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COMO VAMOS 'DERROTAR' O VÍRUS? Marta F. Reis [email protected] Virologista Pedro Simas defende que é preci- so começar a preparar a segunda fase de res- posta à covid-19. perigoso contar com uma vacina no imediato'. E nada será como dantes. Deve começar a habituar-se à ideia de que as reuniões de família durante a Páscoa não são aconselháveis Quando voltamos à escola? E pode- mos voltar a estar com os avós? São perguntas dos mais novos. Mas a inquietação é coletiva. Do receio da doença aos impactos sociais e económicos que se antecipam com a Europa a viver em estado de emergência perante a ameaça da pandemia. Foi declarada guerra ao coronavírus, mas como se derrota- o inimigo? A discussão tem aquecido o de- bate científico, entre as ideias de que é preciso tentar suprimir a transmissão ou abrandar ao má- ximo a epidemia e 'aplanar a cur- va - isolando todos os doentes e casos suspeitos -, mas também criar imunidade populacional, ou seja, permitir que o vírus infecte a população, da forma o mais con- trolada possível e protegendo os mais vulneráveis, para conseguir- mos ter defesas. E não é no Rei- no Unido, onde Boris Johnson re- cuou nos últimos dias na estraté- gia desalinhada de deixar o vírus fazer o seu caminho, que teve opo- sição da comunidade científica e médica do país, por poder signifi- car mais vítimas mortais e o co- lapso do NHS. As escolas em In- glaterra foram encerradas sem data para reabrir e foram proibi- dos eventos de massas. A questão mantém-se: pode ser mais pru- dente nesta fase evitar a exposi- ção ao máximo, mas resolver o problema poderá passar por vol- tar a sair de casa. FECHAR O PAÍS O primeiro-ministro holandês abordou esta semana o proble- ma num discurso ao país, expli- cando por que motivo não avan- çam para uma situação para o confinamento total ou fecho de fronteiras, como aconteceu na China, ainda que também te- nham fechado escolas, bares, medidas idênticas às seguidas nos últimos dias por vários paí- ses europeus, incluindo Portu- gal. Sublinhando a dificuldade do momento, Mark Rutte defen- deu que é importante que o país continue a navegar seguindo a bússola do conhecimento cientí- fico. «A realidade é que o co- ronavírus está entre nós e vai permanecer entre nós nos próximos tempos», disse. «Não uma saída fácil ou rápida para esta situação difícil. A realidade é que no futuro pró- ximo uma grande parte da po- pulação holandesa vai ser in- fetada por este vírus».

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COMO VAMOS'DERROTAR'O VÍRUS?Marta F. [email protected]

Virologista Pedro Simas defende que é preci-so começar a preparar a segunda fase de res-posta à covid-19. 'É perigoso contar com umavacina no imediato'. E nada será como dantes.

Deve começara habituar-seà ideia de que asreuniões de famíliadurante a Páscoanão sãoaconselháveis

Quando voltamos à escola? E pode-mos voltar a estar com os avós? São

perguntas dos mais novos. Mas ainquietação é coletiva. Do receioda doença aos impactos sociais e

económicos que se antecipam coma Europa a viver em estado de

emergência perante a ameaça da

pandemia. Foi declarada guerra ao

coronavírus, mas como se derrota-rá o inimigo?

A discussão tem aquecido o de-

bate científico, entre as ideias de

que é preciso tentar suprimir atransmissão ou abrandar ao má-ximo a epidemia e 'aplanar a cur-

va - isolando todos os doentes e

casos suspeitos -, mas tambémcriar imunidade populacional, ou

seja, permitir que o vírus infectea população, da forma o mais con-trolada possível e protegendo os

mais vulneráveis, para conseguir-mos ter defesas. E não é só no Rei-no Unido, onde Boris Johnson re-cuou nos últimos dias na estraté-gia desalinhada de deixar o vírusfazer o seu caminho, que teve opo-sição da comunidade científica emédica do país, por poder signifi-car mais vítimas mortais e o co-

lapso do NHS. As escolas em In-glaterra foram encerradas sem

data para reabrir e foram proibi-dos eventos de massas. A questãomantém-se: pode ser mais pru-dente nesta fase evitar a exposi-ção ao máximo, mas resolver o

problema poderá passar por vol-tar a sair de casa.

