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Como Romper o Circulo Vicioso Do Seu Int - Elaine Gottschall

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Como Romper o CírculoVicioso do seu Intestino

Dieta para um Intestino Saudável

Elaine Gottschall

K N Books

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Dieta-do-Carboidrato-Espec%C3%ADfico/276554622470113

Título original em inglês: Breaking theVicious CycleCopyright © 1986-2012, ElaineGottschallAll rights reservedCopyright da traduҫão © K N Books,2013

Traduҫão: Karin NombroRevisão: Vanessa Romualdo OliveiraCapa: Áine MenassiISBN: 978-0-9575656-0-9Direito exclusivo de publicação mundialem língua portuguesa adquirido pela KN Books.Endereҫo: 7 Kings Drive, Bristol, BS348RD, Reino UnidoE-mail para contato:

[email protected]

Elaine Gottschall declara seu direitomoral de ser reconhecida como autoradesta obra.O nome Specific Carbohydrate Diet e aabreviação SCD são marcas registradasda Kirkton Press Ltd. Eles só podem serutilizados sob licença e seguidos daabreviação TM (trade mark).Nenhuma parte desta publicaҫão poderáser reproduzida por qualquer meio ouforma sem a prévia autorizaҫão da K NBooks. A violaҫão dos direitos autoraisé crime punido por lei.Copyright das fotos utilizadas na capa:© Marco Mayer / Fotolia.com© M. Studio / Fotolia.com

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INFORMAҪÃO IMPORTANTEPARA O LEITOR

Este livro contém informaҫõessobre dieta e nutriҫão que, na opinião daautora, ajudaram aqueles que asseguiram.

A autora reconhece que otratamento de doenҫas e a recuperaҫãoda saúde por meio da dieta deve sersupervisionada por um médico. Osleitores não devem tentar oautodiagnóstico ou a automedicaҫão.Fale com o seu médico antes de comeҫar

a dieta proposta aqui. Este livro podeservir como um complemento emconsultas com médicos interessados emnutriҫão.

A autora e editora não seresponsabilizam pelo mau uso dasinformaҫões contidas neste livro.

“O progresso da ciência implicanão só o acúmulo de conhecimento, mastambém sua organizaҫão e unificaҫão.Isto requer a invenҫão periódica denovas integraҫões, a coordenaҫão doconhecimento existente e novashipóteses que nos forneҫam métodospara abordar o desconhecido.”

George Sarton, introduҫão aHistory of Science

DEDICATÓRIA

Este livro é dedicado à memória doDr. Sidney Valentine Haas, que memostrou a importância de compreender oefeito da alimentaҫão no organismo.

SUMÁRIO

PreliminaresDedicatóriaPrefácio de Ronald L. HoffmanCapítulo 1 – Passado e PresenteCapítulo 2 – Evidência CientíficaRelacionada às DietasCapítulo 3 – Bactérias Intestinais: umMundo InvisívelCapítulo 4 – Como Romper o CírculoViciosoCapítulo 5 – A Digestão deCarboidratosCapítulo 6 – A História da DoenҫaCelíaca

Capítulo 7 – A Relação com o CérebroCapítulo 8 – A Relação com o AutismoCapítulo 9 – Introduҫão à DietaCapítulo 10 – A Dieta do CarboidratoEspecífico (DICE)Receitas

SOPASBerinjela assadaCenouraCreme de tomateFrangoGaspachoLegumes

MOLHOS E PATÊSKetchupMaioneseVinagrete

Molho de abacaxi com coentroMolho de iogurtePatê de fígadoPatê de queijo

SALADASAntepastoDe halloweenAtumTerrina de frutasTomate e abobrinha italiana

PRATOS PRINCIPAISWaldorfAbobrinha italiana fatiadaAbobrinha italiana recheadaAsa de frango ao alho e melCosteleta de porco ao alho e melCroquete de frangoEnsopado de forno de abobrinha

italianaEnsopado de feijãoEnsopado de peixeFarofa para frango assadoFrango com iogurte e gengibreFrango realLegumes com frango, carne ouporcoLasanha de abobrinha italianaMolho à bolonhesaQueijo cottage assadoPizzaPizza do John

PÃES, PANQUECAS E MUFFINSReceita básica de muffin e pãoMuffin de abobrinha italianaPanquecas da DeannaPanquecas de banana

Panquecas de feijão-brancoPão de queijoPão delicioso de Lois LangPãozinhoWaffles da Deanna

BOLOSBananaBrownie de amendoimCastanhasCenouraCheesecakeTâmaras

BISCOITOSAbóboraAmêndoa e melAmendoimCoco e uva-passaQueijo

Recheado de tâmarasCOBERTURAS OU RECHEIOS

Cream cheeseCreme e melMel

SOBREMESASMaҫãs assadas com nozes e melMaҫãs com cobertura de melMusse de framboesaMusse de morangoPedaҫos de maҫã assadosPudim de baunilhaSobremesa de abacaxi e queijoSorveteSorvete de feijão-brancoSorvete de frutasSuflê de limãoTorta de maҫã e creme de baunilha

Torta musse de framboesaDOCES E GELEIA

Bala de baunilhaBala de cocoConfeito de castanhasPirulitoGranolaCaramelo da BeckyGeleias

BEBIDASLeite de amêndoaMilk-shakesSuco de abacaxi espumanteSuco de fruta com gásPonche de festa

PREPARAҪÕES COM LEITE EFÓRMULA INFANTIL

Cream cheese

Creme de leiteFórmula infantil – semdissacarídeosIogurte

DepoimentosRede de ApoioSobre a AutoraGlossárioBibliografiaAgradecimentos

PREFÁCIO

Quando descobri Alimento e aReaҫão Intestinal, a primeira ediҫão deComo Romper o Círculo Vicioso do seuIntestino: Dieta para um IntestinoSaudável, percebi que o livro continhauma boa soluҫão para o tratamento demuitas doenҫas gastrintestinais. Aointroduzir os princípios da Dieta doCarboidrato Específico, ficou claro queé possível os pacientes prosperaremnuma dieta variada, que reduz ossintomas de doenҫas e permite orestabelecimento do trato intestinal.Apresentada de maneira simples, aDieta do Carboidrato Específico

transcende várias simplificaҫões àsquais os pacientes com problemasgastrintestinais e seus médicosfrequentemente sucumbem.

Meu livro Sete Semanas para umEstômago Sereno foi publicado muitosanos atrás e, desde então, fiquei famosopor ser um grande conhecedor deproblemas gastrintestinais. Pacientes detodas as partes do país vieram seconsultar comigo. Muitos se queixavamde sintomas compatíveis aos dasíndrome do intestino irritável. Outrosforam formalmente diagnosticados coma clássica doenҫa inflamatória intestinal.Embora muitos pacientes tenham reagidobem ao arsenal comum de ajudadigestiva natural, à substituiҫão da flora

intestinal, às dietas de eliminaҫão, aosremédios convencionais antifúngicos eaos antibióticos, outros não encontraramnenhum alívio.

Alimento e a Reaҫão Intestinal, aprimeira ediҫão deste livro, foiapresentada a mim pelo meu colega eamigo Dr. Leo Galland. Ele mencionouo livro depois que um de seus pacientestrouxe-o consigo e mostrou-lhe.Imediatamente, reconheci o livro deElaine Gottschall como uma dádiva deDeus para os meus pacientes. Seu valorestá em fornecer uma alternativaconvincente e saborosa àquelas dietasnormalmente indicadas para otratamento dos problemasgastrintestinais: dieta rica em fibras, de

baixa gordura, de baixo resíduo, semglúten e outras dietas de eliminaҫão.

Baseado em minha experiência compacientes, eu já tinha razões paraduvidar da ideia de que o programamais saudável de alimentaҫão era o docarboidrato complexo, especialmentepara os pacientes com problemasgastrintestinais. Muitosgastroenterologistas, como a maioriados médicos norte-americanos, propõemesse plano de dieta de “baixocolesterol”. A gordura, segundo eles, é aruína não somente das artérias, comotambém do trato intestinal: combinadacom proteína animal excessiva, assimeles dizem, a gordura apresenta umpalco ideal para as doenҫas do mundo

ocidental, desde a diverticulite eapendicite até o câncer do cólon.

Certamente, alguns pacientesreagem bem ao consumo de fibras, masoutros se dão muito mal quando comemalimentos ricos em substânciasindigeríveis. A alternativa radical – umadieta à base de carne e salada, queelimina todos os aҫúcares e amidos – édesagradável e inexequível para todos,exceto para o paciente mais dedicado.De fato, essa dieta rigorosa à base deproteínas e verduras, às vezes chamadad e caveman diet (dieta do homem dacaverna), é perigosa para os pacientescom doenҫa de Crohn ou coliteulcerativa que já estão malnutridos emuito magros.

Uma das grandes simplificaҫõesque o livro de Elaine Gottschall evita éa noҫão de que a fonte dos problemasgastrintestinais é a alergia a algumalimento. Já que a manipulaҫão da dietado paciente pode produzir algumresultado, talvez seja natural achar isso.Porém, a total confianҫa em resultadosambíguos de testes de alergia deixamuitos pacientes mal diagnosticados. Acrenҫa mais sofisticada de que não sãoos alimentos sozinhos, mas sim osprodutos gerados pela digestão dosmesmos que causam problemasintestinais, está substituindo rapidamenteo conceito de alergia alimentar.

Essa teoria foi demonstrada peloDr. J. O. Hunter em um artigo publicado

n a Lancet, em 1991. A Dieta doCarboidrato Específico de ElaineGottschall é um reconhecimento dateoria de Hunter. Outro artigo recente naLancet ressalta a frequência daintolerância ao milho, ao trigo, ao leite,à batata e ao centeio. Esta deve ser arazão pela qual os pacientes que obtêmbenefícios inconsistentes de uma dietasem glúten ou sem lactose reagem tãobem ao regime proposto pelo livro deElaine Gottschall. Essa dieta trata daintolerância ao carboidrato de maneiramais ampla do que outras abordagens jávistas. A segunda ediҫão de Alimento ea Reaҫão Intestinal – Como Romper oCírculo Vicioso do seu Intestino: Dietapara um Intestino Saudável deveria

estar entre os recursos vitais de cadagastroenterologista.

Outras estratégias corretivaspreocupam-se em erradicar patógenosintestinais. Aqueles que aceitam essaabordagem acreditam na filosofia “acheum germe, use um remédio”. ElaineGottschall apresenta uma alternativamais holística para restabelecer oequilíbrio saudável da flora intestinal.

Conforme comecei a colocar meuspacientes na Dieta do CarboidratoEspecífico, usando Alimento e a ReaҫãoIntestinal como guia, fiqueiimpressionado com os resultados.Aqueles com doenҫa de Crohn, coliteulcerativa, síndrome do intestinoirritável, e até mesmo com intestino

preso mais teimoso encontraram alívio,apesar de no passado terem tido seuprogresso bloqueado por regimes deeliminaҫão complicados emalsucedidos. O valor clínico da Dietado Carboidrato Específico erainquestionável e, para minha surpresa,percebi também benefícios imprevistos.Pacientes com dores nos músculos, nasjuntas e até mesmo com artrite bemdesenvolvida, erupҫões crônicas napele, psoríase e fadiga generalizadaexperimentaram alívio desses sintomas.A dieta de Elaine Gottschall tinhaprovavelmente reduzido a toxicidade dointestino.

Infelizmente, a probabilidade deaceitaҫão mais ampla de uma abordagem

dietética como esta é pequena. Enquantomuitos dos meus colegas inovadores ecentrados em nutriҫão aproveitaram-sedas ideias expostas em Alimento e aReaҫão Intestinal e introduziram-nas notratamento de seus pacientes, a maioriados gastroenterologistas não estão nemmesmo curiosos. Eles raramentereconhecem o papel que a dieta possui.Por exemplo, um artigo recente naLancet demonstrando a eficácia de umadieta de exclusão no tratamento dadoenҫa de Crohn não instigou um únicogastroenterologista na minha grandecomunidade metropolitana a enviar umacópia para seus pacientes – mesmosabendo que a doença deles nãoresponde à administraҫão mais

habilidosa de remédios.Felizmente, números maiores de

pacientes estão reconhecendo anecessidade de desprender-se dadependência total de remédios etratamentos focados nos sintomas.Muitos suportaram anos de sofrimento,incluindo estresse mental e econômico, eagora estão dispostos a tentar uma dietasaudável, baseada em pesquisa médica eque faça sentido. O acolhimento dado aoAlimento e a Reaҫão Intestinal (aprimeira ediҫão deste livro) porpacientes teve o efeito de umaverdadeira rebelião.

Elaine Gottschall foi umaincansável guerreira em nome dotratamento natural de problemas

digestivos. Ela tornou-se uma líder ativapara muitos dos meus pacientes eforneceu orientaҫão inestimável quandoo progresso emperrou. Sua recompensaé certamente o conhecimento garantidode que ela transformou a vida demilhões de pacientes com transtornosgastrintestinais.

Ronald L. Hoffman, M.D.Hoffman CenterJunho, 1994

CAPÍTULO 1

PASSADO E PRESENTE

Em 1951, após muitos anos deexperiência clínica, os médicos SidneyV. e Merrill P. Haas publicaram umlivro intitulado O Controle da DoenҫaCelíaca. Direcionado à comunidademédica, documentava experiências notratamento e na cura de centenas decasos de doenҫa celíaca, assim como defibrose cística do pâncreas. Aabordagem era por meio de dieta, e elesusavam um regime bem balanceado,muito específico em relaҫão aos tipos deaҫúcares e amidos permitidos. Quando

os pacientes seguiam essa Dieta doCarboidrato Específico por no mínimoum ano, eles se viam capazes de retornarà uma dieta normal com odesaparecimento completo e permanentedos sintomas.

Em 1958, levamos nossa filha de 8anos de idade para ver o Dr. Haas. Trêsanos antes, ela tinha sido diagnosticadapor especialistas como tendo coliteulcerativa incurável e sua condiҫãoestava piorando. Os anos de tratamentocom cortisona e sulfonamidas somados ainúmeras outras abordagens foraminfrutíferos, e uma cirurgia pareciaiminente. Dr. Haas a colocou na Dietado Carboidrato Específico e, dentro dedois anos, ela já não apresentava mais

nenhum sintoma. Voltou a comernormalmente depois de outros poucosanos e permaneceu com uma saúdeexcelente por mais de 20 anos.

Muitos estudantes, amigos e outraspessoas que atendi no meu consultório eque estavam sofrendo de coliteulcerativa, doenҫa de Crohn, doenҫacelíaca (não curada por uma dieta semglúten), diverticulite e vários tipos dediarreia crônica tentaram a dieta deHaas e a maioria ficou livre de suasdoenҫas. Algumas das recuperaҫõesmais rápidas e comoventes ocorreramem bebês e crianҫas com prisão deventre severa, e também em crianҫasque, além de problemas intestinais,tinham problemas sérios de

comportamento. Estes incluíam casos dehipoatividade do tipo autística ehiperatividade, frequentementeacompanhados de terrores noturnosseveros e prolongados. Muitas vezes, osproblemas comportamentais e osterrores noturnos desapareciam dentrode dez dias após o início da Dieta doCarboidrato Específico de Haas. Éinteressante observar que, em junho de1985, a Associaҫão Britânica deEsquizofrenia lanҫou um projeto parainvestigar a pesquisa do Dr. F.C. Dohansobre a relaҫão entre a doenҫa celíaca ea esquizofrenia. A base desse projetoera uma dieta absolutamente sem grãos eleite, com pouquíssimo aҫúcar,intimamente ligada à Dieta do

Carboidrato Específico.Enquanto isso, em laboratórios de

pesquisa ao redor do mundo,pesquisadores têm estudado ostranstornos intestinais. Médicos epesquisadores descobriram que um tipoespecial de dieta sintética (nutrientesquímicos agregados em laboratório),chamada Dieta Elementar, representauma grande promessa no tratamento detranstornos digestivos e intestinais detodos os tipos. O problema da máabsorҫão observado na fibrose císticado pâncreas, assim como na diarreia queocorre após o tratamento de câncer comquimioterapia, foi superado graҫas aouso da Dieta Elementar sintética.Quando utilizada em pacientes com

doenҫa de Crohn, a Dieta Elementar nãosomente permitiu o desaparecimento dossintomas, como também ajudou crianҫasque não tinham crescido regularmentepor anos a ganhar peso e altura. O nívelde cloreto de sódio na transpiraҫão (oteste de suor que mede a gravidade dacondiҫão de saúde) das crianҫas comfibrose cística do pâncreas diminuiudrasticamente quando elas estavamfazendo a Dieta Elementar. Mais de 600publicaҫões científicas apareceram emjornais médicos entre os anos de 1970 e1980 comprovando o fato de que a DietaElementar é eficiente na correҫão da máabsorҫão e inversão do andamento demuitas doenҫas intestinais. Porém, comoa Dieta Elementar é um regime artificial,

normalmente administrado por um tuboligado ao estômago, não pode continuarindefinidamente. Quando édescontinuada, normalmente após seisou oito semanas, a melhora diminuigradualmente e os sintomas retornam.

O denominador comum fundamentalna efetividade de ambas – a dieta naturaldo Carboidrato Específico e a DietaElementar sintética – é o tipo decarboidrato predominante. Na DietaElementar sintética, o principalcarboidrato é o aҫúcar simples, aglicose, que é um monossacarídeo(mono = um; sacarídeo = aҫúcar),diferente da sacarose (aҫúcar de cana),que é um dissacarídeo (di = dois) e doamido, que é um polissacarídeo

(formado por muitos tipos de aҫúcares).

Figura 1: carboidratos na dieta

Na dieta natural do CarboidratoEspecífico, os carboidratospredominantes também são os aҫúcaressimples – aqueles encontrados em frutas,mel, iogurte feito corretamente ealgumas verduras. Os diversosrelatórios de pesquisa que mostram quea Dieta Elementar sintética é benéfica

para as doenҫas intestinaisprovidenciam apoio para a Dieta doCarboidrato Específico, a qual pode seraplicada em casa.

Aqueles que decidem seguir aDieta do Carboidrato Específico nãoprecisam se sentir prejudicados. Muitasdas receitas deliciosas deste livropoderiam facilmente fazer parte de umlivro de receitas. O fato de elas seremtão atraentes, no entanto, de maneiranenhuma compromete este raciocíniofundamental: os carboidratosespecificados nas receitas sãobioquimicamente corretos.

A Dieta do Carboidrato Específicoapresentada neste livro é altamentenutritiva e bem balanceada. Ela é segura

e provavelmente efetiva na superaҫão demuitos transtornos intestinais edigestivos incômodos.

CAPÍTULO 2

EVIDÊNCIA CIENTÍFICARELACIONADA ÀS DIETAS

Os transtornos intestinaisestressantes e enfraquecedores vistoshoje em dia existem há séculos. Osnomes dados às variadas manifestaҫõespatológicas com sintomas de diarreia,excesso de gás, perda de peso, excessode muco, cólicas, perda de sangue eintestino preso mudaram ao longo dosanos. Os métodos de diagnóstico, assimcomo o tratamento e controle, tambémmudaram. Porém, sempre existiu umacrenҫa fundamental de que a dieta é um

importante fator a ser considerado, nãosomente para determinar a causa dotranstorno, como também seu tratamentoe sua cura.

A literatura médica está repleta deartigos narrando os efeitos favoráveis damudanҫa de dieta no tratamento dedoenҫas intestinais. Há muito tempo, em300 d.C., um médico romano descreveucom detalhes uma situaҫão de diarreiasemelhante à da doenҫa celíaca esugeriu que o jejum, somado ao uso desuco de banana-da-terra, iria curar omal. Em 1745, o príncipe Charles,jovem pretendente ao trono daInglaterra, sofria de colite ulcerativa e,aparentemente, curou-se adotando umadieta sem leite.

Durante o início de 1990, inúmerosmédicos ajudaram-nos a compreendermelhor os efeitos dos alimentos nostranstornos intestinais. Dr. ChristianHerter, médico e professor daUniversidade de Columbia (EstadosUnidos), percebeu que em todos oscasos em que crianҫas ficavamdebilitadas com diarreia e fraqueza, asproteínas eram bem toleradas, asgorduras eram moderadamente aceitas,mas os carboidratos (aҫúcares eamidos) eram muito mal tolerados. Eleafirmou que a ingestão de certoscarboidratos quase invariavelmentecausava recaída ou retorno da diarreiaapós um período de melhora. Naquelaépoca, Dr. Samuel Gee, outro pediatra

reconhecido mundialmente , identificoucom clareza vários fatores importantesque pesquisadores modernos deixaramescapar. Ele disse que, se o pacientecom transtorno intestinal pudesse sercurado, teria de ser por meio de dieta.Acrescentou ainda que o leite era oalimento menos apropriado durante ostranstornos intestinais e que alimentosricos em amido (arroz, milho, batata egrãos) eram inadequados. Dr. Geeafirmou: “Não podemos jamais esquecerque aquilo que o paciente come e queestá além do seu poder de digestão lhefará mal”. Qualquer alimento, eparticularmente os carboidratos, dado àpessoa com problemas intestinaisdeveria, portanto, ser algo que

precisasse de pouca ou nenhumadigestão, de modo que o próprioprocesso digestivo não atrapalhasse aabsorҫão dos carboidratos. Ao contráriodo que alguns pensam, carboidratos nãodigeridos (e, portanto, não absorvidos)não estão passando inofensivamentepelo intestino delgado e cólon e sendoeliminados pelas fezes, mas de algumamaneira e em algum lugar no tratodigestivo estão causando problemas.

Há muitas evidências recentes quesustentam a hipótese de que o rumo devárias formas de problemas intestinaispode ser mudado favoravelmente pormeio da manipulaҫão do tipo decarboidrato ingerido. Pacientes comfibrose cística reagiram muito bem à

eliminaҫão de certos carboidratos desuas dietas, principalmente de aҫúcarrefinado (sacarose) e de aҫúcar do leite,lactose, assim como de amidos. Alactose esteve envolvida muitas vezescom a colite ulcerativa, com a doenҫa deCrohn e com outros tipos de transtornosintestinais referidos como diarreia“funcional”. A eliminaҫão da lactose dadieta de pacientes com esses problemasresultou em uma melhora notável.

Pesquisas sobre a doenҫa de Crohnrenderam resultados fantásticos comrelaҫão aos carboidratos na dieta. Nosanos de 1980, dois artigos apareceramna literatura médica. O primeiro relatouos resultados dos médicos Von Brandese Lorenz-Meyer, de Marburg, na

Alemanha, que conseguiram que 20 deseus pacientes com doenҫa de Crohnentrassem em remissão por meio daproibiҫão de comidas e bebidascontendo carboidratos refinados,essencialmente sacarose e amido. Nosegundo estudo, desenvolvido com aajuda de 20 pacientes com doenҫa deCrohn, mudanҫas na dieta envolvendo aeliminaҫão de alimentos específicos,particularmente cereais e derivados doleite, resultou em remissão prolongada.Os médicos que conduziram a pesquisaconcluíram que “a manipulaҫão da dietapode ser uma estratégia efetiva a longoprazo para a doenҫa de Crohn”.

Um recente livro de medicina sobreo tema da síndrome do intestino irritável

relatou os resultados de 20 estudosmundiais sobre o modelo de alimentaҫãode pacientes com colite ulcerativa edoenҫa de Crohn anterior ao comeҫo dossintomas e depois do diagnóstico. Doisde três estudos sobre o hábito alimentarde pacientes com colite ulcerativamostrou um alto consumo de pão ebatatas somado a uma alta ingestão deaҫúcar refinado (sacarose). Em um dosestudos, abrangendo 124 pacientes, foiconcluído que “um fator dietético nacolite ulcerativa não poder serdescartado, especialmente em relaҫãoao pão”. Nesse mesmo livro, foramrelatados resultados de 17 estudos sobrea doenҫa de Crohn, e todos elesconstataram que a ingestão de sacarose é

maior nos pacientes com doenҫa deCrohn que nas pessoas que não possuema doenҫa. O autor do documentoafirmou:

“A consistência dessa descoberta énotável considerando a variedade depaíses e os métodos utilizados pararealizar os estudos. Entre os pacientesdos 17 estudos relatados, foi descobertoque a ingestão de sacarose variava entre20% e 220% a mais em pacientes comdoenҫa de Crohn comparada a pessoasque não tinham a doenҫa.”

Para concluir, o Dr. Heaton, autordo relatório, disse:

“A relação entre a doenҫa de Crohne uma dieta rica em aҫúcar está provadasem sombra de dúvida. Excluindo o

fumo, essa é a pista mais forte de umaetiologia ambiental da doenҫa”.

O Dr. Claude Morin do HospitalSainte-Justine, no Quebec (Canadá),relatou seus resultados no tratamento dequatro crianҫas que sofriam de doenҫade Crohn duradoura.

Quando ele administrou, por meiode um tubo conectado ao estômago, aDieta Elementar sintética contendo omonossacarídeo glicose (um aҫúcarsimples) como a principal fonte decarboidrato, as crianҫas adquiriramganhos notáveis tanto em altura quantoem peso, assim como a remissão de seussintomas. Ao contrário da sacarose, dalactose e do amido, a glicose não requernenhuma digestão e é, portanto, mais

provável que seja absorvida pelascélulas do intestino delgado. Esseaҫúcar “pré-digerido” pode passarfacilmente através das célulasabsortivas do intestino, entrar nacorrente sanguínea e nutrir o organismo.A glicose da Dieta Elementar sintética,assim como a glicose encontrada emfrutas e mel, não está além do poder dedigestão daqueles com transtornosintestinais.

O Dr. Jan Van Eys do centro depesquisa do câncer da Universidade doTexas (Estados Unidos) reafirmou esseprincípio ao dizer:

“A mucosa gastrintestinal dascrianҫas está especialmente propensa aodano causado pela diarreia e,

consequentemente, pela intolerância aodissacarídeo. O desenvolvimento defórmulas sem dissacarídeos e de dietaselementares proporcionaram um meiopelo qual os médicos puderam permitiraos pacientes que se recuperassem sema adoҫão de medidas drásticas.”

O Dr. Van Eys não explicou ascondiҫões que levavam à inabilidade dedigerir aҫúcares complexos(dissacarídeos), nem especificou de quemaneira a diarreia está relacionada aoproblema da digestão de dissacarídeos.Porém, mais recentemente, o Dr. J.Ranier Poley, da Escola de Medicina daVirgínia Ocidental, mostrou que hárelação entre a diarreia e a inabilidadede digerir amidos e aҫúcar dissacarídeo.

Ao examinar com um microscópio asuperfície intestinal de pacientes comvárias formas de diarreia, o Dr. Poleydescobriu que a maioria deles perderama habillidade de digerir dissacarídeospor causa da produҫão excessiva demuco pelas células intestinais. Umacamada grossa e anormal de muco nasuperfície parece evitar o contato entreos dissacarídeos e as enzimas digestivasdas células absortivas. Aҫúcares queprecisam ser digeridos não podem serprocessados e, assim, não serãoabsorvidos para nutrir o indivíduo. ODr. Poley mostrou que esse fenômenoacontece naqueles que sofrem de doenҫacelíaca, intolerância à proteína da soja eà do leite de vaca, diarreia intratável na

infância, diarreia crônica em crianҫas,infecҫões parasitárias do intestino(giardíase), fibrose cística do pâncrease doenҫa de Crohn. As razões para aproduҫão excessiva de muco serãodiscutidas com mais detalhes nopróximo capítulo, que trata de micróbiosintestinais.

Carboidratos (aҫúcares e amidos)serão discutidos no capítulo cinco paraque se possa compreender como algunsdeles conseguem escapar da digestão e,portanto, da absorҫão mais facilmentedo que outros. Vai ficar claro que,quando isso ocorre, eles permanecem notrato intestinal e são utilizados pelomundo microbiano do intestino, o qualdepende da disponiblidade desse

carboidrato para que os micróbiostenham energia suficiente para viver e semultiplicar. Fungos e bactérias mudamos carboidratos de tal maneira quepodem danificar o intestino, o qual podereagir a esses resíduos microbiaissecretando muco em excesso. Umacadeia de eventos (Figura 2) fica assimestabelecida.

Figura 2: cadeia de eventos

No momento, é difícil detectar oque desencadeia o ciclo envolvendo oscarboidratos da dieta e a multiplicaҫãomicrobiana no intestino. Em 1922, emum discurso para a comunidade médicainti tulado O Alimento Errado em

Relaҫão a Transtornos Intestinais, Dr.Robert McCarrison advertiu seuscolegas de que as doenҫas intestinaisestavam aumentando. Ele lhes pediu quese recordassem de que os micróbios,frequentemente culpados pelas doenҫasintestinais, dependem das condiҫões devida, principalmente da nutriҫão, a qual“muitas vezes prepara o terreno noorganismo para o crescimento dessesmicroorganismos”. É razoável acreditarque carboidratos que permanecem nointestino não digeridos e não absorvidospossam servir de “terreno” noorganismo, encorajando o crescimento ea multiplicaҫão de microorganismosenvolvidos nos transtornos intestinais.

Em várias condiҫões, um intestino

que funciona mal pode ficar facilmentedesarmado pela ingestão decarboidratos que requerem muitosprocessos digestivos. O resultado é umambiente apropriado para o crescimentoe a multiplicaҫão de fungos e bactériasno intestino e, consequentemente, oinício da cadeia de eventos ou a suaperpetuação.

O propósito da Dieta doCarboidrato Específico é privar omundo microbiano dos alimentos de queele precisa para multiplicar-se esuperpovoar o intestino. Ao usar umadieta que contém predominantementecarboidratos “pré-digeridos”, oindivíduo com um problema intestinalpode ficar bem nutrido sem estimular em

excesso a populaҫão microbiana dointestino.

