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Projeto Educativo 2017/20

Colégio Moderno de S. José - Projecto Educativo 11/14 2018/doc/Projeto Educativo...Colégio, em outubro de 1928. Para esse efeito, foi comprada uma pequena moradia particular, pertencente

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Projeto Educativo

2017/20

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Índice

1. Introdução ……………………………………………………………………………………………………………………………… 3

2. Caráter Próprio …………………………………………………………………………………………………………….…........ 3

2.1. De onde partimos – O Sonho dos Fundadores ………………………………………………………………….... 3

2.2. Quem somos ………………………………………………………………………………………………………….……….... 3

2.3. Missão e visão ………………………………………………………………………………………………………………….... 4

3. Um pouco de História 4

3.1. Entrada das Irmãs em Vila Real ………………………………………………………………………………………..………… 4

3.2. Formação Cultural e Artística …………………………………………………………………………………………..………… 5

3.3. Percurso ……………………………………………………………………………………………………………………………... 5

3.3.1. O Colégio Moderno de S. José …………………………………………………………………………………. 5

3.3.2. Obra Social Madre Maria Clara (OSMMC) ………………………………………………… 6

3.3.2.1.Contexto Institucional 6

3.3.2.2.A Creche de S. José 6

4. Caraterização 8

4.1. Contextualização da Ação Educativa ………………………………………………………………………………….. 8

4.2. Meio Local ………………………………………………………………………………………………………………….……….. 7

4.3. Espaço físico do Colégio e da Creche de S. José 9

4.3.1. Níveis de Ensino ………………………………………………………………………………………………………… 10

5. Recursos humanos 10

5.1. Direção da OSMMC e organização :……………………………………………………………………………… 10

5.2. Organigrama da OSMMC 11

5.3. Competências…………………………………………………………………………… 11

5.3.1. Direção 11

5.3.2. Comunidade Religiosa …………………………………………………………………………………………….. 11

5.3.3. Profissionais …………………………………………………………………………………………………………… 11

5.3.3.1.Pessoal docente 12

5.3.3.2.Pessoal não docente 12

5.4. Pais/Encarregados de Educação………………………………………………………… 12

6. Recursos Materiais 13

6.1. Serviços ……………………………………………………………………………………………………………………………… 13

6.2. Instalações ………………………………………………………………………………………………………………………… 13

7. Modo Pedagógico 14

7.1. Princípios Orientadores ……………………………………………………………………………………………………… 14

8. Operacionalização do Projeto Educativo 14

9. Organização do Projeto Educativo 15

9.1. Enquadramento 15

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9.2. Prioridades Educativas……………………………………………………………………………………………………… 16

9.3. Objetivos 16

10. Formas de Organização ……………………………………………………………………………………………………………. 17

10.1. Funcionalidade…………………………………………………………………………………………………. 17

10.2. Equipa Técnica…………………………………………………………………………………………………………… 17

10.3. Reuniões 18

10.4. Meios de Formação 19

11. Processo de Avaliação………………………………………………………………………………. 19

11.1. Instrumentos de trabalho……………………………………………………………………………………. 19

11.2. Elaboração do Plano de Desenvolvimento (PI)…………………………………………………………… 20

11.3. Avaliação e revisão do PI 21

11.4. Avaliação do PE 21

11.5. Outros Documentos 21

12. Bibliografia ……………………………………………………………………………………………………………. 23

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1. Introdução

O Projeto Educativo do Colégio Moderno de S. José (CMSJ) e da Creche de S. José pretendem

concretizar a proposta educativa que a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada

Conceição – CONFHIC – oferece a todos os seus Centros Educativos como Escola Franciscana

Hospitaleira.

É inspirado nas orientações da Igreja Católica e, por isso, forma e promove a pessoa de acordo com a

conceção cristã. Desenvolve um percurso de personalização na vivência de valores culturais e da vida.

Tem dimensão eclesial, comunitária e cultural e carateriza-se por ser uma escola da pessoa e para a

pessoa. No percurso da personalização dos nossos educandos, encontramos força e inspiração no lema:

“Educar para humanizar”. Este paradigma educativo, interpretado segundo uma visão humanista,

supera a simples aquisição de conhecimentos e refere-se a todos os recursos pessoais dos nossos

educandos – também aqueles do viver junto com outros e crescer em humanidade através do exercício da

liberdade discernida, criadora e transformadora da escola e da vida. Vocacionada, também, à diversidade

da pessoa que aprende, num percurso pedagógico marcado pelo amor-proximidade, hospitalidade,

diálogo, respeito, trabalho, alegria,…, e pelo compromisso ético de saber, saber fazer e saber fazer

acontecer, por nós mesmos e pelos outros (Doc. Educar Hoje e Amanhã, uma paixão que se renova).

A nossa razão de ser, como educadores católicos, é sermos apóstolos no sentido pleno do termo, e da

Escola Católica, é tornar-se lugar de autêntica e específica ação pastoral de Evangelização sempre nova.

Convencidos de que a educação é uma das mais poderosas armas de que dispomos, para modelar o

futuro, somos convidados a viver o Amor, único suporte didático consistente.

Como disse Sebastião da Gama: Educar é Amar!

2. Caráter Próprio

“Compreender o presente exige um conhecimento mais ou menos profundo do passado”.

(Lucien Febvre)

2.1. De onde partimos – O sonho dos Fundadores

Não podemos falar de Escola Franciscana Hospitaleira, sem antes conhecermos os seus Fundadores e

nos debruçarmos sobre o tempo em que viveram, e como projetaram o futuro. Foi no contexto

sociopolítico, económico e religioso atribulado do séc. XIX, que nasceram e viveram os Fundadores: Pe.

Raimundo dos Anjos Beirão (1810) e Irmã Maria Clara do Menino Jesus (1843), que, embora nascidos

em famílias privilegiadas, pela sua afeição às necessidades dos mais desprotegidos e carenciados da

sociedade, não deixaram de sentir e sofrer a crise que se vivia e alastrava na sociedade mais

desprivilegiada.

2.2. Quem somos?

A Escola Franciscana Hospitaleira oferece uma cosmovisão específica, com um forte sentido de

fraternidade, de simplicidade, de inclusão, de ecologia do Espírito em que o mundo e todas as criaturas

aparecem, como caminho e reflexo do Criador. Procura permear no espírito evangélico das bem-

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aventuranças toda a ação educativa, promovendo o crescimento integral das crianças e dos jovens. Adota

como pedagogia o acolhimento, que se traduz pelo afeto, pelo amor e pela alegria, que dá sentido ao ser e

ao saber.

Ser educador hospitaleiro é estar atento à vida, e dar ao outro a possibilidade de descobrir-se, e

descobrir o que está chamado a ser. A educação Franciscana Hospitaleira é um caminho aberto e a refazer

em cada tempo e lugar. A Hospitalidade é uma maneira de dizer amor, colocando em destaque o

cuidado, a atenção, o acolhimento e a misericórdia.

