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CURSO ON-LINE – COMÉRCIO EXTERIOR EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL
PROFESSOR: RICARDO VALE
www.pontodosconcursos.com.br
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AULA 04: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS
E aí pessoal, tudo bem? Começamos aqui mais uma aula de
comércio internacional, hoje tratando especificamente da legislação tributária
que permeia o comércio exterior brasileiro.
Este assunto é bastante específico e conta com certos detalhes que
vão exigir muito de sua atenção. Vocês, como futuros AFRFB precisarão, e
muito, estar familiarizados com a legislação aduaneira, particularmente com
seus aspectos tributários.
Durante a aula falaremos do imposto de importação, imposto de
exportação, IPI, ICMS e ainda do Adicional ao Frete para Renovação da
Marinha Mercante – tributos incidentes sobre as operações de comércio
exterior brasileiro. Depois de tecermos comentários sobre os principais
aspectos desses tributos, falaremos dos regimes aduaneiros especiais e dos
regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais.
Como você pode ver, este é um assunto que está em muito
envolvido com o Direito Tributário. Vez por outra, conceitos desse ramo do
direito serão apresentados nesta aula.
QUESTÕES COMENTADAS 1- (AFRF 2002.2) - O imposto de importação tem como elementos que o caracterizam, na essência: a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem por finalidade o incremento da arrecadação federal. b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no comércio internacional como base de cálculo. c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de cálculo, para as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação; lançamento de ofício. d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre as alíquotas da Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do
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importador, o adquirente, em licitação de mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria sob sua custódia é contribuinte relativamente à mercadoria cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira. e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro da declaração de Importação no SISCOMEX; o valor de transação previsto no Acordo de Valoração Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for específica.
No âmbito da legislação tributária aplicável às operações de
comércio exterior, o imposto de importação é o que apresenta maiores detalhes
que merecem comentário. Aproveitemos essa questão para darmos uma visão
geral do imposto de importação.
O imposto de importação está previsto no art 153, inciso I da CF/88
e tem caráter nitidamente extrafiscal, já que seu principal objetivo não é
satisfazer a sanha arrecadadora do Estado. Logicamente, a incidência do
imposto de importação sobre a entrada de mercadorias no país arrecada
recursos para os cofres públicos. No entanto, não é esse o seu principal
objetivo.
O imposto de importação tem como principal objetivo servir como
mecanismo de controle sobre as importações, podendo ser utilizado como
mecanismo de proteção a um determinado setor sensível da indústria nacional
ou que esteja sofrendo dificuldades face à concorrência de produtos
estrangeiros.
Justamente devido a essa finalidade extrafiscal do imposto de
importação, é que ele foi expressamente dispensado pelo legislador
constituinte da obediência aos princípios da anterioridade, noventena e da
legalidade estrita quanto à alteração de alíquotas.
“Peraí, como assim Ricardo? Dispensado da anterioridade,
noventena e da legalidade estrita?”
Calma, concurseiro! Me explico! A anterioridade é o princípio
constitucional do sistema tributário que veda que os entes federativos cobrem
tributos no mesmo exercício financeiro da lei que os houver instituído ou
aumentado. A noventena, por sua vez, exige um interstício mínimo de 90 dias
entre a lei que institui ou aumenta um tributo e a cobrança pelo respectivo ente
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federativo. Já o princípio da legalidade estrita quanto à alteração de alíquotas,
determina que qualquer alteração destas, deverá ser realizado por meio de lei.
Recordaram aí os princípios?
Bom, o imposto de importação não precisa obedecer a nenhum
deles. Assim, a alteração de alíquotas poderá ser feita por decreto. Da mesma
forma, se houver um aumento de alíquotas, este já poderá ser imediatamente
aplicado e o imposto cobrado pelo seu novo valor.
Na aula 00, vimos que uma das atribuições da CAMEX era a de fixar
a alíquota do imposto de importação. Quanto a isso, algumas explicações se
fazem necessárias. O Brasil, como vocês sabem, integra o MERCOSUL, o qual
se caracteriza por ser uma união aduaneira. Aí eu lhes pergunto: qual a
principal característica de uma união aduaneira?
A união aduaneira caracteriza-se por possuir uma liberação do trânsito de mercadorias dentro do bloco e ainda por possuir uma política comercial unificada em relação a terceiros países. Quando falamos em
política comercial unificada em relação a terceiros países, queremos dizer que
as alíquotas do imposto de importação que os países da união aduaneira
cobram para mercadorias provenientes de países não-integrantes do bloco é a
mesma.
Assim, se o café é tributado com a alíquota de 3% pelo Brasil,
também o será pela Argentina, Uruguai e Paraguai, certo? Numa união
aduaneira, quem você acha que vai determinar as alíquotas do I.I então? Cada
país terá total liberdade para isso?
Com certeza não! As alíquotas do I.I serão determinadas pelo órgão
decisório do bloco. No MERCOSUL acontece exatamente dessa maneira e as
alíquotas do I.I estão consubstanciadas na TEC (Tarifa Externa Comum). O
que a CAMEX faz é internalizar as decisões do MERCOSUL no que diz
respeito a modificações da TEC. Cabe ressaltar aqui que o MERCOSUL ainda
é uma união aduaneira imperfeita, convivendo com as famosas Listas de
Exceção à TEC. Cada país pode incluir nessa lista um determinado número de
produtos em que tem liberdade para fixar as alíquotas do I.I para terceiros
países. Falaremos mais sobre o MERCOSUL na aula sobre integração
regional.
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O fato gerador do imposto de importação está definido pelo art.19 do
Código Tributário Nacional: Art 19 – O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território aduaneiro.
O Regulamento Aduaneiro, em concordância com o CTN, afirma, por
sua vez, que o fato gerador do imposto de importação é a entrada de
mercadoria estrangeira no território aduaneiro.
Agora olhem que interessante: o fato gerador do I.I ocorre
simplesmente quando uma mercadoria estrangeira entra em nosso território, ou
seja, não há necessidade de que ela seja objeto de um contrato de compra e
venda internacional. Vamos imaginar, por exemplo, que uma determinada
escultura esteja entrando no país para uma exposição e depois vá retornar ao
exterior. Não há qualquer contrato de compra e venda, mas será que está
ocorrendo o fato gerador do imposto de importação? Sim, está ocorrendo o fato
gerador do I.I. Esta obra de arte, que está vindo para uma exposição e depois
retornará ao exterior, será submetida ao regime aduaneiro especial de
admissão temporária e o imposto de importação ficará suspenso. Mas quanto a
isso, deixemos para páginas futuras!
Um detalhe interessante e que mormente gera dúvidas entre os
concurseiros é acerca da modalidade de lançamento do imposto de
importação. Já vi muita gente por aí dizendo que seria lançamento por
declaração. Isso está completamente ERRADO. O lançamento do imposto de importação é feito por homologação, entendido? O importador, ao registrar a
D.I, já tem automaticamente debitado em sua conta corrente os valores dos
tributos incidentes na operação, incluindo aí o I.I. Posteriormente a RFB irá
proceder a conferência e, se for o caso, homologar o lançamento. No entanto,
o lançamento do imposto de importação também poderá ser de ofício, desde
que a RFB tenha detectado durante a conferência aduaneira ou mesmo após o
desembaraço da mercadoria insuficiência de recolhimento de tributos.
“Ricardo, e com relação à base de cálculo do imposto de
importação? Como ela é determinada?”
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Boa pergunta, eu já ia me esquecendo! A base de cálculo do
imposto de importação será o valor aduaneiro apurado segundo as regras do
Acordo de Valoração Aduaneira (veremos em aulas futuras sobre esse acordo)
se a alíquota for ad valorem. Se a alíquota for específica, o valor aduaneiro não
poderá ser a base de cálculo, mas esta será a quantidade de mercadoria
expressa na unidade de medida específica. Querem um exemplo?
Vamos supor que uma determinada mercadoria tem a alíquota
específica de R$1,00/unidade. Se forem importadas 1000 unidades, a base de
cálculo será justamente essa quantidade. Vejam que nessa situação não se
leva em consideração em momento algum o valor da transação.
Analisemos agora cada uma das alternativas:
a)ERRADO. Corrigindo os três erros: o lançamento é por homologação, a base
de cálculo é o valor aduaneiro e o incremento da arrecadação federal não é a
principal finalidade do I.I.
b)ERRADO. A alíquota do I.I pode ser ad valorem ou específica, o lançamento
é por homologação e a base de cálculo é o valor aduaneiro.
c) ERRADO. Não há mais a previsão de que em um leilão a base de cálculo é
o valor da arrematação. O lançamento é por homologação.
d) ERRADO. A alíquota prevista nos acordos internacionais somente
prevalecerá em relação à TEC se resultar em situação mais favorável ao
contribuinte. Quanto a isso, cabe ressaltarmos que existem produtos em que as
alíquotas consolidadas pelo Brasil junto à OMC são inferiores à TEC, devendo
nestas situações prevalecer – são as chamadas perfurações da TEC.
e) CERTO. Perfeita a assertiva!
Gabarito: Letra E.
2-(ACE-2008) No cálculo do valor do imposto de importação, consideram-se a aplicação da alíquota definida na tarifa externa do MERCOSUL para a mercadoria em questão e o valor aduaneiro desta segundo os critérios previstos no acordo sobre valoração aduaneira, firmado no âmbito da OMC.
A alíquota a ser considerada, via de regra, é a alíquota prevista na
Tarifa Externa Comum do MERCOSUL e a base de cálculo será o valor
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aduaneiro da mercadoria. Em aulas posteriores veremos como apurar o valor
aduaneiro. Entretanto, já adiantando, o primeiro método de valoração
aduaneiro é o valor da transação ajustado. Assim, são acrescidos também ao
valor da transação o valor do frete, seguro e da descarga no território nacional.
Gabarito: CERTO.
3- (AFRF-2002.2) – A importação de mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que satisfeitas as condições estabelecidas pelo Ministro da Fazenda, configura relativamente ao imposto de importação uma hipótese de: a) isenção condicionada. b) regime suspensivo até o implemento das condições. c) não-incidência. d) reimportação com não ocorrência do fato gerador. e) isenção de natureza objetiva.
O Regulamento Aduaneiro, Decreto no 6759/2009, especifica as
situações em que não há incidência do imposto de importação: Art. 71. O imposto não incide sobre: I – mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior; II – mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; III – mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida; IV – mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; V – embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem; VI – mercadoria estrangeira avariada ou que se revele imprestável para os fins a que se destinava, desde que seja destruída sob controle aduaneiro, antes do desembaraço aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional; e
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VII – mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
É interessante que tenhamos uma boa noção dos casos em que não
há incidência do imposto de importação. A situação descrita na questão é
justamente a definida no inciso II acima transcrito e diz respeito à substituição
de mercadoria importada com defeito. Imagine uma situação em que um
hospital importou alguns aparelhos de raio-X e um deles apresentou defeito.
Este será enviado ao exterior e será importado um novo aparelho de raio-X,
sobre o qual não incidirá o imposto de importação.
Gabarito: Letra C.
4-(ACE-2008) O drawback é a modalidade de regime aduaneiro especial que se aplica às mercadorias que ingressam no território do país por tempo determinado e que são destinadas à realização de eventos artísticos, científicos e culturais, envolvendo, em tal caso, a suspensão total dos tributos exigíveis.
Essa questão trata de regimes aduaneiros especiais. Quando uma
mercadoria entra no país ela se submete a um de três regimes aduaneiros
possíveis: comum, especial ou aplicado em áreas especiais.
