 de março de 1988. O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, e em conformidade com o disposto no inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica Municipal, decreta: Art. 1º - O art. 25 do Decreto nº 5.893, de 16 de março de 1988, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 25 – Nenhum motor dos ciclos diesel ou otto poderá operar no Município com limites de emissão de gases, opacidade, rotação e emissão de ruídos acima dos parâmetros previstos nas Resoluções do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. § 1º - No caso do ciclo diesel, a fumaça emitida pelo cano de descarga não poderá exceder a densidade colorimétrica superior ao Padrão 2 (dois) da Escala Ringelmann, ou equivalente, por mais de 5 (cinco) segundos consecutivos, exceto para partida a frio. § 2º - Os veículos vistoriados poderão receber um adesivo alusivo ao resultado da avaliação, o qual será afixado no pára-brisa e somente poderá ser retirado pelo agente de fiscalização. § 3º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá convocar para vistoria, com data, local e horário previamente agendados, quaisquer veículos em operação no Município.” (NR) Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 5 de outubro de 2009 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 378: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

378

DECRETO Nº 13.842, DE 11 DE JANEIRO DE 2010

Regulamenta a Lei n° 9.725/09, que contém o Código de Edificações do Município de Belo Horizonte.

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A aplicação da Lei n° 9.725, de 15 de julho de 2009, que institui o Código de Edificações do Município de Belo Horizonte, observará o disposto neste Decreto.

CAPÍTULO II

DAS RESPONSABILIDADES

Seção I Das Responsabilidades do Profissional e do Proprietário

Art. 2º - Para fins da aplicação deste Decreto, e nos termos do art. 3º da Lei nº 9.725/09, fica estabelecido o que segue: I - profissional legalmente habilitado é a pessoa física com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, nos termos da legislação específica. II - pessoas jurídicas legalmente habilitadas são as sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na forma da lei, com registro no CREA. § 1º - O profissional legalmente habilitado poderá atuar individual ou coletivamente, como responsável técnico pela elaboração do projeto de edificação ou pela direção técnica da obra, assumindo sua responsabilidade no momento do protocolo do pedido de licença ou do início da obra. § 2º - Para os fins deste Decreto, considera-se: I - responsável técnico pelo projeto de edificação o responsável pelo conteúdo das peças gráficas, descritivas, especificações e exeqüibilidade de seu trabalho; II - responsável técnico da obra o profissional encarregado pela direção técnica das obras, desde seu início até sua total conclusão, respondendo por sua correta execução e adequado emprego dos materiais, conforme a legislação municipal, sem prejuízo da responsabilidade prevista no Código Civil. § 3º - A responsabilidade sobre projetos, instalações e execuções cabe aos profissionais, nos termos da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. § 4º - O responsável técnico pelo projeto arquitetônico e o responsável técnico pela obra, cuja estrutura seja constituída por madeira e/ou materiais não convencionais, responsabilizam-se pelo uso do material, sua segurança estrutural, sua capacidade de

Page 379: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

379 isolamento térmico e acústico, respondendo técnica e civilmente pela edificação, nos termos do art. 5º da Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009.

§ 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 1º) Art. 3º - O responsável técnico pelo projeto de edificação declarará sua responsabilidade em formulário próprio, conforme modelo constante no Anexo Único deste Decreto.

Art. 3º com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 1º) Art. 3º A - O responsável técnico pela execução da obra deverá ser identificado na solicitação do Alvará de Construção consolidado ou das licenças complementares. Parágrafo único - As Secretarias de Administração Regional Municipal deverão informar à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana os dados do responsável técnico pela execução da obra, quando identificado na expedição de licença complementar.

Art. 3ºA acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 2º) Art. 4º - A substituição ou a transferência de responsabilidade técnica deverá ser comunicada em formulário próprio, segundo os procedimentos estabelecidos neste Regulamento.

§ 1º- Tratando-se de comunicação efetivada pelo proprietário, a mesma deverá: I - indicar o nome do novo responsável técnico; II - estar acompanhada do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste Decreto. § 2º - Tratando-se de comunicação efetivada pelo responsável técnico, a SMARU deverá notificar o proprietário para apresentação de novo responsável técnico, nos seguintes termos: I - tratando-se de responsável pelo projeto de edificação, o proprietário deverá apresentar novo RT no prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de indeferimento do processo de licenciamento; II - tratando-se de responsável pela direção técnica de obra, o proprietário deverá apresentar novo responsável técnico no prazo máximo de 10 (dez) dias, sob pena de embargo da obra, conforme previsto no inciso III do art. 77 da Lei n° 9.725/09.

Art. 5º - O responsável técnico pelo projeto de edificação ou pela direção técnica da obra poderá designar, mediante formulário próprio e justificativa escrita, outro responsável técnico para acompanhar a tramitação do processo na SMARU, nos casos previstos neste Decreto.

Art. 6º - Deverá ser mantida na obra: I - cópia do Alvará de Construção e das demais Licenças previstas no § 1º do art. 12 da Lei n° 9.725/09, quando pertinentes, todas dentro do prazo de validade; II - cópia do projeto arquitetônico aprovado pela SMARU.

Page 380: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

380 Art. 7º - O laudo técnico referente às condições de risco e estabilidade do imóvel deverá ser elaborado por profissional com habilitação expedida pelo CREA. Parágrafo único - O laudo mencionado no caput deste artigo deverá ser acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART. Art. 8º - As informações, declarações e Termos de Compromissos prestados e firmados pelos Responsáveis Técnicos, pelos proprietários e por terceiros envolvidos no processo de licenciamento sujeitam os mesmos a responsabilização por sinistros, acidentes, danos causados a terceiros, falsidade ideológica e falsificação de documento público Art. 8º-A - O proprietário será responsável por: I - zelar pelas condições de estabilidade e de segurança de seu imóvel por meio de obras ou outras medidas preventivas contra a erosão do solo, o desmoronamento e o carreamento de terra, detritos e lixo; II - impedir o início das obras da edificação antes que sejam realizadas as obras necessárias para garantir a segurança e estabilização do terreno. § 1º - O proprietário do imóvel que causar instabilidade em imóveis vizinhos fica responsável por efetuar as devidas medidas corretivas. § 2º - As obras de que trata este artigo deverão garantir a estabilização integral dos terrenos.

Art. 8º-A acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 1º).

Seção II Da Responsabilidade do Executivo

Art. 9º - A aprovação de projeto por parte do Executivo contemplará: I - o atendimento à legislação e às normas técnicas vigentes; II - as declarações do responsável técnico e do proprietário, conforme disposto neste Decreto.

§ 1º - Não compete ao Executivo verificar o atendimento das exigências decorrentes do exercício legal da profissão. § 2º - Não compete ao Executivo verificar o recolhimento dos valores referentes às ARTs.

CAPÍTULO III

DO FECHAMENTO DOS LOTES E TERRENOS

Art. 10 - Para efeito do disposto no caput do art. 10 da Lei n° 9.725/09, entende-se por lote ou terreno: I - roçado: aquele que apresenta desgaste da vegetação herbácea, mesmo sem a remoção de tocos ou de raízes, sendo vedada a utilização de fogo;

Page 381: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

381 II - limpo: aquele livre de lixo ou entulho de qualquer natureza; III - drenado: aquele que apresenta: a) condições adequadas de escoamento de águas pluviais; b) sistema de drenagem, preservadas as eventuais nascentes e cursos d’água existentes e suas condições naturais de escoamento.

Art. 11 - Fica proibida a utilização de arame farpado, chapiscos e vegetação com espinhos, bem como outras formas de fechamento que causem danos ou incômodos aos transeuntes.

Art. 12 - A exigência constante do § 5° do art. 10 da Lei n° 9.725/09 será considerada atendida caso haja permeabilidade visual em pelo menos 1,00 m² (um metro quadrado) da extensão do fechamento, pela qual seja possível a visualização de todo o lote ou terreno.

Art. 13 - O fechamento frontal de lote ou terreno edificado com altura superior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros) do passeio deverá ser dotado de elementos construtivos que garantam permeabilidade visual em área equivalente a 50% (cinquenta por cento) daquela acima desta altura. Parágrafo único - Poderão ser dispensadas da exigência do caput deste artigo as edificações regularizadas nos termos da Lei n° 9.074, de 18 de janeiro de 2005 e da Lei n° 9.725/09.

CAPÍTULO IV

DO LICENCIAMENTO

Seção I Das Disposições Gerais

Art. 14 - Para efeito da aplicação do disposto no § 2º do art. 5º da Lei n° 9.725/09, caberá ao Executivo apenas o licenciamento do projeto arquitetônico.

Parágrafo único - O Executivo não procederá à aprovação de projetos complementares, entendidos como aqueles não necessários à constatação de conformidade da edificação perante a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e ao Código de Edificações, em especial: I - projeto hidráulico-sanitário; II - projeto elétrico e luminotécnico; III - projeto de instalações de comunicação; IV - projeto de instalação de ar condicionado; V - projeto de prevenção e combate a incêndio; VI - projeto estrutural; VII - projeto de impermeabilização.

Page 382: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

382 Art. 15 - A SMARU definirá, por meio de Portaria, o padrão de representação gráfica dos projetos de aprovação de edificação e de licenciamento.

Art. 16 - Os formulários previstos neste Decreto serão definidos pela SMARU e estarão disponíveis no sítio www.pbh.gov.br. Art. 16A - Os procedimentos de licenciamento previstos na Lei nº 9.725/09 e neste Decreto serão normatizados e padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Parágrafo único - A documentação a ser exigida nos licenciamentos é a constante nos formulários de solicitação padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana e disponibilizados na internet, sendo vedada a exigência de outros documentos sem a prévia autorização da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Art. 16A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 3º) Art. 17 - O licenciamento de obras de construção e reconstrução é de competência exclusiva da SMARU, que providenciará, quando for o caso, a manifestação dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Município acerca da aprovação dos projetos ou do acompanhamento das obras.

Art. 18 - As licenças para demolição e para movimentação de terra, bem como para a construção de marquises e muros de arrimo, deverão ser efetuados: I - na SMARU, quando o proprietário fizer a opção por concessão de Alvará de Construção consolidado; II - na Secretaria Municipal de Administração Regional competente, quando não for feita a opção pelo Alvará de Construção consolidado ou quando a intervenção não estiver vinculada à implantação de edificação.

§ 1º- O licenciamento para construção de marquise e de muros de arrimo a que se refere o inciso II do caput deste artigo será realizado na Secretaria Municipal de Administração Regional competente. § 2° - A solicitação dos licenciamentos previstos neste artigo deverá ser feita em formulário próprio, observado o disposto neste Decreto, e deverá estar acompanhada de comprovante do pagamento do preço público correspondente. Art. 19 - A supressão de vegetação será licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMMA, observado o disposto no § 3º do art. 15 da Lei n° 9.725/09. Parágrafo único - Na hipótese de opção pelo Alvará de Construção consolidado, previsto no §2º do art. 18 da Lei nº 9.725/09, a SMARU deverá providenciar, no processo de aprovação de projeto, a manifestação da SMMA para subsidiar o licenciamento da supressão de vegetação.

Page 383: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

383 Art. 20 - A dispensa de aprovação de projeto e licenciamento, quando for o caso, não desobriga o proprietário e o responsável técnico do cumprimento do disposto nas normas pertinentes, bem como da responsabilidade penal e civil perante terceiros. Art. 21 - O estande de vendas previsto no inciso II do art. 12 da Lei n° 9.725/09 não poderá invadir logradouro público. § 1º - É permitida a instalação do estande de vendas a partir do início do período de validade do Alvará de Construção. § 2º - A demolição do estande de vendas deverá ser efetuada anteriormente à solicitação de vistoria para concessão da Certidão de Baixa de Construção.

Art. 22 - Qualquer intervenção em edificações situadas nos Conjuntos Urbanos Protegidos, nos imóveis com tombamento específico ou de interesse de preservação, estará sujeita aos procedimentos e normas estabelecidos pela Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura, conforme disposto no § 1º do art. 12 da Lei n° 9.725/09.

Art. 23 - As residências multifamiliares horizontais com acessos independentes e diretos ao logradouro público, sem área comum, equiparam-se às edificações residenciais unifamiliares para efeito do disposto neste Decreto.

Seção II

Da Aprovação de Edificações Unifamiliares com Área Máxima de 70 m² (setenta metros quadrados) e de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social – EHIS

Art. 24 - A abertura de processos de aprovação projetos de edificações destinadas ao uso residencial unifamiliar com área máxima de 70,00 m² (setenta metros quadrados) e de EHIS obedecerá aos procedimentos previstos neste Regulamento. § 1º- Acatada pela SMARU a documentação necessária para o licenciamento da obra, será aberto o processo administrativo e concedido Alvará de Construção no prazo de 20 (vinte) dias, caso não seja constatada irregularidade no projeto. § 2º- O exame do projeto das edificações de que trata esta seção poderá ser parcial, dispensando-se, neste caso, a análise dos compartimentos internos das edificações unifamiliares e dos compartimentos internos das unidades autônomas de EHIS. § 3º - Constatada irregularidade no projeto, os prazos de correção e de emissão de parecer conclusivo com deferimento ou indeferimento do processo passam a ser, respectivamente, os dispostos nos §§ 5° e 6º do art. 15 da Lei n° 9.725/09.

Page 384: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

384 § 4º - Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o Alvará de Construção será concedido no prazo previsto no § 1º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, observadas as condições previstas neste Decreto. § 5º - Caso haja alteração no projeto que implique prejuízo a seu enquadramento no disposto no art. 13 da Lei n° 9.725/09, serão cobrados os valores devidos por todo o processo de aprovação da edificação antes da concessão da Certidão de Baixa de Construção. § 6º - O licenciamento simplificado de que trata esta Seção não desobriga o interessado do cumprimento das normas pertinentes nem da responsabilidade penal e civil perante terceiros. Art. 25 - Para fins da aplicação do disposto no § 4º do art. 13 da Lei n° 9.725/09, o interessado deverá solicitar o projeto arquitetônico à SMARU por meio de formulário próprio. § 1º - O Executivo terá o prazo de 20 (vinte) dias para fornecer o projeto arquitetônico compatibilizado com a situação topográfica do terreno em questão, acompanhado do respectivo Alvará de Construção. § 2º - Na hipótese contida no § 4° do art. 13 da Lei nº 9.725/09, o responsável técnico pelo projeto será o próprio Poder Executivo.

Seção III Da Aprovação de Projeto

Art. 26 - A aplicação do art. 14 da Lei n° 9.725/09 observará o disposto nesta Seção. Art. 27 - A solicitação para exame e aprovação de projetos de edificações ocorrerá junto à Central de Atendimento da SMARU, mediante requerimento próprio, devidamente instruído e comprovado o recolhimento prévio do preço público correspondente. § 1º - Os valores previstos para exame de projeto de edificação serão calculados considerando a área da edificação a ser licenciada informada pelo responsável técnico. § 2º - Caso seja constatado, posteriormente, que a edificação possui área superior, o recebimento do Alvará de Construção fica condicionado à quitação do valor complementar. Art. 28 - O exame do projeto de edificação levará em conta a análise dos parâmetros que afetam a paisagem urbana e a qualidade de vida da coletividade, em especial: I - coeficiente de aproveitamento; II - quota de terreno por unidade habitacional; III - taxa de ocupação e de permeabilização; IV - afastamento lateral, frontal e de fundos;

Page 385: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

385 V - altura na divisa e da edificação; VI - fosso de iluminação e ventilação; VII - área de estacionamento; VIII - circulação vertical e horizontal coletivas; IX - pé-direito; X - acessibilidade. § 1º - É responsabilidade dos responsáveis técnicos pela elaboração de projetos e dirigentes técnicos de obras a observância e o cumprimento das demais disposições relativas à edificação previstas nas legislações federal, estadual e municipal. § 2º - A aprovação do projeto arquitetônico será concedida com base nos documentos que os interessados apresentarem para exame e na responsabilidade assumida pelo profissional responsável pelo projeto, perante o Poder Público e terceiros, pelo cumprimento da legislação vigente e das demais normas complementares, mediante assinatura do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste Decreto. § 3º - O Executivo poderá verificar, a qualquer momento, se os projetos aprovados atendem à legislação vigente. § 4º - Caso o Poder Público constate divergência entre a legislação vigente, as responsabilidades assumidas e as informações prestadas pelo responsável técnico, a administração deverá: I - promover a revogação do Alvará de Construção; II - indeferir o processo e encaminhar para ação fiscal; III - notificar o proprietário e o responsável técnico da revogação do Alvará de Construção; IV - encaminhar denúncia ao CREA e à Procuradoria Geral do Município, se constatada a possível prática de crime nos termos da legislação penal. Art. 29 - O andamento do processo de aprovação de projeto deverá ser acompanhado pelo responsável técnico e pelo proprietário pela Internet. Parágrafo único - Será fornecido protocolo eletrônico no momento do recebimento da documentação, que indicará o endereço eletrônico para o seu acompanhamento. Art. 30 - A abertura de processo administrativo de análise de projeto de edificação é precedida do exame do protocolo de documentação a ser efetuado no prazo máximo de 07 (sete) dias. § 1º - O prazo de 45 (quarenta e cinco) dias previsto no caput do art. 15 da Lei n° 9.725/09 é contado a partir da data do protocolo da documentação acatada. § 2º - O prazo de 45 dias, previsto no §1º deste artigo, poderá ser prorrogado por meio de Portaria ou de despacho fundamentado do Secretário Municipal Adjunto de

Page 386: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

386 Regulação Urbana, quando ocorrer superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação e impossibilitem seu cumprimento. Art. 31 - O processo de obtenção de licença para a execução de obras públicas ou privadas de edificações deverá ser instruído com a seguinte documentação: I - projeto arquitetônico, nos termos do art. 14 deste Decreto; II - documentos que atendam ao disposto na informação básica; III - formulário de caracterização da edificação; IV - termo unificado de compromisso; V - levantamento planialtimétrico, quando se tratar de aprovação inicial; VI - termo de compromisso prestado pelo responsável técnico, nos termos do Anexo Único deste Decreto. VII - declaração firmada por responsável técnico de que o terreno possui condições geológicas e geotécnicas de estabilidade e segurança, inclusive em relação aos terrenos vizinhos ou apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de projeto geotécnico, bem como das obras que se façam necessárias para a estabilização e segurança do terreno;

Inciso VII acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º). VIII - compromisso firmado pelo proprietário do imóvel e por responsável técnico de que a obra somente será iniciada após a realização das obras que visam a solucionar as condições de risco apontadas no projeto geotécnico.

Inciso VIII acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º). Parágrafo único - Sem prejuízo das demais penalidades previstas no Código de Edificações, a prestação de informações inverídicas acarretará: I - o indeferimento ou invalidação do Alvará de Construção, conforme o caso; II - a instauração de ação fiscal para aplicação das penalidades administrativas cabíveis; III - o encaminhamento de denúncia ao respectivo conselho de classe para apuração de infração disciplinar; IV - submissão do ocorrido à Procuradoria-Geral do Município para apuração da responsabilidade administrativa, civil e criminal.

Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º). Art. 32 - Constatado o não atendimento ao disposto no art. 31 deste Decreto, o protocolo será indeferido e instruído com o respectivo relatório das pendências. § 1º - O proprietário e o responsável técnico deverão ser comunicados do indeferimento por meio do protocolo eletrônico de que trata o parágrafo único do art. 29 deste Decreto. § 2º - A documentação ficará disponível na Central de Atendimento por 10 (dez) dias, sendo eliminada após o decurso deste prazo. Art. 33 - Qualquer manifestação dos órgãos e unidades da Administração Direta e Indireta do Município quanto a definições que interfiram na aprovação do projeto,

Page 387: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

387 conforme previsto no § 3° do art. 15 da Lei n° 9.725/09, será realizada sob coordenação da SMARU. § 1º - A análise citada no caput deste artigo não poderá ser realizada isoladamente por cada órgão da Administração Direta e Indireta. § 2º - A análise conjunta do projeto de edificação e a definição de diretrizes com os demais órgãos municipais deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados a partir da data do protocolo da documentação acatada. § 3º- A SMARU convocará reuniões para deliberações dos órgãos competentes para o licenciamento de cada projeto de edificação. § 4º - A não manifestação dos órgãos competentes no prazo previsto no § 2º deste artigo implicará anuência destes em relação ao projeto de edificação apresentado, nos limites das competências legais de cada órgão. § 5º - Configurada a hipótese do parágrafo anterior, a SMARU notificará o órgão sobre a aprovação do projeto de edificação. § 6º - Fica vedado o envio do processo de licenciamento a órgãos da Administração Pública, quando não houver previsão expressa na legislação municipal. § 7º - O disposto nos §§ 1º a 5º deste artigo não se aplica aos projetos para os quais haja previsão legal de manifestação dos conselhos municipais, a teor do disposto no § 12 do art. 15 da Lei n° 9.725/09. Art. 34 - O prazo de 30 (trinta) dias previsto no § 5º do art. 15 da Lei n° 9.725/09 é improrrogável e será contado a partir do recebimento pelo responsável técnico de comunicação por escrito relativa às normas infringidas e aos erros técnicos cometidos na elaboração do projeto. Parágrafo único – O responsável técnico terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados de sua intimação, para corrigir o projeto, sendo que o não atendimento desse prazo implica o indeferimento do projeto. Art. 35 - O prazo de 25 (vinte e cinco) dias previsto no § 6º do art. 15 da Lei n° 9.725/09 será contado a partir da data de apresentação do projeto corrigido na Central de Atendimento. § 1º - A apresentação de projeto diverso do anteriormente examinado implicará o indeferimento do processo. § 2º - Entende-se por diverso o projeto que apresenta alterações que descaracterizem o projeto analisado, implicando nova análise e não apenas a verificação das correções anteriormente exigidas.

Page 388: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

388 § 3º - Após o segundo exame do projeto de edificação, o responsável técnico e o proprietário receberão a comunicação de aprovação do projeto de edificação ou de indeferimento do processo de licenciamento. Art. 36 - O prazo para interposição de recurso contra o indeferimento de processo de licenciamento será de 10 (dez) dias improrrogáveis contados da intimação do responsável técnico. Art. 37 - Na hipótese prevista no § 7º do art. 15 da Lei n° 9.725/09, a notificação deverá ser feita ao Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana. § 1º - O requerente deverá protocolar a notificação na SMARU, recebendo documento comprobatório de sua entrega. § 2º - Na hipótese do decurso do prazo previsto no §7º do art. 15 da Lei nº 9.725/09 sem que haja manifestação do Secretário, a obra referente ao projeto de edificação em análise poderá ser iniciada, desde que atendidas, cumulativamente, às seguintes condições: I - observância ao disposto no § 9º do art. 15 da Lei nº 9.725/09; II - manutenção de cópia do protocolo da notificação de que trata o §1º deste artigo na obra, para fins de comprovação do direito ao início da mesma sem a aprovação do projeto; III - assinatura do Termo de Compromisso a que se refere o Anexo Único deste Decreto. Art. 38 - A apuração da responsabilidade pelo descumprimento dos prazos previstos no art. 15 da Lei n° 9.725/09 deverá seguir os seguintes procedimentos: I - elaboração de relatório que considere o andamento do processo desde o protocolo de documentos e justifique, quando for o caso, o descumprimento do prazo, devidamente assinado pelo servidor responsável pelo exame do projeto; II - manifestação do superior imediato em relação à inadimplência do técnico. Parágrafo único - O referido relatório poderá subsidiar a decisão do Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana quanto à prorrogação do prazo prevista no § 2º do art. 15 da Lei n° 9.725/09, desde que, cumulativamente: I - se comprove a superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação do prazo e pelos quais fique caracterizada a impossibilidade de cumprimento dos prazos legais pelo servidor responsável pelo exame do projeto de edificação; II - o descumprimento dos prazos não tenha ocorrido em função de faltas cometidas pelo proprietário ou pelo responsável técnico, hipótese em que a prorrogação deverá ser negada. Art. 39 - Não havendo pendências, o projeto de edificação será aprovado e o Alvará de Construção será emitido.

Page 389: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

389 Art. 40 - A SMARU deverá garantir o cumprimento dos prazos para resposta ao munícipe em relação ao exame do projeto, independentemente da omissão do servidor responsável pelo exame do mesmo. Art. 41 - O Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana, mediante despacho fundamentado, poderá determinar a substituição do servidor responsável pelo exame do projeto, conforme previsto no § 11 do art. 15 da Lei n° 9.725/09. Art. 42 - Constatada, a qualquer tempo, a necessidade de manifestação dos conselhos municipais, em processo de licenciamento em curso na SMARU, os prazos ficarão suspensos durante a análise dos conselhos. Art. 43 - A manifestação dos conselhos municipais deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogáveis, justificadamente, por igual prazo. Art. 44 - A aplicação do art. 16 da Lei n° 9.725/09 observará, para o cálculo do coeficiente de aproveitamento e da taxa de permeabilidade, a área do terreno constante na planta de parcelamento aprovada, conforme indicada nas Informações Básicas. Art. 45 - Para efeito do disposto no § 3º do art. 16 da Lei n° 9.725/09, entende-se por divisa consolidada aquela delimitadora de lote ocupado e aprovado por CP. Art. 46 - A responsabilidade do Município restringe-se à avaliação da regularidade técnica e urbanística do lote ou conjunto de lotes face às normas legais aplicáveis, não cabendo o exame da regularidade dominial ou possessória dos mesmos. § 1º- O Município de Belo Horizonte não responderá a questionamentos de munícipes relativos à regularidade dos direitos de posse, domínio ou quaisquer outros sobre lotes ou conjunto de lotes. § 2º- O responsável técnico e o proprietário são responsáveis pelas dimensões dos lotes no qual se situa o projeto de edificação a ser aprovado, cabendo aos mesmos responder por invasão do logradouro público ou à propriedade de terceiros.

Seção IV Do Alvará de Construção

Art. 47 - O proprietário ou o responsável técnico poderá solicitar por escrito, na Central de Atendimento, a Certidão de Aprovação de Projeto de Edificação, que será emitida no prazo máximo de 05 (cinco) dias, nos termos do § 1º art. 18 da Lei n° 9.725/09. Art. 48 - A entrega do Alvará de Construção fica condicionada: I - ao recolhimento dos valores referentes à fiscalização de obras;

Page 390: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

390 II - à quitação do preço público complementar relativo ao exame de projeto de edificação, na hipótese de a edificação possuir área superior àquela declarada quando da apresentação do projeto de edificação para aprovação; III - à emissão das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, caso tenha sido feita a opção pelo Alvará de Construção Consolidado, conforme a legislação em vigor. Art. 49 - O proprietário poderá optar pela inclusão das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, no Alvará de Construção. § 1º - A opção pela inclusão ou não das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09 deverá ser feita no formulário próprio para abertura do processo de aprovação de projeto. § 2º - Na hipótese de se optar pela inclusão das autorizações no Alvará de Construção, a SMARU será responsável por proceder aos licenciamentos solicitados junto aos órgãos municipais competentes. § 3º - Na hipótese de não inclusão das autorizações no Alvará de Construção, essas deverão ser solicitadas à respectiva Secretaria Municipal de Administração Regional. § 4º - Na hipótese contida no § 3° deste artigo, os valores serão cobrados no momento da solicitação de cada autorização pelo órgão municipal competente. § 5º - Nos casos previstos no § 3° deste artigo, os órgãos municipais competentes deverão comunicar à SMARU as autorizações concedidas. Art. 50 - A cassação das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09 não implicará a cassação do Alvará de Construção, salvo quando houver previsão legal. Art. 51 - O impedimento de que trata o §1º do art. 19 da Lei nº 9.725/09 deverá ser imediatamente comunicado à SMARU, que avaliará a suspensão do prazo de validade do Alvará de Construção. Art. 52 - A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09 será realizada mediante requerimento e após verificação do estágio da obra pela SMARU. § 1º - A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09 deverá ser solicitada à SMARU até a data de vencimento do mesmo, mediante requerimento próprio. § 2º - O requerente receberá cópia do protocolo da solicitação de revalidação do Alvará de Construção, que deverá ser mantida na obra.

Page 391: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

391 § 3º - O Executivo terá 15 (quinze) dias para efetuar a vistoria da obra e se manifestar sobre a revalidação do Alvará de Construção. § 4º - Decorrido o prazo de validade do Alvará de Construção, sem solicitação de sua revalidação, a referida licença caducará, cabendo ao proprietário da obra solicitar nova aprovação do projeto conforme a legislação vigente. Art. 53 - Na hipótese do inciso II do § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09, a renovação do Alvará de Construção fica condicionada: I - à análise do projeto, nos termos da legislação vigente; II - ao relatório da vistoria, com descrição detalhada da fase da obra, especialmente no que diz respeito à estrutura da edificação. § 1º - No caso de obra em que a estrutura não esteja totalmente concluída e não atenda a legislação vigente, a solicitação de renovação de alvará será indeferida e o proprietário deverá ser notificado a solicitar aprovação de projeto de modificação de edificação, nos termos da legislação vigente. § 2º - A solicitação de aprovação de modificação de projeto deverá ser efetuada na SMARU e deverá ser analisada e aprovada segundo procedimentos fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste Regulamento. § 3º - A não apresentação do projeto de modificação da edificação para aprovação no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da notificação implicará o encaminhamento do processo para ação fiscal e imediato embargo da obra até sua regularização. Art. 54 - O Alvará de Construção poderá ser cancelado mediante solicitação expressa do proprietário feita à SMARU. Parágrafo único - Cancelado o Alvará de Construção, a Secretaria Municipal de Administração Regional deverá ser comunicada pela SMARU para início da ação fiscal. Art. 55 - Configuram-se modificação de projeto as seguintes alterações: I - alteração dos níveis de implantação da edificação; II - alteração das áreas destinadas ao estacionamento de veículos; III - alteração da área permeável que compõe a Taxa de Permeabilidade mínima; IV - acréscimo ou decréscimo de área construída; V - alteração das áreas enquadradas nos incisos IV ao XIII do art. 46 da Lei nº 7.166/96; VI - alteração da locação de qualquer bloco integrante do projeto; VII - alteração do uso da edificação. § 1º - A modificação de projeto não implica o cancelamento do Alvará de Construção e não requer abertura de novo processo.

Page 392: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

392 § 2º - A modificação de projeto somente será aprovada nos casos em que o Alvará de Construção esteja em vigor ou houver Baixa de Construção da Edificação. § 3º - Havendo solicitação de modificação de projeto com alteração de parâmetro urbanístico, cada parâmetro deverá ser aprovado nos termos da legislação vigente. § 4º - Em caso de solicitação de modificação de projeto concomitante com a renovação de alvará prevista no inciso II do § 2º do art. 19 da Lei nº 9.725/09, serão observados os parâmetros urbanísticos constantes da legislação em vigor para aprovação da parte referente à construção de área sem estrutura concluída.

Art. 55 com redação dada pelo Decreto nº 14.508, de 26/7/2011 (Art. 1º) Art. 56 - A aprovação de modificação de projeto referente a obra cujo Alvará de Construção esteja em vigor, não alterará o prazo de validade do mesmo. Parágrafo único - Não se configura como modificação de projeto de edificação as alterações que abranjam somente a modificação da disposição dos compartimentos relativos à área interna da unidade autônoma tipo, desde que não haja alteração dos seguintes parâmetros constantes do projeto de edificação aprovado: I - área total da unidade autônoma tipo; II - disposição e dimensões dos vãos de ventilação e iluminação; III - pé-direito.

Seção V Da Regularização

Art. 57 - A solicitação de exame para regularização de edificações ocorrerá na SMARU, mediante requerimento próprio, devidamente instruído e comprovado o recolhimento prévio do preço público previsto para exame de projetos de edificações, vistoria e multa pela construção sem o devido licenciamento. § 1º - O responsável técnico deverá declarar, no momento do protocolo da documentação para exame, o enquadramento da edificação para exame nas diretrizes da legislação vigente, nos termos do caput do art. 21 da Lei n° 9.725/09, ou nos critérios da Lei n° 9.074/05, nos termos do § 1° do mesmo artigo. § 2º- A abertura do processo de regularização de edificação obedece aos procedimentos estabelecidos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto. § 3º- Acatada a documentação, será aberto o processo administrativo e será agendada vistoria com comunicação ao responsável técnico por meio eletrônico, em até 05 (cinco) dias. § 4º - A vistoria deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias contados a partir da data de protocolo.

Page 393: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

393 § 5º - Os valores previstos no caput serão calculados considerando a área da edificação a ser licenciada informada pelo responsável técnico. § 6º- Após a vistoria, comprovado o enquadramento da edificação nos critérios da Lei n° 9.074/05, o processo de regularização seguirá as definições contidas na referida lei. § 7º - Constatado que a edificação possui área superior à declarada, a concessão da Certidão de Baixa de Construção fica condicionada à quitação do preço público correspondente. Art. 58 – Na hipótese prevista no caput do art. 21 da Lei nº 9.725/09, constatadas divergências entre o levantamento da edificação apresentado e a edificação implantada no local, o responsável técnico será comunicado por meio do protocolo eletrônico disponibilizado via Internet, no sítio www.pbh.gov.br. § 1º - No caso de divergências entre o levantamento apresentado e a edificação implantada no local, o responsável técnico terá o prazo de 10 (dez) dias para correção do mesmo, sob pena de indeferimento da respectiva solicitação de regularização. § 2º - Caso as divergências descritas no caput deste artigo persistam, o processo será indeferido. § 3º - Constatada a impossibilidade de regularização da edificação nos termos da Lei n° 9.074/05, o responsável técnico será notificado a apresentar à SMARU projeto de adequação da edificação à legislação vigente, em até 30 (trinta) dias, sob pena de indeferimento do processo. § 4º - A aprovação do projeto de adequação das irregularidades ocorrerá segundo procedimentos fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste regulamento. § 5º - O Alvará de Construção será concedido conforme a Seção III do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e o disposto neste Regulamento. § 6º - O responsável técnico pela direção da obra deverá declarar sua responsabilidade conforme previsto no art. 2° deste Decreto. § 7º - A concessão da Certidão de Baixa de Construção seguirá os procedimentos fixados na Seção III do Capítulo V da Lei n° 9.725/09 e neste Decreto. Art. 59 - Na hipótese de indeferimento do processo, o proprietário deverá ser comunicado e o processo será imediatamente encaminhado para ação fiscal.

Page 394: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

394 Art. 60 - Poderá ser regularizada a unidade autônoma, independentemente da regularidade da edificação ou de suas demais unidades. Parágrafo único - A SMARU notificará o condomínio a promover a regularização da edificação ou de suas unidades. Art. 61 - Para regularização das edificações destinadas a abrigar as atividades que se seguem, destinadas a serviços de uso coletivo, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, serão exigidas as condições de acessibilidade contidas na legislação e nas normas técnicas vigentes: I - estabelecimentos de ensino de qualquer nível; II - teatros; III - cinemas; IV - auditórios; V - estádios; VI - ginásios de esporte; VII - casas de espetáculos; VIII - salas de conferência e similares. § 1º- Para regularização de edificação destinada aos demais usos, comprovadamente construída antes de 8 de novembro de 2000, será dispensado o atendimento às exigências das normas de acessibilidade previstas na Lei Federal n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000. § 2º - Para fins de regularização, comprovada a impossibilidade de garantia de vagas para estacionamento de veículos adaptados para uso de pessoas portadoras de deficiência, poderá o órgão responsável pela gestão do trânsito autorizar a disposição das mesmas no logradouro público.

Seção VI Da Licença de Demolição

Art. 62 - A demolição total ou parcial de edificação deverá ser solicitada à SMARU ou à Secretaria de Administração Regional, conforme a localização do imóvel. § 1º - A licença de demolição será concedida juntamente com a licença para movimentação de terra e entulho, conforme disposto na Lei n° 9.725/09 e neste Decreto. § 2º - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a concessão da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da solicitação do requerente. Art. 63 - O licenciamento tratado no art. 22 da Lei n° 9.725/09 fica condicionado: I - à obediência dos critérios estabelecidos pelo Código de Posturas e sua regulamentação;

Page 395: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

395 II - ao disposto no Regulamento de Limpeza Urbana; III - à legislação ou deliberações dos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico e cultural, quando for o caso; IV - à legislação ambiental. Art. 64 - A demolição parcial de edificação fica condicionada à aprovação de projeto e obtenção de Alvará de Construção, nos termos da legislação vigente e deste Decreto. Art. 65 - A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte definirá o valor da multa prevista no §2º do art. 22 da Lei n° 9.725/09, considerando-se: I - a relevância histórica e cultural do imóvel; II - o dano causado aos direitos difusos; III - a irreversibilidade do dano causado; IV - a área demolida; V - o risco que a demolição acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao logradouro público. § 1º - É vedada a regularização de demolição de imóvel tombado ou de interesse de proteção. § 2º - Na hipótese prevista no §1º deste artigo, a solicitação de Certidão de Demolição deverá ser indeferida e o processo encaminhado para ação fiscal, para aplicação das penalidades cabíveis, conforme disposto no §2° do art. 22 da Lei n° 9.725/09 e demais legislações pertinentes. Art. 66 - Nas hipóteses de conclusão da demolição licenciada ou de regularização de demolição não licenciada, o requerente deverá solicitar à Secretaria Municipal de Administração Regional pertinente a emissão da Certidão de Demolição. §1º - Excetuam-se do previsto no caput deste artigo as hipóteses nas quais, estando o Alvará de Construção válido, a licença de demolição tenha sido concedida juntamente com o mesmo. § 2 º - A emissão da Certidão de Demolição fica condicionada: I - à constatação, por meio de vistoria, da efetiva demolição; II - ao recolhimento do preço público correspondente. § 3º - A Certidão de Demolição deverá ser emitida pela Secretaria Municipal de Administração Regional competente, no prazo máximo de 10 (dez) dias após sua solicitação. § 4º - No caso de regularização de demolição efetuada sem o devido licenciamento, a emissão da Certidão de Demolição fica condicionada ao pagamento da multa e do preço público correspondentes.

Page 396: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

396 Art. 67 - Em qualquer demolição e retirada de entulho, o responsável técnico e o proprietário serão os responsáveis por todas as medidas de segurança de terceiros, do logradouro público e de propriedades vizinhas, bem como por todas as medidas necessárias à garantia de limpeza e circulação dos transeuntes, nos termos da legislação em vigor.

Seção VII Da Licença de Reconstrução

Art. 68 - A edificação irregular não poderá ser reconstruída. Art. 69 - A licença de reconstrução total ou parcial de edificação, nos termos do art. 23 da Lei n° 9.725/09, deverá ser solicitada à SMARU, por meio de formulário próprio. § 1º - A abertura do processo de licenciamento de reconstrução obedecerá aos procedimentos dispostos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto. § 2º - Na hipótese de o projeto a ser reconstruído não obedecer à legislação e às normas técnicas relativas à acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida, será exigida a incorporação de adaptações necessárias ao atendimento das mesmas. § 3º - Não será admitida nenhuma modificação no projeto que não tenha como objetivo cumprir normas e leis fixadas posteriormente à concessão da Baixa de Construção da edificação que tenha sofrido o sinistro. § 4º - Nos casos previstos no §2° deste artigo, o responsável técnico deverá apresentar solicitação de exame à SMARU, que deverá realizá-lo no prazo de 15 (quinze) dias. § 5º - Caso seja constatada irregularidade no projeto, a tramitação passa a observar o rito previsto na Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste Decreto. § 6º - Em qualquer hipótese, após a aprovação do projeto de reconstrução total ou parcial da edificação, a obra será licenciada mediante emissão de Alvará de Construção, nos termos da Seção III do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09. § 7º - Soluções emergenciais com vistas a abrandar situações de risco podem ser efetivadas antes da obtenção do Alvará de Construção ou de outras licenças, nas seguintes condições: I - depois de efetuado aviso à Secretaria de Administração Regional competente; II - garantido o acompanhamento por responsável técnico. § 8º - Após o término da obra, o responsável técnico deverá comunicá-la ao Executivo para que sejam aplicados os procedimentos de concessão da Certidão de Baixa de Construção contidos na Seção III do Capítulo V da Lei n° 9.725/09 e neste regulamento.

Page 397: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

397 Art. 70 - A solicitação de licença de reconstrução fica condicionada ao recolhimento dos valores referentes à emissão de Alvará de Construção e Certidão de Baixa de Construção, bem como às vistorias e exame de projeto, quando for o caso.

CAPÍTULO V DAS OBRAS

Seção I

Do Canteiro de Obras Art. 71 - A placa de identificação de obra, de instalação obrigatória conforme disposto no art. 24 da Lei n° 9.725/09, deverá conter as seguintes informações: I - número do processo de licenciamento e do respectivo Alvará de Construção; II - uso a que se destina a edificação segundo a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo em vigor; III - número de pavimentos; IV - número de unidades autônomas; V - área total da edificação; VI - nome e número do registro do CREA do Responsável Técnico pela execução da obra; VII - nome e número do CNPJ da empresa responsável pela direção da obra, se for o caso; VIII - número e descrição de autorizações complementares, quando for o caso; IX - autorizações dos conselhos temáticos, quando houver; X - o zoneamento em que está inserido o imóvel, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. § 1º - A placa de identificação não poderá ter nenhuma mensagem publicitária. § 2º - A placa de identificação deve obedecer aos seguintes critérios: I - ter no máximo 1,00 m² (um metro quadrado); II - não possuir dispositivo de iluminação ou animação; III - não possuir estrutura própria de sustentação. Art. 72 - As licenças expedidas pelas Secretarias de Administração Regional, nos casos previstos na Lei n° 9.725/09 e neste decreto, devem ser mantidas no canteiro de obras.

Seção II Da Movimentação de Terra, Entulho e Material Orgânico.

Art. 73 - A movimentação de terra, entulho e material orgânico deverá ser solicitada à SMARU ou à Secretaria de Administração Regional competente, conforme disposto nos incisos I e II do art. 18 deste Decreto.

§ 1º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, I)

Page 398: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

398 § 2º - A licença de movimentação de terra, entulho e material orgânico incluirá a autorização de tráfego de terra, entulho e material orgânico. § 3º - No caso previsto no §1° deste artigo, serão emitidas autorizações correspondentes ao número de veículos utilizados, os quais devem trafegar com as mesmas.

§ 4º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, I) Art. 74 - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a concessão da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da solicitação do requerente. § 1º - Caso a documentação apresentada seja insuficiente para a abertura do processo, o mesmo será imediatamente indeferido, devendo o responsável técnico e o proprietário ser comunicados do fato pela Secretaria Municipal de Administração Regional. § 2º - Nos casos previstos no parágrafo único do art. 30 da Lei nº 9.725/09, ficam o proprietário e o responsável técnico obrigados a executar as obras corretivas necessárias, no prazo máximo de 10 (dez) dias a partir da constatação da ocorrência do dano. Parágrafo único - As obras corretivas devem ser executadas em conformidade com a legislação pertinente, de forma a reparar completamente o dano ocasionado. Art. 75 - As movimentações de terra, entulho e material orgânico serão licenciadas com base em declaração de responsabilidade e em projeto de terraplenagem apresentados por responsável técnico, conforme padrão definido pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Parágrafo único - Não será exigido licenciamento para a movimentação e o tráfego de material orgânico derivada da capina de terreno.

Art. 75 com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 4º) Art. 76 - A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, ou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quando for o caso, definirá o valor da multa prevista no §2º do art. 29 da Lei n° 9.725/09, considerando-se: I - a relevância histórica e cultural do imóvel; II - o dano causado aos direitos difusos; III - a irreversibilidade do dano causado; IV - o risco que a movimentação de material acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao logradouro público. Art. 77 - Constatada divergência entre o volume de terra, entulho e material orgânico a ser retirado durante a obra e o volume indicado no licenciamento, deverá ser solicitada à Secretaria de Administração Regional pertinente nova licença referente à

Page 399: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

399 complementação da licença anteriormente concedida, que será fornecida após pagamento dos valores devidos em até 10 (dez) dias.

Seção III Do Acompanhamento de Obras de Edificações

Art. 78 - O servidor municipal incumbido das vistorias e da fiscalização de obras deverá ter garantido livre acesso ao local. Art. 79 - A SMARU, resguardada a competência das Secretarias Municipais de Administração Regional relativa aos licenciamentos a que proceder, realizará vistorias periódicas de acompanhamento de obras com os seguintes objetivos: I - conferir a fidelidade da obra ao projeto de edificação licenciado; II - identificar potenciais pendências para a futura concessão da Certidão de Baixa de Construção; III - identificar irregularidades que demandem ação fiscal e aplicação das devidas penalidades. § 1º - Deverá ser emitido laudo de acompanhamento de obras com descrição das etapas já executadas e constatações da situação da obra em relação ao projeto aprovado e à legislação vigente. § 2º - Constatada desconformidade entre a obra executada e o projeto de edificação aprovado, a mesma será embargada, nos termos do inciso II do art. 78 e do Anexo VII da Lei n° 9.725/09. Art. 80 - A SMARU elaborará o Plano Estratégico de Acompanhamento de Obras do Município, considerando: I - o adensamento de cada região; II - o porte das edificações; III - alteração de legislação que imponha modificações em parâmetros de ocupação do solo no Município. Art. 81 - As vistorias de acompanhamento de obras deverão ocorrer: I - em caráter compulsório, com agendamento pelos técnicos da SMARU com 5 (cinco) dias de antecedência; II - por solicitação do responsável técnico, por meio de requerimento próprio, com atendimento pelos técnicos da SMARU em até 10 (dez) dias. § 1º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas por técnicos da gerência responsável pelo controle urbano da SMARU e, quando necessário, por agente fiscal das Administrações Regionais e da SMARU. § 2º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas nas seguintes situações:

Page 400: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

400 I - a cada 06 (seis) meses, contados da data da emissão do Alvará de Construção; II - quando concluído o sistema estrutural da fundação; III - quando concluída a estrutura da edificação. § 3º - O responsável técnico deve informar a SMARU sobre a conclusão da estrutura da edificação por meio de formulário próprio, após recolhimento de valor previsto para vistoria. § 4º - As vistorias de acompanhamento de obras por requerimento serão solicitadas pelo Responsável de Técnico da obra, em formulário próprio, mediante recolhimento do valor correspondente. Art. 82 - As vistorias de acompanhamento de obras deverão ser acompanhadas pelo responsável técnico da obra ou por profissional habilitado designado por ele por meio de documento a ser entregue ao vistoriador no momento da visita à obra.

Seção IV Da Baixa De Construção

Art. 83 - Após a conclusão da obra, o responsável técnico pela obra deverá comunicar o seu término à SMARU, mediante formulário próprio, instruído com a documentação pertinente e com o recolhimento prévio dos valores previstos para vistoria e emissão da respectiva Certidão de Baixa de Construção. § 1º - A documentação exigida será a anexada ao formulário de comunicação de término de obra. § 2º - Para comunicação de término de obra, a obra deverá estar concluída nos termos do disposto no art. 32 da Lei n° 9.725/09.

§ 3º revogado pelo Decreto nº 14.624, de 1/11/2011 (Art. 1º)

Art. 84 - A concessão da Certidão de Baixa de Construção será baseada na constatação da conformidade da obra executada ao projeto aprovado. § 1º - Os relatórios das vistorias de acompanhamento de obras embasarão a análise da solicitação de concessão de Certidão de Baixa de Construção. § 2º - A vistoria interna das unidades autônomas residenciais e não residenciais poderá se dar por amostragem. Art. 85 - Comunicado o término da obra, a vistoria no local deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias.

Page 401: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

401 § 1º - O responsável técnico pela execução da obra será comunicado por meio eletrônico em 05 (cinco) dias, a partir da data de comunicação de término, sobre a data e o turno em que ocorrerá a vistoria, exceto na hipótese prevista no § 1º do art. 33 da Lei n° 9.725/09. § 2º - Na data e turno marcados, o responsável técnico ou seu representante legal deverá aguardar o profissional da SMARU responsável pela vistoria, no local da obra. § 3º - A vistoria poderá ser desmarcada pelo responsável técnico pela execução da obra com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas. § 4º - O não comparecimento do responsável técnico, ou do representante por ele designado, ao acompanhamento da vistoria, na data e turno agendados torna sem efeito a comunicação de término de obra, caso não haja nova vistoria no prazo máximo de 30 (trinta) dias. § 5º - No prazo máximo de 05 (cinco) dias após a realização da vistoria, o responsável técnico deverá ser comunicado sobre o deferimento da concessão da Certidão de Baixa de Construção ou sobre as pendências constatadas no local, pelo comunicado de vistoria. § 6º - Cada novo agendamento de vistoria por parte do responsável técnico implica pagamento do valor previsto para a realização da mesma. § 7º - Nos casos em que a SMARU der causa à não realização da vistoria, esta será remarcada conforme disponibilidade do responsável técnico e da SMARU, no prazo máximo de 03 (três) dias, sem reincidência de cobrança do valor previsto para a vistoria. Art. 86 - Após a vistoria, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, o responsável técnico deverá, pelo comunicado de vistoria, tomar conhecimento se a Certidão de Baixa de Construção solicitada foi concedida ou se existem irregularidades ou pendências a serem sanadas. Art. 87 - Na ocorrência de pendências ou na constatação de obra em desconformidade com o projeto aprovado, o responsável técnico deverá providenciar a regularização a partir do recebimento do comunicado de vistoria: I - apresentando novo projeto para aprovação de acordo com a legislação vigente, no prazo de 15 (quinze) dias; ou II - procedendo à adequação do local ao projeto aprovado no prazo máximo de 30 (trinta) dias. Parágrafo único - O descumprimento dos prazos previstos neste Decreto implicará o indeferimento do processo e a aplicação das sanções previstas na Lei n° 9.725/09.

