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COLÉGIO ESTADUAL CÂNDIDO BERTHIER FORTES
ENSINO MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GUAIRAÇÁ
2012
1
ÍNDICE
1. APRESENTAÇÃO.......................................................................
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...............................
2.1 Aspectos Históricos ..............................................................
3. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS...............
4. MARCO SITUACIONAL/DIAGNÓSTICO.....................................
4.1 Quadro de pessoal..................................................................
4.2 Organização do espaço físico..................................................
5. MARCO CONCEITUAL/ FUNDAMENTAÇÃO..............................
5.1 Concepção de Sociedade........................................................
5.2 Concepção de Homem............................................................
5.3 Concepção de Educação/escola..............................................
5.4 Concepção de Conhecimento.................................................
5.5 Concepção de Ensino - Aprendizagem..................................
5.6 Concepção de Educação Inclusiva.........................................
5.7 Concepção e Princípios da Educação Étnico-Racial..............
5.8 Concepção de Avaliação.........................................................
5.9 Concepção de Currículo.........................................................
5.10 Concepção de Gestão Democrática......................................
5.11 Concepção de Tecnologia......................................................
5.12 Concepção de Cidadania......................................................
5.13 Concepção de Cultura..........................................................
5.14 Concepção de Letramento....................................................
5.15 Concepção de Trabalho........................................................
5.16 Estágio Não Obrigatório........................................................
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2
6. MARCO OPERACIONAL/PROPOSIÇÕES DE AÇÕES................
As Grandes Linhas de Ação …......................................................
6.1 Organização Interna da Escola...............................................
6.2 Critérios para Utilização dos Espaços Educacionais................
6.3 Critérios para Organização de Turmas e Distribuição de
Professores...................................................................................
6.4 Qualificações dos Recursos Físicos, Materiais e Pedagógicos.
6.5 Especificações Locais (projetos e eventos)............................
6.6 Recursos que a Escola Dispõe para Realizar suas Atividades.
7. REGIME DE FUNCIONAMENTO.................................................
7.1 Matriz Curricular.....................................................................
7.2 Critérios para Elaboração do Calendário Escolar....................
7.3 FICA - (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente)...................
7.4 Articulação do Ensino Médio com os Anos Finais do Ensino
do Fundamental............................................................................
8. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO................
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …..........................................
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3
1 APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é o resultado de uma reflexão sobre
os objetivos da educação, assim como a explicitação de seu papel social e
uma clara definição de caminhos, formas operacionais a serem
empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo.
Sua construção aglutinou crenças, convicções, valores,
conhecimento da comunidade escolar, do contexto histórico/social,
constituindo-se em um compromisso pedagógico e político assumido por
todos os seus “atores”.
Participaram de sua elaboração, direção, professores, equipe
técnico/pedagógica e administrativa, pais, alunos, APMF e Conselho
Escolar; procurando atender as diferenças existentes entre seus
compositores.
As primeiras discussões sobre o Projeto Político Pedagógico
ocorreram em reuniões de capacitação ofertadas pela SEED, que foram
realizadas na própria escola. A partir daí iniciou-se todo um processo de
sua construção.
Assim foram feitas reuniões com todos os segmentos da
comunidade escolar, onde todos puderam expressar suas opiniões e
sugestões; foram elaborados questionários para que tivessem melhor
possibilidade de expressão, e também de avaliação das respostas por
parte daqueles que seriam os elaboradores (comissão de elaboração). E
assim foi dado início ao projeto.
Nesta fase de elaboração propriamente dita, participaram
ativamente a equipe técnico/pedagógica, alguns representantes de
professores e de pessoal administrativo. Foram feitas leituras de textos,
LDB, analisadas sugestões, documentos, etc.; buscando fundamentação
para elaboração da proposta.
O referido projeto é composto por momentos distintos:
- Marco Situacional /Diagnóstico (Levantamento da realidade e sua
4
necessidade);
- Marco Conceitual/Fundamentação (Referencial teórico que
fundamentam a proposta);
- Marco Operacional/Proposições de Ações (Grandes Linhas de Ação
e avaliação do projeto).
Portanto, da maneira que foi construído, temos convicção de que
será fonte de inspiração para o trabalho a ser realizado na escola.
5
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
NOME DO ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL CÂNDIDO
BERTHIER FORTES – ENSINO MÉDIO.
CÓDIGO: 00217
ENDEREÇO: RUA MARANHÃO, ESQUINA COM A RUA FRANCISCO
VIEIRA, Nº 1193.
CEP- 87880-000
E-MAI: [email protected]
TELEFONE/FAX: (44) 3442-1346
MANTENEDORA: SEED
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PARANAVAI-PR
MUNICÍPIO: GUAIRAÇÁ - PARANÁ
2.1 Aspectos Históricos
O nome deste estabelecimento de ensino é uma homenagem ao
senhor Cândido Berthier Fortes fundador ilustre deste município.
No ano de 1961, foi fundado o Grupo Escolar Cândido B. Fortes –
6
Ensino de 1ª à 4ª série, oferecendo apenas as quatro primeiras séries do
ensino fundamental. A partir de 30/12/1970, iniciou-se a primeira escola a
nível de segundo grau Decreto de criação nº 22.121 , com denominação
de Escola Normal Colegial Estadual de Guairaçá, tendo como primeira
diretora a professora Vany Capucho de Oliveira, com funcionamento no
mesmo espaço físico do ensino primário da referida escola.
Através do Decreto de Denominação nº 105/78 de 18/01/78 a
Escola Normal Colegial passa a denominar-se Colégio Jayme Canet –
Ensino de 2º grau; tendo como diretora a professora Odete Barreto.
Baseado na Resolução de 1896/81 em Diário Oficial de 03/09/81,
Art. 3º - o Grupo Escolar Cândido Berthier Fortes e a Escola Normal
Colegial Estadual de Guairaçá passam a constituir um único
estabelecimento sob a denominação de Colégio Estadual Cândido Berthier
Fortes – Ensino de 1º e 2º graus, Complexo Escolar Margarida Mewes;
autorizado a ministrar as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade,
exercendo a função de diretor o professor Áureo Zanfolin.
Através da Resolução nº 1917/83 o estabelecimento passou a
denominar-se Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – E.P.S.G; sendo
portanto diretores neste período os seguintes professores elencados na
ordem que se sucederam Maria do Rosário Melo Tavares, Áureo Zanfolin,
Marlene Oliveira Bogo, Jaime Aguiar Costa e Ednéia do Nascimento Abreu.
Pela Resolução nº 2904/92 o Colégio Estadual Cândido Berthier
Fortes –E.P.S.G, cessa as atividades definitivas de 1º à 4º séries, e passa a
ser diretor o professor Luís Carlos Ramires Veronezi, eleito por voto direto.
Fica autorizado o Curso de Educação Geral pela Resolução nº
2.246/97 de 02/07/97 e Parecer nº 1007/97 de 10/06/97, do Colégio
Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino de 2º grau, no Município de
Guairaçá, tendo como diretora a professora Solange Aparecida Nicolau,
eleita por voto direto.
O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes –E.S. G. através da
Resol. Nº 3.120/98 de 31/08/98 e Deliberação 003/98 de 02/07/98 passou
7
a denominar-se Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio.
Através da Resolução nº 2.135/99 de 25/05/99 e Parecer nº 2987/99 de
05/03/99, cessa definitivamente as atividades escolares da Habilitação
Magistério e através da Resolução 2136/99 de 25/05/99 e Parecer
2.988/99 de 05/03/99 cessa definitivamente as atividades escolares das
Habilitações Auxiliar/Técnico em Contabilidade do Colégio Estadual
Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio. A partir do ano 2000, o referido
colégio passa oferecer apenas o curso de Educação Geral.
No ano seguinte, 2001, assume a direção, a professora Christiane
Campelo Mello Franco com a Res. 041/01 – DOE de 24/01/2001,
permanecendo nesta função por mais dois mandatos posteriores – Res. –
3069/2001 – DOE 31/01/02, e Res. – 4254/03 – DOE 21/01/04, sendo
último, por voto direto.
Durante a gestão da diretora Christiane, o Colégio passa por um
processo de reconhecimento. O mesmo já estava ofertando o curso de
Educação Geral pela Res. Nº 2246/97 de 02/07/97, mas passa a ser
reconhecido declarado pela Res. Nº 3328/85 de 05/07/85, no ano de 2004.
No ano de 2006, assume a direção do colégio a pedagoga Rosi
Mary Cessel Ornelas, eleita pelo voto direto, com a Resolução N° 58/2006
para gestão 2006/2008. Em 2008, a mesma é reeleita, também pelo voto
direto, assumindo novamente a direção com a resolução 5909/08 – DOE
24/12/2008 para o período de 2009/2011.
Em 2012 a atual diretora Rosi Mary Cessel Ornelas, se ausentou da
escola para participar do PDE (Programa de Desenvolvimento
Educacional). O PDE é uma política pública de Estado regulamentado pela
Lei 130 de 14 de julho de 2010 que estabelece o diálogo entre os
professores do ensino superior e os da educação básica, através de
atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a produção
de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola
pública paranaense.
Assumiu a direção em seu lugar, a pedagoga Elaine Mara Fabricio
8
Brito, com aprovação do Conselho Escolar, pela Resolução 1346/2012 –
DOE 02/03/2012.
9
3 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS
O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – EM, oferta Ensino
Médio no período matutino e noturno.
O curso está organizado em 03 (três) séries anuais, com duração
de 2400 (duas mil e quatrocentas) horas obrigatórias, distribuídas em 800
(oitocentas) horas anuais, em no mínimo 200 (duzentos) dias letivos.
A carga horária está organizada em aulas de cinquenta (50)
minutos cada, perfazendo um total de 3120 horas aula no curso.
O horário de funcionamento é da seguinte maneira:
MATUTINO - 7:30 às 11:45 horas
NOTURNO - 19:00 às 23:15 horas
Neste ano de dois mil e doze as turmas estão distribuídas como
segue abaixo:
ENSINO MÉDIO
SÉRIE TURMAS MATUTINO NOTURNO Nº DE ALUNOS MATRICULADOS
1ª SÉRIE A – B - C 39 74 113
2ª SÉRIE A – B 34 44 78
3ª SÉRIE A - B 21 40 61
TOTAL 7 94 158 252
O Colégio oferta o CELEM de Língua Espanhola. As atividades do
CELEM estão integradas às demais atividades do Estabelecimento,
subordinado a todas as suas instâncias pedagógicas e administrativas.
O CELEM deve atender todas as disposições Nº 3904/2008. O
Curso terá duração de 02 (dois) anos, com carga horária anual de 160
(cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total de 320 (trezentos e
vinte) horas/aula. A carga horária semanal do curso é de 04 (quatro)
10
horas/aula de 50 (cinquenta) minutos, distribuídas em 02 (dois) dias.
CELEM
ANO PERÍODO Nº DE ALUNOS MATRICULADOS
1º ANO VESPERTINO 29
2º ANO VESPERTINO 17
TOTAL 46
O Colégio oferece o Programa de atividades Complementares
Curriculares em Contraturno. É um Programa da Secretaria de Estado da
Educação, que visa ampliação de tempo, espaço e oportunidades
educativas, integradas ao currículo escolar e contempladas no Projeto
Político pedagógico (PPP), Proposta Pedagógica Curricular (PPC) da escola,
que amplia a Formação do aluno, com registro de frequência diária dos
mesmo no Livro Registro de Classe (LRC).
Este Programa atende aos objetivos que estão de acordo com a
Resolução nº 1690/2011 e Instrução Normativa nº 004/2011- SUED/SEED.
Deste modo, o Programa de Atividades Complementares Curriculares
em Contraturno, deverá suprir as demandas pedagógicas da escola e
responder os anseios da comunidade, visando obter resultados para o
aluno, para a escola e para a comunidade. São atividades Periódicas de 04
(quatro) horas semanais distribuída na semana.
