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COMDEMA Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente AMERICANA RESOLUÇÃO COMDEMA n° 02, de 22 de agosto de 2018. O CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE COMDEMA, no uso das atribuições que lhe são conferidos pela lei nº5613/2014, artigo 7º inciso VIII, considerado a necessidade de regramento urbano no que tange a arborização urbana e as disposições da lei nº5529/2013 e lei nº5133/2010, recomenda: Art. 1º - Em consonância com a Política de arborização urbana instituída pela lei nº5529/2013 e suas alterações recomendamos que os calçamentos dos passeios públicos sejam construídos com materiais permeáveis, suportando o crescimento das espécies arbóreas. Art. 2º - O COMDEMA orienta que à população para a escolha, plantio e manutenção de espécies arbóreas, que seja observado o disposto no manual de arborização urbana do município, anexo I. Art. 3º - Essa resolução entra em vigor na data da sua publicação. Americana, 22 de agosto de 2018. João Antonio Silveira Braidotti Presidente do COMDEMA Dispõe sobre boas condutas na arborização urbana.

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COMDEMA

Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente

AMERICANA

RESOLUÇÃO COMDEMA n° 02, de 22 de agosto de 2018.

O CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE – COMDEMA, no uso das atribuições que

lhe são conferidos pela lei nº5613/2014, artigo 7º inciso VIII, considerado a necessidade de

regramento urbano no que tange a arborização urbana e as disposições da lei nº5529/2013 e lei

nº5133/2010, recomenda:

Art. 1º - Em consonância com a Política de arborização urbana instituída pela lei nº5529/2013

e suas alterações recomendamos que os calçamentos dos passeios públicos sejam construídos com

materiais permeáveis, suportando o crescimento das espécies arbóreas.

Art. 2º - O COMDEMA orienta que à população para a escolha, plantio e manutenção de

espécies arbóreas, que seja observado o disposto no manual de arborização urbana do município,

anexo I.

Art. 3º - Essa resolução entra em vigor na data da sua publicação.

Americana, 22 de agosto de 2018.

João Antonio Silveira Braidotti

Presidente do COMDEMA

Dispõe sobre boas condutas na

arborização urbana.

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Anexo I

MANUAL DE ARBORIZAÇÃO URBANO DO MUNICÍPIO DE AMERICANA

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, a maior parte da população do município de Americana vive no meio urbano,

necessitando, cada vez mais, de condições que possam melhorar a convivência dentro de um

ambiente adverso. Por isso, a cada dia, o Poder Público manifesta preocupações relacionadas a um

desenvolvimento urbano que esteja entrelaçado às questões ambientais, proporcionando melhor

qualidade de vida a todos.

Entende-se por arborização urbana a relação entre ambiente arbóreo, construções e

pessoas, envolvendo toda a cidade, compreendendo ruas, avenidas, praças, parques, jardins e

propriedades particulares.

As árvores urbanas e as vegetações associadas têm inúmeros usos e funções no ambiente

urbano, como diminuir os impactos ambientais da urbanização, moderar o clima, conservar energia

no interior de casas e prédios, absorver o dióxido de carbono, melhorar a qualidade da água,

controlar o escoamento das águas e as enchentes, reduzir os níveis de barulho, oferecer abrigo para

animais e aves e melhorar a atratividade das cidades, dar conforto térmico e acústico, melhorando a

paisagem e o aspecto visual das cidades entre os muitos benefícios.

O Manual de Arborização do Município de Americana compila um levantamento sobre as

árvores do município, o histórico da arborização no município e as orientações para o correto plantio,

além da implantação do piloto de arborização urbana, bem como calçada ecológica, visando o

planejamento prévio de plantio e regras para manutenção das mudas, onde as condições necessárias

para o desenvolvimento de cada espécie é levado em consideração, visto que os benefícios da

arborização estão atrelados à qualidade do planejamento urbano.

2. A ARBORIZAÇÃO URBANA E SUA IMPORTÂNCIA EM ÁREAS URBANIZADAS

As árvores urbanas enfrentam alguns problemas no ambiente das cidades. Alguns deles são:

o solo compactado ou alterado, com a presença de entulhos; deficiência de água e nutrientes;

temperaturas modificadas; poluição do ar; radiação solar alterada (sombreamento); espaço reduzido

para crescer (tanto para as raízes como para a copa); podas drásticas (mutilação da árvore); danos

mecânicos (por veículos, cortadores de grama, anelamento do tronco e outros); vandalismo e o

grande número de indústrias gerando um índice elevado de gases poluidores.

