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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
ANO 2013
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto Político Pedagógico estruturado no
Ensino Fundamental e Médio do Colégio
Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima -
Guamirim / Irati / Pr.
IRATI / PR
2013
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.........................................................................................................03
2. INTRODUÇÃO...............................................................................................................05
2.1. Aspectos Históricos....................................................................................................06
2.2. Organização do Espaço Físico...................................................................................07
2.3. Oferta de Cursos / Modalidade...................................................................................08
3. OBJETIVOS GERAIS....................................................................................................08
4. MARCO SITUACIONAL................................................................................................09
5. MARCO CONCEITUAL.................................................................................................15
5.1. Organização das Turmas, Calendário, Hora-Atividade, História e Cultura Afro-
Brasileira.......................................................................................................................... 38
5.2. Avaliação, Avaliação da Aprendizagem.................................................................... 40
5.3. Avaliação Institucional.............................................................................................. 41
6. MARCO OPERACIONAL..............................................................................................
42
6.1. A Equipe de Direção.................................................................................................. 42
6.2. Equipe Pedagógica................................................................................................... 44
6.3. Corpo Docente.......................................................................................................... 45
6.4. Biblioteca................................................................................................................... 49
6.5. A Equipe Administrativa............................................................................................ 49
6.6. Funcionários e Funções Estabelecidas no Colégio.................................................. 54
6.7. Linhas de Ação...........................................................................................................56
6.8. Eventos..................................................................................................................... 58
6.9. Conselho de Classe.................................................................................................. 60
6.10. Conselho Escolar.................................................................................................... 63
6.11. APMF...................................................................................................................... 64
6.12. Condições Físicas, Materiais e Didáticas............................................................... 65
6.13. Participação em Cursos e Eventos......................................................................... 69
6.14. Grupos de Estudos.................................................................................................. 79
6.15 Projetos......................................................................................................................80
6.16 Avaliação do PPP......................................................................................................79
7. CONCLUSÃO................................................................................................................79
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................80
9. ANEXOS........................................................................................................................82
1. APRESENTAÇÃO
Não há escolas do campo num campo sem perspectivas, com indivíduos sem
horizontes e buscando sair dele. Por outro lado, também não há como implementar um
projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação, e sem expandir
radicalmente a escolarização para todos os povos do campo. A escola pode ser um
importante agente de conscientização social quanto a necessidade de sua mobilização e
organização na luta por um projeto educacional adequado as necessidades do campo.
Paulo Freire nos fala em suas reflexões (pedagogia do oprimido) que a escola
não transforma a realidade, mas pode ajudar a formar os sujeitos capazes de fazer a
transformação da sociedade, do mundo, de si mesmo... Se não conseguirmos envolver a
escola no movimento de transformação do campo, ele certamente será incompleto,
porque indicará que muitas pessoas ficaram fora dele.
Existe uma nova prática de Escola que está sendo gestada neste momento. Nossa sensibilidade de educadores já nos permitiu perceber que existe algo diferente e que pode ser uma alternativa em nosso horizonte de trabalhador da educação, de ser humano. Precisamos aprender a potencializar os elementos presentes nas diversas experiências, e transformá los em um movimento consciente de construção da escola do campo como escola que ajude neste processo mais amplo de humanização, e de reafirmação dos povos do campo como sujeitos de seu próprio destino, de sua própria história. (Lucita Brita, 2007, p.27)
Quanto ao parecer 1011/10 do Conselho Estadual de Educação (CEE), de
06/10/2010, que dispõe sobre as escolas públicas do campo, e segundo o Decreto nº
7.352, de 04/11/2010, onde o Presidente da República no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, incisos IV e VI alínea “a”, da Constituição e tendo em vista o disposto na
Lei 9394, de 20/12/96, e no art. 33 da Lei nº 11.947, de 16/06/2009, decreta:
Artigo 1º – A política de educação do campo destina à ampliação e qualificação
da oferta de educação básica e superior às populações do campo, e será desenvolvida
pela União em regime de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
de acordo com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação e o
disposto neste Decreto.
O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino
Fundamental e Médio possui em sua elaboração no novo Projeto Político Pedagógico,
idéias, ideais, pensamentos, aspirações, projetos e ações, provindas de várias mãos, e
de todos os elementos envolvidos e que compõe nossa comunidade escolar. Todos
almejam uma proposta pedagógica que contemple a realidade da escola e assuma por si
uma face que condiga com a característica principal dela: ESCOLA DO CAMPO.
Para o sociólogo Alberto Tôrres em seu discurso: “O progresso de um País, sua unidade territorial, econômica e social dependem da terra, da gente e de suas relações recíprocas, donde concluir que delas dependem todos os problemas sociológicos e econômicos.” (TORRES 1996, p.47).
Para melhor fundamentar o presente Projeto Político Pedagógico e para definir a
atitude da escola em relação ao meio, uma vez que a mesma deve responder às
necessidades socioculturais daquele, é conveniente, embora de forma sumária, recordar
as características gerais da formação histórica da nossa Nação.
Brasil, imenso território, com grande variedade de relevo e clima, flora e fauna,
está situado entre os extremos da região tropical e das zonas temperadas. Daí decorre o
aparecimento de regiões distintas entre o norte, o centro e o sul, o litoral e o interior, com
grande reflexo na economia.
Formação populacional heterogênea, sem tipo racial definido, resultante da fusão
do colonizador português com o elemento nativo, com o africano e, mais tarde, com os
imigrantes.
A Educação, acessível apenas à minoria, desde a colonização tem sido
especulativa e literária, com falta de preparo do homem para o trabalho adequado as
necessidades do país.
Impõe se, como medida indispensável para a escola, reformular seus objetivos,
suas atividades, sua posição no meio a que foi chamada a servir.
A instituição escolar, na área rural, muitas vezes único ambiente formal de
educação, deve tornar se um verdadeiro centro de comunidade. Necessita contar com
profissionais capacitados, a bem servir o meio, a descobrir e educar líderes locais, a
orientar o funcionamento de instituições como cooperativas, círculos de pais, professores
e comunidade local, centros sociais entre outras, buscarem parcerias, com vistas
ampliadas à organização e ao desenvolvimento da comunidade.
Somente uma escola dinâmica poderá tornar se agente de desenvolvimento, de
modificação de conduta, sabendo despertar e dirigir a liderança no próprio grupo, para
que os indivíduos se motivem a fim de participar, interagindo na solução de problemas.
Precisamos nos livrar do hábito de ver a cultura como conhecimento enciclopédico e os
homens como simples receptáculos a serem preenchidos com fatos empíricos e um
amontoado de fatos brutos isolados que tem de ser catalogados no cérebro como nas
colunas de um dicionário, permitindo a seu proprietário responder aos vários estímulos do
mundo exterior. Essa forma de cultura é realmente perigosa, em particular para o
proletariado. Serve apenas para criar pessoas mal ajustadas, pessoas que acreditam
serem superiores ao resto da humanidade por terem memorizado certo número de fatos
e datas.
É na práxis que o homem tem condições de superar a própria situação de
opressão, mediante a análise de que a divisão de trabalho é característica de uma
determinada formação social e não um fato natural. A práxis passa a ser condição para a
ação revolucionária, de modo que os homens podem pensar o sentido de suas
atividades, a sua organização política e ações conjuntas na luta contra a opressão.
Um desafio está posto à educação do campo: considerar a cultura dos povos do
campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como processo de
apropriação e elaboração de novos conhecimentos. Assim, o conceito de cultura como
práxis guarda a relação com a compreensão da história como processo coletivo de auto
criação do homem, sob a possibilidade de criar uma ordem social de maior liberdade e
justiça.
Entender o campo como um modo de vida social contribui para auto afirmar a
identidade dos povos do campo para valorizar o seu trabalho, o seu jeito de ser, os seus
conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza. Trata se de uma
valorização que deve se der pelos próprios povos do campo numa atitude de recriação da
história. Em síntese, o campo retrata uma realidade sociocultural, que se dá a partir dos
povos que nele habitam: assalariados rurais temporários, trabalhadores rurais diaristas,
meeiros, arrendatários, pequenos e grandes proprietários e outros. São diferentes
gerações, etnias, gêneros, crenças e diferentes modos de trabalhar, de se organizar, de
resolver os problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.
Trata se de uma educação que deve ser no e do campo. No, porque […] o povo
tem o direito de ser educado no lugar onde vive; [DO, pois] “o povo tem direito a uma
educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e
às suas necessidades humanas e sociais” (CALDART, 2002, p.26).
A educação do campo deve ter como fundamento o desenvolvimento humano,
como afirma Fernandes (2005), que seja uma questão agrária mediante o princípio da
superação, da luta, da emancipação e da perspectiva de construção de experiências para
a transformação da sociedade.
Nesse aspecto, a escola deve realizar uma interpretação da realidade que
considere as relações mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e
cultural da existência humana. A partir dessa perspectiva, deve construir conhecimento
que promovam novas relações de trabalho e de vida para os povos no e do campo.
E essa superação deve ser executada não de forma ingênua, que se reduz ao ensino de letras e palavras, mas de forma crítica, que tem em vista a possibilidade de transformação. Como tão bem definido pelo autor, “mais que escrever e ler que a “asa é da ave”, os educandos necessitam perceber a necessidade de um outro aprendizado: o de “escrever” a sua vida, o de “ler” a sua realidade, o que não será possível se não tomam a história nas mãos para, fazendo a, por ela serem feitos e refeitos” (FREIRE, 1982, p.16).
Nossa escola, não é uma simples escola, mas “uma Escola do Campo”. Nome,
que para alguns políticos de plantão, não tem significado, mas para os indivíduos que
compõe nossas comunidades, ele veio com o significado maior, sua especialidade em ser
“rural” ou “do campo”, e isto muito nos orgulha. Pois, somos de área rural, comunidades
compostas por agricultores, de valores culturais preservados de geração a geração.
A necessidade de superar a realidade em que se encontram muitos indivíduos no
campo, surgiu como desafio para educadores, organizações, indivíduos e movimentos
sociais que almejam mudanças neste cenário. Para isso, passaram por cima de conceitos
e paradigmas que consideram a escola o único espaço de aprendizagem, e ancorados no
conceito de uma educação libertadora, sem os vícios do sistema capitalista, continuam
rompendo barreiras, permitindo que crianças, jovens e adultos tenham direito à
educação, e debatendo a implementação da educação do campo no sistema público de
ensino e as ações e desafios dos movimentos e de organizações regionais. O fato é que
se aprende na escola, no trabalho, na vida cotidiana. Nos diferentes tempos educativos,
que se constrói a formação humana, do sujeito criador, com o reconhecimento do
conhecimento, da trajetória, da história de vida de cada indivíduo.
E, a escola está no meio a que veio servir, educar para que os educandos
reconheçam e façam leitura da sua realidade, desenvolvam criticidade, e se apoderem do
conhecimento, pois sempre é tempo de aprender, sempre é tempo de libertar, de mudar a
história. Temos o propósito de, além de educar, levar o educando a apropriar se de
conhecimentos referentes à sua vida, ao seu trabalho, e ao meio ambiente, assim como
instrumento para preservar a natureza e dela retirar o seu sustento sem agredi la.
Diversificar atividades em suas propriedades visando à sustentabilidade. A produzir
alimentos com técnicas menos agressivas, em prol da segurança alimentar. Trazer para
conhecimento de todos, temas importantes e de preocupação mundial, tais como:
ecossistema – sistemas naturais, agroecossistemas, agroecologia, transgênicos e
reforma agrária. A produção agroecológica tem como objetivo preservar a vida com
alimentos saudáveis sem agrotóxicos e transgênicos.
A agroecologia é defendida por muitos agricultores e especialistas na área como
um modelo de agricultura socialmente mais justo, economicamente mais viável e
ecologicamente mais sustentável, diferente da agricultura convencional, que busca
insumos e venenos para ampliar a produção e o lucro.
Agroecologia tem por objetivo estender a todos uma proposta de agricultura
abrangente, que seja socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente
sustentável. Uma nova forma de se relacionar com a natureza, onde se protege a vida
toda e toda a vida. Desta forma, se estabelece uma ética ecológica que implica no
abandono de uma moral utilitarista e individualista e que postula a aceitação do princípio
do destino universal dos bens da criação e a promoção da justiça e da solidariedade
como valores indispensáveis. A agricultura passa a ser vista como um sistema vivo e
complexo, inserida na natureza rica em diversidade, vários tipos de plantas, animais,
micro organismos, minerais e infinitas formas de relação entre estes e outros seres. Para
tanto, a agroecologia precisa aliar se a outras áreas agrícolas, como: agricultura
ecológica, agricultura orgânica, permacultura, agricultura biodinâmica, os sistemas
agroflorestais, agricultura natural, entre outras. Seu significado maior para o educando,
de ser o entendimento de que a agroecologia compreende a vida a partir de um
organismo vivo, seja ele planta animal ou próprio ser humano, e a partir deste
conhecimento reconhecer as relações conjuntas e apreender que nosso planeta possui
recursos escassos, e devemos preserva los, usando os de forma adequada, pois esta
não é somente o lugar onde vivemos, mas especialmente lugar do qual sobrevivemos.
Sendo a agricultura, a principal atividade de nossos educandos, e a necessidade
de produzir e consumir produtos saudáveis, o currículo traz para a sala de aula, o tema
Segurança Alimentar. E a aborda de forma significativa, demonstrando a todos que uma
boa alimentação começa bem antes do preparo do alimento. Depende de questões mais
complexas como: o direito a terra, a água, as sementes e, principalmente, conhecimento
e condições para produzir o alimento.
A Soberania Alimentar levanta questionamentos, e reaviva a falta valor que
damos à nossa cultura e aos alimentos que nossos antepassados costumavam
produziam. Se a levarmos em consideração, todos passaram entender que todos nós
temos o dever, de promover, de modo soberano, a produção dos alimentos que nossa
terra pode proporcionar para garantir o atendimento das necessidades alimentares da
nossa sociedade. Isto irá não somente nos garantir soberania econômica e política, mas
irá garantir também nossa identidade nacional. Do contrário, abrimos espaço para
produtos estrangeiros, manipulados, transgênicos e de auto custo.
Mudar conceitos, opiniões e idéias, não é fácil, e não ocorre da noite para o dia,
porém pode acontecer quando passarmos a valorizar nossa cultura, nossos valores,
nossos costumes, e imortaliza las em discussão e renovação dos mesmos para que
continuem vivos e de acordo com a nossa realidade; do uso das sementes crioulas, do
fortalecimento da agricultura familiar, e de um maior uso de nossas plantas nativas para
alimentação de toda a nossa sociedade.
Nos últimos anos, presenciamos a entrada irrestrita de sementes e produtos
transgênicos, porém não nos questionamos sobre seus efeitos na saúde e vida de todos.
Apenas abrimos espaço para estes, deixamos de lado nossas sementes, e produção
tradicional, e embarcamos nos manipulados científicos, que carecem de forma
desordenada e incalculada de defensivos agrícolas, deixando o agricultor e a agricultora
dependentes dos vendedores de venenos e adubos químicos e ainda de mais sementes
a cada plantação; a desvalorização dos nossos alimentos e plantas nativas; o latifúndio e
a falta de tecnologias para a agricultura familiar colocam em xeque nossa soberania
alimentar.
Respeitar a Biodiversidade do planeta, reconhecer sua variabilidade de
organismos vivos de todos os tipos, abrangendo a diversidade de espécies e a
diversidade entre indivíduos de uma mesma espécie, é um diferencial para a educação
do campo. Levar o educando a compreender a diversidade de ecossistemas terrestres e
aquáticos, e os complexos ecológicos de que fazem parte da natureza, para então
entender a importância da preservação da biodiversidade, para manter condições de
permanência da vida na Terra.
Sendo a terra, o único recurso de sustento do agricultor, temos também por
desafio: educar, informar, sensibilizar e desenvolver nos educandos ideais de
preservação da natureza e de seus recursos. Há décadas, a humanidade a ponta o
próprio homem como vilão de sua história, quando esta se remete a preservação da
natureza e, muito se estuda e se fala sobre a degradação dos recursos naturais, da
escassez e degradação da qualidade de água, poluição do ar, efeito estufa,
desmatamentos, erosão, extinção de espécies. E, também o aponta como protagonista e
herói para mudar este triste quadro em que se encontra a humanidade. Devemos
considerar como parte da formação dos jovens e adultos, questionamentos sobre a
existência do homem fora do seu contexto social, sobre o impacto do homem em
determinados ecossistemas, sobre o desgaste dos recursos naturais e como sua
degradação é observada, frequentemente como um mal necessário ao desenvolvimento.
Ao contrário deve se apontar soluções para essas problemáticas, pois o desenvolvimento
não tem que necessariamente estar relacionado à degradação ambiental. A educação
ambiental deve vir para orientar o agricultor a usar de forma correta a terra e a natureza,
a respeita la, e não encarar o seu desgaste e mal uso como forma politicamente correta
de “fazer de conta” que a sociedade se preocupa com o ambiente para se continuar
degradando. Temos por desafio enquanto educadores relacionar as idéias da educação
libertadora de Paulo Freire à educação ambiental. O objetivo da educação ambiental é a
conservação da natureza por indivíduos conscientes do seu papel como agentes da
história do planeta. Para isto, a educação ambiental deve ser capaz de extrapolar as
relações comumente existentes de exploração que permeiam as relações entre os
homens, e atingir uma compreensão que vai além dos valores normalmente conhecidos.
Levar ao educando neste processo noções de Agroecossistema, dado a sua
importância do no seu dia a dia e em sua principal atividade que é a agricultura. Assim
sendo, o Agroecossistema deve ser entendido como um ecossistema com presença de
pelo menos uma população agrícola, sendo, portanto entendido como uma unidade de
trabalho no caso de sistemas agrícolas, diferindo fundamentalmente dos ecossistemas
naturais por ser regulado pela intervenção humana na busca de um determinado
propósito.
Os agroecossistemas possuem quatro propriedades (produtividade, estabilidade,
sustentabilidade e equidade) que avaliam se os objetivos do sistema, aumentar o bem-
estar econômico e os valores sociais dos produtores, e se estão sendo atingidos. A
produtividade significa a produção de determinado produto por unidade de recurso que
entra numa área. Estabilidade é a manutenção da produtividade tendo em vista que
eventos não controláveis podem ocorrer. A propriedade sustentabilidade é a capacidade
de um agroecossistema manter sua produtividade quando exposta a um grande distúrbio,
enquanto equidade é definida como a distribuição da produtividade do agroecossistema.
A autonomia é adicionada como uma quinta propriedade, esta considerada como a
capacidade do agroecossistema manter se ao longo dos anos, independente de
oscilações externas.
Segundo o dicionário: “sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado
com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da
sociedade humana”. Esse conceito de sustentabilidade representa promover a
exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a
prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades
humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. É um conceito difícil de ser
implementado e, em muitos casos, economicamente inviável. Porém, novos estudos e
pesquisas revelam que em atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente
como: a agricultura em larga escala, a extração vegetal, a mineração, a fabricação de
papel e celulose, entre outras formas de explorar a natureza, a busca práticas
sustentáveis, mostro se viável e largamente lucrativo. Portanto, pode se afirmar que
garantir a sustentabilidade do agricultor de uma comunidade, é dar garantias de que essa
área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para a sociedade
como um todo. Mantendo a força vital da natureza e a sua capacidade de regenerar se
mesmo diante da ação contínua e da presença atuante do homem.
