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COLÉGIO ESTADUAL CÂNDIDO BERTHIER FORTES ENSINO MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO GUAIRAÇÁ 2012 1

COLÉGIO ESTADUAL CÂNDIDO BERTHIER FORTES ENSINO MÉDIO · mesmo no Livro Registro de Classe (LRC). Este Programa atende aos objetivos que estão de acordo com a Resolução nº

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COLÉGIO ESTADUAL CÂNDIDO BERTHIER FORTES

ENSINO MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

GUAIRAÇÁ

2012

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ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO.......................................................................

2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...............................

2.1 Aspectos Históricos ..............................................................

3. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS...............

4. MARCO SITUACIONAL/DIAGNÓSTICO.....................................

4.1 Quadro de pessoal..................................................................

4.2 Organização do espaço físico..................................................

5. MARCO CONCEITUAL/ FUNDAMENTAÇÃO..............................

5.1 Concepção de Sociedade........................................................

5.2 Concepção de Homem............................................................

5.3 Concepção de Educação/escola..............................................

5.4 Concepção de Conhecimento.................................................

5.5 Concepção de Ensino - Aprendizagem..................................

5.6 Concepção de Educação Inclusiva.........................................

5.7 Concepção e Princípios da Educação Étnico-Racial..............

5.8 Concepção de Avaliação.........................................................

5.9 Concepção de Currículo.........................................................

5.10 Concepção de Gestão Democrática......................................

5.11 Concepção de Tecnologia......................................................

5.12 Concepção de Cidadania......................................................

5.13 Concepção de Cultura..........................................................

5.14 Concepção de Letramento....................................................

5.15 Concepção de Trabalho........................................................

5.16 Estágio Não Obrigatório........................................................

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6. MARCO OPERACIONAL/PROPOSIÇÕES DE AÇÕES................

As Grandes Linhas de Ação …......................................................

6.1 Organização Interna da Escola...............................................

6.2 Critérios para Utilização dos Espaços Educacionais................

6.3 Critérios para Organização de Turmas e Distribuição de

Professores...................................................................................

6.4 Qualificações dos Recursos Físicos, Materiais e Pedagógicos.

6.5 Especificações Locais (projetos e eventos)............................

6.6 Recursos que a Escola Dispõe para Realizar suas Atividades.

7. REGIME DE FUNCIONAMENTO.................................................

7.1 Matriz Curricular.....................................................................

7.2 Critérios para Elaboração do Calendário Escolar....................

7.3 FICA - (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente)...................

7.4 Articulação do Ensino Médio com os Anos Finais do Ensino

do Fundamental............................................................................

8. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO................

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …..........................................

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1 APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico é o resultado de uma reflexão sobre

os objetivos da educação, assim como a explicitação de seu papel social e

uma clara definição de caminhos, formas operacionais a serem

empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo.

Sua construção aglutinou crenças, convicções, valores,

conhecimento da comunidade escolar, do contexto histórico/social,

constituindo-se em um compromisso pedagógico e político assumido por

todos os seus “atores”.

Participaram de sua elaboração, direção, professores, equipe

técnico/pedagógica e administrativa, pais, alunos, APMF e Conselho

Escolar; procurando atender as diferenças existentes entre seus

compositores.

As primeiras discussões sobre o Projeto Político Pedagógico

ocorreram em reuniões de capacitação ofertadas pela SEED, que foram

realizadas na própria escola. A partir daí iniciou-se todo um processo de

sua construção.

Assim foram feitas reuniões com todos os segmentos da

comunidade escolar, onde todos puderam expressar suas opiniões e

sugestões; foram elaborados questionários para que tivessem melhor

possibilidade de expressão, e também de avaliação das respostas por

parte daqueles que seriam os elaboradores (comissão de elaboração). E

assim foi dado início ao projeto.

Nesta fase de elaboração propriamente dita, participaram

ativamente a equipe técnico/pedagógica, alguns representantes de

professores e de pessoal administrativo. Foram feitas leituras de textos,

LDB, analisadas sugestões, documentos, etc.; buscando fundamentação

para elaboração da proposta.

O referido projeto é composto por momentos distintos:

- Marco Situacional /Diagnóstico (Levantamento da realidade e sua

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necessidade);

- Marco Conceitual/Fundamentação (Referencial teórico que

fundamentam a proposta);

- Marco Operacional/Proposições de Ações (Grandes Linhas de Ação

e avaliação do projeto).

Portanto, da maneira que foi construído, temos convicção de que

será fonte de inspiração para o trabalho a ser realizado na escola.

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2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

NOME DO ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL CÂNDIDO

BERTHIER FORTES – ENSINO MÉDIO.

CÓDIGO: 00217

ENDEREÇO: RUA MARANHÃO, ESQUINA COM A RUA FRANCISCO

VIEIRA, Nº 1193.

CEP- 87880-000

E-MAI: [email protected]

TELEFONE/FAX: (44) 3442-1346

MANTENEDORA: SEED

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PARANAVAI-PR

MUNICÍPIO: GUAIRAÇÁ - PARANÁ

2.1 Aspectos Históricos

O nome deste estabelecimento de ensino é uma homenagem ao

senhor Cândido Berthier Fortes fundador ilustre deste município.

No ano de 1961, foi fundado o Grupo Escolar Cândido B. Fortes –

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Ensino de 1ª à 4ª série, oferecendo apenas as quatro primeiras séries do

ensino fundamental. A partir de 30/12/1970, iniciou-se a primeira escola a

nível de segundo grau Decreto de criação nº 22.121 , com denominação

de Escola Normal Colegial Estadual de Guairaçá, tendo como primeira

diretora a professora Vany Capucho de Oliveira, com funcionamento no

mesmo espaço físico do ensino primário da referida escola.

Através do Decreto de Denominação nº 105/78 de 18/01/78 a

Escola Normal Colegial passa a denominar-se Colégio Jayme Canet –

Ensino de 2º grau; tendo como diretora a professora Odete Barreto.

Baseado na Resolução de 1896/81 em Diário Oficial de 03/09/81,

Art. 3º - o Grupo Escolar Cândido Berthier Fortes e a Escola Normal

Colegial Estadual de Guairaçá passam a constituir um único

estabelecimento sob a denominação de Colégio Estadual Cândido Berthier

Fortes – Ensino de 1º e 2º graus, Complexo Escolar Margarida Mewes;

autorizado a ministrar as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade,

exercendo a função de diretor o professor Áureo Zanfolin.

Através da Resolução nº 1917/83 o estabelecimento passou a

denominar-se Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – E.P.S.G; sendo

portanto diretores neste período os seguintes professores elencados na

ordem que se sucederam Maria do Rosário Melo Tavares, Áureo Zanfolin,

Marlene Oliveira Bogo, Jaime Aguiar Costa e Ednéia do Nascimento Abreu.

Pela Resolução nº 2904/92 o Colégio Estadual Cândido Berthier

Fortes –E.P.S.G, cessa as atividades definitivas de 1º à 4º séries, e passa a

ser diretor o professor Luís Carlos Ramires Veronezi, eleito por voto direto.

Fica autorizado o Curso de Educação Geral pela Resolução nº

2.246/97 de 02/07/97 e Parecer nº 1007/97 de 10/06/97, do Colégio

Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino de 2º grau, no Município de

Guairaçá, tendo como diretora a professora Solange Aparecida Nicolau,

eleita por voto direto.

O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes –E.S. G. através da

Resol. Nº 3.120/98 de 31/08/98 e Deliberação 003/98 de 02/07/98 passou

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a denominar-se Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio.

Através da Resolução nº 2.135/99 de 25/05/99 e Parecer nº 2987/99 de

05/03/99, cessa definitivamente as atividades escolares da Habilitação

Magistério e através da Resolução 2136/99 de 25/05/99 e Parecer

2.988/99 de 05/03/99 cessa definitivamente as atividades escolares das

Habilitações Auxiliar/Técnico em Contabilidade do Colégio Estadual

Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio. A partir do ano 2000, o referido

colégio passa oferecer apenas o curso de Educação Geral.

No ano seguinte, 2001, assume a direção, a professora Christiane

Campelo Mello Franco com a Res. 041/01 – DOE de 24/01/2001,

permanecendo nesta função por mais dois mandatos posteriores – Res. –

3069/2001 – DOE 31/01/02, e Res. – 4254/03 – DOE 21/01/04, sendo

último, por voto direto.

Durante a gestão da diretora Christiane, o Colégio passa por um

processo de reconhecimento. O mesmo já estava ofertando o curso de

Educação Geral pela Res. Nº 2246/97 de 02/07/97, mas passa a ser

reconhecido declarado pela Res. Nº 3328/85 de 05/07/85, no ano de 2004.

No ano de 2006, assume a direção do colégio a pedagoga Rosi

Mary Cessel Ornelas, eleita pelo voto direto, com a Resolução N° 58/2006

para gestão 2006/2008. Em 2008, a mesma é reeleita, também pelo voto

direto, assumindo novamente a direção com a resolução 5909/08 – DOE

24/12/2008 para o período de 2009/2011.

Em 2012 a atual diretora Rosi Mary Cessel Ornelas, se ausentou da

escola para participar do PDE (Programa de Desenvolvimento

Educacional). O PDE é uma política pública de Estado regulamentado pela

Lei 130 de 14 de julho de 2010 que estabelece o diálogo entre os

professores do ensino superior e os da educação básica, através de

atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a produção

de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola

pública paranaense.

Assumiu a direção em seu lugar, a pedagoga Elaine Mara Fabricio

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Brito, com aprovação do Conselho Escolar, pela Resolução 1346/2012 –

DOE 02/03/2012.

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3 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS

O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – EM, oferta Ensino

Médio no período matutino e noturno.

O curso está organizado em 03 (três) séries anuais, com duração

de 2400 (duas mil e quatrocentas) horas obrigatórias, distribuídas em 800

(oitocentas) horas anuais, em no mínimo 200 (duzentos) dias letivos.

A carga horária está organizada em aulas de cinquenta (50)

minutos cada, perfazendo um total de 3120 horas aula no curso.

O horário de funcionamento é da seguinte maneira:

MATUTINO - 7:30 às 11:45 horas

NOTURNO - 19:00 às 23:15 horas

Neste ano de dois mil e doze as turmas estão distribuídas como

segue abaixo:

ENSINO MÉDIO

SÉRIE TURMAS MATUTINO NOTURNO Nº DE ALUNOS MATRICULADOS

1ª SÉRIE A – B - C 39 74 113

2ª SÉRIE A – B 34 44 78

3ª SÉRIE A - B 21 40 61

TOTAL 7 94 158 252

O Colégio oferta o CELEM de Língua Espanhola. As atividades do

CELEM estão integradas às demais atividades do Estabelecimento,

subordinado a todas as suas instâncias pedagógicas e administrativas.

O CELEM deve atender todas as disposições Nº 3904/2008. O

Curso terá duração de 02 (dois) anos, com carga horária anual de 160

(cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total de 320 (trezentos e

vinte) horas/aula. A carga horária semanal do curso é de 04 (quatro)

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horas/aula de 50 (cinquenta) minutos, distribuídas em 02 (dois) dias.

CELEM

ANO PERÍODO Nº DE ALUNOS MATRICULADOS

1º ANO VESPERTINO 29

2º ANO VESPERTINO 17

TOTAL 46

O Colégio oferece o Programa de atividades Complementares

Curriculares em Contraturno. É um Programa da Secretaria de Estado da

Educação, que visa ampliação de tempo, espaço e oportunidades

educativas, integradas ao currículo escolar e contempladas no Projeto

Político pedagógico (PPP), Proposta Pedagógica Curricular (PPC) da escola,

que amplia a Formação do aluno, com registro de frequência diária dos

mesmo no Livro Registro de Classe (LRC).