O Colégio oferta duas (02) Atividades Complementares Curriculares
em Contraturno:
HORA TREINAMENTO - VOLEIBOL
PERÍODO Nº DE ALUNOS MATRICULADOS
VESPERTINO 32
PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR
PERÍODO Nº DE ALUNOS MATRICULADOS
VESPERTINO 35
11
4 MARCO SITUACIONAL/DIAGNÓSTICO
Vivemos em um mundo onde as fronteiras são apenas geográficas,
ao lado disso, estamos passando por transformações profundas,
principalmente na área tecnológica, mudanças que ocorrem com tamanha
velocidade que muitas vezes a dimensão humana fica relegada a um
segundo plano.
Com relação à educação, a grande maioria não tem acesso aos
bens culturais, vivem marginalizados, sem muitas perspectivas com
relação à continuidade de seus estudos e do universo letrado, do qual
poucos fazem parte. A exclusão social é, em grande medida, resultado de
políticas públicas ou falta delas. O estado brasileiro é produtor e
reprodutor de desigualdades nos planos: municipal, estadual e federal.
A história da educação no Brasil revela que esta sempre foi
privilégio dos segmentos dominantes e ofertadas de acordo com os
interesses sociais e econômicos dos mesmos, gerando uma exclusão
social para a grande maioria. A formação de um sistema educacional
dualista serviu para cristalizar a desigualdade social existente. Diante
deste quadro caótico, soma-se a violência, a corrupção na política pública
desse país, a falta de ética, um sistema tributário abusivo e incompatível
com a distribuição de renda do país, concessão de privilégios e interesses
particulares de grupos detentores do poder econômico que em nome do
capitalismo, monopolizam e centralizam seu poder, manipulando a
economia desse país (Educação Fiscal, 2004, modulo 1) .
A década de 90 contemplou o país com mais uma reforma
educacional a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, Lei Nº 9394/96,
que propiciou novos rumos para o financiamento da educação escolar
pública, consolidou a gestão democrática na educação, concedeu maior
autonomia aos sistemas educacionais e preocupou-se com as questões
curriculares. Porém, tal reforma trouxe ranços de outras leis, que ainda
permite a submissão da educação aos interesses do mercado e o
12
desenvolvimento de processos de inserção social.
Pensar o papel político e pedagógico que a escola cumpre no
interior de uma sociedade historicamente situada, dividida em classes
sociais, dentro de um modo de produção capitalista, implica em
reconhecer a educação como um ato político, que possui uma
intencionalidade e, contraditoriamente vem contribuindo, ou para reforçar
o modelo de sociedade, sua ideologia, a cultura e os saberes que são
considerados relevantes para os grupos que possuem maior poder, ou
para desvelar a própria forma como a escola se articula com a sociedade e
seu projeto político, constituindo-se num espaço emancipatório de
construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os saberes dos
grupos sociais que historicamente tem sua história negada, silenciada,
distorcida esteja em diálogo permanente com os saberes historicamente
acumulados e sistematizados na história da humanidade.
Na tentativa de reverter tal situação, a escola pública brasileira,
nas últimas décadas, passou a atender um número cada vez maior de
estudantes oriundos das classes populares, foram criados vários
programas a nível nacional para garantir o acesso e a permanência do
aluno na escola. Mas também a educação básica tem experimentado
formas de medida da aprendizagem dos alunos através do SAEB -Sistema
de Avaliação da Educação Básica e depois do ENEM- Exame Nacional do
Ensino Médio. Desta forma, o monitoramento da educação e sua relação
com a mudança do papel do governo, frente as políticas sociais é uma
questão amplamente presente nas políticas educacionais.
Com relação ao Estado do Paraná particularmente, embora ele
tenha uma colocação aparentemente boa comparando-se com outros
estados brasileiros, existem muitas diferenças na distribuição de todos os
bens, serviços, acesso ao estudo, trabalho, etc. ao conjunto do povo
paranaense.
Na tentativa de resolver esta situação, atualmente a escola pública
vem sendo replanejada, e isso traz uma luz diferenciada para prática
13
pedagógica, sustentada por uma intensa discussão sobre as concepções
teórico-metodológico que organizam o trabalho educativo, estão sendo
implementadas ações voltadas à população escolar que se encontram em
estado de vulnerabilidade e a retomada de projetos educacionais a fim de
promover a inserção social e educativa daqueles que estavam
marginalizados e excluídos.
Muito se tem investido na educação, a exemplo disso, vivenciamos
a construção das Diretrizes Curriculares da Educação Básica da Rede de
Ensino Estadual, as quais passaram por um processo de discussão e
construção coletiva pelos professores da rede, desde o ano de 2003
foram propiciados encontros, capacitações e cursos tanto para docentes
como para funcionários, a fim de que todos estivessem comprometidos
com esta reformulação. Finalmente, em 2008 chegou-se a uma versão
definitiva das DCEs. Também foi investido em tecnologias para uso do
professor e do aluno como: laboratório de informática- Paraná Digital, TV
multimídia, TV Paulo Freire, etc.
O princípio de política pública adotada pelo estado, preconiza a
educação como direito de todos, a valorização do professor e de todos os
profissionais da educação, o trabalho coletivo e a gestão democrática, o
atendimento às diferenças e à diversidade cultural, étnico raciais e de
gêneros. Mesmo assim, ainda temos uma caminhada a percorrer quanto à
qualidade de ensino, que apesar de apresentar uma das melhores notas
no último IDEB, ainda assim, temos muito para progredir, principalmente
com relação à evasão escolar de alunos no ensino noturno.
Com relação ao município de Guairaçá, as características
apresentadas não são muito diferentes das demais localidades e
municípios do nosso estado. De acordo com as informações coletadas
junto a EMATER , a monocultura do café, ante a instabilidade do mercado,
problemas climáticos e a mudança na política econômica cedeu lugar a
outras culturas agrícolas e à expansão da pecuária.
Esta diversificação assegurou a produção de mais alimentos e uma
14
certa melhora da habilitação da força de trabalho, isto é, os que
conseguiram emprego, aprenderam a desempenhar novas tarefas do setor
agropecuário. Mas, é também, nesse contexto que, pela dissipação dos
postos de trabalhos permanentes provocadas pela decadência da
monocultura cafeeira, surge a figura do diarista, apelidado de boia-fria.
São adolescentes, jovens e adultos que muitos ainda estão na condição de
subempregados, trabalhando como diarista nas lavouras da região, ou em
pequenas propriedades pertencentes à própria família, embora que após a
instalação da Usina de Cana de Açúcar e um abatedouro de frangos
instalados próximos ao município, houve um número crescente de oferta
de empregos com registro em carteira de trabalho, dando mais segurança
aos trabalhadores. Outros, trabalham no comércio, ocupando as poucas
vagas existentes. O Colégio tem um convênio com CIEE (Centro de
Integração Empresa-Escola do Paraná), para oferecer Estágio Não
Obrigatório remunerado para os alunos que se adequarem aos requisitos
do trabalho, apesar disso, as vagas ofertadas são mínimas, não
atendendo a demanda necessária.
Quanto às condições sócio-econômicas, algumas famílias dessa
comunidade são relativamente estabilizados são: pequenos e médios
proprietários de terras, comerciantes, bancários, funcionários públicos, e
etc., porém, a maior parte das famílias compõe-se de trabalhadores de
baixa renda.
A escolaridade da grande maioria dos pais é o Ensino Fundamental
(muitos incompletos). Uma parcela menor tem o Ensino Médio (alguns
incompletos). Porém, agora muitos estão motivados ao regresso dos
estudos frequentando a EJA e Alfabetização de Adultos, por conta da
competitividade, do grau de escolaridade e pelas oportunidades que o
estudo poderá vir a favorecer dentro e fora de outras empresas e mesmo
na vida pessoal.
Os alunos, mais especificamente do período noturno, apresentam
uma característica peculiar, ou seja, não têm muitas aspirações em
15
relação aos estudos, trabalho e projeto de vida, falta de objetivos, o que
acaba refletindo diretamente no trabalho de sala de aula, pois devido à
necessidade de trabalhar, têm pouco tempo para se dedicarem aos
estudos, consequentemente não apresentam bons resultados na escola.
Na medida do possível e com os recursos de que dispomos temos assistido
esses alunos em diversas situações.
Temos problemas de alunos faltosos e desistentes, alguns casos
de indisciplina em sala de aula (principalmente no noturno). Através de
levantamento realizado, verificamos que a maioria dos alunos que
desistem dos estudos, não conseguem conciliar os estudos com o
trabalho, então acabam evadindo. Através de pesquisa, certificamos um
aumento considerável no número de matrículas para o Ensino Médio no
colégio, em 2007 tínhamos 208 alunos matriculados, em 2008 aumentou
para 236, em 2009 foram 265 ,em 2010 foram 248 alunos matriculados.
Atualmente, no ano letivo de 2011 estão matriculados 272 alunos (dados
coletados na secretaria da escola). Os pais dos alunos, principalmente do
período noturno, não acompanham muito a vida a escolar do filho, a não
ser quando são convidados à participarem em reuniões e outros eventos.
A abertura de um novo turno (matutino) foi conquistado no ano de
2010, atendendo uma solicitação da comunidade (alunos e pais), não
sendo mais necessário o deslocamento de alguns alunos para outras
cidades em busca de um Ensino Médio diurno.
Por outro lado, apesar de alguns problemas existentes no espaço
escolar, observamos muitos alunos talentosos, que possuem grande
potencial, tanto para aprendizagem, como para diferentes manifestações
artísticas e culturais como: música, teatro, danças, feira de ciências, etc
principalmente no matutino, os quais são bem participativos. No entanto,
no período noturno, acaba dificultando o desenvolvimento de uma
proposta de trabalho com estes alunos, pois o contato com os mesmos
fica restrito ao horário de aula, visto que a maioria são alunos
trabalhadores.
16
Com relação aos colegiados, APMF, Grêmio Estudantil e Conselho
Escolar, estes têm uma participação razoavelmente boa nas atividades
escolares, mas não a ideal, necessitando de maior envolvimento, não
apenas como uma legalidade funcional, mas com efetiva função decisória
dentro dos princípios da Gestão Democrática.
No que se refere aos docentes do colégio, a minoria são QPM,
alguns já fixados na própria escola. O horário de aula é elaborado de
maneira concentrada para que os mesmos possam realizar a hora-
atividade juntamente com outros professores da mesma área de ensino ou
disciplina. Oportunamente é realizado pela equipe pedagógica, estudos
com os professores. São realizados trimestralmente, pré conselhos e
conselhos de classe, reuniões pedagógicas envolvendo direção,
professores e funcionários. São realizadas reuniões de pais sempre que
necessário. Trimestralmente são entregues os boletins com as notas dos
educandos, a equipe pedagógica também realiza um trabalho de
conscientização com o aluno com relação aquilo que ele necessita
melhorar em termos de frequência, participação nas aulas, realização das
atividades, enfim todas as ações para que melhore o desempenho escolar.
Os professores das diferentes áreas do conhecimento, ministram
suas aulas utilizando sempre que possível, os recursos que a escola
disponibiliza: mimeógrafo, TV multimídia, vídeo, DVD, computador,
laboratório de informática, laboratório de Química, Física e Biologia,
mapas, biblioteca e internet para pesquisa, aparelho de som, livros
didáticos, dentre outros, procurando promover a aprendizagem de forma
significativa.
O colégio oferece ainda o ensino extracurricular: CELEM (Centro de
Língua Estrangeira Moderna) Espanhol, oportunizando um complemento
curricular que vem acrescentar ao educando mais conhecimento. Em
2011, houve abertura de demandas para Atividades Complementares
Curriculares de Contraturno - Mundo do Trabalho e geração de rendas
17
(Preparatório para o Vestibular) e Atividade Complementar – Hora
Treinamento.
Quanto ao sistema de avaliação, os alunos são avaliados através de
provas escritas, trabalhos de pesquisas (individual e/ou equipes),
atividades desenvolvidas em sala de aula, debates, seminários, sempre
proporcionando instrumentos diversificados de avaliação, tendo em vista
conseguir melhor desempenho no processo ensino aprendizagem.