Page 402: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

402 Art. 88 - Na hipótese do § 1º do art. 33 da Lei n° 9.725/09, o levantamento das alterações deverá ser apresentado no ato da comunicação de término. § 1º - O exame do levantamento da situação existente será realizado pela SMARU no prazo máximo de 15 (quinze) dias. § 2º - Constatado que as alterações ocorridas atendem à legislação vigente, o levantamento será visado e seus dados arquivados. § 3º - Na situação prevista no § 2º deste artigo, a vistoria deverá ser agendada no prazo máximo de 05 (cinco) dias e o responsável técnico comunicado da data e do turno em que ocorrerá a referida vistoria. § 4º - Caso as alterações não atendam à legislação vigente, o responsável técnico deverá ser notificado a adequar a edificação ao projeto licenciado, no prazo previsto no art. 34 da Lei n° 9.725/09, sob pena de indeferimento do processo. § 5º - Na situação prevista no parágrafo anterior, somente após a comunicação do responsável técnico à SMARU sobre a adequação da obra deverá ser agendada a vistoria para fins de concessão da Certidão de Baixa de Construção. Art. 89 - A constatação de irregularidades em relação à legislação vigente impede a concessão da Certidão de Baixa de Construção. Parágrafo único - O responsável técnico deverá ser notificado a sanar a irregularidade da obra. Art. 90 - O responsável técnico pelo projeto arquitetônico, o responsável técnico pela direção da obra e o proprietário são responsáveis pelas irregularidades constatadas nas áreas privativas das unidades autônomas. Parágrafo único - A relação entre o responsável técnico de projeto arquitetônico, o responsável técnico de execução da obra, o proprietário da obra e terceiros é regida pelo Código Civil, pelo Código do Consumidor e pelas demais normas pertinentes.

Seção V Das Obras Paralisadas

Art. 91 - Na hipótese prevista no art. 35 da Lei n° 9.725/09, as condições de salubridade no terreno devem ser garantidas, nos termos do Código de Posturas e do Regulamento de Limpeza Urbana. Parágrafo único - O proprietário deverá manter a obra em boas condições sanitárias e de segurança, fechada, com portão de acesso e com passeio regular conforme padrão estabelecido, no prazo máximo de 10 (dez) dias após a sua paralisação.

Page 403: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

403

CAPÍTULO VI DAS EDIFICAÇÕES

Seção I

Das Disposições Gerais Art. 92 - Para efeito de aplicação do art. 37 da Lei n° 9.725/09, considera-se área sem utilização sob projeção da edificação a área sobre terreno natural, sem piso.

Seção II Dos Elementos Construtivos e dos Materiais de Construção

Art. 93 - Para fins do disposto no art. 40 da Lei n° 9.725/09, no sistema de lançamento de água pluvial não podem ser lançados dejetos, produtos químicos e nenhum tipo de água servida, sob pena de aplicação das sanções previstas. Art. 94 - Para efeito do disposto no art. 41 da Lei n° 9.725/09, consideram-se acabadas as estruturas e paredes que possuam algum tipo de revestimento, além do reboco. Art. 95 - O espaço não utilizado sob a projeção da edificação em terreno em declive deverá: I - ser mantido limpo; II - ser ajardinado ou fechado; III - possuir acesso exclusivo para sua manutenção.

Seção III Das Fachadas

Art. 96 - Para efeito do disposto no art. 42 da Lei n° 9.725/09, as saliências deverão estar sempre em balanço e não conter nenhum elemento de sustentação. Art. 97 - As marquises, além de atender os requisitos previstos no § 3º do art. 42 da Lei n° 9.725/09, não poderão ser utilizadas para depósito ou guarda de qualquer tipo de carga. Art. 98 - As fachadas e os elementos de fechamento de terrenos, muros, grades e portões não poderão ter saliências projetadas sobre o passeio, mesmo que temporárias. Art. 98A - O tratamento paisagístico ou construtivo de que trata o art. 45 da Lei nº 9.725/09 será analisado concomitantemente ao licenciamento de edificação.

Art. 98A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 5º)

Seção IV Dos Ambientes e Compartimentos

Page 404: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

404 Art. 99 - O ambiente de consumo de alimentos fica classificado como de permanência prolongada e o de preparo de alimentos como de permanência transitória. Art. 100 - Na ocorrência do previsto no § 6º do art. 50 da Lei n° 9.725/09, o leiaute apresentado será de total responsabilidade do responsável técnico e do proprietário.

Seção V Das Circulações e Escadas em Edificações de Uso Residencial Multifamilar e Não

Residencial Art. 101 - As dimensões mínimas para circulações, rampas e escadas definidas nos Anexos III, V e VI da Lei n° 9.725/09 serão livres, não sendo computados os espaços ocupados por elementos estruturais, decorativos, de proteção e segurança. Art. 102 - Para fins do disposto no inciso III do art. 57 da Lei n° 9.725/09, consideram-se ressaltos os desníveis superiores a 5mm (cinco milímetros). Art. 103 - Nas escadas de uso comum, a cada 19 degraus, no máximo, deverá conter patamar com extensão mínima igual à largura da escada. Parágrafo único - Os patamares da escada devem estar livres de quaisquer obstáculos.

Seção VI Da Acessibilidade das Edificações

Art. 104 - Para aplicação das normas e das condições de acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, previstas na Lei Federal n° 10.098/2000 e nas demais normas pertinentes, adotam-se os seguintes conceitos: I - Edificações de Uso Público – elas administradas por entidades da Administração Pública, direta ou indireta, ou por empresas prestadoras de serviços públicos e as destinadas ao público em geral. II - Edificações de Uso Coletivo – aquelas destinadas às seguintes atividades, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo: a) serviço de uso coletivo, exceto os previstos no inciso I do caput deste artigo; b) comércio, em ambientes de lojas; c) indústria; d) serviços de natureza hoteleira, cultural, esportiva, financeira, de saúde, social, religiosa, recreativa, turística e educacional. III - Edificações de Uso Privado - aquelas destinadas à habitação e às atividades e serviços não mencionados na alínea “d” do inciso II deste artigo. Art. 105 - Para efeito do disposto no art. 58 da Lei n° 9.725/09, consideram-se normas pertinentes as Normas Técnicas de Acessibilidade da ABNT.

Page 405: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

405 Art. 106 - O percurso acessível, quando exigido, além de atender as normas fixadas na ABNT, deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e possuir piso antiderrapante e contínuo, sendo vedada a utilização de piso intertravado. § 1º - Nas edificações deve ser garantido pelo menos um percurso acessível às pessoas portadoras de deficiência do logradouro ao interior da edificação, das lojas e das áreas de uso comum da edificação. § 2º - A acessibilidade às áreas comuns fica dispensada nas edificações com mais de um pavimento e que não estejam obrigadas à instalação de elevador, mas que apresentam espaço reservado em todos os níveis da edificação destinados ao uso comum, para futura instalação de elevador adaptado nos termos da legislação federal e municipal. Art. 107 - O sanitário acessível, quando exigido, deverá garantir os requisitos mínimos previstos na ABNT. § 1º - Nas Edificações de Uso Público, nos termos deste Decreto, deve ser garantido pelo menos um sanitário acessível, para cada sexo, em cada pavimento, com entrada independente dos demais sanitários coletivos. § 2º - Nas Edificações destinadas aos Serviços de Uso Coletivo, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e da alínea “a” do inciso II do art. 104 deste Decreto, deve ser garantido pelo menos um sanitário acessível em cada pavimento, com entrada independente dos demais sanitários coletivos. § 3º - Nas Edificações de Uso Coletivo previstas nas alíneas “b”, “c” e “d” do inciso II do art. 104 deste Decreto, quando obrigatório ou na existência de sanitário de uso comum ou aberto ao público, este deverá ser acessível ao uso por pessoa portadora de deficiência e deverão ter entrada independente dos demais. Art. 108 - As vagas de estacionamento de veículos para uso de pessoas portadoras de deficiência deverão atender, além dos requisitos constantes da ABNT, os seguintes requisitos: I - localizarem-se próximas ao acesso à edificação; II - percurso entre a vaga e a entrada da edificação totalmente acessível e sinalizado; III - utilização de piso contínuo e antiderrapante, sendo vedado o piso intertravado; IV - serem de livre acesso, não configurando vagas presas.

Seção VII Da Iluminação e Ventilação das Edificações de Uso Residencial Multifamiliar e Não

Residencial Art. 109 - Um compartimento não pode ser iluminado e ventilado por outro, com exceção da situação prevista no inciso III do art. 61 da Lei n° 9.725/09.

Page 406: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

406 Art. 110 - O confinamento a que se refere a definição de Área de iluminação fechada no glossário da Lei n° 9.725/09 é configurado por paredes e muros de divisa.

Seção VIII Das Instalações e Equipamentos em Edificações de Uso Residencial Multifamiliar e Não

Residencial Art. 111 - Para efeito de aplicação do parágrafo único do art. 69 da Lei n° 9.725/09, consideram-se acessos independentes e diretos ao logradouro público os acessos por áreas abertas, com largura mínima de 2,00 m (dois metros) sem obstáculos construtivos.

CAPÍTULO VII DA INFRAÇÃO

Seção I

Das Infrações e Penalidades Art. 112 - Para fins do disposto no art. 74 da Lei n° 9.725/09, considera-se: I - embargo de obra - interrupção compulsória e imediata da obra; II - interdição da edificação - impedimento de sua ocupação e de seu uso. Parágrafo único - As Secretarias Municipais de Administração Regional deverão comunicar oficialmente à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana acerca dos autos de infração, de embargo e de interdição emitidos. Art. 113 - Para fins do disposto no § 2º do art. 76 da Lei n° 9.725/09, em cada reincidência, o valor da multa corresponderá ao valor da multa anterior acrescido de seu valor base. Art. 114 - Aplicada a penalidade de embargo da obra ou interdição, estas persistirão até que seja regularizada a situação que as provocou. Parágrafo único - Os elementos essenciais da edificação de que trata o inciso II do art. 77 da Lei n° 9.725/09, são: I - nível de implantação da edificação; II - locação da edificação em relação ao terreno; III - perímetro da edificação; IV - altura da edificação, incluindo pé direito e espessura de lajes; V - qualquer outro elemento que configure a mudança de destinação da edificação. Art. 115 - O laudo técnico mencionado no inciso IV do art.77, no § 2º do art. 79 e no inciso II do art. 80, todos da Lei n° 9.725/09, deverá ser elaborado por técnico indicado pelo Executivo.

Page 407: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

407 Parágrafo único - O laudo contemplará as obras necessárias à garantia da segurança da edificação ou dos imóveis vizinhos e as necessárias para fins de regularização, bem como as condições e o prazo em que estas deverão ser realizadas. Art. 116 - No auto de embargo de que trata o art. 77 da Lei n° 9.725/09 deverão constar as condições estabelecidas no laudo técnico referido no art. 115 deste Decreto. Art. 117 - Na hipótese do disposto no art. 78 da Lei n° 9.725/09, o órgão de fiscalização encaminhará à Gerência da SMARU responsável pelo controle urbano a solicitação de cassação do Alvará de Construção. Parágrafo único - A cassação será publicada no Diário Oficial do Município e a intimação do interessado se consumará nos termos do inciso II do art. 73 da Lei n° 9.725/09. Art. 118 - A autorização prevista no § 2º do art. 79 da Lei n° 9.725/09, durante o prazo em que vigorar o embargo ou a interdição, deverá ser solicitada ao órgão emissor da autuação. Art. 119 - A demolição de obra ou edificação correrá a cargo do proprietário. Parágrafo único - Notificado o proprietário, a demolição deverá ser iniciada em até 90 (noventa) dias e concluída no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado do recebimento da notificação. Art. 119A - A dispensa da notificação prévia relativa aos itens 16, 18 e 19 do Anexo VII da Lei 9.725/09, conforme autorização contida no art. 83 da referida Lei, não ocorrerá quando se tratar de: I - edificação residencial unifamiliar; II - edificação residencial multifamiliar ou de uso misto de até 03 (três) pavimentos; III - edificação não-residencial na qual seja exercida atividade econômica classificada de baixo risco, nos termos do Anexo Único do Decreto 13.566, de 07 de maio de 2009. § 1º - Para efeito do disposto neste artigo a notificação prévia será considerada atendida mediante a abertura do respectivo processo de licenciamento, em até 60 (sessenta) dias, contados do recebimento ou da publicação do documento respectivo, conforme o caso. § 2º - A multa será aplicada no caso de não atendimento da notificação prévia.

Art. 119A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 6º)

Seção II Da aplicação das Penalidades e dos Recursos

Art. 120 - A autuação do infrator dar-se-á em conformidade com o Capítulo VII e o Anexo VII da Lei n° 9.725/09.

Page 408: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

408 § 1 º - O documento de autuação deverá ser assinado e recebido pelo autuado, seu representante legal ou preposto, e, em caso de recusa, esta circunstância deverá ser registrada pelo agente fiscal. § 2º - A publicação no Diário Oficial do Município dar-se-á quando houver recusa do recebimento do documento de autuação, pessoalmente ou via postal, ou no caso do infrator, seu representante legal ou preposto não serem encontrados. Art. 121 - Para aplicação do disposto nos arts. 81 e 83 da Lei n° 9.725/09, a notificação prévia poderá ser dispensada, de acordo com o disposto no Anexo VII da mesma lei, hipótese em que será emitida notificação acessória e haverá aplicação direta da penalidade correspondente à infração.

CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 122 - Os licenciamentos de demolição, de movimentação de terra, construção de marquise e de tráfego de veículos não vinculados à aprovação de projetos de edificação serão realizados pela Secretaria de Administração Regional Municipal pertinente e, excepcionalmente, pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Art. 122 com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 7º) Art. 123 - Até que a matéria seja regulamentada pelo Executivo, as edificações destinadas a usos especiais que impliquem a aglomeração de pessoas, conforme disposto no art. 88 da Lei n° 9.725/09 deverão respeitar: I - pé direito mínimo de 3,50 m; II - vão de acesso principal com largura mínima de 1,50 m; Parágrafo único - Excetuam-se da exigência prevista no inciso I do caput deste artigo: I - as escolas destinadas ao Ensino Fundamental, Médio e Superior, que deverão garantir pé direito mínimo de 3,00 m; II - as pré-escolas, que deverão garantir pé direito mínimo de 2,80 m. Art. 124 - Ficam revogados: I - o Decreto n° 3.616, de 13 de novembro de 1979; II - o Decreto n° 8.928, de 26 de setembro de 1996; III - o Decreto n° 9.469, de 23 de dezembro de 1997; IV - o Decreto n° 9.615, de 26 de junho de 1998; V - o Decreto n° 10.040, de 27 de outubro de 1999; VI - o Decreto n° 10.064 de 17 de novembro de 1999; VII - os incisos I e II do art. 137 do Decreto n° 11.601 de 9 de janeiro de 2004; VIII - o Decreto n° 12.238, de 13 de dezembro de 2005; IX - o Decreto n° 12.684, de 18 de abril de 2007; X - o Decreto nº 3.623, de 19 de novembro de 1979;

Inciso X acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 2º)

Page 409: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

409 XI - o Decreto nº 8.863, de 08 de agosto de 1996.

Inciso XI acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 2º) Art. 125 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

CAPÍTULO IX DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - Somente estarão sujeitos aos procedimentos, prazos e parâmetros previstos na Lei n° 9.725/09 e neste Decreto os processos de licenciamento e de aprovação de projeto iniciados a partir de 12 de janeiro de 2010. § 1° - Aos processos de licenciamento e de aprovação de projeto iniciados até 11 de janeiro de 2010, cuja análise não tenha sido concluída pelo Executivo até a entrada em vigor da Lei n° 9.725/09, aplicam-se as disposições do Decreto-Lei n° 84, de 21 de dezembro de 1940.

§ 2º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, II) § 3º - O Alvará de Construção emitido antes da vigência da Lei n° 9.725/09 poderá ser revalidado por mais um período de 18 (dezoito) meses, contados a partir da data do término de sua validade, ficando as revalidações posteriores sujeitas às exigências desta Lei.

Art. 1º com redação dada pelo Decreto nº 13.882, de 12/2/2010 (Art. 1º)

§ 4º - A renovação prevista no § 3º deste artigo considerará o término da validade do alvará depois de renovado de acordo com a legislação anterior, quando na data do requerimento estiverem concluídas as fundações, ou, ainda, no caso de obras em que devido ao porte e características do projeto ou às condições do terreno, for demonstrada a inviabilidade técnica de conclusão das fundações no prazo de validade do Alvará de Construção.

§ 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.591, de 28/9/2011 (Art. 1º) § 5º - O disposto no § 4º deste artigo somente se aplica a obras que já tiverem ultrapassado todas as etapas anteriores ao comprometimento do terreno com o projeto aprovado, tais como terraplenagem, limpeza do terreno, colocação de tapume, demolição de edificação existente, quando for o caso, entre outras.

§ 5º acrescentado pelo Decreto nº 14.591, de 28/9/2011 (Art. 1º) Art. 2º - Às ações fiscais em curso aplicam-se as disposições do Decreto-Lei n° 84, de 21 de dezembro de 1940, bem como as penalidades nele previstas. Art. 3º - O Executivo poderá promover a revisão do presente Decreto a partir de propostas apresentadas no âmbito dos conselhos municipais pertinentes, bem como pelos órgãos e entidades de classe interessados, no prazo de 60 (sessenta) dias.

Page 410: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

410 Belo Horizonte, 11 de janeiro de 2010 Roberto Vieira de Carvalho Prefeito em exercício

ANEXO ÚNICO TERMO DE COMPROMISSO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO NOS TERMOS DA LEI

MUNICIPAL N° 9.725/09 E DE SEU REGULAMENTO

1. IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL

CÓDIGO DO BAIRRO

DENOMINAÇÃO DO BAIRRO

SEÇÃO

QUARTEIRÃO LOTE(S)

2.IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

NOME

CPF/CNPJ

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA (RUA/AVE)

N.º

COMPLEMENTO

CEP BAIRRO MUNICÍPIO U.F.

E-MAIL

TELEFONES PARA CONTATO FAX

CREA:

DATA:

ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

COMO Responsável Técnico: - Declaro que o projeto arquitetônico ora apresentado atende a legislação municipal vigente, em especial ÀS leiS MunicipaIS N° 9.725/09 e seu regulamento; N° 8.616/03; N° 7.166/96, alterada pela LEI N°8.137/00; À lei federal N° 10.098/00 e decreto federal N° 5.296/04. a declaração em desacordo com as REFERIDAS leis implica: - indeferimento do pedido de licença para construir; - nulidade da licença eventualmente expedida com suporte na declaração;

Page 411: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

411 - remessa do processo de licenciamento à fiscalização para aplicação DAS penalidades administrativas cabíveis; - responsabilidade profissional do declarante junto ao órgão de controle do exercício da profissão; - remessa de documentos à procuradoria geral do município para apuração da responsabilidade administrativa, civil e criminal.

Page 412: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

412

DECRETO Nº 13.886, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2010

Institui o Grupo de Trabalho do Planejamento Metropolitano e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, Considerando a importância da região metropolitana no planejamento municipal e as ações previstas no Projeto Sustentador nº 40, Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte do Programa BH Metas e Resultados, instituído pelo Decreto nº 13.681, de 26 de agosto de 2009, decreta: Art. 1º - Fica instituído o Grupo de Trabalho do Planejamento Metropolitano - GTPM-RMBH, composto por 22 (vinte e dois) membros, representantes dos seguintes órgãos municipais: I - Gabinete do Vice-Prefeito; II - Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação; III - Secretaria Municipal de Governo; IV - Secretaria Municipal de Saúde; V - Secretaria Municipal de Educação; VI – Secretaria Municipal de Finanças; VII - Secretaria Municipal de Políticas Sociais; VIII - Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial; IX - Secretaria Municipal de Meio Ambiente; X - Secretaria Municipal de Política Urbana; XI - Secretaria Municipal Adjunta de Habitação; XII - Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; XIII - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil – COMDEC; XIV - Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP; XV - Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL; XVI - Superintendência de Limpeza Urbana - SLU; XVII - Empresa Municipal de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte - BHTRANS; XVIII - Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte S.A. - PRODABEL; XIX - Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte - BELOTUR; XX - Fundação Municipal de Cultura - FMC; XXI - Secretarias de Administração Regional Municipal; XXII - Coordenação Executiva do Programa BH Metas e Resultados. Art. 2º - O GTPM- RMBH, de caráter consultivo, tem as seguintes atribuições: I - promover discussões relacionadas às ações de repercussão metropolitana; II - acompanhar e participar da elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da RMBH – PDDI-RMBH;

Page 413: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

413 III - propor a compatibilização do planejamento municipal com o planejamento metropolitano; IV – indicar membros para compor, segundo a especificidade do órgão representado, os respectivos grupos temáticos da REDE 10; V - promover a articulação institucional necessária à elaboração de estudos, diretrizes e propostas buscando subsidiar tecnicamente planos, programas e ações de cunho metropolitano; VI - propor ações que favoreçam a integração do Município ao restante da região metropolitana, através do planejamento das funções de interesse comum e enfrentamento de ações emergenciais. Art. 3º - O GTPM-RMBH será coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação, com o apoio do Gabinete do Vice-Prefeito. § 1º – Caberá à Gerência de Planejamento do Desenvolvimento Metropolitano da Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento o suporte operacional necessário ao desempenho das atribuições do GTPM-RMBH. § 2º - Caberá aos órgãos integrantes do GTPM-RMBH, segundo as atribuições específicas, a disponibilização das informações técnicas necessárias aos trabalhos do grupo. § 3º - A coordenação do GTPM-RMBH poderá acionar outros órgãos municipais sempre que houver a necessidade de disponibilização de informações para os trabalhos relacionados à integração metropolitana. Art. 4º - O GTPM-RMBH poderá criar comissões específicas de caráter permanente ou temporário, definindo sua composição em função de questões e objetivos específicos. Art. 5º - Os órgãos relacionados no art. 1º deste Decreto deverão formalizar a indicação de seus representantes à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação no prazo de 10 (dez) dias contados da publicação deste Decreto. Art. 6º - A participação de representantes de órgãos da Administração Direta ou Indireta em atividades de cunho metropolitano deve ser previamente comunicada à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação através de correspondência eletrônica endereçada a [email protected], para fins de compatibilização com outras ações programadas ou em desenvolvimento. Parágrafo único - Caberá à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação o encaminhamento de demandas e propostas para análise do GTPM-RMBH. Art. 7º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2010 Marcio Araujo de Lacerda

Page 414: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

414

DECRETO Nº 13.916, DE 8 DE ABRIL DE 2010

Dispõe sobre a oficialização do Programa de Recuperação Ambiental e Saneamento dos Fundos de Vale e dos Córregos em Leito Natural de Belo Horizonte – DRENURBS como parte integrante do Projeto Sustentador Recuperação Ambiental do Programa BH Metas e Resultados, que estabelece as diretrizes para o Programa de Governo e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, especialmente a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, decreta: Art. 1º - Fica oficializado o Programa de Recuperação Ambiental e Saneamento dos Fundos de Vale e dos Córregos em Leito Natural de Belo Horizonte – DRENURBS como parte integrante do Projeto Sustentador Recuperação Ambiental do Programa BH Metas e Resultados, que estabelece as diretrizes para o Programa de Governo do Município. Art. 2º - O DRENURBS tem por objetivo promover a melhoria da qualidade de vida da população por meio da valorização do meio ambiente urbano atuando na despoluição dos cursos d’água, redução dos riscos de inundações, controle da produção de sedimentos e demais ações necessárias para o cumprimento de seu objetivo. Parágrafo único – A Secretaria Municipal de Políticas Urbanas e a Superintendência de Desenvolvimento da Capital – SUDECAP são responsáveis pela execução do DRENURBS. Art. 3º - O Programa DRENURBS, cuja execução se iniciou no mês de novembro de 2005, contempla as seguintes bacias e córregos que se encontram em seus leitos naturais e que percorrem áreas de significativo adensamento habitacional: I – bacias do Ribeirão Primeiro de Maio, do Córrego Avenida Baleares, do Córrego Nossa Senhora da Piedade, do Córrego Engenho Nogueira e do Córrego Bonsucesso; II - córregos Embira, Vilarinho, Fazenda Velha, Beira Linha e do Nado. Parágrafo único – Podem ser incluídos no DRENURBS, durante sua execução, outras bacias e córregos. Art. 4º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 8 de abril de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 415: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

415

DECRETO Nº 13.927, DE 16 DE ABRIL DE 2010

Declara de utilidade pública, para fins de desapropriação, imóveis situados no Bairro das Indústrias, Várzea do Felicíssimo e Bairro Bonsucesso, nesta Capital, e revoga os Decretos nº 13.729, de 24 de setembro de 2009, e nº 13.748, de 15 de outubro de 2009.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais e de acordo com o que lhe faculta o Decreto-Lei Federal nº 3.365, de 21 de junho de 1941, decreta: Art. 1º - Ficam declarados de utilidade pública, para fins de desapropriação, a se efetivar mediante acordo ou judicialmente, os imóveis abaixo indicados, assim como suas edificações e demais benfeitorias, se houver: I - área indivisa, medindo 114.793,92m², situada no Bairro das Indústrias e Várzea do Felicíssimo, nesta Capital, de propriedade não identificada, assim como suas edificações e demais benfeitorias, se houver, com os seguintes limites e confrontações: “De acordo com Topografia elaborada pela UNITOPO Topografia e Projeto Ltda. Partindo-se do vértice P1 com coordenadas E=604.762,273 e N=7.792.710,355, seguindo com azimute 112°34'20" e distância de 26,98 m, chega-se ao vértice P2 com coordenadas E=604.787,183 e N=7.792.700,000. Deste com azimute de 97°28'16" e distância de 103,12m, chega-se ao vértice P3 com coordenadas E=604.889,430 e N=7.792.686,591. Deste com azimute de 160°37'19" e distância de 23,40m, chega-se ao vértice P4 com coordenadas E=604.897,193 e N=7.792.664,521. Deste com azimute de 161°49'48" e distância de 124,83m, chega-se ao vértice P5 com coordenadas E=604.936,120 e N=7.792.545,915. Deste com azimute de 72°04'55" e distância de 21,16m, chega-se ao vértice P6 com coordenadas E=604.956,252 e N=7.792.552,424. Deste com azimute de 162°04'55" e distância de 38,04m, chega-se ao vértice P7 com coordenadas E=604.967,955 e N=7.792.516,229. Deste com azimute de 216°21'03" e distância de 133,05m, chega-se ao vértice P8 com coordenadas E=604.889,092 e N=7.792.409,069. Deste com azimute de 200°05'35" e distância de 17,03m, chega-se ao vértice P9 com coordenadas E=604.883,242 e N=7.792.393,077. Deste com azimute de 170°43'38" e distância de 16,43m, chega-se ao vértice P10 com coordenadas E=604.885,889 e N=7.792.376,866. Deste com azimute de 133°02'33" e distância de 95,35m, chega-se ao vértice P11 com coordenadas E=604.955,578 e N=7.792.311,782. Deste com azimute de 151°09'44" e distância de 19,61m, chega-se ao vértice P12 com coordenadas E=604.965,039 e N=7.792.294,600. Deste com azimute de 194°28'02" e distância de 69,50m, chega-se ao vértice P13 com coordenadas E=604.947,675 e N=7.792.227,301. Deste com azimute de 167°18'11" e distância de 59,45m, chega-se ao vértice P14 com coordenadas E=604.960,742 e N=7.792.169,305. Deste com azimute de 134°45'33" e distância de 6,87m, chega-se ao vértice P15 com coordenadas E=604.965,621 e N=7.792.164,467. Deste com azimute de 131°57'44" e distância de 52,87m, chega-se ao vértice P16 com coordenadas E=605.004,932 e N=7.792.129,118. Deste com azimute de 112°15'18" e distância de 8,26m, chega-se ao vértice P17 com coordenadas

Page 416: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

416 E=605.012,579 e N=7.792.125,989. Deste com azimute de 102°27'53" e distância de 13,46m, chega-se ao vértice P18 com coordenadas E=605.025,719 e N=7.792.123,084. Deste com azimute de 96°04'58" e distância de 36,67m, chega-se ao vértice P19 com coordenadas E=605.062,182 e N=7.792.119,198. Deste com azimute de 96°07'07" e distância de 107,89m, chega-se ao vértice P20 com coordenadas E=605.169,458 e N=7.792.107,699. Deste com azimute de 154°38'46" e distância de 26,10m, chega-se ao vértice P21 com coordenadas E=605.180,633 e N=7.792.084,116. Deste com azimute de 198°36'57" e distância de 37,41m, chega-se ao vértice P22 com coordenadas E=605.168,691 e N=7.792.048,666. Deste com azimute de 145°26'41" e distância de 45,11m, chega-se ao vértice P23 com coordenadas E=605.194,279 e N=7.792.011,512. Deste com azimute de 228°16'49" e distância de 49,36m, chega-se ao vértice P24 com coordenadas E=605.157,438 e N=7.791.978,665. Deste com azimute de 127°09'33" e distância de 24,83m, chega-se ao vértice P25 com coordenadas E=605.177,226 e N=7.791.963,667. Deste com azimute de 108°19'40" e distância de 56,08m, chega-se ao vértice P26 com coordenadas E=605.230,463 e N=7.791.946,033. Deste com azimute de 64°46'31" e distância de 47,57m, chega-se ao vértice P27 com coordenadas E=605.273,496 e N=7.791.966,305. Deste com azimute de 48°57'22" e distância de 46,34m, chega-se ao vértice P28 com coordenadas E=605.308,446 e N=7.791.996,734. Deste com azimute de 87°22'26" e distância de 42,50m, chega-se ao vértice P29 com coordenadas E=605.350,906 e N=7.791.998,682. Deste com azimute de 120°37'42" e distância de 37,11m, chega-se ao vértice P30 com coordenadas E=605.382,841 e N=7.791.979,774. Deste com azimute de 87°39'54" e distância de 24,49m, chega-se ao vértice P31 com coordenadas E=605.407,306 e N=7.791.980,771. Deste com azimute de 128°54'04" e distância de 16,68m, chega-se ao vértice P32 com coordenadas E=605.420,288 e N=7.791.970,296. Deste com azimute de 84°43'46" e distância de 133,28m, chega-se ao vértice P33 com coordenadas E=605.553,001 e N=7.791.982,539. Deste com azimute de 106°44'44" e distância de 23,39m, chega-se ao vértice P34 com coordenadas E=605.575,402 e N=7.791.975,798. Deste com azimute de 83°09'31" e distância de 69,82m, chega-se ao vértice P35 com coordenadas E=605.644,727 e N=7.791.984,116. Deste com azimute de 155°49'14" e distância de 110,08m, chega-se ao vértice P36 com coordenadas E=605.689,814 e N=7.791.883,697. Deste com azimute de 195°17'35" e distância de 168,65m, chega-se ao vértice P37 com coordenadas E=605.645,331 e N=7.791.721,021. Deste com azimute de 184°16'28" e distância de 158,42m, chega-se ao vértice P38 com coordenadas E=605.633,524 e N=7.791.563,041. Deste com azimute de 169°41'05" e distância de 46,37m, chega-se ao vértice P39 com coordenadas E=605.641,827 e N=7.791.517,419. Deste com azimute de 276°30'00" e distância de 9,68m, chega-se ao vértice P40 com coordenadas E=605.632,210 e N=7.791.518,515. Deste com azimute de 314°58'26" e distância de 21,19m, chega-se ao vértice P41 com coordenadas E=605.617,216 e N=7.791.533,495. Deste com azimute de 287°54'03" e distância de 13,20m, chega-se ao vértice P42 com coordenadas E=605.604,650 e N=7.791.537,554. Deste com azimute de 354°40'51" e distância de 30,48m, chega-se ao vértice P43 com coordenadas E=605.601,824 e N=7.791.567,904. Deste com azimute de 4°08'11" e distância de 47,17m, chega-se ao vértice P44 com coordenadas E=605.605,226 e N=7.791.614,950. Deste com azimute de 7°18'57" e distância de 44,36m, chega-se ao vértice P45 com coordenadas E=605.610,875 e

Page 417: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

417 N=7.791.658,948. Deste com azimute de 359°36'53" e distância de 42,07m, chega-se ao vértice P46 com coordenadas E=605.610,592 e N=7.791.701,018. Deste com azimute de 9°36'29" e distância de 41,22m, chega-se ao vértice P47 com coordenadas E=605.617,472 e N=7.791.741,658. Deste com azimute de 14°54'31" e distância de 59,04m, chega-se ao vértice P48 com coordenadas E=605.632,663 e N=7.791.798,714. Deste com azimute de 15°27'35" e distância de 87,26m, chega-se ao vértice P49 com coordenadas E=605.655,922 e N=7.791.882,813. Deste com azimute de 331°01'38" e distância de 37,07m, chega-se ao vértice P50 com coordenadas E=605.637,965 e N=7.791.915,245. Deste com azimute de 343°52'28" e distância de 26,89m, chega-se ao vértice P51 com coordenadas E=605.630,497 e N=7.791.941,073. Deste com azimute de 272°19'35" e distância de 59,77m, chega-se ao vértice P52 com coordenadas E=605.570,772 e N=7.791.943,499. Deste com azimute de 294°07'54" e distância de 32,18m, chega-se ao vértice P53 com coordenadas E=605.541,400 e N=7.791.956,657. Deste com azimute de 261°38'44" e distância de 122,59m, chega-se ao vértice P54 com coordenadas E=605.420,105 e N=7.791.938,845. Deste com azimute de 275°38'02" e distância de 54,43m, chega-se ao vértice P55 com coordenadas E=605.365,938 e N=7.791.944,188. Deste com azimute de 300°07'25" e distância de 42,12m, chega-se ao vértice P56 com coordenadas E=605.329,506 e N=7.791.965,327. Deste com azimute de 252°08'00" e distância de 25,47m, chega-se ao vértice P57 com coordenadas E=605.305,260 e N=7.791.957,511. Deste com azimute de 232°42'08" e distância de 72,88m, chega-se ao vértice P58 com coordenadas E=605.247,287 e N=7.791.913,351. Deste com azimute de 270°51'45" e distância de 29,43m, chega-se ao vértice P59 com coordenadas E=605.217,856 e N=7.791.913,794. Deste com azimute de 292°56'17" e distância de 74,43m, chega-se ao vértice P60 com coordenadas E=605.149,313 e N=7.791.942,801. Deste com azimute de 307°17'32" e distância de 21,11m, chega-se ao vértice P61 com coordenadas E=605.132,517 e N=7.791.955,593. Deste com azimute de 275°40'02" e distância de 22,89m, chega-se ao vértice P62 com coordenadas E=605.109,734 e N=7.791.957,854. Deste com azimute de 330°13'57" e distância de 14,50m, chega-se ao vértice P63 com coordenadas E=605.102,537 e N=7.791.970,437. Deste com azimute de 328°10'41" e distância de 21,16m, chega-se ao vértice P64 com coordenadas E=605.091,382 e N=7.791.988,413. Deste com azimute de 321°02'05" e distância de 11,14m, chega-se ao vértice P65 com coordenadas E=605.084,376 e N=7.791.997,075. Deste com azimute de 288°58'50" e distância de 20,68m, chega-se ao vértice P66 com coordenadas E=605.064,819 e N=7.792.003,802. Deste com azimute de 301°18'22" e distância de 25,89m, chega-se ao vértice P67 com coordenadas E=605.042,697 e N=7.792.017,255. Deste com azimute de 314°00'09" e distância de 40,11m, chega-se ao vértice P68 com coordenadas E=605.013,843 e N=7.792.045,122. Deste com azimute de 316°31'18" e distância de 25,16m, chega-se ao vértice P69 com coordenadas E=604.996,530 e N=7.792.063,380. Deste com azimute de 324°54'56" e distância de 22,31m, chega-se ao vértice P70 com coordenadas E=604.983,705 e N=7.792.081,638. Deste com azimute de 334°14'39" e distância de 9,81m, chega-se ao vértice P71 com coordenadas E=604.979,444 e N=7.792.090,471. Deste com azimute de 337°52'20" e distância de 33,19m, chega-se ao vértice P72 com coordenadas E=604.966,940 e N=7.792.121,221. Deste com azimute de 317°23'35" e distância de 32,20m, chega-se ao vértice P73 com coordenadas E=604.945,139 e N=7.792.144,924.

Page 418: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

418 Deste com azimute de 323°06'17" e distância de 32,04m, chega-se ao vértice P74 com coordenadas E=604.925,902 e N=7.792.170,550. Deste com azimute de 329°06'14" e distância de 30,05m, chega-se ao vértice P75 com coordenadas E=604.910,471 e N=7.792.196,336. Deste com azimute de 304°05'24" e distância de 24,00m, chega-se ao vértice P76 com coordenadas E=604.890,594 e N=7.792.209,789. Deste com azimute de 323°06'21" e distância de 11,21m, chega-se ao vértice P77 com coordenadas E=604.883,861 e N=7.792.218,758. Deste com azimute de 343°05'55" e distância de 18,75m, chega-se ao vértice P78 com coordenadas E=604.878,411 e N=7.792.236,696. Deste com azimute de 340°28'52" e distância de 16,31m, chega-se ao vértice P79 com coordenadas E=604.872,960 e N=7.792.252,071. Deste com azimute de 323°24'06" e distância de 24,74m, chega-se ao vértice P80 com coordenadas E=604.858,212 e N=7.792.271,930. Deste com azimute de 344°50'26" e distância de 21,17m, chega-se ao vértice P81 com coordenadas E=604.852,675 e N=7.792.292,368. Deste com azimute de 333°19'44" e distância de 96,42m, chega-se ao vértice P82 com coordenadas E=604.809,393 e N=7.792.378,533. Deste com azimute de 332°10'12" e distância de 54,05m, chega-se ao vértice P83 com coordenadas E=604.784,159 e N=7.792.426,333. Deste com azimute de 68°04'29" e distância de 30,39m, chega-se ao vértice P84 com coordenadas E=604.812,354 e N=7.792.437,682. Deste com azimute de 18°24'56" e distância de 27,31m, chega-se ao vértice P85 com coordenadas E=604.820,983 e N=7.792.463,598. Deste com azimute de 267°51'35" e distância de 1,23m, chega-se ao vértice P86 com coordenadas E=604.819,756 e N=7.792.463,552. Deste com azimute de 333°03'59" e distância de 29,60m, chega-se ao vértice P87 com coordenadas E=604.806,350 e N=7.792.489,939. Deste com azimute de 243°03'36" e distância de 7,94m, chega-se ao vértice P88 com coordenadas E=604.799,276 e N=7.792.486,343. Deste com azimute de 335°14'01" e distância de 12,39m, chega-se ao vértice P89 com coordenadas E=604.794,087 e N=7.792.497,590. Deste com azimute de 333°03'59" e distância de 59,01m, chega-se ao vértice P90 com coordenadas E=604.767,358 e N=7.792.550,199. Deste com azimute de 41°50'11" e distância de 8,78m, chega-se ao vértice P91 com coordenadas E=604.773,215 e N=7.792.556,741. Deste com azimute de 63°14'11" e distância de 15,54m, chega-se ao vértice P92 com coordenadas E=604.787,093 e N=7.792.563,740. Deste com azimute de 334°01'32" e distância de 10,88m, chega-se ao vértice P93 com coordenadas E=604.782,328 e N=7.792.573,520. Deste com azimute de 333°03'59" e distância de 30,59m, chega-se ao vértice P94 com coordenadas E=604.768,473 e N=7.792.600,791. Deste com azimute de 63°03'59" e distância de 24,00m, chega-se ao vértice P95 com coordenadas E=604.789,870 e N=7.792.611,662. Deste com azimute de 332°38'40" e distância de 30,46m, chega-se ao vértice P96 com coordenadas E=604.775,873 e N=7.792.638,716. Deste com azimute de 62°56'01" e distância de 15,80m, chega-se ao vértice P97 com coordenadas E=604.789,946 e N=7.792.645,907. Deste com azimute de 333°11'08" e distância de 9,99m, chega-se ao vértice P98 com coordenadas E=604.785,439 e N=7.792.654,825. Deste com azimute de 333°03'59" e distância de 30,00m, chega-se ao vértice P99 com coordenadas E=60.4771,850 e N=7.792.681,571. Deste com azimute de 333°03'59" e distância de 30,00m, chega-se ao vértice P100 com coordenadas E=604.758,261 e N=7.792.708,316. Deste com azimute de 63°03'59" e distância de 4,50m, chega-se ao vértice P1 ponto origem deste memorial. Perfazendo uma área total de 114.793,92m².

Page 419: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

419 Todas as coordenadas aqui descritas estão georeferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, a partir da Malha de Coordenadas da Prodabel, e encontram-se representadas no Sistema UTM, referenciadas ao Meridiano Central nº 45 WGr, tendo como datum o SAD-69. Todos os azimutes e distâncias, área e perímetro foram calculados no plano de projeção UTM”. II - a área indivisa, medindo 111.689,08m², situada no Bairro Bonsucesso, nesta Capital, assim como suas edificações e demais benfeitorias, se houver, de propriedade não identificada, com os seguintes limites e confrontações: “De acordo com Topografia elaborada pela UNITOPO Topografia e Projeto Ltda. Partindo-se do vértice P1 com coordenadas E=605.466,341 e N=7.791.296,074, seguindo com azimute 57°47'04" e distância de 39,11m, chega-se ao vértice P2 com coordenadas E=605.499,427 e N=7.791.316,922. Deste com azimute de 64°15'32" e distância de 109,89m, chega-se ao vértice P3 com coordenadas E=605.598,415 e N=7.791.364,649. Deste com azimute de 146°35'02" e distância de 14,41m, chega-se ao vértice P4 com coordenadas E=605.606,351 e N=7.791.352,621. Deste com azimute de 175°25'18" e distância de 13,78m, chega-se ao vértice P5 com coordenadas E=605.607,451 e N=7.791.338,888. Deste com azimute de 171°51'38" e distância de 9,71m, chega-se ao vértice P6 com coordenadas E=605.608,826 e N=7.791.329,275. Deste com azimute de 134°58'29" e distância de 7,38m, chega-se ao vértice P7 com coordenadas E=605.614,049 e N=7.791.324,056. Deste com azimute de 97°25'27" e distância de 6,38m, chega-se ao vértice P8 com coordenadas E=605.620,372 e N=7.791.323,232. Deste com azimute de 84°44'05" e distância de 25,81m, chega-se ao vértice P9 com coordenadas E=605.646,078 e N=7.791.325,601. Deste com azimute de 183°22'05" e distância de 20,51m, chega-se ao vértice P10 com coordenadas E=605.644,873 e N=7.791.305,122. Deste com azimute de 160°17'11" e distância de 41,76m, chega-se ao vértice P11 com coordenadas E=605.658,961 e N=7.791.265,805. Deste com azimute de 203°58'57" e distância de 12,14m, chega-se ao vértice P12 com coordenadas E=605.654,024 e N=7.791.254,708. Deste com azimute de 252°13'52" e distância de 34,34m, chega-se ao vértice P13 com coordenadas E=605.621,321 e N=7.791.244,228. Deste com azimute de 178°43'15" e distância de 27,55m, chega-se ao vértice P14 com coordenadas E=605.621,936 e N=7.791.216,681. Deste com azimute de 225°01'34" e distância de 29,66m, chega-se ao vértice P15 com coordenadas E=605.600,956 e N=7.791.195,721. Deste com azimute de 252°00'41" e distância de 25,95m, chega-se ao vértice P16 com coordenadas E=605.576,275 e N=7.791.187,706. Deste com azimute de 161°32'59" e distância de 11,70m, chega-se ao vértice P17 com coordenadas E=605.579,977 e N=7.791.176,610. Deste com azimute de 143°06'19" e distância de 43,17m, chega-se ao vértice P18 com coordenadas E=605.605,892 e N=7.791.142,087. Deste com azimute de 185°29'49" e distância de 32,20m, chega-se ao vértice P19 com coordenadas E=605.602,807 e N=7.791.110,030. Deste com azimute de 136°09'58" e distância de 28,56m, chega-se ao vértice P20 com coordenadas E=605.622,584 e N=7.791.089,431. Deste com azimute de 186°26'51" e distância de 38,46m, chega-se ao vértice P21 com coordenadas E=605.618,265 e N=7.791.051,209. Deste com azimute de 136°18'20" e distância de 18,76m, chega-se ao vértice P22 com coordenadas E=605.631,223 e N=7.791.037,647. Deste com azimute de 180°00'00" e distância de 40,69m, chega-se ao vértice P23 com coordenadas E=605.631,223 e N=7.790.996,959. Deste com azimute de

Page 420: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

420 150°03'50" e distância de 51,93m, chega-se ao vértice P24 com coordenadas E=605.657,139 e N=7.790.951,956. Deste com azimute de 201°08'31" e distância de 58,16m, chega-se ao vértice P25 com coordenadas E=605.636,160 e N=7.790.897,705. Deste com azimute de 212°20'29" e distância de 28,70m, chega-se ao vértice P26 com coordenadas E=605.620,807 e N=7.790.873,459. Deste com azimute de 182°12'17" e distância de 23,69m, chega-se ao vértice P27 com coordenadas E=605.619,895 e N=7.790.849,784. Deste com azimute de 209°34'55" e distância de 23,38m, chega-se ao vértice P28 com coordenadas E=605.608,352 e N=7.790.829,448. Deste com azimute de 181°34'41" e distância de 33,10m, chega-se ao vértice P29 com coordenadas E=605.607,440 e N=7.790.796,365. Deste com azimute de 269°45'45" e distância de 73,21m, chega-se ao vértice P30 com coordenadas E=605.534,225 e N=7.790.796,062. Deste com azimute de 219°46'01" e distância de 153,42m, chega-se ao vértice P31 com coordenadas E=605.436,086 e N=7.790.678,133. Deste com azimute de 118°07'11" e distância de 71,08m, chega-se ao vértice P32 com coordenadas E=605.498,774 e N=7.790.644,632. Deste com azimute de 82°52'53" e distância de 23,51m, chega-se ao vértice P33 com coordenadas E=605.522,100 e N=7.790.647,545. Deste com azimute de 56°52'36" e distância de 28,43m, chega-se ao vértice P34 com coordenadas E=605.545,912 e N=7.790.663,082. Deste com azimute de 63°27'22" e distância de 19,56m, chega-se ao vértice P35 com coordenadas E=605.563,407 e N=7.790.671,821. Deste com azimute de 46°00'50" e distância de 39,85m, chega-se ao vértice P36 com coordenadas E=605.592,078 e N=7.790.699,495. Deste com azimute de 60°58'02" e distância de 20,01m, chega-se ao vértice P37 com coordenadas E=605.609,572 e N=7.790.709,206. Deste com azimute de 96°56'48" e distância de 20,07m, chega-se ao vértice P38 com coordenadas E=605.629,497 e N=7.790.706,778. Deste com azimute de 136°26'35" e distância de 13,40m, chega-se ao vértice P39 com coordenadas E=605.638,730 e N=7.790.697,068. Deste com azimute de 107°11'01" e distância de 21,36m, chega-se ao vértice P40 com coordenadas E=605.659,140 e N=7.790.690,756. Deste com azimute de 141°59'51" e distância de 35,90m, chega-se ao vértice P41 com coordenadas E=605.681,246 e N=7.790.662,465. Deste com azimute de 161°32'58" e distância de 38,79m, chega-se ao vértice P42 com coordenadas E=605.693,521 e N=7.790.625,672. Deste com azimute de 179°26'06" e distância de 69,16m, chega-se ao vértice P43 com coordenadas E=605.694,203 e N=7.790.556,517. Deste com azimute de 144°45'32" e distância de 53,31m, chega-se ao vértice P44 com coordenadas E=605.724,964 e N=7.790.512,977. Deste com azimute de 167°34'59" e distância de 17,44m, chega-se ao vértice P45 com coordenadas E=605.728,714 e N=7.790.495,943. Deste com azimute de 130°38'09" e distância de 35,05m, chega-se ao vértice P46 com coordenadas E=605.755,310 e N=7.790.473,118. Deste com azimute de 139°45'17" e distância de 66,50m, chega-se ao vértice P47 com coordenadas E=605.798,274 e N=7.790.422,359. Deste com azimute de 119°23'33" e distância de 33,76m, chega-se ao vértice P48 com coordenadas E=605.827,689 e N=7.790.405,790. Deste com azimute de 180°56'26" e distância de 41,57m, chega-se ao vértice P49 com coordenadas E=605.827,007 e N=7.790.364,228. Deste com azimute de 101°17'56" e distância de 12,17m, chega-se ao vértice P50 com coordenadas E=605.838,941 e N=7.790.361,844. Deste com azimute de 137°56'08" e distância de 27,99m, chega-se ao vértice P51 com coordenadas E=605.857,695 e N=7.790.341,063. Deste com azimute de 177°49'25" e