Foi este o sentir dos nossos Fundadores, quando escreveram: “Ides servir de mães, educando”.

2.3. Missão e visão

O Colégio Moderno de S. José tem por missão cuidar o campo educativo como plataforma

evangelizadora dos educandos e das famílias, promover uma aprendizagem de excelência, inovadora e em

interioridade cristã. A sua visão direciona-se para um referencial de qualidade educativa, da excelência

do saber ser e do escolher ser feliz, que a torna numa Escola/Creche, perita de humanidade e de fé,

“Educar, Amando”.

3. Um pouco de História

3.1. Entrada das Irmãs em Vila Real

A fundação do Colégio remonta a 1928. Depois da Implantação da República, fechou o Colégio das

Irmãs Doroteias, nesta cidade. Sentindo a falta das Irmãs, o povo pedia o regresso das religiosas. Por essa

ocasião, a Superiora Geral, Madre Maria Domingas da Conceição Mota, vira-se obrigada a fechar o

Colégio de Verín – Espanha, por falta de pessoal docente apto, no respeitante ao conhecimento da língua

espanhola.

Entretanto, abordada pelo Bispo de Vila Real, D. João Evangelista de Lima Vidal, a Madre Maria

Domingas transferiu, gostosamente, as Irmãs de Verín para a capital transmontana, para com elas abrir o

Colégio, em outubro de 1928. Para esse efeito, foi comprada uma pequena moradia particular, pertencente

ao Sr. António Ribeiro do Tojal, sita na Rua do Carmo e com o nome de Vila Celeste, nome que

conservou até 1941. Adquirida a casa, as Irmãs mudaram do Colégio de Verín – Província de Ourense –

Galiza, para Vila Real, fazendo-se, também, nessa altura, a transferência do mobiliário e material didático

do citado Colégio.

3.2. Formação cultural e artística

Desde o início, o Colégio manteve sempre como preocupação dominante a formação integral das

alunas. Assim, após as primeiras obras de ampliação da casa primitiva, foi inaugurado o salão de festas

com uma representação no Carnaval que, a partir de então, se tornou tradição.

Durante longos anos, teve a cidade o prazer de assistir a belíssimas festas, cuidadosamente ensaiadas e

onde não faltavam as mais altas autoridades civis, militares e religiosas.

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Cada fim de ano letivo era caraterizado por uma exposição de trabalhos artísticos, executados pelas

próprias alunas ao longo do ano.

3.3. Percurso

3.3.1. O Colégio Moderno de S. José

Nos primeiros anos, o Colégio era frequentado por um grande número de alunas que se dedicava,

especificamente, a lavores, arte aplicada e pintura. Sentia-se interesse e mesmo entusiasmo, não só das

alunas, mas também, dos próprios visitantes.

“Fundado em 1928, o Colégio Moderno de S. José viveu todo este tempo numa afirmação constante

de progresso, de ascensão para o ideal a que se propuseram as suas Fundadoras, tendo, com certeza,

ultrapassado já as aspirações mais ousadas e os sonhos mais otimistas da primeira hora. Desde 1928,

quanto caminho andado! Quantos Alunos e quantos Educadores por ele passaram! Quantas histórias

lindas se podem contar! Quantas mães exemplares e quantas profissionais exímias! Quantas pessoas

consagradas receberam aqui a sua formação cristã… Escola de ciência e de virtude, casa de ensino e

educação, procura ir ao encontro das necessidades da Comunidade local e corresponder aos seus mais

justos anseios. Com a celebração das Bodas de Diamante, o Colégio inaugurou uma nova etapa, bem

assente na ousadia do sonho, na coragem de avançar e na esperança de vencer.”

(cf. Escola Franciscana Hospitaleira – Um Desafio de Séculos)

O Colégio Moderno de S. José passou a fazer parte da Obra Social Madre Maria Clara desde o ano

letivo 2008/09, isto é, a partir do dia 8 de outubro de 2008.

3.3.2. Obra Social Madre Maria Clara

3.3.2.1 - Contexto Institucional

A Obra Social Madre Maria Clara é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, criada por

iniciativa da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, com Estatutos

aprovados a 18 de dezembro de 1990, nas folhas 66/90 a 99 e 99 verso, cujo extrato foi publicado no

Diário da República, 3ª Série, número 14, de 17 de janeiro de 1991.

A Obra Social Madre Maria Clara tem a sua sede na Rua Visconde Moreira Rey, nº 12, Linda a

Pastora, 2795-762 QUEIJAS.

A Obra Social Madre Maria Clara é uma resposta ao imperativo “Onde houver o Bem a fazer que se

faça”, que foi lema na vida dos Fundadores da Congregação, e tem como objetivo “contribuir para a

promoção integral das populações onde está inserida, coadjuvando os serviços públicos competentes ou

outras Instituições Particulares, em espírito de solidariedade humana, cristã e social”1.

Na década de oitenta do século XX, (1986-1989), as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada

Conceição, (CONFHIC), com a intenção de construírem a sede Geral da Congregação, ao adquirir a

1 Estatutos da Obra Social madre Maria Clara, art. 3

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quinta de Cesário Verde, em Linda a Pastora, imediatamente se confrontaram com uma zona socialmente

carenciada, nomeadamente, no apoio às crianças mais pequenas.

Na casa da quinta do poeta Cesário Verde, o Governo Geral da

CONFHIC mandou remodelar o Edifício na parte interior,

mantendo o traço (tal como era exigido), visto que este edifício

estava no Roteiro Turístico da Câmara de Oeiras. Após a obra de

remodelação, passou a ser a sede da OSMMC com a resposta social

de Creche e Jardim de Infância.

Hoje, a OSMMC está presente em dois distritos; Vila Real no

Colégio Moderno de S. José, e no distrito de Lisboa, em três

respostas sociais distintas:

1. Linda a Pastora - Creche e Jardim de Infância;

2. Laveiras - Jardim-de-Infância;

3. Algés - Centro de Dia e Apoio Domiciliário.

3.3.2.2 – A Creche de S. José

A Creche de S. José é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com Acordo de Cooperação

com a Segurança Social, sendo uma valência do Colégio Moderno de S. José. Iniciou as suas funções

educativas no dia 1 de setembro de 2009 e destina-se a crianças entre os 3 e os 36 meses de idade,

encontrando-se organizada em três espaços, cada um deles com identidades e caraterísticas próprias. Tem

como objetivo principal colaborar com os pais na educação dos seus filhos, sensibilizando-os para os

problemas e exigências do seu normal desenvolvimento, e suprindo, quando necessário, os limites e

incapacidades das famílias.

Berçário

(Espaço destinado à permanência de bebés entre os 3 meses e a aquisição de marcha)

Berçário Espaço destinado aos tempos de repouso e descanso dos bebés

com 10 camas.

Sala

Parque

Espaço dedicado aos tempos ativos, onde a criança poderá

brincar e explorar o meio com os Agentes Educativos e seus pares.