Este Programa atende aos objetivos que estão de acordo com a

Resolução nº 1690/2011 e Instrução Normativa nº 004/2011- SUED/SEED.

Deste modo, o Programa de Atividades Complementares Curriculares

em Contraturno, deverá suprir as demandas pedagógicas da escola e

responder os anseios da comunidade, visando obter resultados para o

aluno, para a escola e para a comunidade. São atividades Periódicas de 04

(quatro) horas semanais distribuída na semana.

O Colégio oferta duas (02) Atividades Complementares Curriculares

em Contraturno:

HORA TREINAMENTO - VOLEIBOL

PERÍODO Nº DE ALUNOS MATRICULADOS

VESPERTINO 32

PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR

PERÍODO Nº DE ALUNOS MATRICULADOS

VESPERTINO 35

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4 MARCO SITUACIONAL/DIAGNÓSTICO

Vivemos em um mundo onde as fronteiras são apenas geográficas,

ao lado disso, estamos passando por transformações profundas,

principalmente na área tecnológica, mudanças que ocorrem com tamanha

velocidade que muitas vezes a dimensão humana fica relegada a um

segundo plano.

Com relação à educação, a grande maioria não tem acesso aos

bens culturais, vivem marginalizados, sem muitas perspectivas com

relação à continuidade de seus estudos e do universo letrado, do qual

poucos fazem parte. A exclusão social é, em grande medida, resultado de

políticas públicas ou falta delas. O estado brasileiro é produtor e

reprodutor de desigualdades nos planos: municipal, estadual e federal.

A história da educação no Brasil revela que esta sempre foi

privilégio dos segmentos dominantes e ofertadas de acordo com os

interesses sociais e econômicos dos mesmos, gerando uma exclusão

social para a grande maioria. A formação de um sistema educacional

dualista serviu para cristalizar a desigualdade social existente. Diante

deste quadro caótico, soma-se a violência, a corrupção na política pública

desse país, a falta de ética, um sistema tributário abusivo e incompatível

com a distribuição de renda do país, concessão de privilégios e interesses

particulares de grupos detentores do poder econômico que em nome do

capitalismo, monopolizam e centralizam seu poder, manipulando a

economia desse país (Educação Fiscal, 2004, modulo 1) .

A década de 90 contemplou o país com mais uma reforma

educacional a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, Lei Nº 9394/96,

que propiciou novos rumos para o financiamento da educação escolar

pública, consolidou a gestão democrática na educação, concedeu maior

autonomia aos sistemas educacionais e preocupou-se com as questões

curriculares. Porém, tal reforma trouxe ranços de outras leis, que ainda

permite a submissão da educação aos interesses do mercado e o

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desenvolvimento de processos de inserção social.

Pensar o papel político e pedagógico que a escola cumpre no

interior de uma sociedade historicamente situada, dividida em classes

sociais, dentro de um modo de produção capitalista, implica em

reconhecer a educação como um ato político, que possui uma

intencionalidade e, contraditoriamente vem contribuindo, ou para reforçar

o modelo de sociedade, sua ideologia, a cultura e os saberes que são

considerados relevantes para os grupos que possuem maior poder, ou

para desvelar a própria forma como a escola se articula com a sociedade e

seu projeto político, constituindo-se num espaço emancipatório de

construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os saberes dos

grupos sociais que historicamente tem sua história negada, silenciada,

distorcida esteja em diálogo permanente com os saberes historicamente

acumulados e sistematizados na história da humanidade.

Na tentativa de reverter tal situação, a escola pública brasileira,

nas últimas décadas, passou a atender um número cada vez maior de

estudantes oriundos das classes populares, foram criados vários

programas a nível nacional para garantir o acesso e a permanência do

aluno na escola. Mas também a educação básica tem experimentado

formas de medida da aprendizagem dos alunos através do SAEB -Sistema

de Avaliação da Educação Básica e depois do ENEM- Exame Nacional do

Ensino Médio. Desta forma, o monitoramento da educação e sua relação

com a mudança do papel do governo, frente as políticas sociais é uma

questão amplamente presente nas políticas educacionais.

Com relação ao Estado do Paraná particularmente, embora ele

tenha uma colocação aparentemente boa comparando-se com outros

estados brasileiros, existem muitas diferenças na distribuição de todos os

bens, serviços, acesso ao estudo, trabalho, etc. ao conjunto do povo

paranaense.

Na tentativa de resolver esta situação, atualmente a escola pública

vem sendo replanejada, e isso traz uma luz diferenciada para prática

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pedagógica, sustentada por uma intensa discussão sobre as concepções

teórico-metodológico que organizam o trabalho educativo, estão sendo

implementadas ações voltadas à população escolar que se encontram em

estado de vulnerabilidade e a retomada de projetos educacionais a fim de

promover a inserção social e educativa daqueles que estavam

marginalizados e excluídos.

Muito se tem investido na educação, a exemplo disso, vivenciamos

a construção das Diretrizes Curriculares da Educação Básica da Rede de

Ensino Estadual, as quais passaram por um processo de discussão e

construção coletiva pelos professores da rede, desde o ano de 2003

foram propiciados encontros, capacitações e cursos tanto para docentes

como para funcionários, a fim de que todos estivessem comprometidos

com esta reformulação. Finalmente, em 2008 chegou-se a uma versão

definitiva das DCEs. Também foi investido em tecnologias para uso do

professor e do aluno como: laboratório de informática- Paraná Digital, TV

multimídia, TV Paulo Freire, etc.

O princípio de política pública adotada pelo estado, preconiza a

educação como direito de todos, a valorização do professor e de todos os

profissionais da educação, o trabalho coletivo e a gestão democrática, o

atendimento às diferenças e à diversidade cultural, étnico raciais e de

gêneros. Mesmo assim, ainda temos uma caminhada a percorrer quanto à

qualidade de ensino, que apesar de apresentar uma das melhores notas

no último IDEB, ainda assim, temos muito para progredir, principalmente

com relação à evasão escolar de alunos no ensino noturno.

Com relação ao município de Guairaçá, as características

apresentadas não são muito diferentes das demais localidades e

municípios do nosso estado. De acordo com as informações coletadas

junto a EMATER , a monocultura do café, ante a instabilidade do mercado,

problemas climáticos e a mudança na política econômica cedeu lugar a

outras culturas agrícolas e à expansão da pecuária.

Esta diversificação assegurou a produção de mais alimentos e uma

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certa melhora da habilitação da força de trabalho, isto é, os que

conseguiram emprego, aprenderam a desempenhar novas tarefas do setor

agropecuário. Mas, é também, nesse contexto que, pela dissipação dos

postos de trabalhos permanentes provocadas pela decadência da

monocultura cafeeira, surge a figura do diarista, apelidado de boia-fria.

São adolescentes, jovens e adultos que muitos ainda estão na condição de

subempregados, trabalhando como diarista nas lavouras da região, ou em

pequenas propriedades pertencentes à própria família, embora que após a

instalação da Usina de Cana de Açúcar e um abatedouro de frangos

instalados próximos ao município, houve um número crescente de oferta

de empregos com registro em carteira de trabalho, dando mais segurança

aos trabalhadores. Outros, trabalham no comércio, ocupando as poucas

vagas existentes. O Colégio tem um convênio com CIEE (Centro de

Integração Empresa-Escola do Paraná), para oferecer Estágio Não

Obrigatório remunerado para os alunos que se adequarem aos requisitos

do trabalho, apesar disso, as vagas ofertadas são mínimas, não

atendendo a demanda necessária.

Quanto às condições sócio-econômicas, algumas famílias dessa

comunidade são relativamente estabilizados são: pequenos e médios

proprietários de terras, comerciantes, bancários, funcionários públicos, e

etc., porém, a maior parte das famílias compõe-se de trabalhadores de

baixa renda.

A escolaridade da grande maioria dos pais é o Ensino Fundamental

(muitos incompletos). Uma parcela menor tem o Ensino Médio (alguns

incompletos). Porém, agora muitos estão motivados ao regresso dos

estudos frequentando a EJA e Alfabetização de Adultos, por conta da

competitividade, do grau de escolaridade e pelas oportunidades que o

estudo poderá vir a favorecer dentro e fora de outras empresas e mesmo

na vida pessoal.

Os alunos, mais especificamente do período noturno, apresentam

uma característica peculiar, ou seja, não têm muitas aspirações em

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relação aos estudos, trabalho e projeto de vida, falta de objetivos, o que

acaba refletindo diretamente no trabalho de sala de aula, pois devido à

necessidade de trabalhar, têm pouco tempo para se dedicarem aos

estudos, consequentemente não apresentam bons resultados na escola.

Na medida do possível e com os recursos de que dispomos temos assistido

esses alunos em diversas situações.

Temos problemas de alunos faltosos e desistentes, alguns casos

de indisciplina em sala de aula (principalmente no noturno). Através de

levantamento realizado, verificamos que a maioria dos alunos que

desistem dos estudos, não conseguem conciliar os estudos com o

trabalho, então acabam evadindo. Através de pesquisa, certificamos um

aumento considerável no número de matrículas para o Ensino Médio no

colégio, em 2007 tínhamos 208 alunos matriculados, em 2008 aumentou

para 236, em 2009 foram 265 ,em 2010 foram 248 alunos matriculados.

Atualmente, no ano letivo de 2011 estão matriculados 272 alunos (dados

coletados na secretaria da escola). Os pais dos alunos, principalmente do

período noturno, não acompanham muito a vida a escolar do filho, a não

ser quando são convidados à participarem em reuniões e outros eventos.

A abertura de um novo turno (matutino) foi conquistado no ano de

2010, atendendo uma solicitação da comunidade (alunos e pais), não

sendo mais necessário o deslocamento de alguns alunos para outras

cidades em busca de um Ensino Médio diurno.

Por outro lado, apesar de alguns problemas existentes no espaço

escolar, observamos muitos alunos talentosos, que possuem grande

potencial, tanto para aprendizagem, como para diferentes manifestações

artísticas e culturais como: música, teatro, danças, feira de ciências, etc

principalmente no matutino, os quais são bem participativos. No entanto,

no período noturno, acaba dificultando o desenvolvimento de uma

proposta de trabalho com estes alunos, pois o contato com os mesmos

fica restrito ao horário de aula, visto que a maioria são alunos

trabalhadores.

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Com relação aos colegiados, APMF, Grêmio Estudantil e Conselho

Escolar, estes têm uma participação razoavelmente boa nas atividades

escolares, mas não a ideal, necessitando de maior envolvimento, não

apenas como uma legalidade funcional, mas com efetiva função decisória

dentro dos princípios da Gestão Democrática.

No que se refere aos docentes do colégio, a minoria são QPM,

alguns já fixados na própria escola. O horário de aula é elaborado de

maneira concentrada para que os mesmos possam realizar a hora-

atividade juntamente com outros professores da mesma área de ensino ou

disciplina. Oportunamente é realizado pela equipe pedagógica, estudos

com os professores. São realizados trimestralmente, pré conselhos e

conselhos de classe, reuniões pedagógicas envolvendo direção,

professores e funcionários. São realizadas reuniões de pais sempre que

necessário. Trimestralmente são entregues os boletins com as notas dos

educandos, a equipe pedagógica também realiza um trabalho de

conscientização com o aluno com relação aquilo que ele necessita

melhorar em termos de frequência, participação nas aulas, realização das

atividades, enfim todas as ações para que melhore o desempenho escolar.

