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Representantes do poder público e da iniciativa privada buscaram meios de reduzir os preços. Da esq. para a dir., Marcelo Costa (Ministério do Turismo); Eduardo Sanovicz (Abear); Dep. Renato Molling (presidente da CTur); Cristian Vieira dos Reis (Anac) e Maria Inês Dolci (Proteste) Informativo da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados ano 1 - nº 2 - Brasília, 7 de maio de 2014 A Comissão de Turismo, presidida por Renato Molling (PP-RS), realizou audiência pública para discutir os preços das passagens aéreas no Brasil. Participaram do evento o gerente de análise estatística e acompanhamento do mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cristian Vieira dos Reis, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, e o diretor de produtos e destinos do Ministério do Turismo, Marcelo Lima Costa. O diretor da Anac, Cristian Reis, enfatizou a desregulamentação do setor e a livre concorrência no transporte aéreo. Ele lembrou que o Estado não mais interfere no regime de competição das empresas, resultando no aumento da demanda e no crescimento da oferta. “O que antes era um transporte de elite transformou-se em transporte de massa”, disse ele. Já o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, lembrou que, antes de 2002, os diversos serviços oferecidos pelas empresas aéreas estavam incluídos no preço “e se pagava caro por isso”. Sanovicz explicou que o preço médio da passagem pode baixar ainda mais, mas afirmou que “esse não é um debate simples, é um debate que necessita do Parlamento.” Os efeitos positivos da redução de tributos foram citados por ele, que deu como exemplo o vertiginoso aumento de voos no DF. A agenda de competitividade da aviação brasileira, segundo Eduardo Sanovicz, inclui a equiparação dos preços e da tributação do querosene de aviação em nível nacional, a regulamentação trabalhista dos aeronautas e a equiparação da incidência de tributação das empresas aéreas aos parâmetros internacionais, além da implantação das propostas das empresas aéreas para a infraestrutura física e tecnológica dos aeroportos novos e dos já existentes. Maria Inês Dolci, da Proteste, descreveu os grandes problemas para o consumidor: serviço caro, ruim e inseguro; abusos nos programas de milhagem; os aeroportos brasileiros, que, segundo pesquisa da Proteste, estão entre os piores do mundo. Ela também criticou a reserva de mercado aéreo e o custo dos insumos, que impactam fortemente a situação financeira das empresas. O melhor, diz ela, seria discutir e solucionar o problema, em vez de suprimir serviços. Marcelo Costa, do Ministério do Turismo, disse que o preço não é o foco principal da ação do Ministério, e sim promover o turismo, interno e externo. Ele lembrou que o Brasil é muito pouco competitivo em termos de precificação do turismo, e algumas medidas CHECK-IN CTur precisam ser tomadas nesse sentido. Para o deputado Renato Molling a audiência pública foi positiva: “As exposições foram excelentes, bem práticas e transparentes, e isso é fundamental. O evento, transmitido pela TV Câmara, permite que novos questionamentos surjam; por isso a importância desse diálogo, contribuindo para que cada vez mais tenhamos preços melhores na prestação dos serviços de transporte aéreo”. Comissão de Turismo Discute Preços das Passagens Aéreas . CTur faz visita técnica a Curitiba . Valadares Filho: Turismo Regional pág. 2 . As expectativas turísticas dos centros de treinamento pág. 3 . Deputado Cadoca : Visto Eletrônico é prático e moderno pág. 4 TURISMO COMISSÃO DE

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Representantes do poder público e da iniciativa privada buscaram meios de reduzir os preços. Da esq. para a dir., Marcelo Costa (Ministério do Turismo); Eduardo Sanovicz (Abear); Dep. Renato Molling (presidente da CTur); Cristian Vieira dos Reis (Anac) e Maria Inês Dolci (Proteste)

Informativo da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados ano 1 - nº 2 - Brasília, 7 de maio de 2014

A Comissão de Turismo, presidida por Renato Molling (PP-RS), realizou audiência pública para discutir os preços das passagens aéreas no Brasil. Participaram do evento o gerente de análise estatística e acompanhamento do mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cristian Vieira dos Reis, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, e o diretor de produtos e destinos do Ministério do Turismo, Marcelo Lima Costa.

O diretor da Anac, Cristian Reis, enfatizou a desregulamentação do setor e a livre concorrência no transporte aéreo. Ele lembrou que o Estado não mais interfere no regime de competição das empresas, resultando no aumento da demanda e no crescimento da oferta. “O que antes era um transporte de elite transformou-se em transporte de massa”, disse ele. Já o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, lembrou que, antes de 2002, os diversos serviços oferecidos pelas empresas aéreas estavam incluídos no preço “e se pagava caro por isso”.