Salas de Atividades

(Espaços destinados ao desenvolvimento, e atividades lúdicas e pedagógicas)

Sala de 1

Ano

Crianças com idades compreendidas entre a aquisição de

marcha e os 24 meses.

Sala de 2

Anos Crianças com idades compreendidas entre os 24 e os 36 meses.

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A Creche de S. José foi criada para dar resposta aos pais dos alunos do Colégio, que apresentavam as

suas dificuldades de ter os seus filhos mais novos, noutros locais.

A Creche de S. José é uma Instituição Católica e a sua ideologia central está fundamentada em fortes

pilares, valores que norteiam os seus membros e a sua ação quotidiana como:

“Hospitalidade (acolhimento, com a maior amabilidade);

Fraternidade (sentir a todos como uma família);

Respeito (pela Liberdade e Dignidade de cada um);

Exigência (preparação competente, como preparação para a vida);

Verdade (sinceridade e abertura nas relações interpessoais)”.2

Sendo todos eles básicos na formação da pessoa, estão presentes em toda e qualquer iniciativa, ao ser

pensada e no seu percurso de concretização.

Para a Escola Franciscana Hospitaleira, a Educação “é um processo dinâmico e permanente que visa

ajudar o aprendente a realizar-se como pessoa, respondendo aos desafios da sua vocação humana e

identificar-se, progressivamente, como Homem Novo, na sua tríplice relação com Deus, com o outro e

com o mundo”3.

Toda a Instituição está aberta a acolher todos os alunos que procurem este Estabelecimento ,

independentemente da sua religião ou categoria social, desde que respeitem e se identifiquem com o seu

Projecto Educativo, que a todos procura dar uma Educação humana e personalizada, no sentido da

liberdade e da responsabilidade.

Todo o trabalho neste estabelecimento é desenvolvido por uma Comunidade de Religiosas em

colaboração com pessoal docente e não docente, segundo os princípios da Proposta Educativa e as

normas contidas neste Projeto Educativo.

4. Caraterização

4.1. Contextualização da Ação Educativa

A Educação é um processo dinâmico e permanente que visa ajudar o Aluno a realizar-se como pessoa,

respondendo aos desafios da sua vocação humana e cristã, identificando-se, progressivamente, com o

Homem Novo, na sua tríplice relação com Deus, consigo mesmo e com o outro.

Este Colégio acolhe todos os alunos que o procuram, independentemente da sua religião ou categoria

social, desde que respeitem e se identifiquem com o seu Projeto Educativo; a todos procura dar uma

Educação humana e personalizada, no sentido da liberdade e da responsabilidade.

É dirigido, superior e indiretamente, pela Superiora Provincial, da Província de Santa Maria –

Portugal; e, diretamente, pela Diretora Administrativa, em estreita colaboração com a Diretora

Pedagógica e a Diretora Técnica da Creche, nomeadas, respetivamente, pela mesma Autoridade

Provincial.

2 Proposta Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira, Província de Santa Maria, 1999 3 Ibidem

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Todo o trabalho nesta Escola é desenvolvido por uma Comunidade de Religiosas em colaboração com

docentes e pessoal não docente, segundo os princípios da Proposta Educativa da Escola Franciscana

Hospitaleira e as normas contidas neste Projeto Educativo.

4.2. Meio Local

O Colégio situa-se no centro da cidade de Vila Real, freguesia de S. Pedro, Rua Tenente Manuel Maria

Bessa Monteiro, nº 45. Goza de bons acessos, quer dos vários pontos da cidade, quer das povoações

limítrofes.

Fica próximo das instalações dos Bombeiros Voluntários da Cruz Verde, das igrejas de S. Pedro e

Calvário, do Centro Cultural e Regional de Vila Real, do Paço Episcopal, do Jardim da Carreira, do

Arquivo Distrital, do Mercado Municipal, da Escola Secundária de S. Pedro, do Instituto Português da

Juventude, do Seminário Diocesano, etc… Relativamente próximos estão, também, a Câmara Municipal,

a Sé Catedral, a P.S.P., a G.N.R., a Escola Secundária Camilo Castelo Branco, o Ginásio Clube de Vila

Real, Terminal de transportes das diferentes agências Rodoviárias, o Teatro Municipal, a Biblioteca

Municipal, o Conservatório Regional de Música, o Grupo de teatro Nordeste “Filandorra”, o Instituto de

Segurança Social, o Centro de Saúde do Corgo e a sede do Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Todos

estes elementos são de grande importância, na medida em que funcionam como recursos educativos,

culturais, desportivos e outros, sempre que solicitados pelo Colégio/Creche e de acordo com as suas

disponibilidades.

A Comunidade local em que o Colégio está inserido é neste momento bastante heterogénea, tendo

passado de uma estrutura sociológica tradicional para uma estrutura de vivências mais pessoais, como

consequência do desenvolvimento industrial, comercial e cultural de Vila Real.

Os alunos, provenientes da cidade e das várias freguesias circunvizinhas, pertencem a diferentes

categorias sociais, desde as que atingem um nível socioeconómico mais favorecido e culto, até às mais

humildes e menos letradas. Segundo o Regulamento da Creche, os critérios de admissão regem-se pela

seguinte ordem de priorização:

a) “Irmãos de alunos que frequentam a Creche e/ou o Colégio Moderno de S. José;

b) Crianças de famílias carenciadas, monoparentais e numerosas;

c) Ausência ou indisponibilidade dos pais, para assegurar os cuidados básicos;

d) Pais que trabalhem ou residam na área do Colégio;

e) Filhos de funcionários e de antigos alunos da Creche ou do Colégio;

f) Outras crianças já inscritas em lista de espera, por ordem de candidatura e com os respetivos

documentos de identificação.”4

4 Norma VI Critérios de Prioridade na Admissão do Regulamento Interno da Creche de S. José.

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4.3 Espaço físico do Colégio e da Creche

O Colégio Moderno de São José com Autorização Definitiva DREN/Nº 215, de 8 de outubro de 2008,

pode ter uma lotação total de 395 (trezentos e noventa e cinco) alunos.

É um edifício constituído por uma parte central, de aspeto apalaçado dos fins do século XIX e duas

anexações mais recentes, com quatro pisos, numa área total de 1425m2. Tem um espaço aberto na

retaguarda que funciona como campo de jogos e outra área coberta, usada para recreios nos dias

chuvosos.

Na frente do edifício situa-se o parque infantil, que serve a Creche e o Jardim de Infância do

Estabelecimento.

Além das salas de aula, num total de catorze, possui outros espaços de ação pedagógica e

administrativa, designadamente: um ginásio, dois balneários (masculino e feminino), um átrio polivalente,

sala de acolhimento dos Alunos, três salas de receção aos Encarregados de Educação, duas salas de

estudo, gabinete pedagógico, gabinete da Diretora Técnica da Creche, sala de Educação Visual e

Educação Tecnológica, sala de Informática, sala de Educação Musical, sala de reuniões, gabinete de

psicologia, salão nobre para visitas especiais, salão de festas, anfiteatro, laboratório, biblioteca, sala de

professores, doze instalações sanitárias, parque infantil e recreio exterior.