Os professores das diferentes áreas do conhecimento, ministram

suas aulas utilizando sempre que possível, os recursos que a escola

disponibiliza: mimeógrafo, TV multimídia, vídeo, DVD, computador,

laboratório de informática, laboratório de Química, Física e Biologia,

mapas, biblioteca e internet para pesquisa, aparelho de som, livros

didáticos, dentre outros, procurando promover a aprendizagem de forma

significativa.

O colégio oferece ainda o ensino extracurricular: CELEM (Centro de

Língua Estrangeira Moderna) Espanhol, oportunizando um complemento

curricular que vem acrescentar ao educando mais conhecimento. Em

2011, houve abertura de demandas para Atividades Complementares

Curriculares de Contraturno - Mundo do Trabalho e geração de rendas

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(Preparatório para o Vestibular) e Atividade Complementar – Hora

Treinamento.

Quanto ao sistema de avaliação, os alunos são avaliados através de

provas escritas, trabalhos de pesquisas (individual e/ou equipes),

atividades desenvolvidas em sala de aula, debates, seminários, sempre

proporcionando instrumentos diversificados de avaliação, tendo em vista

conseguir melhor desempenho no processo ensino aprendizagem.

Na luta pela transformação social, o Colégio busca continuamente

estratégias que ressaltem o cotidiano dos alunos para à partir da realidade

constatada, construir os saberes escolares necessários à formação do

homem e do cidadão.

Em cumprimento aos dispositivos legais contemplados na Lei

11.645/08, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e

Cultura Afro- Brasileira, Africana e Indígena na Educação Básica o Colégio

vem desenvolvendo atividades dentro de cada disciplina voltadas para o

resgate à contribuição dos povos negros e indígenas nas áreas sociais,

econômicas e políticas pertinentes, à História do Brasil.

Também temos uma Equipe Multidisciplinar, formada pela

comunidade escolar (direção, equipe pedagógica, professores e

funcionários), que está em processo de formação continuada, realizando

estudos, encontros e elaborando plano de ação para ser desenvolvido

conforme prevê a SEED.

Outro ponto importante que a escola vem trabalhando em seu

interior é o respeito de Gênero e a Diversidade Sexual, na tentativa de

combater qualquer forma de discriminação, preconceito e/ou atitudes

homofóbicas contra as pessoas lésbicas, gays, bisexuais, travestis e

transexuais (LGBT).

O número de funcionários existentes no colégio não é satisfatório,

necessitando de mais pedagogas, agente educacional I e II. Também faz-

se necessário a contratação de um inspetor de alunos, um assistente de

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execução e também um caseiro para cuidar das dependências do colégio,

devido a invasões que ocorrem de pessoas “estranhas” à este

estabelecimento de ensino.

Quanto as condições físicas do prédio escolar, melhorou

consideravelmente, pois recentemente, em 2010 o colégio passou por

reforma em banheiros, forro, pintura, portas, telhado, piso da quadra de

esporte e construção de cozinha com espaço apropriado para guardar

merenda. Porém, a quadra ainda necessita ser fechada com alambrado,

pois a reforma não incluiu esse item, e como o estabelecimento não conta

com nenhuma pessoa que possa fazer a segurança do seu patrimônio nos

horários em que não há aula e nos finais de semana, frequentemente a

quadra é utilizada sem permissão ( pulam o muro), e sendo assim, o

colégio fica totalmente “exposto” a atos de vandalismo.

As instalações elétricas do prédio são antigas, nunca foram

trocadas, e necessitam manutenção. Também necessitamos de um

refeitório, pois os espaços utilizados para estes fins não são apropriados,

se encontram fora dos padrões exigidos.

Necessita também de um espaço apropriado para apresentações

artísticas, culturais, reuniões e outros eventos realizados na escola com a

presença de toda comunidade escolar e local.

Temos laboratório de Informática (Paraná Digital) atendendo a

comunidade escolar, porém apresenta problemas de conexão na rede de

internet, o que dificulta o uso durante as aulas. Quanto ao laboratório de

Química, Física e Biologia, em 2010 a escola fez aquisição de diversos

reagentes químicos, através de recursos do fundo rotativo, bem como

recebeu da SEED diversos materiais pedagógicos para aulas práticas de

Biologia, inclusive dois microscópios para utilização com os educandos,

mas necessita a contratação de um assistente de execução para auxiliar

na organização prévia dos materiais para aulas práticas, pois esta é uma

necessidade dos professores para viabilizar esta metodologia.

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Precisamos adquirir alguns equipamentos eletro/eletrônicos, como

data show, materiais pedagógicos, armários para sala de aula, sala de

professores, bebedouro, mais ventiladores, carteiras novas, etc.

DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2009

SÉRIE Nº ALUNOS

APROVADOS

APROV. C/C

TRANSFERIDOS

DESISTENTES

REPROVADOS

1º A 35 21 2 3 5 4

1º B 40 17 4 4 10 5

1º C 43 29 - 2 7 5

2º A 35 24 3 2 4 2

2º B 39 28 1 3 5 2

3º A 35 26 5 1 2 1

3º B 36 30 1 1 4 -

Total 263 175 16 16 37 19

DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2009

SÉRIE Nº ALUNOS

APROVADOS

APROV. C/C

TRANSFERIDOS

DESISTENTES

REPROVADOS

1º A 35 60% 6 9% 14% 11%

1º B 40 43% 10% 10% 25% 12%

1º C 43 67% - 5% 16% 12%

2º A 35 69% 9% 5,50% 11% 5,50%

2º B 39 72% 3% 8% 12% 5%

3º A 35 74% 14% 3% 6% 3%

3º B 36 83% 3% 3% 11% -

20

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ALUNOS REPROVADOS POR DISCIPLINA DE 2009

SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING

1º A 4 4 4 - 4 4 4 4 4 4 - 4

1º B 1 5 4 - 5 5 5 5 4 4 - 5

1º C 4 5 4 - 5 4 5 5 5 4 - 4

2º A - 2 1 - 2 1 2 2 2 2 - 2

2º B - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 - 2

3º A - 1 - - 1 1 1 1 1 1 1 1

3º B - - - - - - - - - - - -

TOT 9 19 15 2 19 17 19 19 18 17 1 18

ALUNOS APROVADOS PELO CONSELHO DE CLASSE DE 2009

SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING

1º A - - - - - - - 1 1 - - -

1º B - - 1 - 2 1 2 1 - 1 - -

1º C - - - - - - - - - - - -

2º A - - - - 3 - 1 1 2 - - -

2º B - - - 1 - - - 1 - - - -

3º A - - - - 4 - - - 5 - - -

3º B - - - - - - - - 1 - - -

TOT - - 1 1 9 1 3 4 9 1 - -

DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2010

SÉRIE Nº ALUNOS

APROVADOS

APROV. C/C

TRANSFERIDOS

DESISTENTES

REPROVADOS

1º A 38 32 - 5 - 1

1º B 28 14 1 6 4 3

1º C 31 14 - 8 5 4

2º A 26 17 2 4 2 1

2º B 32 10 1 9 5 7

2º C 36 26 1 5 4 -

3º A 31 21 3 5 - 2

3º B 33 27 - 3 - 3

Total 255 161 8 45 20 21

21

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DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2010

SÉRIE Nº ALUNOS

APROVADOS

APROV. C/C

TRANSFERIDOS

DESISTENTES

REPROVADOS

1º A 38 84% - 13% - 3%

1º B 28 50% 3% 22% 14% 11%

1º C 31 46% - 25% 16% 13%

2º A 26 65% 8% 15% 8% 4%

2º B 32 31% 3% 28% 16% 22%

2º C 36 72% 3% 14% 11% -

3º A 32 68% 10% 16% - 6%

3º B 33 81% - 9,50% - 9,50%

ALUNOS REPROVADOS POR DISCIPLINA DE 2010

SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING

1º A 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

1º B 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

1º C - 4 4 - 4 3 4 4 4 4 - 3

2º A - 1 1 1 1 1 1 - 1 1 - 1

2º B - 6 7 - 7 5 6 7 7 7 5 7

2º C - - - - - - - - - - - -

3º A - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

3º B - 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

TOT 4 20 21 10 21 18 20 20 21 21 14 20

ALUNOS APROVADOS PELO CONSELHO DE CLASSE DE 2010

SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING

1º A - - - - - - - - - - - -

1º B - - 1 - - - 1 1 - 1 - -

1º C - - - - - - - - - - - -

2º A - 1 1 - 2 - - - 1 1 - -

2º B - - - - - - - - 1 1 - -

2º C - 1 - - 1 - - - 1 - - -

3º A - - 3 1 1 - 1 2 1 - - -

3º B - - - - - - - - - - - -

22

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TOTAL - 2 5 1 4 - 2 3 4 3 - -DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2011

SÉRIE Nº ALUNOS

APROVADOS

APROV. C/C

TRANSFERIDOS

DESISTENTES

REPROVADOS

1º A 42 28 3 5 - 6

1º B 39 15 3 10 4 7

1º C 38 12 6 11 2 7

2º A 34 24 1 3 - 6

2º B 45 25 3 8 4 5

3º A 30 20 - 6 2 2

3º B 49 25 6 11 2 5

Total 277 149 22 54 14 38

DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2011

SÉRIE Nº ALUNOS

APROVADOS

APROV. C/C

TRANSFERIDOS

DESISTENTES

REPROVADOS

1º A 42 67% 7% 12% 0% 14%

1º B 39 39% 7% 25% 11% 18%

1º C 38 32% 16% 29% 5% 18%

2º A 34 71% 3% 9% 0% 17%

2º B 45 56% 6% 18% 9% 11%

3º A 30 66% 0% 20% 7% 7%

3º B 49 51% 13% 22% 4% 10%

ALUNOS REPROVADOS POR DISCIPLINA DE 2O11

SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING

1º A 4 6 4 6 5 3 3 4 6 6 2 3

1º B 5 5 6 7 5 4 4 5 7 7 3 5

1º C 5 5 6 4 1 4 7 4 5 4 4 5

2º A - 5 6 1 6 - 3 - 5 5 - 2

2º B - 5 4 4 5 2 3 4 5 5 3 4

3º A - 1 1 1 2 2 1 - 2 1 1 1

3º B - 5 4 5 3 4 4 3 5 5 3 3

TOT 14 32 21 31 27 18 25 20 35 33 16 20

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ALUNOS APROVADOS PELO CONSELHO DE CLASSE 2011

SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING

1º A 2 2 1 - - - - - - 1 - -

1º B 1 2 - 1 - - - - - 2 - -

1º C 3 1 1 - 1 - 2 1 2 5 - -

2º A - 1 - - - - - - - 1 - -

2º B - - 2 3 - - - 1 1 1 - -

3º A - - 3 1 1 - 1 2 1 - - -

3º B - 4 2 4 1 2 - 1 3 3 1 -

TOT 6 10 9 9 3 2 3 5 7 13 1 -

4.1 Quadro de Pessoal

Nº Discen

tes

Nº Docentes

QPM

Nº Docentes

PSS

NºPedagogo

NºAgente

Educacional II

Nº Agente

Educacional I

Nº Apoio

NºTécnico Administrativo

252 9 11 2 1 1 3 1

Nível de Formação

Função Ens. Fund.