A arborização urbana, portanto, tem o papel de devolver às cidades os benefícios gerados

pela cobertura vegetal, melhorando a qualidade de vida da população. Consequentemente, por meio

da filtragem do ar atmosférico, ocorre a redução do efeito de ilha de calor e aumento do

sombreamento para pedestres e veículos, aumento da disponibilidade e qualidade da água, controle

e aumento da umidade relativa do ar, valorização imobiliária, bem como proteção, redução e

direcionamento dos ventos e da poluição sonora, redução da erosão, além de abrigo e alimentação

da fauna urbana.

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No planejamento do plantio, deve ser considerada a infraestrutura existente no bairro,

privilegiando o plantio de mudas de médio e grande porte. Nos critérios importantes para o

planejamento do plantio, destacam-se a largura da rua e da calçada, considerando o porte da árvore

quando adulta e a dispensa de podas constantes, a construção civil, o sistema de drenagem urbana,

as redes de água e esgoto.

3. A VEGETAÇÃO URBANA E A AVIFAUNA

Os plantios ordenados, planejados com o maior número de espécies vegetais nativas

possíveis na arborização urbana, são importantes ferramentas de gestão para criação de manchas

verdes. Eles desempenham papel na manutenção de abrigos e fontes de alimento para a fauna

urbana, devendo ser também utilizadas plantas ornamentais nativas com o objetivo de criação de

corredores ecológicos, garantindo o fluxo gênico entre as espécies.

4. DA ESCOLHA DAS ESPÉCIES

A escolha das espécies mais adequadas para a arborização urbana deve basear-se em

informações sobre o porte, características de raiz, de copa, de floração, de frutificação, levando em

consideração ainda os hábitos vegetativos, as formas de crescimento, a queda foliar e a origem

geográfica. Para ser utilizada em vias públicas sem acarretar prejuízos, devem ser considerados

ainda os seguintes tópicos:

– Espécies resistentes a pragas e doenças;

– Capacidade de desenvolvimento;

– Espécies que não possuam frutos grandes;

– Espécies que aceitem poda de limpeza e condução de copa;

– Espécies livres de espinho no fuste;

– Evitar o plantio de espécies que possuam substâncias tóxicas ou que causem reações

alérgicas à população;

– Escolher a espécie de acordo com a largura da rua e da calçada, levando-se em conta seu

porte quando adulta e a dispensa de podas constantes, para não interferir na arquitetura de sua copa;

– Nas áreas residenciais e comerciais, somente é permitido o plantio de espécies que não

comprometa a construção civil, o sistema de drenagem e as redes de água e esgoto;

– Para área de estacionamento público, de acordo com o tamanho dos veículos, devem ser

utilizadas árvores de pequeno, médio ou grande porte, com copas arredondadas ou colunares e

raízes profundas;

– Nos canteiros centrais com largura igual ou superior a 2m (dois metros), será priorizado o

plantio de árvores de grande porte, com o objetivo de minimizar o impacto decorrente do fluxo de

veículos;

– Nas calçadas com largura inferior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e nas ruas

com largura inferior a 14m (quatorze metros), somente será permitido o plantio de espécies de

pequeno e médio porte.

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5. DAS ESPÉCIES NÃO RECOMENDADAS PARA PLANTIO EM ARBORIZAÇÃO

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São consideradas árvores impróprias à arborização de calçamentos públicos: as dos gêneros

Casuarina, Eucaliptus, Ficus, Pinnus e Triplaris; as espécies Chorisia speciosa (“Paineira”), Delonix

regia (“Flamboyant”), Grevilea robusta (“Grevílea”), Melia azedarach (“Santa-bárbara”) e Spathodea

campanulata (“Espatódea”).

6. DAS ESPÉCIES NÃO INDICADAS DEVIDO À TOXIDADE

Cinamomo – Melia azedarach: Possui saponinas, veneno de gosto amargo presente nos

frutos, que produz espuma quando misturadas à água. A ingestão pode causar alterações

gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarréia severa, dificuldades respiratórias, confusão

mental e convulsões;

Espirradeira – Nerium oleander: Todas as partes da planta são tóxicas, seu veneno pode

provocar alterações cardíacas e neurológicas. A ingestão pode causar dor e queimação na boca,

salivação abundante, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia com sangue e tonturas.

Chapéu-de-Napoleão – Thevitea sp.: Todas as partes da planta são tóxicas, seu veneno pode

causar alterações cardíacas e neurológicas. A ingestão pode causar dor e queimação na boca,

salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia e tonturas.

