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Salvador, 24 de Março de 2010. Como passei no AFRFB 2009. 1. Introdução. Olá pessoal, É com um sentimento de enorme satisfação que escrevo esse depoimento. Fui um dos concurseiros desesperados que encontrou em textos como esse uma fonte de inspiração para continuar lutando pela aprovação. Por isso tenho a obrigação de agradecer a nomes como Alexandre Meirelles e ao DEME pela ajuda que me foi proporcionada durante a minha preparação. Sei muito bem como é lidar com as incertezas e dificuldades que os candidatos têm que enfrentar na dura jornada de estudos. Dito isto, é com um profundo sentimento de gratidão que cumpro a obrigação de tentar passar para os mais novos as minhas experiências ESAFIANAS e conselhos. Espero sinceramente que esse material te inspire a lutar pelos seus sonhos e que ele possa contribuir para o seu sucesso! 2. Apresentação. Meu nome é Victório Amoedo Luedy, tenho 27 anos, me formei em Administração e fiz mestrado em Comércio Internacional na Universidade de Santiago de Compostela – Espanha. Trabalhei em diversas empresas no setor privado (sempre como estagiário), entre elas algumas multinacionais. Com essa vasta experiência como estagiário vocês já podem imaginar de onde tirei a força necessária para ser um concurseiro!

Como passei no AFRFB 2009 - Diversos Forros & Divisórias · inspire a lutar pelos seus sonhos e que ele possa contribuir para o seu sucesso! 2. Apresentação. Meu nome é ... diversas

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Salvador, 24 de Março de 2010.

Como passei no AFRFB 2009.

1. Introdução.

Olá pessoal,

É com um sentimento de enorme satisfação que escrevo esse

depoimento. Fui um dos concurseiros desesperados que encontrou em

textos como esse uma fonte de inspiração para continuar lutando pela

aprovação. Por isso tenho a obrigação de agradecer a nomes como

Alexandre Meirelles e ao DEME pela ajuda que me foi proporcionada

durante a minha preparação. Sei muito bem como é lidar com as

incertezas e dificuldades que os candidatos têm que enfrentar na dura

jornada de estudos.

Dito isto, é com um profundo sentimento de gratidão que cumpro a

obrigação de tentar passar para os mais novos as minhas experiências

ESAFIANAS e conselhos. Espero sinceramente que esse material te

inspire a lutar pelos seus sonhos e que ele possa contribuir para o seu

sucesso!

2. Apresentação.

Meu nome é Victório Amoedo Luedy, tenho 27 anos, me formei em

Administração e fiz mestrado em Comércio Internacional na

Universidade de Santiago de Compostela – Espanha. Trabalhei em

diversas empresas no setor privado (sempre como estagiário), entre elas

algumas multinacionais. Com essa vasta experiência como estagiário

vocês já podem imaginar de onde tirei a força necessária para ser um

concurseiro!

E nessa condição, escrevo esse texto com o objetivo de ajudar os

aspirantes a concurseiros a terem uma idéia do tamanho do buraco em

que estão se metendo. Desde já os aviso, vocês encontraram nesse

sonho do concurso público um dos maiores desafios das vossas vidas.

Isso é sério, exigirá sacrifícios e dedicação extrema. A recompensa todos

conhecem, não perderei o precioso tempo de vocês com elas!

Também gostaria de aproveitar esse espaço para agradecer a todas as

pessoas que me ajudaram e acreditaram no meu sonho. Obrigado

família pelo apoio incondicional! Minha namorada, por me suportar na

minha fase neurótica de concurseiro, foi uma verdadeira heroína! Meus

amigos, os poucos que restaram: Albérico, Guilherme, Marcos, Tom e

Bocão! Gosto muito de vocês!

3. A decisão Fundamental.

Tomei a decisão de estudar para concursos no dia 28 de abril de 2008,

foi o dia em que me matriculei no curso preparatório para AFRFB aqui

em Salvador. Sempre admirei a carreira de Auditor Fiscal, o respeito que

o cargo proporciona, a sua boa remuneração e a estabilidade que

somente o serviço público pode oferecer.

Tive inúmeras decepções durante o período em que trabalhei no setor

privado. A minha experiência não foi tão vasta assim (cerca de quatro

anos), contudo, acredito que o tempo não mudaria a minha opinião. A

falta de horizonte, a baixa remuneração e a ausência da mínima

estabilidade me levaram a optar definitivamente pela carreira pública.

Por muito tempo acreditei que não era capaz de passar em um concurso

do nível do AFRFB. Eu nunca fui um aluno de destaque, estudei em

faculdade particular e já havia freqüentando algumas turmas de

recuperação no segundo grau, sem falar nas provas finais da faculdade.

Contudo, sempre acreditei que as pessoas podiam mudar a sua história.

Ainda me lembro de um dia muito especial em que tive a certeza de que

eu poderia realizar o meu sonho de ser fiscal. Eu havia acabado de

terminar o meu mestrado na Espanha e tinha decidido voltar para o

Brasil após mais uma decepção num emprego que tive por lá. Havia sido

demitido por não continuar trabalhando até as 22:00 horas todos os

dias.

Ao chegar de viagem fui informado da maravilhosa noticia da aprovação

do meu irmão mais novo no vestibular de Medicina da UFBA. Fiquei

muito surpreso com a sua determinação, ele havia sido aprovado de

primeira em um concurso muito difícil. Ainda me lembro de uma

conversa que tivemos no carro logo após a notícia, nela ele havia me

dito: “Velho, quando optei por medicina tive medo, mas eu sabia que

aquele era o meu primeiro desafio e que se eu fugisse dele teria que

passar o resto da minha vida convivendo com isso. Decidi cair pra dentro

e estudei muito! Não teve erro, passei!”