Ens. Médio

Ens. Superior

Pós Metrado Doutorado

Docentes ----------- ---------- ------------ 21 ----------- ---------------

Administrativo ----------- 1 ------------ 2 ----------- ---------------

Apoio ----------- 3 ------------ --------- ----------- ---------------

4.2 Organização do Espaço Físico

O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio funciona

em prédio próprio, localizado em um terreno de 4.872m2, possuindo uma

área construída de 2.462 m, contendo 13 (treze) salas de aula, 07 (sete)

dessas com capacidade para atender 45 (quarenta e cinco) alunos por

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turma, sendo 06 (seis) utilizadas para atender as turmas de 1º, 2º e 3º

séries do Ensino Médio, as demais com capacidade para atender um

número menor de alunos. Neste ano de 2011 conta com um total de 272

alunos matriculados, com horário de funcionamento nos períodos matutino

e noturno.

O prédio possui ainda 01 (um) laboratório de informática, 01 (um)

laboratório de Química, Física e Biologia, sala para equipe pedagógica,

secretaria, sala de professores, biblioteca, cozinha, banheiros feminino e

masculino, pátio e uma quadra de esportes com cobertura.

Todas as salas de aula possuem ventiladores, carteiras em número

suficiente. O pátio é quase totalmente calçado e coberto. O laboratório de

informática conta com doze máquinas (computadores) para que possa ser

utilizado com os educandos. Com relação ao laboratório de Química, Física

e Biologia, este encontra adequado ao uso.

No que se refere à quadra esportiva, a mesma necessita de

colocação de alambrado no seu entorno para que tenha mais proteção e

evite que a bola saia para fora, caindo até mesmo no quintal das casas

vizinhas.

A escola dispõe também das seguintes tecnologias: 18 (dezoito)

computadores sendo 16 (dezesseis) do programa Paraná Digital, 01 (uma)

máquina de escrever eletrônica, 01 (um) retro-projetor, 01 (um)

mimeógrafo, 12 (doze) televisores sendo 07 (sete) TV multimídia , 01

(um) videocassete, 02 DVDs, 01 (uma) antena parabólica, 01 (um)

aparelho de som, 02 (dois) micro system, 01 (uma) caixa de som

amplificadora, 01 (um) aparelho de fax.

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5 MARCO CONCEITUAL/ FUNDAMENTAÇÃO

A realidade apontada no diagnóstico do Colégio leva a organização

de um trabalho pedagógico norteada por uma concepção de sociedade,

mundo, homem, educação, cultura, trabalho, escola, conhecimento,

ensino/aprendizagem, avaliação, tecnologia, cidadania, letramento,

currículo que pretendemos conquistar. Estas concepções devem dar conta

de atender aos princípios constitucionais e orientadores da SEED. Esta

organização deverá contribuir para a construção de uma sociedade

igualitária, consciente dos direitos e deveres, participativa, comprometida,

informada, crítica e democrática.

Para tanto será necessário ofertar instrumentos essenciais para o

desenvolvimento do ensino-aprendizagem (conhecimento, técnicas,

assessoramento pedagógico, metodologias diferenciadas, etc);

necessários ao ser humano para que ele possa sobreviver, desenvolver

suas potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participando do

desenvolvimento de seu país e melhorando sua condição de vida,

transformando a realidade na qual esta inserido.

Desta maneira, redefinir os caminhos dentro da Pedagogia

Progressista, considerando a Concepção Histórico-Crítica, será o meio mais

seguro para garantir tal processo.

5.1 Concepção de Sociedade

Desejamos uma sociedade democrática, autônoma, com um tipo

de desenvolvimento sustentável, desenvolvimento que se faça com a

natureza e não contra ela, visando o suficiente e decente para todos e não

a acumulação para poucos. Um tipo de sociedade solidária onde todos

possam compartilhar dos bens culturais a fim de liquidar com a exclusão e

a miséria, assegurando a todas as pessoas um nível mínimo de cidadania

e auto-estima.

Uma sociedade que tenha “compromisso com o desenvolvimento,

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ou seja, com ótima utilização de nossas riquezas naturais e culturais, com

as técnicas adequadas aos nossos ecossistemas e com a criatividade e a

capacidade de trabalho de nossos profissionais e de nosso povo, dando

autonomia e rompendo com as dependências externas que nos

oprimem” (Boff 2000, p. 68).

5.2 Concepção de Homem

Pretende-se a formação de um sujeito crítico, capaz de

compreender seu tempo histórico e nele agir com consciência. “Afinal,

minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas a de

quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas

objeto, mas sujeito também da História.” (FREIRE, 1996, p.55 )

Um homem participativo, consciente dos seus direitos e deveres no

exercício de sua cidadania. Um ser humano solidário e ético capaz de viver

e conviver em harmonia com o próximo e com seu meio ambiente.

5.3 Concepção de Educação/escola

A educação deverá ser uma possibilidade igual para todos, em

qualidade e quantidade. De acordo com Pinto (1994, p. 66), “a educação

altera o ser humano pois o homem que adquire o saber , passa ver o

mundo e a si mesmo de outro ponto de vista. Por isso se torna um

elemento transformador de seu mundo”.

A escola é necessária para que as novas gerações se apropriem do

conhecimento, conforme SAVIANI (p. 33), a escola é uma instituição cujo

papel consiste na socialização do saber sistematizado. Entretanto, sua

finalidade não deve limitar-se à comunicação do saber formal, científico,

técnico, artístico, etc. “Esta comunicação é indispensável, está claro,

porém o que se intenta por meio dela é a mudança da condição humana

do indivíduo que adquire o saber” . Esta é a finalidade da educação. Tal é

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a razão de que todo movimento educacional tenha consequências sociais

e políticas.

A escola que queremos trabalhará no sentido de que os educandos

assimilem ativamente os conhecimentos (formando habilidades e hábitos)

e adquiram convicções fundamentais de solidariedade e igualdade entre

os seres humanos, assim como hábitos de convivência, de luta, de

trabalho, de conquista individual e coletiva.

Em suma, a escola deverá voltar-se para abertura, para a

desestabilização, para o movimento e a mudança. Para ajudar a formar

indivíduos não conformistas e questionadores. Deverá contribuir para a

construção de uma cultura compartilhada. Deve constituir um espaço de

lutas, buscas, relações, diálogos, confrontos e desafios. É preciso que o

professor seja um ser crítico, aberto a curiosidade dos seus alunos, que

busque conhecer suas necessidades e inquietudes, promovendo e

incentivando a participação e a construção do conhecimento do educando,

pois de acordo com Freire (1996), ensinar não é transferir conhecimento

mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua

construção.

5.4 Concepção de Conhecimento

O currículo do Ensino Médio deve ser composto por uma concepção

ampla de conhecimento, que envolva as dimensões científicas, artísticas e

filosóficas, que ofereça ao estudante uma formação ampla, porém

necessária para o enfrentamento da realidade social, econômica e política.

Assim :

“um projeto pedagógico que objetive a formação humana requer recolocar a ênfase sobre os sujeitos, organizando o conhecimento escolar de forma a privilegiar os princípios do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia, os quais devem perpassar todo o tratamento dos conteúdos escolares. Trabalhar as disciplinas numa perspectiva relacional, para que a fragmentação do conhecimento escolar possa ser diminuída, pela integração dos saberes escolares com os saberes cotidianos em contraposição a visão hierarquizada

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e dogmática do conhecimento”. (BERNSTEIN, 1999).

Com base em Avalos (1992), os conhecimentos escolares

necessários a uma educação de qualidade devem, possibilitar o bom

desempenho no mundo imediato, bem como a análise e a transcendência

das tradições culturais do educando. Conhecimentos e processos que

contribuam para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos que

procurem compreender como as coisas se tornaram o que são e como

fazer para que elas venham a ser diferentes.

Conhecimentos que visem à construção de indivíduos capazes de

bem lidar com a diferença e a mudança, que valorizem a inovação e que

saibam questionar, desafiar e propor alternativas; devem também projetar

e ajudar a desenvolver uma sociedade na qual todos os indivíduos sejam

valorizados e tenham garantido um padrão mínimo de qualidade de vida,

não só em termos materiais como também em termos culturais e sociais.

5.5 Concepção de Ensino-Aprendizagem

Numa escola pensada na Pedagogia Progressista, fundamentada

numa tendência Histórico Crítica, o processo de ensino-aprendizagem

deve possibilitar que os sujeitos professor e alunos se encontrem,

troquem, socializem conhecimentos, experiências, afetos, histórias,

sonhos e utopias. O professor (ensinante) vai ser o mediador desse

processo, com instrumentos pedagógicos e psicológicos, para que os

alunos (aprendentes) respondam e cheguem as novas zonas de

desenvolvimento.

É na escola, como instituição universalmente responsável pela

transmissão e socialização do saber sistematizado, que o processo de

aprendizado acontece, assim, a finalidade do ensino é promover a

interação entre o aluno e o conhecimento, de modo a possibilitar o acesso

e a incorporação de elementos culturais essenciais à sua transformação

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enquanto síntese das múltiplas relações sociais. São atividades que

promovam a reflexão-ação sobre a realidade, possibilitando um processo

mais significativo de apropriação-socialização-produção do saber.

É pela mediação da escola, dá-se a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita. Trata-se de um movimento dialético, isto é, a ação escolar permite que se acrescentem novas determinações que enriquecem as anteriores e estas, portanto, de forma alguma são excluídas. Assim, o acesso à cultura erudita possibilita a apropriação de novas formas através das quais se pode expressar os próprios conteúdos do saber popular. (SAVIANI, 1992, p. 29).

5.6 Concepção de Educação Inclusiva

A educação inclusiva é um processo de educar conjuntamente e de

maneira incondicional, nas classes de ensino comum, alunos ditos normais

com alunos que apresentem necessidades educacionais especiais. A

inclusão beneficia a todos, uma vez que sentimentos de respeito à

diferença, de cooperação e de solidariedade podem se desenvolver.

Com este propósito, busca-se que o processo de inclusão

educacional seja efetivo, assegurando o direito à igualdade com equidade

de oportunidades. Isso não significa um modo igual de educar a todos,

mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que

cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

É partindo desse princípio que entendemos que embora a escola

regular seja local preferencial para a promoção da aprendizagem a

inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, há uma

parcela de alunos que, em função de seus graves comprometimentos ou

necessidades de comunicação diferenciada, requer atenção

individualizada e adaptações curriculares significativas, e que necessitam

que seu atendimento seja realizado em classes ou escolas especiais.

Mesmo nesses casos, não há que se perder de vista a necessidade de um

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trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na

aprendizagem do aluno de modo a não se caracterizarem dois processos

distintos e desvinculados, ou seja, educação regular e a especial

(Carvalho, 2000).

Conforme afirma Carvalho, “Para incluir um aluno com

características diferenciadas numa turma dita comum, há necessidade de

se criar mecanismos que permitam, com sucesso, que ele se integre

educacional, social e emocionalmente com seus colegas e professores e

com os objetos do conhecimento e da cultura.”(Carvalho, 2004, p.158).

Assim, mesmo que os alunos apresentem características

diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas também, de

condições socioculturais diversas econômicas desfavoráveis, eles terão

direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos

no contexto da escola regular. Para isso acontecer efetivamente, será

necessário a revitalização das escolas e da provisão de recursos humanos,

materiais, técnicos e tecnológicos pelos Sistemas de Ensino. Para que

aconteça a inclusão, além de fazer adaptações físicas, a escola precisa

oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas

regulares, de preferência no mesmo local.

5.7 Concepção e Princípios da Educação Étnico-Racial

A Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Lei nº 11645 de 10 de

março de 2008 altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996,

modificada pela Lei nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional para incluir no currículo oficial da

rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-

Brasileira” e “Indígena”.

§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo

incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a

formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais

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como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e

dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena, o negro e o

índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas

contribuições nas áreas sociais, econômicas e políticas, pertinente à

história do Brasil.

