104
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ANO 2013

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

ANO 2013

Page 2: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO

POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto Político Pedagógico estruturado no

Ensino Fundamental e Médio do Colégio

Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima -

Guamirim / Irati / Pr.

Page 3: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

IRATI / PR

2013

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO.........................................................................................................03

2. INTRODUÇÃO...............................................................................................................05

2.1. Aspectos Históricos....................................................................................................06

2.2. Organização do Espaço Físico...................................................................................07

2.3. Oferta de Cursos / Modalidade...................................................................................08

3. OBJETIVOS GERAIS....................................................................................................08

4. MARCO SITUACIONAL................................................................................................09

5. MARCO CONCEITUAL.................................................................................................15

5.1. Organização das Turmas, Calendário, Hora-Atividade, História e Cultura Afro-

Brasileira.......................................................................................................................... 38

5.2. Avaliação, Avaliação da Aprendizagem.................................................................... 40

5.3. Avaliação Institucional.............................................................................................. 41

6. MARCO OPERACIONAL..............................................................................................

42

6.1. A Equipe de Direção.................................................................................................. 42

6.2. Equipe Pedagógica................................................................................................... 44

6.3. Corpo Docente.......................................................................................................... 45

6.4. Biblioteca................................................................................................................... 49

6.5. A Equipe Administrativa............................................................................................ 49

6.6. Funcionários e Funções Estabelecidas no Colégio.................................................. 54

6.7. Linhas de Ação...........................................................................................................56

6.8. Eventos..................................................................................................................... 58

6.9. Conselho de Classe.................................................................................................. 60

Page 4: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

6.10. Conselho Escolar.................................................................................................... 63

6.11. APMF...................................................................................................................... 64

6.12. Condições Físicas, Materiais e Didáticas............................................................... 65

6.13. Participação em Cursos e Eventos......................................................................... 69

6.14. Grupos de Estudos.................................................................................................. 79

6.15 Projetos......................................................................................................................80

6.16 Avaliação do PPP......................................................................................................79

7. CONCLUSÃO................................................................................................................79

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................80

9. ANEXOS........................................................................................................................82

Page 5: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

1. APRESENTAÇÃO

Não há escolas do campo num campo sem perspectivas, com indivíduos sem

horizontes e buscando sair dele. Por outro lado, também não há como implementar um

projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir

radicalmente a escolarização para todos os povos do campo. A escola pode ser um

importante agente de conscientização social quanto a necessidade de sua mobilização e

organização na luta por um projeto educacional adequado as necessidades do campo.

Paulo Freire nos fala em suas reflexões (pedagogia do oprimido) que a escola

não transforma a realidade, mas pode ajudar a formar os sujeitos capazes de fazer a

transformação da sociedade, do mundo, de si mesmo... Se não conseguirmos envolver a

escola no movimento de transformação do campo, ele certamente será incompleto,

porque indicará que muitas pessoas ficaram fora dele.

Existe uma nova prática de Escola que está sendo gestada neste momento. Nossa sensibilidade de educadores já nos permitiu perceber que existe algo diferente e que pode ser uma alternativa em nosso horizonte de trabalhador da educação, de ser humano. Precisamos aprender a potencializar os elementos presentes nas diversas experiências, e transformá los em um movimento consciente de construção da escola do campo como escola que ajude neste processo mais amplo de humanização, e de reafirmação dos povos do campo como sujeitos de seu próprio destino, de sua própria história. (Lucita Brita, 2007, p.27)

Quanto ao parecer 1011/10 do Conselho Estadual de Educação (CEE), de

06/10/2010, que dispõe sobre as escolas públicas do campo, e segundo o Decreto nº

7.352, de 04/11/2010, onde o Presidente da República no uso da atribuição que lhe

confere o art. 84, incisos IV e VI alínea “a”, da Constituição e tendo em vista o disposto na

Lei 9394, de 20/12/96, e no art. 33 da Lei nº 11.947, de 16/06/2009, decreta:

Artigo 1º – A política de educação do campo destina à ampliação e qualificação

da oferta de educação básica e superior às populações do campo, e será desenvolvida

pela União em regime de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,

de acordo com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação e o

disposto neste Decreto.

O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino

Fundamental e Médio possui em sua elaboração no novo Projeto Político Pedagógico,

idéias, ideais, pensamentos, aspirações, projetos e ações, provindas de várias mãos, e

de todos os elementos envolvidos e que compõe nossa comunidade escolar. Todos

Page 6: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

almejam uma proposta pedagógica que contemple a realidade da escola e assuma por si

uma face que condiga com a característica principal dela: ESCOLA DO CAMPO.

Para o sociólogo Alberto Tôrres em seu discurso: “O progresso de um País, sua unidade territorial, econômica e social dependem da terra, da gente e de suas relações recíprocas, donde concluir que delas dependem todos os problemas sociológicos e econômicos.” (TORRES 1996, p.47).

Para melhor fundamentar o presente Projeto Político Pedagógico e para definir a

atitude da escola em relação ao meio, uma vez que a mesma deve responder às

necessidades socioculturais daquele, é conveniente, embora de forma sumária, recordar

as características gerais da formação histórica da nossa Nação.

Brasil, imenso território, com grande variedade de relevo e clima, flora e fauna,

está situado entre os extremos da região tropical e das zonas temperadas. Daí decorre o

aparecimento de regiões distintas entre o norte, o centro e o sul, o litoral e o interior, com

grande reflexo na economia.

Formação populacional heterogênea, sem tipo racial definido, resultante da fusão

do colonizador português com o elemento nativo, com o africano e, mais tarde, com os

imigrantes.

A Educação, acessível apenas à minoria, desde a colonização tem sido

especulativa e literária, com falta de preparo do homem para o trabalho adequado as

necessidades do país.

Impõe se, como medida indispensável para a escola, reformular seus objetivos,

suas atividades, sua posição no meio a que foi chamada a servir.

A instituição escolar, na área rural, muitas vezes único ambiente formal de

educação, deve tornar se um verdadeiro centro de comunidade. Necessita contar com

profissionais capacitados, a bem servir o meio, a descobrir e educar líderes locais, a

orientar o funcionamento de instituições como cooperativas, círculos de pais, professores

e comunidade local, centros sociais entre outras, buscarem parcerias, com vistas

ampliadas à organização e ao desenvolvimento da comunidade.

Somente uma escola dinâmica poderá tornar se agente de desenvolvimento, de

modificação de conduta, sabendo despertar e dirigir a liderança no próprio grupo, para

que os indivíduos se motivem a fim de participar, interagindo na solução de problemas.

Precisamos nos livrar do hábito de ver a cultura como conhecimento enciclopédico e os

homens como simples receptáculos a serem preenchidos com fatos empíricos e um

amontoado de fatos brutos isolados que tem de ser catalogados no cérebro como nas

colunas de um dicionário, permitindo a seu proprietário responder aos vários estímulos do

Page 7: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

mundo exterior. Essa forma de cultura é realmente perigosa, em particular para o

proletariado. Serve apenas para criar pessoas mal ajustadas, pessoas que acreditam

serem superiores ao resto da humanidade por terem memorizado certo número de fatos

e datas.

É na práxis que o homem tem condições de superar a própria situação de

opressão, mediante a análise de que a divisão de trabalho é característica de uma

determinada formação social e não um fato natural. A práxis passa a ser condição para a

ação revolucionária, de modo que os homens podem pensar o sentido de suas

atividades, a sua organização política e ações conjuntas na luta contra a opressão.

Um desafio está posto à educação do campo: considerar a cultura dos povos do

campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como processo de

apropriação e elaboração de novos conhecimentos. Assim, o conceito de cultura como

práxis guarda a relação com a compreensão da história como processo coletivo de auto

criação do homem, sob a possibilidade de criar uma ordem social de maior liberdade e

justiça.

Entender o campo como um modo de vida social contribui para auto afirmar a

identidade dos povos do campo para valorizar o seu trabalho, o seu jeito de ser, os seus

conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza. Trata se de uma

valorização que deve se der pelos próprios povos do campo numa atitude de recriação da

história. Em síntese, o campo retrata uma realidade sociocultural, que se dá a partir dos

povos que nele habitam: assalariados rurais temporários, trabalhadores rurais diaristas,

meeiros, arrendatários, pequenos e grandes proprietários e outros. São diferentes

gerações, etnias, gêneros, crenças e diferentes modos de trabalhar, de se organizar, de

resolver os problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.

Trata se de uma educação que deve ser no e do campo. No, porque […] o povo

tem o direito de ser educado no lugar onde vive; [DO, pois] “o povo tem direito a uma

educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e

às suas necessidades humanas e sociais” (CALDART, 2002, p.26).

A educação do campo deve ter como fundamento o desenvolvimento humano,

como afirma Fernandes (2005), que seja uma questão agrária mediante o princípio da

superação, da luta, da emancipação e da perspectiva de construção de experiências para

a transformação da sociedade.

Nesse aspecto, a escola deve realizar uma interpretação da realidade que

considere as relações mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e

cultural da existência humana. A partir dessa perspectiva, deve construir conhecimento

Page 8: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

que promovam novas relações de trabalho e de vida para os povos no e do campo.

E essa superação deve ser executada não de forma ingênua, que se reduz ao ensino de letras e palavras, mas de forma crítica, que tem em vista a possibilidade de transformação. Como tão bem definido pelo autor, “mais que escrever e ler que a “asa é da ave”, os educandos necessitam perceber a necessidade de um outro aprendizado: o de “escrever” a sua vida, o de “ler” a sua realidade, o que não será possível se não tomam a história nas mãos para, fazendo a, por ela serem feitos e refeitos” (FREIRE, 1982, p.16).

Nossa escola, não é uma simples escola, mas “uma Escola do Campo”. Nome,

que para alguns políticos de plantão, não tem significado, mas para os indivíduos que

compõe nossas comunidades, ele veio com o significado maior, sua especialidade em ser

“rural” ou “do campo”, e isto muito nos orgulha. Pois, somos de área rural, comunidades

compostas por agricultores, de valores culturais preservados de geração a geração.

A necessidade de superar a realidade em que se encontram muitos indivíduos no

campo, surgiu como desafio para educadores, organizações, indivíduos e movimentos

sociais que almejam mudanças neste cenário. Para isso, passaram por cima de conceitos

e paradigmas que consideram a escola o único espaço de aprendizagem, e ancorados no

conceito de uma educação libertadora, sem os vícios do sistema capitalista, continuam

rompendo barreiras, permitindo que crianças, jovens e adultos tenham direito à

educação, e debatendo a implementação da educação do campo no sistema público de

ensino e as ações e desafios dos movimentos e de organizações regionais. O fato é que

se aprende na escola, no trabalho, na vida cotidiana. Nos diferentes tempos educativos,

que se constrói a formação humana, do sujeito criador, com o reconhecimento do

conhecimento, da trajetória, da história de vida de cada indivíduo.

E, a escola está no meio a que veio servir, educar para que os educandos

reconheçam e façam leitura da sua realidade, desenvolvam criticidade, e se apoderem do

conhecimento, pois sempre é tempo de aprender, sempre é tempo de libertar, de mudar a

história. Temos o propósito de, além de educar, levar o educando a apropriar se de

conhecimentos referentes à sua vida, ao seu trabalho, e ao meio ambiente, assim como

instrumento para preservar a natureza e dela retirar o seu sustento sem agredi la.

Diversificar atividades em suas propriedades visando à sustentabilidade. A produzir

alimentos com técnicas menos agressivas, em prol da segurança alimentar. Trazer para

conhecimento de todos, temas importantes e de preocupação mundial, tais como:

ecossistema – sistemas naturais, agroecossistemas, agroecologia, transgênicos e

reforma agrária. A produção agroecológica tem como objetivo preservar a vida com

alimentos saudáveis sem agrotóxicos e transgênicos.

A agroecologia é defendida por muitos agricultores e especialistas na área como

Page 9: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

um modelo de agricultura socialmente mais justo, economicamente mais viável e

ecologicamente mais sustentável, diferente da agricultura convencional, que busca

insumos e venenos para ampliar a produção e o lucro.

Agroecologia tem por objetivo estender a todos uma proposta de agricultura

abrangente, que seja socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente

sustentável. Uma nova forma de se relacionar com a natureza, onde se protege a vida

toda e toda a vida. Desta forma, se estabelece uma ética ecológica que implica no

abandono de uma moral utilitarista e individualista e que postula a aceitação do princípio

do destino universal dos bens da criação e a promoção da justiça e da solidariedade

como valores indispensáveis. A agricultura passa a ser vista como um sistema vivo e

complexo, inserida na natureza rica em diversidade, vários tipos de plantas, animais,

micro organismos, minerais e infinitas formas de relação entre estes e outros seres. Para

tanto, a agroecologia precisa aliar se a outras áreas agrícolas, como: agricultura

ecológica, agricultura orgânica, permacultura, agricultura biodinâmica, os sistemas

agroflorestais, agricultura natural, entre outras. Seu significado maior para o educando,

de ser o entendimento de que a agroecologia compreende a vida a partir de um

organismo vivo, seja ele planta animal ou próprio ser humano, e a partir deste

conhecimento reconhecer as relações conjuntas e apreender que nosso planeta possui

recursos escassos, e devemos preserva los, usando os de forma adequada, pois esta

não é somente o lugar onde vivemos, mas especialmente lugar do qual sobrevivemos.

Sendo a agricultura, a principal atividade de nossos educandos, e a necessidade

de produzir e consumir produtos saudáveis, o currículo traz para a sala de aula, o tema

Segurança Alimentar. E a aborda de forma significativa, demonstrando a todos que uma

boa alimentação começa bem antes do preparo do alimento. Depende de questões mais

complexas como: o direito a terra, a água, as sementes e, principalmente, conhecimento

e condições para produzir o alimento.

A Soberania Alimentar levanta questionamentos, e reaviva a falta valor que

damos à nossa cultura e aos alimentos que nossos antepassados costumavam

produziam. Se a levarmos em consideração, todos passaram entender que todos nós

temos o dever, de promover, de modo soberano, a produção dos alimentos que nossa

terra pode proporcionar para garantir o atendimento das necessidades alimentares da

nossa sociedade. Isto irá não somente nos garantir soberania econômica e política, mas

irá garantir também nossa identidade nacional. Do contrário, abrimos espaço para

produtos estrangeiros, manipulados, transgênicos e de auto custo.

Mudar conceitos, opiniões e idéias, não é fácil, e não ocorre da noite para o dia,

Page 10: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

porém pode acontecer quando passarmos a valorizar nossa cultura, nossos valores,

nossos costumes, e imortaliza las em discussão e renovação dos mesmos para que

continuem vivos e de acordo com a nossa realidade; do uso das sementes crioulas, do

fortalecimento da agricultura familiar, e de um maior uso de nossas plantas nativas para

alimentação de toda a nossa sociedade.

Nos últimos anos, presenciamos a entrada irrestrita de sementes e produtos

transgênicos, porém não nos questionamos sobre seus efeitos na saúde e vida de todos.

Apenas abrimos espaço para estes, deixamos de lado nossas sementes, e produção

tradicional, e embarcamos nos manipulados científicos, que carecem de forma

desordenada e incalculada de defensivos agrícolas, deixando o agricultor e a agricultora

dependentes dos vendedores de venenos e adubos químicos e ainda de mais sementes

a cada plantação; a desvalorização dos nossos alimentos e plantas nativas; o latifúndio e

a falta de tecnologias para a agricultura familiar colocam em xeque nossa soberania

alimentar.

Respeitar a Biodiversidade do planeta, reconhecer sua variabilidade de

organismos vivos de todos os tipos, abrangendo a diversidade de espécies e a

diversidade entre indivíduos de uma mesma espécie, é um diferencial para a educação

do campo. Levar o educando a compreender a diversidade de ecossistemas terrestres e

aquáticos, e os complexos ecológicos de que fazem parte da natureza, para então

entender a importância da preservação da biodiversidade, para manter condições de

permanência da vida na Terra.

Sendo a terra, o único recurso de sustento do agricultor, temos também por

desafio: educar, informar, sensibilizar e desenvolver nos educandos ideais de

preservação da natureza e de seus recursos. Há décadas, a humanidade a ponta o

próprio homem como vilão de sua história, quando esta se remete a preservação da

natureza e, muito se estuda e se fala sobre a degradação dos recursos naturais, da

escassez e degradação da qualidade de água, poluição do ar, efeito estufa,

desmatamentos, erosão, extinção de espécies. E, também o aponta como protagonista e

herói para mudar este triste quadro em que se encontra a humanidade. Devemos

considerar como parte da formação dos jovens e adultos, questionamentos sobre a

existência do homem fora do seu contexto social, sobre o impacto do homem em

determinados ecossistemas, sobre o desgaste dos recursos naturais e como sua

degradação é observada, frequentemente como um mal necessário ao desenvolvimento.

Ao contrário deve se apontar soluções para essas problemáticas, pois o desenvolvimento

não tem que necessariamente estar relacionado à degradação ambiental. A educação

Page 11: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

ambiental deve vir para orientar o agricultor a usar de forma correta a terra e a natureza,

a respeita la, e não encarar o seu desgaste e mal uso como forma politicamente correta

de “fazer de conta” que a sociedade se preocupa com o ambiente para se continuar

degradando. Temos por desafio enquanto educadores relacionar as idéias da educação

libertadora de Paulo Freire à educação ambiental. O objetivo da educação ambiental é a

conservação da natureza por indivíduos conscientes do seu papel como agentes da

história do planeta. Para isto, a educação ambiental deve ser capaz de extrapolar as

relações comumente existentes de exploração que permeiam as relações entre os

homens, e atingir uma compreensão que vai além dos valores normalmente conhecidos.

Levar ao educando neste processo noções de Agroecossistema, dado a sua

importância do no seu dia a dia e em sua principal atividade que é a agricultura. Assim

sendo, o Agroecossistema deve ser entendido como um ecossistema com presença de

pelo menos uma população agrícola, sendo, portanto entendido como uma unidade de

trabalho no caso de sistemas agrícolas, diferindo fundamentalmente dos ecossistemas

naturais por ser regulado pela intervenção humana na busca de um determinado

propósito.

Os agroecossistemas possuem quatro propriedades (produtividade, estabilidade,

sustentabilidade e equidade) que avaliam se os objetivos do sistema, aumentar o bem-

estar econômico e os valores sociais dos produtores, e se estão sendo atingidos. A

produtividade significa a produção de determinado produto por unidade de recurso que

entra numa área. Estabilidade é a manutenção da produtividade tendo em vista que

eventos não controláveis podem ocorrer. A propriedade sustentabilidade é a capacidade

de um agroecossistema manter sua produtividade quando exposta a um grande distúrbio,

enquanto equidade é definida como a distribuição da produtividade do agroecossistema.

A autonomia é adicionada como uma quinta propriedade, esta considerada como a

capacidade do agroecossistema manter se ao longo dos anos, independente de

oscilações externas.

Segundo o dicionário: “sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado

com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da

sociedade humana”. Esse conceito de sustentabilidade representa promover a

exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a

prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades

humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. É um conceito difícil de ser

implementado e, em muitos casos, economicamente inviável. Porém, novos estudos e

pesquisas revelam que em atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente

Page 12: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

como: a agricultura em larga escala, a extração vegetal, a mineração, a fabricação de

papel e celulose, entre outras formas de explorar a natureza, a busca práticas

sustentáveis, mostro se viável e largamente lucrativo. Portanto, pode se afirmar que

garantir a sustentabilidade do agricultor de uma comunidade, é dar garantias de que essa

área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para a sociedade

como um todo. Mantendo a força vital da natureza e a sua capacidade de regenerar se

mesmo diante da ação contínua e da presença atuante do homem.

2. INTRODUÇÃO

INSTITUIÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE

FÁTIMA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

ENDEREÇO: RUA: GETÚLIO VARGAS S/Nº- GUAMIRIM/IRATI FONE: (42)

3434 1360.

ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA:

GRUPO ESCOLAR DE GUAMIRIM EM 09/09/1947.

GRUPO ESCOLAR NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

DECRETO Nº 22.376 EM 03/02/1971.

GINÁSIO MUNICIPAL JOÃO MANSUR

DECRETO LEI Nº 450/76 EM 24/03/1976.

ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

RESOLUÇÃO: Nº 1177/81 DOE 17/06/81

COLÉGIO ESTADUAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

RESOLUÇÃO: Nº 14/03 EM 03/02/2003.