7. ÁRVORES NÃO RECOMENDADAS PARA CALÇAMENTO

As espécies arbóreas não recomendadas para arborização urbana de calçadas são:

Flamboyant, Santa Bárbara, Grevílea, Espatódea, Paineira.

8. DO PORTE DAS ESPÉCIES ARBÓREAS

ÁRVORE DE PEQUENO PORTE: Aquela que alcance, em sua idade adulta, altura

aproximada de 4m (quatro metros);

ÁRVORE DE MÉDIO PORTE: Aquela que alcance, em sua idade adulta, entre 4m (quatro

metros) e 6m (seis metros) de altura;

ÁRVORE DE GRANDE PORTE: aquela que alcance mais que 6m (seis metros) de altura em

sua idade adulta.

9. CONDIÇÕES PARA O PLANTIO

O plantio deve ser feito, preferencialmente, na estação chuvosa. Caso aconteça em qualquer

outra época do ano, é necessário que se irrigue na época seca.

É preciso considerar as condições climáticas do local a ser plantado e evitar a introdução de

espécies que não sejam de ocorrência da região. Isso garante o estado fitossanitário do vegetal, a

manutenção e a preservação da biodiversidade.

O plantio deverá ocorrer, preferencialmente, no início do período das chuvas, nos meses de

setembro e outubro. Quando o plantio ocorrer no período de seca, as mudas deverão ser irrigadas

até sua autossuficiência.

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A cova deverá ser circular, com dimensões mínimas de 0,60m (sessenta centímetros) de

diâmetro por 0,60m (sessenta centímetros) de profundidade, vedado o uso de manilhas e o

revestimento parcial ou total da cova com cimento.

A cova deverá ser preenchida com substrato composto por: 1/3 (um terço) de solo de boa

qualidade ou do solo resultante da abertura da cova, se de boa qualidade; 1/3 (um terço) de esterco

bovino curtido; 1/3 (um terço) de composto orgânico e, quando necessário, com adubação química

prescrita por profissional legalmente habilitado, dispondo-se o solo superficial excedente no formato

de bacia (coroamento circular) ou outra técnica adequada ao plantio.

A muda própria para plantio deverá ter 2m (dois metros) de altura, devendo-se proceder à

remoção da embalagem somente no momento do plantio definitivo. O colo da muda deverá ser

alocado entre 0,02m (dois centímetros) a 0,04m (quatro centímetros) abaixo da superfície do solo.

A muda deve ser tutorada por uma estaca de bambu ou madeira, amarrada por fio de sisal ou

barbante em forma de “oito deitado”, devendo ainda ser protegida com gradeados de arame liso ou

madeira por um prazo de 2 (dois) anos.

As espécies a serem plantadas nas calçadas localizadas defronte aos imóveis devem estar

voltadas:

– Ao norte e/ou oeste (maior incidência de insolação): médio ou grande porte.

– Ao sul e/ou leste (menor incidência de insolação): pequeno ou médio porte.

Após o plantio, deverá ser realizada irrigação imediata e diária, mantendo-se a

permeabilidade da cova, mediante o uso de serragem ou folhas secas ao redor da muda. O plantio

deverá ser renovado quando ocorrerem maus tratos, em razão de acidentes ou ações de vandalismo.

A primeira poda será realizada nos viveiros, ao surgimento dos primeiros ramos laterais, que serão

retirados através da poda de formação. Nas mudas que apresentarem pragas ou doenças será

efetuado tratamento fitossanitário, facultando-se a substituição dos exemplares quando estiverem

comprometidos. Nos parques, praças e jardins, as áreas destinadas ao passeio público não deverão

ser utilizadas para o plantio de árvores, observando-se a distância mínima de 0,50m (cinquenta

centímetros) dos passeios.

10. TUTORES

Para assegurar o perfeito desenvolvimento das espécies, os tutores não podem prejudicar o

torrão onde estão as raízes, devendo, portanto, serem fincados no fundo da cova ao lado do torrão.

Os tutores devem apresentar altura total maior ou igual a 2,30m (dois metros e trinta centímetros) e

serem enterrados no mínimo em 0,60m (sessenta centímetros), com largura e espessura de

0,04mX0,04m (quatro centímetros por quatro centímetros) e secção retangular ou circular, com a

extremidade inferior pontiaguda para melhor fixação ao solo. As palmeiras e mudas com altura

superior a 4m (quatro metros) devem ser amparadas por 3 (três) tutores.

