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COMBATE SOCIALISTA COMBATE SOCIALISTA nº 33 PUBLICAÇÃO DA CORRENTE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES - CST Tendência Interna do Partido Socialismo e Liberdade AGOSTO/2010 www.cstpsol.com SINDICAL CONCLAT : Uma oportunidade perdida PÁGINA 3 CONJUNTURA Para quem governou Lula? PÁGINAS 4 e 5 INTERNACIONAL A libertação dos presos cubanos PÁGINA 11 Existe uma Opção de Esquerda PLÍNIO PRESIDENTE

Combate Socialista 33

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Existe uma Opção de Esquerda: PLÍNIO PRESIDENTE SINDICAL CONCLAT : Uma oportunidade perdida CONJUNTURA Para quem governou Lula? INTERNACIONAL A libertação dos presos cubanos

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COMBATESOCIALISTACOMBATESOCIALISTA

nº 33

PUBLICAÇÃO DA CORRENTE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES - CST

Tendência Internado Partido Socialismoe Liberdade

AGOSTO/2010

www.cstpsol.com

SINDICALCONCLAT : Uma

oportunidade perdida PÁGINA 3

CONJUNTURAPara quem

governou Lula?PÁGINAS 4 e 5

INTERNACIONALA libertação dospresos cubanos

PÁGINA 11

Existe uma Opção de Esquerda

PLÍNIO PRESIDENTE

2 | C O M B AT E S O C I A L I S TA | C S T - P S O L

CONJUNTURA

COMBATESOCIALISTACOMBATESOCIALISTA

PUBLICAÇÃO DA CORRENTESOCIALISTA DOS TRABALHADORESCST/PSOL - SEÇÃO DA UNIDADEINTERNACIONAL DOSTRABALHADORES - UITwww.uit-ci.org

Av. Gomes Freire 367 - 2ºº andar -Centro - Rio de Janeiro - Telefone (21) 2507-9337 [email protected]

Editoria:Silvia Santos e Rosi Messias

Tradução e correção:Marco Antônio Pelaes Costa, Cedício Vasconcellos e Suzette Chaffin

Diagramação e projeto gráfico:Marcello Bertolo

As matérias assinadas são deresponsabilidade dosautores e colaboradores

EditorialO Ato de lançamento da

candidatura de Dilma, coma presença de Lula, no Riode Janeiro foi um fracasso.Não pela chuva. Mas por-que colocou a nu a brutaltransformação do PT numpartido mais da ordem, fisi-ológico e movido na basedo aparelho, que já nãocomove nem mobiliza mi-lhares de trabalhadorescomo o fez durante 20 anos.

Os poucos que escuta-ram Lula e Dilma na tradici-onal Cinelândia foram "tra-zidos" por ônibus fretadospor prefeituras, aparelhosde parlamentares ou dogovernador. Da esponta-neidade comprometidacom mudanças, que faziaque estudantes, trabalha-dores, donas de casa, apo-sentados se mobilizassemno país para colocar Lulalá, sobrou a atitude passivade se comprometer a votarpela candidata indicadapor Lula, mas sem grandesexpectativas. A estrela do

PT apagou definitivamente,sepultada por Lula que de-cidiu que o PMDB, o parti-do mais fisiologista do país,é peça chave para imporseu projeto, e para tal pas-sou por cima de conven-ções, lideranças e da pou-quíssima militância que ain-da restava no partido porele fundado.

O uso da máquina tam-bém caracteriza a campa-nha dos tucanos, evidenci-ando um processo eleitoralsem militância, mas com acu-sações, baixarias e reitera-das multas que as candida-turas de Dilma e Serra absor-vem, pois com milionários fi-nanciamentos por parte debancos e grandes empresas,podem bancar uma e outravez serem multados.

Marina do PV, por suavez, que tenta aparecercomo "novidade" cumpriu oscript do imperialismo e seapressou a viajar para osEUA para dar garantias que,caso eleita, cumprirá direi-

tinho com a política do ca-pital financeiro e dos gran-des grupos econômicos, ouseja, continuará privilegian-do o pagamento dos jurosda dívida pública. WilliamLanders, diretor-gerente dagestora Black-Rock, que sededica a especular mundoafora declarou que "é difí-cil diferenciar os candida-tos, porque o discurso étudo muito igual. O merca-do está tranqüilo porqueseja com Serra, Dilma ouMarina, os alicerces do pla-no não vão mudar".

Por sua vez, a "Ficha Lim-pa" que apresentaramcomo grande avanço parapunir delinqüentes políticosmostrou sua inconsistênciauma vez que Jáder Barba-lho, Sarney, Renan Calhei-ros e muitos outros conhe-cidos pela sua ficha nãoprecisamente limpa, po-dem ser candidatos e con-tinuam dando as cartas jun-to com Lula na política na-cional.

No entanto há uma novi-dade, pois a esquerda estápresente na disputa de 2010.O PSOL lançou a candida-tura de Plínio de ArrudaSampaio, veterano militantedas causas populares. Estesocialista de 80 anos é umbravo lutador, um jovem,pois jovem é a força de suasidéias revolucionárias, e umcombativo defensor dos di-reitos da classe trabalhado-ra. Nas universidades, nasempresas, nos bairros, éhora de organizar a militân-cia, debater de projetos, ar-regaçar as mangas e ir praluta. Ao mesmo tempo emque pedimos votos estare-mos nas campanhas salari-ais dos bancários e metalúr-gicos, na luta dos correios edemais categorias nesse se-gundo semestre. O PSOL 50com Plínio Presidente é umaalternativa de verdade, poisexpressa um projeto políticode luta, comprometido comos interesses dos trabalha-dores e do povo brasileiro.

GOVERNO LULA E A BUROCRACIA ATACAM CORREIOSO movimento sindical dos

Correios passa por uma gra-ve crise. O auge desta crisefoi a assinatura de um acor-do coletivo por dois anos (bi-anual) de 9%, índice menorque a inflação! A grandemaioria dos trabalhadores orejeitou, mas esses dirigentesl igados ao Governo (PT/PCdoB) passaram por cima eassinaram o acordo para evi-tar uma forte campanha sa-larial em 2010, que é ano elei-toral.

Após essa traição e com oGoverno Lula prestes a priva-tizar os Correios surgiu umbloco com 17 sindicatos con-trários ao acordo e à privati-zação da ECT. Estes sindica-tos, e dentre eles o do Ama-zonas, estão travando umagrande batalha para tomara federação e trazê-la devolta para o campo das lu-tas.

O Governo Lula, atravésdo Ministério das Comunica-

ções, já está com uma MP(Medida Provisória) prontapara ser enviada ao Congres-so Nacional, onde transfor-ma os Correios de EmpresaEstatal em uma S/A (Socieda-de Anônima), ou seja, priva-tiza os Correios Brasileiros eentrega um patrimônio dopovo brasileiro.

Nos dias 21, 22 e 23 de ju-lho foi convocado pela Fede-ração o 29º Conselho de Re-presentantes com 192 dele-gados eleitos na base dos 35sindicatos filiados à FENTECT.O bloco dos 17 sindicatos deoposição estava presentecom número de delegadossuperior aos governistas. Es-tes, com medo de perder odebate sobre campanha sa-larial 2010, Correios S/A eapoio à candidatura de Dil-ma Roussef à Presidência daRepública, deram um golpe.decidiram não credenciar osdelegados da oposição ale-gando que havia "recursos".

