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POLTICAS PBLICAS EDUCACIONAIS

Vivemos em um momento histrico-social diferente, baseado em polticas e organizaes sociais que constituem hoje o panorama da nossa sociedade, e no podemos esquecer que a escola o compe. Assim, se a instituio escolar estiver sendo reformulada ou j se reformulou para corresponder perspectiva de novos modelos e para as novas tecnologias do sculo XXI, necessitar-se- verificar o que est por trs dessas polticas econmicas, ou seja, quem elas vm beneficiando. Com as novas exigncias inseridas no mercado de trabalho e consequentemente na escola, verificamos mudanas e redefinies quanto qualificao dos futuros profissionais. Assim, j percebemos, na escola, uma tendncia de formao voltada para: novos conhecimentos, destreza, habilidades cada vez mais conceituais e abstratas, flexibilizao no desempenho do profissional etc.Segundo Silva (1993), muitas vezes, por no percebermos as relaes entre educao e produo no trabalho numa perspectiva estrutural, temos dificuldades para analisar os efeitos das novas tecnologias nesse processo de trabalho e, portanto, na organizao do sistema educacional e no currculo. Ou seja, no decorrer das dcadas, por meio de vrias correntes tericas, intitulou-se a escola ora como um aparelho reprodutor do Estado, aquela que reproduzia a diviso social, ora como uma instituio que poderia possibilitar caminhos diferentes e - por que no dizer? - com o papel de transformadora.Sabemos que uma lei no consegue sozinha e de forma rpida descentralizar o ensino e fortalecer um municpio. Com o panorama mundial j descrito na Unidade 1, as reformas e polticas pblicas educacionais nos incitam a pensar sobre a questo da democratizao da escola, e, nessa expectativa, a gesto escolar, a formao inicial e continuada de professores, a participao da comunidade local e de entorno tm papel fundamental. A necessidade da participao da comunidade local e de entorno implica democratizar as decises, com aprimoramento nas relaes internas e externas, na estrutura e no funcionamento da instituio escolar, que deve estimar e fomentar a presena da comunidade.Voc acredita que esta uma tarefa fcil? Acima de tudo, esta uma tarefa poltica e social de longo prazo. Sabemos que a modificao de um paradigma nem sempre contempla o cotidiano escolar, por isso, consideramos que a concepo de gesto democrtica na educao ou mesmo o seu entendimento so conceitos que, sozinhos, no garantem a democratizao dos sistemas de ensino. Considerando que professores, diretores e coordenadores de escolas pblicas exercem suas profisses conforme o contexto no qual atuam e/ou em que so formados, h diferentes formas de interpretao desse conjunto de normas, constituindo, assim, um campo de tenso, com comportamentos como negligncia, aparncias, resistncias ou apenas o cumprimento formal das regras. Assim, muitas vezes, a escola ordenada por regulamentos e estatutos pode sofrer situaes de conflitos, e geralmente essa discusso est associada questo da violncia entre os alunos, entre estes e os professores, entre a direo e os alunos etc. Se pensarmos na sociedade atual, em que o individualismo e a concorrncia so caractersticas predominantes, ficar difcil concebermos um espao no qual a democracia efetiva, a participao e o dilogo sobrepujam. A escola deveria ser vista como um ambiente educativo, como um espao de formao, construdo pelos seus segmentos, um lugar em que a equipe escolar juntamente com os estudantes e seus familiares podem decidir sobre o trabalho pedaggico - dentro da escola - e aprender mais sobre a comunidade de entorno - fora da escola.

Anlise crtica da msica Comida Tits

Bebida gua!Comida pasto!

A correlao de bebida com gua e comida com pasto mostra que ns, o povo, vivemos como um bando de gado, ou seja, somos manipulados pela mdia e usados pelos fins capitalistas, tal como o boi que abatido para alimentao, sendo esta a sua nica finalidade. Assim, ns tambm, atravs dos nossos empregos, alimentamos a fome das grandes corporaes, dos bancrios e dos industriais. No precisamos pensar, at porque quem pensa questiona. Em suma, ganhamos para gastar, em um giro interminvel de capital. O pior que, geralmente, ganhamos menos para gastar mais.Voc tem sede de que?Voc tem fome de que?...Nesse ponto h um questionamento interessante, ao perguntar sobre a nossa sede e a nossa fome, a banda faz com que possamos refletir sobre a nossa prpria condio humana, ou seja, somos seres que desejamos mais, pois a nossa fome e a nossa sede nem sempre gerada por uma necessidade fisiolgica, como em um animal, mas tambm por uma razo moral e filosfica. Assim, temos sede de justia e fome de amor!.A gente no quer s comidaA gente quer comida