§ 2º Os conteúdos referentes à história e a cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas serão ministrado no âmbito de todo o

currículo escolar, em especial nas áreas de arte, literatura e história

brasileira.

Trabalhar com a diversidade cultural, explorando as diferenças

étnico-raciais que estão postas, tanto nas salas de aulas como na

sociedade. Possibilitar a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de seu

lugar, de suas experiências de vida, de lutas diárias. Trazer a tona à

diversidade não são de imediato, atitudes de pacifismo no pedagógico ou

de resoluções das contradições postas na sociedade.

5.8 Concepção de Avaliação

Para uma pedagogia voltada para transformação da sociedade e

para dar atendimento à socialização do conhecimento sistematizado, a

avaliação torna-se instrumento fundamental, na medida em que ela seja

exercida segundo o seu significado constitutivo, “o mecanismo ação-

reflexão-ação” LUCKESI ( 1991).

Numa pedagogia preocupada com a transformação, o exercício da

avaliação deverá ser adequado, normatizado pela própria amplitude

constitutiva desta ação, conforme mencionado acima, ou seja, norteada

por uma visão de totalidade sobre dados relevantes, na perspectiva de

encaminhar a ação e não estagná-la pela classificação. Conforme LUCKESI

(2003) “A avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações

relevantes da realidade para uma tomada de decisão.”

Assim, a avaliação é considerada como acompanhamento da

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aprendizagem, portanto, uma espécie de mapeamento que vai

identificando as conquistas e os problemas dos alunos, em seu

desenvolvimento. Dessa forma, é contínua, tem caráter investigativo e

processual. Ao invés de estar a serviço da nota, a avaliação passa a

contribuir com a função básica da escola, que é promover o acesso ao

conhecimento e, para o professor, transforma-se num recurso precioso de

diagnóstico.

Com relação ao currículo, “ele deve ser compreendido como o

conjunto de atividades nucleares desenvolvidas pela escola” (SAVIANI,

1992) ou seja, “um currículo é, pois, uma escola funcionando, quer dizer,

uma escola desempenhando a função que lhe é própria”.

5.9 Concepção de Currículo

Diante de uma escola idealizada para cumprir sua função social,

que é proporcionar a todos seus alunos o acesso e aprendizagem do saber

sistematizado, o currículo deve ser visto como o conjunto de todas as

atividades a serem desenvolvidas pela escola.

Um currículo deve ser construído com a participação efetiva de

todos os sujeitos envolvidos com o processo educativo, levando em conta

suas necessidades, suas especificidades, sua realidade. Precisa trabalhar

com as contradições e as especificidades da realidade brasileira, de cada

região, estado ou município, zona urbana ou rural.

“Um currículo contém um projeto de sociedade e um conceito de

cidadania, de educação e de cultura” ( Kramer, 1999, p. 171 ), portanto

deve contribuir para construção de uma sociedade democrática, em que a

justiça social seja de fato um bem distribuído igualitariamente a toda

coletividade.

Com base em Moreira (s/d p. 21 ),

“a seleção curricular deve expressar a realidade da sociedade para

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qual se destina. Isso implica compreender a natureza dessa sociedade e organizar a educação e o currículo para que expressem e criem os valores adequados a uma sociedade democrática.”

Kramer (1999, p.172), considera que:

é preciso construir um currículo que leve em conta a heterogeneidade e que atue na direção de uma sociedade mais justa, ou seja, respeitar a criança, o jovem, o adulto nas suas particularidades e diferenças, mas garantindo uma mesma qualidade, sem a qual se estaria apenas perpetuando a desigualdade, a opressão, o autoritarismo, a discriminação de gênero, o racismo e tantas outras formas de preconceito sempre contrárias à democracia.

Com este propósito, se faz necessário a construção de um currículo

que garanta que o processo de inclusão seja efetivo, assegurando o direito

à igualdade com equidade de oportunidades. “Isso não significa um modo

igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços

especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas

singularidades”. (CARVALHO, 2004, p.158).

5.10 Concepção de Gestão Democrática

A gestão democrática deve pautar-se sobre os princípios da

participação, autonomia e liberdade. Implica em uma forma de

administrar de forma coletiva.

Na gestão democrática, todos devem ser chamados a pensar,

avaliar e agir coletivamente, percorrendo um caminho que se estrutura

com base no diagnóstico das dificuldades e do conhecimento das

possibilidades do contexto. “Torna-se assim, necessária a organização de

espaços coletivos de reflexão e análise contínuas das práticas

pedagógicas, sociais e escolares, para que todos os educadores, gestores

e professores participem de maneira democrática e construtiva” ( VEIGA,

1998, p. 136).

Numa administração escolar verdadeiramente democrática, todos

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os envolvidos direta ou indiretamente no processo participam das decisões

que dizem respeito à organização e ao funcionamento escolar. Implica em

uma forma de administrar que abandona o tradicional modelo de

concentração da autoridade nas mãos de uma pessoa, em geral o diretor,

evoluindo para formas coletivas que proporcionem a socialização do poder

de maneira a atingir-lhes os objetivos.

Nesse contexto, instâncias de decisões coletivas que fazem parte

da estrutura de funcionamento da escola – como os colegiados, Conselho

Escolar, APMF, os Conselhos de Classe, Grêmio Estudantil e as reuniões

pedagógicas de professores ou de pais – são fundamentais e merecem

toda a atenção do diretor da unidade, que deverá pautar seu trabalho

pelas discussões e pelos encaminhamentos definidos por elas.

5.11 Concepção de Tecnologia

Conforme Marques (2006, p. 104), “a tecnologia não é

simplesmente ciência aplicada, mas ciência reedificada e impulsionada

por instrumentos técnicos conceituais propositadamente instituídos.” A

tecnologia é, sobretudo, desafio, inovações onde não podemos ignorá-la

ou correremos o risco de sermos devorados por ela.

Assim, o fluxo de informações da atual sociedade impõe novas

perspectivas na formação do professor, exigindo domínio na sua prática

pedagógica que as novas tecnologias vem propiciando, devido ao grande

número de informações trazidas pelas mídias. E nesse contexto o

professor precisa atuar como mediador, transformando as informações em

conhecimentos, de modo a contribuir para que o aluno seja capaz de

selecionar informações e escolher entre o que é inútil e o que é realmente

significativo.

Com a revolução tecnológica a cada dia e momento que passa, a

escola precisa integrar novas ferramentas: computadores, Internet, vídeo,

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projetor, transparências, data-show, câmera digital, laboratório de

informática etc., as quais fornecem diversas possibilidades de

enriquecimento das práticas pedagógicas. Naturalmente, com essas

ferramentas, o professor não é só convidado, mas obrigado a inovar sua

prática pedagógica ao mesmo tempo que é conduzido a criar novas

formas de ensinar, pois ele próprio corre o risco de ficar dentro da

exclusão digital.

Nesta acepção, Saviani (2003, p. 75) afirma que “a escola tem o

papel de possibilitar o acesso das novas gerações ao mundo do saber

sistematizado, do saber metódico, científico. Ela necessita organizar

processos, descobrir formas adequadas a essa finalidade.” Essas

mudanças sociais exigem grandes transformações na educação que

consequentemente, está ligada diretamente aos educadores, aliás uma

das prioridades nesse processo é a capacitação profissional dos docentes.

5.12 Concepção de Cidadania

Cidadania, na perspectiva democrática, é a materialização dos

direitos legalmente reconhecidos e garantidos pelo Estado, que inclui o

exercício da participação política e o acesso aos bens materiais. É,

também, a condição de participar de uma comunidade com valores e

história comuns, a qual permite aos indivíduos uma identidade coletiva. É,

na verdade, o pleno exercício do direito.

Nessa direção, educar para a cidadania democrática é

essencialmente romper com a cultura autoritária, de submissão, de

mando, impregnada nas diferentes relações sociais; é criar uma nova

cultura a partir do entendimento de que todo e qualquer indivíduo tem

direitos e deveres; é garantir o acesso ao conhecimento que permita-lhe

apreender a complexidade das relações e determinações do conjunto da

sociedade; é prepará-lo para sua inserção no mundo do trabalho, para

compreender o avanço tecnológico e a participação ativa na organização

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da sociedade.

Para que a escola possa desenvolver um trabalho nesta

perspectiva, faz-se necessária a construção de um projeto pedagógico,

democrático e participativo, em que a formação do sujeito possa ser

assumida coletivamente. Esse processo se desenvolve na prática diária,

através da apreensão dos conteúdos curriculares e na vivência do

exercício da cidadania.

5.13 Concepção de Cultura

Definir o que é cultura não é uma tarefa simples. A cultura evoca

interesses multidisciplinares, sendo estudada em áreas como Sociologia,

Antropologia, História, Comunicação, Administração, Economia, entre

outras. Em cada uma dessas áreas, é trabalhada a partir de distintos

enfoques e usos. Tal realidade concerne ao próprio caráter transversal da

cultura, que perpassa diferentes campos da vida cotidiana. Além disso, a

palavra “cultura” também tem sido utilizada em diferentes campos

semânticos em substituição a outros termos como “mentalidade”,

“espírito”, “tradição” e “ideologia” (Cuche, 2002, p. 203).

A concepção de cultura numa visão mais restrita se refere à

literatura, cinema, arte entre outras, porém seu sentido é bem mais

abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem

através da sua racionalidade, mais precisamente a inteligência, consegue

executar, dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura

por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos

adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

Marilena Chauí também chama a atenção para a necessidade de

alargar o conceito de cultura, tomando-o no sentido de invenção coletiva

de símbolos, valores, ideias e comportamentos, “de modo a afirmar que

todos os indivíduos e grupos são seres e sujeitos culturais” (1995, p.81).

Valoriza-se o patrimônio cultural imaterial - os modos de fazer, a tradição

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oral, a organização social de cada comunidade, os costumes, as crenças e

as manifestações da cultura popular que remontam ao mito formador de

cada grupo. Como salienta Botelho: Vale nesta linha de continuidade a

incorporação da dimensão antropológica da cultura, aquela que, levada

às últimas consequências, tem em vista a formação global do indivíduo, a

valorização dos seus modos de viver, pensar e fruir, de suas

manifestações simbólicas e materiais, e que busca, ao mesmo tempo,

ampliar seu repertório de informação cultural, enriquecendo e alargando

sua capacidade de agir sobre o mundo. O essencial é a qualidade de vida

e a cidadania, tendo a população como foco (2007, p.110).

Além das tradicionais atividades culturais, como literatura, artes

visuais, teatro, música, dança, audiovisual, arquitetura e artesanato, as

indústrias criativas também abarcam outros setores como moda, designer,

marketing e propaganda, decoração, esportes, turismo, aparelhos

eletrônicos, tecnologia, telefonia, internet, brinquedos e jogos eletrônicos.

Na relação entre cultura e mercado, acontecem dois processos distintos: a

mercantilização da cultura, quando as atividades culturais passam a ser

concebidas visando à distribuição em massa e, consequentemente, a

geração de lucro comercial; e a culturalização da mercadoria, que ocorre

através da atribuição de valor simbólico a objetos do uso cotidiano.

Esta dimensão não se dá no plano da vida cotidiana do indivíduo,

mas sim em âmbito especializado, no circuito organizado. “É uma

produção elaborada com a intenção explícita de construir determinados

sentidos e de alcançar algum tipo de público, através de meios específicos

de expressão” (Botelho, 2001, p.2).

Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas,

leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos,

comportamentais. Esta dimensão não se dá no plano da vida cotidiana do

indivíduo, mas sim em âmbito especializado, no circuito organizado. “É

uma produção elaborada com a intenção explícita de construir

determinados sentidos e de alcançar algum tipo de público, através de

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meios específicos de expressão” (Botelho, 2001, p.2).

