Upload
gabriel-dalalio
View
223
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Hoje em dia minha rotina está tão corrida que não vejo verde, mesmo com tão pouco que existe em minha cidade, ou nas outras que visito. Acabo não observando cores ao meu redor. Gostaria que essa monografia fizesse com que você leitor reparasse na rua em que caminha ou trafega, conte quantas árvores estão erguidas nesta via, aproveite e reflita se poderia haver mais algumas para melhorar nosso planeta.
Citation preview
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ
ARQUITETURA E URBANISMO
CRISTIANO SILVEIRA DELORENZO NARDI
COLÔNIA DE FÉRIAS
RIBEIRÃO PRETO
2012
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ
ARQUITETURA E URBANISMO
CRISTIANO SILVEIRA DELORENZO NARDI
COLÔNIA DE FÉRIAS
Trabalho Final de Graduação, apresentado ao Centro
Universitário Barão de Mauá, para os cumprimentos das
exigências para obtenção do título de bacharel em Arquitetura
e Urbanismo, sob orientação da Prof. Flávio Mirambelli
Marchesoni.
RIBEIRÃO PRETO
2012
TERMOS DE APROVAÇÃO
Centro Universitário Barão de Mauá
Colônia de Férias
Proposta para Projeto de Arquitetura
Trabalho de Conclusão de Curso para Obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo
_________________________________________
Aluno: Cristiano S. Delorenzo Nardi
Cód.: 1171097 Banca Examinadora
________________________________________ ___________________________________________
Orientador: Prof. Flávio Mirambelli Marchesoni.
___________________________________________
___________________________________________
__________
Nota
Ribeirão Preto
2012
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus e a todos os meus familiares que sempre me apoiaram, ajudaram da
maneira que podiam durante esses anos, aos colegas da faculdade, do trabalho e os demais colegas de
infância além de dos professores que compartilharam suas experiências conosco, neste percurso.
Resumo
Esse trabalho final de graduação fala sobre um projeto arquitetônico de uma colônia de férias para
criança e jovens na cidade de São Joaquim da Barra – SP.
Hoje as crianças passam o dia todo em frente a videogames, computadores, celulares e não brincam mais
ao ar livre.
O contato com outra criança é quase zero, nas colônias eles lidaram com o plantio de arvores, manejo
com as cabeças de gado, passeios nas florestas, arvorismo, disputas olímpicas, escola de barco a velas
entres outras atividades.
Esse projeto tem a intenção de levar a cultura da fazenda, da natureza aos visitantes.
Introdução
Hoje em dia minha rotina está tão corrida que não vejo verde, mesmo com tão pouco que existe em
minha cidade, ou nas outras que visito. Acabo não observando cores ao meu redor. Gostaria que essa
monografia fizesse com que você leitor reparasse na rua em que caminha ou trafega, conte quantas
árvores estão erguidas nesta via, aproveite e reflita se poderia haver mais algumas para melhorar nosso
planeta.
Se não existir nenhuma arvore nessa rua, vá até um bosque ou um parque onde exista uma grande
quantidade de arvores e tente se lembrar do momento em que estava em um local sem vida, aliás, sem
árvores.
Após sua sensação, positiva ou não, peço que pense em seus descendentes, o pensamento humano é muito
diferente, imagina seus filhos ou netos sabendo que você não gostava de arvores ou não se lembrou
deles antes de tê-los! Caso não estejam ainda nascidos! Ainda não tem herdeiros, mas gostaria que eles
vissem em que planeta seu patriarca viveu!
Viver nas cidades, hoje nos lembra dos compromissos diários que somos atribuídos!
No campo apesar do trabalho árduo que lá existe no momento de lazer ou no mínimo tempo vivido, só de
ver seu verde já revitalizamos nossas vidas e nossas rotinas.
Lista de Figuras:
Serão inumeradas e catalogadas todas as figuras.
Sumário
Capítulo 1 ----------------------------------------------------------- 08
1.1- Origem das Colônias de Férias---------------------------08
1.2 - Origem das Colônias de Férias no Brasil -------10
1.3 - Colônia de Férias – Campos do Jordão------------13
Capítulo 2------------------------------------------------------------ 20
2.1 - Casa Rio Bonito-------------------------------------------------- 20
2.2 - Casa Varanda ---------------------------------------------------- 20
2.3 - Referências ------------------------------------------------------- 33
2.4 - FLORESTA OCULTA CHALÉS SUSPENSOS EM
ÁRVORES--------------------------------------------------------------------- 35
Capítulo 3------------------------------------------------------------ 42
3.1 - São Joaquim da Barra – São Paulo – Brasil-----42
3.2 - FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA-----------------------------42
3.3 – ÁREA DE ESTUDO-----------------------------------------------43
3.4 – Dados São Joaquim da Barra – SP--------------------48
3.5 – A Economia da Cidade-----------------------------------------49
Capítulo 4-------------------------------------------------------------51
4.1 – OBJETIVOS PRINCIPAIS--------------------------------------51
4.2 – OBJETIVOS SECUNDÁRIOS--------------------------------51
4.3 – CUIDADOS INICIAIS DO PROJETO---------------------51
Capítulo 5-------------------------------------------------------------52
5.1 – Projeto--------------------------------------------------------52
Conclusão-------------------------------------------------------------53
Bibliografias---------------------------------------------------------54
Pág
ina8
Capítulo 1
1.1 – Origem das Colônias de Férias
As Colônias se originaram no continente americano
com o intuito de auxiliar o público infantil.
Segundo a Revista de Educação Pública, no ano de
1601, com a promulgação da lei dos pobres na Inglaterra,
as comunidades passaram a cobrar uma taxa para auxiliar
as crianças. Assim as ações de auxílios ocorriam da
seguinte forma:
As crianças aprendiam um ofício, prestando-lhes
assistência, auxiliando seus lares, e a partir de casas de
caridade.
Em 1697, na antiga colônia britânica de Boston,
surgiu a primeira casa de caridade e voltada a crianças no
continente americano.
Essas casas tinham a função assistencial e também
de aprendizado industrial, preparavam mão-de-obra.
Em 1823, desenvolvem-se na cidade de Nova York,
casas de caridade, almshouses, destinadas a amparar e
educar crianças abandonadas.
Essas casas de caridade além de cuidar de crianças
abandonadas também cuidavam de enfermos, lunáticos, etc.
Só no começo do século XIX, que desperta a vontade
de separar adultos de crianças. No ano de 1876, em Nova
York foi criada uma lei que proibisse que crianças e adultos
ficassem juntos, separando também crianças saudáveis das
consideradas defeituosas.
Pouco a pouco essas instituições foram se
organizando, e com isso pode-se dizer que vieram a dar
origem as colônias de férias: “são as necessidades
individuais da criança que devem servir de base para o
planejamento do programa que visa desenvolver suas
aptidões naturais no sentido de torná-la um ser útil a si
mesma e a pátria”
Algumas instituições consideradas embriões de
colônias de férias, destacam-se a Sleighton Farm, a
Bethesda Christian Children House e o Boystown. A
Sleighton farm era uma instituição destinada a meninas
delinqüentes da cidade de Darlington, próxima a Filadélfia.
Fundada em 1828, a farm servia, como um instrumento de
“adestramento”, após o período que ficavam nas colônias
eram destinadas a serviços uteis a sociedade. A Bethseda
Christian Children House recebia meninas brancas e
protestantes, entre 12 e 18 anos. Eram dividas em
pequenos grupos, recebendo a partir daí cuidados e
orientações familiares. Já o Boystown era uma instituição
católica, localizada no estado de Nebraska que, recebiam
meninos americanos, do México, Canadá, Porto Rico e
outros países vizinhos. Fornecendo alimentação e abrigo,
também cumpria o papel de formação de mão-de-obra.
Essas colônias, podemos dizer que além de cuidar e
ensinar ofícios a esses jovens e crianças, tinham como
objetivo principal a inserção dos mesmos na sociedade.
Uma em especial pode ser considerada com mais
ênfase a que originou e influenciou na criação das colônias
de férias, os Camp Fires.
Segundo Fernando Azevedo, os Camp Fires:
[...] têm como um de seus intuitos primícias desenvolver, por meio da higiene e trabalhos de campo, corpos sadios e bem trabalhados, nervos postos a prova para a realização do propósito do amor e do papel bioeducativo que lhes esta destinado. Estes objetivos que se relacionam visceralmente com a maternidade mostram à primeira vista [...] ser a eugenia a base admirável da instituição americana, por cuja iniciação cerca de 50 a 70 mil moças – as chamadas jovens de camp fire – que já usufruem os múltiplos benefícios do ambiente higiênico do campo, partilhando o tempo entre os exercícios de bola, remo e natação e estudos práticos sobre a formação e direção do lar.
Pág
ina9
O Camp Fire surge em 1910, na região de Vermont,
EUA. Criado pelo médico americano Luther Gullick e sua
esposa Charlote, A instituição se definia como a primeira
organização não secretária dos Estados Unidos.
Com relação ao nome acampamento do fogo, Gullick
justificava sua escolha devido ao fato de fazer referência
às primeiras comunidades de vida doméstica que, segundo
ele, se desenvolveram a partir do controle e do manejo do
fogo. Em 1912, foi incorporado na capital Washington e
passou a ser uma agência nacional. Como atendia somente
moças, somente em 1975 passou a receber rapazes. E existe
até hoje, atendendo 700.000 crianças e jovens anualmente
em toda a América do Norte.