CAPÍTULO 3

BACTÉRIAS INTESTINAIS: UMMUNDO INVISÍVEL

As duas coisas mais perigosas queum astronauta leva na sua nave são seucérebro e sua flora intestinal.(Bengson)

O homem é somente aquilo queseus micróbios fazem dele. (Ropeloff)

É geralmente aceito entre médicose pesquisadores que, durante distúrbiosintestinais e doenҫas intestinaiscrônicas, o estado de equilíbrio normale harmonioso das bactérias que habitam

o trato gastrintestinal é perdido. Éimportante, portanto, que conheҫamos oshabitantes deste mundo invisível.

Antes do nascimento, o intestinohumano é livre de bactérias. Porém, apartir do nascimento, ocorre umainvasão maciҫa de vários tipos debactérias no trato gastrintestinal, quelogo fica povoado, de acordo com o tipode leite ingerido, assim como de outrosfatores ambientais. Uma parte dessapopulaҫão bacteriana se desenvolve docontato com a pele da mãe; outra partese origina do ar. Se o bebê foiamamentado, mais do que 99% de todasas bactérias do intestino são de um tipoapenas. Conforme outros alimentos vãosendo ingeridos, o bebê desenvolve uma

ampla variedade de bactérias.Estudos revelaram que mais de 400

espécies de bactérias coabitam o cólonhumano. De modo geral, o estômago e amaior parte do intestino delgadoabrigam uma escassa populaҫão de floramicrobiana. O número de bactériasnormalmente aumenta na parte maisbaixa do intestino delgado, o íleo,devido a sua proximidade com o cólon,que é rico em bactérias.

Figura 3: o trato intestinal

No trato intestinal saudável, as

bactérias intestinais parecem viver emum estado de equilíbrio: a abundânciade um tipo de bactéria é inibida pelasatividades de outros tipos de bactérias.Essa competiҫão entre elas previne queum tipo domine o organismo com seusresíduos ou toxinas. Outro fatorimportante de proteção que funcionapara manter a populaҫão bacterianaescassa no estômago e no intestinodelgado é a alta acidez do ácidoclorídrico do estômago, no qual asbactérias não conseguem sobreviver.Além disso, o movimento peristálticonormal (ondas de contraҫões muscularesinvoluntárias) expele muitas bactériasdo intestino com as fezes e, dessa forma,diminui sua quantidade.

Contudo, o crescimento exageradode bactérias no estômago e no intestinodelgado pode ocorrer por várias razões,entre elas:

1. Interferências na alta acidez doestômago devido ao uso contínuode antiácidos;

2. Uma diminuiҫão na acidez doestômago devido aoenvelhecimento;

3. Desnutrição ou uma dieta de baixaqualidade, causando oenfraquecimento do sistemaimunológico do organismo;

4. Tratamento com antibióticos, quepode causar grandes mudanҫas nasbactérias. Uma bactéria inofensiva

que reside normalmente nointestino sem ser prejudicada podesofrer muitas alterações devido aouso de antibióticos.

Uma vez que, por qualquer razão, oequilíbrio normal do cólon forperturbado, as bactérias podem migrarpara o intestino delgado e para oestômago. Dessa forma, obstruem adigestão, competem por nutrientes esobrecarregam o trato intestinal comseus resíduos. A absorҫão normal davitamina B12 logo fica prejudicada como crescimento excessivo de bactérias nointestino delgado.

Existe uma longa história sugerindoque bactérias e fungos estão envolvidos

nos distúrbios intestinais. Já em 1904,um exame de fezes em crianҫas quesofriam do que parecia ser doenҫacelíaca revelou que havia umamanifestaҫão alta e anormal de bactériasfermentando (“comendo” carboidratos)e putrefativas (“comendo” proteínas)que estavam, sem dúvida, contribuindopara o desenvolvimento da doenҫa. Osmédicos que observaram issopropuseram que, embora o intestinonormal pudesse controlar o crescimentode bactérias, em casos “celíacos”alguma anormalidade intestinal impediao controle de regulagem normal.

Os primeiros pesquisadores que sededicaram ao estudo de colite ulcerativaacreditavam que essa doenҫa era

causada por bactérias. Entre 1906 e1924, muitos pesquisadores isolaramcertos tipos de bactérias, injetaram-nasou suas toxinas em animais delaboratório e afirmaram que as injeҫõesproduziram colite ulcerativa nosanimais. Em 1932, quando o Dr. B. B.Crohn falou sobre um “novo” distúrbiointestinal, agora conhecido como doenҫade Crohn, muitos médicos que estavamem sua aula afirmaram que essa novadoenҫa ocorria devido amicroorganismos.

De 1920 até hoje, o papel dasbactérias e de seus resíduos continuamsendo investigados com o objetivo deencontrar a causa das mais variadasformas de doenҫas inflamatórias do

intestino. Frequentemente, surgia algumaevidência convincente de que algumasbactérias em particular poderiam darinício a certos tipos de doenҫaintestinal, mas, por fim, o estudo erarefutado pela insuficiência de provas.Algumas dificuldades que ospesquisadores encontraram ao tentardetectar as bactérias “culpadas”ocorreram, sem dúvida, em razão dainterminável mudanҫa nas condiҫões domundo bacteriano do intestino, davariabilidade dos tipos de bactériasintestinais, ou por causa da falta detécnicas laboratoriais precisas deidentificaҫão.

Durante esses primeiros anos deinvestigaҫão, o Dr. Ilya Metchnikoff

sugeriu que as bactérias no intestinoproduziam toxinas que eram absorvidaspela corrente sanguínea. Metchnikoffafirmou que essas toxinas eram a causade muitas afliҫões humanas, dando onome de “autointoxicaҫão” ao processopelo qual bactérias nocivas causamdoenҫas no intestino. Diferentemente dospesquisadores que tentaram sem sucessoencontrar os microorganismos precisosenvolvidos nos vários tipos dedistúrbios intestinais, Metchnikoffabordou o problema de maneira bemdiferente. Ele sustentou, assim comomuitos outros o fizeram, que se oambiente intestinal pudesse ser mantidoem um estado saudável, bactériasnocivas não iriam mais representar uma

ameaҫa.Ele defendeu o amplo uso de leite

fermentado, similar ao iogurte, e sugeriuque a bactéria benéfica utilizada naproduҫão do leite fermentado, e queainda permanece nele, entraria no tratointestinal e impediria que outrasbactérias formassem toxinas nocivas ali.Embora a proposta de Metchnikoff nãotenha sido adotada universalmente, suasideias foram reconhecidas porgastroenterologistas e pesquisadoresrenomados. Em 1964, o Dr. Donaldsonafirmou o seguinte em um longo artigosobre o papel das bactérias em doenҫasintestinais: “Em alguns aspectos, oconceito de autointoxicaҫão oferecidopor Metchnikoff precisa receber uma

forte reconsideraҫão”.Pesquisadores ainda ficam

fascinados com as proposiҫões deMetchnikoff e continuam estudando ossupostos benefícios do leite fermentado.Pesquisadores modernos se perguntam:será que as bactérias utilizadas nafermentaҫão do leite realmente vãomorar no intestino e, em caso afirmativo,por quanto tempo? Qual das bactériasutilizadas na fermentaҫão do leite vaineutralizar as toxinas produzidas poroutras bactérias intestinais? Ou será quea bactéria usada para fermentar o leite é,ela mesma, o fator benéfico?

Nos anos de 1980, forampublicados um número crescente derelatórios afirmando que as toxinas das

bactérias intestinais pareciam estardanificando as células do intestino e,como consequência, causando umavariedade de doenҫas envolvendodiarreia. Algumas dessas bactériasprodutoras de toxinas não foram, nopassado, consideradas causadoras dedoenҫas. Embora ainda não existaevidência suficiente para conectar umabactéria específica a cada um dosdistúrbios intestinais crônicos, umacoisa é certa: as bactérias intestinais nãosão espectadoras inocentes.

Um método simples para minimizaras atividades indesejosas das bactériasintestinais seria através do uso deantibióticos. Esse método é usado comfrequência, mas, infelizmente, na

maioria dos distúrbios intestinaiscrônicos, tem suas limitaҫões.

Assim, estamos diante dedistúrbios intestinais envolvendopopulaҫões de bactérias que foramalteradas em número, característica, ouambos. As contraҫões normais dosmúsculos intestinais (peristalse) nãoconseguem expulsá-las: elas parecemser tenazes. De fato, há evidências deque as bactérias intestinais não causamdoenҫas a menos que desenvolvammétodos de adesão à parede dointestino. O tratamento à base deantibióticos tem uma utilidade limitada,enquanto outros medicamentos dafamília da cortisona e da sulfaapresentam efeitos colaterais se tomados

por um longo tempo.Uma forma sensata e inofensiva de

combater a populaҫão anormal debactérias intestinais é manipulando aoferta de energia (alimento) por meio dedieta. A maioria das bactérias intestinaisprecisa de carboidratos para obterenergia, e a Dieta do CarboidratoEspecífico restringe com rigor adisponibilidade desse elemento. Aoprivar as bactérias intestinais de suafonte de energia, seu número diminuirágradualmente, juntamente com osresíduos que elas produzem.

CAPÍTULO 4

COMO ROMPER O CÍRCULOVICIOSO

De todos os componentes da dieta,são os carboidratos que exercem maisinfluência sobre as bactérias intestinais.Elas obtêm energia para se manter econtinuar multiplicando-se por meio deum processo de fermentaҫão decarboidratos disponíveis no tratointestinal.

O processo de fermentaҫão peloqual bactérias intestinais consomemcarboidratos da dieta está explicado nafigura 4.

Figura 4: fermentaҫão no intestino

A fermentaҫão é favorecida quandoa dieta contém carboidratos quepermanecem no trato intestinal em vezde serem assimilados pela correntesanguínea. Carboidratos não absorvidosconstituem a fonte mais importante degás no intestino. Por exemplo, se alactose contida em 28 ml de leite não fordigerida e absorvida, irá produziraproximadamente 50 ml de gás no

intestino de pessoas normais. Mas sobcondiҫões anormais, quando bactériasintestinais deslocam-se para o intestinodelgado, a produҫão de hidrogênio podeaumentar em até 100 vezes.

A presenҫa de carboidratos nãodigeridos e não absorvidos no intestinodelgado pode estimular as bactérias docólon a irem habitar o intestino delgadoe a continuarem se multiplicando. Isso,por sua vez, pode levar à formaҫão deoutros produtos, além do gás, que irãodanificar o intestino delgado. Exemplosdesses produtos são os ácidos láticos eos acéticos, além de outros ácidosorgânicos de cadeia simples queresultaram do processo de fermentaҫão.Além de danificar o intestino, existe uma

quantidade crescente de evidênciascientíficas de que o ácido láticoformado por meio da fermentaҫão nointestino causa um funcionamentoanormal do cérebro e docomportamento, o que poderia justificaros problemas comportamentais quefrequentemente acompanham osdistúrbios intestinais. Isso explicariatambém a impressionante melhora nocomportamento das crianҫas queseguiram a Dieta do CarboidratoEspecífico, apontada no primeirocapítulo, pois essa dieta previne aformaҫão de ácido lático originado dafermentaҫão dos carboidratos nãoabsorvidos.

Figura 5: o círculo vicioso

A produҫão de uma enormequantidade de ácidos orgânicos decadeia simples por meio da fermentaҫãobacteriana no intestino pode finalmentese tornar uma pista importante para adescoberta da causa de alguns tipos de

doenҫas inflamatórias do intestino.Um artigo publicado recentemente,

intitulado Alimentaҫão à base de grãose a disseminaҫão de Escherichia coliresistente ao ácido no gado lanҫa umanova perspectiva sobre o efeito queesses ácidos orgânicos têm na alteraҫãodas características das bactérias. Desdeo início dos anos 1980, pesquisas namedicina mostraram que certos tipos decolite ulcerativa parecem ser causadospor uma bactéria intestinal muitocomum, a Escherichia coli, que devidoa uma mudanҫa em suas características(uma mutaҫão) desenvolveu acapacidade de gerar doenҫas. Emboraexistam muitos motivos para justificar ofato de certas bactérias inofensivas

alterarem suas características por meioda mutaҫão genética, pode-se tambémfazer a seguinte pergunta: será que oambiente acidífero originado dafermentaҫão de amidos não digeridos enão absorvidos pelas bactériasintestinais no cólon humano faz com quebactérias inofensivas transformem-se emnocivas?

Uma vez que as bactérias semultiplicam no intestino delgado, acadeia de eventos exemplificada nafigura 5 torna-se um círculo vicioso,caracterizado por um aumento naproduҫão de gases, ácidos e outrosresíduos da fermentaҫão que perpetuamo problema de má absorҫão e prolongamos distúrbios intestinais.

O crescimento bacteriano nointestino delgado parece destruir asenzimas da superfície celular dointestino, impedindo a digestão decarboidratos e sua absorҫão, fazendocom que eles fiquem disponíveis paramais fermentaҫão. É nessa hora que aproduҫão excessiva de muco édesencadeada como um mecanismo deautodefesa, por meio do qual o tratointestinal tenta “se lubrificar” contra oferimento mecânico e químico causadopelas toxinas bacterianas, pelos ácidos epela presenҫa de carboidratos nãodigeridos e não absorvidoscompletamente.

A Dieta do Carboidrato Específicoapresenta um método para romper esse

círculo vicioso, de maneira que oindivíduo é quem fica nutrido, e não asbactérias intestinais. A dieta diminui osestresses indesejáveis no intestino, poisbaseia-se no princípio de quecarboidratos especificamenteselecionados, requerendo processosdigestivos mínimos (como serádiscutido no capítulo 5), são absorvidose não deixam praticamente nada para serutilizado no crescimento bacterianointestinal. Conforme a populaҫãobacteriana diminui pela falta de“comida”, seus resíduos nocivostambém diminuem, livrando a parede dointestino de substâncias prejudiciais.Sem precisar de proteҫão, as célulasprodutoras de muco param de produzir

muco em excesso, e a digestão decarboidratos é restabelecida. A máabsorҫão é substituída por absorҫão.Conforme a pessoa absorve energia enutrientes, todas a células do corpoficam devidamente nutridas, incluindo asdo sistema imunológico, que finalmentepodem ajudar a vencer a batalha contrauma invasão bacteriana. A Dieta doCarboidrato Específico tem a mesmameta da Dieta Elementar sintética: areduҫão e alteraҫão do crescimentobacteriano, e a manutenҫão do ótimoestado nutricional do paciente.

CAPÍTULO 5

DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS

Digestão é o grande segredo davida. (Go e Summerskill)

Aquilo que o paciente come alémdo seu poder de digestão, fará mal aele. (Gee)

Enquanto as causas fundamentaisde vários distúrbios intestinais nãopodem ser determinadas com certeza, adigestão imperfeita e a má absorҫão decarboidratos da dieta podem ser, emgrande parte, responsáveis por essesdistúrbios. Aqui, considera-se quecarboidratos são amidos e moléculas de

aҫúcar dissacarídeo, pois ambosrequerem digestão antes da absorҫão.Como vimos nos capítulos anteriores,isso pode levar à uma má absorҫãosevera de todos os nutrientes devido aferimentos na superfície intestinal. ADieta do Carboidrato Específico, namaioria das vezes, corrige a máabsorҫão, pois permite que os nutrientesentrem na corrente sanguínea e fiquemdisponíveis para as células doorganismo e, assim, a capacidade dosistema imunológico de combaterdoenças se torna melhor. Desta forma, oenfraquecimento do organismo recua, opeso do paciente retorna ao normal e,finalmente, a saúde melhora.

Má absorҫão é a incapacidade das

células do organismo de obter nutrientesdos alimentos ingeridos. Comoconsequência, perde-se a energiacalorífica, as vitaminas e os minerais,pois todas as partes do corpo ficamprivadas de uma nutriҫão adequada. Hámuitos lugares no trato gastrintestinalonde problemas poderiam levar à máabsorҫão:

1. Se a comida passa muitorapidamente pelo trato intestinal(como acontece com frequênciaquando há diarreia), não há temposuficiente para as enzimasquebrarem as grandes moléculas dealimento, como o amido, a gordurae a proteína, e assim sua absorção

pela corrente sanguínea ficaseveramente prejudicada;

2. Se o pâncreas estiver deficiente enão enviar enzimas digestivassuficientes para o intestino delgadoquebrar as grandes moléculas deproteína, gordura e amido, aabsorҫão desses nutrientes não iráocorrer.

Contudo, um grande número depesquisas científicas indicam um estágiomais adiante na digestão como o lugarque leva à má absorҫão em muitosdistúrbios intestinais. Essa última etapano processo digestivo ocorre nosmicrovilos das membranas plasmáticasdas células absortivas do intestino.

Figura 6: células absortivas intestinais elevadas,saudáveis e desenvolvidas

A membrana das células dorevestimento intestinal é útil não sócomo uma barreira passiva entre oconteúdo do trato digestivo e a correntesanguínea. Quando o sistema digestivoestá funcionando normalmente, amembrana dessas células “porteiras”participa ativamente tanto na últimaetapa da digestão, quanto no auxílio dotransporte de nutrientes para a correntesanguínea.

A última etapa da digestão decarboidratos ocorre nas minúsculasprojeҫões chamadas microvilosidades(figura 6). Somente os carboidratos queforem processados apropriadamentepelas enzimas embutidas nos microvilospodem cruzar a barreira e entrar nacorrente sanguínea. É lá que o aҫúcar doleite, a lactose, e a sacarose sãoquebrados (digeridos). É também olocal onde ocorre a última etapa dadigestão de amidos de alimentos comoos grãos e as batatas. A figura 7 resumeas etapas envolvidas na digestão decarboidratos no trato gastrintestinal eespecifica as enzimas dos microvilosque executam o último estágio doprocesso digestivo.

Figura 7: digestão de carboidratos da dieta

A estrutura da superfície dointestino fica drasticamente alteradadurante uma doenҫa intestinal e, comoconsequência, a atividade digestiva ficaseriamente comprometida. Isso faz comque a última etapa da digestão dessescarboidratos torne-se difícil, ou atémesmo impossível (figura 8).

Figura 8: célula absortiva achatada, danificada eimatura

A localizaҫão das enzimas quequebram o aҫúcar, as dissacaridases,nas membranas das células intestinaistorna-as muito vulneráveis a lesões devárias origens. Por exemplo, adeficiência da vitamina B9, de ácidofólico, e/ou de vitamina B12 podeimpedir o desenvolvimento adequadodos microvilos que carregam asdissacaridases. Uma camada grossa eanormal de muco produzida pelas

células intestinais pode impedir ocontato entre as enzimas dos microvilose os dissacarídeos lactose, sacarose,maltose e isomaltose. Além disso,substâncias tóxicas e irritantesproduzidas por fungos, bactérias ouparasitas que invadem o trato dointestino delgado podem danificar asmembranas celulares do intestino edestruir suas enzimas.

Manifestaҫões patológicasenvolvendo o intestino delgado e quesão frequentemente associadas com adeficiência de lactase e de outrasdissacaridases são doenҫa celíaca,desnutrição, psilose, cólera,gastrenterite, diarreia infantil dequalquer causa, pelagra, cólon irritável,

pós-gastrectomia (remoҫão de parte doestômago), intolerância à proteína dasoja e do leite de vaca, diarreia infantilintratável, infecҫões parasitárias dointestino, fibrose cística e doenҫa deCrohn. Além disso, a deficiência delactase em colite ulcerativa está bemdocumentada, como foi relatado nocapítulo dois.

Normalmente, a primeira enzima aser prejudicada é a lactase, mas muitasvezes existe uma combinaҫão de perdade enzimas envolvendo a sacarase, aisomaltase e, menos frequentemente, amaltase. Em distúrbios intestinais comoa doenҫa celíaca (e em outrasmanifestaҫões patológicas com sintomade diarreia), a enzima lactase fica

debilitada mais cedo do que as outrasenzimas que servem para quebrar osdissacarídeos e é a última das enzimasdo microvilo a retornar ao normaldepois que o distúrbio intestinalretrocedeu. De fato, a lactase pode ficarpermanentemente debilitada após umestado grave de desnutrição e diarreiatropical (psilose), e a deficiência emlactase pode vir a ser a única heranҫa dedistúrbios anteriores.

É difícil de provar a ausência deatividade das dissacaridases portécnicas médicas atuais. Uma amostra debiópsia do intestino delgado duranteuma doenҫa intestinal pode mostrar quea atividade de enzimas dissacaridases énormal. Porém, a ingestão de lactose,

sacarose e amidos nos dará um quadrode diarreia, cólicas e vômitos. Essacontradiҫão aparente poderia serresultado da falta de contato entreenzimas e aҫúcares devido à barreira demuco relatada nos capítulos dois e três.

Quando uma amostra de biópsiaindica que existe realmente umadeficiência na atividade das enzimasdissacaridases, a razão para issopoderia ser um problema genéticoprimário ou um problema secundáriocausado por um ferimento direto nasuperfície da célula intestinal com perdade microvilos e achatamento daspróprias células. Entre os fatores quedanificam a superfície intestinal estão adesnutrição e a irritaҫão causada por

substâncias produzidas pelaproliferaҫão de bactérias.

Os aҫúcares não digeridospermanecem no intestino delgado e suapresenҫa no lúmen (espaҫo interno) dointestino causa uma inversão doprocesso alimentício normal. Em vezdos nutrientes passarem do espaҫointerno do intestino para a correntesanguínea, água é lanҫada para dentro dolúmen intestinal (figura 5). A água, quecarrega nutrientes, é perdida devido aofuncionamento anormal do intestino(diarreia) e as células do corpo ficamprivadas de energia, minerais evitaminas. Os aҫúcares que permanecemno lúmen intestinal fornecem energiapara mais fermentaҫão e proliferaҫão de

bactérias intestinais, o que é ainda maisperigoso.

O nível crescente de substânciasirritantes liberadas pelo aumento dapopulaҫão bacteriana faz com que ascélulas intestinais tentem se defender.As células produtoras de muco (célulascaliciformes) presentes normalmente nointestino secretam seu produto paracobrir e proteger a superfície livre e nuadas células absortivas do intestino. Ointestino delgado reage a essa quebra doseu equilíbrio normal produzindo maiscélulas caliciformes, que por sua vezaumentam ainda mais a secreҫão demuco intestinal. Conforme a harmoniado intestino delgado vai sendoameaҫada por uma invasão de bactérias

e pelos resíduos produzidos por elas,uma barreira grossa de autodefesacomeҫa a se formar. As enzimasembutidas nas membranas celularesabsortivas não conseguem realizar seutrabalho, que é o de fazer contato comcertos aҫúcares da dieta e quebrá-los.

Se as células caliciformes seexaurem (e existe um limite para seuesforҫo heróico de defender orevestimento absortivo contra airritaҫão), a superfície intestinal “nua”fica sujeita a mais devastaҫão. É muitoprovável que, nessa etapa, ocorra aulceraҫão da superfície intestinal, comose vê na colite ulcerativa. Isso podetambém explicar como algumasproteínas, como o glúten, podem

penetrar de forma imprópria no interiordas células absortivas e destruí-las.

Às vezes, até mesmo a absorҫão deaҫúcares simples fica prejudicada porcausa do grave estrago das célulasabsortivas. Contudo, essa condiҫãoextrema é diagnosticada normalmentepor meio de exames hospitalaresrotineiros. Em algumas ocasiões, ainvasão de bactérias no intestinodelgado é tão intrusiva que fungos sãoencontrados no esôfago. Quando existe asuspeita de que a invasão de fungos sedifundiu (a infecҫão oral candidíaseseria um indicador), é bom reduzir aingestão de mel no início da dieta (aquantidade de mel nas receitas deve serdiminuída em 75%). Porém, conforme a

pessoa vai melhorando, pode-seaumentar a quantidade de mel.

A incapacidade de digestão deamido até mesmo por pessoas saudáveiscomeҫou a receber atenҫão recentemente(veja em seguida a descriҫão dosamidos). Alguns alimentos contendoamido, os quais acreditava-se que eramdigeridos completamente, na verdadepermanecem parcialmente digeridospela maioria das pessoas. Nas pessoascom distúrbios intestinais, adigestibilidade de amido é ainda maisafetada. Como a decomposiҫão deamido resulta na formaҫão dedissacarídeos, maltose e isomaltose, amaioria dos amidos precisa ser evitada,a menos que estejam classificados como

permitido na tabela do capítulo dez.Alguns alimentos da Dieta do

Carboidrato Específico contêm amidosque revelaram-se bem toleráveis. Sãoaqueles encontrados na família dasleguminosas: feijão, lentilha e ervilhaseca (mas não no grão-de-bico, na sojaou no broto de feijão). As leguminosaspermitidas na dieta devem ficar demolho por no mínimo de 10 a 12 horasantes de serem cozidos, e a água deverser trocada, pois contêm outros aҫúcaresque são indigeríveis (mas que sãoeliminados ficando de molho). O feijão,a lentilha e a ervilha seca podem serintroduzidos em pequenas quantidadespor volta do terceiro mês da dieta. Osamidos em todos os grãos, no milho e na

batata precisam ser rigorosamenteevitados. O xarope de milho também éexcluído, pois contém uma mistura deamidos de cadeia simples.

Carboidratos Encontrados nosAlimentos

1- Aҫúcares Simples(monossacarídeos)Esses aҫúcares não requeremdecomposiҫão para serem transportadosdo intestino para a corrente sanguínea.São a glicose, a frutose e a galactose. Aglicose e a frutose são encontradas nomel, nas frutas e em alguns legumes ehortaliҫas. A galactose é encontrada noleite hidrolisado (com baixo teor de

lactose) e no iogurte.2- Aҫúcares Simples Compostos

(dissacarídeos)Esses aҫúcares precisam serdecompostos pelas enzimas das célulasintestinais. Os quatro principaisdissacarídeos são a lactose, a sacarose,a maltose e a isomaltose.

a. A lactose é encontrada no leite,leite em pó, iogurte comercial,iogurte caseiro que não tenha sidofermentado por 24 horas, queijosprocessados, queijo cottage, creamcheese, sorvete, alguns cremesazedos (sour cream), soro de leite(com 70% de lactose por peso) eem muitos outros podutos que

contenham leite ou soro de leite.Muitos medicamentos esuplementos alimentares devitaminas e minerais tambémcontêm lactose.

b. A sacarose é o aҫúcar de mesa e éencontrada em alimentosprocessados, como sobremesas degelatina, ketchup, granola, muitosalimentos enlatados e algunscongelados. Há uma pequenaquantidade de sacarose (cerca de1% a 3%) em alguns tipos de melpasteurizado, mas essa quantidadefoi bem tolerada por aqueles queseguiram a Dieta do CarboidratoEspecífico. Mel não pasteurizadonão contém sacarose, pois uma

enzima decompõe toda e qualquersacarose que exista nele. Algumasfrutas e castanhas contêm pequenasquantidades de sacarose, maspodem ser usadas na dieta e foramincluídas no capítulo dez.Conforme as frutas amadurecem, asacarose é quebrada pelas enzimasda própria fruta.

c. A maltose e a isomaltose sãoencontradas em produtos comoxarope de milho (corn syrup), leitemaltado e balas. Porém, a maioriada maltose e isomaltose que chegaàs células intestinais para serdigerida vem de amidos. Osamidos são moléculas de glicosede cadeia complexa (figura 9),

parcialmente digeridos pelasenzimas do pâncreas e pela saliva,que os reduzem aos dissacarídeosmaltose e isomaltose para seremquebrados pelas enzimas dosmicrovilos das células intestinais.

3- Amido (polissacarídeos)

O amido pode ser de dois tipos:amilose e amilopectina. A maioria doslegumes e cereais contém os dois tiposem diferentes proporҫões. Por exemplo,alguns tipos de arroz contêm umapequena quantidade de amilopectina euma grande quantidade de amilose.Outros tipos de arroz contêm somenteamilopectina. Assim como o arroz,algumas linhagens genéticas de milho

contêm um tipo de amilopectinaaltamente ramificado. Batata doce emandioca também contêm somente oamido amilopectina. Parece que aengenharia genética que visa alterar oconteúdo de proteína em certosalimentos também influencia no tipo deamido formado pela planta. A proporҫãovariada de diferentes tipos de amidopode afetar a capacidade do intestino dedigeri-los completamente. Ou asproteínas de algumas plantas podemimpedir que o amido seja quebradocompletamente. É interessante observarque um grupo de pesquisadoresdescobriu que algumas bactériasintestinais ficam mais malignas napresenҫa de amido de milho indigerido

no intestino.Verduras e legumes que contêm

mais amilose do que amilopectina sãomais simples de digerir, porque asunidades de glicose que compõem todasas moléculas de amido estão arranjadasde uma maneira linear na amilose eficam facilmente expostas às enzimasdigestivas da saliva e do pâncreas(figura 9). Os elos que formam asunidades de glicose nesse agrupamentolinear são decompostos até que ascadeias fiquem reduzidas a somenteduas moléculas de glicose ramificadasquimicamente, chamadas de maltose. Emcomparaҫão, moléculas de amilopectinacontêm unidades de glicose que formamramos (figuras 9 e 10). Quando as

moléculas de amilopectina sãoparcialmente digeridas pelas enzimaspancreáticas, os fragmentos que restampara passar pela última etapa dadigestão – pelas enzimas dos microvilos– são a maltose e isomaltose.

Figura 9: amidos

Recentemente, Dr. Gunja-Smith eassociados indicaram que a molécula deamido amilopectina é ainda maisramificada do que se pensou

originalmente.De acordo com o diagrama do Dr.

Gunja-Smith, os ramos internos parecemmenos expostos que os ramos externos.Por isso, é muito provável que asenzimas digestivas pancreáticas nãoconsigam atingir os elos internos e queparte das moléculas de amilopectinaescapem da digestão, permanecendo nointestino e aumentando a fermentaҫãobacteriana.

Figura 10: diagrama revisado de amidoamilopectina

Atualmente, a disponibilidade deinformaҫão sobre a quantidade de amido

amilopectina e de amilase presente emvários tipos de grãos e em outrosalimentos ricos em amido é muitolimitada.