O bloco de oposição nãoaceitou a manobra e váriaslideranças foram parar nadelegacia do Distrito Federal.

Diante deste impasse,para que não se realizasse umfórum onde a direção gover-nista da FENECT seria derrota-da, no dia 23/07 a pelegadaentrou no auditório por umajanela e realizou um fórum àparte com uma minoria de 95delegados onde "delibera-ram" apoio à Dilma e outrasresoluções que não tem vali-dade porque foram votadaspor uma minoria.

Chamamos a categoria arepudiar essa manobra dadireção da FENTECT. Agora énecessário uma política unifi-cada de toda a categoria edas entidades de base, quenão aceitaram essa manobra.

Afonso Rufino - Presidentedo SINTECT/AM

Diretor Suplente da FEN-TECT

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SINDICAL

Douglas DinizDouglas DinizDouglas DinizDouglas DinizDouglas DinizCoordenação da Unidos pra Lutar

O PSTU afirma que foi fun-dada uma nova central. Quan-ta mentira! Infelizmente o quetemos após a ruptura do CON-CLAT em vez de uma novacentral é uma Conlutas menorà qual se juntou o MTL queanteriormente tinha rompidocom a própria Conlutas pordiscordar de sua política e mé-todos autoritários.

A nova central que seriacriada no CONCLAT, fruto daunificação em primeiro lugarda Conlutas e da Intersindi-cal, não existe por culpa dapolítica anti democrática e debuscar ser, a qualquer custo,maioria por parte do PSTU.

Esse partido tentou imporde forma autoritária, atravésde uma maioria circunstanci-al, uma concepção de centralcom a participação de estudan-tes e movimentos de opressão,somente para garantir maio-ria, visto que em nenhum sin-dicato esses setores participame tem direito voto. Tambémum nome de central -Conlu-tas-Intersindical- que a Inter-sindical não aceitava. No en-tanto, o PSTU o fez votar!

Essa concepção leva a queos estudantes, e em especial omovimento de opressões, te-nham a possibilidade de ter tri-pla representação nos fórunsda central, o que de fato se cho-ca com a máxima expressão dedemocracia de nossa classeonde cada pessoa é um voto.

Defendemos a participa-ção e a unidade para lutarcom todos estes setores, masnão concordamos que partici-pem de forma deliberativa davida da central. Pois se assimfosse, um trabalhador homos-sexual e negro, teria votocomo trabalhador, como ne-gro e como homossexual! Porisso defendemos que sua re-presentação se exerça atravésdas suas entidades sindicais.

Esta forma brutal de atuar

foi apenas o estopim que fezestourar o congresso e levou40% dos delegados a se retira-rem do evento. O que poderiater sido uma grande vitória setransformou em derrota. Mes-mo assim, o PSTU de forma'marciana' segue afirmandoque a nova central foi funda-da, tem uma direção eleita, in-cluindo aí um dirigente domovimento estudantil ligadoao PSTU que nem delegado aocongresso foi, e até um estatu-to, votado não se sabe onde.Esta é a democracia operáriaque tanto alardeia o PSTU?

A UNIDOS PRA LUTARno sentido de preservar a uni-dade tão duramente constru-ída, propôs que qualquer de-cisão sobre caráter, concepção,estrutura e funcionamentofosse definida por 2/3 dos de-legados presentes no Con-gresso, mas o PSTU não acei-tou e o processo que acertada-mente até então vinha sendoconstruído de comum acordo,quando teve que se definir navotação explodiu.

O maior erro cometido foiter aceitado no seminário denovembro/2009 (quando seconvocou o congresso) quequestões tão delicadas comode concepção e caráter fossema voto já no congresso de fun-dação da central quando esta-va claro para todos que exis-tiam grandes diferenças polí-

ticas sobre o tema e que o mes-mo não se resolveria impondouma votação, como fez oPSTU. Por isso o congressoexplodiu e uma grande opor-tunidade para se construiruma nova central unitária foidesperdiçada.

A conjuntura e asA conjuntura e asA conjuntura e asA conjuntura e asA conjuntura e asperspectivas deperspectivas deperspectivas deperspectivas deperspectivas deuma nova Centraluma nova Centraluma nova Centraluma nova Centraluma nova Central

O nível das lutas e de or-ganização dos trabalhadoresna conjuntura atual é diferen-te da situação que vivemos nafundação da CUT. Nos anos 80havia uma multidão nas gre-ves gerais e lutas do operaria-do industrial por salário, con-dições de trabalho e enfrentan-do o regime ditatorial. As as-sembléias eram massivas: aclasse se incorporava a lutapolítica e sindical. Isso deu ori-gem a milhares de novos diri-gentes que ganharam a amplamaioria dos sindicatos, antesdirigidos por pelegos. Hoje nãovivemos uma situação similar.Existindo lutas e mobilizações,todas são localizadas e parci-ais, e os questionamentos aogoverno Lula são feitos poruma vanguarda da classe. Asassembléias para eleger os de-legados ao Conclat foram mui-to pequenas, reunindo no paísinteiro menos de 15 mil com-panheiros.

Desse modo, para unificaros agrupamentos sindicaisclassistas existentes, o quedeveria primar deveria ser abusca de acordos e consensos,e o esforço para integrar to-dos os setores, num processoque é essencialmente supe-restrutural.

Não querer enxergar issolevou o PSTU a transformara construção da nova centralem uma disputa de quem con-trolaria a entidade, quantoscargos teriam na direção equantos dirigentes sindicaisseriam liberados para fazerpolítica para seu partido.

Qualquer recomposiçãopolítica, depois dos fatos ocor-ridos que abalaram a confian-ça de todos, somente será pos-sível reabrindo o debate sobrecaráter, concepção e que ametodologia de privilegiar osacordos seja o fio condutordessa construção.

Enquanto isso todos estare-mos militando nas campanhassalariais para que as mesmassejam vitoriosas contra os go-vernos e os patrões. Estaremosapoiando as chapas classistasdos lutadores que vão disputareleições sindicais contra a bu-rocracia governista de plantãoajudando dessa forma, comunidade e luta pela base naconstrução de uma nova dire-ção para a classe trabalhado-ra brasileira.

CONCLAT: UMA OPORTUNIDADEPERDIDA

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CONJUNTURA

com o objetivo de evitar que lores. Ataque aos salários dos única saída de fundo é aplicar caminho.

PARA QUEM LULA GOVERNOU?Silvia SantosSilvia SantosSilvia SantosSilvia SantosSilvia Santos

Aproximam-se as eleiçõespresidenciais. Importantes se-tores populares, com razão,não querem o retorno dos tu-canos, lembrando as privatiza-ções, o arrocho e os ataques dogoverno FHC. Dilma, candida-ta de Lula, é a favorita. Muitos

Membro da ExecutivaNacional do PSOL

trabalhadores acreditam queLula, pela sua origem "dopovo", governa para os maispobres e que Dilma fará o mes-mo. No entanto, antes de votar,é necessário refletir para veri-ficar se esta afirmação é verda-deira. Para isso, vamos tomarcomo referência quanto dinhei-ro foi para o povo e quanto foipara os mais ricos: os banquei-ros e os grandes empresários,

nos últimos anos. Isto dará apista do que fará a candidatade Lula, caso seja eleita.