Sanovicz explicou que o preço médio da passagem pode baixar ainda mais, mas afirmou que “esse não é um debate simples, é um debate que necessita do Parlamento.” Os efeitos

positivos da redução de tributos foram citados por ele, que deu como exemplo o vertiginoso aumento de voos no DF. A agenda de competitividade da aviação brasileira, segundo Eduardo Sanovicz, inclui a equiparação dos preços e da tributação do querosene de aviação em nível nacional, a regulamentação trabalhista dos aeronautas e a equiparação da incidência de tributação das empresas aéreas aos parâmetros internacionais, além da implantação das propostas das empresas aéreas para a infraestrutura física e tecnológica dos aeroportos novos e dos já existentes.

Maria Inês Dolci, da Proteste, descreveu os grandes problemas para o consumidor: serviço caro, ruim e inseguro; abusos nos programas de milhagem; os aeroportos brasileiros, que, segundo pesquisa da Proteste, estão entre os piores do mundo. Ela também criticou a reserva de mercado aéreo e o custo dos insumos, que impactam fortemente a situação financeira das empresas. O melhor, diz ela, seria discutir e solucionar o problema, em vez de suprimir serviços.

Marcelo Costa, do Ministério do Turismo, disse que o preço não é o foco principal da ação do Ministério, e sim promover o turismo, interno e externo. Ele lembrou que o Brasil é muito pouco competitivo em termos de precificação do turismo, e algumas medidas

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precisam ser tomadas nesse sentido.Para o deputado Renato Molling

a audiência pública foi positiva: “As exposições foram excelentes, bem práticas e transparentes, e isso é fundamental. O evento, transmitido pela TV Câmara, permite que novos questionamentos surjam; por isso a importância desse diálogo, contribuindo para que cada vez mais tenhamos preços melhores na prestação dos serviços de transporte aéreo”.

Comissão de Turismo Discute Preços das Passagens Aéreas

. CTur faz visita técnica a Curitiba

. Valadares Filho: Turismo Regional

pág. 2

. As expectativas turísticas dos centros de

treinamentopág. 3

. Deputado Cadoca : Visto Eletrônico é prático e

moderno pág. 4

TURISMOCOMISSÃODE

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PIN

G-P

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Deputado, como defensor do desenvolvimento do turismo regional, o senhor pode falar um pouco sobre os benefícios que o segmento turístico pode proporcionar?

Quando desenvolvido de forma sustentável, o turismo regional pode contribuir de várias formas para o desenvolvimento econô-mico e social de uma comuni-dade. Ele gera oportunidades de emprego e de novos negócios, promove a integração e a partici-pação social, além de contribuir para a erradicação da pobreza.

O turismo regional é um segmento que tem grande potencial, mas en-frenta alguns problemas para se desenvolver. O senhor pode citar alguns desses problemas?

O principal entrave é, sem dúvida, a questão da logística. O Brasil, com suas dimensões continentais, não conta com aeroportos regionais de qualidade, com voos regulares inter-ligando o país. Também não se pode contar com uma boa malha rodoviá-ria. Outra questão é a baixa qualidade dos serviços oferecidos ao turista; à medida que o destino turístico se dis-tancia dos grandes centros urbanos, a qualidade dos serviços vai caindo.

Esses problemas, de certo, têm im-plicações negativas para o desen-volvimento do turismo. Quais são

MEMBROS da Comissão de Turismo – CTURPresidente:

Presidente: Renato Molling (PP/RS) 1º Vice-Presidente: Vilalba (PP/PE) 2º Vice-Presidente: Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB/PE) Membros - PT: José Airton (CE) Luci Choinacki (SC) Luiz Sérgio (RJ) Paulo Pimenta (RS) Policarpo (DF) PMDB: Aníbal Gomes (CE) Fabio Reis (SE) Geraldo Resende (MS) Hermes Parcianello (PR) Marllos Sampaio (PI) Pedro Chaves (GO) PSDB: Andreia Zito (RJ) Nilson Leitão (MT) Silvio Torres (SP) PSD: Danrlei de Deus Hinterholz (RS) José Carlos Vieira (SC) Roberto Santiago (SP) PP: Renato Molling (RS) Renzo Braz (MG) Roberto Britto (BA) Vilalba (PE) PR: Dr. Paulo César (RJ) José Rocha (BA) Magda Mofatto (GO) PSB: Abelardo Camarinha (SP) Alexandre Roso (RS) Alexandre Toledo (AL) Valadares Filho (SE) DEM: Professora Dorinha Seabra Rezende (TO) SD: Benjamin Maranhão (PB) Bloco PV, PPS: Rubens Bueno (PR) PROS: Zé