O regime de importação comum abrange as mercadorias que
entram no país a título definitivo. Elas estão sendo despachadas para consumo e ocorre a incidência tributária, sendo o crédito tributário
imediatamente exigível, salvo se a operação estiver sujeita a isenção ou
imunidade.
Os regimes aduaneiros especiais, por sua vez, abrangem as
mercadorias que entram no país com a exigibilidade dos tributos suspensa. O
crédito tributário fica suspenso devido a uma característica especial da
operação realizada. São inúmeros os Regimes Aduaneiros Especiais em vigor
na legislação brasileira, sendo os mesmos discriminados no Decreto nº
6759/2009, Novo Regulamento Aduaneiro. Neste tipo de regime, as mercadorias sofrem despacho para admissão, com exceção do drawback, que sofre despacho para consumo.
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“Ricardo, você pode dar um exemplo da aplicação de um regime
aduaneiro especial a uma situação em concreto?”
Suponha que você é um executivo de uma multinacional e recebeu o
encargo de gerenciar uma exposição de automóveis na cidade de São Paulo.
Para isso, você deverá trazer automóveis importados da matriz de sua
empresa localizada no Japão. Esses automóveis ficarão por um tempo no país
e depois retornarão ao país de origem. Será que os tributos serão exigidos pela
Receita Federal do Brasil nesta operação? Não, a importação dos automóveis
será feita sob a égide do regime aduaneiro especial de admissão temporária.
Dessa forma, eles terão sua entrada admitida no país com a suspensão da
exigibilidade dos tributos. No entanto, essa entrada estará vinculada a uma
posterior saída, ou seja, os bens só permanecerão no país por um determinado
período de tempo. Entendido esse exemplo?
“Entendi, Ricardo! Agora falta você explicar o que são regimes
aduaneiros aplicados em áreas especiais.”
Ah sim, bem lembrado! Os regimes aduaneiros aplicados em áreas
especiais são regimes existentes em certas áreas específicas do país, como,
por exemplo, a Zona Franca de Manaus, a Amazônia Ocidental e as Áreas de
Livre Comércio. Com o intuito de promover o desenvolvimento econômico
destas parcelas do território nacional, o governo federal concede benefícios
fiscais aos produtos importados por empresas nelas localizadas. Entendeu
isso? Mais à frente nos aprofundaremos um pouco mais.
Resumindo então, concurseiro:
1) Existem três regimes aduaneiros a que uma mercadoria pode se
submeter quando de sua entrada no Brasil: regime aduaneiro comum, regime aduaneiro especial e regime aduaneiro aplicado em áreas especiais.
2) O regime de importação comum ampara a importação de
mercadorias que entram com o ânimo de definitividade no país, sendo
despachadas para consumo.
3) Nos regimes aduaneiros especiais a exigibilidade do crédito
tributário fica suspensa, sendo o despacho a que se submetem o despacho
para admissão.
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4) Os regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais são
aplicados em regiões específicas do território nacional como a Zona Franca de
Manaus, Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio como forma de
incentivar seu desenvolvimento econômico. Na entrada de mercadorias
importadas nestas regiões, o despacho pode ser para consumo ou para
admissão. No entanto, quando mercadorias saem destas áreas com destino a
outro lugar do território nacional,o despacho a que se submetem é o despacho
para internação.
Feita essa rápida introdução acerca dos regimes aduaneiros
especiais, passemos ao exame da questão. Esta argumenta que o drawback “é
a modalidade de regime aduaneiro especial que se aplica às mercadorias que
ingressam no território do país por tempo determinado e que são destinadas à
realização de eventos artísticos, científicos e culturais, envolvendo, em tal
caso, a suspensão total dos tributos exigíveis.”
Analisando o enunciado, percebemos que ele está totalmente
equivocado. O drawback é, na verdade, um regime aduaneiro especial que caracteriza-se por não serem cobrados os tributos incidentes sobre as importações de matérias-primas que serão usadas no processo produtivo de um produto que será posteriormente exportado. Representa ele,
portanto, um grande incentivo às exportações brasileiras, reduzindo a
tributação suportada pelos fabricantes nacionais. O drawback é administrado
pela SECEX e não é considerado benefício fiscal, estando, portanto,
dispensado do exame de similaridade (mais à frente falaremos sobre esse
procedimento!).
O drawback pode ser concedido na modalidade suspensão, isenção ou restituição.
A modalidade mais utilizada é o drawback suspensão. Neste, o
interessado apresenta ao DECEX um plano de exportação. Nesse plano de
exportação, o interessado demonstra a correlação entre a quantidade de
matéria-prima a ser importada com suspensão e a quantidade de mercadorias
a serem exportadas. O DECEX passa, então, à análise da viabilidade da
operação e defere ou não o pleito. O deferimento por parte deste órgão é
materializado através do Ato Concessório. Assim, o beneficiário do regime
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assume o compromisso de exportar no prazo máximo de um ano, podendo
este prazo ser prorrogado uma única vez por igual período.
“Ricardo, entendi o que você falou aí sobre o drawback suspensão!
Mas e o drawback isenção e restituição, qual a diferença deles para a
modalidade de suspensão?
Calma, aluno! Eu já vou explicar. Vamos supor que eu importe uma
determinada quantia de matéria-prima e recolha na sua integralidade os
tributos incidentes na operação. Posteriormente, eu utilizo essa matéria-prima
na fabricação de um produto que é exportado. Nessa situação, eu já não
poderia ter utilizado o drawback? Poderia, mas não o fiz! Então, na minha
próxima importação, posso utilizar o drawback isenção, ou seja, eu não irei
recolher os tributos, pois estarei isento destes. Logicamente, a quantidade de
matéria-prima isenta na próxima importação deverá ser compatível com os
produtos exportados. Se a empresa não tiver interesse em adquirir novamente
a mercadoria, ela poderá optar pela restituição dos tributos – drawback
restituição. Quem concede o drawback suspensão e isenção é o DECEX; já o
drawback restituição é de competência da RFB.
Gabarito: ERRADO.
5-(ACE-2008)-Os regimes aduaneiros são classificados como comum e especiais. Os regimes aduaneiros especiais distinguem-se do regime aduaneiro comum por contemplarem, sob formas diversas, a entrada e a saída de mercadorias do território nacional com isenção ou suspensão dos direitos aduaneiros aplicáveis.
Os regimes aduaneiros podem ser classificados em comum,
especiais e aplicados em áreas especiais.
Gabarito: ERRADO.
6- (ACE-2008)-Implantadas com o objetivo de promover o desenvolvimento conjunto mediante a integração econômica de países, as áreas de livre comércio, como categoria de regime aduaneiro atípico, consistem de espaços transfronteiriços em que é permitida a livre
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circulação de bens e de serviços, mediante a remoção de obstáculos tarifários e não-tarifários.
Em primeiro lugar, é importante aqui dizermos que não existe mais o
termo regime aduaneiro atípico. Hoje em dia os regimes aduaneiros, conforme
a legislação brasileira, podem ser: comum, especiais e aplicados em áreas
especiais.
Esse, entretanto, não era o cerne da questão, que na verdade foi
uma grande puxada de tapete no concurseiro. Quando se utiliza a expressão
“área de livre comércio”, podemos entendê-la sob duas óticas diferentes. A
primeira delas diz respeito a áreas de livre comércio enquanto forma de
integração regional e a segunda se refere a áreas de livre comércio enquanto
regime aduaneiro especial.
A questão faz uma grande confusão com relação a essas duas
acepções da expressão. Ela diz que enquanto regime aduaneiro atípico (vamos
entender isso como regime aduaneiro aplicado em áreas especiais) as áreas
de livre comércio promovem o desenvolvimento conjunto mediante a integração
econômica entre países. Isso está completamente errado! Se o examinador
dissesse que enquanto forma de integração regional, as áreas de livre
comércio promovem o desenvolvimento conjunto mediante a integração
econômica entre países, aí sim a questão estaria correta! Entendido isso?
Gabarito: ERRADO.
7- (ACE-2008) -As zonas de processamento de exportação (ZPEs), como instrumentos de desenvolvimento regional e forma de regime aduaneiro atípico, diferenciam-se das áreas de livre comércio pelo fato de que há a exigência de que os bens produzidos naquelas sejam necessariamente destinados à exportação.
As Zonas de Processamento de Exportação caracterizam-se como
áreas de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação
de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no
exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do
balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do
desenvolvimento econômico e social do País.
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No entanto, como contrapartida da fruição de benefícios fiscais,
somente pode se instalar em Zona de Processamento de Exportações – ZPE –
a pessoa jurídica que assuma o compromisso de auferir e manter, por ano-
calendário, receita bruta decorrente de exportações de bens e serviços de no
mínimo 80% de sua receita bruta total. Vejamos o que diz o Regulamento
Aduaneiro quanto a esta exigência:
Art. 535. As importações efetuadas por empresa autorizada a operar em zonas de processamento de exportação serão efetuadas com suspensão do pagamento do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da COFINS-Importação, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e do adicional ao frete para renovação da marinha mercante. ... Art. 536. Somente poderá instalar-se em zona de processamento de exportação a pessoa jurídica que assuma o compromisso de auferir e manter, por ano-calendário, receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no mínimo, oitenta por cento de sua receita bruta total de venda de bens e serviços.
Contrariando então o que diz o enunciado da questão, não há a
exigência de que os produtos produzidos em uma ZPE sejam necessariamente
destinados à exportação. Entretanto, podemos dizer que boa parte dos
produtos produzidos em uma ZPE serão destinados ao exterior, já que
somente poderá se instalar nesse tipo de região, empresa que assumir o
compromisso de auferir e manter, por ano , receita bruta decorrente de
exportação para o exterior de, no mínimo, 80% de sua receita bruta total
decorrente de venda de bens e serviços.
Gabarito: ERRADO.
8- (ACE-2008) A Zona Franca de Manaus usufrui de tratamento tributário diferenciado, particularmente no tocante à importação de insumos destinados à industrialização, os quais, quando procedentes do exterior, são isentos do imposto de importação e, quando provenientes do mercado interno, são isentos do ICMS.
A Zona Franca de Manaus foi criada em 1967 e caracteriza-se por
ser uma área do território nacional que goza de benefícios fiscais outorgados
pelo Governo federal no intuito de promover o desenvolvimento daquela região.
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Assim, a Zona Franca de Manaus, conforme afirma a questão, usufrui de
tratamento tributário favorável. Mas como é esse tratamento tributário
favorável?
Na importação de bens e mercadorias para a ZFM há isenção do
imposto de importação e do imposto sobre produtos industrializados. Na
exportação também ocorre a isenção tributária em relação ao imposto de
exportação.
A venda de bens para a ZFM provenientes de qualquer outra parte
do território nacional é considerada como se exportação fosse, não havendo
cobrança dos tributos federais (IPI, PIS/PASEP, COFINS).
Por fim, quando uma mercadoria é vendida da ZFM para o restante
do território nacional, há o recolhimento tributário na internação. Entretanto,
também há benefícios fiscais na internação. O imposto de importação será
recolhido somente em relação aos insumos estrangeiros, mediante a aplicação
de um coeficiente de redução. Além disso, haverá isenção do IPI na internação,
mesmo que sejam usados insumos estrangeiros.
O erro da questão está em falar sobre isenção de ICMS sobre os
bens destinados à ZFM provenientes do mercado interno. Na venda de bens
provenientes do mercado interno para a ZFM, não há cobrança somente dos
tributos federais (IPI, PIS/PASEP e COFINS), não havendo qualquer
disposição acerca do ICMS.