Verificamos que finali-zando o segundo mandato deLula, o país tem uma dívidaenorme, somadas interna eexterna o total é de R$ 1,61trilhão. Para pagar essa dívi-da, o governo Lula estabele-ce uma taxa de juros que é amais alta do mundo; hoje em

10,75%. Graças a isto, em2007, o país pagou em concei-to de juros, encargos e amor-tizações da dívida, R$ 244 bi-lhões. Em 2008, foram pagosR$ 280 bilhões e em 2009, R$380 bilhões! Sendo que nosúltimos 20 anos, o gasto coma dívida pública acumulado éde R$ 5,7 trilhões! Cada vezpagamos mais, no entanto,cada vez devemos mais!

É fácil perceber que o aumento dos juros acompa-nha o fabuloso aumento dos lucros dos bancos, quevêm de recorde em recorde. Com o dinheiro que aspessoas depositam nos Bancos (ou seja, com o nossodinheiro) os Bancos emprestam ao governo (compramtítulos) com remuneração altíssima. No entanto, as pes-soas recebem juros baixíssimos pelas suas aplicaçõesna caderneta, pagam tarifas abusivas e juros estratos-féricos quando se endividam pelo cartão ou pelo che-que especial. Mas a população também paga aosbancos indiretamente, pois quando paga impostos (nastarifas e em todos os produtos que consome) está pa-gando parte da dívida da Federação, dos Estados eMunicípios! Neste quesito, tanto FHC quanto Lula favo-receram o lucro do sistema financeiro! Observemosque os banqueiros e setores que vivem como rentis-tas, não abrangem mais que um pequeníssimo setor debrasileiros, talvez 5 ou 6 mil famílias. Mas em 2009, rece-beram por juros e amortização 34% do orçamento.

O lucro dos BancosA política social mais importante do governo Lula foi

a Bolsa Família. Atende aos setores que estão na po-breza, (considerados aqueles que recebem até R$ 140per capita), e os que estão na extrema pobreza, (con-siderados os que recebem até R$ 70 por cabeça). Ovalor destinado varia entre R$ 22,00 e R$ 200,00. Sãoatendidos pelo programa 12 milhões de famílias, ou 49,5milhões de brasileiros. No entanto, em 2009, os 11 bi-lhões destinados representaram 0,9% dos recursos doorçamento aplicados, e para 2010, a previsão é de R$13,7 bilhões que representam 0,7% do orçamento.

Resumindo:Bolsa Família = 12,5 milhões de famílias = governo

Lula gasta R$ 13,7 bilhões = 0,7% do orçamentoBolsa "Banqueiro" = 6 mil famílias = governo Lula gas-

ta R$ 380 bilhões = 34% do orçamentoOS BANQUEIROS LEVAM O EQUIVALENTE A 30 VEZES

O VALOR DA BOLSA FAMÍLIA!

Quanto foi parao Bolsa Família?

BILIONÁRIO Eike Batista com Lula. Maisum que ganhou dinheiro com esse governo

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CONJUNTURA

A Reforma da Previdência de 2003 impôs que osaposentados continuem contribuindo com a Previ-dência, decisão injusta, uma vez que contribuírama vida toda exatamente para poder receber de-pois de deixar a atividade. O governo argumentouque é preciso que contribuam para "economizar",em trinta anos, 56 bilhões de reais. Isso representa oque Lula paga aos banqueiros em dois meses!

Com o Fator Previdenciário (mudança para o cál-culo da aposentadoria) os trabalhadores foram maisuma vez os prejudicados pelo governo Lula. E Lulaainda vetou que se voltasse ao cálculo anterior, como argumento de que não há dinheiro. Mas comonão há se os banqueiros podem receber 380 bilhõespor ano?

Lula fez o aposentadocontribuir e vetou o fim dofator previdenciário

Lula pediu dinheiro emprestado aos banqueiros (vendeu tí-tulos à taxa Selic e por um curto prazo) e "emprestou" ao BNDESR$ 180 bilhões. Este, por sua vez, os empresta às grandes empre-sas a juros baixos e a longo prazo, o que fez aumentar a dívidabruta do país para financiar o setor privado.

O mega empresário e novo mimado do governo Lula, EIKEBATISTA, dono de mineradoras, petroleiras, portos e hotéis, decla-rou: "O BNDES é o melhor banco do mundo". É claro! Em 2009, oBNDES aportou 150 milhões comprando ações da LLX (empresado Eike), para vendê-las meses depois ao próprio empresário quepagou menos e ganhou 70 milhões na operação!

Porém, o governo está disposto a dar mais aos banqueiros.Como estes não gostam de emprestar para a produção, poislucram muito mais com títulos públicos, o governo estuda fazer-lhes mais concessões como, cortar impostos para incentivar quecumpram com sua obrigação!

Os empréstimos do BNDES, adívida e o bilionário Eike Batista

Do total doado pelas 450maiores empresas e bancos dopaís nas eleições de 2006 e 2008,37% foi para o bloco PSDB/DEMe 37% para o do PT/PMDB. Paraos parasitas e os especuladores,qualquer um que seja eleito, ser-ve aos seus interesses. TambémMarina do PV, que tenta apare-cer como progressista, acaba dese comprometer-se, em NovaIorque, com os maiores ban-queiros e empresários do mun-do, que não mudará nada da po-lítica econômica se for eleita.Foi aplaudida de pé!

É verdade que existem dife-renças entre os candidatos, massão secundárias, pois no essen-cial, concordam. Também comLula, o capital estrangeiro con-tinuou entrando para dominar

setores da economia, compran-do empresas, terras e proprie-dades. Não é como Lula diz que"estamos livres do FMI". Na for-ma, talvez. Mas o problema éque Lula assumiu como suas aspolíticas do FMI, que são as dosistema financeiro mundial.Isto se traduz na Reforma daPrevidência, no Fator Previden-ciário, na DRU (Desvinculaçãodas Receitas da União) meca-nismo que permite tirar dinhei-ro da Educação, Saúde, etc.para pagar juros aos banqueiros;na Lei de falências e no arrochoque o conjunto da populaçãocontinua sofrendo. O governoalardeia os aumentos do saláriomínimo. Mas o que não diz, é quede acordo com o DIEESE, hojeo mínimo deveria estar em R$ 2

mil e não em R$ 510,00; para sa-tisfazer as mínimas necessida-des de uma família padrão.

O roteiro da política de Lula,com maior habilidade e um dis-curso atrativo, é o mesmo que osistema financeiro impõe pelomundo afora e que leva, ano apósano, à quebra de diversos países.

No caso dos países chama-dos do Terceiro Mundo, as polí-ticas voltadas a privilegiar o pa-gamento das dívidas vão acom-panhadas pelas políticas com-pensatórias e focalizadas. Querdizer, distribuir as migalhas dobanquete dos banqueiros entreas populações pobres, como for-ma de mantê-las passivas e as-segurar uma clientela eleitoral.

Por esta razão, ao invés decriar empregos e pagar salários

decentes, ao invés de pagar umseguro desemprego de um salá-rio mínimo a todos os necessita-dos e fazer disso um direito cons-titucional, o governo Lula optoupor uma política que não liberao povo da miséria e pode asse-gurar sua continuidade no poderatravés de uma clientela cativa.

Por isso, nestas eleições háuma proposta que é alternativade verdade: a do PSOL, apresen-tada pelo seu Candidato, Plíniode Arruda Sampaio. Que partede um pressuposto: acabar coma subserviência aos banqueirose especuladores, suspendendo opagamento dos juros da dívida eauditá-la imediatamente. Fazfalta decisão política e uma po-derosa mobilização social que po-nha fim a tanta infâmia.