A Resposta Social Creche tem acordo de Cooperação com o Instituto de Segurança Social para 33

crianças e com capacidade para 40 crianças.

Há ainda a considerar, nas instalações dentro deste estabelecimento, os serviços administrativos como:

secretaria, escritório, cozinha, despensas, refeitórios, copa, bar, etc. No centro do edifício, está situada

uma linda Capela que é o coração de toda a Comunidade Educativa e onde esta se reúne, muitas vezes,

para celebrar e vivenciar a fé.

4.3.1 Níveis de ensino

Atualmente, o Colégio recebe alunos de ambos os géneros e de diferentes classes sociais, que

frequentam os três níveis de ensino: Pré-Escolar, 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, e a Creche. Os

conteúdos lecionados estão consubstanciados nos Programas Oficiais.

A Autorização Definitiva DREN n.º 215, de 8 de outubro de 2008, permite o funcionamento da

instituição com um total de 395 alunos, desde a educação Pré-escolar ao 2.º Ciclo do Ensino Básico.

Possui, ainda, contrato celebrado com o Estado – contrato de desenvolvimento para o Pré-escolar e

contrato simples para o 1.º e 2.º Ciclos.

A Creche de S. José está registada na Direção Geral da Segurança Social sob a inscrição n.º 066/2009,

no livro n.º 4 das Fundações de Solidariedade Social sob o n.º 66/90, folhas 99 e 99 verso, desde o dia 9

de julho de 2004. A Creche segue as propostas do “Manual de Processos Chave” para Creches do

Instituto de Segurança Social.

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5. Recursos humanos

5.1 – Direção da OSMMC e organigrama

5.2 – Organigrama do Colégio e Creche de S. José

5.3 Competências

5.3.1 Direção

Dirigir a Instituição, provendo às exigências próprias de um Estabelecimento de Ensino e

Educação, a nível material e pedagógico;

Diretora Administrativa

Diretora Pedagógica (Colégio)

Diretora Técnica (Creche)

Professores

1º Ciclo

2º Ciclo

Educadoras de Infância

Ajudantes da Ação Educativa

Auxiliar de Serviços Gerais

Cozinha e armazenamento

Auxiliares de Serviços Gerais

Serviços Administrativos

Ajudante da Ação Educativa

Psicóloga

Lavandaria

Dep SHST

e

HACCP

Nutrição

Educadores de Infância

Presidente

Vice - Presidente Tesoureiro

Secretário Vogal

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Dinamizar a ação educativa do Estabelecimento, fazendo dela um meio de crescimento para todos

os seus membros;

Promover atividades e meios que desenvolvam e cuidem a qualidade dos serviços prestados.

5.3.2. Comunidade Religiosa

A Comunidade Religiosa, vocacionalmente empenhada na sua missão de Franciscana Hospitalidade,

acompanha e responde às solicitações da comunidade educativa.

5.3.3. Profissionais

5.3.3.1. Docentes

O CMSJ possui um quadro estável de docentes profissionalizados, constituído por professores e

educadores, abrangendo os diferentes níveis de ensino e a resposta social Creche.

Desempenham um papel decisivo na vida do CMSJ. Diretamente implicados, colaboram com

dedicação e empenho na aplicação do Projeto Educativo com o qual se identificam, não só por

assentimento intelectual, mas por um consentimento pessoal. Compete-lhes:

Conhecer, aceitar e viver a visão cristã e franciscana do Homem, do Mundo e da História;

Veicular conhecimentos científicos atualizados e proficiência na utilização da língua portuguesa;

Possuir uma verdadeira arte de educar com mestria e pedagogia;

Desenvolver um trabalho disciplinado de autoformação que promova o seu aperfeiçoamento

pessoal e profissional.

Valorizar o trabalho em equipa e o diálogo interdisciplinar;

Partilhar com os colegas as dificuldades, mostrando disponibilidade para aprender uns com os

outros;

Planificar adequadamente as atividades letivas;

Explicar com clareza as áreas do seu domínio científico;

Contribuir para o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e espiritual de cada aluno;

Estimular o envolvimento e o empenho dos alunos no estudo e na vida da comunidade escolar;

Diversificar estratégias para fazer face a diferentes modos de aprendizagem em resposta às

diferentes inteligências;

Utilizar as tecnologias de informação e comunicação, melhorando o processo de ensino-

aprendizagem;

Garantir um ambiente disciplinado, meio eficaz à aquisição de conhecimentos;

Colaborar com todos os agentes educativos, reforçando o lugar insubstituível dos Pais como

primeiros educadores.

5.3.3.2. Pessoal não docente

O pessoal administrativo de serviços e auxiliar é uma presença imprescindível no Colégio, e

complementa a qualidade da educação. Compete-lhe:

Conhecer, aceitar e viver a visão cristã e franciscana do Homem, do Mundo e da História;

Participar nas atividades e tarefas da Comunidade Educativa, com empenho, interesse e espírito

de família;

Desenvolver as suas tarefas com dedicação e verdadeiro espírito de serviço;

Ser afável no relacionamento com todos;

Ser irrepreensível no comportamento e nas atitudes;

Cooperar e promover a interajuda.

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5.3.4. Pais / Encarregados de Educação

Os pais/encarregados de educação são os primeiros responsáveis pela educação dos seus

filhos/educandos. Como tal, uma relação de colaboração e interajuda entre a Família e o Colégio é

imprescindível ao desenvolvimento integral do aluno. Assim compete-lhes:

Conhecer e aceitar a filosofia subjacente ao Projeto Educativo;

Contribuir, através da presença mais assídua, para um melhor rendimento escolar, para um

harmonioso comportamento e para elevar o nível da autoestima dos seus educandos;

Cooperar, de forma ativa, responsável e construtiva no processo ensino-aprendizagem do seu

educando;

Participar, de forma corresponsável, nos projetos e atividades planificadas pelo CMSJ.