Pág
ina1
0
1.2 - Origem das Colônias de Férias no Brasil
A cidade, cada vez mais inflada, começava a mudar
sua arquitetura de linhas coloniais para se modernizar e
industrializar. A República, recém-proclamada necessitava
de novos ares, demolia-se o passado em nome dos símbolos
e da civilização.
A arquitetura eclética substituía boa parte da
colonial, bondes e carros invadiam as ruas e o ritmo das
cidades era embalado aos apitos das fábricas, o tempo era
marcado pelo relógio. Seu crescimento acelerado incitava
os sonhos de muitas pessoas.
O ritmo constante e regrado, atribuído à natureza,
fazem dela um lugar que acalma a excitação produzida pela
vida urbana moderna. As diversas viagens à montanha, à
praia e ao campo eram motivadas, pelo pretexto do
afastamento da metrópole inebriante, geradora do
esgotamento nervoso. A ação sobre a cidade se dava com o objetivo de
saneá-la, de abrir caminhos adequados para a circulação
do ar e da água, que ao serem constantemente renovados
garantiriam o afastamento das doenças.
A Arquitetura das novas edificações seria obedecida
a preceitos de higiene ditados por médicos e engenheiros.
As plantas dos novos prédios deveriam obter iluminação
natural e aproveitar a circulação do ar.
Diversos educadores, engenheiros e médicos
propuseram novas soluções arquitetônicas para edifícios
escolares garantindo o aproveitamento da iluminação
natural e a renovação ar, além do isolamento de corpos
infantis. Nas escolas foi sugerida a troca das Cores das
paredes, mudança das janelas, localização dos prédios,
etc.
Outra obra importante foi a escrita pelo médico,
Balthazar Borges Vieira de Melo, diretor da Inspeção
Médico Escolar do Estado de São Paulo em 1917, “Hygiene
Escolar e Pedagogia”.
Dizia que não adiantava só mudar os espaços físicos,
precisaria também afastar os medos urbanos e garantir a
vida da população. Era necessária uma intervenção nos
hábitos da população, principalmente nas classes mais
desprovidas financeiramente, diversas ações foram
implementadas pelo método médico-higienista, encontrando
no ambiente escolar o lugar mais adequado para ensinar
preceitos e hábitos higiênicos aos futuros cidadãos.
Era necessário formar corpos saudáveis e fortes
para a consolidação de uma sociedade moralmente limpa e
socialmente produtiva. O controle seria o seu principio
motor, pois era para liberar os cidadãos do perigo da
morte e da degeneração. Prometia-se uma liberdade cada
vez maior à medida que se aumentava o controle sobre a
vida.
O controle deveria ser feito não apenas no trabalho,
mas sim nos tempos livres e nos locais de divertimento. A
escola e espaços extraescolares, como parques e colônias
de férias seriam as principais instituições na qual os
trabalhos sobre corpos se efetuaria. Além das atividades
exercidas nestes locais também seriam ditadas por médicos.
Com o problema do local resolvido, os exercícios
físicos também se destacavam, não pelo divertimento, mas
seria uma higiene corporal e mental. Segundo Dr. Totta
(1945 p11):
De fato, as viagens realizadas grupos escolares,
assim como a instalações de colônias de férias em
“Entusiasmo, fascínio, pessimismo, desconfiança e medo mesclam-se nas representações produzidas nesse momento em que, perplexos, os homens assistem às transformações que fazem nascer uma nova e estranha cidade.” (ROCHA, 2003, p.24).
“As casas, as ruas, as cidades, as fábricas, as escolas, os hospitais, as prisões deveriam ser bem iluminados, bem ventilados.” (RAGO, 1985, p.168). “Todas as estações de verão, no campo, ou na serra, ou nas
praias de mar, fazem sempre um grande bem. E esse benefício não vem apenas do novo ar que se respira, nem da libertação do trabalho, mas da nova vida que se tem, e nessa nova vida entram, como fator preponderante de saúde e alegria, os exercícios corporais”.
Pág
ina1
1
ambientes afastados da cidade, muito se beneficiaram desse
ideário que via na natureza um ambiente salutar, uma vez
que era considerado um recôndito de pureza. Os exercícios
físicos realizados pelas crianças, nos seus períodos de
férias nessas instituições, em conjunto com os elementos
naturais como o ar puro e a luz solar, garantiriam a
preservação de sua saúde. Mais do que curar os doentes
era necessário prevenir que os trabalhadores adoecessem,
pois além de acarretar uma redução nos lucros das
indústrias, a doença também representava um risco para a
saúde de toda a população. Nesse sentido, a prevenção
começaria já na infância, por meio das instituições
escolares e extraescolares, e teria na natureza os
melhores recursos para a construção de um corpo forte.
A instalação de colônias de férias na montanha, no
campo ou na praia, assim como a construção dos parques
infantis, principalmente no início do século XX, configurou-
se como ação, tanto de preencher o tempo livre das
crianças, quanto de afastá-las das mazelas urbanas,
oferecendo o contato com elementos naturais como
iluminação solar, o ar puro e a água.
“A saúde e a escola nova”, ao tratar sobre as praças de
jogos para as crianças, os parques-escola, as escolas ao
ar livre e as colônias de férias grande destaque foi dado à
natureza e aos benefícios que ela poderia oferecer à saúde
dos infantes.
Figura x: Parque Dom Pedro II. Brás, 1937.
Fonte: http://mbjolpuc.wordpress.com/2007/09/18/lixo-tambem-e-arte/ - Acessado em
13-04-2012 às 4h21min.
Figura x: Parque Dom Pedro II. Brás, 1937.
Fonte: http://mbjolpuc.wordpress.com/2007/09/18/lixo-tambem-e-arte/ - Acessado em
13-04-2012 às 4h21min.
Figura x: Parque Dom Pedro II. Brás, 1937.
Pág
ina1
2
Fonte: http://mbjolpuc.wordpress.com/2007/09/18/lixo-tambem-e-arte/ - Acessado em
13-04-2012 às 4h21min.
Os parques infantis foram uma tentativa de inscrever
as propostas de educação em um projeto higiênico que
visava utilizar a natureza para robustecer o indivíduo,
tornando-o ao mesmo tempo saudável e parte integrante de
uma nação em formação. As ações do Departamento de
Educação Física do Estado de São Paulo evidenciaram
definitivamente essa proposta de educação com a criação de
duas instituições diferentes: a Escola de Aplicação ao Ar
Livre Dom Pedro II, em 1937, e as diversas colônias de
férias na década de 1940.
No Brasil, existiram colônias de férias que não
seriam para as crianças como existia no exterior, aqui elas
eram também destinadas aos enfermos, tuberculosos e
loucos, em Campos do Jordão se instalaram algumas
dessas colônias para abrigar os doentes, pois lá o clima
era favorável para a cura e a desintoxicação dos
alcoólatras. Por se tratar de uma região com o clima mais
frio a área da fazenda era chamada de “Suíça Brasileira”.
Assim como em Berghof, Oracy Nogueira relatava a
existência, nos sanatórios de Campos do Jordão, de jogos
de salão, como dama, xadrez, dominó, sueca, e de bailes.
Segundo seu discurso essas eram classificadas como
de caráter recreativo e deveriam também estar sujeitas às
autorizações médicas.
Campos do Jordão foi considerada como o ciclo da
cura, onde médicos contribuíram para esse
desenvolvimento.
Figura x: Uma impressionante paisagem, cheia de Lendas – Campos do Jordão.
Figura x: Desativado em 1983, o Sanatório S. Cristóvão
tornou-se colônia de férias.
Fonte: http://www.saojosedoscampos.com.br/newsprint.php?id=44521&cat=17 –
Acessado em 14-04-2012 às 5h13min.
No caso das Colônias de Férias, apesar de se
beneficiar também de uma natureza curativa, da alimentação
controlada e da prática de repouso, sua proposta se
diferenciava do modelo dos sanatórios. Elas extrapolavam
a simples cura de enfermidades para se ocuparem também de
questões preventivas e educacionais, especializando-se na
“Quanto à parte recreativa, além das conversas nos períodos de passeio, refeições e repouso em cadeiras, e da leitura, também são geralmente permitidos (sempre, é claro, a critério do médico), certos jogos de salão, principalmente no intervalo compreendido entre o jantar e o silêncio noturno. São promovidas, ocasionalmente, festas comemorativas e, num ou noutro sanatório, os doentes dispõem de biblioteca. Em alguns estabelecimentos existem, ainda, grêmios recreativos e literários de que os enfermos participam, mais ou menos ativamente”. (NOGUEIRA, 1950, p.77)
Pág
ina1
3
população infantil dos grupos escolares, asilos e
orfanatos.
1.3 - Colônia de Férias – Campos do Jordão
Na Colônia de Férias de Campos do Jordão criada,
na década de 1940, pelo Departamento de Educação Física
do Estado de São Paulo, as caminhadas por entre os
bosques eram aparentemente priorizadas. As Atividades
eram compostas principalmente, as crianças realizam
caminhadas por entre as araucárias e os campos que
circundavam a sede.
