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Na capa - Fotografia da Comissão Comissão Comissão Comissão Coordenadora do CapítuloCoordenadora do CapítuloCoordenadora do CapítuloCoordenadora do Capítulo: Ir. Jaci Dutra Pessoa (Presi-dente) e Irmãs Teresa López, Maria Lúcia Ferreira Soares, Ada Tavilla e Margarida Adelai-de Kundjutu.

É quase diário o ritmo do que nos chega do Capítulo Geral. São as ‘actas’... são as orações... são as fotogra-fias... De tudo nos fazem ‘comungar’. OBRIGADA! E vamos deitando contas aos dias que faltam para nos ser transmitido o que viveram e o que Deus quer que vivamos todas. Para já... fizemos um

INQUÉRITO RELÂMPAGO:

Que expectativas têm despertado

as notícias vindas do Capítulo Geral?

E recebemos estas respostas:

Maior exigência de renovação interior; abertura a novas missões apostólicas; possibilidade de viver um estilo de vida comunitária mais evangélica; revisão de obras. Interesse, entusiasmo, curiosidade, alegria e muita esperança no futuro. E ainda GRATIDÃO para com o Senhor Jesus que conduz os caminhos da Congregação e da Igreja como Ele quer. A nós pede abertura ao seu Espírito e muita cria-tividade na responsabilidade na nossa missão de Doroteias, para sermos profetas e resposta ao mundo de hoje. Um Bem haja a todas as Capitulares pela disponibilidade e fidelidade ao Espírito Santo.

As Expectativas são de esperança, de abertura ao Mundo de hoje, de reencontro do sentido da nossa vida... É o Espírito Santo que nos conduz e nos abre um caminho "novo". Somos TODAS chamadas a deixar-nos renovar, "transformar" por dentro para viver o essencial - na Fé.

A confirmação de que o Espírito Santo está bem presente e que as nossas "talhas" aguardam, num desejo de maior disponibilidade, o "VINHO NOVO"! As decisões do Capítulo para o próximo sexénio serão, com certeza, queridas por Deus, pelas muitas e variadas ora-ções que cada Província ou região tem orientado, e pela reflexão que têm feito a partir do variado leque de pessoas com quem se têm encontrado.

Tem despertado interesse, maior consciência de que o Capítulo é nosso, cria comunhão, mais oração. Sentimos alegria, e do nosso coração brotam sentimentos de Gratidão, pela docilidade, disponibilidade e fidelidade das Irmãs ao Espírito Santo. A ELE confiamos todo o trabalho. Estamos abertas às maiores esperanças do nosso mun-do...e aos desafios da missão da Doroteia hoje.

Uma expectativa carregada de esperança. As notícias vindas do Capitulo têm despertado em nós a Esperança de um maior dinamismo de todas e cada uma à desinstalação e ao saber dar a vida até ao fim; de um resgate do nosso ser feminino, no melhor que ele é; de uma maior abertura à Juventude e ao acolher a vida nova; de um renovado entusiasmo a viver a fraternidade; de nos cen-trar no essencial, “priorizando” o nosso Ser Doroteias; de nos ensinar a criar um estilo de vida onde as de mais idade se sintam em missão e as mais novas não sejam abafadas no fazer.

A minha expectativa corresponde à pergunta: quando regressarem às respectivas realidades como encontrar respostas às exigências que se prevêem? Viveram num clima em todos os aspectos privilegiado e depois?... O Capítulo tem sido feito com uma análise profunda e muito actual dos tempos que vivemos, e por isso as conclusões devem-nos satisfazer, embora possam exigir alguns sacrifícios.

Desperta: Proximidade e comunhão.

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Viver com mais radicalidade o Evangelho, hoje. Exigência na busca de Deus, para discernir a sua Vontade. Viver com mais seriedade as nossas relações fraternas. Mais Comunhão na diversidade. Uma espiritualidade mais envolvida no quotidiano.

Uma grande ESPERANÇA de maior revitalização para toda a Congregação. Novidade deste moderno meio de comunicação; esperança num futuro de mais coerência; sentimento de união; gosto de se ir acompanhando com mais interesse e, portanto, rezar melhor pelo Capítulo Geral; actualização diária através dos Noticiários (conhecimento e comentários provocados).

As notícias deixam prever que carecemos de deixar Deus tranformar-nos/converter-nos, único modo de que dispomos para nos podermos tornar tão aptas quanto o Senhor Jesus quer, e podermos saborear quanto do Capítulo nos for enviado. Ao som das badaladas de S. Pedro as notícias vão chegando, e com elas sentimos que o Espírito Santo está activo e a tocar os corações das Capitulares. Temos acompanhado com interesse tudo o que nos chega, e tudo é colocado nas mãos de Paula, de Maria e do nosso Bom Deus. Sentimo-nos em comunhão, e até parece que estamos em terras romanas. Bem hajam pelo trabalho realizado, pela partilha e por tudo quanto nos vai chegando. Aguardamos ansio-samente o vinho novo que derramarão nas nossas bilhas vazias. Em Viseu, cada semana, vamos “copiando” o que vemos e lemos na Internet. À sexta-feira, na hora do encontro comunitário, juntamo-nos na mediateca do Colégio. Ali, todas podemos ver, apreciar, comentar, rezar… os textos e imagens do XX Capítulo Geral transformados em PPS com a ajuda de uma professora do Colégio. Tem sido muito pro-veitoso e agradável poder acompanhar assim o desenrolar do Capítulo. Alegria de nos sentirmos mais próximas pelo que nos permitem as técnicas de hoje. Sentimo-nos a viver também em Capítulo...