5.4. Direção / Corpo Docente / Corpo não Docente

Direção

Diretora Administrativa 1

Diretora Pedagógica 1

Diretora Técnica da Creche 1

Corpo Docente Corpo não Docente

Educadoras de Infância 6

Professoras Titulares 7

Professores do 2º Ciclo 9

Psicóloga 1

6. Recursos Materiais

6.1 Serviços

Secretaria Limpeza

Escritório Administrativo Vigilância

Gabinete Pedagógico

Gabinete da Diretora Técnica da Creche

Cozinha

Bar

Biblioteca Refeitório

Portaria

6.2 Instalações

O Colégio tem, atualmente, aproveitadas todas as suas capacidades físicas, do seguinte modo:

Gabinete Direção Administrativa 1 Ginásio 1

Gabinete Pedagógico 1 Laboratório 1

Gabinete Diretora Técnica da Creche 1 Biblioteca 1

Gabinete Serviço de Psicologia 1 Anfiteatro 1

Capela 1 Bar 1

Salão Nobre 1 Cozinha 1

Secretaria 1 Refeitórios 2

Sala de Professores 1 Copa 1

Serviços Administrativos 2

Ajudantes de Ação Educativa 9

Serviços Gerais 15

Cozinha 2

Enfermagem 1

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Salas de Aula 14 Sala de Jantar 1

Sala de EV/ET 1 Átrio - Polivalente 1

Sala de Educação Musical 1 Recreio 1

Sala de Prolongamento – Pré-Escolar 1 Parque Infantil 1

Sala de Informática 1 Sala de Isolamento (Enfermagem) 1

Sala de Estudo 2 Camarins 2

Sala de Receção aos Alunos 1 Balneários 2

Sala de Visitas 2 WC dos alunos 11

Sala de Espera para Pais 1 WC do Pessoal 2

No entanto. a Resposta Social - Unidade Creche tem a seguinte distribuição:

Berçário com sala parque, fraldário e espaço de descanso 1

Sala 1 Ano 1

Sala 2 Anos 1

WC das Crianças 1

Vestiário do Pessoal 1

Sala do Pessoal 1

Despensas de materiais didáticos e de roupas 2

7 Modo Pedagógico

Tendo presente todo o contexto onde se insere o Colégio, assim como os diversos Agentes da

Comunidade Educativa, este Projeto Educativo foi elaborado, tendo como base as linhas orientadoras da

“Proposta Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira da Província de Santa Maria”, assim como os

princípios e valores definidos pela Constituição da República, pela Lei de Bases do Sistema Educativo e

pelo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo. Referente à resposta Social Creche, tem ainda como

linha orientadora o Instituto de Segurança Social.

7.1 Princípios orientadores

O que carateriza o Colégio Moderno de São José, enquanto Escola Franciscana Hospitaleira, é o

compromisso da promoção do Homem Integral com todos os seus valores humanos, encontrando a sua

realização plena e consciencializando-se da sua humanidade. Neste sentido, este estabelecimento de

ensino ajuda os seus alunos a realizar a síntese entre a fé, a vida e a cultura, mediante o ensino, não

pretendendo, de modo algum, desviar o ensino do objetivo que lhe é próprio na educação escolar.

Ambiciona-se facultar aos alunos uma educação completa que articule os conhecimentos

teóricos/científicos com o ensino experimental, mas, ao mesmo tempo, promover uma forte educação

para valores como a hospitalidade, a fraternidade, o respeito, a exigência, a verdade… Desta forma,

valoriza-se:

A competência, dinamismo, dedicação, empenho, espírito de família;

O trabalho em espírito de colaboração e equipa por parte de todos os membros da Comunidade

Educativa, valorizando a solidariedade, a confiança e o respeito mútuos…;

A cordialidade nas relações interpessoais, respeitando capacidades, diferenças, funções;

O desenvolvimento do processo pedagógico, tendo como base a dimensão pessoal, social e

religiosa de cada Aluno;

A criação de um ambiente sadio, dinâmico e estimulante, que propicie oportunidades de

aprendizagem aos Alunos, Professores, Pessoal não docente e Encarregados de Educação;

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O contributo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade do Aluno,

incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários.

8 Operacionalização do Projeto Educativo

A operacionalização do Projeto Educativo deverá ser feita através do Plano Anual de Atividades, do

Plano de Estudos e de Desenvolvimento do Currículo e, na sua forma mais direta, através dos Planos de

Trabalho de Turma/Grupo.

O Projeto Educativo deverá, também, servir de referência para possíveis alterações ao Regulamento

Interno, do Colégio e da Creche, ao Plano de Desenvolvimento, aos Órgãos de Gestão intermédios, às

planificações de ensino aprendizagem dos vários percursos escolares e à consequente adaptação dos

critérios de avaliação dos alunos às metas definidas.

A implementação e o sucesso do Projeto Educativo deverão ser da responsabilidade de todos os

intervenientes no processo educativo.

Resposta Social - Creche de S. José

9 Organização Pedagógica da Creche

9.1. Enquadramento

Com a industrialização e a entrada da mulher no mercado de trabalho, as famílias começaram a sentir

dificuldades em cuidar dos seus filhos. Pela iniciativa privada, aparecem as Creches, como resposta

social.

Ao instituir-se legalmente a assistência social à criança, como direito de cidadania, a Constituição

Portuguesa reconhece e é introduzida, na agenda pública, a necessidade da definição de diretrizes,

normas, regras e princípios, que devem estruturar a sua implementação.

O Manual de Processos para Creches, editado pelo Instituto da Solidariedade Social, tem como

preocupação a primeira infância, e como as estruturas das Creches dão respostas às necessidades sentidas.

Este reconhece a importância desta fase do desenvolvimento da criança enquanto indivíduo.

Todas as crianças possuem o seu próprio padrão de desenvolvimento. Apesar de diferentes

investigações terem identificado “normas” ou “estádios” de desenvolvimento, bebés e crianças muito

pequenas necessitam que lhes seja dado espaço, tempo e apoio, que lhes permita realizar o seu próprio

crescimento.

A infância é a etapa fundamental da vida das crianças, sendo os primeiros 36 meses de vida

particularmente importantes, para o seu desenvolvimento físico, afetivo e intelectual. Assim sendo, a

Creche assume um papel fundamental na educação das crianças entre os zero e os três anos, constituindo

uma das primeiras experiências da criança num sistema organizado, externo ao seu meio e círculo

familiar. Ao ser integrada, pretende-se que venha a desenvolver as competências e capacidades próprias

da sua faixa etária. Deste modo, é importante que os profissionais da Creche conheçam as caraterísticas

das crianças, as suas necessidades, saibam respeitar os seus ritmos e tenham parâmetros de avaliação e

observação.

É importante que “o educador seja capaz de interligar os aspetos do desenvolvimento com as áreas de

aprendizagem e experiência com aspetos da atividade lúdica”5, permitindo que as crianças brinquem,

manipulem e explorem os diferentes materiais de cada área, tendo sempre em consideração o

cumprimento da rotina diária como facilitadora do desenvolvimento das crianças.

5 Portugal, Gabriela “Crianças, famílias e Creches” – Uma abordagem ecológica da adaptação do bebé à Creche – Porto Editora 1998

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Atendendo que as crianças “… necessitam de atenção às suas necessidades físicas e psicológicas, uma

relação com alguém em que confiem, respeito, ambiente seguro, saudável e adequado ao seu nível de

desenvolvimento, oportunidades de interagir com outras crianças e liberdade para explorar, utilizando os

seus sentidos”6, daí ser fundamental a presença de Educadores de Infância e de outros Agentes

Educativos, ligados à infância. O principal desafio que se levanta à educação, na primeira infância, será o

de conciliar a prestação de cuidados com a educação. Assim, a conceção de Creche “… deverá ser

entendida como uma ação promotora do desenvolvimento infantil, em seus aspetos também básicos de

interação e estimulação.”7

Toda a Equipa Educativa da Creche deverá ser o “motor” do Estabelecimento no seu campo de

trabalho e, segundo as suas competências, fazendo-o com qualidade, numa dimensão de total

disponibilidade, para estabelecer uma relação forte em afetos, fundamentando sempre a sua prática com

princípios teóricos que lhe permitam conhecer a criança, observá-la e fazer propostas enquadradas numa

planificação consciente.