Figura x: Sanatório Santa Clara – Fundado para filhos de tuberculosos pobres –
Campos do Jordão.
Fonte: FERRAZ, Mario de Sampaio. Campos do Jordão. 3.ed. São Paulo: Directoria de
Publicidade Agricola da Secretaria da Agricultura, Indústria e Commercio. 1940, 92.
Figura x: Passeio na serra - Colônia infantil de Campos do Jordão.
Fonte: REVISTA BRASILEIRA de Educação Física, Rio de Janeiro, v.2, n. 13, p.32, jan.
1945.
Figura x: Passeio matinal. Colônia Serra Mantiqueira. Campos do Jordão - São Paulo.
Fonte: REVISTA BRASILEIRA de Educação Física, Rio de Janeiro, v.2, n. 13, p.10, jan.
1945.
Figura x: Turma feminina. Colônia de Férias de Campos do Jordão
Fonte: Coleção Otília Foster. Centro de Memória da Unicamp.
Pág
ina1
4
Em uma delas é observado, a brincadeira em
gangorras e balanços e em outra, do Sanatório Santa
Clara, uma brincadeira de roda. É possível que, na prática,
outras atividades fossem realizadas, no entanto as
fotografias - compreendidas como um recurso discursivo,
pois, não podemos nos esquecer de que as imagens que nos
chegam foram selecionadas pelo fotógrafo e pela própria
história - afirmam ser a caminhada a principal atividade
proposta.
O exercício da caminhada, realizado nesse ambiente
de altitude, tinha como prerrogativa a mecânica da
respiração que ao aumentar os movimentos torácicos
garantia a entrada abundante do ar puro no organismo.
Os pinheiros e araucárias que tornavam o ar mais agradável
ao olfato, mais puro e, por consequência, mais saudável,
terminavam por oferecer todas as condições para as
caminhadas realizadas em Campos do Jordão. O cheiro da
natureza, o aroma das plantas, desperta os sentidos e
anima as emoções (CORBIN, 1987). Ares distantes, longe da
civilização e da cidade. Em conjunto com os estudos
científicos, o ar da montanha se afirmava como o mais
salutar. O exercício da caminhada quando realizado imerso
em ar puro, como o da montanha, enchia e animava os
pulmões fracos dos tuberculosos.
Outro elemento da natureza que exerceria sua ação
sobre os corpos durante as caminhadas era a luz solar. A
metáfora das crianças como plantas que necessitam do sol
para se desenvolverem harmoniosamente, utilizada por
Jean-Jaques Rousseau, era uma constante nesse discurso.
Incidindo sobre a pele, em conjunto com o ar puro, a luz
solar proporcionaria modificações orgânicas no corpo,
assegurando, tanto a cura de enfermidades, quanto o
restabelecimento de fisiologias deficientes. Conhecimentos
provindos da química, da biologia e da física asseguravam
cientificamente a veracidade do discurso.
Conhecidos também por banhos de ar, de luz e de
sol, eles faziam parte, inicialmente, de um saber empírico
que procurava na natureza formas de conceber o corpo. A
utilização, tanto da luz e do ar, quanto da água, como
elementos curativos, provinha de um conhecimento
formulado inicialmente por Hipocrates e seus discípulos de
Cos, e que mantinha na filosofia as suas bases.
É provável que as colônias de férias, por serem
consideradas como instituições educativas e de prevenção,
não adotassem tais métodos rígidos de helioterapia, no
entanto, os estudos dessa ciência conferiam bases
científicas para os exercícios realizados ao ar livre, como o
caso dos passeios matinais realizados pelas crianças da
colônia de férias do Departamento de Educação Física do
Estado de São Paulo.
Figura x: Divisão do corpo em zonas, segundo Rollier.
BRANCO, Pacifico Castello. Técnica dos banhos de sol.
Fonte: Revista de Educação Física, Rio de Janeiro,v. 2, n. 9, p. 31, jun. 1933.
O objetivo principal das colônias criadas pelo
Departamento de Educação Física do Estado de São Paulo
era proporcionar uma estadia em um ambiente bem diferente
daquele de origem das crianças. Já não era necessário que
elas apresentassem algum tipo de enfermidade específica
para passarem as férias em uma colônia. A natureza, de
certa forma já reestruturada pelas campanhas sanitárias
urbanas, garantiria suas qualidades à saúde do corpo
infantil. As crianças selecionadas pelo departamento eram
aquelas consideradas fracas e subnutridas, no entanto o
objetivo da estadia extrapolava o regime higiênico-dietético
e terapêutico.
Assim, as colônias de férias deveriam ser
“verdadeiras escolas de saúde, onde as crianças, além de
aproveitarem múltiplos aspectos, acima referidos, adquirem
hábitos benéficos que muitas vezes seus pais e mestres não
procuram incutir” (COLÔNIAS, 1944, p.21).
Essa forma de conceber as colônias de férias as
afastava do modelo dos sanatórios e preventórios. A saúde
definitivamente misturava-se com questões educacionais e
criava novas mentalidades e formas de organização.
Pág
ina1
5
Assim como para o dr. Almir Madeira, diversos
outros médicos, afirmavam a necessidade das colônias de
férias estarem afastadas do ambiente urbano:
Um ponto em que o professor Ataggy de Melo Doin
divergia completamente de outros educadores e médicos
era exatamente quanto às colônias de férias serem
afastadas do ambiente urbano. Dizia ele que:
Sua posição se afastava de outras que consideravam
que as colônias de férias deveriam estar situadas fora dos
centros urbanos, uma vez que seu próprio entendimento
dessa instituição era diferente dos demais.
Pode-se dizer que sua grande preocupação em
relação às colônias de férias era a de incutir regras e
preceitos de higiene nas crianças, que para lá se dirigiam
no período de férias escolar, os quais seriam
concomitantemente retransmitidos aos seus pais quando
regressassem aos seus lares. Parece que o próprio sentido
educacional conferido as colônias de férias por Ataggy de
Melo Doin é orientado no sentido de criar hábitos
saudáveis nos alunos da rede infantil e, em decorrência, na
instituição familiar.
Esse princípio educacional suplantava outros, como
os de cura, e o permitia afirmar que as colônias de férias
não deveriam ser instaladas longe das cidades, tendo em
vista que a viagem para as colônias não deveria ser um
afastamento da civilização, mas sim uma aproximação aos
hábitos considerados civilizados. Não seria aquele
ambiente destinado para o repouso do corpo, mas sim para
a construção de um corpo novo, com hábitos novos.
Para Ataggy de Melo Doin, as colônias de férias
afastadas dos centros urbanos deveriam ser aquelas
reservadas ao veraneio e ao repouso de todos os
integrantes das famílias, não havendo a necessidade de um
regime pré-estabelecido, uma vez que não tinham um caráter
educacional. Para essas instituições ele atribui a
denominação de “colônias de repouso”.
Seriam elas locais destinados “à recomposição e ao
fortalecimento do organismo quando este se encontra
esgotado ou depauperado por excesso de trabalho,
ombalido por uma enfermidade grave, e geralmente utilizada
entre nós, para veraneio ou mudança de clima” (COLÔNIAS,
1944, p.18).
Em São Paulo, encontramos diversas colônias de
férias com esse caráter descrito acima, entre elas a do
Serviço Social do Comercio, o SESC, que em 1948 instalou
a Colônia Ruy Fonseca na cidade litorânea de Bertioga e a
Associação dos Funcionários Públicos de São Paulo, que
em 1934, também criou sua colônia de férias própria na
cidade do Guarujá. Não nos esqueçamos de que foi durante
o Governo de Vargas que as férias trabalhistas foram
regulamentadas. Nesse sentido, as colônias de repouso,
criadas, principalmente por associações de trabalhadores,
já na década de 1940, viriam a oferecer um local específico
para o repouso dos trabalhadores junto à natureza. Um
local propício para que o operário reconstituísse suas
energias.
O local deve ser, tanto quanto possível, afastado dos grandes centros ou aglomerações, 5 a 6 quilômetros no mínimo, para evitar que as crianças sejam tentadas a procurar distrações que não podem encontrar no campo [de férias], como também para reduzir as visitas das famílias. O campo deve ser instalado num local pitoresco, de grande horizonte, acessível, abrigado de ventos e num terreno inclinado e permeável. Sua localização deve permitir passeios ao interior e ao exterior do campo. Os planaltos ou as planícies extensas, devido aos fortes ventos, as encostas, devido à cerração e os lugares sem vegetação, devido ao sol e a melancolia que podem ocasionar, devem ser evitados. De preferência, sempre que possível, deve ser um lugar vizinho de florestas ou mato cerrado, onde as crianças possam nas horas de calor forte, se abrigar facilmente e descansar. (COLÔNIAS, 1933, p.3).
“As colônias educacionais não devem ser localizadas em pontos isolados, ermos ou afastadas das cidades, pois a criança não necessita propriamente de repouso e, muito menos, de abstenção completa de suas atividades habituais” (COLÔNIAS, 1944, p.20).
Para a colônia chegavam crianças que às vezes não sabiam comer, pois para isso utilizavam as mãos, dispensando os talheres, e utilizavam-se do vestuário para limpar a boca e os dedos, desprezando os guardanapos e que lhes eram fornecidos. Quando regressavam às suas casas, estavam perfeitamente preparadas para transmitirem seus conhecimentos até aos seus pais. (COLÔNIAS, 1944, p.21).