Gabarito: ERRADO
9- (ACE-2008) - A exportação em consignação é uma modalidade especial de exportação em que mercadorias são enviadas ao exterior para fins de promoção comercial, devendo ser efetuado seu retorno no prazo de 180 dias, sem qualquer incidência tributária, no caso de não terem sofrido modificação ou de não ter ocorrido sua venda.
A exportação em consignação não é um regime aduaneiro especial
propriamente dito, mas sim um regime administrativo concedido pela SECEX.
A exportação em consignação implica na obrigação de o exportador comprovar dentro do prazo de até 720 dias, contados da data do embarque,
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o ingresso de moeda estrangeira pela venda de mercadoria no exterior ou o
retorno da mercadoria.
A exportação em consignação assemelha-se bastante à exportação
temporária, mas esta última consiste em regime aduaneiro especial concedido
pela RFB. O regime de exportação temporária é o que permite a saída do País
com suspensão do imposto de importação, de mercadoria nacional ou
nacionalizada, condicionada à reimportação em prazo determinado, no mesmo
estado em que foi exportada. Vamos supor que será realizada uma exposição
no exterior e determinados quadros brasileiros farão parte da mesma. A
importação destes quadros não será definitiva, eles permanecerão no exterior
somente pelo tempo necessário à exposição. Assim, eles sairão do país com
suspensão do imposto de exportação, ao amparo do regime aduaneiro especial
de exportação temporária.
Gabarito: ERRADO.
10- (ACE-2008) - No atual regime tributário brasileiro, as exportações diretas e indiretas estão isentas do IPI e da contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS) e sobre elas também não incide o ICMS..
Questão interessante que o CESPE, erroneamente, havia
considerada CERTA antes dos recursos. O art 153, parágrafo 3º, inciso III da
CF/88 afirma que não incidirá o IPI sobre os produtos industrializados
destinados ao exterior. O art 155, parágrafo 2º, inciso X, alínea a da CF/88
afirma que o ICMS não incidirá sobre as operações que destinem mercadorias
para o exterior. Por fim, o art 149, parágrafo 2º , inciso I determina que as
contribuições sociais, dentre as quais se inclui a COFINS, não incidirão sobre
as receitas decorrentes de exportação.
“Peraí, Ricardo, mas é exatamente isso que a questão está
dizendo!”
Aí é que você se engana! Sempre que a Constituição Federal está definindo hipóteses de não-incidência, ela na verdade está instituindo imunidades tributárias e não isenções, como o examinador está dizendo.
Gabarito: ERRADO
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11- (AFRF-2002.2) - Considerando que o regime especial de drawback em uma de suas modalidades é suspensivo de tributação, identifique nas opções abaixo aquela que corresponde ao despacho aduaneiro a ele aplicável na importação. a) Despacho de admissão ao regime (DA). b) Despacho de trânsito aduaneiro conjugado com despacho de admissão (DTA/DA). c) Despacho antecipado de importação em drawback (DAI-DRAWBACK). d) Ato concessório do drawback (AC). e) Despacho de importação para consumo (DI).
Os regimes aduaneiros especiais, via de regra, conforme já vimos na
aula sobre controle aduaneiro, sofrem despacho para admissão. A exceção a
esta regra é o drawback, já que uma mercadoria importada ao amparo deste
regime irá sofrer despacho para consumo.
Gabarito: Letra E
12- (AFRF-2002.2) - Determinada mercadoria, acondicionada em um contêiner estrangeiro, chega ao Porto de Santos procedente da Zona Franca de Colônia (Uruguai), para ser destinada a um porto seco em Campinas (SP) em regime de entreposto aduaneiro, em consignação. O regime aduaneiro aplicável à mercadoria e ao contêiner pela autoridade aduaneira no Porto de Santos será o de a) trânsito aduaneiro para a mercadoria e para o contêiner. b) trânsito aduaneiro para o contêiner e admissão temporária para a mercadoria até a chegada no porto seco c) admissão temporária para o contêiner e trânsito aduaneiro para a mercadoria. d) entreposto aduaneiro para a mercadoria e trânsito aduaneiro para o contêiner. e) entreposto aduaneiro para a mercadoria e admissão temporária para o contêiner.
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Essa questão é por demais interessante, já que envolve três regimes
aduaneiros especiais: admissão temporária, trânsito aduaneiro e entreposto
aduaneiro.
A admissão temporária é um regime aduaneiro especial que permite
a importação, com suspensão do imposto de importação, de bens que devam
permanecer no país por um tempo determinado, devendo posteriormente
retornar ao exterior. A situação apresentada na questão exemplifica bem a
admissão temporária. O contêiner estrangeiro não irá permanecer
indefinidamente no Brasil. Sua função é exclusivamente a de servir de
receptáculo de transporte para a mercadoria estrangeira, que esta sim, irá
permanecer no País. Devido a esse caráter temporário da presença do
contêiner no Brasil, ele se submeterá ao regime aduaneiro especial de
admissão temporária. Um outro exemplo clássico de admissão temporária é a
importação de obras de arte destinadas a uma exposição. Como o prazo de
permanência das mesmas é só o de duração da referida exposição, elas são
submetidas ao regime de admissão temporária, ficando suspensa a
exigibilidade do crédito tributário.
O trânsito aduaneiro, por sua vez, apresenta-se em diversas
modalidades: trânsito de importação, trânsito de exportação, trânsito interno e
trânsito internacional. No trânsito de importação, a mercadoria entra pela zona
primária, mas o despacho aduaneiro irá ocorrer na zona secundária. É
exatamente o que a questão nos traz: um trânsito de importação. Uma
mercadoria proveniente do exterior chega ao Porto de Santos- zona primária- e
tem como destino um porto seco em Campinas, onde permanecerá no regime
de entreposto aduaneiro. O trânsito de importação será, portanto, o regime
aduaneiro a que estará submetida a mercadoria durante o percurso entre o
Porto de Santos e o porto seco em Campinas. Entendido isso? Ok, então
vamos continuar falando um pouco mais sobre o trânsito aduaneiro!
Outra modalidade de trânsito aduaneiro é o trânsito de exportação.
O trânsito de exportação é um regime aduaneiro aplicável quando uma
mercadoria sofre despacho para exportação na zona secundária – o que pode
acontecer em um porto seco ou no próprio estabelecimento do exportador.
Sofrendo esse despacho na zona secundária, a mercadoria irá seguir para a
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zona primária, de onde será destinada ao exterior. Durante o percurso entre o
despacho de exportação ocorrido no porto seco ou no estabelecimento do
exportador e a zona primária a mercadoria estará submetida ao regime de
trânsito aduaneiro.
No trânsito interno, a mercadoria é transportada de um porto seco
para outro porto seco no interior do mesmo país. Por último, no trânsito
internacional, uma mercadoria chega ao País proveniente do exterior e destina-
se novamente ao exterior, só estando de passagem pelo território nacional.
“Ricardo, faltou falar do entreposto aduaneiro!”
Bem lembrado! A questão fala que a mercadoria está vindo do
exterior e destina-se a um porto seco localizado em Campinas, onde será
submetida ao regime de entreposto aduaneiro. O regime de entreposto
aduaneiro existe tanto na importação quanto na exportação. Na importação, ele
nada mais é do que a entrada de mercadorias em consignação. Vamos supor,
por exemplo, que uma empresa estrangeira queira agilizar a distribuição de
seus equipamentos no Brasil, de modo a ter uma vantagem em relação às
outras. Para isso, ela pode manter aqui em nosso País mercadorias
armazenadas em recintos alfandegados, importadas em consignação por um
de seus agentes de venda. Se a indústria nacional necessitar de uma
reposição de estoque ou de uma peça em caráter emergencial, a mercadoria
não precisará vir do exterior para isso, pois ela já se encontra no País.
Entendido isso?
Pois é, quando a mercadoria é importada sob o regime de
entreposto aduaneiro, a exigibilidade do crédito tributário é suspensa até que
ela seja submetida ao despacho para consumo. Aproveitando para relacionar
com a legislação do I.I, o adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte
do Imposto de Importação.
Como eu já disse anteriormente, o entreposto aduaneiro também
poderá ser utilizado na exportação. Acredito que não é necessário ficar aqui
detalhando, já que o raciocínio é o mesmo aplicado na importação.
Bom, voltando à questão, o contêiner será então submetido ao
regime de admissão temporária durante a sua estada no Brasil, já que depois
ele deverá retornar ao navio, do qual é considerado parte integrante (sabiam
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disso?). A mercadoria será submetida ao regime de trânsito aduaneiro até o
porto seco de Campinas, onde será verificada pela RFB o cumprimento do
regime através do exame documental , verificação do veículo e da integridade
da carga. Haverá a partir daí, de acordo com a questão, uma mudança de
regime de trânsito aduaneiro para entreposto aduaneiro. A mercadoria ficará
consignada e com a exigibilidade do crédito tributário suspenso até que seja
procedido o despacho para consumo.
Gabarito: Letra C.
13- (AFRF-2002.2) - Os regimes aduaneiros especiais típicos se diferenciam do regime aduaneiro geral ou comum, caracterizam- se por serem em regra regimes econômicos ou suspensivos, enfatizam a geração de divisas e de empregos, são aplicados em regra às mercadorias não nacionalizadas, e sua admissão ao regime não se processa através de um despacho aduaneiro de importação para consumo, exceto, neste caso, o regime de a) drawback. b) entreposto industrial. c) entreposto aduaneiro. d) admissão temporária com pagamento proporcional dos tributos. e) admissão temporária para aperfeiçoamento ativo.
Mais uma questão que relaciona o drawback ao despacho para
consumo. Percebem como é recorrente esse assunto?
Gabarito: Letra A.
14- (AFRF-2002.2) - No regime aduaneiro especial de admissão temporária a) os impostos e penalidades pecuniárias previstos para a hipótese de descumprimento das normas que disciplinam o regime serão consubstanciados em Termo de Responsabilidade. b) a parcela dos impostos devida na importação, suspensa em decorrência da aplicação do regime será garantida em Termo de Responsabilidade cuja exigência será objeto de procedimento fiscal
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administrativo em que se assegure o contraditório e ampla defesa, no caso de inadimplência do beneficiário do regime. c) a parcela das penalidades pecuniárias e de outros acréscimos legais devida pelo descumprimento das condições do regime será, após quantificada, objeto de execução administrativa juntamente com os impostos devidos constantes do Termo de Responsabilidade, se não houver recolhimento nos 30 (trinta) dias subseqüentes à ciência da notificação fiscal. d) a parcela dos impostos devida na importação, suspensa em decorrência da aplicação do regime, será consubstanciada em Termo de Responsabilidade, garantido por fiança ou seguro aduaneiro, que, no caso de descumprimento das condições do regime concedido, será encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição na Dívida Ativa se não comprovado o pagamento no prazo estabelecido e a parcela relativa às penalidades pecuniárias e ajuste de cálculo de tributos devidos será exigida através da lavratura do auto de infração regularmente notificado ao contribuinte. e) a parcela relativa às penalidades pecuniárias decorrentes do descumprimento da obrigação tributária principal cuja alíquota prevista para o bem objeto do regime figurar na Tarifa Externa Comum igual a “zero” será calculada aplicando-se o percentual correspondente ao produto de maior alíquota da posição respectiva na TEC e encaminhada à Procuradoria da Fazenda Nacional para o fim de cobrança judicial do título, no caso de inadimplemento do regime.
Quando é concedido o regime de admissão temporária, a
exigibilidade do crédito tributário fica suspensa durante o período em que for
determinado para sua permanência no país. No entanto, os tributos incidentes
na operação ficam consubstanciados em um Termo de Responsabilidade. Veja
bem que eu falei em tributos e não em juros ou multa, mesmo porque quando é
assinado o Termo de Responsabilidade espera-se que o beneficiário cumpra
as condições do regime concedido.