4- FibraFrutas, legumes, verduras,

castanhas e grãos contêm várioscomponentes, chamados de fibras, quesão indigeríveis pelas enzimas do tratodigestivo. As fibras de frutas, castanhas,algumas verduras, feijão e lentilha sãopermitidas na Dieta do CarboidratoEspecífico, mas todas as fibras de grãos,incluindo as de farelo de cereais oumilho, não são permitidas.

CAPÍTULO 6

A HISTÓRIA DA DOENÇACELÍACA

A última vez que alguém contou,havia 15 mil doenҫas conhecidas pelohomem e cura para 5 mil delas.Contudo, permanece o sonho de cadamédico jovem de descobrir uma novadoenҫa. Essa é a maneira mais rápida esegura de se conseguir notoriedade naprofissão médica. Na prática, é muitomelhor descobrir uma nova doenҫa doque encontrar a cura para uma antiga ̶a cura terá de ser provada, contestadae discutida por anos, enquanto uma

nova doenҫa é prontamente erapidamente aceita. (MichaelCrichton)

A doenҫa celíaca parece ter sempreexistido. Como seus inúmeros sintomasimitam os de várias outras doenҫas euma causa óbvia sempre foi difícil de secompreender durante anos, seureconhecimento como um distúrbiodistinto, o qual os médicos pudessemprontamente diagnosticar, sempre geroumuitas divergências de opiniões.

Uma das primeiras descriҫõesdesse distúrbio foi dada pelo médicoArateus nos primeiros anos do impérioromano. Ele referiu-se à “doenҫacelíaca” como uma patologia de diarreia

crônica composta de alimentos nãodigeridos que dura um longo período edebilita o corpo inteiro. Arateusdescreveu a diarreia como sendo de corclara, cheiro desagradável eacompanhada de flatulência. Alémdisso, o paciente foi descrevido como“enfraquecido e atrofiado, pálido, frágil,incapaz de realizar seus trabalhosrotineiros”.

Em 1855, ao escrever os relatóriosdo Hospital Guy, Dr. Gull resumiu ossintomas encontrados em um garoto de13 anos de idade que claramente indicadoenҫa celíaca como a entendemos hoje:abdome estendido, evacuaҫão frequentee volumosa de cor apagada eesbranquiçada.

Alguns anos mais tarde, em 1888,Dr. Samuel Gee colocou os alicercesnão somente para descrever a patologia,mas também para estabelecer umcritério para seu diagnóstico. Alémdisso, ele instituiu uma norma deprocedimento para tratar a patologiacom sucesso por meio da dieta. Em seuclássico relatório Sobre a doenҫacelíaca, Samuel Gee escreveu: “Existeum tipo de indigestão crônica que afetapessoas de todas as idades, mas éespecialmente inclinada a afetarcrianҫas entre 1 e 5 anos de idade. Ossinais da doenҫa são revelados pelasfezes: mole, sem forma, mas não líquida;mais volumosa se comparada ao que secomeu; de cor pálida, como se destituída

de bile; fermentante, espumante, umaaparência devido à fermentaҫão; grandefedor de comida que sofreu processo deputrefaҫão em vez de preparaҫão. Ascausas da doenҫa são obscuras. Ascrianҫas que sofrem disso não estãototalmente debilitadas. Erros na dietapodem ser a causa, mas quais erros?”.

Apesar da escassez de informaҫãode Gee sobre a doenҫa celíaca, ele viuclaramente vários fatos importantes queescaparam em muitas investigaҫõesposteriores:

1. Se o paciente pudesse ser curado,teria que ser por meio de dieta. Oleite de vaca é o alimento menosadequado, assim como alimentos

ricos em amidos, como arroz,farinha de milho e sagu;

2. Não podemos nunca esquecer deque aquilo que o paciente comealém do seu poder de digestão lhefará mal. (Gee sugeriu quealimentos inadequados faziam umpapel mais do que negativo na dietada pessoa: eles produziampatologias no trato digestivo.)

Por muitos anos, houveramnumerosos relatórios sobre a causa e otratamento para aquilo que parecia serdoenҫa celíaca. Enquanto essasinformaҫões inconsistentes einconclusivas apareciam na Europa, naAmérica do Norte o interesse por essa

doenҫa era pequeno. Contudo, logo apósa virada do século, os Drs. L. EmmettHolt, diretor de Medicina Infantil doHospital Bellevue, e Christian Herter,da Universidade de Columbia,trabalharam juntos por mais de sete anosestudando os aspectos clínicos eteóricos desse distúrbio. Suasconclusões, publicadas em 1908, com otítulo Sobre o Infantilismo da InfecҫãoIntestinal Crônica, incluíram osseguintes pontos principais:

1. Existe um estado patológico infantilmarcado por uma impressionantelentidão no desenvolvimento doesqueleto, dos músculos e devários órgãos, e associado a uma

infecҫão crônica no intestino,caracterizada pela proliferaҫão deuma flora bacteriana quenormalmente pertence ao períodode lactaҫão;

2. As principais manifestaҫões desseinfantilismo intestinal são asuspensão do desenvolvimento docorpo ̶ mas com manutenҫão deum bom intelecto e umdesenvolvimento satisfatório docérebro; notável distensãoabdominal; um grau leve, moderadoou considerável de anemia; acessosúbito de fadiga física e mental;irregularidade na digestãointestinal, resultando em frequentesataques de diarreia.

Os Drs. Holt e Herter continuarama descrever em sua monografia abactéria dominante encontrada nas fezesassim como alguns resíduos geradospela fermentaҫão intestinal e putrefaҫão.Eles observaram que nas fezes haviagordura, e atribuíram isso à má absorҫãode gorduras. Além disso, houve umamenҫão sobre o aumento de muco nasfezes junto com evidências dedesprendimento anormal de célulasintestinais. Eles ressaltaram que duascaracterísticas principais no infantilismointestinal precisavam de maisinvestigaҫão: lentidão no crescimento eintoxicaҫão crônica. Os pesquisadoresexplicaram que a lentidão nocrescimento poderia ser atribuída à má

absorҫão de nutrientes e que issoocorria provavelmente devido a umainflamaҫão crônica localizada no íleo ecólon, associada à presenҫa de formasanormais de bactérias. Eles tinhamcerteza de que a intoxicaҫão crônicaresultava da aҫão de produtos de origembacteriana: as toxinas tinham como alvoprincipal o sistema nervoso e osmúsculos.

Eles concluíram sua obraafirmando: “Recaídas temporárias sãomuito comuns no curso da doenҫa, atémesmo quando se toma um grandecuidado para evitá-la. A causa maisfrequente dessas recaídas é a tentativade promover o crescimento usando umaquantidade elevada de carboidratos”.

Embora as conclusões de Herternão tenham alcançado aceitaҫão, suasobservaҫões foram tão perspicazes queoutros pesquisadores apoiaram-se nelasna busca do tratamento alimentar maiseficaz. Ele notou que, em todos os casos,as proteínas eram muito bem toleradas,as gorduras eram assimiladasrazoavelmente bem, mas os carboidratoseram mal digeridos, quase semprecausando retorno da diarreia depois deum período de melhora. Ele disse: “Jáfoi mencionado que os carboidratos sãoa causa óbvia dos desarranjos dadigestão que estão clinicamentedeterminados, especialmente da diarreiae da flatulência”.

Enquanto isso, o interesse

demonstrado pelos Drs. Holt e Herterforam transmitidos para os dois jovensassistentes do Dr. Holt na ClínicaVanderbilt, o Dr. John Howland e o Dr.Sidney V. Haas. Em 1921, o Dr.Howland, em seu discurso presidencialdiante da Sociedade Americana dePediatria, leu um documento sobreIntolerância Prolongada aCarboidratos. Embora Howland nãotenha usado o termo doenҫa celíaca(essa patologia ainda era conhecida poruma grande variedade de nomes), eledescreveu seus casos brilhantemente:

“De tempos em tempos, há fezesamolecidas e perda de peso. A condiҫãodo paciente melhora entre ataques, masmais cedo ou mais tarde ocorre uma

recaída e acontece uma nova perda depeso. As recaídas tornam-se cada vezmais severas. Finalmente, chega-se auma condiҫão de notável desnutrição emuma crianҫa irritadiҫa e inquieta, masfrequentemente precoce. O abdome ficadistendido, a princípio de maneiraintermitente e depois quaseconstantemente. As fezes não são nuncanormais. Mesmo entre os ataques dediarreia elas são grandes, de cor cinzaclaro, com frequência espumante enormalmente muito fedida... Ocrescimento fica afetado de acordo coma duraҫão da persistência dos sintomas,e muitas crianҫas ficam muito abaixo damédia de altura para sua idade. A partirda experiência clínica, descobriu-se

que, de todos os componentes dosalimentos, os carboidratos são aquelesque devem ser rigorosamente excluídose, uma vez que forem bastante reduzidos,proteína e gordura são, quase sempre,bem digeridos ̶ embora a absorҫão degordura não seja tão safistatória quantoquando se está saudável.”

Dr. Howland notificou que, após oprogresso inicial que ocorre com aeliminaҫão dos carboidratos, a etapa dereintroduҫão deles na dieta é a maisdifícil. Ele explicou que, embora a faseinicial seja demorada, “esses pacientesvão colher os frutos do seu trabalho.Eles não continuam meio inválidos,muitos tornam-se vigorosos e fortes,alguns até não mostram nenhum sinal de

hipersensitividade dietética...Tratamentos pela metade são inúteis ecausam somente perda de tempo”.Outros médicos confirmaram que otratamento do Dr. Howland obteve maissucesso do que qualquer outro, masainda era necessário encontrarcarboidratos toleráveis para a dietacelíaca.

O Dr. Sidney Valentine Haas, quetrabalhava com o Dr. Howland,concordava plenamente com seusestudos, mas estava mais interessado emsaber se algum tipo de carboidratopoderia ser adicionado à dieta paratorná-la mais variada e nutritiva eacelerar a recuperaҫão. Ao longo dosanos, ele tomou nota de artigos sobre

crianҫas com diarreia severa que tinhamfeito um bom progresso comendo farinhade banana (feita com 70% de bananamadura) e farinha de banana-da-terra.Foi na Casa para Crianҫas Hebraicasque o Dr. Haas experimentou, pelaprimeira vez, dar banana a seuspacientes. Um deles era um bebê quetinha problemas para comer: elerecusava tudo. O Dr. Haas lhe ofereceuuma banana. Naquela época, a bananaera considerada completamenteindigerível por uma crianҫa doente.Todos ficaram perplexos com a ideia dedar uma banana a um bebê ̶ ou melhor,todos, exceto o bebê, que não somentepegou a banana, mas pediu mais. Foi-lhedado mais e, assim, o Dr. Haas

descobriu que a banana poderia ser bemtolerada.

Então, ele decidiu experimentar abanana, como a fonte de carboidrato quetanto procurava, para o tratamento dadoenҫa celíaca por meio de dieta. Elelogo descobriu que aqueles que sofriamda doenҫa celíaca podiam tolerar essecarboidrato e, mais do que isso, podiamcomer banana em grande quantidade semnenhum efeito colateral. O Dr. Haasprosseguiu experimentando algumasfrutas e verduras que continhamcarboidratos, e percebeu que elastambém podiam ser bem toleradas e queos celíacos conseguiam recuperar suasaúde fazendo uma dieta mais variadado que aquela baseada somente em

proteína e gordura.Durante os anos seguintes, o Dr.

Haas tratou mais de 600 casos dedoenҫa celíaca com sua Dieta doCarboidrato Específico ̶ mantendo seuspacientes na dieta por pelo menos 12meses ̶ e descobriu que a prognosedessa doenҫa era excelente: “A cura écompleta, sem recaídas, crises, morte,envolvimento pulmonar ou retardamentodo crescimento”. Em 1949, a boareputaҫão do Dr. Haas era conhecida aoredor do mundo e, no dia cinco de abrildaquele ano, mais de 100 médicosreuniram-se na Academia de Medicinade Nova York para prestar-lhehomenagem. O jornal The New YorkTimes deu a seguinte notícia:

“Hoje, para comemorar oquinquagésimo aniversário de seuingresso na Medicina, um dos maiorespediatras dos Estados Unidos, o Dr.Sidney V. Haas, foi homenageado peloseu trabalho pioneiro no campo dapediatria. Entre suas realizaҫões maisimportantes, está o tratamento da doenҫacelíaca, um distúrbio digestivo no qual acrianҫa não tolera alimentos ricos emamido, que era considerado fatal naépoca em que iniciou seus estudos.Depois de sua descoberta de que oscarboidratos da banana poderiam sertolerados pelos pacientes de doenҫacelíaca, o Dr. Haas desenvolveu umaterapia que foi a base do tratamento e depesquisas posteriores nesse campo.”

Em 1951, o Dr. Haas e seu filho,Dr. Merrill P. Haas, publicaram TheManagement of Celiac Disease(Gerência da Doenҫa Celíaca), o livrode medicina sobre doenҫa celíaca maisabrangente que já havia sido escrito:com 670 referências a estudospublicados, o livro descreveu a doenҫacelíaca da maneira mais completa quequalquer outro estudo anterior. Nestelivro, escreveram sobre o sucesso daDieta do Carboidrato Específico e, noúltimo capítulo, deram sua hipótese darazão pela qual ela era eficaz. Apósdécadas de busca, parecia que nãosomente um tratamento eficaz eduradouro baseado numa dieta haviasido encontrado, mas também que a

Dieta do Carboidrato Específico estavasendo aceita pela comunidade demédicos ao redor do mundo como umacura para a doenҫa celíaca.

Porém, como Michael Crichtonescreveu: “a batalha” continuava. Umano após a publicaҫão do livro dos Drs.Haas, um curioso artigo apareceu nojornal médico inglês The Lancet. Umgrupo de seis professores dodepartamento de farmacologia epediatria da Universidade deBirmingham decidiu, depois de fazertestes com apenas dez crianҫas, que nãoera o amido (carboidrato) presente nosgrãos que era nocivo à saúde, mas sim aproteína – o glúten – presente nasfarinhas de trigo e centeio que causava

os sintomas da doenҫa celíaca.O glúten, como todas as proteínas,

é composto por centenas de estruturaschamadas aminoácidos, que estãoconectadas para formar uma molécula deproteína. Na maioria das pessoas, amolécula de glúten é quebrada pelasenzimas digestivas do intestino delgadoe os aminoácidos simples que compõemo glúten são absorvidos pelas célulasabsortivas do intestino para nutrir oresto do organismo. Acredita-se queisso não aconteҫa na doenҫa celíaca eque o glúten permaneça não digerido.

O artigo do The Lancet terminoucom a seguinte conclusão:

“A funҫão gastrintestinal foiinvestigada em dez crianҫas com doenҫa

celíaca. A remoҫão da farinha de trigoda dieta gerou uma melhora rápida, tantoclínica quanto bioquímica. Areintroduҫão na dieta de farinha de trigoou glúten causou deterioraҫão, mas oamido do trigo não produziu nenhumefeito prejudicial.”

Eles contradisseram todo otrabalho anterior ao afirmar que nãohavia necessidade de restringir oscarboidratos e, portanto, uma seleçãoilimitada de alimentos poderia seringerida, contanto que trigo e centeiofossem excluídos da dieta. Além disso,“uma dieta de alto teor calórico podeser dada ao paciente, com biscoitosfeitos de farinha de milho, soja ou amidode trigo em vez de farinha de trigo”.

Eles sustentaram a tese de que oculpado não era o amido nos grãos, massim o glúten e, quando este eraremovido da farinha, o amido restanteera perfeitamente bom. De um dia para ooutro, essa hipótese ganhou aceitaҫãogeral. Não havia mais necessidade dosmédicos se preocuparem em aderir auma dieta que eliminava carboidratosespecíficos encontrados em muitosalimentos. Agora, somente uma exclusãodeveria ser feita, e essa era o glúten dafarinha de trigo e do centeio. Issosimplificou o difícil problema de manteras pessoas em uma dieta mais restrita.Não havia mais necessidade depesquisar a bioquímica dos alimentos ede se perguntar por que alimentos que

continham glúten, como o milho, erampermitidos.

Apesar da ampla pesquisa feita pormuitos estudiosos, não há, até agora,uma certeza sobre a natureza precisa doglúten que danifica as células intestinais.Durante os anos de 1970, novas técnicaspermitiram que os pesquisadoressubdividissem a grande molécula deglúten em fraҫões menores, e foidescoberto que a fraҫão alfa-gliadinapossuía propriedades tóxicas quepareciam danificar as células intestinaisdos verdadeiros celíacos. Mas aindapermanecem perguntas sem respostassobre a menor fraҫão de proteína alfa-gliadina:

1. Será que existe uma falta genéticade enzimas digestivas quenormalmente quebrariam essasmoléculas de gliadina emaminoácidos simples e assimevitariam seus efeitos prejudiciais?

2. Será que existe um enfraquecimentodas membranas das célulasintestinais permitindo que asmoléculas de gliadina nãodigeridas (e intactas) penetrem nascélulas intestinais e, uma vez ládentro, “envenenem” as células?

3. Será que as moléculas de gliadinase ligam à superfície das célulasintestinais e, dessa maneira,imobilizam as células e asdestroem?

A teoria mais popular é a de que afraҫão de gliadina, ao penetrar amembrana da célula intestinal, fica sob asuperfície das células dos glóbulosbrancos e causa reação imune –incluindo anticorpos – e fere as célulasintestinais fazendo com que elas mudemseu formato e funcionem irregularmente.Descobertas mais recentes acusaramuma molécula de carboidrato fixada namolécula de gliadina como o compostotóxico. Quando o carboidrato é retirado,a molécula de gliadina não é maisprejudicial às células intestinais.

Novas pesquisas lanҫaram mais luzsobre a hipótese do celíaco-glúten erealҫaram a interaҫão entre oscomponentes de amido e proteína da

farinha moída de grãos. Quase todas aspessoas normais não conseguemabsorver uma grande quantidade deamido da farinha de trigo. Essaabsorviҫão incompleta de amido resultaem um aumento na fermentaҫão intestinale na produҫão de gás no intestino. Natentativa de descobrir por que o amidode trigo não é totalmente digerido pormuitas pessoas, foram feitasinvestigaҫões relacionadas à estruturafísica da farinha de trigo. Descobriu-seque ela é composta por grânuloscontendo um núcleo de amidocircundado por uma rede de glúten. Essecomplexo de amido e proteína pode serseparado por um processo de fabricaҫãopor meio do qual a maioria do glúten é

retirado. A farinha restante é vendidacomo farinha com baixo teor de glúten e,quando é substituída pela farinha detrigo normal, ocorre uma melhora nadigestão e absorҫão do amido.Surpreendentemente, quando se faz umpão com farinha de baixo teor de glútene adiciona-se o glúten que tinha sidoseparado da farinha, não ocorre a máabsorҫão do amido – apesar do fato deque a mesma quantidade de glúten estápresente no pão, como estava presenteno grão inteiro antes de o glúten serremovido. Visto que a absorҫão doamido de trigo é completa, não ocorrefermentaҫão ou gases intestinais. Issoindica que não é o glúten sozinho quecausa sintomas intestinais.

Os pesquisadores acham que é ainteraҫão entre o amido e o glúten queresulta na digestão incompleta e máabsorҫão do amido, levando à produҫãode gases intestinais, desconfortoabdominal e diarreia. Especula-se que oprocesso de extraҫão do glúten altere ouexponha o núcleo do amido, fazendocom o que o amido fique mais sensívelàs enzimas digestivas do pâncreas. Essainteraҫão bastante intrigante entre oamido e a proteína dos grãos será, semdúvida, a base de muitas pesquisas epoderá vir a demonstrar a relaҫão com adoenҫa celíaca.

Alguns pacientes mostraram umanotável melhora clínica em seu bem-estar geral após seguirem uma dieta sem

glúten. Porém, amostras de biópsiasvistas em microscópio revelaramcélulas intestinais que ainda estavamnotadamente anormais. Além disso,alguns pacientes que comeҫaram acomer alimentos sem glúten mostraram-se estar bem em um momento e muitomal em outro. Concluiu-se que nãosomente diferentes pacientes celíacosreagiam de maneira diferente a umadieta sem glúten, como também de vezem quando o mesmo paciente tinhareações variadas. Quando ocorre a tãohabitual recaída, fala-se ao paciente queele deve ter comido, sem perceber,alguma coisa com glúten. É comum ospacientes ficarem tão preocupados emcometer um erro que supõem que todos

os nomes em um produto que comececom as letras “glut” devem ser glúten:ácido glutâmico, glutamina, glutamatomonossódico etc., ou que o glútenconseguiu, de alguma maneira, aparecerno alimento, apesar de não estarmencionado no rótulo do produto.

Logo ficou claro que grãos quecontinham outras proteínas além doglúten estavam causando um efeitodanoso no trato digestivo. Algunspacientes apresentavam recaídas eexibiam células intestinais(microscopicamente) danificadasquando comiam produtos a base de soja.Descobriu-se que a aveia e a cevadacontêm proteínas semelhante ao glútenque causavam problemas a muitos

celíacos. Artigos suplementaresrelataram que o arroz também éprejudicial para as células intestinais.

No entanto, a dieta para administrara doenҫa celíaca havia sido simplificadae agora só faltava simplificar odiagnóstico. O novo instrumento dediagnóstico, o de biópsia intestinal, iriaser utilizado para identificar a doenҫacelíaca. Apesar dos sintomas que opaciente manifestava, ele não seriadiagnosticado como um verdadeirocelíaco até que outros critérios fossemsatisfeitos. Primeiramente, faria-se umasérie de biópsias intestinais: umaamostra de tecido seria coletada dointestino delgado antes que o glútenfosse removido da dieta; uma segunda

amostra seria coletada depois que opaciente estivesse fazendo uma dietasem glúten. As amostras de biópsiateriam de refletir a mudanҫa na dieta.Quando vista no microscópio, asuperfície intestinal do paciente queingeriu glúten teria que parecerachatada . Após a retirada do glúten dadieta, a superfície intestinal deveriareverter-se à sua arquitetura normal de“colinas e vales”. Se o pacientesatisfizesse esse critério determinado,seu tipo de doenҫa celíaca seriachamado de “enteropatia glúten-induzida”. Consequentemente, somenteum pequeno número de pessoasapresentando sintomas clínicos de máabsorҫão, incluindo diarreia, barriga

inchada e deficiência nodesenvolvimento, poderia serclassificado de celíaco. Os outros, umgrupo ainda maior, que tinham osmesmos sintomas (mas que nãopassaram no teste de critério da biópsiaintestinal) continuariam sofrendo dediarreia causada por uma razãodesconhecida, esteatorreia (gordura nasfezes), má absorҫão, psilose etc.Portanto, se um médico seguisse adefiniҫão rigorosa de diagnóstico dadoenҫa celíaca, o número de celíacos“verdadeiros” permaneceria bastantepequeno, enquanto o grupo de pacientescom diagnósticos diversos ou nenhumdiagnóstico aumentaria. Em uma recenterevisão da doenҫa celíaca, o

gastroenterologista que escreveu oartigo referiu-se a esse método dediagnóstico como “o atual modelo deouro para diagnóstico”.

Contudo, esse modelo dediagnóstico foi questionado seriamentepor muitos especialistas. A superfícieintestinal achatada foi descrevida eminúmeras circunstâncias doentias:hepatite infecciosa, colite ulcerativa,infecҫões parasitárias do intestino,incluindo vários tipos de lombrigas eparasitas unicelulares, kwashiorkor,intolerância à proteína de soja e leite devaca, diarreia intratável em bebês,doenҫa de Crohn e proliferaҫão debactérias no intestino delgado. Ocrescimento bacteriano no intestino

delgado resultou também no alargamentoe achatamento irregular de suasuperfície. Quase todas as patologiasassociadas com diarreia parecem levaro intestino delgado à mesma aparênciadaquela vista nos assim chamadoscelíacos “verdadeiros”.

Apesar do número crescente detestes sofisticados desenvolvidos paraconfirmar o diagnóstico da doenҫacelíaca – incluindo testes de anticorpos,testes genéticos envolvendo tipagem deHLA (antígenos dehistocompatibilidade) e estudos degêmeos – parece haver mais exceҫões àregra do que diagnósticos que seencaixem nelas. A realidade é quemilhares de pacientes estão sofrendo e

nunca tiveram um diagnóstico, a não server um psiquiatra, e milhares depacientes estão seguindo uma dieta semglúten obtendo alívio mínimo, ou talveznenhum.

O desenvolvimento maisinquietante no cenário celíaco-glúten é ofato de que os celíacos apresentamoutros problemas intestinais severos queuma dieta sem glúten não pareceprevenir efetivamente,independentemente do fato deresponderem favoravelmente ou não àretirada do glúten da dieta. Parece,portanto, que alguma outra coisa alémdo glúten está envolvida na causa dodistúrbio.

Alguns pesquisadores sempre

mantiveram que a incapacidade dedigerir dissacarídeos provocasensibilidade ao glúten. Mas mesmo seos dissacarídeos não fossem a causa daintolerância ao glúten, eles nãodeveriam ser incluídos na dieta doscelíacos. As células intestinaisabsortivas achatadas perderam suacapacidade de cumprir a última etapa dadigestão, que é a de quebrar osdissacarídeos. Muitos pesquisadoresconfirmaram o fato de que, nos pacientescelíacos, a habilidade de digerirdissacarídeos, principalmente lactose, éseveramente limitada. Incluirdissacarídeos e determinados amidos nadieta daqueles que exibem umasuperfície intestinal achatada é pedir o

impossível dessas células digestivas eabsortivas e aumentar ainda mais osproblemas existentes.

O texto seguinte é um fragmento deuma carta não solicitada enviada paraesta escritora e que, infelizmente, relataum episódio muito frequente:

“Após oito anos de sintomasmisteriosos, dúzias de médicos, testesexaustivos e muitas vezes humilhantes emuito sofrimento, ninguém podia medizer o que estava errado comigo. Acheique, como minhas duas irmãs e minhafilha tinham sido diagnosticadas comdoenҫa celíaca, também eu deveriaseguir uma dieta sem glúten.Infelizmente, para mim, minha filha euma irmã, a dieta sem glúten não

funcionou. Alguns sintomas diminuíram,mas nenhuma de nós estava prosperandoe não estávamos absorvendo osalimentos. Finalmente, encontramos aDieta do Carboidrato Específico e issofoi uma dádiva de Deus. Nunca me sentimelhor. Minha filha, que era umacrianҫa introvertida (muitas vezeschorona) e fraca, com cabelos finos eolheiras escuras, agora é uma meninaexpansiva, de rosto corado e feliz. Todomundo reparou em seu cabelo grosso ebrilhante. De fato, ela correu umamaratona na escola este ano e terminouem 15º lugar (entre 79 crianҫas). No anopassado ela participou da mesmamaratona (antes da dieta) e terminou em53º lugar, chegou chorando e dormiu no

carro até voltarmos para casa.Estou fazendo a Dieta do

Carboidrato Específico há menos de umano e ainda tenho muito que percorrer,mas minha vida mudou drasticamentenesse pequeno tempo. Agora, estouativamente prosseguindo no meuinteresse em arte, algo de que sempregostei, mas que nunca tive energia oudinamismo para investir.”

A Dieta do Carboidrato Específicodemonstrou curar completamente amaioria dos casos de doenҫa celíaca, seseguida por no mínimo um ano. Ela éverdadeiramente uma dieta sem glúten,pois elimina todos os grãos que ocontêm ou as proteínas semelhantes aesse elemento, e ao mesmo tempo

reconhece as limitaҫões da superfícieintestinal danificada. Para aqueles quenão estão satisfeitos com seu progressoem uma dieta sem glúten, a Dieta doCarboidrato Específico oferece aoportunidade de recuperar a saúde.

CAPÍTULO 7

A RELAÇÃO COM O CÉREBRO

Desde o início de 1900, a procurapela causa da esquizofrenia e de outrosdistúrbios neurológicos severosconduziu muitos pesquisadores para asprofundezas sombrias do tratogastrintestinal. Embora localizadoanatomicamente longe do cérebro, ointestino continua, como sempre,reivindicando atenҫão dos muitospesquisadores que buscam a origem dosdistúrbios neurológicos. Em repetidasocasiões, a literatura médica relatou quealergistas, especialistas em

gastroenterologia epsiquiatras,constataram que certos tiposde alimentos atrapalhavam a digestão eque a absorҫão ou ingestão imperfeita devitaminas e minerais afetavam ofuncionamento do sistema nervoso,incluindo o cérebro.

Já em 1908, especialistas emdoenҫa celíaca comeҫaram a relatar aevidência de que alguns pacientes quesofriam de diarreia e má absorҫão porprolongados períodos estavam tambémmostrando degeneraҫão do cérebro, damedula espinhal e de outros grupos detecidos nervosos. Essa deterioraҫão dosistema nervoso na doenҫa celíaca foiatribuída à incapacidade do paciente deabsorver nutrientes essenciais, incluindo

vitaminas e minerais, devido aosferimentos no trato intestinal queacompanham a doenҫa. Conforme maisavanҫos foram feitos nas áreas debioquímica e biologia celular, váriosartigos científicos foram escritosmostrando, com muitos detalhes, o efeitodevastador que a falta de certasvitaminas e minerais tem no cérebro eem outros centros nervosos em todaparte do corpo. Algumas formas deparalisia e alguns tipos de distúrbiospsiquiátricos revelaram-se ser resultadoda perda de nutrientes que, por sua vez,é causada pela má absorҫão durante adoenҫa intestinal. Também descobriu-sehá quase 100 anos que a aҫão demicróbios no mundo invisível do trato

intestinal pode ser uma fonte de toxinasque afeta o funcionamento normal docérebro.