Na luta pela transformação social, o Colégio busca continuamente
estratégias que ressaltem o cotidiano dos alunos para à partir da realidade
constatada, construir os saberes escolares necessários à formação do
homem e do cidadão.
Em cumprimento aos dispositivos legais contemplados na Lei
11.645/08, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e
Cultura Afro- Brasileira, Africana e Indígena na Educação Básica o Colégio
vem desenvolvendo atividades dentro de cada disciplina voltadas para o
resgate à contribuição dos povos negros e indígenas nas áreas sociais,
econômicas e políticas pertinentes, à História do Brasil.
Também temos uma Equipe Multidisciplinar, formada pela
comunidade escolar (direção, equipe pedagógica, professores e
funcionários), que está em processo de formação continuada, realizando
estudos, encontros e elaborando plano de ação para ser desenvolvido
conforme prevê a SEED.
Outro ponto importante que a escola vem trabalhando em seu
interior é o respeito de Gênero e a Diversidade Sexual, na tentativa de
combater qualquer forma de discriminação, preconceito e/ou atitudes
homofóbicas contra as pessoas lésbicas, gays, bisexuais, travestis e
transexuais (LGBT).
O número de funcionários existentes no colégio não é satisfatório,
necessitando de mais pedagogas, agente educacional I e II. Também faz-
se necessário a contratação de um inspetor de alunos, um assistente de
18
execução e também um caseiro para cuidar das dependências do colégio,
devido a invasões que ocorrem de pessoas “estranhas” à este
estabelecimento de ensino.
Quanto as condições físicas do prédio escolar, melhorou
consideravelmente, pois recentemente, em 2010 o colégio passou por
reforma em banheiros, forro, pintura, portas, telhado, piso da quadra de
esporte e construção de cozinha com espaço apropriado para guardar
merenda. Porém, a quadra ainda necessita ser fechada com alambrado,
pois a reforma não incluiu esse item, e como o estabelecimento não conta
com nenhuma pessoa que possa fazer a segurança do seu patrimônio nos
horários em que não há aula e nos finais de semana, frequentemente a
quadra é utilizada sem permissão ( pulam o muro), e sendo assim, o
colégio fica totalmente “exposto” a atos de vandalismo.
As instalações elétricas do prédio são antigas, nunca foram
trocadas, e necessitam manutenção. Também necessitamos de um
refeitório, pois os espaços utilizados para estes fins não são apropriados,
se encontram fora dos padrões exigidos.
Necessita também de um espaço apropriado para apresentações
artísticas, culturais, reuniões e outros eventos realizados na escola com a
presença de toda comunidade escolar e local.
Temos laboratório de Informática (Paraná Digital) atendendo a
comunidade escolar, porém apresenta problemas de conexão na rede de
internet, o que dificulta o uso durante as aulas. Quanto ao laboratório de
Química, Física e Biologia, em 2010 a escola fez aquisição de diversos
reagentes químicos, através de recursos do fundo rotativo, bem como
recebeu da SEED diversos materiais pedagógicos para aulas práticas de
Biologia, inclusive dois microscópios para utilização com os educandos,
mas necessita a contratação de um assistente de execução para auxiliar
na organização prévia dos materiais para aulas práticas, pois esta é uma
necessidade dos professores para viabilizar esta metodologia.
19
Precisamos adquirir alguns equipamentos eletro/eletrônicos, como
data show, materiais pedagógicos, armários para sala de aula, sala de
professores, bebedouro, mais ventiladores, carteiras novas, etc.
DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2009
SÉRIE Nº ALUNOS
APROVADOS
APROV. C/C
TRANSFERIDOS
DESISTENTES
REPROVADOS
1º A 35 21 2 3 5 4
1º B 40 17 4 4 10 5
1º C 43 29 - 2 7 5
2º A 35 24 3 2 4 2
2º B 39 28 1 3 5 2
3º A 35 26 5 1 2 1
3º B 36 30 1 1 4 -
Total 263 175 16 16 37 19
DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2009
SÉRIE Nº ALUNOS
APROVADOS
APROV. C/C
TRANSFERIDOS
DESISTENTES
REPROVADOS
1º A 35 60% 6 9% 14% 11%
1º B 40 43% 10% 10% 25% 12%
1º C 43 67% - 5% 16% 12%
2º A 35 69% 9% 5,50% 11% 5,50%
2º B 39 72% 3% 8% 12% 5%
3º A 35 74% 14% 3% 6% 3%
3º B 36 83% 3% 3% 11% -
20
ALUNOS REPROVADOS POR DISCIPLINA DE 2009
SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING
1º A 4 4 4 - 4 4 4 4 4 4 - 4
1º B 1 5 4 - 5 5 5 5 4 4 - 5
1º C 4 5 4 - 5 4 5 5 5 4 - 4
2º A - 2 1 - 2 1 2 2 2 2 - 2
2º B - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 - 2
3º A - 1 - - 1 1 1 1 1 1 1 1
3º B - - - - - - - - - - - -
TOT 9 19 15 2 19 17 19 19 18 17 1 18
ALUNOS APROVADOS PELO CONSELHO DE CLASSE DE 2009
SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING
1º A - - - - - - - 1 1 - - -
1º B - - 1 - 2 1 2 1 - 1 - -
1º C - - - - - - - - - - - -
2º A - - - - 3 - 1 1 2 - - -
2º B - - - 1 - - - 1 - - - -
3º A - - - - 4 - - - 5 - - -
3º B - - - - - - - - 1 - - -
TOT - - 1 1 9 1 3 4 9 1 - -
DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2010
SÉRIE Nº ALUNOS
APROVADOS
APROV. C/C
TRANSFERIDOS
DESISTENTES
REPROVADOS
1º A 38 32 - 5 - 1
1º B 28 14 1 6 4 3
1º C 31 14 - 8 5 4
2º A 26 17 2 4 2 1
2º B 32 10 1 9 5 7
2º C 36 26 1 5 4 -
3º A 31 21 3 5 - 2
3º B 33 27 - 3 - 3
Total 255 161 8 45 20 21
21
DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2010
SÉRIE Nº ALUNOS
APROVADOS
APROV. C/C
TRANSFERIDOS
DESISTENTES
REPROVADOS
1º A 38 84% - 13% - 3%
1º B 28 50% 3% 22% 14% 11%
1º C 31 46% - 25% 16% 13%
2º A 26 65% 8% 15% 8% 4%
2º B 32 31% 3% 28% 16% 22%
2º C 36 72% 3% 14% 11% -
3º A 32 68% 10% 16% - 6%
3º B 33 81% - 9,50% - 9,50%
ALUNOS REPROVADOS POR DISCIPLINA DE 2010
SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING
1º A 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1º B 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
1º C - 4 4 - 4 3 4 4 4 4 - 3
2º A - 1 1 1 1 1 1 - 1 1 - 1
2º B - 6 7 - 7 5 6 7 7 7 5 7
2º C - - - - - - - - - - - -
3º A - 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
3º B - 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
TOT 4 20 21 10 21 18 20 20 21 21 14 20
ALUNOS APROVADOS PELO CONSELHO DE CLASSE DE 2010
SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING
1º A - - - - - - - - - - - -
1º B - - 1 - - - 1 1 - 1 - -
1º C - - - - - - - - - - - -
2º A - 1 1 - 2 - - - 1 1 - -
2º B - - - - - - - - 1 1 - -
2º C - 1 - - 1 - - - 1 - - -
3º A - - 3 1 1 - 1 2 1 - - -
3º B - - - - - - - - - - - -
22
TOTAL - 2 5 1 4 - 2 3 4 3 - -DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2011
SÉRIE Nº ALUNOS
APROVADOS
APROV. C/C
TRANSFERIDOS
DESISTENTES
REPROVADOS
1º A 42 28 3 5 - 6
1º B 39 15 3 10 4 7
1º C 38 12 6 11 2 7
2º A 34 24 1 3 - 6
2º B 45 25 3 8 4 5
3º A 30 20 - 6 2 2
3º B 49 25 6 11 2 5
Total 277 149 22 54 14 38
DADOS REFERENTES AO ANO LETIVO DE 2011
SÉRIE Nº ALUNOS
APROVADOS
APROV. C/C
TRANSFERIDOS
DESISTENTES
REPROVADOS
1º A 42 67% 7% 12% 0% 14%
1º B 39 39% 7% 25% 11% 18%
1º C 38 32% 16% 29% 5% 18%
2º A 34 71% 3% 9% 0% 17%
2º B 45 56% 6% 18% 9% 11%
3º A 30 66% 0% 20% 7% 7%
3º B 49 51% 13% 22% 4% 10%
ALUNOS REPROVADOS POR DISCIPLINA DE 2O11
SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING
1º A 4 6 4 6 5 3 3 4 6 6 2 3
1º B 5 5 6 7 5 4 4 5 7 7 3 5
1º C 5 5 6 4 1 4 7 4 5 4 4 5
2º A - 5 6 1 6 - 3 - 5 5 - 2
2º B - 5 4 4 5 2 3 4 5 5 3 4
3º A - 1 1 1 2 2 1 - 2 1 1 1
3º B - 5 4 5 3 4 4 3 5 5 3 3
TOT 14 32 21 31 27 18 25 20 35 33 16 20
23
ALUNOS APROVADOS PELO CONSELHO DE CLASSE 2011
SÉRIE ART BIO E.F FIL FÍS GEO HIST LP MAT QUI SOC ING
1º A 2 2 1 - - - - - - 1 - -
1º B 1 2 - 1 - - - - - 2 - -
1º C 3 1 1 - 1 - 2 1 2 5 - -
2º A - 1 - - - - - - - 1 - -
2º B - - 2 3 - - - 1 1 1 - -
3º A - - 3 1 1 - 1 2 1 - - -
3º B - 4 2 4 1 2 - 1 3 3 1 -
TOT 6 10 9 9 3 2 3 5 7 13 1 -
4.1 Quadro de Pessoal
Nº Discen
tes
Nº Docentes
QPM
Nº Docentes
PSS
NºPedagogo
NºAgente
Educacional II
Nº Agente
Educacional I
Nº Apoio
NºTécnico Administrativo
252 9 11 2 1 1 3 1
Nível de Formação
Função Ens. Fund.
Ens. Médio
Ens. Superior
Pós Metrado Doutorado
Docentes ----------- ---------- ------------ 21 ----------- ---------------
Administrativo ----------- 1 ------------ 2 ----------- ---------------
Apoio ----------- 3 ------------ --------- ----------- ---------------
4.2 Organização do Espaço Físico
O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio funciona
em prédio próprio, localizado em um terreno de 4.872m2, possuindo uma
área construída de 2.462 m, contendo 13 (treze) salas de aula, 07 (sete)
dessas com capacidade para atender 45 (quarenta e cinco) alunos por
24
turma, sendo 06 (seis) utilizadas para atender as turmas de 1º, 2º e 3º
séries do Ensino Médio, as demais com capacidade para atender um
número menor de alunos. Neste ano de 2011 conta com um total de 272
alunos matriculados, com horário de funcionamento nos períodos matutino
e noturno.
O prédio possui ainda 01 (um) laboratório de informática, 01 (um)
laboratório de Química, Física e Biologia, sala para equipe pedagógica,
secretaria, sala de professores, biblioteca, cozinha, banheiros feminino e
masculino, pátio e uma quadra de esportes com cobertura.
Todas as salas de aula possuem ventiladores, carteiras em número
suficiente. O pátio é quase totalmente calçado e coberto. O laboratório de
informática conta com doze máquinas (computadores) para que possa ser
utilizado com os educandos. Com relação ao laboratório de Química, Física
e Biologia, este encontra adequado ao uso.
No que se refere à quadra esportiva, a mesma necessita de
colocação de alambrado no seu entorno para que tenha mais proteção e
evite que a bola saia para fora, caindo até mesmo no quintal das casas
vizinhas.