O Termo de Responsabilidade é um título representativo de direito
líquido e certo da Fazenda Nacional em relação às obrigações fiscais nele
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contidas. É o compromisso que o beneficiário do regime assume perante a
RFB de cumprir as condições que lhe são impostas. Em regra, na admissão
temporária exige-se a apresentação de garantia, que poderá ser na forma de
seguro aduaneiro, fiança ou depósito.
No caso de descumprimento do regime, o importador é intimado
para, em 10 dias, justificá-lo. A partir daí, a RFB decide se continua ou não com
a execução e o processo irá depender se houve ou não a anterior prestação de
garantia.
Caso não tenha ocorrido prestação de garantia, o beneficiário do
regime deverá efetuar o recolhimento dos tributos suspensos em até 30 dias ou
então o Termo de Responsabilidade será encaminhado à Procuradoria da
Fazenda Nacional para inscrição em dívida ativa. Caso tenha sido prestada
garantias, esta será exigida. Bom, vamos às alternativas!
a) ERRADO. Os impostos suspensos sem dúvida ficam consubstanciados no
Termo de Responsabilidade. No entanto, as penalidades pecuniárias referentes
ao descumprimento do regime serão exigidas mediante lançamento em auto de
infração.
b) ERRADO. O Termo de Responsabilidade é assinado pelo beneficiário do
regime, constituindo-se em direito líquido e certo da Fazenda Nacional em
relação às obrigações fiscais nele contidas.
c) ERRADO. Caso o beneficiário que inadimpliu o regime não recolha os
impostos suspensos no prazo de 30 dias, o Termo de Responsabilidade será
encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição em dívida
ativa e cobrança judicial. Ou seja, após os 30 dias, a execução não será
administrativa, mas sim judicial.
d) CERTO. Enunciado bem grande com várias afirmações corretas:
1- A parcela dos impostos suspensa fica consubstanciada no Termo de
Responsabilidade.
2- O Termo de Responsabilidade poderá ser assegurado por meio de garantia
na forma de fiança ou seguro aduaneiro.
3- Findo o prazo de 30 dias para recolhimento dos tributos suspensos, o Termo
de Responsabilidade é encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional para
inscrição em dívida ativa.
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4- A parcela das penalidades pecuniárias e ajuste de tributos devidos será
exigida mediante auto de infração regularmente notificado ao contribuinte.
e) ERRADO. Vejamos o que dispõe o Regulamento Aduaneiro sobre a multa
cobrada em caso de descumprimento do regime de admissão temporária: Art. 709. Aplica-se a multa de dez por cento sobre o valor aduaneiro, no caso de descumprimento de condições, requisitos ou prazos estabelecidos para aplicação do regime aduaneiro especial de admissão temporária ou de admissão temporária para aperfeiçoamento ativo
Gabarito: Letra D
15- (AFRF-2002.2) - O preço normal determinado legalmente para apuração da base de cálculo do imposto de exportação corresponde a) ao preço da mercadoria, ou seu similar fixado periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional em pauta de valor mínimo vigente ao tempo da exportação. b) ao valor externo da mercadoria, identificado como o preço com que a mesma ou similar é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do país, somado às despesas para sua colocação no ponto de saída (porto, aeroporto ou fronteira terrestre), deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para consumo interno e recuperáveis pela exportação. c) ao preço que a mercadoria, ou seu similar, alcançaria ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas baixadas pela Câmara de Comércio Exterior. d) ao valor de transação, ou seja, o preço efetivamente pago ou a ser pago pelo comprador no exterior. e) ao preço nunca inferior a um preço de referência fixado pela Secretaria de Comércio Exterior para a mercadoria a ser exportada sendo o parâmetro utilizado para sua aceitação no SISCOMEX.
Eu coloquei essa questão aqui para que você veja que a base de
cálculo do imposto de exportação não é a mesma do imposto de importação. A
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base de cálculo do I.I é o valor aduaneiro apurado conforme o Acordo de
Valoração Aduaneira, que veremos em aula posterior. Já a base de cálculo do imposto de exportação é o preço que a mercadoria ou seu similar alcançaria ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, conforme disposto no Regulamento
Aduaneiro: Art. 214. A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior.
Detalhe interessante sobre o imposto de exportação é que o
Regulamento Aduaneiro determina que sua alíquota será de 30%, não
podendo ser superior a 150%. No entanto, a CAMEX tem plena liberdade para
alteração dessas alíquotas. Na prática, hoje em dia, praticamente todos os
produtos, com algumas exceções, têm alíquota zero do imposto de exportação.
Gabarito: LETRA C.
16- (AFRF-2002.2) - Sobre uma mercadoria que foi reimportada é correto afirmar que: a) tendo sido importada pelo país A, foi exportada para um outro país, que não o de origem da mercadoria, sem ter sofrido qualquer transformação. b) tendo sido produzida no país A, foi exportada ao país B, tendo, em seguida, sido importada deste por um terceiro país. c) tendo sido produzida no país A, foi exportada ao país B, onde sofreu transformação. d) tendo sido importada pelo país A, nele sofreu transformação e foi, em seguida, exportada para um segundo país. e) tendo sido produzida no país A, foi exportada para o país B onde sofreu transformação, após o que retornou ao país de origem.
A reimportação caracteriza-se pela importação de uma mercadoria
que havia sido anteriormente exportada a título temporário. A letra E descreve
perfeitamente uma reimportação, já que a mercadoria é fabricada em um país,
sendo exportada para outro com a finalidade de sofrer uma transformação. A
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mercadoria, em momento algum, se desnacionalizou, já que sua situação no
outro país seria somente temporária. Ela só estava ali para sofrer uma
transformação, após o que retorna ao país de origem.
Gabarito: Letra E.
17- (AFRF-2002.1) - A entrada no território aduaneiro de bens objeto de arrendamento mercantil de caráter financeiro contratado com entidades arrendadoras domiciliadas no exterior, não se confunde com o regime de admissão temporária e se sujeitará a todas as normas legais que regem a importação. Em face do enunciado, assinale a opção correta. a) É proibida importação de bens objeto de arrendamento mercantil de caráter financeiro. b) Importações de arrendamento mercantil de caráter financeiro não são admissões temporárias e devem ser tratadas como importações comuns. c) A regra não se aplica aos arrendamentos mercantis de caráter financeiro e sim a operações de factoring. d) O arrendamento mercantil de caráter financeiro não se enquadra na regra por não estar, ali, expressamente citado. e) O leasing não se confunde com o arrendamento mercantil de caráter financeiro e, portanto, não se enquadra na regra.
Há uma grande diferença entre o leasing financeiro e o leasing
operacional. O leasing financeiro representa um contrato de aluguel de um bem
por um determinado período de tempo, sendo que ao final deste há a opção de
prorrogar o prazo, devolver o bem ou comprá-lo pagando um valor residual. No
Brasil, essa modalidade de leasing é muito utilizada e o que se faz usualmente
é dissolver o valor residual para a compra nas parcelas referentes ao aluguel.
Assim, desde o momento da contratação do leasing financeiro, já se opta pela
opção de compra ao final. Na prática, portanto, o leasing financeiro não
representa, de acordo com os costumes comerciais brasileiros, um contrato de
aluguel, mas sim um financiamento com intermediação de uma instituição
financeira.
O leasing operacional, por sua vez, representa um contrato de
aluguel de um bem por um determinado período de tempo, sendo que ao final
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deste há a opção de prorrogar o prazo ou devolver o bem. Ele é realizado sem
intermediação de instituição financeira.
Visto tudo isso, pode-se notar que o leasing financeiro não se pode
confundir com a admissão temporária, já que quando se faz a opção por essa
modalidade de leasing, o que se quer , na maioria das vezes, não é alugar o
bem por um período determinado. O que se quer é comprá-lo, ou seja, ele
entra com ânimo de definitividade, sendo tratado, portanto, como uma
importação comum.
Já no leasing operacional, como não há a opção de compra ao final
do contrato, admite-se que seja concedida a admissão temporária.
Gabarito: Letra B.
18- (AFRF 2002.1) - É concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de arte, constantes das posições 9701, 9702, 9703 e 9706 do Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM/SH) - atualmente a Nomenclatura Comum do MERCOSUL - e recebidos, em doação, por museus instituídos e mantidos pelo poder público e outras entidades culturais, reconhecidas como de utilidade pública. (Lei 8.961/94, art.1º). Em face do enunciado, assinale a opção correta. a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que direcionada aos objetos de arte citados na norma. b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que direcionada aos museus mantidos pelo poder público e outras entidades culturais de utilidade pública. c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo, condicionada, ainda, a não cobertura cambial. d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a outros objetos de arte. e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.
As isenções do imposto de importação podem ter caráter objetivo ou
subjetivo, sendo que não é difícil perceber quando se trata de uma ou de outra.
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As isenções subjetivas são aquelas que estão vinculadas à qualidade do importador. Como exemplo de isenção subjetiva, podemos citar
a isenção às importações realizadas por instituições educacionais e de
assistência social.
As isenções objetivas, por sua vez, são aquelas que estão
vinculadas à destinação dos bens. Como exemplo de isenção objetiva,
podemos citar a isenção do imposto de importação concedida aos bens
importados por instituições científicas e tecnológicas, desde que destinados às
suas pesquisas
Na questão, vemos claramente que a isenção é concedida em
virtude da natureza dos bens – isenção objetiva - e, ainda, em virtude da
qualidade do importador. Ela ainda está condicionada a inexistência de
cobertura cambial, já que em uma doação não há fechamento de contrato de
câmbio.
Gabarito: Letra C.
19- (Questão Inédita) – Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) Para efeito de cálculo do imposto de importação, sempre considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado ( ) São contribuintes do imposto de importação: o importador, o destinatário de remessa postal internacional e o adquirente de mercadoria entrepostada. ( ) O depositário incumbido da custódia de mercadoria de terceiros sob controle aduaneiro nos armazéns da zona primária ou secundária é solidariamente responsável com o importador em relação à mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à qualidade do importador. ( ) Quando uma operação de importação tiver sido objeto de isenção subjetiva e posteriormente, houver a transferência ou cessão de uso dos bens, há a necessidade de prévio recolhimento tributário.
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( ) A responsabilidade tributária pelas faltas ou extravios de volumes ou de mercadorias importadas pode ser do transportador ou do depositário, conforme normas contidas nos contratos de transporte internacional e de armazenagem de carga. a) FVFVF b) FVVVF c) FFFVV d) VFVFV e) VVFVV I)FALSO. Vejamos o que diz o Regulamento Aduaneiro acerca da data da
ocorrência do fato gerador do imposto de importação: Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador: I - na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo; II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de: a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum; b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada; c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira; ou d) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada; ou III - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na hipótese a que se refere o inciso XXI do art. 689. Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação, e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.
Como se percebe, são três os elementos temporais do fato gerador
do imposto de importação:
- Data do registro da Declaração de Importação.
- Data do Lançamento.
- Data do vencimento.
Calma, aluno! Guarde somente isso por enquanto! Data do registro
da D.I, data do lançamento e data do vencimento. Vemos ver quando
aplicamos cada uma.
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1-Data do Registro da D.I: A data do registro da Declaração de Importação é considerada como
o momento da ocorrência do fato gerador do I.I quando a mercadoria
proveniente do exterior é submetida a despacho para consumo. Nós já vimos
na aula sobre o controle aduaneiro que quando uma mercadoria é importada
no regime de importação comum, ela é despachada para consumo.