Pág
ina1
6
De fato, as colônias de férias representaram por muito
tempo uma medida higiênica e eugênica de amparo e de
assistência aos trabalhadores e às crianças.
É possível observar durante as primeiras décadas do
século XX o movimento para a consolidação de diversas
estruturas que acarretariam na institucionalização da
infância. A criação de estabelecimentos como as colônias
de férias, parques infantis e institutos profissionalizantes,
enquadrar-se-iam em medidas, tanto para a preservação da
saúde infantil, ensinando-lhes hábitos higiênicos, quanto
para prepará-los para o trabalho nas indústrias. A boa
saúde infantil, assim como a dos operários, estava
diretamente relacionada a um bom desempenho de suas
funções trabalhistas. A ideia principal era a de que a
formação de um corpo infantil robusto responderia, no
futuro, a um operário mais produtivo. Ainda segundo
Basílio Janet:
Para que o projeto da colônia de férias fosse
concretizado, constituiu-se uma comissão formada pelo
professor José Clozel, assistente técnico das instituições
auxiliares da escola, do Departamento de Educação, o
Interventor Federal de São Paulo, Fernando Costa, e
diversos industriais paulistas. Grande parte dos recursos
havia sido doada pela família Matarazzo e o projeto
elaborado pelo professor José Clozel. No entanto, não foi
localizada nenhuma outra informação referente a esta
colônia de férias especificamente. Grande parte das fontes
levantadas remete as colônias de férias criadas pelo
Departamento de Educação Física do Estado de São Paulo.
O movimento para a criação das colônias de férias,
pelo Departamento de Educação Física, encontrava certas
dificuldades financeiras, entretanto é visível o
investimento de esforços do departamento em viabilizá-la. A
colônia de férias de Santos foi a que obteve maior sucesso,
tendo recebido, em quatro anos, uma média de “8.000
coloniados [...] vindos de 130 municípios de nosso Estado”
(DEPARTAMENTO, 1942, p.27), no entanto, ela não foi a
única.
Além das colônias de férias de Santos e Campos do
Jordão, o Departamento de Educação Física do Estado de
São Paulo, também criou uma colônia de férias na cidade de
Limeira, que teve a duração de poucos meses, de julho a
outubro de 1940, e outra em Pindamonhangaba, na Fazenda
Experimental Mista, de propriedade da Secretaria da
Agricultura do Estado de São Paulo, da qual, no entanto,
poucos registros escritos foram preservados, restando
algumas poucas fotografias.
Figura x: A ‘fila do leite’ na hora da ordenha, em Pindamonhangaba.
Fonte: BOLETIM da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. v.1, n.1, p.8.
São Paulo, ago.1951.
Figura x: Jogos recreativos ao ar livre em Pindamonhangaba.
Fonte: BOLETIM da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. v.1, n.1, p.7.
São Paulo,ago. 1951.
“Um período de férias, fora da cidade, até há pouco tempo, era privilégio de poucos. Hoje, entretanto, graças à nossa legislação social que ampara o trabalhador, em todos os seus ramos de atividade, [...] podem este e seus filhos usufruir também dessa vantagem” (COLÔNIAS, 1941/1943, p.92).
Pág
ina1
7
De modo geral as colônias de férias do
Departamento de Educação Física do Estado de São Paulo
mantinham a mesma estrutura e organização, o que as
diferenciava, além dos locais escolhidos para o seu
estabelecimento, era a preferência por algumas atividades,
como a caminhada, em Campos do Jordão, os esportes, em
Santos, e os jogos recreativos, em de Pindamonhangaba.
Em todas as colônias de férias o edifício que as
comportavam era dividido entre os dormitórios, o
refeitório, a enfermaria, o gabinete médico, os lavatórios
(duchas e vestiários), as instalações sanitárias e a sala de
desinfecção ou lavanderia. No caso do Departamento de
Educação Física do Estado de São Paulo não fora
construído nenhum prédio específico para abrigar suas
colônias de férias, todos eram adaptados para esse fim.
A grande maioria dos recintos utilizados, como o
Instituto de Pesca, em Santos, a Fazenda Experimental
Mista, em Pindamonhangaba, o Parque da Indústria Animal,
em São Paulo, era de propriedade da Secretaria da
Agricultura. É possível que tal relação entre o
Departamento de Educação Física do Estado de São Paulo e
a Secretaria da Agricultura tenha ocorrido devido a
ligação que o seu fundador, Arthur Neiva, estabeleceu com
o secretário da agricultura, Fernando Costa, durante a
criação do Instituto Biológico em São Paulo.
O pessoal contratado para ministrar as aulas de
educação física era, em grande parte, formado pela Escola
Superior de Educação Física de São Paulo, no entanto, o
departamento paulista não foi o único a criar e gerir
colônia de férias no Estado, muito pelo contrário, inúmeras
iniciativas foram concebidas pelas mais diversas entidades e
escolas paulistas.
A política de criação das colônias de férias foi
instaurada por diversos órgãos administrativos e entidades
espalhadas por todo o Brasil. No Estado do Rio de
Janeiro, inúmeras foram as colônias de férias criadas.
Quais seja a colônia marítima, da Escola de Educação Física
do Exército, criada na Praia Vermelha, em 1936, a de Cabo
Frio, em 1939, a Colônia do Sol de Niterói, em 1940, a da
ilha de Paquetá, em 1928, a de campo da cidade de
Vassouras, em 1939, entre outras. No Estado da Bahia,
destaca-se a colônia de férias da praia de Bogari, em
Salvador, criada em 1939.
No Estado de São Paulo, a Superintendência de
Ensino Profissional também oferecia o serviço de colônias
de férias. A sua instituição mais conhecida foi instalada, em
1939, nas dependências do Instituto Dona Escholástica
Rosa na cidade de Santos, primeira escola
profissionalizante do país.
Além do Brasil, diversos foram os países que também
implementaram suas Colônias de Férias. Há evidências da
construção de estabelecimentos nas cidades de Mar del
Plata e Mendoça, na Argentina, Luanda, Lobito e
Moçâmedes, em Angola, na praia de Malvin, no Uruguai,
além dos próprios países que iniciaram este movimento,
Suíça e França, entre outros.
No Brasil, é possível perceber que, na década de
1930, se defendia, cada vez mais, que as Colônias de
Férias, em grande parte criada e gerida, no final do século
XIX e início do XX, por iniciativas privadas, religiosas e
filantrópicas, deveriam ser de responsabilidade do Estado.
O jogo, que seria definitivamente extinto no país em
30 de abril de 1946, no governo de Eurico Gaspar Dutra,
fechando os diversos cassinos existentes em Santos, São
Vicente e Guarujá, foi por muito tempo utilizado como uma
forma de angariar recursos para o governo. Os impostos
recolhidos eram comumente utilizados para subvencionar
as despesas das Colônias de Férias mantidas pelo Estado.
Uma maneira de aplicar os recursos, de uma prática tão
controversa como os Cassinos, em instituições com
finalidades tão honrosas para a época como as colônias de
férias, uma vez que elas eram defendidas não apenas pelo
discurso médico, mas, também, pelos militar e religioso.
Concebidas como uma medida eugênica, as colônias de
férias garantiriam vigor físico e moral das crianças,
formando uma raça forte para a construção de um país
igualmente forte, seja em seus aspectos econômicos, morais
ou militares.
“No que toca ao regime de atividades, ele é igual para os três tipos de colônia, naturalmente aproveitando melhor os recursos à disposição da educação, tanto no que concerne à educação física, como à intelectual. É lógico que em Santos a natação seja o esporte predileto, por assim dizer. Que em Campos do Jordão, as caminhadas matinais apareçam como o ponto de partida das atividades, e em Pindamonhangaba se intensifique os exercícios e os jogos infantis, ainda que em todas elas se observe um perfeito equilíbrio de atividades”. (SENTIDO, 1952, p.5).
Pág
ina1
8
Figura x: Repouso – Colônia Infantil de Santos
Fonte: REVISTA BRASILEIRA de Educação Física, Rio de Janeiro, v.2, n. 13, p.35, jan.
1945.
Figura x: Turma feminina da Colônia Marítima Dr. Álvaro Guião. Professora
Otília Foster à esquerda da imagem.
Fonte: Coleção Otília Foster. Centro de Memória da Unicamp.
Figura x: Passeio na Ponte Pênsil de São Vicente.
MARINHO, Inezil Penna. As colônias infantis no estado de São Paulo.
Fonte: Revista Brasileira de Educação Física, Rio de Janeiro, v. 4, n. 42, p. 22,
set. 1947.
Figura x: “Colônia Marítima 'Álvaro Guião‘”.
A ORGANIZAÇÃO da educação física no estado de São Paulo.
Fonte: Revista Brasileira de Educação Física, Rio de Janeiro, v. 1, n. 5, p. 7, mai.
1944.
Pág
ina1
9
Figura x: ”A sessão de educação física antes do banho de mar”.
A COLONIA marítima infantil: "Alvaro Guião".
Fonte: Revista Brasileira de Educação Física, Rio de Janeiro, v. 3, n. 30, p. 18, set.
1946.