A escola dispõe também das seguintes tecnologias: 18 (dezoito)
computadores sendo 16 (dezesseis) do programa Paraná Digital, 01 (uma)
máquina de escrever eletrônica, 01 (um) retro-projetor, 01 (um)
mimeógrafo, 12 (doze) televisores sendo 07 (sete) TV multimídia , 01
(um) videocassete, 02 DVDs, 01 (uma) antena parabólica, 01 (um)
aparelho de som, 02 (dois) micro system, 01 (uma) caixa de som
amplificadora, 01 (um) aparelho de fax.
25
5 MARCO CONCEITUAL/ FUNDAMENTAÇÃO
A realidade apontada no diagnóstico do Colégio leva a organização
de um trabalho pedagógico norteada por uma concepção de sociedade,
mundo, homem, educação, cultura, trabalho, escola, conhecimento,
ensino/aprendizagem, avaliação, tecnologia, cidadania, letramento,
currículo que pretendemos conquistar. Estas concepções devem dar conta
de atender aos princípios constitucionais e orientadores da SEED. Esta
organização deverá contribuir para a construção de uma sociedade
igualitária, consciente dos direitos e deveres, participativa, comprometida,
informada, crítica e democrática.
Para tanto será necessário ofertar instrumentos essenciais para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem (conhecimento, técnicas,
assessoramento pedagógico, metodologias diferenciadas, etc);
necessários ao ser humano para que ele possa sobreviver, desenvolver
suas potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participando do
desenvolvimento de seu país e melhorando sua condição de vida,
transformando a realidade na qual esta inserido.
Desta maneira, redefinir os caminhos dentro da Pedagogia
Progressista, considerando a Concepção Histórico-Crítica, será o meio mais
seguro para garantir tal processo.
5.1 Concepção de Sociedade
Desejamos uma sociedade democrática, autônoma, com um tipo
de desenvolvimento sustentável, desenvolvimento que se faça com a
natureza e não contra ela, visando o suficiente e decente para todos e não
a acumulação para poucos. Um tipo de sociedade solidária onde todos
possam compartilhar dos bens culturais a fim de liquidar com a exclusão e
a miséria, assegurando a todas as pessoas um nível mínimo de cidadania
e auto-estima.
Uma sociedade que tenha “compromisso com o desenvolvimento,
26
ou seja, com ótima utilização de nossas riquezas naturais e culturais, com
as técnicas adequadas aos nossos ecossistemas e com a criatividade e a
capacidade de trabalho de nossos profissionais e de nosso povo, dando
autonomia e rompendo com as dependências externas que nos
oprimem” (Boff 2000, p. 68).
5.2 Concepção de Homem
Pretende-se a formação de um sujeito crítico, capaz de
compreender seu tempo histórico e nele agir com consciência. “Afinal,
minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas a de
quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas
objeto, mas sujeito também da História.” (FREIRE, 1996, p.55 )
Um homem participativo, consciente dos seus direitos e deveres no
exercício de sua cidadania. Um ser humano solidário e ético capaz de viver
e conviver em harmonia com o próximo e com seu meio ambiente.
5.3 Concepção de Educação/escola
A educação deverá ser uma possibilidade igual para todos, em
qualidade e quantidade. De acordo com Pinto (1994, p. 66), “a educação
altera o ser humano pois o homem que adquire o saber , passa ver o
mundo e a si mesmo de outro ponto de vista. Por isso se torna um
elemento transformador de seu mundo”.
A escola é necessária para que as novas gerações se apropriem do
conhecimento, conforme SAVIANI (p. 33), a escola é uma instituição cujo
papel consiste na socialização do saber sistematizado. Entretanto, sua
finalidade não deve limitar-se à comunicação do saber formal, científico,
técnico, artístico, etc. “Esta comunicação é indispensável, está claro,
porém o que se intenta por meio dela é a mudança da condição humana
do indivíduo que adquire o saber” . Esta é a finalidade da educação. Tal é
27
a razão de que todo movimento educacional tenha consequências sociais
e políticas.
A escola que queremos trabalhará no sentido de que os educandos
assimilem ativamente os conhecimentos (formando habilidades e hábitos)
e adquiram convicções fundamentais de solidariedade e igualdade entre
os seres humanos, assim como hábitos de convivência, de luta, de
trabalho, de conquista individual e coletiva.
Em suma, a escola deverá voltar-se para abertura, para a
desestabilização, para o movimento e a mudança. Para ajudar a formar
indivíduos não conformistas e questionadores. Deverá contribuir para a
construção de uma cultura compartilhada. Deve constituir um espaço de
lutas, buscas, relações, diálogos, confrontos e desafios. É preciso que o
professor seja um ser crítico, aberto a curiosidade dos seus alunos, que
busque conhecer suas necessidades e inquietudes, promovendo e
incentivando a participação e a construção do conhecimento do educando,
pois de acordo com Freire (1996), ensinar não é transferir conhecimento
mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.
5.4 Concepção de Conhecimento
O currículo do Ensino Médio deve ser composto por uma concepção
ampla de conhecimento, que envolva as dimensões científicas, artísticas e
filosóficas, que ofereça ao estudante uma formação ampla, porém
necessária para o enfrentamento da realidade social, econômica e política.
Assim :
“um projeto pedagógico que objetive a formação humana requer recolocar a ênfase sobre os sujeitos, organizando o conhecimento escolar de forma a privilegiar os princípios do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia, os quais devem perpassar todo o tratamento dos conteúdos escolares. Trabalhar as disciplinas numa perspectiva relacional, para que a fragmentação do conhecimento escolar possa ser diminuída, pela integração dos saberes escolares com os saberes cotidianos em contraposição a visão hierarquizada
28
e dogmática do conhecimento”. (BERNSTEIN, 1999).
Com base em Avalos (1992), os conhecimentos escolares
necessários a uma educação de qualidade devem, possibilitar o bom
desempenho no mundo imediato, bem como a análise e a transcendência
das tradições culturais do educando. Conhecimentos e processos que
contribuam para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos que
procurem compreender como as coisas se tornaram o que são e como
fazer para que elas venham a ser diferentes.
Conhecimentos que visem à construção de indivíduos capazes de
bem lidar com a diferença e a mudança, que valorizem a inovação e que
saibam questionar, desafiar e propor alternativas; devem também projetar
e ajudar a desenvolver uma sociedade na qual todos os indivíduos sejam
valorizados e tenham garantido um padrão mínimo de qualidade de vida,
não só em termos materiais como também em termos culturais e sociais.
5.5 Concepção de Ensino-Aprendizagem
Numa escola pensada na Pedagogia Progressista, fundamentada
numa tendência Histórico Crítica, o processo de ensino-aprendizagem
deve possibilitar que os sujeitos professor e alunos se encontrem,
troquem, socializem conhecimentos, experiências, afetos, histórias,
sonhos e utopias. O professor (ensinante) vai ser o mediador desse
processo, com instrumentos pedagógicos e psicológicos, para que os
alunos (aprendentes) respondam e cheguem as novas zonas de
desenvolvimento.
É na escola, como instituição universalmente responsável pela
transmissão e socialização do saber sistematizado, que o processo de
aprendizado acontece, assim, a finalidade do ensino é promover a
interação entre o aluno e o conhecimento, de modo a possibilitar o acesso
e a incorporação de elementos culturais essenciais à sua transformação
29
enquanto síntese das múltiplas relações sociais. São atividades que
promovam a reflexão-ação sobre a realidade, possibilitando um processo
mais significativo de apropriação-socialização-produção do saber.
É pela mediação da escola, dá-se a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita. Trata-se de um movimento dialético, isto é, a ação escolar permite que se acrescentem novas determinações que enriquecem as anteriores e estas, portanto, de forma alguma são excluídas. Assim, o acesso à cultura erudita possibilita a apropriação de novas formas através das quais se pode expressar os próprios conteúdos do saber popular. (SAVIANI, 1992, p. 29).
5.6 Concepção de Educação Inclusiva
A educação inclusiva é um processo de educar conjuntamente e de
maneira incondicional, nas classes de ensino comum, alunos ditos normais
com alunos que apresentem necessidades educacionais especiais. A
inclusão beneficia a todos, uma vez que sentimentos de respeito à
diferença, de cooperação e de solidariedade podem se desenvolver.
Com este propósito, busca-se que o processo de inclusão
educacional seja efetivo, assegurando o direito à igualdade com equidade
de oportunidades. Isso não significa um modo igual de educar a todos,
mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que
cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
É partindo desse princípio que entendemos que embora a escola
regular seja local preferencial para a promoção da aprendizagem a
inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, há uma
parcela de alunos que, em função de seus graves comprometimentos ou
necessidades de comunicação diferenciada, requer atenção
individualizada e adaptações curriculares significativas, e que necessitam
que seu atendimento seja realizado em classes ou escolas especiais.
Mesmo nesses casos, não há que se perder de vista a necessidade de um
30
trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na
aprendizagem do aluno de modo a não se caracterizarem dois processos
distintos e desvinculados, ou seja, educação regular e a especial
(Carvalho, 2000).
Conforme afirma Carvalho, “Para incluir um aluno com
características diferenciadas numa turma dita comum, há necessidade de
se criar mecanismos que permitam, com sucesso, que ele se integre
educacional, social e emocionalmente com seus colegas e professores e
com os objetos do conhecimento e da cultura.”(Carvalho, 2004, p.158).
Assim, mesmo que os alunos apresentem características
diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas também, de
condições socioculturais diversas econômicas desfavoráveis, eles terão
direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos
no contexto da escola regular. Para isso acontecer efetivamente, será
necessário a revitalização das escolas e da provisão de recursos humanos,
materiais, técnicos e tecnológicos pelos Sistemas de Ensino. Para que
aconteça a inclusão, além de fazer adaptações físicas, a escola precisa
oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas
regulares, de preferência no mesmo local.
5.7 Concepção e Princípios da Educação Étnico-Racial
A Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Lei nº 11645 de 10 de
março de 2008 altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996,
modificada pela Lei nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional para incluir no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira” e “Indígena”.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo
incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a
formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais
31
como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e
dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena, o negro e o
índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas
contribuições nas áreas sociais, econômicas e políticas, pertinente à
história do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à história e a cultura afro-
brasileira e dos povos indígenas serão ministrado no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de arte, literatura e história
brasileira.
Trabalhar com a diversidade cultural, explorando as diferenças
étnico-raciais que estão postas, tanto nas salas de aulas como na
sociedade. Possibilitar a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de seu
lugar, de suas experiências de vida, de lutas diárias. Trazer a tona à
diversidade não são de imediato, atitudes de pacifismo no pedagógico ou
de resoluções das contradições postas na sociedade.
5.8 Concepção de Avaliação
Para uma pedagogia voltada para transformação da sociedade e
para dar atendimento à socialização do conhecimento sistematizado, a
avaliação torna-se instrumento fundamental, na medida em que ela seja
exercida segundo o seu significado constitutivo, “o mecanismo ação-
reflexão-ação” LUCKESI ( 1991).
Numa pedagogia preocupada com a transformação, o exercício da
avaliação deverá ser adequado, normatizado pela própria amplitude
constitutiva desta ação, conforme mencionado acima, ou seja, norteada
por uma visão de totalidade sobre dados relevantes, na perspectiva de
encaminhar a ação e não estagná-la pela classificação. Conforme LUCKESI
(2003) “A avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações
relevantes da realidade para uma tomada de decisão.”
Assim, a avaliação é considerada como acompanhamento da
32
aprendizagem, portanto, uma espécie de mapeamento que vai
identificando as conquistas e os problemas dos alunos, em seu
desenvolvimento. Dessa forma, é contínua, tem caráter investigativo e
processual. Ao invés de estar a serviço da nota, a avaliação passa a
contribuir com a função básica da escola, que é promover o acesso ao
conhecimento e, para o professor, transforma-se num recurso precioso de
diagnóstico.