Page 421: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

421 distância de 26,93m, chega-se ao vértice P52 com coordenadas E=605.858,718 e N=7.790.314,150. Deste com azimute de 142°35'15" e distância de 31,62m, chega-se ao vértice P53 com coordenadas E=605.877,928 e N=7.790.289,035. Deste com azimute de 120°46'43" e distância de 20,64m, chega-se ao vértice P54 com coordenadas E=605.895,659 e N=7.790.278,475. Deste com azimute de 141°11'02" e distância de 46,78m, chega-se ao vértice P55 com coordenadas E=605.924,984 e N=7.790.242,023. Deste com azimute de 153°05'32" e distância de 27,12m, chega-se ao vértice P56 com coordenadas E=605.937,259 e N=7.790.217,836. Deste com azimute de 168°40'52" e distância de 17,37m, chega-se ao vértice P57 com coordenadas E=605.940,668 e N=7.790.200,802. Deste com azimute de 93°06'29" e distância de 31,42m, chega-se ao vértice P58 com coordenadas E=605.972,039 e N=7.790.199,099. Deste com azimute de 119°30'58" e distância de 23,51m, chega-se ao vértice P59 com coordenadas E=605.992,497 e N=7.790.187,516. Deste com azimute de 144°14'04" e distância de 42,68m, chega-se ao vértice P60 com coordenadas E=606.017,443 e N=7.790.152,884. Deste com azimute de 147°03'55" e distância de 49,83m, chega-se ao vértice P61 com coordenadas E=606.044,533 e N=7.790.111,064. Deste com azimute de 179°25'58" e distância de 43,80m, chega-se ao vértice P62 com coordenadas E=606.044,967 e N=7.790.067,262. Deste com azimute de 249°26'44" e distância de 44,81m, chega-se ao vértice P63 com coordenadas E=606.003,010 e N=7.790.051,530. Deste com azimute de 270°09'50" e distância de 30,48m, chega-se ao vértice P64 com coordenadas E=605.972,534 e N=7.790.051,617. Deste com azimute de 298°47'56" e distância de 2,35m, chega-se ao vértice P65 com coordenadas E=605.970,477 e N=7.790.052,748. Deste com azimute de 294°38'13" e distância de 5,80m, chega-se ao vértice P66 com coordenadas E=605.965,206 e N=7.790.055,165. Deste com azimute de 55°04'41" e distância de 55,38m, chega-se ao vértice P67 com coordenadas E=606.010,616 e N=7.790.086,870. Deste com azimute de 333°45'27" e distância de 38,41m, chega-se ao vértice P68 com coordenadas E=605.993,633 e N=7.790.121,318. Deste com azimute de 341°56'47" e distância de 11,20m, chega-se ao vértice P69 com coordenadas E=605.990,163 e N=7.790.131,964. Deste com azimute de 331°08'32" e distância de 20,03m, chega-se ao vértice P70 com coordenadas E=605.980,495 e N=7.790.149,507. Deste com azimute de 313°03'57" e distância de 7,94m, chega-se ao vértice P71 com coordenadas E=605.974,697 e N=7.790.154,927. Deste com azimute de 233°38'26" e distância de 8,83m, chega-se ao vértice P72 com coordenadas E=605.967,588 e N=7.790.149,694. Deste com azimute de 331°51'51" e distância de 15,47m, chega-se ao vértice P73 com coordenadas E=605.960,293 e N=7.790.163,337. Deste com azimute de 229°47'16" e distância de 3,18m, chega-se ao vértice P74 com coordenadas E=605.957,861 e N=7.790.161,281. Deste com azimute de 236°20'06" e distância de 9,44m, chega-se ao vértice P75 com coordenadas E=605.950,004 e N=7.790.156,049. Deste com azimute de 304°57'03" e distância de 25,00m, chega-se ao vértice P76 com coordenadas E=605.929,513 e N=7.790.170,371. Deste com azimute de 307°19'54" e distância de 32,18m, chega-se ao vértice P77 com coordenadas E=605.903,925 e N=7.790.189,886. Deste com azimute de 350°43'49" e distância de 26,92m, chega-se ao vértice P78 com coordenadas E=605.899,588 e N=7.790.216,457. Deste com azimute de 304°03'52" e distância de 51,55m, chega-se ao vértice P79 com coordenadas E=605.856,884 e N=7.790.245,332. Deste com azimute de 319°49'31" e distância de

Page 422: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

422 33,16m, chega-se ao vértice P80 com coordenadas E=605.835,494 e N=7.790.270,666. Deste com azimute de 340°25'25" e distância de 27,81m, chega-se ao vértice P81 com coordenadas E=605.826,175 e N=7.790.296,871. Deste com azimute de 294°37'53" e distância de 17,24m, chega-se ao vértice P82 com coordenadas E=605.810,502 e N=7.790.304,057. Deste com azimute de 323°21'55" e distância de 54,87m, chega-se ao vértice P83 com coordenadas E=605.777,762 e N=7.790.348,086. Deste com azimute de 2°09'32" e distância de 25,00m, chega-se ao vértice P84 com coordenadas E=605.778,704 e N=7.790.373,069. Deste com azimute de 331°48'45" e distância de 38,16m, chega-se ao vértice P85 com coordenadas E=605.760,676 e N=7.790.406,709. Deste com azimute de 306°23'13" e distância de 24,24m, chega-se ao vértice P86 com coordenadas E=605.741,165 e N=7.790.421,086. Deste com azimute de 320°46'10" e distância de 102,77m, chega-se ao vértice P87 com coordenadas E=605.676,171 e N=7.790.500,690. Deste com azimute de 340°37'58" e distância de 64,52m, chega-se ao vértice P88 com coordenadas E=605.654,775 e N=7.790.561,559. Deste com azimute de 1°52'54" e distância de 48,72m, chega-se ao vértice P89 com coordenadas E=605.656,375 e N=7.790.610,256. Deste com azimute de 68°20'08" e distância de 15,33m, chega-se ao vértice P90 com coordenadas E=605.670,619 e N=7.790.615,914. Deste com azimute de 343°33'48" e distância de 30,37m, chega-se ao vértice P91 com coordenadas E=605.662,026 e N=7.790.645,042. Deste com azimute de 322°55'06" e distância de 37,66m, chega-se ao vértice P92 com coordenadas E=605.639,316 e N=7.790.675,090. Deste com azimute de 284°19'57" e distância de 25,13m, chega-se ao vértice P93 com coordenadas E=605.614,964 e N=7.790.681,312. Deste com azimute de 251°57'30" e distância de 26,03m, chega-se ao vértice P94 com coordenadas E=605.590,214 e N=7.790.673,250. Deste com azimute de 224°32'53" e distância de 19,54m, chega-se ao vértice P95 com coordenadas E=605.576,508 e N=7.790.659,326. Deste com azimute de 226°56'16" e distância de 29,20m, chega-se ao vértice P96 com coordenadas E=605.555,172 e N=7.790.639,387. Deste com azimute de 236°59'56" e distância de 18,10m, chega-se ao vértice P97 com coordenadas E=605.539,989 e N=7.790.629,527. Deste com azimute de 245°47'29" e distância de 23,27m, chega-se ao vértice P98 com coordenadas E=605.518,766 e N=7.790.619,985. Deste com azimute de 272°52'54" e distância de 24,92m, chega-se ao vértice P99 com coordenadas E=605.493,876 e N=7.790.621,238. Deste com azimute de 294°43'56" e distância de 42,73m, chega-se ao vértice P100 com coordenadas E=605.455,063 e N=7.790.639,116. Deste com azimute de 303°28'56" e distância de 58,86m, chega-se ao vértice P101 com coordenadas E=605.405,969 e N=7.790.671,589. Deste com azimute de 329°58'23" e distância de 29,76m, chega-se ao vértice P102 com coordenadas E=605.391,077 e N=7.790.697,354. Deste com azimute de 46°33'06" e distância de 69,65m, chega-se ao vértice P103 com coordenadas E=605.441,641 e N=7.790.745,251. Deste com azimute de 7°51'27" e distância de 14,24m, chega-se ao vértice P104 com coordenadas E=605.443,588 e N=7.790.759,358. Deste com azimute de 39°25'11" e distância de 110,94m, chega-se ao vértice P105 com coordenadas E=605.514,034 e N=7.790.845,061. Deste com azimute de 63°03'34" e distância de 20,40m, chega-se ao vértice P106 com coordenadas E=605.532,221 e N=7.790.854,303. Deste com azimute de 46°20'48" e distância de 10,56m, chega-se ao vértice P107 com coordenadas E=605.539,863 e N=7.790.861,595. Deste com azimute de 31°15'12" e distância de

Page 423: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

423 63,93m, chega-se ao vértice P108 com coordenadas E=605.573,031 e N=7.790.916,246. Deste com azimute de 293°44'26" e distância de 11,30m, chega-se ao vértice P109 com coordenadas E=605.562,687 e N=7.790.920,795. Deste com azimute de 24°13'04" e distância de 35,90m, chega-se ao vértice P110 com coordenadas E=605.577,415 e N=7.790.953,540. Deste com azimute de 7°34'45" e distância de 11,82m, chega-se ao vértice P111 com coordenadas E=605.578,975 e N=7.790.965,259. Deste com azimute de 292°42'46" e distância de 32,12m, chega-se ao vértice P112 com coordenadas E=605.549,341 e N=7.790.977,663. Deste com azimute de 346°00'35" e distância de 103,21m, chega-se ao vértice P113 com coordenadas E=605.524,390 e N=7.791.077,810. Deste com azimute de 320°54'33" e distância de 15,93m, chega-se ao vértice P114 com coordenadas E=605.514,342 e N=7.791.090,178. Deste com azimute de 322°27'41" e distância de 23,54m, chega-se ao vértice P115 com coordenadas E=605.500,000 e N=7.791.108,842. Deste com azimute de 256°56'49" e distância de 39,15m, chega-se ao vértice P116 com coordenadas E=605.461,860 e N=7.791.100,000. Deste com azimute de 347°05'13" e distância de 10,35m, chega-se ao vértice P117 com coordenadas E=605.459,546 e N=7.791.110,092. Deste com azimute de 345°11'14" e distância de 44,99m, chega-se ao vértice P118 com coordenadas E=605.448,043 e N=7.791.153,591. Deste com azimute de 349°25'03" e distância de 26,93m, chega-se ao vértice P119 com coordenadas E=605.443,098 e N=7.791.180,060. Deste com azimute de 355°15'01" e distância de 19,25m, chega-se ao vértice P120 com coordenadas E=605.441,504 e N=7.791.199,240. Deste com azimute de 52°28'47" e distância de 13,27m, chega-se ao vértice P121 com coordenadas E=605.452,026 e N=7.791.207,320. Deste com azimute de 16°18'49" e distância de 20,92m, chega-se ao vértice P122 com coordenadas E=605.457,902 e N=7.791.227,396. Deste com azimute de 355°57'11" e distância de 60,81m, chega-se ao vértice P123 com coordenadas E=605.453,611 e N=7.791.288,052. Deste com azimute de 57°47'04" e distância de 5,01m, chega-se ao vértice P124 com coordenadas E=605.457,852 e N=7.791.290,725. Deste com azimute de 313°21'09" e distância de 44,03m, chega-se ao vértice P125 com coordenadas E=605.425,837 e N=7.791.320,950. Deste com azimute de 310°57'29" e distância de 34,21m, chega-se ao vértice P126 com coordenadas E=605.400,000 e N=7.791.343,377. Deste com azimute de 296°14'44" e distância de 18,36m, chega-se ao vértice P127 com coordenadas E=605.383,532 e N=7.791.351,496. Deste com azimute de 270°00'00" e distância de 12,95m, chega-se ao vértice P128 com coordenadas E=605.370,580 e N=7.791.351,496. Deste com azimute de 336°49'55" e distância de 11,23m, chega-se ao vértice P129 com coordenadas E=605.366,161 e N=7.791.361,821. Deste com azimute de 68°11'09" e distância de 6,91m, chega-se ao vértice P130 com coordenadas E=605.372,573 e N=7.791.364,387. Deste com azimute de 109°03'42" e distância de 32,41m, chega-se ao vértice P131 com coordenadas E=605.403,204 e N=7.791.353,803. Deste com azimute de 130°56'04" e distância de 39,12m, chega-se ao vértice P132 com coordenadas E=605.432,757 e N=7.791.328,172. Deste com azimute de 133°42'18" e distância de 46,46m, chega-se ao vértice P1 ponto origem deste memorial. Perfazendo uma área total de 111.689,08m². Todas as coordenadas aqui descritas estão georeferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, a partir da Malha de Coordenadas da Prodabel, e encontram-se representadas no Sistema UTM, referenciadas ao Meridiano

Page 424: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

424 Central nº 45 WGr, tendo como datum o SAD-69. Todos os azimutes e distâncias, área e perímetro foram calculados no plano de projeção UTM”. Art. 2º - As desapropriações de que trata o art. 1º deste Decreto destinam-se a permitir ao Executivo o tratamento do fundo de vale, a implantação de redes e de interceptores de esgoto e a recuperação ambiental e paisagística de áreas remanescentes, parte integrante das intervenções do Programa DRENURBS - Córrego Bonsucesso. Art. 3º - Fica a unidade jurídico-administrativa pertinente autorizada a alegar em juízo a urgência das desapropriações. Art. 4º - Ficam revogados os Decretos nº 13.729, de 24 de setembro de 2009, e nº 13.748, de 15 de outubro de 2009, que declararam de utilidade pública imóveis situados no Bairro Flávio Marques Lisboa, nesta Capital. Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 16 de abril de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 425: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

425

DECRETO Nº 13.949, DE 29 DE ABRIL DE 2010

Delega competência aos Secretários que menciona. O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício das atribuições que lhe conferem o art. 102 e os incisos II e VII do art. 108 da Lei Orgânica Municipal, e em conformidade com a Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, decreta: Art. 1º - Os termos de Convênios, Acordos ou Ajustes e seus respectivos Aditivos, com previsão de ingresso de recursos financeiros no Tesouro Municipal, oriundos do Orçamento Geral da União – OGU e do Orçamento Anual do Estado de Minas Gerais e/ou outras entidades repassadoras, serão assinados pelo Prefeito.

Art. 2º com redação dada pelo Decreto nº 14.447, de 9/6/2011 (Art. 1º) Art. 2º com redação dada pelo Decreto nº 14.498, de 2/7/2012 (Art. 1º)

Art. 2º - Fica delegada competência aos titulares das Secretarias Municipais de Governo; de Finanças; de Planejamento, Orçamento e Informação; de Políticas Sociais; de Obras e Infraestrutura; de Educação; de Saúde; de Meio Ambiente; de Desenvolvimento; Adjunta de Trabalho e Emprego; de Esporte e Lazer; de Segurança Urbana e Patrimonial e de Serviços Urbanos, para assinatura de toda a documentação técnica, financeira, planos de trabalho, declarações, prestações de contas e todos os demais documentos necessários ao bom desempenho da execução do Contrato de Repasse e/ou Convênio, Acordo ou Ajuste, podendo os mesmos, ainda, atuarem como representantes do interveniente executor nos Contratos de Repasse e/ou Convênios.

Art. 2º com redação dada pelo Decreto nº 14.998, de 3/9/2012 (Art. 1º) Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 29 de abril de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 426: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

426

DECRETO Nº 13.972, DE 17 DE MAIO DE 2010

Institui a Licença Especial de Operação a Título Provisório - LETP para áreas destinadas ao manejo de resíduos de construção civil e resíduos volumosos no Município de Belo Horizonte e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, e Considerando a urgente necessidade de licenciamento de áreas privadas de manejo de resíduos da construção civil e resíduos volumosos no Município; as diretrizes estabelecidas na Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA; a melhoria da qualidade ambiental urbana propiciada pela oferta de maior número de instalações receptoras de resíduos, decreta: Art. 1º - Fica instituída a Licença Especial de Operação a Título Provisório - LETP para áreas destinadas ao manejo de resíduos de construção civil e resíduos volumosos no Município de Belo Horizonte que apresentem condições mínimas imediatas para o licenciamento. Parágrafo único – Entende-se por áreas destinadas ao manejo de resíduos de construção civil e resíduos volumosos aquelas destinadas a triagem, transbordo e reciclagem, bem como os aterros de resíduos da construção civil. Art. 2º - Para a obtenção da LETP o interessado deverá apresentar junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente requerimento de Licença Especial de Operação a Título Provisório – LETP para a área, juntamente com os seguintes documentos: I – cópia da matrícula do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis; II – levantamento planialtimétrico do terreno; III – memorial descritivo do projeto de acordo com as diretrizes estabelecidas em Normas Brasileiras específicas; IV – planta baixa do empreendimento; V – informações cadastrais do imóvel constantes da respectiva inscrição imobiliária; VI – informações cadastrais do empreendedor e do operador da unidade; VII – Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável técnico pelo projeto; VIII – proposta de implantação em escala adequada ao entendimento do projeto, contendo no mínimo: a) recuos; b) acessos de veículos e pedestres; c) coeficiente de aproveitamento; d) taxa de ocupação; e) localização; f) quadro de áreas.

Page 427: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

427 IX – laudo fotográfico do imóvel objeto do requerimento e dos imóveis vizinhos. Art. 3º - A análise dos processos relativos às Licenças Especiais de Operação a Título Provisório deverá ser feita no prazo de 15 (quinze) dias pela Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos. § 1º - A Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos, designada pelo Prefeito por meio de Portaria, funcionará junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e será constituída por um representante de cada um dos seguintes órgãos, sob a coordenação do primeiro: I - Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA; II - Secretaria Municipal de Políticas Urbanas - SMURBE; III - Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana - SMARU; IV - Superintendência de Limpeza Urbana – SLU. § 2º - O mandato dos membros da Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos será de 1 (um) ano, permitida a recondução. § 3º - Constatada a necessidade de nomeação de membros suplentes para compor a Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos, estes serão indicados pelo titular do órgão ao qual está vinculado e designados pelo Prefeito, por meio de Portaria. § 4º - A Comissão reunir-se-á ordinariamente a cada 15 dias e extraordinariamente, conforme a necessidade. § 5º - As reuniões da Comissão serão secretariadas por um dos seus membros, escolhido pelo coordenador. § 6º - É vedada a remuneração, a qualquer título, pela participação na Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos. Art. 4º - A Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos tem por atribuições: I - estabelecer diretrizes para a emissão da LETP II - analisar os processos já em curso e os iniciados a partir da data de publicação deste Decreto, visando à concessão da LETP para os que apresentem condições mínimas imediatas para o licenciamento. Art. 5º - Aprovado o requerimento, será concedida a LETP com validade de 1 (um) ano, renovável por igual período, a critério da Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos.

Page 428: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

428 § 1º - Os empreendedores terão prazo de 60 (sessenta) dias, após a concessão da LETP, para dar início ao processo de licenciamento definitivo da área, sob pena de sua suspensão. § 2º - Negado o licenciamento definitivo, a LETP será cassada de imediato. Art. 6º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 17 de maio de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 429: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

429

DECRETO Nº 13.978, DE 24 DE MAIO DE 2010

Institui a Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na ADE da Pampulha e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições, em especial as que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município e Considerando a necessidade da preservação do patrimônio arquitetônico e cultural do Município e da qualidade do meio ambiente na ADE da Pampulha e da manutenção da emissão de ruídos dentro de limites definidos pela legislação vigente, a necessidade de garantir a segurança pública para quem transita naquela região da cidade; decreta: Art. 1º - Fica instituída a Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na Área de Diretrizes Especiais - ADE da Pampulha, com a finalidade de definir regras especiais para a realização de eventos nessa região da cidade, observado o disposto na Lei n° 9.063, de 17 de janeiro de 2005, e no Decreto n° 13.792, de 02 de dezembro de 2009. Art. 2º - À Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na ADE da Pampulha compete: I - consultar os órgãos técnicos pertinentes, para subsidiar as propostas para a criação de condições adequadas para a realização de eventos na área; II - realizar estudos técnicos e avaliar os impactos da realização de eventos na área; III - realizar debates, audiências e consultas públicas sobre a realização de eventos na área; IV - propor instrumentos que viabilizem a realização de eventos na ADE da Pampulha, capazes de garantir a segurança, a limpeza e a proteção do patrimônio público; V - definir regras especiais, que resguardem o interesse público, para a realização de eventos na ADE da Pampulha. Art. 3º - A Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na ADE da Pampulha será composta pelos seguintes membros designados pelo Prefeito: I - 1 (um) representante da Secretaria de Administração Regional Municipal Pampulha, que a presidirá; II - 1 (um) representante da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte S.A. - BELOTUR; III - 1 (um) representante da Assessoria de Comunicação Social; IV - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Governo; V - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; VI - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial; VII - 1 (um) representante da Procuradoria Geral do Município; VIII - 1 (um) representante da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; IX - 1 (um) representante da Secretaria Municipal Adjunta de Esportes; X - 1 (um) representante da Fundação Municipal de Cultura;

Page 430: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

430 XI - 1 (um) representante da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S.A. – BHTRANS. Art. 4º - Caberá à Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na ADE da Pampulha, até o dia 31 de dezembro de 2010, realizar os estudos técnicos necessários, bem como promover os debates, audiências e consultas públicas sobre o assunto, a fim de estabelecer as regras para a realização de eventos na ADE da Pampulha.

Art. 4º com redação dada pelo Decreto nº 14.203, de 2/12/2010 (Art. 1º) Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 24 de maio de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 431: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

431

DECRETO Nº 14.043, DE 22 DE JULHO DE 2010

Institui o Fórum Consultivo de Desenvolvimento Ambiental do Município de Belo Horizonte.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando: - o curso das obras de urbanização, drenagem, projetos e implantação de novas redes pluviais, bacias de detenção, limpeza e tratamento dos córregos existentes na cidade; - que a ocupação urbana do Município de Belo Horizonte impõe a necessidade de um criterioso planejamento, no sentido de avaliar o uso e ocupação do solo sob diversos aspectos, principalmente aqueles relacionados à drenagem das águas pluviais, à impermeabilização de grandes áreas, ao regime de infiltração no solo, à recarga dos lençóis freáticos, ao volume de escoamento superficial das águas de chuva, à capacidade de amortecimento natural das bacias hidrográficas e à possível ocorrência periódica de enchentes na cidade; - a necessidade de melhoria da educação ambiental da comunidade e a necessidade de contribuições de segmentos da sociedade civil atuantes na matéria ambiental, capazes de oferecer propostas destinadas a tornar mais viáveis e eficientes os programas de caráter urbanístico-ambiental desenvolvidos pela Municipalidade, decreta: Art. 1º - Fica criado o Fórum Consultivo de Desenvolvimento Ambiental do Município de Belo Horizonte, de caráter opinativo, vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, destinado à disseminação de informações, à interlocução entre o Poder Público e a sociedade civil e ao acompanhamento dos objetivos, ações e metas dos projetos municipais relacionados às bacias hidrográficas urbanas, em especial às questões relacionadas ao tratamento de leitos fluviais, à urbanização de margens de córregos, à drenagem em áreas ocupadas, à contenção de sedimentos e às demais iniciativas com repercussão no meio ambiente urbano. Art. 2º - Compete ao Fórum Consultivo de Desenvolvimento Ambiental do Município de Belo Horizonte: I - contribuir para que os planos e programas destinados à drenagem pluvial e contenção de sedimentos integrantes do processo de planejamento urbanístico-ambiental sejam compatíveis entre si e com as políticas gerais e setoriais que norteiam a atuação do Executivo Municipal; II - facilitar a participação de especialistas externos ao serviço público municipal nas orientações técnicas relativas ao planejamento urbanístico-ambiental do Município; III - apresentar sugestões e recomendações para o aperfeiçoamento da execução do planejamento urbanístico-ambiental;

Page 432: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

432 IV - opinar sobre questões apresentadas pelo Prefeito ou pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, respeitada a competência dos conselhos municipais para se pronunciarem sobre matérias específicas de sua área de atuação; V - elaborar e aprovar seu regimento interno, disciplinando o exercício de suas atribuições, os ritos de discussão das matérias sujeitas à sua apreciação, e demais aspectos relacionados ao seu funcionamento. Art. 3º - O Fórum Consultivo será composto por representantes do Poder Público e de diversos segmentos da sociedade civil, reconhecidos por seu notório saber na área de preservação do meio ambiente. Art. 4º - O Fórum Consultivo reunir-se-á mediante convocação do Secretário Municipal de Meio Ambiente que o presidirá. Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 22 de julho de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 433: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

433

DECRETO Nº 14.060, DE 6 DE AGOSTO DE 2010

Regulamenta a Lei nº 8.616/03, que “Contém o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte”.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial as que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e Considerando o disposto na Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003 e suas alterações, decreta:

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A aplicação da Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, que contém o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte, e suas alterações, observará ao disposto neste Decreto. Art. 2º - Dependem de prévio licenciamento, ressalvadas as exceções previstas no Código de Posturas e neste Decreto: I - as operações de construção, conservação e manutenção e o uso do logradouro público; II - as operações de construção, conservação e manutenção e o uso da propriedade pública ou particular, quando tais operações e uso afetarem o interesse público; III - o uso do espaço aéreo e do subsolo. § 1º - A isenção de licenciamento não desobriga o cumprimento das exigências legais e regulamentares pertinentes. § 2º - O protocolo do pedido de licenciamento não autoriza o requerente a exercer as operações de que trata o caput deste artigo. Art. 3º - O licenciamento será feito mediante: I - apresentação de requerimento inicial em formulário próprio; II - apresentação da documentação necessária à instrução do pedido; III - análise do requerimento pelo órgão competente; IV - pagamento das taxas e preços públicos e compensações urbano-ambientais devidos; V - deferimento do requerimento; VI - emissão do Documento Municipal de Licença - DML. Parágrafo único - A documentação exigida nos licenciamentos será especificada nos formulários de requerimento padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, com base no disposto no Código de Posturas e neste Decreto, e

Page 434: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

434 poderão ser obtidos via Internet, sendo vedada a exigência de outros documentos sem a prévia autorização do referido órgão. Art. 4º - Os procedimentos de licenciamento previstos no Código de Posturas e neste Decreto serão normatizados e padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, ouvidos, sempre que necessário, os órgãos responsáveis pelo trânsito, pela limpeza urbana, pelo patrimônio cultural e pelo meio ambiente, bem como por outros assuntos afetos ao objeto do licenciamento. Art. 5º - O prazo máximo para deliberação sobre licenciamento requerido, contado da data da apresentação da documentação completa exigida, é de 30 (trinta) dias, ressalvados os prazos específicos previstos no Código de Posturas e neste Decreto, cabendo recurso da decisão desfavorável, em primeira instância, à Secretaria de Administração Regional Municipal competente e, em segunda instância, à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Parágrafo único - No caso de necessidade de apresentação de documentação complementar, o requerimento será automaticamente indeferido se, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após o recebimento da comunicação pelo requerente, não forem apresentados os documentos exigidos. Art. 6º - O DML é o instrumento de licença, autorização ou permissão para as operações e os usos previstos no art. 2º deste Decreto. Parágrafo único - O documento de licenciamento deve estar afixado em local visível e de fácil acesso à fiscalização. Art. 7º - As informações fornecidas pelo requerente para obtenção do documento de licenciamento dispensado de vistoria prévia serão conferidas pelo agente municipal. § 1º - A divergência entre as informações prestadas e a situação verificada no local torna nulo o documento de licenciamento expedido. § 2º - A declaração de nulidade será feita por despacho fundamentado do agente municipal, assegurando-se ao interessado o contraditório e a ampla defesa. Art. 8º - Salvo disposição expressa em contrário do Código de Posturas, deste Decreto ou de processo licitatório, o documento de licenciamento terá validade de 1 (um) ano, podendo ser renovado sucessivamente, por igual período desde que: I - sejam mantidas todas as condições para o licenciamento inicial; II - as normas da legislação específica não tenham sido alteradas; III - não contrarie interesse público superveniente; IV - seja comprovado o pagamento do preço público correspondente.

Page 435: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

435 Parágrafo único - Caducará a licença passível de renovação, independentemente de ato declaratório, quando não for apresentado pelo titular o respectivo requerimento de renovação dentro do prazo de validade da mesma. Art. 9º - Dos atos do Executivo previstos neste Título que se relacionem a casos omissos ou a interpretação dos dispositivos do Código de Posturas cabe recurso ao Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR, que se manifestará dentro do prazo máximo de 90 (noventa) dias.

TÍTULO II DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DO

LOGRADOURO PÚBLICO

CAPITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 10 - No caso de realização de obra ou serviço, o responsável por dano ao logradouro público deverá restaurá-lo integralmente, sem saliências, depressões, defeitos construtivos ou estéticos, abrangendo toda a largura e extensão do logradouro ao longo da intervenção, imediatamente após o término da obra, conforme parâmetros legais, normas e padrões estabelecidos pelo Executivo. § 1º - Concluída a obra, o licenciado ou a empresa executora, por meio de formulário próprio, fará a Comunicação de Término de Obra em Logradouro Público ao órgão responsável, que fará a vistoria técnica do local. § 2º - Cabe à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana a emissão, após vistoria, do Termo de Aceitação Provisório - TAP e do Termo de Aceitação Definitivo - TAD, relativos à recomposição do logradouro público em conformidade com o Código de Posturas e com este Decreto e livre de entulho ou outro material decorrente da obra. § 3º - O responsável, o licenciado ou a empresa executora da obra responderá por qualquer deficiência técnica que comprometa a estabilidade da mesma pelo prazo irredutível de 5 (cinco) anos, a partir da data de emissão do Termo de Aceitação Provisório - TAP. § 4º - A realização de obra decorrente da responsabilidade prevista no § 3º deste artigo enseja a emissão de novo Termo de Aceitação Provisório - TAP e o reinício da contagem do prazo previsto no referido dispositivo. Art. 11 - A faixa de pedestre na via pública deve ter largura compatível com o volume de pedestres e garantir, por meio de demarcação com sinalização horizontal, passagem separada em ambos os sentidos, evitando colisão entre os pedestres.

Page 436: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

436 § 1º - Em locais de grande intensidade de fluxo de veículos e de pedestres será adotada, preferencialmente, travessia nivelada com o meio-fio, observadas as normas técnicas de acessibilidade e o Código de Trânsito Brasileiro. § 2º - Os passeios lindeiros a travessias de pedestres que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo deverão ser dotados de rampa de acesso construída junto à faixa de pedestre, em sua continuação, garantindo a acessibilidade do trajeto. § 3º - Nas vias em que não houver faixa ou outra sinalização para travessia de pedestres, a rampa de acesso para travessia de portador de deficiência somente poderá ser executada caso o logradouro correspondente apresente inclinação longitudinal máxima de 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento). § 4º - O canteiro central ou ilha de canalização de tráfego interceptados por faixa de travessia de pedestres terão rampas, nos termos do parágrafo anterior, ou serão nivelados com a pista de rolamento, desde que devidamente sinalizados. § 5º - Não será permitida a colocação de caixa coletora de água pluvial, grade ou boca de lobo na sarjeta lindeira à faixa de travessia de pedestres.

CAPÍTULO II DO PASSEIO

Art. 12 - Excetuada a hipótese prevista no § 2º do art. 12 do Código de Posturas, é obrigação do proprietário a construção, manutenção e conservação, em perfeito estado, de passeio em frente à testada do imóvel lindeiro a logradouro público, com estrita observância das demais normas prescritas neste Capítulo. § 1º - Os atos previstos no caput deste artigo independem de licenciamento. § 2º - Cabe ao Executivo a reconstrução ou conserto de passeio no caso de alteração de nivelamento, redução ou estrago ocasionado por preposto seu ou por arborização. Art. 13 - Caso o passeio não seja construído pelo proprietário do imóvel lindeiro no prazo legal previsto, o mesmo poderá ser executado pelo Executivo, cobrada a respectiva despesa, nela incluindo a contratação de mão-de-obra temporária necessária à execução da obra, com acréscimo da taxa de administração. Parágrafo único - A execução do serviço pelo Executivo não dispensa o proprietário do pagamento das multas aplicadas antes da execução do passeio. Art. 14 - O revestimento do passeio deverá ser de material antiderrapante, resistente e capaz de garantir a formação de uma superfície contínua, sem ressalto ou depressão, ficando vedado:

Page 437: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

437 I - mosaico do tipo português, em logradouros com declividade superior a 10% (dez por cento); II - o uso de pedra polida, marmorite, pastilhas, cerâmica lisa e cimento liso. § 1º - A Secretaria Municipal de Políticas Urbanas definirá, por meio de Portaria, os padrões para o revestimento de passeios, conforme a especificidade das regiões do Município, podendo, inclusive, fixar prazos para a adaptação dos existentes. § 2º - Os padrões deverão ser obedecidos inclusive para acréscimos posteriores aos passeios. Art. 15 - O rebaixamento de meio-fio para acesso de veículos às edificações e o rampamento do passeio deverão atender as seguintes condições: I - o rebaixamento de meio-fio deverá ter a mesma extensão da largura do acesso a veículos, podendo esta ser acrescida de 0,50 m (cinquenta centímetros) de cada lado, respeitada a extensão máxima definida no inciso V deste artigo; II - o comprimento da rampa de acesso não poderá ultrapassar 1,0 m (um metro) e deverá ser perpendicular ao alinhamento do meio-fio, respeitada a faixa reservada ao trânsito de pedestre; III - o acesso de veículos situar-se-á a uma distância mínima de 5,0 m (cinco metros) do alinhamento do meio-fio da via transversal no caso de esquina; IV - da instalação do acesso de veículos não poderá resultar prejuízo para a arborização pública, cuja remoção poderá, excepcionalmente, ser autorizada, com anuência do órgão ambiental competente, sendo o custo de responsabilidade do requerente; V - para cada 10 m (dez metros) de testada de terreno será permitido um acesso com extensão de até 4,80 m (quatro metros e oitenta centímetros), podendo haver acessos subsequentes; VI - quando separados, a distância mínima entre dois rebaixamentos, em frente a um mesmo lote, será de 5,20 m (cinco metros e vinte centímetros). Parágrafo único - Os acessos de veículos em postos de abastecimento deverão atender às normas específicas do órgão municipal responsável pelo trânsito, sendo admitido rebaixamento de meio-fio com parâmetros diferentes dos definidos neste artigo. Art. 16 - Na hipótese em que a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo possibilite a utilização do afastamento frontal como área de estacionamento, havendo conflito entre a circulação de pedestres e a de veículos, o Executivo poderá autorizar que a área reservada ao trânsito de pedestre seja transferida para junto do alinhamento da edificação, ficando a área de estacionamento no mesmo plano da via. § 1º - A utilização do afastamento frontal e do passeio em conformidade com o disposto no caput deste artigo fica condicionada à: I - emissão de parecer favorável pelo órgão municipal responsável pelo trânsito; II - construção de passeio junto à edificação, em conformidade com os parâmetros legais e padrões de revestimento estabelecidos;

Page 438: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

438 III - integração do passeio construído aos passeios vizinhos, assegurando a continuidade do fluxo de pedestres; IV - demarcação ou revestimento da área destinada a estacionamento de veículos com material diferenciado, em conformidade com padronização estabelecida pelo órgão municipal responsável pelo trânsito. § 2º - A autorização prevista no caput deste artigo será de caráter provisório e deverá ser requerida à Secretaria de Administração Regional Municipal competente, podendo ser revogada pelo Executivo em caso de manifesto interesse público. § 3º - Enquanto durar a utilização prevista no caput deste artigo, as vagas de estacionamento criadas ficam destinadas a uso privativo. Art. 17 - O afastamento frontal mínimo das edificações em terrenos lindeiros a vias arteriais e de ligação regional deve dar continuidade ao passeio, não sendo permitida a instalação de elementos construtivos, exceto pilares de sustentação, respeitado o livre trânsito no local. Parágrafo único - As regras referentes às operações de construção, manutenção e conservação do passeio contidas no Código de Posturas e neste Decreto aplicam-se também ao afastamento frontal mínimo configurado como extensão do passeio a que se refere o caput deste artigo. Art. 18 - As águas pluviais serão canalizadas por baixo do passeio até a sarjeta lindeira à testada do imóvel respectivo, sendo proibido seu lançamento sobre o passeio, inclusive através de abertura de drenos para passagem de águas em muro de alinhamento frontal. Art. 19 - A construção, reconstrução, conservação e manutenção do passeio, além das demais regras, deve respeitar: I - largura correspondente a 20% (vinte por cento) da largura da via constante no Cadastro de Planta de Parcelamento do Solo - CP, com o meio-fio a 0,20 m (vinte centímetros) de altura em relação à sarjeta; II - declividade longitudinal paralela à da pista de rolamento; III - declividade transversal variando de 1% (um por cento) a 3% (três por cento), em direção ao meio-fio. Art. 20 - A construção de degrau na faixa reservada ao trânsito de pedestre sujeita-se às seguintes regras: I - é vedada em passeio com declividade inferior a 14% (quatorze por cento); II - é admitida em passeio com declividade igual ou maior a 14% (quatorze por cento) e menor ou igual a 25% (vinte e cinco por cento); III - é obrigatória em trechos de passeios com declividade acima de 25% (vinte e cinco por cento).

Page 439: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

439 Parágrafo único - Para as situações previstas nos incisos II e III do caput deste artigo devem ser respeitadas as seguintes características construtivas: I - espelho dos degraus com altura máxima de 0,20 m (vinte centímetros) e piso mínimo de 0,25 m (vinte e cinco centímetros); II - uniformidade das dimensões dos degraus; III - patamares a cada 20 (vinte) degraus, no máximo. Art. 21 - A faixa do passeio reservada ao trânsito de pedestres no passeio deverá localizar-se, junto ao alinhamento do lote ou à faixa ajardinada contígua a ele, garantida a continuidade do fluxo de pedestres com os passeios vizinhos. § 1º - No caso de passeio com medida inferior a 2,00 m (dois metros) a largura mínima da faixa reservada a trânsito de pedestres será de 75% (setenta e cinco por cento) da largura desse passeio. § 2º - Será admitida a redução da largura da faixa do passeio reservada ao trânsito de pedestres no caso de colocação de mesas e cadeiras no passeio, nos termos do art. 78 do Código de Posturas, apenas no horário que constar do DML, garantida a continuidade do fluxo ao longo do passeio. Art. 22 - A implantação de faixa ajardinada no passeio é: I - admitida, desde que mantida a largura mínima da faixa reservada ao trânsito de pedestres; II - obrigatória, quando prevista em projeto urbanístico específico; III - proibida em passeios com elevado fluxo de pedestres, a critério do órgão municipal responsável pelo trânsito. § 1º - Quando localizada junto ao meio-fio a faixa ajardinada deve ser somente gramada. § 2º - A faixa ajardinada deverá estar no mesmo nível da faixa pavimentada contígua do passeio e poderá estar delimitada por elemento com altura máxima de: I - 0,10 m (dez centímetros), quando localizada junto ao meio-fio; II - 0,30 m (trinta centímetros), quando localizada junto ao alinhamento do lote lindeiro.

CAPÍTULO III DA ARBORIZAÇÃO

Art. 23 - Somente o Executivo poderá executar, ou delegar a terceiro, as operações de plantio, transplantio, poda e supressão de árvores localizadas no logradouro público, após orientação técnica do setor competente. § 1º - Excetua-se do disposto no caput o plantio das árvores previstas em projeto arquitetônico e arborização de novos parcelamentos aprovados pelo Executivo.

Page 440: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

440 § 2º - O proprietário interessado em qualquer das operações previstas no caput apresentará requerimento próprio ao Executivo, que o submeterá a exame de seu órgão competente. § 3º - No caso de supressão, para atendimento a interesse específico de particular, deferido o requerimento, cabe ao interessado a obrigação de plantar novo espécime na área indicada, sem prejuízo da reparação ambiental definida pela legislação específica. Art. 24 - Os danos ao logradouro público ou a mobiliário urbano causados nas operações de transplantio, supressão e poda de árvores, bem como outras que se fizerem necessárias para a conservação e a manutenção da arborização urbana, deverão ser imediatamente reparados por aquele que vier a promovê-los.

CAPÍTULO IV DA EXECUÇÃO DE OBRA OU SERVIÇO

Seção I

Disposições Preliminares Art. 25 - Considera-se obra em logradouro público a intervenção nele executada, de caráter provisório ou definitivo. § 1º - As normas e exigências previstas neste Capítulo aplicam-se: I - às obras referentes à prestação de serviços públicos ou privados; II - à realização de serviço de manutenção ou reparo de qualquer natureza em instalação ou equipamento; III - obras em logradouro público de responsabilidade do Poder Público. § 2º - As regras contidas neste Capítulo regulam: I - o licenciamento; II - a fiscalização; III - o acompanhamento; IV - a recomposição dos logradouros públicos abrangidos pela obra; V - a aceitação provisória e definitiva de obras realizadas em logradouros públicos. Art. 26 - A - A instalação de mobiliário urbano subterrâneo deverá ser feita conforme projeto previamente licenciado, ficando suas caixas de acesso na faixa destinada a mobiliário urbano. § 1º - Compete à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana o licenciamento para a execução de obras em dutos subterrâneos. § 2º - Será realizado chamamento público para a realização de obras em dutos subterrâneos sempre que houver solicitação para realização dessas intervenções por uma concessionária.

Page 441: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

441 § 3º - O requerente ao qual for concedida licença para a realização de obras no logradouro público deverá fazer publicar em jornal de grande circulação no Município, nota informativa relativa à intervenção autorizada, nos termos do § 2º deste artigo, para apurar a existência de outros interessados na realização de obras no mesmo local, os quais deverão se manifestar no prazo de 10 (dez) dias. § 4º - Os eventuais interessados deverão apresentar os respectivos projetos de realização de obras no local indicado pelo edital de chamamento público, no prazo assinalado pelos órgãos indicados no § 1º deste artigo. § 5º - Concluídas as obras objeto do chamamento público, novas intervenções no local ficam proibidas durante 5 (cinco) anos.

Seção II Das Responsabilidades

Art. 27 - São considerados aptos a elaborar projetos e executar obras os profissionais legalmente habilitados para o exercício da atividade, aqui denominados responsáveis técnicos, bem como as empresas constituídas por esses profissionais. Parágrafo único - São deveres da concessionária, da empresa executora e do responsável técnico, nos limites das respectivas competências: I - prestar, de forma inequívoca, informações ao Executivo Municipal; II - elaborar os projetos de acordo com a legislação vigente; III - executar a obra licenciada conforme a legislação pertinente; IV - cumprir todas as diretrizes e exigências técnicas determinadas pelos órgãos competentes municipais, estaduais e federais, conforme o caso; V - adotar medidas de segurança para resguardar a integridade das pessoas, das redes de infra-estrutura urbana, da vegetação presente e da propriedade pública e privada.

Seção III Do Projeto

Art. 28 - O projeto de obra no logradouro público deverá ser apresentado conforme padronização gráfica determinada em Portaria da Secretaria Municipal de Regulação Urbana e deverá conter: I - a indicação do local e detalhamento da obra a ser licenciada, com o método de intervenção (destrutivo ou não destrutivo) e a representação da recomposição da pavimentação; II - a indicação da localização do canteiro de obra ou serviço de escritório; III - a indicação da localização de todos os elementos, mobiliários urbanos, áreas ajardinadas e arborização existentes;

Page 442: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

442 IV - autorização do órgão municipal responsável pelo trânsito quando houver interdição de via pública, ainda que parcial. § 1º - A intervenção em pista de rolamento, sobretudo a realizada em cruzamento de vias, deverá ser feita pelo Método Não Destrutivo -MND, exceto nos casos de impossibilidade técnica. § 2º - Havendo falhas na arborização, ao longo do trecho abrangido pela obra, o Executivo poderá determinar a inclusão no projeto do plantio de vegetação, a critério do órgão ambiental. § 3º - Deverão ser respeitadas as diretrizes determinadas Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte responsável, sempre que a intervenção, no passeio ou na via pública, se localizar em área protegida e que constitua patrimônio cultural, histórico, artístico e paisagístico do Município.

Seção IV Do Licenciamento de Obra em Logradouro Público

Art. 29 - Para abertura do processo de licenciamento para execução de obra ou serviço em logradouro público do Município será exigida a apresentação de: I - registro fotográfico anterior à intervenção; II - projeto, contendo, inclusive as providências que garantirão o trânsito seguro de pedestre e veículo, devidamente sinalizado; III - cronograma de execução; IV - designação da empresa executora com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica; V - comprovação de pagamento das taxas, preços públicos e compensações urbanísticas correspondentes. Art. 30 - A execução de obra, reparo ou serviço que atingir faixa ajardinada ou envolver poda ou remoção de elemento arbóreo dependerá de prévia autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art. 31 - A decisão referente ao licenciamento ocorrerá em até 7 (sete) dias, a contar da data de protocolo do requerimento devidamente instruído com os documentos exigidos. Art. 32 - É dispensado o licenciamento prévio para a execução de obra ou serviço necessário para evitar colapso de serviço público ou risco à segurança. § 1º - Nas execuções a que se refere o caput deste artigo, o licenciamento prévio será substituído por comunicado escrito ao Executivo, a ser feito no prazo de até 1 (um) dia útil após o início da execução da obra ou serviço, e por requerimento de licenciamento posterior, que deverá ser feito dentro de 7 (sete) dias úteis após o referido comunicado.

Page 443: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

443 § 2º - Após o término da execução deverá ser apresentado o “as built”. Art. 33 - O Alvará de Obras em Logradouro Público conterá os lançamentos sobre fixação da data de início e término da obra, horários para execução da obra tendo em vista o logradouro em que ela será executada, eventuais alterações quanto aos prazos de desenvolvimento dos trabalhos, proteções, sinalizações e terá prazo de validade compatível com o cronograma de execução aprovado. § 1º - Não sendo possível a conclusão da obra no prazo especificado no Alvará, deverá ser solicitada, durante a sua vigência, sua renovação, mediante justificativa técnica. § 2º - Somente será admitida a renovação do Alvará uma única vez.

Seção V Da Execução da Obra em Logradouro Público

Art. 34 - Havendo necessidade técnica de alteração do método construtivo ou do local de obra já licenciada, deverá ser apresentada justificação prévia ao órgão responsável pelo licenciamento que, para autorizar a modificação, poderá exigir a apresentação de projeto com a nova situação ou a abertura de novo processo de licenciamento. Art. 35 - No caso de abertura de valas na pista de rolamento, deverá ser garantido o acesso às garagens dos lotes lindeiros à via e a passagem de, pelo menos, um veículo por faixa de trânsito, devendo ser utilizado, na obra de recomposição do logradouro, material de resistência compatível com o fluxo de veículos. Parágrafo único - Enquanto a obra estiver paralisada, toda a extensão da vala deverá estar coberta por chapas metálicas, de maneira a permitir o livre uso da via pública. Art. 36 - Além das condições expressamente previstas no Código de Posturas, a execução de obra em logradouro público deve observar as seguintes exigências: I - o logradouro público deve ser mantido limpo durante a obra; II - o material removido deve ser transportado, observando-se as disposições do Capítulo VI do Título V do Código de Posturas e do Regulamento de Limpeza Urbana, no que couber; III - o material escavado ou estocado, em quantidade adequada à sua imediata utilização, pode ser guardado ao lado do meio-fio ou sobre a calçada, desde que protegido e retido de modo a evitar o seu transbordo, a obstrução de bocas-de-lobo e o bloqueio do curso de águas pluviais; IV - deve ser afixada placa no local, contendo a identificação da concessionária, da empresa executora, do responsável técnico, do número do processo de licenciamento e do número do Alvará. Art. 37 - No caso de interdição de trecho do logradouro público é obrigação dos responsáveis pela obra a garantia de segurança aos pedestres, devendo ser feita por

Page 444: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

444 delimitação de corredor de largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), por meio de tapume, tela de proteção ou outro material adequado, sinalizado com placas ou bandeirolas, visíveis a pedestres e condutores de veículos, localizado: I - entre o alinhamento do meio-fio e o espaço utilizado pela obra ou entre este e o alinhamento dos lotes lindeiros, conforme o caso, se houver interdição parcial do passeio público em sentido longitudinal; II - na pista de rolamento, a partir do alinhamento do meio-fio, no caso de interdição total do passeio público no sentido transversal. § 1º - A delimitação do corredor para o trânsito de pedestres na via pública depende de parecer favorável do órgão municipal responsável pelo trânsito, que poderá estabelecer largura mínima diferenciada. § 2º - A demarcação do corredor deverá conter sinalização especial noturna, caso necessário. § 3º - O corredor deverá garantir a acessibilidade e o trânsito da pessoa portadora de deficiência física. Art. 38 - Os responsáveis pela realização das obras previstas neste Decreto e no Código de Posturas que causarem dano de qualquer natureza a logradouro público ou terrenos lindeiros, são obrigados a executar as obras corretivas necessárias à sua recomposição, no prazo de 7 (sete) dias, prorrogáveis somente mediante justificativa contida em laudo técnico.

Seção VI Da Recomposição do Logradouro Público

Art. 39 - O responsável pela execução de obra ou serviço em logradouro público deverá restaurá-lo integralmente, sem saliências, depressões, defeitos construtivos ou estéticos, abrangendo toda a largura e extensão do logradouro ao longo da intervenção. § 1º - A recomposição da pista de rolamento deverá observar o nivelamento dos Poços de Visita - PVs, bocas-de-lobo e grelhas de drenagem pluvial já existentes na via ou executadas na nova intervenção. § 2º - Havendo abertura de vala na pista de rolamento, a recomposição da pavimentação deverá ser feita com o mesmo tipo de material encontrado. § 3º - A sinalização de trânsito, horizontal ou vertical, danificada no local de intervenção, deverá ser reimplantada conforme especificações técnicas do órgão municipal responsável pelo trânsito.

Page 445: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

445 Art. 40 - A recomposição do passeio deverá ser do alinhamento do lote até o meio fio e atender aos parâmetros legais e, se for o caso, aos padrões de acabamento estabelecidos pelo Executivo.

TÍTULO III DO USO DO LOGRADOURO PÚBLICO

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 41 - É proibida a instalação precária ou permanente de obstáculo físico ou de equipamento de qualquer natureza no logradouro público ou projetado sobre ele, salvo nos casos permitidos pelo Código de Posturas, desde que regularmente licenciados. Art. 42 - Dependerá de parecer favorável do órgão responsável a utilização: I - de logradouro público tombado ou inserido em conjunto urbano tombado; II - de praça; III - de parque; IV - de espaço livre de uso público.