Por volta de 1960, quando nossafilha mais nova curou-se de coliteulcerativa por meio de mudanҫas na suadieta, o primeiro sintoma quedesapareceu foi um tipo de ataque queocorria depois que ela adormecia. Elese caracterizava por delírio, que duravamais ou menos uma hora e ocorriavárias vezes por semana. A recuperaҫãoda doenҫa intestinal foi precedida pelofim desses ataques, e eles nunca maisretornaram. Durante sete anos deconsultas com pessoas diagnosticadascom doenҫa de Crohn, colite e outrasformas de diarreia crônica, observei que

o progresso para muitos comeҫava como desaparecimento de distúrbios mentaisduradouros, incluindo epilepsia,esquizofrenia, confusão mental, falta dememória e comportamento estranho.Finalmente, com a distribuiҫão do meulivro Alimento e a Reaҫão Intestinal,chegaram cartas relatando estefenômeno: distúrbios mentais queocorriam há muito tempo estavammelhorando antes mesmo de osproblemas intestinais desaparecerem.

A literatura médica é abundante empesquisas publicadas que tentaramexplicar essa conexão entre o intestino eo cérebro. O cientista francês Dr. H.Baruk resumiu 50 anos de pesquisa emesquizofrenia e distúrbios mentais

declarando:“Em vez de julgar essas doenҫas

incorrigíveis, é melhor considerar amaioria das psicoses ou neuroses comoreaҫões a fatores biológicos que são,muitas vezes, de origem digestiva, e apsiquiatria precisa reconhecê-los. Essesfatores tóxicos são desprezados muitofrequentemente.”

Já em 1923, o Dr. Baruk acusouuma linhagem nociva de bactériasintestinais (E. coli, um habitante naturaldo trato intestinal) como produtoras deuma toxina que pressiona o sistemanervoso. Essa toxicidade, concluiuBaruk, produz um sono patológico comdelírio, resultando em confusão mentaldo tipo psicótico ou esquizofrenia.

Nessa mesma época, os Drs.Buscainos da Clínica Neurológica daUniversidade de Nápoles, Itália,relataram que a maioria dosesquizofrênicos apresentavam algumaforma de doenҫa intestinal, enquantomuitos pacientes maníacos-depressivosnão tinham nada. Além disso, elesdescobriram que a populaҫão bacterianaintestinal dos esquizofrênicos eraanormal. Então, afirmaram:

“Esquizofrenia de verdade (e nãosomente alguns sintomasesquizofrênicos) parece ser resultado daintoxicaҫão crônica de fatorespsicotóxicos produzidos no intestino.”

Mais recentemente, por volta de1970, o psiquiatra Dr. F. C. Dohan

acusou os cereais e o leite de serem osresponsáveis pela relação entre océrebro e o intestino. Algunspesquisadores definiram o impactonegativo desses alimentos nas pessoascom distúrbios mentais, como algumtipo de alergia cerebral ou reaҫãoimunológica, mas há muita controvérsiaentre os cientistas na tentativa deequiparar os efeitos desses alimentoscom uma típica reaҫão alérgica. Em1991, o Dr. J. O. Hunter deu sua opiniãosobre esse assunto controverso dizendoque, se esse tipo de “alergia alimentar”não fosse uma doenҫa imunológica, massim um transtorno da fermentaҫãobacteriana no cólon, então seria maisapropriado chamá-la de “doenҫa

enterometabólica (intestinal)”.O Dr. C. Orian Truss, um clínico

geral, concentrou-se na relaҫão entrealergia e infecҫão. Com a publicaҫão deseu livro The Missing Diagnosis, elelanҫou a ideia de que a candidíase(infecҫão fúngica) estava na base demuitos tipos de distúrbios mentais efísicos. Entre muitos de seus pacientescom sintomas variados, os sintomaspsicóticos – incluindo esquizofrenia eneurose – eram frequentemente parte docenário. Partindo do princípio de que aflora intestinal, em particular os fungos,encontrava-se em um estado dedesequilíbrio (disbiose), ele incluía emseu tratamento e cura uma dieta semcarboidratos. Por quê? Porque de todos

os componentes da dieta, são oscarboidratos não digeridos e nãoabsorvidos (amido e aҫúcar) que têm amaior influência na proliferaҫão demicróbios intestinais.

No fim dos anos de 1970 e duranteos anos de 1980, vários artigos forampublicados em jornais médicoscolocando mais lenha nessa fogueira.Médicos relataram que entre ospacientes que se submeteram a umacirurgia para diminuir o tamanho dointestino delgado (um tratamentoindicado para distúrbios gastrintestinaisseveros e obesidade) havia alguns queestavam apresentando sintomasneurológicos incomuns. Entre ossintomas, estavam agressividade,

desorientaҫão repentina, visãoperturbada, comportamento grosseiro,pronúncia confusa, passo cambaleante,giro dos olhos, confusão e delírio. Osataques duravam entre 36 e 80 horas.Utilizando os métodos mais sofisticadosde análise, descobriu-se que oscarboidratos não estavam sendodigeridos ou absorvidos (a operaҫãotinha limitado severamente a capacidadede digestão do paciente), e as bactériasintestinais estavam sendo inundadas porum excesso de carboidratos quefermentavam na porção do tratointestinal ainda intacta. Comoconsequência, o ácido D-lático, umresíduo da fermentaҫão bacteriana,estava sendo produzido irregularmente e

em enormes quantidades. Atualmente,acredita-se que esse ácido, juntamentecom outros produtos tóxicos produzidospelos micróbios intestinais, estãoentrando no cérebro e “envenenando” ascélulas cerebrais. Embora grande partedos pacientes que apresentavam essessintomas tenham sido tratados comantibióticos para matar as bactériasprodutoras de toxinas, foi concluído queo ácido D-lático é controlado maisefetivamente por meio da prevensão desua formaҫão, que pode ser conseguidapor meio da manipulaҫão doscarboidratos na dieta. Também foiobservado que esse mesmo tipo de máabsorҫão e a produҫão de ácido D-láticoocorre não somente quando há cirurgia

para o encurtamento do intestinodelgado, mas também quando há outrosdistúrbios gastrintestinais. Além disso,um fato bem conhecido da medicinaveterinária é o de que, no gado, aacidose lática ocorre quando essesanimais alimentam-se em excesso comgrãos.

Desde a publicaҫão do meuprimeiro livro, em 1987, inúmerashistórias de indivíduos com problemasintestinais e neurológicos têm chegado amim. Os seguintes episódios são algunscasos que revelam uma relaҫãoimpressionante entre o intestino e ofuncionamento do cérebro.

Uma jovem com colite ulcerativaestava me descrevendo seus sintomas

quando sua mãe a interrompeu para medizer mais. Aparentemente, a filhaestava sob os cuidados de umneurologista (e também de umgastroenterologista), porque ela latiacomo um cachorro quando dormia. Elaestava tomando um medicamento paraesquizofrenia para esse sintomapeculiar. Fiquei interessada em checar oseu progresso com a Dieta doCarboidrato Específico por causa decasos semelhantes em que o pacientetinha melhorado. Quando telefonei a eladepois do dia de sua consulta com oneurologista, a paciente disse que seuEEG (exame que analisa a atividadeelétrica cerebral) foi normal pelaprimeria vez em anos. Logo depois ela

parou de tomar os remédios paraesquizofrenia, e levou por volta de doisanos para melhorar de sua coliteulcerativa.

Vi também muitos bebês comdiarreia crônica acompanhada deataques epilépticos. Havia um bebê quetomava fórmula infantil e comia algunsalimentos sólidos. Quando sua dietamudou para a do CarboidratoEspecífico, tanto a diarreia quanto osataques epilépticos cessaram. Outrobebê que tinha ataques estava sendoamamentado e comia cereais. A mãecomeçou a seguir a Dieta doCarboidrato Específico, e o bebê só sealimentava dos alimentos permitidos.Assim, a epilepsia desapareceu. Ele

ficou livre de ataques por cinco anos.A seguinte carta enviada ao jornal

local ilustra ainda mais a relação entrecérebro e intestino. Ela foi escrita emresposta a um artigo publicado no jornalsobre uma jovem com doenҫa de Crohnacompanhada de sintomas mentais. Aotelefonar para o autor da carta, outrosdetalhes foram fornecidos: seu maridopassou 40 anos indo e vindo de clínicaspsiquiátricas com o diagnóstico deesquizofrenia e distúrbio intestinal.

The Cobourg Daily Star, 23 denovembro de 1989

CARTAS AO EDITORDieta Responsável por Cura de

Doenҫa Fatal

Hoje li o seu artigo sobre MarilynIsaac e sua doenҫa “misteriosa” comgrande interesse e muita tristeza, pois,infelizmente, ela perdeu sua batalhacontra a doenҫa.

Meu marido sofreu a vida interiadessa doenҫa, mas ao contrário demuitos, ele encontrou ajuda. Assimcomo Marilyn, ele recebeu tratamentopara doenҫa mental e outras doenҫasdiferentes por mais de 40 anos. Atémaio, seu peso caiu para menos de 68quilos. Ele teve uma hemorragia internaaté ficar muito fraco para caminhar, evomitava sem parar. Conforme suacondiҫão física deteriorava, sua atitudemental piorava.

Sou uma leitora ávida do seu

jornal. Mais ou menos no início demaio, você publicou uma coluna em seujornal sobre um livro escrito por ElaineGottschall, chamado Alimento e aReaҫão Intestinal. Ela apareceu em umadas lojas de alimentos naturais dacidade e comprei o livro que estava àvenda em uma livraria local. Foi ummilagre – a dieta não é difícil de serfeita, requer somente uma preparaҫãoextra da comida, mas vale muito a pena.

Agora, depois de fazer a dieta porquatro meses, meu marido ganhou 18quilos e está mentalmente bem osuficiente para dirigir seu carro, o quenão lhe foi possível fazer por váriosanos. Ele está sendo capaz de fazer todoseu trabalho e não precisa de ajuda para

cuidar de mim (estou de cama já fazalguns anos). Acho que se você pudessepublicar o artigo sobre essa dietanovamente, iria ajudar outros indivíduosque estão sofrendo. Eu lhe agradeҫo porler esta carta e talvez por ajudar outros.”Betty Elder

CAPÍTULO 8

A RELAÇÃO COM O AUTISMO

“...em muitas crianҫas autistas, ébastante significante a etiologia daproliferaҫão bacteriana e de fungos nacascata de eventos que resultam emautismo ou em alguma perturbaҫão doespectro do autismo.”

Por Jaquelyn McCandless emChildren with Starving Brains.

“Uma forma sensata e inofensiva decombater a populaҫão aberrante debactérias intestinais seria manipular aoferta de energia (alimento) por meio dadieta... Ao privar as bactérias intestinais

de sua fonte de energia, seu número irágradualmente diminuir juntamente comos resíduos que elas produzem.”

Por Elaine Gottschall em ComoRomper com o Círculo Vicioso do seuIntestino.

“Janie brincou com uma bonecapela primeira vez na sua vida – eu quasedesmaiei. Ela nos abraҫou e beijou pelaprimeira vez nos seus 14 anos de vida.”

Relato da mãe de Janie, que temsíndrome de Down, autismo e problemasgastrintestinais depois de fazer a Dietado Carboidrato Específico por um curtoperíodo.

A Dieta do Carboidrato Específicoentrou no mundo do autismo pela “porta

de trás”, o trato intestinal. E o que aprincípio parecia ser a “porta de trás”,por meio do sistema digestivo, está setornando rapidamente uma das áreasmais pesquisadas cientificamente paradeterminar o que está na base da causade muitos distúrbios do autismo. Comoo objetivo da Dieta do CarboidratoEspecífico é curar o trato intestinal elivrá-lo da proliferaҫão de bactérias efungos, ela está provando ser umaintervenҫão alimentar bem sucedida notratamento de muitas crianҫas autistas,levando-as a um estado de vida normal.

Este capítulo vai revisar algumasdas pesquisas que lidam com o eixocérebro-intestino nos distúrbios dedesenvolvimento infantil. Vai mostrar

como a intervenҫão alimentar por meioda Dieta do Carboidrato Específico tratae frequentemente supera problemas quese acredita estarem na raiz dosdistúrbios do autismo, assim como emcasos de epilepsia e distúrbio de déficitde atenҫão (DDA).

O capítulo sete, A Relação com oCérebro, ressalta pesquisas de muitosanos na qual se demonstrou que váriosproblemas neurológicos se originam nosistema digestivo. Considerando o fatode que o número de crianҫas autistasaumentou nas últimas duas décadas, ospesquisadores voltaram sua atenҫãopara o trato gastrintestinal.

Os pais de crianҫas autistas sempresouberam que, entre os sintomas que

seus filhos tinham, havia os de intestinopreso, períodos de diarreia e doresabdominais. Mas, até recentemente, osrelatos dos pais foram desprezados.Agora, felizmente, os médicos estãovoltando sua atenҫão para essessintomas físicos e muitosgastroenterologistas concordam que“essas crianҫas estão doentes e aflitas,sofrendo com dores, não estão somenteneurologicamente perturbadas”.

Alguns médicos, reconhecendo queo papel da dieta é muito importante nacausa dos sintomas intestinais,concentraram-se em tratar essessintomas gastrintestinais como alergias esensibilidades. Ao fazer testes nessespacientes, eles encontraram evidências

de sensibilidade a vários componentesdo alimento, sendo os mais importanteso glúten dos grãos e os derivados doleite. O comportamento de muitascrianҫas autistas, embora não de todas,melhorou com a retirada dessesalimentos de suas dietas, masinfelizmente a funҫão intestinal nãoapresentou melhora. Era comum paramim receber cartas de pais como aseguinte:

“Meu filho tem quase 6 anos deidade e tem autismo. Por dois anos elefez uma dieta sem glúten e caseína edurante os primeiros seis meses acheique houve uma melhora no seucomportamento, pois diminuiu arepetiҫão constante de movimentos, mas

infelizmente a repetiҫão retornou.Mesmo quando estava naquela dieta, eleainda tinha problemas estomacais – foiaté mesmo hospitalizado quatro vezespor vomitar muito e ficar desidratado.Certa vez, ele apresentou obstruҫãointestinal; outras vezes, os médicos nãotinham certeza do que havia provocadoos ataques de vômito. Nenhum médicose interessou em fazer uma colonoscopianele. Já faz anos que eu disse ao médicoque ele parece estar viciado em batatafrita, ketchup e panquecas. Tomeiconhecimento da Dieta do CarboidratoEspecífico e acredito que ela possaacabar com seu vício em carboidratos.Pretendo colocá-lo nessa dietaimediatamente.”

E aqui está uma outra carta, dePatricia:

“... Enquanto isso, a saúde do meufilho mais novo esta se deteriorando.Ele estava numa dieta sem glúten porcausa da doenҫa celíaca. Mas isso nãoestava ajudando em nada. Ele estavamuito pálido, magro que nem um palito,tinha pouca energia, diarreia crônica eolheiras. Bem no fundo, eu estavapreocupada achando que ele iria morrer.Nem a equipe de pediatras com quemnos consultávamos, nem o médico dogrupo alternativo DAN (Defeat AutismNow – Derrote o Autismo Agora) tinhama menor ideia do que fazer pararecuperar a saúde do meu garoto.Felizmente para nós, estávamos em

agosto, mês em que todos os médicosque tratavam do meu filho estavam deférias. Desesperada, peguei um livrochamado Como Romper o CírculoVicioso do seu Intestino: Dieta paraum Intestino Saudável, de ElaineGottschall. Uma pessoa estranha tinhaenviado esse livro para mim pelocorreio dois meses antes, depois de seencontrar com a minha mãe e ficarsabendo da saúde do meu filho.

O livro explicava por que meufilho não estava fazendo progresso coma dieta recomendada para celíacos. Seuintestino estava tão danificado que elenão podia digerir nenhum grão oucarboidratos complexos. No diaseguinte, ele iniciou a Dieta do

Carboidrato Específico descrevida nolivro. Suas fezes tornaram-se normais eele comeҫou a crescer e a ganhar peso.Agora ele é um menino de 7 anos deidade, saudável e forte.

Mas e a minha filha? Ela não tinhanenhum problema digestivo óbvio, mastinha ‘autismo’ e um crescimentoanormal de fungos recentementedescoberto pelos médicos. Umpesquisador britânico encontrou umaligaҫão entre a vacina tríplice viral,problemas intestinais e autismo. Seráque uma dieta que prometia curar ointestino e bloquear a proliferaҫão defungos não era a melhor alternativa?

Colocamos a Maria numa versãoda Dieta do Carboidrato Específico sem

leite. A morte em massa dos fungos foiterrível e durou uma semana. Mas umavez que ela se recuperou disso, apósuma semana, nós tínhamos confianҫa deque um dia ela iria tornar-se uma pessoaadulta independente, graҫas a essanotável dieta. Sua peculiaridade na horade falar – misturando a ordem daspalavras na sentenҫa – desapareceu. Elapassou a fazer contato com o olharnormalmente. Aos 4 anos e meio deidade, um ano após seu diagnóstico,ninguém diria que ela é ‘autista’.”

Esses relatos de pais se repetempela comunidade autista: embora váriasproteínas da dieta pareçam agravar ossintomas comportamentais, sua retiradada dieta não resolve os problemas

gastrintestinais. Além disso, fica cadavez mais evidente que, ao removeralgumas proteínas da dieta, mais e maisprecisa ser retirado para se obtersucesso e continuar com o progresso, atéque essas crianҫas só podem comerpouquíssimas coisas de valor nutritivo.Os pais se queixam sempre que seusfilhos são viciados em carboidratos.

O Dr. J. O. Hunter, já em 1991,descreveu o dilema de tratar pacientescom sintomas gastrintestinais como setivessem alergias alimentares ousensibilidades. Ele afirmou quepacientes que exibem sensibilidades nãose enquadram na clássica reaҫãoalérgica tipo I. Se essas intolerânciasnão são alergias, então elas podem ser

um transtorno da fermentaҫão bacterianano cólon, e esses distúrbios poderiamser chamados, mais adequadamente, de“doenҫa enterometabólica” (intestinal).

A Dieta do Carboidrato Específicoaborda esses desafios gastrintestinais doautismo como tem feito com grandesucesso nas doenҫas intestinaisinflamatórias: como um distúrbio dafermentaҫão bacteriana e os problemasresultantes dela. Esses problemas são:

1. Produҫão de uma quantidadeexcessiva de ácidos orgânicosvoláteis de cadeia simples;

2. Queda do pH do sangue conformeesses ácidos são absorvidos;

3. Crescimento bacteriano, porque os

carboidratos não digeridos servemde alimento para a proliferaҫão dasbactérias;

4. Mutaҫão de algumas bactériascomo E.coli devido à mudanҫa nopH da flora intestinal;

5. Produҫão excessiva de toxinascausada pelo crescimento dealgumas bactérias patogênicas.

A fermentaҫão bacteriana ocorrequando carboidratos não digeridos queescaparam da digestão e da absorҫãoterminam nas partes inferiores dointestino delgado e do cólon. Aocontrário das dietas que eliminamsomente certas proteínas – baseadas emtestes que apontam sensibilidade às

proteínas – e que permitem uma ingestãoilimitada de amidos e aҫúcares, a Dietado Carboidrato Específico (DICE) foiprojetada para nutrir perfeitamente acrianҫa e minimizar a fermentaҫãobacteriana.

Em 1985, os Drs. Coleman e Blassrelataram no Journal of DevelopmentDisorders (Jornal de Distúrbios deDesenvolvimento) a primeira evidênciade que o autismo poderia estarrelacionado ao metabolismo decarboidratos (digestão). Essespesquisadores informaram a descobertade que a síndrome de acidose D-láticaestava presente nas crianҫas autistas.Suas pesquisas foram baseadas emartigos dos anos de 1970 e 1980 que

mostravam que carboidratos nãodigeridos eram transformados por aҫãobacteriana no intestino em umasubstância, o ácido D-lático. Descobriu-se que grandes quantidades de ácido D-lático na corrente sanguínea causavamsintomas de comportamento estranho.Este livro discute pesquisas anterioresrelacionadas à acidose D-lática nocapítulo sete, A Relação com o Cérebro.

Existem duas abordagens paratratar dessa produҫão anormal de ácidoD-lático: a primeira seria por meio douso de antibióticos para matar asbactérias produtoras da substância – ummétodo usado frequentemente pormédicos; a segunda seria diminuir aquantidade de carboidratos fermentados

no intestino, que servem de alimentopara as bactérias produzirem o ácido D-lático. Como a terapia a base deantibióticos é frequentementeacompanhada de efeitos colaterais,parece sensato sugerir mudanҫas nadieta para realizar a mesma coisa oupara servir de ajuda à intervenҫãomédica com antibióticos.

O ano 2000 foi um grande marco napesquisa que relaciona o autismo aotrato gastrintestinal. Relatou-se que,entre 385 crianҫas com sintomas detranstorno do espectro autista, 46%delas apresentavam sintomasgastrintestinais significantes,comparados a somente 10% de quase100 crianҫas sem autismo, confirmando

aquilo que os pais já sabiam.Uma enxurrada de notáveis

publicaҫões científicas apareceram,primeiramente no jornal médicobritânico, The Lancet, e depois no TheAmerican Journal of Gastroenterology(Wakefield), demonstrando de formaconclusiva que patologias intestinaisseveras foram encontradas em mais dametade de pacientes com autismo. Essesproblemas intestinais variavam demoderados a severos, incluindoesofagite, gastrite e enterocolite com apresenҫa de hiperplasia nodularlinfoide. Algumas dessas patologiasintestinais se assemelhavam à doenҫa deCrohn e colite ulcerativa. Como era dese esperar, por causa de pesquisas feitas

anteriormente sobre os problemasintestinais, foi descoberto por Horvathet al. que havia uma baixa atividade dasenzimas digestivas responsáveis porquebrar os carboidratos, apesar de afunҫão pancreática ser normal.

O artigo de Horvath concluíadizendo que distúrbios gastrintestinaisnão reconhecidos, especialmenteesofagite de refluxo e má absorҫão dedissacarídeos, poderia contribuir paraos problemas de comportamento dospacientes autistas não verbais.

Outros artigos sobre resultados doMassachusetts General Hospitalmostraram de forma conclusiva que adigestão de carboidratos é obstruída nolócus da célula absortiva intestinal. Ao

realizar testes em 400 crianҫas autistasnaquele hospital, descobriu-se que:

1. A deficiência em lactase foiencontrada em 55% delas;

2. Uma deficiência combinada deenzimas dissacaridases foiencontrada em 15% das crianҫas;

3. Havia uma correlaҫão entre examede enzimas e testes de hidrogêniono hálito (o teste de hidrogênio nohálito mede a quantidade de gássulfeto de hidrogênio emitidoquando micróbios intestinaisfermentam os carboidratos nãoabsorvidos).

Este estudo atual sobre o declínioda aҫão das enzimas dissacaridases

levando à má absorҫão forma a basepara a terapia da Dieta do CarboidratoEspecífico. Sua meta é reduzir adigestão de dissacarídeos ao mínimo,evitando lactose, sacarose, maltose eisomaltose (sobras da digestão deamidos), e fornecendo uma dietanutritiva e saudável sem esses aҫúcaresduplos. A dieta priva o mundobacteriano do intestino de um excesso decarboidratos úteis para a fermentaҫão.

É bem conhecido que compostosque se originam no trato intestinalpodem entrar na corrente sanguínea ecruzar a barreira sanguínea do cérebro.Gastroenterologistas estiveram cientesdisso ao tratar efeitos neurológicos dedoenҫas do fígado e encefatopatia

hepática. Foram publicados artigossobre como essas toxinas do tratointestinal afetam as substânciasneurotransmissoras do cérebro. Outrapesquisa de E. R. Bolte, que empenhou-se em correlacionar os sintomas docomportamento autista ao tratointestinal, investigou como as toxinas deuma bactéria, Clostridium tetani,poderiam encontrar seu caminho do tratointestinal ao sistema nervoso central pormeio do nervo vago.

Contudo, ainda existe umadiscórdia entre os pesquisadores comrelaҫão ao que constitui as toxinas dotrato gastrintestinal e quais são suasorigens. Novamente, será que sãoderivadas de proteínas ou são produtos

da aҫão bacteriana intestinal? Umnotável artigo de pesquisa publicado noNeuropsychobiology, em 2002, do Dr.Harumi Jyonouchi et al., empenhou-seem responder a essa pergunta. O grupodo Dr. Jyonouchi foi o primeiro aexplicar como as toxinas bacterianas dointestino podem resultar emsensibilidade a certas proteínas da dietae elucida o enigma do que vemprimeiro: são as alergias esensibilidades que podem levar àinflamaҫão intestinal, ou é aproliferaҫão de bactérias e fungos(infecҫões) que podem levar asensibilidades a certas proteínas dadieta? A pergunta pode ser vista como:será que o sistema imune inato do

organismo, ao reagir às toxinas daparede celular das bactérias, causasensibilidade a proteínas, como acaseína e o glúten? Os autores sugeremque a raiz da causa da sensibilidade àproteína da dieta pode ser umasensibilidade às endotoxinas, quesurgem da superfície de bactérias Gram-negativas na flora intestinal – ocomponente lipopolissacarídeo daparede celular de certas bactériaspresentes no intestino.

Essa reaҫão à endotoxina dascélulas bacterianas intestinais éconsiderada uma resposta imune inata,uma forma de defesa antiga codificadanos genes como um traҫo hereditário.Essa resposta imune inata à toxina

bacteriana poderia estimular a produҫãode anticorpos e citocinas, introdutorasde uma reaҫão inflamatória, parte deuma resposta imune adaptativa. Apesquisa do Dr. Jyonouchi é umatentativa de responder a pergunta doporquê existe patologia gastrintestinalem crianҫas com transtorno do espectroautista e convida a comunidade depesquisadores a explorar intervençõesna dieta para melhorar os sintomas decomportamento do autismo.

A autora espera que este livro sirvade ajuda à comunidade científica paraentender como os componentesmoleculares de alimentos ingeridosnormalmente afetam esse problema ecomo é possível romper o círculo

vicioso mudando a dieta da crianҫa.Informaҫão importante aos pais de

crianҫas autistas:É importante lembrar que, quando

implementar a Dieta do CarboidratoEspecífico, durante a primeira semana eaté dez dias após, profundas mudanҫasvão acontecer no trato digestivo: ascentenas de famílias diferentes demicroorganismos vão mudar sua funҫãometabólica devido à falta de nutrientesaos quais estavam acostumadas, e dosquais agora estarão privadas. Algumascrianҫas se sentirão bem mesmo durantea primeira semana. Porém, outras vãopassar por um período de adaptação quealguns chamam de “desintoxicação”.Será útil, durante esse período, obter

apoio de outros pais que passaram poresse processo.

Nos sites mencionados abaixo épossível encontrar apoio de outros pais:

http://www.pecanbread.comhttp://www.breakingtheviciouscycle.infoEsses são os dois únicos sites

oficiais da Dieta do CarboidratoEspecífico em língua inglesa.

Pamela Ferro, enfermeira de umaclínica particular em Massachusetts, éespecializada no tratamento de crianҫasdiagnosticadas com transtorno doespectro autista. Ela também é mãe deuma crianҫa com autismo. Ao cuidar demais de 300 crianҫas com autismo, eladeclarou que no mínimo 90%

apresentava problemas gastrintestinaisseveros que não eram reconhecidos e,portanto, não recebiam tratamento. Suaexperiência clínica mostra que muitosdos sintomas de comportamentoassociados ao autismo podem serrelacionados com um intestinodanificado. A Dieta do CarboidratoEspecífico lida com o círculo vicioso damá absorҫão, má digestão, inflamaҫão ealergias alimentares observadas emcrianҫas com autismo. Uma vez que adigestão funciona bem, muitas crianҫascom autismo demonstram um notávelprogresso na funҫão intestinal,linguagem, contato com o olhar,comportamento auto-estimulatório,ansiedade e humor. A sra. Ferro

desenvolveu uma versão modificada daDieta do Carboidrato Específico queelimina o uso de derivados do leite por3 a 6 meses. Conforme o comportamentoda crianҫa vai se estabilizando, os paispodem introduzir derivados do leite aospoucos e avaliar se são ou nãotolerados.

Observaҫão: a Dieta doCarboidrato Específico (DICE) foiplanejada para tratar de distúrbiosintestinais e não especificamente doautismo. Derivados do leite, comomanteiga, alguns tipos de queijos eiogurte feito em casa, são permitidos.Isso não somente ajuda a variar a dieta,como também, no caso do iogurtecaseiro, fornece a melhor forma de

introduzir bactérias saudáveis nointestino.

Não existe um programa específicona dieta para introduzir alimentos, comexceҫão do iogurte caseiro. As regrasbásicas estipuladas nos capítulos nove edez são normalmente suficientes: porexemplo, frutas (exceto banana) devemser descascadas e bem cozidas. A ordempara introduzi-las (e também ashortaliҫas) varia de acordo com oindivíduo. É importante observar areaҫão do organismo a cada introduҫão.Esse é o caminho endossado pela autorado livro.

Sites que vendem alimentos jáprontos baseados na DICE devem serconsultados com cuidado. Barrinhas de

frutas, extratos de sucos etc. raramentepossuem ingredientes 100% permitidosna DICE. Muitas vezes é impossíveldescobrir o que os fabricantes dessesprodutos colocam neles. Ao mesmotempo, ingredientes e fórmulas podemser modificados sem aviso prévio. Émelhor preparar toda comida em casa.Um boa opҫão é contratar um cozinheiropara ir à sua casa uma vez por semanapreparar comida e bolos que possam sercongelados, de modo que a pessoa nãofique muito atarefada no início da dieta.Muitos alimentos da DICE podem serfeitos em grande quantidade e mantidosna geladeira, como ketchup e maionese.