A Economia da Cultura estuda a influência dos valores, das crenças e dos

hábitos culturais de uma sociedade em suas relações econômicas. “Vista

sob esse ângulo, a cultura é tida como fator de propulsão ou de resistência

ao desenvolvimento econômico” (Reis, 2007, p.1).

Portanto, afirmamos que na atualidade é possível compreender a

cultura através de três concepções fundamentais. Primeiro, em um

conceito mais alargado onde todos os indivíduos são produtores de

cultura, que nada mais é do que o conjunto de significados e valores dos

grupos humanos. Segundo, como as atividades artísticas e intelectuais

com foco na produção, distribuição e consumo de bens e serviços que

conformam o sistema da indústria cultural. Terceiro, como instrumento

para o desenvolvimento político e social, onde o campo da cultura se

confunde com o campo social.

Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a

capacidade de se permanecer quase intacta, e são passadas aos

descendentes como uma memória coletiva, lembrando que a cultura é um

elemento social, impossível de se desenvolver individualmente.

5.14 Concepção de Letramento

No Brasil, o termo letramento integra há pouco tempo o discurso de

especialistas das áreas de educação e de linguística. Foi na segunda

metade do século passado, mais especificamente em 1986, que o termo

letramento surgia no cenário educacional brasileiro.

Nas duas últimas décadas do século passado a maneira de pensar

em relação à leitura e à escrita vem-se transformando enormemente.

Estudiosos têm mudado suas visões no que se refere à linguagem e ela

passa a ser vista como um processo dinâmico em contextos significativos

da atividade social em todos os seus aspectos, quer sejam eles: familiares,

comunitários, profissionais, religiosos etc. Contudo, entendemos que uma

pessoa não aprende unicamente pelo que tem de individual, mas também

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pelo contexto que a cerca, incluindo significados e usos produzidos em

suas redes de relações com o outro.

Os estudos que contemplam a dimensão do letramento surgem no

âmbito acadêmico na tentativa, por parte de alguns estudiosos, de

separar os estudos sobre alfabetização dos estudos que examinam os

impactos sociais dos usos da escrita (Kleiman, 1995).É importante

explicitar que a alfabetização é concebida, no contexto acima delineado,

no seu sentido convencional, ou seja, é entendida como o modo pelo qual

o sujeito (ou grupo de sujeitos) adquiriu a habilidade de ler e escrever,

sendo considerado alfabetizado. Não está implícita nessa concepção de

alfabetização aquela defendida pelo educador pernambucano Paulo Freire.

Freire (1980) vê a alfabetização como capaz de levar o sujeito a organizar

seu pensamento de forma sistematizada, levando-o à reflexão crítica e,

assim, com possibilidade de provocar transformações sociais.

Soares (1998), afirma que a denominação letramento é uma

versão, em português, da palavra inglesa “literacy”. Palavra essa que quer

dizer pessoa educada, especialmente capaz de ler e escrever (educated;

especially able to read and write).

Assim, na concepção acima delineada, entendemos que a referida

autora parte do pressuposto de que existe um “elo”, uma “conexão”, entre

alfabetização e letramento. Vamos mais adiante ainda: a autora concebe a

alfabetização (aquisição do código da leitura e da escrita pelo sujeito)

como pré-requisito para o letramento (apropriação e uso social da leitura e

da escrita pelo sujeito). Subjacente a essa concepção de letramento está a

ideia de que a escrita pode trazer consequências de ordem social, cultural,

políticas, econômicas e linguísticas, “quer para o grupo social em que seja

introduzida, quer para o indivíduo que aprende a usá-la” (Soares, 1998,

p.17).

Não existe uma concepção única em relação ao termo. Talvez, a

única conclusão a que todos os teóricos chegam é que letramento, desde

a sua origem até as suas mais variadas concepções, está relacionado com

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a escrita, ou seja, não faz sentido compreender o termo letramento

dissociado da escrita, seja do ponto de vista da dimensão individual

(sujeito ou grupo de sujeitos que adquire a habilidade de ler e escrever) ou

da dimensão social (influências/transformações ocorridas em função da

introdução da escrita na sociedade).

5.15 Concepção de Trabalho

O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi

através dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o

nível atual. O trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação

pessoal e desenvolvimento econômico. Por isso ele é e sempre foi muito

valorizado em todas as sociedades.

O trabalho como parte da história humana, não só as novas formas

de trabalho que surgiram ao longo dos anos, mas por ele próprio ser o

modificador, ser um dos propulsores para a evolução. Antes de falarmos

da evolução, podemos mencionar que já na antiguidade as pessoas

buscavam sua identidade com o trabalho, uma vez que existam grupos

que se firmavam com os seus trabalhos e hoje em dia a situação não é

muito diferente. Antes, o trabalho era de subsistência, hoje em dia, com o

modo capitalista, ele passa a ser visto como uma mercadoria e uma forma

de sempre produzir mais e mais. Com essa evolução surgiram novas

formas de tecnologia que auxiliam no trabalho do ser humano, mas que

também aliena o trabalhador.

Segundo Marx, o trabalho, fruto da relação do homem com a

natureza, e do homem com o próprio homem, é o que nos distingue dos

animais e move a História.

Enfim, o conceito de trabalho é um conceito histórico, é ao longo da

história que vão se colocando novas determinações para este conceito.

Assim, a forma como os homens se organizam para produzir difere de

época para época e tanto o modo geral como eles se articulam como os

conteúdos específicos dos diferentes trabalhos irão mudar e exigir novas

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nomeações.

5.16 Estágio Não Obrigatório

Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no

ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às

exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e

social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo.

Podem ser estagiários os estudantes de: Educação Profissional, de

Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Anos Finais do Ensino

Fundamental que tenham dezesseis (16) anos ou mais.

O Estágio Não Obrigatório, baseia-se na Lei Nº 11.788/2008, que

dispõe sobre o estágio de estudantes, e na Instrução Nº 028/2010, que

orienta os procedimentos do Estágio.

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6 MARCO OPERACIONAL/ PROPOSIÇÕES DE AÇÕES

AS GRANDES LINHAS DE AÇÃO

O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes - Ensino Médio,

desenvolverá suas atividades administrativas e pedagógicas com vista à

transformação de sua realidade, garantindo a implementação das

seguintes grandes linhas de ações:

Gestão Democrática

Gerir uma escola significa um pensar coletivo na busca de soluções

dos problemas que são apresentados cotidianamente e principalmente

fazer cumprir a função social da escola.

Que se desenvolva uma Gestão Democrática como sendo um

processo político-pedagógico de discussão e planejamento, decisão,

coordenação e execução do conjunto das ações voltadas ao

desenvolvimento da escola.

Que se possa desenvolver um trabalho com enfoque na gestão

pedagógica, gestão financeira e administrativa com diálogo aberto e

permanente frente a sua equipe, com órgãos colegiados, com pais, alunos

e com a comunidade, com vista à melhoria da qualidade de ensino.

Papel das Instâncias Colegiadas

A Direção do Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes - Ensino

Médio, propõe uma Gestão Democrática onde o Conselho Escolar,

Conselho de Classe, alunos representantes de turma, APMF e Grêmio

Estudantil, atuarão de maneira efetiva em todas as questões relativas ao

processo ensino-aprendizagem como em questões pedagógicas,

administrativas e financeiras. A escolha dos membros para a composição

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dos órgãos colegiados se faz conforme orientações do estatuto específico

de cada órgão, procurando respeitar os princípios da gestão democrática.

Para tanto tem as seguintes proposições para os referidos colegiados:

Conselho Escolar

Que seja o órgão responsável pelo estudo e planejamento, debate

e deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das principais ações

do dia a dia da escola, no campo pedagógico, administrativo e financeiro.

Que se constitua em instrumento de democratização das relações

no interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da

comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a

especificidade do trabalho pedagógico escolar.

Que acompanhe e avalie o trabalho pedagógico desenvolvido pela

comunidade escolar, observando a efetivação das ações propostas no

Projeto Político Pedagógico da Escola.

Que garanta a participação dos membros do Conselho Escolar em

capacitações, reuniões realizadas na escola.

Conselho de Classe

Que seja uma instância de avaliação permanente que tem como

objeto central a análise metodológica para reflexão sobre o processo

avaliativo, rever as ações pedagógicas e contribuir para a alteração do

trabalho escolar a fim de analisar o processo ensino e aprendizagem e

intervir em tempo hábil para proporcionar aos alunos formas diferenciadas

de apropriação dos conteúdos.

Que sejam realizados em cada trimestre, Pré Conselhos por turma,

com alunos em sala de aula, bem como com professores durante a hora-

atividade e Conselhos de Classe Integrado de forma a garantir um

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processo coletivo de reflexão- ação sobre o trabalho pedagógico.

Que seja um órgão colegiado que atue como co-responsável na

decisão sobre a possibilidade do avanço do aluno para a série seguinte ou

retenção, após a conclusão dos resultados finais, levando em consideração

o desenvolvimento integral do aluno.

APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)

Que seja o elo de ligação constante entre pais, professores e

funcionários com a Comunidade, também trabalhe pela busca de

soluções equilibradas para os problemas coletivos do cotidiano escolar,

dando suporte a direção e equipe, visando o bem estar e formação

integral dos alunos.

Que à mesma exerça a função de sustentadora jurídica das verbas

recebidas e desenvolva um trabalho amplo com a família, participe das

decisões e atividades pedagógicas. Para isso, no entanto, o corpo docente,

discente, administrativo e, principalmente, a direção da escola dê abertura

para que os pais possam opinar, reivindicar e compreender a relevância

de seu papel na vida da escola.

Grêmio Estudantil

Que represente condignamente o corpo discente, sendo uma

entidade do segmento estudantil a serviço da ampliação da democracia na

escola através do exercício de suas funções.

Que promova a cooperação entre administradores, funcionários,

professores e alunos no trabalho escolar, buscando seus aprimoramentos.

Que incentive a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros.

Que o colégio proporcione ao Grêmio Estudantil condições para que

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estes possam efetivar seu Plano de Ação adequadamente.

Que a comunidade escolar participe das atividades desenvolvidas

pelo Grêmio Estudantil quando necessário.

Que se promova atividades extracurriculares tais como:

Campeonatos Interclasses, Gincanas, Mostras de Trabalhos, Feira de

Ciências, Noite Cultural, em parceria com o Grêmio Estudantil.

Proposta Pedagógica Curricular

A Proposta Pedagógica está sendo reelaborada com base nas

orientações e conteúdos das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.

Os objetivos, a metodologia, os conteúdos e os fundamentos teóricos,

devem ser pensados a quem se destina, ou seja, aos alunos da escola

pública, portanto devem propiciar o seguinte:

Que se crie as condições necessárias para a participação de todos

na reconstrução coletiva da Proposta Pedagógica, utilizando quando

necessário as reuniões pedagógicas que constam no calendário escolar e

a hora atividade de cada professor.

Que se compreenda a relação intrínseca entre o Projeto Político

Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular.

Que se oportunize debates permanentes e geração de ideias numa

produção social garantindo e fazendo ser garantida a aprendizagem de

todos os alunos.

Que se façam levantamentos dos dados coletados no colégio sobre

os índices de evasão e repetência, a fim de utilizá-los como diagnóstico

para discussão e reflexão coletiva visando a melhoria e a qualidade de

ensino, bem como a permanência dos alunos na escola.