Tanto LULA como FHC governam e governaram para os ricos e poderosos!

No ano de 2009, foram destinados, de acordo como orçamento da União executado nesse ano, 4,64%para Saúde - 2,88% para educação e 0,08% para Sane-amento!

No Brasil, 144 milhões de habitantes não têm sistemade coleta de esgoto. Doenças decorrentes dessa fal-ta, como a diarréia, estão entre as principais causasda morte de crianças. Universalizar o serviço para todaa população requer em torno de 50 bilhões, o equiva-lente aos juros pagos aos banqueiros durante menosde dois meses!

Mas o governo Lula, em 2010, reduziu ainda mais oorçamento, cortando 1,3 bilhões da Educação e 354milhões da Saúde, para poder fazer superávit primárioe pagar juros aos banqueiros! Por isso pessoas morremnas filas dos hospitais e a educação pública está empéssimas condições.

As verbas sociais para saúde,educação e saneamento

O governo alardeou sobre a redução da pobreza. Masnão divulgou que, de acordo com a pesquisa nacionalpor amostra domiciliar (PNAD/IBGE), no Brasil há 54 milhõesde pobres. E que a renda média dos brasileiros está me-nor que em 1998.

A ONU, através de um programa que mede o Índice dedesigualdade social, destacou que o Brasil tem o terceiropior índice de desigualdade do Mundo! O primeiro lugar éocupado pelo bloco: Bolívia - Camarões - Madagascar. Osegundo lugar: África do Sul - Haiti e Tailândia. E o terceirolugar, o Brasil e o Equador. Este índice se mede pela faltade acesso aos serviços básicos, a baixa renda, a falta deserviços de infraestrutura. Esta é a razão de fundo que ex-plica o aumento da violência urbana no país.

Com um punhado de banqueiros que leva mais de 380bilhões por ano, não há duvida de que estamos entre oscampeões da desigualdade!

A pobreza e o índice dedesigualdade no Brasil

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ELEIÇÕES

Existe uma Opção de Esquerda:

O PSOL apresenta umareal candidatura de Esquer-da, frente à falsa polarizaçãoentre as candidaturas petistae tucana, que representam omais do mesmo, bem como ade Marina Silva, que é partedo mesmo projeto, uma vezque é impossível defender omeio ambiente e ao mesmotempo defender esta políticaeconômica, aliada a bancos emultinacionais que destroema natureza.

Diante deste quadro, acandidatura de Plínio é umaopção de esquerda que defen-de os interesses dos trabalha-dores e do povo, uma alterna-tiva que chama a populaçãoa lutar e votar pela esquerda.Uma candidatura que apóiaas reivindicações dos traba-lhadores e do povo, por edu-cação e saúde 100% estatais.

O PSOL se orgulha de terPlínio candidato, de chamaro povo a votar 50, votar nos

Rosi MessiasRosi MessiasRosi MessiasRosi MessiasRosi MessiasMembro da Executiva PSOL-RJ

PLÍNIO presidente - PSOL 50

candidatos do partido e assimeleger candidaturas compro-metidas com um projeto demudança de verdade.

Um programa deUm programa deUm programa deUm programa deUm programa deEsquerda aEsquerda aEsquerda aEsquerda aEsquerda aserviço dosserviço dosserviço dosserviço dosserviço dostrabalhadores etrabalhadores etrabalhadores etrabalhadores etrabalhadores edo povodo povodo povodo povodo povo

Nosso programa de gover-no é um projeto de verdadeiramudança, para impedir que osricos continuem mais ricos e ospobres cada vez mais pobres.Defendemos que a economia ea riqueza de nosso país sejamutilizadas para suprir as reaisnecessidades populares. Paraisso, é necessário acabar devez com a dependência econô-mica e a subordinação ao ca-pital financeiro. Defendemos ataxação das grandes fortunase a suspensão imediata do pa-gamento dos juros e encargosda Dívida Pública, que só en-gordam os bolsos dos banquei-ros e especuladores. Muitoshonestos brasileiros podem

achar que essa proposta seriaum "calote". Mas já está pro-vado que essa Dívida é imorale ilegítima, que quanto maispagamos, mas devemos. Ecomo bem afirmou Plínio "sus-penderemos o que se paga dadívida porque nosso governonão é pra todos, é um governodos explorados". Com estes re-cursos é possível investir emum plano de obras públicas,que possa garantir emprego emoradia aos desempregados eàs pessoas de baixa renda, in-vestir na educação e na saúdepública, tão penalizadas e su-cateadas. Dá para aumentaros recursos para a prevençãode catástrofes naturais e ga-rantir atenção às famílias de-sabrigadas. É possível garan-tir uma reforma agrária deverdade e dar apoio à agricul-tura familiar.

Sabemos que nenhum pro-grama de enfrentamento aogrande capital poderá ser im-plementado sem que tenha-mos o apoio popular. Somen-te com o povo organizado emobilizado é possível cons-

truirmos um novo país e de-fender nossa soberania e nos-so meio ambiente. Um paísonde as prioridades sejam aeducação, a saúde, o empre-go, o salário, a reforma agrá-ria e a moradia para o povo.

História de vidaHistória de vidaHistória de vidaHistória de vidaHistória de vidadedicada àsdedicada àsdedicada àsdedicada àsdedicada àscausas sociaiscausas sociaiscausas sociaiscausas sociaiscausas sociais

Com espírito combativo eaguerrido, com larga experiên-cia militante, dedicou décadasde vida à luta do nosso povo.

Plínio tem uma bela his-tória de vida, da qual 60anos foram dedicados às lu-tas dos movimentos sociais,apoio às greves e reivindica-ções dos trabalhadores e dopovo, em especial à luta pelodireito a terra. Além disso,foi parlamentar por trêsmandatos, sendo um delescomo Constituinte, em 1988.

Em 2005, Plínio rompeucom o PT por não concordarcom os rumos tomados pelasigla e se juntou às fileirasdo PSOL.

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ELEIÇÕES

Alfredo Bosi – crítico e historiador de literatura brasileira e membro daAcademia Brasileira de Letras; Áquilas Mendes – professor da Facul-dade de Economia da PUC-SP e presidente da Associação Brasileirade Economia da Saúde; Aziz Ab’Saber – geógrafo, professor eméritoda Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e presi-dente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência(SBPC); Caio Navarro de Toledo – professor colaborador do Institutode Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp; Carlos Nelson Coutinho –filósofo e professor da Escola de Serviço Social da UFRJ e membro dadireção fundacional do PSOL ; Carlos Schmidt – professor da Faculda-de de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grandedo Sul (UFRGS); Chico de Oliveira - sociólogo e professor emérito daFFLCH/USP e membro da direção fundacional do PSOL ; Dom Luiz Flá-vio Cappio – bispo da diocese de Barra (BA); Dom Tomás Balduíno –bispo emérito de Goiás Velho, fundador da CPT (Comissão Pastoral daTerra) e do CIMI (Conselho Indigenista Missionário); Elaine Behring –professora do Departamento de Políticas Sociais da Faculdade deServiço Social da UERJ; Fábio Konder Comparato – professor titular daFaculdade de Direito da USP; François Chesnais - professor emérito daUniversidade de Paris/Nord e editor da revista “Carré Rouge”; GilbertoMaringoni – jornalista e historiador; Heloísa Fernandes – professora doDeptº de Sociologia da USP e colaboradora da Escola Nacional Flo-restan Fernandes; Ildo Luís Sauer – professor titular do Instituto de Ele-trotécnica e Energia da USP e integrante do programa de Pós-Gradu-

Importantes apoios à candidatura de Plínio

A esquerda vai divididapara as eleições. POR QUE?