2- Data do Lançamento: A data do lançamento será considerada como a data da ocorrência
do fato gerador do I.I quando houver incidência deste imposto e não for
registrada uma D.I. São quatro as situações:
-Bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao
regime de importação comum. Uma remessa postal internacional pode ser
submetida ao regime de tributação simplificada ou ao regime de importação
comum. O regime de tributação simplificada aplica-se a mercadoria de até
US$3000,00 e que não seja bebida alcoólica, nem produto de tabacaria,
incidindo neste caso a alíquota de 60% sobre o valor aduaneiro. O regime de
importação comum será aplicado quando o valor da mercadoria for superior a
US$3000,00 ou for bebida alcoólica ou produto de tabacaria. No regime de
tributação simplificada não há registro de D.I, logo o momento da ocorrência do
fato gerador é considerado na data do lançamento do crédito tributário. No
regime de importação comum há registro de D.I, sendo este considerado o
momento de ocorrência do fato gerador. Um detalhe ainda sobre remessas
postais internacionais! Se o destinatário e o remetente forem pessoas físicas e
o valor da mercadoria for inferior a US$50,00 a operação estará isenta.
-Bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada. A bagagem de viajantes está sujeita a quatro tipos de
tratamentos: isenção, regime de tributação especial, regime de tributação
comum e perdimento. No regime de tributação especial não há registro de D.I,
logo, o momento da ocorrência do fato gerador do I.I será a data do
lançamento.
“Mas Ricardo, quando se aplica cada um dos regimes?”
A bagagem acompanhada está isenta relativamente a livros, folhetos
e periódicos; roupas e outros artigos de vestuário e higiene para uso exclusivo
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do viajante; e em relação a outros bens devem ser observados os limites de
US$500,00 quando o ingresso do viajante for via aérea ou marítima e
US$300,00 quando o ingresso for por via terrestre ou lacustre.
O regime de tributação especial aplica-se quando o valor desses
outros bens exceder o limite da isenção. A alíquota cobrada nesse caso é 50%
sobre o valor que exceder o limite de isenção.
O regime de tributação comum aplica-se quando na mala do viajante
houver bens destinados a revenda, o que motiva o registro de uma D.I. Nesse
caso, o momento da ocorrência do fato gerador do I.I será o registro da D.I.
O perdimento ocorre quando uma mercadoria é apreendida pela
RFB. Nesse caso não há incidência do I.I.
- Mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações
de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela
autoridade aduaneira. Na aula sobre controle aduaneiro, nós vimos que se
uma mercadoria é extraviada ou sofre avaria, a RFB procede à vistoria
aduaneira com vistas a apurar se a responsabilidade foi do transportador ou do
depositário. Nesse caso, a data do lançamento dos tributos sobre o
responsável será considerada a data da ocorrência do fato gerador.
- Mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração
de importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida,
ou não seja localizada. Esta é uma situação em que uma mercadoria foi
objeto da pena de perdimento, mas não foi encontrada, tendo sido consumida
ou revendida. Nessa situação incide o I.I, que é calculado levando-se em
consideração a data do lançamento.
3- Data do Vencimento: Considera-se ocorrido o fato gerador do I.I na data do vencimento do
prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado somente se já
tiver sido iniciado o despacho aduaneiro antes da aplicação da pena de
perdimento. Como já vimos anteriormente, uma mercadoria não pode ficar mais
de 90 dias em recinto alfandegado de zona primária ou mais de 45 dias em
recinto alfandegado de zona secundária sem que seja procedido o despacho
aduaneiro. Se ultrapassados esses prazos inicia-se o processo para aplicação
da pena de perdimento. Se iniciado o despacho aduaneiro, antes da aplicação
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da pena de perdimento, nesses casos, o momento da ocorrência do fato
gerador reputa-se à data do vencimento do prazo de permanência em recinto
alfandegado.
Voltando à questão, percebemos que o seu erro está em afirmar que
para efeito de cálculo do imposto de importação, sempre considera-se ocorrido
o fato gerador do imposto de importação na data do vencimento do prazo de
permanência da mercadoria em recinto alfandegado. O correto seria dizer que
somente se considera ocorrido na data de vencimento do prazo de
permanência em recinto alfandegado se iniciado o despacho aduaneiro antes
da aplicação da pena de perdimento. Se ocorrer a pena de perdimento, não há,
via de regra, incidência do imposto de importação.
II)VERDADEIRO. Essa afirmativa é bastante importante também no âmbito da
legislação do I.I. Ela define perfeitamente quais são os contribuintes do imposto
de importação: o importador, o destinatário de remessa postal internacional e o
adquirente de mercadoria entrepostada. Guarde isso! Com relação a esse
último, só quero aqui ressaltar que a mercadoria entrepostada é aquela que se
encontra em entreposto aduaneiro com a exigibilidade dos tributos suspensa. O
adquirente dessa mercadoria irá proceder ao despacho para consumo e será,
portanto, o contribuinte do I.I.
III)FALSO. O depositário não é responsável solidário, mas sim responsável
pelo I.I referente à mercadoria que esteja sob a sua guarda. Também é
responsável pelo I.I o transportador no que se refere à mercadoria que estiver
transportando. Basta aqui nos lembrarmos do procedimento de vistoria
aduaneira, que visa apurar de qual dos dois é responsabilidade por uma falta
ou avaria ocorrida. Vejamos o que prescreve o Regulamento Aduaneiro: Art. 105. É responsável pelo imposto: I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro ; ou III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
IV) VERDADEIRO. Se uma isenção foi concedida em caráter subjetivo,
significa que esta foi concedida em razão da qualidade do importador. Se essa
mercadoria, que foi isenta, está sendo destinada ou cedida a outra pessoa,
realmente deverá ocorrer o prévio recolhimento tributário. Vamos supor que um
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equipamento médico seja importado por um hospital público com isenção
tributária. Se este equipamento for então ser vendido a uma clínica médica com
fins lucrativos, haverá necessidade de que, antes de realizada a transferência,
ocorra o recolhimento tributário devido. O adquirente ou cessionário dessa
mercadoria beneficiada com isenção será responsável solidário pelo crédito
tributário. A seguir vejamos também outros casos de responsabilidade
solidária: Art. 106. É responsável solidário: I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto; II - o representante, no País, do transportador estrangeiro.; III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora; IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora ; V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal ; VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à industrialização para exportação, no caso de admissão de mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado; e VII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.
V)FALSA. A responsabilidade pelo imposto de importação devido em virtude de
falta ou extravio de mercadoria pode ser do transportador ou do depositário, em
conformidade com as normas da legislação tributária, que determina que essa
apuração ocorra por meio de processo de vistoria aduaneira.
Gabarito: Letra A.
20- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa incorreta: a) Considera-se não estrangeira a mercadoria que retorne ao País devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição. b) Como regra geral, o imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira objeto da perna de perdimento. c) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra anteriormente importada e que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava.
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d) Não constitui fato gerador do imposto de importação a entrada de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária. e) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de apreensão na zona secundária.
Essa questão traz à tona assuntos importantes acerca da legislação
do imposto de importação: a não incidência, mercadoria não-estrangeira e a
não ocorrência do fato gerador.
O art.69 do Regulamento Aduaneiro determina que o imposto de
importação incide sobre mercadoria estrangeira. O art. 70 estabelece, por sua
vez, que considera-se estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada
exportada que retorne ao País e abre algumas exceções que são as situações
em que a mercadoria é considerada como não-estrangeira:
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se: I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição; III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador; IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou V - por outros fatores alheios à vontade do exportador.
O inciso I refere-se a uma exportação em consignação, em que a
mercadoria é enviada em consignação, não sendo vendida dentro do prazo. A
exportação em consignação, como vimos anteriormente, é um regime
administrativo concedido pela SECEX. No retorno da mercadoria, se este
ocorrer não incidirá o imposto de importação pelo fato de ela não ser
considerada estrangeira.
O inciso II refere-se a mercadoria brasileira que é exportada, mas é
devolvida por apresentar defeito técnico. O inciso III e IV descrevem
circunstâncias que fogem à capacidade de previsão do exportador – fatores
alheios à vontade deste. Aliás, o inciso V prevê justamente isso: que
mercadorias que retornem ao país por fatores alheios à vontade do exportador
são consideradas não-estrangeira.
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Cuidado, amigo concurseiro, para não confundir não-estrangeira
com não incidência! Como um resumo, poderíamos dizer que mercadoria não-
estrangeira é aquela que retorna ao país por fatores alheios à vontade do
exportador. Vejamos agora o que caracteriza a não-incidência!
O art. 71 do Regulamento Aduaneiro determina os casos de não-
incidência do imposto de importação. Art. 71. O imposto não incide sobre: I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior; II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; V - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem VI - mercadoria estrangeira avariada ou que se revele imprestável para os fins a que se destinava, desde que seja destruída sob controle aduaneiro, antes do desembaraço aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, e VII - mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
Chamo aqui a atenção para o inciso II, que determina a não
incidência do imposto de importação sobre mercadorias que se destinem à
substituição de mercadoria importada que tenha se revelado, após o
desembaraço aduaneiro, imprestável para o fim a que se destinava. Esse caso
do inciso II é bastante importante e muitas vezes é confundido com a hipótese
do inciso II do art.70, que determina que a mercadoria que retorne ao País por
ter apresentado defeito técnico não é considerada estrangeira.
Para efeito de discernir uma da outra, vamos aqui aos nossos
exemplos. Se uma empresa brasileira importa 1000 unidades de um
determinado brinquedo e, após o desembaraço, verifica que 300 apresentam
defeito, ela pode solicitar a quem lhe vendeu essas mercadorias que estas
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sejam substituídas. A empresa providenciará a devolução das mercadorias
defeituosas. Sobre os brinquedos que vierem para a substituição, não incidirá o imposto de importação.
Agora, se uma empresa brasileira exportar calçados para os E.U.A e
chegando lá for detectado defeito técnico nos mesmos e estes tiverem que ser
devolvidos, sobre eles não incidirá o importação de importação pelo fato de serem considerados mercadoria não-estrangeira. Perceba que, nesse caso,
os calçados estão retornando ao País, ao contrário da primeira situação em
que não há retorno ao Brasil, já que a mercadoria sobre a qual o imposto não
irá incidir nunca esteve em nosso território. Ficou claro agora? Bastante
cuidado então para saber diferenciar uma situação da outra na hora da prova.
a) CERTO. A mercadoria que retorne ao País devolvida por motivo de defeito
técnico é considerada não-estrangeira. Para guardar bem, lembre-se de que
quando uma mercadoria retorna ao País por fatores alheios à vontade do
exportador, ela será considerada não-estrangeira.
b) CERTO. A regra geral é, conforme o art. 71, inciso III, a não-incidência do
imposto de importação sobre mercadoria estrangeira sobre a qual seja aplicada
a pena de perdimento. A exceção a essa regra refere-se à situação em que é
aplicada a pena de perdimento, mas a mercadoria é consumida, revendida ou
não encontrada. Nessa situação irá ocorrer a incidência do imposto de
importação, sendo inclusive considerado ocorrido o fato gerador na data do
lançamento do crédito tributário.
c) CERTO. O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira
que se destine à reposição de mercadoria que tenha se revelado, após o
desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se
destinava
d) CERTO. Existem duas situações em que não se considera ocorrido o fato
gerador do imposto de importação. A primeira delas diz respeito à entrada no
território aduaneiro de mercadoria que tenha sido submetida ao regime
aduaneiro de exportação temporária. A exportação temporária, conforme vimos
anteriormente, caracteriza-se pela saída de mercadoria do nosso território a
título temporário. Como sua saída não revestiu-se do caráter de definitividade,
não podemos considerar que ela foi desnacionalizada. A segunda situação diz
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respeito ao pescado capturado fora das águas territoriais do país desde que
observadas as normas da atividade pesqueira. Vejamos o que nos diz o
Regulamento Aduaneiro: Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território aduaneiro: I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira; e II - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária, ainda que descumprido o regime.
e) ERRADO. Numa situação em que a mercadoria é encontrada e apreendida
na zona secundária, será aplicada a pena de perdimento, mas incidirá o
imposto de importação. Essa situação encontra-se justamente dentro de uma
exceção, já que se aplicada a pena de perdimento, como regra geral, não
incidirá o I.I.