Uma maior exigência pessoal e Comunitária que torne credível a nossa acção apostólica, hoje. Tudo o que nos tem chegado leva-nos a querer transformar a água das nossas “talhas” em vinho novo. Maior abertu-ra a Deus, ao mundo e a tudo o que nos rodeia e nos faz viver o nosso Carisma com uma densidade maior. Grande interpelação à vida comunitária em relações fraternas.

Uma entrevista surpresa...Uma entrevista surpresa...Uma entrevista surpresa...Uma entrevista surpresa...

CONVERSANDO COM… BERNADETE TIONG

A Irmã Maria Antónia Marques Guerreiro entrevistou a Irmã Bernadete, Júnior da Ásia, que já ‘conhece-mos’ através da Rositta...

A Irmã Bernadete chegou a Roma no dia 5 de Outubro, com as outras duas Irmãs das Filipinas: Rosit-ta e Celia Agius Vadalà. Integra a equipa de apoio mas não participa no Capítulo. A maior presença é nas refeições. Acompanha-nos também quando saímos: foi connosco a Subiaco, foi com as portugue-sas e mais algumas (Filipinas, USA…) à Eucaristia nas “Camerette” de Santo Inácio, no domingo pas-sado, quando o P. Carlos Carneiro celebrou lá para o nosso grupo, etc.

Desde que a conheci, ao chegar a Roma, que um grande carinho me fez olhar para esta primeira vocação da Malásia com uma profunda gratidão ao nosso Deus sem fronteiras no seu infinito Amor!

Simpática, acolhedora e atenta, com um sorriso sempre aberto, aprendendo, com facilidade e gosto, algu-mas expressões das várias línguas das Capitulares, é uma presença que nos fala dessa Ásia distante no mapa mas próxima no coração. Várias vezes fomos trocando algumas palavras, e… lembrei-me de lhe fazer uma entrevista simples para o nosso “Doroteias”. Falei à Rositta, que se riu e me disse: Se conseguires, as Irmãs vão gostar!... – E, ontem à noite, finalmente, consegui, recorrendo à ajuda da Irmã Celia: foi uma ajuda pre-ciosa para as duas, já que o inglês não é o meu forte.

Foram perguntas simples as que lhe fiz… e aí vai o que recolhi, e fala um bocadinho desta Júnior de quem se

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gosta… tão facilmente: uma Doroteia simples e alegre, como Paula nos quer.

Maria Antónia - Qual a frase de Santa Paula de que mais gosta?

Bernadete - (Resposta imediata) Vontade de Deus, és o meu Paraíso!

MA - Um valor da sua cultura, mais relevante, e que lhe fale especialmente?

B - O respeito de uns pelos outros na família, sobretudo pelos mais velhos. E, sorrindo, acrescentou: … mes-mo quando eles não são muito bons para nós, mas deram-nos muito!

MA - Como foi a descoberta da vocação?

B - Numa ocasião em que estive doente e pensei a sério no que Deus queria de mim. Na minha cultura, aos 23 anos é altura de uma decisão. Há tempos que percebia que o Senhor me chamava à vida consagrada, mas receava não ter coragem para deixar tudo e, sobretudo, para deixar a minha mãe sem o meu apoio: enviuva-ra, e era eu que a ajudava no trabalho com que sustentava a família; tenho mais uma irmã e dois irmãos. Ia-me questionando mas… esperava para ver se aparecia um rapaz com quem me viesse a casar! Entretanto, ia oferecendo a vida a Jesus, num processo de discernimento. Na doença, Ele empurrou-me! Falei à minha mãe, que me respondeu: Vai, filha. Deus providenciará! A fé da minha mãe foi um impulso muito forte.

(As nossas Irmãs confirmam que a Mãe da Bernardete é uma mulher de grande fé, de muito boa cepa, como diríamos em Portugal).

MA - Como conheceu as Doroteias?

B - Através do amigo de um dos meus irmãos, que se foi despedir da minha família, quando partia para um Seminário, em Taiwan. Ele perguntou quem queria, como ele, consagrar-se inteiramente ao Senhor… e os irmãos apontaram para mim! Pedi-lhe que me informasse de algumas Congregações que ali encontrasse e, através da nossa Irmã Catherine Mui, Deus abriu-me caminho.

Já lá vão 10 anos, e sou uma Doroteia muito feliz. Quando era postulante, vim a Roma com as Irmãs de Tai-wan. Junto de Santa Paula, tive uma grande confirmação. Comovi-me muito, então. Mas, hoje, a minha vocação está muito mais confirmada. Que alegria me dava perceber, no abraço e no carinho das Irmãs que iam chegando para o Capítulo, essa Família que somos! Dizia para comigo mesma: Esta é mesmo a minha Família – tantas Irmãs, vindas de tantas partes do mundo, mas o espírito é o mesmo!

Referiu-se ainda, na outra vinda à Europa, ao encontro em Malta com a Madre de Piro. O seu sorriso a aco-lhê-la, muito carinhosa e materna. Reparou que na secretária da M. de Piro estava uma fotografia dela e ficou feliz… Era como uma bênção! Recorda-a como a “fundadora da Ásia”, com gratidão.