Figura x: Sessão de educação física, objetivando o desenvolvimento do senso
estético. A COLONIA marítima infantil: "Alvaro Guião".
Fonte: Revista Brasileira de Educação Física, Rio de Janeiro, v. 3, n. 30, p. 19, set.
1946.
Figura x: “Aula de ginástica na praia do Boqueirão em Santos”.
Fonte: BOLETIM da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. v.1, n.1, p.6.
SãoPaulo, ago. 1951.
Figura x: “Colônia Marítima 'Álvaro Guião' - Santos, Estado de São Paulo”.
Fonte: REVISTA BRASILEIRA de Educação Física, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 31, fev.
1944.
Pág
ina2
0
Capítulo 2
Leituras Projetuais
2.1 - Casa Rio Bonito
Arquiteta Carla Juaçaba
A serra de Friburgo no Sertão de Rio Bonito de
Lumiar foi o lugar escolhido para a construção de
residência-retiro. A proximidade do rio tornou-se fator
determinante para o partido adotado. Dois espessos muros
de pedras sustentam quatro vigas metálicas, nas quais se
apoiam as lajes de piso e cobertura. O peso da estrutura
contrasta com a leveza do vão, realçada por duas
claraboias que separam a laje de cima dos muros
estruturais. Na parede dos fundos as janelas são rasgos
do chão ao teto que dão continuidade vertical à
horizontalidade das claraboias. A casa suspensa do chão,
fica protegida da umidade e intempéries, e ao mesmo tempo
permite a visão do rio passando ao largo. Nos muros de
pedra um fogão a lenha e uma lareira, um de cada lado da
casa, garantem o aquecimento dos ambientes. No exterior, a
escada construída pela subtração escalonada das pedras
do muro leva ao terraço: observatório de estrelas. Água e
fogo, peso e leveza, arcaico e moderno na cosmologia do
habitat.
Figura x: Casa Rio Bonito
Fonte: - Acessado em 24/052012 às 20h33min.
Figura x: Casa Rio Bonito
Fonte: - Acessado em 24/052012 às 20h33min.
Figura x: Casa Rio Bonito
Fonte: - Acessado em 24/052012 às 20h33min.
Pág
ina2
1
Pág
ina2
2
Pág
ina2
3
Pág
ina2
4
Pág
ina2
5
2.2 - Casa Varanda
Arquiteta Carla Juaçaba
Em meio a um pedaço de mata atlântica, na Barra da
Tijuca, Rio de Janeiro, uma casa de vidro paira a alguns
centímetros do solo. A estrutura metálica, com pilares
metálicos espaçados a cada 6 metros, definindo uma planta
retangular cujos detalhes são os mais simples possíveis,
não deixa dúvidas quanto à referencia "miesiana"
(notavelmente da Casa Farnsworth). Carla Juaçaba, jovem
arquiteta carioca formada a pouco mais de uma década, não
esconde suas referências e inspirações, que transparecem
em seus poucos projetos de grande força.
Se o exterior do edifício chama a atenção por suas
similaridades com a obra do grande arquiteto alemão, é ao
nos aproximarmos cada vez mais que podemos constatar o
grande destaque do projeto: junções. Junções que
delimitam massa e vazio, luz e sombra. Pela casa, em seus
24 metros de comprimento, corre de fora a fora uma
claraboia.
A luz que entra por cima é o elemento que une todos
os espaços, "desenhando" o sol em diferentes ângulos
durante o dia. A distribuição programática é simples, com
os quartos ocupando as extremidades da planta de
pavimento único, delimitando a área central para o living e
cozinha, chamada por Carla de "varanda".
A casa foi projetada para a neta do grande arquiteto
carioca Sérgio Bernardes, que a princípio queria uma casa
similar à Casa Lota Macedo Soares, projetada por seu avô
em 1951.
Das referências ao projeto de Bernardes, ficou a
cobertura de telha sanduíche de alumínio, que dividem o
telhado em duas águas partindo da claraboia.
A cobertura projeta-se 1,50m para fora do perímetro
da planta, configurando um beiral considerável, que
Pág
ina2
6
protege as fachadas de vidro da insolação, e configura o
ar de grande varanda à casa.
As paredes de alvenaria, que dividem os quartos nas
extremidades, são dispostas de tal maneira que não vedam
completamente a vista. Sendo assim, não há portas dentro
da casa (mesmo os banheiros ficam abertos).
Não existem elementos que interfiram na visão que
atravessa toda a casa. O elemento que traz privacidade à
casa, não parte dela mesma, por meio de um elemento
arquitetônico (janela, porta, muxarabi, brise, cortina,
cobogó...), parte da própria natureza que a circunda,
abraçando o terreno, antes uma clareira, protegendo a
casa de vidro.
O sistema construtivo evidencia isso, configurando
grandes pórticos de teto a piso com a estrutura metálica.
Elevada do solo cerca de 0,80m (para evitar o contato com
o solo úmido), a laje do piso é formada por vigotas de
concreto que se apoiam nas vigas metálicas em perfil I, que
por sua vez se apoiam nos 8 pilares metálicos.
A laje é concretada e revestida com piso cimentado.
A estrutura é em aço corten, e teve a facilidade de ser
erguida em apenas 15 dias. A cobertura foi montada em
apenas 1 dia. A época da concepção do projeto (2005-
2007) acabou por coincidir com o barateamento da
estrutura metálica no mercado, que somado à facilidade e
rapidez na montagem, levou a construção a custos bem mais
em conta.
A claraboia se estrutura por meio de dois perfis
metálicos horizontais em U.
O jardim que cerca a casa é digno de elogios por sua
beleza. A casa em momento algum mede forças com seu
terreno, pelo contrário. Bonitas folhas cor-de-rosa de um
jambeiro cobrem um pedaço do solo. O mesmo solo que a
residência tomou o cuidado de não tocar, seguindo a
justificativa de que pequenas inundações ocorrem em
períodos de chuva (já que o terreno fica próximo a áreas
montanhosas).
No entanto, acreditamos que o ato de erguer essa
estrutura do solo não deve ser justificada apenas devido a
inundações. Pelas entrevistas que deu Carla Juaçaba
deixou a dica de três arquitetos com quem compartilha
certos pensamentos: Sérgio Bernardes, Louis Kahn e o já
citado Mies van der Rohe. Esses três grandes arquitetos
possuem uma característica em comum, que é o magnífico
esmero com que tratam os materiais e a maneira como estes
de relacionam.
Acreditamos que ato de elevar esse chão, um chão
artificial construído pelo homem, é também maneira de
elevar o espírito, ficar na ponta dos pés (sem se
desprender do solo) em busca de algo que seria impossível
da visada humana, e impossível do pavimento superior
comum. A casa não faceia as copas das árvores, a casa é
uma árvore, com 8 troncos de apoio, aberta à mata, fechada
por esta.
Pág
ina2
7
Pág
ina2
8
Pág
ina2
9
Pág
ina3
0
Pág
ina3
1
Pág
ina3
2
Pág
ina3
3
2.3 - Referências
Pág
ina3
4
Pág
ina3
5
2. 4 - FLORESTA OCULTA CHALÉS SUSPENSOS
EM ÁRVORES
Um hotel feito só de casas na árvore, cada
uma em um formato mais inusitado do que a outra
– cubo espelhado, ninho de pássaro, óvni… Esta
deve ser a maneira mais básica de explicar esta
inexplicável hospedagem sueca.
A história começa no cinema: após alguns
anos vivendo em Estocolmo, um grupo de amigos
decide voltar para sua cidade natal, no interior
da Suécia. Ali, resolvem se aproximar da
natureza, construindo uma casa na árvore, para
a surpresa da população local, que até então
acreditava que somente a cidade grande oferecia
conforto e qualidade de vida.
Com esse roteiro, o filme The Tree Lover, de
2008, foi um sucesso de bilheteria nos cinemas
escandinavos. Inspirado nele, um grupo de amigos
decidiu erguer o TreeHotel, no bosque de
Harads, em Luleå, cidade no norte da Suécia.
São apenas cinco chalés, um diferente do
outro. Não somente no que se refere ao visual,
mas também aos padrões de acabamento e
decoração. Suas áreas também variam entre 15 e
30 m². O maior deles pode abrigar
confortavelmente até quatro pessoas. Estão
todos equipados com casa de banho moderna e
lavatório e uma sauna em uma casa separada.
O projeto prevê a construção, até 2012, de
24 quartos na árvore. Por enquanto, o
estabelecimento funciona mesmo com os cinco que
já existem, além do edifício-sede e da sauna,
também construída ao redor de um pinheiro
centenário, com capacidade para 12 pessoas. Com
vista para o rio Lule, os chalés estão elevados
de 4 a 6 m e têm cinco padrões distintos.
O The Bird’s Nest, ou ninho de pássaro,
causa impacto pelo aspecto orgânico de seu
exterior, que quase se confunde com a floresta,
e pelo interior aconchegante. Projetado pelos
arquitetos do estúdio Inrednings Gruppen, ele
tem dois quartos, um com cama queen size e outro
com duas camas de solteiro, lounge e banheiro em
17 m² de área útil, além de uma escada retrátil.