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

RESOLUÇÃO Nº 2812 EM 14/05/2012.

ATO DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA

RESOLUÇÃO Nº 2343/89 DOE EM 22/09/1989.

PARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR

PARECER Nº 159/2003 - DATA: 18/12/2003

RESOLUÇÃO Nº 2.122/2000

Page 13: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

DISTÂNCIA DA ESCOLA: 25 km da Sede do NRE/IRATI

2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES

O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental

e Médio, situa-se na sede do Distrito de Guamirim, distante 25 km da cidade de Irati. Sua

história tem início com sua fundação em 09 de setembro de 1947, com a denominação

de Grupo Escolar de Guamirim, substituindo a escola então existente.

O nome Nossa Senhora de Fátima foi escolhido pela comunidade e foi

oficializado pelo Decreto nº 22.376 em 03 de fevereiro de 1971.

Em 24 de março de 1976, o Decreto Lei municipal nº 450/76 criou o Ginásio

Municipal João Mansur, que funcionou de 1976 a 1985.

No ano de 1986 a escola foi estadualizada, passando a denominar se Escola

Estadual Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental, reconhecida pela Resolução

nº 2343/89 DOE, em 22 de setembro de 1989. O atendimento estadual passou ao Ensino

Fundamental de 1ª a 4ª Série e de 5ª a 8ª Série, atendendo crianças e adolescentes de

todas as comunidades da região.

Em 1996 ocorreu a municipalização do ensino de 1ª a 4ª série, denominando se

Escola Municipal de Guamirim - Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Devido ao interesse comunitário em estender o ensino nesta instituição, em nível

Médio, em 03 de fevereiro de 2003, pela resolução nコ 14/03 a SEED autorizou o

funcionamento da 1ª série do Ensino Médio, no turno vespertino, passou a denominar se

Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental e Médio.

Parecer Nº122/2011-EP e Parecer Nº 187/2011 – SEF – Aprova Adendo Nº 02

referente a implantação simultânea dos Anos Finais do Ensino Fundamental 6º ao 9º

Anos e Sala de Apoio 6º e 9º Anos.

Em DOE de 14/05/2012 foi publicada a Resolução nº 2812 com Alteração de

Denominação – Par 1692/12-SEED/CEF- de Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima

para Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima.

2.2 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

Page 14: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Salas de aula;

Sala de Recursos Multifuncional TipoI

Sala do PETI;

Sala do CELEM

Sala de Apoio;

Sala da Equipe Pedagógica;

Biblioteca;

Sala de merendas;

Almoxarifado;

Cozinha;

Sala de professores;

Cinco banheiros (dois femininos, dois masculinos e um para funcionários);

Secretaria;

Laboratório de Química, Física e Biologia;

Laboratório de Informática.

Quadra Poli Esportiva Coberta

Todos os ambientes da Instituição Escolar são utilizados pelos discentes,

docentes e funcionários, assim como em dualidade administrativa com a Escola Municipal

de Guamirim.

2.3 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES

Ensino Fundamental: 08 Turmas

6º anos A e B

7º anos A e B

8º anos A e B.

9º anos A e B

Ensino Médio: 6 turmas

Page 15: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

1º Ano A e B.

2º Ano A e B.

3º Ano A e B.

CELEM ESPANHOL : 01 PERÍODO MATUTINO

01 PERÍODO VESPERTINO

3. OBJETIVOS GERAIS

Elaborar o PPP juntamente com a comunidade escolar, tendo como princípio a

gestão democrática, construído de forma coletiva, primando pela concretização das

ações planejadas a partir da identificação das necessidades e da realidade deste

estabelecimento de ensino, de forma a subsidiar e avaliar a prática pedagógica, não para

dados governamentais, mas para a sua efetivação;

Formar sujeitos críticos e com iniciativas, capazes de enfrentar as dificuldades

que a sociedade impõe que podem interferir e transformar suas perspectivas de vida, na

sua condição de homem do campo;

Primar pela identidade cultural; valorizando laços culturais e valores

relacionados à vida na terra, bem como o conhecimento e a relação de existência e

sobrevivência;

Valorizar a sua prática, amparado nos conteúdos adquiridos, aliando-os as

novas tecnologias; na busca do desenvolvimento local e sustentável, com

responsabilidade, preservação e respeito ao meio ambiente;

Desenvolver senso de valorização a educação, como mais um instrumento a

sua disposição, no sentido de organização e tomadas de ações conjuntas, em suas

atividades individuais ou coletivas;

Page 16: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Formar indivíduos capazes de vivenciar a cidadania em todos os seus

preceitos, e com a possibilidade de criar uma ordem social de maior liberdade e justiça;

4. MARCO SITUACIONAL

Sob uma visão de observação e opiniões em comum, descreve-se uma

sociedade desigualitária, injusta, preconceituosa e desprovida de uma política

governamental que atenda em especial a população pobre ou pode se dizer miserável.

Para estes não há aplicação de recursos, onde suas necessidades primeiras ou

biológicas como alimentação e moradia sequer são mencionadas, daí setores como a

educação e a saúde, são elementos dignos apenas da ideologia ou da demagogia,

presentes nos inúmeros discursos de também inúmeros políticos com interesses de

realizar somente projetos particulares.

Compõe se então uma sociedade, onde centenas de pessoas vivem a margem

desta, em condições desumanas. Reproduzindo se sem planejamento familiar, devido à

ignorância e o abandono. Proles que adentram o ambiente escolar trazendo consigo

apenas fome, miséria, doenças físicas e psicológicas, violência física e moral, e vítimas

não somente da sociedade, mas exploradas ou vitimadas por seus genitores.

Neste quadro social figura se a Educação escolar, desvalorizada e colocada em

xeque pela sociedade. Perde se a cada mudança de governo, seja ele municipal estadual

ou governamental, sua identidade, seu papel, sua função primeira: EDUCAR para formar

cidadãos críticos, visionários e participativos. A escola assume papéis alheios a sua

função, esta está mais para assistência social do que um meio educacional.

O que o meio rural necessita é de uma escola que dê ênfase ao aspecto

formativo, pois tem a família como unidade básica de posse, produção e consumo.

Organização de forma coletiva, no interior da sociedade global, com a função de permitir

uma unidade maior, entre o bairro rural, o grupo de vizinhança e a comunidade, numa

relação e contato com a sociedade urbana, seja ela social, religiosa, política ou

econômica. Uma escola que possa civilizar sem urbanizar, uma escola que,

conscientizando o homem sobre os valores autênticos do seu próprio meio, seja capaz de

despertar as forças latentes da comunidade em ritmo de progresso, voltada à

manutenção de um modo de vida, sem o objetivo de apenas produzir valores de troca ou

apenas sobre consumo.

Page 17: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Segundo Ricardo Abramovay:

Contrariamente à crença arraigada que encara o esvaziamento do meio rural como o corolário associado ao próprio conceito de desenvolvimento, mais de um quarto da população economicamente ativa nos países desenvolvidos reside em áreas rurais. E desde meados dos anos 80, a população rural é a que mais cresce em diversos países do Hemisfério Norte, a começar pelos EUA. No caso brasileiro, a década de 90 registra um fenômeno inédito na história do país: o ritmo do êxodo rural desacelera se de maneira nítida e, ao final dos anos 90, já se registraram tanto a migração de retorno em direção a pequenos municípios, como o crescimento da população rural em diversas regiões do país. (Abramovay, 2000, p.03).

Para a demógrafa Ana Amélia Camarano, do IPEA, citada por Ricardo

Abramovay, a população rural começou a crescer, em termos absolutos, revertendo um

declínio de quase duas décadas.

É claro que a esmagadora maioria da população rural nos países desenvolvidos deixou de trabalhar fundamentalmente na agropecuária há muito tempo. Nos EUA apenas 10% do pessoal ocupado no meio rural vivem da agricultura. Em 1991, nos EUA, havia 1,6 milhões de domicílios rurais não agrícolas. 93% dos domicílios rurais norte-americanos não são unidades de produção agropecuária: seus membros trabalham para o governo, na industria, na construção, na mineração, em finanças, no comércio e em outros serviços. O importante é que, tanto nos Estados Unidos, como na Europa, e este é um desafio fundamental, a que, os padrões convencionais de política agrícola são incapazes de responder - em quanto declinavam agricultores, os residentes rurais de pequenas propriedades não tiveram sua proporção no total de habitantes. Em outras palavras, apesar do declínio da agricultura o tecido social do meio rural mantém se vivo a sua trama é enriquecida pelo desenvolvimento de novas atividades. (CAMARANO, 2000, p. 03).

No entanto, fazem-se necessários investimentos na educação e a credibilidade

na instituição escolar, para que esta possa oferecer ao indivíduo oportunidade de

crescimento harmônico e de ajustamento ao meio, com a sua consequente fixação,

dando lhe consciência do seu valor socioeconômico e de sua posição como sujeito da

economia, em uma sociedade de fato democrática. Visa, pois, trabalho integrado na

comunidade, capaz de educar o indivíduo para aproveitar o potencial de recursos que o

meio oferece. Ou seja, a educação deve propiciar ao educando subsídios que o levem a

permanecer no campo e a aplicar na terra, e em suas propriedades o conhecimento

adquirido por via educacional.

Antes de considerar como educar, devemos ver quais os objetivos em mira. O Dr. Arnold queria “humildade de espírito”, qualidade ausente no “homem magnânimo de Aristóteles”. O ideal de Nietzsche não era o do cristianismo. Nem, tampouco, o de Kant: porque enquanto Cristo recomendava o amor, Kant ensinava que nenhuma ação da qual o amor, é o móvel pode ser verdadeiramente virtuosa. E mesmo as pessoas que estão de acordo quanto aos componentes de um bom caráter, podem não concordar com a importância relativa deles. Uma exigirá a coragem, outra, o saber, outra a bondade, outra a retidão. Homens do tipo do velho Bruto colocarão o dever para com o Estado acima do amor pela família; outros, do tipo de Confúcio, colocarão o amor à família acima de tudo. Todas essas divergências trarão diferenças de educação. Temos, pois, antes de definirmos qual o tipo de educação que consideramos o melhor, de assentar o tipo do homem que desejamos produzir. (DRUCKER, 1977, p.24).

Page 18: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

A Educação exige dos educadores uma maior reflexão: “que tipo de indivíduos se

quer formar?” Se a realidade social da maioria dos discentes em nada está vinculada às

teorias pedagógicas em voga. Será realmente que teorias desenvolvidas como as de

Piaget e Vygotski, tem realmente alguma relevância para a prática docente?

Antes, deveria se pensar que, a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire condiz

com a realidade social dos alunos e com a realidade da educação no Brasil. Oprimidos,

sim, são todos os docentes e discentes, em uma sociedade marginalizada por políticas

governamentais desumanas, elitistas, individualistas e que em seus projetos sociais

esquecem o brasileiro, este está apenas para dados demográficos em prol de campanhas

eleitorais.

Educadores, “valorizados pela sociedade”, ficam a deriva, abandonados a própria

sorte. Se, profissionais, é porque ainda acreditam que a educação, é o único veículo

motor humano, que conduzirá o homem a condições de vida mais dignas. A educação

como fator de socialização, de ingresso ao futuro.

Em contraponto, se críticos e visionários conhecem a realidade brasileira, e

muitas vezes são questionados em que ou de que forma realmente a educação levará o

discente a ascensão na vida. Se tal indivíduo, que joga futebol e não tem estudo, se deu

bem na vida. Se vender drogas rende mais que estar na escola...

Chega-se a conclusão de que no Brasil vendem se diversos estereótipos de

brasileiros. Os alunos, diariamente recebem diversas informações através da escola, da

televisão, revistas, jornais, cinemas, entre outras e não chegam a transformá los

cognitivamente. Não sabe interpretar nas entrelinhas, a sua vida, o seu cotidiano, a sua

realidade.

A educação escolar básica deve preparar para a vida. E o que é a vida que todos querem senão um contínuo exercício de aprendizagem, autonomia, colaboração, cuidados, sensibilidades, uso de recursos? (MELLO, 2005, p.17)

Até quando se falará da escola pública como se fosse à escola dos outros? Se

não formos capazes de nos apossar da cultura como formadora de opiniões e da

criatividade, cultura como material indispensável à educação. Como garantir a

reapropriação do conhecimento? Enfim, a olhar com outros olhos a formação profissional,

uma vez que a formação cultural do professor é parte do processo de construção da

cidadania.

Page 19: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Tornou se uma constante, observar, ouvir, descrever e vivenciar a escola pública

como instituição falida, abandonada pela política e desacreditada pela sociedade.

Sonhar e idealizar um mundo e uma sociedade mais justa deve ser também uma

proposta pedagógica.

Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo. (Marx, 1999, p.68)

A cada ano que passa se torna visível a disparidade da formação universitária

com a realidade escolar. Em muitos profissionais docentes são visíveis a frustração e o

descontentamento quando ingressam na carreira docente. Não estão preparados para

viver em sala de aula, tudo o que lhes era alheio nas universidades em que se

graduaram.

Porém, o dom para lecionar, sobressai ao descontentamento e a frustração. O

trabalho coletivo é o caminho a ser seguido em busca de uma educação de qualidade e

de valor à educação.

Para agir coerentes com a noção de que a educação escolar básica deve

preparar para a vida, não uma vida qualquer, mas vida com qualidade se faz necessário

garantir que a escola existe para dar subsídios suficientes aos discentes para que estes

se tornem sujeitos detentores de características e competências iguais ou equivalentes

ao cidadão que almejamos formar.

O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental e

Médio situa-se em Guamirim, localidade rural, e possui seu alunado, composto de: filhos

de agricultores, de comerciantes, de comerciários, de autônomos e muitos sem

qualificação profissional, ou ainda desempregados.

Filhos de famílias com descendência eslava (em sua maioria) trazem consigo ao

ambiente escolar uma educação tradicional, o que muito influencia e contribui no baixo

índice de indisciplina. Estas famílias conservam suas raízes, suas tradições, seus valores

e sua língua estrangeira.

Em contraponto, o corpo docente analisa que, por tratar se de uma comunidade

rural, é difícil reconhecer a verdadeira realidade dos educandos, uma vez que estes

apresentam disparidades sociais, econômicas e culturais.

Em relação ao contexto familiar, algumas pertencem à classe média, enquanto a

grande maioria é extremamente carente. Em muitas famílias são claras e constantes as

características de união e organização, enquanto outras se apresentam totalmente

Page 20: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

desestruturadas e imperam vícios como o alcoolismo.

Os discentes, quase em sua totalidade realizam atividades diferenciadas, pois,

dezenas deles trabalham na agricultura familiar, auxiliando seus pais, deixando de lado

qualquer outra atividade alheia ao seu cotidiano.

Como já comentado anteriormente quanto ao poder aquisitivo das famílias, pode-

se afirmar que a alimentação é deficitária, na maioria dos lares de nossos discentes.

A saúde pública deficiente em todo país, em nada se diferencia em Guamirim. A

escola, muitas vezes, assume papel de assistente social, contribuindo para o recebimento

de assistência médica e odontológica para crianças e adolescentes, somente por

intermédio da instituição escolar.

Dentre outros elementos, caracterizam-se a diversidade peculiar ao modo de vida

camponês. Compreender a educação a partir desta diversidade camponesa, do modo de

vida, implica construir políticas públicas que assegurem direito à igualdade, com respeito

às diferenças; implica a construção de uma política pública de educação na qual a

formação de docentes, possa contemplar esses fundamentos.

A comunidade e sua participação nas atividades realizadas pela escola fica

expressa como parcialmente ativa e participativa, pois suas características decorrem de

vários fatores, tais como: a distância, condições precárias de muitas estradas rurais e dos

ônibus utilizados pelos alunos; falta de transporte em algumas localidades devido à falta

de interesses municipais, falta de tempo, nível cultural, falta de interesse, e ainda

desvalorização da escola, quanto como entidade educacional.

Em relação ao número de faltas dos discentes, estas se devem as dificuldades

em se realizar o transporte escolar, devido ao mau tempo ou difícil acesso. Fato este, que

concorre também para que os alunos percam boa parte do ano letivo, prejudicando em

muito, o processo de ensino-aprendizagem.

Quanto à evasão escolar, muitos educandos, não frequentam a escola por

carência econômica, a longa distância a percorrer até a instituição escolar ou por

ignorância dos pais e desvalor à educação; matrimônio e ou gravidez precoce;

defasagem de faixa etária; dificuldade de aprendizagem; devido a problemas familiares e

de saúde física e mental.

5. MARCO CONCEITUAL

Page 21: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

SOCIEDADE

Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a

natureza do trabalho educativo, os docentes, se encontram sem iniciativa, “arredados ou

deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos

que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas” (Péres Gómes, 1998). E

para que isso não aconteça é que precisa se entender em que tipo de sociedade estão

inseridos.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de

relações diferenciadas e diferenciadoras. São configuradas pelas experiências individuais

do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,

desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo

bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua

potencialidade, sendo que:

A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmitem lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade. Nesse sentido, a sociedade cria o homem para si. (PINTO, 1994, p.17).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto

dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das

contradições criadas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade

não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas

sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Atílio Bóron (1986) questiona: que tipo de sociedade deixa como legado estes

quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênea e

fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo tipo de classe, etnia, gênero,

religião, etc., que foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma

sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”, como costuma

ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e

fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em termos

laborais, nem se inserir nos mercados de trabalhos formais dos capitais desenvolvidos.

Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas conservadoras

Page 22: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

foram, por sua vez, reforçadas pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu

impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.

Inês B. de Oliveira (1999) diz que uma sociedade democrática não é, portanto,

aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma

possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os

processos decisórios que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc).

Raul Pont (1995) afirma que democracia representativa e democracia

participativa concluem que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos

ensina que não há verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o

Estado e que estas se fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a

busca de uma democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de

liberdade e igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa

utopia para a humanidade.

Sendo a socialização uma necessidade humana, em âmbito escolar, a

socialização dos discentes deve se processar através de atividades em grupo, visando

seu desenvolvimento pleno tanto cultural, como social ou profissional. Estas são

necessidades primeiras a serem atendidas para que possam adentrar na sociedade em

que estão inseridos. Uma vez que a atual sociedade, contemporânea em todos os seus

aspectos tecnológicos, neo liberalista, global e individualista, busca cidadãos aptos a

ascenderem profissionalmente.

A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica dos povos do campo raramente

são tomados como referência para o trabalho pedagógico bem como, para organizar o

sistema de ensino, formação de professores e a produção de materiais didáticos. Essa

visão que tem permeado as políticas educacionais parte do princípio que o espaço

urbano serve de modelo ideal para o desenvolvimento humano. Essa perspectiva

contribui para descaracterizar a identidade dos povos do campo, no sentido de se

distanciarem do seu universo cultural.

A humanidade hoje se encontra em estranho impasse antropológico e de

identificação, uma vez que muitos vivem ou sobrevivem à margem da história, em

culturas milenares ou modernas. Porém, ambas enfrentam a desvalorização social e

econômica do indivíduo, assim como pela sociocultural.

A cultura, os valores, a moral, as normas de conduta, sentimentos, sofrem a forte

influência do modernismo, da industrialização, da tecnologia, da seleção, do

produtivismo, do consumo e sobre consumo humano, do individualismo, da globalização

e do capitalismo que levam muitas vezes a desvalorização do ser humano, em especial

Page 23: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

atinge principalmente as classes baixas.

A evolução das ciências e as inovações tecnológicas dão supremacia cultural,

social, política e econômica aos países mais desenvolvidos, assim como classifica como

subdesenvolvidos países que não as dominam. O aproveitamento cultural vem sendo

lapidado devidamente e apropriadamente a poucos que têm acesso. Porém, quanto aos

valores culturais e morais que são a essência do homem, estes são deixados de lado. O

homem esquece se de sua própria essência, de seus princípios, tradições e deixa se

moldar pela tecnologia e poder.

A desestruturação da humanidade, a ruptura da memória, a desvalorização das

tradições, da família e do saber, desequilibram o comportamento e o desenvolvimento

humano, ocasionando uma grave crise nos modelos de referência para crianças e

adolescentes.