Plínio, Zé Maria e IvanPinheiro são os candidatosda esquerda. O PSTU justi-fica essa divisão dizendo queo problema é a crise do PSOLe que eles não podem ser “ár-bitros entre as distintas alasPSOL”. Além disso, falam dediferenças programáticas, dealianças e financiamento.

O PSOL, em convençãonacional, deliberou pela fren-te de esquerda sem financia-mento de empresários. Derro-tamos a política de HeloísaHelena de apoiar Marina,ainda que ela, solitariamen-te, continue apoiando o PVdesrespeitando as decisões doPSOL. Essa positiva resolu-ção é parte de nossa disputainterna desde 2008, quandohouve a coligação com o PSBno Amapá e PV em Porto Ale-gre, nesse caso financiadapela GERDAU.

Ao invés de discutir o

que votamos, o PSTU escre-ve sobre a crise do PSOL.Desse modo, terminou, porvontade própria, fortalecen-do o setor que é contra afrente de esquerda.

O PSTU acompanhou adisputa no II Congresso doPSOL em 2009, onde o setorde Heloisa se retirou do ple-nário. Mesmo assim propôsa frente, apesar da divisãodo PSOL.

Sobre programa, com baseem pontos consensuais, vota-

mos uma construção comumno interior da frente, comcompromisso de que Plíniodefenderia essa elaboração.

Em 2006, constituída afrente entre o PSOL, PSTUe PCB, Heloisa ignorou oprograma coletivo. Em 2007a maioria do PSOL aprovouuma base programática de-mocrática e popular. No en-tanto, esses fatos nunca im-possibilitaram a defesa dafrente feita pelo PSTU.

Desse modo a divisão se

explica por cálculo eleitoral.Queriam a frente não impor-tando o programa ou as divi-sões, sempre que Heloísa fos-se candidata, pois renderiaganhos eleitorais. Nunca de-fenderam a frente pela neces-sidade de unificar a esquerdapara ajudar à classe a superara experiência petista. Por issoagora lançam Zé Maria parabuscar espaço próprio. O cha-mado à unidade nos últimosanos foi jogo de cena. Quandoa resolução não estava apro-vada no PSOL, o PSTU que-ria a frente, sabendo que ha-via duas alas no PSOL. Quan-do derrotamos a coligação comMarina, o PSTU diz que nãodá porque o PSOL “está divi-dido”. Francamente!

O PSTU não está dispos-to a evitar a dispersão naseleições. Ao mesmo tempo,com métodos impositivos,auto-proclamatórios e buro-cráticos, impediram a unida-de na luta de classes, noCONCLAT. Lamentável.

Michel OliveiraMichel OliveiraMichel OliveiraMichel OliveiraMichel OliveiraDiretório Nacional do PSOL

ação em Energia da USP e filiado ao PSOL; István Mészáros - filósofohúngaro e professor emérito da Universidade de Sussex, na Inglaterra;José Arbex Jr. – jornalista e professor universitário; Juarez Torrez Du-ayer – professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Fede-ral Fluminense (UFF); Leandro Konder – filósofo e escritor, membro dadireção fundacional do PSOL; Marcelo Badaró Mattos – professor doDeptº de História da UFF e membro da Executiva fundacional do PSOL;Marina Barbosa Pinto – professora da Escola de Serviço Social da UFF;Paulo Arantes – professor do Deptº de Filosofia da USP e membro dadireção fundacional do PSOL; Paulo César Pedrini – coordenador daPastoral Operária Metropolitana de São Paulo; Paulo Nakatani – pro-fessor do deptº de Economia e do programa de pós-graduação emEconomia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); Pierre Odin– militante do Nouveau Parti Anticapitaliste – NPA; Plínio de ArrudaSampaio Jr. – professor do Instituto de Economia da Universidade Esta-dual de Campinas (Unicamp); Ricardo Antunes – professor do Deptº deSociologia da Unicamp e membro da direção fundacional do PSOL;Roberto Leher – professor da Faculdade de Educação da UFRJ e pes-quisador do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso)e membro da direção fundacional do PSOL; Sara Granemann – profes-sora da Escola de Serviço Social da UFRJ; Valéria Nader – economistae editora do ‘Correio da Cidadania’; Virgínia Fontes – professora daEPSJV-Fiocruz, da pós-graduação em História da UFF e colaboradorada Escola Nacional Florestan Fernandes-MST

PSTU apostou na divisão da esquerda nas eleições e no movimento sindical

Foto: Samuel Tosta

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ELEIÇÕES

CANDIDATOS

Wellington Luiz Cabral,aos 16 anos foi torneiro mecâ-nico na Basf em Guaratin-guetá, onde foi demitido apósuma greve aos 20 anos. Há 24anos trabalha na Johnson &Johnson. E é dirigente Sindi-cal dos Químicos de São Josédos Campos, Jacareí, Caçapa-va, Taubaté e Região, ondefreqüentemente organiza va-rias greves dentre as 223 em-presas da sua categoria con-tra redução de direitos por au-mento real de salário, reduçãode jornada sem redução de sa-lários etc. É conhecido peloapoio as lutas de varias cate-gorias como servidores públi-cos municipais, alimentação,metalúrgicos, professores etc.A região do Vale do Paraíba,é conhecida pelo grande nu-mero de multinacionais queai se instalam, visando explo-rar cada vez mais a mão deobra qualificada existente,através da terceirização, do

acumulo de funções, da imple-mentação de projetos devido areestruturação produtiva, ge-rando milhares de desempre-gados, e aumentando signifi-cativamente as doenças ocu-pacionais. A guerra fiscal temfechado empresas como a Ko-dak, e a Philips. Não é a toaque Cabral esteve dirigindogreves importantes como naJohnson, Kodak, Monsanto,Cógns, Fademac, nas lutascontra as demissões e pela re-estatização da Embraer, etc.Teve a frente de lutas contraa ALCA (área de livre comer-cio das Américas) contra a re-forma da previdência do go-verno FHC e do governoLULA. Hoje luta pela reformaagrária e urbana apoiando asocupações . Foi da direção na-cional da CUT, onde entregouseu cargo quando a mesmavirou um braço do governoLula, hoje luta pela constru-ção de uma central de traba-

lhadores, autônoma, demo-crática, contra os governos eos patrões. Defende uma au-ditória da dívida publica,para suspender o pagamentodos juros e amortizações, quegasta mais de 300 bilhões dereais por ano, dinheiro esseque poderia ser utilizado paraconstrução dehospitais,escolas, centro de la-zer etc. favorecendo a popula-ção pobre e gerando milhõesde empregos.

Cabral denuncia perma-nentemente o GovernadorSerra, que destrói a educaçãoe a Saúde do Estado, tambémdenuncia sem medo o gover-no Lula, que não cumpriu suapromessa, e continua dando

dinheiro só para os patrões epara os banqueiros, e deixa amíngua os trabalhadores, osaposentados e todo o povo po-bre desse país.