CAPÍTULO 9

INTRODUҪÃO À DIETA

Um princípio básico da dieta deveser estabelecido de forma definitiva erepetido com persistência: não se deveingerir nenhum alimento que contenhacarboidratos, a não ser frutas, mel,iogurte feito em casa, castanhas elegumes (veja no capítulo dez a lista dealimentos permitidos na DICE). Emboraesse princípio seja bem entendido, àsvezes é difícil, na prática, identificar apresenҫa de carboidratos em váriostipos de alimentos. Pequenasquantidades de carboidratos além do

permitido,frequentemente acabamentrando na dieta e é necessário prestarmuita atenҫão em cada alimento. Ler orótulo dos alimentos, embora pareҫauma boa ideia, pode não ser suficientepara as pessoas que fazem a DICE,porque muitas vezes um ingrediente temnomes diferentes e pode não serfacilmente identificado como proibidona dieta. Além disso, o rótulo de latas,vidros, potes, garrafas etc. não listatodos os ingredientes, pois não é umaexigência da lei do país. Recomenda-seque somente os alimentos permitidos eespecificados na lista do capítulo dezsejam ingeridos.

Como as frutas, os legumes e asverduras crus têm propriedades

laxativas, devem ser usadoscuidadosamente quando a diarreiaestiver ativa. Embora estes alimentos emel possam ser ingeridos na ausência dediarreia, é melhor eliminá-los até que seconsiga uma melhora desse sintoma.Quando as frutas são introduzidas,depois de uma ou duas semanas, elasdevem ser maduras, descascadas ecozidas. Frutas cruas não devem serintroduzidas até que a diarreia estejacontrolada. Legumes como cenoura,aipo, pepino, cebola e verduras cruastambém não devem ser introduzidos atéque a diarreia tenha desaparecido.

Banana madura e amassada é umadas frutas cruas que pode serexperimentada em primeiro lugar.

Comece com cuidado, comendo somenteum quarto da banana no primeiro dia.Somente bananas bem maduras, com acasca cheia de pintinhas pretas e semnenhuma área verde devem ser usadas.A maioria do carboidrato na bananaverde é amido que, no processo deamadurecimento, é convertido emaҫúcar monossacarídeo, tornando-seassim facilmente digerível por aquelesque têm problemas de absorҫão.

A maioria das frutas em lata ou empotes estão proibidas por causa doaҫúcar adicionado. Se quiser comerfrutas cozidas, pode-se prepará-las emcasa com sacarina ou mel. Adoҫantesartificiais, exceto a sacarina, devem serevitados. É interessante observar que a

sacarina foi vindicada no que dizrespeito ao câncer de bexiga.

Alimentos light (de baixa caloria)frequentemente contêm xilitol ousorbitol como adoҫantes.Ocasionalmente, pode-se consumirchicletes ou balas que contêm essesadoҫantes. Porém, o uso excessivodesses produtos pode causar diarreia egases.

A Dieta do Carboidrato Específicoinclui derivados do leite, mas o leitefresco e alguns produtoscomercializados foram eliminados dadieta. Uma lista dos queijos permitidose não permitidos na dieta pode serencontrada no fim deste capítulo.Também é permitido iogurte preparado

em casa de acordo com as instruҫões naseҫão de receitas. É muito importanteque as instruҫões de como fazer oiogurte sejam seguidas ao pé da letrapara que não sobre nenhuma lactose.Isso pode ser obtido deixando o iogurtefermentar por no mínimo 24 horas. Outroproduto derivado do leite que deveriaser incluído na dieta é o queijo cottagedry curd. Seria bom tentar encontraresse tipo de queijo rico em proteína esem aҫúcar. Ele não pode conternenhuma forma de leite ou creme. Oqueijo cottage dry curd é um ingredientemuito importante na dieta, pois pode sermisturado com o iogurte caseiro esubstituído pelo queijo cottage normal.Ele pode também ser usado como base

para fazer panquecas e bolos, e tambémpoder ser adicionado à fórmula infantilpor curtos períodos (veja a seҫão dereceitas).

Aviso: alguns produtores estãochamando um tipo de queijo cottage(com leite adicionado) de “nãocremoso”, porque tem pouca gordura(creme) no leite que foi adicionado.Esse tipo de queijo cottage, meio úmido,não é permitido, pois contém umaquantidade grande de lactose, e serálogo identificado como não sendo dotipo dry curd.

Não é aconselhável, no início dadieta, usar leite hidrolisado, seja aquelepreparado em casa ou vendidocomercialmente. Embora o leite

hidrolisado reduza a fermentaҫão nointestino, seu efeito no fígado deindivíduos com doenҫa intestinalcrônica ainda precisa ser investigado.São necessárias pesquisassuplementares para determinar avelocidade com a qual os aҫúcares doleite hidrolisado chegam ao fígado.Somente então será possível saber se agalactose (um dos aҫúcares do leitehidrolisado) no sangue permanece emnível normal ou aumenta demais. Umavez que o indivíduo faz um progressonotável e está a caminho darecuperaҫão, pequenas quantidades deleite hidrolisado podem ser usadas nochá, no café e na preparaҫão da comida.

Ovos podem ser adicionados à

dieta após o desaparecimento dediarreia forte. Quando as fezes ganhamformato e ocorrem não mais do que duasou três vezes ao dia, certas hortaliҫas(veja lista no capítulo dez) podem seringeridas cozidas. É necessáriointroduzi-las com cautela e uma a uma,com espaҫo de tempo suficiente entreuma e outra, para observar seu efeito.Algumas vezes, a diarreia pode voltarquando frutas ou verduras sãointroduzidas na dieta. Quando issoacontece, deve-se suspender a ingestão.De modo geral, abóbora, tomate, feijãode corda e cenoura, todos cozidos, sãobem tolerados – porém, não devem serconsumidos em lata ou vidro, porque namaioria das vezes contêm aҫúcar ou

amido que não constam no rótulo. Batatae mandioca não são permitidos na dieta.

Gordura associada às carnes,manteiga, queijo e iogurte caseiro sãobem tolerados. Não é necessário usarleite desnatado, a não ser que a pessoaqueira perder peso ou por outroproblema de saúde.

A Dieta do Carboidrato Específicoé altamente nutritiva e, dependendo daescolha de alimentos, é bem equilibrada.Deve-se fazer todo o possível paracomer uma variedade de alimentos eevitar o consumo de grande quantidadede somente um tipo, como por exemplocarne, bolos feitos com farinha decastanhas etc.

Ao prescrever essa dieta, é

importante enfatizar que aquilo que nãose pode comer é mais importante do queaquilo que se pode comer. Todo tipo degrão está rigorosamente proibido,incluindo milho, aveia, trigo, centeio,arroz, trigo-sarraceno, milho-miúdo etriticale de qualquer forma, seja empães, bolos, bolachas, torradas, granola,farinha, macarrão, pizza etc. Novostipos de grãos estão aparecendo nosupermercado frequentemente, comoamaranto, quinoa e semente de algodão,porém, eles contêm carboidratos deanálise desconhecida e não sãorecomendados para a DICE. Farelo decereais ou milho, em qualquer forma,não é permitido, pois suas fibrasindigeríveis fornecem uma abundância

de carboidratos para as bactérias quecausam fermentaҫão no intestino. Alémdisso, a maioria dos farelos de cerealcontém grande quantidade de amido.Também é proibido ingerir qualquertipo de aҫúcar de mesa, seja ele brancoou mascavo, e, por conseguinte, não sedeve comer doces, balas e pães.

O cumprimento fiel da dieta requerinteligência e vigilância da parte dequem está encarregado de cuidar ealimentar o indivíduo com doenҫaintestinal, principalmente se o doente foruma crianҫa. É surpreendente quantasvezes uma crianҫa conseguirá obter umalimento “proibido” apesar de rigorosasupervisão. É igualmente surpreendentequantos pais decidem, apesar de todos

os avisos, que somente um pouquinho desorvete, bolacha ou doce, não fará mal.Tais violaҫões irão somente atrasar arecuperaҫão e não é sensato iniciar adieta a menos que você esteja disposto afazê-la com aderência fanática.

Muitas pessoas decidiram fazer adieta por um mês para testá-la. Se feitacuidadosamente por somente um mês,mudanҫas para melhor serão percebidas.Essa melhora irá dar a coragem e oamparo necessários para que a pessoase comprometa a fazer a dieta por umlongo período de tempo. Recomenda-seque seja criada uma tabela no primeiromês da dieta para anotar as mudanҫasnos sintomas e registrar o progresso: notopo do papel, horizontalmente, anote os

sintomas, como, por exemplo, gases,diarreia, dores abdominais etc. Nalateral, verticalmente, crie colunas comcada dia do mês. Ao fim de cada dia,anote quais foram os sintomas naqueledia. Por exemplo, pode-se representaruma diarreia forte em um dia com quatro“+”, e se ocorrer menos diarreia nosdias seguintes, pode-se ir diminuindo aquantidade de “+”. Ao fim do mês,ficará fácil de avaliar o progresso edecidir se vale a pena continuar com adieta e por quanto tempo. Se ao cabo deum mês nenhuma melhora for percebida,talvez a DICE não seja a ideal. Caberá avocê decidir se prefere dar mais um mêsà dieta ou voltar ao seu modo antigo dese alimentar.

No início do programa, quandosintomas como diarreia e doresabdominais são fortes, deve-se fazer a“dieta básica” por volta de cinco dias,embora em alguns casos somente um oudois dias já serão suficientes. Aquantidade de comida depende doapetite de cada pessoa – não existenenhuma restriҫão a isso.

Café da manhã: queijo cottage (drycurd) misturado com iogurte caseiro;ovos (cozidos, escaldados ou mexidos);sucode uva (metade uva e metade água);gelatina feita em casa com suco, gelatinasem sabor e adoҫante.

Almoҫo: sopa de frango feita emcasa; purê de cenouras; bife ou peixegrelhado; cheese cake sem casca de

limão e assado até atingir consistênciade pudim cru; gelatina feita em casa.

Janta: qualquer variaҫão dascomidas citadas acima.

No caso da impossibilidade de seobter o queijo cottage dry curd,substitua-o por cream cheese caseiro.Veja a receita na seção de receitas.

Se é sabido que algum alimentoespecificado na dieta possa causar umareaҫão anafilática (reaҫão alérgicasevera), é necessário eliminá-lo da dietapermanentemente. Se, no passado, algumdos alimentos permitidos não lhefizeram bem, retire-o da dieta por umcurto período (mais ou menos umasemana) e tente comê-lo novamente empequenas quantidades. Porém, se o

alimento continuar a causar problemas,elimine-o da dieta.

Quando a diarreia e as doresabdominais diminuírem, pode-se tentarcomer frutas cozidas, banana bemmadura e legumes e verduras. Se essesalimentos voltarem a causar gases ediarreia quando adicionados à dieta,atrase seu uso. Conforme o indivíduocomeҫa a se sentir melhor, o resto dadieta pode ser introduzido. Não useverduras da família do repolho até que adiarreia tenha cessado. Feijão pode seradicionado à dieta após três meses ecom muita cautela.

A maioria das pessoas que iniciama DICE comeҫam a melhorar dentro detrês semanas e o progresso continua dia

após dia. Por volta do 2º ou 3º mês,pode haver uma recaída, mesmo se adieta tenha sido feita com todo rigor.Isso pode acontecer se a pessoa tiveruma infecҫão respiratória ou mesmo pornenhuma razão aparente. Não permitaque isso lhe tire a coragem e aesperanҫa! Uma vez que a pessoaultrapasse esse momento, o progressoserá constante, com pequenos percalҫosocorrendo durante o primeiro ano.

Muitos casos de doenҫa celíaca,cólon espástico e diverticulite podemser curados em até um ano. Outrosdistúrbios, como doenҫa de Crohn ecolite ulcerativa, levam mais tempo,normalmente precisa-se fazer a dieta porno mínimo dois anos e continuar nela

por mais um ano após odesaparecimento do último sintoma.

Nesse momento, pode-se comeҫar aintroduzir os alimentos que eramproibidos, um por vez, a cada semana, ecomeҫando com pequenas quantidades.Se os alimentos são bem tolerados, apessoa pode decidir retornar à sua dietaantiga. Porém, se algum sintomaretornar, é melhor permanecer na DICEpor mais tempo.

Espera-se que as pessoas queconseguem se recuperar bem de seusproblemas fazendo a Dieta doCarboidrato Específico jamais retornema comer uma alta quantidade de aҫúcar efarinha refinados. Eles não têm nenhumnutriente (ou têm muito pouco), não irão

nutrir o sistema imunológicoadequadamente e podem tornar oindivíduo mais suscetível a infecҫõesintestinais. Nós mantivemos a nossafilha nessa dieta por sete anos, emboraseus sintomas tivessem desaparecido aofim de dois anos. Gostávamos dessamaneira de comer e preferimos sercautelosos. Como o Dr. Haas haviamorrido dois anos após iniciarmos essadieta, não sabíamos qual seria a horacorreta de parar com ela e, tendo emvista que a dieta é tão nutritiva,decidimos não arriscar.

É aconselhável, para todas aspessoas, seguir uma dieta variada dentrodos limites da Dieta do CarboidratoEspecífico. Sua dieta diária deve

consistir de verduras, hortaliҫas, frutas,queijos, castanhas, e algum produtoanimal. Porém, se a pessoa deseja seguiruma dieta vegetariana, é possíveleliminar a carne e peixe. Devem serconsiderados os nutrientes essenciaisque a pessoa renuncia ao adotar umadieta vegetariana. Está fora da alҫadadeste livro incluir uma lista de alimentosricos em ferro e vitamina B12, doisnutrientes que são difíceis de encontrarem uma dieta vegetariana. Éresponsabilidade daqueles que escolhemfazer uma dieta vegetariana assegurar-sede que outros alimentos substituamaqueles que foram renunciados aoeliminar produtos animais. Já queprodutos à base de soja, incluindo tofu,

não são permitidos nesta dieta, serámuito difícil, se não impossível, para umvegetariano obter nutrientes e caloriassuficientes.

A maioria das pessoas comdistúrbios intestinais crônicos tambémsofre de má absorҫão e,consequentemente, fica malnutrida. Érecomendável que essas pessoas tomemsuplementos de vitaminas que nãotenham aҫúcar, amido ou levedura(fermento). Pode ser que seja necessárioentrar em contato com o produtor dosuplemento para ter certeza absoluta dosingredientes que compõem a vitamina.Suplementos como pólen de abelha ouervas precisam ser checadoscuidadosamente, pois muitos fabricantes

adicionam soro de leite (que possui70% de lactose), aҫúcares ou amidospara dar consistência.

Para aqueles que não querem ounão podem se expor ao sol (por razõespessoais ou de saúde) haverá anecessidade de tomar suplementos comvitamina D em combinaҫão comvitamina A na forma de óleo de fígadode bacalhau (400 UI de vitamina D e5.000 UI de vitamina A). Para quem nãopode tolerar o óleo, mesmo em cápsulas,existem ótimos substitutos, como pílulasque se dissolvem na água. É melhorcomprar as vitaminas lipossolúveis (A,D, E) separadas de outras vitaminas,senão a pessoa continuará tomandovitamina D durante o verão, o que não

deve ser feito, a menos que a pessoa nãopossa se expor ao sol. Nota da editora:em um país ensolarado como o Brasil,talvez não haja a necessidade da pessoatomar vitamina D nem mesmo noinverno. Por isso, é aconselhável opaciente brasileiro consultar um médicoantes de tomar qualquer suplemento devitamina D.

A má absorҫão de vitamina B12 é,na maioria das vezes, um elemento dosdistúrbios intestinais crônicos e deve-sefazer o possível para manter seu nívelnormal ou levemente alto. Existemevidências de que um nível baixo – queàs vezes é classificado como normal –não seja o ideal para obter uma ótimasaúde. As vitaminas do complexo B

também podem ser tomadas comosuplemento combinadas em uma pílula:B1, B2, niacinamida, B6, ácidopantotênico, ácido fólico e B12. Porém,deve-se evitar tomar muito ácido fólico:a quantidade deve oscilar entre 0,1 mg e0,8 mg. Vitamina B12 e ácido fólicoatuam em conjunto nas células doorganismo e é importante não tomarmais do que 0,4 mg de ácido fólico, amenos que a pessoa tenha certezaabsoluta de que seu nível de vitaminaB12 esteja levemente alto. Contudo,jamais compre vitamina do complexo Bcom somente B1, B2 e niacina. Omínimo que um suplemento do complexoB deve ter é: vitaminas B1, B2, niacina,ácido pantotênico e B6. Toda mulher

com distúrbio intestinal que tome apílula contraceptiva deve considerarseriamente a dieta com suplemento devitaminas, especialmente da família docomplexo B, pois a pílula acaba comele.

Já que a vitamina C é destruídaquando exposta ao ar ou por meio decozimento, recomenda-se tomar nomínimo 100 mg por dia. Se a pessoa jáestiver tomando uma quantidade maiorde vitamina C, ela pode continuar,contanto que a fórmula não contenhaamido ou aҫúcar – mas é preciso estaratento e observar se a quantidade alta devitamina C não está causando diarreia.

A autora acredita que não sejanecessário tomar altas doses de

vitaminas, pois a DICE é muito nutritivae o uso moderado de suplementosservirá para ajudar na recuperaҫão.Adicionar minerais à dieta pode serbom, mas é bastante difícil encontrarsuplementos satisfatórios. Enquanto ascélulas do corpo precisam deaproximadamente 20 mineraisdiferentes, a maioria dos suplementoscontêm por volta de oito. E, já que osminerais competem entre si para seremabsorvidos pelas células intestinais,pode ser que tomando somente alguns –em vez dos 20 – a pessoa possaperturbar o equilíbrio delicado deminerais no organismo. No entanto,como muitas pessoas com doenҫasintestinais estão malnutridas, seria

prudente checar com seu médico osníveis de minerais importantes, comocálcio, ferro, iodo e potássio. Se o nívelde minerais estiver baixo, suplementospodem ser tomados por um curtoperíodo de tempo até que o problema damá absorҫão seja resolvido. Osminerais, ao contrário das vitaminas,não são destruídos pelo ar ou pelatemperatura, mas podem ser perdidos naágua do cozimento. Uma vez que oproblema da má absorҫão tenha sidoeliminado, os alimentos permitidos naDICE serão suficientes para prover oorganismo adequadamente de minerais.

Aviso: é extremamente importantemanter um nível adequado de cálcio,principalmente em bebês e crianҫas em

idade de crescimento. A fórmula infantilna seҫão de receitas fornece cálcio, masnão tanto quanto aquele encontrado noleite fresco ou iogurte. Portanto, se afórmula infantil é usada por mais deduas semanas, o nível de cálcio nosangue deve ser controladoperiodicamente por um médico, quepoderá sugerir ingestão de suplementosde cálcio.

Aconselha-se conversar com o seumédico sobre a DICE e não parar detomar os remédios que ele tenhareceitado. Conforme se faz progresso, omédico irá, sem dúvida, diminuir adosagem do medicamento. Um aviso,porém: existem métodos específicos dediminuir a dosagem de certos remédios

e pode ser muito perigoso interromperseu uso sem orientação médica.

CAPÍTULO 10

A DIETA DO CARBOIDRATOESPECÍFICO (DICE)

PROTEÍNAS PERMITIDAS NADIETA

Pode-se comer todo tipo de carnefresca ou congelada, como de vaca,porco, carneiro, frango, peixe e frutosdo mar (o peixe pode também serenlatado, em óleo ou água); ovos,queijos naturais (veja lista no fim destecapítulo); iogurte caseiro feito deacordo com as instruҫões na seҫão dereceitas; queijo cottage dry curd.

PROTEÍNAS PROIBIDAS

Carnes processadas, comosalsicha, linguiҫa, carne enlatada,presunto, mortadela, peixe ou qualqueroutra carne à milanesa ou empanada,peixe enlatado com molhos, queijosprocessados e carnes ou peixesdefumados (a menos que tenha certezade que não foi utilizado aҫúcar paradefumá-los). A maioria das carnesdefumadas contém uma quantidadeconsiderável de aҫúcar refinado. Emmuitas partes do país, devem existirfabricantes que possam defumar a carnede acordo com sua especificaҫão.Porém, aqueles que não conseguiremobter carne defumada sem aҫúcar,

podem comer bacon defumado uma vezpor semana, desde que seja bem torrado.

A maioria das carnes processadasnão são permitidas porque contêmamido, soro de leite em pó, lactose ousacarose. Talvez seja possível obtersalsichas e outras carnes processadassem aditivos e, nesse caso, elas podemser incluídas na dieta.

LEGUMES E VERDURASPERMITIDAS

De modo geral, são permitidosfrescos ou congelados (sem aҫúcar ouamido). Os enlatados e em conserva nãosão permitidos.

Alcachofra, aspargo, beterraba,

brócolis, repolho, couve-flor, couve-de-bruxelas, cenoura, aipo, nabo, pepino,berinjela, alho, folhas verdes de todotipo, cogumelo, cebola, ervilha,pimentão (verde, amarelo e vermelho),abóbora, espinafre, tomate, salsinha,agrião, feijão-de-corda, feijão-branco(tipo navy), feijão-de-lima, lentilhas eervilhas secas (estes devem serpreparados de acordo com as instruҫõesda seҫão de receitas).

Pode-se comer os vegetaismencionadas acima (crus) como petisco,contanto que não haja diarreia.

LEGUMES E VERDURASPROIBIDAS

Grãos e suas farinhas, como trigo,trigo-sarraceno, triguilho, cevada,milho, milho-miúdo, centeio, aveia,arroz, triticale, espelta e fécula debatata.

Batata e batata-doce, qualquer tipode mandioca, quiabo, grão-de-bico,broto de feijão, soja, feijão-mungo efeijão-fava.

Farinha de amaranto, quinoa,castanha-da-índia, gérmen de trigo ealgas.

Aviso: muitas receitas de paísesestrangeiros, como cuscuz, contêmingredientes à base de grãos que devemser evitados.

FRUTAS PERMITIDAS

Frutas frescas, cruas ou cozidas,congeladas (sem aҫúcar adicionado) esecas; frutas em lata ou em conserva queestejam no seu próprio suco (sem aҫúcare outros aditivos adicionados). Seprecisar adoҫar frutas cruas ou cozidas,use mel ou sacarina.

Maҫã, abacate, damasco, banana(bem madura com pintas pretas),morango, framboesa, amora, blueberry,cereja, coco fresco ou ralado (mas semaҫúcar), uva, kiwi, limão, lima, manga,melão, melancia, laranja, toranja,mamão, pêssego, nectarina, pera,abacaxi, tangerina, ameixa, uva-passa,tâmara – mas somente as que não têmaҫúcar ou xarope adicionado.

Algumas pessoas são alérgicas ao

sulfito e devem evitar frutas secas comessa substância. Mas as que não sãoalérgicas podem comer frutas secas comsulfito ocasionalmente. Bananinha seca énormalmente coberta com xarope demilho ou aҫúcar refinado e deve serevitada, a não ser que não contenhaesses aditivos.

CASTANHAS PERMITIDAS

As castanhas podem ser compradascom ou sem casca.

Amêndoa, castanha-do-pará, avelã,nozes, castanha-de-caju não torrada,noz-pecã e castanha-da-índia cozida.

Pasta de amendoim sem aҫúcar.Amendoim torrado com casca pode ser

ingerido com cuidado seis meses depoisque a diarreia tiver passado. Eviteamendoim sem casca, pois a maioriacontém amido. Castanhas salgadasvendidas em pacotinhos não sãopermitidas, pois a maioria foi torradacom uma cobertura de amido.

Nota: castanha moída bem fina seráchamada de “farinha de castanha” naseҫão de receitas. Use castanhassomente como farinha no início da dietaaté que a diarreia desapareҫa. Depoisdisso, pode-se comer castanhas comopetisco, mas é necessário mastigá-lasmuito bem.

BEBIDAS PERMITIDAS

SUCOSSuco de tomate em lata é permitido

(se só tem sal adicionado). Sucos V8não são permitidos, porque contêm pastade tomate adicionada, que não épermitida.

Use suco de tomate para cozinharem vez de pasta de tomate em lata,molho de tomate em lata ou purê detomate. Evite misturas de suco detomate, como coquetéis de suco detomate.

Suco de laranja e toranja natural ouem caixinha (sem aҫúcar e aditivos) sãopermitidos, mas não feitos a partir deconcentrados. Evite tomar suco delaranja de manhã enquanto estiver comdiarreia. Esse suco tem a tendência de

aumentá-la quando tomado nessehorário. Porém, parece ser bem toleradomais tarde.

Suco de uva, roxa ou verde. Sucode uva em caixa normalmente nãocontém aҫúcar adicionado, mas énecessário checar sempre. Evite suco deuva congelado, pois contém aҫúcaradicionado.

Suco de abacaxi (em lata, naturalou congelado) sem aҫúcar adicionado.

Suco de maҫã, que normalmente erapermitido na DICE, tornou-se umproblema porque alguns produtoresestão adicionando xarope de milho eaҫúcar, que muitas vezes não vêmmencionados no rótulo. Por isso,escolha um feito por uma companhia

local que você conheҫa. Você tambémpode contatar a companhia para secertificar de que nenhum adoҫante foiadicionado e de que ele é puro. Oconservante benzoato de sódio épermitido. Ainda é possível conseguir,em muitos lugares, suco de maçã naturale é possível congelá-lo por até um ano(mas deve-se encher somente dois terçosda garrafa).

Sucos em caixa, mesmo aquelesque dizem não conter nenhum aҫúcar,devem ser evitados, pois minhaexperiência me mostrou que não sãobem tolerados pelas pessoas na DICE.

Sucos naturais de verduras elegumes (que estão na lista de alimentospermitidos) podem ser tomados.

OUTRAS BEBIDASMilk-shakes feitos com iogurte

caseiro, frutas e adoҫado com mel ousacarina.

Chá fraco ou café bem fraco, semleite ou creme.

Alguns chás à base de ervas têmefeito laxativo. É melhor restringir seuuso ao chá de menta e hortelã.

NÃO SÃO PERMITIDOSLeite fresco.Leite em pó.Leite condensado.Leite com acidófilos preparado

comercialmente e que contenha leite nãofermentado, pois possui muita lactose.

Leitelho comercial (leite ácidodesnatado), creme azedo e iogurtecomercial (exceto quando utilizado parafazer iogurte caseiro). Algumascompanhias estão produzindo cremeazedo que não contém lactose. Pergunteno supermercado se eles vendem essetipo de produto na sua área.

Leite tratado com enzimas, excetocomo foi observado no capítulo nove.

Leite tomado com enzimas delactase.

Leite de soja.Café ou chá instantâneo.Substitutos do café: a maioria tem

malte, que não é permitido na dieta.REFRIGERANTES

Refrigerantes diet ou light sãopermitidos ocasionalmente. Osadoҫados com aspartame ou nutri-sweetpodem conter lactose e devem serevitados. Porém, se esse é o único tipodisponível, é permitido tomar uma vezpor semana. Os adoҫados com sacarinapodem ser tomados até três vezes porsemana. Não tome refrigerantes dietadoҫados com outros tipos de adoҫantes,ou com frutose e glucose – eles podemagravar bastante os problemasintestinais. Os chamados refrigerantesenergéticos também devem ser evitados,pois muitas vezes contêm fibras,vitaminas ou minerais. Água em garrafaé permitida, mas não as que têm sabores.

BEBIDAS ALCOÓLICAS

Evite cerveja, licores, rum (brandy,sherry etc.) e cordial.

Pode-se tomar ocasionalmente gim,Scotch, vodca e burbom. Vinho seco eágua com gás são permitidos.

DOCES PERMITIDOS

A pessoa que faz a DICE nãoprecisa ficar sem comer doces, bolos esorvetes. É possível fazer deliciososbolos, biscoitos e balas utilizando mel,castanhas e frutas secas.

MAIORES INSTRUҪÕES

Embora grãos não sejampermitidos nessa dieta, os óleos feitos

deles podem ser usados, como, porexemplo, óleo de milho, soja e girassol.Azeite é altamente recomendado.

A mostarda é permitida, mas useuma simples, porque as maissofisticadas têm muitos ingredientesadicionados que precisam ser evitados.

Ketchup tem quase 40% de aҫúcare não é permitido.

Azeitonas em conserva sãopermitidas, mas é preciso ler o rótulocom atenҫão e evite as que têm aҫúcaradicionado.

Tempero de todos os tipos épermitido, porém, evite misturas detemperos, tipo curry ou barbecuecompradas no supermercado, pois às

vezes contêm aҫúcar. É melhor comprarcada um separado e combiná-los emcasa.

Use sempre alho e cebola frescos,e não em pó, pois talvez contenhamamido.

Macarrão é proibido, pois é feitode grãos. Veja na seҫão de receitasalguns substitutos feitos à base defarinha de amêndoa.

Não use caldo de carne, frango,peixe etc., ou sopas instantâneas.

Chocolate e alfarroba sãoproibidos.

Gelatina sem sabor pode serutilizada para fazer sobremesas degelatina.

Não use pectina para fazer geleias,nem ágar.

Não use nenhum produto feito comaҫúcar refinado. Isso elimina a grandemaioria dos produtos vendidos emsupermercados e padarias.

Leite de coco e leite de amêndoafeitos em casa podem serexperimentados após três meses dedieta. Porém, se estiver comendo bolocom farinha de amêndoa, o consumo doleite de amêndoa não deve exceder 250ml por dia.

Sorvetes e picolés são proibidos, amenos que você faҫa em casa. Elescontêm muita lactose e sacarose. Mesmoos sorvetes comerciais feitos com melcontêm muita lactose.

Não se pode comer melado, xaropede milho, nem xarope de bordo.

Escolha o mel para adoҫar desdebolos, veja na seҫão de receitas, atébebidas como chá e café. Prefira o melde cor clara e os menos densos. Melpasteurizado do supermercado ou onatural do apiário são permitidos. Evitepotes de mel com favo.

Não use farinhas feitas de feijão oulentilha, porque esses grãosprovavelmente não ficaram de molhoantes de serem moídos, e na forma secapossuem uma grande concentraҫão deamido. Se desejar, você pode usar purêde feijão-branco feito em casa,previamente deixado de molho e cozido,na massa de bolos, para diminuir a

quantidade de farinha de castanha. Usebicarbonato de sódio em vez defermento em pó ou fermento para pão.Não use amido de milho, tapioca, sagu,amido de maranta, ou qualquer outrotipo de amido. Nas primeiras trêssemanas da dieta, recomenda-secomprar castanhas por quilo e moê-lasem casa. Quando você estiver certo deque a DICE está lhe ajudando, pode sermais econômico comprar as castanhas jámoídas.