Gabarito: Letra E.
21- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) O ex-tarifário é um benefício fiscal que consiste na redução da alíquota do imposto de importação incidente sobre bens de capital, informática e telecomunicações que não tenham similar nacional. Se, durante o prazo de vigência do ex-tarifário, a indústria nacional passar a produzir um produto abrangido pelo benefício, este será automaticamente cancelado, bastando que seja realizada comunicação formal à CAMEX. ( ) O exame de similaridade é realizado pela SECEX nas situações em que há o pleito de benefício fiscal pelo importador. Existem certas situações em que é dispensado o exame de similaridade, como por exemplo, partes e peças importados pelo usuário, na quantidade necessária e destinados, exclusivamente, ao reparo ou manutenção de equipamento de procedência estrangeira em funcionamento no País. ( ) No exame de similaridade efetuado são levados em consideração três requisitos: qualidade, preço e prazo de entrega. Na comparação de
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preços entre o produto estrangeiro e o produto nacional, ambos são considerados líquidos de impostos. ( ) O fato gerador do imposto sobre produtos industrializados, na importação, é o registro da declaração de importação. a) VVFF b) VVVF c) FVVF d) FVFF e) FFFV
a) FALSO. Em primeiro lugar, o ex-tarifário não é considerado benefício fiscal,
mas sim instrumento de política aduaneira. Conforme diz a questão, ele
consiste numa redução do imposto de importação incidente sobre bens de
informática, telecomunicações e bens de capital que não tenham similar
nacional que é concedida pelo período de até dois anos. A definição de ex-
tarifários cabe à CAMEX e tem origem em pleito da indústria nacional.
Importante ressaltar que, devido ao caráter objetivo da redução promovida pelo
ex-tarifário, qualquer importador pode beneficiar-se deste após sua concessão
e não somente quem o pleiteou.
“Ricardo, mas por que o ex-tarifário não é considerado benefício
fiscal?”
Boa pergunta! Ocorre que, conforme veremos a seguir, sempre que
é solicitado um benefício fiscal deve ser realizado pela SECEX o exame de
similaridade, que tem como objetivo verificar se a indústria nacional produz
equipamento similar ao importado. Se existir equipamento similar nacional, o
benefício fiscal não será concedido, pois deverá ser dada preferência à
indústria nacional. No ex- tarifário também há o exame de similaridade, no
entanto, este ocorre uma única vez, logo após o pleito da indústria nacional.
Depois de concedido o ex-tarifário, este irá perdurar por todo o período de
vigência, mesmo que nesse ínterim a indústria nacional inicie a produção de
equipamento similar. Por tudo isso é que não se considera o ex-tarifário um
benefício fiscal.
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Voltando à questão, outro erro da mesma está justamente em
afirmar que o ex-tarifário será cancelado se durante sua vigência passar a ser
fabricado produto similar pela indústria nacional.
b) VERDADEIRO. O exame de similaridade é de competência da SECEX e
ocorre sempre que é pleiteado um benefício fiscal pelo importador. O instituto
jurídico da similaridade tem como finalidade dar preferência à indústria nacional
diante de produto similar ao estrangeiro. A apuração de similaridade ocorrerá
baseada em três critérios definidos pelo art. 190 do Regulamento Aduaneiro:
preço, prazo de entrega e qualidade. Vejamos o que dispõe o referido
normativo: Art. 190. Considera-se similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de substituir o importado, observadas as seguintes normas básicas: I - qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destine; II - preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da mercadoria estrangeira, calculado o custo com base no preço Cost, Insurance and Freight - CIF, acrescido dos tributos que incidem sobre a importação e de outros encargos de efeito equivalente; e III - prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de mercadoria.
Para que a comparação de preços a que se refere o art. 190 seja
realizada em bases justas, deverão ser acrescidos ao valor do produto
estrangeiro o valor dos impostos incidentes na operação (I.I, IPI, ICMS,
PIS/PASEP, COFINS e ICMS), bem como o valor do frete e seguro
internacionais.
c) FALSO. Realmente, no exame de similaridade são levados em consideração
três requisitos: preço, prazo de entrega e qualidade. No entanto, para que a
apuração de preços seja efetuada sobre bases justas, devem ser
acrescentados ao valor dos produtos o valor dos tributos incidentes.
d) FALSO. O imposto sobre produtos industrializados é outro imposto que
incide em uma importação, sendo seu fato gerador considerado o
desembaraço aduaneiro da mercadoria importada.
Gabarito: Letra D.
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22- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) Transporte Multimodal de cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal. ( ) Os bens contidos em remessas postais internacionais estão sujeitos ao regime de tributação simplificada quando seu valor não exceder a US$ 50,00. ( ) Na importação, o AFRMM – Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante- incide sobre o valor CIF da carga desembarcada. ( ) No caso de falta de mercadoria constante de documento de carga ou equivalente, apurada pela autoridade aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da D.I no SISCOMEX. a) VFFV b) VFVF c) VVFF d) FVVV e) FVVF
a) VERDADEIRO. O transporte multimodal caracteriza-se por um único
contrato em que se utilizam duas ou mais modalidades de transporte desde a
origem até o destino. Um exemplo seria o transporte de uma mercadoria até o
Porto de Santos por navio e em seguida até o porto seco de Campinas por via
terrestre, isso tudo regido por um único contrato e sob a responsabilidade de
um único Operador de Transporte Multimodal. (OTM)
b) VERDADEIRO. Conforme já vimos anteriormente, uma remessa postal
internacional poderá sujeitar-se ao regime de tributação simplificada ou ao
regime de importação comum. Sujeita-se ao regime de tributação simplificada
aquela cujo valor não exceder US$ 3000,00 e não for bebida alcoólica ou
produto de tabacaria. Ao regime de importação comum serão submetidas
aquelas que não preencherem esse requisito. Mais um ponto interessante é
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que quando o remetente e o destinatário de remessa postal internacional forem
pessoas físicas e o valor da mesma não exceder US$ 50,00 haverá isenção do
I.I. No entanto, independente disso, mesmo no caso em que há isenção, ela
estará submetida ao regime de tributação simplificada. Ademais, não é toda
remessa postal internacional cujo valor é inferior a US$ 50,00 que recebe
isenção, mas tão somente aquelas em que remetente e destinatário são
pessoas físicas.
c) FALSO. A base de cálculo do AFRMM é a remuneração do transporte
aquaviário da carga de qualquer natureza descarregada em porto brasileiro,
assim entendida como a remuneração para o transporte da carga porto a porto,
incluídas todas as despesas portuárias com a manipulação de carga,
constantes do conhecimento de embarque ou de declaração do contribuinte,
anteriores e posteriores a esse transporte, e outras despesas de qualquer
natureza a ele pertinentes. Sua alíquota é de 25% para a navegação de longo
curso, 40% para o transporte fluvial e lacustre e 10% para o transporte de
cabotagem
d) FALSO. Nessa situação considera-se ocorrido o fato gerador do I.I na data
do lançamento do crédito tributário.
Gabarito: Letra C
23- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) O regime de drawback é concedido pela SECEX e apresenta aspectos semelhantes ao RECOF. Entretanto, o drawback não poderá, em qualquer situação, ser concedido para operações sem cobertura cambial, ao passo que não há essa restrição para o RECOF. ( ) O trânsito aduaneiro é o regime aduaneiro especial em que se permite o transporte de mercadoria de um ponto a outro do território nacional com suspensão tributária. Uma das modalidades de trânsito aduaneiro é o trânsito de exportação, em que uma mercadoria procedente do exterior é transportada do ponto de descarga no território aduaneiro até o porto seco onde ocorrerá outro despacho.
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( ) Em operações de trânsito aduaneiro, o transporte de mercadorias somente poderá ser efetuado por empresas transportadoras previamente habilitadas pela Receita Federal do Brasil. ( ) No regime de entreposto aduaneiro, não há constituição de Termo de Responsabilidade e prestação de garantia para os tributos suspensos. a) VVFF b) VFVV c) VFVF d) FFVF e) FFVV
a) FALSO. O drawback e o RECOF são realmente regimes aduaneiros
especiais que têm grandes semelhanças. O drawback consiste na suspensão,
isenção ou restituição de tributos incidentes sobre a importação de produtos
que serão utilizados no processo produtivo de outros produtos que serão
exportados. O drawback, portanto, não é exclusivamente para mercadorias que
irão integrar o produto exportado, mas também para aquelas que, embora não
integrem o produto, façam parte de seu processo produtivo. O drawback aplica-
se normalmente em operações com cobertura cambial, no entanto, existe uma
modalidade de drawback conhecida por drawback sem cobertura cambial.
O RECOF, também chamado de entreposto industrial sob controle
informatizado, é um regime aduaneiro especial que permite que a empresa
importe com ou sem cobertura cambial e com suspensão de tributos, sob
controle aduaneiro informatizado, certas mercadorias definidas pela RFB que,
depois de submetidas à operação de industrialização, sejam destinadas a
exportação.
“Ricardo, então não seria a mesma coisa drawback e RECOF?”
Eles são realmente muito parecidos, mas existem algumas
diferenças que passamos a listar:
1) No drawback, o DECEX concede o regime para cada plano de
exportação, ao passo que no RECOF não há necessidade de concessão do
regime a cada plano de exportação. Pelo contrário, o RECOF é concedido a
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todas as importações da pessoa jurídica. A propósito, quem concede o RECOF
é a Receita Federal do Brasil.
2) No drawback, há obrigatoriedade de que ocorra a exportação. Já
no RECOF, parte das mercadorias produzidas poderá ser destinada ao
consumo no mercado interno.
3) A mercadoria amparada pelo regime aduaneiro especial do
RECOF é automaticamente direcionada para o canal verde, ou seja, seu
desembaraço aduaneiro é automático.
4) A concessão do regime aduaneiro especial do RECOF é bem
restritiva com relação à natureza das mercadorias que poderão ser importadas.
Já no drawback, há liberação para importação de qualquer espécie de
mercadoria, desde que ela venha a ser utilizada no processo produtivo de um
bem a ser exportado.
Voltando à questão, o seu erro, como vocês devem ter percebido,
está na afirmação de que o drawback não se aplica a operações sem cobertura
cambial, já que há uma modalidade de drawback sem cobertura cambial.
b) FALSO. A modalidade de trânsito aduaneiro descrita na assertiva é o
trânsito de importação.
c) VERDADEIRO. O trânsito aduaneiro só poderá ser executado por empresas
transportadoras devidamente habilitadas junto à Receita Federal do Brasil.
Esse é justamente o teor do Regulamento Aduaneiro: Art. 322. A habilitação das empresas transportadoras será feita previamente ao transporte de mercadorias em regime de trânsito aduaneiro e será outorgada, em caráter precário, pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
d) VERDADEIRO. Nos regimes aduaneiros especiais há, via de regra,
constituição de Termo de Responsabilidade no qual são consubstanciados os
tributos suspensos. Entretanto, há dois regimes aduaneiros especiais em que
não há constituição de Termo de Responsabilidade: o entreposto aduaneiro e o
RECOF. Esse o motivo da questão estar correta.