CAPÍTULO II DA INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO URBANO

Seção I

Disposições Gerais Art. 43 - A instalação de mobiliário urbano em logradouro público e em afastamento frontal configurado como extensão do passeio depende de prévio licenciamento, em processo definido neste capítulo. § 1º - O licenciamento de mobiliário urbano em afastamento frontal configurado como extensão do passeio fica condicionado à autorização, por escrito, do proprietário do imóvel. § 2º - A faixa destinada a mobiliário urbano, junto ao meio-fio, pode ser ajardinada. § 3º - A instalação de mobiliário urbano considerada de risco para a segurança pública, tais como relógio e termômetro, abrigo para passageiros de transporte coletivo, monumento, poste, mastro, defensa de proteção para pedestre e outros, depende de apresentação de responsável técnico devidamente habilitado. § 4º - É vedada a instalação de mobiliário urbano: I - prejudicial à segurança e ao trânsito de veículo ou pedestre; II - que comprometa a estética da cidade; III - que interfira na visibilidade de bem tombado;

Page 446: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

446 IV - que interfira na arborização. Art. 44 - Fica mantida a Comissão de Mobiliário Urbano, instituída pelo art. 42 do Decreto n° 11.601, de 9 de janeiro de 2004, composta por representantes dos órgãos de gestão urbana, ambiental, cultural, de trânsito e de limpeza do Município, à qual compete: I - propor tipos e padrões de mobiliário urbano, exceto os de caráter artístico; II - recomendar a autorização para veiculação de publicidade em mobiliário urbano; III - sugerir padrões específicos de mobiliário para determinada região da cidade; IV - definir parâmetros para quantificação de mobiliário urbano e critérios de prioridade para localização, posicionamento e modo de instalação; V - opinar em processo de licenciamento para a instalação, em logradouro público, de mobiliário não mencionado no Código de Posturas ou neste Decreto; VI - relacionar quais os demais mobiliários urbanos cuja instalação, que, por gerar risco à segurança pública, deverá atender à exigência do § 3º do art. 43 deste Decreto; VII - determinar a transferência imediata do mobiliário urbano que prejudique a segurança, o trânsito de veículos ou de pedestres ou que comprometa a estética da cidade. § 1º - A padronização de mobiliário urbano observará critérios técnicos e dela constarão, para cada padrão e tipo, as seguintes condições, dentre outras: I - dimensão; II - formato; III - cor; IV - material; V - espaço para exploração de publicidade, quando for o caso; VI - sistema de fixação e modo de instalação; VII - tempo de permanência; VIII - horário de instalação, substituição ou remoção; IX - posicionamento no logradouro público, especialmente em relação a outro mobiliário urbano. § 2º - Poderão ser adotados diferentes padrões para cada tipo de mobiliário urbano e acoplar dois ou mais tipos. § 3º - A localização e o desenho do mobiliário urbano deverão ser definidos de forma a evitar danos ou conflitos com a arborização urbana.” § 4º - A representação do órgão de gestão urbana será exercida, no mínimo, por um agente de fiscalização urbanística. § 5º - As deliberações da Comissão de Mobiliário Urbano, contendo os padrões por ela aprovados, produzirão efeitos após homologação pelo Prefeito.

§ 5° acrescentado pelo Decreto n° 15.116, de 08/01/2013 (art. 1°)

Page 447: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

447 Art. 45 - O órgão municipal responsável pelo trânsito solicitará à Secretaria de Administração Municipal Regional competente a retirada imediata do mobiliário urbano que comprometa o trânsito de veículos ou de pedestres. Art. 46 - A instalação de mobiliário urbano em frente a imóvel tombado, em conjunto urbano tombado, em praça, em parque ou em área verde dependerá de parecer favorável do órgão responsável pela gestão destes espaços. Art. 47 - A renovação do DML está condicionada à não alteração do modelo padronizado autorizado, além do cumprimento das demais condições estabelecidas pela Comissão de Mobiliário Urbano, no Código de Posturas e neste Decreto. Art. 48 - O mobiliário urbano destinado ao exercício de atividade geradora de resíduos deve ser dotado de coletor de lixo.

Seção II Da Mesa e Cadeira

Art. 49 - A área a ser destinada à colocação de mesa e cadeira é a do afastamento frontal da edificação, desde que tal afastamento não seja configurado como extensão do passeio, nos termos do art. 17 deste Decreto, e se respeitem os limites com o passeio. Parágrafo único - A colocação de mesa e cadeira na área de afastamento frontal de que trata o caput deste artigo independe de licenciamento. Art. 50 - Independentemente do uso do afastamento frontal, a colocação de mesa e cadeira poderá ser feita, mediante licenciamento, alternativamente: I - no passeio, desde que o mesmo tenha largura igual ou superior a 3,00 m (três metros); II - no espaço do quarteirão fechado; III - na área de estacionamento de veículos em via pública local lindeira à testada do imóvel correspondente ao estabelecimento, quando o passeio tiver largura inferior a 3,00 m (três metros), mediante avaliação do Executivo; IV - na via pública, nos casos de feira ou evento regularmente licenciado. § 1º - Na hipótese de utilização de área de passeio e de afastamento frontal configurado como sua extensão para a colocação de mesa e cadeira, deverá ser reservada faixa de pedestre, livre de qualquer obstáculo, inclusive de mobiliário urbano, com largura mínima de 1,00 m (um metro), respeitado o seguinte: I - que o passeio lindeiro ao afastamento frontal utilizado para colocação de mesa e cadeira tenha largura igual ou superior a 2,00 m (dois metros); II - que o espaço utilizado não exceda a fachada da edificação, exceto se contar com a anuência do vizinho lateral; III - que sejam observadas as regras aplicáveis da Seção I deste Capítulo, referentes à instalação de mobiliário urbano em passeio.

Page 448: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

448 § 2º - O licenciamento para a colocação de mesa e cadeira na área prevista no inciso III do caput deste artigo será permitido mediante a instalação de tablado removível protegido, que não impeça o escoamento de água pluvial, e poderá exceder a testada do imóvel correspondente ao estabelecimento se contar com a anuência do vizinho lateral. § 3º - O tablado removível a que se refere o § 2º deste artigo somente poderá permanecer no local no horário definido no DML. § 4º - A concessão de licença para a colocação de mesa e cadeira fica vinculada à observância dos limites de emissão de ruídos, de sons e de vibrações definidos na Lei nº 9.505, de 23 de janeiro de 2008. Art. 51 - Para abertura do processo de licenciamento a que se refere o art. 50 deste Decreto, será exigida a apresentação, dentre outros documentos, de: I - cópia do Alvará de Localização e Funcionamento; II - layout da ocupação do espaço pretendido com todas as dimensões e indicação da faixa reservada ao trânsito de pedestres, do mobiliário urbano existente, inclusive arborização, e da barreira removível, que deverá privilegiar a paisagem urbana, com a colocação preferencial de floreiras ou vasos ornamentais. Art. 52 - A área do afastamento frontal utilizada para a colocação de mesa e cadeira será computada como área útil do estabelecimento, no cálculo da área máxima permitida, para fins de licenciamento da atividade. Parágrafo único - A área de que trata o caput deste artigo: I - não será considerada para efeito de cálculo da taxa a ser recolhida relativa ao licenciamento da atividade; II - deverá constar do Alvará de Localização e Funcionamento. Art. 53 - O horário permitido para a colocação de mesa e cadeira constará do DML e será fixado pelo órgão responsável pelo licenciamento em função das condições locais de sossego ou de segurança pública e do trânsito de pedestre, devendo estar contido no seguinte limite de horário: I - das 7:00h (sete horas) às 23:00h (vinte e três horas), em logradouro com reduzido fluxo de pedestre; II - das 11:00h (onze horas) às 23:00h (vinte e três horas), em logradouro com médio fluxo de pedestre; III - das 18:00h (dezoito horas) às 23:00h (vinte e três horas), de segunda a sexta - feira e das 7:00h (sete horas) às 23:00h (vinte e três horas), nos sábados, domingos e feriados, em logradouro com intenso fluxo de pedestre; IV - das 11:00h (onze horas) às 23:00h (vinte e três horas) na Zona Hipercentral - ZHIP, na Zona Central de Belo Horizonte - ZCBH, na Zona Central do Barreiro - ZCB e na Zona Central de Venda Nova - ZCVN, nos sábados.

Page 449: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

449 § 1º - A permanência de mesas e cadeiras colocadas sobre o passeio e sobre o afastamento frontal configurado como sua extensão após o horário limite previsto no DML será admitida mediante observância estrita dos limites de emissão de ruídos previstos na Lei nº 9.505/08, ficando o proprietário do estabelecimento sujeito às penalidades cabíveis em caso de inobservância dos mesmos. Parágrafo único renumerado como § 1º e com redação dada pelo Decreto nº 14.186,

de 12/11/2010 (Art. 1º) § 2º - Na hipótese prevista no § 1º deste artigo, a colocação de mesas e cadeiras fora do horário previsto no DML não constitui infração ao Código de Posturas ou a este Decreto.

§ 2º acrescentado pelo Decreto nº 14.186, de 12/11/2010 (Art. 1º) § 3º - A utilização de mesas e cadeiras em desacordo com o § 1º deste artigo constitui infração grave ao Código de Posturas e sujeita o infrator às penalidades de multa, apreensão e cassação da licença para colocação do mobiliário urbano e do Alvará de Localização e Funcionamento do estabelecimento, nos termos do Anexo I deste Decreto.

§ 3º acrescentado pelo Decreto nº 14.186, de 12/11/2010 (Art. 1º) Art. 54 - Não será realizada vistoria prévia para o licenciamento de mesas e cadeiras, exceto quando se tratar de colocação após as 23:00h (vinte e três horas).

Seção III Do Toldo

Art. 55 - Será admitido apenas 1 (um) toldo do tipo passarela por fachada de edificação. Art. 56 - Para abertura do processo de licenciamento para instalação de toldo, será exigida a apresentação, dentre outros documentos, de: I - cópia do Alvará de Localização e Funcionamento para estabelecimentos não residenciais; II - especificação do tipo de toldo a ser instalado e dos materiais que o compõem; III - planta de situação do imóvel, com o seu respectivo corte, onde será instalado o toldo, indicando sua projeção, suas dimensões e seus afastamentos das divisas ou do alinhamento do lote; IV - croquis do passeio, com a projeção do toldo, dimensões e indicação de mobiliário urbano existente, inclusive arborização, no caso de instalação de toldo sobre o passeio; V - fotografia abrangendo toda a fachada frontal do local de instalação do toldo. Art. 57 - O documento de licenciamento para toldo terá validade permanente, exceto para toldo projetado sobre passeio ou sobre afastamento frontal configurado como extensão do passeio, caso em que terá validade de 1 (um) ano, podendo ser renovada por períodos idênticos. Parágrafo único - A validade permanente a que se refere o caput deste artigo fica condicionada a:

Page 450: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

450 I - pagamento anual dos preços públicos, quando projetado sobre o passeio; II - manutenção do toldo em bom estado de conservação e limpeza.

Seção IV Do Sanitário Público e da Cabine Sanitária

Art. 58 - A instalação de sanitários públicos e cabines sanitárias depende de licenciamento prévio e deverá obedecer a padrões estabelecidos pela Comissão de Mobiliário Urbano. Parágrafo único - A instalação de sanitários somente poderá ocorrer em logradouros dotados de faixa de mobiliário urbano, respeitada as dimensões mínimas da faixa do passeio reservada ao trânsito de pedestres. Art. 59 - O licenciamento dos sanitários públicos e das cabines sanitárias fica condicionado à apresentação de layout da ocupação do espaço pretendido com todas as dimensões e indicação da faixa do passeio reservada ao trânsito de pedestres, do mobiliário urbano e da arborização existentes. Parágrafo único - A instalação dos sanitários públicos e das cabines sanitárias deve observar a localização mais adequada de forma a não obstruir por completo a visibilidade de estabelecimento comercial ou de prestação de serviço localizado imediatamente em frente. Art. 60 - A instalação de cabine sanitária em ponto de táxi deverá ser requerida por, no mínimo, 5 (cinco) permissionários cadastrados pelo órgão municipal responsável pelo trânsito, que serão responsáveis pela instalação e pela manutenção do equipamento. Art. 61 - A instalação das cabines sanitárias em ponto final de linha de ônibus será providenciada pela empresa ou pela cooperativa responsável pelo serviço, sem ônus para os cofres públicos. § 1º - Cabe ao concessionário do serviço a manutenção das cabines sanitárias de forma a proporcionar, durante todo o período de operação da linha, as devidas condições de higiene e conservação. § 2º - As cabines sanitárias serão de uso exclusivo de fiscais, motoristas e trocadores, sendo vedada a sua utilização pelo público. Art. 62 - A mudança da localização do ponto final da linha de ônibus ou do ponto de táxi obriga à realocação da cabine no novo local e à recuperação do espaço em que ela estava instalada, no prazo de 30 (trinta) dias.

Page 451: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

451 Parágrafo único - Não ocorrendo a realocação no prazo fixado, o órgão municipal responsável pelo trânsito acionará a Secretaria de Administração Regional Municipal competente para que tenha início a ação fiscal. Art. 63 - Em praças e parques somente será admitida a instalação de sanitário público, desde que previamente autorizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou pela Fundação de Parques Municipais - FPM.

Seção V Da Banca

Art. 64 - Poderá ser instalada no logradouro público banca destinada ao exercício da atividade prevista na Seção II do Capítulo IV do Título III do Código de Posturas, sendo que sua instalação depende de prévio licenciamento. Art. 65 - Os modelos padronizados de bancas de jornais e revistas serão objeto de Decreto específico. Parágrafo único - Não serão admitidos toldos adaptados aos modelos padronizados, bem como outras alterações no modelo original externo da banca. Art. 66 - A instalação de nova banca ou a substituição de banca existente fica condicionada à autorização expressa da Secretaria de Administração Regional Municipal competente, que indicará, após análise técnica da proposta de implantação da banca pretendida, o modelo a ser adotado, de acordo com o local de instalação, a intensidade do fluxo de pedestres, a visibilidade para o trânsito, a segurança das edificações vizinhas, a preservação da paisagem urbana, a visibilidade de bem tombado, a compatibilização com outros tipos de mobiliário urbano e com a arborização, e demais fatores urbanísticos e condicionantes legais, em especial o disposto na Seção I do Capítulo III do Título III do Código de Posturas. § 1º - A instalação da banca deve observar a localização mais adequada de forma a não obstruir por completo a visibilidade de qualquer estabelecimento comercial ou de prestação de serviço localizado imediatamente em frente. § 2º - O requerimento para licenciamento ou substituição da banca deve ser acompanhado de layout da ocupação do espaço pretendido com todas as dimensões e indicação da faixa de pedestre, do mobiliário urbano e da arborização existentes, além dos afastamentos da banca com relação ao meio-fio, ao alinhamento dos lotes lindeiros e à esquina mais próxima. § 3º - Em nenhuma hipótese será admitido que a banca avance sobre a faixa do passeio destinada ao trânsito de pedestres.

Page 452: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

452 Art. 67 - A instalação ou substituição de bancas existentes em praças e parques depende, ainda, de análise técnica e parecer favorável do órgão municipal de meio ambiente, quanto à conveniência da instalação ou substituição, adequação do modelo pretendido à urbanização, paisagismo, paisagem urbana, uso do espaço pelo público, compatibilização com outros tipos de mobiliário urbano existentes ou a serem implantados, árvores e demais condicionantes técnicos e legais. Art. 68 - A Comissão de Mobiliário Urbano poderá propor padrões diferenciados para determinadas áreas do Município. Art. 69 - A utilização do espaço reservado para publicidade é opcional e seu uso é restrito ao espaço previsto em padronização específica, desde que regularmente licenciados. Art. 70 - Considera-se área da banca, em metros quadrados, a área definida pela projeção dos beirais, excetuando-se deste cálculo a área correspondente ao prolongamento do beiral frontal. Art. 71 - Será permitida base para nivelamento do piso, quando necessário, desde que não ultrapasse 40,00 cm (quarenta centímetros) de altura e se restrinja ao limite das paredes da banca.

Seção VI Do Suporte para Colocação de Lixo

Art. 72 - O suporte fixo para colocação de lixo deverá, cumulativamente: I - servir à edificação de uso exclusivamente residencial; II - possuir área de projeção máxima de 1,00 m² (um metro quadrado); III - possuir altura de 70 cm (setenta centímetros) a 80 cm (oitenta centímetros), contada do piso até sua parte mais alta; IV - ser instalado sobre a faixa destinada a mobiliário urbano; V - não estar localizado em passeio com intenso fluxo de pedestres. Parágrafo único - Nas demais situações, o proprietário do terreno fica obrigado a adotar coletor móvel ou suporte fixo instalado na área do afastamento frontal da edificação. Art. 73 - A instalação, conservação, manutenção e remoção do suporte para exposição de lixo à coleta é de responsabilidade do proprietário do terreno. Art. 74 - A colocação do coletor móvel no passeio ou do lixo no suporte fixo deverá ser feita, no máximo, com 1 (uma) hora de antecedência da realização da coleta pelo serviço de limpeza urbana.

Seção VII Da Caçamba

Page 453: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

453 Art. 75 - A concessão do documento de licenciamento referente a colocação, permanência, utilização e transporte de caçamba em logradouro público, fica condicionada à apresentação de documentação prevista em formulário próprio e recolhimento de preço público referente ao licenciamento por unidade licenciada. § 1º - Para efeito de cálculo da taxa de licenciamento será considerada a unidade a ser licenciada, constituída pelo conjunto de 1 (um) caminhão e, no máximo, 15 (quinze) caçambas. § 2º - O DML será emitido em nome da empresa proprietária da caçamba e terá validade de 1 (um) ano, podendo ser renovada por períodos idênticos. § 3º - O DML deverá conter a identificação da empresa, a placa do caminhão autorizado e o número de caçambas da respectiva unidade. § 4º - Para trafegar, o motorista do caminhão deve portar uma via do respectivo DML. § 5º - A caçamba deverá ser identificada com o nome e CNPJ do licenciado, número da licença, número sequencial e número do telefone da empresa nas faces laterais externas, com dimensões mínimas de 0,50 m (cinquenta centímetros) por 0,50 m (cinquenta centímetros). Art. 76 - A colocação de caçamba em logradouro público deverá obedecer à seguinte ordem de preferência: I - no passeio, na faixa destinada a mobiliário urbano, desde que deixe livre, junto ao alinhamento dos lotes, faixa para circulação de pedestre de no mínimo 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) de largura; II - na via pública, ao longo do alinhamento do meio fio, em sentido longitudinal, não ultrapassando a distância de 0,30 m (trinta centímetros), contada transversalmente a partir do meio fio; III - na via pública, inclinada em relação ao meio fio, desde que obedecida a distância máxima de 2,70 m (dois metros e setenta centímetros) entre o meio fio e o ponto da caçamba mais distante deste. Parágrafo único - Em nenhuma hipótese a caçamba poderá ultrapassar a faixa delimitada para estacionamento de veículos ou distância correspondente. Art. 77 - O horário da operação de colocação e retirada da caçamba, bem como da circulação do caminhão transportador, deve atender ao especificado no Código de Trânsito Brasileiro, nas normas municipais de trânsito e nos artigos 107 a 109 do Código de Posturas, no que couber.

Seção VIII Da Cadeira de Engraxate

Page 454: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

454 Art. 78 - A instalação da cadeira de engraxate depende de padronização pela Comissão de Mobiliário Urbano. Art. 79 - O licenciamento para instalação de cadeira de engraxate, será feito mediante requerimento do interessado e será deferido a critério do órgão competente, desde que haja vagas disponíveis e sejam atendidas as exigências legais.

Seção IX Do Abrigo para Ponto de Ônibus

Art. 80 - O abrigo para ponto de ônibus obedecerá a padrões definidos pela Comissão de Mobiliário Urbano, com modelos e dimensões diferenciados, de modo a corresponder às particularidades do local de instalação e ao número de usuários atendidos.

Seção X Do Quiosque em Locais de Caminhada

Art. 81 - Poderá ser instalado quiosque destinado ao exercício da atividade prevista na Seção VII do Capítulo IV do Título III do Código de Posturas, sendo que sua instalação depende de prévio licenciamento. § 1º - A instalação do quiosque no passeio deverá observar os parâmetros definidos pelo Código de Posturas para mobiliário urbano e faixa reservada ao trânsito de pedestres. § 2º - A instalação do quiosque em praças e parques depende de prévia avaliação e autorização do órgão responsável pela sua gestão. § 3º - A instalação do quiosque deve observar a localização mais adequada de forma a não obstruir por completo a visibilidade de estabelecimento comercial ou de prestação de serviços localizado imediatamente em frente. Art. 82 - A instalação do quiosque deverá observar as seguintes distâncias: I - 20,00 m (vinte metros) com relação aos pontos de embarque e desembarque do transporte coletivo; II - 100,00 m (cem metros) com relação a lojas que comercializem o mesmo produto. Parágrafo único - As distâncias previstas no caput deste artigo serão medidas ao longo do eixo do logradouro. Art. 83 - O quiosque obedecerá a padrões definidos pela Comissão de Mobiliário Urbano, com modelos e dimensões diferenciados, de modo a atender às particularidades do local de instalação e do produto a ser comercializado.

CAPÍTULO III

Page 455: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

455

DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES

Seção I Disposições Gerais

Art. 84 - O exercício de atividades em logradouro público depende de licenciamento prévio junto ao Executivo. § 1º - Cabe à Secretaria de Administração Regional definir os locais e o número de vagas disponíveis, em sua respectiva área de atuação, conforme o tipo de atividade a ser licenciada, sendo que o acréscimo do número de vagas depende de prévia anuência da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas. § 2º - Cabe à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana definir os procedimentos a serem adotados para o licenciamento, inclusive quanto aos documentos necessários, não cabendo exigências adicionais pelo órgão responsável pelo licenciamento. § 3º - A atividade de flanelinha no logradouro público não será licenciada, devendo os agentes municipais de trânsito, no exercício de sua competência para a fiscalização dos estacionamentos nas vias públicas do Município, colaborar com os órgãos de segurança pública competentes, para o combate ao exercício ilegal da atividade. Art. 85 - A utilização de aparelho sonoro somente será admitida: I - em feiras, para comunicação de utilidade pública; II - em evento esporádico, nos termos do art. 98 deste Decreto. Parágrafo único - É vedada a utilização de aparelho sonoro para a veiculação de publicidade. Art. 86 - É vedado o exercício da atividade exclusivamente por meio de preposto, sendo admitida a substituição do titular por um período máximo anual de 60 (sessenta) dias consecutivos. § 1º - O preposto responderá solidariamente por todas as obrigações decorrentes da licença. § 2º - O titular da licença deverá comunicar previamente sua substituição à Secretaria de Administração Regional Municipal competente. § 3º - Cada licenciado poderá indicar 1 (um) preposto. Art. 87 - Quando o documento de licenciamento puder ser transferido, nas hipóteses elencadas no Código de Posturas, o mesmo será substituído constando o nome do

Page 456: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

456 substituto, mediante requerimento deste e comprovação do fato que originou a transferência. Art. 88 - O órgão responsável pelo licenciamento definirá, por meio de instrução normativa, a área de atuação e o horário de exercício de atividade no logradouro público, de acordo com as especificidades locais, devendo, tais restrições, constarem do documento de licenciamento respectivo. Art. 89 - É expressamente proibida a instalação de trailer em logradouro público, à exceção dos que, não se destinando a atividade comercial, tenham obtido anuência do órgão competente para função de interesse público.

Seção II Da Atividade em Banca

Art. 90 - Poderá ser exercida a atividade de comércio em banca fixa instalada em logradouro público, que se sujeita a prévio licenciamento, em processo licitatório. Parágrafo único - O DML para a exploração de comércio em banca será expedido em nome de pessoa física e poderá ser renovado anualmente.

Seção III Da Atividade em Veículo de Tração Humana e Veículo Automotor

Art. 91 - O número de licenciados para atividades em veículos de tração humana e veículo automotor, a delimitação de área de sua respectiva atuação e o sistema de rodízio serão definidos em instrução normativa da Secretaria de Administração Regional Municipal competente, em função da especificidade local e conveniência administrativa. Parágrafo único - A Secretaria de Administração Regional Municipal competente, dependendo das características locais, poderá estabelecer, em área específica, proibições adicionais relativas a horários e a locais para o exercício de atividade comercial em veículos. Art. 92 - Os critérios a serem observados pelo sistema de rodízio da atividade a que trata esta Seção serão definidos pela Secretaria de Administração Municipal Regional competente. Art. 93 - A Comissão de Mobiliário Urbano definirá o padrão do veículo para cada modalidade de comércio. Art. 94 - É permitida a instalação de toldo nos veículos automotores, desde que o mesmo: I - fique restrito à parte traseira; II - seja em balanço com projeção máxima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

Page 457: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

457 Parágrafo único - O uso de publicidade é restrito ao veículo não podendo a área utilizada ultrapassar 50% (cinquenta por cento) da área de carroceria do veículo.

Seção IV Da Atividade de Engraxate

Art. 95 - O procedimento simplificado de licitação para o licenciamento da atividade de engraxate priorizará os candidatos com maior grau de carência socioeconômica. § 1º - Havendo empate, a escolha será feita mediante sorteio. § 2º - O grau de carência socioeconômica será definido pela Secretaria Municipal de Políticas Sociais.

Seção V Do Evento

Art. 96 - O processo de licenciamento para a realização de evento no logradouro público será deliberado pela Secretaria de Administração Regional Municipal competente, observadas as recomendações dos órgãos de gestão urbana e ambiental, de segurança e de trânsito. Art. 97 - O licenciamento para a realização de evento no logradouro público deve atender, ainda, ao disposto na legislação específica, em especial nas Leis nº 8.762, de 16 de janeiro de 2004, e nº 9.063, de 17 de janeiro de 2005 e suas regulamentações. Art. 98 - Entende-se como evento esporádico no mesmo local aquele situado em raio de distância inferior a 300,00m (trezentos metros) em relação ao local licenciado. Parágrafo único - O órgão de gestão regional definirá o número de eventos permitidos em cada local, observando-se a natureza dos eventos e as especificidades locais. Art. 99 - Em função das especificidades do local e do evento, os órgãos referidos no art. 96 deste Decreto poderão exigir informações adicionais àquelas exigidas no ato do requerimento. Parágrafo único - No caso de utilização de publicidade deverá ser indicada a área destinada à instalação de engenhos, ficando o licenciamento condicionado ao recolhimento da taxa devida.

Seção VI Da Feira

Page 458: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

458 Art. 100 - As comissões paritárias de cada modalidade de feira serão compostas por: I - 6 (seis) representantes do Executivo e igual número de suplentes, indicados pelo Prefeito; II - 6 (seis) representantes dos feirantes e igual número de suplentes, eleitos em assembléia especialmente convocada para este fim, pelo Executivo. Parágrafo único - O regimento interno da comissão paritária definirá as regras de funcionamento e de realização das reuniões, que serão presididas por um dos representantes do Executivo.

CAPÍTULO IV DA INSTALAÇÃO DE ENGENHO DE PUBLICIDADE

Art. 101 - A análise de processo de licenciamento de engenho de publicidade em local em que, de qualquer maneira, o engenho prejudique a sinalização de trânsito ou outra destinada à orientação pública, ou ainda, em que possa causar insegurança ao trânsito de veículos e pedestres, especialmente em viaduto, ponte, canal, túnel, pontilhão, passarela de pedestre, passarela de acesso, trevo, entroncamento, trincheira, elevado e similares será baseado em parecer prévio do órgão municipal responsável pelo trânsito. Art. 102 - Será considerado mobiliário urbano de pequeno porte aquele que atender a um dos seguintes requisitos: I - possuir até 10 cm (dez centímetros) de altura e área de projeção até 3 m² (três metros quadrados); II - possuir até 50 cm (cinquenta centímetros) de altura e área de projeção até 1,50 m² (um e meio metros quadrados); III - possuir até 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) de altura e área de projeção até 0,50 m² (cinquenta centímetros quadrados). Parágrafo único - A classificação do mobiliário linear, como as cercas e defensas de proteção, levará em conta somente sua altura.

TÍTULO IV DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO, CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DA

PROPRIEDADE

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 103 - A instalação de cerca elétrica ou qualquer dispositivo de segurança que apresente risco de dano a terceiro independe de licenciamento, devendo ser mantida no local a documentação relativa à responsabilidade técnica pela instalação do dispositivo, para apresentação à fiscalização, sempre que solicitada.

Page 459: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

459 Art. 104 - A instalação, a conservação, o funcionamento e a fiscalização de elevadores e outros aparelhos de transporte serão regidos pela Lei nº 7.647, de 23 de fevereiro de 1.999, por este Decreto e demais atos normativos específicos nessa matéria. Art. 105 - Todo proprietário de aparelho de transporte é obrigado a contratar empresa devidamente habilitada, nos termos do art. 6º da Lei nº 7.647/99. Art. 106 - Cada aparelho de transporte terá um livro obrigatório de registro de ocorrências, onde serão anotadas, pelo responsável pela conservação, as datas de suas realizações, os defeitos constatados, as peças substituídas e os serviços realizados, bem como anotações de vistorias realizadas pelos órgãos competentes. Parágrafo único - O Livro de Registro de Ocorrências será padronizado no formato A4, com folhas numeradas, contendo um Termo de Abertura e Encerramento, que deverá ser datado e assinado pelo síndico ou responsável pelo aparelho de transporte, sendo de sua responsabilidade a guarda do livro. Art. 107 - É obrigatório a que seja mantido no local, onde estiver instalado o aparelho de transporte, o contrato de instalação, manutenção ou conservação firmado entre as partes responsáveis pelo aparelho de transporte, assim como o Livro Obrigatório de Registro de Ocorrência, para fins de fiscalização. Art. 108 - A empresa instaladora ou conservadora deverá ser inscrita no cadastro especifico junto ao órgão municipal competente. Art. 109 - O Laudo Técnico de Inspeção Anual, previsto pela Lei nº 7.647/99, deverá ser apresentado de acordo com o modelo aprovado pelo órgão municipal competente, devendo obedecer aos métodos das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e os requisitos mínimos indicados no modelo. § 1º - O Laudo Técnico de Inspeção Anual será emitido após um período de 365 (trezentos e sessenta e cinco dias) a contar do primeiro Laudo Técnico. § 2º - O primeiro laudo será emitido quando o aparelho de transporte for disponibilizado para uso, após o término da obra. § 3º - É obrigatória a emissão de Laudo Técnico, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, quando da assunção e transferência da manutenção e conservação de aparelho de transporte. Art. 110 - A qualquer tempo, a fiscalização poderá determinar a elaboração de laudo técnico em caráter emergencial, em prazo a ser definido de acordo com o risco verificado.

Page 460: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

460 Art. 111 - Na hipótese do proprietário ou responsável pelo aparelho de transporte se recusar a autorizar a execução de serviços de reparo ou manutenção que visem eliminar situações de risco iminente, caberá à empresa instaladora ou conservadora proceder à comunicação imediata ao órgão municipal competente, que realizará vistoria técnica e, sendo constatado o risco iminente, interditará o aparelho de transporte, até que o problema seja sanado. Art. 112 - As empresas conservadoras manterão serviço de prontidão com, no mínimo, 1 (um) técnico capacitado, para atendimento de situações de emergência, funcionando 24 (vinte e quatro) horas por dia, todos os dias da semana, inclusive sábados domingos e feriados. Parágrafo único - Prioritariamente, serão atendidos os casos de acidente com risco à integridade física das pessoas ou passageiro preso, ficando as outras situações emergenciais sujeitas à análise das empresas instaladoras ou conservadoras. Art. 113 - Os equipamentos não poderão ter suas destinações alteradas. § 1º - Entende-se por utilização indevida do aparelho de transporte quando estiver sendo utilizado acima de sua capacidade ou esteja em desacordo com os padrões de uso do mesmo. § 2º - Como paralisação justificada, para os efeitos da Lei nº 7.647, de 1999, entende-se aquelas registradas no Livro de Registro de Ocorrência devidamente fundamentadas e com motivação técnica. § 3º - No inciso VII do art. 18 da Lei nº 7.647, de 1999, entende-se como "falta de inspeção anual" de aparelho de transporte a "falta de apresentação do Laudo Técnico de Inspeção Anual". Art. 114 - A empresa instaladora ou conservadora comunicará mensalmente ao órgão competente os novos contratos de manutenção e conservação assumidos assim como aqueles eventualmente rescindidos. Art. 115 - Na casa de máquinas dos elevadores, além dos equipamentos pertinentes, somente será permitida a instalação de extintores para combate a incêndios, conforme dispuser o respectivo projeto de prevenção e combate a incêndio. Art. 116 - No caso de impossibilidade da empresa instaladora ou conservadora entregar qualquer dos laudos técnicos previstos na Lei nº 7.647/99 e neste capítulo, por recusa do recebimento do mesmo ou por qualquer outro motivo, o documento deverá ser remetido ao responsável pelo aparelho de transporte, pelo correio, com aviso de recebimento.

CAPÍTULO II DO TERRENO OU LOTE VAGO

Page 461: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

461 Art. 117 - O lote, o conjunto de lotes ou o terreno lindeiro a logradouro público dotado de meio-fio será mantido fechado, limpo, drenado e roçado, aplicando-se-lhes as disposições da Lei n° 9.725, de 15 de julho de 2009, que contém o Código de Edificações do Município.

TÍTULO V DA OBRA NA PROPRIEDADE E DE SUA INTERFERÊNCIA EM LOGRADOURO

PÚBLICO

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 118 - O responsável pela modificação das condições naturais do terreno, que cause instabilidade ou dano de qualquer natureza a logradouro público ou a terreno vizinho, é obrigado a executar imediatamente as obras necessárias para sanar o problema. § 1º - As obras necessárias serão acompanhadas por profissional habilitado. § 2º - No caso de comprovação técnica de ausência de risco iminente, deverá ser procedido o licenciamento de acordo com o Código de Edificações e a legislação ambiental. Art. 119 - O tapume, o barracão de obra e o dispositivo de segurança instalados não poderão prejudicar a arborização pública, o mobiliário urbano instalado, a circulação de veículos e pedestres, nem a visibilidade de placa de identificação de logradouro público ou de sinalização de trânsito. Art. 120 - No caso de paralisação de obra por período superior a 120 (cento e vinte) dias, o terreno deverá ser tratado como lote edificado, para efeito de vedação nas divisas laterais e de fundo.

CAPÍTULO II DO TAPUME

Art. 121 - A dispensa de instalação do tapume prevista no inciso II do § 2º do artigo 209 do Código de Posturas fica condicionada à assinatura de termo de responsabilidade por parte do responsável técnico pela obra. Art. 122 - A instalação de tapume no alinhamento do lote independe de licenciamento. Art. 123 - O licenciamento de tapume sobre o passeio poderá ser feito por ocasião da aprovação do projeto arquitetônico, a partir da manifestação prévia do responsável técnico.

Page 462: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

462 Art. 124 - A ocupação do passeio, quando não for possível a destinação de faixa com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), dependerá da criação de alternativa sinalizada e segura para passagem de pedestres com essa largura, caso em que dependerá de anuência do órgão municipal responsável pelo trânsito. Art. 125 - O DML para a instalação de tapume terá validade pelo prazo de duração da obra. § 1º - No caso de o tapume ocupar mais da metade da largura do passeio, o DML vigerá pelo prazo máximo e improrrogável de 1 (um) ano, variável conforme a intensidade do trânsito de pedestres no local, de acordo com aferição do órgão municipal responsável pelo trânsito. § 2º - No caso de paralisação da obra, o tapume colocado sobre passeio deverá ser recuado para o alinhamento do lote no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, contados da paralisação respectiva, sendo que este aviso deve constar do DML. Art. 125-A - Poderão ser provisoriamente instalados no tapume engenhos de publicidade classificados como simples, conforme disposto no inciso I do art. 265 da Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, contendo, exclusivamente, a identificação das pessoas físicas ou jurídicas diretamente envolvidas na realização da obra, tais como construtoras, escritórios de projetos, prestadores de serviços, fornecedores de insumos e agentes financiadores do empreendimento, observando-se, quanto à altura dos mesmos, o limite máximo de 5,00 m (cinco metros).

§ 1º - A autorização prevista no caput deste artigo aplica-se somente a obras licenciadas e fica condicionada à destinação mínima, no tapume, de área equivalente a aquela de exposição dos engenhos de publicidade indicativos para a veiculação de obras artísticas, como pintura, grafite, plotagens e outras formas de representação gráfica. § 2º - A exposição das obras artísticas ocorrerá sob a curadoria da Fundação Municipal de Cultura e será custeada pelo empreendedor responsável pelo tapume. § 3º - Os engenhos de publicidade instalados no tapume deverão guardar, uns dos outros, distância mínima de 0,50 m (meio metro).

Art. 125-A acrescentado pelo Decreto n° 15.155, de 26/02/2013 (Art. 1°)

CAPÍTULO III DO BARRACÃO DE OBRA

Art. 126 - A instalação de barracão de obra sobre o passeio até o limite da área ocupada pelo tapume deverá ser licenciada e observará os requisitos estabelecidos pelo Código de Posturas e por este Decreto e se sujeita, no que couber, às regras previstas para o licenciamento de tapume.

Page 463: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

463 Art. 127 - A instalação de barracão de obra suspenso sobre o passeio além da área ocupada pelo tapume será admitida até a conclusão do primeiro nível da edificação em condições de abrigar a sua instalação. Parágrafo único - O barracão será instalado a pelo menos 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) de altura em relação a qualquer ponto do passeio, sendo admitida a colocação de pontaletes de sustentação na faixa de mobiliário urbano e devendo ser prevista a faixa de passagem de pedestres com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros). Art. 128 - O requerimento para licenciamento de barracão de obra suspenso sobre o passeio será instruído com os seguintes documentos: I - justificativa técnica referente à necessidade de utilização de área além da delimitada pelo tapume para a fase inicial da obra, tendo em vista a movimentação de terra e contenções necessárias; II - planta cotada do passeio, com indicação do barracão, tapume, mobiliário urbano e arborização existentes. Art. 129 - No caso de paralisação da obra, o barracão de obra instalado sobre o passeio deverá ser removido no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, contados da paralisação respectiva, sendo que este aviso deve constar do DML.

CAPÍTULO IV DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Art. 130 - A instalação da tela protetora durante a execução de obra, reforma ou demolição envolvendo toda a fachada da edificação independe de licenciamento, exceto quando utilizada para veiculação de engenho de publicidade.

CAPÍTULO V DA DESCARGA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Art. 131 - A descarga de material de construção será feita no canteiro da respectiva obra, admitindo-se excepcionalmente o uso do logradouro público para tal fim, observadas as determinações contidas no Regulamento de Limpeza Urbana. § 1º - A descarga de material de construção no logradouro público prevista no caput deste artigo deverá ocorrer na área do passeio, desde que no período de sua permanência, bem como durante a realização de operações de carga e descarga, sejam ser garantidas as condições de segurança para o tráfego de pedestres bem como a demarcação de faixa mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) por meio da instalação de, ao menos, cones ou faixas de isolamento.

Page 464: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

464 § 2º - Na hipótese de não ser possível utilizar o espaço do passeio para demarcar a faixa de circulação de pedestres, esta poderá ser demarcada na via pública, no espaço destinado ao estacionamento de veículos. § 3º - No caso de não existir faixa destinada a estacionamento de veículos, a demarcação da faixa de circulação de pedestres na via pública dependerá de anuência do órgão municipal responsável pelo trânsito. § 4º - É vedada, em qualquer caso, a descarga de material de construção na via pública.

CAPÍTULO VI DO MOVIMENTO DE TERRA E ENTULHO

Art. 132 - O movimento de terra e entulho no próprio terreno obedecerá as determinações contidas no Código de Edificações e na legislação ambiental. Parágrafo único - O deslocamento e transporte de material em áreas externas ao terreno, obedecerá às determinações contidas no Código de Posturas, no Regulamento de Limpeza Urbana e neste Decreto. Art. 133 - O movimento de terra e entulho que resulte em deslocamento e transporte de material em áreas externas ao terreno sujeita-se a processo prévio de licenciamento. § 1º - O documento de licenciamento será emitido em nome do proprietário do terreno e terá validade de, no máximo, 6 meses. § 2º - O DML deverá indicar o volume de material a ser transportado, assim como o local do bota-fora ou empréstimo. Art. 134 - O transporte de terra e entulho somente poderá ocorrer se acompanhado de cópia da licença para movimentação de terra e entulho e do formulário para recibo do bota-fora. § 1º - Juntamente com a licença de movimentação de terra ou entulho, será fornecido formulário específico, em três vias, para recibo do bota-fora. § 2º - A primeira via destina-se a devolução ao órgão de licenciamento, quando do termino da movimentação de terra ou entulho, a segunda ao licenciado e a terceira será arquivada no bota-fora até a data definida pelo órgão responsável pelo licenciamento. Art. 135 - O material removido de terraplenagem ou demolição será destinado a local ambientalmente apropriado. § 1º - O requerente poderá indicar local para deposição do material ou para retirada de terra, desde que de propriedade privada e com a concordância do proprietário

Page 465: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

465 comprovada em termo escrito, e se aprovada a indicação pelo órgão municipal de meio ambiente. § 2º - A destinação do material deve ser comprovada pelo licenciado ao órgão competente mediante recibo do agente público responsável pelo local ou do proprietário de área particular. Art. 136 - É proibida a utilização de logradouro público, de parque, de margens de curso d'água e de área verde para bota-fora ou empréstimo, excetuadas as obras de recuperação ou interesse ambiental.

TÍTULO VI

DO USO DA PROPRIEDADE

CAPÍTULO I DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES

Seção I

Disposições Gerais Art. 137 - O DML para atividade não residencial desenvolvida em caráter permanente e em edificação ou equipamento será o Alvará de Localização e Funcionamento, que terá validade de 05 (cinco) anos. § 1º - O DML deverá conter todas as informações necessárias para identificação e descrição da atividade, código da tabela da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE do local e do licenciado, tais como as referentes ao uso licenciado, à área utilizada, ao prazo de validade e às restrições específicas. § 2º - O prazo de validade poderá ser renovado por 05 (cinco) anos, indefinidamente, desde que o empreendimento continue a atender a legislação municipal. Art. 138 - O DML para atividade não residencial desenvolvida em caráter temporário e em edificação ou equipamento será o Alvará de Evento, que terá o prazo de validade do respectivo evento, não podendo ser superior a 3 (três) meses. Art. 139 - As atividades obrigadas a elaborar o laudo técnico descritivo de suas condições de segurança, são as definidas na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. Parágrafo único - O laudo técnico previsto deverá considerar, no mínimo, os seguintes itens de segurança: I - condições de escoamento das pessoas em situação de pânico e suas respectivas saídas de emergência; II - sinalização de emergência e rota acessível;

Page 466: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

466 III - instalação de equipamentos previstos no Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio.

Seção II Da Atividade em Trailer

Art. 140 - É proibida a instalação de trailer em logradouro público e na área delimitada pelo afastamento frontal mínimo exigido pela Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Parágrafo único - Poderá ser excepcionado da regra prevista no caput o trailer que, não se destinando a atividade empresarial, tenha obtido prévia anuência do órgão competente do Executivo. Art. 141 - A instalação de trailer, em caráter temporário ou permanente, sujeita-se a prévio processo de licenciamento previsto na Seção I deste Capítulo. Art. 142 - A utilização de mesa e cadeira no passeio pelo trailer deve atender ao disposto na Seção II, do Capítulo III, do Título III, do Código de Posturas e neste Decreto.

Seção III Da Atividade de Diversão Pública

Art. 143 - Para as atividades de circo e parque de diversões, serão exigidos, pelo menos 2 (dois) banheiros para uso dos frequentadores, sendo um para cada sexo. Parágrafo único - Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo as atividades de circo e parque de diversões deverão contar com, no mínimo, uma instalação sanitária composta de um lavabo e um vaso sanitário para cada 300,00 m2 (trezentos metros quadrados) de área destinada ao uso do público, excetuada a área de estacionamento. Art. 144 - Ao maior de 60 (sessenta) anos será garantida a gratuidade do acesso a cinema, cineclube, evento esportivo, teatro, parque de diversões e espetáculos circense e musical instalados em próprio público municipal. Art. 145 - O direito previsto no art. 159 deste Decreto será exercido nas seguintes condições: I - em cinema e cineclube, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, com entrada até 18 (dezoito) horas; II - nos demais locais, em qualquer dia e horário, limitado a 5% (cinco por cento) da capacidade do estabelecimento. Art. 146 - O laudo técnico de segurança necessário ao licenciamento para o exercício de atividade circense é aquele definido no Anexo II deste Decreto.

Page 467: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

467 Art. 147 - O licenciamento da atividade circense caberá à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Parágrafo único - O início das atividades fica condicionado à autorização da Secretaria de Administração Regional Municipal competente.

Seção IV Da Feira

Art. 148 - A realização de feira está sujeita a processo prévio de licenciamento, nos termos previstos na Seção I deste Capítulo, atendidas as disposições dos arts. 253 a 258 do Código de Posturas.

Seção V Da Defesa do Consumidor

Art. 149 - Os cartazes e placas referidos nos arts. 259, 260 e 261 do Código de Posturas terão as dimensões mínimas do formato A4, conforme estabelecido nas normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

CAPÍTULO II DA INSTALAÇÃO DE ENGENHO DE PUBLICIDADE

Seção I

Disposições Gerais Art. 150 - Este Capítulo é aplicável a todo engenho de publicidade exposto na paisagem urbana e visível de qualquer ponto do espaço público, este considerado como os bens públicos de uso comum. Art. 151 - Não se consideram como engenho de publicidade qualquer elemento, pintura, adesivo ou similar, com função decorativa, bem como revestimento de fachada diferenciado, que não veiculem mensagem ou figura alusiva à atividade realizada no imóvel no qual estiver instalado. Art. 152 - Não se incluem no conceito de estrutura própria de sustentação, a que se refere a alínea “d”, do inciso I, do parágrafo único, do art. 265 do Código de Posturas os elementos de fixação como pregos, parafusos e similares. Art. 153 - Os locais de visadas de referenciais simbólicos serão definidos em mapeamento elaborado pela Diretoria de Patrimônio Cultural, da Fundação Municipal de Cultura, e aprovado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município - CDPCM.

Page 468: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

468 Art. 154 - A licença para a instalação de engenho publicitário no espaço aéreo da propriedade, em caráter provisório, durante o evento que nela se realize, terá validade, improrrogável, até a data de encerramento do evento, limitada ao período máximo de 3 (três) meses.

Seção II Das Condições para Instalação

Art. 155 - Ressalvada a hipótese do § 1º deste artigo, nenhum dispositivo de iluminação poderá avançar mais do que 0,50 m (cinquenta centímetros) além da face do engenho. § 1º - Os dispositivos de iluminação afixados nos locais de que tratam os incisos I, II, VI, VII e VIII do art. 269 do Código de Posturas poderão avançar até 1,00 m (um metro) além do plano da fachada em que se assenta; § 2º - Os dispositivos de iluminação não poderão avançar sobre o imóvel vizinho, exceto quando houver expressa anuência do proprietário.

Seção III Do Licenciamento e Fiscalização

Art. 156 - A instalação de engenho de publicidade sujeita-se a processo prévio de licenciamento, mediante requerimento ao Executivo, do qual resultará documento de licenciamento próprio. § 1º - Qualquer alteração quanto ao local de instalação, à dimensão e à propriedade do engenho de publicidade implica novo e prévio licenciamento, hipótese em que o proprietário ou responsável pelo engenho terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data da ocorrência, para proceder à baixa do engenho objeto da alteração. § 2º - Para efeito do licenciamento de engenhos publicitários, equipara-se a forma de instalação, com previsão de instalação de dois engenhos publicitários numa mesma face de quadra, prevista no inciso I do caput do art. 269 do Código de Posturas, relativamente ao impacto dos anúncios na paisagem urbana, às formas de instalação constantes dos incisos II, VI, VII e VIII do mesmo dispositivo. § 3º - O licenciamento de engenho de publicidade será precedido de chamamento público nas hipóteses em que se verifique a possibilidade de o número de interessados superar a quantidade de licenças passíveis de concessão, por força da limitação do número de engenhos por face de quadra estabelecida pelo Código de Posturas. § 4º - Havendo mais de um interessado no licenciamento de engenho publicitário, numa mesma face de quadra, observadas as formas de instalação previstas nos incisos I, II, VI, VII e VIII do caput do art. 269 do Código de Posturas, proceder-se-á ao licenciamento

Page 469: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

469 daquele que ofertar o maior preço em procedimento seletivo público, previamente realizado pelo Executivo. § 5º - Os interessados na obtenção da licença deverão apresentar requerimento nos termos do art. 3º deste Decreto, sendo que a duração do processo de licenciamento, incluindo eventual chamamento público, não poderá exceder de 60 (sessenta) dias. § 6º - Para fins de habilitação no procedimento seletivo de que trata o § 4º deste artigo, o interessado deverá apresentar documentação relativa à sua habilitação jurídica e a sua regularidade fiscal perante a Fazenda Pública Municipal, dentre outras exigências a serem estabelecidas no edital respectivo. § 7º - O valor arrecadado decorre da necessidade de compensação da poluição da paisagem urbana gerada pela instalação do engenho de publicidade, cumprindo exigência decorrente do princípio do poluidor-pagador. § 8º - Os recursos provenientes da compensação arrecadada nos termos do § 4º deste artigo, no que excederem o preço público correspondente ao custeio das despesas decorrentes da realização do processo de licenciamento, serão aplicados em ações de urbanificação mitigadoras dos impactos negativos causados pelos engenhos de publicidade na paisagem urbana. § 9º - A permissão para instalação de dois engenhos publicitários numa mesma face de quadra, prevista no inciso I do caput do art. 269 do Código de Posturas somente ocorrerá quando a instalação de ambos estiver prevista para terreno ou lote vago lindeiro a via de ligação regional ou arterial, sem prejuízo das demais proibições contidas no Código de Posturas. § 10 - As formas de instalação previstas nos incisos II, VI, VII e VIII do caput do art. 269 do Código de Posturas, são excludentes entre si e a utilização de qualquer uma dessas formas de instalação somente autoriza a instalação de um único engenho publicitário por face de quadra. § 11 - Na hipótese de coexistência, numa mesma face de quadra, de interessados na obtenção de licença para as formas de instalação previstas nos §§ 9º e 10º deste artigo, poderá ser considerado, para efeito de verificação do maior preço, o somatório das duas maiores propostas apresentadas pelos interessados no licenciamento da forma de instalação prevista no inciso I do caput do art. 269 do Código de Posturas, desde que ambas prevejam a instalação de apenas um engenho por terreno ou lote vago, a qual será licenciada somente se o valor resultante da operação superar os valores dos lances individuais referentes às modalidades previstas nos incisos I, na hipótese do § 12 deste artigo, II, VI, VII e VIII do mesmo dispositivo. § 12 - O lance referente a requerimento de licenciamento da forma de instalação prevista no inciso I do caput do art. 269 do Código de Posturas que inclua dois engenhos

Page 470: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

470 publicitários em um mesmo terreno ou lote vago será considerado individualmente para efeito da aplicação do § 11 deste artigo. § 13 - A licença para instalação de engenho de publicidade concedida nos termos deste artigo terá validade de 1 (um) ano, ficando assegurada somente a primeira renovação sem a necessidade de realização de chamamento público, nos casos em for exigido. § 14 - Restando, no mínimo, 30 (trinta) dias para o vencimento da licença, o Executivo procederá a novo licenciamento do engenho publicitário, em conformidade com o disposto neste artigo. § 15 - Compete às Secretarias Municipais de Administração Regional Municipal a prática dos atos referentes ao processo de licenciamento dos engenhos de publicidade. Art. 157 - O licenciamento para instalação de engenho de publicidade fica condicionado à apresentação, pelo requerente, da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA/MG, quando o engenho possuir dispositivo de iluminação, animação ou estrutura própria de sustentação ou possuir área superior a 10,00 m² (dez metros quadrados) excetuando, neste último caso, o engenho de publicidade pintado. Art. 158 - O licenciamento de engenho de publicidade nos conjuntos urbanos tombados deve atender às normas de tombamento e de preservação em vigor e depende de parecer prévio favorável do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município - CDPCM. Art. 159 - Enquanto não realizada a remoção do engenho de publicidade irregular serão adotadas, simultaneamente, as medidas de aplicação de multa diária e sobreposição de tarja alusiva à irregularidade ou cobertura do engenho.