2. INTRODUÇÃO
INSTITUIÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE
FÁTIMA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
ENDEREÇO: RUA: GETÚLIO VARGAS S/Nº- GUAMIRIM/IRATI FONE: (42)
3434 1360.
ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA:
GRUPO ESCOLAR DE GUAMIRIM EM 09/09/1947.
GRUPO ESCOLAR NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
DECRETO Nº 22.376 EM 03/02/1971.
GINÁSIO MUNICIPAL JOÃO MANSUR
DECRETO LEI Nº 450/76 EM 24/03/1976.
ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
RESOLUÇÃO: Nº 1177/81 DOE 17/06/81
COLÉGIO ESTADUAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
RESOLUÇÃO: Nº 14/03 EM 03/02/2003.
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
RESOLUÇÃO Nº 2812 EM 14/05/2012.
ATO DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA
RESOLUÇÃO Nº 2343/89 DOE EM 22/09/1989.
PARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR
PARECER Nº 159/2003 - DATA: 18/12/2003
RESOLUÇÃO Nº 2.122/2000
DISTÂNCIA DA ESCOLA: 25 km da Sede do NRE/IRATI
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES
O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental
e Médio, situa-se na sede do Distrito de Guamirim, distante 25 km da cidade de Irati. Sua
história tem início com sua fundação em 09 de setembro de 1947, com a denominação
de Grupo Escolar de Guamirim, substituindo a escola então existente.
O nome Nossa Senhora de Fátima foi escolhido pela comunidade e foi
oficializado pelo Decreto nº 22.376 em 03 de fevereiro de 1971.
Em 24 de março de 1976, o Decreto Lei municipal nº 450/76 criou o Ginásio
Municipal João Mansur, que funcionou de 1976 a 1985.
No ano de 1986 a escola foi estadualizada, passando a denominar se Escola
Estadual Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental, reconhecida pela Resolução
nº 2343/89 DOE, em 22 de setembro de 1989. O atendimento estadual passou ao Ensino
Fundamental de 1ª a 4ª Série e de 5ª a 8ª Série, atendendo crianças e adolescentes de
todas as comunidades da região.
Em 1996 ocorreu a municipalização do ensino de 1ª a 4ª série, denominando se
Escola Municipal de Guamirim - Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Devido ao interesse comunitário em estender o ensino nesta instituição, em nível
Médio, em 03 de fevereiro de 2003, pela resolução nコ 14/03 a SEED autorizou o
funcionamento da 1ª série do Ensino Médio, no turno vespertino, passou a denominar se
Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental e Médio.
Parecer Nº122/2011-EP e Parecer Nº 187/2011 – SEF – Aprova Adendo Nº 02
referente a implantação simultânea dos Anos Finais do Ensino Fundamental 6º ao 9º
Anos e Sala de Apoio 6º e 9º Anos.
Em DOE de 14/05/2012 foi publicada a Resolução nº 2812 com Alteração de
Denominação – Par 1692/12-SEED/CEF- de Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima
para Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima.
2.2 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
Salas de aula;
Sala de Recursos Multifuncional TipoI
Sala do PETI;
Sala do CELEM
Sala de Apoio;
Sala da Equipe Pedagógica;
Biblioteca;
Sala de merendas;
Almoxarifado;
Cozinha;
Sala de professores;
Cinco banheiros (dois femininos, dois masculinos e um para funcionários);
Secretaria;
Laboratório de Química, Física e Biologia;
Laboratório de Informática.
Quadra Poli Esportiva Coberta
Todos os ambientes da Instituição Escolar são utilizados pelos discentes,
docentes e funcionários, assim como em dualidade administrativa com a Escola Municipal
de Guamirim.
2.3 OFERTA DE CURSOS/MODALIDADES
Ensino Fundamental: 08 Turmas
6º anos A e B
7º anos A e B
8º anos A e B.
9º anos A e B
Ensino Médio: 6 turmas
1º Ano A e B.
2º Ano A e B.
3º Ano A e B.
CELEM ESPANHOL : 01 PERÍODO MATUTINO
01 PERÍODO VESPERTINO
3. OBJETIVOS GERAIS
Elaborar o PPP juntamente com a comunidade escolar, tendo como princípio a
gestão democrática, construído de forma coletiva, primando pela concretização das
ações planejadas a partir da identificação das necessidades e da realidade deste
estabelecimento de ensino, de forma a subsidiar e avaliar a prática pedagógica, não para
dados governamentais, mas para a sua efetivação;
Formar sujeitos críticos e com iniciativas, capazes de enfrentar as dificuldades
que a sociedade impõe que podem interferir e transformar suas perspectivas de vida, na
sua condição de homem do campo;
Primar pela identidade cultural; valorizando laços culturais e valores
relacionados à vida na terra, bem como o conhecimento e a relação de existência e
sobrevivência;
Valorizar a sua prática, amparado nos conteúdos adquiridos, aliando-os as
novas tecnologias; na busca do desenvolvimento local e sustentável, com
responsabilidade, preservação e respeito ao meio ambiente;
Desenvolver senso de valorização a educação, como mais um instrumento a
sua disposição, no sentido de organização e tomadas de ações conjuntas, em suas
atividades individuais ou coletivas;
Formar indivíduos capazes de vivenciar a cidadania em todos os seus
preceitos, e com a possibilidade de criar uma ordem social de maior liberdade e justiça;
4. MARCO SITUACIONAL
Sob uma visão de observação e opiniões em comum, descreve-se uma
sociedade desigualitária, injusta, preconceituosa e desprovida de uma política
governamental que atenda em especial a população pobre ou pode se dizer miserável.
Para estes não há aplicação de recursos, onde suas necessidades primeiras ou
biológicas como alimentação e moradia sequer são mencionadas, daí setores como a
educação e a saúde, são elementos dignos apenas da ideologia ou da demagogia,
presentes nos inúmeros discursos de também inúmeros políticos com interesses de
realizar somente projetos particulares.
Compõe se então uma sociedade, onde centenas de pessoas vivem a margem
desta, em condições desumanas. Reproduzindo se sem planejamento familiar, devido à
ignorância e o abandono. Proles que adentram o ambiente escolar trazendo consigo
apenas fome, miséria, doenças físicas e psicológicas, violência física e moral, e vítimas
não somente da sociedade, mas exploradas ou vitimadas por seus genitores.
Neste quadro social figura se a Educação escolar, desvalorizada e colocada em
xeque pela sociedade. Perde se a cada mudança de governo, seja ele municipal estadual
ou governamental, sua identidade, seu papel, sua função primeira: EDUCAR para formar
cidadãos críticos, visionários e participativos. A escola assume papéis alheios a sua
função, esta está mais para assistência social do que um meio educacional.
O que o meio rural necessita é de uma escola que dê ênfase ao aspecto
formativo, pois tem a família como unidade básica de posse, produção e consumo.
Organização de forma coletiva, no interior da sociedade global, com a função de permitir
uma unidade maior, entre o bairro rural, o grupo de vizinhança e a comunidade, numa
relação e contato com a sociedade urbana, seja ela social, religiosa, política ou
econômica. Uma escola que possa civilizar sem urbanizar, uma escola que,
conscientizando o homem sobre os valores autênticos do seu próprio meio, seja capaz de
despertar as forças latentes da comunidade em ritmo de progresso, voltada à
manutenção de um modo de vida, sem o objetivo de apenas produzir valores de troca ou
apenas sobre consumo.
Segundo Ricardo Abramovay:
Contrariamente à crença arraigada que encara o esvaziamento do meio rural como o corolário associado ao próprio conceito de desenvolvimento, mais de um quarto da população economicamente ativa nos países desenvolvidos reside em áreas rurais. E desde meados dos anos 80, a população rural é a que mais cresce em diversos países do Hemisfério Norte, a começar pelos EUA. No caso brasileiro, a década de 90 registra um fenômeno inédito na história do país: o ritmo do êxodo rural desacelera se de maneira nítida e, ao final dos anos 90, já se registraram tanto a migração de retorno em direção a pequenos municípios, como o crescimento da população rural em diversas regiões do país. (Abramovay, 2000, p.03).
Para a demógrafa Ana Amélia Camarano, do IPEA, citada por Ricardo
Abramovay, a população rural começou a crescer, em termos absolutos, revertendo um
declínio de quase duas décadas.
É claro que a esmagadora maioria da população rural nos países desenvolvidos deixou de trabalhar fundamentalmente na agropecuária há muito tempo. Nos EUA apenas 10% do pessoal ocupado no meio rural vivem da agricultura. Em 1991, nos EUA, havia 1,6 milhões de domicílios rurais não agrícolas. 93% dos domicílios rurais norte-americanos não são unidades de produção agropecuária: seus membros trabalham para o governo, na industria, na construção, na mineração, em finanças, no comércio e em outros serviços. O importante é que, tanto nos Estados Unidos, como na Europa, e este é um desafio fundamental, a que, os padrões convencionais de política agrícola são incapazes de responder - em quanto declinavam agricultores, os residentes rurais de pequenas propriedades não tiveram sua proporção no total de habitantes. Em outras palavras, apesar do declínio da agricultura o tecido social do meio rural mantém se vivo a sua trama é enriquecida pelo desenvolvimento de novas atividades. (CAMARANO, 2000, p. 03).
No entanto, fazem-se necessários investimentos na educação e a credibilidade
na instituição escolar, para que esta possa oferecer ao indivíduo oportunidade de
crescimento harmônico e de ajustamento ao meio, com a sua consequente fixação,
dando lhe consciência do seu valor socioeconômico e de sua posição como sujeito da
economia, em uma sociedade de fato democrática. Visa, pois, trabalho integrado na
comunidade, capaz de educar o indivíduo para aproveitar o potencial de recursos que o
meio oferece. Ou seja, a educação deve propiciar ao educando subsídios que o levem a
permanecer no campo e a aplicar na terra, e em suas propriedades o conhecimento
adquirido por via educacional.
Antes de considerar como educar, devemos ver quais os objetivos em mira. O Dr. Arnold queria “humildade de espírito”, qualidade ausente no “homem magnânimo de Aristóteles”. O ideal de Nietzsche não era o do cristianismo. Nem, tampouco, o de Kant: porque enquanto Cristo recomendava o amor, Kant ensinava que nenhuma ação da qual o amor, é o móvel pode ser verdadeiramente virtuosa. E mesmo as pessoas que estão de acordo quanto aos componentes de um bom caráter, podem não concordar com a importância relativa deles. Uma exigirá a coragem, outra, o saber, outra a bondade, outra a retidão. Homens do tipo do velho Bruto colocarão o dever para com o Estado acima do amor pela família; outros, do tipo de Confúcio, colocarão o amor à família acima de tudo. Todas essas divergências trarão diferenças de educação. Temos, pois, antes de definirmos qual o tipo de educação que consideramos o melhor, de assentar o tipo do homem que desejamos produzir. (DRUCKER, 1977, p.24).
A Educação exige dos educadores uma maior reflexão: “que tipo de indivíduos se
quer formar?” Se a realidade social da maioria dos discentes em nada está vinculada às
teorias pedagógicas em voga. Será realmente que teorias desenvolvidas como as de
Piaget e Vygotski, tem realmente alguma relevância para a prática docente?
Antes, deveria se pensar que, a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire condiz
com a realidade social dos alunos e com a realidade da educação no Brasil. Oprimidos,
sim, são todos os docentes e discentes, em uma sociedade marginalizada por políticas
governamentais desumanas, elitistas, individualistas e que em seus projetos sociais
esquecem o brasileiro, este está apenas para dados demográficos em prol de campanhas
eleitorais.
Educadores, “valorizados pela sociedade”, ficam a deriva, abandonados a própria
sorte. Se, profissionais, é porque ainda acreditam que a educação, é o único veículo
motor humano, que conduzirá o homem a condições de vida mais dignas. A educação
como fator de socialização, de ingresso ao futuro.
Em contraponto, se críticos e visionários conhecem a realidade brasileira, e
muitas vezes são questionados em que ou de que forma realmente a educação levará o
discente a ascensão na vida. Se tal indivíduo, que joga futebol e não tem estudo, se deu
bem na vida. Se vender drogas rende mais que estar na escola...
Chega-se a conclusão de que no Brasil vendem se diversos estereótipos de
brasileiros. Os alunos, diariamente recebem diversas informações através da escola, da
televisão, revistas, jornais, cinemas, entre outras e não chegam a transformá los
cognitivamente. Não sabe interpretar nas entrelinhas, a sua vida, o seu cotidiano, a sua
realidade.
A educação escolar básica deve preparar para a vida. E o que é a vida que todos querem senão um contínuo exercício de aprendizagem, autonomia, colaboração, cuidados, sensibilidades, uso de recursos? (MELLO, 2005, p.17)
Até quando se falará da escola pública como se fosse à escola dos outros? Se
não formos capazes de nos apossar da cultura como formadora de opiniões e da
criatividade, cultura como material indispensável à educação. Como garantir a
reapropriação do conhecimento? Enfim, a olhar com outros olhos a formação profissional,
uma vez que a formação cultural do professor é parte do processo de construção da
cidadania.
Tornou se uma constante, observar, ouvir, descrever e vivenciar a escola pública
como instituição falida, abandonada pela política e desacreditada pela sociedade.
Sonhar e idealizar um mundo e uma sociedade mais justa deve ser também uma
proposta pedagógica.
Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo. (Marx, 1999, p.68)
A cada ano que passa se torna visível a disparidade da formação universitária
com a realidade escolar. Em muitos profissionais docentes são visíveis a frustração e o
descontentamento quando ingressam na carreira docente. Não estão preparados para
viver em sala de aula, tudo o que lhes era alheio nas universidades em que se
graduaram.
Porém, o dom para lecionar, sobressai ao descontentamento e a frustração. O
trabalho coletivo é o caminho a ser seguido em busca de uma educação de qualidade e
de valor à educação.
Para agir coerentes com a noção de que a educação escolar básica deve
preparar para a vida, não uma vida qualquer, mas vida com qualidade se faz necessário
garantir que a escola existe para dar subsídios suficientes aos discentes para que estes
se tornem sujeitos detentores de características e competências iguais ou equivalentes
ao cidadão que almejamos formar.
O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental e
Médio situa-se em Guamirim, localidade rural, e possui seu alunado, composto de: filhos
de agricultores, de comerciantes, de comerciários, de autônomos e muitos sem
qualificação profissional, ou ainda desempregados.
Filhos de famílias com descendência eslava (em sua maioria) trazem consigo ao
ambiente escolar uma educação tradicional, o que muito influencia e contribui no baixo
índice de indisciplina. Estas famílias conservam suas raízes, suas tradições, seus valores
e sua língua estrangeira.
Em contraponto, o corpo docente analisa que, por tratar se de uma comunidade
rural, é difícil reconhecer a verdadeira realidade dos educandos, uma vez que estes
apresentam disparidades sociais, econômicas e culturais.
Em relação ao contexto familiar, algumas pertencem à classe média, enquanto a
grande maioria é extremamente carente. Em muitas famílias são claras e constantes as
características de união e organização, enquanto outras se apresentam totalmente
desestruturadas e imperam vícios como o alcoolismo.
Os discentes, quase em sua totalidade realizam atividades diferenciadas, pois,
dezenas deles trabalham na agricultura familiar, auxiliando seus pais, deixando de lado
qualquer outra atividade alheia ao seu cotidiano.
Como já comentado anteriormente quanto ao poder aquisitivo das famílias, pode-
se afirmar que a alimentação é deficitária, na maioria dos lares de nossos discentes.
A saúde pública deficiente em todo país, em nada se diferencia em Guamirim. A
escola, muitas vezes, assume papel de assistente social, contribuindo para o recebimento
de assistência médica e odontológica para crianças e adolescentes, somente por
intermédio da instituição escolar.
Dentre outros elementos, caracterizam-se a diversidade peculiar ao modo de vida
camponês. Compreender a educação a partir desta diversidade camponesa, do modo de
vida, implica construir políticas públicas que assegurem direito à igualdade, com respeito
às diferenças; implica a construção de uma política pública de educação na qual a
formação de docentes, possa contemplar esses fundamentos.
A comunidade e sua participação nas atividades realizadas pela escola fica
expressa como parcialmente ativa e participativa, pois suas características decorrem de
vários fatores, tais como: a distância, condições precárias de muitas estradas rurais e dos
ônibus utilizados pelos alunos; falta de transporte em algumas localidades devido à falta
de interesses municipais, falta de tempo, nível cultural, falta de interesse, e ainda
desvalorização da escola, quanto como entidade educacional.
Em relação ao número de faltas dos discentes, estas se devem as dificuldades
em se realizar o transporte escolar, devido ao mau tempo ou difícil acesso. Fato este, que
concorre também para que os alunos percam boa parte do ano letivo, prejudicando em
muito, o processo de ensino-aprendizagem.
Quanto à evasão escolar, muitos educandos, não frequentam a escola por
carência econômica, a longa distância a percorrer até a instituição escolar ou por
ignorância dos pais e desvalor à educação; matrimônio e ou gravidez precoce;
defasagem de faixa etária; dificuldade de aprendizagem; devido a problemas familiares e
de saúde física e mental.
5. MARCO CONCEITUAL
SOCIEDADE
Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a
natureza do trabalho educativo, os docentes, se encontram sem iniciativa, “arredados ou
deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos
que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas” (Péres Gómes, 1998). E
para que isso não aconteça é que precisa se entender em que tipo de sociedade estão
inseridos.
Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de
relações diferenciadas e diferenciadoras. São configuradas pelas experiências individuais
do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,
desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo
bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua
potencialidade, sendo que:
A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmitem lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade. Nesse sentido, a sociedade cria o homem para si. (PINTO, 1994, p.17).
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto
dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das
contradições criadas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade
não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o
desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas
sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
Atílio Bóron (1986) questiona: que tipo de sociedade deixa como legado estes
quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênea e
fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo tipo de classe, etnia, gênero,
religião, etc., que foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma
sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”, como costuma
ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e
fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em termos
laborais, nem se inserir nos mercados de trabalhos formais dos capitais desenvolvidos.
Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas conservadoras
foram, por sua vez, reforçadas pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu
impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.
Inês B. de Oliveira (1999) diz que uma sociedade democrática não é, portanto,
aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma
possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os
processos decisórios que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc).
Raul Pont (1995) afirma que democracia representativa e democracia
participativa concluem que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos
ensina que não há verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o
Estado e que estas se fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a
busca de uma democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de
liberdade e igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa
utopia para a humanidade.
Sendo a socialização uma necessidade humana, em âmbito escolar, a
socialização dos discentes deve se processar através de atividades em grupo, visando
seu desenvolvimento pleno tanto cultural, como social ou profissional. Estas são
necessidades primeiras a serem atendidas para que possam adentrar na sociedade em
que estão inseridos. Uma vez que a atual sociedade, contemporânea em todos os seus
aspectos tecnológicos, neo liberalista, global e individualista, busca cidadãos aptos a
ascenderem profissionalmente.
A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica dos povos do campo raramente
são tomados como referência para o trabalho pedagógico bem como, para organizar o
sistema de ensino, formação de professores e a produção de materiais didáticos. Essa
visão que tem permeado as políticas educacionais parte do princípio que o espaço
urbano serve de modelo ideal para o desenvolvimento humano. Essa perspectiva
contribui para descaracterizar a identidade dos povos do campo, no sentido de se
distanciarem do seu universo cultural.