Identifiquei-me com o que ele disse. Sempre admirei a carreira de

AFRFB, mas nunca tive a coragem de encarar o desafio. Esse

acontecimento me deu a coragem que me faltava para lutar pelo meu

sonho. Eu tinha medo de deixar o tempo passar e perder a minha

empregabilidade, tinha medo de dedicar anos de minha vida e depois ter

que procurar um emprego com mais de trinta anos na cara, tinha medo

de decepcionar a minha família e acima de tudo eu tinha medo da

derrota. Ora, quem tem medo da derrota nunca poderá saborear o doce

gosto da vitória! Tive que tentar, tentei e consegui!! Fui aprovado no

AFRFB 2009 em 39°lugar no resultado provisório, também passei no

ATRFB, dessa vez em pior colocação, mas passei, foi muito bom. Agora

posso dizer que tudo valeu a pena.

O caminho foi muito duro, sacrifiquei minha vida social por muito tempo

(Um ano e oito meses), estudava até nos fins de semana. Não mentirei,

estudei compulsivamente! Mas uma coisa eu posso garantir, no final

tudo foi recompensado!

Na minha preparação adotei a estratégia da Alemanha na II guerra

mundial, a “Blitzkrieg”. Por favor, não me entendam mal, utilizei-a com

bons propósitos! Defini o meu alvo e o ataquei com todas as minhas

armas de uma só vez! Traduzindo, dediquei-me em tempo integral, só fiz

estudar. O resultado foi muito positivo, fui aprovado em um tempo

relativamente curto, um ano e oito meses.

4. É possível passar trabalhando?

Como havia dito, dediquei-me em tempo integral. Contudo, tenho a

convicção de que pessoas que trabalham também podem passar! As

estatísticas não mentem, grande parte dos aprovados trabalham.

Entretanto, não posso deixar de advertir que esse caminho se mostra

mais tortuoso, demanda mais tempo e sacrifício. Tenho um grande

amigo que foi aprovado trabalhando e me lembro dos esforços

homéricos que ele fazia rotineiramente!

5. Os valores do concurseiro vitorioso.

Pessoal, não é preciso ser um gênio para passar em concursos. Nesse

desafio a disciplina e a determinação são muito mais importantes que a

inteligência. A filosofia da seleção pública valoriza a capacidade de

memorização do candidato e não sua inteligência. Por essa razão

acredito que um candidato disciplinado tem muito mais chances que um

inteligente indisciplinado. Na hora da prova não dá pra deduzir o

posicionamento da doutrina majoritária, até porque, na grande maioria

das vezes, esse posicionamento contrariará a lógica, a razão e o senso

comum! Assim são os concursos, adapte-se a essa realidade!

Outro valor importante é a persistência. Para passar num concurso você

tem que ter muita paciência e não pode se deixar abater pelos maus

resultados. Provavelmente na sua caminhada você se depare com

muitas traves; encare-as com bom humor e não perca a esperança. Sei

como é difícil se levantar depois de um resultado ruim, tanto esforço e

morreu na praia. Não pense assim, tente sempre ver o lado positivo,

afinal, você chegou perto. Aproveite para rever o seu desempenho e

melhorar as suas debilidades. Através dessa filosofia você se tornará um

concurseiro cada vez mais forte.

Não tive muitas traves na minha carreira de concurseiro, mas também

não fiz tantos concursos assim. A primeira vez em que cheguei perto foi

no concurso do ATA-MF de 2009. Encarei esse certame como um ensaio

do AFRFB e internalizei que não seria possível perder nessa prova. O

resultado foi uma bela trave, fiquei no Anexo II do concurso, faltando um

ponto para estar dentro das vagas na Bahia! Que dureza, foi um belo

soco na cara! Tinha certeza que iria passar e quando saiu o resultado tive

uma dolorosa desilusão.

A minha virtude foi ter encarado essa derrota com orgulho, avaliei meu

desempenho meticulosamente e identifiquei meus pontos fracos.

Trabalhei essas debilidades e aprimorei minhas fortalezas. Após o ATA-

MF saiu o concurso do EPPGG-MPOG, como o edital da Receita teimava

em não sair decidi encarar esse desafio. Não me arrependo da decisão

apesar do tempo perdido para a preparação da receita (um mês durante

o esse edital), tive que estudar Finanças Públicas com mais

profundidade, Administração, Economia, Ciência Política e

Administração Pública. Isso foi bom porque algumas dessas disciplinas

entraram no edital do AFRFB e do ATRFB. Mais uma vez obtive uma bela

e dolorosa trave, se não fosse o meu pífio desempenho (45%) em

Economia e Finanças Públicas hoje eu seria um gestor. Novamente me

levantei e aprendi com os meus erros e alguns meses depois fui coroado

com minha aprovação no AFRFB.

Não me arrependo de ter feito provas, elas me ajudaram a desenvolver

minhas habilidades de campo, afinal, um concurso é feito de questões.

Alguns colegas que ficavam 100% focados na prova de Auditor não

estavam preparados para a hora “H” porque ainda não tinham

descoberto que não sabiam fazer provas. Assim, recomendo que você,

depois de ter esgotado o seu edital foco, faça outros concursos os

encarando como uma fase da sua preparação, uma oportunidade de

testar seus conhecimentos. É claro que isso funcionou para mim, não sei

se funcionará para você, afinal, nada é absoluto!

6. Como estudar?

Chegamos a um ponto crucial, como estudar. Estudar certo economizará

muito tempo e dinheiro! Antes de começar pesquise sobre o tema e

dedique um bom tempo lendo os manuais de estudo disponíveis. Eu

recomendo, sem medo de errar, a leitura do “Manual do Concurseiro”,

de autoria do Alexandre Meirelles; também indico o depoimento do

DEME – Demétrio de Macedo Pépice. Esses dois lendários concurseiros

inspiraram muitos, inclusive eu, a estudar e deram dicas valiosíssimas

para a preparação para concursos públicos que continuam sendo válidas

ainda hoje, quase quatro anos depois.