9.2. Prioridades Educativas

Sendo a Creche de S. José uma resposta Social Franciscana Hospitaleira, e tendo em conta a

problemática sócio-económica e cultural do meio envolvente, assim como os diferentes saberes da

pedagogia para as crianças da 1ª infância, constituem para nós referência primordial os seguintes

princípios e objetivos:

a) Cada criança é um ser único e irrepetível, merecedor do máximo respeito do Educador pelas suas

caraterísticas individuais;8

b) A criança é um ser rico de potencialidades, sujeito e protagonista da sua própria educação, pelo

que as aprendizagens mais estimulantes são aquelas que partem das experiências e dos interesses das

próprias;

c) As aprendizagens mais integradoras e mais duradouras são aquelas que permitem à criança

aprender, fazendo e experimentando, e que possibilitam “aprender a aprender”;

d) As aprendizagens mais eficazes são aquelas que resultam do exemplo da Comunidade Educativa,

da harmonia dos espaços e da coerência de todo o processo educativo.

9.3.Objetivos

A Creche de S. José tem como objetivo principal colaborar com os Pais na educação dos seus filhos,

sensibilizando-os para os problemas e exigências do seu normal desenvolvimento, e suprindo, quando

necessário, os limites e incapacidades das famílias.

1. Proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças, num clima de segurança afetiva

e física, durante o afastamento parcial do seu meio familiar, através de um atendimento individualizado;

2. Colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o

processo evolutivo das crianças;

3. Prevenir e compensar défices sociais e culturais do meio familiar;

4. Facilitar a conciliação da vida familiar e profissional do agregado familiar;

5. Colaborar com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o processo

evolutivo da criança;

6 ibidem 7 ibidem 8 Ideário da Obra Social Madre Maria Clara, nº 2

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6. Fomentar a inserção da criança na sociedade, favorecendo a progressiva consciência de ser

membro da mesma;

7. Educar segundo os princípios da Fé Católica, ajudando as crianças a realizar-se como pessoas;

8. Proceder à despistagem de eventuais problemas de desenvolvimento ou deficiências, e promover

uma orientação adequada;

9. Assegurar um atendimento individual e personalizado em função das necessidades específicas de

cada criança;

10. Proporcionar condições para o desenvolvimento integral da criança, num ambiente de segurança

física e afetiva;

11. Promover a articulação com outros serviços existentes na comunidade.

10 Formas de Organização

Em ordem à realização dos objetivos pedagógicos propostos, a Creche de S. José aposta em formas de

organização caraterizadas por uma gestão participativa, assente na corresponsabilidade e num permanente

trabalho em equipa.

10.1.Funcionamento

A Creche de S. José inicia as suas funções no primeiro dia de setembro de cada ano, num período de

funcionamento das 7h50m às 19horas, encerrando para períodos de avaliação, manutenção, limpeza e

férias do pessoal, nos seguintes dias:

a) “Na terça-feira de carnaval;

b) Nos dois dias úteis anteriores à Sexta-feira Santa;

c) No último dia útil do mês de julho;

d) De 1 a 31 de agosto;

e) Em dezembro - o último dia útil antes do dia 24; no dia 26 e no dia 31;

f) Nos feriados nacionais e municipais;

g) Quando alguma determinação oficial ou da Instituição a isso obrigue, sempre com aviso prévio

por parte do Estabelecimento;

h) A entrada das crianças deverá ocorrer até às 09h30, salvo situações devidamente justificadas.

i) As faltas deverão ser comunicadas à Diretora Técnica, até às 09h30;

j) A Creche encerra, diariamente, às 19h00. Os atrasos, depois desta hora, estão sujeitos ao

pagamento de um acréscimo à mensalidade, valor atualizado anualmente;

k) No caso de faltas superiores a 30 dias, não motivadas por doença grave e não devidamente

justificadas, a Instituição considera que a criança deixa de frequentar a creche e, como tal, desligada de

todos os compromissos assumidos no ato da inscrição da criança.”9

10.2.Equipa Técnica

Se num passado, os espaços, que envolviam uma creche, estavam vocacionados para a guarda das

crianças, prestando essencialmente um serviço de cuidados básicos, que poderia ser feito por alguém

9 Regulamento Interno da Creche de S. José, Norma VII, 2011

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carinhoso e responsável, hoje, é também exigido que todos os Agentes Educativos apliquem os seus

saberes teóricos e teórico-práticos, numa Equipa o mais multidisciplinar possível, nos diferentes saberes.

Segundo o “guião técnico”10 para a implementação de Creches, uma Unidade de Creche compreende:

1. Uma sala de Berçário com idade correspondente entre os 3 meses à aquisição da marcha - até 8

crianças, com duas Ajudantes de Ação Educativa;

2. Uma sala desde aquisição da marcha aos 24 meses - até 10 crianças, com uma Educadora e uma

Ajudante de Ação Educativa;

3. Uma sala dos 24 meses aos 36 meses - até 15 crianças, com uma Educadora e uma Ajudante de

Ação Educativa.

No entanto, com a saída da portaria nº 262/2011 de 31 de Agosto11, pelo Ministério da Solidariedade e

da Segurança Social, no artigo 7º, a capacidade e organização em Creche sofreu alterações, aumentando o

seu número em berçário, de 8 para 10 crianças; na sala de 1 ano, de 10 até 14 crianças; e, na sala de 2

anos, de 15 até 18 crianças. No nosso caso, como podemos ver no quadro nº 1, encontramos as alterações

conforme as respetivas áreas de sala12, como define a referida legislação. Estas alterações devem-se a toda

uma política sócio-económica e social a que vimos a assistir, nos últimos anos e, sobretudo, a uma quebra

de apoio familiar e de vizinhança, e ao predomínio das famílias nucleares em detrimento das famílias

alargadas.

Neste sentido, as creches assumem um papel determinante para a efetiva conciliação entre a vida

familiar e profissional das famílias, com base num projeto pedagógico adequado à sua idade e

potenciador do seu desenvolvimento, no respeito pela sua singularidade.

A Creche de S. José, à luz da portaria já referida, e atendendo ao espaço que lhe era inerente, e ao

grande número de solicitações para este Estabelecimento, adaptou-se à nova realidade a partir do dia 1 de

fevereiro de 2011, e passou a ter o seguinte quadro de pessoal, (referido no quadro nº 1), com Acordo de

Cooperação para 40 crianças, mantendo-se o mesmo valor de comparticipação por parte do Instituto da

Segurança Social:

Quadro nº 1

a) A cozinha está ligada ao Colégio Moderno de S. José, pois a cozinha é única.

b) A lavandaria está ligada ao Colégio, pelos mesmos motivos.