A humanidade hoje se encontra em estranho impasse antropológico e de
identificação, uma vez que muitos vivem ou sobrevivem à margem da história, em
culturas milenares ou modernas. Porém, ambas enfrentam a desvalorização social e
econômica do indivíduo, assim como pela sociocultural.
A cultura, os valores, a moral, as normas de conduta, sentimentos, sofrem a forte
influência do modernismo, da industrialização, da tecnologia, da seleção, do
produtivismo, do consumo e sobre consumo humano, do individualismo, da globalização
e do capitalismo que levam muitas vezes a desvalorização do ser humano, em especial
atinge principalmente as classes baixas.
A evolução das ciências e as inovações tecnológicas dão supremacia cultural,
social, política e econômica aos países mais desenvolvidos, assim como classifica como
subdesenvolvidos países que não as dominam. O aproveitamento cultural vem sendo
lapidado devidamente e apropriadamente a poucos que têm acesso. Porém, quanto aos
valores culturais e morais que são a essência do homem, estes são deixados de lado. O
homem esquece se de sua própria essência, de seus princípios, tradições e deixa se
moldar pela tecnologia e poder.
A desestruturação da humanidade, a ruptura da memória, a desvalorização das
tradições, da família e do saber, desequilibram o comportamento e o desenvolvimento
humano, ocasionando uma grave crise nos modelos de referência para crianças e
adolescentes.
A urbanização desenfreada, o desvalor, a crise do modelo escolar e do
desemprego reproduzem atitudes preconceituosas e agressivas da sociedade. A
desestruturação social tem início na base familiar e no insucesso escolar. A escola perde
aos poucos seu papel de socializadora para a alienação e para as ruas, pois hoje, muitas
crianças e adolescentes encontram sua socialização, mesmo que de forma errônea,
depreciativa ou trágica neste ambiente.
Atualmente, no contexto da sociedade em geral muitos não encontram na escola
nenhuma referência, que os ambientalize na sociedade da qual fazem parte. Então,
buscam na marginalidade, na alienação, no individualismo e liberdade das ruas o seu
referencial de vida. A necessidade de serem reconhecidos é sem dúvida o denominador
comum evidente e trágico desta juventude deixada à mercê pela sociedade, e que busca
através de outros meios imaginários como, a televisão, as ruas, a agressividade,
formação de gangues e no isolamento, modelos de heróis, de vida, ascensão e
afirmação, estes, porém, muitas vezes ilusórios.
Sendo, o Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, um veículo
comunicador e educacional, local de apropriação de conhecimentos científicos,
construídos historicamente pela humanidade e local de produção de conhecimentos em
relações que se dão entre o mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana, com o intuito
de socializar nossos educandos na comunidade em que estão inseridos, tendo como
objetivo, formar no educando uma mentalidade crítica atualizada, priorizar sua cidadania,
resgatando o que lhes é natural e direito adquirido, ou seja, um indivíduo reconhecido em
sua sociedade, capaz, atuante e possuidor de valores éticos e morais com uma visão
esclarecida, capaz de crescer individualmente e profissionalmente. Interagindo desta
forma, a escola, possibilita ao educando o convívio nos ambientes e situações correlatas
ao seu referencial de vida.
MUNDO
O mundo está agora ao nosso alcance, fomos integrados no mundo como
cidadãos do planeta, e o mundo começou a repercutir em nós como nossa morada. A
teoria em si não transforma o mundo. Pode contribuir para a sua formação, mas para isso
tem que sair de si mesma, e em primeiro lugar, tem que ser assimilada pelos que vão
ocasionar com seus atos reais, efetivos, afetivos e sentimentais tal transformação. Entre
a teoria e a atividade prática transformadora, se insere um trabalho de educação das
consciências, de organização dos meios materiais e planos concretos de ação, tudo isso
como passagem indispensável para desenvolver ações reais, efetivas e afetivas, nesse
sentido, uma teoria é prática na medida em que materializa, através de uma série de
mediações, o que antes só existia idealmente, como conhecimento da realidade ou
antecipação ideal de sua transformação.
A realidade social do indivíduo perante a globalização, a informatização, a real
afirmação de divisões por classes, enfim, as constantes transformações sofridas pelo
mundo, impera significativamente o individualismo e a perda de valores éticos e morais,
levando o homem à exclusão, tanto econômica, quanto social e cultural.
Conscientes, da realidade da nossa escola, que tem como característica principal
ser escola do campo reconhecemos nosso papel perante a sociedade como formadora
de líderes locais, indivíduos possuidores de uma educação global e permanente,
conscientes de seu papel perante a vida, a sociedade, com vistas ampliadas à
organização e ao desenvolvimento da comunidade, participando e interagindo na solução
de problemas. Seres críticos e analíticos, conscientes de que não se trata somente, em
adquirir isoladamente conhecimentos definitivos, mas preparar-se para construir ao longo
de suas vidas um saber tornando-os agentes de desenvolvimento. Responsáveis pela
modificação de conduta, profissionais capacitados a bem servir o meio, motivados de um
saber constante e em evolução, em aprender a ser, concretizando seus objetivos, suas
atividades, sua posição no meio em que foram chamados a servir.
HOMEM DO CAMPO
O ser humano é sujeito da história, não está “colocado” no mundo, mas ele é o
mundo, faz o mundo, faz cultura. O homem do campo não é atrasado e submisso; antes,
possui um jeito de ser peculiar; pode desenvolver suas atividades pelo controle do relógio
mecânico ou do relógio “observado” no movimento da Terra, manifesto no
posicionamento do sol. Ele pode estar organizado em movimentos sociais, em
associações ou atuar de forma isolada, mas o seu vinculo com a terra é fecundo; ele cria
alternativas de sobrevivência econômica num mundo de relações capitalistas selvagens.
É um ser natural e social, age na natureza transformando a segundo suas
necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas
relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em
decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada,
mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados
de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992): “O homem necessita
produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a
natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas
esferas da sociedade.
O homem é um ser bio-sócio-cultural que, possui necessidades materiais e
relacionais, cuja existência está além do poder de definição das palavras. Pode se usar
termos, mas nenhum é absoluto.
Dentro desse sentido amplo e complexo, o homem deve ser entendido em toda a
sua dimensão e deve dispor dos recursos que satisfaçam a sua necessidade, para que
analise, compreenda e intervenha na realidade, em seu contexto histórico social,
garantindo assim sua formação e pleno desenvolvimento humano.
É fundamental que se garanta uma formação integral voltada para a capacidade
e potencialidade humana. A formação integral deve ser entendida como saber essencial,
isto é, aquela que proporciona ao ser humano o saber sentir, saber ser político, saber
inovar, saber refletir, saber fazer, saber ser crítico e saber ser ético.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,
antes de tudo, um ser que possui vontade própria, um ser que se pronuncia sobre a
realidade.
Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina. (Freire, 2003, p. 20)
A educação hoje, nos remete a um emaranhado de desafios. Educar, antes de
qualquer coisa, deve nos levar a andar com os pés no chão, saber em especial a função
que temos como educadores formadores de mentalidades, sabedores de nossa função
social em seu sentido mais amplo, e por si, buscar neste processo o amanhã,
representado pelo educando que buscamos formar. Homem munido de conhecimento,
sabedoria aliada ao senso de humanidade.
O que dizer então sobre educação no campo? DESAFIO, com letras maiúsculas,
pois, em um país onde a educação possui cunho de reprodução social, o homem do
campo ainda possui como único recurso e única ferramenta o cabo da enxada, o saber
adquirido provém do seu dia a dia.
Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes. (Freire, 2003, p.27)
A escola, no campo, representa a única unidade formal de educação, e também
centro social da comunidade. Para tanto, seu trabalho é representado por todos os
profissionais que dela fazem parte, profissionais capacitados, com o propósito especial de
bem servir, educar e desenvolver protagonistas locais, incentivar ações comunitárias,
somar com a formação de instituições cooperativistas da região, centros comunitários,
desenvolver projetos ambientais e agrícolas nas localidades rurais das quais, a escola
recebe alunos.
Somente uma escola dinâmica poderá tornar-se agente de desenvolvimento, de
modificação de conduta, sabendo despertar e dirigir a liderança no próprio grupo, para
que os indivíduos se motivem a fim de participar, interagindo na solução de problemas. O
que o meio rural necessita é de uma escola que dê ênfase ao aspecto formativo. Uma
escola que possa civilizar sem urbanizar, uma escola que, conscientizando o homem
sobre os valores autênticos do seu próprio meio, seja capaz de despertar as forças
latentes da comunidade em ritmo de progresso.
EDUCAÇÃO/ESCOLA
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-
os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua
ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho. (SAVIANI, 1992, p.19)
Segundo Pinto (1994), a educação é um processo histórico de criação do homem
para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do
homem.
É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual
do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem se faz ser homem - processo constitutivo
do ser humano.
É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a sociedade,
num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de
transformação futura.
É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem.
É libertadora porque segundo Boff (2000, p.77), se faz necessário desenvolver
uma educação para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de
desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentável.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam o ser humano
para gestar uma democracia aberta.
São eles:
1. A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados
para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da
realidade que o possa orientar em sua vida.
2. A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico,
político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a
satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;
3. A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos
conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana.
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem
suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para
constituir-se e transformar a realidade.
A educação deve ser considerada como processo para o desenvolvimento
humano integral, instrumento gerador das transformações sociais. É base para aquisição
da autonomia, fonte de visão prospectiva, fator de progresso econômico, político e social.
É o elemento de integração e conquista do sentimento e da consciência de cidadania.
Nessa concepção de educação, a finalidade é formar cidadãos capazes de
analisar, compreender e intervir na realidade, visando o bem estar do homem no plano
pessoal e coletivo. Para tanto, esse processo deve desenvolver a criatividade, o espírito
crítico, a capacidade de análise e síntese, o autoconhecimento, a sociabilização, a
autonomia e a responsabilidade. Desta forma, é possível a formação de um homem com
aptidões e atitudes para colocar-se a serviço do bem comum, possuir espírito solidário,
com gosto pelo saber, disposto a conhecer-se, a desenvolver capacidade afetiva e
possuidor de visão inovadora.
Um desafio está posto à educação do campo: considerar a cultura dos povos do
campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como processo de
apropriação e elaboração de novos conhecimentos com a perspectiva de construção de
experiências para a transformação da sociedade.
INFÂNCIA
É preciso compreender a Infância, segundo uma perspectiva histórica e social, e
não como uma categoria abstrata e desconexa da vida social. Em suas pesquisas, Ariès
(1981) analisa que, até o século XVI, a infância era concebida como um período
transitório da vida humana e que deveria ser prontamente superado, sendo que os
adultos não eram responsáveis pelos cuidados necessários na infância. A criança, assim,
confundia-se com os adultos. Era um adulto em miniatura, não sendo respeitada em sua
particularidade. Não havia na sociedade medieval, o que Ariès denomina de “sentimento
da infância”. A família se responsabilizava integralmente da educação das crianças, às
quais eram introduzidas no ofício como aprendizes. Aprendia-se praticando e, as crianças
participavam deste processo de trabalho, muitas vezes em condições sub-humanas.
Progressivamente, com a industrialização, houve a necessidade do atendimento às
crianças, cujas mães trabalhavam em fábricas e surgiram assim algumas instituições de
Educação Infantil, com a finalidade de cuidar destas crianças. No contexto brasileiro,
apenas cinqüenta anos atrás, a Educação Infantil, passa a ser entendida como um dever
do Estado e direito de todos os cidadãos. É finalmente reconhecida pelas políticas
públicas a partir da década de 70, sendo progressivamente ampliado o atendimento, em
especial as crianças de 04 a 06 anos. Nesta perspectiva, é preciso garantir a criança o
exercício de cidadania, através de um ensino de qualidade, uma vez que a criança é
cidadã brasileira, dotada de direitos e garantias conforme o Estatuto da Criança e do
Adolescente. A criança é um sujeito de direitos, tendo características próprias nos
estágios de desenvolvimento: sócio-afetivo, lingüístico, lógico-matemático, psicomotor,
moral, emocional, neurológico e físico. Essas características devem nortear os
procedimentos metodológicos a fim de garantir o desenvolvimento integral da criança.
No ano de 2004, foi instituído o Ensino Fundamental de nove anos,
determinando o atendimento da criança de seis anos de idade nas séries iniciais desta
etapa da escolaridade básica, em diversos estados do país. O que impôs desafios aos
profissionais da educação que atuam nas escolas, particularmente no que diz respeito
aos processos de alfabetização e letramento.
Com o ingresso de crianças, no 6º ano do Ensino Fundamental, vindas deste
processo instituído em 2004, há que se elaborar um Projeto Político Pedagógico, voltado
para questões de alfabetização inicial, definindo as capacidades mínimas a serem
atingidas nos diferentes momentos de escolarização. Isso significa objetivamente, um
Projeto Político Pedagógico, com práticas curriculares adequadas as políticas
educacionais do sistema de ensino proporcionando tempo e condições para que os
alunos possam vencer as etapas necessárias à aprendizagem da leitura e da escrita.
Há que se pensar em metodologias que articulem o processo de alfabetização e
letramento dos alunos, assegurando resultados positivos de aprendizagem, sempre
considerando as especificidades do desenvolvimento infantil nesta faixa etária, buscando
um equilíbrio entre as diferentes perspectivas teórico-metodológicas que informam o
processo da aquisição da leitura e da escrita, articuladas aos conhecimentos e
capacidades do que se pretende ensinar.
INCLUSÃO
O processo de inclusão educacional exige planejamento, reflexão e mudança,
que envolvem a equipe administrativa, a gestão educacional, equipe pedagógica, o corpo
docente, os recursos governamentais, a flexibilização e a adaptação curricular, garantindo
ao aluno seu direito constitucional a uma aprendizagem que melhor se ajuste as suas
necessidades e lhe proporcione uma inclusão responsável na sociedade. É necessário
reestruturar a escola para que seja um espaço aberto a fim de adotar práticas
heterogêneas, transformadoras e de inserção social, no sentido de respeitar cada
criança, levando em conta seus interesses, capacidades, potencialidades e necessidades
de aprendizagem.
Inclusão é um processo de inserção social, no qual a criança encontra na escola
um local de acolhida. Mantoan (2002) pontua que:” a meta da inclusão é desde o início
não deixar ninguém de fora do sistema escolar, que deverá adaptar-se as
particularidades de todos os alunos(...)”. A medida que as práticas educacionais
excludentes do passado vão dando espaço e oportunidades a unificação das
modalidades de educação regular e especial, em um sistema único de ensino, caminha-
se em direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos
começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular.
“As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema educacional que reconheça e atenda as diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer um dos alunos.” (Carvalho, 2004, p.26).
Busca-se construir na escola uma política voltada para todos, assim, a educação
inclusiva faz parte desse projeto à medida que se oferece ações pedagógicas
correspondentes as necessidades educativas e especiais da criança. A política de
inclusão de alunos com necessidades especiais vem responder a um novo paradigma,
envolvendo uma mudança radical das políticas e das práticas sociais, de valores e de
convicções. Há a necessidade de se romper preconceitos, estigmas e de compreender,
que todos podem aprender se forem respeitados os diferentes estilos de aprendizagem,
os atributos pessoais, metas, ritmos e necessidades comuns e específicas dos
estudantes.
A inclusão educacional é mais do que presença física, é muito mais que
acessibilidade arquitetônica, é mais do que matricular os alunos com deficiência nas
salas de aulas do ensino regular, é um ato responsável que não pode abrir mão de uma
rede de ajuda e apoio aos educadores, alunos e familiares. Estes valores pautarão o
trabalho pedagógico da escola como compromisso político, ético e social.
CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os
homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho e
nem dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador não domina as
formas de produção e sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels “a
classe que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os
meios de produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias
daqueles que carecem desses meios ficam subordinadas a ela” (Frigotto, 1993, p. 67).
Ainda neste sentido, Andery (1988, p.15) confirma que “nesse processo do
desenvolvimento humano multi determinado e que envolve inter-relações e interferências
recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica será o determinante
fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso
comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes
antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
Busca-se uma educação que seja crítica, cuja característica central é a
problematização dos conhecimentos. Problematizar implica discutir os conteúdos de
forma gerar indagações e não de forma enciclopédica e mecânica. Para tanto, na
educação do campo, é essencial compreender os determinantes que a levaram a estar
historicamente marginalizada nas políticas educacionais.
Observa Martins (2000, p. 100), de forma crítica: […] a exclusão se tornou parte
integrante da reprodução do capital […] há quem fale numa espécie de auxílio estatal à
pobreza que dispensaria a reforma agrária, custosa, e asseguraria a sobrevivência dos
pobres em condições mínimas sem necessidade de pagar o custo de grandes
transformações econômicas e sociais […].
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das
condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de
ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando,
portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a
escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do
trabalho nas suas relações. Conforme VEIGA (1995, p. 27) “o conhecimento escolar é
dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à
faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é
resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do
professor.
Para BOFF (2000, p. 82), “Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a
partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer,
portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o
conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a
conversão do conhecimento em ação”.
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando
mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
Conforme FREIRE (2003, p.59), “O conhecimento é sempre conhecimento de
alguma coisa, é sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”.
Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como destaca
SEVERINO (1988, p. 88), “educar contra ideologicamente é utilizar, com a devida
competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que
efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua existência
real”.
Essas são questões que a educação do campo pode desvelar, numa atitude de
elaboração de um conhecimento que parte dos próprios povos do campo e de suas
experiências vividas, como diria Gramsci, uma cultura ligada à vida social. Portanto, são
os conhecimentos do mundo do trabalho no campo, das negociações em torno da
produção, das necessidades básicas, para produção de determinados produtos que
fortalecem e criam alternativas para manter o vínculo com o trabalho e vida no campo.
Nesse aspecto, a escola deve realizar uma interpretação da realidade que considere as
relações mediadas pelo trabalho no campo como produção material e cultural da
existência humana. A partir dessa perspectiva, deve construir conhecimentos que
promovam novas relações de trabalho e de vida para os povos do campo.
O ensino-aprendizagem deve privilegiar a compreensão de significados e
mecanismos reflexivos que levem ao conhecimento. A forma de explicar o conteúdo pelo
professor é muito importante, pois este deve ter o compromisso de estimular
constantemente as operações mentais, tais como: analisar, classificar, comparar, criticar,
justificar, interpretar, explicar, descrever, localizar, opinar, determinar, comentar, que
garantem a construção do conhecimento no educando.
A aprendizagem é o momento de compreensão do contexto social, da realidade,
de manipulação, de observação questionada e de argumentação que venham a estimular
no discente a sua capacidade criadora. Somente ocorre a efetivação da aprendizagem
onde houver sintonia, tranquilidade e confiança, tanto na educação, como no professor e
na instituição educadora.
Na aula reflexiva, o professor participa como líder mediador de um forte relacionamento interpessoal com os alunos, tendo intenso controle dessa troca afetiva. É uma aula marcada por densos movimentos afetivos. O afeto não é somente o que se sente por alguém, mas também o que se faz por alguém. O afeto, portanto, é uma ação direcionada a outra pessoa. O afeto se concretiza, na pontualidade, na sala de aula organizada e limpa, no material adequado, etc. A organização e os estímulos externos mobilizam a ação da atenção, da concentração e da percepção. O afeto também se concretiza no saber ouvir e poder falar, em se respeitar, e, opinar e a argumentar e na dinâmica de um grupo compromissado com a busca do conhecimento. O afeto é o motor da ação e o regulador da operação. (Ronca Paulo Afonso Caruzo; Terzi, Cleide do Amaral, 1992, p.28).