Use manteiga e não margarina. Amargarina contém soro de leite.

Três meses após odesaparecimento do último sintoma,você pode comeҫar a usar sementes, sedesejar, mas use-as com cautela.

Muitos remédios contémcarboidratos que não são permitidos naDICE, como sacarose, lactose e amido.Alguns medicamentos podem ser obtidossem esses carboidratos – é preciso seinformar com seu médico. Ofarmacêutico pode substituí-los porfrutose ou dextrose ou pode sugeriroutro remédio de outra marca que nãocontenha lactose e sacarose. Contudo, senão conseguir encontrar o remédio semesses carboidratos, continue usando-oenquanto for essencial.

Para sua própria alimentaҫão,porém, não use frutose ou xarope deglucose, nem frutose em pó ougranulada, ou glucose e dextrose.Embora eles parecerem aҫúcares

monossacarídeos, recentemente muitosfabricantes comeҫaram a vendê-losmisturados com vários tipos de aҫúcarsem declarar no rótulo do produto.

Não use nenhum produto quecontenha FOS (frutooligossacarídeos).Essa forma de amido (inulina) podealimentar tanto as bactérias úteis quantoas nocivas no intestino e atrapalhar osbenefícios da DICE. Se você estiverusando produtos que contenhambactérias probióticas (que na maioriadas vezes contêm outros ingredientes), émelhor usar produtos com lactose (ousoro de leite) do que FOS.

QUEIJOS

Embora todos os queijos naturaispodem ser usados (veja tabela abaixo),existem dois queijos que sãoconsiderados naturais, mas que precisamser evitados: ricota e mozarela. O queijode cor marrom chamado gjetost tambémdeve ser evitado. Os queijos permitidossão aqueles que não contêm nenhumalactose. Para que um queijo nãocontenha lactose, o processo defabricaҫão deve incluir a separaҫão e aretirada do soro do leite (o que contémmais lactose) do coalho, assim como aação de “coalhar” a lactose restante pormeio da adiҫão de cultivo bacteriano.

Nesta lista de queijos permitidos,use os com letras maiúsculas livrementee os com letras minúsculas

ocasionalmente.

QUEIJOSPERMITIDOS

QUEIJOSPROIBIDOS

Asiago Queijo cottageregular

Azul (blue) CremeBrie FetaCamembert GjetostCHEDDAR MozarelaCOLBY NeufchatelEdam RicotaGorgonzola Queijos processados,

em fatias ou de sepassar no pão (comorequeijão)

Gouda

GRUYÈREHAVARTILimburgerMonterey (Jack)MuensterParmesão (émelhor comprarum pedaҫo eralar em casa)Port du SalutRoquefortRomanoStiltonQUEIJOCOTTAGEDRY CURD

EXEMPLO DE CARDÁPIO

CAFÉ DA MANHÃMaҫã cozida ou assada com canela

e adoҫada com melOvos mexidosMuffin caseiro com manteiga e

geleia caseiraChá ou café fracos, suco de uva ou

maçãALMOҪOSalada de atum com maionese

caseira e azeitonasFatias de queijo cheddarTorta caseira de abóboraPina Colada caseiraJANTARPimentão recheado com molho de

tomate e carne moídaSalada ou cenoura e ervilhas

cozidas na manteigaFruta fresca ou cheese cake

SOPA DE BERINJELAASSADA

Ingredientes

2 berinjelas médias1 cebola média fatiada2 talos de salsão picados1 cenoura picada1 colher (sopa) de azeite de oliva4 dentes de alho picados450 mililitros de iogurte caseiro2 litros de caldo de frango ou camarão3 colheres (sopa) de manteiga¾ xícara (chá) de manjericãoSal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de fazer

Corte as berinjelas ao meio no sentidodo comprimento e besunte-as comazeite. Coloque-as no forno preaquecido(200ºC) e leve para assar até ficaremmacias e douradas.Em uma panela grande, coloque acebola, a cenoura, o salsão, o alho e ocaldo e deixe ferver. Cozinhe em fogobrando até os legumes ficarem macios.Tire as berinjelas do forno. Descasque-as e corte-as em cubos. Coe os legumese leve o caldo de volta para a panela.Misture a berinjela com os legumes ebata no liquidificador.Adicione o iogurte e a manteiga ao

“purê” de legumes e leve novamente aoliquidificador.Junte essa mistura ao caldo que sobrouna panela. Aqueҫa em fogo brando etempere com sal e pimenta. Decore asopa com o manjericão picado e sirva-aimediatamente.Esta receita foi uma cortesia de DavidJ. Couture, oferecida por BarbaraScheuer.

SOPA DE CENOURA

Ingredientes

900 gramas de cenouras cortadas emcubos1 litro de caldo de frango feito em casa125 gramas de cebola picada2 dentes de alho pequenos picados225 mililitros de iogurte caseiro40 gramas de amêndoa picada3 ou 4 colheres (sopa) de manteiga

Modo de fazer

Coloque sal a gosto no caldo de frango.Cozinhe as cenouras no caldo de frangopor 15 minutos e deixe esfriar. Refogue

a cebola, o alho e a amêndoa namanteiga até ficarem macios, mas nãomuito dourados.Bata no liquidificador as cenouras, ocaldo, o refogado e o iogurte e temperea gosto*.Reaqueҫa a sopa em fogo brando oucoloque na geladeira e sirva-a fria.Decore-a com castanhas torradas,salsinha ou agrião.Combinaҫão de temperos paraescolher:

a. Uma pitada de noz-moscada, ½colher (chá) de hortelã e umapitada de canela; ou

b. ½ ou 1 colher (chá) de cada um dosingredientes: tomilho, manjerona e

manjericão; ouc. 1 colher (chá) de gengibre ralado

refogado na manteiga.

SOPA DE CREME DETOMATE

Ingredientes

½ litro de suco de tomate110 a 225 mililitros de iogurte caseiroMel ou sacarina a gosto

Modo de fazer

Faҫa uma pasta com o iogurte e 65mililitros de suco de tomate. Adicione orestante do suco aos poucos e sem pararde mexer. Aqueҫa em fogo baixomexendo de vez em quando. Tempere agosto com sal, pimenta-do-reino moída

na hora, adoҫante e ervas de suaescolha.

SOPA DE FRANGO

Selecione a maior panela que você tivere complete metade dela com pedaҫos defrango (coxa e sobrecoxa são as partesmais saborosas).Descasque por volta de dez cenouras ecoloque na panela. Adicione tambémduas cebolas grandes sem casca, algunstalos de salsão inteiros, ramos inteirosde salsinha e sal a gosto. Encha a panelade água até cobrir os ingredientes.Cozinhe em fogo baixo por quatro horase depois coe a sopa. Retire a camada degordura que se formar sobre ela, masnão se preocupe se você não conseguirretirar tudo. No início da dieta, é

necessário retirar também a cebola, osalsão e a salsinha, pois suas partesfibrosas podem ocasionar problemas nahora da digestão.Retire a pele do frango e bata ascenouras no liquidificador. Coloque-osde volta no caldo e sirva a sopa.

SOPA GASPACHO

Ingredientes

900 mililitros de suco de tomate1 cebola pequena bem picada2 xícaras (chá) de tomate picado1 xícara (chá) de pimentão verde picado1 xícara (chá) de pepino descascado epicado1 dente de alho picadoSuco de ½ limãoSuco de 1 limão verde (opcional)2 colheres (sopa) de vinagre de vinhobranco1 colher (chá) de estragão (opcional)1 colher (chá) de manjericão

¼ xícara (chá) de salsinha picada2 colheres (sopa) de azeiteSal e pimenta-do-reino moída na hora agosto

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes e bata noliquidificador. Deixe na geladeira porduas horas. Quando for servir, decorecom salsinha picada e uma gema de ovocozida e picada.

SOPA DE LEGUMES

Ingredientes

1 xícara (chá ) de salsão picado1 xícara (chá) de cenoura picada1 xícara (chá) de cebola picada½ xícara (chá) de repolho picado½ litro de suco de tomate ou algunstomates frescos½ litro de caldo de frango ou carnecaseiro2 colheres (sopa) de óleo ou manteigaTempero a gosto (ervas, sal, pimenta-do-reino, folha de louro)

Modo de fazer

Refogue a cebola e a cenoura com óleoou manteiga até ficarem macias.Adicione os outros ingredientes e deixecozinhar em fogo baixo por duas horas.

KETCHUP

Ingredientes

450 mililitros de suco de tomate1 a 3 colheres (sopa) de vinagre devinho brancoMel ou sacarina a gostoFolha de louro (opcional)Sal e pimenta-do-reino moída na hora agosto

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes, exceto omel ou sacarina, e cozinhe em fogobrando até ficar grosso, mexendosempre para não grudar.

Quando o ketchup estiver naconsistência desejada, adicione mel ousacarina e retire do fogo.Espere o ketchup esfriar e coloque empotes esterilizados. Congele o que nãofor usar.

MAIONESE

Ingredientes

1 ovo inteiro225 mililitros de óleo1 colher (sopa) de vinagre de vinhobranco ou suco de limão natural¼ colher (chá) de mostarda em póSal e pimenta-do-reino moída na hora agostoMel ou sacarina triturada a gosto

Modo de fazer

Bata no liquidificador por algunssegundos o ovo, o suco de limão (ouvinagre) e a mostarda. Com o

liquidificador ligado, acrescente o óleoaos poucos – isso deve levar um minuto(não se deve colocar o óleo de umavez). Ainda com o liquidificador ligado,adicione a mostarda em pó, o mel ou asacarina e outros temperos ou ervas quedesejar.

VINAGRETE

Pode ser usado em saladas ou emlegumes marinados.

Ingredientes

¼ colher (chá) de sal¼ colher (chá) de pimenta-do-reinomoída na hora1 colher (sopa) de azeite1 colher (sopa) de vinagre ou suco delimão natural¼ colher (chá) de mostarda em pó

Modo de fazer

Bata todos os ingredientes muito bem

com um garfo e adicione:1 colher (sopa) de vinagre ou suco delimão natural3 colheres (sopa) de azeite1 dente de alho descascadoColoque em um vidro e guarde em lugarfresco. Agite bem antes de usar.

MOLHO DE ABACAXI ECOENTRO

Esta receita é uma criação de LindaHanson, diretora executiva da Friseé,Caterer of the stars.

Ingredientes

1 abacaxi pequeno maduro1 cebola roxa pequena2 maҫos de coentro½ pimentão vermelhoSal e pimenta-do-reino moída na hora agosto

Modo de fazer

Descasque o abacaxi e elimine o miolo.Pique bem todos os ingredientes,começando pelo abacaxi. Misture-o commetade do pimentão vermelho e metadeda cebola roxa. Tempere com o sal e apimenta do reino a gosto e adicione asfolhas frescas de coentro, lavadas epicadas delicadamente. Adicione orestante da cebola roxa picada e dopimentão vermelho a gosto. Esse molhopode ser servido com frango, peixe ousalmão grelhado. Se preferir, podeadicionar manga picada ou mamão.Pode-se também substituir metade docoentro por folhas de hortelã picadas.

MOLHO DE IOGURTE

Ingredientes

225 mililitros de iogurte caseiroSuco de um limãoMel ou sacarina triturada

Modo de fazer

Misture o iogurte com o suco de limão eadoce a gosto com o mel ou a sacarina.

PATÊ DE FÍGADO

Ingredientes

½ quilo de fígado de galinha¼ a ½ xícara (chá) de maionese caseira1 cebola pequena picadaSal e pimenta-do-reino moída na hora agosto

Modo de fazer

Frite o fígado na manteiga até que tenhaperdido sua cor rosa. Deixe esfriar ecorte em pequenos pedaҫos. Bata ofígado, a cebola e a maionese noliquidificador até obter uma misturahomogênea. Use-o como recheio para

folhas de salada, salsão etc. Pode-setambém espalhar sobre fatias de queijo eservir como aperitivo.

PATÊ DE QUEIJO

Ingredientes

180 gramas de queijo cheddar ralado60 gramas de manteiga mole¼ colher (chá) de mostarda em pó80 mililitros de suco de maҫã ou vinhobranco secoFrutas como maçã ou pera fatiadas oulegumes crus

Modo de fazer

Bata a manteiga até ficar cremosa. Juntea mostarda e o suco de maҫã ou vinhobranco seco. Adicione o queijo ralado emisture novamente. Guarde na geladeira

e retire cerca de meia a uma hora antesde usar. Pode-se comer esse patê comfrutas e legumes.

ANTEPASTO

Ingredientes

1 latinha de anchovas1 ou 2 ovos cozidos, cortados em 4pedaҫos2 tomates picadosFolhas de alface picadasOrégano e manjericão (opcional)Óleo e vinagre

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes e deixe nageladeira até a hora de servir.

SALADA DEHALLOWEEN

Ingredientes

2 xícaras (chá) de cenoura ralada½ xícara (chá) de maionese caseiraFolhas de alfaceDecoraҫão: algumas uvas-passas etirinhas de pimentão verde.

Modo de fazer

Misture a cenoura com a maionese.Encha um copo pequeno com essamistura e vire-o sobre um prato cobertocom folhas de alface. Use as uvas passas

para fazer os olhos e as tiras depimentão para fazer a boca.

SALADA DE ATUM

Ingredientes

1 lata de atum, siri ou algum peixecozido½ xícara (chá) de maionese caseiraFolhas de alface

Modo de fazer

Tire o óleo ou água do atum edespedace-o com um garfo. Acrescentea quantidade de maionese que desejar,misture e leve à geladeira. Na hora deservir, coloque a mistura sobre folhas dealface.

TERRINA DE FRUTAS

Ingredientes

450 mililitros de suco de maҫã2 envelopes de gelatina sem sabor90 mililitros de mel½ colher (chá) de essência de baunilha(opcional)Frutas frescas: 3 ou 4 tipos, comomorango, framboesa, melão e laranja

Modo de fazer

Pode-se usar uma forma de pãoretangular para fazer a terrina.Aqueça o suco de maҫã e o mel em uma

panela a vapor.Dissolva a gelatina na água e deixehidratar por alguns minutos. Leve aofogo em banho-maria até dissolvercompletamente.Quando o suco de maҫã estiver quente,acrescente a gelatina e misture bem.A forma retangular determinará aquantidade de fruta necessária: coloqueuma camada de frutas no fundo da formae cubra com o suco de maҫã. Deixe aforma na geladeira até a gelatinaendurecer. Coloque mais uma camada defrutas na forma e cubra novamente com agelatina. Leve à geladeira até que essasegunda camada fique firme. Repita esseprocesso até a forma ficar cheia. Acamada de gelatina entre as frutas deve

ser de mais ou menos 1 centímetro.Quando terminar de fazer as camadas,leve para gelar por 12 horas.Para desenformar, passe um panoaquecido com água quente nas laterais eno fundo da forma e desenforme em umprato.Essa receita foi uma cortesia de DavidJ. Couture.Submetida por Barbara Scheuer.

SALADA DE TOMATE EABOBRINHA ITALIANA

Ingredientes

2 xícaras (chá) de abobrinha italiana oupepino cru picado2 xícaras (chá) de tomate picado¼ xícara (chá) de cebolinha picada1 pimentão verde cortado em tiras finas1 talo de aipo picadoMolho vinagrete caseiro

Modo de fazer

Misture todos os ingrediente e deixe nageladeira por uma hora antes de servir.

SALADA WALDORF

Ingredientes

3 xícaras (chá) de maҫãs picadas, comou sem casca1 xícara (chá) de abacaxi picado¼ xícara (chá) de uva-passa1 talo de aipo picado½ xícara (chá) de pimentão verdecortado em tiras finas1 xícara (chá) de cenoura picada¼ ou ½ xícara (chá) de nozes picadas

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes e

acrescente 250 mililitros de iogurte oumaionese caseira. Sirva sobre folhas dealface.

ABOBRINHA ITALIANAFATIADA

Ingredientes

6 a 8 abobrinhas médias (ou de 1 a 2abobrinhas por pessoa)

Modo de fazer

Descasque as abobrinhas e retire asextremidades.Corte as abobrinhas em fatias bem finas(no sentido longitudinal). Coloque asfatias em uma assadeira e leve ao fornopreaquecido por 25 minutos natemperatura de 100ºC. O objetivo da

temperatura baixa é fazer a abobrinhaassar provocando a evaporaҫão damaior quantidade de água possível.Sirva com manteiga e sal, ou com seutempero ou molho preferidos.

ABOBRINHA ITALIANARECHEADA

Ingredientes

6 abobrinhas italianas1 dente de alho amassado350 gramas de carne moída115 gramas de queijo cheddar (ou outroqueijo duro) ralado2 ovos levemente batidos4 colheres (sopa) de manteigaamolecidaSal e pimenta-do-reino moída na hora agosto1 colher (sopa) de manjericão frescopicado ou ¼ colher (chá) de manjericão

seco

Modo de fazer

Frite a carne moída em um pouco demanteiga até que esteja cozida.Corte as abobrinhas pela metade nosentido longitudinal e retire a polpacuidadosamente. Reserve.Pique a polpa da abobrinha e, depois,passe por uma peneira pressionandocom uma colher de pau para extrair amaior quantidade de líquido possível.Reserve.Aqueҫa o forno na temperatura de200ºC.Misture bem a polpa da abobrinha, oalho, a carne moída, o manjericão, o

queijo, os temperos, os ovos e metadeda manteiga amolecida. Coloque a fatiasde abobrinhas em uma assadeira erecheie com a mistura. Coloque pitadasde manteiga amolecida sobre o recheio.Leve ao forno e asse por 20 a 30minutos até ficar dourado. Sirvaimediatamente.

ASA DE FRANGO AOALHO E MEL

Ingredientes

900 gramas de asa de frango1 colher (sopa) de manteiga90 mililitros de mel1 colher (chá) de raspas de limão1 colher (sopa) de suco de limão naturalSal e pimenta-do-reino moída na hora agosto1 dente de alho amassado

Modo de fazer

Coloque as asas de frango em uma

assadeira.Derreta a manteiga e adicione o mel, osuco de limão e as raspas de limão.Salpique as asas com sal e pimenta-do-reino.Coloque a metade da mistura de melsobre as asas e mexa bem para cobri-las.Asse no forno a uma temperatura de180ºC por 15 minutos.Adicione o resto da mistura de mel eleve ao forno novamente para assar atéas asas ficarem douradas e macias.

COSTELETA DE PORCOAO ALHO E MEL

Ingredientes

1 peҫa de costeleta de porco com cercade 1,3 quilos175 mililitros de mel225 mililitros de água2 a 4 colheres (sopa) de alho amassado1 colher (chá) de sal

Modo de fazer

Escalde a costeleta de porco e depoiscoloque em uma assadeira.Misture os outros ingredientes e coloque

sobre a carne. Leve ao forno aquecido a190ºC e deixe assar por uma hora ou atéque o mel comece a se cristalizar nacarne. Vire a costeleta duas vezesdurante esse período e regue-a com omolho.

CROQUETE DE FRANGO

Ingredientes

2 xícaras (chá) de frango cozido, semossos e desfiado2 ou 3 colheres (sopa) de farinha deamêndoa1 ovo1 cebola pequena cortada em quatropartes2 ou 3 colheres (sopa) de manteiga parafritarSal, pimenta-do-reino moída na hora eervas a gosto1 colher (sopa) de salsinha picada(opcional)

Folhas de salsinha e fatias de limão paradecorar

Modo de fazer

Você pode substituir o frango nestareceita por peru ou presunto.Passe pelo liquidificador o frango, acebola, o ovo e a salsinha picada atéobter uma pasta uniforme. Adicionemetade da farinha de amêndoa e ostemperos e misture por alguns segundos.Faҫa croquetes com as mãos na forma deuma panqueca de mais ou menos 8centímetros de diâmetro. Se a massaestiver mole, adicione mais farinha deamêndoa, uma colher por vez, até obtera textura desejada.

Frite na manteiga em fogo médio até queos croquetes dourem dos dois lados.Sirva quente decorado com as folhas desalsinha e fatias de limão.

ENSOPADO DE FORNODE ABOBRINHA

ITALIANA

Ingredientes

A quantidade de cada ingrediente vaidepender do tamanho da sua panela.Abobrinha italiana cortada em rodelasTomates picadosCebola picadaPimentão verde picado (opcional)1 colher (sopa) de azeite para cada 4xícaras (chá) de legumes60 gramas de queijo parmesão ralado(opcional)Temperos: sal, orégano e pimenta-do-

reino moída na hora

Modo de fazer

Distribua em uma travessa a abobrinha,o tomate, a cebola e regue com o óleo.Salpique os temperos e o queijo raladopor cima. Coloque um pouco de água natravessa até atingir 1 centímetro dealtura. Asse em forno quente (200ºC),sem cobrir, até tudo ficar macio. Mexade vez em quando para evitar que oslegumes em cima fiquem muitodourados.

ENSOPADO DE FEIJÃO

Ingredientes

450 gramas de feijão-branco1 ou 2 cebolas inteiras, sem cascaCarne com osso1½ litro de suco de tomate½ ou 1 colher (chá) de mostarda em pó3 colheres (sopa) de vinagre3 a 6 colheres (sopa) de melSal e pimenta-do-reino moída na hora agosto

Modo de fazer

Deixe o feijão de molho durante a noiteem água fria. Na hora de cozinhar, retire

a água e enxague bem o feijão. Cozinhe-o na panela de pressão com água frescaaté amolecer. Não coloque sal na água,pois ele faz com que o feijão leve maistempo para amolecer.Quando estiver cozido, coloque-o emuma assadeira (sem a água em que foicozido) com os outros ingredientes easse em forno moderado (150ºC) por 2horas, até que o suco de tomate tenhaengrossado. Mexa de vez em quandopara não queimar.Antes de servir, retire o osso da carne.Faҫa este prato somente quando adiarreia tiver passado.

ENSOPADO DE PEIXE

Ingredientes

450 gramas de peixe fresco, congeladoou enlatado225 gramas de queijo cheddar ralado225 mililitros de iogurte caseiro1 colher (chá) de mostarda em pó1 colher (sopa) de salsinha picada1 colher (sopa) de suco de limão

Modo de fazer

Escalde o peixe na água quente poralguns minutos até cozinhar. Retire-o daágua e, com um garfo, corte-o empequenos pedaҫos. Coloque em uma

assadeira.Misture os outros ingredientes eadicione ao peixe. Asse em fornomoderado a 190ºC até ficar dourado.Isso deve levar por volta de 30 a 40minutos.Essa receita também pode ser usadacomo aperitivo e ser servida empequenas porҫões.

FAROFA PARA FRANGOASSADO

Ingredientes

2 xícaras (chá) de feijão-branco tiponavy125 gramas de cebola picada½ xícara (chá) de aipo picado1 colher (chá) de sálvia triturada1 colher (chá) de tomilho trituradoSalsinha picada (opcional)Sal e pimenta-do-reino moída na hora agosto

Modo de fazer

Deixe o feijão de molho durante a noitee, depois, descarte a água.Cubra com água fresca e cozinhe napanela de pressão, sem sal, até ficarbem macio. Retire a água do cozimento.Misture os outros ingredientes com ofeijão e amasse tudo com umespremedor de batatas.Use para rechear frango ou peru.

FRANGO COM IOGURTEE GENGIBRE

Ingredientes

4 peitos de frango inteiros450 mililitros de iogurte caseiro60 gramas de farinha de amêndoa1 colher (chá) de gengibre raladoSal a gostoManteiga para fritar o frango

Modo de fazer

Divida cada peito de frango em doispedaҫos. Aqueҫa a frigideira, coloque amanteiga e frite os peitos de frango até

dourar, mas deixe-os um pouco crus pordentro. Acrescente o sal e retire do fogo.Misture o iogurte, a farinha de amêndoae o gengibre ralado.Faça uma camada com os peitos defrango em uma assadeira e derrame amistura de iogurte sobre cada pedaҫo.Asse em forno médio (160ºC) semcobrir. Asse por cerca de meia hora ouaté o que frango fique macio e cozido.Essa receita foi uma cortesia de ZairunHosein.

FRANGO REAL

Ingredientes

900 g de pedaҫos de frango1 xícara (chá) de cenoura cortada emrodelas1 xícara (chá) de couve-flor picada(pode ser fresca ou congelada)1 tomate picado2 cebolinhas fatiadas, incluindo a haste4 dentes de alho1 colher (sopa) de óleo½ colher (chá) de pápricaSal a gosto

Modo de fazer

Aqueҫa o óleo em uma panela grande erefogue o alho amassado e a cebolinhapor dois minutos. Coloque os pedaҫosde frango na panela e frite por maiscinco minutos. Adicione a páprica e otomate, tampe a panela e deixe cozinharpor dez minutos em fogo médio. Parafinaliazr, adicione a couve-flor, acenoura e o sal e cozinhe por mais cincominutos.Essa receita foi uma cortesia de Zairune Aleesa Hosein.

LEGUMES COMFRANGO, CARNE OU

PORCO

Ingredientes

Pedaҫos de couve-florPedaҫos de brócolis, incluindo a hasteSalsão picadoCenouras cortada em rodelasAbobrinha italiana cortada em rodelasChampignons fatiadosTomates cortados em 4 pedaҫosPimentões cortados em tirasCebolas picadasPeito de frango cozido no vapor oucarne

Modo de fazer

A quantidade de cada ingredientedepende do número de pessoas a seremservidas. Utilize uma frigideira grandepara fritar os ingredientes.Refogue os legumes na manteiga:comece por aquelas que levam maistempo para amolecer, como a cenoura, acouve-flor e o brócolis. Depois dealguns minutos, acrescente o restante dosingredientes, exceto o tomate. Abaixe ofogo, cubra a frigideira e deixe cozinharaté que os legumes fiquem macios.Acrescente o tomate e, após um minuto,tempere com sal e pimenta-do-reino agosto. Adicione a carne desejada e sirvaquente.

Preparaҫão da carne:Frango: cozinhe no vapor até ficarmacio e cozido. Retire a pele e os ossose corte em pedaҫos grandes. Doure namanteiga em uma frigideira. Adicionemel se desejar. Reserve até a hora deservir com as hortaliҫas.Vaca: corte a carne em tiras finas. Dourena manteiga em uma frigideira e reserveaté a hora de servir com as hortaliҫas.Porco: pode-se usar as sobras de carnede porco de algum assado.Simplesmente corte em fatias finas ereserve até a hora de servir.

LASANHA DEABOBRINHA ITALIANA

Ingredientes

700 gramas de carne moída2 abobrinhas italianas médias cortadasem fatias de 1 centímetro no sentido docomprimento450 mililitros de queijo cottage dry curdsem creme225 mililitros de suco de tomate60 gramas de queijo colby, brick ouhavarti ralado ou cortado para acobertura1 cebola média1 xícara (chá) de champignon cortado

(opcional)1 colher (chá) de orégano¼ colher (chá) de folhas de manjericãopicadasSal e pimenta-do-reino moída na hora agosto

Modo de fazer

Refogue a carne em um pouco de óleocom a cebola até ficar dourada e retiredo fogo. Adicione o queijo cottage àcarne e misture.Faҫa uma camada de fatias de abobrinhaem um refratário previamente untadocom azeite e espalhe a mistura de carnemoída e o champignon por cima.Tempere o suco de tomate com as ervas,

o sal e a pimenta-do-reino e coloquesobre a carne moída. Espalhe o queijoralado por cima e asse em fogomoderado (190ºC) até a abobrinha ficarmacia e o queijo se misturar com osoutros ingredientes.Essa receita pode ser servida quentecomo prato principal ou fria comopetisco.

MOLHO À BOLONHESA

Ingredientes

450 gramas de carne moída1 ½ litro de suco de tomate3 ou 4 tomates1 cebola grande picada1 ou 2 dentes de alho picados (opcional)1 folha de louro½ ou 1 colher (chá) de orégano1 colher (sopa) de azeiteSal e pimenta-do-reino moída na hora agosto

Modo de fazer

Refogue a cebola e o alho em uma

frigideira até ficarem dourados. Retire-os da frigideira e reserve. Frite a carnemoída na mesma frigideira até dourar.Adicione o suco de tomate, a cebolarefogada, a folha de louro, o orégano eos temperos. Cozinhe em fogo brandoaté obter a consistência de molhodesejada – isso pode levar uma hora oumais.

QUEIJO COTTAGEASSADO

Ingredientes:

225 g de queijo cottage dry curd semcreme1 ovo1 colher (chá) de mel1 colher (chá) de manteiga

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes noliquidificador. Coloque em umaassadeira previamente untada e leve aoforno moderado (180ºC) até a massa

ficar firme e levemente dourada aoredor. Isso deve levar por volta de 20minutos.

PIZZA

Ingredientes

Massa3 ½ xícaras (chá) de abobrinha italianaralada3 ovos levemente batidos40 gramas de farinha de amêndoa60 gramas de queijo ralado da lista dequeijos permitidos60 gramas de queijo parmesão ralado1 colher (sopa) de folhas de manjericãopicadas¼ colher (chá) de sal

Modo de fazer

Salpique a abobrinha italiana raladacom o sal e deixe descansar por 15minutos para tirar o excesso de água.Depois, aperte-as bem com as mãospara tirar toda a água.Misture todos os ingredientes e arrume amassa em uma forma de pizza ouassadeira previamente untada.Asse for 30 minutos em forno moderado(160ºC) ou até que a massa fique seca edourada.Pincele a pizza com óleo e leve ao fornopor mais 5 minutos.Receita para uma massa diferente: usea receita para pão de queijo. Para umapizza grande, use um terҫo da receita eaperte a massa na forma de pizza para

que tenha 1 centímetro de altura. Asse a160ºC até a massa ficar dourada.Recheio250 gramas ou o quanto desejar dequeijo brick ralado ou qualquer um dalista de queijos permitidos1 ½ xícara (chá) de molho de tomate(feito com 3 ou 4 xícaras (chá) de sucode tomate cozido)Uma pequena porção de: champignons,azeitonas, pimentão verde cortado emtiras, bacon frito, presunto, anchovas,rodelas de tomate etc.Espalhe o queijo ralado sobre a massa eregue com o molho de tomate. Cubracom alguns dos ingredientes citadosacima ou outros de sua escolha e asse a

180ºC por 25 minutos, até o queijocomeҫar a derreter. Sirva quente comsalada.