10 Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação em Creche (condições de Implementação e funcionamento) Lisboa 1996 11 Diário da República, 1ª serie – Nº 167 – 31 de Agosto de 2011 12 Áreas que se encontram definidas na planta da Creche desenhada pelo gabinete de Engenharia GEVIR Vila Real

Salas

Áreas

Nº de

Crianças Categoria Profissional Habilitações Literárias Afetação

Berçário - 19,51

Sala Parque - 28,32 10

2 - Aj. de Ação Educativa

1 Ed de Infância

Licenciatura Prof do 1º Ciclo Variante EVT

12º Ano – Téc. de Animador Sociocultural

Licenciatura em Ed. de Infância

100%

100%

100%

De 1 Ano – 23,95 12 1 – Ed. de Infância

1 – Aj da Ação Educativa

Mestrado em Educação Pré-Escolar

12º Ano – Aux. de Ação Educativa

100%

100%

De 2 Anos – 34,02 18 1 – Ed. de Infância

1 – Aj da Ação Educativa

Licenciatura em Ed. de Infância

12º Ano – Aux. de Apoio à Infância

100%

100%

1 - Diretor Técnico Licenciatura em Serviço Social 100%

1 – Aj. Ação Educativa 12 Ano – Técnica de Ação Educativa 100%

1 - Auxiliar de Serviços Gerais 12º Ano 100%

Cozinheira a) 30%

Lavandaria b) 30%

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Pretendemos que todos os Agentes Educativos conheçam todas as crianças, e que, durante o tempo da

sua permanência em Creche, as acompanhem, desde o primeiro momento até ao último, pois acreditamos

na importância de uma boa relação afetiva, para o desenvolvimento de qualquer ser, como diria Brazelton

& Cramer: “as primeiras relações são o ninho das primeiras aprendizagens de socialização e afetos.”13

10.3.Reuniões

No início de cada ano letivo, em data a determinar, haverá uma reunião com os Pais e/ou Encarregados

de Educação, para apresentar a Equipa Educativa, o Projeto Pedagógico, o Projeto Educativo e o Plano de

Atividades. Outras reuniões poderão ocorrer ao longo do ano, para intensificar a colaboração e

participação dos mesmos.

Sempre que necessário realizam-se reuniões com toda a Equipa Técnica (Educadoras, Ajudantes de

Ação Educativa e Auxiliar dos Serviços Gerais). No entanto, encontram-se calendarizadas em

regulamento três grandes momentos para o efeito:

Em dias a marcar durante o ano, para elaboração do Plano Individual e sua avaliação;

Na quarta-feira da Semana Santa para formação contínua do pessoal;

No último dia útil do mês de julho;

No último dia útil do mês de agosto;

No dia útil anterior ao dia 24 de dezembro.

10.4.Meios de Formação

Tendo presente a formação contínua de todos os Agentes Educativos, é da sua própria

responsabilidade onde cada deverá fazer o seu próprio discernimento, dentro da sua função específica,

prevendo-se em cada ano:

a) Em colaboração com o Colégio Moderno de S. José, sempre que se promove internamente

formação aos docentes e não docentes, os Intervenientes da Creche de são José são convidados ou

convocados a participar;

b) Participação de ações de formação promovidas pela Autarquia Local e ou Centros de Saúde de

Vila Real;

c) Participação nas formações promovidas pelo Instituto de Solidariedade Social;

d) Participação nas atividades promovidas pela Associação de Profissionais de Educação de Infância

(APEI) e/ou outros;

e) Participação em workshops ligados à primeira infância promovidos pela Universidade de Trás-os-

Montes e Alto Douro (UTAD) e outros;

f) Dar oportunidade a estágios da Universidade e das Escolas Profissionais do local e de outras

entidades.

11 Processo de Avaliação

11.1.Instrumentos de Trabalho

A Creche de S. José orienta-se segundo o Manual de Processos-Chave14 para Creches do Instituto da

Segurança Social. Segundo este documento, os instrumentos de trabalho, sempre que uma criança é

13 Guerreiro Ana & Moreira Luísa: A organização pedagógica da creche: reflexos na formação de Educadores de Infância; Prespetivas nº 8 e 9; 2002/2003 14 Manual de Processos Chave – Creches , Instituto da Segurança Social, 1997

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admitida em Creche, inicia-se um processo que passa primeiramente por uma entrevista de Diagnóstico.

Esta entrevista, que tem como objetivo proceder à clarificação de informação pertinente sobre as

necessidades e desenvolvimento da criança e expectativas da família, baseia-se numa entrevista semi-

estruturada à família e observação do comportamento da criança que possibilita:

O conhecimento da pessoa de referência da criança e sua família;

Identificação das pessoas a quem a criança pode ser entregue diariamente;

Contacto para eventuais emergências/ocorrências;

A clarificação das necessidades da criança (preferências alimentares, interesses e jogos preferidos)

e expectativas da família;

A integração da criança no seu grupo e espaço (IMP03.IT03.PC02 – Programa de Acolhimento

Inicial);

A realização do plano de desenvolvimento individual da criança – (IMP01.IT01.PC03 – Plano de

Desenvolvimento Individual);

Para obtenção de um melhor resultado, durante o período de adaptação, os colaboradores responsáveis

pelo acolhimento da criança podem aprofundar aspetos relativos à caraterização da criança e suas

necessidades de intervenção, nomeadamente através do impresso IMP01.IT02.PC02 - Ficha de Avaliação

de Diagnóstico na parte C - Perfil de Desenvolvimento, de forma a delinear o Plano de Desenvolvimento

da criança, pois já dispõe um maior conhecimento da criança em causa, e de uma relação de maior

confiança com ela.

Entretanto, são prestadas informações à família sobre a forma como está a decorrer a integração da

criança no Estabelecimento, e estas passam a constar do seu processo individual.

Finalmente é elaborado um relatório sobre o processo de integração e adaptação da criança, utilizando

para o efeito o impresso IMP03.IT03.PC02 – Programa de Acolhimento Inicial.

Tendo por base as competências e potencialidades da criança e expectativas da família, o Educador de

Infância estabelece os objetivos de intervenção da criança e os serviços a prestar, de acordo com a

instrução de trabalho IT01.PC03 – Plano de Individual (PI).

11.2.Elaboração do PI

Para cada Plano de Desenvolvimento Individual, são definidos os responsáveis pela sua coordenação,

elaboração, implementação e avaliação. Tem como principal objetivo promover:

A aquisição de competências que a criança ainda não adquiriu face à sua faixa etária;

A manutenção das competências já adquiridas.

O Plano de Desenvolvimento Individual é elaborado, tendo por base o conjunto de necessidades da

criança e de expectativas da sua família, recolhidos através da ficha de Avaliação de Diagnóstico:

Programa de Acolhimento Inicial (IMP03.IT03.PC02);

Relatórios e informações provenientes de outras instituições;

Outros.