Eu mesmo tive a imensa felicidade de ler o “Manual do Concurseiro”

bem no início da minha preparação! Isso fez toda a diferença!

Economizei tempo e dinheiro com os cursos e materiais e aprendi a

estudar corretamente desde o início. Não tenho dúvidas que esses

materiais foram decisivos para o meu sucesso!

6.1 Local de Estudo.

Recomendo que você encontre um bom local para estudar. Você

precisará de um lugar agradável, silencioso, ventilado e calmo. Uma boa

cadeira (do tipo escritório) e mesa são acessórios fundamentais! Você

passará muiiiiitttaasss horas estudando, uma cadeira confortável será

indispensável!

Algumas pessoas preferem estudar fora de casa, dizem que não

conseguem se disciplinar por causa da geladeira e das interrupções da

família. Particularmente, não tive esse problema, o meu cronômetro

sempre me ajudou a manter o controle! Falarei disso mais tarde.

Contudo, isso é muito pessoal, o que funciona pra mim pode não

funcionar pra você! Adapte isso à sua realidade!

6.2 Concentração.

A concentração é algo crucial! Mais valem poucas e boas horas de

estudo que muitas horas com a cabeça nas nuvens. Mas a concentração

é algo que se conquista, você tem que insistir até que o seu cérebro

volte ao estado de concentração ideal. Quando você estiver disperso não

desista de tentar voltar a estudar, insista que paulatinamente você irá

conseguir voltar a um bom nível de concentração.

Os problemas da vida cotidiana muitas vezes nos desconcentram. É

preciso saber lidar com essas distrações, elas podem prejudicar muito a

sua preparação. Tente assumir a menor quantidade possível de

compromissos! Dedique-se aos seus estudos!

O momento em que mais perdia a concentração era após uma prova.

Todas aquelas discussões a respeito das questões controvertidas, os

recursos e os erros bobos que eu havia cometido na prova minavam a

minha concentração. Costumo chamar esse fenômeno de RPP, ou

Ressaca Pós Prova. O melhor a fazer nessa situação é destrinchar a

prova e entender todas as questões para nunca mais errá-las

novamente. Concentrar-se nesse momento é extremamente difícil,

depois de algum tempo percebi que o melhor a fazer era mesmo estudar

aquela prova.

6.3 Controlando o estudo.

Aqui eu recomendo a leitura do “Manual do Concurseiro”. O Alex

Meirelles com suas HBC’s fala muita propriedade nesse assunto.

Recomendo que você compre um cronômetro de mesa para registrar

seu tempo diário de estudo. O importante é manter um ritmo constante

e não perder muito tempo com distrações! Vocês não imaginam quanto

tempo se perde com as constantes idas ao banheiro, as visitas à

geladeira e as olhadinhas na TV! O controle do tempo líquido,

descontando-se as pausas, será fundamental para uma preparação de

alto nível.

Durante a minha preparação eu odiava perder tempo e acabar não

cumprindo o meu planejamento de estudo semanal. O sentimento de

culpa por não ter estudado é inevitável e muitas vezes é positivo. Não

tenha medo de ficar louco, nunca vi ninguém enlouquecer de tanto

estudar, isso é lenda! Estude o máximo que você puder e tente ir

aumentando a sua carga de estudos, quando menos esperar terá

atingido a marca das 10 a 12 horas diárias.

Acredito que estudar de 8 a 12 horas diárias seja uma boa marca.

Comecei estudando oito horas líquidas por dia e fui aumentando. Com o

passar do tempo fui capaz de manter um estudo de 12 horas líquidas por

dia. Estudar mais que isso é muito difícil, até já consegui, mas não fui

capaz de manter por muito tempo.

Tenha paciência, estude o máximo que puder e confie no tempo, ele fará

o seu papel. Quando você menos esperar terá alcançado um bom nível.

6.4 Material de estudo.

Pessoal, esse é um tema de fundamental importância para uma

preparação de alto nível. Um bom material pode fazer toda a diferença.

Recomendo que você não use as apostilas. Até hoje não encontrei

nenhuma que valesse a pena. Recomendo uma preparação baseada em

quatro fontes: Livros especializados para concurso, de preferência; Aulas

on-line dos professores renomados na área dos concursos públicos;

questões de prova da banca que você prestará concurso; e a letra da lei,

seca!

Estudando por essas fontes você conseguirá bons resultados! A regra é a

seguinte: Escolha um material para uma matéria consultando os

concurseiros mais experientes. Prove se o material é bom tentando

responder questões. Caso consiga obter um bom resultado o material é

bom, se você não conseguir responder 80% das questões busque outra

fonte! Através dessa regra fui garimpando e consegui selecionar os

melhores materiais adaptados às minhas necessidades!

É importante que você tenha seus materiais bem organizados! Quando o

Edital sair você deve saber por onde vai estudar cada assunto. Eu

cheguei a criar meus próprios materiais. Selecionava as melhores

questões da ESAF e as compilava em um único documento, de 50

páginas em média, que serviam como fonte de revisão para a semana da

prova. Com essa “manha” conseguia revisar os pontos mais relevantes

das matérias base de forma bem rápida, e conseguia ir pra prova com a

matéria bem fresca na cabeça! Recomendo que você faça isso, pegue as

últimas provas e comente cada questão! Acredite, elas se repetem

muito!

Recomendo os livros da Campus, da editora Ferreira e da GEN. Esses

materiais, em regra, são muito bons. Existem muitos picaretas nesse

mercado! Aposte nos profissionais mais compromissados com os

concurseiros. Essa informação é fácil de achar, basta consultar o Fórum

Concurseiros. Recomendo também as aulas do Ponto! Elas me ajudaram

muito! São quase sempre muito boas!