Finalmente, como a Irmã Rositta é da Província Portuguesa, perguntei-lhe:

MA - Que quer mandar dizer às Irmãs de Portugal?

B - (Pensou um bocadinho e afirmou, com simplicidade) Precisamos muito da Irmã Rositta nas Filipinas. Gos-tamos muito de que ela lá esteja, é amiga e ajuda muito a todas! São precisas mais Doroteias que vão até lá… É a ÁSIA a chamar! (e os seus olhos brilhavam tanto como o seu sorriso luminoso).

B - Que Deus abençoe todas as Irmãs! Na minha família, todos repetiam este desejo de bênção uns aos outros. Gosto de manter este costume…

MA - Que Deus nos abençoe a todas, em Paula!

Pastoral JuvenilPastoral JuvenilPastoral JuvenilPastoral Juvenil

PRIMEIRO ENCONTRO DE JOVENS VOLUNTÁRIOS EM MISSÃO - AGOSTO DE 2010, ANGOLA

Irmã Maria da Conceição Oliveira

Os jovens foram chegando dos vários locais de origem à Casa Provincial, em Lisboa; pelas 11h15m o grupo estava reunido para dar inicio às actividades programadas para este dia.

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Começou-se por uma breve apresentação: apesar de alguns jovens se conhecerem, o grupo em si era desco-nhecido. Cada jovem foi convidado a dizer o seu nome, de onde vinha, uma qualidade que o caracterizava e qual a sua motivação para fazer voluntariado. É de salientar que as qualidades mais repetidas foram: dispo-nibilidade, alegria e capacidade de doação. Os jovens foram convidados a ser avaliadores das motivações, expectativas e o que se tem para oferecer à missão, dos candidatos ao voluntariado, a partir da síntese das suas fichas de inscrição. De seguida foram distribuídos em grupos. Cada um foi trabalhar a síntese de um dos aspectos mencionados. Foi interessante ver que todos os jovens se identificaram com os textos distribuídos. No final do almoço partilhado juntaram-se no jardim para aprender a fazer terços. Foi um momento interes-sante de interacção entre os que ensinavam e os que aprendiam. Pelas 15h apresentaram-se algumas das características de Santa Paula e, consequentemente, das Irmãs Doroteias, em que se salientou: Ser simples; Ser relação; Ser dom; Ser facho e, finalmente, “Ser-Palavra-Acção” que devem ser a identidade dos jovens voluntários. Para que estas características façam parte do dia-a-dia da vida é preciso Ser contra-corrente. Nos trabalhos de grupo pedia-se aos jovens que descobrissem comportamentos que ajudem a viver isto no nosso quotidiano. Foram apresentados os Critérios para partir em missão para África com as Irmãs Doroteias. Os jovens foram distribuídos por três comunidades correspondentes aos locais de missão: uma comunidade para Namibe; uma para o Colégio em Benguela; uma para o Lar em Benguela. A partir deste momento vão formar comunidade de missão. Na oração final os jovens “baptizaram” as comunidades: os que vão para o Namibe – Comunidade Welwistchia; os que vão para Colégio de Benguela – Comunidade Girassol; e os que vão para o Lar de Benguela – Comunidade Afeko (meninas/raparigas). Passou-se para outra sala onde o ambiente preparado convidava a rezar, e os jovens foram muito sensíveis a esse ambiente. E fez-se uma oração serena e silenciosa. No final da oração fez-se uma breve avaliação do dia em duas ou três palavras. Salientou-se: A força do gru-po; crescimento, alegria, um passo em frente; concretização de um sonho; conhecimento de Santa Paula e das Irmãs Doroteias; foi um dia muito rico; o tempo passou a correr, etc.

Residência Universitária CoimbraResidência Universitária CoimbraResidência Universitária CoimbraResidência Universitária Coimbra Irmã Goreti Faneca

Aventuras e Desventuras

…muitas as aventuras, e quase todas provocadas pelas desventuras. Estas têm sido uma forte oportunidade de aprendizagem, de desco-berta de dons e de sabedoria. É quase diário aparecer uma persiana que deixa de funcionar, uma torneira que começa a pingar sem parar, uma lâmpada que funde por detrás de um globo que não sabemos desatarraxar… cada dia tem a sua novidade. Nos princípios era de pôr as mãos à cabeça, agora é de pegar na mala de ferramentas e avançar.

O desafio mais bonito está a ser na aprendizagem de vivermos Comunidade alargada, com o grupo das nove jovens que vivem connosco. Fazemos quase tudo em comum, espaços e refeições partilhadas - gera vida também partilhada. As refeições e a lavagem das louças têm sido os melhores momentos de encontro diário.

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Boas-vindas para todos.