Desta forma, a aprendizagem acontece quando as ações da atenção, da
concentração, da percepção e da memorização realmente se efetivam.
É de suma importância destacar o papel do professor neste novo planejamento, o
professor deve, pois, promover, estimular e impulsionar as operações mentais,
participando das discussões que elas proporcionam. A função social e profissional do
professor está mais voltada para ensinar a pensar do que para simplesmente transmitir
conteúdos.
O docente deve provocar desequilíbrios e desafios. Sua relação com o discente é
de reciprocidade intelectual e de cooperação moral. O professor é mediador e
participante no processo ensino-aprendizagem. Portanto, o professor deve ampliar o seu
campo de ação educacional, ensinando o educando a pensar, a fazer, a questionar, a
refletir e a operar mentalmente, sem dar tanta ênfase ou privilegiar somente a ação da
memorização de conteúdos. O educando é sujeito da aprendizagem. Ele constrói seu
conhecimento através dos saberes adquiridos. É necessário deixá lo descobrir o
funcionamento e o significado do que lhe é proposto. Durante o processo de
aprendizagem, os alunos descobrem o que é realmente importante, a sua capacidade de
aprender e compreender. Com isso, a aprendizagem deixa de ser um fim em si mesma,
para se tornar um instrumento de autoconhecimento e auto desenvolvimento, de sua
autonomia e criticidade.
A aprendizagem, é um processo social e, como tal, depende da interação entre
os indivíduos. É necessário que se respeite o processo de apropriação de conhecimento
e saberes de cada indivíduo, levando-se em conta as múltiplas inteligências e valorizando
as diferenças existentes entre os discentes (Portal Dia a Dia, Pedagogos, Tendências
Metodológicas).
É de suma importância que as atividades sejam diversificadas, uma vez que a
aprendizagem não pode ser medida por apenas uma única atividade, pois, a
aprendizagem acontece mais facilmente na variedade e na riqueza de situações sobre as
quais se pode apresentar a realidade.
Na elaboração de conceitos, faz-se necessário um processo dinâmico de
estruturação de vários elementos correlacionados. Os conhecimentos não são adquiridos
de forma isolada, pois possuem conexões e filiações, estabelecendo relações entre as
disciplinas.
AVALIAÇÃO
O modelo de avaliação proposto neste Projeto Político Pedagógico a ser seguido
pelo Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, decidido pelo coletivo da
Escola, tem como média mínima bimestral seis pontos (6,0) conforme determinação da
SEED seguindo-se os critérios propostos pelo coletivo escolar.
A avaliação será diária e contínua, observando se a participação e o desempenho
dos educandos através de vistos nos cadernos e tarefas extraclasse; Diagnóstica, através
de atividades orais e escritas, proporcionais ao número de aulas de cada disciplina;
Cumulativa e Somatória, onde serão somadas a pontuações de trabalhos individuais ou
em grupos, pesquisas, relatórios, debates, seminários, provas orais, provas escritas,
totalizando no final do bimestre uma pontuação equivalente a dez (10,0) pontos.
Respeitando e valorizando o saber de cada educando.
Concepção
Avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. A avaliação tem grande
importância social e política, presente em todas as atitudes e estratégias adotadas pela
escola.
A avaliação deve ser entendida como um meio de se obterem informações e
subsídios para fornecer o desenvolvimento integral do educando. Ao se dispor dessas
informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo,
planejando e redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da escola.
Procedimentos
O processo avaliativo diário, contínuo e diagnóstico, tem por finalidade:
Promover a fixação dos conteúdos;
Aplicar a teoria na prática;
Verificar a aprendizagem;
Favorecer o espírito de pesquisa;
Desenvolver disciplina e hábitos de estudo
Oportunizar recuperação de conteúdos no decorrer do bimestre a todos os
alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem ou dificuldades de assimilação
dos mesmos
Motivar o aluno para o estudo e aquisição de conhecimentos;
Recuperação de Estudos.
No decorrer do bimestre, será oferecido a todos os alunos recuperação de
estudos, onde os conteúdos serão retomados através de atividades de revisão e fixação,
sempre que forem detectadas dificuldades na aprendizagem e assimilação dos mesmos,
proporcionando assim, meios, recursos e estratégias para que os educandos possam
atingir os objetivos de cada disciplina primando pela aprendizagem e desenvolvimento
integral dos mesmos.
IGUALDADE DE CONDIÇÕES PARA ACESSO E PERMANÊNCIA NO
PROCESSO EDUCATIVO
A escola deve proporcionar conhecimento e sucesso para todos e, é através dos
“educadores” que isto irá acontecer. Não basta que cada um questione individualmente
sua ação, mas é necessário refletir coletivamente as questões fundamentais da escola,
buscando construir uma nova cultura da aprendizagem, ou seja, a cultura do sucesso
escolar e a construção de uma sociedade melhor, diferenciada, igualitária, onde todos
estejam inseridos.
Escola... O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha que estuda, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, que se alegra, se conhece se estima. O diretor é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de "ilha cercada de gente por todos os lados". Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se "amarrar nela"! Ora, é lógico... Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar se, ser feliz! (Paulo Freire, 2003, p.34).
Por meio do Projeto Político Pedagógico, a escola como espaço social
responsável pela apropriação do saber universal, pretende alcançar a socialização do
saber elaborado, às camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do
conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social, atuação crítica
e democrática para a transformação desta realidade. Desta forma, uma educação
histórico crítica, uma educação para todos, evolutiva, enfatizando a educação básica, a
aquisição de conhecimentos e sociais fundamentais, cuja base, é o desenvolvimento de
sua capacidade de aprender. Em suma, almejamos propiciar aos educandos o aprender
a ser, como sujeitos ativos, inseridos na comunidade onde vivem.
Este documento tem por objetivo a construção do conhecimento, onde o
educando, consciente de sua posição como indivíduo na sociedade, tome como
instrumento "A Educação Escolar", vinculando os conteúdos específicos de cada
disciplina, para as diversas finalidades sociais: como cidadão, como sujeito atuante, como
culturalmente ou profissionalizante.
Gestão democrática que abrange além do princípio constitucional, as
dimensões administrativas, pedagógicas e financeiras (LDB 9394/96 art14)
Liberdade que implica a idéia de autonomia que constitui a vivência na relação
entre educadores, professores, funcionários, pais e o contexto social amplo
Valorização dos trabalhadores em educação como princípio central na busca
da qualidade e do sucesso na tarefa educativa de formação de cidadãos capazes de
participarem na vida sócio-econômica, cultural e política do país.
Relação interativa entre professor e aluno, seres concretos (sócio-históricos),
situados numa classe social – síntese de múltiplas determinações;
Formação inicial e continuada;
Condições de trabalho necessárias à apropriação do conhecimento, enquanto
especificidade da relação pedagógica;
Carreira e salário.
O presente PPP, baseado na Teoria Histórico Crítica, dá ênfase ao
desenvolvimento integral do educando estimulando a construção da autonomia, da
criticidade e criatividade, proporcionando a transformação da sociedade (ação,
compreensão-ação), propondo uma interação entre conteúdo e realidade, visando
transformação da predominância do mercado sobre a ética, da competição sobre a
cooperação e do indivíduo sobre o social, que fragmentam a sociedade.
A instituição escolar tem sua importância como centro de produção e de
disseminação de conhecimento e de cultura, assumindo um grande desafio, como um
requisito fundamental ao pleno exercício da cidadania, ao desempenho de atividades
cotidianas, ao mesmo tempo em que possibilita ao cidadão a sua inserção no mundo do
trabalho, contribuindo para o desenvolvimento econômico e para a edificação de uma
sociedade mais justa e solidária.
O crescente processo de globalização que invade o mundo está exigindo uma
maior participação da educação na ampliação e apropriação de bases científicas e
tecnológicas superadoras de processos arcaicos sociais e culturais, de modo a responder
ao imperativo desenvolvimento das forças produtivas, ao mesmo tempo em que contribui
para reverter à lógica da razão instrumental numa razão emancipatória do homem e da
sociedade.
A educação deve empenhar-se na construção de uma nova ética catalisadora das
múltiplas dimensões humanas, transcendendo a visão de homem enquanto mera peça da
engrenagem produtiva, iluminada pela razão técnica, privilegiando o resgate da
alteridade, da reciprocidade firmada num diálogo de relação e comunicação.
Desta forma, tomamos como modelo de gestão escolar a gestão democrática e
participativa, como um processo permanente de criação e recriação de um diálogo teórico
e prático, cujo aperfeiçoamento é sempre possível na medida em que não existe um
modelo plenamente acabado. As possibilidades de ajustes, de melhoramentos, de
inovações estarão sempre na ordem do dia, justamente pelo seu caráter de inacabada,
de estar sempre se fazendo, de vir a ser. E é essa nova forma de gestão inclusiva,
participativa e democrática que priorizará através da participação e empenho de todos a
realização dos interesses e valores educacionais.
A Democracia se coloca, pois, como importante instrumento de resolução de
conflitos cabendo aos seus participantes, através dos confrontos de ideias e interesses
chegar aos melhores resultados sem que haja predominância e controle de nenhuma
força isoladamente.
Em âmbito escolar, prioriza-se a participação ativa na gestão administrativa e na
construção coletiva do PPP. Traduzindo a combinação entre forma - administração
compartilhada com a representação. Além da participação ativa do corpo docente, APMF,
Conselho Escolar, Equipe Multidisciplinar, Grêmio Estudantil, alunos, funcionários e
comunidade queremos através deste projeto chamar a atenção dos discentes para um
maior envolvimento com a nova gestão, com a inclusão social (necessidades especiais,
indígenas, afrodescendentes e educação no campo).
Neste governo, sob uma ótica diferenciada, tenta-se mudar o desvalor com a
educação, com a escola pública e, passou-se a investir nos profissionais docentes.
Cursos são ofertados para a capacitação dos mesmos, a exemplo: DEB Itinerante,
Cursos de Formação on-line e o PDE. Este aprendizado é desenvolvido através dos
diversos projetos e da prática pedagógica realizados ao longo do ano letivo, durante as
semanas pedagógicas e no cotidiano escolar.
Todavia, os problemas com a educação se acentuam a cada ano que passa, e
são notórias as disparidades de conceitos trabalhados nas universidades com a
educação planejada pelo Governo Federal e Estadual, e ainda com a realidade escolar
enfrentada diariamente pelos docentes em sala de aula. Não é somente problema salarial
que aflige a classe docente, mas o descaso com a realidade do educando e as reais
condições da escola pública em rede nacional. Não há no Brasil, em qualquer um dos
estados, em que as instituições escolares não enfrentem problemas gravíssimos com a
violência, a falta de investimentos na educação tanto na estrutura física, quanto a didático
pedagógico. A cultura e o saber são elementos de segunda necessidade em uma
sociedade como a brasileira, onde por mais que os profissionais da educação tentem
reverter à triste realidade escolar, têm suas mãos amarradas pela burocracia e pelos
problemas sociais que se aglomeram na vida do brasileiro, e estes problemas têm uma
válvula de escape: “a escola”. Nela é depositada todo o mau logro desta sociedade
seletiva, e a educação cumpre seu papel de formar, porém, sabe-se que todos passarão
por processos de seleção e não há espaço e nem função para absorver todos os que
ofertam sua mão de obra.
CURRÍCULO
O Plano Curricular, incluso no projeto de implantação, contempla a filosofia e as
diretrizes da Proposta Pedagógica, direcionada pelas Diretrizes Curriculares Estadual,
Secretaria de Estado da Educação e Governo Federal. A Proposta Pedagógica norteia o
processo ensino-aprendizagem. Ele vem composto dos pressupostos teóricos
metodológicos, da concepção de avaliação e da relação de conteúdos a serem
trabalhados, bem como planejamentos e atividades a serem desenvolvidos em cada
série.
Fazem parte do currículo do Ensino Fundamental da Base Nacional Comum as
disciplinas:
Arte
Ciências
Educação Física
Ensino Religioso
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Parte diversificada
L.E.M. Inglês
Fazem parte do currículo do Ensino Médio da Base Nacional Comum as
disciplinas:
Arte,
Biologia,
Educação Física,
Filosofia,
Física,
Geografia,
História,
Língua Portuguesa,
Matemática,
Química,
Sociologia.
Parte Diversificada: L.E.M. - Espanhol.
O PPP do Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, baseia-se na
teoria Histórico Crítica, portanto, dá se ênfase a alguns aspectos que são globais e
indivisíveis nas atividades discentes como: o sócio - afetivo, o cognitivo e o linguístico,
com enfoque no conteúdo como produção histórico social de todos os homens.
A metodologia proposta propicia o desenvolvimento integral do educando, ou
seja, o desenvolvimento afetivo - intelectual e sócio - emocional, confrontando os
conhecimentos, saberes e valores culturais que os discentes já possuem com o saber
elaborado, estimulando a construção da autonomia, da cooperação, da criticidade,
criatividade, responsabilidade e a formação do autoconceito, apropriando-se de uma
concepção científico/filosófica da realidade social mediada pelo professor.
O conteúdo básico desenvolvido com os discentes será realizado através de
atividades integradoras, ou seja, interdisciplinares das áreas fundamentais de
conhecimento linguístico, lógico - matemático, ciências, estudos sociais (História e
Geografia), através de discussões, debates, leituras, aula expositiva/dialogada, trabalhos
individuais e trabalhos em grupo, com elaboração de sínteses integradoras.
Segundo a Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, torna-se obrigatório o ensino
sobre História e Cultura Afro Brasileira nos Estabelecimentos de Ensino Fundamental e
Médio. O conteúdo pragmático deverá incluir, em todo o currículo escolar, estudo da
História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e
o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro
nas áreas sociais, econômicas e políticas, pertinentes à História do Brasil. O calendário
escolar incluirá o Seminário Indígena a ser realizado no primeiro semestre, e o dia 20 de
novembro como o “Dia da Consciência Negra”.
O Colégio tem ainda, uma preocupação muito forte com a prática social, no
sentido de realizar efetivamente a inclusão social, destinada à valorização e ao respeito
ao semelhante. Esta visão pretende dar condições às crianças e aos adolescentes de
enriquecimento pessoal, social e intelectual, permitindo enfim, o desenvolvimento de suas
potencialidades, preparando os desta forma ao pleno exercício da cidadania, para atuar e
transformar relações detectadas que precisam ser resolvidas no âmbito da prática social.
Esta preocupação com a inclusão (necessidades especiais, indígenas, afro-
descendentes, imigrantes.) não depende somente da escola, mas também, de ações da
família e da comunidade onde vivem esses alunos. Portanto é de responsabilidade de
todos (Família, Escola, Estado), a preocupação e a efetivação da verdadeira inclusão
social.
Atualmente, a escola tem como prioridade a formação de cidadãos capazes de
criar, em cooperação com os demais, uma ordem social, construir caminhos para
entender o mundo, compreender a vida e conceber valores que os levem a prática da
cidadania, incorporando a dialética como teoria de compreensão da realidade e como
método nesta realidade. Nesta relação de indissociabilidade entre forma e conteúdo,
pressupõe-se a socialização do saber, produzido pelos homens, e os fins a serem
atingidos, buscando coerência com os fundamentos da pedagogia entendida como
processo através do qual o homem se humaniza (se torna plenamente humano).
Realizando na escola a formação e informação do educando, estaremos
exercendo a cidadania, praticando-a em todos os lugares, do nosso dia-a-dia, em casa,
na escola, na rua, transformando e construindo uma sociedade melhor, participando por
meio de pequenos gestos e grandes mudanças, numa tomada de consciência detectando
questões a serem resolvidas no âmbito da prática social.
A Educação Fiscal possibilita despertar a consciência a respeito dos princípios
que devem nortear a construção de um sistema tributário justo e harmônico, capaz de
construir seu papel como instrumento da política de distribuição de renda. Proporciona o
exercício da cidadania por meio da participação popular no processo orçamentário e o
controle democrático da gestão pública.
Tem como objetivo, apresentar aspectos fundamentais referentes ao exercício da
cidadania como instrumento de controle social, dando ênfase às questões relacionadas
com a tributação e gestão fiscal. Desenvolver o espírito crítico e participativo com relação
às obrigações tributárias, sensibilizando a comunidade escolar para a função dos tributos
e a correta aplicação dos recursos públicos, requisitos indispensáveis à plena formação
da cidadania. Conscientizar nossos discentes de escola do campo, que é um trabalhador
que cultiva com a família uma pequena propriedade de terra, com o uso de ferramentas
simples, ou pequenas máquinas de tecnologia rudimentar a exercer autonomia no
processo de decisão e gestão da produção.
Contextualizar o conhecimento escolar na realidade a qual o aluno está inserido,
viabilizando instrumentos pedagógicos que promovam a integração entre os conteúdos
da Educação Fiscal e conhecimentos disciplinares, na busca do bem estar de toda
sociedade.
Quanto à formação para o trabalho, consta em adendo no Regimento Escolar a
Lei 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de estudantes, e a
Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para a organização e a realização
dos Estágios, definem, também, obrigações da Instituição de Ensino para com os
estágios não obrigatórios.
No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “O plano de atividades do
estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a que se refere o inciso II do caput do
art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à
medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”
Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:
“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino,
deverá estar previsto no Projeto Político-Pedagógico;
II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio;”.
A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser apresentado
para análise juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em separado no caso de
estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância da
relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao Termo de
Compromisso e será adequado à medida da avaliação de desempenho do aluno, por
meio de aditivos;”.
5.1 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMA
Por ano (6º a 9º Ano do Ensino Fundamental)
Por ano (1º 2º e 3º Ano do Ensino Médio)
Por ano: CELEM
ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE:
De acordo com o número de aulas de cada docente. O objetivo principal é a troca
de experiência entre os profissionais de cada licenciatura, porém nem sempre isto é
possível em se adequar nos horários de aulas previstos. Deverá garantir, também, carga
horária que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas inerentes ao
exercício da docência e da formação continuada, através de leituras complementares e
estudos específicos a cada disciplina.
Durante a carga horária de Hora Atividade os docentes realizarão recuperação de
estudos individuais para os alunos com dificuldades de aprendizagem, propondo
atividades diversificadas voltadas as necessidades específicas de cada educando.
Ainda neste horário é reservado um espaço para atendimento aos pais ou
responsáveis dos alunos.
CALENDÁRIO ESCOLAR:
Respeita se 800 Horas Aula e 200 Dias Letivos.
REGIME ESCOLAR
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA:
7 h: 20 min. às 11 h: 45 min. (manhã)
12 h: 45 min. às 17 h: 05 min. (tarde)
MODALIDADE:
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
CELEM: 24 MESES
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR:
ANO
SALA DE APOIO:
02 Turmas de alunos de 6º e 7º ano, e 02 turmas de 8º e 9º ano, com
dificuldades de aprendizagem, é oferecida a Sala de Apoio, que oferta atendimento 02
dias na semana, terça e quarta-feira; quinta e sexta-feira, pela manhã e tarde.