Formação Continuada

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A formação continuada é um processo contínuo e permanente de

desenvolvimento de todos os profissionais que atuam na educação,

mediante ações dentro e fora das escolas. A formação continuada, deve

incentivar a apropriação dos saberes pelos professores, rumo à autonomia,

e levar a uma prática crítico-reflexiva, abrangendo a vida cotidiana da

escola e os saberes derivados da experiência docente. Concebe-se essa

formação voltada para o desenvolvimento de uma ação educativa capaz

de preparar os alunos para a compreensão e transformação positiva e

crítica da sociedade em que vive. É preciso que esteja apto a acionar um

ensino que corresponda à formação do educando, de modo que esta

esteja compatível com os avanços que se descortinam nas múltiplas

atuações sociais. Isso requer, certamente, que o educador esteja atento,

aberto e partícipe a todas e a quaisquer oportunidades que o levem a

ascender tanto no plano pessoal quanto no profissional.

Assim, o Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio,

empenhará todos os esforços possíveis, para o aprimoramento de toda

comunidade escolar, efetivando as seguintes ações:

Que se propicie durante a hora- atividade e em outros momentos a

atualização teórico metodológica, através da organização de grupos por

disciplinas ou áreas afins para estudos, leitura e discussão de assuntos

relacionados à prática do fazer pedagógico em sala de aula e também de

assuntos e informações atuais emanadas pela Secretaria de Estado de

Educação.

Que possam ter acesso às informações atualizadas em educação

de modo a refletir sobre a atuação docente em relação aos desafios a

superar.

Que participem de cursos de capacitação, formação continuada,

ofertados pela SEED e outras Instituições de Ensino, reuniões técnicas ou

pedagógicas promovidas pelo Núcleo Regional de Educação, além dos

cursos à distância (online) conforme os interesses pessoais.

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Que se crie condições necessárias para que a Equipe Pedagógica

da escola possa assessorar e refletir junto aos professores em suas horas-

atividades e em outros momentos sobre o processo ensino-aprendizagem.

Que se compreendam as reuniões pedagógicas, os conselhos de

classes como momentos coletivos e individuais de reflexão sobre a prática

pedagógica e da maneira como está sendo encaminhada a educação no

colégio.

Que sejam viabilizados a todos, cursos básicos de informática no

próprio local de trabalho, ou seja, na escola de sua lotação, através do

CRTE do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí.

Que as horas - atividades dos professores sejam feitas entre as

áreas afins de modo a facilitar o trabalho coletivo.

Que se possa criar grupos de estudos na escola conforme as

necessidades da escola e do professor.

O Processo de Avaliação

As expectativas de aprendizagens devem estar claramente

expressas nos objetivos, nos critérios de avaliação propostos. Assim a

avaliação será realizada de maneira:

Que a avaliação seja diagnóstica, processual e contínua. Onde os

registros sejam feitos continuamente em livros próprios.

Que o processo avaliativo contemple a observação dos avanços e

da qualidade alcançada pelos alunos em suas aprendizagens.

Que possa subsidiar o professor sobre a reflexão de sua prática

pedagógica, da criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada

dos aspectos que devam ser revistos, ajustados ou reconhecidos como

adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.

Que o professor avalie continuamente o desempenho de seus

alunos acompanhando-os sistematicamente e utilizando-se de diversos

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instrumentos e situações que possibilite a aprendizagem.

Que a avaliação seja um instrumento para avaliar o trabalho

escolar, o desempenho da direção, equipe pedagógica, professores,

funcionários e instâncias colegiadas, buscando melhores alternativas para

que o trabalho escolar seja verdadeiramente efetivo.

Que sejam tomadas decisões pedagógicas decorrentes dos

resultados da avaliação, de modo que possa orientar a reorganização da

prática educativa do professor no seu dia a dia e ações como o

acompanhamento individualizado pelo professor quando necessário além

de propiciar à todos a retomada do conteúdo que não fora apreendido.

Que a avaliação seja realizada em função dos conteúdos,

utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as

concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-

Pedagógico da escola.

Que a avaliação seja trimestral, onde a média seja composta pela

somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo

específico e/ou blocos de conteúdos afins, atendendo as especificidades

de cada disciplina, conforme previsto no Regimento Escolar.

Que para cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins

definidos no Plano de Trabalho Docente, os professores utilizem no mínimo

dois diferentes instrumentos para avaliar o aluno, tais como: prova

escrita, prova oral, trabalho individual e em grupo, seminários, pesquisas,

atividades domiciliares, relatórios, etc.

Que se oferte recuperação de estudos concomitante ao processo

ensino aprendizagem, disponibilizando a todos os alunos, independente do

nível de apropriação dos conhecimentos nova oportunidade de

aprendizagem e avaliação.

Que ao final de cada trimestre sejam entregues os boletins aos pais

e/ou responsáveis dos alunos e aos próprios alunos quando maiores de

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idade, realizando um trabalho de reflexão do desempenho escolar com

os mesmos, com a finalidade de melhorar o ensino-aprendizagem.

Adaptação, Classificação, Reclassificação e Regularização

de vida escolar

a) Adaptação

Que o colégio siga as instruções do Regimento Escolar, bem como

a Deliberação que trata da adaptação de estudos como um conjunto

atividades didático-pedagógicas desenvolvidas sem prejuízo das

atividades previstas na Proposta Pedagógica deste Colégio, para que este

possa seguir o novo currículo.

b) Classificação

Que o colégio oferte o processo de classificação no Ensino Médio,

como um procedimento de caráter pedagógico centrado na

aprendizagem, com objetivo de posicionar o aluno na etapa de estudo

compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por

meios formais ou informais.

Que se observe e respeite os critérios de classificação previstos no

Regimento Escolar e Deliberação própria.

c) Reclassificação

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de

ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado,

preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudo compatível

com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que

registre o seu Histórico Escolar.

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Que se observe os critérios para realização do processo de

reclassificação, previstos no Regimento Escolar.

d) Regularização de vida escolar

Quando se detecta alguma irregularidade na vida escolar do aluno,

é de responsabilidade do diretor do estabelecimento que detiver a

matrícula do aluno, resolver o problema, buscando a orientação do Núcleo

Regional de Educação, bem como as orientações previstas na Del.° 09/01.

6.1 Organização Interna da Escola – Função Específica de

Cada Segmento

a) Direção

Que promova a integração entre a escola e a comunidade como

princípio de uma gestão democrática, garantindo a efetivação do projeto

político pedagógico, buscando recursos para melhoria e qualificação dos

espaços escolares e contribuir para a formação continuada de todos os

profissionais do colégio.

Que busque a participação dos pais quanto ao acompanhamento

da vida escolar de seus filhos, através de reuniões, convocações e outras

atividades, procurando manter a integração entre escola e comunidade.

Que seja responsável pela elaboração do plano de aplicação

financeira e prestação de contas dos recursos recebidos, submetendo-se à

aprovação do Conselho Escolar, divulgando-o para toda comunidade

escolar através de edital.

Que busque proporcionar um relacionamento cooperativo de

trabalho, entre todos os segmentos da escola, alunos e pais.

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b) Equipe Pedagógica

Que acompanhe o processo pedagógico, dando suporte aos

professores no que se refere a organização do trabalho didático,

garantindo a efetivação do Projeto Político Pedagógico, bem como

cumprimento da Proposta Pedagógica Curricular e do Regimento Escolar.

Que estabeleça o contato com a família do aluno, acompanhando a

frequência escolar e desempenho na aprendizagem, implementando ações

para evitar a evasão escolar, fazendo quando necessário o preenchimento

da FICA.

Que acompanhe o professor dando as orientações necessárias no

processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente, preenchimento

de Livro de Registro de Classe e demais atividades pedagógicas, bem

como faça a conferência trimestral dos Livros.

Que organize e coordene reuniões de pais, pedagógicas, pré-

conselho, conselho de classe e grupos de estudos para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico.

Que se acompanhe o Estágio Não Obrigatório, através de relatório

do responsável do ambiente de trabalho, afim de acompanhar se as

atividades estão adequadas às exigências Pedagógicas.

c) Professores

Que busquem metodologias diversificadas na sala de aula,

permitindo níveis diferenciados de compreensão, de conhecimento

assegurando a aprendizagem.

Que tenha como referencial teórico o PPP e a Proposta Pedagógica,

articulados com o Plano de Trabalho Docente efetivando-se no processo

ensino aprendizagem.

Que proporcione aos alunos ao longo do trimestre, diferenciados

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instrumentos de avaliação, de modo que esta seja realmente

processual.

d) Funcionários

Fazer cumprir a Lei Complementar nº 123/08, que explicita o papel

dos agentes educacionais no interior da escola.

Proporcionar a formação continuada, dando oportunidade aos

funcionários de participar em cursos de capacitação oferecidos pela

mantenedora e outros, contribuindo para sua qualificação profissional.

Que tenha participação efetiva nas tomadas de decisões,

administrativas e pedagógicas considerando-os como parte integrante da

comunidade escolar.

6.2 Critérios para Utilização dos Espaços Educativos

O prédio escolar do Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes –

Ensino Médio é utilizado de maneira compartilhada com o Ensino

Fundamental de 1ª à 4ª séries da rede municipal. Somente os ambientes:

laboratório de informática, laboratório de Física, Química e Biologia,

secretaria e a sala dos professores são utilizados apenas pelo ensino

médio.

Sendo assim, cada estabelecimento adota critérios diferenciados

para os demais ambientes.

a) Biblioteca Escolar

Constitui-se em um espaço pedagógico, cujo acervo estará a

disposição de toda comunidade escolar.

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Os critérios de utilização desse espaço estão descritos no

Regimento próprio existente no colégio, elaborado pela Direção e Equipe

Pedagógica e aprovado pelo Conselho Escolar. Nele estão estabelecidos

os critérios de utilização dos livros, as normas para utilização do ambiente

da biblioteca, as sanções com relação ao não cumprimento dessas

normas.

b) Laboratório de Física, Química e Biologia

As atividades práticas a serem realizadas no laboratório devem

exigir a participação de todos os alunos de forma efetiva e não

meramente mecânica; ou seja, eles devem saber os diferentes materiais e

as etapas do procedimento experimental para que se possa consolidar

uma aprendizagem significativa exigindo tanto a manipulação de

materiais como a elaboração de hipóteses e ideias confrontando

concepções e fatos observados.

Para que as atividades práticas atinjam seus objetivos, deve-se

planejá-las de modo que o tempo reservado a seu desenvolvimento esteja

de acordo com o tempo exigido pela experimentação proposta, além de

testá-las previamente e fazer os ajustes necessários considerando

também as características de cada turma.

O registro pode ser utilizado de várias formas como através do

desenho, listas, textos, relatórios etc. O essencial é que desse registro

conste a descrição dos materiais, as etapas do trabalho prático, as

discussões do resultado e a observação do aluno com base em

informações científicas. Portanto é um recurso que deve ser muito

utilizado já que a relação entre teoria e prática deve ser uma constante,

pois essas aulas trazem para o aluno interesse e participação, assim como

se torna mais fácil o entendimento do conteúdo trabalhado.

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c) Laboratório de Informática

O laboratório de informática deve ser utilizado como espaço de

crescimento aos profissionais do colégio, enriquecendo suas aulas, e

promovendo o crescimento pessoal e profissional.

Sua utilização será regulamentada por um cronograma sistemático,

elaborado pela Equipe Técnico Pedagógico para que seja utilizado de

maneira democrática, sendo oportunizado a todos.

d) Quadra Esportiva

Que este ambiente seja especificamente utilizado pela comunidade

escolar – alunos, professores, direção, etc. _ do Ensino Médio e também

fundamental de 1ª à 4ª séries, uma vez que o município possui um termo

de cessão de uso do prédio que pertence ao estado.