No dia 21 de Setembro foi a primeira festa da nossa casa. A Irmã Graciosa fazia anos, a Sara e a Ana Sofia tinham feito na semana anterior, a Irmã Fátima veio visitar-nos... e tudo foi motivo para festejar com um grande bolo e um mimo a pensar em cada uma. Coimbra, 9 de Outubro de 1984 / 9 de Outubro de 2009 Foi exactamente há 25 anos que esta casa abriu as suas portas às primeiras Postulantes que aqui fizeram o Noviciado: Lisete Paiva, Lúcia Varanda e Goreti Faneca. Passados 25 anos, a casa reabre com uma nova missão; e, como o futuro só a Deus pertence, agradecemos o presente com todos os desafios que nos oferece. No dia 13 de Outubro tivemos a nossa primeira Eucaristia. A capela encheu-se para agradecer os 25 anos, a vida da Marlene e da Erica (que fizeram anos no dia 7), entregar a Deus o novo ano e confiar-Lhe o Capitulo Geral. Convidámos a comunidade vizinha, a Idalécia, a Denise e o P. Luís Miranda, Responsável pela Pastoral Vocacional do Secretariado de Coimbra. Foi uma missa animada, festiva, partilhada. O grupo estreou-se a cantar como grupo, e gostou da experiên-cia. Ficaram surpreendidas com o que conseguiram como grupo. O jantar foi uma continuidade desta partilha de dons e festa. A comunidade vizinha ofereceu umas empadi-nhas feitas pela Irmã Aparício, a mãe da Mariana fez o bolo, a Mariana comprou o champanhe, a Comunidade comprou uns churrascos e completou com o que faltava. A vida continua, e esta é a hora de começar a preparar as coisas para a “Latada”. Ontem, dia 25, foi a missa da Bênção do Caloiro, na Sé Nova.

Estávamos cinco a rezar com a nossa única Caloira, a Joana Raquel, sobrinha da nossa Irmã Nazaré. Toda a gente gosta dela cá em casa; é muito espontânea, participativa em toda a vida da casa, comunicativa… O que mais pedimos a Deus nas nossas orações é que nos ensine a viver comunhão e construir Comunidade. Agradecemos a todas as Irmãs que têm rezado por nós e pela novidade da missão. Temos telefone em casa desde o dia 23: No rés-do-chão está o 239082446; no primeiro andar temos o número 239082476.

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Uma Presença…

Irmã Ana Barrento

A contrastar com o acolhimento caloroso dos abraços quer da parte das nossas Irmãs quer de todo o povo brasileiro, o tempo tem-nos pregado uma grande partida: ora chuva, ora frio… o sol teima em não querer espreitar… E chegou a Primavera a 21 de Setembro!... A comunidade, Casa Provincial Brasil Sul, muito alegre e divertida, faz-me sentir muito bem acolhida e em família. Com assiduidade dou os meus “giros” pelo parque, que é na verdade um tesouro escondido neste S. Paulo tão contrastante. É impressionante ver uma minoria de pessoas muito ricas e por outro lado pessoas a viver numa pobreza extrema, tantos a dormir, ou melhor, a viver debaixo das pontes, tendo como tecto as estre-las e por companhia cães e muito, muito lixo… Participámos, a Alice e eu, num Seminário sobre a Vida Religiosa Inserida e Novos Espaços de Vida Solidá-ria, promovido pela CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil), da Regional São Paulo. Foi de uma grande

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riqueza os testemunhos que deram sobre o trabalho que estão a desenvolver com os do “não-lugar”, como lugar onde se pode forjar o lugar de Deus… isto suscitou em mim uma grande vontade de ir, ver e estar… Para já está o convite das nossas irmãs da Favela de Vila Industrial. Não deixaremos de lá ir... não fica muito longe daqui! Agora a inserção não é só nas periferias, é também aqui dentro de S. Paulo. Com que carinho as pessoas falavam das suas missões, por vezes em realidades tão duras! Gosto de partilhar a alegria que vivi, com toda a Comunidade, no I Congresso da Vida Religiosa Jovem, pro-movido também pela CRB – Regional São Paulo, com a participação de 450 Religiosos/as. O tema muito per-tinente, “Protagonismo na Vida Religiosa”, enriquecido com o lema “A vida e a esperança que irradiam as novas gerações”, foi um grito que nos tocou profundamente e nos inquieta. Foi bonito ver a NOVA ONDA DA VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA, acontecendo com tão grande entusiasmo e com o dinamismo criativo e ale-gre de tantos jovens, que a todos nos envolveram de uma forma tão gratificante. Foram eles próprios os pro-tagonistas deste Congresso, desde a sua organização à concretização. Para culminar esta comunhão com a Juventude tivemos, no dia 12 de Outubro, a celebração de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, que é acolhida com muita devoção, fé e festa por todo povo brasi-leiro. É feriado nacional, e as peregrinações até ao Santuário de Aparecida, mesmo com chuva, são um tes-temunho forte da fé popular. Com sabor a pão caseiro tivemos um Encontro de Lideranças Doroteianas com o tema “Em Simplicidade – Trabalhar”, orientado por Irmãs nossas de diferentes localidades do Brasil: Maria do Carmo Fraga, Leonízia Izabel, Maria Aparecida Xavier e Lúcia Araújo. Com cerca de 30 participantes foram uns dias de sonho, ora-ção, reflexão e também de muita animação, em que, juntos, recebemos forças para nos centrarmos no ESSENCIAL. Desde o início, cada um se sentiu responsável por ajudar os outros a fortalecer a sua fé no seguimento de Jesus Cristo. Este encontro foi realizado à luz do Carisma de Santa Paula, centralizado em Jesus Cristo e muito bem orientado pelas nossas Irmãs brasileiras, a quem deixamos aqui a nossa reconhecida gratidão pelo convite que nos fizeram. No final sentimo-nos confirmados de que encontros como este ajudam-nos e fortalecem-nos na nossa opção de seguir Jesus Cristo, sendo hoje presença-palavra-acção em busca de transformar o mundo, para a JUSTIÇA DO REINO. Muitas são as possibilidades que existem aqui no Brasil para formação… Por hoje deixo-vos esta presença com uma foto deste último encontro.