Com relação ao currículo, “ele deve ser compreendido como o
conjunto de atividades nucleares desenvolvidas pela escola” (SAVIANI,
1992) ou seja, “um currículo é, pois, uma escola funcionando, quer dizer,
uma escola desempenhando a função que lhe é própria”.
5.9 Concepção de Currículo
Diante de uma escola idealizada para cumprir sua função social,
que é proporcionar a todos seus alunos o acesso e aprendizagem do saber
sistematizado, o currículo deve ser visto como o conjunto de todas as
atividades a serem desenvolvidas pela escola.
Um currículo deve ser construído com a participação efetiva de
todos os sujeitos envolvidos com o processo educativo, levando em conta
suas necessidades, suas especificidades, sua realidade. Precisa trabalhar
com as contradições e as especificidades da realidade brasileira, de cada
região, estado ou município, zona urbana ou rural.
“Um currículo contém um projeto de sociedade e um conceito de
cidadania, de educação e de cultura” ( Kramer, 1999, p. 171 ), portanto
deve contribuir para construção de uma sociedade democrática, em que a
justiça social seja de fato um bem distribuído igualitariamente a toda
coletividade.
Com base em Moreira (s/d p. 21 ),
“a seleção curricular deve expressar a realidade da sociedade para
33
qual se destina. Isso implica compreender a natureza dessa sociedade e organizar a educação e o currículo para que expressem e criem os valores adequados a uma sociedade democrática.”
Kramer (1999, p.172), considera que:
é preciso construir um currículo que leve em conta a heterogeneidade e que atue na direção de uma sociedade mais justa, ou seja, respeitar a criança, o jovem, o adulto nas suas particularidades e diferenças, mas garantindo uma mesma qualidade, sem a qual se estaria apenas perpetuando a desigualdade, a opressão, o autoritarismo, a discriminação de gênero, o racismo e tantas outras formas de preconceito sempre contrárias à democracia.
Com este propósito, se faz necessário a construção de um currículo
que garanta que o processo de inclusão seja efetivo, assegurando o direito
à igualdade com equidade de oportunidades. “Isso não significa um modo
igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços
especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas
singularidades”. (CARVALHO, 2004, p.158).
5.10 Concepção de Gestão Democrática
A gestão democrática deve pautar-se sobre os princípios da
participação, autonomia e liberdade. Implica em uma forma de
administrar de forma coletiva.
Na gestão democrática, todos devem ser chamados a pensar,
avaliar e agir coletivamente, percorrendo um caminho que se estrutura
com base no diagnóstico das dificuldades e do conhecimento das
possibilidades do contexto. “Torna-se assim, necessária a organização de
espaços coletivos de reflexão e análise contínuas das práticas
pedagógicas, sociais e escolares, para que todos os educadores, gestores
e professores participem de maneira democrática e construtiva” ( VEIGA,
1998, p. 136).
Numa administração escolar verdadeiramente democrática, todos
34
os envolvidos direta ou indiretamente no processo participam das decisões
que dizem respeito à organização e ao funcionamento escolar. Implica em
uma forma de administrar que abandona o tradicional modelo de
concentração da autoridade nas mãos de uma pessoa, em geral o diretor,
evoluindo para formas coletivas que proporcionem a socialização do poder
de maneira a atingir-lhes os objetivos.
Nesse contexto, instâncias de decisões coletivas que fazem parte
da estrutura de funcionamento da escola – como os colegiados, Conselho
Escolar, APMF, os Conselhos de Classe, Grêmio Estudantil e as reuniões
pedagógicas de professores ou de pais – são fundamentais e merecem
toda a atenção do diretor da unidade, que deverá pautar seu trabalho
pelas discussões e pelos encaminhamentos definidos por elas.
5.11 Concepção de Tecnologia
Conforme Marques (2006, p. 104), “a tecnologia não é
simplesmente ciência aplicada, mas ciência reedificada e impulsionada
por instrumentos técnicos conceituais propositadamente instituídos.” A
tecnologia é, sobretudo, desafio, inovações onde não podemos ignorá-la
ou correremos o risco de sermos devorados por ela.
Assim, o fluxo de informações da atual sociedade impõe novas
perspectivas na formação do professor, exigindo domínio na sua prática
pedagógica que as novas tecnologias vem propiciando, devido ao grande
número de informações trazidas pelas mídias. E nesse contexto o
professor precisa atuar como mediador, transformando as informações em
conhecimentos, de modo a contribuir para que o aluno seja capaz de
selecionar informações e escolher entre o que é inútil e o que é realmente
significativo.
Com a revolução tecnológica a cada dia e momento que passa, a
escola precisa integrar novas ferramentas: computadores, Internet, vídeo,
35
projetor, transparências, data-show, câmera digital, laboratório de
informática etc., as quais fornecem diversas possibilidades de
enriquecimento das práticas pedagógicas. Naturalmente, com essas
ferramentas, o professor não é só convidado, mas obrigado a inovar sua
prática pedagógica ao mesmo tempo que é conduzido a criar novas
formas de ensinar, pois ele próprio corre o risco de ficar dentro da
exclusão digital.
Nesta acepção, Saviani (2003, p. 75) afirma que “a escola tem o
papel de possibilitar o acesso das novas gerações ao mundo do saber
sistematizado, do saber metódico, científico. Ela necessita organizar
processos, descobrir formas adequadas a essa finalidade.” Essas
mudanças sociais exigem grandes transformações na educação que
consequentemente, está ligada diretamente aos educadores, aliás uma
das prioridades nesse processo é a capacitação profissional dos docentes.
5.12 Concepção de Cidadania
Cidadania, na perspectiva democrática, é a materialização dos
direitos legalmente reconhecidos e garantidos pelo Estado, que inclui o
exercício da participação política e o acesso aos bens materiais. É,
também, a condição de participar de uma comunidade com valores e
história comuns, a qual permite aos indivíduos uma identidade coletiva. É,
na verdade, o pleno exercício do direito.
Nessa direção, educar para a cidadania democrática é
essencialmente romper com a cultura autoritária, de submissão, de
mando, impregnada nas diferentes relações sociais; é criar uma nova
cultura a partir do entendimento de que todo e qualquer indivíduo tem
direitos e deveres; é garantir o acesso ao conhecimento que permita-lhe
apreender a complexidade das relações e determinações do conjunto da
sociedade; é prepará-lo para sua inserção no mundo do trabalho, para
compreender o avanço tecnológico e a participação ativa na organização
36
da sociedade.
Para que a escola possa desenvolver um trabalho nesta
perspectiva, faz-se necessária a construção de um projeto pedagógico,
democrático e participativo, em que a formação do sujeito possa ser
assumida coletivamente. Esse processo se desenvolve na prática diária,
através da apreensão dos conteúdos curriculares e na vivência do
exercício da cidadania.
5.13 Concepção de Cultura
Definir o que é cultura não é uma tarefa simples. A cultura evoca
interesses multidisciplinares, sendo estudada em áreas como Sociologia,
Antropologia, História, Comunicação, Administração, Economia, entre
outras. Em cada uma dessas áreas, é trabalhada a partir de distintos
enfoques e usos. Tal realidade concerne ao próprio caráter transversal da
cultura, que perpassa diferentes campos da vida cotidiana. Além disso, a
palavra “cultura” também tem sido utilizada em diferentes campos
semânticos em substituição a outros termos como “mentalidade”,
“espírito”, “tradição” e “ideologia” (Cuche, 2002, p. 203).
A concepção de cultura numa visão mais restrita se refere à
literatura, cinema, arte entre outras, porém seu sentido é bem mais
abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem
através da sua racionalidade, mais precisamente a inteligência, consegue
executar, dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura
por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos
adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.
Marilena Chauí também chama a atenção para a necessidade de
alargar o conceito de cultura, tomando-o no sentido de invenção coletiva
de símbolos, valores, ideias e comportamentos, “de modo a afirmar que
todos os indivíduos e grupos são seres e sujeitos culturais” (1995, p.81).
Valoriza-se o patrimônio cultural imaterial - os modos de fazer, a tradição
37
oral, a organização social de cada comunidade, os costumes, as crenças e
as manifestações da cultura popular que remontam ao mito formador de
cada grupo. Como salienta Botelho: Vale nesta linha de continuidade a
incorporação da dimensão antropológica da cultura, aquela que, levada
às últimas consequências, tem em vista a formação global do indivíduo, a
valorização dos seus modos de viver, pensar e fruir, de suas
manifestações simbólicas e materiais, e que busca, ao mesmo tempo,
ampliar seu repertório de informação cultural, enriquecendo e alargando
sua capacidade de agir sobre o mundo. O essencial é a qualidade de vida
e a cidadania, tendo a população como foco (2007, p.110).
Além das tradicionais atividades culturais, como literatura, artes
visuais, teatro, música, dança, audiovisual, arquitetura e artesanato, as
indústrias criativas também abarcam outros setores como moda, designer,
marketing e propaganda, decoração, esportes, turismo, aparelhos
eletrônicos, tecnologia, telefonia, internet, brinquedos e jogos eletrônicos.
Na relação entre cultura e mercado, acontecem dois processos distintos: a
mercantilização da cultura, quando as atividades culturais passam a ser
concebidas visando à distribuição em massa e, consequentemente, a
geração de lucro comercial; e a culturalização da mercadoria, que ocorre
através da atribuição de valor simbólico a objetos do uso cotidiano.
Esta dimensão não se dá no plano da vida cotidiana do indivíduo,
mas sim em âmbito especializado, no circuito organizado. “É uma
produção elaborada com a intenção explícita de construir determinados
sentidos e de alcançar algum tipo de público, através de meios específicos
de expressão” (Botelho, 2001, p.2).
Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas,
leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos,
comportamentais. Esta dimensão não se dá no plano da vida cotidiana do
indivíduo, mas sim em âmbito especializado, no circuito organizado. “É
uma produção elaborada com a intenção explícita de construir
determinados sentidos e de alcançar algum tipo de público, através de
38
meios específicos de expressão” (Botelho, 2001, p.2).
A Economia da Cultura estuda a influência dos valores, das crenças e dos
hábitos culturais de uma sociedade em suas relações econômicas. “Vista
sob esse ângulo, a cultura é tida como fator de propulsão ou de resistência
ao desenvolvimento econômico” (Reis, 2007, p.1).
Portanto, afirmamos que na atualidade é possível compreender a
cultura através de três concepções fundamentais. Primeiro, em um
conceito mais alargado onde todos os indivíduos são produtores de
cultura, que nada mais é do que o conjunto de significados e valores dos
grupos humanos. Segundo, como as atividades artísticas e intelectuais
com foco na produção, distribuição e consumo de bens e serviços que
conformam o sistema da indústria cultural. Terceiro, como instrumento
para o desenvolvimento político e social, onde o campo da cultura se
confunde com o campo social.
Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a
capacidade de se permanecer quase intacta, e são passadas aos
descendentes como uma memória coletiva, lembrando que a cultura é um
elemento social, impossível de se desenvolver individualmente.
5.14 Concepção de Letramento
No Brasil, o termo letramento integra há pouco tempo o discurso de
especialistas das áreas de educação e de linguística. Foi na segunda
metade do século passado, mais especificamente em 1986, que o termo
letramento surgia no cenário educacional brasileiro.
Nas duas últimas décadas do século passado a maneira de pensar
em relação à leitura e à escrita vem-se transformando enormemente.
Estudiosos têm mudado suas visões no que se refere à linguagem e ela
passa a ser vista como um processo dinâmico em contextos significativos
da atividade social em todos os seus aspectos, quer sejam eles: familiares,
comunitários, profissionais, religiosos etc. Contudo, entendemos que uma
pessoa não aprende unicamente pelo que tem de individual, mas também
39
pelo contexto que a cerca, incluindo significados e usos produzidos em
suas redes de relações com o outro.