The Cabin, ou a cabine, conta com as
melhores vistas e foi desenhado pelos arquitetos
do escritório Cyrén & Cyrén. O deque de madeira,
de 24 m² de espaço interno, foi planejado para
duas pessoas, com quarto, banheiro e sala.
Apesar do nome, The Blue Cone (cone azul) é
uma casa vermelha que aposta na simplicidade. É
o mais convencional dos chalés, tanto nos
materiais quanto no design. Desenhado
por Sandell Sandberg, tem 22 m² divididos em
quatro quartos, um para casal, e os outros dois
para solteiros, além do banheiro e do lounge.
Já o The UFO , ou óvni, criado pelos mesmos
arquitetos do The Bird’s Nest, é um verdadeiro
óvni aterrissado sobre a floresta. Seu interior
segue uma linha futurista na decoração e
totaliza 30 m², também separados em dois
quartos, banheiro e estar.
Mas o mais espetacular dos chalés é o The
Mirror cube, ou cubo de espelho. Camuflado com
paredes espelhadas, ele tem exatos 4 x 4 x 4 m e
estrutura de alumínio. Para evitar que os
pássaros se choquem com as paredes espelhadas,
o revestimento foi feito com filme infravermelho.
Invisível para os seres humanos, a cor é
altamente sensível à percepção das aves. Criado
pelos arquitetos do estúdio Tham & Videgård, ele
tem interiores com acabamento de madeira e
acomoda duas pessoas em um espaço de 12 m²,
dividido em um quarto, sala e lounge.
Pág
ina3
6
Pág
ina3
7
Pág
ina3
8
Pág
ina3
9
Pág
ina4
0
Pág
ina4
1
Pág
ina4
2
Capítulo 3
3.1 - São Joaquim da Barra – São Paulo – Brasil
O local onde hoje está São Joaquim da Barra, era pouso
habitual de viajantes e tropeiros no percurso entre Ipuã e
Nuporanga, região conhecida como "Capão do Meio".
Alguns moradores, entre os quais Manoel Gouveia de Lima,
João Batista da Silveira e Francisco de Lima, organizaram uma
comissão para angariar fundos e adquirir algumas glebas de
terras, para constituir patrimônio de uma povoação. Em 1895,
José Esteves de Lima arrematou, em hasta pública, na comarca
de Nuporanga, uma área situada na fazenda São Joaquim. Em
1898, José Esteves e sua mulher Dona Maria Theodora da
Conceição assinaram a escritura de doação da mesma área,
para formação do patrimônio. A povoação começou com a
construção da primeira casa de comércio, feita por Manoel
Damásio Ribeiro, em 1896, na estrada que ligava Batatais e
Nuporanga a Ipuã.
A primeira capela foi construída em 1901 tendo como orago,
São Joaquim.
A antiga gleba onde se fundou a cidade - Fazenda São
Joaquim, deu origem ao topônimo.
O Distrito de Paz de São Joaquim foi criado em 1902, no
Município de Nuporanga, que em 1909, passou a denominar-se
Orlândia.
Em 1944, por força de Lei Federal que não permitia a
existência de localidades com a mesma denominação, passou a
chamar-se São Joaquim da Barra, aposto originado do córrego
mais importante do Município, córrego da Barra, afluente do
Rio Sapucaí.
GENTÍLICO: JOAQUINENSE
3.2 - FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911,
figura no Município de Orlândia o Distrito de São Joaquim,
criado por Lei Estadual n.º 859, de 6 de dezembro de 1902.
Vila criada por Lei Estadual nº 1038, de 19 de dezembro de
1906.
Elevado à categoria de Município pela Lei Estadual nº 1588,
de 26 de dezembro de 1917, desmembrado de Orlândia.
Constituídos dos Distritos sede, São Joaquim e Olhos D’água.
Sua instalação verificou-se no dia 10 de abril de 1918.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o
Município de São Joaquim da Barra compõe-se de 2 Distritos:
São Joaquim e Olhos D’água.
Em divisões territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937,
bem como no quadro anexo ao Decreto-lei Estadual n.º 9073,
de 31 de março de 1938, o Município de São Joaquim
compreende o único termo judiciário da comarca de São
Joaquim e se divide em 2 Distritos: São Joaquim e Olhos
D’água.
No quadro fixado pelo referido Decreto-lei, para vigorar em
1945-48, o Município de São Joaquim da Barra ficou composto
dos Distritos de São Joaquim da Barra e Ipuã, (ex-Olhos
D’água) comarca de São Joaquim da Barra.
Lei Estadual nº 233, de 24 de dezembro de 1948,
desmembrado de São Joaquim da Barra o Distrito de Ipuã, (ex-
Olhos D'Água).
Fixado o quadro territorial para vigorar em 1949-1953, o
Município de São Joaquim da Barra é composto de 1 Distrito,
São Joaquim da Barra e comarca de São Joaquim da Barra.
Assim permanece no fixado pela Lei Estadual nº 2456, de 30-
XII-1953, para o período de 1954-1958.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-07-
1960.
ALTERAÇÕES TOPONÍMICAS
Pág
ina4
3
São Joaquim para São Joaquim da Barra alterado por Força
do Decreto – Lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de
1944.
Força reto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944.
3.3 – ÁREA DE ESTUDO
Localização e aspecto geográfico da cidade de São Joaquim
da Barra.
São Joaquim da Barra situa-se na Região Administrativa de
Franca, a 386 km de São Paulo. O acesso principal é pela
Rodovia Anhangüera (SP-330).
A cidade está localizada na região Norte – Nordeste do
estado de São Paulo e possui uma população de 46.512
habitantes, estimativa de 2010 segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística). Sua área é de
410,597 Km², e faz divisas com as cidades de Guará ao
norte-nordeste, Nuporanga ao leste, Orlândia ao sul,
Morro Agudo ao sudoeste e Ipuã a oeste.
Figura x: Localização geográfica do município de São Joaquim da Barra
Fonte: Brasil, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2010.
De acordo com informações do site da prefeitura de São
Joaquim da Barra, o relevo do município apresenta-se
ondulada , cujas altitudes variam entre 400 a 625 metros.
O município faz parte da bacia fluvial do rio Paraná.
Merecem destaque o rio Sapucaí-Mirim que recebe os
córregos da Barra, São Pedro, Lajeado, Santa Fé, São
Joaquim, Olaria e Santo Antônio, e o Ribeirão do Rosário.
O solo é composto por terrenos areníticos-basálticos
(vulcânicos), por isso em seus solos predominam a terra
roxa, com grande fertilidade para a agricultura que se
desenvolveu inicialmente com o café, o algodão, a soja e a
cana de açúcar.
A vegetação primária era formada por Floresta tropical
com áreas de cerrado que foram substituídas pela
agropecuária deste o século passado, restando pequenos
capões e matas ciliares.
O clima é considerado Tropical semi-úmido.
Pág
ina4
4
Figura x:
Fonte: http://www.cidadespaulistas.com.br/prt/cnt/mp-rod-fed.html - Acessado em 13-
06-2012 às 21h 35min.
Figura x: Localização geográfica do município de São Joaquim da Barra
Fonte: Brasil, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2010.
Pág
ina4
5
Figura x: ÁREA do município de São Joaquim da Barra
Fonte: Google Mapas, junho/2012.
Figura x: Região Administrativa de Franca.
Fonte: http://www.igc.sp.gov.br/produtos/mapas_ra.aspx? – Acessado em 13-06-2012.
Pág
ina4
6
Figura x: São Joaquim da Barra – São Paulo.
Fonte: Google Mapas, junho/2012.
Figura x: Imagem aérea da cidade de São Joaquim da Barra – São Paulo.
Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=835044 – Acessado em 13-
06-2012 ás 23h 12min.
Pág
ina4
7
Figura x: Imagem da Entrada da cidade de São Joaquim da Barra – São Paulo.
Fonte:
http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=617&with_photo_id=
52720982&order=date_desc&user=478316 –
Acessado em 13-06-2012 ás 23h 22min.
Figura x: Imagem da Entrada da cidade de São Joaquim da Barra – São Paulo.
Fonte:
http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=617&with_photo_id=
52720982&order=date_desc&user=478316 –
Acessado em 13-06-2012 ás 23h 22min.
Pág
ina4
8
Figura x: Imagem da Entrada da cidade de São Joaquim da Barra – São Paulo.
Fonte:
http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=617&with_photo_id=
52720982&order=date_desc&user=478316 –
Acessado em 13-06-2012 ás 23h 22min.
3.4 – Dados São Joaquim da Barra – SP
De acordo com o censo do IBGE de 2010 foi registrado no
município os seguintes dados:
CNEFE – Cadastro Nacional de Endereços para Fins
Estatísticos
Descrição Valor Unidade
Total de endereços 18743 Endereços
Total de endereços urbanos 18050 Endereços
Total de endereços rurais 693 Endereços
Total de endereços sem numeração 1335 Endereços
Total de endereços com
identificação de número 16232 Endereços
Total de endereços com
coordenadas coletadas 676 Endereços
Total de domicílios 15945 Domicílios
Total de domicílios particulares 15929 Domicílios
Total de domicílios coletivos 16 Domicílios
Total de estabelecimentos 2669 Estabelecimentos
Total de estabelecimentos
agropecuários 270 Estabelecimentos
Total de estabelecimentos de
ensino 39 Estabelecimentos
Total de estabelecimentos de saúde 68 Estabelecimentos
Total de estabelecimentos de
outras finalidades 2292 Estabelecimentos
Total de edificações em construção 457 Edificações
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. – Acessado em 13-06-2012 ás 23h49min.
