Como Escrever Texto de Final de Curso

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Como fazer 6

FAJE - Faculdade de Filosofia e Teologia da Companhia de Jesus Belo HorizonteMaio de 2014

Como fazer um trabalho de concluso de curso1 INTRODUOO presente subsdio pretende ser um guia prtico para a produo do trabalho cientfico de concluso de curso no nvel de bacharelado, mestrado e doutorado, nas reas de filosofia e teologia. No propriamente normativo, mas didtico. Pretende familiarizar o leitor com a lgica do trabalho antes e durante a pesquisa e a redao. Remete, de modo imediato, ao Vade-mcum 2012 de nossa Faculdade :http://www.faculdadejesuita.edu.br/index.php?pagina=grupo_conteudo&tela=27&subtela=Este subsdio contm leves divergncias em relao ABNT e ao Vade-Mcum (principalmente no 8.2: recuos). Nestes casos h liberdade de escolha.Perante as contnuas atualizaes das normas da ABNT e de sua interpretao pela FAJE, convm consultar os respectivos stios eletrnicos. As normas especficas para o acabamento e a apresentao dos trabalhos so fornecidas pela Coordenao e/ou Secretaria do respectivo programa. Na Biblioteca da FAJE funciona o SOM- Servio de Orientao Metodolgica. Os orientadores de trabalhos de concluso, se preciso, orientem seus orientandos para esse servio. Convm pedir ao SOM para ver os melhores exemplos dos alunos anteriores.2 PASSOS ADMINISTRATIVOS INICIAISAntes de qualquer outro passo, o candidato concluso de curso dirija-se Coordenao e/ou Secretaria do Curso para receber as devidas orientaes previstas no Programa. No se defina o trabalho, nem se envolva um orientador, antes de ter recebido as orientaes oficiais do Curso.3 DEFINIO DO ASSUNTO O tema deve ser claramente delimitado, pela definio - do objeto material, ou conteudista (por exemplo, um tema ou autor, antigo ou novo, da filosofia ou da teologia) - e do objeto formal (o ngulo especfico de abordagem). A combinao do objeto material (contedo examinado) e objeto formal (ngulo de abordagem) deve dar ao tema a desejada preciso, lembrando-se do adgio da lgica formal: quam maior extensio, tam minor intentio, ou seja, quanto mais se quer abarcar, menos profundidade ter... A delimitao do tema deve ser minimalista, e, quanto mais avanado o nvel, mais especializada. Miguelngelo, ao ser perguntado como conseguia transformar um bruto bloco de pedra numa escultura to perfeita, respondeu: Cortando fora o que h demais. A delimitao pode ser estreitada limitando-se a um s autor, a um perodo reduzido etc. costume mencionar o objeto material no ttulo e o objeto formal no subttulo. Ex.:Objeto material (ttulo)Objeto formal (subttulo)

A humanidade de Cristo segundo Karl RahnerA cristologia vista a partir da antropologia teolgica

A metafsica segundo HeideggerA discusso recente (2000-2010)

A teologia do beloIncidncia no cristianismo ps-moderno

Nascido ou nascidos de DeusCrtica textual e interpretao de Joo 1,12-13.