Os estudos que contemplam a dimensão do letramento surgem no
âmbito acadêmico na tentativa, por parte de alguns estudiosos, de
separar os estudos sobre alfabetização dos estudos que examinam os
impactos sociais dos usos da escrita (Kleiman, 1995).É importante
explicitar que a alfabetização é concebida, no contexto acima delineado,
no seu sentido convencional, ou seja, é entendida como o modo pelo qual
o sujeito (ou grupo de sujeitos) adquiriu a habilidade de ler e escrever,
sendo considerado alfabetizado. Não está implícita nessa concepção de
alfabetização aquela defendida pelo educador pernambucano Paulo Freire.
Freire (1980) vê a alfabetização como capaz de levar o sujeito a organizar
seu pensamento de forma sistematizada, levando-o à reflexão crítica e,
assim, com possibilidade de provocar transformações sociais.
Soares (1998), afirma que a denominação letramento é uma
versão, em português, da palavra inglesa “literacy”. Palavra essa que quer
dizer pessoa educada, especialmente capaz de ler e escrever (educated;
especially able to read and write).
Assim, na concepção acima delineada, entendemos que a referida
autora parte do pressuposto de que existe um “elo”, uma “conexão”, entre
alfabetização e letramento. Vamos mais adiante ainda: a autora concebe a
alfabetização (aquisição do código da leitura e da escrita pelo sujeito)
como pré-requisito para o letramento (apropriação e uso social da leitura e
da escrita pelo sujeito). Subjacente a essa concepção de letramento está a
ideia de que a escrita pode trazer consequências de ordem social, cultural,
políticas, econômicas e linguísticas, “quer para o grupo social em que seja
introduzida, quer para o indivíduo que aprende a usá-la” (Soares, 1998,
p.17).
Não existe uma concepção única em relação ao termo. Talvez, a
única conclusão a que todos os teóricos chegam é que letramento, desde
a sua origem até as suas mais variadas concepções, está relacionado com
40
a escrita, ou seja, não faz sentido compreender o termo letramento
dissociado da escrita, seja do ponto de vista da dimensão individual
(sujeito ou grupo de sujeitos que adquire a habilidade de ler e escrever) ou
da dimensão social (influências/transformações ocorridas em função da
introdução da escrita na sociedade).
5.15 Concepção de Trabalho
O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi
através dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o
nível atual. O trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação
pessoal e desenvolvimento econômico. Por isso ele é e sempre foi muito
valorizado em todas as sociedades.
O trabalho como parte da história humana, não só as novas formas
de trabalho que surgiram ao longo dos anos, mas por ele próprio ser o
modificador, ser um dos propulsores para a evolução. Antes de falarmos
da evolução, podemos mencionar que já na antiguidade as pessoas
buscavam sua identidade com o trabalho, uma vez que existam grupos
que se firmavam com os seus trabalhos e hoje em dia a situação não é
muito diferente. Antes, o trabalho era de subsistência, hoje em dia, com o
modo capitalista, ele passa a ser visto como uma mercadoria e uma forma
de sempre produzir mais e mais. Com essa evolução surgiram novas
formas de tecnologia que auxiliam no trabalho do ser humano, mas que
também aliena o trabalhador.
Segundo Marx, o trabalho, fruto da relação do homem com a
natureza, e do homem com o próprio homem, é o que nos distingue dos
animais e move a História.
Enfim, o conceito de trabalho é um conceito histórico, é ao longo da
história que vão se colocando novas determinações para este conceito.
Assim, a forma como os homens se organizam para produzir difere de
época para época e tanto o modo geral como eles se articulam como os
conteúdos específicos dos diferentes trabalhos irão mudar e exigir novas
41
nomeações.
5.16 Estágio Não Obrigatório
Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às
exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e
social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo.
Podem ser estagiários os estudantes de: Educação Profissional, de
Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Anos Finais do Ensino
Fundamental que tenham dezesseis (16) anos ou mais.
O Estágio Não Obrigatório, baseia-se na Lei Nº 11.788/2008, que
dispõe sobre o estágio de estudantes, e na Instrução Nº 028/2010, que
orienta os procedimentos do Estágio.
42
6 MARCO OPERACIONAL/ PROPOSIÇÕES DE AÇÕES
AS GRANDES LINHAS DE AÇÃO
O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes - Ensino Médio,
desenvolverá suas atividades administrativas e pedagógicas com vista à
transformação de sua realidade, garantindo a implementação das
seguintes grandes linhas de ações:
Gestão Democrática
Gerir uma escola significa um pensar coletivo na busca de soluções
dos problemas que são apresentados cotidianamente e principalmente
fazer cumprir a função social da escola.
Que se desenvolva uma Gestão Democrática como sendo um
processo político-pedagógico de discussão e planejamento, decisão,
coordenação e execução do conjunto das ações voltadas ao
desenvolvimento da escola.
Que se possa desenvolver um trabalho com enfoque na gestão
pedagógica, gestão financeira e administrativa com diálogo aberto e
permanente frente a sua equipe, com órgãos colegiados, com pais, alunos
e com a comunidade, com vista à melhoria da qualidade de ensino.
Papel das Instâncias Colegiadas
A Direção do Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes - Ensino
Médio, propõe uma Gestão Democrática onde o Conselho Escolar,
Conselho de Classe, alunos representantes de turma, APMF e Grêmio
Estudantil, atuarão de maneira efetiva em todas as questões relativas ao
processo ensino-aprendizagem como em questões pedagógicas,
administrativas e financeiras. A escolha dos membros para a composição
43
dos órgãos colegiados se faz conforme orientações do estatuto específico
de cada órgão, procurando respeitar os princípios da gestão democrática.
Para tanto tem as seguintes proposições para os referidos colegiados:
Conselho Escolar
Que seja o órgão responsável pelo estudo e planejamento, debate
e deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das principais ações
do dia a dia da escola, no campo pedagógico, administrativo e financeiro.
Que se constitua em instrumento de democratização das relações
no interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da
comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a
especificidade do trabalho pedagógico escolar.
Que acompanhe e avalie o trabalho pedagógico desenvolvido pela
comunidade escolar, observando a efetivação das ações propostas no
Projeto Político Pedagógico da Escola.
Que garanta a participação dos membros do Conselho Escolar em
capacitações, reuniões realizadas na escola.
Conselho de Classe
Que seja uma instância de avaliação permanente que tem como
objeto central a análise metodológica para reflexão sobre o processo
avaliativo, rever as ações pedagógicas e contribuir para a alteração do
trabalho escolar a fim de analisar o processo ensino e aprendizagem e
intervir em tempo hábil para proporcionar aos alunos formas diferenciadas
de apropriação dos conteúdos.
Que sejam realizados em cada trimestre, Pré Conselhos por turma,
com alunos em sala de aula, bem como com professores durante a hora-
atividade e Conselhos de Classe Integrado de forma a garantir um
44
processo coletivo de reflexão- ação sobre o trabalho pedagógico.
Que seja um órgão colegiado que atue como co-responsável na
decisão sobre a possibilidade do avanço do aluno para a série seguinte ou
retenção, após a conclusão dos resultados finais, levando em consideração
o desenvolvimento integral do aluno.
APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
Que seja o elo de ligação constante entre pais, professores e
funcionários com a Comunidade, também trabalhe pela busca de
soluções equilibradas para os problemas coletivos do cotidiano escolar,
dando suporte a direção e equipe, visando o bem estar e formação
integral dos alunos.
Que à mesma exerça a função de sustentadora jurídica das verbas
recebidas e desenvolva um trabalho amplo com a família, participe das
decisões e atividades pedagógicas. Para isso, no entanto, o corpo docente,
discente, administrativo e, principalmente, a direção da escola dê abertura
para que os pais possam opinar, reivindicar e compreender a relevância
de seu papel na vida da escola.
Grêmio Estudantil
Que represente condignamente o corpo discente, sendo uma
entidade do segmento estudantil a serviço da ampliação da democracia na
escola através do exercício de suas funções.
Que promova a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar, buscando seus aprimoramentos.
Que incentive a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros.
Que o colégio proporcione ao Grêmio Estudantil condições para que
45
estes possam efetivar seu Plano de Ação adequadamente.
Que a comunidade escolar participe das atividades desenvolvidas
pelo Grêmio Estudantil quando necessário.
Que se promova atividades extracurriculares tais como:
Campeonatos Interclasses, Gincanas, Mostras de Trabalhos, Feira de
Ciências, Noite Cultural, em parceria com o Grêmio Estudantil.
Proposta Pedagógica Curricular
A Proposta Pedagógica está sendo reelaborada com base nas
orientações e conteúdos das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.
Os objetivos, a metodologia, os conteúdos e os fundamentos teóricos,
devem ser pensados a quem se destina, ou seja, aos alunos da escola
pública, portanto devem propiciar o seguinte:
Que se crie as condições necessárias para a participação de todos
na reconstrução coletiva da Proposta Pedagógica, utilizando quando
necessário as reuniões pedagógicas que constam no calendário escolar e
a hora atividade de cada professor.
Que se compreenda a relação intrínseca entre o Projeto Político
Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular.
Que se oportunize debates permanentes e geração de ideias numa
produção social garantindo e fazendo ser garantida a aprendizagem de
todos os alunos.
Que se façam levantamentos dos dados coletados no colégio sobre
os índices de evasão e repetência, a fim de utilizá-los como diagnóstico
para discussão e reflexão coletiva visando a melhoria e a qualidade de
ensino, bem como a permanência dos alunos na escola.
Formação Continuada
46
A formação continuada é um processo contínuo e permanente de
desenvolvimento de todos os profissionais que atuam na educação,
mediante ações dentro e fora das escolas. A formação continuada, deve
incentivar a apropriação dos saberes pelos professores, rumo à autonomia,
e levar a uma prática crítico-reflexiva, abrangendo a vida cotidiana da
escola e os saberes derivados da experiência docente. Concebe-se essa
formação voltada para o desenvolvimento de uma ação educativa capaz
de preparar os alunos para a compreensão e transformação positiva e
crítica da sociedade em que vive. É preciso que esteja apto a acionar um
ensino que corresponda à formação do educando, de modo que esta
esteja compatível com os avanços que se descortinam nas múltiplas
atuações sociais. Isso requer, certamente, que o educador esteja atento,
aberto e partícipe a todas e a quaisquer oportunidades que o levem a
ascender tanto no plano pessoal quanto no profissional.
Assim, o Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio,
empenhará todos os esforços possíveis, para o aprimoramento de toda
comunidade escolar, efetivando as seguintes ações:
Que se propicie durante a hora- atividade e em outros momentos a
atualização teórico metodológica, através da organização de grupos por
disciplinas ou áreas afins para estudos, leitura e discussão de assuntos
relacionados à prática do fazer pedagógico em sala de aula e também de
assuntos e informações atuais emanadas pela Secretaria de Estado de
Educação.
Que possam ter acesso às informações atualizadas em educação
de modo a refletir sobre a atuação docente em relação aos desafios a
superar.
Que participem de cursos de capacitação, formação continuada,
ofertados pela SEED e outras Instituições de Ensino, reuniões técnicas ou
pedagógicas promovidas pelo Núcleo Regional de Educação, além dos
cursos à distância (online) conforme os interesses pessoais.
47
Que se crie condições necessárias para que a Equipe Pedagógica
da escola possa assessorar e refletir junto aos professores em suas horas-
atividades e em outros momentos sobre o processo ensino-aprendizagem.
Que se compreendam as reuniões pedagógicas, os conselhos de
classes como momentos coletivos e individuais de reflexão sobre a prática
pedagógica e da maneira como está sendo encaminhada a educação no
colégio.
Que sejam viabilizados a todos, cursos básicos de informática no
próprio local de trabalho, ou seja, na escola de sua lotação, através do
CRTE do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí.
Que as horas - atividades dos professores sejam feitas entre as
áreas afins de modo a facilitar o trabalho coletivo.
Que se possa criar grupos de estudos na escola conforme as
necessidades da escola e do professor.