Este Plano de Desenvolvimento Individual contém, nomeadamente, os seguintes elementos:

Identificação da criança e sua família, constantes no PDI de cada criança;

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Identificação do colaborador de referência da criança e da família (este colaborador pode não

corresponder ao colaborador responsável pela sala em que a criança está inserida);

Explicitação dos objetivos de intervenção individual com base nas competências e potencialidades

da criança (Ficha de Avaliação de Diagnóstico - IMP01.IT02.PC02), focando essencialmente os níveis de

desenvolvimento e resultados desejáveis que se pretendem alcançar e que foram consensualizados com a

família;

Cuidados pessoais específicos (por exemplo: higiene, alimentação) a prestarem à criança no

estabelecimento;

Atuação de cada elemento colaborador na implementação do PDI. No caso de crianças com

necessidades educativas especiais, incluir colaboradores das entidades e serviços externos com relevo

para o referido plano;

Identificação dos modos de participação da família na intervenção educativa;

Identificação de necessidades de intervenção multidisciplinar da criança e de apoio emocional à

família (por exemplo: acompanhamento psicoterapêutico, terapia da fala…)

11.3.Avaliação e Revisão do PI

O Plano de Individual é avaliado e revisto, sempre que necessário e no mínimo, duas vezes por cada

período a que se reporta, através do envolvimento de todos os interlocutores (educadores de infância,

ajudantes de ação educativa, família, outros colaboradores (internos ou externos) tais como psicólogo,

educadora de apoio, tendo em consideração a faixa etária e o respetivo ritmo individual do

desenvolvimento da criança.

Para esta avaliação são tidos em consideração:

Os resultados da implementação do Projeto pedagógico (Plano de Atividades de Sala

IMP02.IT01.PC04);

Os resultados da avaliação do Projeto Pedagógico (Relatório de Avaliação do Projeto Pedagógico

- IMP03.IT01.PC04);

Relatórios e informações provenientes de outras instituições;

Informações diárias do responsável pela criança.

Os resultados da avaliação da satisfação de clientes, colaboradores e parceiros, bem como os

resultados da supervisão dos serviços prestados, são realizados pelos responsáveis do estabelecimento e,

sempre que necessário, entidades ou serviços externos.

Deve ser realizada com uma periodicidade regular, estabelecida de acordo com os resultados

alcançados na implementação do PI. Caso se registem dificuldades de funcionamento ou de adaptação da

criança, ou sua família, a supervisão deve ser realizada com uma periodicidade menor, podendo esta ser

aumentada, caso não se registem situações anómalas.

São efetuados, sempre que necessário, e, no mínimo, no final do de cada período de funcionamento,

registos da avaliação e revisão do PI, evidenciando os progressos das crianças (Relatório de Avaliação do

Plano de Desenvolvimento Individual - IMP02.IT01.PC04).

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Os dados relativos à avaliação são tomados em consideração na planificação das atividades diárias da

sala. Os registos, devidamente datados e assinados, relativos à avaliação e revisão do PI, fazem parte

integrante do Processo Individual de cada criança. O PI e respetivas avaliações e revisões são do

conhecimento da família, disponibilizando-se as informações sobre as aquisições e progressos da criança.

Sempre que são envolvidos outros serviços e intervenientes (externos ou internos) com responsabilidade

na prestação direta ou indireta na implementação do PI, estes têm conhecimento, em tempo útil, do Plano

de Desenvolvimento Individual e das respetivas revisões. Sempre que as alterações e revisões do Plano de

Desenvolvimento Individual justifiquem alterações aos serviços prestados e contratualizados com a

família no âmbito do contrato, este é alvo de revisão.

11.4.Avaliação do Projeto Educativo

Constituindo as crianças a razão de ser do Projeto Educativo, elas são as que nos permitem avaliar o

grau de eficácia da sua concretização. Neste sentido, entendemos que o crescimento harmonioso e

saudável da criança, nos vários domínios, mostra-nos em que medida o Projeto Educativo está ajustado ou

é corretamente desenvolvido. Deste modo, a principal avaliação deste projeto é dada pela avaliação

contínua das crianças, feita pela Educadora através dos meios diversos, salientando-se o Plano de

Desenvolvimento Individual da Criança. Mas outras formas estão previstas ao longo do ano com as

vivências quotidianas e através do diálogo com os diferentes Agentes Educativos e Pais.

Podemos destacar os seguintes:

1. Na preparação de cada atividade e após a sua realização;

2. Nas reuniões com as respetivas Educadoras e Ajudantes de Ação Educativa;

3. Com os Pais, escutando-os num diálogo aberto a novas sugestões e críticas;

4. Em reunião do final do ano, a Equipa Técnica avaliará todo o processo resultado das

aprendizagens, práticas dos Educadores, melhorias significativas a desenvolver;

5. Elaboração do Relatório de Avaliação do Plano de Atividades e do Projeto Pedagógico, segundo

as orientações do Instituto da Solidariedade Social (ISS)

11.5.Outros Documentos

Este Projeto Educativo é complementado com os seguintes documentos:

Projeto Pedagógico segundo as orientações do Instituto da Solidariedade Social;

Propostas Educativa da Escola Franciscana Hospitaleira;

Regulamento Interno da Creche de S. José;

Propostas de Intervenção em Creche;

Projeto Curricular de Grupos;

Plano de Atividades da Creche de S. José;

Manual de Procedimentos da Creche de S. José.

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12 Bibliografia

Alarcão, I. (2001). Escola reflexiva e supervisão – Uma escola em desenvolvimento e

aprendizagem. In. Isabel Alarcão (org.) Escola Reflexiva e Supervisão, pp 12-23. Coleção Cidine, n.º 14.

Porto: Porto Editora.

Alves, J. M. (1995). Organização, gestão e projeto educativo das escolas. Porto: Edições ASA.

Alves, J. M. (1998). Práticas Pedagógicas nas Organizações Escolares. Porto: Porto Editora.

Alves, J. M. (2010). Reinventar a escola para redescobrir as pessoas. Revista Interdisciplinar

Sobre o Desenvolvimento Humano, 1, 67-74.

Azevedo, J. (2002). Avaliação das Escolas: Consensos e divergências. Porto: Edições ASA.

Azevedo, J. (2004). Avenidas de liberdade: reflexões sobre política educativa. Porto: Edições

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Azevedo, Rui; Projetos Educativos: Elabotração, Monitorização e Avaliação – Guião de apoio;

Recursos e Dinâmicas;Lisboa; 2011

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investigação. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.

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Escola Católica. In Educar na Escola. Documentos do Magistério para a Educação (2007). (pp.85 -142).

Prior Velho: Edições Paulinas.

CEC (1997) – Congregação para a Educação Católica (1997). A Escola Católica no limiar do

terceiro milénio. In Educar na Escola. Documentos do Magistério para a Educação (2007). (pp.151-166).

Prior Velho: Edições Paulinas.

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