Seção IV Do Cadastro

Art. 160 - Os responsáveis pelo licenciamento devem encaminhar ao órgão responsável pelo Cadastro de Engenhos de Publicidade - CADEP, todas as informações sobre engenhos submetidos a processos de licenciamento, deferidos ou indeferidos, para fins de registro.

TÍTULO VII DA INFRAÇÃO

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Page 471: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

471 Art. 161 - Constituem infração a ação ou a omissão que resultem em inobservância às regras do Código de Posturas ou deste Decreto. § 1º - A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo e no Anexo I não isenta o infrator da obrigação de reparar as irregularidades apontadas ou o dano resultante da infração. § 2º - A aplicação da penalidade demolição depende de prévia anuência do titular da Secretaria Municipal responsável pela fiscalização, dispensável no caso de edificação provisória. § 3º - Considera-se reincidência, para os fins deste Decreto, o cometimento da mesma infração pela qual foi aplicada penalidade anterior, dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) meses, contados da última autuação, por prática ou persistência na mesma infração, mesmo em local distinto ou que tenha sido emitido novo documento de licenciamento.

CAPÍTULO II DAS PENALIDADES

Art. 162 - O documento fiscal será lavrado em nome do infrator ou: I - do espólio, do inventariante ou do herdeiro, preferencialmente o ocupante do imóvel; II - do administrador judicial da massa falida; III - do síndico do condomínio ou de um dos proprietários, em edificações com mais de uma unidade sem condomínio constituído. Parágrafo único - Para fins de fiscalização, serão consideradas responsáveis pelo engenho de publicidade as pessoas relacionadas no art. 12, parágrafo único e seus incisos, da Lei nº 5.641, de 22 de dezembro de 1989, independente da ordem ali inscrita. Art. 163 - A classificação das infrações ao Código de Posturas e a definição das penalidades e procedimentos fiscais aplicáveis estão relacionadas no Anexo I deste Decreto. Parágrafo único - Excluem-se do Anexo I as infrações capituladas no Regulamento de Limpeza Urbana. Art. 164 - Poderá ser aplicada qualquer penalidade, independentemente da ordem prevista no Anexo I deste Decreto, nos casos de risco à população devidamente comprovados, visando a fazer cessar o risco. Art. 165 - A notificação prévia implica a obrigatoriedade de o infrator sanar a irregularidade dentro do prazo fixado, podendo ser dispensada quando: I - houver apreensão, interdição ou embargo imediatos; II - houver obstrução de via pública;

Page 472: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

472 III - houver exercício de atividade ou instalação de engenho não licenciado em logradouro público; IV - o infrator já tiver sido autuado por cometimento da mesma infração no período compreendido nos 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores; V - nos demais casos previstos no anexo I deste Decreto. § 1º - Não sanada a irregularidade dentro do prazo fixado na notificação, o infrator será autuado, aplicando-se-lhe a penalidade correspondente à infração. § 2º - Descumprido o prazo determinado na notificação, poderá o órgão competente executar a obra ou serviço nas condições estabelecidas no art. 319 do Código de Posturas. § 3º - No caso de dispensa da notificação prévia, deverá ser emitida notificação acessória, nos termos do Anexo I, com a finalidade de informar o infrator sobre o prosseguimento da ação fiscal a que está sujeito, hipótese em que haverá aplicação direta da penalidade correspondente à infração. Art. 166 - Os valores das multas aplicadas por infração estão estabelecidos no Anexo I deste Decreto. § 1º - A multa poderá ser aplicada juntamente com outras penalidades, nos termos do Código de Posturas e deste Decreto. § 2º - Em caso de primeira e segunda reincidência, a multa será aplicada, respectivamente, em dobro ou em triplo em relação aos valores previstos no § 1º deste artigo. § 3º - A partir da segunda reincidência o valor da multa será o triplo do valor básico, inclusive para a aplicação de multa diária. § 4º - A multa não paga em até 30 (trinta) dias terá o seu valor inscrito em dívida ativa. Art. 167 - A multa diária será aplicada até que seja sanada a irregularidade, devendo o infrator comunicar o fato, por escrito, ao órgão de fiscalização responsável pela ação fiscal e, uma vez constatada sua veracidade, o termo final do curso diário da multa retroagirá à data da comunicação feita. Art. 168 - Cabe apreensão imediata de bem, simultaneamente com a aplicação de multa, nos termos do § 1º do art. 313 do Código de Posturas e nos casos previstos no Anexo I. § 1º - Aquele que estiver exercendo atividade sem licença, em logradouro público, fica sujeito à apreensão imediata dos bens utilizados no exercício da atividade, ainda que estes estejam acondicionados em bolsas, sacolas, malas ou similares, mesmo que apoiadas sobre o corpo.

Page 473: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

473 § 2º - Os veículos automotores não licenciados para o exercício de atividade em logradouro público poderão ser rebocados ou apreendidos, mesmo quando utilizados somente para depósito de mercadoria ou produtos. Art. 169 - A liberação de bens removidos ou apreendidos, advindos do exercício de atividade não licenciada em logradouro público, fica condicionada ao cumprimento do disposto no § 2º do art. 313 do Código de Posturas, além do seguinte procedimento: I - indicar, no pedido de liberação, o local de origem dos bens apreendidos; II - apresentar documentação fiscal como sendo o destinatário dos bens e equipamentos apreendidos e, ainda, comprovar a propriedade dos mesmos mediante documentos legais; III - assinar Termo de Compromisso, mediante documento próprio expedido pelo órgão competente no âmbito de sua circunscrição, declarando conhecer a legislação pertinente e se comprometendo a não exercer atividade em logradouro público sem licenciamento. Art. 170 - O não atendimento às disposições do art. 169 deste Decreto implica a retenção dos bens apreendidos, hipótese na qual serão adotados os seguintes procedimentos: I - os bens perecíveis serão guardados até o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, contados da apreensão e, não havendo nova manifestação com o cumprimento de todas as exigências legais pelo interessado, serão doados a órgão ou entidade de assistência social, caso estejam próprios para o consumo; II - os bens não-perecíveis serão guardados até o prazo máximo de 30 (trinta), contados da apreensão e, não havendo nova manifestação com o cumprimento de todas as exigências deste Decreto pelo interessado, serão doados a órgão ou entidade de assistência social ou vendidos em hasta pública. III - os procedimentos descritos nos incisos anteriores não se aplicam aos bens oriundos de falsificação, contrabando ou que constituam substância tóxica ou ilegal. Art. 171 - Os bens removidos ou apreendidos, cuja destruição seja inevitável, além de produtos considerados impróprios para doação, saúde e segurança pública serão inutilizados ou encaminhados ao aterro sanitário, observada a legislação ambiental e disposto no §3º do art. 313 do Código de Posturas. Parágrafo único - O Município não se responsabiliza por eventuais danos que possam ser causados aos bens do infrator. Art. 172- Na impossibilidade de remoção ou apreensão do bem, será aplicada multa diária e interdição, até que seja sanada a irregularidade. Art. 173 - A interdição do estabelecimento ou atividade dar-se-á de imediato, sem prejuízo da aplicação da multa cabível, quando: I - houver risco à saúde, ao meio ambiente ou à segurança de pessoas ou bens; II - tratar-se de atividade poluente, assim definida pela legislação ambiental; III - tratar-se de atividade que seja ilícita ou sem possibilidade de regularização.

Page 474: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

474

Inciso III acrescentado pelo Decreto nº 14.406, de 9/5/2011 (Art. 1º) Art. 174 - A interdição de aparelho de transporte dar-se-á mediante a apresentação de Laudo Técnico de Inspeção Anual ou Laudo Emergencial conclusivos, comprovando a falta de segurança do aparelho ou nos casos previstos no Anexo I deste Decreto. Art. 175 - No caso de descumprimento da penalidade de interdição pelo infrator, será lavrado Boletim de Ocorrência policial, que será encaminhado à Procuradoria Geral do Município para as providências cabíveis. Art. 176 - Para efeito de aplicação do inciso II do § 1º do art. 318 do Código de Posturas, entende-se por invasão consumada, a edificação em alvenaria, devidamente coberta e acabada, que tenha instalação sanitária e ligações regulares de água, luz e esgoto.

CAPÍTULO III DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 177- O documento fiscal será lavrado em 2 (duas) vias, devidamente numeradas, destinando-se a primeira à instrução do processo de fiscalização, a segunda ao autuado, e conterá: I - o nome da pessoa física, denominação da entidade notificada ou razão social e o endereço completo, CPF, CNPJ, Inscrição Municipal ou outro dado identificador; II - o ato ou fato constitutivo da infração, o local, a hora e a data respectivos; III - a disposição legal transgredida; IV - indicação do dispositivo legal que comina a penalidade a que fica sujeito a infrator; V - o prazo para interposição de recurso; VI - identificação do agente fiscalizador; VII - endereço do órgão responsável pelo ato; VIII - a assinatura do notificado ou, na sua ausência, de seu representante legal ou preposto, e em caso de recusa, a consideração desta circunstância pelo agente fiscalizador e a assinatura de duas testemunhas, quando possível; IX - número do processo administrativo ou documento de origem da ação fiscal. Art. 178 - Além das exigências citadas no artigo anterior, os documentos fiscais, conforme a sua finalidade, deverão conter: I - a notificação: o prazo fixado para que a irregularidade seja sanada, quando for o caso; II - o auto de infração: a) a imposição pecuniária; b) o prazo para pagamento da multa; III - o auto de apreensão: a) a descrição da quantidade, nome e marca do produto, equipamento ou material ou malote de apreensão com o número do lacre; b) indicação do local de guarda; c) prazo para retirada do material apreendido;

Page 475: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

475 d) observação de que o Município não se responsabiliza por eventuais danos causados durante a remoção, transporte e guarda; IV - o auto de interdição: a) os números dos lacres utilizados; b) multa a que estará sujeito no caso de descumprimento da interdição; V - o auto de embargo: a multa a que estará sujeito no caso de descumprimento do embargo. § 1º - O processo administrativo de fiscalização deverá conter cópia do auto de infração. § 2º - Após a comunicação da autuação ao infrator o documento de autuação deverá ser imediatamente lançado no sistema municipal de dívida ativa. § 3º - Interposto recurso contra a autuação, o lançamento deverá ser suspenso no sistema de dívida ativa até o julgamento. § 4º - Os documentos de autuação referentes às infrações ao Regulamento de Limpeza Urbana estão sujeitos a procedimentos próprios. Art. 179 - O infrator será comunicado da lavratura do documento fiscal respectivo por meio de entrega de cópia do mesmo ou por edital. § 1º - A entrega de cópia do documento poderá ser feita pessoalmente ao infrator ou a seu representante legal, podendo também ser feita pelo correio, nos casos de notificação, multa ou apreensão. § 2º - Se o documento for entregue pessoalmente ou pelo correio e o infrator recusar-se a recebê-lo ou se a entrega se der por meio de preposto, a comunicação será ratificada em diário oficial e se consumará na data da publicação. § 3º - No caso de não ser encontrado o infrator ou seu representante legal para receber o respectivo documento fiscal, a comunicação será feita mediante publicação em diário oficial, consumando-se a autuação na data da publicação. § 4º - Quando o documento fiscal for encaminhado pelo correio, o prazo correrá a contar do recebimento do documento fiscal constante do Aviso de Recebimento - AR. Art. 180 - O infrator poderá recorrer em primeira instância da notificação, multa, embargo, interdição e apreensão, no prazo de 15 (quinze) dias contados da sua ciência ou da publicação no diário oficial, ressalvados os casos de apreensão de mercadorias de fácil deterioração, cujo prazo para recurso e devolução é de 24 (vinte quatro) horas. Art. 181 - Compete à Junta de Recursos Fiscais Urbanísticos de Primeira Instância julgar administrativamente os processos referentes à aplicação de penalidades previstas no Código de Posturas e neste Decreto, referentes a solicitações de:

Page 476: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

476 I - prorrogação de prazo para cumprimento de exigência constante da notificação; II - cancelamento de exigência constante da notificação; III - cancelamento de auto de infração, interdição, embargo, demolição e/ou apreensão. Art. 182- A prorrogação de prazo para cumprir exigência constante em documento fiscal poderá ser concedida uma única vez, por período de até 30 (trinta) dias, mediante despacho fundamentado da Junta de Recursos Fiscais Urbanísticos de Primeira Instância. § 1º - Quando, por motivos de complexidade de regularização do licenciamento ou existência de prazos maiores para cumprir as exigências constantes na legislação, for essencial a concessão de prazo maior, a prorrogação poderá ser concedida uma única vez, por período máximo de 180 (cento e oitenta) dias, mediante despacho fundamentado do Presidente da Junta. § 2º - Não será prorrogado o prazo para regularização das atividades que apresentem risco à segurança, danos ambientais, atraiam grande fluxo de pessoas ou não sejam regularizáveis. § 2º - Não será concedido ou prorrogado o prazo para regularização de estabelecimentos onde são exercidas atividades descritas no art. 173 deste Decreto.

§ 2º com redação dada pelo Decreto nº 14.406, de 9/5/2011 (Art. 2º) Art. 183 - Compete à Junta de Recursos Fiscais Urbanísticos Segunda Instância julgar administrativamente, em grau de recurso, os processos referentes à aplicação de penalidades previstas no Código de Posturas e neste Decreto, referentes a: I - recurso voluntário contra decisões do órgão julgador de Primeira Instância; II - recurso de ofício interposto pelo órgão julgador de Primeira Instância III- recurso interposto pelo agente fiscalizador.

TÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 184- Os responsáveis pelas atividades e estabelecimentos previstos neste Decreto devem permitir e facilitar o acesso dos agentes municipais de fiscalização devidamente identificados. Art. 185- A comprovação do atendimento à exigência de contratação de seguro para os casos previstos no Código de Posturas dar-se-á mediante a apresentação de declaração da seguradora atestando a cobertura e período contratados em relação à atividade licenciada. Art. 186 - Nos casos previstos no Código de Posturas ou neste Decreto em que o Executivo executar obras ou serviços de responsabilidade de terceiros, o custo será

Page 477: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

477 ressarcido pelo responsável acrescido da taxa de administração de 20% (vinte por cento), sem prejuízo das sanções cabíveis. § 1º - O valor correspondente às despesas referidas no artigo serão ressarcidas em até 02 (duas) prestações mensais consecutivas, cobráveis a 30 (trinta) e 60 (sessenta) dias da entrega da fatura comprovada por Aviso de Recebimento. § 2º - A falta de pagamento nos prazos estabelecidos no parágrafo anterior implica a imediata cobrança judicial do valor vencido acrescido de correção monetária, juros e demais cominações legais. § 3º - Para a execução dos serviços referidos neste artigo, aplicam-se os preços públicos previstos nos Decretos nº 9.687/98 e nº 11.122/02 e alterações posteriores. Art. 187- Fica revogado o Decreto nº 11.601, de 09 de janeiro de 2004. Art. 188 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

TÍTULO IX DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - Às ações fiscais e aos processos de licenciamento em curso, independentemente da data de protocolo, aplicam-se as disposições deste Decreto e da Lei nº 8.616/03, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.845/10. Art. 2º - A Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, para efeito do cumprimento do disposto no art. 14 deste Decreto, deverá: I - em 60 (sessenta) dias, contados da publicação deste Decreto, promover estudos, levantamentos e avaliações sobre a situação dos passeios do Município, contendo dados geográficos e informações específicas com vistas à sua recuperação, dando prioridade às rotas de maior circulação de pedestres, em todas as regiões administrativas, respeitadas as especificidades locais; II - em 30 (trinta) dias, contados da data de conclusão dos levantamentos de que trata o inciso I do caput deste artigo, estabelecer diretrizes para a adequação dos passeios públicos do Município; III - em 60 (sessenta) dias, contados da data do estabelecimento das diretrizes de que trata o inciso II do caput deste artigo, elaborar detalhamento da proposta de recuperação e adequação dos passeios, contendo especificações dos materiais e dos revestimentos a serem utilizados, observadas as especificidades de cada região do Município. § 1º - Será publicado decreto específico contendo os parâmetros a serem adotados para adequação e recuperação dos passeios do Município, tomando-se por base os trabalhos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Políticas Urbanas.

Page 478: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

478 § 2º - Cabe ao proprietário do imóvel lindeiro ao logradouro público a adaptação do passeio aos padrões construtivos definidos nos termos o § 1º deste artigo, à exceção dos passeios considerados de fluxo intenso de pedestres, que receberão tratamento especial e manutenção pelo Executivo. § 3º - O decreto a que se refere o § 1º deste artigo estabelecerá prazos para a adaptação dos passeios existentes, garantindo, nas regiões de maior vulnerabilidade social do Município, prazos mais extensos e compatíveis com a capacidade econômica de seus habitantes. § 4º - Durante o período previsto no caput deste artigo deverão ser mantidas as ações de fiscalização de passeios públicos com o objetivo de garantir a segurança e o conforto da população, bem como a continuidade do trânsito de pedestres entre passeios contíguos.

§ 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.102, de 25/8/2010 (Art. 1º)

Art. 3º - Os responsáveis por engenhos de publicidade instalados em desconformidade com o disposto no Código de Posturas, ressalvados os com licença em vigor nos termos do art. 88 da Lei nº 9.845/10, deverão ser notificados sobre as irregularidades cometidas, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de publicação deste Decreto, observado o seguinte: I - todos os engenhos de publicidade classificados como publicitários irregularmente instalados deverão ser removidos por seus responsáveis no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação deste Decreto; I - as ações fiscais instauradas em virtude do disposto no caput deste artigo deverão ser concluídas no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados de 7 de agosto de 2010, com a consequente remoção dos engenhos irregulares por seus responsáveis, observado o disposto no parágrafo único deste artigo;

Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 14.102, de 25/8/2010 (Art. 2º) II - os engenhos de publicidade classificados como indicativos ou cooperativos irregularmente instalados terão prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação deste Decreto, para serem adaptados aos parâmetros definidos pela Lei nº 8.616/03, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.845/10. Parágrafo único - As notificações de que trata caput deste artigo deverão ser expedidas nos termos do Anexo I deste Decreto, respeitando-se, pois, os prazos para retirada de engenho nele previstos.

Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 14.102, de 25/8/2010 (Art.2º) Belo Horizonte, 6 de agosto de 2010 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 479: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

479

DECRETO Nº 14.292, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2011

Dispõe sobre a composição do Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM e sobre o processo de eleição de seus membros.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício das atribuições que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando o disposto no art. 14 da Lei n° 4.253, de 4 de dezembro de 1985, e no art. 94 da Lei n° 9.011, de 1° de janeiro de 2005, decreta: Art. 1º - O Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM compõe-se dos seguintes membros efetivos e respectivos suplentes: I - o Secretário Municipal de Meio Ambiente, que o presidirá; II - 7 (sete) representantes do Poder Público Municipal designados dentre os seguintes órgãos e entidades: a) Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura; b) Secretaria Municipal de Serviços Urbanos; c) Secretaria Municipal de Desenvolvimento; d) Secretaria Municipal de Saúde; e) Fundação Municipal de Cultura; f) Fundação de Parques Municipais; g) Câmara Municipal de Belo Horizonte. III - 7 (sete) representantes da sociedade civil organizada, sendo: a) 2 (dois) representantes de entidades civis criadas com finalidade específica de defender a qualidade do meio ambiente, com atuação no âmbito do Município de Belo Horizonte; b) 2 (dois) representantes de entidades civis criadas com finalidade específica de promover o desenvolvimento econômico, com atuação no âmbito do Município de Belo Horizonte; c) 1 (um) representante de entidade civil representativa de categorias de profissionais liberais, com atuação no âmbito do Município de Belo Horizonte; d) 1 (um) representante de universidade ou de unidade de ensino superior, pública ou particular, que funcione no Município de Belo Horizonte; e) 1 (um) representante de sindicato de trabalhadores de categorias profissionais não liberais, com base territorial no Município de Belo Horizonte. § 1º - O Presidente do COMAM será substituído em suas ausências ou impedimentos pelo Secretário Municipal Adjunto de Meio Ambiente. § 2º - Caberá ao Presidente do COMAM o voto de desempate. § 3º - Os representantes titulares dos órgãos previstos nas alíneas “d” e “f” do inciso II do caput deste artigo poderão ter seus suplentes indicados pela Empresa de Transportes e

Page 480: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

480 Trânsito de Belo Horizonte S/A – BHTRANS e pela Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte - FZB, respectivamente.

§ 3º acrescentado pelo Decreto nº 14.368, de 12/4/2011 (Art. 1º) Art. 2º - Os membros do COMAM serão nomeados pelo chefe do Executivo, por meio de portaria, para exercício de mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos. Art. 3º - O exercício da função de conselheiro do COMAM, titular ou suplente, será considerado como de interesse público relevante e não será remunerada. Art. 4º - O processo de eleição dos membros de que trata o inciso III do artigo 1° deste Decreto será realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente conforme edital publicado no Diário Oficial do Município. Art. 5º - Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente prestar suporte técnico e administrativo para o funcionamento do COMAM. Art. 6º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º - Ficam revogados os Decretos n° 12.012, de 4 de abril de 2005, e nº 13.642, de 16 de julho de 2009. Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2011 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 481: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

481

DECRETO Nº 14.367, DE 12 DE ABRIL DE 2011

Regulamenta a Lei nº 9.529/08, que “Dispõe sobre a substituição do uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica por saco de lixo ecológico e sacola ecológica, e dá outras providências”.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício das atribuições que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando o disposto na Lei nº 9.529, de 27 de fevereiro de 2008, decreta:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Os estabelecimentos privados e os órgãos e entidades do Poder Público situados no Município de Belo Horizonte deverão substituir o uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica pelo uso de saco de lixo ecológico e de sacola ecológica, nos termos da Lei nº 9.529, de 27 de fevereiro de 2008, e deste Decreto. Art. 2º - É vedada a utilização de saco plástico de lixo e de sacola plástica para acondicionamento, empacotamento, armazenamento ou transporte de resíduos ou produtos comercializados ou fornecidos, ainda que gratuitamente, em estabelecimentos privados e órgãos ou entidades do Poder Público situados ou em funcionamento, ainda que temporário, no território do Município. Parágrafo único - A vedação não se aplica ao acondicionamento, empacotamento, armazenamento ou transporte realizados por pessoa física fora dos estabelecimentos privados ou órgãos ou entidades públicos, em caráter privado e sem intuito de lucro. Art. 3º - Para os efeitos da Lei nº 9.529/08, e deste Decreto, entende-se por: I - saco de lixo ecológico: o confeccionado em material biodegradável ou reciclado; II - sacola ecológica: a confeccionada em material biodegradável ou a sacola retornável. § 1º - Considera-se material biodegradável aquele que apresenta degradação por processos biológicos, sob ação de microrganismos, em condições naturais adequadas, e que atenda aos seguintes requisitos: I - finalização em até 180 (cento e oitenta) dias; II - resíduos finais resultantes que não apresentem resquício de toxicidade e tampouco sejam danosos ao meio ambiente; III - atendimento à NBR 15448-2:2008, editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. § 2º - Considera-se sacola retornável aquela confeccionada em material durável, suficientemente resistente para suportar o peso médio dos produtos transportados,

Page 482: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

482 lavável, com espessura mínima de 0,3 mm (três décimos de milímetro), e destinada à reutilização continuada; § 3º - Considera-se material reciclado aquele decorrente de processo de transformação dos resíduos sólidos que envolva a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente. Art. 4º - Deverá constar do saco de lixo ecológico e da sacola ecológica confeccionados em material biodegradável, de forma clara e visível ao consumidor: I - nome do fabricante, CNPJ, nome e/ou descrição do produto; II - menção ao atendimento à NBR 15448-2:2008; III - os termos “Biodegradável e Compostável”; IV - informações que indiquem serem produzidas a partir de matérias-primas certificadas.

Art. 4° com redação dada pelo Decreto n° 15.153, de 25/02/2013 (Art. 1°)

CAPÍTULO II FISCALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DE PENALIDADES

Art. 5º - Compete às Secretarias de Administração Regional Municipal a fiscalização do cumprimento da Lei nº 9.529/08 e a aplicação das penalidades nela previstas. Art. 6º - Os infratores da Lei 9.529/08 estarão sujeitos ao seguinte, além da obrigação de fazer cessar a transgressão: I – notificação; II – multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e, em caso de reincidência, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais); III – interdição parcial ou total da atividade, até a correção das irregularidades; IV – cassação do Alvará de Localização e Funcionamento do estabelecimento. § 1º - O não atendimento à notificação para sanar a irregularidade autoriza a Administração a aplicar, simultaneamente às penalidades dos incisos II a IV do caput deste artigo, medida cautelar administrativa de apreensão de sacos de lixo plásticos ou de sacolas plásticas, com base no inciso IV do art. 72 da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. § 2º - A notificação será aplicada se o infrator nunca tiver sofrido a aplicação de penalidade por infração à Lei nº 9.529/08, sendo vedada a aplicação de mais de uma notificação ao mesmo infrator, salvo nas seguintes hipóteses:

Número da lei retificado em 14/04/2011 I – decurso de pelo menos 3 (três) anos entre as datas das notificações; II – alteração, posterior à primeira notificação, das normas técnicas definidoras de biodegradabilidade, que tenha dificultado a adaptação do infrator ao disposto na Lei nº 9.529/08 e neste regulamento;

Page 483: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

483 III – cancelamento da primeira notificação de advertência por decisão administrativa ou judicial. § 3º - A multa será aplicada se o infrator não sanar a irregularidade em até 30 (trinta) dias após a notificação. § 4º - A penalidade de interdição da atividade será aplicada na hipótese da multa se revelar ineficaz para coibir o comportamento ilícito do infrator. § 5º - A interdição cessará se o infrator sanar as irregularidades que a motivaram. § 6º - A interdição da atividade antecederá a cassação de Alvará de Localização e Funcionamento. § 7º - A penalidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento será aplicada: I - após três meses da interdição, na hipótese de não terem sido efetivadas as providências para regularização; II - na hipótese de descumprimento do Auto de Interdição; III - quando constatado que, após a cessação da interdição, o infrator voltou a praticar a infração em um período de até dois anos. § 8º - Após a cassação, o infrator não poderá ter deferido novo Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades pelo prazo de um ano. § 9º - A penalidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades não será aplicada a órgão e entidade do Poder Público, que deve ser compelido a observar a lei por meio de ação judicial, devendo os órgãos responsáveis pela fiscalização remeter à Procuradoria-Geral do Município requerimento de ajuizamento de demanda judicial com este objetivo, acompanhado de justificativa da ineficácia de penalidades administrativas aplicáveis e de todos os documentos relacionados ao caso. Art. 7º - Aplicam-se às infrações à Lei nº 9.529/08, no que couber, as disposições da Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, que contém o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte, e de seu regulamento.

Número da lei retificado em 14/04/2011

CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 8º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 9º - Fica revogado o Decreto nº 13.446, de 19 de dezembro de 2008.

Page 484: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

484

CAPÍTULO IV DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA

Capítulo IV (Art. 1º) acrescentado pelo Decreto nº 14.381, de 15/4/11 (Art. 1º) Art. 1º - Fica permitida, pelo prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias, a utilização de saco de lixo e sacola confeccionados em material biodegradável que não atendam ao disposto no art. 4º deste Decreto e de sacola confeccionada em material reciclado. Belo Horizonte, 12 de abril de 2011 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 485: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

485

DECRETO Nº 14.370, DE 13 DE ABRIL DE 2011

Aprova o Estatuto da Fundação de Parques Municipais e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e de acordo com o disposto na Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, e suas alterações, em especial as promovidas pela Lei nº 10.101, de 14 de janeiro de 2011, decreta: Art. 1º - Fica aprovado o Estatuto da Fundação de Parques Municipais, que integra o presente Decreto em seu Anexo Único. Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º - Fica revogado o Decreto nº 12.307, de 03 de março de 2006. Belo Horizonte, 13 de abril de 2011 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

ANEXO ÚNICO ESTATUTO DA FUNDAÇÃO DE PARQUES MUNICIPAIS

CAPÍTULO I

DA DENOMINAÇÃO, REGIME JURÍDICO, SEDE E FORO Art. 1º - A Fundação de Parques Municipais - FPM, instituída pela Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, dotada de personalidade jurídica de direito público, com prazo de duração indeterminado, sede e foro nesta Capital, é regida por este Estatuto e pela legislação pertinente. Parágrafo único - No texto deste Estatuto, a sigla FPM ou o vocábulo Fundação se equivalem como denominação da entidade. Art. 2º - A Fundação goza de autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias e saldos de fim de exercício, patrimônio próprio e renda dele decorrente, aplicação de suas receitas, assinatura de contratos e convênios com outras instituições. Art. 3º - A Fundação integra a Administração Pública Indireta do Município, vinculando-se à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

CAPÍTULO II

Page 486: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

486

DOS OBJETIVOS Art. 4º - A Fundação tem por finalidade desenvolver atividades, programas e projetos de conservação e desenvolvimento dos parques municipais, observadas as diretrizes da política de meio ambiente do Município. Art. 5º - Para cumprir sua finalidade, compete à Fundação de Parques Municipais: I - planejar, administrar e manter os parques do Município; II - promover atividades sistemáticas de educação ambiental, associada à proteção e à valorização dos recursos florísticos e faunísticos; III - promover atividades e eventos voltados para as atividades de lazer e recreação; IV - articular-se com entidades públicas ou privadas visando o aperfeiçoamento dos recursos técnicos e operacionais.

CAPÍTULO III DO PATRIMÔNIO E DAS RECEITAS

Art. 6º - Constituem patrimônio da Fundação: I - bens que adquirir; II - legados e doações que receber. § 1º - Os bens e direitos da Fundação serão utilizados e aplicados exclusivamente na consecução de sua finalidade. § 2º - A alienação de bens da Fundação dependerá de prévia aprovação de seu Conselho Curador, avaliação, licitação e, no caso de bens imóveis, também de autorização legislativa. § 3º - Em caso de extinção, os bens e direitos da Fundação serão incorporados ao patrimônio do Município. § 4º - Cabe à Fundação gerenciar os bens móveis e imóveis relativos aos parques municipais, cedidos com transferência de direito real de uso, por meio de instrumento próprio. Art. 7º - Constituem receitas da Fundação de Parques Municipais: I - dotação orçamentária consignada anualmente no orçamento do Município; II - renda resultante da remuneração de serviços prestados; III - renda patrimonial, inclusive a proveniente de concessão e permissão de uso de bens imóveis; IV - subvenção ou auxílio de órgão ou entidade pública ou privada, nacional, estrangeira ou internacional; V - recurso proveniente de incentivo fiscal; VI - contribuição e donativos em geral; VII - empréstimos;

Page 487: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

487 VIII - renda proveniente da aplicação financeira; IX - outras rendas.

CAPÍTULO IV DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Art. 8º - A Fundação terá a seguinte estrutura: I - Administração Superior: I.1 - Conselho Curador; I.2 - Conselho Fiscal; I.3 - Diretoria Executiva: I.3.1 - Presidência, de 1º nível; I.3.1.1 – Departamento Técnico, de 3º nível: I.3.1.1.1 - Divisão de Manutenção, de 4º nível; I.3.1.1.2 - Divisão de Planejamento, de 4º nível; I.3.1.1.3 – Divisão de Eventos e Educação Ambiental, de 4º nível; I.3.2 - Diretoria Administrativo-Financeira, de 2º nível: I.3.2.1 - Divisão de Recursos Humanos, de 4º nível; I.3.2.2 - Divisão de Execução Financeira, de 4º nível; I.3.2.3 - Divisão de Controle de Contratos e Convênios, de 4º nível; I.3.2.4 - Seção de Compras, de 5º nível; I.3.2.5 - Seção de Serviços Gerais, de 5º nível; I.3.2.6 - Seção de Almoxarifado, de 5º nível; I.3.3 - Diretoria de Parques da Área Sul, de 2º nível: I.3.3.1 – Departamento Sudeste, de 3º nível; I.3.3.1.1 - Divisão de Manejo e Operações - Leste, de 4º nível; I.3.3.1.2 - Divisão Serra do Curral, de 4º nível; I.3.3.1.2.1 - Seção de Projetos Especiais, de 5º nível; I.3.3.2 - Departamento Centro, de 3º nível; I.3.3.2.1 - Divisão de Manejo e Operações - Centro, de 4º nível; I.3.3.2.2 - Divisão do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, de 4º nível; I.3.3.2.2.1 - Seção Operacional do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, de 5º nível; I.3.3.3 - Departamento Sudoeste, de 3º nível; I.3.3.3.1 - Divisão de Manejo e Operações - Oeste, de 4º nível; I.3.3.3.2 - Divisão de Manejo e Operações - Barreiro, de 4º nível; I.3.3.3.3 – Seção Operacional do Parque Roberto Burle Marx, de 5º nível; I.3.4 - Diretoria de Parques da Área Norte, de 2º nível: I.3.4.1 – Departamento Noroeste, de 3º nível; I.3.4.1.1 - Divisão de Manejo e Operações - Noroeste, de 4º nível; I.3.4.1.2 - Divisão de Manejo e Operações - Pampulha, de 4º nível; I.3.4.2 - Departamento Nordeste, de 3º nível; I.3.4.2.1 - Divisão de Manejo e Operações - Nordeste, de 4º nível; I.3.4.2.2 - Divisão de Manejo e Operações Norte e Venda Nova, de 4º nível. I.3.5 - Diretoria de Necrópoles, de 2º nível;

Page 488: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

488

Subitem I.3.5 acrescentado pelo Decreto nº 14.867, de 23/3/2012 (Art. 1º) I.3.5.1 - Divisão de Necrópoles I, de 4º nível;

Subitem I.3.5.1 acrescentado pelo Decreto nº 14.867, de 23/3/2012 (Art. 1º) I.3.5.2 - Divisão de Necrópoles II, de 4º nível.

Subitem I.3.5.2 acrescentado pelo Decreto nº 14.867, de 23/3/2012 (Art. 1º) Art. 9º - Os cargos de Chefe de Gabinete do Presidente e de Assessor, de 3º nível hierárquico, e de Secretário, de 5º nível hierárquico, vinculam-se diretamente à Presidência da Fundação, que irá dispor sobre sua lotação.

CAPÍTULO V DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR

Seção I

Do Conselho Curador Art. 10 - O Conselho Curador, unidade colegiada de direção superior da FPM, é composto de 11 (onze) membros e respectivos suplentes indicados e nomeados pelo Prefeito de Belo Horizonte, de notório conhecimento na área ambiental, de pesquisa ou destacada atuação em atividades relacionadas com as finalidades da Fundação. Parágrafo único - É de livre escolha do Prefeito o Presidente do Conselho Curador e seu substituto em faltas ou impedimentos. Art. 11 - O mandato dos membros do Conselho Curador será de 02 (dois) anos, permitida a recondução. Art. 12 - Compete ao Conselho Curador da Fundação de Parques Municipais: I - zelar pela Fundação de Parques Municipais, seu patrimônio e cumprimento de seus objetivos; II - aprovar os planos anuais e plurianuais de trabalho da Fundação, inclusive as propostas orçamentárias, apresentadas pela Diretoria Executiva; III - aprovar o relatório anual das atividades, a prestação de contas e o balanço geral; IV - aprovar o Estatuto da Fundação; V - aprovar as propostas de alienação ou oneração de bens patrimoniais, bem como doações com encargo; VI - deliberar sobre a contratação de empréstimos e financiamentos; VII - opinar sobre alterações do plano de cargos e salários do pessoal; VIII - encaminhar representação ao Prefeito sobre eventuais irregularidades constatadas no funcionamento da Fundação, indicando as medidas corretivas necessárias; IX - propor, em conjunto com a Diretoria Executiva, alterações deste Estatuto e submetê-las à aprovação do Prefeito; X - elaborar e aprovar seu Regimento Interno e outros atos normativos.

Page 489: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

489 Art. 13 - O Conselho Curador reunir-se-á, ordinariamente, a cada 03 (três) meses e, extraordinariamente, para tratar de matéria constante de convocação feita pelo seu Presidente, por iniciativa própria ou por solicitação de 1/3 (um terço) dos membros ou do Presidente da FPM. § 1º - As reuniões do Conselho realizar-se-ão com a presença da maioria absoluta dos membros, sendo consideradas aprovadas as matérias que obtiverem maioria dos votos, cabendo ao Presidente, além do voto pessoal, o de desempate. § 2º - O Presidente da Fundação terá direito a voz e assento nas reuniões do Conselho Curador.

Seção II Do Conselho Fiscal

Art. 14 - O Conselho Fiscal, unidade colegiada de fiscalização e controle, será composto por 03 (três) membros efetivos e respectivos suplentes, de livre escolha do Prefeito, para mandato de 02 (dois) anos, permitida a recondução. Parágrafo único - O Conselho Fiscal será presidido por um de seus membros, eleito por seus pares. Art. 15 - Compete ao Conselho Fiscal: I - apreciar os balancetes, relatórios e respectivos demonstrativos em seus aspectos contábeis e financeiros; II - enviar pareceres fundamentados e as atas de suas reuniões, assinadas pelos 03 (três) membros, ao Conselho Curador; III - emitir parecer sobre as contas e os aspectos patrimoniais e econômico-financeiros do relatório anual; IV - apresentar parecer sobre aspectos contábeis e questões econômico-financeiras da Fundação, quando solicitado pelo Conselho Curador ou pelo Presidente da FPM; V - comunicar ao Conselho Curador qualquer irregularidade que verificar nas contas e na gestão financeira da FPM, sugerindo as medidas necessárias à correção; VI - elaborar e aprovar seu Regimento Interno. Art. 16 - O Conselho Fiscal reunir-se-á com a totalidade de seus membros, ordinariamente, 04 (quatro) vezes ao ano, para exame das contas da Fundação e, extraordinariamente, quando convocado por seu Presidente, pelo Presidente da FPM ou pelo Presidente do Conselho Curador. Parágrafo único - Para o cabal e fiel cumprimento de suas competências, o Conselho Fiscal poderá requisitar e examinar, em qualquer tempo, a escrituração e os documentos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da FPM, bem como realizar as diligências que julgar necessárias.

Page 490: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

490

Seção III Da Diretoria Executiva

Art. 17 - A Diretoria Executiva da FPM é composta por um Presidente, nomeado pelo Prefeito, a partir de lista tríplice elaborada pelo Conselho Curador, e por 03 (três) Diretores, correspondentes às Diretorias da Administração Superior, nomeados pelo Prefeito. Art. 18 - Compete à Diretoria Executiva: I - planejar a política de parques do Município; II - elaborar o plano de trabalho, as propostas orçamentárias anual e plurianual; III - elaborar o Regimento Interno da FPM; IV - propor alterações no plano de cargos e salários do pessoal da Fundação; V - elaborar o relatório anual de atividades da Fundação.

Subseção I Da Presidência

Art. 19 - Compete ao Presidente: I - representar a Fundação, ativa e passivamente, em Juízo ou fora dele; II - administrar a Fundação, praticando os atos necessários à supervisão dos serviços e administração patrimonial; III - cumprir e fazer cumprir as normas estatutárias, as deliberações do Conselho Curador e a legislação pertinente à Fundação; IV - convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva; V - assinar, juntamente com o Diretor Administrativo-Financeiro, a movimentação de recursos financeiros da FPM; VI - assinar contratos, convênios, acordos e outros ajustes em nome da Fundação; VII - praticar todos os atos relativos a recursos humanos; VIII - apresentar ao Conselho Curador: a) plano de trabalho e respectiva proposta orçamentária para o exercício seguinte; b) relatório de atividades, prestação de contas e balanço geral, relativos ao exercício anterior; IX - praticar os demais atos necessários à consecução das finalidades da Fundação. Art. 20 - O Presidente indicará um dos Diretores para substituí-lo em suas faltas ou impedimentos legais. Art. 21 - No caso de vacância do cargo, a Presidência da Fundação será exercida, interinamente, pelo Presidente do Conselho Curador, que realizará, no prazo de 10 (dez) dias úteis, a convocação daquele colegiado para promover novas indicações em lista tríplice, nos termos do art. 17 deste Estatuto. Art. 22 - Integra a Presidência o Departamento Técnico, de 3º nível, ao qual compete:

Page 491: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

491 I - coordenar e avaliar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas relativos ao aprimoramento das áreas administradas pela FPM, em conformidade com a Política Municipal de Meio Ambiente; II - coordenar os planos de manejo e utilização dos parques do Município; III - desenvolver a metodologia e planejamento de expansão do Programa Centro de Vivência Agroecológica – CEVAE; IV - coordenar e supervisionar a execução de obras e serviços de aprimoramento e manutenção dos parques e das unidades do Programa CEVAE do Município; V - prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, nas questões concernentes à sua área de atuação; VI – promover, coordenar e supervisionar a captação de recursos financeiros ou materiais destinados aos programas e eventos desenvolvidos pela FPM; VII - manter intercâmbio com organismos da Administração Pública e da iniciativa privada, instituições de ensino, organizações não governamentais e outras entidades, visando a consecução de parcerias para o aprimoramento dos programas da FPM; VIII – dar suporte às Diretorias de Parques das Áreas Sul e Norte na execução das atividades de manutenção e manejo das áreas administradas pela FPM; IX - coordenar e avaliar, em consonância com a Política Municipal de Educação Ambiental, e junto às comunidades locais, os projetos e ações de Educação Ambiental da FPM; X - apresentar, periodicamente, ao Presidente da Fundação, relatório sobre o andamento das atividades. Art. 23 - Integram o Departamento Técnico as seguintes Divisões, de 4º nível: I - Divisão de Manutenção; II - Divisão de Planejamento; III - Divisão de Eventos e Educação Ambiental. Art. 24 - Compete à Divisão de Manutenção: I - planejar as ações de manutenção das áreas administradas pela FPM; II - planejar os serviços de podas, supressões, secções de raízes e jardinagem das áreas administradas pela FPM; III - gerenciar e promover a execução direta ou indireta de serviços e obras afeitos às áreas administradas pela FPM; IV - gerenciar e promover a execução direta ou indireta dos serviços de podas, supressões, secções de raízes e jardinagem das áreas administradas pela FPM; V - apoiar as Diretorias de Parques das Áreas Sul e Norte na execução das atividades, serviços e obras de manutenção e manejo dos parques; VI - promover a criação de instrumentos de controle e planejamento visando o aperfeiçoamento das intervenções; VII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 25 - Compete à Divisão de Planejamento:

Page 492: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

492 I - elaborar e acompanhar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas relativos ao aprimoramento das áreas administradas pela FPM, em conformidade com a Política Municipal de Meio Ambiente, monitorando o seu cumprimento; II - definir as diretrizes de manejo dos parques e monitorar o cumprimento dessas; III - elaborar e acompanhar os planos de manejo e utilização dos parques do Município; IV - elaborar projetos, para obtenção de benefícios e captação de recursos financeiros externos destinados aos programas desenvolvidos pela FPM, e acompanhar sua execução; V - avaliar e acompanhar os trabalhos de pesquisas científicas propostos por pesquisadores de universidades e outras instituições de ensino; VI - elaborar e desenvolver projetos de pesquisa nas unidades da Fundação, em conjunto com universidades e outras instituições de ensino; VII - promover, junto às unidades do CEVAE, a criação de programas e projetos especiais de meio ambiente, possibilitando a geração de renda, a valorização de parcerias, a auto-sustentabilidade, a difusão de tecnologias agroecológicas socialmente apropriadas, a mobilização social e um especial aprimoramento ambiental; VIII - coordenar a manutenção de informações georreferenciadas no tocante à formação de banco de dados interno, em colaboração com os demais órgãos e entidades do Executivo; IX - subsidiar a Divisão de Manutenção no planejamento de ações e intervenções; X - elaborar os regulamentos de uso das áreas administradas pela FPM; XI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 26 - Compete à Divisão de Eventos e Educação Ambiental: I - planejar e coordenar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais das áreas administradas pela FPM, isoladamente ou em conjunto com outras entidades ou colaboradores; II - promover a interação entre os setores da Administração Pública e da iniciativa privada envolvidos nas atividades a serem realizadas; III - manter contatos com empresas e entidades culturais e esportivas, objetivando a elaboração do calendário de eventos das áreas administradas pela FPM; IV - promover cursos, seminários e outros eventos; V - elaborar e coordenar, junto às comunidades locais, ações de educação ambiental, em especial as relacionadas à valorização, preservação e conservação das áreas administradas pela FPM; VI - elaborar, subsidiar, implantar e coordenar estudos, projetos, planos e programas relativos à execução da Política de Meio Ambiente do Município quanto à educação ambiental; VII - elaborar material educativo envolvendo aspectos ambientais das áreas administradas pela FPM, de modo a orientar escolas e visitantes; VIII - capacitar, aperfeiçoar e estimular a formação de educadores e agentes ambientais, para o desenvolvimento, em âmbito local, de atividades relativas à educação ambiental; IX - promover a divulgação de programas e projetos, em colaboração com a Assessoria Especial da FPM; X - participar da organização de cursos e treinamentos em sua área de atuação;

Page 493: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

493 XI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Subseção II Da Diretoria Administrativo-Financeira

Art. 27 - Compete à Diretoria Administrativo-Financeira: I - coordenar, executar e controlar atividades de administração, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos; II - coordenar, executar e controlar atividades de administração de materiais e patrimônio; III - participar da elaboração da proposta de orçamento da FPM; IV - controlar a regularidade e a legalidade na realização da receita e da despesa da FPM; V - exercer a fiscalização e o controle dos atos praticados pelas demais unidades administrativas e financeiras da FPM; VI - coordenar o processo de liberação de recursos e suplementação orçamentária da FPM, adequando a programação à disponibilidade orçamentária e financeira; VII - manter atualizada a escrituração do movimento econômico-financeiro da FPM; VIII - elaborar o balanço anual da FPM; IX - coordenar os processos de contratos e convênios, acompanhando os repasses e as prestações de contas; X - coordenar os processos de contratos e convênios, acompanhando os repasses e as prestações de contas; XI - coordenar, executar e controlar atividades de transporte, conservação, comunicações, arquivo e demais serviços auxiliares; XII - elaborar relatórios demonstrativos para suporte e análise do Conselho Fiscal; XIII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 28 - Integram a Diretoria Administrativo-Financeira as seguintes Divisões e Seções: I - Divisão de Recursos Humanos, de 4º nível; II - Divisão de Execução Financeira, de 4º nível; III - Divisão de Controle de Contratos e Convênios, de 4º nível; IV – Seção de Compras, de 5º nível; V – Seção de Serviços Gerais, de 5º nível; VI – Seção de Almoxarifado, de 5º nível. Art. 29 - Compete à Divisão de Recursos Humanos: I - coordenar, executar e controlar atividades de treinamento e capacitação de pessoal; II - coordenar, executar e controlar atividades de administração de pessoal, incluindo registro de recursos humanos, definição de escalas de trabalho, férias, controle de freqüência de servidores e de estagiários da FPM, distribuição de vales-transporte, contracheques e vales-refeição; III - processar, controlar e gerar informações inerentes ao pagamento de pessoal da FPM;

Page 494: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

494 IV - promover o constante aprimoramento e sistematização dos registros e controles pertinentes à sua área de atuação; V - zelar pela correta aplicação da legislação de pessoal; VI - promover e acompanhar a execução de processos seletivos necessários ao provimento de cargos e funções do quadro de pessoal da FPM; VII - apresentar relatórios sobre assuntos referentes à sua área; VIII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 30 - Compete à Divisão de Execução Financeira: I - coordenar, executar e controlar atividades de planejamento e controle orçamentário e financeiro; II - coordenar, executar e controlar atividades de emissão de empenhos, notas de anulação e transferências financeiras; III - coordenar, executar e controlar atividades de prestação de contas, balanços, balancetes, demonstrações contábeis, orçamentárias e patrimoniais; IV - apresentar relatórios sobre assuntos referentes à sua área; V - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 31 - Compete à Divisão de Controle de Contratos e Convênios: I - acompanhar a execução físico-financeira de todos os contratos, convênios e ajustes, controlando suas medições e seus vencimentos e propondo alterações, adequações e aditivos; II - instruir, encaminhar, receber e arquivar a documentação dos processos administrativos, contratos, convênios e demais ajustes firmados pela FPM, bem como de garantias contratuais, regulamentos, editais de licitação, dentre outros; III - coordenar, executar e controlar, em todas as suas fases, as atividades relacionadas aos processos licitatórios, submetendo-as à apreciação da Assessoria Jurídica; IV - acompanhar os trabalhos da comissão permanente de licitação da FPM; V - assessorar as unidades da FPM na viabilização e no acompanhamento dos contratos, convênios e ajustes; VI - elaborar e emitir relatórios periódicos de acompanhamento dos contratos, convênios e demais ajustes firmados pela FPM; VII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 32 - Compete à Seção de Compras: I - coordenar, executar e controlar atividades de aquisição de serviços, materiais, bens e equipamentos, necessários à consecução dos objetivos da FPM; II - implantar e manter banco de preços e materiais adquiridos pela FPM; III - promover as negociações técnicas e comerciais pertinentes aos processos de compras de bens e serviços, em conformidade com a previsão orçamentária; IV - orientar as unidades da FPM quanto ao processo para a aquisição de materiais, bens e equipamentos; V - organizar o calendário de compras; VI - controlar o recebimento de materiais, verificando os prazos de entrega e a sua qualidade, conforme as especificações técnicas; VII - apresentar relatórios sobre assuntos referentes à sua área;