PIZZA DO JOHN

“Sempre fui um grande especialista empizzas e hoje inventei uma que, na minhaopinião, chega perto das originais. Émuito fácil de fazer e espero que vocêgoste.”

Ingredientes

Massa60 gramas de farinha de amêndoa (se fornecessário, adicione mais para adquirirconsistência)1 ovo1 colher (chá) de azeite¼ colher (chá) de salOrégano e manjericão a gosto

Modo de fazer

Em um recipiente, misture todos osingredientes e adicione mais farinha deamêndoa conforme necessário paraformar uma bola que não grude na mão.Unte uma forma de pizza ou assadeira eabra a massa na forma. Leve ao fornofrio e ligue na temperatura de 180ºC.Até o forno atingir essa temperatura, amassa terá assado e estará pronta parareceber o recheio.RecheioRodelas de tomate cortadas finamenteQueijo havarti ou qualquer um da listade queijos permitidosOrégano e manjericão

Alho e outras hortaliҫas a gostoEspalhe os ingredientes sobre a pizza,regue com um pouco de azeite e asse pordez minutos.Essa receita foi uma cortesia de JohnHiggins e Aggieo.

RECEITA BÁSICA DEMUFFIN E PÃO

As castanhas apropriadas para estareceita são: nozes, amêndoas, avelãs enozes-pecã. Amendoins não devem serusados. Embora sejam caras, muitaspessoas usam castanhas-de-caju cruas,que são altamente perecíveis e precisamser armazenadas com cuidado.Castanhas-de-caju torradas contêmmuitas vezes amidos e, por isso, não sãopermitidas. A escolha da castanha devedepender do custo, da disponibilidadedela na sua região e da estaҫão do ano,além de seu gosto. A preferência daspessoas é por amêndoas, porque têm um

sabor delicado.Amêndoas com pele são adequadas

para esta receita, porém, para quem estáno início da dieta, o mais recomendadoé usar amêndoas sem pele, pois elasformam menos gazes. Quando a pessoajá tiver melhor, poderá comer amêndoascom pele.

As castanhas devem ser moídas atéadquirir uma consistência de farinhaintegral. Se forem moídas demais, afarinha vai virar uma pasta. A pastatambém poderá ser utilizada nestareceita, mas a massa ficará mais líquida.

É recomendável moer as castanhasem casa durante o primeiro mês da dietapara se assegurar de que elas são puras(sem nenhum aditivo, conservante ou

amido adicionado). Quando você tiverpercebido que a dieta lhe fez bem etenha decidido continuar com ela,poderá tentar encontrar fornecedores decastanhas moídas na sua região. Namaioria das vezes, sai mais em contacomprar castanhas por quilo. Éimportante certificar-se com ofornecedor de que as castanhas moídasnão têm nada adicionado.

Nas receitas que seguem, usaremoso termo “farinha de castanhas”, o quesignifica castanhas moídas – o tipo decastanha fica à sua escolha (avelã,amêndoa, nozes etc).

Todas as receitas que pedem melcomo adoҫante irão funcionar melhor sevocê usar mel no estado líquido, e não

cristalizado. Se o mel estivercristalizado, aqueҫa-o levemente paraderreter.

É importante notar que o bolo feitocom farinha de castanha doura maisrapidamente que aquele feito comfarinha de trigo. Por isso, recomenda-seassar a 160ºC por meia hora e, depoisdisso, cobrir a forma com papel-alumínio, checando a cada dez minutospara ver se está pronto.

A seguinte receita rende 16 muffins.Preaqueça o forno a 190ºC.

Ingredientes:

300 gramas de farinha de castanha60 gramas de manteiga amolecida ou 60mililitros de iogurte caseiro175 mililitros de mel (ou a gosto)½ colher (chá) de bicarbonato de sódioUma pitada de sal (opcional)3 ovos (se não puder comer ovos, useum purê de frutas)

Modo de fazer

Coloque a farinha de castanha em umavasilha. Bata os ovos com o mel na

batedeira e depois acrescente ascastanhas moídas. Misture com umacolher de pau ou na batedeira. Adicionea manteiga (ou o iogurte) à massa atéadquirir uma consistência homogênea.Acrescente o bicarbonato de sódio e osal e misture levemente.Coloque a massa em uma forma paramuffins untada ou forrada com papel-manteiga. Asse em fogo baixo (160ºC)por 20 minutos, ou até ficarem dourados.Variaҫões:

Adicione um punhado de uvas-passas à massa;Adicione suco de uma laranja eraspas de laranja;Adicione raspas de laranja e frutas

secas picadas;Adicione raspas de laranja e ½colher (chá) de essência deamêndoa;Para fazer pão de castanhas:acrescente um ovo (total de quatroovos) à massa e asse em assadeirauntada;Para fazer pão de banana:acrescente um ovo e duas bananasamassadas (bem maduras) à massa;Para fazer muffins de coco:coloque metade da farinha decastanhas e a outra metade de cocoralado. Porém, use coco raladosomente quando não houver maisdiarreia.Variaҫão preferida da autora:

acrescente à massa ½ xícara demirtilos (blueberry) frescos oucongelados e misture com umacolher de pau.

MUFFIN DE ABOBRINHAITALIANA

Ingredientes

3 xícaras (chá) de abobrinha italianaralada3 ovos batidos350 gramas de farinha de castanha80 gramas de manteiga amolecida175 mililitros de mel (ou a gosto)2 colheres (chá) de canela em pó1 colher (chá) de bicarbonato de sódio½ colher (chá) de sal

Modo de fazer

Misture a farinha de castanha, amanteiga amolecida, o mel e a abobrinhaitaliana. Adicione os ovos, a canela, osal e o bicarbonato de sódio e misturebem. Coloque a massa em uma formapara muffins untada ou forrada compapel manteiga e leve ao forno a 180ºCpor 20 minutos ou até dourarem.

PANQUECAS DA DEANNA

Ingredientes

4 ovos2 colheres (sopa) de mel1 colher (chá) de essência de baunilha½ colher (chá) de bicarbonato de sódioUma pitada de sal1 banana110 gramas de queijo cottage dry curd115 gramas de farinha de amêndoa(ajuste essa quantidade até adquirir aconsistência de uma massa de panqueca)

Modo de fazer

Bata todos os ingredientes no

liquidificador com exceção da farinhade amêndoa. Acrescente a farinha deamêndoa aos poucos e misture até obteruma massa homogênea.Aqueҫa uma frigideira untada commanteiga e, com uma concha, coloqueporҫões de massa. Se quiser, aqueҫa umpouco de mel para comer com aspanquecas.Esta receita foi uma cortesia deDeanna Gold e Katie Fischer.

PANQUECAS DE BANANA

Ingredientes

1 banana madura amassada1 ovoManteiga para fritar

Modo de fazer

Bata os ingredientes no liquidificador.Frite as panquecas na manteiga em fogobaixo.Sirva quente com mel. Ferva um poucode mel com água e manteiga atéengrossar.

PANQUECA DE FEIJÃO-BRANCO

Ingredientes

1 xícara (chá) de feijão-branco cozido esem a água (para fazer o feijão, deixe-ode molho por 12 horas no mínimo etroque a água)1 cebola pequena1 ovoUma pitada de bicarbonato de sódioSal a gostoIogurte caseiro conforme o necessário

Modo de fazer

Faça essa receita somente quando nãohouver mais diarreia.Bata todos os ingredientes noliquidificador (exceto o iogurte) atéobter uma massa homogênea. Se a massaainda estiver muito grossa, acrescenteiogurte até obter a consistência de umamassa de panqueca. Frite as panquecasna manteiga.Rende 4 panquecas médias.Retire o máximo de água do feijãodepois de cozido para que a massa nãofique muito líquida.Pode-se cozinhar uma quantidade maiorde feijão e depois congelá-lo.

PÃO DE QUEIJO

Esse pão pode ser fatiado e torradocomo se faz com os pães normais. Pode-se também empanar as fatias em um ovobatido e fritar na manteiga. Sirva comuma calda feita com mel e água.Preaqueça o forno a 180ºC.

Ingredientes

300 gramas de castanha moída60 gramas de manteiga mole120 gramas de queijo suave (brick,colby, cheddar) cortado em pedaҫospequenos1 colher (chá) de bicarbonato de sódio

Uma pitada de sal3 ovos levemente batidos

Modo de fazer

Misture a manteiga, a castanha moída eo queijo. Adicione os ovos, obicarbonato de sódio e o sal.Coloque a massa em uma forma de pãountada e asse até ficar dourado.

PÃO DELICIOSO DE LOISLANG

Essa receita lembra os pães integraismacios e gostosos. É fácil de fatiá-lo,pode-se comê-lo torrado ou usá-lo parafazer sanduíches grelhados.

Ingredientes

300 gramas de farinha de amêndoa semcasca60 gramas de manteiga amolecida225 mililitros de queijo cottage dry curd(pressione bem quando colocá-lo naxícara)1 colher (chá) de bicarbonato de sódio

Uma pitada de sal3 ovos

Modo de fazer

Preaqueça o forno a 180ºC.No liquidificador, bata os ovos, amanteiga amolecida, o queijo, obicarbonato de sódio e o sal até a massaficar grossa, com a consistência demanteiga.Adicione a farinha de amêndoa econtinue misturando. Se a massa ficarmuito grossa a ponto do liquidificadorparar, retire a massa e continueamassando à mão com as mãos úmidasaté a farinha de amêndoa serincorporada à massa.

Com as mãos úmidas, coloque a massaem uma forma de pão untada epolvilhada com farinha de amêndoa.Asse por uma hora ou até dourar. Épossível que apareҫa um corte nasuperfície do pão. Para verificar se estáassado, espete um palito de madeira nocentro do pão. Se o palito sair limpo,que dizer que está pronto. Retire doforno e passe uma espátula ao redor daforma para soltá-lo. Desenforme em umprato. Espere esfriar para cortar.Variaҫões:Adicione uma colher (chá) de sementecom a farinha e obterá um pão parecidocom o de centeio;Adicione meia xícara de uva-passa ou

outra fruta seca na última etapa, quandoestiver amassando o pão.Se você não conseguir achar o queijocottage dry curd, use uma xícara deiogurte caseiro coado (veja receita decream cheese).

PÃOZINHO

Esta receita rende 12 pãezinhos –perfeito para hambúrguer ou sanduíchesde peru com bacon, salada e tomate.

Ingredientes

225 mililitros de queijo cottage dry curd60 g de manteiga amolecida90 mililitros de mel1 colher (chá) de bicarbonato de sódio3 ovos2 ½ xícara de farinha de amêndoa

Modo de fazer

O segredo de fazer pãezinhos que não

murcham (apesar de que, mesmomurcho, é uma delícia) é adicionar osovos depois dos quatro primeirosingredientes. Para obter uma massa leve,não bata muito no liquidificador depoisde acrescentar os ovos.Misture os quatro primeiros ingredientesrapidamente no liquidificador e bata atéa massa ficar macia, na consistência dechantili. Adicione os ovos e bata por umcurto período. Tire a massa doliquidificador e acrescente a farinha deamêndoa. Misture com uma colher depau ou espátula. Pegue porções demassa com uma colher de sopa ecoloque em uma assadeira untada. Passeuma colher molhada sobre os pãezinhose leve para assar a 180ºC por cerca de

15 minutos.Esta receita foi uma cortesia de SteveDiehl.

WAFFLES DA DEANNA

Ingredientes

115 gramas de farinha de amêndoa4 ovos2 colheres (sopa) de mel1 colher (chá) de essência de baunilhaUma pitada de salUma pitada de bicarbonato de sódio

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes e frite emuma frigideira estriada ou use umamáquina elétrica de fazer waffles.

BOLO DE BANANA

Ingredientes

350 g de farinha de amêndoa3 ovos levemente batidos60 g de manteiga amolecida175 mililitros de mel1 colher (chá) de bicarbonato de sódio2 bananas maduras amassadas

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes e coloquea massa em uma forma de bolo untada.Asse a 180ºC por 40 minutos ou atéficar dourado.

BROWNIE DEAMENDOIM

Ingredientes

225 gramas de pasta de amendoim semconservante ou aҫúcar175 gramas de mel½ colher (chá) de bicarbonato de sódio1 ovo

Modo de fazer

Misture bem todos os ingredientes ecoloque a massa em uma formaquadrada untada. Asse a 180ºC porvolta de 30 minutos. Retire do forno

quando o brownie estiver bem dourado.Deixe esfriar um pouco e desenforme.Corte em quadrados.

BOLO DE CASTANHAS

Ingredientes

175 gramas de amêndoas (sem casca) ounozes-pecãs175 gramas de mel8 claras

Modo de fazer

Moa as castanhas no liquidificador aospoucos.Adicione o mel ao processador emisture.Bata as claras em neve e adicione amistura de mel com farinha de castanhas

aos poucos. Coloque a massa em trêsformas para bolo e asse a 180ºC porvolta de 35 minutos.Deixe esfriar e recheie as massas comcreme de baunilha ou mel, fazendo umbolo de três camadas.

BOLO DE CENOURA

Ingredientes

175 gramas de farinha de castanha1 ½ xícara (chá) de cenoura raladafinamente260 gramas de mel½ xícara (chá) de uva-passa½ xícara (chá) de nozes (opcional)1 colher (chá) de bicarbonato de sódio110 gramas de manteiga em temperaturaambiente2 ovos1 colher (chá) de canela em póUma pitada de sal1 colher (chá) de essência de baunilha

Modo de fazer

Bata o mel, ovos e manteiga. Adicione afarinha de castanha, o bicarbonato desódio, o sal, a canela, a essência debaunilha e bata rapidamente noprocessador. Adicione a cenoura, a uva-passa e as nozes e misture com umacolher de pau ou espátula.Coloque a massa em uma forma de bolountada e asse a 180ºC por 45 a 60minutos.Use uma forma de bolo com acapacidade para 1 litro. Pode-se usaressa receita para fazer um pudim decenoura – nesse caso, diminua aquantidade de farinha de castanhas.

CHEESECAKE

Você pode fazer essa receita decheesecake sem a massa. Mas, paraocasiões especiais, quando você quiserfazer uma massa, use a receita do Bolode castanhas. Coloque a massa em umaforma e pressione com uma colher paraque fique fina. Asse e deixe esfriar para,então, colocar o recheio.

Ingredientes para o recheio

3 ovos120 gramas de mel115 gramas de iogurte caseiro ou creamcheese feito com iogurte caseiro450 gramas de queijo cottage dry curd

não cremoso2 colheres (chá) de essência de baunilha1 ou 2 colheres (chá) de casca de limãoralada

Modo de fazer

Bata todos os ingredientes noliquidificador até obter uma massahomogênea. Coloque esse recheio emuma forma com ou sem a massa.Se desejar, misture rodelas de abacaxiem calda sem açúcar no creme.Asse a 180ºC por volta de 30 minutosou até que a borda fique dourada.Deixe esfriar e leve para gelar.

BOLO DE TÂMARAS

Ingredientes

3 ovos175 gramas de mel110 gramas de manteiga110 gramas de iogurte caseiro½ colher (chá) de bicarbonato de sódio350 gramas de farinha de amêndoa ounoz-pecã1 colher (chá) de sal225 gramas de tâmaras sem caroҫo epicada (as tâmaras não podem ter aҫúcarnem aditivos)Nozes ou nozes-pecãs picadas

Modo de fazer

Preaqueça o forno a 160ºC.Misture bem todos os ingredientes(exceto as nozes ou nozes-pecãspicadas). Coloque a massa em umaforma para bolo untada e polvilhadacom farinha de castanha. Decore o bolocom as nozes ou nozes-pecãs picadas eleve ao forno para assar por volta de 45minutos.Essa receita foi uma cortesia de LoisLang.

BISCOITO DE ABÓBORA

Ingredientes

350 gramas de farinha de castanha225 gramas de abóbora cozida eamassada (sem a água de cozimento)110 gramas de manteiga1 ovo260 gramas de mel1 colher (chá) de bicarbonato de sódio¼ colher (chá) de sal¼ colher (chá) de canela¼ colher (chá) de noz-moscada1 colher (chá) de essência de baunilha175 gramas de uva-passa

Modo de fazer

Misture os ingredientes secos, incluindoa uva-passa, e reserve.Bata os ovos, a manteiga, o mel e aessência de baunilha no liquidificador.Adicione a abóbora e bata novamente.Misture essa massa aos ingredientessecos e, usando uma colher de chá,coloque porções de massa em umaassadeira untada. Asse a 190ºC por 15minutos ou até dourar. Retire do forno eespere esfriar.Rende por volta de 48 biscoitos.Essa receita foi uma cortesia de NancyFerguson.

BISCOITO DE AMÊNDOAE MEL

Esta receita pode ser usada para fazeruma massa de torta. Forre a forma compapel manteiga para evitar que a massagrude nela.

Ingredientes

115 gramas de amêndoas60 gramas de manteiga120 a 175 gramas de mel2 colheres (chá) de essência de baunilha

Modo de fazer

Moa as amêndoas no liquidificador poralguns segundos até que fiquemlevemente picadas e reserve. Não moademais, senão elas ficarão com umaconsistência de farinha fina que não seráadequada para esta receita.Bata a manteiga, o mel e a essência debaunilha no liquidificador por algunssegundos. Acrescente essa mistura àsamêndoas e misture com uma colher depau ou espátula.Coloque a massa em uma assadeira easse a 190ºC até ficar dourado.Corte os biscoitos em quadradinhosenquanto a massa estiver ainda morna.

BISCOITO DEAMENDOIM

Se você fizer esta receita no início dadieta, recomendo comer somente doisbiscoitos por dia. Eles são deliciosos eouvi dizer de pessoas que comeramtodos eles em dois ou três dias. Porém,isso pode causar um retorno da doenҫa.

Ingredientes

110 gramas de manteiga225 gramas de pasta de amendoim pura,sem aҫúcar ou aditivos175 gramas de mel115 gramas de farinha de castanha

2 ovos¼ colher (chá) de bicarbonato de sódio1 colher (chá) de essência de baunilha

Modo de fazer

Bata a manteiga até ficar cremosa.Adicione a pasta de amendoim e misturebem. Acrescente os outros ingredientes emisture.Faҫa biscoitos e coloque em uma formauntada. Asse a 160ºC por dez minutos.

BISCOITO DE COCO EUVA-PASSA

Ingredientes

575 gramas de farinha de castanha175 gramas de uva-passa115 gramas de nozes picadas100 gramas de coco ralado (sem aҫúcar)110 gramas de manteiga amolecida350 gramas de mel2 ovos batidos1 colher (chá) de essência de baunilhaUma pitada de sal

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes.Com um colher de sopa, pingue porçõesde massa em uma assadeira untada paraformar os biscoitos. Pressione-os comum garfo untado para não grudar. Asse a160ºC por 15 minutos ou até ficaremdourados.

BISCOITO DE QUEIJO

Ingredientes

110 gramas de queijo cottage dry curd1 clara1 colher (chá) de mel2 colheres (chá) de farinha de castanha

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes. Faҫa osbiscoitos e coloque em uma assadeirauntada. Asse a 160ºC até dourar.

BISCOITO RECHEADODE TÂMARAS

Ingredientes

460 gramas de farinha de castanha75 gramas de manteiga amolecida¼ colher (chá) de bicarbonato de sódio¼ colher (chá) de sal175 gramas de mel

Modo de fazer

Misture bem todos os ingredientes. Faҫapequenas bolas e coloque-as em umaassadeira untada. Pressione as bolinhascom uma colher de chá untada para

achatá-las. Asse a 150ºC até dourarem.Retire do forno e espere esfriar.Recheio450 gramas de tâmaras picadas (semaҫúcar)75 mililitros de águaColoque as tâmaras e a água em umatravessa e leve ao forno a 180ºC atéficarem macias e formar um líquidogrosso. Isso deve levar por volta de 15minutos. Essa mistura pode também sercozida no fogo, mas deve-se mexerconstantemente para não queimar. Mexade vez em quando se fizer no forno.Deixe esfriar e use para rechear osbiscoitos.

COBERTURA DE CREAMCHEESE

Ingredientes

340 gramas de queijo cottage dry curdou iogurte caseiroMel para adoҫar

Modo de fazer

Coloque o mel no liquidificador eacrescente o queijo cottage ou iogurteaos poucos. Misture até ficarhomogêneo.Use como cobertura para o bolo decenoura ou de banana.

COBERTURA DE CREMEE MEL

Ingredientes

450 gramas de creme de leite (vejareceita neste livro)1 colher (chá) de essência de baunilha175 gramas de mel

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes e bata atéficar firme.Essa receita foi uma cortesia de DavidJ. Couture.

COBERTURA DE MEL

Ingredientes

350 gramas de mel1 clara de ovo batida1 colher (chá) de essência de baunilha

Modo de fazer

Ferva o mel até que, ao pingar um poucodele em água fria, uma bola se forme.Adicione o mel aos poucos à clara deovo. Bata até ficar firme e adicione aessência de baunilha.Essa cobertura fica parecida commarshmallow e permanece consistente

por muitas horas. Use para cobrirdiferentes bolos. Combina muito bemcom o bolo de castanhas.

MAҪÃS ASSADAS COMNOZES E MEL

Ingredientes

Maҫãs grandes para assarUvas-passasNozes picadas1 colher (sopa) de mel para cada maҫãCanela

Modo de fazer

Escolha um tipo de maҫã que seja boapara assar. Retire o centro das maҫãscom uma faca afiada e coloque-as emuma assadeira.

Misture as uvas-passas, as nozes e o melna quantidade suficiente para encher ocentro das maҫãs. Adicione canela agosto.Asse as maҫãs a 180ºC até ficaremmacias. Isso deve levar por volta deuma hora. Para saber se estão prontas,espete um garfo e veja se estão macias.

MAҪÃS COMCOBERTURA DE MEL

Ingredientes

4 maҫãs médias225 mililitros de água350 gramas de mel110 gramas de queijo cottage dry curdbatido com um pouco de iogurte caseiroaté ficar homogêneo

Modo de fazer

Retire o centro das maҫãs.Ferva a água com o mel em uma panelafunda. Cozinhe duas maҫãs de cada vez

no mel até que fiquem macias, virando-as de vez em quando.Depois de fervidas, coloque as maçãsem um prato. Ferva o mel até engrossar.Deixe esfriar e espalhe sobre as maҫãs.Sirva quente ou frio, com um pouco dequeijo cottage ou creme de leite (verreceita neste livro).

MUSSE DE FRAMBOESA

Ingredientes

450 gramas de iogurte caseiro2 envelopes de gelatina em pó semsabor3 ovos (claras e gemas separadas)4 xícaras (chá) de framboesas frescas –que vai render 2 xícaras (chá) de purê175 gramas de mel

Modo de fazer

Misture as gemas, o purê de framboesa,o mel e o iogurte em uma tigela. Leve aofogo em banho-maria. Mexa sem pararaté a mistura esquentar.

Misture a gelatina com ½ xícara de águafria e deixe hidratar por alguns minutos.Quando o creme de framboesa estiverquente, adicione a gelatina e misture.Retire do fogo e deixe esfriar atécomeҫar a endurecer.Bata as claras em neve até ficaremfirmes e misture com o creme deframboesa.Coloque em um refratário e leve àgeladeira por algumas horas. Sirvadecorado com framboesas.Essa receita foi uma cortesia de DavidJ. Couture, enviada por BarbaraScheuer.

MUSSE DE MORANGO

Ingredientes

450 mililitros de iogurte caseiro2 envelopes de gelatina sem sabor3 ovos (claras e gemas separadas)½ xícara (chá) de morango picado6 colheres (sopa) de purê de morango175 gramas de mel (ou mais se desejar)

Modo de fazer

Bata as gemas com um garfo e coloque euma vasilha. Leve ao fogo em banho-maria.Misture 110 mililitros de iogurte e o

purê de morango com as gemas e mexaaté aquecer. Adicione o mel e continuemexendo.Prepare a gelatina de acordo com asinstruҫões da embalagem e depoisacrescente-a à mistura de gemas. Mexapor alguns minutos. Retire a vasilha dobanho-maria.Adicione iogurte suficiente paraaumentar o volume do musse para 800mililitros e leve à geladeira por umahora.Bata as claras em neve até ficaremfirmes e depois acrescente o morangopicado.Adicione as claras em neve com osmorangos ao musse e deixe gelar até

ficar firme.Variaҫões:Você pode utilizar outras frutas parafazer esse musse, como abacaxi, pêssegoou damasco.Essa receita foi uma cortesia de NancyMarcellus.

PEDAҪOS DE MAҪÃASSADOS

Ingredientes

175 gramas de melSuco de um limão3 maҫãs grandes2 colheres (chá) de manteiga½ colher (chá) de canela

Modo de fazer

Misture o mel com o suco de limão emuma travessa. Descasque e retire ocentro das maҫãs e depois corte-as emfatias.

Coloque as fatias na travessa sobre amistura de mel e limão. Espalhe pitadasde manteiga sobre os pedaҫos de maҫã easse a 180ºC por volta de 40 minutos ouaté ficarem macias. Durante esseperíodo, regue as fatias de maҫã com aprópria calda do cozimento duas vezes.Você pode servir com a cobertura decreme e mel se desejar.

PUDIM DE BAUNILHA

Ingredientes

2 ovos225 gramas de queijo cottage dry curdsem creme2 colheres (chá) de baunilha8 colheres (chá) de melUma pitada de noz-moscadaUma pitada de sal

Modo de fazer

Bata o queijo com os ovos noprocessador até obter uma misturahomogênea. Adicione o mel, a essênciade baunilha e o sal. Bata novamente.

Coloque a mistura em forminhas dealumínio e polvilhe noz-moscada poracima. Leve ao forno em uma assadeiracom água e asse em banho-maria a180ºC por 20 minutos. Aumente atemperatura do forno para 190ºC e assepor mais dez minutos ou até ficaremdouradas.

SOBREMESA DEABACAXI E QUEIJO

Ingredientes

1 envelope de gelatina sem sabor30 mililitros de água fria2 gemas batidas2 claras batidas em neve½ xícara (chá) de abacaxi picado1 colher (chá) de suco de limão½ colher (chá) de raspas de limão110 mililitros de queijo cottage dry curdsem creme90 gramas de melUma pitada de sal

Modo de fazer

Prepare a gelatina de acordo com asinstruҫões da embalagem.Misture as gemas, o abacaxi picado, osuco e as raspas de limão, o mel e o salem uma tigela. Leve ao fogo em banho-maria e espere engrossar.Adicione a gelatina e mexa até ela sedissolver. Retire a tigela do banho-maria e acrescente o queijo.Deixe esfriar e, em seguida, adicione asclaras batidas em neve.Distribua a massa em forminhasindividuais e leve à geladeira.

SORVETE

Ingredientes

Uma banana amassada ou 110 gramas depurê de pêssego, abacaxi ou morango(sem aҫúcar)225 a 450 mililitros de iogurte caseiroMel ou sacarina para adoҫar a gostoUma pitada de sal

Modo de fazer

Misture bem todos os ingredientes.Coloque em potes ou formas para picolée leve ao congelador.Para obter a textura de sorvete, coloque

essa mistura em uma sorveteira. Ajuste aquantidade dos ingredientes de acordocom o tamanho da sua máquina.Variaҫão:Adicione 1 ou 2 ovos crus à misturapara obter uma textura mais cremosa.

SORVETE DE FEIJÃO-BRANCO

Ingredientes

2 xícaras (chá) de feijão-branco cozido(e sem a água do cozimento)670 mililitros de iogurte caseiro350 gramas de mel4 ovos grandes¼ colher (chá) de sal2 colheres (sopa) de essência debaunilha

Modo de fazer

Misture os ovos, o mel e o sal em um

recipiente e leve ao fogo em banho-maria, cozinhando até engrossar emexendo sempre. Retire do fogo ereserve.Coloque 60 mililitros de iogurte noliquidificador e adicione o feijão-branco. Bata até obter uma misturahomogênea. Sem parar de bater,adicione aos poucos o restante doiogurte, o creme de ovos e a essência debaunilha.Coloque o sorvete em uma vasilha eleve ao congelador. Conforme forendurecendo nas laterais, retire-o docongelador e mexa-o com uma colher,misturando com as porções ainda nãocongeladas. Deve-se repetir esseprocedimento a cada 1 ou 2 horas, até o

sorvete ficar totalmente congelado.Essa receita também pode ser feita emuma sorveteira.Variaҫões:Pode-se adicionar purê de banana,pêssego, abacaxi ou morango ao sorveteantes de colocá-lo no congelador.Essa receita foi uma cortesia de LoisLang.

SORVETE DE FRUTAS

Ingredientes

450 mililitros de iogurte caseiro250 gramas de frutas congeladas(morango, framboesa, fatias de pêssego,mirtilo) – não descongele as frutas.Mel para adoҫar

Modo de fazer

Bata no liquidificador o iogurte com asfrutas congeladas e adicione mel a gostopara adoçar. Sirva imediatamente e leveao congelador o que restar.Variaҫão:

Congele o iogurte em forminhas de fazergelo. Depois, bata no liquidificador oiogurte congelado com suco de abacaxiou suco de laranja congelado (oumisture os dois sucos). Use por volta deseis cubos de iogurte congelado para110 mililitros de suco. Você podecontrolar a consistência do sorveteadicionando mais ou menos suco defruta.