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I:
Alunos de 6º à 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, com
dificuldades de aprendizagem e DTAH, é oferecida a Sala de Recursos Multifuncional
Tipo I, que funciona todas as manhãs e tardes, de segunda a quinta-feira.
CELEM:
02 Turmas de alunos do Ensino Fundamental do 6º ao 8º ano, que oferta
atendimento 02 dias na semana, segunda e quarta-feira, pela manhã e tarde, na
modalidade de LEM Espanhol.
PETI:
Programa destinado a alunos de 6º à 9º ano, vindos de famílias de pequenos
agricultores, de baixa renda, que recebem Bolsa Família e ou recursos do PETI. Funciona
de segunda a sexta-feira, período matutino.
INCLUSÃO:
DO CAMPO
INDÍGENA
AFRO DESCENDENTES
IMIGRANTES
NECESSIDADES ESPECIAIS
DIFICULDADES INTELECTUAIS
PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL – PETI
O trabalho infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes,
abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho, conforme a legislação de cada
país.
O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. Especificamente, as formas mais
nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas também constituem
crime.
A exploração do trabalho infantil é comum em países subdesenvolvidos. Um
exemplo de um destes países é o Brasil, em que nas regiões mais pobres este trabalho, é
bastante comum. A maioria das vezes ocorre devido à necessidade de ajudar
financeiramente a família. Muitas destas famílias são geralmente de pessoas pobres que
possuem muitos filhos.
Segundo ECA, artigo 4º (Das disposições preliminares), artigo que resume o
espírito do Estatuto e que traz o leque dos direitos das crianças e dos adolescentes a ser
assegurado: "É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária."
Este artigo traz várias questões fundamentais. A primeira é determinar que a
responsabilidade na garantia dos direitos da criança e do adolescente é não apenas da
família, nem apenas do Estado, da comunidade ou da sociedade, mas sim de todos. A
criança e o adolescente não pode, em hipótese alguma, ser negligenciada e todas as
instâncias devem trabalhar concomitantemente nesse sentido. Cabe a cada um fazer sua
parte, de forma a serem esferas complementares na formação e na atenção integral.
Outro aspecto importante diz respeito à prioridade absoluta. A criança e o
adolescente devem ser prioridade na garantia de seus direitos básicos. Prioridade nas
políticas públicas para que seus direitos sejam de fato assegurados.
Neste, está previsto os direitos básicos. Em primeiro lugar, direito à vida, à saúde
e à alimentação, ou seja, desde a sua concepção, nascimento e desenvolvimento. Essa
ordem tem razão de ser. É preciso, antes de tudo, ter vida, saúde e alimentação para
então receber educação, esporte, lazer e assim por diante.
Entre os direitos fundamentais está também o direito à profissionalização. Como
o próprio Estatuto indica, em seu Capítulo V (Do direito à profissionalização e à proteção
no trabalho), isso se dá a partir de 16 anos, quando o trabalho é permitido, com todos os
seus direitos trabalhistas e previdenciários assegurados. Na prática, isso significa carteira
assinada, jornada de trabalho pré-determinada (não excedendo a prevista em lei), férias,
descanso semanal remunerado e recolhimento da previdência social, para mencionar os
itens mais conhecidos.
O Estatuto é claro com relação ao trabalho infantil. Em seu artigo 60: É proibido
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz,
a partir de quatorze anos. Porque ela pressupõe que o adolescente esteja frequentando
regularmente a escola e que tenha bom aproveitamento escolar (ou seja, o trabalho não
pode impedir o sucesso escolar), que tenha carteira assinada com contrato de aprendiz
(remunerado como tal, com direitos trabalhistas e previdenciários assegurados) e que, na
sua vida de profissional, o aprendizado, o desenvolvimento pessoal e social são mais
importantes que o aspecto produtivo.
Não é qualquer profissão que se enquadra para oferecer um contrato de
aprendiz. No artigo 62, o Estatuto traz o conceito: "Considera-se aprendizagem a
formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de
educação em vigor." E essa formação obedece a princípios estabelecidos no artigo 63,
como garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; atividade compatível
com o desenvolvimento do adolescente; e horário especial para o exercício das
atividades.
É vetado o trabalho noturno (entre 22h e 5h), o trabalho perigoso, insalubre ou
penoso; o trabalho realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; e aquele realizado em horários e locais
que não permitam a frequência escolar.
5.2 AVALIAÇÃO
DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação como prática emancipadora tem a função diagnóstica (permanente e
contínua), configurando-se como um meio de obter informações necessárias sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática e
dos processos de aprendizagem, pressupondo tomada de decisão. Cabe ao aluno tomar
conhecimento dos resultados de sua aprendizagem, de suas dificuldades e organizar-se
para as mudanças necessárias.
A verificação do rendimento escolar observará, segundo o coletivo escolar, os
seguintes critérios:
Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período .
Avaliação diagnóstica e somativa através das diversas atividades orais e
escritas, bem como avaliações formais realizadas pelos educandos no decorrer do
bimestre, proporcionais ao número de aulas, de cada disciplina.
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com
as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.
A avaliação deve promover a reformulação do currículo com adequação dos
conteúdos e metodologias de ensino.
A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento de
ensino e do sistema de ensino como um todo.
A avaliação deve propiciar aos alunos meios e instrumentos avaliativos, que
somados durante o bimestre totalize o equivalente a dez pontos na média. Para os alunos
com necessidades especiais, dificuldades intelectuais, TDAH, frequentadores da Sala de
Recursos Multifuncional Tipo I, serão oferecidas avaliações e atividades diversificadas de
acordo com suas especificidades, incorporadas as avaliações da classe regular,
conforme a Lei 9394/96 da LDB, Capítulo V, Artigo 58.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos será oferecida no decorrer do bimestre a todos os
alunos, sempre que se detectar dificuldades de aprendizagem ou assimilação de
conteúdos, capacitando os alunos para atingirem os objetivos propostos de cada
disciplina, através de atividades diversificadas e diferenciadas da metodologia utilizada
pelos professores.
5.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional deve ser constituída coletivamente, por toda a
comunidade escolar, para detectar possíveis problemas, falhas ou melhorias a serem
feitas pela Gestão e pelo Coletivo do Estabelecimento de Ensino. Esta avaliação deve ser
embasada nos três âmbitos que compõem o Sistema Educacional: a escola, a SEED e os
Núcleos Regionais.
Todos os dados analisados serão aplicados na realidade escolar redefinindo suas
ações, etapas, metas, com o objetivo de aprimorar o desenvolvimento escolar. Assuntos
analisados durante a semana de capacitação em fevereiro e agosto de 2013:
A manutenção do Colégio é boa, com os reparos feitos sempre que
necessários;
Banheiros masculinos e femininos: número insuficiente e necessitando de
reparos nas pias e vasos sanitários, e adaptação para alunos portadores de deficiências;
Fundo Rotativo é insuficiente e deveria ter uma parcela maior, para suprir de
modo suficiente todas as necessidades do estabelecimento;
Biblioteca possui um acervo de livros, razoável, necessitando ampliar a
bibliografia, atualizando a continuamente;
Em relação à merenda, embora seja de boa qualidade, deveriam ser
incluídas frutas no cardápio, primando por uma alimentação mais saudável com produtos
fornecidos pelos produtores agrícolas da região;
Acesso aos portadores de deficiência física, incluindo rampas e corrimões
na estrutura escolar;
Materiais pedagógicos utilizados pelos alunos com deficiência visual.
Demanda maior de agentes educacionais I e II.
Em 2013, a avaliação ocorreu em cima da prática pedagógica, após avaliação e
análise do PPP e Plano Anual de Estabelecimento, junto ao coletivo escolar, durante as
semanas de capacitação, SAEB, IDEB, ENEM, Prova Brasil e SAEP.
6. MARCO OPERACIONAL
ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
ADMINISTRATIVO
6.1 EQUIPE DE DIREÇÃO
A Equipe de Direção cabe a gestão de serviços escolares, no sentido de garantir
os objetivos educacionais proposto pelo Estabelecimento de Ensino, definidos no Projeto
Político Pedagógico.
COMPETE AO DIRETOR
Submeter o Plano Anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar;
Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto,
somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;
Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de
contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar às normas e
orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação as propostas
de modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;
Elaborar com todo o coletivo escolar o PPP e encaminhar à Secretaria de
Estado da Educação as propostas de modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;
Submeter o Calendário Escolar à aprovação do Conselho Escolar;
Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor
alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica,
administrativa e situações emergenciais;
Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho
Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola extinguindo ou
abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a composição
das classes;
Propor à Secretaria de Estado da Educação, após a aprovação do Conselho
Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão
administrativa;
Coordenar a implementação de diretrizes emanadas da Secretaria de
Estado da Educação;
Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela
Secretaria de Estado da Educação;
Analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao
Conselho Escolar para aprovação;
Manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento de Ensino e os
órgãos da Administração Estadual de Ensino;
Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho
Escolar e aos órgãos da administração por meio de reuniões, encontros, grupos de
estudos e outros eventos;
Exercer as demais atribuições decorrentes no Regimento Interno e no que
concerne à especificidade de sua função;
Identificar interesses, necessidades e recursos do alunado;
Manter o entrosamento entre Alunos, Pais, Professores e Funcionários do
Estabelecimento, procurando estabelecer o respeito mútuo, assim como um bom
ambiente de trabalho.
6.2 EQUIPE PEDAGÓGICA
A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação, no Estabelecimento de Ensino, das Diretrizes Pedagógicas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação e também pela organização do trabalho pedagógico.
COMPETE A EQUIPE PEDAGÓGICA
Elaborar com todo o coletivo escolar o PPP;
Subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar,
organizações das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;
Elaborar com o Corpo Docente o currículo pleno do Estabelecimento de
Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da
Educação;
Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos
pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento;
Elaborar o regulamento da Biblioteca Escolar, para garantir o seu espaço
pedagógico;
Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no
sentido de avaliar e analisar os resultados obtidos da aprendizagem com vistas na sua
melhoria;
Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações, relativas
ao serviço de ensino prestado pelo Estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;
Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do
Estabelecimento de Ensino, a partir do acompanhamento de egressos, de consultas e
levantamento junto à comunidade escolar;
Participar sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,
grupos de estudos e outros eventos;
Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento e no que concerne à
especificidade de sua função.
6.3 O CORPO DOCENTE
Os docentes incumbir se ao de:
Participar da elaboração da proposta pedagógica do Estabelecimento de
Ensino;
Elaborar e fazer cumprir o plano de trabalho segundo a proposta pedagógica
da escola;
Zelar pela aprendizagem dos alunos;
Estabelecer estratégias de recuperação para todos os alunos que
apresentarem baixo rendimento, dificuldades na aprendizagem ou na assimilação de
conteúdos e a todos que apresentarem necessidades especiais;
Ministrar os dias letivos e horas aulas estabelecidas, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional, reuniões pedagógicas, conselho de classe e cursos de
capacitação;
Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
COMPETE AOS DOCENTES
Elaborar com a Equipe Pedagógica, o currículo pleno do Estabelecimento de
Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da
Educação;
Escolher juntamente com a Equipe Pedagógica os livros e materiais didáticos
comprometidos com a política educacional da Secretaria Estadual de Educação;
Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a aprendizagem e
apropriação do conhecimento pelo aluno;
Proceder à avaliação tendo em vista a apropriação ativa e crítica do
conhecimento filosófico científico pelo aluno;
Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, seminários e outros
eventos, tendo em vista o seu aperfeiçoamento profissional;
Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório de cor,
raça, sexo, religião e classe social, respeitando a diversidade conforme a legislação;
Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o
respeito humano ao aluno, bem como seu nome social;
Manter e promover na escola relacionamento cooperativo de trabalho, com
colegas, pais, alunos e com os demais segmentos da comunidade;
Participar da elaboração de estratégias de recuperação de estudos a serem
proporcionadas durante o decorrer do bimestre, oferecida a todos os alunos que
obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos objetivos propostos, dificuldades em
assimilar os conteúdos ou apresentarem necessidades especiais;
Participar de encontros coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola
com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem;
Zelar pela disciplina geral do estabelecimento;
Ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição;
Exigir tratamento e respeito, compatíveis com a sua profissão;
Conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas neste
Estabelecimento;
Guardar sigilo sobre assuntos da escola;
Manter atualizados os registros escolares (livros de chamada) com
anotações referentes à frequência de alunos, conteúdos desenvolvidos, resultados de
avaliação e recuperação de estudos, encerrando os convenientemente para entregá los
dentro do prazo fixado, pela secretaria, Professor Pedagogo ou a Direção do Colégio
dentro do prazo fixado;
Cooperar no desenvolvimento de atividades que visem à melhoria do
processo educativo e à integração da escola - família -comunidade;
Elaborar o planejamento de acordo com as diretrizes curriculares e
legislação vigente dentro das modalidades de Ensino Fundamental e Médio, dentro do
prazo determinado.
Atender os pais de alunos ou responsáveis pelos mesmos sempre que for
solicitado, visando um bom relacionamento com a família.
Os casos omissos serão encaminhados para Direção, Conselho Escolar e Núcleo
Regional de Educação, constando em livro ata.
É VEDADO AO PROFESSOR:
Entrar com atraso em classe ou dela sair antes do término da aula ou utilizar o
tempo de aula para correção de provas e cadernos;
Abandonar sua turma sob qualquer hipótese, durante a aula;
Fumar nas dependências do Colégio;
Aplicar penalidade ao educando, retirando-o de sala de aula;
Usar notas, faltas ou avaliação como fator punitivo;
Considerar a matéria dada, cancelar aula ou deixar de proceder à correção da
tarefa, sob alegação de indisciplina dos alunos;
Usar termos inadequados, gírias, linguagem agressiva ao chamar atenção do
aluno, contar piadas, histórias com fundo ofensivo à moral e aos bons costumes, como
também permitir vaias e apelidos em sala de aula.
Recusar-se, sob qualquer hipótese, em atender aos pais de alunos quando
estes dirigirem se até o estabelecimento de ensino;
6.4 BIBLIOTECA
A Biblioteca constitui se num espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição
de toda Comunidade Escolar.
O Acervo Bibliográfico é fornecido pela Secretaria da Educação, por doação de
terceiros e por aquisição do Colégio.
A Biblioteca está a cargo de um profissional qualificado de acordo com a
legislação em vigor, e/ou um elemento disponível no Colégio com conhecimentos
necessários ao cargo, através de treinamento repassado por pessoal competente.
A Biblioteca tem regulamento próprio, onde estão explicitados sua organização,
funcionamento e atribuições do responsável.
O regulamento da Biblioteca é elaborado pelo seu responsável, sob orientação da
Equipe Pedagógica, com a aprovação da Direção e do Conselho Escolar.
6.5 EQUIPE ADMINISTRATIVA
A Equipe Administrativa é coordenada e supervisionada pela direção, ficando a
ela subordinada. É o setor que serve de suporte ao funcionamento burocrático de todos
os setores do Estabelecimento de Ensino, no que concerne a toda documentação e
escrituração escolar, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas
reais funções. A Equipe Administrativa é composta por Secretária, Técnico Administrativo
e Serviços Gerais.
SECRETARIA
A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração
escolar e correspondência do Estabelecimento.
Os serviços da Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção,
ficando a ela subordinados.
COMPETE AO SECRETÁRIO
Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus
auxiliares;
Redigir correspondência, documentos e atas dos Conselhos de Classe e
outros relatórios, que lhe forem confiados;
Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,
ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;
Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades
competentes;
Apresentar ao Diretor em tempo hábil, todos os documentos que devam ser
assinados;
Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:
Da identidade e da regularidade da vida escolar do estudante;
Da autenticidade dos documentos escolares;
Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, adaptação e conclusão do curso;
Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à
Secretaria;
Comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria;
Estar atento na rotina de documentação escolar no geral.
Participar de reuniões pedagógicas, exercendo um trabalho coletivo no
processo ensino-aprendizagem;
Participar de cursos, seminários, grupos de estudos, de forma a permitir uma
formação continuada;
A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o
expediente da Secretaria conte sempre com a presença de um responsável,
independente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do
Estabelecimento.
AGENTE EDUCACIONAL II
SÃO ATRIBUIÇÕES DO AGENTE EDUCACIONAL II
Executar atividades de suporte nas áreas de recursos humanos,
administração, finanças e outras de interesse do Poder Executivo Estadual.
Elaborar, digitar, classificar e arquivar relatórios, formulários, planilhas e
outros documentos.
Redigir e digitar memorandos, ofícios e outras correspondências.
Preparar, fazer tramitar e arquivar protocolos.
Organizar a rotina de serviços e procedimentos.
Efetuar a entrada e transmissão de dados, operar fax, tele impressoras e
microcomputadores.
Agir no tratamento, recuperação e disseminação de informações.
Executar atividades técnico-administrativas relacionadas às diversas rotinas
da unidade.
Efetuar cálculos e conferência de dados.
Operar e conferir o funcionamento de equipamentos afetos a sua área de
atuação.
Participar de grupos de estudos, seminários e cursos, a fim de aprimorar a
formação continuada.
Participar de reuniões pedagógicas e envolver se no todo do processo
ensino-aprendizagem.
Laboratórios de Física, Química e Biologia: Preparar, manipular e armazenar
materiais e equipamentos próprios de laboratório; utilizar reagentes, solventes,
equipamentos, ferramentas e instrumentos manuais, mecânicos, elétricos e eletrônicos;
observar rotinas e normas de segurança em Laboratório de Física, Química e Biologia;
preparar soluções; utilizar conhecimentos de propriedades físicas e químicas dos
compostos orgânicos; preparar amostras para análise; utilizar conhecimentos básicos de
manuseio de instrumentos manuais, mecânicos, elétricos e eletrônicos; estabelecer e
aplicar, em conjunto com o corpo docente, normas de segurança para o uso do
laboratório; disponibilizar equipamentos e materiais necessários para a preparação e
realização das atividades de ensino previstas em várias disciplinas; dar assistência
técnica ao professor e seus alunos durante a aula ajudando a manter o bom andamento
da atividade prática de laboratório; preparar o ambiente do laboratório para uso do
professor e alunos, envolvendo se também no processo ensino-aprendizagem; participar
de cursos, seminários, grupos de estudos, visando à formação continuada.
AGENTE EDUCACIONAL II
SÃO ATRIBUIÇÕES DO ADM LOCAL
O Administrador Local tem, dentre suas atribuições, cuidar do bom
funcionamento e manter a organização do Laboratório de Informática. Esse profissional
será indicado pela Direção do estabelecimento de ensino, sendo importante que ele seja
um estimulador e disseminador da cultura do uso responsável e consciente das
tecnologias à disposição de professores, alunos e toda a comunidade escolar. Em
específico, algumas tarefas deverão ser efetuadas rotineiramente. Em termos gerais, são
responsabilidades do administrador local:
Cadastrar, remover e alterar senhas perdidas de contas de usuários, quando
assim se fizer necessário;
Auxiliar, preparar e disponibilizar ao corpo docente e discente os
procedimentos de manuseio de materiais necessários para a realização de atividades
práticas de ensino;
Participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
Zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
Cadastrar impressoras e dispositivos periféricos em geral;
Zelar pela integridade física dos laboratórios, por exemplo, garantindo
acesso restrito ao rack, onde se encontra o Servidor;
Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
Em conformidade com o Regimento Interno e orientações da Direção do
Colégio, cumprir e fazer cumprir o regulamento e as regras de uso do laboratório de
informática;
Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
AGENTE EDUCACIONAL I
O Agente Educacional tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
Compõem os Agentes Educacionais mencionados: Serviços Gerais e
Merendeiras, previstos em ato específico na Secretaria de Estado de Educação.