Vida, colhida na Primavera, no “outro lado do mundo”

Irmã Alice Simões

Finalmente o sol chegou a S. Paulo. Estamos em plena Primavera onde tudo adquire nova vida! É assim que me sinto, como o tempo, a rejuvenescer no coração deste povo brasileiro que me continua a acolher como se dele fizesse parte. Santa Paula não veio ao Brasil, mas encontra-se muito presente na mis-são que as suas filhas aqui realizam e em todos os que contactam de perto com o seu carisma; é impressio-nante ver como tanta gente, de todas as idades, se deixa tocar pela força de Paula; como o nosso carisma atrai e se espalha; como é uma “energia” que ultrapassa barreiras humanas e gera vida; como está tão vivo!

Depois da experiência do Colégio Anjo da Guarda, de 18 a 25 de Outubro estive no nosso Colégio de Belo Hori-zonte, onde o horizonte é de facto grande e belo, onde o sonhar não tem limites... O limite é o Céu para todos, já aqui e agora. As Irmãs, com o seu acolhimento, fizeram-me desde a primeira hora sentir em casa, e no Colégio fui recebida como se a ele pertencesse. As duas directoras, pedagógica e administrativa - Cristina e Zuleica -, acolhe-ram-me de braços abertos, quase fui “adoptada”. Bem... chama-se “Colégio de Santa Doroteia”!!! Durante esta semana, dentro da normalidade do dia-a-dia, vivi muito: participei em reuniões, formações, tea-tro, reflexão com Alunos, encontro de antigos Alunos... não parei mesmo! Este nosso Colégio é enorme, tem

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quase 3 mil Alunos. Na hora do intervalo é um “mar de gente”, mas reina a calma, a serenidade, o respeito... Fiquei muito bem impressionada com a Obra Social Paula Frassinetti, assumida na sua totalidade pelo Colégio. Tive a possibilidade de estar com todos os Alunos que aqui estudam no período da noite, ver como são cuidados, e ainda me foi dada a oportunidade de ir ao Morro Papagaio (uma grande Favela de onde provêm muitos Alunos desta Obra Social e onde várias famílias são apoiadas). A ideia de Santa Paula de ter um Colégio e, ao lado, uma escola gratuita para crianças pobres, é uma realidade neste Colégio.

Antes de partir para Belo Horizonte, de 16 a 18, estive num encontro “Em simplicidade trabalhar”, encontro sobre o nosso carisma, com Irmãs e Leigos que trabalham connosco, sobretudo nos meios populares. Foi um excelente encontro, onde Santa Paula não podia estar mais presente!

Uma das apostas de Paula foi, sem dúvida, a juventude, e é também minha “paixão”; dou graças a Deus por todas as formações e experiências que estou a ter, preparando-me para servir mais e melhor esta faixa etá-ria. Estou muito feliz por tudo o que vivo, e com muita esperança de que o nosso Capítulo traga um impulso novo, “um vinho bem novo e fresquinho” para a nossa juventude! Estou num país onde há muita gente jovem, mas onde muitos se sentem ameaçados, inclusive com a própria vida. Não foi por acaso o lema do nosso último DNJ (Dia Nacional da Juventude) – 25 de Outubro de 2009: “...Em marcha contra a violência e o extermínio da juventude”. 31 de Outubro e 1 de Novembro: a Equipa alargada da Pastoral Juvenil da Província esteve reunida em S. Paulo para avaliar o ano de 2009 e programar o de 2010. Dia 2 foi a vez da reunião da equipa central. Dá gos-to ver como a Pastoral Juvenil está organizada, como os jovens e acessores estão a trabalhar! Aqui, na Pro-víncia Sul, as distâncias são enormes, mas há vida, e isso ultrapassa tudo. A Ir. Solange Ferro de Morais movimenta meio mundo; é sem dúvida uma mulher com um carisma especial para a juventude. De 9 a 12 de Outubro fiz o Curso de Acessores da PJE (Pastoral Juvenil Estudantil); certamente não irei per-der oportunidades para me formar neste campo e de participar nas actividades, tendo consciência de que um ano é muito pouco, mas muito, porque é o possível! Estou a fazer o que sempre sonhei – preparar-me para servir mais e melhor a nossa juventude!

08 de Outubro - Como dissemos, a Irmã Magalhães foi operada. Continua na Casa Paula, e vai-se refazendo.

13 de Outubro - A Irmã Cabedo, que uns dias antes deu uma queda e partiu o colo do fémur, foi operada. Vai-se fortalecendo, mas todas sabemos a sua fragilidade.

29 de Outubro - Esperada já há uns dias, chegou a Irmã Maria Angélica Silva, de Angola. A saúde não está famosa, e vem para ser acompanhada. Para já, está na Casa Provincial.

07 e 08 de Novembro - Em Fátima, um Encontro da Pastoral Juvenil para «partilhar as experiências vividas no Verão e lançar as actividades do novo ano». São convidados «jovens, a partir dos 17 anos, interessados em viver uma experiência de partilha de vida».

16 de Novembro - As Irmãs da Província Sul chegam do Capítulo Geral.

17 de Novembro - Chegam as Irmãs capitulares do Norte.

19 de Novembro - Nasce um novo grupo de Mães de

Paula na Obra Social Paulo VI, Lisboa.

Novos endereços:

Comunidade de Bragança - Rua 1º de Maio, lote 20 R/C

Residência Universitária de Coimbra - telefone: 239082446 e 239082476.

Ir. Furtado Martins: [email protected]

Desde o dia 17 de Outubro a COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ CIRP tem página na Internet: www.cjp.cirp.pt

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VI Fórum Nacional das Vocações Irmã Goreti Faneca

Realizou-se em Fátima, nos dias 30 e 31 de Outubro, no Centro Pastoral Paulo VI, o VI Fórum Nacional das Vocações. O tema escolhido foi “Ide e Anunciai o Evangelho da Vocação”. Para o aprofundar foi convidado o P. José Luis Moral, sdb, de nacionalidade espanhola, e que veio de Roma para estar connosco. Colocou-nos numa dinâmica de repensar-reconstruir com os jovens a fé e a vocação Cristãs, “educar-nos”, narrando a “Pro-vocação” de Deus. No “repensar” colocou-nos a questão: Como viver hoje a fé para que seja uma proposta credível? Na “pró-vocação” lançou-nos o desafio de uma nova aliança com os jovens e, finalmente, foi-nos dito que a orienta-ção vocacional implica acolhimento incondicional. Desafiou-nos a viver relações humanas alicerçadas na Encarnação de Jesus, porque quanto mais humanos, mais divinos. Participaram as Irmãs Teresa Magalhães e Anabela Cristina, e também a Irmã Goreti Faneca, integrada no grupo do Secretariado da Pastoral Vocacional de Coimbra, do qual faz parte.

FaleceramFaleceramFaleceramFaleceram Irmã Ermelinda de Jesus Martins

Um belo e verdadeiro «retrato» feito pela Irmã Maria Leonor Campos Matos: Viveu 33 anos nesta casa, servindo o Senhor nos ofícios de porteira e de sacristã. Toda a gente a admirava e estimava pela delicadeza das suas maneiras e o fino sentido da prudência, saben-do escutar e guardar no coração as confidências que lhe faziam. Tinha uma grande dedicação à sua família, de quem falava com carinho, agradecendo sempre muito as suas visitas e as palavras que lhe dirigiam os que estavam mais longe do país. A Eucaristia, Nossa Senhora, S. José e Santa Paula eram as suas grandes devoções. Nos últimos anos da sua vida foi muito provada e purificada pela enorme secura espiritual em que viveu. Dizia-nos muitas vezes: “Já não sei rezar, não consigo sentir uma única prece que faço”… E, no entanto, entregava-se continuamente à leitura e à oração. As Irmãs da Comunidade, delicadamente, traziam-lhe sempre as flores que tinham acompanhado o Santís-simo no altar da adoração que fazemos todos os domingos. As flores, todas as flores, lhe falavam do amor de Deus, da sua bondade, da sua misericórdia… Antevia nelas o Céu que tanto desejava… Hoje, o Senhor, a Quem se entregou, oferece-lhe, através da natureza, um enorme jardim bem colorido, a terra que vai receber o seu corpo, toda engalanada para o dia dos fiéis defuntos. É a passadeira que a conduzirá ao tão desejado face a face... na eternidade! Nasceu a 19 de Junho de 1914, em Monte Perobolso (Almeida - Guarda). Entrou na Congregação a 19 de Março de 1941. Fez os Votos Perpétuos a 02 Outubro 1949. Faleceu a 30 de Outubro de 2009, no Linhó. Esteve 28 anos na Comunidade de Évora e 33 no Linhó. Entre uma e outra, esteve 3 anos em Monte do Trigo. Faleceram também - O pai da Irmã Cristina Kalusumbi (angolana, em S. Tomé); uma irmã da Irmã Angelita Duarte (ESE Porto); uma irmã da Irmã Rosária da Encarnação (Viseu) e um primo direito da Irmã Fernanda Nogueira, que era como irmão.

BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO BODAS DE OURO ---- 22 Outubro 22 Outubro 22 Outubro 22 Outubro Foram 3 as Irmãs a celebrar, neste dia, Bodas de Ouro de vida religiosa. Já todo o grupo (desde a Irmã Diana Barbosa à Irmã Angelita Duarte) tinha tido uma primeira celebra-ção/acção de graças, em conjunto e com a sua Madre Mestra (Irmã Furtado Martins) no dia 12 de Agosto, no Linhó. Agora, cada uma vai festejando à sua maneira, mas sempre fortemente celebrado no coração! Foram 3 Irmãs a fazer Bodas de Ouro a 22 de Outubro: Casimira Marques, Fernanda Nogueira e Conceição Xavier.

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Irmã Casimira Marques

No dia 22, teve a surpresa da presença de muitas «Mães de Paula». A Tuxa - uma das presentes - conta:

Somos uma grande Família:

No dia 22 de Outubro, as Mães de Paula, com a Irmã Marieta

Pinho e a Irmã Mª Filomena Marques, quiseram marcar presença nas Bodas de Ouro da Irmã Casimira. Todos os grupos se fizeram representar, pois sabem bem o carinho com que a Irmã Casimira trabalha para os nossos grupos. Celebrámos Eucaristia de Acção de Graças, na Paróquia das Irmãs, onde lembrámos todas as Irmãs Doroteias e, de um modo especial, as Irmãs que faziam as sua bodas de ouro naquele dia. Seguiu-se o almoço, muito bom e simples, no hotel Grão Vasco, em ambiente de festa familiar onde não faltou o bolo de velas. Louvamos o Senhor por toda a Família Doroteia, e queremos dizer com muita alegria que nos sentimos parte desta Família.

Diz-nos a Casimira:

Depois do encontro celebrativo em 12 de Agosto com as Irmãs da minha festa, ainda por cima no Linhó, parecia-me desnecessária mais uma celebração das Bodas de Ouro, mas as Mães de Paula e a Comunidade puxaram por mim. Acabei por dizer: “O meu marido merece!” e convidei a família mais chegada (irmãos e sobrinhos) quase em cima da hora. Depois ainda falei à Madre Mestra e mais duas Irmãs, a três colegas professores, uma funcionária do Colégio, duas Mães de Paula, uma prima, uma amiga e uma antiga aluna em representação de tanta gente que gostaria de ter convidado… para uma celebração em Comunidade, no sábado por ser um dia mais livre. Para o dia 22 fiz 50 Terços, em honra da mãe do meu Senhor, que serviram de recordação e agradecimento por estes 50 anos. No Ofertório do dia 22, incluí uma renda para uma toalha de altar que nesse dia queria ofe-recer ao meu Senhor como presente por estes 50 anos da Sua fidelidade na minha vida, e renovei os Votos com a fórmula de Santa Paula. Muitas Irmãs escreveram e telefonaram. Agradeço muito a cada uma e quero fazê-lo com o Magnificat que escrevi no retiro de Julho 2009.

O meu coração está cheio de alegria / E canta de gratidão para com Deus, meu Salvador,

Porque Ele olhou para mim e me chamou / Apesar de eu não ser humilde

E tem feito em mim e à minha volta / Mais do que eu sou capaz de ver

Porque vejo pouco e mal, mas acredito / Que “o essencial é invisível para os olhos”!

Ele é o meu Senhor e sabe / Que “sou inclinada ao mal desde que nasci”

Mas a sua misericórdia / Tem-me envolvido como um manto protector

E a força do seu braço tem-me afastado dos perigos.

Apesar do joio que há em mim, / “Ele quer transformar-me em Eucaristia,

Pão para os meus irmãos” / Mesmo sabendo que não gosto de me “deixar comer”!

Eu lhe dou graças pelo seu amor, / Pela sua presença na minha vida, / Pelas suas “aparições”

Nos meus caminhos e nos meus trabalhos. / Bendito seja o Senhor para sempre!

E também quero louvá-lo com as palavras de Maria / que inspiraram estas minhas:

A minha alma canta jubilosa, e alegra-se em Deus, meu Salvador...

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Irmã Fernanda Nogueira

Depois de ter sido dignamente festejada na sua Comunidade, a 8 de Setembro, a Fernanda quis passar o dia em Fátima. E a chama da sua entrega primeira, há 50 anos, ganha cada dia mais vida. Diz-nos:

De todo o coração agradeço a presença nas minhas Bodas de Ouro.

Peço que me ajudem a colocar, cada vez mais e melhor, o meu DOM ao serviço da missão com a confiança, a

simplicidade e a alegria desejadas por Paula.

Irmã Conceição Xavier

No Linhó entrou... no Linhó celebrou 50 anos de entrega ao Senhor. A Irmã Xavier não quis «festa», mas a Comunidade celebrou com carinho esse dia. Eucaristia muito bem

preparada, com a presença da Irmã Pilar a representar a Provincial. Foi muito íntima e simples, mas cheia de densidade. O celebrante era um Salesiano que se integrou muito bem na acção de graças a Deus por estes 50 anos. O jantar, festivo, reuniu as duas Comunidades do Linhó. Fiz uma vigília, sozinha, e recordei... Agradeci a generosidade da minha mãe, que,

tendo enviuvado um ano antes, não pôs obstáculos à minha ida, apesar da falta que

lhe fazia. Recordei também o símbolo que escolhi para os Votos Perpétuos: um vaso

de barro, simbolizando a disponibilidade ao Senhor que queria e quero ter, em toda a minha vida. Agradeço

tantas presenças amigas.

Irmã Fernanda Nogueira

Título que identifica a nova página que surge no “Doroteias”, neste mês de Novembro, e que terá saída mensal. Um título simples, depois de alguma busca. Aconteceu-nos como à nossa conhecida e amiga, religiosa Dolores Aleixandre, que, depois de ter dado o título – “Diminuir e crescer. Um paradoxo da vida cristã” - a um artigo que ia preparar sobre este assunto, deparou-se com a simplicidade de testemunhos que leu de homens e mulheres da Igreja, já avançados em idade, e decidiu-se intitular o seu, simplesmente: “Como gostaria de envelhecer”… É também esta ajuda simples que a Equipa pretende dar-nos mensalmente, servindo-se do nosso “Doroteias”, para, juntas, irmos aprendendo, até à “especialização”, esta “arte”… Qual vai ser o programa? “Coisas novas e velhas”… Propomo-nos estar atentas ao muito que hoje se faz e publica, e partilhar aquilo que nos pareça mais útil e adequado à aprendizagem da “ARTE DE ENVELHECER”.

* * * Nesta mesma linha, vão realizar-se Acções de Formação nas seguintes datas e locais, entre as 10h e as 17h.

• Dia 04 de Novembro, na Casa Paula Frassinetti – Lisboa

• Dia 11 de Novembro, na Av. Dias da Silva – Coimbra

• Dia 03 de Fevereiro, no Linhó

• Dia 10 de Fevereiro, no Sardão.

Irmã Diana Barbosa

Aconteceu em Novembro...

A 26 de Novembro de 1889 foram finalmente aprovadas as nossas Constituições (‘o corpo inteiro’ das Constitui-ções, reorganizadas no generalato da Madre Elisabetta Cargioli), com o Breve Sicut eximium, de Leão XIII. Este facto traz-nos à memória as várias aprovações ao longo da história do Instituto:

22 Agosto 1855 – Decreto Laudis, de Pio IX, de aprovação do Instituto como Congregação de Direito Pontifício.

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24 Agosto 1860 – Decreto, de Pio IX, de aprovação do Instituto e do Plano Resumido das Constituições para as Casas do Estado Pontifício (Roma, Macerata, Fabriano, Recanati e Bolonha) – “Pro Ditione Pontificia”.

22 Maio 1863 – Extensão do Decreto anterior, pela supressão das palavras “Pro Ditione Pontificia”, abran-gendo assim as Casas de Génova, suprimidas desde a revolução de 1848 e reorganizadas a partir de 1857.

16 Junho 1863 – Breve Adolescentium animos, de Pio IX, que confirma o Decreto anterior: aprovação, para todo o Instituto, do Plano Resumido das Constituições.

Em Novembro recordamos também Irmãs nossas que deixaram ‘marca’:

•••• 12 Novembro 1891 – Nascimento de Maria Manuela Ferreira de Brito, que viria a ser a 10ª Superiora Provin-cial, de 1952 a 1962.

•••• 24 Novembro 1929 – Falecimento de Maria Filomena Ordaz, uma das duas primeiras vocações portuguesas.

•••• 26 Novembro 1945 – Falecimento, em Roma (Villa Paola) de Maria Augusta Alves, 7ª Superiora Provincial, de 1907 a 1919, tendo vivido o ‘embate’ da Revolução de 1910 e a consequente dispersão da Província, bem como o início da sua restauração!... No Capítulo Geral de 1920 foi eleita Assistente Geral, sendo simultanea-mente Superiora do Colégio da Villa Paola.

E ainda as fundações:

•••• 28 Novembro 1895 – Colégio da Imaculada Conceição, Tomar

•••• 19 Novembro 1896 – Colégio e Asilo de Nª Sª de Lourdes, Vila Real

•••• 01 Novembro 1897 – Colégio do Sagrado Coração de Jesus, Póvoa de Varzim

•••• 21 Novembro 1904 – Colégio de Nª Sª de Lourdes, Guarda

•••• 29 Novembro 1918 – Reabertura do Colégio da Póvoa de Varzim

•••• 21 Novembro 1930 – Lar para Estudantes, Bruxelas

A «aguçar o apetite...»

Lembro-me de ter ouvido a Irmã GUERRA contar...

Irmã Jorge - quase 97 anos ...

A Irmã Guerra viveu a Revolução e Dispersão na Casa do Sardão. Ficou em casa, corajosamente, para ajudar a guardar e salvar as coisas da capela. E salvou muitas!

Quando os ‘revolucionários’ entravam em casa revistavam tudo e ‘marcavam’, por isso não se podia tirar nada. Mas nós víamos o peso das peças ricas - diz ela - e arranjávamos outras e púnhamos no lugar das que tirávamos.

(Certamente a Irmã Guerra é uma das duas Irmãs que, segundo a História da Dispersão, ficaram com a Mestra Geral, até Setembro de 1912, «como depositária dos bens já arrolados do Colégio...»).

Diz a Irmã Jorge: Quando nos queixávamos de alguma coisa, ou achávamos que era necessário isto ou aquilo, ela vinha logo com o exemplo do que eram necessidades... Contava-nos tanta coisa que às vezes já nem escutávamos.

Conta ainda a Irmã Guerra que as Irmãs de S. Vicente de Paulo ajudaram imenso as nossas Irmãs, até mesmo pro-vendo às necessidades de vestuário; levavam sacos de sapatos e outras coisas...

Quando estiveram no Arsenal, as mulheres pobres, mães das nossas crianças, levavam às Irmãs comida escondida no avental.

Conclui a Irmã Jorge: A Irmã Guerra era esperta... inteligente... ousada...

Outra Irmã lembra-se:

A Madre Provincial Alves tinha grande estima pela Irmã Guerra, pois muito ajudou durante os tempos difíceis da Revolução de 1910. Vestida como as mulheres da aldeia, com um lenço na cabeça, era ela que andava de terra em terra e de casa em casa, procurando manter contacto entre a Madre Provincial e as Irmãs dispersas.