“Ricardo, mas por que não há necessidade de se constituir Termo de
Responsabilidade no regime de entreposto aduaneiro?”
Excelente pergunta! Ocorre que as mercadorias submetidas ao
regime de entreposto aduaneiro, na maioria das vezes, já estão sob controle da
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RFB em recintos alfandegados, sendo, portanto, dispensado o Termo de
Responsabilidade.
Gabarito: Letra E.
24- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa incorreta: a) A saída temporária de mercadorias da Zona Franca de Manaus, das Áreas de Livre Comércio e da Amazônia Ocidental e sua readmissão serão feitas com base em Declaração de Saída Temporária. b) No regime aduaneiro especial de drawback ocorre o despacho para consumo, ao contrário dos outros regimes aduaneiros especiais, em que se realiza o despacho para admissão. c) O regime de admissão temporária implica a reexportação da mercadoria com isenção dos impostos que incidem sobre as exportações. d) O regime de drawback é um regime aduaneiro especial cuja aplicação envolve a suspensão, a isenção ou a restituição de tributos que incidem sobre a importação de mercadorias empregadas no processamento de produtos a serem exportados. e) A passagem pelo território aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior e a ele destinada, constitui modalidade de trânsito aduaneiro que somente poderá ser concedida à mercadoria declarada para trânsito no conhecimento de carga correspondente ou no manifesto ou documento equivalente do veículo que o transportou até o local de origem do trânsito.
a) CERTO. Quando uma mercadoria sai a título temporário da ZFM não está
ocorrendo a sua internação. É preenchido então o documento conhecido como
Declaração de Saída Temporária. Podemos comparar essa saída da ZFM a
título temporário a uma exportação temporária.
b) CERTO. Uma mercadoria submetida ao regime aduaneiro especial de
drawback é submetida a despacho para consumo, enquanto as mercadorias
submetidas a outros regimes aduaneiros especiais estão sujeitas a despacho
para admissão.
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c) ERRADO. A reexportação ocorre quando uma mercadoria é importada a
título temporário e retorna ao exterior. No entanto, não se pode dizer que há
isenção tributária nesse caso, mas sim uma suspensão do crédito tributário,
que fica consubstanciado no Termo de Responsabilidade.
d) CERTO. Perfeita a assertiva! É justamente esse o conceito de drawback.
e) CERTO. Essa assertiva descreve o trânsito internacional, que se caracteriza
pela suspensão dos tributos incidentes na importação de mercadoria que
adentre o território aduaneiro, mas que se destina a outro país. A RFB só permite essa modalidade de trânsito aduaneiro se este estiver previsto desde a emissão do conhecimento de carga no exterior, exigência que
existe para evitar possíveis fraudes.
Gabarito: Letra C.
25- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta: ( ) Os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, quando dela saírem para qualquer outro ponto do território aduaneiro, estarão sujeitos ao pagamento do imposto de importação referente ao valor integral da fatura comercial. ( ) As mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus, quando destinadas à comercialização em qualquer ponto do território nacional, estarão isentas do IPI, desde que observado o processo produtivo básico. ( ) As importações efetuadas por empresa autorizada a operar em zonas de processamento de exportação serão efetuadas com suspensão do pagamento do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da COFINS - Importação, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e do adicional ao frete para renovação da marinha mercante. ( ) Somente poderá instalar-se em zona de processamento de exportação a pessoa jurídica que assuma o compromisso de auferir e manter, por ano-calendário, receita bruta decorrente de exportação para o exterior de,
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no mínimo, oitenta por cento de sua receita bruta total de venda de bens e serviços. a) VFVF b) VFFF c) FVVV d) VVVV e) FVFV a) FALSO. Na internação de mercadoria industrializada produzida na Zona
Franca de Manaus, há cobrança do imposto de importação, mas esta não
ocorre sobre o valor integral da fatura, já que há uma redução do imposto de
importação, cobrando-se o imposto somente em relação aos insumos
estrangeiros. Considera-se industrializada a mercadoria que foi submetida a
processo produtivo básico.
b) VERDADEIRO. Perfeita a questão! Ela nos traz o outro benefício fiscal
existente na internação: a isenção do IPI, mesmo no que se refere a insumos
estrangeiros. No entanto, há uma condição para que se usufrua desse
benefício fiscal: o cumprimento do processo produtivo básico. O processo
produtivo básico, segundo a legislação aduaneira, é o conjunto mínimo de
operações, no estabelecimento fabril, que caracteriza a efetiva industrialização
de determinado produto.
c) VERDADEIRO. As importações efetuadas por empresas localizadas em
Zonas de Processamento de Exportações terão o crédito tributário suspenso
relativamente a todos os tributos federais.
d) VERDADEIRO. Guarde bem essa alternativa, pois as ZPE’s são um assunto
novo e, como vocês sabem, a ESAF adora uma novidade! Segue transcrito o
trecho do Regulamento Aduaneiro que trata das ZPE’s: Art. 534. As zonas de processamento de exportação caracterizam-se como áreas de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do desenvolvimento econômico e social do País. Art. 535. As importações efetuadas por empresa autorizada a operar em zonas de processamento de exportação serão efetuadas com suspensão do pagamento do imposto de importação, do imposto
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sobre produtos industrializados, da COFINS-Importação, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e do adicional ao frete para renovação da marinha mercante. ... Art. 536. Somente poderá instalar-se em zona de processamento de exportação a pessoa jurídica que assuma o compromisso de auferir e manter, por ano-calendário, receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no mínimo, oitenta por cento de sua receita bruta total de venda de bens e serviços.
Gabarito: Letra C.
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LISTA DE QUESTÕES
1- (AFRF 2002.2) - O imposto de importação tem como elementos que o
caracterizam, na essência:
a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem
por finalidade o incremento da arrecadação federal.
b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no
comércio internacional como base de cálculo.
c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de
cálculo, para as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação;
lançamento de ofício.
d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre
as alíquotas da Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o
adquirente, em licitação de mercadoria estrangeira; o depositário de
mercadoria sob sua custódia é contribuinte relativamente à mercadoria cuja
falta for apurada pela autoridade aduaneira.
e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro
da declaração de Importação no SISCOMEX; o valor de transação previsto no
Acordo de Valoração Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for
específica.
2-(ACE-2008) No cálculo do valor do imposto de importação, consideram-se a
aplicação da alíquota definida na tarifa externa do MERCOSUL para a
mercadoria em questão e o valor aduaneiro desta segundo os critérios
previstos no acordo sobre valoração aduaneira, firmado no âmbito da OMC.
3- (AFRF-2002.2) - A importação de mercadoria estrangeira idêntica, em igual
quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra anteriormente
importada que se tenha revelado, após o despacho aduaneiro, defeituosa ou
imprestável para o fim a que se destinava, desde que satisfeitas as condições
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estabelecidas pelo Ministro da Fazenda, configura relativamente ao imposto de
importação uma hipótese de:
a) isenção condicionada.
b) regime suspensivo até o implemento das condições.
c) não-incidência.
d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.
e) isenção de natureza objetiva.
4-(ACE-2008) O drawback é a modalidade de regime aduaneiro especial que
se aplica às mercadorias que ingressam no território do país por tempo
determinado e que são destinadas à realização de eventos artísticos,
científicos e culturais, envolvendo, em tal caso, a suspensão total dos tributos
exigíveis.
5-(ACE-2008)-Os regimes aduaneiros são classificados como comum e
especiais. Os regimes aduaneiros especiais distinguem-se do regime
aduaneiro comum por contemplarem, sob formas diversas, a entrada e a saída
de mercadorias do território nacional com isenção ou suspensão dos direitos
aduaneiros aplicáveis.
6- (ACE-2008)-Implantadas com o objetivo de promover o desenvolvimento
conjunto mediante a integração econômica de países, as áreas de livre
comércio, como categoria de regime aduaneiro atípico, consistem de espaços
transfronteiriços em que é permitida a livre circulação de bens e de serviços,
mediante a remoção de obstáculos tarifários e não-tarifários.
7- (ACE-2008) -As zonas de processamento de exportação (ZPEs), como
instrumentos de desenvolvimento regional e forma de regime aduaneiro atípico,
diferenciam-se das áreas de livre comércio pelo fato de que há a exigência de
que os bens produzidos naquelas sejam necessariamente destinados à
exportação.
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8- (ACE-2008) A Zona Franca de Manaus usufrui de tratamento tributário
diferenciado, particularmente no tocante à importação de insumos destinados à
industrialização, os quais, quando procedentes do exterior, são isentos do
imposto de importação e, quando provenientes do mercado interno, são isentos
do ICMS.
9- (ACE-2008) - A exportação em consignação é uma modalidade especial de
exportação em que mercadorias são enviadas ao exterior para fins de
promoção comercial, devendo ser efetuado seu retorno no prazo de 180 dias,
sem qualquer incidência tributária, no caso de não terem sofrido modificação
ou de não ter ocorrido sua venda.
10- (ACE-2008) - No atual regime tributário brasileiro, as exportações diretas e
indiretas estão isentas do IPI e da contribuição para o financiamento da
seguridade social (COFINS) e sobre elas também não incide o ICMS.
11- (AFRF-2002.2) - Considerando que o regime especial de drawback em uma
de suas modalidades é suspensivo de tributação, identifique nas opções abaixo
aquela que corresponde ao despacho aduaneiro a ele aplicável na importação.
a) Despacho de admissão ao regime (DA).
b) Despacho de trânsito aduaneiro conjugado com despacho de admissão
(DTA/DA).
c) Despacho antecipado de importação em drawback (DAI-DRAWBACK).
d) Ato concessório do drawback (AC).
e) Despacho de importação para consumo (DI).
12- (AFRF-2002.2) - Determinada mercadoria, acondicionada em um contêiner
estrangeiro, chega ao Porto de Santos procedente da Zona Franca de Colônia
(Uruguai), para ser destinada a um porto seco em Campinas (SP) em regime
de entreposto aduaneiro, em consignação. O regime aduaneiro aplicável à
mercadoria e ao contêiner pela autoridade aduaneira no Porto de Santos será o
de
a) trânsito aduaneiro para a mercadoria e para o contêiner.
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b) trânsito aduaneiro para o contêiner e admissão temporária para a
mercadoria até a chegada no porto seco
c) admissão temporária para o contêiner e trânsito aduaneiro para a
mercadoria.
d) entreposto aduaneiro para a mercadoria e trânsito aduaneiro para o
contêiner.
e) entreposto aduaneiro para a mercadoria e admissão temporária para o
contêiner.
13- (AFRF-2002.2) - Os regimes aduaneiros especiais típicos se diferenciam do
regime aduaneiro geral ou comum, caracterizam- se por serem em regra
regimes econômicos ou suspensivos, enfatizam a geração de divisas e de
empregos, são aplicados em regra às mercadorias não nacionalizadas, e sua
admissão ao regime não se processa através de um despacho aduaneiro de
importação para consumo, exceto, neste caso, o regime de
a) drawback.
b) entreposto industrial.
c) entreposto aduaneiro.
d) admissão temporária com pagamento proporcional dos tributos.
e) admissão temporária para aperfeiçoamento ativo.