FECHAR O PAÍSO primeiro-ministro holandêsabordou esta semana o proble-ma num discurso ao país, expli-cando por que motivo não avan-çam para uma situação já parao confinamento total ou fecho de

fronteiras, como aconteceu naChina, ainda que também te-nham fechado escolas, bares,medidas idênticas às seguidasnos últimos dias por vários paí-ses europeus, incluindo Portu-gal. Sublinhando a dificuldadedo momento, Mark Rutte defen-deu que é importante que o paíscontinue a navegar seguindo abússola do conhecimento cientí-fico. «A realidade é que o co-ronavírus está entre nós e vaipermanecer entre nós nospróximos tempos», disse. «Nãohá uma saída fácil ou rápidapara esta situação difícil. Arealidade é que no futuro pró-ximo uma grande parte da po-pulação holandesa vai ser in-fetada por este vírus».

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Rutte explicou então os cená-rios e disse que a convicção dos

peritos ouvidos é que se podeatrasar a transmissão do víruse ao mesmo tempo construirimunidade de grupo de uma for-ma controlada. Quem tem a in-feção habitualmente fica com al-

guma imunidade, como aconte-cia com o sarampo (o que hoje é

garantido pela vacina, que per-mitiu pensar na erradicação dadoença). «Quando maior for o

grupo imune, menos provávelé que o vírus afete idosos vul-neráveis ou pessoas com maisdoenças. Com a imunidade de

grupo constrói-se como queuma parede protetora à voltadestas pessoas. Este é o prin-cípio, mas temos de perceberque pode levar meses ou maisa construir imunidade de gru-po e durante este período te-mos de proteger estas pes-soas», disse.

E é aqui que surgem os dife-rentes cenários, continuou, ex-plicando que há um que pareceser o mais indicado. Tentar con-trolar ao máximo o vírus, maspermitir que se crie imunidadede grupo, protegendo os gruposde risco. «Neste cenário, amaior parte da população vaiter doença ligeira e garanti-mos que o sistema de saúdeconsegue gerir a situação»,disse Rutte, justificando que o

cenário de 'parar o país' não fun-cionará a prazo. «Esta aborda-gem rigorosa pode pareceratrativa à primeira vista, masos peritos sublinham que nãoseriam dias ou semanas. Nes-te cenário, teríamos de pararo país por um ano ou mais,com todas as consequências.E mesmo que fosse possível -deixar as pessoas só sair decasa com permissão duranteum longo período - depois ovírus poderia ressurgir deimediato se as medidas fos-sem levantadas».

Para já, nenhum país europeu

impôs uma quarentena total,mas as medidas têm estado a es-

calar, com as saídas e desloca-ções reduzidas. Com ou sem re-colher obrigatório, as ruas estãoa ficar vazias e os contactos so-ciais restritos. Chegará? Por cá,a questão foi levantada publica-mente pelo virologista Pedro Si-

mas no programa Prós e Con-tras (RTP). Ao SOL, o investiga-dor do Instituto de MedicinaMolecular (IMM) admite que apressão social e também a vul-nerabilidade dos sistemas desaúde e falta de material de pro-teção são fatores que pesam nas

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decisões e que, nesta fase, e pe-rante o risco para a populaçãomais vulnerável e profissionaisde saúde, a abordagem de res-tringir ao máximo os contactospara abrandar a doença faz todoo sentido. Simas defende, no en-tanto, que é preciso perceber asconsequências e começar a pla-

near o segundo momento de res-

posta à epidemia, sob pena de

restrições mais distendidas notempo serem ineficazes para re-solver uma crise que se adivinhalonga. Quão longa é uma incóg-nita: as previsões reveladas peloGoverno apontam o fim da cur-va epidémica para o final de

maio, no melhor cenário, disseesta semana António Costa. NosEUA, o cenário traçado, revela-do esta semana pelo New YorkTimes, é que a crise da covid-19

possa durar 18 meses, com vá-rias vagas e tipos de resposta -esta seria a primeira.

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ERRADICAR

O VÍRUS?

IMPROVÁVEL

Simas admite que um cenário emque o vírus desaparece após esta

primeira vaga é improvável - empandemias da gripe houve maisde uma onda, às vezes no verão.O aumento da temperatura e a ex-posição a radiação ultravioleta di-minui a sobrevivência dos vírus,e pode ajudar, mas a gripe e ou-tros coronavírus continuam a cir-cular ao longo de todo o ano, o

que numa situação em que amaioria da população não tem de-fesas será sempre um risco. Alémdisso, a transmissão comunitáriajá está a acontecer em vários paí-ses, pelo que teria de ser suprimi-do em todos e haver fortes restri-ções à circulação para ser contro-lado apenas por esta via. «Podefazer-se os lockdowns que se

quiser que o vírus não é erra-dicado, temos de ter imunida-de populacional ou ter uma va-cina», afirma o investigador.«Não podemos dizer que é en-démico, porque só quando estámuitos anos na população temessa definição, mas a probabi-lidade de erradicar o vírus dapopulação no imediato é pra-ticamente nula. Controlar sim,erradicar não».