Também registrado no censo do IBGE de 2007, a cidade
conta com uma produção agrícola de grãos e graníferos.
Desc.
Quant.
Produzida
(T)
Valor
(Mil
R$)
Área
Plantada
(Hectare)
Área
Colhida
(Hectare)
Rend.
Médio da
produção
(Kg/Hect.)
Milho 4682 1.107 1623 1623 2884
Soja 8880 3.360 3040 3040 2921
Sorgo 240 47 150 150 1600
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. – Acessado em 14-06-2012 ás 0h13min.
Na Pecuária o município conta com os seguintes dados:
Pág
ina4
9
Descrição Característica Unidade
Bovinos Efetivo dos rebanhos 5143 Cabeças
Eqüinos Efetivo dos rebanhos 628 Cabeças
Asininos Efetivo dos rebanhos 3 Cabeças
Muares Efetivo dos rebanhos 7 Cabeças
Suínos Efetivo dos rebanhos 669 Cabeças
Caprinos Efetivo dos rebanhos 17 Cabeças
Ovinos Efetivo dos rebanhos 504 Cabeças
Galos, frangas,
frangos e pintos Efetivo dos rebanhos
354900
Cabeças
Galinha Efetivo dos rebanhos 2020 Cabeças
Vacas
ordenhadas Efetivo dos rebanhos 824 Cabeças
Leite de vaca Produção 1736 MIL
LITROS
Ovos de galinha Produção 21 MIL Dúzias
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. – Acessado em 14-06-2012 ás 0h25min.
NOTA 1: Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde, por arredondamento, os
totais não atingem a unidade de medida.
3.5 – A Economia da Cidade
Com informações do site do município, no setor da
economia destacam-se as indústrias siderúrgicas e
laminação, como a Siderúrgica São Joaquim e a Metalúrgica
Tuzzi, as de fabricação de peças agrícolas como Venturoso
Valentini, Bema, Corfal, Rusan e 2D, a de esmagamento de
soja que podemos citar a Carol e a Usina de Álcool e
Açúcar Alta Mogiana que constitui grande parte da
economia, gerando para o município boa parte da
arrecadação de impostos.
De acordo com a SEADE (Fundação Sistema Estadual
de Análise de Dados) São Joaquim possuía em 2009, data
da análise, essa economia a seguir:
“Valor adicionado total, por setores de atividade
econômica, produto interno bruto total e per capita a
preços correntes do município do estado de são Paulo” em
2009 (1).
Valor Adicionado – Cidade São Joaquim da Barra
Agropecuária
(Em Milhões de R$)
Indústria
(Em Milhões
de R$)
Serviços
(Em Milhões de R$) Total
(Em Milhões
de R$) Adm.
Pública Total (2)
28,80 369,53 88,34 416,48 814,81
Valor Adicionado – Estado de São Paulo
Agropecuária
(Em Milhões de
R$)
Indústria
(Em Milhões de
R$)
Serviços
(Em Milhões de R$) Total
(Em Milhões
de R$) Adm.
Pública
Total
(2)
14.764,20 264.690,26 88.830,56 631.932,01 911.386,46
Valor Adicionado – Cidade São Joaquim da Barra
Impostos
(Em Milhões de R$)
Pib (3)
(Em Milhões de R$)
Pib (4)
(Em Milhões de R$)
87,50 902,30 19.542,25
Valor Adicionado – Estado de São Paulo
Impostos
(Em Milhões de R$)
Pib (3)
(Em Milhões de R$)
Pib (4)
(Em Milhões de R$)
172.967,03 1.084.353,49 26.202,22
Fundação Seade - PIB Municipal 2009
Fonte: Fundação Seade; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
(1) Dados sujeitos a revisão.
(2) Inclui o VA da Administração Pública.
(3) O PIB do Município é estimado somando os impostos ao VA total.
(4) O PIB per Capita foi calculado utilizando a população estimada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
http://www.seade.gov.br/produtos/pibmun/tab_2009.htm - Acessado em 14-06-2012 as
01h30min.
http://www.seade.gov.br/produtos/pibmun/?# - Acessado em 14-06-2012 as 01h10min.
Pág
ina5
0
Figura x: Boletim da CIA. MOGIANA de Estradas de Ferro – 1946.
Fonte: http://blogdogiesbrecht.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html –
Acessado em 14-06-2012 às 5h09min.
Figura x: Boletim da CIA. MOGIANA de Estradas de Ferro – 1946.
Fonte: http://blogdogiesbrecht.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html –
Acessado em 14-06-2012 às 5h09min.
Pág
ina5
1
Capítulo 4
Projeto preliminar de ACAMPAMENTO DE FÉRIAS
para jovens.
4.1 – OBJETIVOS PRINCIPAIS:
1. Proporcionar hospedagem e atividades esportivas e
culturais para crianças e jovens à partir dos 8/10
anos de idade;
2. Favorecer o entendimento da Educação Ambiental
proporcionando experiências que reforcem os
conceitos de preservação e de sustentabilidade;
3. Promover atividades de socialização dos jovens
através de experiências lúdicas de gincanas, aulas
de circo e de teatro;
4.2 – OBJETIVOS SECUNDÁRIOS:
A. Ampliar as experiências dos campistas promovendo
atividades de apoio como culinária, mecânica,
eletricidade;
B. Promover sempre que situações inusitadas que
envolvam a ampliação do conhecimento pessoal do
campista e de importância na sua vida pessoal como
primeiros socorros, combate ao fogo, construção de
coisas complexas (ex: aeromodelismo - oficina de
montagem de um planador de lançamento por
elástico; astronomia – observação das estrelas e
constelações à olho nu e com o auxílio de um
telescópio feito com material alternativo);
C. Delegar responsabilidades aos campistas visando a
manutenção das condições de uso do acampamento
(ex: auxiliar a elaboração do café da manhã;
recolher lixo espalhado; arrumar refeitório; cuidar
dos animais da “fazenda”; colher frutas).
4.3 – CUIDADOS INICIAIS DO PROJETO:
Notas sobre o espaço ideal para se instalar um
Acampamento de Férias:
I. Observar que as condições climáticas ao longo do
ano podem inviabilizar determinadas atividades e
prejudicar o lazer dos campistas quando não for
possível fazer uso dos espaços ao ar livre;
II. Priorizar, sempre que possível atividades que
envolvam contato direto com a natureza e ao ar
livre, sempre focando na preservação e na
sustentabilidade;
III. A área de implantação do projeto deverá possuir
recursos naturais que possam ser utilizados no
lazer do campista, como lago de tamanho suficiente
para caiaques (preferível embarcações à vela de
pequeno porte), cachoeiras, corredeiras para
boiacross, paredões de escalada, mata nativa,
árvores de grande porte para arvorismo, área plana
para instalação de quadras, gramado para festas,
pomar e demais recursos que possam ser utilizados
para garantir uma bom leque de possibilidades de
atividades lúdicas, culturais e esportivas.
IV. Possibilidade de o terreno comportar a instalação
de viveiros de mudas árvores e orquidário; criação e
manejo de equinos, bovinos e ovinos, granja, além de
central de tratamento de esgotos, uma central de
triagem de lixo reciclável, composteiras para lixo
orgânico e geradora hidráulica de energia elétrica
(todos operacionais e visitáveis)
V. Possibilidade de implantação de trilhas para
percursos à pé e com bicicletas (dos campistas ou
alugáveis).
VI. Área para acampamento selvagem próximo de veio
d’água.
Pág
ina5
2
Capítulo 5
5.1 – Projeto
Colônia de Férias
Será falado sobre o projeto
Pág
ina5
3
Conclusão
Um advogado vê na cidade quantas empresas existe na
cidade para ele advogar, o pessoal que trabalha com
Economia, vai ver o poder aquisitivo do local ou empresa,
um que estuda Marketing, verá qual será a melhor
propaganda ou abordagem a ser utilizada, pensando em um
Político, qual será seu descanso e seu poder monetário
futuro, vendo um da área de Logística, como elaborar as
boas movimentações industriais ou comercias, um Agrônomo,
irá ver qual a potencialidade da gleba para determinado
tipo de plantio, o pessoal ligado ao turismo verão as
questões culturais, geográficas, hidrográficas e históricas
do lugar, um profissional liberal precisa ganhar seu pão
de cada dia naquele loca. Um arquiteto vê uma cidade
diferente, procuram seu valor histórico, cultural,
geográfico, topográfico, urbanístico, além de tentar
resgatar os valores, confrontar o que está sendo usado,
reutilizar materiais, ascender aos que são leigos os
vestígios de sua própria trajetória, urbanisticamente,
solucionar problemas referentes ao transito, circulação
pedestre, ferroviária, metroviário, hidroviário,
automobilístico, ciclístico, rodoviário, além de
complementar com mais opções terrestres e utilizar
estações intermodais. Isso sempre lembrando de utilizar a
cor de nossa bandeira... muito verde!