Cabral sabe que só comluta é que podemos mudar avida, e pela experiência quetem só se levara um projeto depais com justiça social, commuita unidade e luta dos tra-balhadores, que lutando jun-tos poderemos conquistar mu-danças de verdade e acabarcom a miséria, os privilégios,a concentração de riquezas, ospreconceitos, a criminalizaçãodos movimentos sociais, a cor-rupção, os baixos salários e odesemprego, rumo a uma so-ciedade justa e igualitária.

CABRAL DOS QUÍMICOSDEPUTADO FEDERAL - 5007

Uma campanha classista nadefesa dos trabalhadores

São Paulo

SOCIALISTAS E DE LUTA

São Paulo

Em SP vamos reelegerRaul MarceloDeputado Estadual50.550, que tem sidoimplacável opositora política dostucanos e defende aeducação, saúde e areforma agrária.

“Eu apoio Cabral, Neide e Pedro Rosa. Conheçoesses companheiros há muitos anos. Quandofomos expulsos do PT, junto com Heloísa e LucianaGenro, estivemos juntos e fundamos o PSOL. Sãocompanheiros de luta e coragem e sempredefenderam de forma consequente os direitos dostrabalhadores e sua lutas contra os burocratas

sindicais governistas. Esses companheiros merecem todo apoioe nosso voto!” Babá (ex deputado Federal e fundador do PSOL)

Babá apóia Cabral, Neide e Pedro Rosa

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ELEIÇÕES

Pará

UMA MULHER DE GARRA E COERÊNCIANeide Solimões 50550- Deputada Estadual

Ao assistir televisão te-mos a impressão de que oPará vai bem. Fala-se tantacoisa boa que dá vontade deviver dentro da TV. O gover-no Ana Júlia diz que estamosvivendo um governo popular.Mas a gente sente que não ébem assim. A crise socialavança assustadoramente. Otransporte coletivo é um su-foco, a violência toma contada cidade e nos postos de saú-de faltam médicos, remédios,equipamentos, etc. Todo mun-do tem um amigo desempre-gado ou um parente que nãoentra na universidade.

O PSDB de Jatene já go-vernou e ninguém quer essepessoal de volta no poder. AnaJúlia teve uma chance, porémdesperdiçou por governar comJader/Juvenil. Nós precisa-mos mesmo é de mudança! OPSOL apresenta uma alterna-tiva com Fernando Carneiro50. Para o senado, ao invés dosfichas sujas Jader e PauloRocha, vote Marinor 500 eJoão Augusto 501. Para fede-ral vote Silvia Letícia 5000,

Messias Flexa 5001 e Prof.Arnaldo 5006.

Não agüentamos mais avelha política, cujo exemplomáximo foi a "aliança" entreAna Júlia e Duciomar Costa.Dudú vendeu seus votos emtroca do repasse de R$ 162milhões do Estado para a pre-feitura e o apoio de Ana Júliapara a privatização da água eoutros serviços em Belém.

Apenas o povo trabalha-dor mobilizado pode mudaresse quadro. Essa convicçãolevou ao lançamento de Nei-de Solimões para deputadaestadual.

Neide é Servidora Públi-ca, Farmacêutica da FUNA-SA. Iniciou sua militânciaainda como professora na re-sistência contra a ditaduramilitar. Depois foi liderançacomunitária na Marambaiano início da luta pela macro-drenagem.

É diretora licenciada doSindicato dos Trabalhadoresno Serviço Público Federal(SINTSEP-PA) entidade queconseguiu na justiça a redução

da passagem de ônibus de R$1,85 para R$ 1,70, uma vitóriahistórica e inédita em Belém.

Como sindicalista dirigiuas greves do DNIT, CE-PLAC, FUNAI, FUNASA,IBAMA, INCRA, AGU, SPU,SRTE, SFA e esteve nas pa-ralisações da UFPA, UFRA,Previdência e Receita Fede-ral, por valorização profissi-onal, melhoria salarial e Pla-nos de Carreira. Participoudas greves da educação jun-to ao SINTEPP e dos rodovi-ários ao lado do SINTRAM.Apóia a juventude na lutapor mais verbas para educa-ção e contra o fim da meia-passagem em Ananindeua.Ao lado do DCE UNAMAcombate o reajuste de mensa-lidades. Na defesa do Rio Xin-gu atua contra a construçãode Belo Monte. Levou solida-riedade aos militantes doMAB, sindicatos rurais e co-lônias de pescadores de Tucu-ruí, presos políticos da gover-nadora Ana Júlia. Apóia asocupações de terra do MST,MTL e LCP. Como opositora

do Prefeito de Belém, impul-sionou o Fora Duciomarquando a justiça determinouque ele deixasse o cargo. Jun-tamente com o Sindicato dosUrbanitários denunciou aprivatização da água e dosserviços públicos municipais.Apóia as oposições nos sindi-catos, por isso foi ativa na di-vulgação da Chapa 2 entre osbancários.

Neide Solimões aposta naorganização dos trabalhado-res e do povo porque a vidasó muda com a luta.

Cristiano Florêncio - 50500Deputado estadual de esquerda, classista e socialista

jaí - UNIVALI. Neste período foi o1º Presidente do DA. Já foi can-didato a Presidente do DCE/UNIVALI.

Em 2007 entrou na prefeitu-ra como agente administrativo.Trabalhou até 2009 na Bibliote-ca da Paulo Freire e atualmen-te trabalha na Secretaria deAssistência Social de Itapema.

Em 2009 se filia ao PSOL e em2010 é eleito presidente doPSOL de Itapema. Foi oposiçãono SISEMI (Sind. dos serv. de Ita-pema) e hoje é dirigente sindi-cal pela chapa 2 eleita no úl-timo dia 30/06 para a Gestão2010/2013.

C r i s t i a n oFlorêncio -50500 - Dep.estadual dee s q u e r d a ,classista esocialista.

CristianoFlorêncioé servidor

público municipal e dirigentesindical. Tem 24 anos, mas co-meçou sua militância aos 12anos no movimento estudantilcomo diretor do Grêmio da Es-cola Estadual Anita Garibaldi.É formado em Ciências Socialna Universidade do Vale do Ita-

Santa Catarina Espírito Santo

Dr. Roberto Ferraz - 50000Deputado Estadual

precarização da saúde públi-ca, além de dividir seu tempoentre a profissão, a família e amilitância.

O Dr. Roberto Ferraz tem 45anos. Médico formado na Uni-versidade Federal do ES, atual-mente trabalha no ProgramaSaúde da Família em diversosmunicípios do Norte do estado.Atuou no movimento estudan-til e foi fundador do PT. Posteri-ormente rompeu com o PT e fi-liou-se ao PSOL partido queconsidera fundamental para aesquerda brasileira.

Como médico do municípiode Governador Lindemberg ésindicalista do SISPMC. No mu-nicípio de Mantenópolis temenfrentado a prefeitura do PT,contra a corrupção petista e a

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ELEIÇÕES

Pedro Rosa Cabral, 38anos, é professor, pós-gradua-do em Geografia e servidor pú-blico da Universidade FederalFluminense (UFF). Estevedesde 1991 na luta em defesada universidade pública, gra-tuita e de qualidade. Iniciousua trajetória no movimentoestudantil, tendo sido diretordo Centro Acadêmico de Geo-grafia da UFPA. Ingressou noserviço público em 1994 e pas-sou a atuar no movimento sin-dical, sendo dirigente do SIN-TUFPA. Em 2003, transferiu-se para UFF e teve uma rápi-da projeção no ativismo destauniversidade, elegendo-se co-ordenador-geral do SINTUFFem 2005. Durante sua trajetó-ria, sempre se fez presente nasgreves e caravanas das univer-sidades, lutando contra as ten-tativas de privatização e suca-teamento da educação pública.