Indico também o uso de materiais no formato exercícios comentados.

Chega um momento em que o concurseiro tem que focar nas questões!

O que te aprova são as questões e é por isso que você deve ser

obcecado por elas! Vai chegar um momento em que você saberá a

história de cada uma delas! Qual foi o seu gabarito preliminar, qual foi o

resultado dos recursos, a razão da sua anulação, etc... Isso é importante!

Faça o máximo de questões que você puder! Acompanhar a banca é

fundamental para entender suas tendências e saber preparar uma boa

estratégia de edital!

6.5 Forme um grupo.

Acredito que a competição entre os membros de um grupo pode ser

bastante positiva. Durante o curso preparatório formei um grupo com

colegas bastante fortes. Nós fazíamos simulados aos sábados e

ranqueávamos as notas. Havia sempre um boa briga pelo primeiro lugar!

Posso afirmar sem sombra de dúvidas que essa competição nos

empurrou para frente e aumentou o nosso nível! Compita sempre!

Compare os seus resultados com os dos melhores, essa prática te levará

a excelência! Não procure desculpas, procure resultados!

6.6 As três fases da preparação.

Colegas, costumo dividir a preparação para concursos em três grandes

fases, e todo concurseiro se encontra em alguma delas. A primeira é a

fase da Aprendizagem. Nela, o concurseiro, ainda inexperiente, está

tendo o seu primeiro contato com a disciplina. Aqui recomendo um

estudo mais concentrado, dedique mais horas e estude menos matérias

ao mesmo tempo. O ideal é que você estude no máximo três disciplinas

por vez. Não tenha medo de estudar o dia inteiro uma mesma matéria,

nessa fase é importante ter um contato prolongado com a disciplina, isso

ajudará na sua assimilação. Aqui é importante que você estude a matéria

com profundidade, nos seus mínimos detalhes, faça muitos exercícios,

leia jurisprudências, leia livros, em resumo, estude com calma! Isso vai

ser importante porque depois que o Edital sair você não poderá dedicar

muito tempo a disciplinas tradicionais como Português, Constitucional,

Administrativo ou Previdenciário! No momento do Edital você deverá

apenas revisar de forma bem objetiva essas matérias, pois haverá uma

enorme quantidade de novidades, podem aguardar! Explicarei melhor

isso na terceira fase.

A segunda fase é a que chamo de manutenção. Depois que você já

aprendeu todas as matérias é muito difícil mantê-las vivas na memória.

A enorme quantidade de assuntos provocará um constante

esquecimento de algumas disciplinas. Nesse momento a sua preparação

deve mudar! Agora é importante que você busque fontes de estudo

mais objetivas, recomendo que você estude todas as disciplinas do seu

concurso durante a semana! Esse contato constante com as matérias

fará com que você as fixe de uma maneira muito mais eficaz. Você

poderá buscar mais informações sobre isso no depoimento do DEME,

aprendi isso com ele.

A terceira fase é a do estudo pós edital, nela tudo muda! Esse é um

momento crítico para um concurseiro bem preparado e com chances

reais de sucesso. A aprovação pode escapar das suas mãos se você não

tomar cuidado.

Superada a emoção da saída do tão esperado Edital, a primeira coisa

com que você tem que se preocupar são as novidades. E em se falando

de ESAF, se tem uma coisa certa é que ela vai inovar, pode contar com

isso! Recomendo que você dê uma atenção especial às novas disciplinas,

principalmente quando elas vêm com um peso diferenciado. Um bom

exemplo disso foi a disciplina Auditoria e Raciocínio Lógico no concurso

do AFRFB 2009. Ora, Auditoria há tempos não aparecia nesse certame, e

,como se fosse pouco, veio com peso dois. Além de tudo isso veio com a

quantidade diferenciada de 20 questões, contra as 10 de Direito

Constitucional ou Administrativo! Numa situação dessas não hesite! Caia

pra cima de Auditoria com tudo!

O mesmo aconteceu com Raciocínio Lógico! A ESAF pegou pesado com

essa disciplina, além de ter posto um programa megalomaníaco,

incluindo Estatística inferencial quando ninguém esperava isso, ela pôs

20 questões com peso dois! Todos estavam se preparando para

Matemática Financeira e Estatística com a estratégia dos Mínimos,

tentando não perder muito tempo na hora da prova. Na hora “H” a ESAF

surpreendeu a todos com uma disciplina RL que teria uma importância

crucial para o concurso! O concurseiro mais experiente não hesitou,

dedicou bastante tempo para essa matéria por duas razões:

• A primeira porque havia um grande risco de que, por conta da

extensão do programa, o candidato pudesse não atingir os

mínimos no caso de uma prova bem salgada! Fato que se mostrou

verdadeiro, olhe o fórum e veja quantas pessoas obtiveram um

bom desempenho e caíram por não terem atingido os mínimos em

RL.

• A segunda razão é o peso atribuído à matéria, antes ela era peso

um e tinha 15 questões, agora ela veio com peso dois e com 20

questões! Eu não me arrependi de ter dedicado uma quantidade

diferenciada de horas para essa disciplina, certamente me

diferenciei aqui, consegui resolver 90% daquela prova insana!

Na terceira fase é importante que você dedique mais tempo às

disciplinas novas, e, dentre elas, mais ênfase nas relevantes, pois essas

ainda não foram aprendidas e necessitam de tempo para a consolidação.

Em relação às matérias base foque numa boa e objetiva revisão perto da

prova. Lembre-se que você terá também que lidar com aquelas matérias

que você tem dificuldade, dedique a elas uma atenção especial, pois não

adianta ir muito bem nas que você gosta e perder por não ter feito o

mínimo em Inglês! Acreditem, já vi isso acontecer com muita gente boa!

No AFRFB 2009 a grande vilã foi Finanças Públicas e Economia! Vi muita

gente zerar essa matéria! Essa foi uma das surpresas da prova, pois em

certames anteriores FP era molezinha, só pra animar a galera! A ESAF é

assim, certamente irá surpreender!

Uma boa administração do seu tempo de estudo irá ser um fator

decisivo para a sua aprovação! Se você errar aqui os danos serão

irreversíveis! Isso nos conduz a outro ponto crucial na preparação para a

terceira fase, o tempo de estudo. Eu, pessoalmente, estudei 12 h diárias

durante todos os dias que antecederam a prova! Um professor

costumava dizer que concurso é o dia! Você pode estar em boa forma

durante um determinado período, mas se na hora da prova você não

estiver bem, já era! Você tem que estar muito bem naquele momento,

não antes e nem depois!

Prepare-se para estar no seu melhor nesses dias! É isso que te garantirá

um bom resultado! Entretanto, para estar numa boa forma nesse

momento você deverá se preparar com muita disciplina nos meses

próximos à saída do edital, e montar uma boa estratégia após sua saída

para chegar no dia da prova “tinindo”!

Outro ponto chave da preparação para um edital é se organizar. O

Alexandre Meirelles ensina muito bem como fazer isso! Siga o que ele

diz, não sou tão radical com a organização como ele, mas recomendo

que você organize seu estudo para não atropelar assuntos importantes!

Para entender melhor isso leia o Manual do Concurseiro.

6.7 Semana da prova.

Esse é um momento crítico, manter a calma será fundamental. Tome

muito cuidado com a sua saúde nesses dias, evite comidas fortes e

qualquer outra coisa que possa te prejudicar fisicamente; Não tente

aprender coisas novas durante esse momento, a hora de aprender já

passou, agora é hora de revisar. Tentar aprender aquele assunto que

você nunca entendeu direito poderá te desestabilizar emocionalmente

perto da prova, o resultado disso pode ser catastrófico. Prefira dedicar

seu tempo para ler as leis mais importantes, fazer questões e revisar os

“bizús” mais quentes; e, por último, tente não ficar nervoso, com

tranqüilidade o seu rendimento será melhor. Manter a calma nessas

horas é algo muito difícil, mas com o tempo você conseguirá lidar

melhor com esse problema.

No começo, quando estava próximo de uma prova eu ficava muito tenso

e costumava estudar “correndo”! Isso é horrível, não adianta estudar

assim, você acaba não fixando nada. Sempre estude com calma, assim

você aproveitará melhor o seu tempo. Mas também não o desperdice,

ele é precioso!

7. Estratégia é fundamental.

Galera, eu diria que passar em um concurso como o AFRFB sem uma boa

estratégia é impossível. Com o programa monstruoso desse concurso

você será obrigado a priorizar algumas matérias em detrimento de

outras, e será essa escolha que definirá o resultado da sua preparação.

Como o tempo é um recurso muito escasso você terá que utilizá-lo com

muita prudência, e quanto mais eficientemente você o utilizar, mais

chance terá de passar.

Para traçar uma boa estratégia você precisa estar bem “antenado” com

as tendências da ESAF. Em regra, a prova dessa banca é relativamente

previsível, algumas vezes ela aparece com umas surpresas

desagradáveis, mas mesmo assim dá pra se preparar com relativa

tranqüilidade. Observe qual é a fonte (livro) mais utilizada pela banca,

no caso de Finanças Públicas a ESAF tem um verdadeiro fetiche pelo

livro do Fábio Giambiagi, sempre retira as questões – inclusive as

discursivas – desse livro, quase sempre literalmente. Tente descobrir

qual é a fonte de cada matéria! Isso te dará pontos preciosos. Digo isso

porque não fui aprovado no concurso do EPPGG 2009 por não saber do

fetiche “Esafiano” pela obra do Giambiagi!

Meus amigos, uma tendência que tenho verificado é que a estratégia

dos “mínimos” já não pode ser aplicada sem critérios. Há uma nítida

tendência de elevação dos pontos de corte nos concursos. Em termos

médios o corte do AFRFB 2005 foi de 65%, já o do AFRFB 2009 foi de

71% para ir à segunda fase! O corte para dentro das vagas foi de 76%. O

que eu quero dizer com isso é que hoje você precisa pontuar bem em

“todas” as matérias! Por “todas” entenda todas na medida do possível.

Não é mais seguro deixar de estudar uma matéria por duas razões: A

primeira por conta do risco de não fazer o mínimo; e a segunda é que

você precisa somar muitos pontos, e cada um deles vale ouro! Não

concorda? Pergunta pro cara que não passou por um ponto se não valia

a pena estudar Civil!

Também não diga por ai que eu falei que você tem que estudar todas as

matérias como se elas tivessem a mesma importância, eu não disse isso.

A regra do tempo de estudo diretamente proporcional ao peso, ao

número de questões, à novidade e à sua dificuldade em relação à

disciplina continua valendo! O que não dá é pra ignorar questões! Cada

pontinho vale ouro num concurso como o AFRFB!

Quanto à distribuição do seu tempo para o Edital vide “Manual do

Concurseiro”, o Alex Meirelles fala como ninguém sobre o tema!

7.1 Sun Tzu e os concursos.

Quando cursei a faculdade de Administração o professor de Gestão me

recomendou a leitura da obra “Sun Tzu, A Arte da Guerra”. Esse livro,

apesar de muito antigo, pode ser perfeitamente aplicado para nossa

realidade com um pequeno esforço interpretativo e alguma adaptação

aos concursos públicos. Lembro-me sempre da seguinte passagem:

“ Conhece teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiv eres cem combates a travar; cem vezes serás vitorioso.”

