6
COMÉRCIO ELECTRÓNICO 1. DEFINIÇÃO O Comércio Electrónico ou “comércio virtual” engloba qualquer tipo de transacção comercial, em que as partes envolvidas interajam através de meios electrónicos, e não através de trocas ou contactos físicos. 2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA A definição de comércio electrónico tem sofrido algumas alterações ao longo dos últimos anos. Inicialmente, em meados dos anos 70, significava a simplificação das transacções comerciais, com recurso a tecnologias como EDI (Electronic Data Interchange) e EFT (Electronic Funds Transfer). Mais tarde (anos 80) surgiram também outras formas de comércio electrónico, com o desenvolvimento e aceitação dos cartões de crédito. No final do ano 2000, várias empresas americanas e europeias começaram a oferecer serviços através da Internet. Desde então, as pessoas começaram a associar à expressão ‘comércio electrónico’ a facilidade de efectuar compras através da Internet usando protocolos de segurança e serviços de pagamento electrónico. 3. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS O comércio electrónico engloba diversos tipos de tecnologias, como: Internet/ World Wide Web (Web); Correio electrónico;

ComéRcio ElectróNico

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: ComéRcio ElectróNico

COMÉRCIO ELECTRÓNICO

1. DEFINIÇÃO

O Comércio Electrónico ou “comércio virtual” engloba qualquer tipo de

transacção comercial, em que as partes envolvidas interajam através de meios

electrónicos, e não através de trocas ou contactos físicos.

2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA

A definição de comércio electrónico tem sofrido algumas alterações ao longo

dos últimos anos. Inicialmente, em meados dos anos 70, significava a simplificação

das transacções comerciais, com recurso a tecnologias como EDI (Electronic Data

Interchange) e EFT (Electronic Funds Transfer). Mais tarde (anos 80) surgiram

também outras formas de comércio electrónico, com o desenvolvimento e

aceitação dos cartões de crédito.

No final do ano 2000, várias empresas americanas e europeias começaram a

oferecer serviços através da Internet. Desde então, as pessoas começaram a

associar à expressão ‘comércio electrónico’ a facilidade de efectuar compras

através da Internet usando protocolos de segurança e serviços de pagamento

electrónico.

 

3. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

 O comércio electrónico engloba diversos tipos de tecnologias, como:

Internet/ World Wide Web (Web);

Correio electrónico;

Fax;

EDI (electronic data interchange - transferência electrónica de

dados); e

Pagamentos Electrónicos (Cartões de crédito, Multibanco…).

4. TIPOS

Page 2: ComéRcio ElectróNico

O Comércio Electrónico pode-se dividir em quatro tipos:

- Negócio-Negócio (business-business)

O comércio Business-to-Business (B2B) engloba todas as transacções

electrónicas de bens ou serviços efectuadas entre empresas. Neste tipo de

comércio electrónico actuam normalmente os produtores e grossistas no comércio

tradicional.

- Negócio-Consumidor (business-consumer)

O tipo de comércio electrónico Business-to-Consumer (B2C) distingue-se pelo

estabelecimento de relações comerciais electrónicas entre as empresas e os

consumidores finais. Este tipo de comércio tem-se desenvolvido bastante com a

utilização da Internet, existindo já várias lojas e centros comerciais virtuais que

comercializam todo o tipo de bens de consumo, tais como computadores, software,

livros, CDs, automóveis, produtos alimentares, produtos financeiros, publicações

digitais, etc..

- Negócio-Administração Pública (business-administration)

Esta área do comércio electrónico (B2A) engloba todas as transacções

realizadas on-line entre as empresas e a Administração Pública. Envolve uma

grande quantidade e diversidade de serviços, designadamente nas áreas fiscal, da

segurança social, do emprego, dos registos e notariado, etc. O tipo de serviços tem

vindo a aumentar consideravelmente nos últimos anos com os investimentos feitos

em e-government (Governo Electrónico). Com exemplo destaca-se o portal

“Declarações Electrónicas”, que permite o fácil relacionamento dos utilizadores com

a Direcção Geral dos Impostos (DGCI).