11. PROTETORES

Os protetores devem atender às seguintes especificações:

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– Altura mínima, acima do nível do solo, de 1,60m (um metro e sessenta centímetros);

– A área interna deve permitir inscrever um círculo com o diâmetro igual ou maior a 0,38m

(trinta e oito centímetros);

– As laterais devem permitir os tratos culturais;

– Os protetores devem permanecer no mínimo 2 (dois) anos sendo conservados em perfeitas

condições;

– Projetos de veiculação de propaganda nos protetores devem ser submetidos à apreciação

dos órgãos competentes.

12. DA AQUISIÇÃO DA MUDA

As mudas podem ser adquiridas em viveiros particulares pelo munícipe devendo neste caso

atender as espécies indicadas neste manual.

O viveiro Municipal localizado dentro do Jardim Botânico Municipal situado a Rua Izolina

Geminiani Rosa n° 1550 no Bairro Horto Florestal Jacyra, fornece gratuitamente até 05 mudas por

habitante para plantio em calçada, que podem ser retiradas no próprio viveiro no horário de

funcionamento indicado no site da Prefeitura Municipal de Americana (PMA). As espécies são doadas

de acordo com a produção do viveiro.

Para contatar o viveiro entrar em contato pelo telefone: 3407 4452.

13. MANEJO

Após o plantio inicia-se o processo de irrigação, adubação de restituição, poda para

manutenção e condução da muda, além da substituição de mudas, tutores e protetores danificados

por vandalismo ou por acidentes.

Este procedimento consiste em percorrer a área de plantio, durante o período de

manutenção, identificando as mudas mortas ou em estado fitossanitário ruins, considerando as

seguintes especificações técnicas:

A avaliação da necessidade de replantio das mudas mortas deverá ser realizada

entre o quadragésimo e o sexagésimo dia do plantio, destacando que a demora no replantio

poderá causar prejuízos tanto às mudas a serem replantadas, como ao conjunto.

As covas deverão ser reabertas e plantadas, aplicando-se as mesmas

recomendações do plantio de mudas (DERSA, 2008).

14. FATORES ESTÉTICOS

É proibida a caiação ou pintura das árvores. É proibida a fixação de publicidade em árvores,

por causar injúria mecânica no vegetal, o qual se transforma em porta de entrada de

microorganismos, comprometendo a saúde da planta.

15. DO ESPAÇAMENTO ENTRE AS MUDAS

O espaçamento das mudas nas calçadas deve ser:

– Entre as espécies de grande porte: de 8m (oito metros) a 10m (dez metros);

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– Entre as espécies de médio porte: de 6m (seis metros) a 8m (oito metros);

– Entre as espécies de pequeno porte: de 4m (quatro metros) a 6m (seis metros);

– Entre uma muda e um poste de iluminação ou com transformador: de 5m (cinco metros);

– Entre uma muda e uma esquina: de 5m (cinco metros);

– Entre uma muda e um ponto de ônibus: de 4m (quatro metros);

– Entre uma muda e uma entrada de galeria pluvial (“boca-de-lobo”): de 2m (dois metros);

– Entre uma muda e a entrada de veículos: de 1m (um metro);

– Entre uma muda e guia rebaixada para passagem de pessoas com necessidades especiais

ou faixa de travessia: de 1m (um metro);

– Entre uma muda e o meio fio da rua: de 0,50m (cinquenta centímetros);

– Entre uma muda e um hidrante: de 2m (dois metros);

– Nas calçadas localizadas defronte aos imóveis voltados ao norte e/ou oeste, devido à maior

incidência de insolação, as espécies a serem plantadas devem ser de médio ou grande porte;

– Nas calçadas localizadas defronte aos imóveis voltados ao sul e/ou leste, devido à menor

incidência de insolação, as espécies a serem plantadas devem ser de pequeno ou médio porte;

– Após o plantio, deverá ser realizada irrigação imediata e diária, mantendo-se a

permeabilidade da cova, mediante o uso de serragem ou folhas secas ao redor da muda;

– O plantio deverá ser renovado quando ocorrerem maus tratos ou em razão de acidentes ou

ações de vandalismo;

– A primeira poda será realizada nos viveiros, ao surgimento dos primeiros ramos laterais,

que serão retirados através da poda de formação;

– Nas mudas que apresentarem pragas ou doenças será efetuado tratamento fitossanitário,

de acordo com diagnóstico técnico e em conformidade com a legislação vigente, facultando-se a

substituição dos exemplares, quando estiverem comprometidos;

– Nos parques, praças e jardins, as áreas destinadas ao passeio público não deverão ser

utilizadas para o plantio de árvores, observando-se a distância mínima de 0,50m (cinqüenta

centímetros) dos passeios.