Page 495: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

495 VIII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 33 - Compete à Seção de Serviços Gerais: I - gerenciar e coordenar o patrimônio vinculado à FPM, zelando por sua manutenção, reforma, ampliação e adequação; II - administrar e controlar o patrimônio mobiliário da FPM e realizar seu inventário anual; III - gerenciar a movimentação de equipamentos e mobiliário entre as unidades da FPM; IV - coordenar e controlar a utilização dos veículos a disposição da FPM; V - coordenar os serviços de reprografia e de telefonia da FPM; VI - supervisionar os serviços de zeladoria, vigilância, limpeza, copa e manutenção de seus equipamentos; VII - receber, registrar, autuar e distribuir processos administrativos, documentos e correspondências; VIII - determinar providências para apuração de desvios de materiais e de bens patrimoniais; IX - promover a “baixa” de bens alienados e dos que forem considerados inservíveis, mediante autorização superior; X - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 34 - Compete à Seção de Almoxarifado: I - coordenar, executar e controlar, por meio de escrituração, a entrada e saída de materiais e suprimentos no almoxarifado; II - promover o levantamento das demandas, organizar e propor a programação de compras e a formação dos estoques reguladores; III - realizar a previsão de estoque, por meio de controle de consumo de material, por espécie e por unidades da FPM; IV - controlar o estoque de material da FPM e conservá-lo em perfeitas condições de armazenamento, conservação, classificação e registro; V - proceder ao abastecimento das diversas unidades da FPM de materiais requisitados para os diferentes serviços; VI - apresentar relatórios sobre assuntos referentes à sua área; VII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Subseção III Da Diretoria de Parques da Área Sul

Art. 35 - Compete à Diretoria de Parques da Área Sul: I - administrar os parques e as unidades do Programa Centro de Vivência Agroecológica – CEVAE - da Área Sul, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, englobando a coordenação, a administração e o controle das respectivas atividades de manejo, manutenção, preservação e segurança, conforme planejamento e diretrizes fixadas pelo Departamento Técnico; II - administrar, promover, supervisionar e controlar atividades, eventos, esportes, lazer e programas sociais inerentes às finalidades dos parques e CEVAEs da Área Sul, conforme planejamento e diretrizes da Divisão de Eventos e Educação Ambiental;

Page 496: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

496 III - coibir degradações, invasões, captura e tráfico de animais e de outros tipos de ações clandestinas nos parques e CEVAEs da Área Sul; IV- promover as articulações necessárias com as comunidades, outros órgãos e entidades envolvidas nos programas dos parques e CEVAEs da Área Sul; V - manter intercâmbio com organismos da Administração Pública e da iniciativa privada, instituições de ensino, organizações não governamentais e outras entidades, visando a consecução de parcerias para o aprimoramento dos programas dos parques e CEVAEs da Área Sul, em colaboração com o Departamento Técnico; VI - fomentar e orientar a criação de Comissões Consultivas compostas por representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades desenvolvidas nos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade; VII - implantar as pesquisas, projetos, planos e programas relativos à execução da Política de Meio Ambiente do Município, no tocante ao manejo das unidades da FPM, em colaboração com a Divisão de Planejamento; VIII - cumprir e fazer cumprir os regulamentos das áreas sob sua administração; IX - apresentar relatórios periódicos ao Presidente da Fundação sobre o andamento de suas atividades. Art. 36 - Integram a Diretoria de Parques da Área Sul os seguintes Departamentos, de 2º nível: I - Departamento Sudeste; II - Departamento Centro; III - Departamento Sudoeste. Art. 37 - Compete ao Departamento Sudeste: I - administrar os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque Municipal das Mangabeiras; b) Parque das Nações; c) Parque Fort Lauderdale; d) Parque Julien Rien; e) Parque Linear do Vale do Arrudas; f) Parque Marcus Pereira de Melo; g) Parque Mata das Borboletas; h) Parque Municipal Juscelino Kubitschek; i) Parque da Serra do Curral; j) CEVAE Taquaril. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento; III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento;

Page 497: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

497 IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte, educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade; VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades desenvolvidas nos parques e CEVAEs; VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção; VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua responsabilidade; IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção; X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho; XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 38 - Integram o Departamento Sudeste as seguintes Divisões, de 4º nível: I - Divisão de Manejo e Operações - Leste; II - Divisão Serra do Curral. Art. 39 - Compete à Divisão de Manejo e Operações- Leste: I - gerir os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a esses, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque das Nações; b) Parque Julien Rien; c) Parque Linear do Vale do Arrudas; d) Parque Marcus Pereira de Melo; e) Parque Mata das Borboletas; f) Parque Municipal Juscelino Kubitschek; g) CEVAE Taquaril. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento; III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - gerir o Programa Centro de Vivência Agroecológica - CEVAE - sob sua responsabilidade e fomentar seu caráter participativo;

Page 498: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

498 VI - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VII - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; IX - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; X - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade; XI - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade; XII - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XIII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 40 - Compete à Divisão Serra do Curral: I - gerir os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque Municipal das Mangabeiras; b) Parque Fort Lauderdale; c) Parque da Serra do Curral; II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento; III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza;

Page 499: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

499 VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade; X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade; XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 41 - Integra a Divisão Serra do Curral a Seção de Projetos Especiais, de 5º nível, à qual compete: I - coordenar e acompanhar os programas sociais desenvolvidos com as comunidades do entorno do Parque Municipal das Mangabeiras; II - manter intercâmbio com organismos da Administração Pública e da iniciativa privada, instituições de ensino, organizações não governamentais visando a consecução de parcerias para o aprimoramento dos programas; III - planejar e executar ações de mobilização social necessárias à consecução de seus objetivos; IV - fornecer à Divisão Serra do Curral, dados e subsídios necessários à elaboração de relatórios e pareceres; V - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 42 - Compete ao Departamento Centro: I - administrar os parques e áreas sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque Municipal Américo Renné Giannetti; b) Parque Olinto Marinho Couto; c) Parque Paulo Berutti; d) Parque Mosteiro Tom Jobim;

Page 500: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

500 e) Parque Professor Amilcar Vianna Martins; f) Parque Rosinha Cadar; g) Parque Ecológico Santo Antônio; h) Parque Jornalista Eduardo Couri (Barragem Santa Lúcia); i) Área das nascentes da Barragem Santa Lúcia; j) Área do vertedouro da Barragem Santa Lúcia; II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos parques e áreas sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento; III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte, educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques e áreas sob sua responsabilidade; VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades desenvolvidas nos parques; VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção; VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua responsabilidade; IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção; X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho; XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 43 - Integram o Departamento Centro as seguintes Divisões, de 4º nível: I - Divisão de Manejo e Operações - Centro; II – Divisão do Parque Municipal Américo Renné Giannetti. Art. 44 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Centro: I - gerir os parques e áreas sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque Olinto Marinho Couto; b) Parque Paulo Berutti; c) Parque Mosteiro Tom Jobim; d) Parque Professor Amilcar Vianna Martins; e) Parque Rosinha Cadar;

Page 501: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

501 f) Parque Ecológico Santo Antônio; g) Parque Jornalista Eduardo Couri (Barragem Santa Lúcia); h) Área das nascentes da Barragem Santa Lúcia; i) Área do vertedouro da Barragem Santa Lúcia; II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento; III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade; X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade; XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques e áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 45 - Compete à Divisão do Parque Municipal Américo Renné Giannetti: I - gerir o Parque, praticando os atos necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio; II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso do Parque, elaborado pela Divisão de Planejamento;

Page 502: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

502 III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação do Parque, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções no Parque, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - responsabilizar-se pela preservação do Parque, mantendo-o em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança no Parque; VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados no Parque e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada no Parque; X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos do Parque; XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização do Parque, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais do Parque, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 46 - Integra a Divisão do Parque Américo Renné Giannetti a Seção Operacional do Parque Américo Renné Giannetti, de 5º nível, à qual compete: I - cumprir e fazer cumprir o regulamento de uso do Parque, elaborado pela Divisão de Planejamento; II - executar as atividades pertinentes ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação do Parque, conforme orientação da Divisão de Planejamento; III - administrar e controlar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais do Parque, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; IV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio do Parque, mantendo-o em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VI - controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança no Parque; VII - controlar e supervisionar a entrada de público, servidores e funcionários; VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada no Parque;

Page 503: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

503 X - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 47 - Compete ao Departamento Sudoeste: I - administrar os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: I.1. Na Regional Oeste: a) Parque do Conjunto Estrela Dalva; b) Parque Jacques Cousteau; c) Parque Aggeo Pio Sobrinho; d) Parque Halley Alves Bessa; e) Parque Bandeirante Silva Ortiz; f) Parque da Vila Pantanal; g) Parque Ecológico Nova Granada; h) Parque da Vila Santa Sofia; i) CEVAE Morro das Pedras; j) CEVAE Coqueiros. I.2. Na Regional Barreiro: a) Parque Roberto Burle Marx; b) Parque Ecológico Padre Alfredo Sabetta; c) Parque Carlos de Faria Tavares; d) Parque Municipal do Tirol. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento; III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte, educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade; VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades desenvolvidas nos parques e CEVAEs; VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção; VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua responsabilidade; IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção; X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;

Page 504: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

504 XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 48 - Integram o Departamento Sudoeste as seguintes Divisões e Seção: I - Divisão de Manejo e Operações - Oeste, de 4º nível; II - Divisão de Manejo e Operações - Barreiro, de 4º nível; III - Seção Operacional do Parque Roberto Burle Marx, de 5º nível; Art. 49 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Oeste: I - gerir os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque do Conjunto Estrela Dalva; b) Parque Jacques Cousteau; c) Parque Aggeo Pio Sobrinho; d) Parque Halley Alves Bessa; e) Parque Bandeirante Silva Ortiz; f) Parque da Vila Pantanal; g) Parque Ecológico Nova Granada; h) Parque da Vila Santa Sofia; i) CEVAE Morro das Pedras; j) CEVAE Coqueiros. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento; III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - gerir o Programa Centro de Vivência Agroecológica - CEVAE - sob sua responsabilidade e fomentar seu caráter participativo; VI - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VII - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; IX - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; X - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade;

Page 505: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

505 XI - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade; XII - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XIII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 50 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Barreiro: I - gerir os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque Roberto Burle Marx; b) Parque Ecológico Padre Alfredo Sabetta; c) Parque Carlos de Faria Tavares; d) Parque Municipal do Tirol. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento; III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade; X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade;

Page 506: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

506 XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 51 - Compete à Seção Operacional do Parque Roberto Burle Marx: I - cumprir e fazer cumprir o regulamento de uso do Parque, elaborado pela Divisão de Planejamento; II - executar as atividades pertinentes ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação do Parque, conforme orientação da Divisão de Planejamento; III - administrar e controlar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais do Parque, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; IV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio do Parque, mantendo-o em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VI - controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança no Parque; VII - controlar e supervisionar a entrada de público, servidores e funcionários; VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada no Parque; X - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Subseção IV Da Diretoria de Parques da Área Norte

Art. 52 - Compete à Diretoria de Parques da Área Norte: I - administrar os parques e as unidades do Programa Centro de Vivência Agroecológica – CEVAE da Área Norte, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, englobando a coordenação, a administração e o controle das respectivas atividades de manejo, manutenção, preservação e segurança, conforme planejamento e diretrizes do Departamento Técnico;

Page 507: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

507 II - administrar, promover, supervisionar e controlar atividades, eventos, esportes, lazer e programas sociais inerentes às finalidades dos parques e CEVAEs da Área Norte, conforme planejamento e diretrizes da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; III - coibir degradações, invasões, captura e tráfico de animais e de outros tipos de ações clandestinas nos parques e CEVAEs da Área Norte; IV- promover as articulações necessárias com as comunidades, outros órgãos e entidades envolvidas nos programas dos parques e CEVAEs da Área Norte, visando ao bom desempenho de seus objetivos; V - manter intercâmbio com organismos da Administração Pública e da iniciativa privada, instituições de ensino, organizações não governamentais e outras entidades, visando a consecução de parcerias para o aprimoramento dos programas dos parques e CEVAEs da Área Norte, em colaboração com o Departamento Técnico; VI - fomentar e orientar a criação de Comissões Consultivas compostas por representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades desenvolvidas nos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade; VII - implantar as pesquisas, projetos, planos e programas relativos à execução da Política de Meio Ambiente do Município, no tocante ao manejo das unidades da FPM, em colaboração com a Divisão de Planejamento; VIII - cumprir e fazer cumprir os regulamentos das áreas sob sua administração; IX - apresentar, periodicamente, ao Presidente da Fundação, relatório sobre o andamento das atividades. Art. 53 - Integram a Diretoria de Parques da Área Norte os seguintes Departamentos, de 3º nível: I - Departamento Noroeste; II - Departamento Nordeste. Art. 54 - Compete ao Departamento Noroeste: I - administrar os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: I.1 - Regional Noroeste: a) Parque Ecológico Maria do Socorro Moreira; b) Parque Ecológico e de Lazer do Bairro Caiçara; c) Parque Ecológico Vencesli Firmino da Silva; d) Parque Ecológico Pedro Machado; e) Parque Jardim Montanhês. I.2 - Regional Pampulha: a) Parque Dona Clara; b) Parque Municipal Ursulina de Andrade Mello; c) Parque Cássia Eller; d) Parque do Confisco; e) Parque Elias Michel Farah; f) Parque Ecológico e Cultural Enseada das Garças; g) Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado;

Page 508: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

508 h) Parque Fernando Sabino; i) Parque Ecológico do Brejinho. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos parques sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento; III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte, educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques sob sua responsabilidade; VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades desenvolvidas nos parques; VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção; VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua responsabilidade; IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção; X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho; XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 55 - Integram o Departamento Noroeste as seguintes Divisões, de 4º nível: I - Divisão de Manejo e Operações - Noroeste; II - Divisão de Manejo e Operações - Pampulha. Art. 56 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Noroeste: I - gerir os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque Ecológico Maria do Socorro Moreira; b) Parque Ecológico e de Lazer do Bairro Caiçara; c) Parque Ecológico Vencesli Firmino da Silva; d) Parque Ecológico Pedro Machado; e) Parque Jardim Montanhês. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento; III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento;

Page 509: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

509 IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade; X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade; XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 57 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Pampulha: I - gerir os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque Dona Clara; b) Parque Municipal Ursulina de Andrade Mello; c) Parque Cassia Eller; d) Parque do Confisco; e) Parque Elias Michel Farah; f) Parque Ecológico e Cultural Enseada das Garças; g) Parque Fazenda Lagoa do Nado; h) Parque Fernando Sabino; i) Parque Ecológico do Brejinho. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;

Page 510: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

510 III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade; X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade; XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 58 - Compete ao Departamento Nordeste: I - administrar os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: I.1 - Regional Nordeste: a) Parque Professor Guilherme Lage; b) Parque Escola Jardim Belmonte; c) Parque Fernão Dias (Parque do Sol); d) Parque Ecológico e Cultural Professor Marcos Mazzoni; e) Parque Municipal Ismael de Oliveira Fábregas; f) Parque da Matinha; g) Parque Orlando de Carvalho Silveira; h) Parque Ecológico Renato Azeredo;

Page 511: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

511 i) Parque Linear Av. José Cândido da Silveira; j) Parque Ecológico e Cultural Vitória; k) Parque Goiânia; l) Parque Hugo Furquim Werneck; m) Parque Fernão Dias; n) CEVAE Capitão Eduardo. I.2 - Regional Norte: a) Parque do Bairro Planalto; b) Parque Nossa Senhora da Piedade; c) Parque Primeiro de Maio; d) Parque Vila Clóris; e) Parque Ecológico e Cultural Jardim das Nascentes (Parque Madri). I.3 - Regional Venda Nova: a) Parque Alexander Brant; b) Parque José Dazinho Pimenta (Parque Cenáculo); c) Parque José Lopes dos Reis (Parque Baleares); d) Parque do Bairro Jardim Leblon; e) Parque do Conjunto Habitacional da Lagoa; f) Parque Serra Verde; g) Parque Ecológico Telê Santana; h) CEVAE Serra Verde. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento; III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte, educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade; VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades desenvolvidas nos parques e CEVAEs; VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção; VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua responsabilidade; IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção; X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho; XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento;

Page 512: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

512 XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 59 - Integram o Departamento Nordeste as seguintes Divisões, de 4º nível: I - Divisão de Manejo e Operações - Nordeste; II - Divisão de Manejo e Operações - Norte e Venda Nova. Art. 60 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Nordeste: I - gerir os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a esses, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: a) Parque Professor Guilherme Lage; b) Parque Escola Jardim Belmonte; c) Parque Fernão Dias (Parque do Sol); d) Parque Ecológico e Cultural Professor Marcos Mazzoni; e) Parque Municipal Ismael de Oliveira Fábregas; f) Parque da Matinha; g) Parque Orlando de Carvalho Silveira; h) Parque Ecológico Renato Azeredo; i) Parque Linear Av. José Cândido da Silveira; j) Parque Ecológico e Cultural Vitória; k) Parque Goiânia; l) Parque Hugo Furquim Werneck; m) Parque Fernão Dias; n) CEVAE Capitão Eduardo. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento; III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - gerir o Programa Centro de Vivência Agroecológica - CEVAE - sob sua responsabilidade e fomentar seu caráter participativo; VI - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VII - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; IX - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; X - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade;

Page 513: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

513 XI - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade; XII - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XIII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos. Art. 61 - Compete à Divisão de Manejo e Operações Norte e Venda Nova: I - gerir os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação: I.1 - Regional Norte: a) Parque do Bairro Planalto; b) Parque Nossa Senhora da Piedade; c) Parque Primeiro de Maio; d) Parque Vila Clóris; e) Parque Ecológico e Cultural Jardim das Nascentes (Parque Madri). I.2 - Regional Venda Nova: f) Parque Alexander Brant; g) Parque José Dazinho Pimenta (Parque Cenáculo); h) Parque José Lopes dos Reis (Parque Baleares); i) Parque do Bairro Jardim Leblon; j) Parque do Conjunto Habitacional da Lagoa; k) Parque Serra Verde; l) Parque Ecológico Telê Santana; m) CEVAE Serra Verde. II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento; III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento; IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em colaboração com a Divisão de Manutenção; V - gerir o Programa Centro de Vivência Agroecológica - CEVAE - sob sua responsabilidade e fomentar seu caráter participativo;

Page 514: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

514 VI - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza; VII - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade; VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho; IX - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento; X - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua responsabilidade; XI - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua responsabilidade; XII - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme orientação da Divisão de Planejamento; XIII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XIV - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas, entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental; XV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos organizados; XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; XVII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Subseção V Da Diretoria de Necrópoles

Subseção V acrescentada pelo Decreto nº 14.867, de 23/3/2012 (Art. 2º) Art. 61-A - Compete à Diretoria de Necrópoles planejar e organizar as atividades das Necrópoles Municipais. Art. 61-B - Integram a Diretoria de Necrópoles as seguintes Divisões, de 4º nível: I - Divisão de Necrópoles I; II - Divisão de Necrópoles II. Art. 61-C - Compete à Divisão de Necrópoles I: I - executar as atividades das Necrópoles do Cemitério do Bonfim e do Cemitério da Paz; II - executar as atividades da Capela Velório do Barreiro - Vicente Rodrigues de Paula; III - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; IV - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Page 515: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

515 Art. 61-D - Compete à Divisão de Necrópoles II: I - executar as atividades das Necrópoles dos Cemitérios da Saudade e do Cemitério da Consolação; II - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; III - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

CAPÍTULO VI DO REGIME FINANCEIRO E DA FISCALIZAÇÃO

Art. 62 - O exercício financeiro coincidirá com o ano civil e a prestação de contas anual da Fundação conterá, entre outros, os seguintes elementos: I - balanço patrimonial; II - balanço econômico; III - balanço financeiro; IV - quadro comparativo entre a receita realizada e a receita estimada; V - quadro comparativo entre a despesa realizada e a despesa estimada; VI - demonstrativo dos compromissos pendentes no final do exercício financeiro; VII - relatório detalhado da Presidência, compreendendo o movimento do exercício. Parágrafo único - No processamento dos registros contábeis, a Fundação adotará os princípios e normas da Contabilidade Pública. Art. 63 - A prestação anual de contas e o balanço geral serão analisados pelo Conselho Curador, após parecer do Conselho Fiscal. Art. 64 - A Fundação apresentará ao Tribunal de Contas do Estado, por intermédio do Município de Belo Horizonte, as contas de cada exercício, nos termos da legislação vigente.

CAPÍTULO VII DO PESSOAL

Art. 65 - O regime jurídico dos servidores públicos da Fundação é o adotado na Administração Direta do Executivo. Art. 66 - O quadro de pessoal efetivo da Fundação é o constante do Anexo III a que se refere o § 1º do art. 121 da Lei nº 9.011/05, alterado pela Lei nº 9.276, de 04 de dezembro de 2006. Art. 67 - O Plano de Cargos e Salários da Fundação conterá normas para avaliação periódica do desempenho de seu pessoal técnico e administrativo.

Page 516: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

516 Art. 68 - Os cargos de direção de 3º e 4º níveis a que se refere o parágrafo único do art. 118 da Lei nº 9.011/05, alterado pela Lei nº 10.101/11, equivalem, respectivamente, a Chefe de Departamento e Chefe de Divisão.

CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 69 - Será considerada benemérita da Fundação de Parques Municipais a pessoa física ou jurídica que, a critério do Conselho Curador, distinguir-se por serviço, doação ou subvenção à Fundação. Art. 70 - As dúvidas surgidas na aplicação do presente Estatuto serão dirimidas pelo Presidente da Fundação. Belo Horizonte, 13 de abril de 2011 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 517: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

517

DECRETO Nº 14.594, DE 30 DE SETEMBRO DE 2011

Regulamenta o processo de licenciamento integrado de empreendimento de impacto, bem como o processo de licenciamento urbanístico, no Município de Belo Horizonte e institui a Comissão de Interface para Orientação e Acompanhamento do Processo de Licenciamento de Empreendimentos de Impacto.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do artigo 108 da Lei Orgânica do Município, e tendo em vista o disposto nos artigos 65-A a 65-E e 74-P a 74-S da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, e considerando, ainda: - a necessidade de buscar soluções para aprimorar os processos de gestão interna e de prestação de serviços públicos; e - a necessidade de agilizar o processo de licenciamento de empreendimento de impacto, decreta:

CAPÍTULO I DO LICENCIAMENTO INTEGRADO

Art. 1º - Fica instituído no Município o Licenciamento Integrado de Empreendimento de Impacto Ambiental e de Impacto Urbanístico, em conformidade com as Leis nº 7.165/96 e nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, alteradas pela Lei nº 9.959, de 20 de julho de 2010. Art. 2º - A coordenação das atividades do procedimento de Licenciamento Integrado de Empreendimento de Impacto é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, por intermédio da Gerência de Orientação e Licenciamento Integrado - GELC, em conformidade com as legislações específicas e com a colaboração dos demais órgãos e entidades do Poder Executivo Municipal com interface no processo de licenciamento. Art. 3º - O protocolo de toda documentação e informação necessárias ao procedimento de licenciamento integrado de empreendimento de impacto deverá ser efetuado no BH Resolve e o acompanhamento do andamento do procedimento pelo empreendedor será realizado por meio de sistema informatizado de acompanhamento de protocolo. Art. 4º - O procedimento de licenciamento integrado de empreendimento de impacto terá início com o requerimento, pelo empreendedor, da Orientação para o Licenciamento de Empreendimento de Impacto – OLEI, por meio da apresentação de formulário específico e demais documentos pertinentes. § 1º - Para a elaboração da OLEI a Gerência de Orientação e Licenciamento Integrado poderá solicitar orientação dos órgãos e entidades do Poder Executivo com interface no processo de licenciamento, que deverão se manifestar em até 05 (cinco) dias.

Page 518: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

518 § 2º - A OLEI para os empreendimentos de impacto ambiental será emitida e disponibilizada ao empreendedor, juntamente com os termos de referências para elaboração dos estudos ambientais, em até 10 (dez) dias após o protocolo do formulário de Caracterização de Empreendimento de Impacto - CEI. § 3º - A OLEI para os empreendimentos de impacto urbanístico será precedida do protocolo da Caracterização do Empreendimento - CE e de apresentação do empreendimento a ser feita ao plenário do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR, conforme disposto neste Decreto, e será emitida e disponibilizada ao empreendedor, juntamente com o roteiro que subsidiará a elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, em até 07 (sete) dias após a apresentação do empreendimento ao plenário do COMPUR. § 4º - A OLEI terá validade máxima de 01 (um) ano, ressalvadas as modificações na legislação pertinente, podendo ser revalidada mediante solicitação devidamente justificada e aprovada pela GELC. Art. 5º - A GELC receberá a documentação protocolada em atendimento ao disposto na OLEI e procederá sua conferência e distribuição entre os órgãos e entidades do Poder Executivo com interface no processo de licenciamento de empreendimentos de impacto, acompanhando os prazos para emissão de pareceres, bem como a concessão das licenças solicitadas.

CAPÍTULO II DA COMISSÃO DE INTERFACE PARA ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO

PROCESSO DE LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTO DE IMPACTO Art. 6º - Fica instituída a Comissão de Interface para Orientação e Acompanhamento do Processo de Licenciamento de Empreendimento de Impacto, vinculada à Gerência de Orientação e Licenciamento Integrado da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, composta por um representante e respectivo suplente de cada um dos seguintes órgãos: I - Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, que a coordenará; II - Secretaria Municipal de Meio Ambiente; III - Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano; IV - Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; V - Secretaria Municipal de Saúde; VI - Superintendência de Limpeza Urbana - SLU; VII - Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S.A. - BHTRANS; VIII - Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP; IX - Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte - URBEL; X - Fundação Municipal de Cultura. § 1º - A Comissão de Interface prevista no caput deste artigo será responsável pela orientação, avaliação e acompanhamento dos expedientes referentes aos licenciamentos integrados de empreendimentos de impacto e deverá reunir-se semanalmente para

Page 519: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

519 apreciação dos processos em pauta ou por convocação da GELC, de acordo com a atividade a ser desenvolvida pelo empreendimento e a necessidade de autorização do órgão para o licenciamento do mesmo. § 2º - A Comissão de Interface poderá convocar representantes de outros órgãos ou entidades da Administração Pública Municipal, assim como os responsáveis pelo empreendimento, bem como convidar outros órgãos ou entidades públicas, caso seja necessário, para a viabilização de suas atividades. § 3º - Cabe à Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto - GELA a coordenação técnica das reuniões da Comissão de Interface para avaliação dos expedientes de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto. § 4º - Cabe à Gerência Executiva do Conselho Municipal de Política Urbana - GCPU a coordenação técnica das reuniões da Comissão de Interface para avaliação dos expedientes de Licenciamento Urbanístico de Empreendimentos de Impacto. Art. 7º - Os membros da Comissão de Interface deverão responder por seus respectivos órgãos no que diz respeito aos temas associados ao licenciamento de empreendimento de impacto ambiental e urbanístico e estarão sujeitos às seguintes obrigações: I - comparecer às reuniões da Comissão de Interface; II - apontar diretrizes para serem incluídas no Licenciamento Ambiental ou no Relatório de Avaliação do EIV - REIV, com base nos estudos apresentados, observada a competência de cada órgão; III - avaliar e indicar as medidas mitigadoras e compensatórias propostas, caso sejam necessárias; IV - observar os prazos previstos na legislação ambiental e urbanística pertinente e neste Decreto; V - dirimir dúvidas do empreendedor, responsável técnico ou demais representantes do Poder Público, quando solicitado; VI - justificar a necessidade de indeferimento dos processos, caso seja comprovada a inadequação do empreendimento ao local proposto para sua implantação. § 1º - A não manifestação dos membros integrantes da Comissão ou a ausência dos mesmos nos prazos e datas previstos implicará impossibilidade de inclusão de diretrizes no Licenciamento Ambiental ou no Licenciamento Urbanístico acerca do tema relativo aos respectivos órgãos. § 2º - Caracterizada a hipótese prevista no § 1º deste artigo, serão incluídas no Licenciamento Ambiental ou no Licenciamento Urbanístico exclusivamente as exigências legais relativas ao tema em questão. Art. 8º - Os órgãos ou entidades da Administração Pública Municipal deverão, quando necessário e por solicitação da Comissão de Interface, disponibilizar técnicos para auxiliar na análise de documentos e estudos específicos.

Page 520: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

520

CAPÍTULO III DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 9º - Para o licenciamento ambiental de empreendimento de impacto deverá ser observado o disposto nas Leis nº 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e nº 8.201, de 17 de julho de 2001, bem como nas Deliberações Normativas do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM. Art. 10 - Os documentos, estudos e projetos ambientais discriminados na OLEI serão protocolados no BH Resolve e encaminhados para a GELC, responsável pelo repasse dos mesmos para análise e parecer da SMMA e dos demais órgãos e entidades com assento na Comissão de Interface. § 1º - O protocolo da documentação junto ao BH Resolve deverá ser acompanhado de: I - guia de recolhimento paga, relativa à análise dos estudos ambientais pelo órgão competente do Poder Executivo, correspondente à licença pleiteada; II - cópia do CNPJ e do contrato social da empresa, CPF do responsável legal que assinará e acompanhará o processo ou do seu representante legal munido de procuração; III - cópia do título de propriedade do terreno/escritura de compra e venda devidamente registrada ou contrato de locação, quando for o caso; IV - Anotações de Responsabilidade Técnica - ART dos profissionais que elaboraram os estudos ambientais, devidamente registradas nos respectivos conselhos de classe; V - demais documentos discriminados na OLEI. § 2º - A GELC terá o prazo de 05 (cinco) dias para conferência da documentação, confirmação do protocolo ao requerente e distribuição para os órgãos e entidades com interface no processo. § 3º - Caso a documentação apresentada esteja incompleta ou em desacordo com as exigências da OLEI, a GELC comunicará ao empreendedor e procederá à devolução de toda a documentação. Art. 11 - Os órgãos e entidades com interface no processo, bem como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, terão o prazo de até 30 (trinta) dias, a partir do envio da documentação protocolada, para análise e emissão de parecer específico ou de relatório de pendências, se for o caso, para apresentação na Comissão de Interface. § 1º - Caso a documentação para o licenciamento esteja em desacordo com os roteiros e termos de referência estabelecidos, será emitido parecer técnico pelo órgão respectivo, para conhecimento da GELC e devolução de toda a documentação ao requerente, no prazo de até 15 (quinze) dias contados da data de recebimento da documentação pelo órgão.

Page 521: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

521 § 2º - No caso de solicitação de informações complementares, a Comissão de Interface concederá prazo de até 30 (trinta) dias ao requerente para apresentação das informações solicitadas, podendo ser prorrogado desde que devidamente justificado. § 3º - Após a apresentação das informações complementares pelo empreendedor e registro no sistema de controle, os órgãos e entidades com interface no processo e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente terão o prazo de até 15 (quinze) dias para análise e emissão do parecer específico para envio à GELC. Art. 12 - Após a reunião dos pareceres específicos, a GELC comunicará ao requerente para formalização do processo de requerimento de licenciamento ambiental de forma a possibilitar a consolidação do parecer final pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que o submeterá à deliberação pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMAM, nos prazos estabelecidos legalmente. § 1º - O requerente terá o prazo de até 10 (dez) dias para protocolo da documentação necessária ou para apresentação de recurso relativo à manifestação dos órgãos. § 2º - Na hipótese de apresentação de recurso, a Comissão de Interface terá o prazo de 15 (quinze) dias para analisar, emitir relatório técnico e comunicar ao requerente, que deverá apresentar, no prazo de até 05 (cinco) dias contados da comunicação, a documentação necessária para formalização do processo de requerimento de licenciamento ambiental. § 3º - Transcorrido os prazos estabelecidos nos §§ 1º e 2º sem que haja manifestação do requerente ou apresentação da documentação necessária para formalização do processo de requerimento de licenciamento ambiental, a GELC comunicará ao requerente o indeferimento do pedido. § 4º - A contagem dos prazos para outorga das licenças ambientais, conforme disposto no artigo 8º da Lei nº 7.277/97, terá início após a emissão dos pareceres de todos os órgãos e entidades com interface no processo, com a apresentação pelo empreendedor do requerimento de licença ambiental e respectiva publicação para envio à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, nos prazos estabelecidos neste Decreto. Art. 13 - Na hipótese de um ou mais órgãos manifestarem-se pelo indeferimento do pedido de licença, caberá ao COMAM a análise e deliberação quanto à concessão da licença pretendida.

CAPÍTULO IV DO LICENCIAMENTO URBANÍSTICO

Seção I

Disposições Gerais

Page 522: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

522 Art. 14 - Fica instituído o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, conforme disposto no Capítulo XI do Título IV da Lei nº 7.165/96, que deverá ser executado com base na OLEI e em roteiro elaborado pela Gerência Executiva do Conselho Municipal de Política Urbana - GCPU, de acordo com as características de cada empreendimento. Art. 15 - Para fins de definição dos empreendimentos sujeitos ao licenciamento urbanístico e à elaboração de EIV, serão utilizados os seguintes critérios: I - a área de estacionamento de veículos prevista no inciso I do art. 74-B da Lei nº 7.166/96 corresponde à soma das áreas destinadas às vagas para estacionamento de veículos e das áreas destinadas a acesso, circulação e manobra necessárias para alcançá-las; II - o número de vagas previsto inciso I do art. 74-B da Lei nº 7.166/96 diz respeito àquelas destinadas a estacionamento de veículos; III - a referência para aplicação do disposto nos incisos III e IV do art. 74-B da Lei nº 7.166/96 será a área total edificada ou a área utilizada pela atividade, prevalecendo aquela que for maior. Art. 16 - O empreendimento de impacto que esteja em funcionamento poderá renovar seu Alvará de Localização e Funcionamento - ALF, sem necessidade de apresentação de estudo de impacto de vizinhança, observada as seguintes condições: I - manutenção da área utilizada do empreendimento; II - não alteração do titular do ALF; III - não alteração da atividade ou do conjunto de atividades licenciadas; IV - ausência de convocação pelo COMPUR. Art. 17 - Na hipótese de empreendimento a ser instalado em edificação existente, a regularização da mesma deverá integrar o processo de licenciamento urbanístico. Art. 18 - Na hipótese de empreendimento que envolva aprovação ou regularização de parcelamento do solo, a emissão das respectivas diretrizes deverá anteceder o processo de licenciamento urbanístico do mesmo.

Seção II Do Estudo de Impacto de Vizinhança

Art. 19 - O EIV deverá ser desenvolvido, obrigatoriamente, em roteiro próprio, cujo escopo será definido a partir de caracterização do empreendimento elaborada pelo responsável técnico, a ser preenchida de acordo com o caderno de orientações. Parágrafo único - A necessidade de elaboração de pesquisa de percepção ambiental será avaliada com base na caracterização do empreendimento e incluída como escopo do roteiro elaborado pela GCPU.

Subseção I

Page 523: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

523

Da Caracterização do Empreendimento Art. 20 - A caracterização do empreendimento deverá ser elaborada pelo responsável técnico pelo EIV, e deverá contemplar: I - o preenchimento de formulário próprio; II - o protocolo do formulário no BH Resolve; III - a apresentação do empreendimento ao plenário do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR. § 1º - O protocolo de caracterização do empreendimento deverá incluir a guia de recolhimento paga, relativa à emissão de formulário do EIV pelo órgão competente do Poder Executivo. § 2º - A apresentação do empreendimento ao plenário do COMPUR ficará a cargo do empreendedor. § 3º - A GCPU ficará responsável por agendar a apresentação do empreendimento em reunião do COMPUR, bem como por comunicar a data da mesma à GELC. § 4º - A GELC deverá informar ao responsável técnico pelo empreendimento a data da reunião do COMPUR na qual será feita sua apresentação ao plenário. § 5º - A GCPU incluirá a apresentação do empreendimento na pauta da respectiva reunião do COMPUR, a ser publicada no Diário Oficial do Município. § 6º - A GCPU deverá providenciar publicação de resumo da caracterização do empreendimento no Diário Oficial do Município. Art. 21 - Feito o comunicado previsto no § 4º do art. 20, o responsável técnico deverá apresentar à GELC, em até 5 (cinco) dias, comprovação de publicação de nota de encaminhamento do empreendimento para licenciamento urbanístico em jornal de grande circulação, com vistas ao cumprimento do disposto no parágrafo único do art. 37 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Parágrafo único - A apresentação da caracterização do empreendimento ao plenário do COMPUR está sujeita ao cumprimento da determinação prevista no caput deste artigo e poderá ser adiada, caso a mesma não seja atendida.

Subseção II Da Elaboração do EIV

Art. 22 - Concluída a apresentação do empreendimento ao plenário do COMPUR, a GCPU emitirá, em até 5 (cinco) dias, o roteiro que subsidiará a elaboração do EIV e encaminhamento do mesmo à GELC.

Page 524: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

524 § 1º - Os conselheiros do COMPUR poderão sugerir alterações no roteiro preparado pela GCPU até a data limite de entrega do mesmo à GELC. § 2º - As informações exigidas no roteiro específico para a elaboração de EIV poderão ser complementadas por outros estudos a serem incorporados, em forma de anexo, a critério do responsável técnico. § 3º - O roteiro emitido pela GCPU terá validade de 1 (um) ano. § 4º - O roteiro emitido pela GCPU será encaminhado à GELC que deverá repassá-lo ao responsável técnico pelo empreendimento. Art. 23 - Para o caso de Operação Urbana Simplificada em que o empreendimento esteja submetido à elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança, este deverá preceder a lei que a regulamentará, com as seguintes finalidades: I - fornecer dados mais precisos ao Poder Público para a confirmação da parceria a ser firmada; II - determinar medidas mitigadoras e compensatórias decorrentes do impacto ocasionado pelo empreendimento; III - estabelecer, com maior precisão, critérios para definição dos parâmetros urbanísticos aplicáveis à área do empreendimento; IV - definir as obrigações do empreendedor, a serem dimensionadas em função dos benefícios conferidos pelo Poder Público no âmbito da Operação Urbana Simplificada. Art. 24 - O EIV será protocolado no BH Resolve, que deverá encaminhá-lo para a GELC, responsável pelo repasse do mesmo para análise e parecer da Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano e dos demais órgãos e entidades com assento na Comissão de Interface. § 1º - O protocolo do EIV junto ao BH Resolve deverá ser acompanhado de: I - guia de recolhimento paga, relativa à análise do EIV pelo órgão competente do Poder Executivo; II - comprovação de publicação, pelo requerente, de nota de protocolo de Estudo de Impacto de Vizinhança para análise do órgão competente do Poder Executivo em jornal de grande circulação, com vistas ao cumprimento do disposto no parágrafo único do art. 37 da Lei Federal nº 10.257/01; III - Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, referente ao trabalho. § 2º - O responsável técnico deverá ser identificado no formulário do EIV e responderá integralmente pelo mesmo, conforme disposto nos incisos I e III do art. 6º da Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009. § 3º - São considerados aptos a coordenar o Estudo de Impacto de Vizinhança os profissionais cujos conselhos profissionais prevejam como atribuição o desempenho de atividades ligadas a desenvolvimento urbano e regional.

Page 525: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

525 § 4º - Caberá ao responsável técnico pelo EIV tratar, junto ao órgão competente do Poder Executivo, os assuntos técnicos relacionados aos projetos, obras, implantação ou funcionamento de atividades sob sua responsabilidade, devendo atender às exigências legais para elaboração dos estudos, dentro dos prazos estipulados. § 5º - Respondem solidariamente pelo EIV: I - o responsável técnico pelo EIV; II - o empreendedor ou grupo de empreendedores; III - os membros da equipe técnica responsável pelo EIV, no limite de sua atuação. § 6º - A definição do responsável técnico pela elaboração do EIV não dispensa a exigência de responsável técnico para a elaboração do projeto e para a execução de obra, conforme previsto na Lei nº 9.725/09. Art. 25 - É facultada a substituição do responsável técnico pelo EIV, desde que por profissional devidamente habilitado e que atenda às exigências deste Decreto, assumindo o novo profissional a responsabilidade pela parte executada do estudo, sem prejuízo da responsabilidade do profissional anterior. § 1º - A comunicação de substituição a que se refere o caput deste artigo deverá ser efetivada pelo empreendedor mediante: I - indicação do nome do novo responsável técnico; II - apresentação, à GELC, de Termo de Compromisso assinado pelo novo responsável técnico, atestando a sua submissão às exigências contidas neste Decreto III - apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART do novo responsável técnico. § 2º - A GELC deverá comunicar à GCPU a alteração de RT. § 3º - Tratando-se de comunicação efetivada pelo responsável técnico, a GELC deverá comunicá-la à GCPU, que suspenderá a análise do processo. § 4º - A substituição do responsável técnico pelo EIV deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de indeferimento do mesmo. Art. 26 - O empreendedor será identificado no roteiro que subsidiará a elaboração do EIV como sendo o responsável legal pelo empreendimento. § 1º - Em caso de grupo de empreendedores, é necessária a designação de uma pessoa como responsável legal pelo empreendimento. § 2º - O empreendedor deverá observar o disposto nos incisos I e IV do art. 8º da Lei nº 9.725/09.

Page 526: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

526 Art. 27 - Na hipótese de empreendimento designado para o licenciamento corretivo, a pessoa física ou jurídica responsável pelo mesmo deverá ser convocada pelo Presidente do COMPUR, por meio de carta registrada com aviso de recebimento, para apresentação de EIV, no prazo de 1 (um) ano, contado da data da convocação. § 1º - Frustrada, por 2 (duas) vezes, a notificação prevista no caput deste artigo, a convocação será feita por meio de publicação no Diário Oficial do Município. § 2º - O não atendimento à convocação para o licenciamento urbanístico, prevista no caput deste artigo, implicará cassação do Alvará de Localização e Funcionamento do empreendimento, conforme previsto no § 5º do art. 74 da Lei nº 7.166/96. Art. 28 - Verificada a necessidade de anuência de quaisquer órgãos públicos para a definição de condições especiais para o licenciamento do empreendimento, os prazos referentes à análise do estudo pelo Poder Executivo ficam suspensos, constituindo o parecer conclusivo documento necessário à avaliação do EIV. Parágrafo único - A GCPU ficará responsável pelo encaminhamento dos processos aos conselhos e órgãos municipais, bem como pelo monitoramento da tramitação junto aos mesmos.

Subseção III Da análise do EIV

Art. 29 - A análise do EIV dar-se-á após a verificação da documentação pertinente, do pagamento do preço público correspondente e do atendimento das disposições estabelecidas nas Leis nº 7.165/96 e nº 7.166/96, neste Decreto e na legislação vigente correlata. Art. 30 - A GCPU emitirá Relatório de Avaliação do EIV - REIV, elaborado a partir das informações incluídas no Estudo e da análise realizada pela Comissão de Interface, em até 35 (trinta e cinco) dias, contados da data de recebimento da documentação na referida gerência, assim distribuídos: I - 20 (vinte) dias para: a) análise dos órgãos e entidades com assento na Comissão de Interface; b) consulta pública do EIV junto à GCPU e manifestação dos interessados acerca de aspectos relacionados à implantação do empreendimento; II - 15 (quinze) dias para: a) realização da reunião da Comissão de Interface, abordando o caso em questão, para elaboração do REIV; b) consolidação do REIV pela GCPU a partir das resoluções da Comissão de Interface; c) emissão de REIV pela Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano.

Page 527: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

527 § 1º - A manifestação resultante da consulta pública prevista na alínea b do inciso I do caput deste artigo deverá ser feita por meio do encaminhamento de ofício à GCPU. § 2º - Deverão constar no REIV: I - as diretrizes para projeto, implantação e funcionamento do empreendimento; II - as medidas mitigadoras e compensatórias; III - os prazos para o cumprimento das condições a que se referem os incisos I e II deste parágrafo; IV - a relação de projetos e planos que deverão ser aprovados junto aos órgãos municipais competentes em fase anterior ao protocolo de solicitação de emissão de certidão de origem, termo de recebimento para parcelamento do solo, alvará de construção, alvará de localização e funcionamento e certidão de baixa; V - outras recomendações que se façam necessárias. Art. 31 - Concluída a análise prevista na alínea a do inciso I do art. 30 deste Decreto e caracterizada a incompletude do EIV ou a necessidade de esclarecimentos relativos ao seu conteúdo, a GCPU encaminhará relatório à GELC contendo a listagem dos itens incompletos ou para os quais seja necessária a prestação de esclarecimentos, acompanhado de instruções para o seu preenchimento. § 1º - A GELC deverá encaminhar o comunicado a que se refere o caput deste artigo ao responsável técnico pelo empreendimento. § 2º - Configurada a situação descrita no caput deste artigo, o empreendedor terá até 30 (trinta) dias para a reapresentação do EIV com as correções solicitadas. § 3º - Caso seja verificado pelo responsável técnico a necessidade de prazo para a elaboração das complementações ao EIV superior ao previsto no § 2º deste artigo, o mesmo deverá encaminhar à GELC documento com justificativa para solicitação de extensão do prazo, em que conste nova data proposta para protocolo do EIV corrigido. § 4º - A GELC deverá remeter o documento a que se refere o § 3º deste artigo à GCPU, que emitirá o aceite ou a recusa da justificativa contida no mesmo. § 5º - A GCPU informará à GELC o conteúdo da decisão, que fará o comunicado da mesma ao responsável técnico. § 6º - Na hipótese de não atendimento dos prazos previstos nos §§ 2º ou 3º deste artigo, o EIV será indeferido. Art. 32 - O EIV corrigido deverá ser protocolado no BH Resolve, que deverá encaminhá-lo para a GELC, responsável pelo repasse do mesmo para análise e parecer dos órgãos e entidades com assento na Comissão de Interface para desenvolvimento de segundo exame.

Page 528: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

528 Parágrafo único - O protocolo do EIV para segundo exame deverá ser acompanhado da guia de recolhimento paga, relativa à análise do EIV pelo órgão competente do Poder Executivo. Art. 33 - A GCPU emitirá Relatório de Avaliação do EIV - REIV, elaborado a partir das informações incluídas no Estudo corrigido e da análise realizada pela Comissão de Interface, em até 20 (vinte) dias, contados da data de recebimento da documentação na referida gerência, assim distribuídos: I - 10 (dez) dias para: a) análise dos órgãos e entidades com assento na Comissão de Interface; b) consulta pública do EIV junto à GCPU e manifestação dos interessados acerca de aspectos relacionados à implantação do empreendimento; II - 10 (dez) dias para: a) realização da reunião da Comissão de Interface abordando o caso em questão; b) consolidação do REIV pela GCPU, com as resoluções da Comissão de Interface; c) emissão de REIV pela Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano. § 1º - Constatado o não atendimento, pelo empreendedor, das solicitações contidas no comunicado a que se refere o art. 31 deste Decreto, o EIV será indeferido, devendo a decisão estar acompanhada de justificativa técnica. § 2º - A justificativa técnica mencionada no § 1º será encaminhada pela GCPU è GELC, responsável por sua transmissão ao Responsável Técnico pelo empreendimento. Art. 34 - O REIV será encaminhado pela GCPU à GELC, que deverá transmiti-lo ao Responsável Técnico pelo empreendimento. § 1º - Na hipótese de os estudos técnicos atestarem a incompatibilidade do empreendimento com o local proposto para a sua implantação, o REIV deverá conter justificativa que subsidie o indeferimento da solicitação de licenciamento. § 2º - A GCPU é responsável por promover a publicação das diretrizes contidas no REIV no Diário Oficial do Município. § 3º - Qualquer pessoa terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar documento com recurso relativo ao conteúdo do REIV à GELC, que deverá encaminhá-lo à GCPU. § 4º - Transcorrido o prazo previsto no § 3º sem que haja a apresentação de recurso, a GCPU encaminhará o REIV para aprovação em Plenário do COMPUR. § 5º - Sendo apresentado o recurso previsto no § 3º, caberá ao COMPUR a avaliação do mesmo.

Page 529: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

529 § 6º - A GCPU remeterá à GELC comunicado com a data da reunião do Plenário do COMPUR em que o recurso apresentado será apreciado, ficando esta responsável pelo aviso ao responsável técnico e ao recorrente. § 7º - A GCPU ficará responsável por incluir a apreciação do mesmo na pauta da reunião do COMPUR a ser publicada no Diário Oficial do Município. Art. 35 - A conclusão do processo de aprovação do EIV será seguida da publicação de Parecer de Licenciamento Urbanístico do empreendimento, elaborado com base: I - no Relatório de Análise do EIV, com validade de 2 (dois) anos; II - no resultado da análise efetuada pelo Plenário do COMPUR. § 1º - O Parecer de Licenciamento Urbanístico do empreendimento terá validade de 2 (dois) anos, contados a partir de sua publicação no Diário Oficial do Município. § 2º - As diretrizes contidas no Parecer de Licenciamento Urbanístico do empreendimento publicadas no Diário Oficial do Município constituem-se como obrigações do empreendedor. § 3º - O Parecer de Licenciamento Urbanístico poderá ser revalidado mediante requerimento feito por responsável técnico, desde que atendidos os seguintes requisitos: I - não tenha ocorrido alteração na legislação urbanística municipal; II - a área de vizinhança do empreendimento não tenha sofrido modificação significativa. § 4º - O requerimento a que se refere o § 3º do caput deste artigo deverá ser entregue no BH Resolve, que deverá encaminhá-lo à GELC, responsável por repassá-lo à GCPU. § 5º - A avaliação da condição de modificação da área de vizinhança do empreendimento a que se refere o inciso II do § 3º deste artigo será de responsabilidade da GCPU, que deverá emitir parecer sobre a matéria em até 15 (quinze) dias, contados da data de recebimento pela referida gerência da solicitação de revalidação do Parecer de Licenciamento Urbanístico. § 6º - A GCPU encaminhará o parecer a que se refere o § 5º deste artigo à GELC, responsável por repassá-lo ao responsável técnico pelo empreendimento. Art. 36 - Concluída a tramitação, os processos de EIV serão arquivados na GCPU até a finalização do processo de licenciamento e/ou regularização na Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Subseção IV Da disponibilização do EIV para consulta

Art. 37 - A consulta ao conteúdo do EIV poderá ser feita na GCPU.