Pág
ina5
4
Bibliografias
Anexos
Projeto preliminar de ACAMPAMENTO DE FÉRIAS para jovens
OBJETIVOS PRINCIPAIS:
1. Proporcionar hospedagem e atividades esportivas e culturais para crianças e jovens à partir dos 8/10 anos de idade;
2. Favorecer o entendimento da Educação Ambiental proporcionando experiências que reforcem os conceitos de preservação e de
sustentabilidade;
3. Promover atividades de socialização dos jovens através de experiências lúdicas de gincanas, aulas de circo e de teatro;
OBJETIVOS SECUNDÁRIOS:
A. Ampliar as experiências dos campistas promovendo atividades de apoio como culinária, mecânica, eletricidade;
B. Promover sempre que situações inusitadas que envolvam a ampliação do conhecimento pessoal do campista e de importância na sua
vida pessoal como primeiros socorros, combate ao fogo, construção de coisas complexas (ex: aeromodelismo - oficina de montagem
de um planador de lançamento por elástico; astronomia – observação das estrelas e constelações à olho nu e com o auxílio de um
telescópio feito com material alternativo);
C. Delegar responsabilidades aos campistas visando a manutenção das condições de uso do acampamento (ex: auxiliar a elaboração do
café da manhã; recolher lixo espalhado; arrumar refeitório; cuidar dos animais da “fazenda”; colher frutas).
CUIDADOS INICIAIS DO PROJETO:
Notas sobre o espaço ideal para se instalar um Acampamento de Férias:
I. Observar que as condições climáticas ao longo do ano podem inviabilizar determinadas atividades e prejudicar o lazer dos
campistas quando não for possível fazer uso dos espaços ao ar livre;
II. Priorizar, sempre que possível atividades que envolvam contato direto com a natureza e ao ar livre, sempre focando na preservação
e na sustentabilidade;
III. A área de implantação do projeto deverá possuir recursos naturais que possam ser utilizados no lazer do campista, como lago de
tamanho suficiente para caiaques (preferível embarcações à vela de pequeno porte), cachoeiras, corredeiras para boiacross,
paredões de escalada, mata nativa, árvores de grande porte para arvorismo, área plana para instalação de quadras, gramado para
festas, pomar e demais recursos que possam ser utilizados para garantir uma bom leque de possibilidades de atividades lúdicas,
culturais e esportivas.
IV. Possibilidade de o terreno comportar a instalação de viveiros de mudas árvores e orquidário; criação e manejo de equinos, bovinos
e ovinos, granja, além de central de tratamento de esgotos, uma central de triagem de lixo reciclável, composteiras para lixo
orgânico e geradora hidráulica de energia elétrica (todos operacionais e visitáveis)
V. Possibilidade de implantação de trilhas para percursos à pé e com bicicletas (dos campistas ou alugáveis).
VI. Área para acampamento selvagem próximo de veio d’água
PROGRAMA DE NECESSIDADES:
Área Espaço / função Dimensionamento Func OBS
Operacional
Administrativo
Portaria Controle de entrada e saída de veículos (ônibus, carros e
serviços); 4
Perímetro Cerca perimetral com controle de acesso de animais de porte médio
e acima; segurança perimetral eletrônica 1
Estacionamento de ônibus e apoio aos
motoristas
Estacionamento para até 8 ônibus rodoviários; banheiro e área de
descanso protegida para motoristas; copa motoristas; alojamento
motoristas se necessário
1
Estacionamento de visitantes e
campistas one day Estacionamento para até 100 veículos 1
Estacionamento de veículos de
funcionários
Estacionamento separado para 40 veículos de funcionários; acesso
especial para ambulâncias e carros de apoio 1
Garagem de veículos de apoio Garagem dos veículos elétricos e convencionais do acampamento
(carros, caminhonetes, tratores, veículos da vigilância)
Secretaria / RH Área de apoio operacional contábil e administrativo do campo 1
Diretoria / Gerencia do Campo Sala para diretor e sala para gerente, ambas com banheiro
privativo e espaço para receber pessoas em pequenas reuniões. 2
Salas de apoio à administração Sala de reuniões para até 20 pessoas, área de café 1
Informática / comunicações /
Sala de informática com servidor e dois terminais, com capacidade
de manter site, blog, escanear e tratar imagens, elaborar material
informativo e imprimir cartazes até formato A2, gerenciar o
controle dos quiosques de torpedos e “câmeras da folia” (ver
descrição do equipamento)
1
Comunicações
Serviço e manutenção da Rádio do Acampamento e da música
ambiente, abrigar a central de PABX, promover serviços de
telefonista, apoio à manutenção da rede WI-FI, do acampamento e
abrigar os demais sistemas de comunicação interna.
1 1
Vigilância Eletrônica
Central de monitoramento eletrônico com mesa de operações,
armários para guarda de materiais que exijam um maior controle,
central de carga de baterias de comunicadores e lanternas,
ferramentas e equipamentos especiais.
1
Chefia da segurança Sala de chefia de e de controle da segurança, 1
Área de apoio à segurança
Espaço organizado para receber as caixas de coleta para cobras e
animais peçonhentos, abrigo provisório de animais silvestres
capturados.
1
Arquivo morto Depósito de registros (papéis e mídia digital) antigos, backup do
sistema de fotos dos campistas antigos 1
1 Campistas criar a sua própria estação de rádio, pesquisando, escrevendo e produzindo o conteúdo usando software Myriad - assim como reais estações comerciais. Há a chance de gravar e
transmitir uma transmissão ao vivo pela internet, voltando para casa com uma gravação do programa. atividades Com cerca de metade do seu tempo no estúdio, 'ainda há tempo de sobra para o seu filho para provar as muitas actividades interessantes em oferta em todo o resto do acampamento. O que você precisa saber Não há nenhuma necessidade para o seu filho a ter qualquer conhecimento prévio ou experiência. Nós vamos fornecer instruções de especialistas global no software relevantes e habilidades.
Vestiários e banheiros M/F funcionários
administrativos
Vestiários com lockers para até 15 funcionários cada (15+15) com
sanitários em separado 2
Operacional
Monitores
Alojamentos M/F monitores de apoio 5 alojamentos para até 8 ocupantes cada um 5
Banheiros coletivos M/F monitores 2 banheiros coletivos com 4 cabines de banho e 4 sanitários (6 p/ M) 3
Vestiários M/F monitores Vestiários coletivos com sanitários para monitores junto ao centro
de esportes (com locker) 2
Ambulatório geral Ambulatório médico com capacidade de primeiros socorros, inalações,
assepsias, sutura, redução e imobilização de fraturas. 1
Dormitórios dos chefes dos monitores
M/F
Dois dormitórios (1M e 1F) com duas camas de solteiro, escrivaninha,
armários de materiais e equipamentos, armários para roupas e
pertences pessoais, com banheiro anexo
1
Sala de reuniões / treinamento
monitores 2
Estar / Copa dos monitores.
Área com sofás, TV, som, biblioteca, mesas para apoio, balcão com
água e máquina de café, bancada de trabalho com terminal de
computador.
2
Manutenção
Zeladoria (carpintaria, elétrica,
hidráulica)
Oficina, bancada e depósito de materiais utilizados na manutenção do
empreendimento 1
Oficina de manutenção de veículos e
máquinas
Oficina de manutenção para máquinas e veículos do acampamento,
equipada com bancada de reparos e equipamentos de apoio e pintura
Postos de manutenção de limpeza
Postos de apoio para limpeza interna com depósito de suprimentos
(sabão, sabonetes, toalhas, detergentes, desinfetantes e
equipamentos de apoio)
1
Postos para lavagem e estendal de roupas para os campistas 1
Áreas de apoio e manutenção de jardins
Postos de manutenção de jardins com depósitos de ferramentas,
equipamentos e produtos de jardinagem 1
Orquidário para produção e exposição de espécies podendo esse
espaço ser utilizado para oficinas e outras atividades com
finalidades didáticas que envolvam os campistas
1
Viveiro de para produção de mudas de espécies arbóreas de grande e
médio porte e de espécies arbustivas, podendo ser utilizado para fins
didáticos
1
Hospedagem Pavilhões de campistas M/F pavilhões (4M/4F) com capacidade para campistas , Acessíveis para
cadeirantes 5
32
Vestiário e banheiro coletivo para até 25 campistas por pavilhão
Hall com bebedouro de água fria/natural/quente (placa de peltier)
Varanda de relax e jogos de tabuleiro (apoio mau tempo)
Esportes Campos de esportes coletivos campo de futebol com medidas oficiais podendo ser utilizado para
festas, shows, gincanas
campo de atletismo (ao redor do campo de futebol)
campos de futebol society (com iluminação noturna – IN)
Quadras abertas quadras poliesportivas abertas, piso em epóxi (2 com IN)
quadras de tênis piso em epóxi (2 com IN)
quadras de tênis, piso de saibro (2 com IN)
quadras de vôlei de areia (2 com IN)
Quadras cobertas
ginásio de esportes fechado com quadra poliesportiva em madeira ou
piso sintético, arquibancadas para 300 pessoas, vestiários para 30
pessoas cada, camarim, depósito e palco, podendo receber shows,
festas e grandes reuniões. Além das atividades esportivas o espaço
deve possibilitar algumas atividades circenses como trapézio
http://www.campcheerio.org/trad/index.php
http://www.campbeaumont.co.uk/summer-camps/index.asp