Vieira (MA) PCdoB: Carlos Eduardo Cadoca (PE) PSC: Lauriete (ES) PTdoB: Rosinha da Adefal (AL)

TURISMO REGIONAL: FATOR DE DESEN-VOLVIMENTO ECONÔMIVO E SOCIAL

as principais implicações?

A principal delas é que a falta de lo-gística aumenta o custo e o tempo para o turista que quer visitar locais no interior do país. O alto custo, aliado à falta de qualidade dos ser-viços, é um desestímulo ao turista.

Na sua avaliação, o que se pode fazer para fomentar o desenvolvi-mento do turismo regional?

Como parlamentar e membro da Comissão de Turismo, proponho a realização de audiência pública para promover um amplo deba-te com os atores envolvidos a fim encontrar formas criativas de su-perar esses problemas e formular novas políticas públicas para esse importante segmento turístico.

Presidente da CTur inspeciona Arena da Baixada

Uma comitiva formada por membros das comissões de Turismo (CTur) e do Esporte (Cespo) da Câmara dos Deputados, bem como da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal, fez uma visita de inspeção à Arena da Baixada, em Curitiba, com vistas à Copa do Mundo de 2014.

A comitiva ouviu o tanto o arquiteto responsável e como o engenheiro

coordenador da obra a respeito do investimento, do estádio e dos legados pós-Copa do Mundo. Todos inspencionaram o gramado, as arquibancadas e outras dependências, além dos arredores – a praça e as ruas próximas à Arena da Baixada.

A comitiva também visitou as obras de mobilidade urbana e inspecionou o aeroporto Afonso Pena, onde foi informada sobre como a

capital do Paraná vem se preparando para receber os turistas durante a Copa do Mundo. Os parlamentares fizeram um tour de ônibus pelo canteiro de obras do aeroporto.

Integraram a comitiva os deputados Renato Molling (PP/RS), presidente da comissão; Rubens Bueno (PPS/PR), Valadares Filho (PSB/SE) e Danrlei de Deus Hinterholz (PSD/RS).

CTu

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Deputado Valadares Filho (PSB-SE)

A Arena da Baixada é um dos estádios que exigiram menos gastos para sua preparação e está em local privilegiado na capital paranaense

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Comissão de Turismo entrevista responsáveis por centros de treinamento (CTs)

Na edição anterior, a Comissão de Turismo começou a entrevistar os responsáveis pelos centros de treinamento (CTs) espalhados pelo Brasil que receberão os times que vão disputar a Copa do Mundo. Nesta edição, vamos saber como as cidades de Mogi das Cruzes (SP) e Curitiba (PR) estão se preparando para receber as equipes que ficarão baseadas nessas duas localidades. A equipe da Bélgica utilizará um CT em Mogi das Cruzes, e a da Espanha usará as instalações disponibilizadas na capital paranaense.

O que muda na sua cidade, em termos turísticos, com a chegada de um time estrangeiro participante da Copa do Mundo?

Mogi das Cruzes: Há uma expectativa dos empresários e da prefeitura de receber um número considerável de turistas. Para uma melhor hospitalidade, prefeitura e empresários estão programando diversas ações na cidade. Muitas delas já fazem parte do calendário da cidade, e outras estão sendo trabalhadas em parceria, como o Festival da Cerveja Belga, já que a cidade receberá a Bélgica. Além de torcedores e da imprensa belga, Mogi está sendo procurada por turistas de outros países, pois apresenta uma grande facilidade de acesso ao aeroporto de Guarulhos, excelentes vias de acesso e hospedagem.

Paraná: A cosmopolita capital paranaense, característica herdada dos imigrantes que a colonizaram, vai acolher times de cinco continentes diferentes - América, África, Europa, Ásia e Oceania. Em Curitiba jogam as seleções da Espanha, atual campeã do mundo, Irã, Nigéria, Honduras, Equador, Austrália, Argélia e Rússia, e a expectativa dos paranaenses é muito positiva. Exemplo disso é que, na primeira fase da venda de ingressos para a Copa, a capital paranaense ficou em terceiro lugar no ranking de maior procura para assistir aos jogos do mundial. Ficamos atrás somente de São Paulo, que realizará a abertura da Copa, e do Rio de Janeiro, responsável pela grande final. Também haverá mudanças significativas no atendimento aos visitantes por meio do programa de qualificação profissional, empresas mais preparadas, melhoria dos atrativos

turísticos e das estruturas de recepção turística. Tudo isso resulta em desenvolvimento econômico e social.