Como controlá-10, então? PedroSimas ressalva que, para umapandemia, o cenário é relativa-mente bom: 95% das pessoas in-fetadas têm doença ligeira. Asrestantes têm quadros graves,com recuperações demoradas, o

que estando-se numa fase de rá-pida propagação sem tratamentonem imunidade, aumenta o peri-go para os grupos mais vulnerá-veis - idosos e pessoas já comdoenças de base, com a taxa de le-talidade acima dos 80 anos a su-

perar os 10% na China mas tam-bém na Coreia.

A análise de Wuhan tem vindoa validar a eficácia da abordagemrestritiva: uma equipa de inves-

tigadores da Faculdade de Higie-ne e Medicina Tropical de Lon-dres estimou que a taxa de repro-dução do vírus baixou de 2,2 para1,5 uma semana depois de a cida-de ser isolada e a população rece-ber ordens para ficar em casa. Ouseja, cada doente passou a infetarpelo uma pessoa e ocasionalmen-te mais de uma, em vez de infetarduas ou mais. «Também se esti-maque se tivessem começadouma semana antes, tinhamtido menos 67% de infetados.Mas é preciso ver o que acon-teceu: na experiência chinesa,estiveram oito semanas dequarentena mas a medida ava-liada como mais eficiente foi adeteção precoce dos casos e oisolamento. Isso é muito difí-cil de generalizar agora por-que não há testes suficientes».

Também se estima agora queaté à ordem de lockdown, a 23 de

janeiro, 86% dos casos não terãosido detetados porque as pessoasnão procuraram cuidados de saú-

de, tinham uma ligeira constipa-ção ou não sentiam nada, o queterá levado à rápida expansão daepidemia, revelou esta semanaum artigo publicado na Science.A OMS reforçou o apelo para se-

rem testados todos os casos sus-

peitos a par de outras medidas.«Por haver casos assintomáti-cos e se calhar não haver capa-cidade de muitos testes pede--se às pessoas para ficar maisem casa. Compreende-se a si-tuação de emergência e a pres-são social, mas além da com-ponente de ética, de pesar os

impactos que isso terá em ter-mos económicos e sociais, épreciso pensar que ao fazeristo podemos não resolver oproblema e estamos a atrasara imunidade de grupo».

MEDIDAS

EXCECIONAIS

Pedro Simas reforça que toda estacrise se coloca sobretudo por se

tratar de um coronavírus novopara o qual a população não temimunidade - nem vacina, por ago-ra - e não porque seja mais agres-sivo do que outros vírus que cir-culam entre humanos.

É isso que leva os países a toma-rem medidas excecionais: o riscode se entupir os serviços de saú-de e as consequências que issopode ter. «É um vírus que causasíndrome respiratória agudasevera, os casos graves preci-sam de ventilação mecânica enão existem ventiladores emnúmero suficiente, e isso tam-bém acontece quando tenraspor exemplo picos epidénucosde gripe A. A diferença i*o im-pacto é que nas tpiáeiias degripe a população te» imuni-dade, porque convive há anoscom o vírus infhtenza, e por-que existe uma vacina, dispo-nibilizada aos grupos de risco».

Como seria então a segunda fasede resposta? Para Pedro Simas, é

isso que deve começar a ser pen-sado, com o apoio da comunidadecientífica. «Os decisores têm dese rodear de uma equipa multi-discplinar, que olhe para os ou-tros países, interprete os resul-tados científicos e aconselhemedidas. O que é dramáticoaqui é que os países mais ricosestão a fazer as coisas mais fa-seadas e os países pobres, quesão os que mais precisam do tra-balho, são os que têm de deixarprimeiro de trabalhar», analisaPedro Simas, reforçando o apelo.«Temos de rapidamente pensarum modelo de como vamos fa-zer para enfrentar a segundavaga, porque no limite podemosestar períodos prolongados emestado de emergência e quandosairmos voltar ao mesmo». O ví-rus pode continuar a circular nacomunidade sem ser notado atéhaver casos graves ou testes gene-ralizados e a falta de defesas só se

alteram quando houver uma vaci-na eficaz ou se for possível criarimunidade de grupo.