Foi reeleito duas vezespara a direção do SINTUFF e

tornou-se coordenador da Fa-subra (Federação dos Servido-res das Universidades Brasi-leiras) em 2009. Esteve sem-pre presente nas mobilizaçõesde sua categoria, do serviçopúblico e dos trabalhadoresbrasileiros, como a luta parabarrar a reforma da previdên-cia em 2003 e contra o projetode lei que congela salários dofuncionalismo público.

Com estudantes e docentes,Pedro Rosa esteve ativamen-te nas lutas contra o REUNI epelo fim dos cursos pagos, com-batendo todas as formas de pri-vatização do ensino público.Teve atuação destacada naslutas em defesa da saúde pú-blica. Na Conferência Munici-pal de Saúde em Niterói, suapresença foi fundamental paraderrotar em plenário o projetodas fundações estatais. Cons-truiu e participou ativamenteas mobilizações contra o fecha-mento da emergência do Hos-

pital Universitário AntônioPedro e o caos na saúde públi-ca, com destaque para o perío-do marcado pela epidemia degripe suína.

No sindicato, incentivou aparticipação dos aposentados,trazendo-os de volta à vida po-lítica da entidade. Contribuiudecisivamente na organizaçãode base, atividades e lutas des-te segmento. Este processo deorganização e mobilização per-mitiu os aposentados da UFFconseguirem importante repo-sição salarial, o reenquadra-mento, direito que o governotenta cassar.

Como parte de sua coerên-cia, esteve incansavelmentena luta e solidariedade aosdesabrigados e demais víti-mas dos desabamentos causa-dos pelas chuvas e descaso dosgovernos. Denunciou o prefei-to Jorge Roberto, o governa-dor Cabral e o presidenteLula, responsáveis diretos

pela tragédia que abalou o Riode Janeiro.

Nas ruas, nas praças, nascaravanas, nas audiências pú-blicas, nas assembléias sindi-cais, congressos, encontros, nasolidariedade ao povo pobre, láestava o Pedro Rosa. Um com-panheiro que sempre firmouum compromisso com os traba-lhadores e os movimentos popu-lares. Agora é candidato a de-putado federal para ser umavoz em favor da classe traba-lhadora e do povo pobre noCongresso Nacional.

Rio de Janeiro

PEDRO ROSA: UM TRABALHADORNA LUTA DO POVO

ROBERTO Seitenfus - Deputado Federal do PSOL/RS 5070!"Vamos fortalecer a luta dos trabalhadores e da juventude!"

Rio Grande do Sul

Para os gaúchos, as elei-ções ocorrem após um 2009de mobilização contra Yeda(PSDB). Os trabalhadores emeducação, os estudantes, abase da PM e o PSOL foramàs ruas contra o descaso, as

escolas de lata, o arrocho, acorrupção e a retirada de di-reitos.

No RS, o PSOL é o voto daesquerda!

Tarso e Fogaça têm pro-jetos muito parecidos. Não àtoa Dilma já disse que queros dois no seu palanque! Tar-so foi Ministro da Justiçanum país onde cresceu a cri-minalização da pobreza e dosmovimentos sociais.

Nossa candidatura estána construção de uma alter-nativa de esquerda. Em Cor-

reios, Bancários, Municipári-os, Processamento de Dados,Servidores Públicos e Traba-lhadores do Telemarketing,iniciamos uma intensa cam-panha, denunciamos que oarrocho salarial e corte de di-reitos são responsabilidadesdos governos. Nas Universi-dades chamamos à luta con-tra os cortes de verbas paraeducação publica e ao lado dacomunidade LGBT combate-mos as opressões, como fize-mos na Mini-Parada do DE-SOBEDEÇA.

Rio de Janeiro

Nosso compromisso no RJ éreeleger Marcelo FreixoDeputado Estadual 50.123, quede forma corajosa vemenfrentando as milícias e osdesmandos de Sergio Cabral.

DEPUTADO FEDERAL - 5051

NA PRÓXIMA EDIÇÃO DOCS, MAIS CANDIDATOSSOCIALISTAS E DE LUTA

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INTERNACIONAL

A LIBERTAÇÃO dos

Em fevereiro deste ano, odissidente Orlando Zapatamorreu, após mais de oitentadias de greve de fome. Vozesem repúdio a atitude do go-verno cubano de deixá-lomorrer, cresceram em Cubae pelo mundo afora. Muitasdelas, de organizações e per-sonalidades solidárias com opovo cubano e que a vida in-teira foram contra o imperia-lismo e seu infame bloqueioa Cuba; insuspeitas de seremvinculadas à direita "gusana"de Miami. Entre elas, a dosreconhecidos músicos PabloMilanés e Silvio Rodrigues.

A decisão do jornalista Guil-lermo Fariñas, também dissiden-te, de começar uma greve de fomeem sua própria casa, exigindo aliberdade dos presos políticos, vol-tou a colocar a nu o regime dita-torial, estalinista, de partido úni-co que impera em Cuba. Um re-gime que não permite que o povocubano tenha partidos, sindica-tos, organizações políticas ou sin-dicais; que manifeste divergênci-as e críticas. Se apoiando na exis-tência de décadas de bloqueio im-perialista, o governo cubano ten-ta passar que qualquer crítica oudivergência provém da "direita",tentando justificar dessa forma afalta de democracia.

O governo espanhol e aigreja foram mediadorespara que finalmente, e comofruto desta pressão, 11 pre-sos fossem libertados e depor-tados para a Espanha, en-quanto o governo cubano secomprometeu a libertar 52dos 170 presos que existiri-am na ilha, de acordo cominformações de organizaçõesde direitos humanos.

A situação emA situação emA situação emA situação emA situação emCubaCubaCubaCubaCuba

As relações entre Espa-nha e Cuba foram se estrei-tando nas últimas décadas,na medida em que multina-cionais e empresários espa-nhóis são os principais inves-tidores em hotelaria, turis-mo e petróleo. Hoje, os seto-res fundamentais da econo-mia cubana são controladospor multinacionais ou porempresas mistas entre o go-verno (particularmente oexército) e empresas estran-geiras. Das conquistas dagloriosa revolução de 1959pouco restou, pois ao invés deaprofundar as medidas polí-ticas e econômicas em dire-ção ao socialismo, a economiacubana retrocedeu a passoslargos em direção ao capita-lismo. A situação econômi-ca e o nível de vida da maio-ria do povo são absolutamen-te precários. A ampla maio-ria sobrevive com salários dedez dólares por mês, para ali-mentar os lucros das multi-nacionais e os luxos dos bu-rocratas privilegiados e dosnovos ricos. Assim, tem mai-or peso o descontentamentopela falta de liberdades que

Silvia SantosSilvia SantosSilvia SantosSilvia SantosSilvia Santos

Executiva Nacional do PSOL

se generaliza entre o povocubano. Uma insatisfaçãobem maior que aquela alen-tada ou diretamente orques-trada pela direita de Miami,que felizmente é minoritáriahoje. Subterraneamente, ajuventude, os intelectuais egrupos musicais crescem;questionam e tentam divul-gar suas propostas, aindaque de forma clandestina.

