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Índice Direitos Autorais .............................................................................................................................................. 3
Introdução ....................................................................................................................................................... 4
Mudando significados ...................................................................................................................................... 7
Outras histórias de sucesso ........................................................................................................................... 10
Conclusão....................................................................................................................................................... 12
Sobre a Autora ............................................................................................................................................... 13
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Direitos Autorais
Autor
Rachel Furtado
Todos os direitos reservados.
Copyright © 2015 Rachel Furtado
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Introdução
A proposta deste e-book é trazer para você um novo olhar sobre o câncer, uma das
maiores causas de morte no mundo atualmente. Embora eu seja médica, minha
história como paciente me levou a aprofundar meu conhecimento em outras áreas
que a medicina não costuma tratar. Aqui você encontrará, na íntegra, uma
poderosa ferramenta que apliquei em minha vida quando fui diagnosticada, a 2
meses de me casar, com um tumor raro já em metástase (disseminação para
outros órgãos).
Ao receber um diagnóstico como esse ou se temos um familiar nessa situação,
inevitavelmente, nosso maior desejo é o de manutenção e continuidade da vida.
Mais do que apenas viver, mas manter uma vida de qualidade, sem prejuízos
irreparáveis, com plenitude física, emocional e mental.
Imagine como seria passar por cirurgias, radio e quimioterapias sem desanimar
diante das sequelas e dos obstáculos. Como parece a ideia de tornar-se capaz de
encarar a perda de cabelos sem deixar que isso abale sua autoestima? Aceitar as
limitações e buscar estratégias para lidar com elas são desejos que rondam seu
coração?
Você se sentiria melhor se visse que seus amigos e familiares, embora preocupados
com sua saúde, conseguissem estar confiantes e alegres na sua presença? Não
seria maravilhoso substituir o fardo pesado que a palavra “câncer” costuma gerar,
por um significado leve e até positivo?
Talvez hoje você se pergunte o que fez de errado para estar com uma doença
maligna. Culpa-se por ter permanecido sedentário em seu sofá, em vez de ter
praticado atividades físicas. Ou por ter priorizado fast food e doces, em vez de
frutas e legumes no cardápio, ter fumado ou ingerido álcool em excesso.
Pode ser ainda que você se arrependa por todas as vezes em que foi negligente
quanto ao uso do protetor solar e também quanto à gerência do estresse
emocional cotidiano. Ao olhar para o passado, é possível que você pergunte a si
mesmo: “Por que eu não dei importância ao que realmente merecia atenção? Por
que permiti que situações tão pequenas e tolas gerassem tanta intolerância e raiva
dentro de mim?”.
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Somado a esses pensamentos torturantes, há uma série de mudanças no seu
cotidiano trazidas pelo câncer, que tornam a jornada ainda mais densa. O trabalho
do qual precisou se afastar, e o futebol com os amigos para o qual o vigor físico
acabou, deixam um vazio que não se sabe como preencher. Tarefas que antes você
realizava com extrema rapidez e facilidade, agora só podem ser executadas com
auxílio de outras pessoas. A rotina desgastante de exames e de consultas médicas
muitas vezes mobilizam tantas pessoas que acabam por te gerar angústia e
sentimento de impotência.
Como se não bastasse, ainda é necessário aprender a lidar com a lesão de partes
do seu próprio corpo, tais como: cabelos, cílios, sobrancelhas, mamas ou mesmo a
mutilação de algum membro. Seria utópico desejar paz na alma com o corpo em
detrimento?
Em outubro de 2014, a exatos 2 meses de realizar o sonho de me casar, recebi o
sombrio diagnóstico de câncer. Tratava-se de um tipo bastante raro, de localização
difícil, e já disseminado para linfonodos. O nome? Tão feio quanto seu prognóstico:
carcinoma urotelial retroperitoneal. O desespero, o medo da morte e o
inconformismo, tomaram conta de mim e de todos que me amavam. Eu me
perguntava, incessantemente, porque aquilo estava acontecendo comigo. Não
sabia como reagiria à queda dos cabelos ou se aguentaria os demais terríveis e
deletérios efeitos da quimioterapia.