O Processo de Avaliação
As expectativas de aprendizagens devem estar claramente
expressas nos objetivos, nos critérios de avaliação propostos. Assim a
avaliação será realizada de maneira:
Que a avaliação seja diagnóstica, processual e contínua. Onde os
registros sejam feitos continuamente em livros próprios.
Que o processo avaliativo contemple a observação dos avanços e
da qualidade alcançada pelos alunos em suas aprendizagens.
Que possa subsidiar o professor sobre a reflexão de sua prática
pedagógica, da criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada
dos aspectos que devam ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.
Que o professor avalie continuamente o desempenho de seus
alunos acompanhando-os sistematicamente e utilizando-se de diversos
48
instrumentos e situações que possibilite a aprendizagem.
Que a avaliação seja um instrumento para avaliar o trabalho
escolar, o desempenho da direção, equipe pedagógica, professores,
funcionários e instâncias colegiadas, buscando melhores alternativas para
que o trabalho escolar seja verdadeiramente efetivo.
Que sejam tomadas decisões pedagógicas decorrentes dos
resultados da avaliação, de modo que possa orientar a reorganização da
prática educativa do professor no seu dia a dia e ações como o
acompanhamento individualizado pelo professor quando necessário além
de propiciar à todos a retomada do conteúdo que não fora apreendido.
Que a avaliação seja realizada em função dos conteúdos,
utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as
concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-
Pedagógico da escola.
Que a avaliação seja trimestral, onde a média seja composta pela
somatória das melhores notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo
específico e/ou blocos de conteúdos afins, atendendo as especificidades
de cada disciplina, conforme previsto no Regimento Escolar.
Que para cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins
definidos no Plano de Trabalho Docente, os professores utilizem no mínimo
dois diferentes instrumentos para avaliar o aluno, tais como: prova
escrita, prova oral, trabalho individual e em grupo, seminários, pesquisas,
atividades domiciliares, relatórios, etc.
Que se oferte recuperação de estudos concomitante ao processo
ensino aprendizagem, disponibilizando a todos os alunos, independente do
nível de apropriação dos conhecimentos nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação.
Que ao final de cada trimestre sejam entregues os boletins aos pais
e/ou responsáveis dos alunos e aos próprios alunos quando maiores de
49
idade, realizando um trabalho de reflexão do desempenho escolar com
os mesmos, com a finalidade de melhorar o ensino-aprendizagem.
Adaptação, Classificação, Reclassificação e Regularização
de vida escolar
a) Adaptação
Que o colégio siga as instruções do Regimento Escolar, bem como
a Deliberação que trata da adaptação de estudos como um conjunto
atividades didático-pedagógicas desenvolvidas sem prejuízo das
atividades previstas na Proposta Pedagógica deste Colégio, para que este
possa seguir o novo currículo.
b) Classificação
Que o colégio oferte o processo de classificação no Ensino Médio,
como um procedimento de caráter pedagógico centrado na
aprendizagem, com objetivo de posicionar o aluno na etapa de estudo
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por
meios formais ou informais.
Que se observe e respeite os critérios de classificação previstos no
Regimento Escolar e Deliberação própria.
c) Reclassificação
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de
ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado,
preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas
curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudo compatível
com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que
registre o seu Histórico Escolar.
50
Que se observe os critérios para realização do processo de
reclassificação, previstos no Regimento Escolar.
d) Regularização de vida escolar
Quando se detecta alguma irregularidade na vida escolar do aluno,
é de responsabilidade do diretor do estabelecimento que detiver a
matrícula do aluno, resolver o problema, buscando a orientação do Núcleo
Regional de Educação, bem como as orientações previstas na Del.° 09/01.
6.1 Organização Interna da Escola – Função Específica de
Cada Segmento
a) Direção
Que promova a integração entre a escola e a comunidade como
princípio de uma gestão democrática, garantindo a efetivação do projeto
político pedagógico, buscando recursos para melhoria e qualificação dos
espaços escolares e contribuir para a formação continuada de todos os
profissionais do colégio.
Que busque a participação dos pais quanto ao acompanhamento
da vida escolar de seus filhos, através de reuniões, convocações e outras
atividades, procurando manter a integração entre escola e comunidade.
Que seja responsável pela elaboração do plano de aplicação
financeira e prestação de contas dos recursos recebidos, submetendo-se à
aprovação do Conselho Escolar, divulgando-o para toda comunidade
escolar através de edital.
Que busque proporcionar um relacionamento cooperativo de
trabalho, entre todos os segmentos da escola, alunos e pais.
51
b) Equipe Pedagógica
Que acompanhe o processo pedagógico, dando suporte aos
professores no que se refere a organização do trabalho didático,
garantindo a efetivação do Projeto Político Pedagógico, bem como
cumprimento da Proposta Pedagógica Curricular e do Regimento Escolar.
Que estabeleça o contato com a família do aluno, acompanhando a
frequência escolar e desempenho na aprendizagem, implementando ações
para evitar a evasão escolar, fazendo quando necessário o preenchimento
da FICA.
Que acompanhe o professor dando as orientações necessárias no
processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente, preenchimento
de Livro de Registro de Classe e demais atividades pedagógicas, bem
como faça a conferência trimestral dos Livros.
Que organize e coordene reuniões de pais, pedagógicas, pré-
conselho, conselho de classe e grupos de estudos para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico.
Que se acompanhe o Estágio Não Obrigatório, através de relatório
do responsável do ambiente de trabalho, afim de acompanhar se as
atividades estão adequadas às exigências Pedagógicas.
c) Professores
Que busquem metodologias diversificadas na sala de aula,
permitindo níveis diferenciados de compreensão, de conhecimento
assegurando a aprendizagem.
Que tenha como referencial teórico o PPP e a Proposta Pedagógica,
articulados com o Plano de Trabalho Docente efetivando-se no processo
ensino aprendizagem.
Que proporcione aos alunos ao longo do trimestre, diferenciados
52
instrumentos de avaliação, de modo que esta seja realmente
processual.
d) Funcionários
Fazer cumprir a Lei Complementar nº 123/08, que explicita o papel
dos agentes educacionais no interior da escola.
Proporcionar a formação continuada, dando oportunidade aos
funcionários de participar em cursos de capacitação oferecidos pela
mantenedora e outros, contribuindo para sua qualificação profissional.
Que tenha participação efetiva nas tomadas de decisões,
administrativas e pedagógicas considerando-os como parte integrante da
comunidade escolar.
6.2 Critérios para Utilização dos Espaços Educativos
O prédio escolar do Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes –
Ensino Médio é utilizado de maneira compartilhada com o Ensino
Fundamental de 1ª à 4ª séries da rede municipal. Somente os ambientes:
laboratório de informática, laboratório de Física, Química e Biologia,
secretaria e a sala dos professores são utilizados apenas pelo ensino
médio.
Sendo assim, cada estabelecimento adota critérios diferenciados
para os demais ambientes.
a) Biblioteca Escolar
Constitui-se em um espaço pedagógico, cujo acervo estará a
disposição de toda comunidade escolar.
53
Os critérios de utilização desse espaço estão descritos no
Regimento próprio existente no colégio, elaborado pela Direção e Equipe
Pedagógica e aprovado pelo Conselho Escolar. Nele estão estabelecidos
os critérios de utilização dos livros, as normas para utilização do ambiente
da biblioteca, as sanções com relação ao não cumprimento dessas
normas.
b) Laboratório de Física, Química e Biologia
As atividades práticas a serem realizadas no laboratório devem
exigir a participação de todos os alunos de forma efetiva e não
meramente mecânica; ou seja, eles devem saber os diferentes materiais e
as etapas do procedimento experimental para que se possa consolidar
uma aprendizagem significativa exigindo tanto a manipulação de
materiais como a elaboração de hipóteses e ideias confrontando
concepções e fatos observados.
Para que as atividades práticas atinjam seus objetivos, deve-se
planejá-las de modo que o tempo reservado a seu desenvolvimento esteja
de acordo com o tempo exigido pela experimentação proposta, além de
testá-las previamente e fazer os ajustes necessários considerando
também as características de cada turma.
O registro pode ser utilizado de várias formas como através do
desenho, listas, textos, relatórios etc. O essencial é que desse registro
conste a descrição dos materiais, as etapas do trabalho prático, as
discussões do resultado e a observação do aluno com base em
informações científicas. Portanto é um recurso que deve ser muito
utilizado já que a relação entre teoria e prática deve ser uma constante,
pois essas aulas trazem para o aluno interesse e participação, assim como
se torna mais fácil o entendimento do conteúdo trabalhado.
54
c) Laboratório de Informática
O laboratório de informática deve ser utilizado como espaço de
crescimento aos profissionais do colégio, enriquecendo suas aulas, e
promovendo o crescimento pessoal e profissional.
Sua utilização será regulamentada por um cronograma sistemático,
elaborado pela Equipe Técnico Pedagógico para que seja utilizado de
maneira democrática, sendo oportunizado a todos.
d) Quadra Esportiva
Que este ambiente seja especificamente utilizado pela comunidade
escolar – alunos, professores, direção, etc. _ do Ensino Médio e também
fundamental de 1ª à 4ª séries, uma vez que o município possui um termo
de cessão de uso do prédio que pertence ao estado.
Que as atividades a serem desenvolvidas neste ambiente sejam
aquelas à que o ambiente se destina: aulas da disciplina de Educação
Física, atividades culturais e artísticas, promoções e eventos realizados
pela escola, tanto da rede estadual, quanto da rede municipal.
6.3 Critérios para Organização de Turmas e Distribuição de
Professores.
A organização de turmas para as primeiras séries, é realizada por
ordem de matrícula; e para as demais séries, o aluno permanece
matriculado na mesma turma, apenas na série subsequente. Com relação
ao aluno reprovado, ele poderá optar pela turma que desejar, se houver
vaga, caso contrário terá que frequentar e matricular na vaga existente.
Quanto a distribuição de aula, a direção, juntamente com o (a)
Documentador (a) Escolar, coloca em Edital as turmas e os períodos que
55
serão ofertados para o ano letivo, com clareza, de forma que os
professores possam escolher suas aulas conforme a Resolução de
Distribuição de Aulas e a classificação enviada pela SEED, onde estabelece
as prioridades de cada um.
6.4 Qualificação dos Recursos Físicos, materiais e
Pedagógicos
Nos últimos anos muitos espaços foram melhorados através da
qualificação material destes ambientes, mas muitos outros espaços
necessitam com urgência de serem melhorados:
Que sejam repassados recursos para realização de reparos na parte
elétrica do prédio escolar.
Que seja feito o fechamento da quadra, garantindo boas condições
para realização das aulas práticas de Educação Física e para outros
eventos educativos, bem como a proteção para evitar que seja utilizada
sem permissão, por pessoas que não pertencem à comunidade escolar, e
muitas vezes depredam e cometem vandalismos contra o patrimônio
público.
Que haja reposição a utensílios, mobiliários, eletrodomésticos,
quando se fizerem necessários aos órgãos competentes.
Que haja incentivo à leitura e a pesquisa no espaço escolar com
utilização da biblioteca e o laboratório de informática.
Que a realização das aulas práticas em laboratório sejam de forma
efetiva, planejada e registrada constantemente, de modo a consolidar
teoria e prática.
6.5 Especificidades Locais (projetos e eventos)
Desenvolver e aperfeiçoar programas de incentivo a cultura que
56
envolvam todos os segmentos da comunidade escolar, bem como
incentivar participação em programas oferecidos pela mantenedora.
Que os alunos, professores, direção, equipe pedagógica, pais e as
instâncias colegiadas sejam elaboradores e executores de atividades
como: feira de ciências, torneios, campeonatos esportivos, promoções e
eventos culturais e artísticos de maneira geral.
Que sejam discutidos e elaborados programas voltados para
melhoria da aprendizagem dos educandos e também organização e
participação em projetos ofertados pela mantenedora, tais como:
Atividade de Complementação Curricular (contra turno), CELEM, Jogos
Escolares e etc.