- Consumidor-Administração Pública (consumer-administration)

Este modelo (C2A) engloba todas as transacções electrónicas efectuadas

entre os indivíduos e a Administração Pública, nomeadamente em termos de

Educação (formação à distância, divulgação de informação), Saúde (marcação de

consultas, pagamento de serviços) ou Impostos (entrega de declarações,

pagamentos)

 5. ACEITAÇÃO

Page 3: ComéRcio ElectróNico

De acordo com os dados do EUROSTAT, o comércio electrónico tem uma

expressão baixa em Portugal. Os dados de 2007, relativos ao 1º trimestre, indicam

que apenas 6% das pessoas de 16 a 74 anos de idade são utilizadores de comércio

electrónico.

É de notar, contudo, que estes dados reportam a pessoas que

encomendaram ou pagaram bens ou serviços em transacções efectuadas em

páginas na Internet e, portanto, ignoram a grande parte do comércio electrónico

que decorre através de máquinas ATM, de telemóveis ou de redes de sensores que

detectam a prestação de serviços.

Também de acordo com o EUROSTAT, os dados de 2007 para o conjunto das

pequenas, médias e grandes empresas indicam que apenas 24% utilizam a Internet

ou outras redes electrónicas para efectuar e/ou receber encomendas.

6. VANTAGENS E DESVANTAGENS

As principais vantagens deste tipo de comércio são as seguintes:

- Globalização dos mercados - os limites do Comércio Electrónico não são

definidos geograficamente ou através das fronteiras dos países, mas sim pela

cobertura das redes computacionais. Desta forma, e como as redes mais

importantes são de natureza global, o Comércio Electrónico permite até ao mais

pequeno fornecedor, estabelecer a sua presença e conduzir os seus negócios, no

mundo inteiro. O maior benefício para o consumidor é a diversidade de escolha;

- Maior proximidade entre fornecedores e clientes – esta proximidade traduz-

se em ganhos de produtividade e competitividade; o consumidor sai beneficiado

com a melhoria na qualidade do serviço, resultante da maior proximidade e de um

suporte pré e pós-venda mais eficiente. Com as novas formas de comércio

electrónico, os consumidores passam a dispor de lojas virtuais abertas 24 horas por

dia.

- Redução de Custos – a redução significativa dos custos de transacção

traduz-se na redução dos preços praticados aos clientes;

As principais desvantagens associadas ao comércio electrónico são as

seguintes:

- Forte dependência das tecnologias da informação e da comunicação (TIC);

Page 4: ComéRcio ElectróNico

- Cultura de mercado avessa às formas electrónicas de comércio (os

clientes não poderem tocar ou experimentar os produtos);

- A perda de privacidade dos utilizadores, a perda de identidade cultural e

económica das regiões e países;

- Insegurança na realização das transacções comerciais.

7. LEGISLAÇÃO 

Em Portugal existe a “Associação de Comércio Electrónico em Portugal

(ACEP)” que é uma organização independente sem fins lucrativos, de pessoas

individuais e colectivas, visando o estudo e a implementação das diversas formas

de Comércio Electrónico. Visa constituir um fórum independente e aberto para o

debate, potenciação, promoção, generalização e dignificação do Comércio

Electrónico em Portugal.

Por outro lado, em Junho de 2000 foi elaborada pelo Parlamento Europeu

uma Directiva relativa ao comércio electrónico, que visa reforçar a segurança

jurídica deste tipo de comércio com vista a aumentar a confiança dos utilizadores.

Para o efeito, estabelece um quadro jurídico estável ao sujeitar os serviços da

sociedade da informação aos princípios do mercado interno (livre circulação e

liberdade de estabelecimento) e instaurar um número limitado de medidas

harmonizadas.

8. SEGURANÇA E PRIVACIDADE DE DADOS

O Comércio Electrónico requer mecanismos efectivos e confiáveis para

garantir a privacidade e a segurança das transacções. Estes mecanismos devem

suportar a confidencialidade, a autenticação (permitir que as partes envolvidas

numa transacção se certifiquem da identidade uma da outra), e a não-repudiação

(garantir que as partes envolvidas numa transacção não possam,

subsequentemente, negar a sua participação). Como os mecanismos reconhecidos

de privacidade e segurança dependem da certificação por parte de uma terceira

entidade (por exemplo governamental), o Comércio Electrónico para ser global,

necessitará do estabelecimento de um sistema de certificação, também ele global.

 

Page 5: ComéRcio ElectróNico

 

 

Aluno: Ricardo Marinheiro

Disciplina: STC