Durante três dias, após a notícia, eu chorei copiosamente. Chorava até sentir-me
cansada, quando, então, tomava medicações que me sedavam, na esperança de
que eu pudesse fugir daquela dura realidade. No entanto, ao acordar, minha mente
enchia-se novamente de perguntas para as quais eu não encontrava reposta, e
todo o sofrimento me revisitava, fazendo-me acreditar que eu estava presa aos
fatos!
Já fisicamente esgotada, percebi que precisava dar um jeito de me adaptar à
situação e de me preparar para enfrentar o que estava por vir. Deliberadamente
comecei a buscar, em minha memória, todo o conhecimento que havia adquirido
na minha formação como coach e practitioner em programação neurolinguística.
“Agora é hora de colocar em prática toda teoria que tanto me encantou nesses
cursos”- disse a mim mesma.
Em paralelo, comecei a pesquisar formas de como poderia aumentar a minha fé em
Deus, em mim mesma, e na minha capacidade de contribuir ativamente para a
cura. Com esse foco, os resultados de minhas buscas foram se interconectando e
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convergindo para vários pontos em comum, que, posteriormente, constituíram
minhas armas e munições na guerra contra essa doença tão temida.
E foi assim que o choro cessou, meu coração se acalmou, e comecei a reescrever
minha história, convicta de que existiam muitas formas de agir em favor da minha
saúde e do meu bem-estar. Decidi assumir a responsabilidade, junto aos médicos
que me acompanhavam, pela minha cura. A Minha parte não seria apenas me
submeter aos exames, consultas e propostas terapêuticas, mas também encontrar
meios de fazer minha mente potencializar o tratamento, isto é, canalizar meu
pensamento e minhas crenças como suporte indispensável ao restabelecimento da
saúde!
Com apenas três sessões de quimioterapia, o tumor já havia apresentado uma
redução de mais de 50% de volume, algo muito superior ao estimado pela
medicina! Ao final do tratamento infusional (que entra pelas veias), a redução já
era de 80%.
Diabética, e submetida a um rigoroso protocolo quimioterápico – o qual é
concluído por apenas um, em cada dez pacientes – cheguei ao final das doze
sessões sem apresentar uma infecção oportunista sequer.
Figura 1 A primeira sessão de quimioterapia
A partir deste ponto, este livro irá te ensinar como enxergar o lado positivo por trás
do câncer e, definitivamente, fazer mais para aumentar as chances de melhora.
Você aprenderá como a “Técnica da Ressignificação do Câncer” é uma forma
poderosa de amplificar sua qualidade de vida, expandir sua capacidade de reação,
e aproximá-lo da possibilidade daquilo que mais deseja: ser curado!
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Mudando significados
“Não existe Bem ou Mal. É o pensamento que os criam.”
William Shakespeare
Em 03/02/2014, a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em
inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o relatório Câncer no
Mundo 2014, resultado da colaboração de 250 cientistas de 40 países. Baseada nas
recentes estatísticas de incidência e de mortalidade em escala mundial, a
publicação revelou que a incidência do câncer está aumentando. Estima-se que nas
próximas duas décadas teremos 27 milhões de novos casos de câncer, 17 milhões
de mortes decorrentes da doença e 75 milhões de pessoas vivendo com a
enfermidade.
Em contrapartida, vários experimentos científicos vêm demonstrando a relação
inversamente proporcional entre a taxa de mortalidade em pacientes com câncer,
e sua boa condição psíquica diante do quadro. Embora o mecanismo para esse
resultado ainda não esteja bem elucidado, verifica-se que pacientes com melhor
resposta emocional e mental à doença respondem melhor aos tratamentos e
aumentam a taxa de sobrevida.
Dar um significado a um acontecimento, ou a algo, é uma necessidade do nosso
cérebro. Somos seres racionais, e isso nos coloca na condição de querermos
explicar tudo à nossa volta, para que possamos dar importância às experiências. Se
estamos dirigindo, e o trânsito, de repente, fica congestionado, logo começamos a
imaginar que pode ter havido um acidente, uma obra na via ou uma blitz policial.
Buscamos um sentido para aquela situação relacionada ao tráfego.