Para enfrentar o impe-Para enfrentar o impe-Para enfrentar o impe-Para enfrentar o impe-Para enfrentar o impe-rialismo, o regime de par-rialismo, o regime de par-rialismo, o regime de par-rialismo, o regime de par-rialismo, o regime de par-tido único e para lutar pe-tido único e para lutar pe-tido único e para lutar pe-tido único e para lutar pe-tido único e para lutar pe-las necessidades da popu-las necessidades da popu-las necessidades da popu-las necessidades da popu-las necessidades da popu-lação, mais do que nunca,lação, mais do que nunca,lação, mais do que nunca,lação, mais do que nunca,lação, mais do que nunca,o povo cubano precisa deo povo cubano precisa deo povo cubano precisa deo povo cubano precisa deo povo cubano precisa deliberdade.liberdade.liberdade.liberdade.liberdade.

Não aceitamos que emnome de enfrentar o imperi-alismo, cale-se a voz do povocubano enquanto abre-se asportas aos capitais internaci-onais. É um grave erro quecometem setores da esquerda,

que se somam ao coro castris-ta de negar liberdades emnome de uma suposta defesado caráter "socialista" deCuba frente, às agressões im-perialistas. É fato que, quan-do a esquerda abandona aslutas pelas reivindicações domovimento de massas, deixao terreno para que a direita ofaça, com o objetivo oposto; ouseja, para derrotá-las. Essapolítica é criminosa.

Em alto e bom som afir-mamos: lutaremos até o fimpara acabar com o que restado bloqueio imperialista. Aomesmo tempo afirmamosque para defender o povo cu-bano faz falta muito mais doque isso. É preciso lutar porliberdades, pela libertaçãode todos os presos políticos,pelo fim do unipartidarismo,por liberdade para organizarsindicatos independentes,fazer greve, publicar posi-ções contrárias. Estes direi-tos são tão ou mais urgentes,pois se trata ao mesmo tem-po de lutar por salários e con-dições de vida dignas, decombater a exploração dasmultinacionais e das empre-sas mistas. Esta forma seráa única eficaz para derrotaros "gusanos" de Miami, o queresta do bloqueio e sua ten-tativa de afastar o povo cu-bano da luta anticapitalistae anti-imperialista.

PRESOS CUBANOS

MULTINACIONAIS à moda cubana: cresce redes de hoteis estrangeiros

REDE espanhola de hotalaria Sol Meliá, maior grupo estrangeiro de turismo

70 anos do assassinato de

Leon Trotsky foi um dosprincipais dirigentes revolu-cionários do século XX. Em 21de agosto de 1940 foi assassi-nado no México por RamonMercader, a mando de Stalin.70 anos após seu assassina-to, sua figura, longe de ser es-quecida, esta cada vez maispresente nos grandes debatespolíticos atuais

Trotsky encabeçou, juntocom Lênin, a tomada do poderpelo sovietes de operários ecamponeses da Rússia de1917. Neste mesmo ano tinhaingressado no Partido Bolche-vique e foi o criador e organi-zador do Exercito Vermelho,que permitiu à jovem URSSganhar a guerra civil contraa reação burguesa e os exér-citos imperialistas. A figurade Trotsky inspira grande res-peito, não só porque depois damorte de Lênin, dedicou suavida a lutar contra a burocra-cia soviética encabeçada porStalin, mas também por seusescritos teóricos, ações e con-dutas revolucionárias que fo-ram exemplo para muitas ge-rações de revolucionários.

Sua teoria da revoluçãopermanente é um de seusaportes teóricos fundamen-tais. Trotsky, coincidindo comLênin, descartava que os bur-gueses encabeçariam a lutaanti-czarista. Compreendiaque a única classe capaz deencabeçar a revolução demo-crática e transformar as con-dições de vida no campo eramos trabalhadores das cidades,comandando os camponesespobres. Não existiriam duas

etapas, apenas uma: os operá-rios ao tomar o poder iniciari-am a luta por suas demandascontra a patronal, transfor-mando essa revolução demo-crática em socialista, ou seja,permanente. Tanto a derrotade 1905, como o triunfo de ou-tubro de1917, confirmaram oenfoque de Trotsky.

Uma vidaUma vidaUma vidaUma vidaUma vidadedicada àdedicada àdedicada àdedicada àdedicada àrevoluçãorevoluçãorevoluçãorevoluçãorevolução

A vida de Leon Trotskynão foi nada fácil. Passou amaior parte de sua juventu-de em cadeias, exilado e des-terrado na Sibéria. Conheceua capital do império dos cza-res, São Petersburgo, em1905, durante a revolução,sendo presidente do soviete.Nesse ano foi detido. Retor-nou somente em 1917, após aqueda do czar.

Seus seis anos de ministrodo governo revolucionário

operário e camponês foram detrabalho muito intenso, comtrês anos dedicados à forma-ção e condução do ExércitoVermelho. Durante a guerracivil, passou penúrias viajan-do em um trem blindado, per-correndo as diferentes frentes.

Em 1924, depois do golpeque significou a doença e mor-te de Lênin, começou a serperseguido por Stalin e a bu-rocracia. Desde então dedicoucada minuto de sua vida, comum ritmo de trabalho incan-sável, para desenvolver a lutacontra a burocracia stalinista.

Foi expulso do Partido Co-munista em 1927 e expurga-do da URSS em 1929. Em1933 se empenhou na cons-trução da IV Internacional,que foi fundada em 1938.

Nesta época a perseguiçãode Stalin sobre Trotsky e seusseguidores se aprofundou,com os sinistros "processos deMoscou". Soube do fuzila-mento de amigos e adversá-

rios políticos com quem tinhacompartilhado lutas contra oczarismo, a tomada do podere a guerra civil. Seus secre-tários e seu único filho sobre-vivente foram assassinadospela GPU, polícia política deStalin. Os agentes de Stalineram a pior pressão que ame-açava sua vida.

Finalmente aos 60 anos,conseguiram assassiná-lo,mas não conseguiram apagarnem sua alegria de viver, nemsuas convicções de militantesocialista revolucionário e de-fensor da União Soviética.

Deixou uma carta comotestamento, reproduzimos osúltimos parágrafos, uma mos-tra de uma personalidade co-rajosa, integra, sensível e degrande força revolucionária,um exemplo para as "gera-ções futuras":

"...Nos quarenta e trêsanos de minha vida conscien-te, permaneci um revolucioná-rio; durante quarenta e doisdestes, combati sob a bandei-ra do marxismo. Se tivesseque recomeçar, procuraria evi-dentemente evitar este ouaquele erro, mas o curso prin-cipal de minha vida permane-ceria imutável. Morro revolu-cionário proletário, marxista,partidário do materialismodialético e, por conseqüência,ateu irredutível. Minha fé nofuturo comunista da humani-dade não é menos ardente; emverdade, ela é hoje mais firmedo que o foi nos dias de mi-nha juventude".

Leon TrotskyCoyoacán, 27 de

fevereiro de 1940.

21 de agosto de 1940

LEON TROTSKYClaudia GonzálezClaudia GonzálezClaudia GonzálezClaudia GonzálezClaudia González

PSOL - Niterói/RJ

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HISTÓRIA