16. ESPAÇO ÁRVORE

O espaço árvore deve ser instalado na proporção de 40% (quarenta por cento) da largura da

calçada, sendo que o espaço para o pedestre deve ter no mínimo 1,20m (um metro e vinte

centímetros) de largura. As calçadas das edificações devem ter, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte

centímetros) para a passagem de pedestre e o restante destinado para a árvore.

17. LARGURA DE CALÇADAS E RUAS

17.1. CRITÉRIOS A SEREM CONSIDERADOS

Para uma adequada arborização urbana é necessário que se faça um estudo prévio do local

ou bairro onde serão elaborados os serviços de arborização. É importante considerar o tamanho das

calçadas e analisar os seguintes pontos:

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ESTACIONAMENTO PÚBLICO – São utilizadas árvores de pequeno, médio ou grande porte

(de acordo com o tamanho dos veículos), com copas arredondadas ou colunares e raízes profundas.

CANTEIROS CENTRAIS – Largura igual ou superior a 2m (dois metros)

Será priorizado o plantio de árvores de grande porte, com o objetivo de minimizar o impacto

decorrente do fluxo de veículos.

CALÇADAS – Largura inferior a 2,5m (dois metros e cinquenta centímetros) E RUAS –

Largura inferior a 14m (quatorze metros)

Somente será permitido o plantio de espécies de pequeno e médio porte.

18. FIAÇÃO AÉREA E SUBTERRÂNEA

A fiação aérea é composta pela rede de energia elétrica, dividida em duas categorias:

primária considerada de alta tensão (de 13.000v e 22.000v) e secundária de baixa tensão (de 110 v e

220 v), além da rede telefônica e a de TV a cabo.

Altura dos postes, placas e fiação aérea:

ESPECIFICAÇÃO ALTURA (metros)

Poste 9 a 12

Baixa Tensão 7,20

Alta Tensão 8,20 a 9,40

Telefone 5,40

Placa de ônibus 3,50

Fonte: Autor.

Recomenda-se que, em calçadas com fiação de rede elétrica, seja realizado o plantio de

espécies de pequeno porte.

Para o plantio onde houver fiação subterrânea e canos de rede hidráulica, deverá deixar uma

distância de, no mínimo, 2,5m (dois metros e cinquenta centímetros) da fiação ou canalização, para

evitar obstrução à canalização.

19. ESPAÇAMENTO ENTRE AS ÁRVORES E ELEMENTOS DO MOBILIÁRIO URBANO

O espaçamento entre as mudas e/ou entre muda e equipamentos de infraestrutura deve ser

seguido conforme tabela abaixo (em metros):

ELEMENTOS MUDA

Espécie de grande porte 8,0 a 10,0

Espécie de médio porte 6,0 a 8,0

Espécie de pequeno porte 4,0 a 6,0

Poste de Iluminação 5,0

Poste com transformador 5,0

Esquina 5,0

Ponto de Ônibus 4,0

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AMERICANA Entrada de galeria de água pluvial 2,0

Entrada de veículos 1,0

Guia rebaixada p/ acesso de pessoas com necessidades especiais 1,0

Faixa de travessia 1,0

Meio fio da rua 0,5

Hidrante 2,0

Fonte: Autor.

20. DA MANUTENÇÃO DE ÁRVORES ADULTAS EM ÁREAS PÚBLICAS

20.1. DA FIXAÇÃO DE QUALQUER OBJETO

É vedada a fixação de faixas, placas, holofotes ou outros equipamentos publicitários em

árvores de qualquer porte.

20.2. DA PODA DAS ÁRVORES

As podas somente poderão ser efetuadas:

– Por equipes de servidores da Prefeitura devidamente habilitados e treinados

– Por empresas ou pessoas especializadas, cadastradas, autorizadas e com licença emitida

pela UPJ (Unidade de Parques e Jardins).

Das proibições:

É proibida a poda excessiva ou drástica de árvores em vias ou áreas públicas (quando mais

de 40% do total da copa for aparada);

É proibida a poda ornamental de árvores no calçamento público que deixe a base da copa

com menos de 2m (dois metros) de altura;

É proibida a poda de raízes em árvores públicas, salvo nas condições previstas no Código

Civil Brasileiro.

20.3. DA REMOÇÃO DE ÁRVORES EM ÁREAS PARTICULARES

Sendo necessária a remoção de árvores nativas ou exóticas nas propriedades particulares,

deverá o interessado adotar o procedimento previsto na Lei de Licenciamento Ambiental do

Município.

21. DA ARBORIZAÇÃO EM ÁREAS URBANIZADAS

Nos projetos de construção ou reforma, sujeitos à apreciação e aprovação pela Prefeitura,

deverá constar a locação das árvores existentes no calçamento e promovidas às adequações

pertinentes, de forma a evitar a supressão do espécime.

22. DA ARBORIZAÇÃO EM ÁREAS OBJETO DE PARCELAMENTO DO SOLO

Para aprovação de projetos de arborização, o responsável deverá protocolizar requerimento

instruído à SMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) com os seguintes documentos:

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AMERICANA

Projeto de arborização urbana

Relatório fotográfico do local

Declaração de responsabilidade

Laudo de profissional habilitado com DAP das árvores

Levantamento da flora

Indicação e quantificação das espécies arbóreas

Projeto de iluminação pública e de distribuição de energia elétrica

Matrícula do imóvel.

Cada lote constante do projeto deverá contemplar, no mínimo, uma árvore plantada

no calçamento público, visando o máximo possível de mudas por lote. A aprovação do projeto

de arborização urbana antecederá a aprovação do projeto luminotécnico, devendo este:

– Respeitar a localização das espécies e priorizar a arborização urbana;

– Prever que a fiação aérea compacta ou subterrânea referente à rede de energia

elétrica seja sempre implantada nas calçadas defronte aos imóveis voltados ao norte e/ou

oeste, possibilitando o plantio de árvores de pequeno ou médio porte.

– Nos loteamentos de glebas onde haja APP será exigido também projeto de

recuperação ou compromisso de preservação ambiental;

– No projeto de arborização urbana deverão ser utilizadas para plantio espécies

arbóreas que possuam sistema radicular, sistema foliar e caule lenhoso com DAP igual ou

maior que 0,25m (vinte e cinco centímetros);

– O loteador deverá realizar a manutenção, conservação e proteção das mudas e

promover a reposição das que não sobreviverem até a entrega do lote ao seu comprador.

23. RECOMENDAÇÕES SUPLEMENTARES

Durante a elaboração de projetos de vias públicas, deverá ser privilegiada a

arborização adequando a ela os equipamentos públicos.

Os canteiros centrais com largura maior ou igual a 1m (um metro), de preferência,

não devem ser impermeabilizados, a não ser nos espaços destinados à travessia de

pedestres e à instalação de equipamentos de sinalização e segurança.

24. DAS INFRAÇÕES

A Lei 5529/2013 estabeleceu aplicação de Auto de Infração de penalidade para

prática de ações danosas às espécies arbóreas que estão elencadas abaixo. Os valores

referentes à aplicação dos autos de infrações são reajustados anualmente.

– Pintar a árvore ou afixar-lhe equipamento de iluminação;

– Causar dano a exemplar arbóreo resultante da instalação ou retirada de enfeites;

– Plantar em áreas públicas árvore de espécie imprópria à arborização urbana;

– Plantar árvore de qualquer espécie em local público e sem prévia autorização da Prefeitura;

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– Executar podas sem observância dos critérios previstos no Art. 12 desta lei;

– Executar poda excessiva ou drástica, vedada pelo Art. 13 desta lei, ou anelamento;

– Impedir o crescimento ou o brotamento de exemplares em fase de recuperação após tratos

indevidos;

– Suprimir muda plantada em substituição à árvore removida pela Prefeitura, mesmo que a

muda não apresente DAP de 0,05m (cinco centímetros);

– Suprimir árvore nativa até 3m (três metros) de altura ou DAP até 0,04m (quatro

centímetros), parcial ou totalmente, em desacordo com as regras previstas no Art. 17 desta lei, ou

induzi-la ao secamento por qualquer meio;

– Suprimir árvore nativa com altura entre 3m (três metros) e 8m (oito metros) ou DAP entre

0,04m (quatro centímetros) e 0,15m (quinze centímetros), parcial ou totalmente, em desacordo com

as regras previstas no Art. 17 desta lei, ou induzi-la ao secamento por qualquer meio;

– Suprimir árvore nativa com altura maior que 8m (oito metros) ou DAP maior que 0,15m

(quinze centímetros), parcial ou totalmente, em desacordo com as regras previstas no Art. 17 desta

lei, ou induzi-la ao secamento por qualquer meio;

– Suprimir árvore cuja espécie ou tamanho não sejam identificados;

– Impermeabilizar o solo em torno do colo de árvore, através da aplicação de massa de

cimento, concreto ou outro produto que venha a impedir o desenvolvimento diametral do caule à

altura do colo;

– Loteador ou proprietário ser omisso no cumprimento das determinações constantes dos

artigos 24, 25 e 26 desta lei;

– Deixar de cumprir Termo de Compromisso Ambiental firmado para os fins previstos no Art.

19 desta lei:

25. DAS CARACTERÍSTICAS DAS ESPÉCIES

No município de Americana são indicadas 17 espécies para plantio em calçadas. As espécies

indicadas que atingem até 10 metros são boas para calçadas com fiação elétrica, enquanto as

maiores podem ser plantadas em calçadas sem fiação.

Segue abaixo relação das espécies indicadas para plantio em calçadas:

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AMERICANA

Nome popular: IPÊ Nome científico: Tabebuia SP

Os ipês são árvores de grande porte, com raízes profundas que não danificam as calçadas e

exigem poucos cuidados. É muito usado como árvore decorativa devido à sua florescência colorida e

anual. Gênero de árvores, em suas maiorias nativas, decíduas, de tronco e ramagem elegantes. Sua

madeira é resistente e o florescimento exuberante nas cores amarela, branco, rosa e roxo. Os ipês

atingem de 10 a 35 metros, dependendo da espécie. São adequados para calçadas sem fiação

elétrica.

Nome popular: Jacarandá mimoso

Nome científico: Jacarandá mimosaefolia

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AMERICANA

Um verdadeiro clássico. Árvore decídua, de floração exuberante. Ideal para arborização de

ruas, praças e avenidas. Sua altura é de 8 a 15 metros. Suas raízes são profundas, não danificam

calçadas e nem redes subterrâneas. Por atingir 15 metros, melhor ser plantada contra a rede elétrica.

Nome popular: Extremosa ou Resedá

Nome científico: Lagerstroemia indica

É uma linda arvoreta muito utilizada na arborização urbana. Tem florescimento esplendoroso,

é decídua e tolerante a podas drásticas. Atinge até 8 metros de altura.

Nome popular: Alfeneiro

Nome científico: Ligustrum lucidum

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AMERICANA

Uma das espécies mais cultivadas na arborização urbana do sul do Brasil. Oferece boa

sombra, mas a floração de muitos exemplares ao mesmo tempo pode intensificar os casos de alergia

a pólen. Atinge aproximadamente 3 metros de altura.

Nome popular: Magnolia

Nome científico: Magnólia spp

A linda Magnólia, além de bela e perfumada faz lembrar os ipês rosa. Elas são muito

interessantes para arborização urbana devido ao porte pequeno. Decíduas e próprias para o clima

subtropical e temperado. Alcançam de 5 a 10 metros de altura.

Nome popular: Pata-de-vaca

Nome científico: Bauhinia foficata

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Árvore brasileira, nativa da Mata Atlântica, de porte médio com uma das mais belas flores e

folhagens. Possui raízes profundas que não estouram as calçadas. Uma ótima opção para ser usada

como decoração e em regeneração de matas degradadas.

Nome popular: Ipê-mirim

Nome científico: Stenolobium stans

Conhecido popularmente como Ipê-de-jardim, é uma arvoreta muito ramificada. As folhas

compostas são serreadas, as flores amarelas em forma de campânula e formam inflorescências

vistosas. É muito usada em arborização urbana, podendo chegar a 7 metros de altura. Sua floração

acontece entre os meses de janeiro e maio.

Nome popular: Flamboyant-mirim

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AMERICANA

Nome científico: Caesalpinia pulcherrima

É uma árvore (alguns consideram arbusto lenhoso) de pequeno porte da família das

leguminosas. De rápido crescimento, suas folhas são recompostas com folíolos pequenos e

permanentes. Sua copa tem um formato arredondado e pode atingir de 3 a 4 metros de altura. Suas

flores são vermelhas, alaranjadas, amarelas, rosas ou brancas dependendo do cultivar, dispostas em

cachos paniculares. Sua época de floração é entre setembro e maio.

Nome popular: Aroeira

Nome científico: Schinus terebinthifolius

De porte pequeno a médio, é uma planta dióica, de folhas compostas, aromáticas e atinge de

8 a 10 metros de altura. Suas flores são pequenas em panículas e seu fruto tipo drupa, vermelho-

brilhante, aromático e adocicado. Reproduz-se por sementes ou estacas.

Nome popular: Cerejeira-do-japão

Nome científico: Prunus serrulata

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AMERICANA

É uma árvore decídua, de grande valor ornamental, devido seu florescimento espetacular. É

própria para clima subtropical e temperado. Alcança até 6 metros de altura e deve ser cultivada sob

sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, neutro, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e

irrigado regularmente. Necessita de estações bem marcadas para florescer de forma satisfatória. Por

este motivo não é indicada para regiões equatoriais e tropicais, salvo em regiões de altitude elevada.

Seu crescimento é moderado e a floração é precoce. Não tolera encharcamento e podas drásticas.

Resiste ao frio, geadas e curtos períodos de estiagem. Multiplica-se por enxertia, estaquia e mais

facilmente por sementes.

Nome popular: Quaresmeira

Nome científico: Tibouchina granulosa

É uma árvore de pequeno porte e raízes profundas. Elegante e bela apresenta uma linda

floração roxa que ocorre duas vezes por ano. Possui um fruto bem pequeno e é uma das principais

árvores utilizadas na arborização urbana no Brasil.

Nome popular: Pau-fava

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Nome científico: Senna macranthera

Espécie muito usada no paisagismo urbano é uma árvore de pequeno a médio porte que

atinge entre 6 a 8 metros de altura. Suas folhas compostas de 4 folíolos possuem aproximadamente

20 cm. A floração é amarela e muito vistosa em cachos. O fruto vagem é quase cilíndrico, de 30 cm e

com muitas sementes duras de 0,5 cm. O fruto contém um líquido que tem um odor desagradável, de

forma que na queda dos frutos fica um mau cheiro. A germinação é fácil e o desenvolvimento rápido.

Floresce entre janeiro a maio e a coleta de sementes acontece em julho.

Nome popular: Amoreira-preta

Nome científico: Morus nigra

Morus nigra é uma das espécies de amoreira. Suas flores são dispostas em amentilhos

densos. Seus frutos saborosos apresentam cor preta e são adstringentes. Muito atrativa para

pássaros, atinge até 10 metros de altura.

Nome popular: Cássia-do-nordeste

Nome científico: Senna spectabilis

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AMERICANA

É uma árvore da família das fabáceas, conhecida por diversos nomes populares como:

Cássia; Cássia-do-nordeste; Cássia-macranta; Habú; Fedegoso do Rio e Macrantera. De crescimento

rápido, atinge um porte de até 4 metros de altura, para 4 metros de diâmetro da copa arredondada.

As folhas são pequenas e caducas. A floração decorre entre março a abril e origina flores de cor

amarela. A frutificação é do tipo vagem e decorre de abril a maio. É uma planta com origem no Brasil.

Nome popular: Escova-de-garrafa

Nome científico: Callistemon ssp

As escovas-de-garrafa apresentam porte arbustivo ou de arvoreta, alcançando de 3 a 7

metros de altura. Suas folhas são em geral pequenas lanceoladas a lineares, verdes, sésseis,

perenes e aromáticas, que vão se tornando bronzeadas com o tempo. Elas têm um formato cilíndrico

com numerosos estames, semelhantes às escovas utilizadas para lavar garrafas. São muito

resistentes à seca.

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AMERICANA

Nome popular: Oiti

Nome científico: Licania tomentosa

É muito usada na arborização de várias cidades brasileiras. O seu fruto é uma drupa elipsoide

ou fusiforme, de casca amarela mesclada de verde quando madura, com cerca de 12 a 16

centímetros de comprimento e polpa pastosa, pegajosa, amarelada, de odor forte, com caroço

volumoso e oblongo. Pode atingir entre 8 e 15 metros de altura.

Nome popular: Dama-da-noite

Nome científico: Murraya paniculata

Também conhecida como Murta-de-cheiro; Jasmim-laranja; Murta; Murta-da-Índia e Murta-

dos-Jardins, a Dama-da-noite é um arbusto grande (ou arvoreta) que pode alcançar até 7 metros de

altura. É muito utilizada para a formação de cercas-vivas. A Dama-da-noite apresenta ramagem

lenhosa e bastante ramificada. Suas folhas são pinadas, com 3 a 7 folíolos pequenos, elípticos,

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AMERICANA glabros e perenes. Durante todo o ano produz inflorescências terminais, com flores de coloração

branca.

Espécies disponíveis em: https://blog.plantei.com.br/25-arvores-que-voce-pode-plantar-

sem-medo-de-destruir-sua-calcada-e-a-rede-eletrica/