Quando adoecemos, não é diferente. Buscar uma interpretação é natural e
praticamente inevitável. Contudo, é totalmente possível tornar consciente essa
busca pelo sentido, e fazê-la a nosso favor, dando à pintura a moldura que mais
nos beneficiará.
No dicionário da língua portuguesa, a palavra “significado” aparece definida como
“o que é representado ou expresso por um sinal, um sistema de sinais, um gesto,
um fato”. Dessa forma, podemos entender o câncer como um sinal que expressa
ou representa algo para nós. Inicialmente, para todos os pacientes, o câncer é a
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expressão de uma sentença de morte. Faz parte do nosso instinto de sobrevivência
temer as ameaças à vida e as doenças pertencem a esse grupo.
No entanto, em um segundo momento, podemos escolher, deliberadamente, se
essa expressão assustadora é a que vamos adotar ou se utilizaremos nossa
criatividade com inteligência para assumir outra postura.
A técnica da ressignificação consiste na troca da interpretação dos fatos em nossa
mente. Para ilustrar, pense na resposta para a seguinte questão: Qual o significado
de uma chuva torrencial?
Depende do ponto de vista, concorda? Pode ser péssima, se você estava
planejando ir à praia com a família ou passear com o cachorro na rua. Mas, para
alguém que está contando com a água da chuva para molhar seu jardim, será
excelente.
O primeiro passo para ressignificar uma experiência consiste em uma análise
aprofundada da situação atual. Para tal, recomendo o uso de um papel para
organizar as ideias de forma mais objetiva. Divida a folha com duas linhas verticais,
criando três colunas.
Na primeira coluna comece a listar os FATOS que você está vivendo e, na segunda,
os SIGNIFICADOS que está atribuindo a esses fatos. Ser portador de câncer, sentir
dores em alguma(s) parte(s) do corpo, precisar de tratamento, por exemplo, são
fatos concretos. Estar em uma situação lamentável e sentir-se como uma vítima
inerte, por outro lado, são significados.
Preencha essas colunas com calma. Permita-se escrever tudo o que lhe vier à
cabeça, sem critérios de certo ou errado. Deixe fluir suas emoções e pensamentos.
O papel aceita qualquer coisa que você quiser nele colocar e não fará nenhum tipo
de julgamento.
Figura 2 Exemplo
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Concluída essa primeira etapa, foque sua atenção na coluna de significados. Olhe
um a um e coloque-se no lugar de outra pessoa, de preferência, alguém que você
admira ou em quem confia. O que essa pessoa falaria para ajudá-lo, se lesse sua
lista de significados? Ou, se achar mais fácil, imagine que essa lista é de algum
amigo. De que forma você o aconselharia para fazê-lo sentir-se confortável, e
aumentar sua confiança?
Vá preenchendo a terceira coluna com esses conselhos, que representam, em
última análise, o significado que você passará a dar aos fatos que listou. Ao
terminar, siga para a próxima etapa do processo: verifique a ecologia dos
significados gerados.
Significados ecológicos são aqueles que estão alinhados aos seus princípios e àquilo
que você acredita e respeita. Não adianta gerar uma interpretação espiritualizada
se você não acredita nela, por exemplo. Precisa fazer sentido para você. Única e
exclusivamente para você, sem que prejudique quem está ao seu redor.
Figura 3 Exemplo
Por fim, releia, em voz alta, o que escreveu na terceira coluna, no mínimo, duas
vezes por dia – ao acordar e antes de dormir. Como tudo que é novo na vida, o
primeiro contato com a técnica da ressignificação pode parecer artificial. Seu
cérebro irá relutar para que os velhos e enraizados padrões de pensamentos
retomem seu lugar, o que reforça a importância de praticar, praticar e praticar.
Além de suas crenças individuais, há também aquelas ligadas à história do câncer,
que permeiam o inconsciente coletivo, e não se render a elas é um trabalho que
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requer empenho. Assim acontece com qualquer ideia que desejamos alterar, seja
em um contexto de doença ou de saúde.