Page 530: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

530 § 1º - A solicitação de cópia integral ou parcial do EIV deve ser encaminhada por escrito à GCPU, que será responsável pela reprodução do material, às expensas do requerente. § 2º - O EIV poderá ser disponibilizado em página digital no Portal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

Subseção V Do atendimento das diretrizes do Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido pelo

COMPUR Art. 38 - O início do processo de licenciamento junto à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana será precedido da manifestação dos órgãos com interface no processo quanto ao atendimento das diretrizes do Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido pelo COMPUR. Art. 39 - Para a análise dos órgãos e manifestação aludidas no art. 38 deste Decreto, faz-se necessária a apresentação: I - de Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido pelo COMPUR, válido; II - dos planos e projetos necessários à modificação, construção ou funcionamento do empreendimento, conforme diretrizes do Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido pelo COMPUR; III - de projeto e cronograma de implantação de medidas mitigadoras e compensatórias; IV - dos demais documentos legalmente exigidos para o licenciamento do empreendimento na Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Art. 40 - O protocolo da documentação a que se refere o art. 39 deste Decreto deverá ser feito no BH Resolve, que os repassará para a GELC. § 1º - Caberá à GELC o encaminhamento da documentação aos representantes da Comissão de Interface para análise e aprovação. § 2º - Os órgãos municipais competentes deverão analisar o material mencionado nos incisos I a IV do art. 39 deste Decreto, atestando à GELC sua conformidade quanto às normas vigentes e ao cumprimento das diretrizes contidas no Parecer de Licenciamento Urbanístico, por meio de relatório técnico, no prazo de 30 (trinta) dias. § 3º - A GELC comunicará ao requerente o resultado das análises. § 4º - Havendo manifestação favorável dos órgãos quanto ao atendimento das diretrizes a que se refere o art. 38 deste Decreto, a SMARU providenciará a abertura do protocolo e formalizará o processo para a concessão da licença cabível ao caso. § 5º - No caso de licenciamento ou regularização de edificações, o prazo previsto no art. 15 da Lei nº 9.725/09 iniciar-se-á após a abertura do protocolo a que se refere o § 4º deste artigo.

Page 531: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

531 § 6º - Na hipótese de manifestação desfavorável de algum dos órgãos quanto ao atendimento das diretrizes a que se refere o art. 38 deste Decreto, a GELC providenciará a devolução da documentação ao requerente, que deverá providenciar os ajustes necessários para reapresentação. § 7º - Havendo novamente manifestação desfavorável de algum dos órgãos, o requerente deverá reiniciar o processo de licenciamento urbanístico de empreendimento de impacto. Art. 41 - A emissão de Certidão de Baixa da Edificação, do Termo de Recebimento para Parcelamento do Solo, bem como do Alvará de Localização e Funcionamento do empreendimento, ficam condicionados ao cumprimento das diretrizes incluídas no Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido pelo COMPUR. § 1º - O cumprimento das diretrizes e a efetivação das medidas mitigadoras ou compensatórias incluídas no Parecer de Licenciamento Urbanístico deverão ser atestados por meio de vistoria, a ser realizada pelo órgão responsável pela verificação do cumprimento da referida medida. § 2º - A vistoria a que se refere o § 1º deverá ser solicitada pela SMARU ao órgão de interface responsável, que terá prazo conforme disposto no art. 85 do Decreto nº 13.842/2010 para concluir a análise, respondendo ao órgão solicitante. § 3º - Na hipótese de a vistoria atestar o não cumprimento de quaisquer das diretrizes e medidas mitigadoras ou compensatórias a que se refere o § 1º deste artigo, o pedido de emissão de Certidão de Baixa da Edificação, do Termo de Recebimento para Parcelamento do Solo ou do Alvará de Localização e Funcionamento será indeferido. § 4º - Na hipótese de não manifestação do órgão responsável pela verificação no prazo previsto no § 2º deste artigo, a SMARU poderá concluir o licenciamento do empreendimento, emitindo a Certidão de Baixa da Edificação, o Termo de Recebimento para Parcelamento do Solo ou o Alvará de Localização e Funcionamento, em até 15 (quinze) dias.

CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 42 - Para as hipóteses previstas no incisos IX e X do art. 74-B da Lei nº 7.166/96, bem como para o licenciamento das Operações Urbanas Consorciadas, o COMPUR poderá deliberar pela modificação dos prazos previstos neste Decreto. Art. 43 - Os empreendimentos de impacto com licenciamento ambiental em curso na data da publicação deste Decreto poderão concluí-lo, ficando, desse modo, dispensados da submissão a licenciamento urbanístico pelo COMPUR.

Page 532: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

532 § 1º - Entende-se por licenciamento ambiental em curso o empreendimento que tenha formalizado o processo administrativo de licenciamento ambiental junto à SMMA até a publicação deste Decreto. § 2º - Nos casos previstos no caput deste artigo, o não atendimento de condicionantes ou medidas compensatórias estabelecidas no processo de licenciamento ambiental implicará no cancelamento da licença emitida, podendo sujeitar o empreendimento à convocação pelo COMPUR para proceder ao licenciamento urbanístico com a elaboração de EIV. Art. 44 - Os empreendimentos com licença ambiental enquadrados como empreendimentos de impacto urbanístico pela Lei nº 7.166/96, poderão, na hipótese de ampliação ou renovação do Alvará de Localização e Funcionamento, sujeitar-se a licenciamento ambiental pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM. Art. 45 - Os empreendimentos que se submetem a licenciamento ambiental e, concomitantemente, a apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança, nos termos da Lei nº 7.166/96, serão dispensados da elaboração do EIV, ficando, nessa hipótese, acrescidos ao escopo do Estudo Ambiental exigido os requisitos incluídos no Estatuto da Cidade para o EIV. Parágrafo único - Verificada a necessidade de anuência de outros conselhos municipais para a definição de condições especiais para o licenciamento do empreendimento, o encaminhamento será feito pelo órgão responsável pelo licenciamento. Art. 46 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 47 - Fica revogado o Decreto nº 14.479, de 13 de julho de 2011. Belo Horizonte, 30 de setembro de 2011 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 533: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

533

DECRETO Nº 14.651, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011 Aprova o Regulamento das Juntas Integradas de Julgamento Fiscal e da Junta Integrada de Recursos Fiscais da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e de acordo com o disposto no art. 15 da Lei nº 10.308, de 11 de novembro de 2011, decreta: Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento das Juntas Integradas de Julgamento Fiscal e da Junta Integrada de Recursos Fiscais, unidades vinculadas à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, nos termos do Anexo Único deste Decreto. Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º - Fica revogado o Decreto nº 13.117 de 16 de abril de 2008. Belo Horizonte, 11 de novembro de 2011 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

ANEXO ÚNICO REGULAMENTO DAS JUNTAS INTEGRADAS DE JULGAMENTO FISCAL E DA JUNTA

INTEGRADA DE RECURSOS FISCAIS

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - Às Juntas Integradas de Julgamento Fiscal - JIJFI e à Junta Integrada de Recursos Fiscais - JIRFI compete julgar, em primeira e segunda instância, respectivamente, processos administrativos contenciosos decorrentes do exercício do Poder de Polícia Administrativa do Município nas áreas de Atividades em Vias Urbanas, Controle Ambiental, Limpeza Urbana, Obras e Posturas, bem como dos atos administrativos delas decorrentes, e que versem sobre: I - a prorrogação de prazo de exigência constante de autuação fiscal; II - o cancelamento de exigência constante do auto de notificação; III - o cancelamento de auto de infração, embargo, interdição ou apreensão. § 1º - Ficam excluídas da competência das JIJFIs e da JIRFI: I - a declaração de inconstitucionalidade da legislação pertinente; II - a negativa de aplicação de lei, decreto, portaria, resolução, norma técnica ou qualquer outro ato normativo;

Page 534: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

534 III - a negativa de aplicação de súmula que verse sobre efeito vinculante; IV - julgamento dos créditos de natureza tributária e a concessão de perdão ou anistia destes. § 2º - Ressalvados os casos constantes dos incisos do § 1º deste artigo, será de competência das JIJFIs e da JIRFI a hipótese em que haja reiteradas decisões em casos concretos, afastando a aplicação da norma, por ilegalidade ou inconstitucionalidade, desde que a extensão dos efeitos jurídicos tenha sido proposta pela Procuradoria-Geral do Município. § 3º - Funcionará uma JIJFI em cada Secretaria de Administração Regional Municipal e a JIRFI funcionará junto à Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. § 4º - As JIJFIs e a JIRFI funcionarão de janeiro a dezembro e realizarão, no mínimo, uma sessão ordinária por semana, em dia e horário fixados no início de cada exercício. § 5º - Sessões extraordinárias poderão ser realizadas, mediante convocação dos presidentes das respectivas Juntas. Art. 2º - Os prazos processuais serão contínuos, excluindo-se da contagem o dia da publicação ou ciência do ato administrativo e incluindo-se o dia do vencimento do prazo legal de defesa ou recurso. Parágrafo único - Qualquer prazo iniciará ou findará em dia de expediente normal dos órgãos públicos municipais.

CAPÍTULO II DA APRESENTAÇÃO DE DEFESA OU RECURSO

Seção I

Da Defesa e do Recurso Voluntário Art. 3º - A apresentação de defesa ou recurso em face da autuação fiscal citada no art. 1º deste Regulamento obedecerá ao seguinte: I - a defesa será dirigida à JIJFI da Secretaria de Administração Regional Municipal da circunscrição responsável pela autuação e poderá ser protocolizada em qualquer Secretaria de Administração Regional Municipal ou no BH Resolve; II - o recurso contra a decisão de primeira instância será dirigido à JIRFI e protocolizado na Junta Integrada de Julgamento Fiscal que julgou a defesa; III - A peça de defesa ou recurso deverá conter os seguintes dados: a) unidade administrativa a que se dirige; b) identificação completa do administrado; c) número do Auto de Apreensão, Auto de Embargo, Auto de Infração, Auto de Interdição ou Auto de Notificação correspondente;

Page 535: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

535 d) endereço do administrado ou indicação do local para o recebimento de notificações, intimações e comunicações; e) formulação do pedido, com exposição dos fatos, seus fundamentos e respectiva comprovação; f) data e assinatura do administrado ou de seu procurador legalmente constituído; IV - À peça de defesa ou recurso deverão ser juntados: a) cópia do documento de autuação; b) cópia do documento de identificação do administrado; c) cópia do documento de inscrição no Ministério da Fazenda - CPF ou CNPJ; d) cópia do ato constitutivo da pessoa jurídica, quando for o caso; e) instrumento de procuração com documento de identificação do procurador, quando for o caso. § 1º - Para os efeitos deste Decreto, considera-se defesa a impugnação de documento de autuação e, recurso, as contra-razões apresentadas contra decisão do órgão julgador de primeira instância. § 2º - As decisões das JIJFIs e da JIRFI serão publicadas no Diário Oficial do Município - DOM, tendo como referência os dados do administrado e o número do processo. § 3º - A interposição de defesa ou recurso não interrompe o curso da ação fiscal respectiva, suspendendo somente o prazo para pagamento de multa, quando houver. § 4º - Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a JIJFI recorrida poderá, de ofício ou a pedido do administrado, conceder efeito suspensivo à ação fiscal, condicionado à anuência da Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização. § 5º - O órgão responsável pelo recebimento de defesa ou recurso deverá ter controle de entrada dos pedidos, tendo como referência a instância recorrida, o tipo de autuação e seu número. Art. 4º - O prazo para apresentação de defesa contra autuação, em 1ª Instância administrativa, é de 15 (quinze) dias, contados da sua ciência ou da publicação no DOM, ressalvados os casos de o prazo ser estabelecido em norma específica. Parágrafo único - Verificada a intempestividade da defesa ou do recurso e havendo, contudo, documento fiscal que contenha vício de forma ou fundamento que o torne imprestável, o relator deverá afastar a intempestividade, relatar e proferir o seu voto. Art. 5º - Da decisão de primeira instância caberá recurso à JIRFI, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação da decisão no DOM, devendo o mesmo ser protocolizado conforme art. 3º deste Regulamento.

Page 536: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

536 Parágrafo único - O recurso a ser encaminhado para a JIRFI deverá ser juntado ao respectivo processo administrativo julgado em 1ª Instância, que deverá por sua vez conter todos os dados relativos à ação fiscal. Art. 6º - Põe fim ao contencioso administrativo de que trata este Decreto: I - a decisão irrecorrível para ambas as partes; II - a desistência do administrado; III - o ingresso em juízo com o mesmo pedido ou pedido que prejudique a decisão administrativa.

Seção II Do Recurso de Ofício

Art. 7º - Está sujeita a reexame necessário, não produzindo efeitos senão depois de confirmada pela JIRFI, a decisão proferida pela JIJFI que modifique ato administrativo referente à aplicação de imposição pecuniária com valor superior a R$1.600,00 (um mil e seiscentos reais), devendo o presidente ordenar a remessa dos autos à JIRFI no próprio ato da decisão. Parágrafo único - O valor limite estabelecido no caput deste artigo será atualizado conforme o critério de correção dos valores das multas.

CAPÍTULO III DAS DECISÕES

Art. 8º - As decisões nas sessões de julgamento serão tomadas pela maioria dos votos dos membros presentes. Art. 9º - Os pedidos de cancelamento de autos de apreensão, interdição, embargo, e que envolverem situações de risco terão julgamento prioritário. § 1º - A concordância com o cancelamento de qualquer dos autos citados no caput deste artigo ensejará, ainda, o cancelamento da notificação ou auto de infração concomitante, caso exista, exceto se o cancelamento ocorreu por erro formal do auto em questão. § 2º - Do cancelamento de auto de apreensão decorre a autorização de devolução dos bens apreendidos. Art. 10 - A prorrogação de prazo para cumprimento de exigência constante de documento fiscal poderá ser concedida por um período máximo de 60 (sessenta) dias, mediante decisão fundamentada da JIJFI ou da JIRFI. § 1º - Quando, por motivos de complexidade de regularização do licenciamento ou necessidade de concessão de prazo proporcional ao cumprimento das exigências constantes na legislação, for essencial a dilação do prazo previsto no caput deste artigo

Page 537: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

537 a prorrogação para cumprimento de exigência constante de documento fiscal poderá ser concedida por período máximo de 180 (cento e oitenta) dias, mediante despacho fundamentado do Presidente da JIJFI ou da JIRFI. § 2º - Não poderá ocorrer nova prorrogação de prazo na JIJFI e, em caso de nova solicitação, esta deverá ser encaminhada para decisão da JIRFI. § 3º - A prorrogação de prazo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concedida, em rito sumário, salvo existência de óbice legal e situações de relevante interesse, mediante despacho fundamentado do Presidente da JIJFI ou da JIRFI, com ratificação pela maioria dos membros da respectiva Junta. § 4º - Não será prorrogado o prazo para cumprimento de exigência constante de documento fiscal: I - para regularização das atividades que apresentem risco à saúde, à segurança de pessoas ou bens, danos ambientais, atrativas de grande fluxo de pessoas; II - em se tratando de atividades que não sejam regularizáveis, entendendo-se por não regularizável a atividade ilícita ou a não permitida no local em qualquer hipótese; III - para correção de edificação ou qualquer estrutura em ruína, com risco de danos ao local ou pessoas. Art. 11 - Os erros materiais, traduzidos em falhas de lapso manifesto ou erros de escrita existentes na decisão, poderão ser corrigidos a qualquer tempo pelos órgãos julgadores, de ofício ou mediante representação do órgão encarregado da execução do julgado, ou ainda, a pedido do administrado ou defensor.

CAPÍTULO IV DAS JUNTAS INTEGRADAS DE JULGAMENTO FISCAL - JIJFI

Art. 12 - Cada JIJFI terá seus membros designados pelo Secretário Municipal de Serviços Urbanos, escolhidos dentre os servidores e empregados ocupantes de cargos e empregos públicos efetivos e comissionados com conhecimento da legislação fiscal integrada, e será composta por: I - 05 (cinco) membros, com igual número de suplentes, sendo, no mínimo, 02 (dois) servidores da carreira da fiscalização integrada e 01 (um) servidor da área de licenciamento. II - um presidente; III - um secretário, com atribuição exclusiva. § 1º - Não poderão participar da composição a que se refere o caput deste artigo os titulares das Gerências de 2º e 3º níveis que compõem a Gerência Regional de Fiscalização Integrada e Licenciamento e os titulares das Gerências que compõem a estrutura da Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização.

Page 538: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

538 § 2º - A presidência de cada JIJFI será exercida pelo Gerente de Fiscalização Integrada e Licenciamento da Secretaria de Administração Regional Municipal correspondente e, ausente ou impedido o presidente, a sessão será presidida pelo membro com maior tempo de serviço prestado à JIJFI ou, em caso de empate, pelo membro de maior idade. § 3º - O quorum mínimo para julgamento é de 04 (quatro) membros, incluindo o Presidente da JIJFI. § 4º - Os membros suplentes serão convocados para suprir ausência de membros efetivos, sempre que necessário, em regime de rotatividade. § 5º -. Os membros da JIJFI serão designados para um mandato de 01 (um) ano, admitida a recondução. § 6º - Nas Secretarias de Administração Regional Municipal, quando a quantidade de processos fiscais for significativa, o presidente da JIJFI deverá providenciar a realização de reuniões suplementares com a participação dos membros suplentes, pelo período que considerar suficiente para que os processos sejam julgados dentro dos prazos preconizados neste Regulamento. Art. 13 - Compete às JIJFIs julgar, no âmbito administrativo, de forma isolada, em primeira instância administrativa, as defesas contra autuações, conforme disposto no art. 1º deste Regulamento. Art. 14 - Compete aos membros da JIJFI: I - comparecer às sessões da JIJFI e participar das discussões e debates para esclarecimentos; II - examinar e sanear os processos que lhes forem distribuídos; III - apresentar, na sessão da JIJFI, relatório e parecer conclusivo por escrito e proferir voto na ordem estabelecida; IV - pedir vistas ao processo quando divergir do relator, para proferir voto por escrito e fundamentado; V - emitir parecer consultivo sobre matéria de competência do órgão, por solicitação expressa do Presidente; VI - elaborar ementas dos acórdãos que lhe disserem respeito; VII - se necessário, solicitar diligências, esclarecimentos, réplicas, tréplicas fiscais e vistas ou requisitar documentos, laudos, pareceres ou quaisquer informações que julgar úteis para o processo fiscal analisado e, quando conveniente, pedir a retirada do processo da pauta de julgamento. Art. 15 - São atribuições do Presidente da JIJFI: I - presidir as reuniões da JIJFI; II - proferir voto ordinário e, quando necessário, voto de qualidade, devendo este ser fundamentado; III - aprovar os relatórios de julgamentos da junta a serem publicados no DOM;

Page 539: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

539 IV - convocar sessões extraordinárias, quando necessário; V - determinar as diligências solicitadas pelos membros julgadores; VI - recorrer de ofício à JIRFI nas hipóteses previstas neste Regulamento; VII - remeter os processos ao Secretário de Administração Regional Municipal, ao Secretário Adjunto de Administração Regional Municipal ou ao Secretário Municipal Adjunto de Fiscalização, quando por estes avocados. Art. 16 - São atribuições do Secretário da JIJFI: I - elaborar relatório mensal de presenças e número de relatórios julgados por membro para fins de pagamento de jetons; II - elaborar relatórios estatísticos; III - secretariar os trabalhos das sessões; IV - secretariar e executar as tarefas administrativas das JIJFIs; V - distribuir aos membros das JIJFIs, de forma equânime, os processos para julgamento; VI - providenciar a publicação no DOM da pauta das sessões de julgamento e dos atos referentes à decisão das JIJFIs; VII - encaminhar os recursos para a JIRFI com as informações constantes do formulário específico; VIII - verificar se o processo a ser encaminhado para relatoria está completo, solicitando, caso necessário, a juntada das cópias dos documentos faltantes à gerência de fiscalização responsável, para subsidiar o julgamento tanto em primeira como em segunda instância.

CAPÍTULO V DA JUNTA INTEGRADA DE RECURSOS FISCAIS - JIRFI

Art. 17 - A JIRFI será composta por membros designados pelo Prefeito, escolhidos dentre servidores e empregados ocupantes de cargos e empregos públicos efetivos e comissionados, indicados pelo Secretário Municipal de Serviços Urbanos, e por profissionais de entidades convidadas, indicados formalmente pelos presidentes dessas entidades, na proporção de 2/3 (dois terços) de servidores para 1/3 (um terço) de membros das entidades, com capacitação técnica para o exercício da função, contendo, ainda, 02 (duas) Câmaras, cada uma com a seguinte composição: I - 06 (seis) membros titulares e respectivos suplentes, sendo, no mínimo, 01 (um) membro titular e 01 (um) membro suplente da carreira da Fiscalização Integrada e igual número de membros da área de licenciamento; II - um presidente; III - um secretário com atribuição exclusiva. § 1º - Não poderão participar da composição a que se refere o caput deste artigo os titulares das Gerências de 2º e 3º níveis que compõem a Gerência Regional de Fiscalização Integrada e Licenciamento e os titulares das Gerências que compõem a estrutura da Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização.

Page 540: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

540 § 2º - A Presidência da JIRFI será ocupada por servidor designado pelo Prefeito e responderá pela presidência das 02 (duas) câmaras. § 3º - Na falta do presidente, assumirá o servidor titular mais antigo presente na sessão de julgamento. § 4º - O Secretário da JIRFI responderá pelos trabalhos de secretaria das 02 (duas) câmaras. § 5º - O quorum mínimo para julgamento é de 05 (cinco) membros, incluindo o Presidente da JIRFI. § 6º - Os membros da JIRFI serão designados para um mandato de 01 (um) ano, permitida a recondução por igual período. § 7º - Não existe impedimento para que o titular de uma câmara seja suplente da outra câmara. Art. 18 - Compete à JIRFI, em última instância no âmbito administrativo: I - julgar os recursos voluntários interpostos pelo administrado ou pelo agente fiscal da ação julgada, contra a decisão da JIJFI; II - julgar os recursos encaminhados, de oficio, pelos presidentes das juntas de primeira instância; III - julgar novas solicitações de prorrogação de prazo, atendendo o disposto no § 2º do art. 10; IV - instituir súmula, com efeito vinculante, para julgados idênticos recorrentes. Parágrafo único - A súmula deverá ser votada em sessão conjunta das Câmaras, com aprovação mínima de dois terços dos votantes. Art. 19 - São atribuições do Presidente da JIRFI: I - presidir as sessões das câmaras; II - proferir voto ordinário e, quando necessário, voto de desempate, devendo este ser fundamentado; III - aprovar os relatórios de julgamentos da junta a serem publicados no DOM; IV - convocar sessões extraordinárias; V - determinar diligências solicitadas pelos membros julgadores; VI - determinar a remessa de processos ao Prefeito ou ao Secretário Municipal de Serviços Urbanos, quando por estes diretamente avocados; VII - mandar publicar súmula com efeito vinculante para julgados recorrentes; VIII - solicitar treinamento dos membros das juntas; IX - propor atualizações de normas municipais. Parágrafo único - O Presidente poderá determinar a publicação integral de decisão que julgar relevante do ponto de vista doutrinário.

Page 541: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

541 Art. 20 - São atribuições dos membros da JIRFI: I - comparecer às sessões da Junta e participar dos debates para esclarecimentos; II - examinar e sanear os processos que lhes forem distribuídos; III - apresentar relatório e parecer conclusivo por escrito e proferir voto na ordem estabelecida; IV - pedir vistas ao processo, quando divergir do relator, para proferir voto por escrito e fundamentado; V - emitir parecer consultivo sobre matéria de competência do órgão, por solicitação expressa do presidente; VI - elaborar ementas dos acórdãos que lhe disserem respeito; VII - solicitar diligências, esclarecimentos, réplicas e tréplicas fiscais, vistas ou requisitar documentos, laudos ou quaisquer informações que julgar úteis para o processo fiscal analisado e, quando conveniente, pedir a retirada do processo da pauta de julgamento. Art. 21 - São atribuições do Secretário da JIRFI: I - fazer relatórios estatísticos mensais de presenças e número de relatorias por membro, para fins de pagamento de jetons; II - secretariar os trabalhos das sessões; III - secretariar e executar as tarefas administrativas da JIRFI; IV - distribuir aos membros da Junta, de forma aleatória e equânime, os processos para julgamento; V - providenciar a publicação no DOM da pauta das sessões de julgamento e dos atos referentes às decisões das Juntas; VI - elaborar procedimentos e fluxos de encaminhamento de processos.

CAPÍTULO VI DO AVOCAMENTO DE PROCESSO

Seção I

Do Avocamento de Processo em Primeira Instância Art. 22 - Por delegação do Secretário Municipal de Serviços Urbanos, o Secretário de Administração Regional Municipal ou o Secretário Adjunto de Administração Regional Municipal, quando julgarem necessário, poderão avocar a decisão de processo administrativo em curso de julgamento na JIJFI que atua no âmbito de sua secretaria, por instrumento escrito e devidamente fundamentado. Parágrafo único - Da decisão a que se refere o caput deste artigo caberá recurso ao Secretário Municipal de Serviços Urbanos.

Seção II Do Avocamento de Processo em Segunda Instância

Page 542: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

542 Art. 23 - O Secretário Municipal de Serviços Urbanos ou o Secretário Municipal Adjunto de Fiscalização, por delegação do primeiro, poderão avocar a decisão de processo administrativo em curso de julgamento na junta de segunda instância, por instrumento escrito e devidamente fundamentado. Parágrafo único - Da decisão avocada pelos Secretários mencionados no caput deste artigo caberá recurso ao Prefeito.

CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24 - Os julgamentos nas Juntas Integradas de Julgamento Fiscal e na Junta Integrada de Recursos Fiscais far-se-ão conforme dispuser o Regimento Interno, baixado por portaria do Secretário Municipal de Serviços Urbanos. Art. 25 - As defesas e os recursos deverão ser julgados no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados da sua protocolização, exceto em situações expressamente fundamentadas, sob pena de medidas legais cabíveis. § 1º - O membro relator poderá pedir adiamento da apresentação do seu relatório até a segunda sessão subsequente à marcada para o julgamento. § 2º - No caso de excesso de pedidos, que inviabilize o prazo estabelecido no caput deste artigo, o presidente da junta poderá determinar sessões extraordinárias das câmaras. § 3º - As prorrogações de prazo concedidas, tanto na primeira como na segunda instância, serão contadas a partir da solicitação desse prazo protocolizada pelo administrado junto à área responsável da Administração Municipal. § 4º - A observância do prazo estabelecido no caput deste artigo deverá ocorrer 06 (seis) meses após a publicação deste Regulamento. § 5º - Durante o período compreendido entre a publicação deste Regulamento e o prazo fixado no § 4º deste artigo, considerar-se-á o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias para julgamento das defesas e recursos. Art. 26 - Perde a qualidade de membro da Junta Integrada de Julgamento Fiscal e da Junta Integrada de Recursos Fiscais, o servidor que for exonerado, demitido ou afastado por período superior a 03 (três) meses e ainda aquele que faltar sem justificativa a 03 (três) seções consecutivas ou 06 (seis) alternadas no decorrer do mandato. Art. 27 - Este Regulamento entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 11 de novembro de 2011

Page 543: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

543

DECRETO Nº 14.652, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011

Dispõe sobre alocação, denominação e atribuições dos órgãos de terceiro grau hierárquico e respectivos subníveis da estrutura organizacional da Administração Direta do Executivo, nas Secretarias de Administração Regional Municipal e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e em conformidade com o disposto na Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, e suas alterações, decreta:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Os órgãos comuns do terceiro grau hierárquico da estrutura organizacional das Secretarias de Administração Regional Municipal estão estruturados em gerências, escalonadas em até três subníveis. Parágrafo único - Integra a Secretaria de Administração Regional Municipal a Secretaria Adjunta de Administração Regional Municipal, a cujo titular compete atuar em parceria com o Secretário de Administração Regional Municipal e substituí-lo em suas ausências ou impedimentos. Art. 2º - As gerências e demais subníveis da Secretaria de Administração Regional Municipal são as seguintes: I - Gerência Regional de Administração e Finanças, de 1º nível - classe C: I.1 - Gerência Regional Administrativo-Financeira, de 2º nível; I.2 - Gerência Regional de Serviços Gerais, de 2º nível; II - Gerência Regional de Manutenção, de 1º nível - classe C: II.1 - Gerência Regional de Manutenção Viária, de 2º nível; II.2 - Gerência Regional de Manutenção de Próprios, de 2º nível; II.3 - Gerência Regional de Jardins e Áreas Verdes, de 2º nível; II.4 - Gerência Regional de Áreas de Risco, de 2º nível; II.0.1 - Gerência de Projetos, de 3º nível; III - Gerência Regional de Limpeza Urbana, de 1º nível - classe C: III.1 - Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares, de 2º nível; IV - Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada de 1º nível - classe C: IV.1 - Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico, de 2º nível: IV.1.1 - Gerência Regional de Licenciamento de Obras, Eventos, Atividades e Mobiliário Urbano, de 3º nível; IV.1.2 - Gerência Regional de Arquitetura e Engenharia Públicas, de 3º nível; IV.2 - Gerência Regional de Fiscalização Integrada I, de 2º nível; IV.3 - Gerência Regional de Fiscalização Integrada II, de 2º nível; IV.4 - Gerência Regional de Fiscalização Integrada III, de 2º nível;

Page 544: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

544 IV.5 - Gerência Regional de Fiscalização Integrada IV, de 2º nível. V - Gerência Regional de Educação, de 1º nível - classe C: V.1 - Gerência Regional de Planejamento e Atendimento Escolar, de 2º nível; V.2 - Gerência Regional Pedagógica, de 2º nível; V.3 - Gerência Regional do Programa Bolsa-Escola, de 2º nível; VI - Gerência de Distrito Sanitário, de 1º nível - classe C: VI.1 - Gerência Distrital de Regulação, Informação e Epidemiologia, de 2º nível; VI.2 - Gerência Distrital de Atenção à Saúde, de 2º nível; VI.3 - Gerência Distrital de Controle de Zoonoses, de 2º nível; VI.4 - Gerência Distrital de Vigilância Sanitária, de 2º nível; VI.0.1 - Gerência Distrital de Gestão do Trabalho, de 3º nível; VII - Gerência Regional de Políticas Sociais, de 1º nível - classe C: VII.1 - Gerência Regional de Assistência Social, de 2º nível; VII.1.1 - Gerência Regional de Atendimento Social, de 3º nível; VII.1.2 - Gerência Regional de Programas Sociais, de 3º nível; VII.2 - Gerência Regional de Promoção de Eventos Esportivos, de Recreação, Lazer e Feiras, de 2º nível; VII.3 - Gerência Regional de Programas de Transferência de Renda e Geração de Trabalho, de 2º nível VIII - Gerência Regional de Comunicação Social, de 2º nível; IX - Gerência Regional do Orçamento Participativo, de 2º nível; X - Gerência Regional de Atendimento ao Cidadão, de 3º nível. § 1º - Além das gerências mencionadas neste artigo, também integram a Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul: I - Gerência Regional do Terminal Rodoviário, de 1º nível - classe A; II - Gerência Regional de Centros de Comércio Popular, de 1º nível - classe C; III - Gerência Regional de Projetos Urbanos de Requalificação do Hipercentro, de 1º nível - classe C. IV - Gerência Regional de Ações Sociais do Hipercentro, de 2º nível; V - Gerência Regional de Feiras Permanentes, de 3º nível; VI - Gerência Regional de Fiscalização de Atividades Especiais, de 3º nível; VII - Gerência Regional de Depósito, de 3º nível; VIII - Gerência Regional de Atividades Noturnas e Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares dos Aglomerados e Vilas, de 3º nível, vinculadas à Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares, de 2º nível; IX - Gerência Regional de Licenciamento de Atividades Desenvolvidas em Vias Urbanas e Mobiliário Urbano, de 3º nível, vinculada à Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico, de 2º nível. § 2º - Além das gerências mencionadas neste artigo, também integra a Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul, a Secretaria de Administração Regional Municipal Barreiro, a Secretaria de Administração Regional Municipal Nordeste e a Secretaria de Administração Regional Municipal Oeste, uma Gerência Regional de

Page 545: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

545 Fiscalização Integrada V, de 2º nível, vinculada à Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada, de 1º nível, de cada uma das secretarias retromencionadas.

CAPÍTULO II DAS GERÊNCIAS DAS SECRETARIAS DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL

Seção I

Da Gerência Regional de Administração e Finanças Art. 3º - À Gerência Regional de Administração e Finanças compete: I - coordenar, segundo princípios e normas estabelecidos pela Secretaria de Administração Regional Municipal e pelas Secretarias Municipais de Administração e Recursos Humanos e de Finanças, a execução da política administrativa e financeira da Secretaria, dirigir e promover a execução das respectivas atividades; II - coordenar a elaboração da proposta do orçamento anual da Secretaria de Administração Regional Municipal, das Secretarias Adjuntas de Administração Regional de Serviços Urbanos e de Serviços Sociais, e distribuição das respectivas cotas trimestrais; III - supervisionar os serviços administrativos e de execução financeira e orçamentária; IV - promover a fiscalização da correta aplicação de recursos financeiros e determinar a apuração de irregularidades; V - promover a obtenção, tratamento e fornecimento de dados e informações estatísticas sobre recursos humanos, materiais, patrimônio, contratos, instrumentos financeiros e orçamentários de interesse das Secretarias Regionais; VI - encaminhar denúncias de extravios de bens públicos municipais, em articulação com a Gerência de Patrimônio da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos; VII - disponibilizar apoio logístico e supervisionar, em colaboração com a Fundação de Parques Municipais, as necrópoles municipais instaladas na circunscrição regional; VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 4º - Integram a Gerência Regional de Administração e Finanças as seguintes gerências de 2º nível: I - Gerência Regional Administrativo-Financeira; II - Gerência Regional de Serviços Gerais.

Subseção I Da Gerência Regional Administrativo-Financeira

Art. 5º - À Gerência Regional Administrativo-Financeira compete: I - programar, controlar, realizar e avaliar a execução físico-financeira dos planos, programas, projetos e atividades previstas no Orçamento Anual, segundo diretrizes definidas pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação;

Page 546: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

546 II - elaborar proposta preliminar de cotas às unidades orçamentárias, com base na participação relativa de cada uma no Orçamento, nas prioridades de trabalho definidas e na disponibilidade financeira da Secretaria; III - promover o levantamento das necessidades, organizar e propor a programação de compras e a formação dos estoques reguladores, observadas as políticas e diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos; IV - executar as aquisições e controlar os contratos e demais ajustes firmados, acompanhar sua execução físico-financeira e prestação de contas; V - controlar a movimentação de bens móveis entre unidades da Secretaria, observadas as políticas e diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos; VI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II Da Gerência Regional de Serviços Gerais

Art. 6º - À Gerência Regional de Serviços Gerais compete: I - receber, registrar, autuar e distribuir petições, processos, documentos e correspondências; II - programar e executar os serviços de reprografia e telefonia da Secretaria; III - inspecionar, periodicamente, as instalações elétrica e hidráulica, bem como os equipamentos de defesa contra incêndio e providenciar os reparos necessários; IV - promover e executar os serviços de limpeza, manutenção e reparos das unidades da Secretaria; V - programar e executar os serviços de vigilância das unidades da Secretaria; VI - controlar a utilização e operação de veículos próprios e alugados, segundo orientações da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, incluindo: a) a elaboração da escala de serviços, de modo a atender com eficiência as requisições das gerências; b) a apropriação das horas de serviço de veículos próprios e alugados e controle de custo. VII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; VIII - dar suporte administrativo ao gerenciamento do cemitério, da capela e do velório localizados na área de sua abrangência.

Seção II Da Gerência Regional de Manutenção

Art. 7º - À Gerência Regional de Manutenção compete: I - implementar e fiscalizar a execução dos serviços e obras de manutenção de vias e infraestrutura urbanas, edificações públicas, ouvida a Secretaria Municipal correspondente;

Page 547: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

547 II - operacionalizar o Programa Estrutural de Área de Risco, em colaboração com a URBEL; III - administrar a frota de veículos, máquinas e equipamentos de obras sob sua responsabilidade; IV - exercer controle sobre os custos dos serviços, visando a atualização mensal do cronograma de desembolso e previsão orçamentária; V - coordenar os estudos e a elaboração dos orçamentos, termos de referência e solicitações de contratação dos serviços de manutenção, mediante diretrizes da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas; VI - aprovar as medições de obras e serviços executados, propondo a aplicação de multas e sanções aos executores inadimplentes; VII - coordenar a organização e manutenção do cadastro das intervenções executadas, a fim de manter atualizado o arquivo técnico da Secretaria; VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 8º - Integram a Gerência Regional de Manutenção as seguintes gerências: I - Gerência Regional de Manutenção Viária, de 2º nível; II - Gerência Regional de Manutenção de Próprios, de 2º nível; III - Gerência Regional de Jardins e Áreas Verdes, de 2º nível; IV - Gerência Regional de Áreas de Risco, de 2º nível; V - Gerência de Projetos, de 3º nível.

Subseção I Da Gerência Regional de Manutenção Viária

Art. 9º - À Gerência Regional de Manutenção Viária compete: I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução do programa de conservação e manutenção de vias urbanas e áreas especiais a cargo da Secretaria, zelando pela observância dos cronogramas e padrões de qualidade estabelecidos; II - estabelecer o controle físico-financeiro, bem como o controle tecnológico dos materiais a serem utilizados nos serviços; III - efetuar as medições de serviços executados, conforme normas e padrões estabelecidos pela Administração, sugerindo aplicação de multas e sanções aos executores inadimplentes; IV - programar a execução dos serviços de terraplanagem, encascalhamento, aterro, corte, correção de erosão, tapa-buraco, limpeza, reparo, conservação e desobstrução de vias, becos, estradas, córregos, drenos, galerias, poços de visita, pontes, manilhas, bocas-de-lobo, pequenos serviços de construção de rede pluvial, sarjeta, meia-cana, muro de arrimo, meio-fio e recuperação de passeio danificado na execução de serviços da unidade, em conjunto com as empresas contratadas; V - subsidiar a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas com dados de rotina e extraordinários, para definições e aperfeiçoamento de padrões e normas técnicas; VI - promover a guarda e o controle da utilização dos veículos, máquinas e equipamentos sob sua responsabilidade;

Page 548: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

548 VII - promover a organização e manter atualizado o cadastro das vias, logradouros e estradas sob sua responsabilidade; VIII - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho; IX - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II Da Gerência Regional de Manutenção de Próprios

Art. 10 - À Gerência Regional de Manutenção de Próprios compete: I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução do programa de manutenção de Próprios Municipais a cargo da Secretaria, cuidando para sejam obedecidos os cronogramas e padrões de qualidade estabelecidos; II - estabelecer o controle físico-financeiro, bem como o controle tecnológico das intervenções; III - gerenciar a execução do levantamento das necessidades de manutenção dos Próprios Municipais e manter atualizado seu cadastro; IV - efetuar as medições de serviços executados, conforme normas e padrões da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas e sugerir aplicação de multas e sanções aos executores inadimplentes; V - subsidiar a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas com dados de rotina e extraordinários, para definições e aperfeiçoamento de padrões e normas técnicas; VI - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua responsabilidade; VII - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho; VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção III Da Gerência Regional de Jardins e Áreas Verdes

Art. 11 - À Gerência Regional de Jardins e Áreas Verdes compete: I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução do programa de conservação, manutenção e restauração de jardins, áreas verdes, praças, canteiros, taludes e dos serviços de poda a cargo da Secretaria, cuidando para que sejam obedecidos os cronogramas e padrões de qualidade estabelecidos; II - estabelecer o controle físico-financeiro e tecnológico dos serviços; III - efetuar as medições de serviços prestados, conforme normas e padrões da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente e sugerir aplicação de multas e sanções aos executores inadimplentes; IV - subsidiar a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente com dados de rotina e extraordinários, para definições e aperfeiçoamento de padrões e normas técnicas; V - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua responsabilidade;

Page 549: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

549 VI - promover a organização e manter atualizado o cadastro dos jardins, praças, áreas verdes, canteiros e taludes sob sua responsabilidade; VII - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho; VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção IV Da Gerência Regional de Áreas de Risco

Art. 12 - À Gerência Regional de Áreas de Risco compete: I - operacionalizar o Programa Estrutural de Áreas de Risco, em colaboração com a URBEL; II - promover as ações educativas de conscientização da comunidade sobre questões relativas à ocupação de áreas de risco, junto aos Núcleos de Defesa Civil; III - desenvolver as ações necessárias à remoção de famílias das áreas de risco e realizar demolições das respectivas moradias; IV - acompanhar os processos de desocupação de áreas de risco e fiscalizar a utilização adequada das áreas desocupadas; V - promover vistorias e monitoramento em áreas de risco; VI - executar, em parceria com a URBEL, obras emergenciais em áreas de risco; VII - participar do sistema de plantão em períodos de chuva; VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção V Da Gerência de Projetos

Art. 13 - À Gerência de Projetos compete: I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução de projetos a cargo da Secretaria, cuidando para que sejam obedecidos os cronogramas e padrões de qualidade estabelecidos; II - coordenar, promover e analisar a elaboração de estudos preliminares, anteprojetos e projetos executivos, viários e civis, conforme programação; III - preparar a documentação necessária para a viabilização das obras; IV - elaborar as planilhas de custo direto e orçamento dos projetos mediante diretrizes da Secretaria Municipal Políticas Urbanas; V - elaborar o cronograma físico-financeiro; VI - subsidiar a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas com dados de rotina e extraordinários, para definições e aperfeiçoamento de padrões e normas técnicas; VII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção III Da Gerência Regional de Limpeza Urbana

Page 550: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

550 Art. 14 - À Gerência Regional de Limpeza Urbana compete: I - apoiar a Superintendência de Limpeza Urbana na execução do Plano Diretor de Limpeza Urbana do Município; II - organizar, dirigir e controlar a execução das atividades de multitarefa, varrição e serviços complementares, fornecendo subsídios à Superintendência de Limpeza Urbana para a fixação de políticas de ação; III - acompanhar e monitorar o desenvolvimento dos programas, projetos e atividades de limpeza urbana, em articulação com a Superintendência de Limpeza Urbana; IV - examinar processos, emitir pareceres e redigir informações sobre matéria relacionada com a sua Gerência, interpretando e aplicando regulamentos e outros dispositivos legais; V - sistematizar periodicamente as informações oriundas de execução das diversas atividades de limpeza urbana executadas diretamente ou por contratados, para fins de elaboração de relatório de acompanhamento e pagamento; VI - identificar e encaminhar demandas específicas relativas às ações de apoio às atividades de limpeza urbana a outras áreas e/ou gerências afins; VII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; VIII - orientar e fiscalizar a população quanto a obediência às normas técnicas, regulamentos e demais legislações de limpeza urbana. Art. 15 - Integra a Gerência Regional de Limpeza Urbana a Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares, de 2º nível.

Subseção I Da Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares

Art. 16 - À Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares compete: I - supervisionar a execução dos serviços e a varrição manual ou mecanizada das vias e logradouros públicos, incluindo a remoção do lixo proveniente dessas atividades e dos cestos coletores de lixo leve; II - controlar, supervisionar e executar serviços complementares à varrição assim caracterizados: a lavação de vias públicas, capina, roçada manual ou mecanizada, multitarefas e serviços de pá carregadeiras, caminhões poliguindastes, capina química, locais degradados pela decomposição de resíduos (ponto limpo e ponto verde) e unidades de recebimento temporário de resíduos; III - efetuar as medições das atividades executadas diretamente e contratadas para fins de elaboração de relatórios de acompanhamento e pagamento; IV - programar, controlar e executar a limpeza das margens dos córregos e executar os serviços de emergência de limpeza pública; V - requisitar e controlar os materiais, equipamentos e ferramentas de uso operacional; VI - supervisionar o uso dos Micropontos de Apoio - MPA's - e sedes de varrição; VII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Page 551: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

551 Art. 17 - Integram a Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares da Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul as seguintes gerências, de 3º nível: I - Gerência Regional de Atividades Noturnas; II - Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares dos Aglomerados e Vilas. Art. 18 - À Gerência Regional de Atividades Noturnas compete: I - controlar, supervisionar e executar a varrição manual ou mecanizada das vias e logradouros públicos, incluindo a remoção do lixo proveniente dessas atividades e dos cestos coletores de lixo leve; II - controlar, supervisionar e executar os serviços de lavação de vias públicas; III - fiscalizar os serviços de varrição, no que se refere ao cumprimento de programações, itinerários, horários e cláusulas contratuais; IV - efetuar as medições das atividades de varrição; V - executar outras tarefas, de acordo com as atribuições próprias de sua unidade administrativa e da natureza de seu trabalho, conforme determinação superior; VI - requisitar e controlar os materiais, equipamentos e ferramentas de uso operacional; VII - controlar, supervisionar e executar o recolhimento de animais mortos de pequeno e grande portes; VIII - elaborar e submeter, periodicamente, à apreciação e análise superior, relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; IX - atuar em projeto especial que lhe seja atribuído. Art. 19 - À Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares dos Aglomerados e Vilas compete: I - controlar, supervisionar e executar serviços de varrição manual ou mecanizada das vilas e aglomerados, incluindo a remoção de lixo proveniente dessas atividades e dos cestos coletores de lixo; II - executar a capina em vilas; III - programar e executar a limpeza de bocas de lobo e grades em vilas; IV - programar a instalação e remoção de caçambas em vilas; V - programar, controlar e executar a limpeza das margens dos córregos e executar os serviços de emergência de limpeza pública nas vilas; VI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção IV Da Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada

Art. 20 - À Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada, compete: I - coordenar as ações relativas ao licenciamento urbanístico, ambiental e de posturas no âmbito regional, no que for definido pela Secretaria Municipal de Políticas Urbanas; II - coordenar as ações relativas ao licenciamento de eventos, de atividades temporárias e mobiliário urbano;

Page 552: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

552 III - coordenar as ações relativas à fiscalização nas áreas de atividades em vias urbanas, controle ambiental, limpeza urbana, obras e posturas; IV- coordenar a fiscalização de eventos especiais e atividades temporárias; V - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 21 - Integram à Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada as seguintes gerências de 2º nível: I - Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico; II - Gerência Regional de Fiscalização Integrada I; III - Gerência Regional de Fiscalização Integrada II; IV - Gerência Regional de Fiscalização Integrada III; V - Gerência Regional de Fiscalização Integrada IV. Parágrafo único - Além das gerências mencionadas neste artigo, também integram as Gerências Regionais de Licenciamento e Fiscalização Integrada das Secretarias de Administração Regional Municipal Centro-Sul, Barreiro, Nordeste e Oeste, a Gerência Regional de Fiscalização Integrada V.

Subseção I Da Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico

Art. 22 - À Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico compete: I - programar e gerenciar a ações relativas ao licenciamento urbanístico no âmbito regional, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; II - gerenciar as atividades de licenciamento de posturas, bem como as atividades desenvolvidas em vias urbanas, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; III - programar e gerenciar as ações relativas ao licenciamento ambiental no âmbito regional, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente; IV - gerenciar programas especiais, de caráter preventivo ou corretivo, que impliquem em atividades de regularização de uso e ocupação do solo e de prestação de serviços técnicos de assessoria, nas áreas de arquitetura e engenharia públicas, em colaboração com a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas; V - planejar e coordenar as atividades relativas ao fornecimento de assessoria técnica gratuita, na elaboração de projetos de arquitetura e engenharia e no acompanhamento de execução de obras para população, no âmbito de suas atribuições; VI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 23 - Integram a Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico as seguintes gerências de 3º nível: I - Gerência Regional de Licenciamento de Obras, Eventos, Atividades e Mobiliário Urbano; II - Gerência Regional de Arquitetura e Engenharia Públicas.