Que se valorize e trabalhe História e Cultura Afro – Brasileira,
Africana e Indígena, nas diversas disciplinas quando os conteúdos
proporcionarem a abordagem dessa temática.
Que a Equipe Multidisciplinar procure incentivar e acompanhar as
ações previstas no Plano de Ação referente à Educação das Relações
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana
e/ou Indígena.
Que a escola acompanhe e auxilie a Equipe Multidisciplinar a
implementar ações no sentido de combater toda atitude de discriminação,
bullying contra os alunos.
Que se desenvolva ações voltadas para o respeito à Diversidade de
Gênero, com intuito de combater o preconceito e a discriminação.
Que se faça a reposição de aulas ou complementação de carga
horária aos sábados, podendo a escola, quando oportuno, fazê-la através
de atividades extra-classe, com a presença de professores e alunos.
Que haja participação e envolvimento dos professores e alunos no
desenvolvimento do Programa de Educação Fiscal.
Que se desenvolva ao longo do ano, ações de prevenção e combate
57
à Dengue, conforme Plano de Ação do Comitê de Combate à Dengue.
Que se busque junto ao comércio e indústrias do município
oportunidade de estágio não obrigatório para os alunos do
estabelecimento.
6.6 Recurso que a Escola Dispõe para Realizar suas
Atividades
O Colégio Estadual Cândido Berthier Fortes – Ensino Médio, para
realizar suas atividades e manter sua infra-estrutura, dispõe de recursos
financeiros emanados da entidade mantenedora, ou seja, da SEED –
Secretaria de Estado da Educação (Fundo Rotativo), e o PDDE – Programa
Dinheiro Direto na Escola do Governo Federal. O colégio também realiza
algumas promoções em parceria com APMF a fim de complementar os
gastos.
Quanto aos recursos humanos para realização das atividades,
temos carência de alguns profissionais como: auxiliar administrativo.
Também temos poucos professores QPM lotados no estabelecimento, o
que ocasiona alta rotatividade de professores todos os anos.
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7 - REGIME DE FUNCIONAMENTO
O regime de funcionamento do Colégio é organizado por séries
anuais, funcionando nos períodos: matutino e noturno.
O Colégio oferta as disciplinas contidas na Matriz Curricular,
conforme abaixo:
7.1 Matriz Curricular
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MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 22 - PARANAVAÍ MUNICÍPIO: 0900 - GUAIRAÇÁ
ESTABELECIMENTO: 00217 – CÂNDIDO BERTHIER FORTES, C. E. - E. MÉDIO
ENDEREÇO: RUA MARANHÃO, 1193
FONE: (44) 3442-1346
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BA
SE
N
AC
ION
AL
CO
MU
M
DISCIPLINAS SÉRIES
1ª 2ª 3ª
ARTE 2
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 3 2
GEOGRAFIA 2 2 3
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3
MATEMÁTICA 3 3 3
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB-TOTAL 23 23 23
PARTE
DIV
ER
SI
FIC
AD
A LEM - ESPANHOL* 4 4 4
LEM - INGLÊS 2 2 2
SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM – Espanhol
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MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 22 - PARANAVAÍ MUNICÍPIO: 0900 - GUAIRAÇÁ
ESTABELECIMENTO: 00217 – CÂNDIDO BERTHIER FORTES, C. E. - E. MÉDIO
ENDEREÇO: RUA MARANHÃO, 1193
FONE: (44) 3442-1346
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BA
SE
N
AC
ION
AL
CO
MU
M
DISCIPLINAS SÉRIES
1ª 2ª 3ª
ARTE 2
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 3 2
GEOGRAFIA 2 2 3
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3
MATEMÁTICA 3 3 3
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB-TOTAL 23 23 23
PARTE
DIV
ER
SI
FIC
AD
A LEM - ESPANHOL* 4 4 4
LEM - INGLÊS 2 2 2
SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM – EspanholSerão ministradas três aulas de 50 minutos e duas aulas de 45 minutos
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7.2 Critérios para Elaboração do Calendário Escolar
O Calendário Escolar será anualmente elaborado pela Direção e
toda comunidade escolar do estabelecimento, sendo aprovado pelo
Conselho Escolar segundo as orientações determinadas pela SEED, e após
sua elaboração será encaminhado ao Núcleo Regional de Educação para
apreciação e homologação, obedecendo à legislação vigente.
O calendário fixará:
a) Início e término do ano letivo,
b) Dias destinados a reuniões de Conselho de Classe,
c) Dias para capacitação pedagógica,
d) Férias do professor,
e) Feriados oficiais,
f) Recessos.
As alterações do calendário escolar determinadas por motivos
relevantes serão comunicadas ao Núcleo Regional de Educação, em tempo
hábil para providências cabíveis.
O período de férias do professor e especialista de educação
corresponde há 30 dias e os recessos determinados pela SEED. Na
contagem do período de férias são considerados todos os sábados,
domingos e feriados existentes no período compreendido entre o primeiro
dia de afastamento e retorno ao trabalho.
Os cursos de capacitação ofertados aos professores e especialistas
de educação, as reuniões de pais, professores, APMF, não serão contados
como dias e horários letivos, já as reuniões de Conselho de Classe será
contado como dia letivo desde que não interfira no mínimo das 800 horas
aulas previstas em lei.
A secretaria do estabelecimento de Ensino funcionará
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ininterruptamente durante o ano letivo, exceto feriados e férias escolares
coletivas decretadas por autoridade competente.
7.3 FICA – (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente)
O programa FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente), criado
pelo Ministério Público Federal, foi oficializado no Estado do Paraná em
2005, com o objetivo de enfrentar a evasão escolar nas Instituições de
Ensino que atendem a Educação Básica. Desde então, buscamos melhorar
e ampliar as possibilidades de retorno do aluno à escola. Em parceria com
os Conselhos Tutelares, Ministério Público, a escola busca alternativas,
programas e políticas públicas que atendam as famílias em situação de
vulnerabilidade social, resgatando o aluno à sala de aula.
Que a escola implemente ações para evitar a evasão escolar,
utilizando o Programa FICA como mais uma possibilidade de trazer o
aluno de volta à escola.
Que professores comuniquem em tempo hábil à equipe pedagógica
sobre a frequência do aluno faltoso, para que se tome as devidas
providências.
7.4 Articulação do Ensino Médio com os Anos Finais do ensino
do Fundamental
A universalização e a ampliação do ensino fundamental para nove
anos, com o intuito de garantir maior tempo à escolarização obrigatória
no País, requer, dentre outras coisas: instigar o professor e a escola a
desenvolverem discussões sobre o currículo; investigar e analisar as
lacunas entre as propostas curriculares; favorecer a autonomia das
escolas nas questões curriculares; avaliar os resultados de propostas
alternativas, gestadas e implementadas; avaliar as possibilidades e os
63
sentidos do trabalho da alfabetização e do letramento, no âmbito do
ensino fundamental.
Que se busque a ruptura entre os anos iniciais e os anos finais do
ensino fundamental, compreendendo os ciclos/séries que os integram
como tempos e espaços articulados entre si e interdependentes.
Nesse sentido, cabe compreender a construção de espaços coletivos
para a formação em serviço dos profissionais da educação como uma das
tarefas da gestão democrática das escolas, que deverá ser viabilizada em
todos os sistemas de ensino.
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8 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Que o Projeto Político Pedagógico seja concebido como “instrumento
de autonomia do trabalho docente pelos profissionais da educação”(Veiga
1998, p.92).
Sendo assim, a avaliação e a discussão sobre os pontos que devem
embasar novos procedimentos, seu caráter evolutivo de novas práticas,
serão de responsabilidade daqueles que são, efetivamente, os
responsáveis pela sua existência, ou seja, toda comunidade escolar.
Que a avaliação seja vista como parte fundamental para a garantia
do êxito do projeto e também como condição necessária para tomada de
decisões significativas.
A avaliação entendida como diagnóstico foi o referencial para se
iniciar a elaboração deste projeto. Da mesma forma, que sua
reelaboração seja o resultado dos diagnósticos do que foi possível realizar
ou daquilo que necessita ser revisto no seu processo de
operacionalização.
Todos os planos de ação dos professores, assim como da equipe
pedagógica deverão contemplar o que fora suscitado neste projeto.
A cada etapa de trabalho realizado todos deverão refletir sobre a
caminhada percorrida a fim de avaliar o progresso obtido e a retomada
dos pontos em que se fizer necessário.
Para tanto a equipe, assim como os professores, deverão registrar
suas ações e documentando os eventos que o Colégio irá desenvolver;
pois a comunidade, os pais, os alunos, os professores, funcionários e
órgãos colegiados irão avaliar os resultados obtidos através de reuniões
com a proposição e aceitação de críticas e sugestões, que irá
redimensionar os pontos relevantes ou negativos para a retomada destes
sempre que se fizer necessário.
Que sejam realizados encontros com todos os atores, profissionais
da educação, instâncias colegiadas e comunidade para análise do
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ocorrido e para elaboração de proposições futuras.
A avaliação do Projeto Político Pedagógico será realizado no início do
ano letivo, através de reuniões e será alterado de acordo com as
necessidades da comunidade escolar.
66
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNSTEIN, Brasil. A estruturação do discurso pedagógico:
classes, códigos e controle. Petrópolis – Rio de Janeiro: Vozes., 1996.
BOFF, Leonardo. Cidadania, com-cidadania, cidadania nacional
e cidadania terrenal. In Depois de 500 anos: que Brasil queremos?
Petrópolis,RJ : Vozes, 2000, p. 51-84.
BOTELHO, Isaura. Dimensões da cultura e políticas públicas. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 15, n. 2, 2001
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva com os pingos nos
is. Porto Alegre: Mediação, 2004.
CHAUÍ, Marilena. Cultura política e política cultural. São Paulo: Estudos Avançados 9 (23), 1995, p.71-84.
CUCHE, Denys. O Conceito de Cultura nas Ciências Sociais. Tradução de Viviane Ribeiro. 2 ed. Bauru: EDUSC, 2002.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. 119 p.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; Saberes necessários
à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura).
KLEIMAN (Org.). Os significados do letramento. Campinas - SP: Mercado das Letras,1995. 295 p.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação do aluno: a favor ou contra a
democratização do ensino? In: Avaliação da aprendizagem escolar:
estudos e proposições. – 15ª ed. – SP: Cortez, 2003, p. 60-84
LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou avaliação: o que pratica a
escola? In: Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições –
15º ed. – SP: Cortez, 2003, p. 85-101.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo:
Cortez, 1991, p. 168- 174 (Coleção Magistério. 2º grau. Série formação do
professor).
67
MARQUES, Maria Osorio. A escola no computador: linguagem rearticulada, educação outra. Ijuí: Unijuí, 2006.
MOREIRA, Antonio Flávio B. Algumas Reflexões Sobre a Escola e
o Conhecimento Escolar (Universidade Católia de Petrópolis / UFRJ) p.
18-23.
PINTO, Álvaro Vieira. Conceito de Educação; Forma e conteúdo
da educação e as concepções ingênuas e críticas da educação. In:
Sete lições sobre educação de adultos/ Álvaro Vieira Pinto. São Paulo:
Cortez, 1994.
REVISTA VEJA. Edição 1966 – ano 39 – nº 29; julho de 2006.
SAVIANI, Dermerval. Sobre a natureza e especificidade da
Educação. Pedagogia Histórico-crítico: primeiras aproximações. 3ª
ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1992, p. 19-30.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórica-crítica: primeiras aproximações. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. 125 p.
VAZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética / tradução de João Dell`Anna. –
23ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
VÁZQUEZ. A.S. Filosofia da Práxis. Trad. Luiz F. Cardoso. 2 ed. Rio
de Janeiro. Paz e Terra, 1977.
VEIGA, Ilma P. A e FONSECA, Marília (orgs) As Dimensões do
Projeto Político Pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2001.
VEIGA, Ilma P. A. e RESENDE, Lúcia M. G. De (orgs.) Escola:
Espaço do Projeto Político-pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
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