Que as atividades a serem desenvolvidas neste ambiente sejam

aquelas à que o ambiente se destina: aulas da disciplina de Educação

Física, atividades culturais e artísticas, promoções e eventos realizados

pela escola, tanto da rede estadual, quanto da rede municipal.

6.3 Critérios para Organização de Turmas e Distribuição de

Professores.

A organização de turmas para as primeiras séries, é realizada por

ordem de matrícula; e para as demais séries, o aluno permanece

matriculado na mesma turma, apenas na série subsequente. Com relação

ao aluno reprovado, ele poderá optar pela turma que desejar, se houver

vaga, caso contrário terá que frequentar e matricular na vaga existente.

Quanto a distribuição de aula, a direção, juntamente com o (a)

Documentador (a) Escolar, coloca em Edital as turmas e os períodos que

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serão ofertados para o ano letivo, com clareza, de forma que os

professores possam escolher suas aulas conforme a Resolução de

Distribuição de Aulas e a classificação enviada pela SEED, onde estabelece

as prioridades de cada um.

6.4 Qualificação dos Recursos Físicos, materiais e

Pedagógicos

Nos últimos anos muitos espaços foram melhorados através da

qualificação material destes ambientes, mas muitos outros espaços

necessitam com urgência de serem melhorados:

Que sejam repassados recursos para realização de reparos na parte

elétrica do prédio escolar.

Que seja feito o fechamento da quadra, garantindo boas condições

para realização das aulas práticas de Educação Física e para outros

eventos educativos, bem como a proteção para evitar que seja utilizada

sem permissão, por pessoas que não pertencem à comunidade escolar, e

muitas vezes depredam e cometem vandalismos contra o patrimônio

público.

Que haja reposição a utensílios, mobiliários, eletrodomésticos,

quando se fizerem necessários aos órgãos competentes.

Que haja incentivo à leitura e a pesquisa no espaço escolar com

utilização da biblioteca e o laboratório de informática.

Que a realização das aulas práticas em laboratório sejam de forma

efetiva, planejada e registrada constantemente, de modo a consolidar

teoria e prática.

6.5 Especificidades Locais (projetos e eventos)

Desenvolver e aperfeiçoar programas de incentivo a cultura que

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envolvam todos os segmentos da comunidade escolar, bem como

incentivar participação em programas oferecidos pela mantenedora.

Que os alunos, professores, direção, equipe pedagógica, pais e as

instâncias colegiadas sejam elaboradores e executores de atividades

como: feira de ciências, torneios, campeonatos esportivos, promoções e

eventos culturais e artísticos de maneira geral.

Que sejam discutidos e elaborados programas voltados para

melhoria da aprendizagem dos educandos e também organização e

participação em projetos ofertados pela mantenedora, tais como:

Atividade de Complementação Curricular (contra turno), CELEM, Jogos

Escolares e etc.

Que se valorize e trabalhe História e Cultura Afro – Brasileira,

Africana e Indígena, nas diversas disciplinas quando os conteúdos

proporcionarem a abordagem dessa temática.

Que a Equipe Multidisciplinar procure incentivar e acompanhar as

ações previstas no Plano de Ação referente à Educação das Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana

e/ou Indígena.

Que a escola acompanhe e auxilie a Equipe Multidisciplinar a

implementar ações no sentido de combater toda atitude de discriminação,

bullying contra os alunos.

Que se desenvolva ações voltadas para o respeito à Diversidade de

Gênero, com intuito de combater o preconceito e a discriminação.

Que se faça a reposição de aulas ou complementação de carga

horária aos sábados, podendo a escola, quando oportuno, fazê-la através

de atividades extra-classe, com a presença de professores e alunos.

Que haja participação e envolvimento dos professores e alunos no

desenvolvimento do Programa de Educação Fiscal.

Que se desenvolva ao longo do ano, ações de prevenção e combate

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à Dengue, conforme Plano de Ação do Comitê de Combate à Dengue.

Que se busque junto ao comércio e indústrias do município

oportunidade de estágio não obrigatório para os alunos do

estabelecimento.

6.6 Recurso que a Escola Dispõe para Realizar suas

Atividades

O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio, para

realizar suas atividades e manter sua infra-estrutura, dispõe de recursos

financeiros emanados da entidade mantenedora, ou seja, da SEED –

Secretaria de Estado da Educação (Fundo Rotativo), e o PDDE – Programa

Dinheiro Direto na Escola do Governo Federal. O colégio também realiza

algumas promoções em parceria com APMF a fim de complementar os

gastos.

Quanto aos recursos humanos para realização das atividades,

temos carência de alguns profissionais como: auxiliar administrativo.

Também temos poucos professores QPM lotados no estabelecimento, o

que ocasiona alta rotatividade de professores todos os anos.

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7 - REGIME DE FUNCIONAMENTO

O regime de funcionamento do Colégio é organizado por séries

anuais, funcionando nos períodos: matutino e noturno.

O Colégio oferta as disciplinas contidas na Matriz Curricular,

conforme abaixo:

7.1 Matriz Curricular

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MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 22 - PARANAVAÍ MUNICÍPIO: 0900 - GUAIRAÇÁ

ESTABELECIMENTO: 00217 – CÂNDIDO BERTHIER FORTES, C. E. - E. MÉDIO

ENDEREÇO: RUA MARANHÃO, 1193

FONE: (44) 3442-1346

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BA

SE

N

AC

ION

AL

CO

MU

M

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 3 2

GEOGRAFIA 2 2 3

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3

MATEMÁTICA 3 3 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE

DIV

ER

SI

FIC

AD

A LEM - ESPANHOL* 4 4 4

LEM - INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM – Espanhol

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MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 22 - PARANAVAÍ MUNICÍPIO: 0900 - GUAIRAÇÁ

ESTABELECIMENTO: 00217 – CÂNDIDO BERTHIER FORTES, C. E. - E. MÉDIO

ENDEREÇO: RUA MARANHÃO, 1193

FONE: (44) 3442-1346

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BA

SE

N

AC

ION

AL

CO

MU

M

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 3 2

GEOGRAFIA 2 2 3

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3

MATEMÁTICA 3 3 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE

DIV

ER

SI

FIC

AD

A LEM - ESPANHOL* 4 4 4

LEM - INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM – EspanholSerão ministradas três aulas de 50 minutos e duas aulas de 45 minutos

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7.2 Critérios para Elaboração do Calendário Escolar

O Calendário Escolar será anualmente elaborado pela Direção e

toda comunidade escolar do estabelecimento, sendo aprovado pelo

Conselho Escolar segundo as orientações determinadas pela SEED, e após

sua elaboração será encaminhado ao Núcleo Regional de Educação para

apreciação e homologação, obedecendo à legislação vigente.

O calendário fixará:

a) Início e término do ano letivo,

b) Dias destinados a reuniões de Conselho de Classe,

c) Dias para capacitação pedagógica,

d) Férias do professor,

e) Feriados oficiais,

f) Recessos.

As alterações do calendário escolar determinadas por motivos

relevantes serão comunicadas ao Núcleo Regional de Educação, em tempo

hábil para providências cabíveis.

O período de férias do professor e especialista de educação

corresponde há 30 dias e os recessos determinados pela SEED. Na

contagem do período de férias são considerados todos os sábados,

domingos e feriados existentes no período compreendido entre o primeiro

dia de afastamento e retorno ao trabalho.

Os cursos de capacitação ofertados aos professores e especialistas

de educação, as reuniões de pais, professores, APMF, não serão contados

como dias e horários letivos, já as reuniões de Conselho de Classe será

contado como dia letivo desde que não interfira no mínimo das 800 horas

aulas previstas em lei.

A secretaria do estabelecimento de Ensino funcionará

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ininterruptamente durante o ano letivo, exceto feriados e férias escolares

coletivas decretadas por autoridade competente.

7.3 FICA – (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente)

O programa FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente), criado

pelo Ministério Público Federal, foi oficializado no Estado do Paraná em

2005, com o objetivo de enfrentar a evasão escolar nas Instituições de

Ensino que atendem a Educação Básica. Desde então, buscamos melhorar

e ampliar as possibilidades de retorno do aluno à escola. Em parceria com

os Conselhos Tutelares, Ministério Público, a escola busca alternativas,

programas e políticas públicas que atendam as famílias em situação de

vulnerabilidade social, resgatando o aluno à sala de aula.

Que a escola implemente ações para evitar a evasão escolar,

utilizando o Programa FICA como mais uma possibilidade de trazer o

aluno de volta à escola.

Que professores comuniquem em tempo hábil à equipe pedagógica

sobre a frequência do aluno faltoso, para que se tome as devidas

providências.

7.4 Articulação do Ensino Médio com os Anos Finais do ensino

do Fundamental

A universalização e a ampliação do ensino fundamental para nove

anos, com o intuito de garantir maior tempo à escolarização obrigatória

no País, requer, dentre outras coisas: instigar o professor e a escola a

desenvolverem discussões sobre o currículo; investigar e analisar as

lacunas entre as propostas curriculares; favorecer a autonomia das

escolas nas questões curriculares; avaliar os resultados de propostas

alternativas, gestadas e implementadas; avaliar as possibilidades e os

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sentidos do trabalho da alfabetização e do letramento, no âmbito do

ensino fundamental.

Que se busque a ruptura entre os anos iniciais e os anos finais do

ensino fundamental, compreendendo os ciclos/séries que os integram

como tempos e espaços articulados entre si e interdependentes.

Nesse sentido, cabe compreender a construção de espaços coletivos

para a formação em serviço dos profissionais da educação como uma das

tarefas da gestão democrática das escolas, que deverá ser viabilizada em

todos os sistemas de ensino.

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8 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Que o Projeto Político Pedagógico seja concebido como “instrumento

de autonomia do trabalho docente pelos profissionais da educação”(Veiga

1998, p.92).

Sendo assim, a avaliação e a discussão sobre os pontos que devem

embasar novos procedimentos, seu caráter evolutivo de novas práticas,

serão de responsabilidade daqueles que são, efetivamente, os

responsáveis pela sua existência, ou seja, toda comunidade escolar.

Que a avaliação seja vista como parte fundamental para a garantia

do êxito do projeto e também como condição necessária para tomada de

decisões significativas.

A avaliação entendida como diagnóstico foi o referencial para se

iniciar a elaboração deste projeto. Da mesma forma, que sua

reelaboração seja o resultado dos diagnósticos do que foi possível realizar

ou daquilo que necessita ser revisto no seu processo de

operacionalização.

Todos os planos de ação dos professores, assim como da equipe

pedagógica deverão contemplar o que fora suscitado neste projeto.

A cada etapa de trabalho realizado todos deverão refletir sobre a

caminhada percorrida a fim de avaliar o progresso obtido e a retomada

dos pontos em que se fizer necessário.

Para tanto a equipe, assim como os professores, deverão registrar

suas ações e documentando os eventos que o Colégio irá desenvolver;

pois a comunidade, os pais, os alunos, os professores, funcionários e

órgãos colegiados irão avaliar os resultados obtidos através de reuniões

com a proposição e aceitação de críticas e sugestões, que irá

redimensionar os pontos relevantes ou negativos para a retomada destes

sempre que se fizer necessário.

Que sejam realizados encontros com todos os atores, profissionais

da educação, instâncias colegiadas e comunidade para análise do

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ocorrido e para elaboração de proposições futuras.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico será realizado no início do

ano letivo, através de reuniões e será alterado de acordo com as

necessidades da comunidade escolar.

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