Minha experiência com o ato de ressignificar foi bastante produtiva. Algumas de
minhas leituras fazem sentido apenas para mim, enquanto outras servem a todos
que estão com câncer. Dentre as últimas, gosto de citar a mudança evolutiva da
minha hierarquia de valores, a oportunidade de aprender a me aceitar e conquistar
uma autoestima saudável e, por fim, a possiblidade de compartilhar todo meu
aprendizado e ajudar outras pessoas sob as mesmas circunstâncias.
Outras histórias de sucesso
Inúmeras pessoas mudaram o rumo da humanidade diante de problemas que
foram ressignificados. Uma delas foi Almon Brown Strowger, um agente funerário
de Kansas City (Missouri- Estados Unidos). No ano de 1878, Strowger começou a
perder muitos clientes. A queda abrupta da procura por seus serviços o levou a
investigar o que poderia estar acontecendo. Então, descobriu que a mulher de seu
concorrente havia assumido como operadora da central telefônica da cidade.
Dessa forma, todos os clientes que solicitavam um coveiro eram prontamente
direcionados pela operadora ao seu próprio marido.
Sem clientela, as opções que Almon possuía incluíam: tentar provocar a demissão
da operadora, processá-la por danos junto ao tribunal, permanecer lamentando a
decadência, desistir de sua profissão, mendigar, dentre outras.
Porém, a postura que Strowger assumiu foi surpreendente. Ele enxergou a
oportunidade em meio ao colapso e revolucionou todo o sistema de telefonia ao
inventar um sistema de comutação telefônica automática (discagem direta). A
solução desse homem permitiu que as pessoas pudessem chamar umas às outras
diretamente, eliminando, com isso, a necessidade de um operador.
Ao focar no objetivo de contornar a crise, o ex-coveiro não apenas a solucionou,
como contribuiu para melhorar a vida de todos os usuários de telefone em todo o
mundo.
Outro exemplo de conquista é o atual técnico da seleção brasileira de vôlei,
Bernardinho. Como treinador, ele é o maior campeão da história do voleibol,
acumulando mais de trinta títulos importantes em vinte anos de carreira dirigindo
as seleções brasileiras feminina e masculina.
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Autor dos livros “Bernardinho - Cartas a um jovem atleta” e “Transformando Suor
em Ouro”, esse ícone desportista é um grande adepto da ressignificação e de
outras técnicas neurolinguísticas.
Eu poderia ainda citar distintos e ilustres modelos de "ressignificadores", como
Jesus Cristo, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi e Martin Luther King.
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Conclusão
Ressignificar não é uma forma fantasiosa de ver o mundo. É visualizar possíveis
vantagens e representar a experiência que estamos vivendo de um modo que
favoreça nosso objetivo. Quando estamos diante de forças que fogem ao nosso
controle, sentimo-nos sem liberdade de escolha. Com a adoção dessa técnica,
torna-se possível conquistar um espaço de manobra.
Diante de tudo que vimos até aqui, eu o desafio a dar o primeiro passo agora
mesmo! Pegue uma caneta, uma folha de papel, e procure um lugar em que possa
ficar apenas com seus pensamentos e sentimentos. Dê a si mesmo a chance de
fazer uma nova história. Permita-se ver as oportunidades que você possui hoje, por
mais paradoxal que possa parecer.
Quanto mais você repetir seus novos significados (mentalmente, verbalizando ou
escrevendo), mais fortes e genuínos eles se tornarão em sua mente e em seu
coração. Dessa forma, você começará a construir um dispositivo muito eficaz para
evitar que a tristeza e o desânimo façam morada dentro de você.
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lidar com familiares, como ter uma alimentação anti-câncer e muito mais.
Escolha a vida. Escolha viver!
http://www.rachelfurtado.com.br/programaescolhaviver/
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Sobre a Autora
Rachel Furtado é médica especializada em Nutrologia, personal coach, practitioner
em Programação Neurolinguística e palestrante. Sua página NovaMente tem sido
uma ferramenta de ajuda a milhares de pessoas. Ela também é membro da equipe
do Ministério de Cura Emocional e Aconselhamento Cristão na igreja Sara Nossa
Terra (Rio de Janeiro - RJ), onde ministra para grupos voltados à gestão emocional.