A urbanização desenfreada, o desvalor, a crise do modelo escolar e do

desemprego reproduzem atitudes preconceituosas e agressivas da sociedade. A

desestruturação social tem início na base familiar e no insucesso escolar. A escola perde

aos poucos seu papel de socializadora para a alienação e para as ruas, pois hoje, muitas

crianças e adolescentes encontram sua socialização, mesmo que de forma errônea,

depreciativa ou trágica neste ambiente.

Atualmente, no contexto da sociedade em geral muitos não encontram na escola

nenhuma referência, que os ambientalize na sociedade da qual fazem parte. Então,

buscam na marginalidade, na alienação, no individualismo e liberdade das ruas o seu

referencial de vida. A necessidade de serem reconhecidos é sem dúvida o denominador

comum evidente e trágico desta juventude deixada à mercê pela sociedade, e que busca

através de outros meios imaginários como, a televisão, as ruas, a agressividade,

formação de gangues e no isolamento, modelos de heróis, de vida, ascensão e

afirmação, estes, porém, muitas vezes ilusórios.

Sendo, o Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, um veículo

comunicador e educacional, local de apropriação de conhecimentos científicos,

construídos historicamente pela humanidade e local de produção de conhecimentos em

relações que se dão entre o mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana, com o intuito

de socializar nossos educandos na comunidade em que estão inseridos, tendo como

objetivo, formar no educando uma mentalidade crítica atualizada, priorizar sua cidadania,

resgatando o que lhes é natural e direito adquirido, ou seja, um indivíduo reconhecido em

sua sociedade, capaz, atuante e possuidor de valores éticos e morais com uma visão

esclarecida, capaz de crescer individualmente e profissionalmente. Interagindo desta

Page 24: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

forma, a escola, possibilita ao educando o convívio nos ambientes e situações correlatas

ao seu referencial de vida.

MUNDO

O mundo está agora ao nosso alcance, fomos integrados no mundo como

cidadãos do planeta, e o mundo começou a repercutir em nós como nossa morada. A

teoria em si não transforma o mundo. Pode contribuir para a sua formação, mas para isso

tem que sair de si mesma, e em primeiro lugar, tem que ser assimilada pelos que vão

ocasionar com seus atos reais, efetivos, afetivos e sentimentais tal transformação. Entre

a teoria e a atividade prática transformadora, se insere um trabalho de educação das

consciências, de organização dos meios materiais e planos concretos de ação, tudo isso

como passagem indispensável para desenvolver ações reais, efetivas e afetivas, nesse

sentido, uma teoria é prática na medida em que materializa, através de uma série de

mediações, o que antes só existia idealmente, como conhecimento da realidade ou

antecipação ideal de sua transformação.

A realidade social do indivíduo perante a globalização, a informatização, a real

afirmação de divisões por classes, enfim, as constantes transformações sofridas pelo

mundo, impera significativamente o individualismo e a perda de valores éticos e morais,

levando o homem à exclusão, tanto econômica, quanto social e cultural.

Conscientes, da realidade da nossa escola, que tem como característica principal

ser escola do campo reconhecemos nosso papel perante a sociedade como formadora

de líderes locais, indivíduos possuidores de uma educação global e permanente,

conscientes de seu papel perante a vida, a sociedade, com vistas ampliadas à

organização e ao desenvolvimento da comunidade, participando e interagindo na solução

de problemas. Seres críticos e analíticos, conscientes de que não se trata somente, em

adquirir isoladamente conhecimentos definitivos, mas preparar-se para construir ao longo

de suas vidas um saber tornando-os agentes de desenvolvimento. Responsáveis pela

modificação de conduta, profissionais capacitados a bem servir o meio, motivados de um

saber constante e em evolução, em aprender a ser, concretizando seus objetivos, suas

atividades, sua posição no meio em que foram chamados a servir.

HOMEM DO CAMPO

Page 25: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

O ser humano é sujeito da história, não está “colocado” no mundo, mas ele é o

mundo, faz o mundo, faz cultura. O homem do campo não é atrasado e submisso; antes,

possui um jeito de ser peculiar; pode desenvolver suas atividades pelo controle do relógio

mecânico ou do relógio “observado” no movimento da Terra, manifesto no

posicionamento do sol. Ele pode estar organizado em movimentos sociais, em

associações ou atuar de forma isolada, mas o seu vinculo com a terra é fecundo; ele cria

alternativas de sobrevivência econômica num mundo de relações capitalistas selvagens.

É um ser natural e social, age na natureza transformando a segundo suas

necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas

relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em

decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada,

mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados

de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992): “O homem necessita

produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a

natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.

Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade.

O homem é um ser bio-sócio-cultural que, possui necessidades materiais e

relacionais, cuja existência está além do poder de definição das palavras. Pode se usar

termos, mas nenhum é absoluto.

Dentro desse sentido amplo e complexo, o homem deve ser entendido em toda a

sua dimensão e deve dispor dos recursos que satisfaçam a sua necessidade, para que

analise, compreenda e intervenha na realidade, em seu contexto histórico social,

garantindo assim sua formação e pleno desenvolvimento humano.

É fundamental que se garanta uma formação integral voltada para a capacidade

e potencialidade humana. A formação integral deve ser entendida como saber essencial,

isto é, aquela que proporciona ao ser humano o saber sentir, saber ser político, saber

inovar, saber refletir, saber fazer, saber ser crítico e saber ser ético.

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,

antes de tudo, um ser que possui vontade própria, um ser que se pronuncia sobre a

realidade.

Page 26: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina. (Freire, 2003, p. 20)

A educação hoje, nos remete a um emaranhado de desafios. Educar, antes de

qualquer coisa, deve nos levar a andar com os pés no chão, saber em especial a função

que temos como educadores formadores de mentalidades, sabedores de nossa função

social em seu sentido mais amplo, e por si, buscar neste processo o amanhã,

representado pelo educando que buscamos formar. Homem munido de conhecimento,

sabedoria aliada ao senso de humanidade.

O que dizer então sobre educação no campo? DESAFIO, com letras maiúsculas,

pois, em um país onde a educação possui cunho de reprodução social, o homem do

campo ainda possui como único recurso e única ferramenta o cabo da enxada, o saber

adquirido provém do seu dia a dia.

Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes. (Freire, 2003, p.27)

A escola, no campo, representa a única unidade formal de educação, e também

centro social da comunidade. Para tanto, seu trabalho é representado por todos os

profissionais que dela fazem parte, profissionais capacitados, com o propósito especial de

bem servir, educar e desenvolver protagonistas locais, incentivar ações comunitárias,

somar com a formação de instituições cooperativistas da região, centros comunitários,

desenvolver projetos ambientais e agrícolas nas localidades rurais das quais, a escola

recebe alunos.

Somente uma escola dinâmica poderá tornar-se agente de desenvolvimento, de

modificação de conduta, sabendo despertar e dirigir a liderança no próprio grupo, para

que os indivíduos se motivem a fim de participar, interagindo na solução de problemas. O

que o meio rural necessita é de uma escola que dê ênfase ao aspecto formativo. Uma

escola que possa civilizar sem urbanizar, uma escola que, conscientizando o homem

sobre os valores autênticos do seu próprio meio, seja capaz de despertar as forças

latentes da comunidade em ritmo de progresso.

Page 27: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

EDUCAÇÃO/ESCOLA

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-

os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua

ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho. (SAVIANI, 1992, p.19)

Segundo Pinto (1994), a educação é um processo histórico de criação do homem

para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do

homem.

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual

do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem - processo constitutivo

do ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a sociedade,

num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de

transformação futura.

É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem.

É libertadora porque segundo Boff (2000, p.77), se faz necessário desenvolver

uma educação para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de

desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentável.

Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam o ser humano

para gestar uma democracia aberta.

São eles:

1. A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados

para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da

realidade que o possa orientar em sua vida.

2. A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico,

político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a

Page 28: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;

3. A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de

avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos

conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem

suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para

constituir-se e transformar a realidade.

A educação deve ser considerada como processo para o desenvolvimento

humano integral, instrumento gerador das transformações sociais. É base para aquisição

da autonomia, fonte de visão prospectiva, fator de progresso econômico, político e social.

É o elemento de integração e conquista do sentimento e da consciência de cidadania.

Nessa concepção de educação, a finalidade é formar cidadãos capazes de

analisar, compreender e intervir na realidade, visando o bem estar do homem no plano

pessoal e coletivo. Para tanto, esse processo deve desenvolver a criatividade, o espírito

crítico, a capacidade de análise e síntese, o autoconhecimento, a sociabilização, a

autonomia e a responsabilidade. Desta forma, é possível a formação de um homem com

aptidões e atitudes para colocar-se a serviço do bem comum, possuir espírito solidário,

com gosto pelo saber, disposto a conhecer-se, a desenvolver capacidade afetiva e

possuidor de visão inovadora.

Um desafio está posto à educação do campo: considerar a cultura dos povos do

campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como processo de

apropriação e elaboração de novos conhecimentos com a perspectiva de construção de

experiências para a transformação da sociedade.

INFÂNCIA

É preciso compreender a Infância, segundo uma perspectiva histórica e social, e

não como uma categoria abstrata e desconexa da vida social. Em suas pesquisas, Ariès

(1981) analisa que, até o século XVI, a infância era concebida como um período

transitório da vida humana e que deveria ser prontamente superado, sendo que os

adultos não eram responsáveis pelos cuidados necessários na infância. A criança, assim,

confundia-se com os adultos. Era um adulto em miniatura, não sendo respeitada em sua

particularidade. Não havia na sociedade medieval, o que Ariès denomina de “sentimento

Page 29: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

da infância”. A família se responsabilizava integralmente da educação das crianças, às

quais eram introduzidas no ofício como aprendizes. Aprendia-se praticando e, as crianças

participavam deste processo de trabalho, muitas vezes em condições sub-humanas.

Progressivamente, com a industrialização, houve a necessidade do atendimento às

crianças, cujas mães trabalhavam em fábricas e surgiram assim algumas instituições de

Educação Infantil, com a finalidade de cuidar destas crianças. No contexto brasileiro,

apenas cinqüenta anos atrás, a Educação Infantil, passa a ser entendida como um dever

do Estado e direito de todos os cidadãos. É finalmente reconhecida pelas políticas

públicas a partir da década de 70, sendo progressivamente ampliado o atendimento, em

especial as crianças de 04 a 06 anos. Nesta perspectiva, é preciso garantir a criança o

exercício de cidadania, através de um ensino de qualidade, uma vez que a criança é

cidadã brasileira, dotada de direitos e garantias conforme o Estatuto da Criança e do

Adolescente. A criança é um sujeito de direitos, tendo características próprias nos

estágios de desenvolvimento: sócio-afetivo, lingüístico, lógico-matemático, psicomotor,

moral, emocional, neurológico e físico. Essas características devem nortear os

procedimentos metodológicos a fim de garantir o desenvolvimento integral da criança.

No ano de 2004, foi instituído o Ensino Fundamental de nove anos,

determinando o atendimento da criança de seis anos de idade nas séries iniciais desta

etapa da escolaridade básica, em diversos estados do país. O que impôs desafios aos

profissionais da educação que atuam nas escolas, particularmente no que diz respeito

aos processos de alfabetização e letramento.

Com o ingresso de crianças, no 6º ano do Ensino Fundamental, vindas deste

processo instituído em 2004, há que se elaborar um Projeto Político Pedagógico, voltado

para questões de alfabetização inicial, definindo as capacidades mínimas a serem

atingidas nos diferentes momentos de escolarização. Isso significa objetivamente, um

Projeto Político Pedagógico, com práticas curriculares adequadas as políticas

educacionais do sistema de ensino proporcionando tempo e condições para que os

alunos possam vencer as etapas necessárias à aprendizagem da leitura e da escrita.

Há que se pensar em metodologias que articulem o processo de alfabetização e

letramento dos alunos, assegurando resultados positivos de aprendizagem, sempre

considerando as especificidades do desenvolvimento infantil nesta faixa etária, buscando

um equilíbrio entre as diferentes perspectivas teórico-metodológicas que informam o

processo da aquisição da leitura e da escrita, articuladas aos conhecimentos e

capacidades do que se pretende ensinar.

Page 30: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

INCLUSÃO

O processo de inclusão educacional exige planejamento, reflexão e mudança,

que envolvem a equipe administrativa, a gestão educacional, equipe pedagógica, o corpo

docente, os recursos governamentais, a flexibilização e a adaptação curricular, garantindo

ao aluno seu direito constitucional a uma aprendizagem que melhor se ajuste as suas

necessidades e lhe proporcione uma inclusão responsável na sociedade. É necessário

reestruturar a escola para que seja um espaço aberto a fim de adotar práticas

heterogêneas, transformadoras e de inserção social, no sentido de respeitar cada

criança, levando em conta seus interesses, capacidades, potencialidades e necessidades

de aprendizagem.

Inclusão é um processo de inserção social, no qual a criança encontra na escola

um local de acolhida. Mantoan (2002) pontua que:” a meta da inclusão é desde o início

não deixar ninguém de fora do sistema escolar, que deverá adaptar-se as

particularidades de todos os alunos(...)”. A medida que as práticas educacionais

excludentes do passado vão dando espaço e oportunidades a unificação das

modalidades de educação regular e especial, em um sistema único de ensino, caminha-

se em direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos

começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular.

“As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema educacional que reconheça e atenda as diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer um dos alunos.” (Carvalho, 2004, p.26).

Busca-se construir na escola uma política voltada para todos, assim, a educação

inclusiva faz parte desse projeto à medida que se oferece ações pedagógicas

correspondentes as necessidades educativas e especiais da criança. A política de

inclusão de alunos com necessidades especiais vem responder a um novo paradigma,

envolvendo uma mudança radical das políticas e das práticas sociais, de valores e de

convicções. Há a necessidade de se romper preconceitos, estigmas e de compreender,

que todos podem aprender se forem respeitados os diferentes estilos de aprendizagem,

os atributos pessoais, metas, ritmos e necessidades comuns e específicas dos

estudantes.

A inclusão educacional é mais do que presença física, é muito mais que

acessibilidade arquitetônica, é mais do que matricular os alunos com deficiência nas

Page 31: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

salas de aulas do ensino regular, é um ato responsável que não pode abrir mão de uma

rede de ajuda e apoio aos educadores, alunos e familiares. Estes valores pautarão o

trabalho pedagógico da escola como compromisso político, ético e social.

CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os

homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais

mediadas pelo trabalho.

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho e

nem dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador não domina as

formas de produção e sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels “a

classe que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os

meios de produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias

daqueles que carecem desses meios ficam subordinadas a ela” (Frigotto, 1993, p. 67).

Ainda neste sentido, Andery (1988, p.15) confirma que “nesse processo do

desenvolvimento humano multi determinado e que envolve inter-relações e interferências

recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica será o determinante

fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso

comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes

antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.

Busca-se uma educação que seja crítica, cuja característica central é a

problematização dos conhecimentos. Problematizar implica discutir os conteúdos de

forma gerar indagações e não de forma enciclopédica e mecânica. Para tanto, na

educação do campo, é essencial compreender os determinantes que a levaram a estar

historicamente marginalizada nas políticas educacionais.

Observa Martins (2000, p. 100), de forma crítica: […] a exclusão se tornou parte

integrante da reprodução do capital […] há quem fale numa espécie de auxílio estatal à

pobreza que dispensaria a reforma agrária, custosa, e asseguraria a sobrevivência dos

pobres em condições mínimas sem necessidade de pagar o custo de grandes

transformações econômicas e sociais […].

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

Page 32: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de

ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando,

portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a

escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do

trabalho nas suas relações. Conforme VEIGA (1995, p. 27) “o conhecimento escolar é

dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à

faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é

resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do

professor.

Para BOFF (2000, p. 82), “Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a

partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer,

portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o

conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a

conversão do conhecimento em ação”.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Conforme FREIRE (2003, p.59), “O conhecimento é sempre conhecimento de

alguma coisa, é sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”.

Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como destaca

SEVERINO (1988, p. 88), “educar contra ideologicamente é utilizar, com a devida

competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que

efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua existência

real”.

Essas são questões que a educação do campo pode desvelar, numa atitude de

elaboração de um conhecimento que parte dos próprios povos do campo e de suas

experiências vividas, como diria Gramsci, uma cultura ligada à vida social. Portanto, são

os conhecimentos do mundo do trabalho no campo, das negociações em torno da

produção, das necessidades básicas, para produção de determinados produtos que

fortalecem e criam alternativas para manter o vínculo com o trabalho e vida no campo.

Nesse aspecto, a escola deve realizar uma interpretação da realidade que considere as

relações mediadas pelo trabalho no campo como produção material e cultural da

existência humana. A partir dessa perspectiva, deve construir conhecimentos que

promovam novas relações de trabalho e de vida para os povos do campo.

O ensino-aprendizagem deve privilegiar a compreensão de significados e

Page 33: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

mecanismos reflexivos que levem ao conhecimento. A forma de explicar o conteúdo pelo

professor é muito importante, pois este deve ter o compromisso de estimular

constantemente as operações mentais, tais como: analisar, classificar, comparar, criticar,

justificar, interpretar, explicar, descrever, localizar, opinar, determinar, comentar, que

garantem a construção do conhecimento no educando.

A aprendizagem é o momento de compreensão do contexto social, da realidade,

de manipulação, de observação questionada e de argumentação que venham a estimular

no discente a sua capacidade criadora. Somente ocorre a efetivação da aprendizagem

onde houver sintonia, tranquilidade e confiança, tanto na educação, como no professor e

na instituição educadora.

Na aula reflexiva, o professor participa como líder mediador de um forte relacionamento interpessoal com os alunos, tendo intenso controle dessa troca afetiva. É uma aula marcada por densos movimentos afetivos. O afeto não é somente o que se sente por alguém, mas também o que se faz por alguém. O afeto, portanto, é uma ação direcionada a outra pessoa. O afeto se concretiza, na pontualidade, na sala de aula organizada e limpa, no material adequado, etc. A organização e os estímulos externos mobilizam a ação da atenção, da concentração e da percepção. O afeto também se concretiza no saber ouvir e poder falar, em se respeitar, e, opinar e a argumentar e na dinâmica de um grupo compromissado com a busca do conhecimento. O afeto é o motor da ação e o regulador da operação. (Ronca Paulo Afonso Caruzo; Terzi, Cleide do Amaral, 1992, p.28).

Desta forma, a aprendizagem acontece quando as ações da atenção, da

concentração, da percepção e da memorização realmente se efetivam.

É de suma importância destacar o papel do professor neste novo planejamento, o

professor deve, pois, promover, estimular e impulsionar as operações mentais,

participando das discussões que elas proporcionam. A função social e profissional do

professor está mais voltada para ensinar a pensar do que para simplesmente transmitir

conteúdos.

O docente deve provocar desequilíbrios e desafios. Sua relação com o discente é

de reciprocidade intelectual e de cooperação moral. O professor é mediador e

participante no processo ensino-aprendizagem. Portanto, o professor deve ampliar o seu

campo de ação educacional, ensinando o educando a pensar, a fazer, a questionar, a

refletir e a operar mentalmente, sem dar tanta ênfase ou privilegiar somente a ação da

memorização de conteúdos. O educando é sujeito da aprendizagem. Ele constrói seu

conhecimento através dos saberes adquiridos. É necessário deixá lo descobrir o

funcionamento e o significado do que lhe é proposto. Durante o processo de

aprendizagem, os alunos descobrem o que é realmente importante, a sua capacidade de

aprender e compreender. Com isso, a aprendizagem deixa de ser um fim em si mesma,

para se tornar um instrumento de autoconhecimento e auto desenvolvimento, de sua

Page 34: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

autonomia e criticidade.

A aprendizagem, é um processo social e, como tal, depende da interação entre

os indivíduos. É necessário que se respeite o processo de apropriação de conhecimento

e saberes de cada indivíduo, levando-se em conta as múltiplas inteligências e valorizando

as diferenças existentes entre os discentes (Portal Dia a Dia, Pedagogos, Tendências

Metodológicas).

É de suma importância que as atividades sejam diversificadas, uma vez que a

aprendizagem não pode ser medida por apenas uma única atividade, pois, a

aprendizagem acontece mais facilmente na variedade e na riqueza de situações sobre as

quais se pode apresentar a realidade.

Na elaboração de conceitos, faz-se necessário um processo dinâmico de

estruturação de vários elementos correlacionados. Os conhecimentos não são adquiridos

de forma isolada, pois possuem conexões e filiações, estabelecendo relações entre as

disciplinas.

AVALIAÇÃO

O modelo de avaliação proposto neste Projeto Político Pedagógico a ser seguido

pelo Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, decidido pelo coletivo da

Escola, tem como média mínima bimestral seis pontos (6,0) conforme determinação da

SEED seguindo-se os critérios propostos pelo coletivo escolar.

A avaliação será diária e contínua, observando se a participação e o desempenho

dos educandos através de vistos nos cadernos e tarefas extraclasse; Diagnóstica, através

de atividades orais e escritas, proporcionais ao número de aulas de cada disciplina;

Cumulativa e Somatória, onde serão somadas a pontuações de trabalhos individuais ou

em grupos, pesquisas, relatórios, debates, seminários, provas orais, provas escritas,

totalizando no final do bimestre uma pontuação equivalente a dez (10,0) pontos.

Respeitando e valorizando o saber de cada educando.

Concepção

Page 35: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. A avaliação tem grande

importância social e política, presente em todas as atitudes e estratégias adotadas pela

escola.

A avaliação deve ser entendida como um meio de se obterem informações e

subsídios para fornecer o desenvolvimento integral do educando. Ao se dispor dessas

informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo,

planejando e redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da escola.

Procedimentos

O processo avaliativo diário, contínuo e diagnóstico, tem por finalidade:

Promover a fixação dos conteúdos;

Aplicar a teoria na prática;

Verificar a aprendizagem;

Favorecer o espírito de pesquisa;

Desenvolver disciplina e hábitos de estudo

Oportunizar recuperação de conteúdos no decorrer do bimestre a todos os

alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem ou dificuldades de assimilação

dos mesmos

Motivar o aluno para o estudo e aquisição de conhecimentos;

Recuperação de Estudos.

No decorrer do bimestre, será oferecido a todos os alunos recuperação de

estudos, onde os conteúdos serão retomados através de atividades de revisão e fixação,

sempre que forem detectadas dificuldades na aprendizagem e assimilação dos mesmos,

proporcionando assim, meios, recursos e estratégias para que os educandos possam

atingir os objetivos de cada disciplina primando pela aprendizagem e desenvolvimento

integral dos mesmos.

IGUALDADE DE CONDIÇÕES PARA ACESSO E PERMANÊNCIA NO

Page 36: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

PROCESSO EDUCATIVO

A escola deve proporcionar conhecimento e sucesso para todos e, é através dos

“educadores” que isto irá acontecer. Não basta que cada um questione individualmente

sua ação, mas é necessário refletir coletivamente as questões fundamentais da escola,

buscando construir uma nova cultura da aprendizagem, ou seja, a cultura do sucesso

escolar e a construção de uma sociedade melhor, diferenciada, igualitária, onde todos

estejam inseridos.

Escola... O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha que estuda, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, que se alegra, se conhece se estima. O diretor é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de "ilha cercada de gente por todos os lados". Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se "amarrar nela"! Ora, é lógico... Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar se, ser feliz! (Paulo Freire, 2003, p.34).

Por meio do Projeto Político Pedagógico, a escola como espaço social

responsável pela apropriação do saber universal, pretende alcançar a socialização do

saber elaborado, às camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do

conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social, atuação crítica

e democrática para a transformação desta realidade. Desta forma, uma educação

histórico crítica, uma educação para todos, evolutiva, enfatizando a educação básica, a

aquisição de conhecimentos e sociais fundamentais, cuja base, é o desenvolvimento de

sua capacidade de aprender. Em suma, almejamos propiciar aos educandos o aprender

a ser, como sujeitos ativos, inseridos na comunidade onde vivem.

Este documento tem por objetivo a construção do conhecimento, onde o

educando, consciente de sua posição como indivíduo na sociedade, tome como

instrumento "A Educação Escolar", vinculando os conteúdos específicos de cada

disciplina, para as diversas finalidades sociais: como cidadão, como sujeito atuante, como

culturalmente ou profissionalizante.

Gestão democrática que abrange além do princípio constitucional, as

dimensões administrativas, pedagógicas e financeiras (LDB 9394/96 art14)

Liberdade que implica a idéia de autonomia que constitui a vivência na relação

entre educadores, professores, funcionários, pais e o contexto social amplo

Valorização dos trabalhadores em educação como princípio central na busca

da qualidade e do sucesso na tarefa educativa de formação de cidadãos capazes de

Page 37: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

participarem na vida sócio-econômica, cultural e política do país.

Relação interativa entre professor e aluno, seres concretos (sócio-históricos),

situados numa classe social – síntese de múltiplas determinações;

Formação inicial e continuada;

Condições de trabalho necessárias à apropriação do conhecimento, enquanto

especificidade da relação pedagógica;

Carreira e salário.

O presente PPP, baseado na Teoria Histórico Crítica, dá ênfase ao

desenvolvimento integral do educando estimulando a construção da autonomia, da

criticidade e criatividade, proporcionando a transformação da sociedade (ação,

compreensão-ação), propondo uma interação entre conteúdo e realidade, visando

transformação da predominância do mercado sobre a ética, da competição sobre a

cooperação e do indivíduo sobre o social, que fragmentam a sociedade.

A instituição escolar tem sua importância como centro de produção e de

disseminação de conhecimento e de cultura, assumindo um grande desafio, como um

requisito fundamental ao pleno exercício da cidadania, ao desempenho de atividades

cotidianas, ao mesmo tempo em que possibilita ao cidadão a sua inserção no mundo do

trabalho, contribuindo para o desenvolvimento econômico e para a edificação de uma

sociedade mais justa e solidária.

O crescente processo de globalização que invade o mundo está exigindo uma

maior participação da educação na ampliação e apropriação de bases científicas e

tecnológicas superadoras de processos arcaicos sociais e culturais, de modo a responder

ao imperativo desenvolvimento das forças produtivas, ao mesmo tempo em que contribui

para reverter à lógica da razão instrumental numa razão emancipatória do homem e da

sociedade.

A educação deve empenhar-se na construção de uma nova ética catalisadora das

múltiplas dimensões humanas, transcendendo a visão de homem enquanto mera peça da

engrenagem produtiva, iluminada pela razão técnica, privilegiando o resgate da

alteridade, da reciprocidade firmada num diálogo de relação e comunicação.

Desta forma, tomamos como modelo de gestão escolar a gestão democrática e

participativa, como um processo permanente de criação e recriação de um diálogo teórico

e prático, cujo aperfeiçoamento é sempre possível na medida em que não existe um

modelo plenamente acabado. As possibilidades de ajustes, de melhoramentos, de

inovações estarão sempre na ordem do dia, justamente pelo seu caráter de inacabada,

Page 38: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

de estar sempre se fazendo, de vir a ser. E é essa nova forma de gestão inclusiva,

participativa e democrática que priorizará através da participação e empenho de todos a

realização dos interesses e valores educacionais.

A Democracia se coloca, pois, como importante instrumento de resolução de

conflitos cabendo aos seus participantes, através dos confrontos de ideias e interesses

chegar aos melhores resultados sem que haja predominância e controle de nenhuma

força isoladamente.

Em âmbito escolar, prioriza-se a participação ativa na gestão administrativa e na

construção coletiva do PPP. Traduzindo a combinação entre forma - administração

compartilhada com a representação. Além da participação ativa do corpo docente, APMF,

Conselho Escolar, Equipe Multidisciplinar, Grêmio Estudantil, alunos, funcionários e

comunidade queremos através deste projeto chamar a atenção dos discentes para um

maior envolvimento com a nova gestão, com a inclusão social (necessidades especiais,

indígenas, afrodescendentes e educação no campo).

Neste governo, sob uma ótica diferenciada, tenta-se mudar o desvalor com a

educação, com a escola pública e, passou-se a investir nos profissionais docentes.

Cursos são ofertados para a capacitação dos mesmos, a exemplo: DEB Itinerante,

Cursos de Formação on-line e o PDE. Este aprendizado é desenvolvido através dos

diversos projetos e da prática pedagógica realizados ao longo do ano letivo, durante as

semanas pedagógicas e no cotidiano escolar.

Todavia, os problemas com a educação se acentuam a cada ano que passa, e

são notórias as disparidades de conceitos trabalhados nas universidades com a

educação planejada pelo Governo Federal e Estadual, e ainda com a realidade escolar

enfrentada diariamente pelos docentes em sala de aula. Não é somente problema salarial

que aflige a classe docente, mas o descaso com a realidade do educando e as reais

condições da escola pública em rede nacional. Não há no Brasil, em qualquer um dos

estados, em que as instituições escolares não enfrentem problemas gravíssimos com a

violência, a falta de investimentos na educação tanto na estrutura física, quanto a didático

pedagógico. A cultura e o saber são elementos de segunda necessidade em uma

sociedade como a brasileira, onde por mais que os profissionais da educação tentem

reverter à triste realidade escolar, têm suas mãos amarradas pela burocracia e pelos

problemas sociais que se aglomeram na vida do brasileiro, e estes problemas têm uma

válvula de escape: “a escola”. Nela é depositada todo o mau logro desta sociedade

seletiva, e a educação cumpre seu papel de formar, porém, sabe-se que todos passarão

por processos de seleção e não há espaço e nem função para absorver todos os que

Page 39: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

ofertam sua mão de obra.

CURRÍCULO

O Plano Curricular, incluso no projeto de implantação, contempla a filosofia e as

diretrizes da Proposta Pedagógica, direcionada pelas Diretrizes Curriculares Estadual,

Secretaria de Estado da Educação e Governo Federal. A Proposta Pedagógica norteia o

processo ensino-aprendizagem. Ele vem composto dos pressupostos teóricos

metodológicos, da concepção de avaliação e da relação de conteúdos a serem

trabalhados, bem como planejamentos e atividades a serem desenvolvidos em cada

série.

Fazem parte do currículo do Ensino Fundamental da Base Nacional Comum as

disciplinas:

Arte

Ciências

Educação Física

Ensino Religioso

Geografia

História

Língua Portuguesa

Matemática

Parte diversificada

L.E.M. Inglês

Fazem parte do currículo do Ensino Médio da Base Nacional Comum as

disciplinas:

Arte,

Biologia,

Educação Física,

Filosofia,

Física,

Page 40: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Geografia,

História,

Língua Portuguesa,

Matemática,

Química,

Sociologia.

Parte Diversificada: L.E.M. - Espanhol.

O PPP do Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, baseia-se na

teoria Histórico Crítica, portanto, dá se ênfase a alguns aspectos que são globais e

indivisíveis nas atividades discentes como: o sócio - afetivo, o cognitivo e o linguístico,

com enfoque no conteúdo como produção histórico social de todos os homens.

A metodologia proposta propicia o desenvolvimento integral do educando, ou

seja, o desenvolvimento afetivo - intelectual e sócio - emocional, confrontando os

conhecimentos, saberes e valores culturais que os discentes já possuem com o saber

elaborado, estimulando a construção da autonomia, da cooperação, da criticidade,

criatividade, responsabilidade e a formação do autoconceito, apropriando-se de uma

concepção científico/filosófica da realidade social mediada pelo professor.

O conteúdo básico desenvolvido com os discentes será realizado através de

atividades integradoras, ou seja, interdisciplinares das áreas fundamentais de

conhecimento linguístico, lógico - matemático, ciências, estudos sociais (História e

Geografia), através de discussões, debates, leituras, aula expositiva/dialogada, trabalhos

individuais e trabalhos em grupo, com elaboração de sínteses integradoras.

Segundo a Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, torna-se obrigatório o ensino

sobre História e Cultura Afro Brasileira nos Estabelecimentos de Ensino Fundamental e

Médio. O conteúdo pragmático deverá incluir, em todo o currículo escolar, estudo da

História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e

o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro

nas áreas sociais, econômicas e políticas, pertinentes à História do Brasil. O calendário

escolar incluirá o Seminário Indígena a ser realizado no primeiro semestre, e o dia 20 de

novembro como o “Dia da Consciência Negra”.

O Colégio tem ainda, uma preocupação muito forte com a prática social, no

sentido de realizar efetivamente a inclusão social, destinada à valorização e ao respeito

ao semelhante. Esta visão pretende dar condições às crianças e aos adolescentes de

enriquecimento pessoal, social e intelectual, permitindo enfim, o desenvolvimento de suas

Page 41: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

potencialidades, preparando os desta forma ao pleno exercício da cidadania, para atuar e

transformar relações detectadas que precisam ser resolvidas no âmbito da prática social.

Esta preocupação com a inclusão (necessidades especiais, indígenas, afro-

descendentes, imigrantes.) não depende somente da escola, mas também, de ações da

família e da comunidade onde vivem esses alunos. Portanto é de responsabilidade de

todos (Família, Escola, Estado), a preocupação e a efetivação da verdadeira inclusão

social.

Atualmente, a escola tem como prioridade a formação de cidadãos capazes de

criar, em cooperação com os demais, uma ordem social, construir caminhos para

entender o mundo, compreender a vida e conceber valores que os levem a prática da

cidadania, incorporando a dialética como teoria de compreensão da realidade e como

método nesta realidade. Nesta relação de indissociabilidade entre forma e conteúdo,

pressupõe-se a socialização do saber, produzido pelos homens, e os fins a serem

atingidos, buscando coerência com os fundamentos da pedagogia entendida como

processo através do qual o homem se humaniza (se torna plenamente humano).

Realizando na escola a formação e informação do educando, estaremos

exercendo a cidadania, praticando-a em todos os lugares, do nosso dia-a-dia, em casa,

na escola, na rua, transformando e construindo uma sociedade melhor, participando por

meio de pequenos gestos e grandes mudanças, numa tomada de consciência detectando

questões a serem resolvidas no âmbito da prática social.

A Educação Fiscal possibilita despertar a consciência a respeito dos princípios

que devem nortear a construção de um sistema tributário justo e harmônico, capaz de

construir seu papel como instrumento da política de distribuição de renda. Proporciona o

exercício da cidadania por meio da participação popular no processo orçamentário e o

controle democrático da gestão pública.

Tem como objetivo, apresentar aspectos fundamentais referentes ao exercício da

cidadania como instrumento de controle social, dando ênfase às questões relacionadas

com a tributação e gestão fiscal. Desenvolver o espírito crítico e participativo com relação

às obrigações tributárias, sensibilizando a comunidade escolar para a função dos tributos

e a correta aplicação dos recursos públicos, requisitos indispensáveis à plena formação

da cidadania. Conscientizar nossos discentes de escola do campo, que é um trabalhador

que cultiva com a família uma pequena propriedade de terra, com o uso de ferramentas

simples, ou pequenas máquinas de tecnologia rudimentar a exercer autonomia no

processo de decisão e gestão da produção.

Contextualizar o conhecimento escolar na realidade a qual o aluno está inserido,

Page 42: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

viabilizando instrumentos pedagógicos que promovam a integração entre os conteúdos

da Educação Fiscal e conhecimentos disciplinares, na busca do bem estar de toda

sociedade.

Quanto à formação para o trabalho, consta em adendo no Regimento Escolar a

Lei 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de estudantes, e a

Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para a organização e a realização

dos Estágios, definem, também, obrigações da Instituição de Ensino para com os

estágios não obrigatórios.

No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “O plano de atividades do

estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a que se refere o inciso II do caput do

art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à

medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”

Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:

“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino,

deverá estar previsto no Projeto Político-Pedagógico;

II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio;”.

A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser apresentado

para análise juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em separado no caso de

estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância da

relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao Termo de

Compromisso e será adequado à medida da avaliação de desempenho do aluno, por

meio de aditivos;”.

5.1 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMA

Por ano (6º a 9º Ano do Ensino Fundamental)

Por ano (1º 2º e 3º Ano do Ensino Médio)

Por ano: CELEM

ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE:

De acordo com o número de aulas de cada docente. O objetivo principal é a troca

Page 43: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

de experiência entre os profissionais de cada licenciatura, porém nem sempre isto é

possível em se adequar nos horários de aulas previstos. Deverá garantir, também, carga

horária que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas inerentes ao

exercício da docência e da formação continuada, através de leituras complementares e

estudos específicos a cada disciplina.

Durante a carga horária de Hora Atividade os docentes realizarão recuperação de

estudos individuais para os alunos com dificuldades de aprendizagem, propondo

atividades diversificadas voltadas as necessidades específicas de cada educando.

Ainda neste horário é reservado um espaço para atendimento aos pais ou

responsáveis dos alunos.

CALENDÁRIO ESCOLAR:

Respeita se 800 Horas Aula e 200 Dias Letivos.

REGIME ESCOLAR

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA:

7 h: 20 min. às 11 h: 45 min. (manhã)

12 h: 45 min. às 17 h: 05 min. (tarde)

MODALIDADE:

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

CELEM: 24 MESES

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR:

Page 44: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

ANO

SALA DE APOIO:

02 Turmas de alunos de 6º e 7º ano, e 02 turmas de 8º e 9º ano, com

dificuldades de aprendizagem, é oferecida a Sala de Apoio, que oferta atendimento 02

dias na semana, terça e quarta-feira; quinta e sexta-feira, pela manhã e tarde.

SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I:

Alunos de 6º à 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, com

dificuldades de aprendizagem e DTAH, é oferecida a Sala de Recursos Multifuncional

Tipo I, que funciona todas as manhãs e tardes, de segunda a quinta-feira.

CELEM:

02 Turmas de alunos do Ensino Fundamental do 6º ao 8º ano, que oferta

atendimento 02 dias na semana, segunda e quarta-feira, pela manhã e tarde, na

modalidade de LEM Espanhol.

PETI:

Programa destinado a alunos de 6º à 9º ano, vindos de famílias de pequenos

agricultores, de baixa renda, que recebem Bolsa Família e ou recursos do PETI. Funciona

de segunda a sexta-feira, período matutino.

INCLUSÃO:

DO CAMPO

INDÍGENA

AFRO DESCENDENTES

Page 45: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

IMIGRANTES

NECESSIDADES ESPECIAIS

DIFICULDADES INTELECTUAIS

PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL – PETI

O trabalho infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes,

abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho, conforme a legislação de cada

país.

O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. Especificamente, as formas mais

nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas também constituem

crime.

A exploração do trabalho infantil é comum em países subdesenvolvidos. Um

exemplo de um destes países é o Brasil, em que nas regiões mais pobres este trabalho, é

bastante comum. A maioria das vezes ocorre devido à necessidade de ajudar

financeiramente a família. Muitas destas famílias são geralmente de pessoas pobres que

possuem muitos filhos.

Segundo ECA, artigo 4º (Das disposições preliminares), artigo que resume o

espírito do Estatuto e que traz o leque dos direitos das crianças e dos adolescentes a ser

assegurado: "É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder

público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à

saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária."

Este artigo traz várias questões fundamentais. A primeira é determinar que a

responsabilidade na garantia dos direitos da criança e do adolescente é não apenas da

família, nem apenas do Estado, da comunidade ou da sociedade, mas sim de todos. A

criança e o adolescente não pode, em hipótese alguma, ser negligenciada e todas as

instâncias devem trabalhar concomitantemente nesse sentido. Cabe a cada um fazer sua

parte, de forma a serem esferas complementares na formação e na atenção integral.

Outro aspecto importante diz respeito à prioridade absoluta. A criança e o

adolescente devem ser prioridade na garantia de seus direitos básicos. Prioridade nas

políticas públicas para que seus direitos sejam de fato assegurados.

Neste, está previsto os direitos básicos. Em primeiro lugar, direito à vida, à saúde

e à alimentação, ou seja, desde a sua concepção, nascimento e desenvolvimento. Essa

ordem tem razão de ser. É preciso, antes de tudo, ter vida, saúde e alimentação para

Page 46: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

então receber educação, esporte, lazer e assim por diante.

Entre os direitos fundamentais está também o direito à profissionalização. Como

o próprio Estatuto indica, em seu Capítulo V (Do direito à profissionalização e à proteção

no trabalho), isso se dá a partir de 16 anos, quando o trabalho é permitido, com todos os

seus direitos trabalhistas e previdenciários assegurados. Na prática, isso significa carteira

assinada, jornada de trabalho pré-determinada (não excedendo a prevista em lei), férias,

descanso semanal remunerado e recolhimento da previdência social, para mencionar os

itens mais conhecidos.

O Estatuto é claro com relação ao trabalho infantil. Em seu artigo 60: É proibido

qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz,

a partir de quatorze anos. Porque ela pressupõe que o adolescente esteja frequentando

regularmente a escola e que tenha bom aproveitamento escolar (ou seja, o trabalho não

pode impedir o sucesso escolar), que tenha carteira assinada com contrato de aprendiz

(remunerado como tal, com direitos trabalhistas e previdenciários assegurados) e que, na

sua vida de profissional, o aprendizado, o desenvolvimento pessoal e social são mais

importantes que o aspecto produtivo.

Não é qualquer profissão que se enquadra para oferecer um contrato de

aprendiz. No artigo 62, o Estatuto traz o conceito: "Considera-se aprendizagem a

formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de

educação em vigor." E essa formação obedece a princípios estabelecidos no artigo 63,

como garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; atividade compatível

com o desenvolvimento do adolescente; e horário especial para o exercício das

atividades.

É vetado o trabalho noturno (entre 22h e 5h), o trabalho perigoso, insalubre ou

penoso; o trabalho realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu

desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; e aquele realizado em horários e locais

que não permitam a frequência escolar.

5.2 AVALIAÇÃO

DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação como prática emancipadora tem a função diagnóstica (permanente e

Page 47: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

contínua), configurando-se como um meio de obter informações necessárias sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática e

dos processos de aprendizagem, pressupondo tomada de decisão. Cabe ao aluno tomar

conhecimento dos resultados de sua aprendizagem, de suas dificuldades e organizar-se

para as mudanças necessárias.

A verificação do rendimento escolar observará, segundo o coletivo escolar, os

seguintes critérios:

Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período .

Avaliação diagnóstica e somativa através das diversas atividades orais e

escritas, bem como avaliações formais realizadas pelos educandos no decorrer do

bimestre, proporcionais ao número de aulas, de cada disciplina.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,

bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

A avaliação deve promover a reformulação do currículo com adequação dos

conteúdos e metodologias de ensino.

A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento de

ensino e do sistema de ensino como um todo.

A avaliação deve propiciar aos alunos meios e instrumentos avaliativos, que

somados durante o bimestre totalize o equivalente a dez pontos na média. Para os alunos

com necessidades especiais, dificuldades intelectuais, TDAH, frequentadores da Sala de

Recursos Multifuncional Tipo I, serão oferecidas avaliações e atividades diversificadas de

acordo com suas especificidades, incorporadas as avaliações da classe regular,

conforme a Lei 9394/96 da LDB, Capítulo V, Artigo 58.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos será oferecida no decorrer do bimestre a todos os

alunos, sempre que se detectar dificuldades de aprendizagem ou assimilação de

Page 48: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

conteúdos, capacitando os alunos para atingirem os objetivos propostos de cada

disciplina, através de atividades diversificadas e diferenciadas da metodologia utilizada

pelos professores.

5.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional deve ser constituída coletivamente, por toda a

comunidade escolar, para detectar possíveis problemas, falhas ou melhorias a serem

feitas pela Gestão e pelo Coletivo do Estabelecimento de Ensino. Esta avaliação deve ser

embasada nos três âmbitos que compõem o Sistema Educacional: a escola, a SEED e os

Núcleos Regionais.

Todos os dados analisados serão aplicados na realidade escolar redefinindo suas

ações, etapas, metas, com o objetivo de aprimorar o desenvolvimento escolar. Assuntos

analisados durante a semana de capacitação em fevereiro e agosto de 2013:

A manutenção do Colégio é boa, com os reparos feitos sempre que

necessários;

Banheiros masculinos e femininos: número insuficiente e necessitando de

reparos nas pias e vasos sanitários, e adaptação para alunos portadores de deficiências;

Fundo Rotativo é insuficiente e deveria ter uma parcela maior, para suprir de

modo suficiente todas as necessidades do estabelecimento;

Biblioteca possui um acervo de livros, razoável, necessitando ampliar a

bibliografia, atualizando a continuamente;

Em relação à merenda, embora seja de boa qualidade, deveriam ser

incluídas frutas no cardápio, primando por uma alimentação mais saudável com produtos

fornecidos pelos produtores agrícolas da região;

Acesso aos portadores de deficiência física, incluindo rampas e corrimões

na estrutura escolar;

Materiais pedagógicos utilizados pelos alunos com deficiência visual.

Demanda maior de agentes educacionais I e II.

Em 2013, a avaliação ocorreu em cima da prática pedagógica, após avaliação e

análise do PPP e Plano Anual de Estabelecimento, junto ao coletivo escolar, durante as

Page 49: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

semanas de capacitação, SAEB, IDEB, ENEM, Prova Brasil e SAEP.

6. MARCO OPERACIONAL

ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

ADMINISTRATIVO

6.1 EQUIPE DE DIREÇÃO

A Equipe de Direção cabe a gestão de serviços escolares, no sentido de garantir

os objetivos educacionais proposto pelo Estabelecimento de Ensino, definidos no Projeto

Político Pedagógico.

COMPETE AO DIRETOR

Submeter o Plano Anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar;

Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto,

somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;

Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de

contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar às normas e

orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação as propostas

de modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

Elaborar com todo o coletivo escolar o PPP e encaminhar à Secretaria de

Estado da Educação as propostas de modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

Submeter o Calendário Escolar à aprovação do Conselho Escolar;

Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor

alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais;

Page 50: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho

Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola extinguindo ou

abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a composição

das classes;

Propor à Secretaria de Estado da Educação, após a aprovação do Conselho

Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão

administrativa;

Coordenar a implementação de diretrizes emanadas da Secretaria de

Estado da Educação;

Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

Analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao

Conselho Escolar para aprovação;

Manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento de Ensino e os

órgãos da Administração Estadual de Ensino;

Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar e aos órgãos da administração por meio de reuniões, encontros, grupos de

estudos e outros eventos;

Exercer as demais atribuições decorrentes no Regimento Interno e no que

concerne à especificidade de sua função;

Identificar interesses, necessidades e recursos do alunado;

Manter o entrosamento entre Alunos, Pais, Professores e Funcionários do

Estabelecimento, procurando estabelecer o respeito mútuo, assim como um bom

ambiente de trabalho.

6.2 EQUIPE PEDAGÓGICA

A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação, no Estabelecimento de Ensino, das Diretrizes Pedagógicas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação e também pela organização do trabalho pedagógico.

COMPETE A EQUIPE PEDAGÓGICA

Page 51: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Elaborar com todo o coletivo escolar o PPP;

Subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar,

organizações das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;

Elaborar com o Corpo Docente o currículo pleno do Estabelecimento de

Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da

Educação;

Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos

pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento;

Elaborar o regulamento da Biblioteca Escolar, para garantir o seu espaço

pedagógico;

Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no

sentido de avaliar e analisar os resultados obtidos da aprendizagem com vistas na sua

melhoria;

Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações, relativas

ao serviço de ensino prestado pelo Estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;

Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do

Estabelecimento de Ensino, a partir do acompanhamento de egressos, de consultas e

levantamento junto à comunidade escolar;

Participar sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,

grupos de estudos e outros eventos;

Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento e no que concerne à

especificidade de sua função.

6.3 O CORPO DOCENTE

Os docentes incumbir se ao de:

Participar da elaboração da proposta pedagógica do Estabelecimento de

Ensino;

Elaborar e fazer cumprir o plano de trabalho segundo a proposta pedagógica

da escola;

Zelar pela aprendizagem dos alunos;

Estabelecer estratégias de recuperação para todos os alunos que

Page 52: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

apresentarem baixo rendimento, dificuldades na aprendizagem ou na assimilação de

conteúdos e a todos que apresentarem necessidades especiais;

Ministrar os dias letivos e horas aulas estabelecidas, além de participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao

desenvolvimento profissional, reuniões pedagógicas, conselho de classe e cursos de

capacitação;

Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade.

COMPETE AOS DOCENTES

Elaborar com a Equipe Pedagógica, o currículo pleno do Estabelecimento de

Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da

Educação;

Escolher juntamente com a Equipe Pedagógica os livros e materiais didáticos

comprometidos com a política educacional da Secretaria Estadual de Educação;

Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a aprendizagem e

apropriação do conhecimento pelo aluno;

Proceder à avaliação tendo em vista a apropriação ativa e crítica do

conhecimento filosófico científico pelo aluno;

Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, seminários e outros

eventos, tendo em vista o seu aperfeiçoamento profissional;

Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório de cor,

raça, sexo, religião e classe social, respeitando a diversidade conforme a legislação;

Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o

respeito humano ao aluno, bem como seu nome social;

Manter e promover na escola relacionamento cooperativo de trabalho, com

colegas, pais, alunos e com os demais segmentos da comunidade;

Participar da elaboração de estratégias de recuperação de estudos a serem

proporcionadas durante o decorrer do bimestre, oferecida a todos os alunos que

obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos objetivos propostos, dificuldades em

assimilar os conteúdos ou apresentarem necessidades especiais;

Participar de encontros coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola

com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem;

Zelar pela disciplina geral do estabelecimento;

Page 53: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição;

Exigir tratamento e respeito, compatíveis com a sua profissão;

Conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas neste

Estabelecimento;

Guardar sigilo sobre assuntos da escola;

Manter atualizados os registros escolares (livros de chamada) com

anotações referentes à frequência de alunos, conteúdos desenvolvidos, resultados de

avaliação e recuperação de estudos, encerrando os convenientemente para entregá los

dentro do prazo fixado, pela secretaria, Professor Pedagogo ou a Direção do Colégio

dentro do prazo fixado;

Cooperar no desenvolvimento de atividades que visem à melhoria do

processo educativo e à integração da escola - família -comunidade;

Elaborar o planejamento de acordo com as diretrizes curriculares e

legislação vigente dentro das modalidades de Ensino Fundamental e Médio, dentro do

prazo determinado.

Atender os pais de alunos ou responsáveis pelos mesmos sempre que for

solicitado, visando um bom relacionamento com a família.

Os casos omissos serão encaminhados para Direção, Conselho Escolar e Núcleo

Regional de Educação, constando em livro ata.

É VEDADO AO PROFESSOR:

Entrar com atraso em classe ou dela sair antes do término da aula ou utilizar o

tempo de aula para correção de provas e cadernos;

Abandonar sua turma sob qualquer hipótese, durante a aula;

Fumar nas dependências do Colégio;

Aplicar penalidade ao educando, retirando-o de sala de aula;

Usar notas, faltas ou avaliação como fator punitivo;

Considerar a matéria dada, cancelar aula ou deixar de proceder à correção da

tarefa, sob alegação de indisciplina dos alunos;

Usar termos inadequados, gírias, linguagem agressiva ao chamar atenção do

aluno, contar piadas, histórias com fundo ofensivo à moral e aos bons costumes, como

também permitir vaias e apelidos em sala de aula.

Page 54: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Recusar-se, sob qualquer hipótese, em atender aos pais de alunos quando

estes dirigirem se até o estabelecimento de ensino;

6.4 BIBLIOTECA

A Biblioteca constitui se num espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição

de toda Comunidade Escolar.

O Acervo Bibliográfico é fornecido pela Secretaria da Educação, por doação de

terceiros e por aquisição do Colégio.

A Biblioteca está a cargo de um profissional qualificado de acordo com a

legislação em vigor, e/ou um elemento disponível no Colégio com conhecimentos

necessários ao cargo, através de treinamento repassado por pessoal competente.

A Biblioteca tem regulamento próprio, onde estão explicitados sua organização,

funcionamento e atribuições do responsável.

O regulamento da Biblioteca é elaborado pelo seu responsável, sob orientação da

Equipe Pedagógica, com a aprovação da Direção e do Conselho Escolar.

6.5 EQUIPE ADMINISTRATIVA

A Equipe Administrativa é coordenada e supervisionada pela direção, ficando a

ela subordinada. É o setor que serve de suporte ao funcionamento burocrático de todos

os setores do Estabelecimento de Ensino, no que concerne a toda documentação e

escrituração escolar, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas

reais funções. A Equipe Administrativa é composta por Secretária, Técnico Administrativo

e Serviços Gerais.

SECRETARIA

A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração

escolar e correspondência do Estabelecimento.

Os serviços da Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção,

Page 55: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

ficando a ela subordinados.

COMPETE AO SECRETÁRIO

Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus

auxiliares;

Redigir correspondência, documentos e atas dos Conselhos de Classe e

outros relatórios, que lhe forem confiados;

Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,

ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;

Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades

competentes;

Apresentar ao Diretor em tempo hábil, todos os documentos que devam ser

assinados;

Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:

Da identidade e da regularidade da vida escolar do estudante;

Da autenticidade dos documentos escolares;

Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência, adaptação e conclusão do curso;

Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à

Secretaria;

Comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria;

Estar atento na rotina de documentação escolar no geral.

Participar de reuniões pedagógicas, exercendo um trabalho coletivo no

processo ensino-aprendizagem;

Participar de cursos, seminários, grupos de estudos, de forma a permitir uma

formação continuada;

A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o

expediente da Secretaria conte sempre com a presença de um responsável,

independente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do

Estabelecimento.

Page 56: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

AGENTE EDUCACIONAL II

SÃO ATRIBUIÇÕES DO AGENTE EDUCACIONAL II

Executar atividades de suporte nas áreas de recursos humanos,

administração, finanças e outras de interesse do Poder Executivo Estadual.

Elaborar, digitar, classificar e arquivar relatórios, formulários, planilhas e

outros documentos.

Redigir e digitar memorandos, ofícios e outras correspondências.

Preparar, fazer tramitar e arquivar protocolos.

Organizar a rotina de serviços e procedimentos.

Efetuar a entrada e transmissão de dados, operar fax, tele impressoras e

microcomputadores.

Agir no tratamento, recuperação e disseminação de informações.

Executar atividades técnico-administrativas relacionadas às diversas rotinas

da unidade.

Efetuar cálculos e conferência de dados.

Operar e conferir o funcionamento de equipamentos afetos a sua área de

atuação.

Participar de grupos de estudos, seminários e cursos, a fim de aprimorar a

formação continuada.

Participar de reuniões pedagógicas e envolver se no todo do processo

ensino-aprendizagem.

Laboratórios de Física, Química e Biologia: Preparar, manipular e armazenar

materiais e equipamentos próprios de laboratório; utilizar reagentes, solventes,

equipamentos, ferramentas e instrumentos manuais, mecânicos, elétricos e eletrônicos;

observar rotinas e normas de segurança em Laboratório de Física, Química e Biologia;

preparar soluções; utilizar conhecimentos de propriedades físicas e químicas dos

compostos orgânicos; preparar amostras para análise; utilizar conhecimentos básicos de

manuseio de instrumentos manuais, mecânicos, elétricos e eletrônicos; estabelecer e

aplicar, em conjunto com o corpo docente, normas de segurança para o uso do

laboratório; disponibilizar equipamentos e materiais necessários para a preparação e

realização das atividades de ensino previstas em várias disciplinas; dar assistência

técnica ao professor e seus alunos durante a aula ajudando a manter o bom andamento

Page 57: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

da atividade prática de laboratório; preparar o ambiente do laboratório para uso do

professor e alunos, envolvendo se também no processo ensino-aprendizagem; participar

de cursos, seminários, grupos de estudos, visando à formação continuada.

AGENTE EDUCACIONAL II

SÃO ATRIBUIÇÕES DO ADM LOCAL

O Administrador Local tem, dentre suas atribuições, cuidar do bom

funcionamento e manter a organização do Laboratório de Informática. Esse profissional

será indicado pela Direção do estabelecimento de ensino, sendo importante que ele seja

um estimulador e disseminador da cultura do uso responsável e consciente das

tecnologias à disposição de professores, alunos e toda a comunidade escolar. Em

específico, algumas tarefas deverão ser efetuadas rotineiramente. Em termos gerais, são

responsabilidades do administrador local:

Cadastrar, remover e alterar senhas perdidas de contas de usuários, quando

assim se fizer necessário;

Auxiliar, preparar e disponibilizar ao corpo docente e discente os

procedimentos de manuseio de materiais necessários para a realização de atividades

práticas de ensino;

Participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

Zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;

Cadastrar impressoras e dispositivos periféricos em geral;

Zelar pela integridade física dos laboratórios, por exemplo, garantindo

acesso restrito ao rack, onde se encontra o Servidor;

Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

Em conformidade com o Regimento Interno e orientações da Direção do

Colégio, cumprir e fazer cumprir o regulamento e as regras de uso do laboratório de

informática;

Page 58: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

AGENTE EDUCACIONAL I

O Agente Educacional tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,

segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e

supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

Compõem os Agentes Educacionais mencionados: Serviços Gerais e

Merendeiras, previstos em ato específico na Secretaria de Estado de Educação.

Participar de reuniões pedagógicas envolvendo no processo ensino-

aprendizagem;

Participar de cursos, seminários, grupos de estudo, visando à formação

continuada.

COMPETE AO AGENTE EDUCACIONAL I

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS

Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,

providenciando o material e produtos necessários;

Efetuar tarefas correlatas à sua função.

Participar de reuniões pedagógicas envolvendo no processo ensino-

aprendizagem;

Participar de cursos, seminários, grupos de estudo, visando à formação

continuada.

COMPETE AO AGENTE EDUCACIONAL I

MERENDEIRA

Page 59: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Preparar e servir a merenda escolar controlando a quantitativamente e

qualitativamente;

Informar ao Diretor do Estabelecimento de Ensino a necessidade de

reposição de estoque;

Conservar o local de preparação da merenda escolar em boas condições de

trabalho, procedendo à limpeza e arrumação;

Efetuar tarefas correlatas à sua função.

Participar de reuniões pedagógicas envolvendo no processo ensino-

aprendizagem;

Participar de cursos, seminários, grupos de estudo, visando à formação

continuada.

6.6 FUNCIONÁRIOS E FUNÇÕES ESTABELECIDAS NO COLÉGIO

DIREÇÃO: DENISE SANTOS GOMES

SECRETÁRIO: VALDENIR ANTONIO CEQUINEL

AGENTE EDUCACIONAL II: CLAITON HRYCZYK

AGENTE EDUCACIONAL II: HENRY CLAUDE STELMARSCZUK

AGENTE EDUCACIONAL I:

ANA RENDACKI RIBAS APARECIDA BORGES

APARECIDA BORGES

LAURO IVASKO

JOSEFA DE OLIVEIRA MUSIASKI

RUTH BETESEK

ELIANE IANISKI FERREIRA

EQUIPE PEDAGÓGICA

Page 60: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

JUREMA PIRES MINELLA

EQUIPE DOCENTE:

ADRIANA BARENDRECH

ADRIANA IVANISCH

ANTONIO CÉSAR REMES

AVANILDE POLAK

CARLOS MIGUEL DE MORAES

CRISTIANE APARECIDA GROCHOSKI

EDICLEÍA TROJAN

EDISLAINE T.F.VITORIANO

ELEANDRO DE CARVALHO

ELIANE MARIA STROPARO

ELITON ED CANDIDO

ERLÉIA APARECIDA VANTROBA

EMERSON ZALESKI

GISELI MIERZWA

IDANA CRISTINA MENON

JANAINA DOS SANTOS

JOSÉ JAILTON CAMARGO

JOCIEL PEDROSO

JULIANA MOREIRA SANTOS DA SILVA

JULIANA ZAVOISKI

LIZIANE DE JESUS RÉGIO SAURUK

MAGLEINE ANDRADE CHEPLUKI

MARCIA MADALENA KOVALEK

MARCOS DZIURKOWSKI

MARCOS JOSÉ NUNES

MARIA MARILENE SAURUK TABORDA

MICHEL

REGINA LAROCCA

Page 61: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

SILNEA VAN DER WAAL

6.7 LINHAS DE AÇÃO:

As ações desenvolvidas durante o ano letivo estão voltadas principalmente, ao

despertar da conscientização coletiva a respeito de assuntos de extrema relevância ao

ambiente escolar:

Promover oficinas de leituras em prol da oralidade e desenvolvimento

cognitivo dos discentes.

Proporcionar espaços literários e promover gincanas teatrais que venham a

abordar diversos temas e autores, assim como levar os alunos a conhecerem as escolas

literárias existentes.

Promover o gosto pelas artes cênicas, teatrais, e cinematográficas não

somente aos discentes, mas a toda comunidade escolar.

Educação Ambiental: palestras, seminários, peças teatrais, etc, realizados

durante os bimestres promovendo a interação de todas as turmas.

Prevenção: drogas, alcoolismo e sexualidade, realizadas através de

palestras e dinâmicas, previamente agendadas, no decorrer do bimestre, proporcionando

o resgate de valores morais e éticos, no contexto escolar.

Ação Jovem: protagonismo juvenil: peças teatrais, seminários com a

população, etc, realizados no decorrer do bimestre envolvendo toda a comunidade

escolar.

Despertar a importância da cidadania e da ética na formação integral do

educando.

Proporcionar informação como fonte de pesquisa e conhecimento.

Despertar o respeito às diferenças, tanto sociais, quanto cognitivas e

pessoais.

Resgatar os valores morais e éticos no contexto escolar e interpessoal.

Buscar a excelência na educação primando pelo trabalho em equipe e a

força da união no desenvolvimento satisfatório da aprendizagem.

Buscar a valorização da qualidade de ensino e suas aplicações práticas,

como forma de valorização humana e social.

Proporcionar a formação continuada dos docentes e trabalhadores em

Page 62: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

educação, através de simpósios, grupos de estudos, reunião pedagógica, como

instrumento indispensável ao pleno e satisfatório desempenho profissional em todas as

áreas abrangentes.

O grande desafio da Educação hoje é a conscientização de que se faz necessário

e com urgência uma mudança de paradigmas culturais, despertando para a

responsabilidade social que deve envolver toda a Comunidade Escolar.

6.8 EVENTOS

Durante o ano letivo são realizados os seguintes eventos:

Semana de Integração da Família na Escola: é realizado com o objetivo de

trabalhar a socialização da comunidade escolar, envolvendo funcionários, alunos, Direção

e Equipe Pedagógica, através de apresentações de danças, atividades lúdicas,

apresentações dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, nas disciplinas em sala de

aula;

Palestras sobre o relacionamento familiar, saúde da mulher, cursos sobre

aproveitamento dos recursos naturais, direcionado as mães e alunas do colégio;

Palestra sobre Sexualidade: consiste num trabalho contínuo, realizado para

conscientizar os educandos sobre a importância e cuidados relativos a sexualidade e

DST;

Palestra sobre Alcoolismo: promovido em parceria com membros do A.A. e

ALANON, com o objetivo de conscientizar pais e alunos da comunidade a respeito

dos perigos à saúde, que esta dependência pode causar sobre o organismo das

pessoas e os danos emocionais causados no ambiente familiar;

Palestra sobre Tabagismo conscientizando alunos, pais e toda a comunidade

escolar, sobre as consequências do consumo de fumo para o organismo, realizada

pelo Programa Anti Tabagismo da SSM de Irati;

Educação no Trânsito: palestra realizada a todos os alunos, através de um

trabalho contínuo, em parceria com o Chefe do DETRAN, o Soldado Elias e professores,

conscientizando a respeito das normas de segurança e cuidados no trânsito;

Jogos Interséries: realizado pelo Grêmio Estudantil, com o objetivo de

despertar a valorização aos esportes, à saúde mental, socialização dos alunos nos

trabalhos em grupos, envolvendo toda a comunidade escolar;

Page 63: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Jogos Escolares: tem por objetivo promover a socialização de alunos e

professores das escolas e regiões que pertencem ao NRE, visando também à valorização

dos esportes;

Concurso de Poesia Haicai, Internacional e do Centenário do Município de

Irati: com participação dos alunos, valorizando a criatividade, o incentivo às artes literárias

e o gosto pelo desenho e pintura;

Semana Cultural, enfatizando o Protagonismo Juvenil, através de peças teatrais

envolvendo a comunidade escolar, com o objetivo de despertar o gosto pelas artes

cênicas, música, canto e dança, trabalhando o emocional dos alunos,

proporcionando meios de extravasar sentimentos, angústias e preocupações de

uma maneira lúdica, superando medos e inseguranças. e, também confecção de

trabalhos artesanais realizados com as mães voluntárias, professores e alunos.

Projeto de Jardinagem, realizado em cooperação com os alunos, a professora do

PETI e membros do Grêmio Estudantil, fazendo jardim com cultivo de flores,

arvoredos, trabalhando a reciclagem de garrafas Pet e pneus, para contornar os

canteiros;

Projeto Folha na Escola, realizado com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental –

Anos Finais, que tem por objetivo despertar o gosto pela leitura de jornais,

desenvolver a criticidade dos alunos e também para que os pais dos alunos

tenham acesso a este meio de comunicação.

6.9 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão consultivo e deliberativo em assunto didático

pedagógico, com atuação de membros ou representantes de cada classe do

Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem

na relação professor/aluno e os procedimentos adequados a cada aluno.

O Conselho de Classe tem por finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano

Page 64: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

curricular;

Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

Utilizar procedimentos que assegurem a avaliação com parâmetros indicados

pelos conteúdos necessários de ensino;

O Conselho de Classe é Participativo, constituído pelo Diretor, pelo Professor

Pedagogo e por todos os professores, pais, alunos, representantes de turma e agentes

educacionais. Acontecerá a cada bimestre, em datas previstas em Calendário Escolar.

Durante o decorrer do bimestre, acontecerá o préconselho, junto aos professores

e professor pedagogo, durante as horas atividades, para levantar dados dos alunos com

dificuldades nas áreas de aprendizagem para análise e sugestões de procedimentos e

estratégias, que visem o desenvolvimento e a recuperação de estudos, a serem tomados

no decorrer do bimestre e também para preparar o conselho de classe e

acompanhamento dos alunos que necessitarem de auxílio e orientação pedagógica.

São atribuições do Conselho de Classe:

Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo de ensino-aprendizagem;

Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento

metodológico que aferem o rendimento escolar;

Orientar práticas pedagógicas, que auxiliem os docentes durante o decorrer do

bimestre, na realização de intervenções necessárias à recuperação de estudos, visando à

aprendizagem dos alunos.

Avaliação dos procedimentos pedagógicos realizados durante o decorrer do

bimestre, com o objetivo de buscar novas metodologias e organização individual dos

discentes.

São deveres dos professores regentes de turma:

Lembrar e fazer cumprir o objetivo geral da escola;

Orientar e incentivar os educandos a valorizar o ato democrático de

Page 65: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

escolher e votar num monitor de turma;

Responsabilizar-se pelas atitudes dos alunos e anotar, repassando à Equipe

Pedagógica;

Resolver possíveis ocorrências com os alunos de sua regência e mediar na

busca de soluções entre os alunos e os professores das diversas disciplinas;

Motivar e incentivar os alunos para as atividades importantes;

Colaborar e orientar os alunos para as tarefas solicitadas: concursos,

gincanas, semana cultural, esportes, festa junina, Dia da Família, etc;

Encaminhar irregularidades à Equipe Pedagógica e, posteriormente, à Direção;

São deveres dos alunos representantes das turmas:

Acolher os professores das disciplinas;

Zelar por todos os objetos de sala de aula: limpeza, apagar as luzes (recreio e

Educação Física), entregar objetos encontrados para a Equipe Pedagógica, ou para o

responsável por achados e perdidos;

Informar ao professor regente da turma, sobre possíveis transgressões dos

colegas em sala de aula;

Acompanhar colegas até a Equipe Pedagógica que venham a ter indisposição,

como também àqueles que se comportem descomedidamente e que, necessitem de

orientação do professor pedagogo;

Ser atencioso, delicado e responsável, com todos os colegas, professores e

funcionários do Estabelecimento de Ensino;

Apagar o quadro de giz quando se fizer necessário;

Motivar seus colegas para manter um ambiente agradável e harmônico em

sala de aula;

Estimular seus colegas a melhorarem seu desempenho dentro e fora de sala

de aula;

Participar do Conselho de Classe e das reuniões bimestrais com pais e

professores.

6.10 CONSELHO ESCOLAR

Page 66: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e

fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso ou racial, lucrativo, não sendo

remunerados seus Dirigentes e/ou Conselheiros.

Tem por finalidade efetivar a gestão escolar, promovendo a articulação entre os

segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituindo-se como órgão

auxiliar da Direção do Estabelecimento de Ensino, acompanhando o processo ensino-

aprendizagem, a avaliação e o tempo pedagógico.

O funcionamento do Conselho Escolar é regido por estatuto próprio no qual são

estabelecidos seus objetivos, sua natureza e os mecanismos e procedimentos que

regulam seu funcionamento.

Os objetivos do Conselho Escolar são:

Democratizar as relações no âmbito da escola, visando à qualidade de

ensino, através de uma educação transformadora que prepare o educando para o

exercício pleno da cidadania;

Participar do coletivo da escola, na elaboração do PPP, aprovando e

acompanhando a execução do mesmo, juntamente com todos os setores da comunidade

escolar;

Promover a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os

setores da escola, a fim de garantir o cumprimento da sua função que é ensinar;

Estabelecer para o âmbito da escola, diretrizes e critérios gerais relativos à

sua organização, funcionamento e articulação com a comunidade, de forma compatível

com as orientações da política educacional da Secretaria de Estado da Educação

participando e responsabilizando-se social e coletivamente, pela implementação de suas

deliberações.

Promover reuniões pedagógicas bimestrais, com o corpo docente e equipe

pedagógica, coletando dados sobre os resultados da aprendizagem e sobre o tempo

pedagógico, realizando análise dos mesmos e buscando soluções diante das dificuldades

detectadas dentro do processo ensino- aprendizagem.

6.11 APMF

Page 67: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

A APMF. É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial, nem fins

lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes ou membros participativos.

Os objetivos da APMF são:

Discutir sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino

e integração da família/escola/comunidade, enviando sugestões em consonância com a

proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e Equipe- Pedagógica -

Administrativa.

Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-

lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a Proposta

Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escola, discutindo a política educacional, visando sempre à realidade dessa comunidade;

Proporcionar condições ao educando, para participar de todo processo escolar,

estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o Conselho

Escolar;

Representar os reais interesses da comunidade escolar contribuindo para a

melhoria de ensino;

Gerir e administrar recursos financeiros próprios e os que lhe forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em

reunião conjunta com o Conselho Escolar;

Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade escolar para a importância desta

ação.

6.12 CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DIDÁTICAS

O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima localiza-se em um

Page 68: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

terreno com 7.623,83 m², sendo a área livre 4.977,21 m², área construída de 2.646,62 m²,

e 396 m² em construção. O Colégio possui com 11 (onze) salas de aula; Secretaria;

Biblioteca; Sala de Professores; Almoxarifado; Laboratório de Química, Física, Biologia;

Laboratório de Informática; Cozinha; Sanitários Masculinos e Femininos; necessitando

ainda de ampliação no número de salas de aula; sanitários, uma sala para Hora

Atividade; Refeitório; Quadra Poli Esportiva Coberta. Aguardamos a construção de um

banheiro adaptado para alunos portadores de deficiências físicas e motoras; rampas,

corrimãos, e melhorias nas calçadas, nos banheiros masculinos e femininos, bem como a

vazão da água em áreas cobertas, evitando alagamentos e transtornos nos dias de

chuva.

O acervo da Biblioteca é razoavelmente bom. Foram recebidas novas coleções

de literatura e formação, ampliando também a biblioteca do professor. Os demais livros

estão em sua maioria em boas condições de uso, porém alguns se apresentam

defasados, necessitando de atualização com novas coleções. O atendimento da

Biblioteca é realizado nos dois turnos de funcionamento da escola, sendo muito

frequentada pelos alunos.

CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DIDÁTICAS

(LABORATÓRIOS, BIBLIOTECA E OUTROS):

Recursos materiais disponíveis do estabelecimento de ensino

Projeto Político Pedagógico

Proposta Pedagógica Curricular

Regimento Escolar

Plano Anual do Estabelecimento de Ensino

Plano de Trabalho Docente

Mimeógrafo

Computador e impressora

Televisão Pen Drive, DVD, vídeo, fitas e retro projetor

Material Didático

Page 69: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Data Show

Pen Drive

Material Esportivo

Jogos Pedagógicos Educativos

Material Científico

Acervo Bibliográfico e DVDTECA

Organização de espaços do estabelecimento

Salas de aula;

Sala de Recursos

Sala de Apoio

Sala do CELEM

Sala do PETI

Sala da Equipe Pedagógica;

Biblioteca;

Sala de merendas;

Almoxarifado;

Cozinha;

Sala de professores;

Cinco banheiros (dois femininos, dois masculinos e um para funcionários);

Secretaria;

Laboratório de Química, Física e Biologia;

Laboratório de Informática;

Quadra Poli Esportiva Coberta.

6.13 PARTICIPAÇÃO EM CURSOS E EVENTOS

Promover a toda comunidade escolar, cursos diferenciados e para tanto fazer

parcerias com outros órgãos, SENAR, SESI, SENAC, EMATER, etc, no desenvolvimento

dos projetos elaborados com o corpo docente da escola;

Valorizar todo e qualquer projeto docente e discente, assim como prestar

Page 70: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

auxílio e criar espaços para a realização destes.

Articulação da escola com outros eventos estaduais e locais, através de

gincanas, campeonatos, proporcionando meios e levantando recursos financeiros e

materiais para o sucesso dos mesmos;

Incentivar a participação de alunos em Feiras, Projetos Interdisciplinares,

Conferências, Projeto Folha na Escola, Jogos Estudantis, etc.

6.14 GRUPOS DE ESTUDOS

Planejar grupos de estudos com o envolvimento de todos os segmentos da

instituição escolar: alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica e administrativa,

seja na semana pedagógica, sábados ou mesmo em dias letivos, desde que inscritos em

projetos.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Conselho de Classe: Participar da elaboração do PPP, avaliar o processo

ensino-aprendizagem, orientar e dar sugestões de práticas pedagógicas que auxiliem

professor e alunos a atingir o objetivo prioritário, que é a aprendizagem integral do

educando, e sua formação para o pleno exercício da cidadania;

Conselho Escolar: Participar da elaboração do PPP, acompanhar o processo

ensino-aprendizagem e garantir, juntamente com a Direção e Equipe Pedagógica, a

prática de uma gestão escolar democrática, com a responsabilidade de aprovar o PPP do

estabelecimento;

Grêmio Estudantil: Valorizar o protagonismo juvenil, dando espaço para seu

trabalho, sua arte, sua participação em construir uma sociedade mais justa. Promover a

cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho

escolar, participando de capacitações continuadas, realizando gincanas culturais,

trabalhos sociais buscando aprimoramentos e lutando pela democracia permanente na

escola através do direito de participação nos conselhos de classe, eventos , congressos e

fóruns internos de deliberação da escola.

Page 71: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

APMF: Assim como o Conselho Escolar, os membros que a compõe, devem

vir a participar da elaboração do novo Projeto Político Pedagógico, e na elaboração do

processo ensino-aprendizagem, uma vez que, seus membros têm interesse no pleno

desenvolvimento discente.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR: responsável pela organização do trabalho

escolar, com o objetivo de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à

Educação Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira, Africana e

Indígena, ao longo do período letivo, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro

e indígena mire-se positivamente pela valorização da história de seu povo, de sua cultura,

da contribuição para o país e para a humanidade. Instituídas por Instrução da

SUED/SEED, de acordo com o disposto no artigo 8º da Deliberação nº 04/06 CEE/PR.

Participação de pais: Demonstrar para os pais que sua participação é de

suma importância para o desenvolvimento escolar de seus filhos e que a escola é um

espaço democrático aberto a sua presença, não somente quando são convocados.

Proposta Pedagógica: Estudo contínuo sobre cada área do conhecimento.

Objeto de Estudo: Criar espaço para reflexão da prática docente diária,

planejamento curricular, avaliação, projetos, etc.

6.15 PROJETOS INTERDISCIPLINARES

Ao longo do ano são realizados projetos envolvendo a Direção, Equipe

Pedagógica, corpo docente, discentes, agentes educacionais, pais, comunidade entorno

e parcerias. Citamos alguns, que no momento estão em desenvolvimento, e são

trabalhados concomitante com os conteúdos disciplinares:

JARDINAGEM

FOLHA NA ESCOLA

LEITURA

COMPOSTAGEM

RECICLAGEM DE GARRAFA PET E PNEU

ECOLOGIA: ÀGUA E MEIO AMBIENTE

HIGIENE PESSOAL E EDUCAÇÃO SEXUAL

Page 72: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

VIOLÊNCIA E ERRADICAÇÃO DAS DROGAS

TABAGISMO

BULLYING

SEMANA CULTURAL E CONSCIÊNCIA NEGRA

MARIO OU MARIA? MEU NOME SOCIAL!

FUTSAL / VOLEY

PROJETO: LEITURA

1. JUSTIFICATIVA

O projeto enfoca o ato de ler como ponto de partida em todas as disciplinas, para

a construção do pensamento lógico e com isso viabiliza a argumentação e a capacidade

do aluno de construir suas relações diante do mundo que o cerca.

A leitura deve ser considerada um “porto seguro”, pois permite ampliar

conhecimentos, abrindo horizontes para transformações. Esta transformação ocorre

quando através da leitura adquirimos condições concretas de ter opinião própria, e

argumentos, porque não ler é incorporar histórias e conceitos incutidos na sociedade por

outros.

Assim, o livro e a prática da leitura devem ser mostrados e abertos com a

dimensão do prazer e da alegria, e não como via pura e simplesmente obrigatória de

conteúdos frios e distantes do contexto em que está inserido esse educando/educador.

Ler mais significa escrever melhor.

2. OBJETIVO:

Incentivar a leitura junto aos alunos, contribuindo para o desenvolvimento e

formação de sua cidadania.

Realizar um trabalho interdisciplinar.

Valorizar nosso idioma.

Page 73: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Estimular à escrita.

PROJETO: FOLHA NA ESCOLA

1. JUSTIFICATIVA

Várias foram às motivações e razões para a realização deste projeto junto aos

alunos do 6º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais do Colégio Estadual do Campo

Nossa Senhora de Fátima.

Sabemos que a leitura, a oralidade, criticidade e informação são requisitos

importantes em muitos empregos.

Portanto, se faz necessário para o bem do aluno, ajudá-lo numa questão que nos

dias atuais de ampla informatização não tem a devida importância, mas que irá refletir no

futuro de nossas crianças e jovens, quando adultos e tiverem que enfrentar o mercado de

trabalho.

Além disso, outra faceta do projeto é o incentivo à leitura para os pais, levando

informações, conhecimento, abrangendo toda a família. Estruturar a auto estima, às

vezes perdida ou fragilizada nas pessoas oriundas de segmentos sociais

economicamente menos favorecidas.

2. OBJETIVO:

Resgatar a arte de ler esquecida por todos nós, devido a falta de tempo e

comodismo intelectual.

Realizar um trabalho interdisciplinar.

Valorizar nosso idioma.

Estimular a leitura.

Incentivar o senso crítico dos leitores.

Cooperar para que o jornal chegue até os pais dos alunos incentivando o

diálogo e reflexão das notícias, bem como a leitura dos mesmos.

Page 74: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

PROJETO: EDUCAÇÃO SEXUAL E HIGIENE PESSOAL

1. JUSTIFICATIVA

Considerando a importância da higiene pessoal e da educação sexual na

formação do individuo, e observando que os adolescentes carecem/necessitam de

informações oportunas, claras, cientificas e atuais sobre sexualidade, reprodução, direitos

sexuais e reprodutivos, fez se necessária, a implantação de um trabalho contínuo que

abordasse essa temática através de palestras e dinâmicas com profissionais da área,

ofertada a toda comunidade escolar.

2. OBJETIVOS

Propiciar a construção coletiva da realidade social e institucional no que diz

respeito à convivência sexual;

Fazer com que os adolescentes possam assumir uma postura consciente

em relação a sua conduta sexual;

Atentar sobre violência sexual e como combatê la;

Conscientizar sobre a importância da higiene pessoal na saúde física e

mental das pessoas.

ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA

1. JUSTIFICATIVA

A violência tem sido constante em nossa sociedade. Ela está presente em todos

os lugares. Há a violência na escola, na família, no trânsito, nos estádios de futebol,

contra a mulher, entre outras. Percebe se que ela está tomando conta do mundo que nos

cerca, e isso é preocupante, pois vive se permanentemente ao seu lado.

Page 75: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Por isso, é essencial fazer alguma coisa, e nós, professores, escola, devemos

preparar melhor nossos alunos para que ele não faça parte dessa violência. Para tanto, é

preciso levar informações, conhecimentos fundamentais para torna lo um ser responsável

quanto à questão da violência.

Precisa se tentar amenizar o problema da violência e isso deve começar ao

nosso redor.

2. OBJETIVOS

Questionar sobre a violência presente no cotidiano das pessoas e nos

diversos ambientes da sociedade;

Desenvolver senso crítico e de responsabilidade;

Conscientizar os alunos sobre a importância de se evitar qualquer tipo de

violência no meio em que vivem.

PROJETO: FUTSAL

O termo esporte vem do séc. XIV, quando os marinheiros usavam as expressões 'fazer esporte', desportar-se ou 'sair do porto' para explicar seus passatempos que envolviam suas habilidades físicas. (Tubino, 1993, p.80)

1. INTRODUÇÃO

A China talvez seja a possuidora da mais antiga história do esporte, com as

práticas da caça, da luta, da esgrima, do hipismo, e do tsu-chu, um jogo que se identifica

com o futebol de hoje, do qual se tem registro antes do séc. III a.C. (BREGOLATO, 2003,

p.93)

O futsal, antigamente denominado futebol de salão, é derivado do futebol de

campo, numa adaptação feita para um campo menor – a quadra.

Um desporto relativamente jovem, o futsal em pouco tempo passou a ser um dos

mais praticados pelos brasileiros. Vários fatores contribuem para que isso aconteça, pois,

possui regras fáceis, pode ser praticado até na rua, em campos improvisados e não exige

equipamentos sofisticados, bastam apenas um tênis, calção e camiseta.

Page 76: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

2. JUSTIFICATIVA

Por seu valor recreativo, social e competitivo que tem o futsal e o entusiasmo das

alunas em querer aprender mais, vimos a necessidade de implantar esse projeto no

Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, despertando o interesse e a

paixão pelo esporte.

3. OBJETIVOS

Despertar o gosto pelo esporte.

Realizar atividades que melhoram as suas qualidades físicas: velocidade,

resistência, agilidade, coordenação, equilíbrio e precisão.

Adquirir um bom preparo físico e ter reflexos rápidos e seguros.

Adotar atitudes de respeito mútuo, disciplina, bom desempenho e

assiduidade no Colégio.

4. DESENVOLVIMENTO OU METODOLOGIA

Participarão do projeto as alunas do ensino fundamental e médio do Colégio

Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima.

Os treinos acontecerão no contraturno, uma vez por semana.

As alunas poderão participar de jogos no Colégio ( inter-séries) e com

outras Escolas de Região, assim como Jogos Municipais Bom de Bola e outros jogos que

eventualmente surgirem.

5. MATERIAIS DIDÁTICOS E RECURSOS

Quadra esportiva

Page 77: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Bolas de Futsal

Cones

TV e Vídeo

6.16 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O PPP não é um projeto pronto e acabado. Está sendo construído no dia a dia da

comunidade escolar e todos são responsáveis pela realização e sucesso do mesmo.

Para tanto, necessita de uma constante avaliação, visando seu aprimoramento.

Deverá ser retomado sempre que necessário, através de reuniões bimestrais, com a

participação de todos os segmentos da Comunidade Escolar. Neste colegiado, todos

serão convidados a rever o processo ensino-aprendizagem, e cada um, dentro de suas

funções específicas, auto avaliar-se, revendo seus objetivos, metodologias, técnicas e

recursos que foram utilizados, primando sempre pela aprendizagem do aluno e sua

formação integral.

Os problemas encontrados deverão ser analisados, buscando-se melhorias,

sugestões e possíveis soluções dos mesmos, mudando paradigmas, aperfeiçoando

metodologias, recursos e técnicas, até atingirem os objetivos propostos, dentro de cada

um dos setores da Comunidade Escolar.

7. CONCLUSÃO

A essência da autonomia é que as crianças se tornam capazes de tomar decisões por elas mesmas. Autonomia não é a mesma coisa que liberdade completa. Autonomia significa ser capaz de considerar os fatores relevantes para decidir qual deve ser o melhor caminho da ação. Não pode haver moralidade quando alguém considera somente o seu ponto de vista. Se também considerarmos o ponto de vista das outras pessoas, veremos que não somos livres para mentir, quebrar promessas ou agir irrefletidamente. (Kamii, 1986, p. 72).

O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, possui seu processo de

gestão democrático e participativo, aberto ao corpo docente, funcionários e comunidade

escolar, para as intervenções pedagógicas necessárias, garantindo melhor adequação a

Page 78: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

uma abordagem educativa voltada para o crescimento pessoal e social do educando.

Busca-se sempre baseado nos princípios da igualdade, qualidade e liberdade

primar pela verdadeira qualidade de ensino, por isso, o corpo docente é bastante

comprometido e preocupado na busca de ações coletivas que resultem numa prática,

dentro de uma perspectiva inclusiva, respeitando as diversidades. Evitando-se assim, a

evasão e a repetência, ou seja, a ascensão e sucesso dos alunos.

A escola, dentro de sua autonomia, filosofia e concepção educacional, preocupa-

se em cumprir com sua função educativa e social, formar cidadãos íntegros e críticos,

conscientes de seus deveres e direitos, capazes de contribuir positivamente para o

processo de transformação da realidade em que vivem. Há muitas intervenções a serem

feitas para que este parâmetro de qualidade se fortaleça e se multiplique e para isso,

lutamos constantemente para que as transformações necessárias aconteçam no nosso

dia a dia.

8. REFERENCIAS

ABRAMOVAY, Ricardo et alli. Juventude e agricultura familiar: desafios dos

novos padrões sucessórios. Brasília: UNESCO, 1998.

ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão.

Campinas: Unicamp, 1998.

ABRAMOVAY, Ricardo. O futuro das populações rurais. Porto Alegre, Ed.

UFRGS, 2003.

ABRAMOVAY, Ricardo. Agricultura familiar e desenvolvimento territorial. Reforma

Agrária – Revista da Associação Brasileira de Reforma Agrária 28 n 1, 2, 3 e 29, n 1

Jan/dez 1998 e jan/ago 1999.

ABRAMOVAY, R., BALDISSERA, I. T., CORTINA, N., FERRARI, D.,

SILVESTRO, M., TESTA, V. M. Juventude e agricultura familiar: desafios dos novos

padrões sucessórios, Chapecó. Brasília, 1997, mimeo (Convênio FAO-Incra/CPPP-

Epagri).

ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica.

Page 79: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

São Paulo: Educ, 1988.

BORÓN, A. A sociedade civil pós-dilúvio neoliberal. In: SADER, E.; GENTILI, P.

Pós-neoliberalismo – as políticas sociais e o Estado democrático. 6ª ed. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 1986

BOFF, Leonardo. Dignitas Terra e Ecologia: grito da terra, grito dos pobres. São

Paulo: Editora Ática, 2000.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Método Paulo Freire. 6ª edição, Brasília:

Brasiliense, 1984.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação. 12ª edição, Brasília:

Brasiliense, 1984.

BRASIL, Secretaria de Educação a Distância. Direitos Humanos. Brasília:

MEC/SEF, 1999.

BRASIL, Associação de Educação Católica. Educação: Compromisso Social.

Número 95, Brasília: MEC/SEF, 1995.

BRASIL, Associação de Educação Católica. Planejamento Participativo como

Metodologia Libertadora. Número 96, Brasília: MEC/SEF, 1995.

BRASIL. Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. ECA - Estatuto da Criança

e do Adolescente.

CALDART, Roseli S. Por uma educação do campo: traços de uma identidade em

construção. In: Educação do campo: identidade e políticas públicas Caderno 4. Brasília:

Articulação Nacional “Por Uma Educação Do Campo”, 2002.

CAMARANO, Ana Amélia; ABRAMOVAY, Ricardo. Êxodo rural, envelhecimento

e masculinização no Brasil: panorama dos últimos 50 anos. Rio de Janeiro: IPEA, 2000.

http// www.ipea.gov.br.

CARVALHO, Edler, Educação Inclusiva, Editora Memnom, 2004,p26.

Page 80: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

DRUCKER, Peter. Uma era de descontinuidade, orientações para uma sociedade

em mudança. Rio de Janeiro, Zahar, 1977.

FERNANDES, B. M. A questão agrária no Brasil hoje: subsídios para pensar a

Educação do campo. Cadernos Temáticos – Educação do Campo. SEED/PR,

Curitiba, 2005.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.

FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva. Um (re) exame

das relações entre educação e estrutura econômico-social capitalista. 4aed. São Paulo:

Cortez, 1993.

LOCH, Valdeci Valentin. Jeito de Avaliar: O Construtivismo e o Processo de

Avaliação. Curitiba: Renascer, 1995.

MANTOAN, Mª Teresa Eglér. Caminhos Pedagógicos da Inclusão, 2002, p.25.

Editora Memnom

MELLO, Guiomar Namo (e outros). Educação e Transição Democrática. 2ª

edição, São Paulo: Cortez, 1985.

MARX, K; ENGELS, F. A ideologia alemã (Feuerbach). 11 ed. São Paulo:

Hucitec, 1999. [tradução de José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira]

NIDELCOFF, Maria Teresa. A Escola e a Compreensão da Realidade: 12ª

edição, Brasília: Brasiliense, 1985.

OLIVEIRA, Inês Barbosa (org.) (1999), A democracia no cotidiano da escola. Rio

de Janeiro: DP&A, SEPE.

PAIVA, Vanilda Pereira. Paulo Freire e o Nacionalismo Desenvolvimentista. Rio

de Janeiro: Civilização Brasileira S/A, 1980.

Page 81: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Inovando nas Escolas do Paraná.

Brasília: INEP / MEC, 1994.

PÉREZ GÓMEZ, A.I. A cultura escolar na sociedade neoliberal. Porto Alegre:

ARTMED, 2001.

PINTO, A A. Conceito de Educação. São Paulo, Cortez, 1994.

PONT, Raul. O PT e o Orçamento Participativo, 1995. In: PT/Porto Alegre.

Caderno de Debates Partido dos Trabalhadores - Porto Alegre - no5 outubro de 1995).

RODRIGUES, Neidson. Lições do Príncipe e outras Lições. São Paulo: Cortez,

1985.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1985.

SAVIANI, Demerval (e outros). Desenvolvimento e Educação na América Latina.

3ª edição. São Paulo: Cortez, 1985.

SAVIANI, Demerval. ESCOLA E DEMOCRACIA, S. Paulo, Cortez, 1992.

SEVERINO, Antônio Joaquim. O Projeto Político Pedagógico: a saída para a

escola. Revista da AEC. Brasília, v. 27, 1998.

SMOLE, Kátia Cristina Stoko. Múltiplas Inteligências na Prática Escolar. Brasília:

MEC, 1999.

TORRES, Alberto. As fontes da vida no Brasil. Rio de Janeiro: Papelaria Brasil,

1996.

VALERIEN, Jean. Gestão da Escola Fundamental: Subsídios para Análise e

sugestões de Aperfeiçoamento. São Paulo: Cortez, 1993.

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: Uma Construção Coletiva. São

Paulo, 1995.

Page 82: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

ANEXOS

Page 83: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

PLANO DE AÇÃO - DIREÇÃO

GESTÃO 2008/2011

Diretora: DENISE SANTOS GOMES

Pedagoga: JUREMA PIRES MINELLA

1. OBJETIVO

O presente Plano de Ação tem por objetivo demonstrar os conhecimentos

referentes à realidade social global e do contexto da escola em que atuo.

Para tanto, sito que se trata de entidade escolar de área rural, e que esta recebe

crianças e adolescentes das seguintes localidades: Pirapó, Arroio Grande, Fazenda

Gomes, Guamirim, Governador Ribas, Água Clara, Rio Corrente, Rio Preto, Papuã dos

Fiori, Taquari, Coloninha, Faxinal dos Meiras, Campina de Guamirim, Água Mineral e

Faxinal dos Antonio.

O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental e

Médio localiza-se em Guamirim, localidade rural, e possui discentes, filhos de

agricultores, de comerciantes, de comerciários, de autônomos e muitos sem qualificação

profissional, ou ainda desempregados.

Filhos de famílias com descendência ucraniana e polonesa (em sua maioria)

trazem consigo ao ambiente escolar educação tradicional, o que muito influência e

contribui no baixo índice de indisciplina. Estas famílias conservam suas raízes, suas

Page 84: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

tradições, seus valores e sua língua estrangeira.

Por tratar-se de uma comunidade rural, é difícil reconhecer a verdadeira realidade

dos educandos, uma vez que estes apresentam disparidades sociais, econômicas e

culturais. Algumas famílias pertencem à classe média, enquanto a grande maioria é

extremamente carente. Em muitas famílias são claras e constantes características de

união e organização, enquanto outras se apresentam totalmente desestruturadas,

presença marcante de vícios como o alcoolismo.

Muitos de nossos discentes sobressaem-se e destacam-se, podendo assim ser

chamados alunos ideais, por sua conduta e seu aprendizado. Apresentam características

positivas: participativos, críticos, criativos e visionários com o futuro.

Nossos discentes em sua maioria participam apenas através da escola de

atividades diferenciadas, pois, dezenas deles trabalham na agricultura auxiliando seus

pais, ficando de lado, qualquer outra atividade alheia a sua rotina diária.

Quanto à experiência acumulada da escola, sob uma analise crítica de

organização do trabalho escolar, a ação da escola, como instância da mediação, pode

confirmar ou negar em cada pessoa individualmente, ou em uma classe em seu conjunto,

o poder das pressões sociais e culturais, dependendo do modo como os professores se

posicionam frente a determinadas questões. Assim democratizando o saber.

O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino

Fundamental e Médio possui em sua elaboração do Projeto Político Pedagógico, ideias,

ideais, pensamentos, aspirações, projetos e ações, provindas de várias mãos, e de todos

os elementos envolvidos e que compõe nossa comunidade escolar. Todos almejam uma

proposta pedagógica que contemple a realidade da escola e assuma por si uma face que

condiga com a característica principal dela: ESCOLA DE ÁREA RURAL.

Para melhor fundamentar a escolha da opção teórica para a Proposta

Pedagógica e para definir a atitude da escola em relação ao meio, uma vez que a mesma

deve responder às necessidades socioculturais daquele, é conveniente, embora de forma

sumária, recordar as características gerais da formação histórica do Brasil.

Brasil, imenso território, com grande variedade de relevo e clima, flora e fauna,

está situado entre os extremos da região tropical e das zonas temperadas. Daí decorre o

aparecimento de regiões distintas entre o norte, o centro e o sul, o litoral e o interior, com

grande reflexo na economia.

Formação populacional heterogênea, sem tipo racial definido, resultante da fusão

do colonizador português com o elemento nativo, com o africano e, mais tarde, com os

imigrantes.

Page 85: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

A Educação, acessível apenas à minoria, desde a colonização tem sido

especulativa e literária, com falta de preparo do homem para o trabalho adequado as

necessidades do país.

Impõe-se, como medida indispensável para a escola, reformular seus objetivos,

suas atividades, sua posição no meio a que foi chamada a servir.

A instituição escolar, na área rural, muitas vezes único ambiente formal de

educação, deve tornar-se um verdadeiro centro de comunidade. Necessita contar com

profissionais capacitados, sem pretendê-lo um especialista, a bem servir o meio, a

descobrir e educar líderes locais, a orientar o funcionamento de instituições como

cooperativas, círculos de pais, professores e comunidade local, centros sociais entre

outras, buscar parcerias, com vistas ampliadas à organização e ao desenvolvimento da

comunidade.

Somente uma escola dinâmica poderá tornar-se agente de desenvolvimento, de

modificação de conduta, sabendo despertar e dirigir a liderança no próprio grupo, para

que os indivíduos se motivem a fim de participar, em comum, na solução dos problemas

comuns.

O que o meio rural necessita é de uma escola que de ênfase ao aspecto

formativo. Uma escola que possa civilizar sem urbanizar, uma escola que,

conscientizando o homem sobre os valores autênticos do seu próprio meio, seja capaz de

despertar as forças latentes da comunidade em ritmo de progresso.

Especialmente uma escola centro educativo, atuante no meio, proporciona

educação aos indivíduos de áreas rurais: crianças, jovens e adultos, através de ações

sistemáticas e permanentes.

Para tanto, inclui a conjugação de esforços, em regime de co participação, de

todas as entidades públicas e particulares que, de várias formas, vem trabalhando no

sentido de recuperação do homem e do aproveitamento dos recursos das áreas rurais.

Segundo Ricardo Abramovay: “Contrariamente à crença arraigada que encara o

esvaziamento do meio rural como o corolário associado ao próprio conceito de

desenvolvimento, mais de um quarto da população economicamente ativa nos países

desenvolvidos reside em áreas rurais. E desde meados dos anos 80, a população rural é

a que mais cresce em diversos países do Hemisfério Norte, a começar pelos EUA. No

caso brasileiro, a década de 90 registra um fenômeno inédito na história do país: o ritmo

do êxodo rural desacelera- se de maneira nítida e, ao final dos anos 90, já se registraram

tanto a migração de retorno em direção a pequenos municípios, como o crescimento da

população rural em diversas regiões do país.” (2000, p.03).

Page 86: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

São necessários investimentos na educação e a credibilidade na instituição

escolar, para que esta possa oferecer ao individuo oportunidade de crescimento

harmônico e de ajustamento ao meio, com a sua consequente fixação, dando lhe

consciência do seu valor socioeconômico e de sua posição como sujeito da economia,

em uma sociedade, de fato, democrática. Visa, pois, trabalho integrado na comunidade,

capaz de educar o individuo para aproveitar o potencial de recursos que o meio oferece.

Ou seja, a educação deve propiciar ao educando subsídios que o levem a permanecer no

campo e a aplicar na terra, e em suas propriedades o conhecimento adquirido por via

educacional.

A Educação exige de nós educadores uma maior reflexão: “que tipo de indivíduos

queremos formar?” Se a realidade social da maioria de nossos discentes em nada está

vinculada às teorias pedagógicas em voga. A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire

condiz com a realidade social de nossos alunos e com a realidade da educação no Brasil.

Segundo Freire, não basta saber ler mecanicamente que “Eva viu a uva”. É

necessário compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem

trabalha para produzir uvas e quem lucra com esse trabalho.

2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES

2.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA

Entende-se por Gestão Democrática, dar subsídios e participação a todos os

colegiados, ou seja, dar abertura a opiniões e criticas vindas de todos os envolvidos e

membros da comunidade escolar. Criar vínculos de trabalho coletivo que visem o melhor

funcionamento da entidade escolar, uma vez que fique estabelecida que toda prática e

trabalhos realizados venham a contribuir para o progresso e para o bem comum.

Desta forma, fica estabelecida na instituição escolar a Gestão Democrática,

realizada com a participação de todos os membros da escola, assim como com a

participação da comunidade.

Conselho Escolar

O Conselho Escolar, órgão de suma importância dentro da instituição escolar

Page 87: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

trabalha juntamente com professores, equipe pedagógica, e demais envolvidos e

interessados com a educação escolar, assim como participa da elaboração do Projeto

Político Pedagógico em prol de projetos que envolvam o processo ensino aprendizagem.

E também atua na resolução de outros problemas que a escola eventualmente enfrentar.

Conselho de Classe

O Conselho de Classe deve ser uníssono, íntegro para tomar decisões

importantes, em especial as que decidem a vida escolar do discente. Para tanto, são

imprescindíveis a colaboração e apoio da direção escolar. O conselho de classe atua

conjuntamente professores e equipe pedagógica.

Alunos representantes de turma: eleição e formação política

Dar incentivo a projetos que venham desenvolver os alunos como indivíduos

críticos e participativos, dentro desta sociedade da qual fazem parte.

Grêmio Estudantil

Valorizar o protagonismo juvenil, dando espaço para seu trabalho, sua arte, sua

participação em construir uma sociedade mais justa. Cooperar com os projetos propostos

para melhoria do espaço interno e externo do Colégio, como o Projeto de Jardinagem. Na

socialização entre as turmas, incentivar a realização dos Projetos de Gincana Cultural e

Rádio Comunitária Escolar com uma participação democrática de toda a comunidade

escolar.

APMF

Assim como o Conselho Escolar, os membros que compõe a APMF devem vir a

Page 88: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

participar da elaboração do novo Projeto Político Pedagógico, e na elaboração do

processo ensino-aprendizagem, uma vez que, seus membros têm interesse no pleno

desenvolvimento discente.

Participação de pais

Demonstrar para os pais que sua participação é de suma importância para o

desenvolvimento escolar de seus filhos e que a escola é um espaço democrático aberto a

sua presença, não somente quando são convocados.

2.2 Proposta Pedagógica

Estudo contínuo sobre cada área do conhecimento

Objeto de Estudo

Criar espaço para reflexão da prática docente diária, planejamento curricular,

avaliação, projetos, etc.

Pressupostos Teóricos

Queremos que a escola proporcione conhecimento e sucesso para todos e é

através de nós “educadores” que faremos isso acontecer.

Para isso, não basta que, cada um questione individualmente sua ação, mas é

necessário refletir coletivamente as questões fundamentais da escola, buscando construir

uma nova cultura da aprendizagem, ou seja, a cultura do sucesso escolar e a construção

de uma sociedade melhor, diferenciada, igualitária, onde todos estejam inseridos.

Conscientes de ser a escola construtora de criticidade reconhecemos nosso

papel perante a sociedade como formadora de indivíduos possuidores de uma educação

global e permanente, conscientes de seu papel perante a vida e a sociedade. Seres

críticos e analíticos, conscientes em que não se trata de adquirir isoladamente

Page 89: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

conhecimentos definitivos, mas preparar se para construir ao longo de suas vidas, um

saber em constante evolução e de aprender a ser.

Critérios de seleção dos conteúdos

Intenciona-se através da nova proposta pedagógica, a superação da divisão do

saber, conscientes da realidade social do educando. Almeja se, desta forma, uma

educação democrática, uma educação para todos, Histórico Crítica, enfatizando a

educação básica.

Encaminhamento Metodológico

A Educação é um processo pelo qual, o indivíduo adquire conhecimentos gerais,

específicos, artísticos ou especializados, capaz de construir, realizar projetos de vida a

partir da socialização dos conhecimentos adquiridos.

A educação, em termos gerais, pode ser compreendida como construção do

conhecimento, análise do ser humano, da sociedade consciente de seu contexto

histórico, concepções de mundo, de pessoas, grupos e classes, enfatizando ideias,

valores, ética, formas de trabalho e de organização social e cultural. E para realizá-lo, a

educação deve seguir novos caminhos que extirpem a divisão do saber, ou seja,

caminhos em que não ocorram a dissociação de conteúdos (teorias) e a sua prática.

Práticas avaliativas concepção, critérios, instrumentos, comunicados aos alunos e

pais

O modelo de avaliação diária, contínua, somatória e diagnóstica, de acordo com

os objetivos pré - estabelecidos pelo professor, os quais devem estar de acordo com os

conteúdos trabalhados e a serem diagnosticados, seja através de trabalhos, pesquisas,

avaliações orais e escritas, projetos, seminários, etc.

Avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. A avaliação tem grande

Page 90: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

importância social e política, presente em todas as atitudes e estratégias adotadas pela

escola.

A avaliação deve ser entendida como um meio de se obterem informações e

subsídios para fornecer o desenvolvimento integral do educando. Ao se dispor dessas

informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo,

planejando e redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da escola.

A escola deve manter contato diário constante com os pais e alunos para que

estes estejam informados sobre todo o processo ensino-aprendizagem, assim como as

práticas avaliativas e seus respectivos resultados.

Recuperação de Estudos

Para tanto os docentes realizam recuperação de estudos ministrando atividades

diferenciadas e diversificadas, no decorrer do bimestre, bem como aulas individuais aos

discentes realizadas em contra turno e nas horas atividades dos professores, sempre que

os objetivos propostos dos conteúdos trabalhados não são atingidos.

Formação Continuada

Estudo/leitura de temas/assunto

Promover oficinas de leituras em prol da oralidade e desenvolvimento cognitivo

dos discentes.

Proporcionar espaços literários e promover gincanas teatrais que venham a

abordar diversos temas e autores, assim como levar os alunos a inteirarem se das

escolas literárias existentes.

Promover o gosto pelas artes cênicas, teatrais, e cinematográficas não somente

aos discentes, mas a toda comunidade escolar.

Participação em cursos e eventos

Page 91: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Promover a toda comunidade escolar cursos diferenciados e para tanto fazer

parcerias com outros órgãos colegiados, SENAR, SESI, SENAC, EMATER, etc.

Formação de grupos de estudos

Planejar grupos de estudos com o envolvimento de todos os segmentos da

instituição escolar: alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica e administrativa,

seja na semana pedagógica, sábados ou mesmo em dias letivos, desde que inscritos em

projetos.

Formação de pais, alunos, professores, funcionários

Dar espaço e subsídios para capacitar pais e alunos dando ênfase a sua

realidade local e social, ou seja, por tratar-se de uma comunidade rural favorecê-los com

cursos e oficinas que venham a contemplar suas necessidades e que possam aplicá-las

em suas propriedades.

Para os docentes adquirir novos materiais didáticos pedagógicos que venham a

contribuir e capacitá-los para melhor desenvolvimento de seus trabalhos, isto poderá ser

feito em suas horas atividades.

Qualificação dos equipamentos e espaços

Identificação dos recursos já existentes: qualificação

Recursos materiais disponíveis do estabelecimento de ensino

Projeto Político Pedagógico

Page 92: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Proposta Pedagógica Curricular

Regimento Escolar

Plano Anual do Estabelecimento de Ensino

Plano de Trabalho Docente

Mimeógrafo

Computador e impressora

Televisão Pen Drive, DVD, vídeo, fitas e retro projetor

Material Didático

Pen Drive

Data Show

Material Esportivo

Jogos Pedagógicos Educativos

Material Científico

Acervo Bibliográfico e DVDTECA

Organização de espaços do estabelecimento

Salas de aula;

Sala da Equipe Pedagógica

Biblioteca;

Sala de merendas;

Almoxarifado;

Cozinha;

Sala de professores;

Cinco banheiros (dois femininos, dois masculinos e um para funcionários);

Sala de Recursos Multifuncional Tipo I , Sala do PETI e Sala do CELEM;

Laboratório de Química, Física e Biologia e Laboratório Informática;

Quadra Esportiva Coberta,

Todos os ambientes da instituição escolar são utilizados pelos discentes,

docentes e funcionários.

Solicitamos a construção de mais 6 salas de aula, pois a demanda de alunos

para todas as séries do Ensino Fundamental de 1º a 4º Ano e de 6º a 9º Ano, aumenta

ano a ano, e para acomodá-los perdemos alguns espaços como salão de atividades e

reuniões e sala de vídeo.

Page 93: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

Outros

Participação de Feiras/exposição

Valorizar todo e qualquer projeto docente e discente, assim como prestar auxílio e

criar espaços para a realização destes.

Articulação da escola com outros eventos estaduais e locais

Incentivar a participação de alunos em Feiras, Projeto Fera, Conferências, Jogos

Estudantis, etc.

3. AÇÃO

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA

DE FÁTIMA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

MUNICÍPIO: IRATI

NÚCLEO: NRE/IRATI

DIREÇÃO: DENISE SANTOS GOMES

Hoje, existem várias e diversificadas teorias e práticas da aprendizagem, a

maioria de estilo interdisciplinar, e que abrangem desde a física até a filosofia, passando

pela psicologia cognitiva, certamente o horizonte mais conhecido por Piaget e a resolução

de situação problema com Paulo Freire, a principal meta é levar professores e alunos a

Page 94: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação

social. Tentando resumir alguns princípios mais fundamentais, concluo como prioridade

ao saber pensar, a do aprender a aprender e do aprender a ser, com qualidade formal,

social e política. Destacando-se a permanente renovação do conhecimento, e, de outro,

pela política e ética do sujeito.

4. DETALHAMENTO

A aprendizagem se desenvolve a partir da problematização de situações

contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do aluno.

A capacidade de análise e síntese e o espírito crítico propiciam ao cidadão a

criação de alternativas para solução de problemas;

As inovações à teoria e à tecnologia educacional propiciam a participação

consciente e criativa no processo ensino - aprendizagem;

A sociabilização do educando se processa através de atividades em grupo;

Saber reflexivo, construído mediante permanente problematização da

realidade e busca de soluções, produz conhecimento mais significativo;

A participação ativa e sistemática do educando em pesquisas resulta na

construção e reconstrução do conhecimento.

A ação refletida deve se opor ao imediatismo e ao conformismo;

As atividades interdisciplinares reorganizam os conteúdos, superando a

fragmentação do conhecimento;

A educação é responsável pelas mudanças necessárias e constantes da

realidade;

A prática educativa se realiza por meio do e para o diálogo.

5. CONDIÇÕES

Em âmbito escolar, priorizar a participação ativa na gestão administrativa e na

construção coletiva da nova Proposta Política Pedagógica. Traduzindo a combinação

entre forma - administração compartilhada com a representação. Além da participação

Page 95: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

ativa do corpo docente, APMF e comunidade, através do novo projeto chamar atenção

dos discentes, docentes e toda a comunidade escolar para um maior envolvimento com a

nova gestão.

6. RESPONSÁVEL

DENISE SANTOS GOMES

7. CRONOGRAMA

PRIORIDADES E METAS

A LONGO PRAZO

Oportunizar aos educados uma participação ativa e responsável no processo

educativo;

Estimular o desenvolvimento cognitivo nos alunos, ao elaborarem estratégias

de ação;

Concretizar a interdisciplinaridade;

Proporcionar o controle do que se quer estudar; assim como noções para

aplicar seus conhecimentos adquiridos;

Fornecer oportunidades de elaborar e cumprir planos e metas de trabalho

segundo a proposta pedagógica, firmando o posicionamento e caráter democrático da

escola;

Transformar a entidade escolar em todos os seus aspectos, para retomar sua

credibilidade junto à sociedade;

Proporcionar espaço para novas ideias e metas futuras.

A MÉDIO PRAZO

Participação de todos, e em especial dos educandos no desenvolvimento da

Page 96: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

nova proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

Participação ativa e direta nas mudanças sofridas dentro da escola sejam

estas éticas, estéticas ou políticas;

Através de a autonomia desenvolver no educando sensos de

responsabilidade e auto direção;

Desenvolver habilidades de cooperação;

Em todos os estudantes desenvolver habilidades de liderança;

Fornecer formação por competência e formação emocional

Acesso à educação de qualidade, norteado pela democracia e diálogo aberto.

A CURTO PRAZO

Resgatar a credibilidade na educação;

Reafirmar o papel educacional e socializador da instituição escolar;

Planejar para transformar a atual educação escolar em ensino de qualidade,

que englobe todos os envolvidos, seus problemas sociais, emocionais e seus anseios;

Através da nova proposta, exercer o novo modelo de gestão escolar;

Iniciar planos e metas propostas pelo novo Projeto Político Pedagógico.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Método Paulo Freire. 6ª edição, Brasília:

Brasiliense, 1984.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação. 12ª edição, Brasília:

Brasiliense, 1984.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares

nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília:

MEC/SEF, 1998.

Page 97: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

BRASIL, Secretaria de Educação a Distância. Direitos Humanos. Brasília:

MEC/SEF, 1999.

BRASIL, Associação de Educação Católica. Educação: Compromisso Social.

Número 95, Brasília: MEC/SEF, 1995.

BRASIL, Associação de Educação Católica. Planejamento Participativo como

Metodologia Libertadora. Número 96, Brasília: MEC/SEF, 1995.

LOCH, Valdeci Valentin. Jeito de Avaliar: O Construtivismo e o Processo de

Avaliação. Curitiba: Renascer, 1995.

LOCH, Valdeci Valentin. Jeito de Planejar: O Construtivismo e o Planejamento

Pedagógico. Curitiba: Renascer, 1995.

MELLO, Guiomar Namo (e outros). Educação e Transição Democrática. 2ª

edição, São Paulo: Cortez, 1985.

NIDELCOFF, Maria Teresa. A Escola e a Compreensão da Realidade: 12ª

edição, Brasília: Brasiliense, 1985.

PAIVA, Vanilda Pereira. Paulo Freire e o Nacionalismo Desenvolvimentista. Rio

de Janeiro: Civilização Brasileira S/A, 1980.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Inovando nas Escolas do Paraná.

Brasília: INEP / MEC, 1994.

RODRIGUES, Neidson Lições do Príncipe e outras Lições. São Paulo: Cortez,

1985.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1985.

SAVIANI, Demerval (e outros). Desenvolvimento e Educação na América Latina.

3ª edição. São Paulo: Cortez, 1985.

Page 98: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

SMOLE, Kátia Cristina Stoko. Múltiplas Inteligências na Prática Escolar. Brasília:

MEC, 1999.

VALERIEN, Jean. Gestão da Escola Fundamental: Subsídios para Análise e

sugestões de Aperfeiçoamento. São Paulo: Cortez, 1993.

PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ARTE

BIOLOGIA

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO

FILOSOFIA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

Page 99: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

MATEMÁTICA

QUÍMICA

SOCIOLOGIA

L.E. M – ESPANHOL

L.E. M – INGLÊS

SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I

SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, é um serviço especializado de

natureza pedagógica, que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em

Classes Comuns do Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano e Ensino Médio. É um trabalho

desenvolvido à partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem,

específicos de cada aluno. Oferece subsídios pedagógicos contribuindo para a

aprendizagem dos conteúdos da Classe Comum. (Instrução nº 05/04 da Secretaria do

Estado da Educação).

2. OBJETIVO

Aperfeiçoar no aluno habilidades e pré-requisitos, especialmente à nível de

cognição e sócio afetividade emocional, fundamentais para o andamento de seu

processo educativo no Ensino Regular.

3. CONTEÚDOS:

Page 100: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

- Diálogos, brincadeiras, quebra-cabeça, adivinhações;

- Jogos diversos envolvendo raciocínio, atenção, concentração, percepção,

observação, persistência;

- Charadas, artes;

- Problemas variados envolvendo raciocínio;

- Textos diversos, interpretação de textos e piadas, aprimoramento da leitura,

produção de textos, exercícios gramaticais;

- Operações variadas, atividades lúdicas, atividades de desafios, exercícios

psicológicos de raciocínio;

- Palavras cruzadas, caça palavras com temas informativos, atividades em

grupo;

- Jogos de memória, xadrez, dominó, trilha...;

4. ESTRATÉGIAS:

- Expressar seus pensamentos de forma lógica e organizada;

- Trabalhar com exercícios de memória, raciocínio, compreensão e

associação de ideias;

- Fornecer tarefas estruturadas para auxiliar na organização do pensamento e

gradua las de acordo com o ritmo de aprendizagem;

- Desenvolver atividades, jogos, quebra-cabeças, brincadeiras, que envolvam

atenção, raciocínio, concentração, persistência e memória;

- Desenvolver habilidade necessária à exposição de ideias por meio de

histórias, descrição, narração através de experiências diárias, imaginação, figuras e fatos.

5. ÁREA SÓCIO-EMOCIONAL:

- Desenvolver a auto estima;

- Oportunizar situações que propiciem o desenvolvimento de auto imagem

positiva do aluno em relação à aprendizagem, ressaltando lhe sua capacidade da

Page 101: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

competência que realize o aprendizado em outras situações;

- Valorizar todas as produções do aluno, a fim de proporcionar experiências

bem sucedidas que ajudem a fortalecer a auto estima;

- Motivar, reforçar e valorizar sua pessoa;

- Reforçar positivamente o término das atividades através de elogios, visando

a melhoria de auto estima;

- Desenvolver a consciência do seu corpo, suas funções, diferenciando as por

fase de crescimento e desenvolvimento;

- Trabalhar dados de identificação pessoal e familiar;

- Desenvolver a coordenação viso motora, criatividade e habilidade manual;

- Acatar as regras do jogo em que participa;

- Incentivar a realização das atividades;

- Incentivar o trabalho por iniciativa e reforça lo após a realização do mesmo;

- Criar situações problema deixando ao aluno solucionar, respeitando seus

sentimentos, necessidades, vontades e sugestões.

6. COORDENAÇÃO-MOTORA:

- Trabalhar e desenvolver a coordenação motora ampla e consciência do

próprio corpo;

- Dinâmica estática, fina e relaxamento;

- Desenvolver movimentos amplos em jogos que envolvam atenção, equilíbrio

através da mímica e dramatização;

- Produzir graficamente modelos, desenhos, figuras humanas, de natureza e

outras;

- Identificar e nomear as partes do corpo e suas funções, as partes principais

e detalhes;

- Identificar pessoas por faixa etária;

- Orientar se no espaço e tempo;

- Trabalhar punições para melhorar de postura;

7. ATIVIDADES DA VIDA AUTÔNOMA:

Page 102: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

- Adquirir hábitos de postura correta;

- Trabalhar higiene e importância do asseio pessoal;

8. LINGUAGEM:

- Desenvolver o raciocínio verbal, reproduzindo histórias;

- Transmitir e receber recados;

- Expressar adequadamente seus pensamentos e sentimentos;

- Estimular a criatividade;

- Desenvolver a verbalização e atenção a detalhes, identificando uma figura

através de sua descrição;

- Desenvolver a verbalização e observação dialogando a respeito de uma

cena, de animais, de pessoas e de objetos;

- Ampliar o vocabulário;

- Descrever cenas, objetos, pessoas, animais, figuras, etc;

- Montar cenas com figuras, dos nomes e os personagens e compor

verbalmente uma história;

9. HABILIDADES ACADÊMICAS:

- Ordenar cenas que sucedem no tempo;

- Utilizar conceitos de tempos (presente/futuro) e relaciona los;

- Manusear o calendário e reconhecer sua utilidade;

- Descrever cenas e observando se o período do dia;

- Associar o tempo às atividades diárias;

- Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico;

- Identificar o problema (compreender enunciado, sistematizar informações);

Elaborar estratégias para solucionar problemas. Formular questões a partir

de situações reais;

- Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas e aplica

las em situações diversas no conteúdo das Ciências tecnológicas e das atividades

Page 103: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

cotidianas.

10. MATEMÁTICA:

- Resolver situações que evoluem as 4 operações;

- Identificar as operações com as inversas;

- Trabalhar sequência numérica em ordem crescente/decrescente e

salteados;

- Desenvolver raciocínio através da resolução de problemas;

- Trabalhar cálculos mentais, escritos, exatos, aproximados.

- Fixar a tabuada;

- Resolução de problemas, por meio de estratégias variadas, como

construção de diagramas e tabelas sem aplicação de fórmulas;

- Desenvolver o raciocínio matemático de conscientização e identificação;

- Resolver problemas que envolvem situações de vida diária;

- Efetuar sentenças matemáticas das quatro operações;

- Resolver desafios matemáticos;

11. LEITURA E ESCRITA:

- Compreender e interpretar textos e livros;

- Aplicar conhecimentos de estrutura da língua quanto à pontuação, classe de

palavras, gramática e concordância verbal/nominal;

- Relacionar expressão oral e escrita;

- Identificar tipos de frase: interrogativa, exclamativa, negativa, afirmativa;

- Ler silenciosamente textos, poemas e histórias;

- Expressar graficamente seu pensamento através de palavras frases e

textos;

- Desenvolver linguagem escrita compondo histórias a partir de observação

de cenas;

- Desenvolver e aprimorar a ortografia para fixar palavras com dificuldades

específicas;

Page 104: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA … · projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir radicalmente a escolarização para todos

12. METODOLOGIA:

As atividades da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, serão programadas e

desenvolvidas em consideração às dificuldades dos alunos encontradas no ER; tendo

como subsídios para proporcionar, favorecer e melhorar as habilidades de levar os alunos

a compreender e desenvolver a aprendizagem dos conteúdos do ER.

Serão diversas atividades de acordo com as dificuldades dos alunos de forma

que completem e complementem o desenvolvimento cognitivo motor e sócio afetivo

emocional.

13. RECURSOS DIDÁTICOS:

Serão utilizados livros didáticos, revistas, jornais, folhetos de propaganda, jogos

diversos, atividades xerocadas, mimeografadas e tic’s.

14. AVALIAÇÃO:

A avaliação do rendimento dos alunos será periodicamente por meio de

observações, contatos com os professores do Ensino Regular através da coordenação

pedagógica da escola.

No Relatório Bimestral dos alunos serão registrados individualmente e

bimestralmente os avanços e necessidades acadêmicas, aspectos relativos à promoção,

bem como a necessidade de continuidade ou desligamento do apoio ao aluno em Sala de

Recursos Multifuncional Tipo I.