14- (AFRF-2002.2) - No regime aduaneiro especial de admissão temporária
a) os impostos e penalidades pecuniárias previstos para a hipótese de
descumprimento das normas que disciplinam o regime serão consubstanciados
em Termo de Responsabilidade.
b) a parcela dos impostos devida na importação, suspensa em decorrência da
aplicação do regime será garantida em Termo de Responsabilidade cuja
exigência será objeto de procedimento fiscal administrativo em que se
assegure o contraditório e ampla defesa, no caso de inadimplência do
beneficiário do regime.
c) a parcela das penalidades pecuniárias e de outros acréscimos legais devida
pelo descumprimento das condições do regime será, após quantificada, objeto
de execução administrativa juntamente com os impostos devidos constantes do
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Termo de Responsabilidade, se não houver recolhimento nos 30 (trinta) dias
subseqüentes à ciência da notificação fiscal.
d) a parcela dos impostos devida na importação, suspensa em decorrência da
aplicação do regime, será consubstanciada em Termo de Responsabilidade,
garantido por fiança ou seguro aduaneiro, que, no caso de descumprimento
das condições do regime concedido, será encaminhado à Procuradoria da
Fazenda Nacional para inscrição na Dívida Ativa se não comprovado o
pagamento no prazo estabelecido e a parcela relativa às penalidades
pecuniárias e ajuste de cálculo de tributos devidos será exigida através da
lavratura do auto de infração regularmente notificado ao contribuinte.
e) a parcela relativa às penalidades pecuniárias decorrentes do
descumprimento da obrigação tributária principal cuja alíquota prevista para o
bem objeto do regime figurar na Tarifa Externa Comum igual a “zero” será
calculada aplicando-se o percentual correspondente ao produto de maior
alíquota da posição respectiva na TEC e encaminhada à Procuradoria da
Fazenda Nacional para o fim de cobrança judicial do título, no caso de
inadimplemento do regime.
15- (AFRF-2002.2) - O preço normal determinado legalmente para apuração da
base de cálculo do imposto de exportação corresponde
a) ao preço da mercadoria, ou seu similar fixado periodicamente pelo Conselho
Monetário Nacional em pauta de valor mínimo vigente ao tempo da exportação.
b) ao valor externo da mercadoria, identificado como o preço com que a
mesma ou similar é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do
país, somado às despesas para sua colocação no ponto de saída (porto,
aeroporto ou fronteira terrestre), deduzidos, quando for o caso, os impostos
exigíveis para consumo interno e recuperáveis pela exportação.
c) ao preço que a mercadoria, ou seu similar, alcançaria ao tempo da
exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado
internacional, observadas as normas baixadas pela Câmara de Comércio
Exterior.
d) ao valor de transação, ou seja, o preço efetivamente pago ou a ser pago
pelo comprador no exterior.
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e) ao preço nunca inferior a um preço de referência fixado pela Secretaria de
Comércio Exterior para a mercadoria a ser exportada sendo o parâmetro
utilizado para sua aceitação no SISCOMEX.
16- (AFRF-2002.2) - Sobre uma mercadoria que foi reimportada é correto
afirmar que:
a) tendo sido importada pelo país A, foi exportada para um outro país, que não
o de origem da mercadoria, sem ter sofrido qualquer transformação.
b) tendo sido produzida no país A, foi exportada ao país B, tendo, em seguida,
sido importada deste por um terceiro país.
c) tendo sido produzida no país A, foi exportada ao país B, onde sofreu
transformação.
d) tendo sido importada pelo país A, nele sofreu transformação e foi, em
seguida, exportada para um segundo país.
e) tendo sido produzida no país A, foi exportada para o país B onde sofreu
transformação, após o que retornou ao país de origem.
17- (AFRF-2002.1) - A entrada no território aduaneiro de bens objeto de
arrendamento mercantil de caráter financeiro contratado com entidades
arrendadoras domiciliadas no exterior, não se confunde com o regime de
admissão temporária e se sujeitará a todas as normas legais que regem a
importação. Em face do enunciado, assinale a opção correta.
a) É proibida importação de bens objeto de arrendamento mercantil de caráter
financeiro.
b) Importações de arrendamento mercantil de caráter financeiro não são
admissões temporárias e devem ser tratadas como importações comuns.
c) A regra não se aplica aos arrendamentos mercantis de caráter financeiro e
sim a operações de factoring.
d) O arrendamento mercantil de caráter financeiro não se enquadra na regra
por não estar, ali, expressamente citado.
e) O leasing não se confunde com o arrendamento mercantil de caráter
financeiro e, portanto, não se enquadra na regra.
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18- (AFRF 2002.1) - É concedida isenção do imposto de importação incidente
sobre objetos de arte, constantes das posições 9701, 9702, 9703 e 9706 do
Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM/SH) - atualmente
a Nomenclatura Comum do Mercosul - e recebidos, em doação, por museus
instituídos e mantidos pelo poder público e outras entidades culturais,
reconhecidas como de utilidade pública. (Lei 8.961/94, art.1º). Em face do
enunciado, assinale a opção correta.
a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que
direcionada aos objetos de arte citados na norma.
b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que
direcionada aos museus mantidos pelo poder público e outras entidades
culturais de utilidade pública.
c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo,
condicionada, ainda, a não cobertura cambial.
d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a
outros objetos de arte.
e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.
19- (Questão Inédita) – Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a
opção que contenha a seqüência correta:
( ) Para efeito de cálculo do imposto de importação, sempre considera-se
ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do vencimento do
prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado
( ) São contribuintes do imposto de importação: o importador, o destinatário
de remessa postal internacional e o adquirente de mercadoria entrepostada.
( ) O depositário incumbido da custódia de mercadoria de terceiros sob
controle aduaneiro nos armazéns da zona primária ou secundária é
solidariamente responsável com o importador em relação à mercadoria
beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à
qualidade do importador.
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( ) Quando uma operação de importação tiver sido objeto de isenção
subjetiva e posteriormente, houver a transferência ou cessão de uso dos bens,
há a necessidade de prévio recolhimento tributário.
( ) A responsabilidade tributária pelas faltas ou extravios de volumes ou de
mercadorias importadas pode ser do transportador ou do depositário, conforme
normas contidas nos contratos de transporte internacional e de armazenagem
de carga.
a) FVFVF
b) FVVVF
c) FFFVV
d) VFVFV
e) VVFVV
20- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa incorreta:
a) Considera-se não estrangeira a mercadoria que retorne ao País devolvida
por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição.
b) Como regra geral, o imposto de importação não incide sobre mercadoria
estrangeira objeto da perna de perdimento.
c) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica,
em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra
anteriormente importada e que se tenha revelado, após o desembaraço
aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava.
d) Não constitui fato gerador do imposto de importação a entrada de
mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária.
e) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira que tenha
sido objeto de apreensão na zona secundária.
21- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a
opção que contenha a seqüência correta:
( ) O ex-tarifário é um benefício fiscal que consiste na redução da alíquota do
imposto de importação incidente sobre bens de capital, informática e
telecomunicações que não tenham similar nacional. Se, durante o prazo de
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vigência do ex-tarifário, a indústria nacional passar a produzir um produto
abrangido pelo benefício, este será automaticamente cancelado, bastando que
seja realizada comunicação formal à CAMEX.
( ) O exame de similaridade é realizado pela SECEX nas situações em que
há o pleito de benefício fiscal pelo importador. Existem certas situações em que
é dispensado o exame de similaridade, como por exemplo, partes e peças
importados pelo usuário, na quantidade necessária e destinados,
exclusivamente, ao reparo ou manutenção de equipamento de procedência
estrangeira em funcionamento no País.
( ) No exame de similaridade efetuado são levados em consideração três
requisitos: qualidade, preço e prazo de entrega. Na comparação de preços
entre o produto estrangeiro e o produto nacional, ambos são considerados
líquidos de impostos.
( ) O fato gerador do imposto sobre produtos industrializados, na importação,
é o registro da declaração de importação.
a) VVFF
b) VVVF
c) FVVF
d) FVFF
e) FFFV
22- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a
opção que contenha a seqüência correta:
( ) Transporte Multimodal de cargas é aquele que, regido por um único
contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o
destino, e é executado sob a responsabilidade única de um Operador de
Transporte Multimodal.
( ) Os bens contidos em remessas postais internacionais estão sujeitos ao
regime de tributação simplificada quando seu valor não exceder a US$ 50,00.
( ) Na importação, o AFRMM – Adicional ao Frete para Renovação da
Marinha Mercante- incide sobre o valor CIF da carga desembarcada.
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( ) No caso de falta de mercadoria constante de documento de carga ou
equivalente, apurada pela autoridade aduaneira, considera-se ocorrido o fato
gerador na data do registro da D.I no SISCOMEX.
a) VFFV
b) VFVF
c) VVFF
d) FVVV
e) FVVF
23- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a
opção que contenha a seqüência correta:
( ) O regime de drawback é concedido pela SECEX e apresenta aspectos
semelhantes ao RECOF. Entretanto, o drawback não poderá, em qualquer
situação, ser concedido para operações sem cobertura cambial, ao passo que
não há essa restrição para o RECOF.
( ) O trânsito aduaneiro é o regime aduaneiro especial em que se permite o
transporte de mercadoria de um ponto a outro do território nacional com
suspensão tributária. Uma das modalidades de trânsito aduaneiro é o trânsito
de exportação, em que uma mercadoria procedente do exterior é transportada
do ponto de descarga no território aduaneiro até o porto seco onde ocorrerá
outro despacho.
( ) Em operações de trânsito aduaneiro, o transporte de mercadorias somente
poderá ser efetuado por empresas transportadoras previamente habilitadas
pela Receita Federal do Brasil.
( ) No regime de entreposto aduaneiro, não há constituição de Termo de
Responsabilidade e prestação de garantia para os tributos suspensos.
a) VVFF
b) VFVV
c) VFVF
d) FFVF
e) FFVV
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24- (Questão Inédita)- Assinale a alternativa incorreta:
a) A saída temporária de mercadorias da Zona Franca de Manaus, das Áreas
de Livre Comércio e da Amazônia Ocidental e sua readmissão serão feitas com
base em Declaração de Saída Temporária.
b) No regime aduaneiro especial de drawback ocorre o despacho para
consumo, ao contrário dos outros regimes aduaneiros especiais, em que se
realiza o despacho para admissão.
c) O regime de admissão temporária implica a reexportação da mercadoria com
isenção dos impostos que incidem sobre as exportações.
d) O regime de drawback é um regime aduaneiro especial cuja aplicação
envolve a suspensão, a isenção ou a restituição de tributos que incidem sobre
a importação de mercadorias empregadas no processamento de produtos a
serem exportados.
e) A passagem pelo território aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior
e a ele destinada, constitui modalidade de trânsito aduaneiro que somente
poderá ser concedida à mercadoria declarada para trânsito no conhecimento
de carga correspondente ou no manifesto ou documento equivalente do veículo
que a transportou até o local de origem do trânsito.
25- (Questão Inédita)- Analise os itens a seguir e atribua a letra (V) para as
assertivas verdadeiras e a letra (F) para as falsas. Em seguida, marque a
opção que contenha a seqüência correta:
( ) Os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, quando dela
saírem para qualquer outro ponto do território aduaneiro, estarão sujeitos ao
pagamento do imposto de importação referente ao valor integral da fatura
comercial.
( ) As mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus, quando
destinadas à comercialização em qualquer ponto do território nacional, estarão
isentas do IPI, desde que observado o processo produtivo básico.
( ) As importações efetuadas por empresa autorizada a operar em zonas de
processamento de exportação serão efetuadas com suspensão do pagamento
do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da
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COFINS - Importação, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e do
adicional ao frete para renovação da marinha mercante.
( ) Somente poderá instalar-se em zona de processamento de exportação a
pessoa jurídica que assuma o compromisso de auferir e manter, por ano-
calendário, receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no
mínimo, oitenta por cento de sua receita bruta total de venda de bens e
serviços.
a) VFVF
b) VFFF
c) FVVV
d) VVVV
e) FVFV