Participar de reuniões pedagógicas envolvendo no processo ensino-
aprendizagem;
Participar de cursos, seminários, grupos de estudo, visando à formação
continuada.
COMPETE AO AGENTE EDUCACIONAL I
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,
providenciando o material e produtos necessários;
Efetuar tarefas correlatas à sua função.
Participar de reuniões pedagógicas envolvendo no processo ensino-
aprendizagem;
Participar de cursos, seminários, grupos de estudo, visando à formação
continuada.
COMPETE AO AGENTE EDUCACIONAL I
MERENDEIRA
Preparar e servir a merenda escolar controlando a quantitativamente e
qualitativamente;
Informar ao Diretor do Estabelecimento de Ensino a necessidade de
reposição de estoque;
Conservar o local de preparação da merenda escolar em boas condições de
trabalho, procedendo à limpeza e arrumação;
Efetuar tarefas correlatas à sua função.
Participar de reuniões pedagógicas envolvendo no processo ensino-
aprendizagem;
Participar de cursos, seminários, grupos de estudo, visando à formação
continuada.
6.6 FUNCIONÁRIOS E FUNÇÕES ESTABELECIDAS NO COLÉGIO
DIREÇÃO: DENISE SANTOS GOMES
SECRETÁRIO: VALDENIR ANTONIO CEQUINEL
AGENTE EDUCACIONAL II: CLAITON HRYCZYK
AGENTE EDUCACIONAL II: HENRY CLAUDE STELMARSCZUK
AGENTE EDUCACIONAL I:
ANA RENDACKI RIBAS APARECIDA BORGES
APARECIDA BORGES
LAURO IVASKO
JOSEFA DE OLIVEIRA MUSIASKI
RUTH BETESEK
ELIANE IANISKI FERREIRA
EQUIPE PEDAGÓGICA
JUREMA PIRES MINELLA
EQUIPE DOCENTE:
ADRIANA BARENDRECH
ADRIANA IVANISCH
ANTONIO CÉSAR REMES
AVANILDE POLAK
CARLOS MIGUEL DE MORAES
CRISTIANE APARECIDA GROCHOSKI
EDICLEÍA TROJAN
EDISLAINE T.F.VITORIANO
ELEANDRO DE CARVALHO
ELIANE MARIA STROPARO
ELITON ED CANDIDO
ERLÉIA APARECIDA VANTROBA
EMERSON ZALESKI
GISELI MIERZWA
IDANA CRISTINA MENON
JANAINA DOS SANTOS
JOSÉ JAILTON CAMARGO
JOCIEL PEDROSO
JULIANA MOREIRA SANTOS DA SILVA
JULIANA ZAVOISKI
LIZIANE DE JESUS RÉGIO SAURUK
MAGLEINE ANDRADE CHEPLUKI
MARCIA MADALENA KOVALEK
MARCOS DZIURKOWSKI
MARCOS JOSÉ NUNES
MARIA MARILENE SAURUK TABORDA
MICHEL
REGINA LAROCCA
SILNEA VAN DER WAAL
6.7 LINHAS DE AÇÃO:
As ações desenvolvidas durante o ano letivo estão voltadas principalmente, ao
despertar da conscientização coletiva a respeito de assuntos de extrema relevância ao
ambiente escolar:
Promover oficinas de leituras em prol da oralidade e desenvolvimento
cognitivo dos discentes.
Proporcionar espaços literários e promover gincanas teatrais que venham a
abordar diversos temas e autores, assim como levar os alunos a conhecerem as escolas
literárias existentes.
Promover o gosto pelas artes cênicas, teatrais, e cinematográficas não
somente aos discentes, mas a toda comunidade escolar.
Educação Ambiental: palestras, seminários, peças teatrais, etc, realizados
durante os bimestres promovendo a interação de todas as turmas.
Prevenção: drogas, alcoolismo e sexualidade, realizadas através de
palestras e dinâmicas, previamente agendadas, no decorrer do bimestre, proporcionando
o resgate de valores morais e éticos, no contexto escolar.
Ação Jovem: protagonismo juvenil: peças teatrais, seminários com a
população, etc, realizados no decorrer do bimestre envolvendo toda a comunidade
escolar.
Despertar a importância da cidadania e da ética na formação integral do
educando.
Proporcionar informação como fonte de pesquisa e conhecimento.
Despertar o respeito às diferenças, tanto sociais, quanto cognitivas e
pessoais.
Resgatar os valores morais e éticos no contexto escolar e interpessoal.
Buscar a excelência na educação primando pelo trabalho em equipe e a
força da união no desenvolvimento satisfatório da aprendizagem.
Buscar a valorização da qualidade de ensino e suas aplicações práticas,
como forma de valorização humana e social.
Proporcionar a formação continuada dos docentes e trabalhadores em
educação, através de simpósios, grupos de estudos, reunião pedagógica, como
instrumento indispensável ao pleno e satisfatório desempenho profissional em todas as
áreas abrangentes.
O grande desafio da Educação hoje é a conscientização de que se faz necessário
e com urgência uma mudança de paradigmas culturais, despertando para a
responsabilidade social que deve envolver toda a Comunidade Escolar.
6.8 EVENTOS
Durante o ano letivo são realizados os seguintes eventos:
Semana de Integração da Família na Escola: é realizado com o objetivo de
trabalhar a socialização da comunidade escolar, envolvendo funcionários, alunos, Direção
e Equipe Pedagógica, através de apresentações de danças, atividades lúdicas,
apresentações dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, nas disciplinas em sala de
aula;
Palestras sobre o relacionamento familiar, saúde da mulher, cursos sobre
aproveitamento dos recursos naturais, direcionado as mães e alunas do colégio;
Palestra sobre Sexualidade: consiste num trabalho contínuo, realizado para
conscientizar os educandos sobre a importância e cuidados relativos a sexualidade e
DST;
Palestra sobre Alcoolismo: promovido em parceria com membros do A.A. e
ALANON, com o objetivo de conscientizar pais e alunos da comunidade a respeito
dos perigos à saúde, que esta dependência pode causar sobre o organismo das
pessoas e os danos emocionais causados no ambiente familiar;
Palestra sobre Tabagismo conscientizando alunos, pais e toda a comunidade
escolar, sobre as consequências do consumo de fumo para o organismo, realizada
pelo Programa Anti Tabagismo da SSM de Irati;
Educação no Trânsito: palestra realizada a todos os alunos, através de um
trabalho contínuo, em parceria com o Chefe do DETRAN, o Soldado Elias e professores,
conscientizando a respeito das normas de segurança e cuidados no trânsito;
Jogos Interséries: realizado pelo Grêmio Estudantil, com o objetivo de
despertar a valorização aos esportes, à saúde mental, socialização dos alunos nos
trabalhos em grupos, envolvendo toda a comunidade escolar;
Jogos Escolares: tem por objetivo promover a socialização de alunos e
professores das escolas e regiões que pertencem ao NRE, visando também à valorização
dos esportes;
Concurso de Poesia Haicai, Internacional e do Centenário do Município de
Irati: com participação dos alunos, valorizando a criatividade, o incentivo às artes literárias
e o gosto pelo desenho e pintura;
Semana Cultural, enfatizando o Protagonismo Juvenil, através de peças teatrais
envolvendo a comunidade escolar, com o objetivo de despertar o gosto pelas artes
cênicas, música, canto e dança, trabalhando o emocional dos alunos,
proporcionando meios de extravasar sentimentos, angústias e preocupações de
uma maneira lúdica, superando medos e inseguranças. e, também confecção de
trabalhos artesanais realizados com as mães voluntárias, professores e alunos.
Projeto de Jardinagem, realizado em cooperação com os alunos, a professora do
PETI e membros do Grêmio Estudantil, fazendo jardim com cultivo de flores,
arvoredos, trabalhando a reciclagem de garrafas Pet e pneus, para contornar os
canteiros;
Projeto Folha na Escola, realizado com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental –
Anos Finais, que tem por objetivo despertar o gosto pela leitura de jornais,
desenvolver a criticidade dos alunos e também para que os pais dos alunos
tenham acesso a este meio de comunicação.
6.9 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão consultivo e deliberativo em assunto didático
pedagógico, com atuação de membros ou representantes de cada classe do
Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem
na relação professor/aluno e os procedimentos adequados a cada aluno.
O Conselho de Classe tem por finalidade:
Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o
trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano
curricular;
Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;
Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da
turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
Utilizar procedimentos que assegurem a avaliação com parâmetros indicados
pelos conteúdos necessários de ensino;
O Conselho de Classe é Participativo, constituído pelo Diretor, pelo Professor
Pedagogo e por todos os professores, pais, alunos, representantes de turma e agentes
educacionais. Acontecerá a cada bimestre, em datas previstas em Calendário Escolar.
Durante o decorrer do bimestre, acontecerá o préconselho, junto aos professores
e professor pedagogo, durante as horas atividades, para levantar dados dos alunos com
dificuldades nas áreas de aprendizagem para análise e sugestões de procedimentos e
estratégias, que visem o desenvolvimento e a recuperação de estudos, a serem tomados
no decorrer do bimestre e também para preparar o conselho de classe e
acompanhamento dos alunos que necessitarem de auxílio e orientação pedagógica.
São atribuições do Conselho de Classe:
Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo de ensino-aprendizagem;
Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico que aferem o rendimento escolar;
Orientar práticas pedagógicas, que auxiliem os docentes durante o decorrer do
bimestre, na realização de intervenções necessárias à recuperação de estudos, visando à
aprendizagem dos alunos.
Avaliação dos procedimentos pedagógicos realizados durante o decorrer do
bimestre, com o objetivo de buscar novas metodologias e organização individual dos
discentes.
São deveres dos professores regentes de turma:
Lembrar e fazer cumprir o objetivo geral da escola;
Orientar e incentivar os educandos a valorizar o ato democrático de
escolher e votar num monitor de turma;
Responsabilizar-se pelas atitudes dos alunos e anotar, repassando à Equipe
Pedagógica;
Resolver possíveis ocorrências com os alunos de sua regência e mediar na
busca de soluções entre os alunos e os professores das diversas disciplinas;
Motivar e incentivar os alunos para as atividades importantes;
Colaborar e orientar os alunos para as tarefas solicitadas: concursos,
gincanas, semana cultural, esportes, festa junina, Dia da Família, etc;
Encaminhar irregularidades à Equipe Pedagógica e, posteriormente, à Direção;
São deveres dos alunos representantes das turmas:
Acolher os professores das disciplinas;
Zelar por todos os objetos de sala de aula: limpeza, apagar as luzes (recreio e
Educação Física), entregar objetos encontrados para a Equipe Pedagógica, ou para o
responsável por achados e perdidos;
Informar ao professor regente da turma, sobre possíveis transgressões dos
colegas em sala de aula;
Acompanhar colegas até a Equipe Pedagógica que venham a ter indisposição,
como também àqueles que se comportem descomedidamente e que, necessitem de
orientação do professor pedagogo;
Ser atencioso, delicado e responsável, com todos os colegas, professores e
funcionários do Estabelecimento de Ensino;
Apagar o quadro de giz quando se fizer necessário;
Motivar seus colegas para manter um ambiente agradável e harmônico em
sala de aula;
Estimular seus colegas a melhorarem seu desempenho dentro e fora de sala
de aula;
Participar do Conselho de Classe e das reuniões bimestrais com pais e
professores.
6.10 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e
fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso ou racial, lucrativo, não sendo
remunerados seus Dirigentes e/ou Conselheiros.
Tem por finalidade efetivar a gestão escolar, promovendo a articulação entre os
segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituindo-se como órgão
auxiliar da Direção do Estabelecimento de Ensino, acompanhando o processo ensino-
aprendizagem, a avaliação e o tempo pedagógico.
O funcionamento do Conselho Escolar é regido por estatuto próprio no qual são
estabelecidos seus objetivos, sua natureza e os mecanismos e procedimentos que
regulam seu funcionamento.
Os objetivos do Conselho Escolar são:
Democratizar as relações no âmbito da escola, visando à qualidade de
ensino, através de uma educação transformadora que prepare o educando para o
exercício pleno da cidadania;
Participar do coletivo da escola, na elaboração do PPP, aprovando e
acompanhando a execução do mesmo, juntamente com todos os setores da comunidade
escolar;
Promover a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os
setores da escola, a fim de garantir o cumprimento da sua função que é ensinar;
Estabelecer para o âmbito da escola, diretrizes e critérios gerais relativos à
sua organização, funcionamento e articulação com a comunidade, de forma compatível
com as orientações da política educacional da Secretaria de Estado da Educação
participando e responsabilizando-se social e coletivamente, pela implementação de suas
deliberações.
Promover reuniões pedagógicas bimestrais, com o corpo docente e equipe
pedagógica, coletando dados sobre os resultados da aprendizagem e sobre o tempo
pedagógico, realizando análise dos mesmos e buscando soluções diante das dificuldades
detectadas dentro do processo ensino- aprendizagem.
6.11 APMF
A APMF. É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial, nem fins
lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes ou membros participativos.
Os objetivos da APMF são:
Discutir sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino
e integração da família/escola/comunidade, enviando sugestões em consonância com a
proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e Equipe- Pedagógica -
Administrativa.
Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-
lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a Proposta
Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;
Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto
escola, discutindo a política educacional, visando sempre à realidade dessa comunidade;
Proporcionar condições ao educando, para participar de todo processo escolar,
estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o Conselho
Escolar;
Representar os reais interesses da comunidade escolar contribuindo para a
melhoria de ensino;
Gerir e administrar recursos financeiros próprios e os que lhe forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em
reunião conjunta com o Conselho Escolar;
Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade escolar para a importância desta
ação.
6.12 CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DIDÁTICAS
O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima localiza-se em um
terreno com 7.623,83 m², sendo a área livre 4.977,21 m², área construída de 2.646,62 m²,
e 396 m² em construção. O Colégio possui com 11 (onze) salas de aula; Secretaria;
Biblioteca; Sala de Professores; Almoxarifado; Laboratório de Química, Física, Biologia;
Laboratório de Informática; Cozinha; Sanitários Masculinos e Femininos; necessitando
ainda de ampliação no número de salas de aula; sanitários, uma sala para Hora
Atividade; Refeitório; Quadra Poli Esportiva Coberta. Aguardamos a construção de um
banheiro adaptado para alunos portadores de deficiências físicas e motoras; rampas,
corrimãos, e melhorias nas calçadas, nos banheiros masculinos e femininos, bem como a
vazão da água em áreas cobertas, evitando alagamentos e transtornos nos dias de
chuva.
O acervo da Biblioteca é razoavelmente bom. Foram recebidas novas coleções
de literatura e formação, ampliando também a biblioteca do professor. Os demais livros
estão em sua maioria em boas condições de uso, porém alguns se apresentam
defasados, necessitando de atualização com novas coleções. O atendimento da
Biblioteca é realizado nos dois turnos de funcionamento da escola, sendo muito
frequentada pelos alunos.
CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DIDÁTICAS
(LABORATÓRIOS, BIBLIOTECA E OUTROS):
Recursos materiais disponíveis do estabelecimento de ensino
Projeto Político Pedagógico
Proposta Pedagógica Curricular
Regimento Escolar
Plano Anual do Estabelecimento de Ensino
Plano de Trabalho Docente
Mimeógrafo
Computador e impressora
Televisão Pen Drive, DVD, vídeo, fitas e retro projetor
Material Didático
Data Show
Pen Drive
Material Esportivo
Jogos Pedagógicos Educativos
Material Científico
Acervo Bibliográfico e DVDTECA
Organização de espaços do estabelecimento
Salas de aula;
Sala de Recursos
Sala de Apoio
Sala do CELEM
Sala do PETI
Sala da Equipe Pedagógica;
Biblioteca;
Sala de merendas;
Almoxarifado;
Cozinha;
Sala de professores;
Cinco banheiros (dois femininos, dois masculinos e um para funcionários);
Secretaria;
Laboratório de Química, Física e Biologia;
Laboratório de Informática;
Quadra Poli Esportiva Coberta.
6.13 PARTICIPAÇÃO EM CURSOS E EVENTOS
Promover a toda comunidade escolar, cursos diferenciados e para tanto fazer
parcerias com outros órgãos, SENAR, SESI, SENAC, EMATER, etc, no desenvolvimento
dos projetos elaborados com o corpo docente da escola;
Valorizar todo e qualquer projeto docente e discente, assim como prestar
auxílio e criar espaços para a realização destes.
Articulação da escola com outros eventos estaduais e locais, através de
gincanas, campeonatos, proporcionando meios e levantando recursos financeiros e
materiais para o sucesso dos mesmos;
Incentivar a participação de alunos em Feiras, Projetos Interdisciplinares,
Conferências, Projeto Folha na Escola, Jogos Estudantis, etc.
6.14 GRUPOS DE ESTUDOS
Planejar grupos de estudos com o envolvimento de todos os segmentos da
instituição escolar: alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica e administrativa,
seja na semana pedagógica, sábados ou mesmo em dias letivos, desde que inscritos em
projetos.
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Conselho de Classe: Participar da elaboração do PPP, avaliar o processo
ensino-aprendizagem, orientar e dar sugestões de práticas pedagógicas que auxiliem
professor e alunos a atingir o objetivo prioritário, que é a aprendizagem integral do
educando, e sua formação para o pleno exercício da cidadania;
Conselho Escolar: Participar da elaboração do PPP, acompanhar o processo
ensino-aprendizagem e garantir, juntamente com a Direção e Equipe Pedagógica, a
prática de uma gestão escolar democrática, com a responsabilidade de aprovar o PPP do
estabelecimento;
Grêmio Estudantil: Valorizar o protagonismo juvenil, dando espaço para seu
trabalho, sua arte, sua participação em construir uma sociedade mais justa. Promover a
cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho
escolar, participando de capacitações continuadas, realizando gincanas culturais,
trabalhos sociais buscando aprimoramentos e lutando pela democracia permanente na
escola através do direito de participação nos conselhos de classe, eventos , congressos e
fóruns internos de deliberação da escola.
APMF: Assim como o Conselho Escolar, os membros que a compõe, devem
vir a participar da elaboração do novo Projeto Político Pedagógico, e na elaboração do
processo ensino-aprendizagem, uma vez que, seus membros têm interesse no pleno
desenvolvimento discente.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR: responsável pela organização do trabalho
escolar, com o objetivo de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à
Educação Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira, Africana e
Indígena, ao longo do período letivo, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro
e indígena mire-se positivamente pela valorização da história de seu povo, de sua cultura,
da contribuição para o país e para a humanidade. Instituídas por Instrução da
SUED/SEED, de acordo com o disposto no artigo 8º da Deliberação nº 04/06 CEE/PR.
Participação de pais: Demonstrar para os pais que sua participação é de
suma importância para o desenvolvimento escolar de seus filhos e que a escola é um
espaço democrático aberto a sua presença, não somente quando são convocados.
Proposta Pedagógica: Estudo contínuo sobre cada área do conhecimento.
Objeto de Estudo: Criar espaço para reflexão da prática docente diária,
planejamento curricular, avaliação, projetos, etc.