Page 553: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

553 Art. 24 - À Gerência Regional de Licenciamento de Obras, Eventos, Atividades e Mobiliário Urbano compete: I - orientar os munícipes quanto aos procedimentos necessários ao licenciamento ou regularização de edificações; II - licenciar a execução de demolições e reformas de edificações; III - licenciar movimento de terra e entulho; IV - analisar e licenciar eventos de caráter temporário; V - analisar e licenciar os serviços de podas e supressões de espécies arbóreas, em colaboração com as Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente; VI - analisar e licenciar a utilização de fontes sonoras, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente; VII - analisar e licenciar a instalação de engenhos de publicidade e a instalação de mobiliário urbano em logradouros públicos e feiras, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Parágrafo único - À Gerência Regional de Licenciamento de Obras, Eventos, Atividades e Mobiliário Urbano da Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul compete: I - orientar os munícipes quanto aos procedimentos necessários ao licenciamento ou à regularização das edificações; II - licenciar a execução de demolições e reformas de edificações; III - licenciar movimento de terra e entulho; IV - analisar e licenciar os serviços de podas e supressões de espécies arbóreas em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente; V - analisar e licenciar a instalação de engenhos de publicidade em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; VI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Art. 25 - À Gerência de Arquitetura e Engenharia Públicas compete: I - coordenar os serviços de apoio operacional às atividades de arquitetura e engenharia públicas, gerenciando o suporte material, pessoal e logístico para garantir o êxito das operações; II - preparar e submeter periodicamente a supervisão relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; III - atender e identificar as demandas individuais da comunidade usuária do Serviço Municipal de Arquitetura e Engenharia Públicas, verificando a situação de regularidade do imóvel; IV - orientar o cidadão quanto aos encaminhamentos e procedimentos cabíveis em relação à respectiva demanda, de acordo com as normas do Serviço;

Page 554: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

554 V - encaminhar os casos de atendimento gratuito do Programa de Arquitetura e Engenharia Públicas em vilas e favelas à URBEL para verificação de situações de risco construtivo; VI - encaminhar as demandas, após as devidas triagens, para a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; VII - prestar informações periódicas sobre os serviços à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Art. 26 - Integra a Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico, da Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul, a Gerência Regional de Licenciamento de Atividades Desenvolvidas em Vias Urbanas e Mobiliário Urbano, de 3º nível, à qual compete: I - analisar e licenciar a utilização de fontes sonoras, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente; II - analisar e licenciar a instalação de mobiliário urbano, para o exercício de atividades, em logradouros públicos, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; III - analisar e licenciar eventos de caráter temporário e feiras, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana; IV - elaborar e submeter, periodicamente, à apreciação e análise superior, relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II Das Gerências Regionais de Fiscalização Integrada

Art. 27 - Às Gerências Regionais de Fiscalização Integrada compete: I - dirigir a execução das atividades relativas à Fiscalização Integrada no âmbito do Território a qual corresponda sua atuação e em toda circunscrição regional, em colaboração com os demais órgãos da Administração; II - coordenar as ações de fiscalização relativas às áreas de atividades em vias urbanas, controle ambiental, limpeza urbana, obras e posturas. III - coordenar os serviços de apoio operacional às atividades de fiscalização integrada, gerenciando o suporte material, pessoal e logístico para garantir o êxito das operações; IV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção V Da Gerência Regional de Educação

Art. 28 - À Gerência Regional de Educação compete: I - orientar, supervisionar e coordenar, segundo política e diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Educação, o funcionamento das escolas municipais, a execução de programas, a aplicação de métodos e processos e a condução de atividades, com vistas a aprimorar a qualidade e produtividade do ensino;

Page 555: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

555 II - planejar, coordenar e supervisionar as atividades relacionadas com a distribuição, lotação e desempenho do pessoal docente e administrativo das escolas; III - coordenar e supervisionar a distribuição de material didático, merenda e disponibilização de transporte aos alunos da rede municipal; IV - oferecer ao pessoal do magistério da rede própria e das escolas de educação infantil, com o apoio e em parceria com o CAPE, oportunidades de analisar e discutir problemas comuns, bem como formular e desenvolver ações de formação; V - encaminhar à Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços Urbanos as proposições de projetos de ampliação, reforma e manutenção das escolas; VI - manter, aprimorar e coordenar as atividades e infraestrutura das salas de educação especial; VII - supervisionar e controlar a aplicação e prestação de contas dos recursos financeiros destinados às caixas escolares; VIII - zelar pela construção e fortalecimento do Sistema Municipal de Ensino e da Escola Plural. IX - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Parágrafo único - À Gerência Regional de Educação estão subordinadas as Escolas Municipais e as Unidades Municipais de Educação Infantil. Art. 29 - Integram a Gerência Regional de Educação as seguintes gerências de 2º nível: I - Gerência Regional de Planejamento e Atendimento Escolar; II - Gerência Regional Pedagógica; III - Gerência Regional do Programa Bolsa-Escola.

Subseção I Da Gerência Regional de Planejamento e Atendimento Escolar

Art. 30 - À Gerência Regional de Planejamento e Atendimento Escolar compete: I - assessorar administrativamente as atividades das escolas da Rede Municipal de Ensino da regional; II - manter cadastro atualizado das escolas, bem como dos diretores, vice-diretores e secretários, diligenciando para que os mesmos tenham registro ou autorização; III - efetuar e controlar a distribuição e movimentação do pessoal docente e discente nas escolas; IV - conferir e encaminhar os dados de frequência do pessoal lotado nas escolas; V - reproduzir o material administrativo e didático pedagógico solicitado pelas escolas; VI - prover as escolas da Rede Municipal de Ensino com materiais, mobiliário e equipamentos necessários à sua manutenção e ensino, respeitada a orientação da Secretaria Municipal de Educação e as competências das Caixas Escolares; VII - planejar e desenvolver as ações necessárias para a distribuição de material didático, merenda e disponibilização de transporte aos alunos da rede municipal; VIII - realizar estudos de adequação e expansão da rede física escolar;

Page 556: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

556 IX - orientar a criação e reorganização de escolas no âmbito do Sistema Municipal de Ensino; X - acompanhar a regularização do funcionamento das escolas do Sistema Municipal de Ensino; XI - elaborar e divulgar a estatística de ensino da regional; XII - manter atualizado o arquivo da legislação educacional; XIII - receber, conferir e encaminhar o Registro de capacidade docente e jornada dos profissionais de Educação- RECAPE; XIV - realizar, de acordo com parâmetros dados pela Secretaria Municipal de Educação, o cadastro escolar e participar e acompanhar as matrículas; XV - assessorar e acompanhar a prestação de contas das caixas escolares; XVI - participar dos Fóruns e Conselhos da Regional; XVII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II Da Gerência Regional Pedagógica

Art. 31 - À Gerência Regional Pedagógica compete: I - assessorar pedagogicamente as escolas da regional; II - assessorar as escolas na elaboração, organização, desenvolvimento e avaliação de projeto político pedagógico; III - realizar reuniões periódicas com os diretores, orientadores educacionais e supervisores pedagógicos para debate de problemas de ensino, avaliação de trabalho e sugestão de medidas de correção ou ajustamento; IV - criar e implantar métodos, técnicas e procedimentos didáticos que melhor se adaptem às características e necessidades do ensino local; V - discutir formas de avaliação, tempos pedagógicos e registro da vida escolar do aluno; VI - analisar os planos curriculares e o calendário escolar e propor sugestões; VII - sistematizar e aprofundar as questões da Escola Plural; VIII - centralizar a coleta e utilização dos dados necessários à implantação e aperfeiçoamento do Sistema Municipal de Ensino; IX - promover atividades de formação para os profissionais do Sistema Municipal de Ensino; X - reproduzir e veicular textos informativos; XI - promover fóruns e encontros regionalizados; XII - zelar pelo cumprimento das normas/dispositivos emanados da Secretaria Municipal de Educação; XIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção III Da Gerência Regional do Programa Bolsa-Escola

Art. 32 - À Gerência Regional do Programa Bolsa-Escola compete:

Page 557: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

557 I - coordenar, executar, acompanhar e avaliar o processo de cadastramento, seleção e inclusão das famílias requerentes ao benefício do programa, conforme a legislação pertinente; II - acompanhar e controlar a frequência à escola do aluno bolsista; III - auxiliar a escola e a família no acompanhamento do aluno bolsista; IV - acompanhar e avaliar as famílias beneficiadas durante o período de permanência no Programa; V - manter atualizadas as informações das famílias beneficiadas; VI - processar e encaminhar à gerência central do programa os expedientes relativos a pagamento, suspensão, inclusão de requerentes, desligamento e avaliação para a permanência no programa; VII - desenvolver as ações necessárias para integração das famílias beneficiadas nos programas e projetos sociais da Prefeitura; VIII - criar e manter espaços de discussões intersetoriais com as demais áreas sociais da regional; IX - receber denúncias de irregularidades, apurá-las e remetê-las à gerência central do Programa Bolsa-Escola; X - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior, bem como à Secretaria Municipal de Políticas Sociais, relatório mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção VI Da Gerência de Distrito Sanitário

Art. 33 - À Gerência de Distrito Sanitário compete: I - participar na formulação e definição das diretrizes das políticas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte; II - coordenar o planejamento das ações de promoção, prevenção e atenção à Saúde no âmbito da regional; III - coordenar, controlar e avaliar os serviços de saúde, próprios e conveniados, prestados à população da Regional, sugerindo medidas de acerto ou de alteração, segundo normas e coordenação da Secretaria Municipal de Saúde; IV - coordenar e regular as atividades e serviços produzidos nas unidades de atenção básica, urgência, secundária e de apoio distrital; V - identificar, programar e disponibilizar para a população os serviços complementares não produzidos pela rede própria; VI - coordenar e supervisionar ações de Vigilância Sanitária, Controle de Zoonoses, Saúde do Trabalhador; VII - estabelecer, segundo políticas e diretrizes definidas pela Secretaria Municipal de Saúde, e em conjunto com órgãos estaduais e federais que exerçam controle neste campo, o plano regional de atuação da área de vigilância sanitária, controle epidemiológico e controle de zoonoses; VIII - levantar elementos para a formulação, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, da política de instalações, equipamentos, recursos diagnósticos, terapêuticas e de materiais dos serviços de saúde da Regional;

Page 558: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

558 IX - viabilizar o suporte administrativo e operacional para o funcionamento das Unidades de Saúde, desenvolvimento e administração de RH; X - garantir a participação popular no âmbito das Comissões Locais de Saúde e do Conselho Distrital de Saúde; XI - viabilizar suporte administrativo e operacional para o funcionamento das Comissões Locais de Saúde e do Conselho Distrital de Saúde; XII - participar na elaboração de projetos arquitetônicos e de reformas das Unidades de Saúde; XIII - desenvolver pesquisas na área de saúde pública; XIV - garantir a manutenção e atualização e envio à Secretaria Municipal de Saúde do Banco de Dados de Saúde, contemplando informações epidemiológicas, demográficas, sócio-econômicas, físico-ambientais e de recursos de saúde, para subsidiar as atividades de planejamento e de gerência nos diversos níveis; XV - garantir a manutenção, atualização e envio à Secretaria Municipal de Saúde dos bancos de dados epidemiológicos, de produção e faturamento do SUS; XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Parágrafo único - À Gerência de Distrito Sanitário estão subordinadas administrativamente as unidades de atenção básica, secundárias - PAM's, Policlínicas e unidades de urgência, e de referência distrital - Farmácia, Laboratório e Central de Esterilização de Materiais. Art. 34 - Integram a Gerência de Distrito Sanitário as seguintes gerências: I - Gerência Distrital de Regulação, Informação e Epidemiologia, de 2º nível; II - Gerência Distrital de Atenção à Saúde, de 2º nível; III - Gerência Distrital de Controle de Zoonoses, de 2º nível; IV - Gerência Distrital de Vigilância Sanitária, de 2º nível; V - Gerência Distrital de Gestão do Trabalho, de 3º nível.

Subseção I Da Gerência Distrital de Regulação, Informação e Epidemiologia

Art. 35 - À Gerência Distrital de Regulação, Informação e Epidemiologia compete: I - controlar e avaliar os serviços próprios, contratados e conveniados no âmbito do Distrito Sanitário; II - proceder à programação anual de serviços de saúde próprios, contratados e conveniados, determinando quantitativos físicos, em consonância com a Secretaria de Saúde; III - assessorar as gerências de unidades de saúde e do distrito sanitário no processo de planejamento, desde a análise da situação, definição de objetivos e metas até o acompanhamento das atividades e análise dos resultados, tornando a informação um recurso estratégico para a ação;

Page 559: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

559 IV - levantar as necessidades de informações e contribuir na formulação de novos subsistemas de informação, respondendo por sua implementação e manutenção dos bancos de dados respectivos; V - gerenciar a coleta de dados epidemiológicos e de produção das unidades de saúde do distrito sanitário; VI - processar os dados coletados, construindo e mantendo os bancos de dados dos subsistemas epidemiológicos e de produção; VII - coordenar a realização das ações de vigilância epidemiológica no distrito sanitário; VIII - realizar estudos epidemiológicos sobre distribuição das doenças na população adstrita, assim como de seus determinantes; IX - assessorar a manutenção dos bancos de dados da Zoonoses, da Vigilância sanitária e de Recursos Humanos distritais; X - acessar e disponibilizar outros bancos de dados importantes para planejamento das ações do distrito sanitário que estão sob a coordenação de outras gerências; XI - realizar cruzamentos entre bancos de dados, visando a geração de informações necessárias ao planejamento de todas as gerências e unidades do distrito sanitário; XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II Da Gerência Distrital de Atenção de Saúde

Art. 36 - À Gerência Distrital de Atenção de Saúde compete: I - administrar, em conjunto com as unidades básicas de saúde, unidades secundárias e de urgência o atendimento de saúde à população; II - identificar e analisar a situação de saúde da população de sua área de abrangência e definir as prioridades de atenção à saúde num processo co-participativo com a comunidade; III - definir o perfil e as prioridades das unidades de atendimento à saúde; IV - coordenar o planejamento e a organização das ações de atenção à saúde da mulher, da criança, do adulto, saúde mental, saúde bucal, saúde do trabalhador e outros; V - coordenar no âmbito distrital as ações de vinculação e responsabilização da população adstrita (BH Vida); VI - fazer avaliação permanente dos serviços de saúde prestados em sua área de abrangência; VII - garantir suporte administrativo, operacional e material às unidades básicas; VIII - coordenar, prestar assessoria técnica e supervisionar as atividades e projetos desenvolvidos nas unidades de saúde; IX - coordenar a inter-relação dos serviços de apoio, de urgência, atenção secundária e terciária, com unidades básicas; X - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas. Parágrafo único - À Gerência Distrital de Atenção à Saúde estão subordinadas as unidades básicas de saúde.

Page 560: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

560

Subseção III Da Gerência Distrital de Controle de Zoonoses

Art. 37 - À Gerência Distrital de Controle de Zoonoses compete: I - planejar, coordenar e executar as ações de controle de Zoonoses no âmbito regional, segundo as políticas e diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Saúde e as orientações da Gerência de Distrito Sanitário; II - supervisionar sistematicamente os trabalhos dos agentes de campo; III - realizar ações de controle da dengue, da leishmaniose, de roedores, de escorpião e de raiva animal; IV - estabelecer sistemas eficientes de vigilância epidemiológica para rápida identificação de focos e pronta ação de combate; V - participar de ações integradas no âmbito regional com as demais áreas de atenção à saúde e em especial com a Gerência de Limpeza Urbana da Secretaria Municipal Regional de Serviços Urbanos; VI - elaborar e implementar programas de aperfeiçoamento do pessoal ligado às atividades de controle de zoonoses; VII - promover ações de caráter educativo e de esclarecimento à população; VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção IV Da Gerência Distrital de Vigilância Sanitária

Art. 38 - À Gerência Distrital de Vigilância Sanitária compete: I - planejar, coordenar e executar as ações de fiscalização sanitária no âmbito regional, segundo políticas e diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Saúde e orientação da Gerência de Distrito Sanitário; II - supervisionar sistematicamente os trabalhos de campo dos fiscais sanitários; III - recensear, mapear e consolidar dados de todos estabelecimentos e locais passíveis da atuação da vigilância sanitária em conformidade com o Código Sanitário do Município; IV - receber, triar e encaminhar denúncias e reclamações referentes à Vigilância Sanitária; V - realizar vistoria sanitária; VI - investigar surtos de infecção tóxica alimentar; VII - participar de ações integradas no âmbito regional com as demais áreas de atenção à saúde e em especial com a Gerência de Fiscalização de Controle Urbano e Ambiental da Secretaria Municipal Regional de Serviços Urbanos; VIII - elaborar e implementar programas de aperfeiçoamento do pessoal ligado às atividades de vigilância sanitária; IX - promover ações caráter educativo e de esclarecimento à população; X - elaborar estudos objetivando a atualização do Código Sanitário Municipal; XI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Page 561: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

561

Subseção V Da Gerência Distrital de Gestão do Trabalho

Art. 39 - À Gerência Distrital de Gestão do Trabalho, observadas as diretrizes expedidas pela Gerência de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde e no âmbito do Distrito Sanitário, compete: I - coordenar o processo de incorporação e movimentação de profissionais, visando a composição/recomposição das equipes de trabalho; II - proceder, em conjunto com as unidades, o processo de credenciamento e descredenciamento de profissionais nas equipes de Saúde da Família; III - administrar o processo de concessão de extensão de jornada a servidores lotados em unidades e serviços, avaliando periodicamente a necessidade de sua manutenção; IV - acompanhar o processo de concessão de jornada complementar a servidores lotados em unidades e serviços, avaliando periodicamente a necessidade de sua manutenção; V - administrar a inserção e a movimentação de estagiários; VI - administrar a manutenção e a atualização do Sistema de Informação e Gestão de Recursos Humanos; VII - proceder o controle de frequência, férias e outros expedientes necessários à elaboração da folha de pagamento de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde; VIII - promover análise dos processos de trabalho, elaborando propostas de intervenção e acompanhando sua implementação junto às equipes; IX - planejar, supervisionar e proceder o acompanhamento sócio-funcional dos trabalhadores; X - coordenar o processo de avaliação permanente de desempenho dos servidores e das respectivas gerências, em conjunto com a Gerência de Avaliação de Desempenho da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos; XI - planejar, organizar e supervisionar programas de formação e capacitação profissional, articulado com os diversos níveis, obedecidas as diretrizes da política de educação permanente, coordenada pelo Centro de Educação em Saúde; XII - coordenar processos seletivos; XIII - assessorar as gerências na gestão das atividades relacionadas aos recursos humanos.

Seção VII Da Gerência Regional de Políticas Sociais

Art. 40 - À Gerência Regional de Políticas Sociais compete: I - executar as ações de políticas sociais definidas pela Secretaria Municipal de Políticas Sociais; II - implementar planos, programas e projetos de desenvolvimento social, transferência de renda e geração de trabalho, esportes, lazer e cultura descentralizados na regional, conforme diretrizes estabelecidos pela Secretaria Municipal de Políticas Sociais, de

Page 562: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

562 forma integrada, intersetorial e sistematizada, responsabilizando-se por seu controle e avaliação; III - coordenar a instalação e o funcionamento dos conselhos comunitários articulados às Secretarias Adjuntas da Secretaria Municipal de Políticas Sociais; IV - assessorar as organizações comunitárias para fortalecimento da rede de proteção social; V - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; VI - coordenar a execução das atividades de proteção e defesa do consumidor; VII - coordenar as atividades relativas a direitos humanos e cidadania. Parágrafo único - À Gerência Regional de Assistência Social, estão subordinadas as seguintes unidades de execução da política de assistência social: abrigos, albergues, casas de apoio, centros de referência e repúblicas. Art. 41 - Integram a Gerência Regional de Políticas Sociais as seguintes gerências de 2º nível: I - Gerência Regional de Assistência Social; II - Gerência Regional de Promoção de Eventos Esportivos, de Recreação, Lazer e Feiras; III - Gerência Regional de Programas de Transferência de Renda e Geração de Trabalho.

Subseção I Da Gerência Regional de Assistência Social

Art. 42 - À Gerência Regional de Assistência Social compete: I - executar as ações de assistência social definidas pela Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social, com base no Plano Municipal de Assistência Social e nas deliberações do Conselho Municipal e Assistência Social e da Conferência Municipal de Assistência Social, conforme as orientações da Gerência Regional de Políticas Sociais; II - coordenar, de forma integrada e sistematizada, os programas, projetos e atividades da assistência social descentralizados na Regional, responsabilizando-se por seu controle e avaliação; III - opinar sobre a elaboração de convênios entre a Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social e entidades assistenciais da Regional, acompanhar a aplicação dos recursos e examinar a respectiva prestação de contas; IV - desenvolver esforços para garantir na regional a plena implantação da Lei Orgânica de Assistência Social; V - providenciar a instalação e funcionamento dos conselhos comunitários articulados à Secretaria; VI - assessorar as organizações comunitárias para fortalecimento da rede de proteção social; VII - apoiar e fortalecer a relação entre a gerência regional de Assistência Social e as instâncias de participação popular e de controle social;

Page 563: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

563 VIII - zelar pelo fortalecimento da rede assistência social e construção do sistema municipal e assistência social. Art. 43 - Integram a Gerência Regional de Assistência Social as seguintes gerências de 3º nível: I - Gerência Regional de Atendimento Social; II - Gerência Regional de Programas Sociais; Art. 44 - À Gerência Regional de Atendimento Social compete: I - executar atividades de atendimento, orientação e encaminhamento social; II - realizar triagem e cadastramento dos beneficiários do atendimento da Gerência Regional de Assistência Social; III - atuar em situações de emergência e calamidade pública; IV - desenvolver ações de abordagem para crianças, adolescentes e adultos que vivem nas ruas; V - encaminhar e acompanhar essa população aos programas / políticas sociais da Prefeitura a partir das demandas identificadas na abordagem; VI - atender a toda demanda espontânea por serviços assistenciais demandadas à Regional, tais como auxílio-alimentação, auxílio-funeral, auxílio-documentação, auxílio-passagem, auxílio-transporte para mudança, benefícios de prestação continuada, benefício eventuais, cartão metropolitano, entre outros; VII - realizar visitas familiares, para fins de acompanhamento e suporte às famílias em atendimento terciário - crianças e adolescentes com deficiências graves e severas, idosos abandonados, famílias com crianças e adolescentes sob medida e/ou proteção sócio-educativa; VIII - coletar e sistematizar os dados de atendimento; IX - apoiar e fortalecer a relação entre a gerência regional de Assistência Social e as instâncias de participação popular e de controle social; X - zelar pelo fortalecimento da rede de assistência social e pela construção do sistema municipal e assistência social. Art. 45 - À Gerência Regional de Programas Sociais compete: I - desenvolver programas e projetos especiais de proteção e promoção de criança e do adolescente, do idoso e de pessoas portadoras de deficiência e demais seguimentos vulnerabilizados; II - executar programas de geração de trabalho e renda e formação profissional visando à inclusão social; III - realizar ações de apoio e orientação sócio-familiar, estudos de casos e encaminhamento para os programas desenvolvidos pela Regional, em conjunto com a Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social, assim como para outras políticas setoriais; IV - atender e acompanhar o voluntariado, os adolescentes sob medida sócio-educativa; V - organizar os grupos de usuários de benefícios continuados e eventuais; VI - desenvolver ações com famílias sob risco geológico, de intempéries e invasões;

Page 564: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

564 VII - garantir rede de moradia temporária para moradores de rua, idosos abandonados, e pessoas sem renda familiar; VIII - supervisionar toda a rede conveniada; IX - elaborar e acompanhar o a execução do plano de trabalho das entidades; X - monitorar os indicadores de qualidade dos serviços prestados; XI - acompanhar os fóruns setoriais; XII - visitar as entidades para confecção de registro, inscrição e atestado de funcionamento; XIII - mobilizar a comunidade para inclusão social; XIV - apoiar e fortalecer a relação entre a Gerência Regional de Políticas Sociais e as instâncias de participação popular e de controle social; XV - zelar pelo fortalecimento da rede assistência social e construção do sistema municipal e assistência social.

Subseção II Da Gerência Regional de Promoção de Eventos Esportivos, de Recreação, Lazer e

Feiras

Art. 46 - À Gerência Regional de Promoção de Eventos Esportivos, de Recreação, Lazer e Feiras compete: I - apoiar o desenvolvimento dos programas esportivos; II - realizar eventos esportivos de âmbito regional; III - planejar, organizar e realizar eventos de recreação, lazer e feiras; IV - apoiar eventos como carnaval regional, festas juninas e outros; V - elaborar, em coordenação com as entidades locais, o calendário dos eventos esportivos e de recreação a serem promovidos ou de que deva participar a Administração Regional; VI - coordenar projetos e apoiar a comunidade na consecução de seus objetivos na área de esportes e recreação; VII - programar, acompanhar e avaliar a execução das atividades de esporte, recreação e lazer na regional em conjunto com a Secretaria Municipal Adjunta de Esportes; VIII - incentivar e ampliar as oportunidades de recreação e lazer para a comunidade regional; IX - acompanhar e propor medidas de manutenção, conservação e reparos dos equipamentos esportivos da Regional; X - gerenciar as atividades administrativas inerentes ao funcionamento das Feiras; XI - analisar casos específicos relacionados aos expositores e emitir parecer com encaminhamento para decisão superior; XII - estabelecer diretrizes para garantir o cumprimento de todas as disposições do Regulamento Geral de Feiras e da Legislação Municipal aplicável; XIII - programar as atividades de fiscalização específicas das Feiras e inerentes aos expositores, inclusive sindicâncias nos locais onde as mercadorias são produzidas e estocadas.

Subseção III

Page 565: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

565 Da Gerência Regional de Programas de Transferência de Renda e Geração de Trabalho Art. 47 - À Gerência Regional de Programas de Transferência de Renda e Geração de Trabalho compete: I - executar ações relativas aos programas de transferência de renda e aos programas de geração de emprego e capacitação de mão-de-obra em âmbito regional; II - operacionalizar os processos de identificação, seleção, inclusão, acompanhamento e exclusão dos beneficiários do Programa; III - implementar instrumentos de planejamento e monitoramento dos programas; IV - promover a articulação entre outros programas de transferência de renda; V - promover a capacitação de pessoal e definir as diretrizes de trabalho das equipes envolvidas nas ações de identificação, cadastramento de beneficiários, acompanhamento e pagamento de benefícios; VI - promover avaliações periódicas; VII - apresentar relatórios de avaliação e resultados financeiros e metodológicos dos programas; VIII - identificar os casos de irregularidade na concessão de benefícios ou descumprimento das condicionalidades dos programas, dando ciência aos órgãos de gestão.

Seção VIII Da Gerência Regional de Comunicação Social

Art. 48 - À Gerência Regional de Comunicação Social compete: I - atender a todas as demandas de imprensa relacionadas às atividades da Secretaria de Administração Regional Municipal; II - fazer a cobertura jornalística das atividades e eventos promovidos pela Secretaria; III - disponibilizar, para a imprensa e publicação no Portal da Prefeitura, no BH Notícias, no PBH Informa, no Diário Oficial do Município - DOM, e em outros meios de comunicação utilizados pela Assessoria de Comunicação Social do Município, informações atualizadas sobre as atividades, ações e programas desenvolvidos pela Secretaria; IV - acompanhar as notícias relacionadas à Secretaria, visando subsidiar ações de comunicação que possam divulgar o posicionamento da Administração Pública; V - buscar e repassar respostas às demandas da população que chegam através do Portal da PBH; VI - acompanhar e submeter à aprovação da Assessoria de Comunicação Social do Município todos os procedimentos ligados à comunicação na Regional, como peças gráficas, sinalização, layouts de uniformes e camisetas, dentre outros; VII - organizar os eventos promovidos pela Secretaria; VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatórios das atividades desenvolvidas.

Page 566: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

566

Seção IX Da Gerência Regional do Orçamento Participativo

Art. 49 - À Gerência Regional do Orçamento Participativo compete: I - dirigir o planejamento e a execução do Orçamento Participativo em nível regional; II - realizar convocatórias e mandar expedir convites para o eventos do Orçamento Participativo; III - disponibilizar apoio logístico para os eventos ordinários e extraordinários relacionados com o Orçamento Participativo na circunscrição regional; IV - participar do Grupo Técnico de Assessoramento da Comissão Conselho da Cidade e do Grupo Gerencial do Orçamento Participativo; V - acompanhar a atuação das Comissões de Fiscalização do Orçamento - COMFORÇA, e atuar como referência de interlocução; VI - participar da formulação do Orçamento Participativo e zelar pelo cumprimento de suas regras; VII - apoiar as ações de mobilização social do Orçamento Participativo.

Seção X Da Gerência Regional de Atendimento ao Cidadão

Art. 50 - À Gerência Regional de Atendimento ao Cidadão compete: I - atender ao cidadão, registrando pedidos e produzindo as informações e respostas solicitadas, com qualidade; II - acompanhar e monitorar as solicitações feitas pelos cidadãos, desde o cadastro, até a execução, visando identificar gargalos e soluções para melhorar o registro das informações e o fluxo dos serviços; III - atuar junto aos órgãos responsáveis por cada serviço, com vistas a aproximá-los do processo de atendimento ao cidadão; IV - encaminhar sugestões aos órgãos competentes, propondo melhorias na forma de prestação de serviços, notadamente aquelas formuladas pelos cidadãos; V - interagir com todos os órgãos da Prefeitura, em especial com a Gerência de Modernização Administrativa, de modo a garantir que as informações disponibilizadas na Central estejam corretas e atualizadas; VI - gerenciar índices de produtividade, horas trabalhadas, tempo de processamento dos sistemas utilizados, quantidade de registros armazenados; VII - coletar e atualizar as informações necessárias para o perfeito funcionamento do sistema de informações da Prefeitura; VIII - traduzir e ajustar os dados quantificáveis da Central (relatórios estatísticos), objetivando produzir informações estratégicas para planejamento dos serviços, avaliação do atendimento e resolutividade da Central e da própria estrutura administrativa da Prefeitura; IX - avaliar, constantemente, os equipamentos, sistemas e suporte técnico disponibilizados para a Central, visando aperfeiçoar o sistema de atendimento da PBH.

Page 567: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

567

Seção XI Da Gerência Regional do Terminal Rodoviário

Art. 51 - À Gerência Regional do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro TERGIP - compete: I - planejar, coordenar e executar as medidas necessárias ao bom funcionamento do TERGIP; II - efetivar a manutenção e conservação dos serviços relativos ao mesmo, bem como dar pleno atendimento ao interesse público na prestação de apoio e infraestrutura aos usuários do TERGIP; III - cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno do TERGIP.

Seção XII Da Gerência Regional de Centros de Comércio Popular

Art. 52 - À Gerência Regional de Centros de Comércio Popular compete: I - integrar e coordenar o Conselho Gestor dos Centros de Comércio Popular; II - promover o cumprimento das normas previstas no regulamento dos Centros de Comércio Popular; III - acompanhar junto aos órgãos competentes do Município a capacitação dos Empreendedores Populares; IV - organizar e orientar o comércio e os serviços de forma a possibilitar o total e adequado aproveitamento das dependências e instalações dos Centros de Comércio Popular, bem como o pleno cumprimento dos objetivos dos equipamentos; V - organizar e orientar toda a estrutura administrativa interna dos Centros de Comércio Popular, com o objetivo de racionalizar as atividades, visando alcançar as metas a que se propõem os equipamentos; VI - orientar os prestadores de serviços dos condomínios dos Centros de Comércio Popular quanto à implantação e às alterações dos procedimentos operacionais; VII - emitir e encaminhar relatórios referentes ao desempenho dos equipamentos.

Seção XIII Da Gerência Regional de Projetos Urbanos de Requalificação do Hipercentro

Art. 53 - À Gerência Regional de Projetos Urbanos e Requalificação do Hipercentro compete: I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução de projetos e planos urbanísticos de requalificação da área central a cargo da Secretaria, cuidando para que sejam seguidas as diretrizes planejadas; II - fiscalizar a execução de projetos ou planos urbanísticos de requalificação da área central de interesse da Secretaria, a cargo de outros órgãos da Administração Municipal ou de parceiros; III - coordenar, promover e analisar a elaboração de estudos preliminares, anteprojetos e projetos urbanísticos executivos da área central, conforme o planejamento da Secretaria

Page 568: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

568 Municipal de Políticas Urbanas e da Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul; IV - subsidiar a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas com dados relativos à área central para definições e planejamento de ações; V - elaborar e submeter, periodicamente, à apreciação e análise superior, relatório gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção XIV Da Gerência Regional de Ações Sociais do Hipercentro

Art. 54 - À Gerência Regional de Ações Sociais do Hipercentro compete: I - desenvolver campanhas educativas que desestimulem a mendicância e a exploração do trabalho infantil; II - articular as atividades de entidades filantrópicas que atuam na Regional Centro-Sul; III - combater a exploração do trabalho infantil por meio de ações de inclusão e promoção; IV - combater a exploração do trabalho dos portadores de necessidades especiais e dos idosos; V - implementar ações de abordagem e assistência ao migrante.

Seção XV Da Gerência Regional de Feiras Permanentes

Art. 55 - À Gerência Regional de Feiras Permanentes compete: I - gerenciar as atividades administrativas inerentes ao funcionamento das Feiras; II - analisar casos específicos relacionados aos expositores e emitir parecer com encaminhamento para decisão superior; III - estabelecer diretrizes para garantir o cumprimento de todas as disposições do Regulamento Geral de Feiras e da Legislação Municipal aplicável; IV - programar as atividades de fiscalização específicas das Feiras e inerentes aos expositores, inclusive sindicâncias nos locais onde as mercadorias são produzidas e estocadas; V - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas; VI - atuar em projeto especial que lhe seja atribuído.

Seção XVI Da Gerência Regional de Fiscalização de Atividades Especiais

Art. 56 - À Gerência Regional de Fiscalização de Atividades Especiais compete: I - fiscalizar os eventos extraordinários de grande porte nas vias, logradouros e áreas públicas, especialmente na área central; II - atuar em caráter permanente na fiscalização aos sábados, domingos e dias de ponto facultativo por decreto municipal, especialmente na área central;

Page 569: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

569 III - organizar plantão fiscal e coibir invasões em áreas públicas, inclusive em setores de vilas e favelas aos sábados, domingos, feriados e dias de ponto facultativo por decreto municipal; IV - fiscalizar as feiras cujos dias de funcionamento ocorram nos finais de semana em logradouro público, especialmente na área central; V - executar os procedimentos administrativos relativos ao desempenho de suas funções, em especial a emissão de notificações, autos de infrações ou apreensões, embargos e interdições; VI - elaborar e submeter à apreciação e análise superior, relatório estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção XVII Da Gerência Regional de Depósito

Art. 57 - À Gerência Regional de Depósito compete: I - guardar todo e qualquer tipo de material recebido no depósito, observando as disposições legais pertinentes a cada caso; II - dar recibo na via do auto de apreensão pertencente ao fiscal, quando o mesmo entregar quaisquer tipos de apreensões no depósito (mercadorias perecíveis e não perecíveis, equipamentos diversos, plantas, animais, dentre outros), sendo obrigatória a indicação da data de depósito do material, bem como o nome, o número do documento de identificação e a assinatura do funcionário que o recebeu; III - cuidar para que os materiais apreendidos sejam imediatamente doados à Associação Municipal de Assistência Social - AMAS, e a outras entidades conveniadas à Prefeitura, somente após a expiração de todos os prazos legais previstos para que o infrator, proprietário do material, se manifeste a respeito da vontade de receber ou não a devolução do mesmo; IV - realizar a devolução de qualquer material apreendido, desde que o infrator apresente a seguinte documentação: a) autorização expressa do Gerente Regional de Fiscalização Integrada e Licenciamento; b) recibo do pagamento da multa, bem como recibo de pagamento dos preços públicos decorrentes da guarda diária de depósito e transporte do material apreendido. V - realizar o processo de doação, exigindo o recibo correspondente, que deverá ser datado e assinado pelo responsável da entidade beneficiada, discriminando minuciosamente todo o material doado; VI - arquivar os recibos e autos de apreensão recebidos, bem como quaisquer documentos decorrentes da administração do depósito.

CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 58 - São competências comuns a todas as gerências regionais: I - garantir a integração intersetorial na execução das políticas urbanas e sociais no âmbito regional;

Page 570: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

570 II - administrar e desenvolver os recursos humanos à sua disposição, assim como propor, mediante justificativa circunstanciada, o acréscimo, redução e movimentação de pessoal; III - requisitar e administrar materiais de consumo de uso geral e específico; IV - zelar pela conservação e correta utilização de materiais, equipamentos e instalações; V - colaborar na execução do inventário de bens patrimoniais sob sua responsabilidade; VI - cumprir e fazer cumprir as normas relativas à segurança do trabalho; VII - cumprir e fazer cumprir leis e regulamentos; VIII - informar e instruir processos; IX - preparar relatórios periódicos de suas atividades; X - comunicar à gerência imediatamente superior a ocorrência de irregularidades que possam ocasionar prejuízo ao funcionamento do serviço, ao patrimônio público e à moralidade administrativa; XI - desempenhar atividades correlatas às suas funções e atuar em projeto especial que lhe seja atribuído. Art. 59 - Ficam vinculados às Secretarias de Administração Regional Municipal os Centros de Apoio Comunitário - CAC´s, que não estejam vinculados à Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social. Art. 60 - As competências previstas neste decreto para cada gerência consideram-se atribuições e responsabilidade dos respectivos titulares dos cargos. Art. 61 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 62 - Ficam revogados: I - o Decreto nº 11.988, de 17 de março de 2005; II - o item II e subitens II.1, II.2 e II.0.1 do art. 2º e os artigos 9º a 13 do Decreto nº 13.643, de 17 e julho de 2009; III - o item IV.2.3 do art. 4º e o art. 31 do Decreto nº 11.926, de 21 de janeiro de 2005. Belo Horizonte, 11 de novembro de 2011 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 571: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

571

DECRETO Nº 14.708, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011

Estabelece normas e procedimentos para parcerias entre o Município de Belo Horizonte e a sociedade, no que concerne à adoção de áreas verdes públicas – Programa Adote o Verde –, e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando a necessidade e a conveniência de ordenar a captação de parcerias para a implantação, reforma e manutenção de áreas verdes públicas, decreta: Art. 1º - O Programa Adote o Verde tem como finalidade estabelecer parcerias entre o Poder Público e a sociedade para os fins de implantação, reforma ou manutenção de áreas verdes públicas, aqui compreendidas as praças, os parques, os canteiros, os jardins e outras áreas passíveis de ajardinamento. Parágrafo único - Para os fins deste Decreto, considera-se: I - manutenção: serviços gerais de limpeza de áreas plantadas, passarelas, lagos; reparos; manutenção de gramados; manutenção de jardins; adubação de reposição; controle de pragas e doenças; manutenção de arbustos; manutenção de trepadeiras; manutenção de plantas anuais e forrações; poda de árvores e irrigação, dentre outros definidos no termo de cooperação; II - implantação: construção de nova área verde, seja ela praça, parque ou jardim; III - reforma: recuperação de áreas com implantação de projetos paisagísticos e, se for o caso, com a realização de retirada de espécimes, que deverão ser encaminhadas ao órgão competente mencionado no termo de cooperação, para posterior recuperação e aproveitamento. IV - adotante: a pessoa natural ou jurídica que firmar parceria com o Poder Público municipal para adoção de área integrante do Programa Adote o Verde; V - melhoria urbana, paisagística e ambiental: o projeto, obra, serviço, ação e intervenção relativos às áreas verdes disponíveis para adoção, inclusive aquelas tombadas ou não, em caráter provisório ou definitivo, ou preservadas, nos termos da legislação municipal, estadual ou federal, que resultem no atendimento do interesse público e na melhoria da qualidade de vida urbana. Art. 2º - Constituem objetivos do Programa Adote o Verde, dentre outros: I - promover a participação da sociedade na urbanização, nos cuidados e na manutenção das áreas verdes do Município, em parceria com o Poder Público; II - conscientizar a população acerca da importância das áreas verdes para a qualidade da vida urbana, fomentando a noção de responsabilidade solidária entre o Poder Público e a coletividade no que toca à preservação de tais áreas; III - incentivar o uso de praças, parques e demais áreas verdes pela população, como locais de lazer, convivência social e realização de eventos, observada, neste último caso,

Page 572: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

572 a legislação específica, bem como de minimização dos impactos decorrentes da industrialização. Art. 3º - A adoção das áreas verdes públicas far-se-á mediante condições a serem estabelecidas em termo de cooperação firmado pela pessoa natural ou jurídica legalmente constituída com o Município, por intermédio dos respectivos órgãos e entidades da Administração Municipal responsáveis pela manutenção desses espaços, a saber, a Fundação de Parques Municipais – FPM, em se tratando de parques, e as Secretarias de Administração Regional Municipal, em se tratando dos demais tipos de áreas verdes. Art. 4º - Compete aos titulares da Fundação de Parques Municipais e das Secretarias Municipais mencionadas no art. 3º deste Decreto elaborar e manter cadastro atualizado das áreas verdes públicas sob sua administração e disponíveis para cooperação, contendo informações sobre seu estado de conservação, área ou extensão, equipamentos e mobiliários urbanos nelas existentes, bem como sobre as obras e serviços a serem prestados pelos adotantes. § 1º - As informações constantes do cadastro referido no caput deste artigo serão publicadas, semestralmente, no Diário Oficial do Município. § 2º - A critério do titular do órgão ou entidade da Administração Municipal mencionados no caput deste artigo, a publicação da lista das áreas verdes disponíveis para adoção poderá ser acompanhada de chamamento público para a apresentação de propostas de adoção por interessados, no prazo de 90 (noventa) dias, observadas as regras previstas neste Decreto. Art. 5º - O termo de cooperação deverá conter as informações constantes em modelo estabelecido pelo órgão competente da Administração Municipal, de acordo com o art. 3º deste Decreto. Parágrafo único - Deverá ser encaminhada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para fins de acompanhamento, cópia do termo de cooperação de que trata o caput deste artigo, no prazo de 7 (sete) dias, a contar do respectivo registro na Procuradoria-Geral do Município. Art. 6º - O interessado na adoção de área integrante do Programa Adote o Verde deverá apresentar, ao órgão ou entidade da Administração Municipal responsável por sua manutenção, carta de intenção indicando a área que pretende adotar. § 1º - Tratando-se de pessoa natural, a carta de intenção mencionada no caput deste artigo deverá ser instruída com: I - cópia do documento de identidade; II - cópia da inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF; III - cópia do comprovante de residência;

Page 573: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

573 IV - envelope lacrado, contendo a proposta de manutenção e/ou de realização das obras e/ou serviços para implantação ou reforma da área verde, com a descrição das melhorias a serem realizadas, devidamente instruída, se for o caso, com projetos, plantas, croquis, cronogramas e outros documentos pertinentes. § 2º - Tratando-se de pessoa jurídica, a carta de intenção deverá ser instruída com: I - cópia do ato constitutivo ou do contrato social, devidamente inscritos no registro competente, e alterações subsequentes, ou da autorização do Poder Executivo para funcionamento, conforme o caso; II - cópia da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ; III - cópia do documento de identidade do responsável legal da pessoa jurídica, nos termos previstos no seu estatuto ou contrato social, ou do instrumento de mandato, no caso de a pessoa jurídica estar agindo por intermédio de procurador devidamente constituído; IV - envelope lacrado contendo a proposta de manutenção e/ou de realização das obras e/ou serviços para implantação ou reforma da área verde, com a descrição das melhorias a serem realizadas, devidamente instruída, sempre que for o caso, com projetos, plantas, croquis, cronogramas e outros documentos pertinentes. Art. 7º - O Município poderá, a seu critério, deliberar pela adoção conjunta de áreas, bem como facultar ao adotante a possibilidade de estabelecimento de parcerias adicionais para a consecução dos objetivos estipulados no termo de cooperação, podendo, ainda, nesse caso, ser promovido chamamento público específico para a escolha dos adotantes, divulgado por meio de edital publicado no Diário Oficial do Município. § 1º - O edital de que trata o caput deste artigo deverá conter a indicação das áreas a serem adotadas conjuntamente, os detalhamentos das ações desejadas em cada uma delas e os critérios para análise e escolha dos adotantes. § 2º - O termo de cooperação a ser firmado para a ação de que trata o caput deste artigo adotará modelo específico estipulado pelo órgão competente da Administração Municipal e será firmado em conjunto com os órgãos e entidades responsáveis pela manutenção das áreas objeto do termo, nos termos do disposto no art. 3º deste Decreto. Art. 8º - Ainda que não haja chamamento público específico, as pessoas naturais ou jurídicas interessadas na adoção de área verde poderão oferecer ao Poder Público proposta de cooperação e projeto a ser desenvolvido na área que se pretende adotar, observado o disposto no art. 6º deste Decreto. Art. 9º - No caso de bens públicos não cadastrados nos termos do art. 4º deste Decreto, será observado o procedimento previsto no art. 6º, devendo o órgão ou entidade responsável pela administração da área efetuar o levantamento das informações relativas ao seu estado de conservação, área ou extensão, equipamentos e mobiliários urbanos neles existentes.

Page 574: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

574 Art. 10 - O adotante poderá, a seu critério, contratar serviços especializados para a consecução dos fins constantes do termo de cooperação firmado com o Município. Art. 11 - É permitida ao adotante a colocação de placas indicativas de sua parceria com o Município, no interior da área adotada, respeitando os seguintes critérios, independentemente do número de coparceiros que vierem a compartilhar a área em questão: I - em áreas de até 1.000 (um mil) metros quadrados, será permitida a colocação de uma placa; II - em áreas com mais de 1.000 (um mil) até 5.000 (cinco mil) metros quadrados, será permitida a colocação de duas placas; III - em áreas com mais de 5.000 (cinco mil) até 10.000 (dez mil) metros quadrados, será permitida a colocação de três placas; IV - em áreas com mais de 10.000 (dez mil) metros quadrados, será permitida a colocação de quatro placas; V - nos canteiros separadores de pista, será permitida a colocação de placas distanciadas de 150 (cento e cinquenta) em 150 (cento e cinquenta) metros. § 1º - As placas a que se refere o caput deste artigo deverão seguir modelo padrão estabelecido pelo órgão competente da Administração Municipal. § 2º - A publicidade relativa à adoção deverá se restringir às placas citadas no caput deste artigo, não podendo ser estendida aos demais equipamentos públicos existentes na área. § 3º - A exploração de outros tipos de publicidade em equipamentos e mobiliários urbanos existentes em área integrante do Programa Adote o Verde dependerá de autorização do Poder Público, nos termos da legislação vigente. § 4º - O Poder Executivo poderá estabelecer critérios diferenciados para a colocação de placas indicativas de parcerias nos parques municipais. § 5º - No caso do termo de cooperação firmado nos termos do art. 7º deste Decreto, será facultada ao adotante a indicação, nas placas de que trata este artigo, das eventuais parcerias adicionais por ele estabelecidas para a consecução dos objetivos estipulados no termo. Art. 12 - Qualquer implantação ou modificação das estruturas existentes, sejam elas relativas às áreas ajardinadas ou às demais áreas e equipamentos pertencentes às mesmas, deverá ser analisada e aprovada pelo órgão competente da Administração Municipal. Parágrafo único - As benfeitorias resultantes das intervenções de que trata o caput deste artigo serão incorporadas ao patrimônio do Município, sem direito a indenização ou retenção por parte do adotante.

Page 575: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

575 Art. 13 - Fica vedada a concessão de qualquer tipo de uso ou benefício diferenciado ao adotante das áreas verdes mencionadas neste Decreto. Art. 14 - Os adotantes serão os únicos responsáveis pela realização das obras e serviços descritos no termo de cooperação firmado com o Município, bem como por quaisquer danos causados ao Poder Público e a terceiros. Art. 15 - Fica instituída a Comissão de Acompanhamento do Programa Adote o Verde, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento do Programa e de propor aprimoramentos ao mesmo. § 1º - Caberá à Comissão mencionada no caput deste artigo fiscalizar a execução das ações previstas nos termos de cooperação celebrados no âmbito do Programa. § 2º - A Comissão de Acompanhamento do Programa Adote o Verde será composta por: I - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que a coordenará; II - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento; III - 01 (um) representante de cada uma das Secretarias de Administração Regional Municipal; IV - 01 (um) representante da Fundação de Parques Municipais. Art. 16 - O termo de cooperação poderá ser rescindido unilateralmente pelo Município, de forma fundamentada e por razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento. Art. 17 - Ficam mantidos os convênios firmados no âmbito do Programa Adote o Verde anteriormente à data de publicação deste Decreto, devendo a renovação, observar o novo regramento estabelecido. Art. 18 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 19 - Fica revogado o Decreto nº 11.484, de 15 de outubro de 2003. Belo Horizonte, 14 de dezembro de 2011 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 576: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

576

DECRETO Nº 14.995, DE 28 DE AGOSTO DE 2012

Institui o Programa Prefeitura de Belo Horizonte 100% Livre do Tabaco.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, decreta: Art. 1º - Fica instituído o “Programa Prefeitura de Belo Horizonte 100% Livre do Tabaco”, com os seguintes objetivos: I - conscientizar os funcionários e os visitantes da instituição quanto aos males decorrentes do uso do tabaco e derivados, bem como quanto à necessidade de se manter o ambiente de trabalho em condições ideais de salubridade, mantendo-o livre da fumaça proveniente do tabaco; II - ampliar as ações de promoção de saúde com ênfase no risco associado ao consumo de tabaco; III - reduzir o risco de doenças provocadas pela exposição à fumaça do tabaco nas dependências dos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal; IV - desativar os locais comumente utilizados para a prática do tabagismo nas dependências dos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal. Parágrafo único – Serão afixados nas dependências dos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal, em locais visíveis, cartazes com os seguintes dizeres: “Prefeitura 100% Livre do Tabaco”. Art. 2º - Será assegurado, nas dependências dos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal, o fiel cumprimento do disposto no art. 2º, § 1º, da Lei Federal nº 9.294, de 15 de julho de 1996, bem como no art. 3º da Lei Estadual nº 12.903, de 23 de junho de 1998 e art. 3º da Lei Municipal nº 6.861, de 23 de maio de 1995. Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação. Belo Horizonte, 28 de agosto de 2012 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

Page 577: Coletãnea Legislação Ambiental Municipal Atualizada PDF

577

DECRETO Nº 15.137, DE 29 DE JANEIRO DE 2013

Dispõe sobre a prestação de informações relativas à emissão de Alvará de Localização e Funcionamento e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município e tendo em vista a necessidade de aperfeiçoar o fluxo de informações relativas a empreendimentos licenciados pela Administração Municipal entre os órgãos públicos, decreta:

Art. 1º - A Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana remeterá ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais - CBMMG relatório mensal contendo a identificação completa dos estabelecimentos comerciais que houverem obtido Alvará de Localização e Funcionamento no respectivo período, para fins de controle do atendimento às medidas de prevenção contra incêndio e pânico previstas na legislação estadual e nas demais normas pertinentes.

Parágrafo único - As informações relativas a Alvarás de Localização e Funcionamento emitidos até a data de publicação deste Decreto serão enviadas pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana ao CBBMG em até 30 (trinta) dias.

Art. 2º - O licenciamento de atividades de alto risco que dependam da realização de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV deverá ser instruído com o Auto de Vistoria de Corpo de Bombeiros - AVCB

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 29 de janeiro de 2013 Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte