Como Abrir Uma Editora de Livros

Ficha tcnica

2013 SEBRAE MINAS Todos os direitos reservados. permitida a reproduo total ou parcial, de qualquer forma

ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.

SEBRAE MINAS

Lzaro Luiz Gonzaga Presidente do Conselho Deliberativo

Afonso Maria Rocha

Diretor-superintendente

Luiz Mrcio Haddad Pereira Santos Diretor-tcnico

Fbio Veras de Souza Diretor de Operaes

Unidade de Atendimento Individual ao Empreendedor Mara Veit Gerente

Ariane Maira Chaves Vilhena

Haroldo Santos Arajo Laurana Silva Viana

Viviane Soares da Costa Equipe Tcnica

Consultoria Jurdica Chaves Vilhena Sociedade de Advogados

Reviso de Portugus Alisson Campos

Apresentao Quer abrir o seu prprio negcio? Ponto de Partida: aqui comea o sucesso A srie Ponto de Partida constituda por manuais com informaes essenciais sobre a abertura de negcios. objetivo deste manual oferecer respostas a questes tais quais Como funciona o empreendimento?, Quais os equipamentos necessrios?, Existe legislao especfica?, Quais so as instituies ligadas a esta atividade?, entre outras. A equipe de profissionais responsvel pela elaborao dos manuais tem a preocupao de manter as informaes atualizadas, por meio de consulta frequente a empresrios, instituies setoriais (associaes, sindicatos, Conselhos Regionais), consultores especializados, bem como pela leitura (livros, revistas e Internet) e participao em Feiras e Eventos. O Sebrae Minas no se responsabiliza pelo resultado final do empreendimento, uma vez que o sucesso de um negcio depende de muitos fatores, como comportamento empreendedor, existncia de mercado, experincia, ateno s caractersticas prprias do segmento, dentre outros. Entretanto, o Sebrae Minas dispe de diversos programas para orientar e capacitar empreendedores e empresrios. Para mais informaes, visite um dos nossos Pontos de Atendimento, acesse www.sebraemg.com.br ou ligue 0800 570 0800. Ateno: recomendvel a leitura do manual Como abrir uma empresa de servio, para obteno de outras informaes importantes e complementares.

Sumrio

O negcio ........................................................................................... 5

Local e estrutura ................................................................................. 8

Recursos humanos .............................................................................. 9

Equipamentos, produtos e servios ..................................................... 10

Normas tcnicas ............................................................................... 11

Legislao especfica .......................................................................... 13

Endereos teis ................................................................................ 18

Sugesto de vdeo ............................................................................. 20

Referncias ...................................................................................... 21

Saiba como montar: Editora de livros 5

Atualizado em: abr./2013

O negcio Saiba mais sobre a montagem e o funcionamento do seu futuro empreendimento

De acordo com a Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE, a atividade de editora de livros1 se caracteriza como edio de livros (5811-5/00) e compreende:

x A edio de livros (literrios, didticos, infantis), dicionrios, atlas, enciclopdias etc., na forma impressa, eletrnica (CDs) e na Internet;

x A aquisio de direitos autorais para a edio e disseminao de livros; x A gesto de direitos autorais de obras literrias.

O sucesso de uma editora de livros depende, em grande parte, da qualidade do trabalho, pois a concorrncia acirrada e o pblico, exigente. fundamental detectar nichos a serem explorados e definir a linha editorial os assuntos ou gneros literrios que a empresa ir publicar. O perfil do consumidor estar diretamente ligado s caractersticas da publicao. grande o nmero de empresas atuando no mercado editorial. Contudo, o segmento tem ampla abrangncia e sempre existe espao para quem se prope a trabalhar com profissionalismo e seriedade. O negcio exige investimento em potencial ou o estabelecimento de parcerias para viabilizar o projeto. H tambm os escritores que contratam a editora para cuidar da edio e comercializao dos livros, assumindo todos os custos de publicao da obra. comum que os empreendedores do setor sejam pessoas que trabalharam em computao grfica, jornalismo, ou outras editoras. A editora fica responsvel pela preparao dos originais, revises de provas, diagramao, composio, impresso, capa e acabamento. Os eventos de lanamento e de autgrafos so organizados e patrocinados pela editora, assim como os catlogos, sites e listas de preos que informam os clientes e livreiros sobre a publicao. Etapas da publicao Depois de receber o original do escritor, o profissional da editora faz uma avaliao da obra, sob os pontos de vista editorial e comercial. Se o trabalho aprovado, inicia-se a preparao do original para a publicao. Sendo reprovado, o original dever ser devolvido ao autor.

1 A classificao acima uma indicao para melhor entendimento do negcio e o que ele compreende. O Sebrae Minas se isenta de responsabilidades quanto ao enquadramento do negcio na CNAE, devendo o empreendedor consultar as autoridades fiscais e profissional de contabilidade antes mesmo do registro da empresa.



A etapa seguinte a realizao das correes no texto, que ser editado eletronicamente, com a utilizao de programas grficos especficos j no formato em que ser impresso. Metade do efeito visual de um livro decorre da maneira como o texto distribudo nas pginas. Quanto mais experiente for o profissional que presta o servio, melhor ser o resultado. Na sequncia, o texto, agora diagramado, volta para a equipe de reviso. Paralelamente ao trabalho de digitao, reviso e editorao, comea a criao da capa do livro, que desenvolvida por artistas grficos. A capa um dos principais atrativos do livro, destacando os exemplares nas prateleiras das livrarias. O retorno em vendas ser maior se a editora investir em profissionais competentes e experientes. Aps a aprovao do livro completo, ele segue para a confeco do fotolito filmes que geram a chapa de impresso em mquina. H processos modernos, que eliminam a necessidade de fotolito. Editoras de grande porte dispem de equipamentos de impresso. Esse servio pode ser terceirizado, atentando-se para a escolha de grfica reconhecida pela qualidade e seriedade. Para a divulgao da obra, recomenda-se a contratao de assessoria de imprensa, de preferncia com experincia em literatura e mercado editorial. Uma editora comercial tem interesse em promover seus autores, em longo prazo, porque o retorno financeiro acontece, em geral, com a reimpresso da obra (popularmente chamada de segunda edio), quando tero sido abatidos todos os custos da primeira impresso. O editor comercial s sobrevive, portanto, se conseguir comercializar os livros que edita. Ressalta-se que o mercado altamente competitivo e seletivo. O pagamento de direitos autorais no Brasil obedece s convenes mundiais desse segmento. Autores ganham, em mdia 10%, do preo de capa (o preo pelo qual o livro vendido nas livrarias) de cada exemplar vendido. A maioria dos contratos abre excees para vendas especiais, em grandes quantidades, para alguma instituio governamental. Nesses casos, a porcentagem do autor ser menor no preo de capa. O maior risco nesse tipo de negcio a no aceitao do produto pelo pblico-alvo. o chamado "encalhe" da publicao. O aumento da quantidade de editoras no mercado tambm tem acirrado a concorrncia. Por esse motivo, a pesquisa prvia de mercado, associada criatividade, indispensvel. Dentre os fatores que esto influenciando o modo de produzir livros, o mais significativo a eliminao dos estoques. As grandes encomendas sazonais foram gradualmente substitudas por compras mais regulares, em menores volumes. Como reflexo, passou-se a planejar melhor a produo e a eliminar o trabalho excedente, ou seja, reduziram-se as horas extras, que dificilmente so repassadas para o custo do livro. Alm disso, h forte tendncia de segmentao, com o crescimento de pequenas tiragens. Em um primeiro momento, o processo fica mais caro, porque as editoras trabalham com



tiragens menores. Mas, no conjunto, o preo compensa, porque o custo de estocagem do produto final vem sendo eliminado. Essa forma de produo tambm positiva para as editoras, que no precisam investir pesado em um s ttulo. No passado, o ciclo de um livro (impresso, distribuio e venda) levava dois anos para ser esgotado. Hoje, so necessrios apenas seis meses. importante lembrar que, por melhor que seja a publicao, ela s ter sucesso se for corretamente distribuda. Portanto, assim que for traado o perfil da publicao, deve-se elaborar a "boneca" da mesma e apresent-la distribuidora. Havendo interesse da distribuidora em comercializar a obra, a venda ser realizada em forma de consignao. Se a editora for de porte mdio ou grande, poder fazer o papel da distribuidora. Assim, seus clientes sero tanto o consumidor final, quanto as livrarias, que entraro em contato para aquisio das publicaes. Publicidade atravs de folhetos, anncios em revistas especializadas so estratgias eficientes de marketing, que servem para alavancar as vendas.



Local e estrutura Acerte na escolha, construo e decorao do ponto

Uma editora de livros deve estar instalada em local de fcil acesso e, de preferncia, em regies em que se encontram, facilmente, livrarias. A difcil misso de uma editora com relao ao ambiente conseguir destaque perante as suas concorrentes. Por isso, manter salas reservadas para reunies com gerentes de livrarias ou com os prprios autores essencial para o bom funcionamento do negcio. Alm disso, o ambiente de uma editora deve remeter ao autor do livro uma imagem de profissionalismo, uma vez que necessrio que se conquiste o autor para que ele venda a sua ideia editora. Com relao aos ambientes da editora, so eles:

x rea de trabalho (edio dos livros); x Banheiros; x Cozinha; x Escritrio; x Estacionamento; x Sala de reunies.

Dica Vale lembrar que a disposio das mquinas e equipamentos deve facilitar o processo de

produo.



Recursos humanos Possua um quadro de colaboradores altura

Para uma editora de livros necessrio que se mantenha uma equipe voltada para a captao de novos autores. Essa equipe dever ser capaz de identificar novas oportunidades dentro da linha do editorial. Outra equipe dever estar encarregada do marketing dos livros lanados pela editora. Os profissionais dessa rea devem ser capazes de organizar eventos, a fim de despertar o interesse dos leitores sobre um assunto de determinado livro. A rea de design tambm de extrema importncia dentro do negcio, pois ela que tratar, acompanhada do produtor grfico, o design do livro como um todo. importante que a empresa avalie a possibilidade de financiar palestras, cursos e workshops para os funcionrios de acordo com o setor de cada um. Essa medida ir proporcionar o aprimoramento das habilidades especficas de cada profissional, fazendo com que este obtenha um melhor desempenho e rendimento dentro do seu setor. Alm disso, para a rea de anlise de originais dos livros necessrio que se contratem profissionais que tenham um equilbrio emocional e saibam lidar com diferentes pessoas. Isso acontece porque esses profissionais sero responsveis por avaliar se o livro escrito ser ou no comprado pela editora, bem como informar isso ao autor. Alm disso, durante a anlise, os autores podem pressionar a editora para conseguir a deciso em um curto perodo de tempo, por isso, importante que o profissional tambm saiba trabalhar sob presso. Sugesto de composio da equipe de trabalho, que ir variar de acordo com as necessidades do negcio:

x Auxiliar para servios gerais x Funcionrios para limpeza x Administrador x Auxiliar de Administrao x Designers

x Equipe de anlise x Equipe de marketing x Redator x Revisor x Editor

H tambm alguns prestadores de servios de que voc poder precisar:

x Advogado x Arquiteto x Bombeiro hidrulico x Contador

x Eletricista x Marceneiro x Pedreiro x Pintor



Equipamentos, produtos e servios Do que voc precisa para montar

Equipamentos

x Armrios x Arquivos x Computadores x Impressoras x Telefones x Fax x Scanner x Mesas x Cadeiras x Materiais para escritrio (papis, lpis, canetas etc.).

Servios

x Acesso a banda larga x Softwares especializados da rea



Normas tcnicas Verifique algumas das normas para o seu negcio

Norma tcnica um documento que indica regras, linhas bsicas ou caractersticas mnimas que determinado produto, processo ou servio devem seguir. A norma tcnica permite, assim, a perfeita ordenao das atividades e a obteno de resultados semelhantes e padronizados. Trata-se de um documento de carter universal, simples e eficiente que, devidamente utilizado, faz com que um mesmo produto possa ser adotado em diferentes pases. As normas tcnicas podem ser utilizadas para: - Racionalizar processos, eliminando desperdcios de tempo, de matria-prima e de mo

de obra; - Assegurar a qualidade do produto oferecido ao mercado; - Conseguir aumento das vendas; - Incrementar a venda de produtos em outros mercados; - Reduzir a troca e a devoluo de produtos; - Reverter o produto, processo ou servio em patrimnio tecnolgico, industrial e

comercial para o Pas, quando da relao com o mercado internacional; - Reforar o prestgio de servios prestados; - Aumentar o prestgio de determinada marca; - Garantir sade e segurana. A seguir, esto listadas algumas normas referentes editora de livros: NBR ISO 2108 Data de publicao: 22/8/2006 Ttulo: Informao e documentao Nmero Padro Internacional de Livro (ISBN) *Essa norma estabelece as especificaes do Nmero Padro Internacional de Livro (ISBN) como um sistema de identificao internacional exclusivo para cada formato ou edio de uma publicao monogrfica publicada ou produzida por um editor ou produtor especfico. Ela especifica a construo de um ISBN, as regras para sua atribuio e utilizao, os metadados a serem associados atribuio do ISBN e a administrao do sistema ISBN. NBR 6029 Data de publicao: 31/3/2006 Ttulo: Informao e documentao Livros e folhetos Apresentao *Essa norma estabelece os princpios gerais para apresentao dos elementos que constituem o livro ou folheto.



Normas Tcnicas: o que eu tenho a ver com isso? Histria em quadrinhos publicada pela ABNT e Sebrae. Destina-se a empresrios de diversos setores, com informaes sobre normas tcnicas, vantagens e a importncia de adquiri-las. O gibi tem por objetivo sensibilizar a todos sobre a importncia da normalizao, de uma forma simples e agradvel. Para fazer o download, acesse www.abnt.org.br, clique em Imprensa e depois em Publicaes. Acordo de cooperao tcnica e financeira Sebrae/ABNT para acesso a normas tcnicas para micro e pequenas empresas O Sebrae e a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) firmaram um convnio que possibilita s micro e pequenas empresas o acesso s normas tcnicas brasileiras por 1/3 do seu preo de mercado. O objetivo dessa ao facilitar e intensificar o uso das normas tcnicas, bem como o acesso sua elaborao, qualificando produtos e auxiliando as MPEs a se tornarem mais competitivas e conquistarem novos mercados.



Legislao especfica Conhea as leis que regulamentam o negcio que voc pretende montar

Consideraes iniciais No encontramos legislao especfica, em nosso acervo, regulamentando a atividade de editora de livros. Diante disso, a pessoa jurdica que explora a atividade fica dispensada da obteno de autorizao ou registro especfico em rgos de fiscalizao, bastando os registros exigveis do comrcio em geral. A atividade est sujeita responsabilidade tcnica a cargo de jornalista, que poder ser scio, empregado ou prestador de servio contratado especificamente para o fim. Responsabilidade tcnica O exerccio de profisso de jornalista requer prvio registro no Ministrio do Trabalho, sendo obrigatrio para tanto (artigo 4 do Decreto-Lei n 972/69):

a) Prova de nacionalidade brasileira; b) Folha corrida; c) Carteira profissional.

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal entendeu pela declarao de no recepo do art. 4, V, do Decreto-Lei n 972/69, que requeria, alm dos requisitos acima, diploma de curso superior de Jornalismo, oficial ou reconhecido, registrado no Ministrio de Educao e Cultura ou em instituio por este credenciada. Contudo, ainda hoje necessrio o prvio registro do jornalista no Ministrio do Trabalho. A profisso de jornalista compreende, privativamente, o exerccio habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades (artigo 2 do Decreto-Lei n 972/69): a) Redao, condensao, titulao, interpretao, correo ou coordenao de matria a

ser divulgada, contenha ou no comentrio; b) Comentrio ou crnica, pelo rdio ou pela televiso; c) Entrevista, inqurito ou reportagem, escrita ou falada; d) Planejamento, organizao, direo e eventual execuo de servios tcnicos de

Jornalismo, como os de arquivo, ilustrao ou distribuio grfica de matria a ser divulgada;

e) Planejamento, organizao e administrao tcnica dos servios de que trata o item "a";

f) Ensino de tcnicas de jornalismo; g) Coleta de notcias ou informaes e seu preparo para divulgao; h) Reviso de originais de matria jornalstica, com vistas correo redacional e

adequao da linguagem;



i) Organizao e conservao de arquivo jornalstico, e pesquisa dos respectivos dados para a elaborao de notcias;

j) Execuo da distribuio grfica de texto, fotografia ou ilustrao de carter jornalstico, para fins de divulgao;

k) Execuo de desenhos artsticos ou tcnicos de carter jornalstico; l) Funes de confiana pertinentes s atividades acima descritas como editor, secretrio,

subsecretrio, chefe de reportagem e chefe de reviso. O artigo 6 do Decreto-Lei n 972/69 classifica as funes desempenhadas pelos jornalistas profissionais, como empregados, da seguinte forma: a) Redator: aquele que, alm das incumbncias de redao comum, tem o encargo de

redigir editoriais, crnicas ou comentrios; b) Noticiarista: aquele que tem o encargo de redigir matria de carter informativo,

desprovida de apreciao ou comentrios; c) Reprter: aquele que cumpre a determinao de colher notcias ou informaes,

preparando-as para divulgao; d) Reprter de Setor: aquele que tem o encargo de colher notcias ou informaes sobre

assuntos predeterminados, preparando-as para divulgao; e) Radiorreprter: aquele a quem cabe a difuso oral de acontecimento ou entrevista pelo

rdio ou pela televiso, no instante ou no local em que ocorra, assim como o comentrio ou crnica, pelos mesmos veculos;

f) Arquivista pesquisador: aquele que tem a incumbncia de organizar e conservar, cultural e tecnicamente, o arquivo redatorial, procedendo pesquisa dos respectivos dados para a elaborao de notcias;

g) Revisor: aquele que tem o encargo de rever as provas tipogrficas de matria jornalstica;

h) Ilustrador: aquele que tem a seu cargo criar ou executar desenhos artsticos ou tcnicos de carter jornalstico;

i) Reprter fotogrfico: aquele a quem cabe registrar, fotograficamente, quaisquer fatos ou assuntos de interesse jornalstico;

j) Reprter cinematogrfico: aquele a quem cabe registrar, cinematograficamente, quaisquer fatos ou assuntos de interesse jornalstico;

k) Diagramador: aquele a quem compete planejar e executar a distribuio grfica de matrias, fotografias ou ilustraes de carter jornalstico, para fins de publicao.

Legalizao e explorao da atividade A Constituio da Repblica garante a livre expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena. A interpretao das leis vigentes assegura que cada um responde pelos abusos que cometer no exerccio do direito de liberdade de expresso, civil e criminalmente, inclusive quanto a eventuais danos morais provocados a terceiros. A calnia, difamao e injria esto previstas no Cdigo Penal Brasileiro (artigos 138, 139 e 140), podendo o jornalista sofrer pena de deteno de acordo com o tipo do crime.



J na esfera civil, aquele que causar dano a outrem, moral ou material, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia ou violar direito, fica obrigado a reparar o dano causado. Direitos autorais Os direitos autorais no Brasil so regidos pela Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. So obras intelectuais protegidas as criaes do esprito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangvel ou intangvel, conhecido ou que se invente no futuro (artigo 7), inclusive os textos de obras literrias, artsticas ou cientficas (inciso I); as obras fotogrficas e as produzidas por qualquer processo anlogo ao da fotografia (inciso VII); as ilustraes, cartas geogrficas e outras obras da mesma natureza (inciso IX); os projetos, esboos e obras plsticas concernentes a geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e cincia (inciso X); as coletneas ou compilaes, antologias, enciclopdias, dicionrios, bases de dados; e outras obras que, por sua seleo, organizao ou disposio de seu contedo, constituam uma criao intelectual (inciso XIII). Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literria, artstica ou cientfica (artigo 28), dependendo de sua autorizao, prvia e expressa, a utilizao da obra, por quaisquer modalidades (artigo 29), incluindo a reproduo parcial ou integral (inciso I) e a edio (inciso II). A obra confere ao autor direitos morais e patrimoniais, permitindo-lhe reivindicar sua autoria e dela fazer constar seu nome na utilizao, assegurar sua integridade opondo-se a quaisquer modificaes ou prtica de atos que possam prejudic-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputao ou honra, retirar de circulao a obra ou suspender qualquer forma de utilizao j autorizada, quando a circulao ou utilizao implicarem afronta sua reputao e imagem. Os direitos morais sobre a obra so imprescritveis, irrenunciveis, inalienveis e indisponveis. Podem ser exercidos pelo prprio autor ou seus sucessores, definidos pela legislao civil. Os direitos patrimoniais podem ser cedidos, a ttulo oneroso ou gratuito, em carter precrio ou definitivo, e prescrevem no prazo de 70 (setenta) anos, contados a partir de 1 (primeiro) de janeiro do ano subsequente ao do falecimento do autor. O registro das obras literrias de competncia da Biblioteca Nacional. A edio meio de utilizao da obra. Depende de prvia e expressa autorizao do detentor dos respectivos direitos patrimoniais sobre a obra, que pode ser o prprio autor ou editor (contrato de edio).



A utilizao indevida da obra sujeita o infrator apreenso e perda do material, obrigao de indenizar o detentor dos direitos autorais por perdas e danos, morais e materiais e acarreta, ainda, responsabilidade criminal. A legislao assegura ao autor da obra literria o direito de registr-la na Biblioteca Nacional. O registro da obra literria no obrigatrio, mas gera presuno de paternidade (autoria), razo porque se recomenda ao autor diligenciar com o registro mencionado, a fim de proteger os direitos morais e patrimoniais que emanam de sua criao. Informaes detalhadas sobre exigncias e requisitos da Biblioteca Nacional para registro de obras literrias devem ser solicitadas diretamente referida entidade, posto que a normatizao do processo de registro ocorre em nvel infralegal, podendo variar em cada poca e tambm conforme modalidade da obra apresentada para registro. Contrato de edio Contrato de edio o acordo de vontades, celebrado entre a editora e o autor da obra, mediante o qual a editora obriga-se a reproduzir e divulgar a obra, ficando autorizada a public-la e explor-la, com exclusividade, pelo prazo e nas condies estabelecidas pelas partes. Tambm por meio do contrato de edio, pode o autor obrigar-se criao de obra literria, artstica ou cientfica, para publicao e divulgao a cargo da editora. Mesmo quando a obra publicada e explorada mediante contrato de edio, cada exemplar da obra deve mencionar obrigatoriamente: 1. O ttulo da obra e seu autor; 2. No caso de traduo, o ttulo original e o nome do tradutor; 3. O ano de publicao; 4. O seu nome ou marca que o identifique. Concluso Recentemente, o Supremo Tribunal Federal votou pela no recepo da Lei Federal n 5.250/67 (Lei de Imprensa) na sua ntegra e inciso V, artigo 4 do Decreto-Lei n 972/69 (que traz a obrigatoriedade de diploma em curso superior de Jornalismo para registro prvio do profissional no Ministrio do Trabalho), tornando esses diplomas legais inaplicveis. Contudo, o registro do jornalista no Ministrio do Trabalho ainda obrigatrio. O jornalista responde pelos danos causados a outrem nas esferas cvel e criminal.



Importante A legislao brasileira est sujeita a alteraes constantes. necessrio e indispensvel que o empreendedor solicite s autoridades fiscais informaes atualizadas sobre exigncias e requisitos legais para a regularizao da pessoa jurdica e a explorao da atividade econmica. As instrues recebidas sobre legislao devem ser confirmadas pelas autoridades fiscais e por um profissional de contabilidade responsvel pela escrita fiscal da empresa. Tipos de licenas necessrias para seu empreendimento

Licena ou Alvar de funcionamento Prefeitura

Vistorias e observncia s normas de segurana Corpo de Bombeiros

Licena Ambiental rgos municipais ou estaduais de Meio Ambiente

Fundamentao legal

a) Lei Federal n 5.250, de 9 de fevereiro de 1967 Regula a liberdade de manifestao do pensamento e de informao;

b) Lei Federal n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 Altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias;

c) Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 Institui o Cdigo Civil; d) Decreto-Lei n 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cdigo Penal; e) Decreto-Lei n 972, de 17 de outubro de 1969 Dispe sobre o exerccio da

profisso de jornalista.