6.15 PROJETOS INTERDISCIPLINARES
Ao longo do ano são realizados projetos envolvendo a Direção, Equipe
Pedagógica, corpo docente, discentes, agentes educacionais, pais, comunidade entorno
e parcerias. Citamos alguns, que no momento estão em desenvolvimento, e são
trabalhados concomitante com os conteúdos disciplinares:
JARDINAGEM
FOLHA NA ESCOLA
LEITURA
COMPOSTAGEM
RECICLAGEM DE GARRAFA PET E PNEU
ECOLOGIA: ÀGUA E MEIO AMBIENTE
HIGIENE PESSOAL E EDUCAÇÃO SEXUAL
VIOLÊNCIA E ERRADICAÇÃO DAS DROGAS
TABAGISMO
BULLYING
SEMANA CULTURAL E CONSCIÊNCIA NEGRA
MARIO OU MARIA? MEU NOME SOCIAL!
FUTSAL / VOLEY
PROJETO: LEITURA
1. JUSTIFICATIVA
O projeto enfoca o ato de ler como ponto de partida em todas as disciplinas, para
a construção do pensamento lógico e com isso viabiliza a argumentação e a capacidade
do aluno de construir suas relações diante do mundo que o cerca.
A leitura deve ser considerada um “porto seguro”, pois permite ampliar
conhecimentos, abrindo horizontes para transformações. Esta transformação ocorre
quando através da leitura adquirimos condições concretas de ter opinião própria, e
argumentos, porque não ler é incorporar histórias e conceitos incutidos na sociedade por
outros.
Assim, o livro e a prática da leitura devem ser mostrados e abertos com a
dimensão do prazer e da alegria, e não como via pura e simplesmente obrigatória de
conteúdos frios e distantes do contexto em que está inserido esse educando/educador.
Ler mais significa escrever melhor.
2. OBJETIVO:
Incentivar a leitura junto aos alunos, contribuindo para o desenvolvimento e
formação de sua cidadania.
Realizar um trabalho interdisciplinar.
Valorizar nosso idioma.
Estimular à escrita.
PROJETO: FOLHA NA ESCOLA
1. JUSTIFICATIVA
Várias foram às motivações e razões para a realização deste projeto junto aos
alunos do 6º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais do Colégio Estadual do Campo
Nossa Senhora de Fátima.
Sabemos que a leitura, a oralidade, criticidade e informação são requisitos
importantes em muitos empregos.
Portanto, se faz necessário para o bem do aluno, ajudá-lo numa questão que nos
dias atuais de ampla informatização não tem a devida importância, mas que irá refletir no
futuro de nossas crianças e jovens, quando adultos e tiverem que enfrentar o mercado de
trabalho.
Além disso, outra faceta do projeto é o incentivo à leitura para os pais, levando
informações, conhecimento, abrangendo toda a família. Estruturar a auto estima, às
vezes perdida ou fragilizada nas pessoas oriundas de segmentos sociais
economicamente menos favorecidas.
2. OBJETIVO:
Resgatar a arte de ler esquecida por todos nós, devido a falta de tempo e
comodismo intelectual.
Realizar um trabalho interdisciplinar.
Valorizar nosso idioma.
Estimular a leitura.
Incentivar o senso crítico dos leitores.
Cooperar para que o jornal chegue até os pais dos alunos incentivando o
diálogo e reflexão das notícias, bem como a leitura dos mesmos.
PROJETO: EDUCAÇÃO SEXUAL E HIGIENE PESSOAL
1. JUSTIFICATIVA
Considerando a importância da higiene pessoal e da educação sexual na
formação do individuo, e observando que os adolescentes carecem/necessitam de
informações oportunas, claras, cientificas e atuais sobre sexualidade, reprodução, direitos
sexuais e reprodutivos, fez se necessária, a implantação de um trabalho contínuo que
abordasse essa temática através de palestras e dinâmicas com profissionais da área,
ofertada a toda comunidade escolar.
2. OBJETIVOS
Propiciar a construção coletiva da realidade social e institucional no que diz
respeito à convivência sexual;
Fazer com que os adolescentes possam assumir uma postura consciente
em relação a sua conduta sexual;
Atentar sobre violência sexual e como combatê la;
Conscientizar sobre a importância da higiene pessoal na saúde física e
mental das pessoas.
ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA
1. JUSTIFICATIVA
A violência tem sido constante em nossa sociedade. Ela está presente em todos
os lugares. Há a violência na escola, na família, no trânsito, nos estádios de futebol,
contra a mulher, entre outras. Percebe se que ela está tomando conta do mundo que nos
cerca, e isso é preocupante, pois vive se permanentemente ao seu lado.
Por isso, é essencial fazer alguma coisa, e nós, professores, escola, devemos
preparar melhor nossos alunos para que ele não faça parte dessa violência. Para tanto, é
preciso levar informações, conhecimentos fundamentais para torna lo um ser responsável
quanto à questão da violência.
Precisa se tentar amenizar o problema da violência e isso deve começar ao
nosso redor.
2. OBJETIVOS
Questionar sobre a violência presente no cotidiano das pessoas e nos
diversos ambientes da sociedade;
Desenvolver senso crítico e de responsabilidade;
Conscientizar os alunos sobre a importância de se evitar qualquer tipo de
violência no meio em que vivem.
PROJETO: FUTSAL
O termo esporte vem do séc. XIV, quando os marinheiros usavam as expressões 'fazer esporte', desportar-se ou 'sair do porto' para explicar seus passatempos que envolviam suas habilidades físicas. (Tubino, 1993, p.80)
1. INTRODUÇÃO
A China talvez seja a possuidora da mais antiga história do esporte, com as
práticas da caça, da luta, da esgrima, do hipismo, e do tsu-chu, um jogo que se identifica
com o futebol de hoje, do qual se tem registro antes do séc. III a.C. (BREGOLATO, 2003,
p.93)
O futsal, antigamente denominado futebol de salão, é derivado do futebol de
campo, numa adaptação feita para um campo menor – a quadra.
Um desporto relativamente jovem, o futsal em pouco tempo passou a ser um dos
mais praticados pelos brasileiros. Vários fatores contribuem para que isso aconteça, pois,
possui regras fáceis, pode ser praticado até na rua, em campos improvisados e não exige
equipamentos sofisticados, bastam apenas um tênis, calção e camiseta.
2. JUSTIFICATIVA
Por seu valor recreativo, social e competitivo que tem o futsal e o entusiasmo das
alunas em querer aprender mais, vimos a necessidade de implantar esse projeto no
Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, despertando o interesse e a
paixão pelo esporte.
3. OBJETIVOS
Despertar o gosto pelo esporte.
Realizar atividades que melhoram as suas qualidades físicas: velocidade,
resistência, agilidade, coordenação, equilíbrio e precisão.
Adquirir um bom preparo físico e ter reflexos rápidos e seguros.
Adotar atitudes de respeito mútuo, disciplina, bom desempenho e
assiduidade no Colégio.
4. DESENVOLVIMENTO OU METODOLOGIA
Participarão do projeto as alunas do ensino fundamental e médio do Colégio
Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima.
Os treinos acontecerão no contraturno, uma vez por semana.
As alunas poderão participar de jogos no Colégio ( inter-séries) e com
outras Escolas de Região, assim como Jogos Municipais Bom de Bola e outros jogos que
eventualmente surgirem.
5. MATERIAIS DIDÁTICOS E RECURSOS
Quadra esportiva
Bolas de Futsal
Cones
TV e Vídeo
6.16 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O PPP não é um projeto pronto e acabado. Está sendo construído no dia a dia da
comunidade escolar e todos são responsáveis pela realização e sucesso do mesmo.
Para tanto, necessita de uma constante avaliação, visando seu aprimoramento.
Deverá ser retomado sempre que necessário, através de reuniões bimestrais, com a
participação de todos os segmentos da Comunidade Escolar. Neste colegiado, todos
serão convidados a rever o processo ensino-aprendizagem, e cada um, dentro de suas
funções específicas, auto avaliar-se, revendo seus objetivos, metodologias, técnicas e
recursos que foram utilizados, primando sempre pela aprendizagem do aluno e sua
formação integral.
Os problemas encontrados deverão ser analisados, buscando-se melhorias,
sugestões e possíveis soluções dos mesmos, mudando paradigmas, aperfeiçoando
metodologias, recursos e técnicas, até atingirem os objetivos propostos, dentro de cada
um dos setores da Comunidade Escolar.
7. CONCLUSÃO
A essência da autonomia é que as crianças se tornam capazes de tomar decisões por elas mesmas. Autonomia não é a mesma coisa que liberdade completa. Autonomia significa ser capaz de considerar os fatores relevantes para decidir qual deve ser o melhor caminho da ação. Não pode haver moralidade quando alguém considera somente o seu ponto de vista. Se também considerarmos o ponto de vista das outras pessoas, veremos que não somos livres para mentir, quebrar promessas ou agir irrefletidamente. (Kamii, 1986, p. 72).
O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima, possui seu processo de
gestão democrático e participativo, aberto ao corpo docente, funcionários e comunidade
escolar, para as intervenções pedagógicas necessárias, garantindo melhor adequação a
uma abordagem educativa voltada para o crescimento pessoal e social do educando.
Busca-se sempre baseado nos princípios da igualdade, qualidade e liberdade
primar pela verdadeira qualidade de ensino, por isso, o corpo docente é bastante
comprometido e preocupado na busca de ações coletivas que resultem numa prática,
dentro de uma perspectiva inclusiva, respeitando as diversidades. Evitando-se assim, a
evasão e a repetência, ou seja, a ascensão e sucesso dos alunos.
A escola, dentro de sua autonomia, filosofia e concepção educacional, preocupa-
se em cumprir com sua função educativa e social, formar cidadãos íntegros e críticos,
conscientes de seus deveres e direitos, capazes de contribuir positivamente para o
processo de transformação da realidade em que vivem. Há muitas intervenções a serem
feitas para que este parâmetro de qualidade se fortaleça e se multiplique e para isso,
lutamos constantemente para que as transformações necessárias aconteçam no nosso
dia a dia.
8. REFERENCIAS
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ANEXOS
PLANO DE AÇÃO - DIREÇÃO
GESTÃO 2008/2011
Diretora: DENISE SANTOS GOMES
Pedagoga: JUREMA PIRES MINELLA
1. OBJETIVO
O presente Plano de Ação tem por objetivo demonstrar os conhecimentos
referentes à realidade social global e do contexto da escola em que atuo.
Para tanto, sito que se trata de entidade escolar de área rural, e que esta recebe
crianças e adolescentes das seguintes localidades: Pirapó, Arroio Grande, Fazenda
Gomes, Guamirim, Governador Ribas, Água Clara, Rio Corrente, Rio Preto, Papuã dos
Fiori, Taquari, Coloninha, Faxinal dos Meiras, Campina de Guamirim, Água Mineral e
Faxinal dos Antonio.
O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino Fundamental e
Médio localiza-se em Guamirim, localidade rural, e possui discentes, filhos de
agricultores, de comerciantes, de comerciários, de autônomos e muitos sem qualificação
profissional, ou ainda desempregados.
Filhos de famílias com descendência ucraniana e polonesa (em sua maioria)
trazem consigo ao ambiente escolar educação tradicional, o que muito influência e
contribui no baixo índice de indisciplina. Estas famílias conservam suas raízes, suas
tradições, seus valores e sua língua estrangeira.
Por tratar-se de uma comunidade rural, é difícil reconhecer a verdadeira realidade
dos educandos, uma vez que estes apresentam disparidades sociais, econômicas e
culturais. Algumas famílias pertencem à classe média, enquanto a grande maioria é
extremamente carente. Em muitas famílias são claras e constantes características de
união e organização, enquanto outras se apresentam totalmente desestruturadas,
presença marcante de vícios como o alcoolismo.
Muitos de nossos discentes sobressaem-se e destacam-se, podendo assim ser
chamados alunos ideais, por sua conduta e seu aprendizado. Apresentam características
positivas: participativos, críticos, criativos e visionários com o futuro.
Nossos discentes em sua maioria participam apenas através da escola de
atividades diferenciadas, pois, dezenas deles trabalham na agricultura auxiliando seus
pais, ficando de lado, qualquer outra atividade alheia a sua rotina diária.
Quanto à experiência acumulada da escola, sob uma analise crítica de
organização do trabalho escolar, a ação da escola, como instância da mediação, pode
confirmar ou negar em cada pessoa individualmente, ou em uma classe em seu conjunto,
o poder das pressões sociais e culturais, dependendo do modo como os professores se
posicionam frente a determinadas questões. Assim democratizando o saber.
O Colégio Estadual do Campo Nossa Senhora de Fátima - Ensino
Fundamental e Médio possui em sua elaboração do Projeto Político Pedagógico, ideias,
ideais, pensamentos, aspirações, projetos e ações, provindas de várias mãos, e de todos
os elementos envolvidos e que compõe nossa comunidade escolar. Todos almejam uma
proposta pedagógica que contemple a realidade da escola e assuma por si uma face que
condiga com a característica principal dela: ESCOLA DE ÁREA RURAL.
Para melhor fundamentar a escolha da opção teórica para a Proposta
Pedagógica e para definir a atitude da escola em relação ao meio, uma vez que a mesma
deve responder às necessidades socioculturais daquele, é conveniente, embora de forma
sumária, recordar as características gerais da formação histórica do Brasil.
Brasil, imenso território, com grande variedade de relevo e clima, flora e fauna,
está situado entre os extremos da região tropical e das zonas temperadas. Daí decorre o
aparecimento de regiões distintas entre o norte, o centro e o sul, o litoral e o interior, com
grande reflexo na economia.
Formação populacional heterogênea, sem tipo racial definido, resultante da fusão
do colonizador português com o elemento nativo, com o africano e, mais tarde, com os
imigrantes.
A Educação, acessível apenas à minoria, desde a colonização tem sido
especulativa e literária, com falta de preparo do homem para o trabalho adequado as
necessidades do país.
Impõe-se, como medida indispensável para a escola, reformular seus objetivos,
suas atividades, sua posição no meio a que foi chamada a servir.
A instituição escolar, na área rural, muitas vezes único ambiente formal de
educação, deve tornar-se um verdadeiro centro de comunidade. Necessita contar com
profissionais capacitados, sem pretendê-lo um especialista, a bem servir o meio, a
descobrir e educar líderes locais, a orientar o funcionamento de instituições como
cooperativas, círculos de pais, professores e comunidade local, centros sociais entre
outras, buscar parcerias, com vistas ampliadas à organização e ao desenvolvimento da
comunidade.
Somente uma escola dinâmica poderá tornar-se agente de desenvolvimento, de
modificação de conduta, sabendo despertar e dirigir a liderança no próprio grupo, para
que os indivíduos se motivem a fim de participar, em comum, na solução dos problemas
comuns.
O que o meio rural necessita é de uma escola que de ênfase ao aspecto
formativo. Uma escola que possa civilizar sem urbanizar, uma escola que,
conscientizando o homem sobre os valores autênticos do seu próprio meio, seja capaz de
despertar as forças latentes da comunidade em ritmo de progresso.
Especialmente uma escola centro educativo, atuante no meio, proporciona
educação aos indivíduos de áreas rurais: crianças, jovens e adultos, através de ações
sistemáticas e permanentes.
Para tanto, inclui a conjugação de esforços, em regime de co participação, de
todas as entidades públicas e particulares que, de várias formas, vem trabalhando no
sentido de recuperação do homem e do aproveitamento dos recursos das áreas rurais.
Segundo Ricardo Abramovay: “Contrariamente à crença arraigada que encara o
esvaziamento do meio rural como o corolário associado ao próprio conceito de
desenvolvimento, mais de um quarto da população economicamente ativa nos países
desenvolvidos reside em áreas rurais. E desde meados dos anos 80, a população rural é
a que mais cresce em diversos países do Hemisfério Norte, a começar pelos EUA. No
caso brasileiro, a década de 90 registra um fenômeno inédito na história do país: o ritmo
do êxodo rural desacelera- se de maneira nítida e, ao final dos anos 90, já se registraram
tanto a migração de retorno em direção a pequenos municípios, como o crescimento da
população rural em diversas regiões do país.” (2000, p.03).
São necessários investimentos na educação e a credibilidade na instituição
escolar, para que esta possa oferecer ao individuo oportunidade de crescimento
harmônico e de ajustamento ao meio, com a sua consequente fixação, dando lhe
consciência do seu valor socioeconômico e de sua posição como sujeito da economia,
em uma sociedade, de fato, democrática. Visa, pois, trabalho integrado na comunidade,
capaz de educar o individuo para aproveitar o potencial de recursos que o meio oferece.
Ou seja, a educação deve propiciar ao educando subsídios que o levem a permanecer no
campo e a aplicar na terra, e em suas propriedades o conhecimento adquirido por via
educacional.
A Educação exige de nós educadores uma maior reflexão: “que tipo de indivíduos
queremos formar?” Se a realidade social da maioria de nossos discentes em nada está
vinculada às teorias pedagógicas em voga. A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire
condiz com a realidade social de nossos alunos e com a realidade da educação no Brasil.
Segundo Freire, não basta saber ler mecanicamente que “Eva viu a uva”. É
necessário compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem
trabalha para produzir uvas e quem lucra com esse trabalho.
2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES
2.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA
Entende-se por Gestão Democrática, dar subsídios e participação a todos os
colegiados, ou seja, dar abertura a opiniões e criticas vindas de todos os envolvidos e
membros da comunidade escolar. Criar vínculos de trabalho coletivo que visem o melhor
funcionamento da entidade escolar, uma vez que fique estabelecida que toda prática e
trabalhos realizados venham a contribuir para o progresso e para o bem comum.
Desta forma, fica estabelecida na instituição escolar a Gestão Democrática,
realizada com a participação de todos os membros da escola, assim como com a
participação da comunidade.
Conselho Escolar
O Conselho Escolar, órgão de suma importância dentro da instituição escolar
trabalha juntamente com professores, equipe pedagógica, e demais envolvidos e
interessados com a educação escolar, assim como participa da elaboração do Projeto
Político Pedagógico em prol de projetos que envolvam o processo ensino aprendizagem.
E também atua na resolução de outros problemas que a escola eventualmente enfrentar.
Conselho de Classe
O Conselho de Classe deve ser uníssono, íntegro para tomar decisões
importantes, em especial as que decidem a vida escolar do discente. Para tanto, são
imprescindíveis a colaboração e apoio da direção escolar. O conselho de classe atua
conjuntamente professores e equipe pedagógica.
Alunos representantes de turma: eleição e formação política
Dar incentivo a projetos que venham desenvolver os alunos como indivíduos
críticos e participativos, dentro desta sociedade da qual fazem parte.
Grêmio Estudantil
Valorizar o protagonismo juvenil, dando espaço para seu trabalho, sua arte, sua
participação em construir uma sociedade mais justa. Cooperar com os projetos propostos
para melhoria do espaço interno e externo do Colégio, como o Projeto de Jardinagem. Na
socialização entre as turmas, incentivar a realização dos Projetos de Gincana Cultural e
Rádio Comunitária Escolar com uma participação democrática de toda a comunidade
escolar.
APMF
Assim como o Conselho Escolar, os membros que compõe a APMF devem vir a
participar da elaboração do novo Projeto Político Pedagógico, e na elaboração do
processo ensino-aprendizagem, uma vez que, seus membros têm interesse no pleno
desenvolvimento discente.