Para que o trabalho represente uma verdadeira contribuio cientfica, ser til, sobretudo no Mestrado e no Doutorado, escolher um assunto dentre os que os professores aconselham, para completar ou continuar estudos ou projetos j em andamento. necessrio que o projeto se insira nas linhas de pesquisa oferecidas pelo programa. Em vista disso consulte-se o guia Ano Acadmico e a Coordenao do curso (cf. infra, 5). Na fase de definio do projeto, o candidato poder ser acompanhado por um orientador provisrio, indicado pela Coordenao.4 O PROJETO Os projetos de pesquisa para os trabalhos de concluso das diversas etapas acadmicas devem ser apresentados Secretaria e/ou Coordenao do curso em tempo hbil e segundo os critrios formais estabelecidos pelas mesmas. O aluno informe-se cuidadosamente a respeito disso e, se preciso, pea exemplos ou modelos para a elaborao do projeto. Os aspectos formais devem ser informados pela Secretaria. A Coordenao indicar um orientador para acompanhar a elaborao do projeto quanto ao contedo. Esse orientador do projeto no ser necessariamente o orientador do trabalho!5 O ORIENTADORUma vez aceito o projeto no processo de admisso, o orientador ser indicado (ou confirmado) pela Coordenao do Curso, considerando que, nas instituies credenciadas pela CAPES, o nmero de orientaes de dissertao ou tese que cada professor pode assumir limitado. Evidentemente, o aluno pode dar a conhecer sua preferncia, especialmente se esta se justifica pelo assunto. Uma vez indicado o orientador, o aluno procurar manter contato regular, segundo um ritmo estabelecido de comum acordo. No caso do Doutorado, haja contato mais intenso ao aproximar-se o Exame de Qualificao, no 5 semestre, quando o aluno dever apresentar uma parte representativa do texto.6 COLETA DE DADOS E ORGANIZAO A partir da bibliografia j coletada para o projeto e eventualmente ampliada, o aluno executar a pesquisa bibliogrfica- das fontes, relativas ao autor ou perodo histrico que fazem o objeto de sua pesquisa- dos estudos recentes, em linha regressiva, i., comeando pelos mais recentes e regredindo at determinado ponto que se julga relevante para a pesquisa (p.ex., os ltimos cinco anos, para um assunto quente, os ltimos cinquenta anos para um assunto de cinquentenrio etc.).Os resultados relevantes desta pesquisa serviro tanto para o estado da questo, na parte inicial do trabalho, quanto para o tratamento do assunto no corpo do trabalho (cf. 7.3). Aconselha-se coletar e organizar os dados de maneira analtica, copiando o texto ou eventualmente o link eletrnico numa ficha (em papel ou em arquivo eletrnico) devidamente identificada. Ao se usar ficha em papel (A6 ou A5), pode se colocar no lado esquerdo da linha superior nome, data e pgina do documento, e no lado direito da mesma linha o assunto especfico. Para fichamento em arquivo eletrnico crie-se algo equivalente. Graas a este sistema, as fichas podem ulteriormente sendo reclassificadas segundo a necessidade (p.ex., em ordem cronolgica para o estado da questo, em ordem lgica para os captulos ulteriores, a abordagem sistemtica do assunto).Durante todo o trabalho, desde a coleta de dados at a ltima reviso, mantenha-se atualizada a bibliografia, para sempre ter disposio a referncia completa e exata das fontes consultadas. til juntar fichas o cdigo de classificao da biblioteca ou o link da consulta eletrnica.7 COMPOSIO E REDAO 7.1 Mtodo de composio integradaOs diversos elementos da pesquisa e composio do texto devem ser mutuamente integrados. No preciso retardar a redao at a concluso definitiva da coleta de dados, como tambm esta no se encerra quando comea a redao. Se voc tiver uma ideia boa enquanto estiver coletando os dados, anote-a (p.ex., numa ficha semelhante s da coleta, usando o seu prprio nome como autor). Por outro lado, no tenha medo de interromper ou de reformular a redao em funo de novos elementos ou de uma coleta de dados suplementar.Em qualquer fase do trabalho, o plano provisrio do projeto pode ser modificado em funo daquilo que voc anda descobrindo ou formulando. O que voc tem compromisso de elaborar o assunto/objeto, no o esquema provisrio (este serve apenas para organizar seu trabalho).7.2 Ordem e contedo dos captulos1 Introduo. Define claramente o objeto oferece um resumo antecipado do trabalho, para permitir ao leitor ter uma viso de conjunto que o guie durante a leitura. Redige-se por ltimo, quando o texto est pronto, junto com a concluso, pois no pode contradiz-la. um hipertexto: no desenvolve um elemento do contedo, mas comenta o texto (no caso, quanto sua totalidade). Pode ser formulado em forma de uma tese ou hiptese (sobretudo no doutorado).2 Estado da questo (State of the Art). Contm: 1: a descrio da problemtica como percebido na contemporaneidade do objeto da pesquisa e hoje; 2: a reviso da literatura cientfica recente sobre o assunto. Os dois aspectos podem ser misturados, se parecer melhor.3- (captulos seguintes) Anlise do assunto. Ocupar tantos captulos quanto a natureza do assunto e da anlise aconselham. No incio e no fim de cada captulo haver um hipertexto para mostrar o fio do raciocnio.?