Diverso e arteA gente no quer s comidaA gente quer sadaPara qualquer parte...A fica claro que o povo no precisa somente de comida, mas tambm de outros alimentos, como a cultura, a diverso, a arte, o direito de ir e vir. Assim, um governo no pode achar que se der somente o po a populao ir satisfaz-la. Os romanos j sabiam que tambm precisamos do circo (risos). Claro que no queremos e nem devemos ser alienados, como acontece com o auxlio dos meios de comunicao e da mdia massiva. No entanto, somos seres humanos, mulheres e homens complexos, com sentimentos e emoes. No adianta termos a barriga cheia e a mente vazia. Precisamos de mais! Queremos mais para viver!.A gente no quer s comidaA gente quer bebida

Diverso, balA gente no quer s comidaA gente quer a vidaComo a vida quer...Novamente o apelo de que necessitamos muito mais do que a alimentao e a bebida, porque assim exige a complexidade da nossa condio humana. Queremos viver e no apenas sobreviver!.Bebida gua!Comida pasto!

Voc tem sede de que?Voc tem fome de que?...Questiona-se outra vez sobre o que precisamos alm da comida e da bebida, pois, (torno-me repetitiva, mas necessrio), somos pessoas, h um mundo dentro de cada ser humano. Temos necessidades fsicas, intelectuais, psicolgicas e espirituais.A gente no quer s comerA gente quer comer

E quer fazer amorA gente no quer s comerA gente quer prazerPr aliviar a dor...

Como homens e mulheres estamos sempre olhando para a linha do horizonte, buscando dar sentindo ao mundo ao nosso redor. Isso porque possumos a capacidade de raciocinar, o que faz com que no nos contentemos apenas em viver as nossas vidas de maneira simplria. Buscamos algo mais, alguma explicao ou algum sentido para tudo. Sempre foi assim, desde os primrdios. Posso ousar at dizer que Deus nasceu dessa necessidade fundamental. Essa caracterstica o que nos torna nicos no Universo, porque temos em ns mesmos um Universo inteiro. Assim, no nos satisfazemos apenas em comer o po de cada dia, queremos experimentar novos sabores, testar o nosso paladar e os nossos limites. Freud j dizia que todos ns estamos em busca do prazer primal, reprimido pelas Instituies sociais, tais como a escola, a famlia e a religio. Assim, sentir prazer uma necessidade humana, o que nos alivia da dor de sermos humanos. Claro que esse prazer deve ser algo que gere prazer, como comer uma barra de chocolate ou estar em um momento ntimo com quem se ama, (lembrando que no me refiro somente ao prazer sexual), assim, no podemos passar desenfreadamente por cima de dados princpios para termos satisfao. Por exemplo, algum pode sentir prazer em matar outra pessoa, mas bvio que isso algo errado, que no se deve fazer. Assim, pode-se utilizar justificativas religiosas, ticas, sociais e enfim. O que sei que o meu direito termina onde comea o seu e o meu prazer no seria pleno se fosse prejudicar o de outro algum.

A gente no querS dinheiro

A gente quer dinheiroE felicidadeA gente no querS dinheiroA gente quer inteiroE no pela metade...Dinheiro no tudo, essa frase clich, mas significa basicamente que h muito mais coisas no mundo de que necessitados do que o dinheiro pode comprar, como a prpria felicidade. Claro que melhor chorar deprimida em uma limusine do que em um nibus lotado, mas, apesar de poder comprar o mdico, a grana no compra a sade. Compra o sexo, mas no o amor. Compra o livro, mas no a inteligncia. Compra a casa, mas no o lar. Dessa forma, temos que ter o dinheiro para suprir as nossas necessidades materiais, mas isso s a metade, j que tambm precisamos do equilbrio emocional, da paz interior e da felicidade. Enfim, do po que nos alimente o corpo e daquele que nos alimente a alma.

Diverso e artePara qualquer parte

Diverso, balComo a vida querDesejo, necessidade, vontadeNecessidade, desejo, eh!Necessidade, vontade, eh!Necessidade...A letra da composio finaliza explorando essa caracterstica humana fascinante: a de desejar mais, a da vontade, a da necessidade. Pois diferente do boi que se contenta com a gua e o pasto, a gente no quer s bebida, a gente no quer s comida...