Qual a destinação dos CTs depois da Copa do Mundo? Os turistas que visitarem sua cidade poderão desfrutar dessas instalações?

Mogi das Cruzes: O centro de treinamento será do próprio hotel. Já existia, e acredita-se que poderá ter maior procura após a Copa. Na cidade não haverá nenhuma instalação permanente para atender a Copa. Será usado o que já existe.

Paraná: Os centros de treinamento pertencem a clubes de futebol e manterão suas atividades rotineiras. Até o momento a informação é que não serão abertos para visitas turísticas, mas os estádios situados na capital paranaense serão abertos a visitações mediante agendamento.

A sua cidade espera receber mais visitantes nacionais e estrangeiros a partir da estada de um time de futebol participante da Copa do Mundo, depois do evento?

Mogi das Cruzes: Esperamos que sim, pois há alguns anos a cidade vem investindo no turismo em áreas naturais, seja turismo de aventura, ecoturismo ou turismo rural. A proximidade com a capital, cerca de 50km, facilita muito o deslocamento até Mogi.

Paraná: Vale ressaltar que a Copa é um evento que impacta antes, durante e depois de sua realização. Houve uma sensibilização muito grande com a campanha “Paraná Prazer em Conhecer”, sendo que um dos produtos foi um vídeo que destaca através de imagens aéreas e terrestres os nossos

atrativos turísticos, a gastronomia e nossa cultura. Em 2013, o Paraná recebeu 13,8 milhões de visitantes, sendo aproximadamente 10% de estrangeiros. Segundo a previsão do Ministério do Turismo, estima-se que, no período da Copa, virão para Curitiba 507 mil turistas, e destes, 101 mil serão estrangeiros. O aumento no número de turistas, o tempo de permanência do visitante, o valor do gasto médio e a mídia espontânea gerada por si só já seriam suficientes para um grande incremento na nossa economia. Mas há outros legados que impactam direta e indiretamente em nosso crescimento econômico, como a qualificação profissional, a melhoria dos atrativos turísticos e das estruturas de recepção turística.

Se a Secretaria de Turismo do município pudesse mudar algum aspecto dos preparativos para receber os estrangeiros, qual seria ele?

Mogi das Cruzes: Investir em mais infraestrutura turística na cidade, como, por exemplo, na implantação do Trem Turístico das Flores, projeto que já está em andamento, mas ainda não houve a manifestação do Ministério do Turismo, já que se trata de investimento alto. Esse projeto encontra-se cadastrado desde 2009.

Paraná: A Paraná Turismo é uma autarquia da Secretaria Estadual do Esporte e do Turismo, e podemos afirmar que estamos preparados para receber os visitantes com qualidade e bom atendimento. Sejam todos bem-vindos ao Paraná.

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EXPEDIENTE

A 12ª edição do Fórum Panrotas – o principal fórum de debates do turismo brasi-leiro – foi realizada no Cen-tro Fecomercio de Eventos em São Paulo nos dias 01 e 02 de abril para debater os rumos do setor, assim como consolidar o networking de líderes, formadores de opi-nião e profissionais do setor turístico. Foram realizados painéis, apresentações e de-bates entre os participantes sobre os temas mais urgen-tes do turismo brasileiro.

O 12º Fórum Panrotas também foi, para o setor, uma oportunidade de apre-sentar suas reivindicações. Entre elas, estão a ampliação da malha aérea, a promoção doméstica e internacional, a facilitação de obtenção de vistos para estrangeiros e a contratação do trabalho de curta duração. Essas reivin-dicações se apoiam na força de sólidos indicadores: 994 mil empregos diretos, 1 mi-lhão e 500 mil empregos in-diretos, 450 mil empresas e 25 bilhões de reais de tribu-tos recolhidos anualmente.