- (captulo final) Sntese conclusiva. Descreve sinteticamente o resultado da anlise. se possvel, seja formulada como confirmao da tese ou, eventualmente, como negao da hiptese (o que tmbm uma contribuio Cincia). Este texto serve de base para a Introduo (1) e para a apresentao da dissertao ou tese.7.3 Linguagem e estiloO cdigo escrito diferente do cdigo oral; deve dispensar qualquer explicao. No pense que voc domina a norma culta porque fala bem o idioma. Os novos gramticos aceitam qualquer modo de falar para que os alunos no fiquem complexados, mas no consideram o problema do leitor. Este pode, por falta de exatido lingustica e gramatical, no entender aquilo que voc escreveu... O estilo acadmico evita o subjetivismo; usa estilo descritivo, objetivo. Quando alguma frase exige a posio do redator, no se usa a 1 pessoa do singular (eu acho), mas a forma impessoal (percebe-se) ou, se essa for impossvel (com verbos pronominais), a 1 pessoa do plural (percebemos).A objetividade exige conciso. Eliminem-se locues conjuntivas desnecessrias, e, sobretudo, circunlocues, adjetivos e floreios gongricos.Estude bem o uso da vrgula, principalmente: no separar sujeito e verbo por vrgula; incluir entre vrgulas apostos, adjuntos adverbiais e expresses adverbiais compridas ou realadas; no usar vrgula antes de oraes subordinadas relativas restritivas; usar vrgula entre oraes coordenados que tenham sujeito diferente... Consulte uma boa gramtica normativa. 7.4 Citao, nota e bibliografia7.4.1 Citao de fonte de pesquisaA citao direta ou formal cita o texto da fonte literalmente; a citao indireta ou conceitual reproduz o conceito, o pensamento, mas no o texto literalmente. Ambas exigem anotao de fonte (v. infra, 7.4.2).Citao direta ou formal:- citao longa: mais de trs linhas (jurisprudncia: citaes um pouco mais breves, mas de contedo a ser enfatizado, podem seguir esta mesma norma): em pargrafo recolhido (v. infra, 8), sem aspas iniciais e finais.- citao breve: no meio do texto, entre aspas iniciais e finais (transformando-se as aspas que eventualmente ocorrerem dentro do texto citado em aspas simples).O uso de maisculo ou minscula no incio da citao depende da articulao com o fraseado antecedente do trabalho, no da fonte (respeitar a consequncia gramatical). Elises so indicadas por reticncias entre colchetes [...]. Acrscimos (p.ex., para explicitar um subentendido, para resumir uma eliso), ou modificaes do texto literal (para adaptar a conjugao do verbo etc.) esto entre colchetes: ele [Jonas] chorou amargamente.Citao indireta ou conceitual: redigida como fazendo parte do texto corrente.Observao. Limitem-se as citaes formais ao estritamente necessrio para a cientificidade do trabalho (= mostrar um dado fundamental assim como est na fonte). Excesso de citaes literais compromete a legibilidade e aumenta o risco inexatido. Ao usar a citao conceitual, a necessidade de reformular o pensamento da fonte mostra o grau de compreenso.7.4.2 Anotao de fonte: referindo a fonte do dado usado no trabalho Princpio geral: A origem e exatido da citao deve poder ser verificada pelo leitor, na fonte usada pelo autor, graas anotao de fonte. A entrada da anotao deve ser idntica entrada da obra-fonte na referncia bibliogrfica. Os demais elementos sejam, o mais possvel, abreviados, porm, permitindo identificao e localizao sem equvoco.Mtodo autor-data-pgina. Prefere-se, no Brasil, a anotao de fonte dentro do texto, mediante o mtodo autor-data-pgina. Vm inseridos, em parntese, logo depois da citao (no caso de citao longa, dentro do pargrafo recolhido): o sobrenome do autor (em caixa alta ou maisculas), a data da publicao consultada e o nmero da(s) pgina(s) (ou colunas) da citao; p.ex.: (VAZ, 1985, p. 75). Havendo vrias publicao no mesmo ano, acrescente-se uma letra minscula para distingui-las (VAZ, 1985a). Havendo dois sobrenomes idnticos, distinguem-se pela(s) inicial(is) do(s) primeiro(s) nome(s) acrescentada(s) ao sobrenome: VAZ, H. ... VAZ, J. Quando o nome do autor mencionado, no texto corrente do trabalho, pouco antes da citao, grafado normalmente (caixa baixa) e no repetido no parntese, p.ex.: Diz o professor Vaz: Sede atentos (1985, p. 7). Mais detalhes na Norma da ABNT.Mtodo tradicional. Se se prefere colocar a anotao de fonte nas notas de rodap, pode-se seguir o mesmo procedimento, ou, em vez do ano de edio, usar uma abreviatura do ttulo da obra referenciada, evocando com clareza o ttulo completo referido na bibliografia. Em ambos os mtodos permitido, e at aconselhado, usar siglas para as citaes