Participação de pais
Demonstrar para os pais que sua participação é de suma importância para o
desenvolvimento escolar de seus filhos e que a escola é um espaço democrático aberto a
sua presença, não somente quando são convocados.
2.2 Proposta Pedagógica
Estudo contínuo sobre cada área do conhecimento
Objeto de Estudo
Criar espaço para reflexão da prática docente diária, planejamento curricular,
avaliação, projetos, etc.
Pressupostos Teóricos
Queremos que a escola proporcione conhecimento e sucesso para todos e é
através de nós “educadores” que faremos isso acontecer.
Para isso, não basta que, cada um questione individualmente sua ação, mas é
necessário refletir coletivamente as questões fundamentais da escola, buscando construir
uma nova cultura da aprendizagem, ou seja, a cultura do sucesso escolar e a construção
de uma sociedade melhor, diferenciada, igualitária, onde todos estejam inseridos.
Conscientes de ser a escola construtora de criticidade reconhecemos nosso
papel perante a sociedade como formadora de indivíduos possuidores de uma educação
global e permanente, conscientes de seu papel perante a vida e a sociedade. Seres
críticos e analíticos, conscientes em que não se trata de adquirir isoladamente
conhecimentos definitivos, mas preparar se para construir ao longo de suas vidas, um
saber em constante evolução e de aprender a ser.
Critérios de seleção dos conteúdos
Intenciona-se através da nova proposta pedagógica, a superação da divisão do
saber, conscientes da realidade social do educando. Almeja se, desta forma, uma
educação democrática, uma educação para todos, Histórico Crítica, enfatizando a
educação básica.
Encaminhamento Metodológico
A Educação é um processo pelo qual, o indivíduo adquire conhecimentos gerais,
específicos, artísticos ou especializados, capaz de construir, realizar projetos de vida a
partir da socialização dos conhecimentos adquiridos.
A educação, em termos gerais, pode ser compreendida como construção do
conhecimento, análise do ser humano, da sociedade consciente de seu contexto
histórico, concepções de mundo, de pessoas, grupos e classes, enfatizando ideias,
valores, ética, formas de trabalho e de organização social e cultural. E para realizá-lo, a
educação deve seguir novos caminhos que extirpem a divisão do saber, ou seja,
caminhos em que não ocorram a dissociação de conteúdos (teorias) e a sua prática.
Práticas avaliativas concepção, critérios, instrumentos, comunicados aos alunos e
pais
O modelo de avaliação diária, contínua, somatória e diagnóstica, de acordo com
os objetivos pré - estabelecidos pelo professor, os quais devem estar de acordo com os
conteúdos trabalhados e a serem diagnosticados, seja através de trabalhos, pesquisas,
avaliações orais e escritas, projetos, seminários, etc.
Avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. A avaliação tem grande
importância social e política, presente em todas as atitudes e estratégias adotadas pela
escola.
A avaliação deve ser entendida como um meio de se obterem informações e
subsídios para fornecer o desenvolvimento integral do educando. Ao se dispor dessas
informações, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias no processo,
planejando e redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da escola.
A escola deve manter contato diário constante com os pais e alunos para que
estes estejam informados sobre todo o processo ensino-aprendizagem, assim como as
práticas avaliativas e seus respectivos resultados.
Recuperação de Estudos
Para tanto os docentes realizam recuperação de estudos ministrando atividades
diferenciadas e diversificadas, no decorrer do bimestre, bem como aulas individuais aos
discentes realizadas em contra turno e nas horas atividades dos professores, sempre que
os objetivos propostos dos conteúdos trabalhados não são atingidos.
Formação Continuada
Estudo/leitura de temas/assunto
Promover oficinas de leituras em prol da oralidade e desenvolvimento cognitivo
dos discentes.
Proporcionar espaços literários e promover gincanas teatrais que venham a
abordar diversos temas e autores, assim como levar os alunos a inteirarem se das
escolas literárias existentes.
Promover o gosto pelas artes cênicas, teatrais, e cinematográficas não somente
aos discentes, mas a toda comunidade escolar.
Participação em cursos e eventos
Promover a toda comunidade escolar cursos diferenciados e para tanto fazer
parcerias com outros órgãos colegiados, SENAR, SESI, SENAC, EMATER, etc.
Formação de grupos de estudos
Planejar grupos de estudos com o envolvimento de todos os segmentos da
instituição escolar: alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica e administrativa,
seja na semana pedagógica, sábados ou mesmo em dias letivos, desde que inscritos em
projetos.
Formação de pais, alunos, professores, funcionários
Dar espaço e subsídios para capacitar pais e alunos dando ênfase a sua
realidade local e social, ou seja, por tratar-se de uma comunidade rural favorecê-los com
cursos e oficinas que venham a contemplar suas necessidades e que possam aplicá-las
em suas propriedades.
Para os docentes adquirir novos materiais didáticos pedagógicos que venham a
contribuir e capacitá-los para melhor desenvolvimento de seus trabalhos, isto poderá ser
feito em suas horas atividades.
Qualificação dos equipamentos e espaços
Identificação dos recursos já existentes: qualificação
Recursos materiais disponíveis do estabelecimento de ensino
Projeto Político Pedagógico
Proposta Pedagógica Curricular
Regimento Escolar
Plano Anual do Estabelecimento de Ensino
Plano de Trabalho Docente
Mimeógrafo
Computador e impressora
Televisão Pen Drive, DVD, vídeo, fitas e retro projetor
Material Didático
Pen Drive
Data Show
Material Esportivo
Jogos Pedagógicos Educativos
Material Científico
Acervo Bibliográfico e DVDTECA
Organização de espaços do estabelecimento
Salas de aula;
Sala da Equipe Pedagógica
Biblioteca;
Sala de merendas;
Almoxarifado;
Cozinha;
Sala de professores;
Cinco banheiros (dois femininos, dois masculinos e um para funcionários);
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I , Sala do PETI e Sala do CELEM;
Laboratório de Química, Física e Biologia e Laboratório Informática;
Quadra Esportiva Coberta,
Todos os ambientes da instituição escolar são utilizados pelos discentes,
docentes e funcionários.
Solicitamos a construção de mais 6 salas de aula, pois a demanda de alunos
para todas as séries do Ensino Fundamental de 1º a 4º Ano e de 6º a 9º Ano, aumenta
ano a ano, e para acomodá-los perdemos alguns espaços como salão de atividades e
reuniões e sala de vídeo.
Outros
Participação de Feiras/exposição
Valorizar todo e qualquer projeto docente e discente, assim como prestar auxílio e
criar espaços para a realização destes.
Articulação da escola com outros eventos estaduais e locais
Incentivar a participação de alunos em Feiras, Projeto Fera, Conferências, Jogos
Estudantis, etc.
3. AÇÃO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO NOSSA SENHORA
DE FÁTIMA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MUNICÍPIO: IRATI
NÚCLEO: NRE/IRATI
DIREÇÃO: DENISE SANTOS GOMES
Hoje, existem várias e diversificadas teorias e práticas da aprendizagem, a
maioria de estilo interdisciplinar, e que abrangem desde a física até a filosofia, passando
pela psicologia cognitiva, certamente o horizonte mais conhecido por Piaget e a resolução
de situação problema com Paulo Freire, a principal meta é levar professores e alunos a
atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação
social. Tentando resumir alguns princípios mais fundamentais, concluo como prioridade
ao saber pensar, a do aprender a aprender e do aprender a ser, com qualidade formal,
social e política. Destacando-se a permanente renovação do conhecimento, e, de outro,
pela política e ética do sujeito.
4. DETALHAMENTO
A aprendizagem se desenvolve a partir da problematização de situações
contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do aluno.
A capacidade de análise e síntese e o espírito crítico propiciam ao cidadão a
criação de alternativas para solução de problemas;
As inovações à teoria e à tecnologia educacional propiciam a participação
consciente e criativa no processo ensino - aprendizagem;
A sociabilização do educando se processa através de atividades em grupo;
Saber reflexivo, construído mediante permanente problematização da
realidade e busca de soluções, produz conhecimento mais significativo;
A participação ativa e sistemática do educando em pesquisas resulta na
construção e reconstrução do conhecimento.
A ação refletida deve se opor ao imediatismo e ao conformismo;
As atividades interdisciplinares reorganizam os conteúdos, superando a
fragmentação do conhecimento;
A educação é responsável pelas mudanças necessárias e constantes da
realidade;
A prática educativa se realiza por meio do e para o diálogo.
5. CONDIÇÕES
Em âmbito escolar, priorizar a participação ativa na gestão administrativa e na
construção coletiva da nova Proposta Política Pedagógica. Traduzindo a combinação
entre forma - administração compartilhada com a representação. Além da participação
ativa do corpo docente, APMF e comunidade, através do novo projeto chamar atenção
dos discentes, docentes e toda a comunidade escolar para um maior envolvimento com a
nova gestão.
6. RESPONSÁVEL
DENISE SANTOS GOMES
7. CRONOGRAMA
PRIORIDADES E METAS
A LONGO PRAZO
Oportunizar aos educados uma participação ativa e responsável no processo
educativo;
Estimular o desenvolvimento cognitivo nos alunos, ao elaborarem estratégias
de ação;
Concretizar a interdisciplinaridade;
Proporcionar o controle do que se quer estudar; assim como noções para
aplicar seus conhecimentos adquiridos;
Fornecer oportunidades de elaborar e cumprir planos e metas de trabalho
segundo a proposta pedagógica, firmando o posicionamento e caráter democrático da
escola;
Transformar a entidade escolar em todos os seus aspectos, para retomar sua
credibilidade junto à sociedade;
Proporcionar espaço para novas ideias e metas futuras.
A MÉDIO PRAZO
Participação de todos, e em especial dos educandos no desenvolvimento da
nova proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
Participação ativa e direta nas mudanças sofridas dentro da escola sejam
estas éticas, estéticas ou políticas;
Através de a autonomia desenvolver no educando sensos de
responsabilidade e auto direção;
Desenvolver habilidades de cooperação;
Em todos os estudantes desenvolver habilidades de liderança;
Fornecer formação por competência e formação emocional
Acesso à educação de qualidade, norteado pela democracia e diálogo aberto.
A CURTO PRAZO
Resgatar a credibilidade na educação;
Reafirmar o papel educacional e socializador da instituição escolar;
Planejar para transformar a atual educação escolar em ensino de qualidade,
que englobe todos os envolvidos, seus problemas sociais, emocionais e seus anseios;
Através da nova proposta, exercer o novo modelo de gestão escolar;
Iniciar planos e metas propostas pelo novo Projeto Político Pedagógico.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
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Brasiliense, 1984.
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nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
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MEC/SEF, 1999.
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Número 95, Brasília: MEC/SEF, 1995.
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Metodologia Libertadora. Número 96, Brasília: MEC/SEF, 1995.
LOCH, Valdeci Valentin. Jeito de Avaliar: O Construtivismo e o Processo de
Avaliação. Curitiba: Renascer, 1995.
LOCH, Valdeci Valentin. Jeito de Planejar: O Construtivismo e o Planejamento
Pedagógico. Curitiba: Renascer, 1995.
MELLO, Guiomar Namo (e outros). Educação e Transição Democrática. 2ª
edição, São Paulo: Cortez, 1985.
NIDELCOFF, Maria Teresa. A Escola e a Compreensão da Realidade: 12ª
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PAIVA, Vanilda Pereira. Paulo Freire e o Nacionalismo Desenvolvimentista. Rio
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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Inovando nas Escolas do Paraná.
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RODRIGUES, Neidson Lições do Príncipe e outras Lições. São Paulo: Cortez,
1985.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1985.
SAVIANI, Demerval (e outros). Desenvolvimento e Educação na América Latina.
3ª edição. São Paulo: Cortez, 1985.
SMOLE, Kátia Cristina Stoko. Múltiplas Inteligências na Prática Escolar. Brasília:
MEC, 1999.
VALERIEN, Jean. Gestão da Escola Fundamental: Subsídios para Análise e
sugestões de Aperfeiçoamento. São Paulo: Cortez, 1993.
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ARTE
BIOLOGIA
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO
FILOSOFIA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
SOCIOLOGIA
L.E. M – ESPANHOL
L.E. M – INGLÊS
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
A Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, é um serviço especializado de
natureza pedagógica, que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em
Classes Comuns do Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano e Ensino Médio. É um trabalho
desenvolvido à partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem,
específicos de cada aluno. Oferece subsídios pedagógicos contribuindo para a
aprendizagem dos conteúdos da Classe Comum. (Instrução nº 05/04 da Secretaria do
Estado da Educação).
2. OBJETIVO
Aperfeiçoar no aluno habilidades e pré-requisitos, especialmente à nível de
cognição e sócio afetividade emocional, fundamentais para o andamento de seu
processo educativo no Ensino Regular.
3. CONTEÚDOS:
- Diálogos, brincadeiras, quebra-cabeça, adivinhações;
- Jogos diversos envolvendo raciocínio, atenção, concentração, percepção,
observação, persistência;
- Charadas, artes;
- Problemas variados envolvendo raciocínio;
- Textos diversos, interpretação de textos e piadas, aprimoramento da leitura,
produção de textos, exercícios gramaticais;
- Operações variadas, atividades lúdicas, atividades de desafios, exercícios
psicológicos de raciocínio;
- Palavras cruzadas, caça palavras com temas informativos, atividades em
grupo;
- Jogos de memória, xadrez, dominó, trilha...;
4. ESTRATÉGIAS:
- Expressar seus pensamentos de forma lógica e organizada;
- Trabalhar com exercícios de memória, raciocínio, compreensão e
associação de ideias;
- Fornecer tarefas estruturadas para auxiliar na organização do pensamento e
gradua las de acordo com o ritmo de aprendizagem;
- Desenvolver atividades, jogos, quebra-cabeças, brincadeiras, que envolvam
atenção, raciocínio, concentração, persistência e memória;
- Desenvolver habilidade necessária à exposição de ideias por meio de
histórias, descrição, narração através de experiências diárias, imaginação, figuras e fatos.
5. ÁREA SÓCIO-EMOCIONAL:
- Desenvolver a auto estima;
- Oportunizar situações que propiciem o desenvolvimento de auto imagem
positiva do aluno em relação à aprendizagem, ressaltando lhe sua capacidade da
competência que realize o aprendizado em outras situações;
- Valorizar todas as produções do aluno, a fim de proporcionar experiências
bem sucedidas que ajudem a fortalecer a auto estima;
- Motivar, reforçar e valorizar sua pessoa;
- Reforçar positivamente o término das atividades através de elogios, visando
a melhoria de auto estima;
- Desenvolver a consciência do seu corpo, suas funções, diferenciando as por
fase de crescimento e desenvolvimento;
- Trabalhar dados de identificação pessoal e familiar;
- Desenvolver a coordenação viso motora, criatividade e habilidade manual;
- Acatar as regras do jogo em que participa;
- Incentivar a realização das atividades;
- Incentivar o trabalho por iniciativa e reforça lo após a realização do mesmo;
- Criar situações problema deixando ao aluno solucionar, respeitando seus
sentimentos, necessidades, vontades e sugestões.
6. COORDENAÇÃO-MOTORA:
- Trabalhar e desenvolver a coordenação motora ampla e consciência do
próprio corpo;
- Dinâmica estática, fina e relaxamento;
- Desenvolver movimentos amplos em jogos que envolvam atenção, equilíbrio
através da mímica e dramatização;
- Produzir graficamente modelos, desenhos, figuras humanas, de natureza e
outras;
- Identificar e nomear as partes do corpo e suas funções, as partes principais
e detalhes;
- Identificar pessoas por faixa etária;
- Orientar se no espaço e tempo;
- Trabalhar punições para melhorar de postura;
7. ATIVIDADES DA VIDA AUTÔNOMA:
- Adquirir hábitos de postura correta;
- Trabalhar higiene e importância do asseio pessoal;
8. LINGUAGEM:
- Desenvolver o raciocínio verbal, reproduzindo histórias;
- Transmitir e receber recados;
- Expressar adequadamente seus pensamentos e sentimentos;
- Estimular a criatividade;
- Desenvolver a verbalização e atenção a detalhes, identificando uma figura
através de sua descrição;
- Desenvolver a verbalização e observação dialogando a respeito de uma
cena, de animais, de pessoas e de objetos;
- Ampliar o vocabulário;
- Descrever cenas, objetos, pessoas, animais, figuras, etc;
- Montar cenas com figuras, dos nomes e os personagens e compor
verbalmente uma história;
9. HABILIDADES ACADÊMICAS:
- Ordenar cenas que sucedem no tempo;
- Utilizar conceitos de tempos (presente/futuro) e relaciona los;
- Manusear o calendário e reconhecer sua utilidade;
- Descrever cenas e observando se o período do dia;
- Associar o tempo às atividades diárias;
- Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico;
- Identificar o problema (compreender enunciado, sistematizar informações);
Elaborar estratégias para solucionar problemas. Formular questões a partir
de situações reais;
- Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas e aplica
las em situações diversas no conteúdo das Ciências tecnológicas e das atividades
cotidianas.
10. MATEMÁTICA:
- Resolver situações que evoluem as 4 operações;
- Identificar as operações com as inversas;
- Trabalhar sequência numérica em ordem crescente/decrescente e
salteados;
- Desenvolver raciocínio através da resolução de problemas;
- Trabalhar cálculos mentais, escritos, exatos, aproximados.
- Fixar a tabuada;
- Resolução de problemas, por meio de estratégias variadas, como
construção de diagramas e tabelas sem aplicação de fórmulas;
- Desenvolver o raciocínio matemático de conscientização e identificação;
- Resolver problemas que envolvem situações de vida diária;
- Efetuar sentenças matemáticas das quatro operações;
- Resolver desafios matemáticos;
11. LEITURA E ESCRITA:
- Compreender e interpretar textos e livros;
- Aplicar conhecimentos de estrutura da língua quanto à pontuação, classe de
palavras, gramática e concordância verbal/nominal;
- Relacionar expressão oral e escrita;
- Identificar tipos de frase: interrogativa, exclamativa, negativa, afirmativa;
- Ler silenciosamente textos, poemas e histórias;
- Expressar graficamente seu pensamento através de palavras frases e
textos;
- Desenvolver linguagem escrita compondo histórias a partir de observação
de cenas;
- Desenvolver e aprimorar a ortografia para fixar palavras com dificuldades
específicas;
12. METODOLOGIA:
As atividades da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, serão programadas e
desenvolvidas em consideração às dificuldades dos alunos encontradas no ER; tendo
como subsídios para proporcionar, favorecer e melhorar as habilidades de levar os alunos
a compreender e desenvolver a aprendizagem dos conteúdos do ER.
Serão diversas atividades de acordo com as dificuldades dos alunos de forma
que completem e complementem o desenvolvimento cognitivo motor e sócio afetivo
emocional.
13. RECURSOS DIDÁTICOS:
Serão utilizados livros didáticos, revistas, jornais, folhetos de propaganda, jogos
diversos, atividades xerocadas, mimeografadas e tic’s.
14. AVALIAÇÃO:
A avaliação do rendimento dos alunos será periodicamente por meio de
observações, contatos com os professores do Ensino Regular através da coordenação
pedagógica da escola.
No Relatório Bimestral dos alunos serão registrados individualmente e
bimestralmente os avanços e necessidades acadêmicas, aspectos relativos à promoção,
bem como a necessidade de continuidade ou desligamento do apoio ao aluno em Sala de
Recursos Multifuncional Tipo I.