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4º TRIMESTRE • 2010 • Nº 293 Nossas crenças ponto a ponto

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

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Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo • Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus

Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão • Justificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírito Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batismo

por imersão • Ceia do Senhor • Lava pés • Sã doutrina • Abstinência • Temperança • Lei dos dez mandamentos e sua vigência • Verdadeiro dia de descanso • Distinção das leis • Manutenção da obra: dízimos e ofertas • Submissão às autoridades e liberdade de consciência • Casamento, lar e

família • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreição de Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio • Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos

• Pai • Filho • Espírito Santo • Bíblia Sagrada • Criação do mundo • Criação do ser humano • Queda e restauração do ser humano • Jesus

Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão • Justificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírito Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batismo

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família • Igreja • Mortalidade da alma • Dia da crucificação e ressurreição de Jesus • Segunda vinda de Cristo • Ressurreições dos mortos • Milênio • Juízo final • Origem e extinção do mal • Nova terra – o lar dos remidos •

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Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão • Justificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírito Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batismo

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Cristo: salvador e mediador da humanidade • Regeneração • Conversão • Justificação • Adoção • Santificação • Preservação • Batismo no Espírito Santo • Dons espirituais • Oração e sua eficácia • Cura divina • Batismo

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4º TRIMESTRE • 2010 • Nº 293

Nossas crenças ponto a ponto

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Visão divina: “A visão que precisamos ter é a de Deus, o Deus de toda a revelação bíblica; o Deus da Criação, que fez todas as coisas agradáveis e boas e que fez o homem e a mulher à sua imagem para subjugar o mundo; o Deus da aliança da graça, que, apesar da rebelião humana, está chamando as pessoas para si mesmo; o Deus de compaixão e justiça, que odeia a opressão e ama o oprimido; o Deus da encarnação, que se fez fraco, pequeno, limitado e vulnerável e que participou de nossa dor e alienação; o Deus da ressurreição, ascensão e Pentecoste, (...) do poder e autoridade universais (...); o Deus da História, que trabalha de acordo com um plano em direção à conclusão.” (Stott, John. Cristianismo autên-tico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 20-1)

Deus é luz: “De todas as afirmações sobre a essência de Deus, nenhu-ma é mais abrangente que esta: Deus é luz. Revelar-se faz parte da natu-reza divina, como brilhar é propriedade da luz; e a revelação é de pureza perfeita e majestade inexprimível. Temos de conceber Deus como um ser pessoal, infinito em toda sua perfeição e transcendência – ‘... o Alto e sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo...’ (Is 57.15) – que, no entanto, deseja ser conhecido e, portanto, revelou-se. (...) ele se revela aos ‘pequeninos’, isto é, às pessoas suficientemente humildes para aco-lher a revelação que ele fez de si mesmo (Mt 11.25,26).”(Stott, John. Cris-tianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 24-5)

Fé centrada em Cristo: “É verdade que a fé cristã é uma fé trinitá-ria. Cremos em Deus como Criador, sustentador e Pai. Cremos, também, no Espírito Santo como Espírito da verdade que falou por intermédio dos profetas e que santifica o povo de Deus. Entretanto, acima de tudo, nosso

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1 No Pai No Filho No Espírito Santo

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testemunho é direcionado a Jesus Cristo, Filho do Pai e doador do Espírito, que foi concebido, nasceu, padeceu e foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao mundo dos mortos, ressuscitou, ascendeu aos céus, reina e vol-tará para julgar.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos seleciona-dos da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 24)

A auto-revelação de Deus: “É impossível distinguir entre Jesus e o Cristo, o histórico e o eterno. Eles são a mesma pessoa: Deus e homem. Essa ênfase na revelação histórica do invisível e do intangível é ainda, atu-almente, necessária; até pelo cientista treinado no evangelho no método empírico, o radical que acha que muito do que existe no evangelho é ‘mito’ – você não pode demitologizar a encarnação sem, por meio disso, contradizê-la – e pelo místico que se preocupa apenas com sua experi-ência religiosa subjetiva e negligencia a auto-revelação objetiva de Deus em Cristo.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 42-3)

Um ser divino: “As Escrituras dão testemunho inequívoco da divinda-de do Espírito Santo. Ele é um membro da divindade, o objeto sempre bendito de nossa adoração, nosso amor e nosso louvor, que compartilha da mesma natureza divina que o Pai e o Filho (Mt 28:18s; 2 Co 13:14; Ef 4:4-6). (...) Ele é freqüentemente mencionado como Deus em seu ato criativo e redentor (Jó 33:4; Sl 51:10s; Ez 37:14; 2 Co 3:3). Jesus fala do pe-cado contra o Espírito Santo como sendo maior do que aquele praticado contra o Filho do Homem (Mt 12:28-32). Sendo que o Filho do Homem, Jesus, é divino, esta é uma prova adicional da divindade do Espírito.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 183)

O Espírito habita em nós: “Romanos 8.9 é de grande importância para a doutrina do Espírito Santo por, pelo menos, duas razões: Primeiro, o texto ensina que a marca do cristão autêntico é estar cheio do Espírito, ou ser habitação do Espírito Santo. O pecado que habita em nós (Rm 7.17,20) é o legado de todos os filhos de Adão; o privilégio dos filhos de Deus é ter o Espírito habitando neles para lutar contra o pecado que neles habita e ser capaz de subjugá-lo.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecio-nados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 101)

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Por que devemos acreditar na Bíblia?: “A palavra [revelação] signi-fica ‘tirar o véu’ e expressa o fato de que a natureza, o caráter e os pro-pósitos de Deus estão escondidos de nós, a não ser que, e até que, ele mesmo afaste o véu e se mostre a nós. (...) Jesus Cristo é a palavra viva de Deus, enquanto que as Escrituras são sua palavra escrita, que aponta para Cristo. Ambos são ‘palavra’ falada por Deus a nós. Da mesma forma como os seres humanos só podem conhecer a mente uns dos outros se falarem um com o outro, assim também nós só podemos conhecer a mente de Deus porque ele falou conosco (Hebreus 1.1-2)”. (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, pp. 171-2)

Jesus e as Escrituras: “A primeira e a mais importante razão por que os cristãos acreditam na inspiração divina e na autoridade das Escrituras não é o que as igrejas ensinam, ou os autores afirmam, ou ainda os leito-res sentem, mas aquilo que Jesus mesmo disse. Visto que ele endossou a autoridade das Escrituras, temos a tendência de concluir que sua autori-dade e a autoridade das Escrituras ou se sustentam juntas ou caem jun-tas... Toda a evidência disponível confirma que Jesus Cristo consentiu em sua mente e submeteu-se em sua vida à autoridade do AT. Seria incon-cebível que seus seguidores tivessem das Escrituras uma visão inferior à que ele tinha.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos seleciona-dos da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 128)

Deus sustenta o universo: “Deus não deixa o universo existir do nada por si mesmo, visto esse de fato não poder, mas continuamente ele sustenta sua existência e ativamente governa sua operação. Não é uma opinião bíblica a que diz que Deus criou o universo com certas leis que governam sua operação. A posição bíblica é a de que Deus está

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2 Na Bíblia Sagrada Na criação do mundo Na criação do ser humano

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sustentando o universo continuamente, e controlando o mais diminuto acontecimento dentro dele. Em outras palavras, esse universo, em sua integridade, está sendo governado por uma mente pessoal em vez de por leis e poderes impessoais.” (Cheung, V. Introdução à teologia sistemá-tica. Trad. Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da Silva. São Paulo: Arte Editorial, 2008, pp. 146-7)

Poder criativo e sustentador: “Paulo escreve que Deus Pai, por meio da intervenção de Deus Filho, havia criado não somente todas as coisas ‘visíveis e invisíveis’, mas que ‘é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste’ (Cl 1.17). Cristo é anterior a toda a criação, e mesmo agora ele está sustentando sem interrupção o universo inteiro. Deus havia criado o universo por sua palavra, e precisamente agora ele está ‘sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa’ (Hb 1.3b). Paulo observa em Atos 17.28: ‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’.” (Cheung, V. Introdução à teologia sistemática. Trad. Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da Silva. São Paulo: Arte Editorial, 2008, p. 147)

Uma perspectiva cristã: “O ensino cristão sobre a dignidade, a nobreza e o valor dos seres humanos é de extrema importância hoje em dia; em parte, por causa da própria auto-imagem dos seres humanos e, em parte, para o benefício da sociedade. Quando os seres humanos são desvaloriza-dos, tudo na sociedade se torna amargo. Mulheres e crianças são despre-zadas; os doentes, considerados um aborrecimento, e os idosos, um fardo; as minorias étnicas, discriminadas; o capitalismo mostra a sua face mais horrível (...); a vida humana parece não ter valor, pois praticamente já não é mais humana.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 187)

Homens e mulheres: “Visto que os homens e as mulheres são iguais (por sua criação e em Cristo), não pode existir a questão da inferioridade de um ou de outro. Além disso, essa dupla verdade lança luz no relacio-namento e nos papéis do homem e da mulher. Homens e mulheres, como foram criados por Deus com dignidade igual, devem respeitar, amar e ser-vir um ao outro, e não desprezar um ao outro. Mas eles foram criados para a complementação um do outro; homens e mulheres precisam reconhecer suas diferenças, sem tentar eliminá-las nem usurpar as características um do outro.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 193)

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Pecaminosidade humana: “Muito do que se assume como líquido e certo na sociedade ‘civilizada’ fundamenta-se na suposição do pecado humano. Praticamente todas as legislações apareceram porque não é possível confiar que os seres humanos sejam capazes de resolver suas contendas com justiça e sem egoísmo. Uma promessa não é suficiente; precisamos de um contrato. Portas não são suficientes; temos de trancá-las e nelas colocar ferrolhos também. (...) Tudo isso acontece em razão do pecado do homem. Não podemos confiar uns nos outros. Essa é uma terrível declaração sobre a natureza humana.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Ara-nha São Paulo: Vida, 2006, p. 196)

O trabalho da consciência: “A consciência do ser humano decaído, com freqüência, está equivocada (necessita ser educada pela Palavra de Deus) e adormecida (precisa ser despertada pelo Espírito de Deus). É ver-dade também que algumas pessoas negam que tenham qualquer senso de pecado, insistindo, ao mesmo tempo, que tudo agora é relativo, pois não há mais absolutos morais. Não acredite nelas. Pois Deus, por meio da Criação, ainda concede a todos os seres humanos um senso moral, que a natureza decaída que herdamos distorceu, mas não destruiu.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 196)

A morte de Jesus: “Ele morreu para nos dar um exemplo de como suportar o sofrimento injusto sem retaliação (exemplo, 1 Pedro 2.21-23). Morreu para revelar o inesgotável e inextinguível amor de Deus (Roma-nos 5.8; 1 João 4.10). Morreu como uma representação viva de cada um de nós, para que, assim como ele morreu e ressuscitou, nós também morramos para o pecado e vivamos para a justiça (1 Pedro 2.24). (...) Mas

Na queda e na restauração do ser humano Em Jesus Cristo: Salvador e Mediador da humanidade Na regeneração

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acima de tudo, ele morreu como Salvador. Foi ‘por amor de nós homens e para nossa salvação’ que ele ‘desceu dos céus’ (Credo Niceno) e entre-gou sua vida.” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, pp. 111-2)

Apenas por intermédio de Jesus: “... a completa e final auto-reve-lação de Deus, a sua revelação como Pai que nos salva e adota em sua família, foi dada somente por meio de Jesus. Portanto, Jesus disse: ‘Quem me vê, vê aquele que me enviou’. Essa é a razão pela qual todo questio-namento sobre a veracidade do cristianismo deve começar com o Jesus histórico, que afirmou, sem fanfarra nem trombetas, e de forma calma e discreta, ser ele o único que conhecia o Pai e o único que poderia torná-lo conhecido.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 59)

Regeneração: “A regeneração significa literalmente ‘nascer de novo’ ou ‘renascer’. A regeneração marca o momento e o meio de entrarmos em união com Cristo. Trata-se de uma mudança instantânea da mor-te espiritual para a vida espiritual, uma ressurreição espiritual (Ef 2:1,5), o acontecimento único no início da vida cristã, paralelo ao nascimento físico. Os regenerados preocupam-se principalmente com ‘as coisas de Deus’, sua Palavra, seu povo, seu serviço, sua glória, e, acima de tudo, com o próprio Deus. Eles encontram novos poderes para resistir ao pe-cado, para obedecer e servir a Deus.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 192)

O nascimento “do alto”: “Regeneração é o novo nascimento, e seria absurdo imaginar que qualquer pessoa pudesse dar à luz a si mesma, quer física quer espiritualmente. O novo nascimento é um nascimento ‘do alto’, um nascimento ‘do Espírito’, um nascimento ‘de Deus’. É Deus quem nos ‘gera’, ao colocar seu Espírito em nós, ao implantar vida em nossa alma e ao fazer que participemos de sua natureza divina. Tudo isso é trabalho apenas de Deus, que faz de nós uma ‘nova criação’ em Cristo.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 272-3)

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Arrependimento e fé: “O chamado de Deus para o arrependimento é um lembrete do caráter fundamentalmente moral do evangelho. O evan-gelho preocupa-se essencialmente com o pecado humano e o remédio de Deus. O arrependimento é um dos elementos em toda resposta sin-cera ao evangelho. De modo inverso, a ausência de qualquer mudança de atitude em relação ao pecado é uma evidência de que a pessoa não foi verdadeiramente regenerada (1 Jo 3:9). (...) A fé é fundamental a toda experiência cristã autêntica. (...) A fé pode ser provisoriamente descri-ta como ‘confiança na verdade de Jesus Cristo crucificado e ressurreto.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 194)

Uma virada dupla: “Arrependimento e fé são, na verdade, os elemen-tos essenciais da conversão, quando vistos do ponto de vista da experiên-cia do homem. Pois o que é a conversão, senão uma ‘volta’? E o que é ser convertido, senão ‘voltar’? (...) A conversão, portanto, envolve uma dupla volta; de um lado, uma volta dos ídolos e do pecado e, de outro, uma volta para o Deus vivo e Salvador ou Pastor de nossa alma. O ‘voltar-se’, conforme o NT, chama-se arrependimento; e o ‘voltar-se para’, conforme o NT, chama-se ‘fé’. Assim, arrependimento mais fé é igual a conversão, e nenhum homem pode ousar dizer que se converteu se não se arrepender e crer.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 264)

Justificação: “A justificação é aquela obra da graça de Deus pela qual o pecador, mediante sua união pela fé com Cristo, é tido como justo diante de Deus, com base na obediência e na morte de Cristo (...). É vital reconhecer que a justificação refere-se à condição de justiça que Deus

Na Conversão Na Justificação Na Adoção

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concede ao crente e não principalmente à justiça intrínseca, real. Este é o fato que forma a base da paz, da segurança e da alegria do cristão. Sendo pecadores, não somos aceitos em vista de nossos débeis esforços para obedecer adequadamente a Deus, mas por ele nos garantir a per-feita justiça de Cristo.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 194)

A fé e as obras: “Paulo estava lutando com a confiança dos judeus no mérito das boas obras como base da salvação, em oposição à qual ele proclamou a salvação pela graça, unicamente através da fé. Tiago enfrentou um problema diferente, uma ortodoxia morta que, apesar de crer, não via implicações morais em sua fé. Paulo desejava estimular seus leitores, lembrando-os de que a fé que não transforma a vida diária do homem é falsa e morta. Assim, tanto para Tiago como para Paulo, a fé e as obras são ambas essenciais para uma resposta autêntica a Deus. As boas obras têm seu lugar, não como a base da justificação, mas como resultado inevitável dela.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 195)

Adoção: “A adoção refere-se àquela obra da graça de Deus pela qual ele nos recebe como seus filhos através de Cristo e em união com ele. (...) Quando nos lembramos do que éramos em nossos pecados, o conceito de adoção comunica com muito poder a magnitude da misericórdia de Deus para conosco. Que todos os nossos pecados fossem perdoados já é em si admirável; mas que os rebeldes perdoados viessem a se tornar filhos e fi-lhas legítimos de Deus, estabelecidos na intimidade de seu círculo familiar, é certamente um milagre além de qualquer outro.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 198)

A provisão de Deus: “A natureza da salvação é paz e reconciliação – paz com Deus, paz com os homens e paz interior. (...) Graça e misericórdia são expressões do amor de Deus; graça para com o culpado e não me-recedor, misericórdia para com o necessitado e o desesperançado. Paz é aquela restauração da harmonia com Deus, com os outros e consigo mesmo, à qual chamamos de ‘salvação’. Juntando tudo isso, paz indica o caráter misericordioso da salvação, nossa necessidade desta; e graça, a provisão gratuita dessa graça de Deus em Cristo.” (Stott, John. Cristia-nismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, pp. 243-4)

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O significado da santificação: “O conceito básico de santificar é separar ou consagrar. Este sentido é na verdade semelhante a justificar, pois se refe-re a uma realidade definitiva: nossa separação, feita por Deus, para sermos exclusivamente dele (At 26:18; 1 Pe 1:2). Mas a palavra tem um segundo significado na Escritura (...): alcançar a santidade intrínseca de caráter (Lv 11:44s) (...). O fato de que as Escrituras utilizam dois termos para descrever o crescimento do povo de Deus em santidade, e o emprego para esse fim, de uma palavra ligada à posição definitiva que recebemos através de nossa união pela fé com Cristo, enfatizam a possibilidade de separar a crise de renovação e a transformação moral que se segue.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 199)

Caráter e conduta: “Se o testemunho interior do Espírito se dá em nossos corações, já o seu testemunho exterior se manifesta no nosso caráter e conduta. Quando Paulo enumerou nove das principais carac-terísticas de quem é semelhante a Cristo (‘amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio’), ele as chamou de ‘frutos do Espírito’ (...) (Gálatas 5.22-23). Assim ele compara o Espírito a um jardineiro e nós a um jardim. (...) se os bons frutos da san-tidade cristã aparecem, poderemos saber que é Ele que os está fazendo crescer. ‘Vocês os conhecerão por seus frutos’, disse Jesus (Mateus 7.16).” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steu-ernagel. Curitiba: Encontro, 2004, pp. 58-9)

Descuido moral: “A Escritura declara que todos os que são atraídos para Cristo e passam a ter fé nele, acham-se eternamente livres do pe-cado e de sua condenação, mas esta verdade jamais se apresenta como uma base para o descuido moral. As pessoas que nascem de novo do Es-pírito Santo darão evidência disso buscando ter uma vida santa, embora

Na santificaçãoNa preservação No Batismo no Espírito Santo

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Comentários adicionais | 11

para atingir esse alvo o caminho seja penoso e lento, como a biografia bíblica deixa muito claro. A pessoa que volta de todo o coração a uma vida de pecado, (...) não manifeste remorso e continue nesta apostasia até o fim de seus dias, jamais nasceu verdadeiramente de Deus, apesar da aparência inicial.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 208)

Desvio: “O cristão certamente não vive sem pecado. De fato, a pró-pria ansiedade que leva alguém a vasculhar sua vida a fim de encontrar sinais de renovação moral, é por si mesma uma evidência da regenera-ção. Além disso, os ‘desvios’ são fatos reais, embora lamentáveis, da vida cristã. Às vezes, cristãos verdadeiros se desviam bastante. Todavia, eles jamais perdem totalmente sua percepção espiritual e, mesmo desviados, retêm algum desejo de voltar ao Senhor. O apóstata, que mostra nun-ca ter sido um discípulo verdadeiro, perde toda preocupação moral e espiritual e rejeita até mesmo a idéia de que a morte de Cristo remove pecados (Hb 10:26-29)” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 208)

A experiência é para todos: “A profecia de Joel, repetida por Pedro no dia de Pentecostes, ressalta que esse derramamento do Espírito é para todos os crentes. Isso é chamado às vezes de democratização do Espírito, em distinção ao Antigo Testamento, no qual o Espírito era para um grupo seleto. O Senhor agora deseja conceder o Espírito para todo o seu povo. (...) o derramamento do Espírito sobre cada crente individual transcende época e raça. (...) A pessoa que busca precisa ser convencida de que a experiência é de fato para ela.” (PALMA, Anthony D. O Batismo no Espírito Santo e com Fogo. 4 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 94-95).

Deus é soberano: “Uma vez que o batismo no Espírito é um dom, o momento de sua concessão está nas mãos daquEle que o concede. O Senhor certamente responde a oração da fé quando a meta da oração está de acordo com a sua vontade. Mas por razões que ele não explica, algumas vezes a cronologia do Senhor difere da nossa. (...) derramamen-tos do Espírito podem ocorrer em momentos inesperados. Consequen-temente, uma pessoa que deseja ser batizada no Espírito não pode estar sob auto-condenação se a experiência não acontecer quando esperado.” (PALMA, Anthony D. O Batismo no Espírito Santo e com Fogo. 4 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 94-95).

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A distribuição dos dons: “É Deus quem concede os dons e determina os cargos. Ele tem um plano perfeito, não apenas para a Igreja como um todo, mas também para cada igreja local. Não temos motivo algum para crer que cada congregação do Novo Testamento possuía todos os dons. A igreja de Corinto era especialmente abençoada com dons (1 Co 1:4-7; 2 Co 8:7). No entanto, Deus dá a cada congregação exatamente os dons de que precisa e quando precisa.” (Wiersbe, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento 1. Santo André: Geográfica, 2006, p. 798).

O propósito dos dons: “A manifestação do Espírito é dada ‘a cada um’. O consenso entre os escritores do Novo Testamento é que todo crente recebe pelo menos um dom (Rm 12.3; 1 Co 1.7; 3.5; 12.7, 11; 14.1, 26; 1 Pe 4.10; cf. Mt 25.15). Os dons são dados aos indivíduos não para o seu benefício pessoal, mas para o benefício de outros (‘para o que for útil’). Uma exceção seria a função de auto-edificação das línguas não interpretadas (1 Co 14:4). (...) Os dons são dados a indivíduos por causa da igreja. Este comentário seria desnecessário caso alguns não retives-sem para si mesmos os dons que lhes foram dados para o benefício da Igreja.” (Arrington, F. L.; Stronstad, R. Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1011).

Oração: “Orar não é só ser verdadeiramente santo, também é ser ver-dadeiramente humano. Pois aqui estão seres humanos, feitos por Deus como Deus e para Deus, dedicando tempo à comunhão com Deus. En-tão a oração é uma atividade autêntica em si mesma, independente de quaisquer benefícios que ela possa trazer. Mas é também um dos meios de graça mais efetivos. Eu duvido que qualquer pessoa já tenha se tor-nado semelhante a Cristo sem ter sido diligente na oração. (...) Quando entendida corretamente, a oração é sempre uma resposta à Palavra de

Nos dons espirituais Na oração e sua eficácia Na cura divina

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Comentários adicionais | 13

Deus. Primeiro ele fala (através da Bíblia), depois nós respondemos (em oração).” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Si-lêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, p. 180)

Oração comunitária: “A oração comunitária (...) não deve ser negli-

genciada. Uma promessa especial de bênção está ligada à intercessão comunitária (Mt 18:19s), como a igreja primitiva descobriu (At 1:14; 2:42). E o fato de nos reunirmos freqüentemente com os irmãos na fé para orarmos, pode introduzir nova vida e vigor em nossas orações pessoais, muitas vezes fracas e vacilantes. É pouco provável que tenha havido al-gum reavivamento genuíno na igreja, no decorrer dos séculos, que não tenha sido precedido e acompanhado por oração pessoal e comunitária fervorosa.” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 247)

Milagres nos Evangelhos: “Os milagres de Jesus nos Evangelhos ca-nônicos são sérios, comedidos, discretos e espiritualmente importantes... Além disso, (...) o lapso de tempo entre o ministério público de Jesus e a publicação dos Evangelhos não foi longo o suficiente para o desenvolvi-mento de lendas; e muitas testemunhas oculares ainda estavam vivas e podiam refutar (se as histórias não fossem verdadeiras), por exemplo, a cura da orelha direita de Malco, que fora decepada, e a restauração da vi-são a Bartimeu.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos seleciona-dos da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 520)

Aberto para Deus: “Se aceitarmos as Escrituras como nosso guia, evi-taremos opostos extremos. Não descreveremos os milagres como algo que ‘nunca ocorre’, nem como ‘normais’. Ao contrário, estaremos total-mente abertos para o Deus que trabalha por meio da natureza e por meio do milagre. E esperamos, quando se afirma uma cura miraculosa, que ela se assemelhe àquelas dos Evangelhos e de Atos e, desse modo, que seja uma cura completa e instantânea de uma condição orgânica, sem uso de meios médicos nem cirúrgicos, convidando a uma investiga-ção e persuadindo até mesmo os não-cristãos.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Ara-nha São Paulo: Vida, 2006, p. 522)

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O significado do batismo: “Para o Novo Testamento (...), o batismo é o momento simbólico em que o pecador é unido a Cristo em todo o curso de seu ato redentor: vida, morte, ressurreição, ascensão e reino (Gl 2:20; Ef 2:5s). Isto não subentende que a salvação seja transmitida no ato do batismo em si. É só a fé que salva, ou seja, a fé que abraça a Cristo, mas para os escritores do Novo Testamento, o batismo era o ponto normal em que a fé se expres-sava publicamente, apropriando-se de Cristo e das bênçãos da sua salvação: a purificação do pecado, a renovação no Espírito, a capacitação para servir e a entrada no corpo de Cristo (1 Co 12:12; 1 Pe 3:21).” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, pp. 240-1)

O argumento do significado do batismo: “Além dessas indicações dos textos narrativos do Novo testamento de que o batismo sempre se seguia à fé salvadora, há uma segunda consideração em favor de con-vertidos: o símbolo externo do início da vida cristã deve ser ministrado apenas aos que dão prova de já ter iniciado a vida cristã. Os autores do Novo Testamento escreveram com o nítido pressuposto de que todos os que eram batizados já tinham aceitado a Cristo pessoalmente e ex-perimentado a salvação. Por exemplo, Paulo diz: ‘Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes’ (Gl 3.27).” (Grudem, W. Teologia Sistemática. Trad. Norio Yamakami, Lucy Yamakami, Luiz A. T. Saião, Eduardo Pereira e Ferreira. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 817)

Pés sem lavar: “Lavar os pés era uma tarefa delegada tipicamente ao mais baixo escravo. Normalmente, num cenáculo alugado como esse, um criado estaria à disposição para lavar os pés dos convidados quando eles entravam. (...) Lavar os pés era necessário por causa do pó, da lama e outras sujeiras encontradas por um pedestre nas estradas sem pavimento dentro e ao redor de Jerusalém. Mas evidentemente não havia nenhum servo para executar a

No batismo por imersão No lava-pés Na ceia do Senhor

13 nov 2010

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tarefa quando Jesus e os discípulos chegaram ao cenáculo; então, em vez de se apresentarem para executar uma tarefa tão humilhante um para o outro, os discípulos tinham simplesmente deixado os seus pés sem lavar.” (MacAr-thur Jr., John. A morte de Jesus. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 41).

Um ato chocante: “Uma história interessante sobre lavar os pés (...) con-ta que Rabi Ishmael não permitia que a sua mãe lavasse os seus pés quan-do ele voltava da sinagoga porque o trabalho era muito aviltante. Ela, no entanto, pediu que uma corte de rabinos o repreendesse por não permitir que ela tivesse essa honra. Embora a história tenha o objetivo de sugerir a posição elevada atribuída aos sábios do judaísmo (...), ela ressalta o motivo pelo qual os discípulos reagiram daquela maneira quando Jesus começou a lavar os seus pés. O ato de Cristo, portanto, no contexto do judaísmo do século I, era verdadeiramente chocante.” (Richards, L. O. Comentário Histó-rico-Cultural do Novo Testamento. 3 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 229).

Recordação: “O significado mais simples e mais óbvio da Ceia do Se-nhor é que ela comemora a morte de Jesus Cristo na cruz. (...) Jesus to-mou o pão e o partiu, referiu-se a ele como ‘meu corpo’ e disse: ‘Façam isto em memória de mim’. Do mesmo modo, depois da ceia, ele tomou o cálice, referiu-se a ele como sendo ‘a nova aliança do meu sangue’ e repetiu o mandamento: ‘Façam isso, sempre que o beberem em memória de mim’ (1 Coríntios 11.23-25). Portanto, tanto pelo que fez com o pão e o vinho (...) como pelo que disse a respeito deles (...), Jesus estava chaman-do atenção para a sua morte e o seu propósito e exortando-os a que se lembrassem dele dessa forma.” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, p. 196)

Comer e beber indignamente: “O que significa, então, comer e beber ‘indignamente’ (1 Co 11.27)? Podemos a princípio pensar que tal palavra aplica-se estritamente à nossa conduta quando de fato comemos o pão e bebemos o vinho (...). Mas quando Paulo explica que a participação in-digna envolve ‘não discernir o corpo’, ele indica que devemos dar atenção a todos os nossos relacionamentos no corpo de Cristo (...) ‘examine-se, pois, o homem a si mesmo’ significa que devemos perguntar se os nossos relacionamentos no corpo de Cristo estão de fato refletindo o caráter do Senhor, a quem encontramos na ceia e a quem representamos.” (Grudem, W. Teologia Sistemática. Trad. Norio Yamakami, Lucy Yamakami, Luiz A. T. Saião, Eduardo Pereira e Ferreira. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 843)

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Não se pode negociar a doutrina: “A afirmação de que o cris-tianismo é apenas vida, e não doutrina, é radicalmente falsa. A vida decorre da doutrina, e não esta daquela. A verdade é absoluta. A doutrina é inegociável. Não se transige o conteúdo da verdade. Não se substitui o verdadeiro evangelho por um falso evangelho. O jul-gamento da verdade não é algo pessoal e subjetivo. Uma verdade é verdade para todos, em todos os tempos e em todos os lugares” (Lopes, H. D. Morte na panela: uma ameaça real à igreja. São Paulo: Hagnos, 2007, p. 59).

O alerta de Jesus: “Ao dizer às pessoas que tivessem ‘cuidado com os falsos profetas’ (Mt 7:15), Jesus obviamente assumiu que eles existiam. Jesus também deixou explícito que eles cresceriam e que o período que precederia o fim seria caracterizado não apenas pela expansão do evangelho, mas também pelo surgimento de fal-sos mestres que levaria muitos a se desviar. Ouvimos falar a respeito deles por quase todas as cartas do NT.” (Sttot, J. Cristianismo autên-tico: 908 textos selecionados de John Stott. Trad. Lena Aranha. São Paulo: Vida, p. 169)

E falou o Senhor a Moisés: Levítico 11 começa desta maneira: E falou o Senhor a Moisés. Não devemos entender essa expressão apenas como um recurso literário, utilizado pelo escritor de Levítico para introduzir um novo assunto. Antes, ela enfatiza a natureza divina da doutrina da abstinência. As distinções entre os animais limpos e imundos, que se seguem nesse capítulo, não são ideia de Moisés. Nem mesmo são dis-tinções elaboradas por Arão. A Bíblia ensina que foi o próprio Senhor quem fez essas distinções. Isso mostra o caráter extremamente elevado da doutrina da abstinência.

Na sã doutrina Na abstinência Na temperança

20 nov 2010

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Abstinência e santidade: Ao exigir que o seu povo se abstivesse de comer carnes imundas, o Senhor tinha em mente a santidade dele. Sem-pre que ordenanças relacionadas com alimentação aparecem no Penta-teuco, a palavra “santo” está por perto. Vemos isso em Êx 22:31, Lv 20:25-26 e Dt 14:21. Mas o melhor exemplo se encontra em Levítico 11. A re-lação entre abstinência e santidade é claramente mostrada nos versículo 44 a 45. A santidade deve governar todos os aspectos da vida, incluindo o alimento. Não devemos levar nada impuro para dentro do templo do Espírito Santo, isto é, o nosso corpo (1 Co 6:19-20).

Distúrbios alimentares: “Por que as pessoas exageram na comida a ponto de ficarem obesas, ou passam fome a ponto de ficarem ano-réxicas? Todos os estudos sugerem que esses distúrbios muitas vezes surgem de um senso de falta de valor. Todos conhecemos o padrão do bem-estar proporcionado pela comida. Quando nos sentimos um pou-co deprimidos, um pedaço de bolo de chocolate ou de torta de maçã pode fazer com que nos sintamos muito melhor. [A comida] não existe para consolar os isolados e solitários, fortalecer uma auto-imagem frá-gil.” (Tomlin, G. Os sete pecados capitais: você pode vencê-los. Trad. Valéria Lamim Delgado Fernandes. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008, p. 104)

Domínio próprio: “Temperança (ou domínio próprio, de acordo com a versão RA) é o domínio sobre os desejos humanos pecaminosos e a sua falta de controle. Ironicamente, os nossos desejos pecaminosos que pro-metem auto-realização e poder, inevitavelmente nos levam à escravidão. Quando nos rendemos ao Espírito Santo, inicialmente sentimos como se tivéssemos perdido o controle, mas Ele nos leva a exercer o auto-controle que seria impossível somente com as nossas próprias forças.” (Comentário do Novo Testamento: Aplicação pessoal. Trad. Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 297)

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Dependendo de Deus: “Tentar defraudar Deus é defraudar a si mes-mo, pois tudo que temos pertence a Deus: nossa vida, família e bens. Uma águia, buscando alimento para os filhos, arrancou com suas fortes garras a carne do altar do sacrifício. Voou para o ninho dos seus filhotes com o cardápio do dia, mas havia ainda na carne uma brasa acesa e esta incendiou o ninho dos seus filhotes, provocando um desastroso aciden-te. Não é seguro retermos o que é de Deus para o nosso sustento. Deus é criador, provedor e protetor, por isso devemos depender Dele mais do que dos nossos próprios recursos.” (Lopes, H. D. Malaquias: a Igreja no tribunal de Deus. São Paulo: Hagnos, 2006, pp. 99-100)

A contribuição cristã: “A contribuição deve estar de acordo com a prosperidade (1 Co 16.2) e segundo as posses (2 Co 8.11). Não dá libe-ralmente quem não oferta proporcionalmente. (...) A proporção é a prova da sinceridade. (...) Não devemos desperdiçar o que Deus nos concede nem acumular bens egoisticamente. (...) devemos guardar o que preci-samos e compartilhar o que podemos. A semente que multiplica não é a que comemos, mas a que semeamos.” (Lopes, H. D. Dinheiro: a prosperi-dade que vem de Deus. São Paulo: Hagnos, 2009, pp. 45-6)

Postura equilibrada: “... a exigência da submissão e a exortação contra o rebelar-se são colocadas lado a lado, em termos universais. É por essa razão que vivem sendo aplicadas equivocadamente por regimes opres-sivos de extrema direita, como se as Escrituras dessem aos governantes carta branca para desenvolver uma tirania e para exigir obediência incon-dicional. (...) Nós devemos submeter-nos até o exato momento em que a obediência ao estado passa a implicar em desobediência a Deus. Mas se o estado exige aquilo que Deus proíbe, ou então proíbe o que Deus or-dena, então, como cristãos, nosso dever é claro: resistir, (...) desobedecer

27 nov 2010

9 Na lei dos dez mandamentos e sua vigência No verdadeiro dia de descanso Na distinção das leis

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Comentários adicionais | 19

ao estado a fim de obedecer a Deus.” (Stott, J. A mensagem de Romanos. Trad. Silêda e Marcos D. S. Steuernagel. São Paulo: ABU, 2000, pp. 413-4)

O ministério do estado: “... qual é o ministério que Deus confiou ao estado? É um ministério que tem a ver com o bem e o mal, tema que aparece aqui e ali em Romanos 12 e 13. Paulo já disse que devemos odiar o mal e apegar-nos ao bem (12.9), que não devemos retribuir a ninguém mal por mal, mas sim fazer o que é correto aos olhos de todos (12.17), e que não nos deixemos vencer pelo mal, mas que vençamos o mal com o bem. (...) A autoridade ‘é serva de Deus para o seu bem’ (4a) e ‘é serva de Deus ... para punir quem pratica o mal’ (4b). (...) As funções do estado são, pois, promover e recompensar o bem e impedir e punir o mal.” (Stott, J. A mensagem de Romanos. Trad. Silêda e Marcos D. S. Steuernagel. São Paulo: ABU, 2000, pp. 416-7)

Aceitação: “É impossível um casamento subsistir de forma saudável, se o relacionamento conjugal não for timbrado pela aceitação. É um atentado contra o cônjuge querer moldá-lo ao nosso gosto. Ninguém pode ser feliz se anulando. (...) O amor não visa os próprios interesses. (...) Por isso, o segredo da felicidade no casamento não é apenas encon-trar a pessoa certa, mas ser a pessoa certa. Onde há aceitação, floresce a confiança. Onde há confiança, o amor é maduro. Onde o amor é maduro, o casamento vence com galhardia, sem naufragar, os vendavais da vida.” (Lopes, H. D. O melhor de Deus para a sua vida. Belo Horizonte: Betânia, 2005, vol. 3, pp. 17-8)

Como vão seus filhos?: “Vai tudo bem com seus filhos? Você os colo-ca diariamente no altar de Deus por meio de suas orações? (...) Seu viver tem representado para eles modelo de vida cristã piedosa? Seus filhos sabem que você é cheio do Espírito? Eles vêem em você coerência, fideli-dade e obediência ao Senhor? Seus filhos podem imitar sua vida para se-rem bem-sucedidos diante de Deus e dos homens? Você tem abençoado seus filhos? (...) Você tem insistido com Deus na salvação deles? Há amor e compreensão no relacionamento com seus filhos? Há encorajamento e estímulo?” (Lopes, H. D. O melhor de Deus para a sua vida. Belo Horizon-te: Betânia, 2005, vol. 3, p. 21)

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Membros do seu corpo: “O propósito de Deus (...) não é salvar almas individuais isoladas uma da outra e assim perpetuar nossa solidão, mas construir uma igreja, congregar um povo seu proveniente de toda nação e cultura. O Novo Testamento retrata essa sociedade divina através de muitas metáforas que expressam vida e participação. Nós somos irmãs e irmãos na família de Deus, cidadãos de seu reino e pedras de seu templo (ver Efésios 2.19-22). Somos também ovelhas do rebanho de Cristo, galhos da videira e membros do seu corpo (João 10.14-16; 15.1-8; 1 Coríntios 12.27). Nós pertencemos incontestavelmente uns aos outros, porque pertencemos in-contestavelmente a ele.” (Stott, J. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steu-ernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, pp. 191-2)

O povo de Deus: “A noção de povo de Deus continua na igreja do Novo Testamento, o Israel de Deus (Gl 6:16). Pedro faz uso especial dessa noção (1 Pe 2:9; cf. Tt 2:14) e a Bíblia termina com a triunfante afirmativa: ‘Eis o tabernáculo de Deus com os homens... Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles’ (Ap 21:3). A aliança como base do relacionamento também continua no Novo Testamento. A igreja herda as promessas feitas a Israel, apoiada na nova aliança selada através do sacrifício do Messias, Jesus (Mt 26:28; Lc 22:20; Hb 9:15; cf. Jr 31:31).” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 217)

O ser humano não tem uma alma, ele é alma: “‘O homem se tornou um ser vivente’. Ele tornou-se um ser vivente porque foi ativado pelo ‘fôlego da vida’. O fôlego, ao entrar em contato com o corpo do homem, tornou-o uma coisa viva. (...) A frase, para este resultado – o homem tor-nar-se um ‘ser vivente’ – é nepes hayyâ [transliteração do texto hebraico]. Infelizmente, o termo nepes (ou nephesh) é traduzido universal e tradi-cionalmente por alma, o que torna difícil pensar nele com outro sentido.

4 DEZ 2010

10 Na manutenção da obra: dízimos e ofertas Na submissão às autoridades e liberdade de consciência No casamento, no lar e na família

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Comentários adicionais | 21

Por esse motivo, a teologia popular (...) pensa em termos da humanidade ter alma, mas o texto (aqui e em outras passagens) declara que o homem é alma.” (MERRIL, E. H. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Shedd Publicações, 2009, p. 181).

A natureza humana: “... a natureza humana é uma unidade corpo+espírito, que recebe o nome de alma: (...) assim a Bíblia descreve o ser humano: corpo + espírito = alma. Wheler Robinson diz que ‘a idéia hebraica de personalidade é um corpo vivente e não uma alma encar-nada’. (...) O ser humano é um composto unitário entre um elemento material e outro, imaterial. O composto pode ser dissociado, e a dissocia-ção acontece na morte. (...) A morte é exatamente essa separação entre corpo e espírito. Quando Deus retira o seu sopro, o espírito, o homem volta ao pó.” (KIVITZ, Ed René. O livro mais mal-humorado da Bíblia. São Paulo: Mundo Cristão, 2009, p. 64).

Três dias e três noites: “Cristo esteve morto por três dias e três noites inteiras. Ele foi colocado no túmulo na quarta-feira, momentos antes do pôr-do-sol, e ressuscitou no fim do sábado, ao entardecer. A sexta-feira santa deveria ser mudada para quarta-feira santa. Não há nenhuma frase afirmando que Ele foi enterrado na sexta-feira, ao entardecer. Isso faria com que ele ficasse no túmulo apenas um dia e uma noite, tornando suas próprias palavras mentirosas (v. 40). O sábado de João 19.31 não era o de uma semana regular, mas o sábado especial por causa das festividades.” (DAKE, F. J. Bíblia de Estudo Dake. Rio de Janeiro e Belo Horizonte: CPAD e Atos, 2009, p. 1555).

A celebração da páscoa: “Na véspera do dia décimo-quarto dia de Nisan [ou abibe] tudo tinha seu lugar no Templo. Cada homem já es-colhera e comprara o cordeiro sem mácula de um ano exigido pela Lei; ele era entregue aos sacrificadores que ficavam na entrada do pátio dos sacerdotes, e um toque de trombeta dava sinal para o sacrifício. (...). Esta grande matança era chamada de ‘preparação para a Páscoa’. As entra-nhas e as gorduras eram lançadas no fogo e assim, através de toda a semana da Páscoa, um cheiro terrível de carne queimada pairava sobre a cidade. Depois disso o cordeiro sacrificado era levado por seus doadores a fim de ser comido.” (DANIEL-ROPS, Henri. A vida diária nos tempos de Jesus. 2 ed., São Paulo: Vida Nova, 1986, p. 229-230).

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Obediência por gratidão: “O pacto da lei (...) foi celebrado com Israel depois de sua redenção alcançada mediante poder e sangue. Deus já havia restaurado Israel à justa relação com ele, mediante a graça. Israel já era o seu povo. O Senhor desejava dar-lhe algo que o ajudasse a conti-nuar sendo o seu povo e a ter uma relação mais íntima com ele. O motivo que levasse a cumprir a lei haveria de ser o amor e a gratidão a Deus por havê-los redimido e feito filhos seus.” (Hoff, P. O Pentateuco. Trad. Luiz Caruso. São Paulo: Vida, p. 131).

O Espírito de Deus e a lei de Deus: “O Espírito que habita em nós pode nos capacitar: (1) a conhecer a lei de Deus, de modo que com-preendamos cada vez mais as implicações dela para os dias de hoje; (2) a amar a lei de Deus, para que não mais vejamos como um fardo, mas como um prazer (‘Como eu amo a tua lei!’ – Salmo 119:97); e (3) a cumprir a lei de Deus, de modo que, libertos da escravidão do pe-cado, encontramos na obediência a verdadeira liberdade. Deus não faz exigências sem nos dar os meios de cumpri-la.” (Sttot, John. Fir-mados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, p. 144)

O quarto mandamento: De certa forma, esse quarto mandamento é uma sequência natural dos dois primeiros (e parcialmente os resguarda). A correta observância do Sábado impede que as pessoas idolatrem seu próprio trabalho e compromissos. (...) O quarto mandamento não está apenas relacionado aos dois primeiros, mas também estabelece uma ponte para os outros seis, os quais tratam dos relacionamentos interpes-soais no meio da comunidade. O Sábado é um presente de Deus para todos. (Hamilton, V. P. Manual do Pentateuco. Trad. James Monteiro dos Reis. 2 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 222).

Na igreja de CristoNa mortalidade da alma No dia da morte e da ressurreição de Jesus

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O sábado do Senhor, teu Deus: “O sábado é uma instituição divina em dois sentidos. Primeiro, o sábado semanal é instituído pela palavra de ordem de Deus. Em segundo lugar, Deus requer esse dia para si mesmo: ‘o sábado do SENHOR, teu Deus’. Os seis dias de trabalho foram cedidos ao homem para a busca de seu trabalho e lazer; mas não o sábado que Deus chama de ‘meu santo dia’ (Is 58:13). Não devotar esse dia aos pro-pósitos e atividades ordenadas para a sua santificação é roubar de Deus algo que lhe pertence.” (Kistler, D. Crer e observar. Trad. Heloisa Cavallari. São Paulo: Cultura Cristã, 2009, pp. 120-121)

A vigência da lei moral de Deus: “Os Dez mandamentos dados por Deus aos israelitas eram uma síntese das normas de conduta que ele esperava do seu povo. E eles continuam em vigor. Mesmo que agora a lei cerimonial do Antigo Testamento esteja obsoleta, e embora a sua lei civil não seja necessariamente apropriada para as nações de hoje, ainda assim a sua lei moral permanece. Ela não era só a lei de Moisés, era a lei de Deus.” (Sttot, John. Firmados na fé. Trad. Marcos Davi S. Steuernagel e Silêda S. Steuernagel. Curitiba: Encontro, 2004, p. 142)

A lei cerimonial: “Os livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio con-têm praticamente toda a lei cerimonial, sendo Levítico o principal ‘ma-nual’ cerimonial para os israelitas. Encontramos nesse livro as leis acer-ca dos sacrifícios de animais (holocaustos), ofertas, sacrifícios pacíficos, sacrifícios pelos pecados por ignorância, pecados ocultos, sacrilégios, pecados voluntários, consagrações, purificações, várias doenças, festas, casamentos, leis de propriedades, resgates e várias outras. Grande parte da lei se refere ao Tabernáculo e toda a simbologia e representação que este tem com relação ao sacrifício de Cristo” (Meister, M. Lei e graça. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 47)

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O retorno de Cristo em glória: “À medida que olhamos na direção da parousia [vinda], não devemos demitologizá-la (negando que será um fato histórico) nem enfeitá-la (decorando-a com nossas especulações fantasiosas). Ao contrário, se somos sábios e humildes, reconheceremos que muito desse acontecimento permanece misterioso e, desse modo, devemos ser cuidadosos para não ir além do ensino claro das Escrituras.” (Stott, John. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados da obra de John Stott. Trad. Lena Aranha São Paulo: Vida, 2006, p. 534)

A data do segundo advento: “Não devemos tentar criar um esquema detalhado dos acontecimentos dos últimos dias e prever assim a data e a hora da volta de Jesus; contudo, o outro extremo, de ignorar toda a questão dos ‘sinais’, é também errado. A atitude correta é a de vigilância, reconhecendo que o conflito entre o bem e o mal irá acirrar-se antes do fim, embora nem mesmo isso possa escapar à ambigüidade da história. (...) O momento exato pertence à escala perfeita de Deus.” (Mt 26:28; Lc 22:20; Hb 9:15; cf. Jr 31:31).” (Milne, B. Estudando as doutrinas da Bíblia. 3 ed. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: ABU, 2005, p. 267)

O último inimigo: “A morte não é o único inimigo de Deus e dos homens. É o pior de todos, o maior de todos e, na agenda de Deus, é o último a ser aniquilado. É por isso que Cristo tem de continuar a reinar até o fim da histó-ria, “até que Deus faça que ele domine todos os inimigos” (1 Co 15.25, NTLH), até a total destruição de todo domínio, autoridade e poder das pessoas e forças que se opõem a ele. O grand finale, porém, só virá depois da derrota da morte, depois da morte da morte, depois do enterro da morte, depois de a morte ser lançada no “lago de fogo”, depois do desaparecimento da morte (Ap 20.14).” (http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/304/a-ressurreicao-do-corpo-nas-epistolas-de-paulo < acessado em 28 de setembro de 2010).

Na segunda vinda de Cristo Nas ressurreições No milênio

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O corpo ressurreto: “O fato de que o nosso corpo será ‘incorruptível’ significa que ele não se desgastará, não envelhecerá e não está sujeito a nenhuma enfermidade ou doença. Será para sempre um corpo plena-mente saudável e forte. Não haverá sinal de doença nem de dor, pois todos seremos perfeitos. Não haverá mais algo ‘desonroso’ ou desprezí-vel, mas o corpo parecerá ‘glorioso’ em sua beleza. O nosso corpo será também ressurreto em ‘poder’ (1 Co 15.43), e isso mantém o contraste com a ‘fraqueza’ que vemos no corpo agora.” (Grudem, W. Teologia Siste-mática. São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 698).

O aprisionamento de Satanás: O anjo que desceu do céu prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos (Ap 20:1). Alguns estudiosos da Bíblia acreditam que Satanás foi acorrentado quando Jesus morreu na cruz, ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu. Embora a primeira vinda de Cristo tenha posto limitações na atividade de Satanás, a história dos últimos dois mil anos oferece muitas provas de que ele não foi amarrado no sentido exposto no Apo-calipse. Isso só ocorrerá por ocasião da segunda vinda de Cristo.

O milênio será no céu: Apocalipse 20:4b diz que os que tomaram parte na primeira ressurreição reinaram com Cristo durante mil anos. Mas onde Cristo está? Ele está no céu. Não se tem indicação, em Ap 20:4-6, de que João esteja descrevendo um reinado milenar terreno. Vê-se que a cena se passa no céu. Nesse texto, não é dito coisa nenhuma acerca da Terra como centro desse reino. Nada é dito aqui acerca dos santos que ainda estejam na terra, durante o reino milenar – a visão trata exclusiva-mente de crentes em Jesus que foram ressuscitados ou transformados e estão vivendo com Cristo no céu.

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26 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2010

Olhos postos no futuro: “Às vezes o mal prossegue sem a devida punição, e o bem nem sempre é recompensado nesta existência com as bênçãos prometidas. Os ímpios dos dias de Malaquias tiveram a co-ragem de gritar: ‘Onde está o Deus do juízo?’, Ml 2.17. Jó e seus amigos lutaram com o problema dos sofrimentos dos justos, e a mesma coisa fez Asafe no Salmo 73. A Bíblia nos ensina a ter os olhos postos no futuro, no juízo final, vendo neste a resposta decisiva de Deus para todas essas interrogações” (Berkhof, L. Teologia Sistemática. Tad. Odayr Olivetti 3 ed. São Paulo: Cultura Cristã, p. 672).

Não haverá segunda chance: É importante reconhecer a irreversi-bilidade do julgamento futuro. A Palavra de Deus, em Hebreus 9.27, é muito clara ao afirmar que ao homem está ordenado morrer uma só vez e, depois disso, virá o juízo. Quando o veredito for pronunciado, no julgamento final, os ímpios serão designados para seu estado final. Os que nessa vida não se renderam ao amor e à justiça de Deus manifestos na cruz não poderão mais se reconciliar com Deus. A Bíblia não dá, em nenhum lugar, alguma indicação de que haverá uma segunda chance. Não existe espaço para o arrependimento, apenas para a constatação do posicionamento tomado em vida e do consequente juízo de Deus.

Um ser perigoso: “Devemos nos desfazer, em nossa mente, da cari-catura medieval de Satanás. Ao descartarmos os chifres, os cascos e a cauda, ficaremos com o retrato bíblico de um ser espiritual altamente inteligente, extremamente poderoso e totalmente inescrupuloso. Jesus não apenas acreditava na sua existência, mas alertou-nos acerca do seu poder. Ele o chamou de ‘príncipe deste mundo’.” (Sttot, John. Cristianismo autêntico: 908 textos selecionados de John Stott. Trad. Lena Aranha. São Paulo: Editora Vida, p. 532)

No juízo final Na extinção do mal Na nova terra, lar dos remidos

25 DEZ 2010

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Page 27: COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Comentários adicionais | 27

Livramento completo do mal: “O estado final dos salvos será de completo livramento do pecado. Haverá santidade completa. Seremos semelhantes a Cristo (1 Jo 3.2; Rm 8.29). O pecado não só será extirpado do crente, mas também de toda a ordem social e cósmica de que partici-paremos. Todas as conseqüências do pecado serão banidas (...). A ordem eterna será de isenção da natureza má (...). A completa vitória sobre o pecado implica completa transcendência sobre todas as outras formas do mal. Não haverá mais maldição (Ap 22.3)”. (Severa, Z. A. Manual de Teologia Sistemática. Curitiba: AD Santos, 1999, p.482)

Somos peregrinos: “Quando se converte, o pecador se junta aos ou-tros pecadores convertidos e começa a participar do grande êxodo dos cristãos rumo à pátria celestial. Pedro nos diz que somos “estrangeiros de passagem por este mundo” (1 Pe 2.11). A esta altura, Jesus já havia dito que nós “não somos do mundo” (Jo 17.14). E Paulo acrescenta que “somos cidadãos do céu” (Fp 3.20). Esse batalhão de caminhantes cresce todos os dias. Tornamo-nos peregrinos em tempos e lugares diferentes, mas entraremos na Canaã dos cristãos no mesmo dia (http://www.ulti-mato.com.br/revista/artigos/321/o-exodo-cristao < acessado em 28 de setembro de 2010).

A recompensa do remidos: “A recompensa dos justos é descrita como vida eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim, mas a vida em toda a sua plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida, Mt 25.46; Rm 2.7. A plenitude dessa vida é desfrutada na comunhão com Deus, o que é realmente a essência da vida eterna, Ap 21.3. Eles ve-rão a Deus em Jesus Cristo face a face, encontrarão plena satisfação nele, alegrar-se-ão nele e O glorificarão.” (Berkhof, L. Teologia Sistemática. Trad. Odayr Olivetti. 3ª ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, p. 679).