das fontes primrias (Bblia, textos antigos e medievais, autor que objeto da pesquisa, cdices ou documentos do Estado, da Academia, da Igreja etc.). Estas siglas, acompanhadas do nmero do item citado, seguem logo depois da citao: p.ex.: No permitido o trabalho a menores de idade (CPenal, n.701,5). A sigla deve estar explicada no incio da referncia bibliogrfica geral. Pode-se remeter a listas de siglas comumente usadas (p. ex., da Bblia).7.4.3 Notas explicativas no rodapExplicaes que sobrecarregam o texto sejam relegadas nota de rodap. No texto corrente indique-se a presena de uma nota de rodap pela chamada, que um nmero em expoente inserido logo depois do elemento a ser explicado ou no fim da orao, antes da pontuao final (ponto, ponto-e-vrgula, vrgula...). O mesmo nmero usado para identificar a nota no rodap.Quando as anotaes de fonte so feitas pelo mtodo autor-data-pgina, todas elas devem permanecer no texto; nenhuma pode aparecer no rodap, sendo este reservado exclusivamente para as notas explicativas. Quando se usa o mtodo tradicional para a anotao de fonte, esta se encontrar no rodap, misturada s notas explicativas. Se, neste caso, uma anotao de fonte coincidir com uma nota explicativa, a anotao de fonte preceder o texto explicativo.8 DIGITAO8.1 Observaes gerais Para capa, folha de rosto, tipo de encadernao etc., consultar a Secretaria do programa.Nmero de pginas aconselhado (texto): dissertao 100; tese 250.Estude bem as possibilidades de seu programa de composio de texto. Aprenda a usar estilos e a controlar a estrutura do texto mediante exibio do mapa do documento e visualizao como estrutura de tpicos.Desligue os automatismos de autocorreo e autoformatao desnecessrios. No use numerao automtica de captulos e subdivises, pois tal numerao causa enormes problemas quando so inseridos novos elementos e quando o orientador corrige o texto usando o comando reviso\controlar alteraes. Para no ter de renumerar as subdivises em caso de mudana de ordem, protela a numerao at o momento da redao definitiva.Use o corretor de texto com critrio: ele nem sempre entende o que voc quer, alm de desconhecer termos especiais, sobretudo de filosofia e teologia (muitas vezes sugerir uma correo errada...). A gerao atual, acostumada a textos eletronicamente pr-fabricados e desacostumada gramtica, necessita consolidar seu conhecimento lingustico e confiar nele. Acesse pelo computador os dicionrios eletrnicos atualizados, p.ex., Houaiss ou Aulete.8.2 Formatao de pginas e pargrafosMargens: todas elas a 2,5cm. Eventuais ajustes podem ser feitos na hora da impresso. Texto comum: estilo Normal: Times New Roman tam. 12. Recuo na primeira linha: 1,5cm. Entrelinha 1,5 pontos. Espao antes e depois do pargrafo: 6 pontos.Pargrafo recolhido (para citaes longas): Criar estilo Recolhido. Times New Roman tam. 11. Recuar pargrafo 3cm da margem normal (ou duas vezes o recuo da 1 linha da texto comum). Sem recuo na primeira linha. Entrelinha simples. Espao antes e depois do pargrafo: 6 pontos.Estilos dos ttulos (ateno: definir o recuo pargrafo nenhum) Seces primrias (captulos): Estilo Ttulo 1. Calibri tam. 14, maisculas, negrito, centralizado. Antes: 18; depois: 6 pontos. Ex.: como nesta apostila.Nas seces secundrias, tercirias etc.: Estilos Ttulo 2, 3 etc. Calibri tam. 12, negrito, minsculas, alinhado esquerda. Antes: 12; depois: 6 pontos. Tabelas: criar estilo Tabela: Calibri tam. 10, minsculas, centralizado ou alinhado esquerda, antes e depois: 0 pontos. Sem recuo na 1 linha.Notas de rodap: usar estilo Texto de nota de rodap: Times New Roman tam. 10, minsculas, centralizado ou alinhado esquerda, antes e depois: 3 pontos. Entrelinha simples. Sem recuo na 1 linha.Use a numerao progressiva dos ttulos, porm no automtica (cf. 8.1). No h ponto depois do ltimo dgito. Ex.: 1 Ttulo de seco primria1.1 Ttulo de seco secundria1.1.1 Ttulo de seco terciria etc.Paginao. Os nmeros das pginas so inseridos direita, em cima, escondendo-se o nmero na primeira pgina (se o computador o permitir; seno, seja coberto com tinta corretora). Insira Numero de pgina desde o incio do trabalho, se preciso com um cabealho que permita a identificao. 9 SUMRIO E REFERNCIA BIBLIOGRFICASumrio. No incio do trabalho aparece o sumrio, que feito automaticamente pelo computador, com base nos estilos Ttulo 1, 2, 3 etc.. Referncia bibliogrfica: assim que a ABNT chama a bibliografia geral, que segue depois da concluso do trabalho. Deve conter todas as fontes (obras) citadas no trabalho, e s estas. precedida da explicao das siglas usadas para determinadas fontes privilegiadas (cf. supra, 7.4.1), as quais devem ser identificadas por sua referncia cientfica.Maiores detalhes nas publicaes metodolgicas e na Norma da ABNT. Cf. Vade-mcum 2012: http://www.faculdadejesuita.edu.br/index.php?pagina=grupo_conteudo&tela=27&subtela=