Meus amigos, nos concursos a regra é a mesma, só que o seu inimigo

será a ESAF! Se você conhece suas debilidades e fortalezas o sucesso

será garantido! O autoconhecimento somado ao profundo

conhecimento do inimigo o levará inexoravelmente ao êxito!

7.2 Estratégia para um edital.

Quando da saída de um edital, em regra, a maioria dos candidatos se

encontram numa situação semelhante, e o que definirá o resultado do

concurso será a estratégia adotada por cada um durante esse período.

Essa decisão está longe de ser uma ciência exata, contudo, algumas

regrinhas podem potencializar em muito o seu desempenho.

Li no depoimento do grande Ricardo Alexandre, grande professor de

Direito Tributário, que ele adotava um estratégia bem agressiva durante

o período do Edital. Ele falou que quase que ignorou matérias como

Constitucional, Administrativo e Tributário para poder se dedicar à

disciplina Comércio Internacional, cujo conteúdo ele desconhecia

totalmente.

Meus amigos, numa situação dessas vocês têm que fazer o mesmo, hoje

não é mais possível passar em um concurso da ESAF sem saber

razoavelmente alguma matéria. Se você dedicar demasiado tempo a

revisão das disciplinas tradicionais certamente não conseguirá

desenvolver satisfatoriamente o conteúdo das novas disciplinas trazidas

pelo edital.

Outro problema que costumo ver em muitos bons concurseiros é o

medo das novas matérias. Meus amigos, é plenamente possível

aprender novas matérias em dois meses, não tenham medo disso. O que

se precisa é de calma e persistência, por vezes o assunto, num primeiro

contato, costuma parecer bastante áspero e, em certos momentos,

parece até mesmo impossível de ser aprendido. Não se desespere, leia-o

mais uma vez com calma que aos poucos ele entrará na sua cabeça.

Vi muitos colegas preparados desistirem de fazer AFRFB para focar em

ATRFB, acredito, pessoalmente, que isso tenha sido um erro. A

justificativa era que para auditor as novidades eram muitas, já para

analista a coisa era mais razoável. Não pense assim, todos têm o mesmo

nível e enfrentam as novidades da mesma forma, se é difícil, é difícil

para todos! No fim, o resultado foi que a maioria dos aprovados em

Auditor acabou passando também em Analista, só para confirmar a tese.

Encare as novidades sem medo, mas com estratégia, pois se você

estudar errado certamente o tempo disponível não será suficiente.

8. Entendendo a ESAF.

Desde o início da minha preparação gostei muito da ESAF. Achava, e

acho, que seu estilo de prova é muito melhor que o das demais

concorrentes. Nunca gostei do Maniqueísmo do Cespe, da

imprevisibilidade do Cesgranrio e do excessivo copiar e colar da FCC.

Posso afirmar com tranqüilidade que a ESAF é hoje a melhor banca de

concurso público do Brasil.

O modelo de questões da ESAF é mais justo que o certo ou errado do

Cespe, nele você pode escolher a “melhor” resposta comparando as

alternativas. Com o tempo vocês ficarão craques nisso, acreditem em

mim. Nunca tive bom desempenho nas provas do Cespe, aqueles certos

e errados me matavam, sofria muito para não marcar uma alternativa. É

claro que você se adapta ao estilo da banca do seu concurso.

Recomendo que vocês foquem em uma, não dá pra ser bom em tudo!

Errar questões é natural, não se pode acertar todas. As provas da ESAF

admitem erros, não é necessário acertar 100% para passar. Não se

preocupem, algumas questões estão erradas e outras foram feitas para

não serem resolvidas. Com o tempo você entenderá o que eu estou

falando e aprenderá a identificar esse tipo de questão. Quando elas são

desse tipo não se preocupem por terem sido prejudicados pelo gabarito,

posso te afirmar com toda a certeza que esse tipo de questão não é

decisiva para a sua aprovação!

Outro grande problema que vejo nos fóruns é o pessoal gritando

dizendo que rola fraude, marmelada ou coisa parecida. Pessoal, confiem

na ESAF, já fiz vários concursos dela e posso afirmar que confio

plenamente na banca. É claro que algumas vezes, na verdade muitas, ela

comete verdadeiras arbitrariedades que abrem espaço para esse tipo de

comentário. Contudo, não foram essas “arbitrariedades” que te

reprovaram, quem te reprovou foi você mesmo ao não conseguir acertar

outras questões e garantir uma gordurinha para poder suportar esses

problemas. Quem quer passar não fica pondo a culpa da sua reprovação

na banca, quem quer passar procura identificar e corrigir seus erros para

nunca mais repeti-los e se tornar cada vez mais um melhor concurseiro.

Não procure desculpas ou justificativas para o seu fracasso, procure

resultados. Vocês não têm outra opção a não ser confiar na ESAF!

Também percebi que a ESAF costuma a aproveitar as matérias de um

concurso para o seu próximo. Digo isso porque fiz o EPPGG 2009 e vi a

banca passar Administração pública e Finanças para o edital do AFRFB

2009 no mesmo teor, cópia pura. Outra disciplina aproveitada foi

Administração geral, dessa vez para o ATRFB. O mesmo aconteceu com

o AFT, copiaram o edital de RL de auditor para AFT, nas mínimas

vírgulas, além do pequeno detalhe da cópia do edital de Civil, Penal e

Comercial do AFT para o AFRFB. O que quero dizer com isso é que você

não perde nada se preparando para os concursos da ESAF, mesmo que

eles não sejam o seu foco! Recomendo que você faça todas as provas

dessa banca e acompanhe seus editais, pois, acreditem em mim, eles se

repetem!

9. Novas tendências – Prova Discursiva.

Pessoal, para a felicidade de alguns e infelicidade de outros, a verdade é

que as discursivas vieram para ficar. Pessoalmente não gosto muito

desse tipo de prova, acho que a correção das questões abertas é

demasiadamente subjetiva e pode acabar prejudicando muitos

candidatos. Já vi casos de provas bem semelhantes apresentarem notas

bem diferentes. A multiplicidade de corretores pode fazer com que

textos equivalentes apresentem notas bem distintas. Contudo, esse tipo

de avaliação veio para ficar e nós temos que nos adaptar a essa

realidade.

O primeiro certame da ESAF a vir com uma segunda fase foi o EPPGG-

MPOG 2009. A partir de então todos os concursos realizados pela banca

vêm sendo feitos nesse formato, a exemplo do AFRFB, ATRFB, AFT e

SUSEP. Existem algumas variações entre eles, a exemplo do número de

questões ou temas, das disciplinas e do peso relativo aos pontos totais.

A estratégia para esse novo tipo de concurso é bastante simples, tente

passar bem na primeira fase e segure as pontas na segunda. Pelo que

pude ver, dificilmente candidatos que foram bem na primeira fase não

conseguem ser aprovados dentro do número de vagas na segunda. Digo

que você deve ir bem na primeira fase para não depender do humor do

seu corretor na segunda, pois como existem vários corretores você pode

ter o azar de pegar um mais rigoroso que os demais, e acredite, isso

ocorre.

Em relação à prova aberta não se preocupe muito, em regra, a ESAF tem

sido bem coerente. Os temas das questões vêm focando aspectos

centrais das disciplinas, deixando um pouco de lado aqueles detalhes

dos detalhes dos detalhes que costumam ser cobrados nas questões

objetivas. Acho isso justo, pois assim dificilmente um bom candidato

sairá prejudicado por não conhecer determinado ponto da matéria,

mesmo tendo estudado muito.

Recomendo que você treine, desde já, as técnicas de redação. É muito

importante saber escrever bem e evitar o cometimento de erros

gramaticais. Existem alguns cursos com essas dicas no mercado, li o do

Luciano Oliveira e achei bem legal. Também fiz o curso de Redação on-

line do professor Marcelo Braga, ele é bem baratinho e produz muito

resultado. Ele me deu ótimas dicas sobre como escrever textos.

Em relação ao conteúdo o principal é ser extremamente objetivo.

Geralmente o examinador pedirá que você explique determinados

pontos do assunto, recomendo que você se atenha restritivamente ao

que ele solicitar. Não vá demasiadamente além nem aquém do que ele

pedir, é importante que você escreva o que ele deseja, diretamente e

sem enrolação.

Estudar o conteúdo é fundamental. Revise os principais tópicos de cada

matéria e saiba escrever algo sobre eles, suas características, pontos

positivos e negativos e os seus conceitos doutrinários. A maioria das

questões exige isso, tendo essa base você conseguirá desenvolver os

temas sem maiores problemas.

Um erro bastante comum é não prestar atenção ao comando da

questão. Isso acontece muito, um exemplo disso foi o que aconteceu

com muitos candidatos do concurso do EPPGG. O tema referente à

disciplina Gestão Governamental pedia uma Análise de Caso abordando

alguns aspectos detalhados no comando do tema. Pois o que aconteceu

foi que muitos candidatos ignoraram o caso proposto e começaram a

escrever sobre os aspectos arrolados sem relacioná-los com o caso. Não

cometa erros desse tipo, leia a questão com calma e certifique-se de que

entendeu a problemática descrita para não perder pontos por não ter

entendido o foco da pergunta. Dedique algum tempo para ler o

comando com calma, acredite, vale a pena.

Vejo também muitos candidatos reclamando do tempo. Pessoalmente,

acho o tempo ofertado mais que suficiente para responder as questões.

Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados para evitar surpresas

desagradáveis. Recomendo que você comece respondendo a questão

que valha mais pontos, pois além de no começo você estar com a cuca

fresca, procedendo assim não haverá o risco de não responder a questão

mais valiosa do concurso por falta de tempo. Acho que separar um

tempo para cada uma delas também é uma boa tática, eu reservei duas

horas para o tema de sessenta linhas e uma hora para cada questão de

trinta linhas, totalizando as quatro horas.

Comece a responder a questão fazendo um pequeno esqueleto do seu

texto, pondo nos parágrafos os tópicos que devem ser abordados em

cada um deles para não se esquecer de escrever nada importante. Isso

te ajudará a escrever com mais fluidez, diminuindo os riscos de se perder

ao longo do caminho, o que é bastante fácil. Depois de ter escrito a

estrutura parta para o rascunho. É importante que você escreva depois

de ter refletido sobre o assunto para não por nada errado no texto. De

início não se preocupe muito com a forma, apenas desenvolva as idéias.

Após ter feito isso revise o texto e melhore as partes que considerar

ruins, ao finalizar esse processo passe tudo a limpo com bastante calma.

Ao constatar um erro na folha definitiva não hesite, risque com um traço

horizontal e escreva do lado ou por cima a palavra correta.

Administrar bem o tempo é fundamental. Não consigo entender como

uma pessoa consegue entregar a prova sem ter passado tudo a limpo

por falta de tempo. Isso acontece muito, mais do que vocês imaginam, e

um erro desse tipo resultará na imediata reprovação do candidato. Eles

acontecem porque algumas pessoas não controlam devidamente o

tempo. Eu recomendo que você treine em casa e saiba quanto tempo é

preciso para cada uma das etapas. Saiba quanto tempo é utilizado para

passar a limpo, para fazer o rascunho e para fazer o esqueleto. Ao

constatar que você estourou o limite corra, e, se for o caso, comece a

passar a limpo imediatamente. Procedendo dessa maneira não haverá o

risco de entregar questões em branco ou incompletas.

Como eu havia dito no início, a prova da segunda fase dificilmente

reprovará um bom candidato. Isso acontece porque a amplitude das

notas das discursivas é relativamente baixa, a maioria dos candidatos

conseguem notas bem próximas do máximo, dificultando a vida dos

concurseiros da “rabeira”, que necessitam de muitos pontos para

poderem se recuperar e entrar para as vagas. Desse modo, garanta a sua

aprovação na primeira fase e segure-a na segunda, sem incorrer em

demasiados riscos.

Isso não significa que estando lá na “rabeira” você deva desistir. Por

favor, não entendam dessa forma. O que quero dizer é que nessa

situação o sucesso fica muito mais difícil, mas não impossível. Dedique-

se e tente se superar, não há razão para desistir da luta antes do tempo,

até porque essa experiência será importante para novas provas. Além

disso, já vi algumas pessoas conseguirem se superar e saírem do fim da

lista para dentro das vagas, mas como havia dito, isso é exceção.

Os recursos também são muito importantes, não deixe de fazê-los. Já

ganhei 1,5 ponto no EPPGG e subi muitas posições por conta disso.

Lembre-se de que sua aprovação poderá depender de 0,5 ponto. Um

bom recurso deve ser redigido com respeito ao examinador e com uma

argumentação sólida e bem fundamentada. Opte por autores

reconhecidos e seja bem objetivo. Lembre-se de que você depende da

pessoa que lerá o seu recurso, tente facilitar o trabalho dela com um

texto agradável e bem direto.

10. Foco.

Ter foco é muito importante para o sucesso de um concurseiro. Alcançar

a aprovação será muito mais difícil se você sair atirando para todos os

lados sem critério algum. Contudo, um bom concurseiro não pode ficar

sem fazer provas, isso é incontestável. Um equilíbrio entre esses fatores

trará excelentes resultados.

Acredito que no início da sua preparação você deva manter-se fiel ao seu

objetivo e estudar com foco e profundidade a espinha dorsal do seu

concurso, construindo uma sólida base. Após essa etapa o concurseiro

deve testar seus conhecimentos e desenvolver as habilidades de prova,

afinal, um concurseiro de verdade faz prova, quem estuda é estudante.

Acredite, você pode ter muitos conhecimentos e, mesmo assim, perder

um concurso. Fatores como controle de tempo, tática de escolha de

questões, passagem de gabarito ou nervosismo podem por todo o seu

trabalho a perder. Somente com as experiências em “campo” você

poderá desenvolver essas habilidades, por isso faça provas!

11. O fracasso é o parceiro do sucesso!

Passar em um concurso de alto nível é uma tarefa muito difícil. O mais

natural é que você tenha que tentar algumas vezes até conseguir

conquistar o seu objetivo, afinal, os examinadores ficam

maquiavelicamente bolando armadilhas para dificultar nossas vidas. O

importante nessa caminhada é não se deixar abater pelos fracassos e

aprender com eles. Acreditem, não há concurso que resista a um

concurseiro determinado a passar. A disciplina e a determinação te

levarão inexoravelmente ao sucesso, acredite nisso.

12. Depoimento

Meus amigos, na minha caminhada encontrei muitíssimos obstáculos:

Gente negativa, dificuldades financeiras, dúvidas, pressão da família,

falta de vida social entre muitos outros sacrifícios. Posso dizer que não

foi fácil, precisei optar por muito sacrifício e abdicação momentânea em

troca de um futuro mais tranqüilo. Não me arrependo, dediquei-me por

apenas um ano e oito meses e consegui conquistar um cargo excelente

para toda a vida.

Não acredite em gente que te diga que é fácil passar nesse concurso,

isso é mentira. Somente com muito trabalho duro e estudo você

alcançará esse objetivo, acredite nisso. Pensar que se pode passar sem

sacrifícios é perda de tempo. Recomendo muito o caminho dos

concursos públicos, acredito nele. Contudo, saiba que haverá um preço

alto a pagar pela aprovação e esteja disposto a pagá-lo desde o início,

pois, caso contrário, você acabará desperdiçando muito tempo e

dinheiro.

O concurso público é para todos, pode acreditar nisso. Não é preciso ser

muito inteligente para passar, é preciso sim ser muito disciplinado e

determinado. Uma rotina de estudos forte e muita persistência são os

ingredientes para o sucesso. Qualquer pessoa média pode fazer isso!

Ao aceitar esse desafio algumas palavras devem ser excluídas do seu

dicionário. Ponha na sua cabeça que você terá que aprender TODAS as

disciplinas. Não existe isso de não gosto de Trigonometria ou de

Português. Um bom concurseiro persiste e supera traumas antigos, indo

muito além do que se achava capaz! Esse é o espírito, superação diária,

cada dia indo mais longe e melhorando continuamente.

É isso que posso dizer para vocês, acreditem nos seus sonhos. No dia 28

de abri de 2008 eu internalizei que passaria nesse concurso. Um ano e

oito meses depois eu consegui! Posso dizer que cada sábado dedicado

aos estudos foi recompensado, todos os sacrifícios foram esquecidos e

um grande sentimento de satisfação invadiu meus pensamentos.

Acredite nos seus sonhos e lute por eles. Eu optei por seguir esse

caminho e não me arrependo. Não dê ouvidos às opiniões negativas

alguns “amigos” e supere todas as dificuldades que surgirem no seu

caminho. Para ser bem sucedido nessa empreitada você só precisa que

uma pessoa acredite em você, e essa pessoa é você mesmo. Enquanto

você acreditar que é capaz de passar você o será. Tenha muita força e fé

em si mesmo, o resultado virá!

Um Grande Abraço,

Victório Amoedo Luedy.

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.

Hebreus (11,1)