Endereos teis Saiba onde voc poder obter mais informaes

ASSOCIAO BRASILEIRA DA INDSTRIA GRFICA - ABIGRAF Rua Maranho,1642 5 andar Funcionrios 30150-331 Belo Horizonte MG Tel.: (31) 3283-1616 www.abigraf.org.br ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS - ABNT Rua da Bahia, 1148 Grupo 1007 - Ed. Maleta - Centro 30160-906 - Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3226-4396 - Fax (31) 3273-4344 www.abnt.org.br ASSOCIAO BRASILEIRA DE EDITORES DE LIVROS - ABRELIVROS Rua Funchal, 263 Vila Olmpica - Cjs. 61/62 04551-060 So Paulo SP Telefax: (11) 3826-9071 / 3666-2801 www.abrelivros.org.br CMARA BRASILEIRA DO LIVRO - CBL Rua Cristiano Viana, 91 Pinheiros 05411-000 So Paulo SP Telefax: (11) 3069-1300 www.cbl.org.br FUNDAO BIBLIOTECA NACIONAL Av. Rio Branco, 219 Centro 20040-008 Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 3095 3879 Fax (21) 3095 3811 http://www.bn.br/portal/ *Solicitao de ISBN FUNDAO EDITORA DA UNESP Praa da S, 108 Centro 01001-900 So Paulo SP Tel.: (11) 3242-7171 Fax: (11) 3242-7172 www.editoraunesp.com.br *Criada para atender necessidade de formao variada e a uma clientela potencial formada por interessados atuantes ou no no mercado editorial e livreiro. Oferecem ainda cursos sobre montagem de uma editora.



FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais Rodovia Prefeito Amrico Gianetti, s/n - Serra Verde 31630-901 - Belo Horizonte MG Telefone Geral da Cidade Administrativa: (31) 3915-1000 www.feam.br SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS - SNEL Rua da Ajuda, 35 18 andar 20040-000 Centro Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 2533-0399 Fax (21) 2533-0422 www.snel.org.br



Sugesto de vdeo Vale conferir!

Palestra Planejando a Abertura de sua Empresa: por onde comear Durao: 64 min. *Esse vdeo relata os cuidados necessrios para o incio e a gesto de um negcio prprio. A consultora do Sebrae Minas, Silmara Ribeiro, destaca os conceitos, fala do perfil empreendedor, planejamento, gesto de negcio, definio do que montar e da formalizao. O vdeo acima poder ser acessado em nosso site, no link: http://www.sebraemg.com.br/atendimento/BibliotecaDigital/VisualizarDocumento.aspx?CODIGO=1870



Referncias

Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Disponvel em: . Acesso em: 22 abr. 2013. Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE. Disponvel em: . Acesso em: 5 out. 2009. LEITE, Valria Serpa. Preciso de que tipo de licena para abrir o meu negcio? Pequenas Empresas & Grandes Negcios, So Paulo, n 249, pp. 104-105, out. 2009. LEONORA, Andra. 100 anos a mil. Revista empreendedor. So Paulo, pp. 16-26, n 75, janeiro de 2001. Presidncia da Repblica. Disponvel em: . Acesso em: 22 abr. 2013. Primavera para as pequenas editoras. Revista SEBRAE. Braslia: pp. 16-21, n 2, dezembro de 2001/janeiro de 2002. SEBRAE-SP. Como montar uma editora. So Paulo: SEBRAE-SP, 1996. (Guia prtico como montar). Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel Semad. Disponvel em: . Acesso em: 22 abr. 2013. TEIXEIRA, Almir Ricardi. Editorao eletrnica. Revista Pequenas Empresas & Grandes Negcios. So Paulo, p. 39, n 151, agosto de 2001.

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