VACINA

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NO OUTONO?

Esta semana houve novidades nacorrida à vacina: os EUA anuncia-ram que vão começar testes em vo-luntários saudáveis e, dias depois,a academia chinesa anunciou umavacina eficaz e teve luz verde paraensaios clínicos. Já na Europa, apresidente da Comissão Europeia,Ursula von der Leyen, anunciou80 milhões de euros de financia-mento a um laboratório alemão e

disse acreditar que a vacina pode-rá chegar ao mercado no outono.Pedro Simas mostra cautela: «Aúnica vacina que sabemos queestá em fase de ensaios clínicosé a chinesa e pode demorar 12a 14 meses e já com o processoa ser acelerado. E no limite podenão funcionar. Por isso, nestemomento, é perigoso ficar à es-

pera de uma vacina. Para as de-cisões que é preciso tomar noimediato, é irrelevante pensarnuma vacina», defende.

NEM BEIJINHOS,

NEM PÁSCOA

Já para haver imunidade de gru-po, a estimativa dos investigado-res é que seria necessário que o

SARS-CoV2 infetasse 70% da po-pulação, tendo em conta a taxade reprodução do vírus. Porexemplo, no sarampo, mais infec-cioso - sem vacina ou imunida-de de grupo, uma pessoa com sa-

rampo infeta 12 a 18 - considera--se que existe protecão de grupoquando mais de 95% da popula-ção está vacinada. «É neste pon-to que defendo que se devepensar no próximo passo. Opaís sem produzir um mês vaipagar um preço muito caro, oque pode ser necessário, mas émuito importante perceberque o vírus não vai ser elimi-nado desta forma. Pode ga-nhar-se tempo para a respos-ta do serviço de saúde, mas épreciso pensar o resto e comose poderá chegar a este ponto

de forma controlada sem vaci-na», defende.

Nesta perspetiva, um cenáriopoderia ser fasear um regressogradual à normalidade, em que apopulação teria de manter os cui-dados de distanciamento socialpara diminuir o risco de trans-missão, mas os grupos de risco te-rão previsivelmente de manter-semais tempo resguardados. «Atéhaver uma vacina estarão sem-pre num maior risco», resumeo investigador do IMM, o que aju-da a antecipar que, mesmo levan-tadas medidas mais restritivasanunciadas esta semana, o con-tacto mais próximo com familia-res mais velhos pode só aconte-cer mais tarde. E dificilmenteserá aconselhável reuniões de fa-mília na Páscoa, a questão quemuitos colocam. Beijos e abraçostambém terão de ficar para de-

pois. «Eu sendo saudável, ten-to não ser um propagador do

vírus, não tenho sintomas,dou beijinhos à minha mulhere aos meus filhos, mas pensoque até podermos a voltar a fa-

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zê-lo no geral vai demorar al-gum tempo. Há culturas dife-rentes, fiz a minha formaçãoem Inglaterra e ninguém dábeijinhos, mas não sei se os

portugueses se habituam».E as escolas, poderão reabrir

este ano? «Da mesma formaque se está a fazer um esforçona China para reabrir as esco-las agora que passou a onda,terá de se fazer um esforçopara reabrir as escolas cá. Nãoestá demonstrado que ascrianças sejam um vetor dis-seminador da doença e sabe-mos que têm doença ligeira,mas mesmo que sejam, esperoque consigamos arranjar umaestratégia para proteger gru-pos de risco e ter as criançasa voltar à escola».

Tal como as oito semanas dequarentena na China prometemtornar-se um caso de estudo dasaúde pública, agora é precisoseguir o regresso à normalida-de e ver o que funciona, diz Pe-dro Simas.

Na semana em que as aulas fo-

ram suspensas em muitos paísespor causa da pandemia, a Chinareabriu as primeiras escolas e osalunos regressaram ao ensino'ofíline'. Segundo a imprensa chi-

nesa, com autocarros com circui-tos adaptados para ir buscar as

crianças a casa nos seus bairrose evitar juntar alunos de zonas di-

ferentes, controlo de temperatu-ra e uso de máscara, sessões de

etiqueta respiratória e proibiçãode ajuntamentos e limpeza regu-lar dos espaços comuns, mudan-

ças que agora já não parecem as-sim tão distantes.