O 56º Conotel, realizado em São Paulo entre 09 e 11 de abril, privilegiou o tema “A Nova Hotelaria a Partir do Hóspede”. O encontro reuniu profissionais do setor hoteleiro de todo o Brasil, que ouviram dos vinte pales-trantes detalhes da grandio-sidade das perspectivas de investimento e crescimento dos setores de hotelaria e ali-mentação no Brasil, tendo em vista eventos marcantes como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Presidente: Renato Molling (PP/RS) 1º Vice-Presidente: Vilalba (PP/PE) 2º Vice-Presidente: Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB/PE) Secretária Executiva: Ana Katia Martins Bertholdo Corpo Técnico: Camila Rodrigues Henning, Cláudia Neiva Peixoto, Estefânia de Castro Diniz, Kesia Virginia Bezerra de Lima, Lia Drumond Cavalcante Chagas, Ronaldo Santiago. Jornalista responsável: Claudio Lessa. Programação visual: Akimi Watanabe Diagramação: Camila Rodrigues Henning. Revisão: Ronaldo Santiago. Impressão: Decom. Tiragem: 500 exemplares. Endereço Câmara dos Deputados Anexo II, Ala A, Sala 5, térreo. Telefones: (61) 3216-6831/32/33/34/36/37/38. Fax: (61) 3216-6835. E-mail: [email protected]. Endereço eletrônico da Comissão de Turismo http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ctur

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Turismo e tecnologia. A parce-ria está muito perto de se consolidar no Brasil. O Senado aprovou no dia 8 de abril projeto de minha autoria que permite a emissão do visto pela internet para turistas estrangeiros. A tramitação foi demorada. Diversas e árduas discussões ocorreram, mas chegamos a um entendimento com o governo. Só falta a sanção presiden-cial para o país ganhar uma nova lei.

Estou otimista. O novo proce-dimento da emissão do visto é uma alternativa ao sistema tradicional. Pela sua extrema praticidade, pode trazer um rápido e positivo impac-to sobre o turismo. Se temos condi-ções de realizar transações bancá-rias, fazer compras e utilizarmos de uma série de outros serviços pela internet, por que não emitir o visto?

O Itamaraty resistiu, mas depois entendeu, enfim, que o visto eletrônico é viável e seguro. Quando apresentei a proposta, o sistema era inédito. Ne-nhum outro país adotava essa prática, mas o México saiu na nossa frente e já conta com esse recurso. O Brasil, por sua vez, poderá lançar mão desse ins-trumento importantíssimo para tentar melhorar a sua performance no ranking da captação do turismo internacional.

O país passou dez anos con-gelado na marca de cinco milhões de turistas estrangeiros. Números da Embratur revelam que em 2013 a es-tatística melhorou um pouco, quan-do passamos a marca de seis milhões de visitantes. A Embratur e o trade comemoram, mas, convenhamos, ainda é um número muito baixo.

Visto eletrônico: prático e moderno

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Dados da Organização Mun-dial do Turismo de 2012 mostram o tamanho do desafio para virar esse jogo. Recebemos naquele ano 5,2 milhões de visitantes, o que nos projetou para o 45° lugar no ranking mundial. O primeiro lugar, disparado, é da França (83 milhões). Os Estados Unidos re-ceberam 62,7 milhões, China 57,7 milhões, e Espanha 57,1 milhões. O México, que já tem o visto ele-trônico, 23,4 milhões. Temos, por-tanto, um longo caminho até lá.

Cabe a pergunta: o que é que está errado? Por que estamos com resultados tão acanhados? O Bra-sil tem problemas estruturais gra-ves, que contrastam negativamente com a situação de outros destinos. Também não se coloca com ousadia como produto no mercado interna-cional, mas, no outro lado da balan-ça, pontuamos em outros requisitos. O Brasil já deu passos importantes na questão da infraestrutura, é um país belo, com uma riqueza cultural extraordinária, um povo alegre, aco-lhedor e uma diversidade invejável. O potencial, sabemos, é enorme.

O projeto de lei pode ajudar a reverter a situação porque também permite a dispensa da exigência do visto de turistas e de vistos tempo-rários para estrangeiros em viagens de negócios. A mesma regra vale-rá para artistas e desportistas, des-de que o país de origem garanta o mesmo benefício aos brasileiros. O Brasil passará a conceder visto em qualquer documento de viagem que siga os padrões da Organiza-ção da Aviação Civil Internacional.

Lamentavelmente, o vis-to eletrônico não deverá ser via-bilizado até a Copa do Mundo, mas a nossa expectativa é a de que esteja disponível até o final do ano. A contagem regressiva já começou. Aos visitantes es-trangeiros, nossas boas-vindas.

Deputado Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB - PE)