SUFLÊ DE LIMÃO

Ingredientes

1 colher (sopa) de manteiga amolecida175 gramas de mel30 gramas de farinha de amêndoa3 ovos (claras e gemas separadas)Suco de um limão225 mililitros de iogurte caseiro

Modo de fazer

Bata as claras em neve até ficaremfirmes. Bata as gemas e adicione amanteiga, o mel, a farinha de amêndoa eo suco de limão. Misture bem eacrescente o iogurte. Adicione as claras

em neve.Coloque a massa em uma travessa e asseem banho-maria a 180ºC por 30minutos. Para saber se o suflê estápronto, espete a massa com um palito oufaca. Se sair limpo, o suflê estarápronto.

TORTA DE MAҪÃ ECREME DE BAUNILHA

Ingredientes

4 ou 5 maҫãs1 colher (sopa) de suco de limão175 gramas de mel3 ovos170 mililitros de iogurte caseiro oucreme de leite caseiro (veja receitaneste livro)60 mililitros de suco de maçã¼ colher (chá) de noz-moscada2 ou 3 colheres (sopa) de nozes ouamêndoas picadas

Modo de fazer

Retire o centro das maҫãs e corte cadauma em oito pedaҫos. Misture o melcom o suco de limão e mergulhe ospedaços de maçã nessa mistura.Distribua os pedaҫos de maҫã em umaforma redonda e asse a 200ºC por 20minutos.Enquanto isso, prepare o recheio: bataos ovos levemente, acrescente o iogurteou creme de leite, o suco de maçã e anoz-moscada. Coloque o recheio sobreas maҫãs e deixe assar por mais 10minutos.Retire a torta do forno e espalhe asnozes ou amêndoas picadas por cima.Asse por mais 10 minutos ou até o

recheio ficar dourado e firme no centro.Espere esfriar e sirva.

TORTA MUSSE DEFRAMBOESA

Ingredientes para a massa de suspiro

3 claras de ovos grandes em temperaturaambienteUma pitada de sal90 gramas de mel½ colher (chá) de essência de baunilha

Modo de fazer

Ligue o forno a 140ºC. Unte uma formapara torta de 22 centímetros.Em uma vasilha grande, misture o sal eas claras e bata em ponto de neve até

ficarem firmes. Adicione metade do mele bata por mais 30 segundos. Continuebatendo e adicione aos poucos o restantedo mel. Acrescente a essência debaunilha e bata até o mel se dissolvertotalmente e a massa ficar brilhante efirme.Espalhe a massa sobre o fundo e aslaterais da forma (até o topo da lateral).Leve ao forno por 1 hora e 15 minutosou até o suspiro ficar firme e crocante.Retire do forno e deixe esfriar.

Ingredientes para o recheio deframboesa:

350 gramas de framboesa – se estivercongelada, espere descongelar

2 envelopes de gelatina sem sabor60 mililitros de suco de laranja ou maҫã1 ½ colher (sopa) de suco de limão175 gramas de mel¼ colher (chá) de sal½ colher (chá) de essência de baunilha330 mililitros de iogurte caseiroFolhas de hortelã para decorar

Modo de fazer

Reserve algumas framboesas paradecorar a torta e bata o resto noliquidificador até formar um purê. Sedesejar, passe o purê por uma peneirapara retirar as sementes e reserve.Prepare a gelatina de acordo com asinstruҫões da embalagem. Adicione o

suco de laranja (ou maҫã) e o suco delimão. Leve ao fogo baixo por trêsminutos ou até que a gelatina se dissolvatotalmente. Acrescente o purê deframboesa, o mel e o sal. Aumente ofogo e mexa por cerca de quatro minutosaté o mel se dissolver. Retire do fogo eadicione a essência de baunilha.Coloque essa mistura em uma vasilhasobre um recipiente com água gelada.Mexa delicadamente por 10 a 20minutos ou até a mistura atingir aconsistência de clara de ovo. Adicione oiogurte e misture.Coloque o musse sobre o suspiro ecubra o recipiente com papel-alumínioou plástico e leve à geladeira por nomínimo três horas, mas o ideal é gelar

por oito horas.Decore a torta com as framboesasreservadas e folhas de menta. Rende dezporҫões.Essa receita foi uma cortesia de CarolClark e é uma adaptaҫão da receita deSusan G. Purdy publicada na revistaEating Well de maio/junho de 1992.Essa receita foi submetida por BarbaraScheuer.

BALA DE BAUNILHA

Ingredientes

110 mililitros de água450 gramas de mel1 colher (chá) de vinagre1 colher (chá) de essência de baunilha(ou mais se desejar)2 colheres (sopa) de manteigaCastanhas picadas (opcional)

Modo de fazer

Leve ao fogo o mel, a água e o vinagreem uma panela grande. Deixe ferver atéque, ao pingar um pouco da mistura emágua fria, uma bola se forme. Retire do

fogo e adicione a essência de baunilha, amanteiga e as castanhas picadas(opcional). Mexa com uma colher depau ou espátula.Despeje a bala sobre uma forma demetal untada e deixe esfriar. Coloque nocongelador até endurecer. Só então abala poderá ser quebrada em pedaҫospequenos. Retire a forma do congeladore coloque sobre uma superfície. Useuma chave de fenda como calço, quebrea bala em pedaços menores, batendocom um martelo no cabo da chave defenda. Guarde as balas no congelador.Variaҫão:Com essa receita você pode fazerbarrinhas de castanhas da seguintemaneira:

Use 1 ou 2 xícaras (chá) de nozes ounozes-pecãs picadas.Quando a mistura de mel estiver prontapara ser retirada do fogo, adicione ascastanhas (nozes ou nozes-pecãs), amanteiga e a essência de baunilha.Misture bem. Deixe esfriar um pouco ecoloque sobre um papel manteigauntado, fazendo um salame. Leve àgeladeira para esfriar completamente ecorte em fatias.

BALA DE COCO

Ingredientes

350 gramas de mel50 gramas de coco ralado60 gramas de castanhas picadas

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes. Unte asmãos e enrole a massa formandobolinhas. Você pode passar as balas emcastanhas picadas para decorar.

CONFEITO DECASTANHA

Ingredientes

450 gramas de castanhas sem casca(amêndoas, nozes, nozes-pecãs, avelãs)2 claras175 gramas ou mais de mel60 gramas de manteiga amolecidaUma pitada de salUma pitada de canela

Modo de fazer

Coloque as castanhas em uma forma eleve ao forno para torrar a 150ºC por

dez minutos. Retire do forno e deixeesfriar.Enquanto isso, bata as claras em nevecom o sal até ficarem bem firmes.Adicione o mel aos poucos e continuebatendo até formar uma misturahomogênea. Acrescente as castanhas e acanela e misture.Use a manteiga amolecida para untaruma forma e, em seguida, despeje amassa. Asse a 150ºC por 30 minutos,virando as castanhas a cada dez minutosaté que a manteiga desapareҫa. Retire doforno e deixe esfriar.Corte ou quebre a massa em pedaçospequenos e sirva.Essa receita foi uma cortesia de Judy

Newman.

PIRULITO

Você pode usar palitos de sorvetepara fazer os pirulitos. Siga a receita dabala de baunilha aquecendo o mel, ovinagre e a água em uma panela grande.Deixe ferver levemente até que, aopingar um pouco da mistura em águafria, uma bola se forme. Retire do fogo ecoloque a essência de baunilha, mas nãoadicione a manteiga.

Distribua os palitos sobre umaassadeira untada e coloque duascolheres (sopa) da mistura ainda quentesobre o palito. Deixe-a cobrir 1centímetro do palito. Quando ospirulitos estiverem firmes, você pode

embrulhá-los separadamente e guardarou servir.Variaҫão:Adicione anis-estrelado ou canela àmistura junto com a essência debaunilha.

QUADRADINHOS DEGRANOLA

Ingredientes

60 a 75 gramas de manteiga175 gramas de mel90 gramas de uva-passa50 gramas de coco ralado120 gramas de castanhas picadasgrosseiramente (amêndoas, nozes-pecãs,nozes)½ colher (chá) de sal

Modo de fazer

Em uma panela, misture a manteiga e o

mel. Leve ao fogo baixo até que amanteiga derreta e se combine com omel. Retire do fogo e adicione os outrosingredientes. Misture tudo.Coloque a mistura em uma assadeiraquadrada de 20 centímetros e asse a180ºC por 25 minutos até ficar firme.Retire do forno e deixe esfriar. Corte emquadradinhos e sirva.

CARAMELO DA BECKY

Esta receita é uma variaҫão da receitade bala de baunilha.

Ingredientes

110 mililitros de água450 gramas de mel1 colher (chá) de vinagre1 colher (sopa) de essência de baunilha1 colher (sopa) de bicarbonato de sódio

Modo de fazer

Em uma panela grande, aqueҫa o mel, ovinagre e a água. Deixe ferver levementeaté que, ao pingar um pouco da mistura

em água fria, uma bola firme se forme.Retire do fogo e coloque a panela dentroda pia. Adicione a essência de baunilhae o bicarbonato de sódio. Mexarapidamente com uma colher de pau,mas somente até que o bicarbonato desódio tenha se misturado com ocaramelo e comece a “espumar”.Quando o caramelo não tiver mais essasconsistência espumante, coloque-o emuma travessa untada e deixe esfriar.Quando o caramelo estiver bem firme,você pode quebrá-lo em pequenospedaҫos e servir.Variaҫão:Quando o caramelo tiver frio osuficiente a ponto de poder tocá-lo comas mãos, ele ficará com consistência de

bala elástica. As crianҫas vão gostar defazer bolinhas com as próprias mãos.Essa receita foi uma cortesia de BeckySmith.

GELEIAS

Pode-se fazer geleias com diversasfrutas: morangos, framboesas, pêssegos,amoras ou uma combinaҫão delas. Nãouse pectina comercial.

Coloque 175 gramas de mel paracada 250 gramas de fruta. Adicione amenor quantidade de água possível parafazer com que a mistura ferva semgrudar no fundo da panela ou queime noinício do cozimento. Mexa sempre atéque as frutas se misturem bem com omel. Deixe ferver em fogo baixo,mexendo ocasionalmente para nãogrudar na panela. Quando comeҫar aengrossar, mexa mais rapidamente para

não queimar.A geleia estará pronta quando

tornar-se grossa e formar gotas na bordada colher. O processo deve levar porvolta de uma hora, dependendo daquantidade de água que preciseevaporar.

Pode ser que a geleia não fique tãodensa como uma geleia comercial,porém, não arrisque queimá-la paraconseguir uma consistência mais grossa.

Coloque a geleia em potes de vidrolimpos e congele para armazenar.Descongele quando for usar.

LEITE DE AMÊNDOA

Ingredientes

175 gramas de amêndoas moídas675 mililitros de água1 colher (sopa) de mel (opcional)

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes e bata noliquidificador por alguns minutos. Passeo leite por uma peneira forrada com umpano.

MILK-SHAKES

Rende 225 mililitros

Ingredientes

110 mililitros de iogurte caseiro½ xícara (chá) de frutas frescas oucongeladas, como morango, pêssego,framboesa, banana, mirtilo

Modo de fazer

Bata o iogurte com as frutas noliquidificador e adoce com mel ousacarina.Se usar frutas frescas, adicione algunscubos de gelo para o milk-shake ficar

gelado.

SUCO DE ABACAXIESPUMANTE

Ingredientes

Suco de abacaxi (pode serindustrializado, mas sem aҫúcar)Cubos de gelo

Modo de fazer

Bata no liquidificador o suco de abacaxicom os cubos de gelo (coloque 4 ou 5cubos) por 45 segundos ou até ficarespumante. Sirva imediatamente.

SUCO DE FRUTAS COMGÁS

Misture suco de fruta natural comcubos de gelo e água com gás para fazeruma bebida parecida com refrigerante.

PONCHE DE FESTA

Ingredientes

Suco de abacaxi sem aҫúcar250 mililitros de suco de laranja natural,sem aҫúcar

Modo de fazer

Misture os sucos e coloque em umrecipiente para ponche. Adicione cubosde gelo. Se preferir, corte pedaҫos defrutas e adicione ao ponche.Mantenha o recipiente de ponche visívelo tempo todo nas festas para evitartentações de bebidas não permitidas.

CREAM CHEESE

Modo de fazer

Forre uma peneira grande com um panofino e limpo (pode ser utilizado um panode enxugar louҫa);Coloque a peneira forrada com panosobre uma vasilha de vidro;Coloque iogurte caseiro gelado sobre apeneira forrada com o pano e deixeescorrer por oito horas. Não énecessário deixar escorrer na geladeira,mas faҫa-o em um lugar fresco.Retire o pano da peneira pegando-opelas bordas e coloque-o sobre umasuperfície. Raspe o creme com uma

colher e coloque-o em um pote. Guardena geladeira. O creme é bastante azedo.É possível acrescentar um pouco de mele misturar com uma espátula para adoҫá-lo.

CREME DE LEITE

Ingredientes

450 mililitros de creme de leite fresco110 mililitros de iogurte industrializado(veja na receita de iogurte caseiro quetipo de iogurte usar)

Modo de fazer

Leve o creme de leite ao fogo baixomexendo sempre. Quando comeҫar aferver, retire do fogo e siga asinstruҫões do iogurte caseiro.Deixe o creme de leite fermentar entre24 e 48 horas. Depois disso, coloque na

geladeira.Para obter um sorvete bem cremoso, useeste creme de leite em vez do iogurtecaseiro, ou use metade de creme de leitee metade de iogurte. Pode-se tambémusar este creme de leite como coberturapara bolos ou em sobremesas.

FÓRMULA INFANTIL –SEM DISSACARÍDEOS

Esta fórmula pode ser usada por umbreve período, até que o médico receiteuma fórmula que não contenhadissacarídeos. Algumas fórmulascomerciais recomendadas para diarreiacontêm uma quantidade muito grande dexarope de milho (que possui maltose eisomaltose). Consequentemente, osbebês que sofrem de diarreia severa nãose recuperam quando tomam essasfórmulas. É necessário conferir semprea lista de ingredientes que aparece nosrótulos para se ter certeza de que afórmula não contêm dissacarídeos.

A seguinte fórmula (que rende maisou menos 450 mililitros) contémaproximadamente 90 miligramas decálcio, 175 miligramas de fósforo, 72miligramas de potássio, 0,40 miligramade ferro, 17 gramas de proteína, 0,3gramas de gordura e 2,7 gramas decarboidrato.

Os bebês com menos de 1 anoprecisam de aproximadamente 500 a700 miligramas de cálcio por dia. Seessa fórmula for usada por mais tempo,será necessário uma fonte extra decálcio. Por favor, converse sobre issocom o seu médico.

Com relaҫão ao óleo de cártamo, épreferível comprá-lo já engarrafado.Leia a etiqueta da garrafa com cuidado

para ver se o óleo tem BHT ou BHAadicionado. Se tiver, não compre. Se afórmula tiver vitamina E, beta carotenoou vitamina A, não há problema.

Use os seguintes ingredientes com osuficiente de água para render 500mililitros:

3 colheres (sopa) de queijo cottage drycurd sem creme1 colher (sopa) de óleo de cártamo2 colheres (sopa) de mel pasteurizado

Modo de fazer

Antes de fazer a fórmula, misture o melcom 225 mililitros de água em umapanela de pressão e ferva por 10

minutos. Isso serve para esterilizar omel e matar os microrganismos quesobreviveram ao calor normal.Bata o queijo cottage e o óleo noprocessador até formar uma misturahomogênea. Adicione o mel aos poucose continue batendo. Adicione mais águapara obter cerca de 500 mililitros.Coloque na mamadeira, aumentando otamanho do furo no bico.Esta receita pode ser feita em maioresquantidades, dependendo de quanto obebê precisar. Mantenha coberto e nageladeira o que não for usarimediatamente, mas a fórmula deve serconsumida dentro de 24 horas.A fórmula contém o seguinte:

Total de proteína, essencialmentecaseína = 1,1%Total de carboidrato = 5,0%Total de gordura = 3,8%

Essa proporҫão é comparável aoleite materno, com exceҫão docarboidrato: o leite materno contém 2%a mais dessa substância. Contudo, elanão contém todas as vitaminas eminerais de que o bebê precisadiariamente. A fórmula pode serimplementada, se seu médico concordar,por um período limitado, para tratar deintestino preso ou diarreia. Quando oproblema tiver sido solucionado, volte ausar a fórmula normal.

IOGURTE CASEIRO

O iogurte é um dos alimentos maisantigos que o ser humano conhece. Ondequer que as pessoas tiravam leite devaca, cabra, égua, ovelha ou camelo,comia-se um produto similar ao iogurte.Kefir, kumis, leite acidófilo fermentadoe leite búlgaro são todos parecidos como iogurte, com a diferenҫa somente notipo de bactérias introduzidas no leite.

Se o leite for deixado fora dageladeira em um lugar quente, muitostipos de bactérias e fungos do ar, assimcomo alguns que ficaram no leite,mesmo no leite pasteurizado, vãocomeҫar a se multiplicar e a usar o

aҫúcar do leite (lactose) como fonte deenergia. O resultado disso é o leiteazedo, que normalmente tem gosto econsistência desagradáveis. Quando sefaz iogurte, esse processo é controlado:basta retirar a mistura de bactérias eintroduzir somente aquelas queproduzem um produto saboroso e azedoa seu gosto.

Você pode usar leite integral, empó ou desnatado. Se usar leite em pó,adicione somente a quantidade que vocêusaria para fazer leite normalmente. Nãoadicione leite em pó a mais para obterum iogurte mais denso ou com maisproteínas, pois você não vai conseguirfazer um iogurte “verdadeiro” e seráprejudicial para aqueles que seguem a

Dieta do Carboidrato Específico.O iogurte resultante do leite

integral é muito gostoso, mas se vocêestiver eliminando gordura da sua dietapor alguma razão pessoal, pode usarleite desnatado. Se usar leite desnatado,tenha cuidado na hora de fervê-lo, poisele queima mais rapidamente do que oleite integral.

Instruҫões:

1. Leve 1 litro de leite ao fogo e,assim que ferver, retire do fogo.Mexa sempre para não queimar ougrudar no fundo na panela.

2. Cubra a panela e deixe o leiteesfriar até atingir temperatura

ambiente (se preferir, pode sercolocado na geladeira paraesfriar). É muito importante quevocê deixe o leite esfriartotalmente, senão poderá matar acultura de bactérias que vai serintroduzida no leite.

3. Separe aproximadamente ½ xícara(chá) do leite e faҫa uma pastamisturando com ¼ de xícara (chá)de iogurte comercial de boaqualidade. O iogurte comercialdeve ser sem sabor e sem açúcar.Compre um que contenha somenteleite e cultura bacteriana. Asculturas recomendadas sãoLactobacillus bulgaricus, L.acidophilus e S. thermophilus.

Evite iogurtes e culturas quecontenham bifidus. Normalmente,não é necessário comprar culturasalém das do próprio iogurtecomercial, pois este é bastanteadequado para fazer o iogurtecaseiro. Se você não encontrariogurte comercial que contenhasomente leite e cultura bacteriana,então, deve comprar culturasespecíficas para fazer iogurte emcasa. Guarde o que sobrar doiogurte comercial que você utilizoupara fazer a pasta com leite nageladeira, pois poderá reutilizá-lopara fazer mais iogurte. Não érecomendável reutilizar iogurtecaseiro para fazer novo iogurte.

Produtores de iogurte comercialfazem todo o possível para colocarculturas bacterianas “vivas” e emenormes quantidades no iogurte. Ascondiҫões de refrigeramentocaseiro nem sempre são adequadaspara assegurar que as culturasbacterianas permaneҫam “vivas” e,por isso, quando se usa o iogurtecaseiro para fazer novo iogurte, elepode ficar bastante líquido, poisnão contém bactérias “vivas” osuficiente.

4. Misture a pasta com o resto do leitee mexa bem.

5. Coloque o leite em um pote, cubra-o e deixe fermentar por no mínimo24 horas entre 38ºC e 43ºC. Não se

preocupe se você deixar o leitefermentar por mais de 24 horas:isso só irá fazer bem. O tempo defermentaҫão não poderá serencurtado de maneira alguma. Esseprocesso é muito importante e deveser obedecido mesmo se o manualde instruҫões da sua iogurteiraaconselhar um tempo mais curto.

A fonte de calor utilizada parafermentar o iogurte durante esseperíodo é fundamental e é muitoimportante que o aparelho atinja atemperatura correta antes decomeҫar a fermentaҫão (entre 38ºCe 43ºC). Uma temperatura muitoalta poderá matar a culturabacteriana e impedir a “digestão”

(conversão) completa da lactose.Já uma temperatura muito baixa vaiimpedir a ativaҫão das enzimasbacterianas e, consequentemente, a“digestão” da lactose seráincompleta.

Uma iogurteira tipo garrafatérmica pode não ser adequadapara o longo tempo de fermentaҫão,pois a água quente ao redor do potevai esfriar durante o processo. Jáuma iogurteira elétrica controla atemperatura com mais exatidão,mas a quantidade de iogurte que sepode fazer de uma vez é limitada.Uma fonte ideal de calor seria umabandeja térmica elétrica. Mesmo seela tiver um indicador para regular

a temperatura, utilize umtermômetro para atingir atemperatura adequada. Algumaspessoas usam o forno, pois é capazde manter a temperatura estável eno grau correto. Se estiver usandoum fogão elétrico, troque alâmpada do forno por uma de 60watts. Apenas acender a luz doforno já irá criar o calor suficientepara fazer iogurte, porém, sempreconfira a temperatura com a ajudade um termômetro. Pode ser quevocê tenha de deixar a porta doforno um pouco aberta para nãoesquentar demais. Atenção: quandoo iogurte estiver pronto, retire-o doforno e recoloque a lâmpada

original no forno.6. Deixe o iogurte fermentar por no

mínimo 24 horas para garantir quetoda a lactose foi completamente“digerida”. Depois desse tempo,retire o iogurte da fonte de calor ecoloque-o na geladeira.

Embora o iogurte caseiro sejamenos denso e firme do que oiogurte comercial, será um iogurteverdadeiro, pois toda a lactose terásido digerida pela culturabacteriana e as células intestinaisnão precisarão digerir nenhumalactose.

DEPOIMENTOS

Diagnóstico: colite ulcerativa

“Eu reconquistei minha vida graҫas àDieta do Carboidrato Específico! Pormuitos anos, a colite ulcerativacontrolou quase todos os aspectos daminha existência: onde eu trabalhava,situaҫões sociais, momentos de lazer,viagens etc. Como não reagi bem aosmedicamentos, cheguei até mesmo aoponto de conversar com meu médicosobre a possibilidade de fazer umaoperaҫão para retirar meu cólon. Nuncapoderia acreditar que uma coisa tãosimples como uma dieta pudesse

resolver esse problema.”Lucy Rosset, Bellingham, Washington,EUA.

Diagnóstico: doenҫa de Crohn

“Fui diagnosticada com doenҫa deCrohn no intestino delgado. A dietabranda que me disseram para fazer nãoajudou em nada. Em junho de 1993,comecei a fazer a Dieta do CarboidratoEspecífico. Além das minhas doresdesaparecerem, o resultado dos meusexames de sangue voltaram ao normal.Desde que descobri essa dieta incrível,recomendo-a a todos os meus pacientesque têm doenҫa de Crohn e outrosproblemas intestinais.”

Carl E. Byer, Mt Prospect, Illinois,EUA.

Diagnóstico: autismo

“Eu e meu marido recebemos o melhorpresente de Natal do nosso filho dequase 3 anos de idade que sofre deautismo. Havia seis semanas que elefazia essa dieta quando, de repente, navéspera de Natal, ele disse: “Estou feliz,papai!” Essas são as palavras maislindas de se ouvir de uma crianҫa quepassou mal durante todo o ano passado.Nunca tínhamos ouvido ele falar apalavra “feliz”. Sabemos que o nossofofo Caleb jamais teria feito progressose não fosse pela DICE. O fato de ele

dizer que estava feliz foi um enormeincentivo para continuar com a dieta.Não vou perder o ânimo!”Amanda Mills

Diagnóstico: doenҫa de Crohn

“Dores, remédios, nenhuma cura. Então,uma nova ideia: a Dieta do CarboidratoEspecífico. Um compromisso, uma novavida e agora um futuro brilhante.”Carrie e Tracy Currie, Ilderton,Ontário, Canadá.

Diagnóstico: doenҫa de Crohn

“Faz quatro meses que ouvi aquelaspalavras maravilhosas do meu médico,

no hospital London, em Ontário, medizendo que ele não podia ver nenhumsinal de doenҫa de Crohn. Senti como sealguém tivesse tirado um peso dasminhas costas e eu pudesse voltar arespirar. E isso após fazer a Dieta doCarboidrato Específico por apenas doisanos.”Mary Rimmer, Centralia, Ontário,Canadá.

REDE DE APOIO

Esta seҫão é dedicada à memóriado meu marido, Hebert AdrianGottschall, que me ajudou tanto nosmomentos mais difíceis. As palavras danossa filha, escrita no dia dos pais em1993, 30 anos depois que “sabíamos”que ela estava curada, inspiraram-me aacrescentar esta seҫão ao livro.

“Querido pai,Eu me lembro de você correndo ao

longo da School Lane, segurando atrásda minha bicicleta, sem nunca largar – eeu lhe pedindo o tempo inteiro para nãolargar – até que, finalmente, eu conseguiandar sozinha. Eu me lembro de você me

levando de carro, todo domingo, para asminhas aulas de equitaҫão e tendo queparar no posto de gasolina para que eupudesse vomitar de tanto medo, e vocêimplorando para que eu fosse às aulasmesmo assim – e eu estava adorandoaquelas aulas.

Eu me lembro da sua forҫa e da suacalma naqueles tempos difíceis em que amãe perdia a esperanҫa quando euestava doente – mas você sempre meconvencia de que eu iria melhorar. E eumelhorei!

Eu me lembro de muito maisporque você foi um pai maravilhoso.Você me ensinou a amar meus filhosporque você nos amou.”

Há 45 anos, minha própria filha foidiagnosticada com colite ulcerativa, umadoenҫa incurável. Este livro é umtestemunho da jornada da nossa famíliado desespero, abandono e isolamento àretomada da saúde da minha filha.Publicamos este livro com a intenҫão deevitar o sofrimento desnecessário deoutras famílias.

Será que o pensamento “precisoconversar com alguém que me entenda”jamais vai me deixar? Durante os anosem que ela esteve doente, toda vez queeu sabia da história de alguém que tinhadoenҫas inflamatórias intestinais, umavontade forte de falar tomava conta demim. Eu telefonava para pessoasestranhas em todo o mundo somente para

conversar e conseguir compreensão econsolo.

Tornou-se aparente para mim que ainformaҫão científica que serve para arecuperaҫão das crianҫas é tãoimportante quanto o apoio do marido, daesposa, dos amigos e de estranhos, poisisso não é somente um benefício, mas étambém essencial. Aqueles quepassaram pela tempestade da doenҫaintestinal com alguém da própria famíliapodem dar amparo e grande esperanҫapara os que estão apenas comeҫando.

Este capítulo é um registro doapoio compassivo e inspiradoroferecido por pais de crianҫas comdoenҫa inflamatória do intestino aaqueles que desejam embarcar na Dieta

do Carboidrato Específico. A maioriadesses depoimentos foi dada por meiodo Listserv* na internet. Esses pais mepermitiram incluir suas palavras nestecapítulo de Como Romper o CírculoVicioso do seu Intestino.

*Listserv é um grupo de mais de600 pessoas que dão apoio umas àsoutras na internet. Elas compartilhaminformaҫões sobre a DICE. O site foifeito por Rachel Turet depois de ter serecuperado de colite ulcerativa.

Da Cindy

Olá! Três meses atrás, meu filho de7 anos de idade comeҫou a ter dores deestômago devido a muitos gases e

inchaҫo (seu estômago ficava bastanteduro e dilatado). Fomos ver umespecialista em gastrenterologia quepediu para meu filho fazer uma bateriade testes, e todos haviam dado negativoaté então. Depois de um mês, eletambém comeҫou a mexer a cabeҫa deum lado para o outro e curvar a cintura.Ele não fazia isso o tempo todo:comeҫava após ele ter comido ou feitoexercício físico. Parece que são osgases intestinais que provocam essasreaҫões malucas. Uma vez, ele custoupara manter a cabeҫa para cima depoisde comer um pão e foi levado para ohospital, onde ficou três dias fazendoexames neurológicos. Todos deramnegativo.

Eu li sobre o livro Como Romper oCírculo Vicioso do seu Intestino no siteda Amazon e o comprei. No momento,estamos todos desolados aqui em casa,pois lidamos com uma doenҫa queninguém soube ainda diagnosticar. Eurealmente acho que isso comeҫou comproblemas gastrintestinais e que tudoestá relacionado. Quando li o livro, eucomecei a chorar descontroladamente,porque sei que tenho que colocá-lonessa dieta, e tudo parece tãoassustador. Eu terei que fazê-la se adieta puder eliminar os gases terríveis eo inchaҫo. Quem sabe, eliminar tambémalguns dos sintomas neurológicos.

Gostaria de saber se há alguém quetenha sofrido disso (meu filho me diz

que mexer a cabeҫa e curvar melhoramseu estômago) e também se existem boasreceitas que um garoto de 7 anos vágostar.

Isso vai ser duro para ele e paratodos nós. Eu e meu marido tambémvamos fazer a dieta para ajudá-lo. Seique temos que fazê-la, mas é muitoassustador para uma mãe que não sabecozinhar bem e que nunca teve aintenҫão de ser uma ótima cozinheira.Qualquer palavra de apoio será muitobem-vinda.

Obrigada, Cindy.

Os seguintes e-mails apareceramapós minutos do apelo da Cindy:

Da Lisa D.

A sua carta me fez relembrar osofrimento pelo qual passamos quandonosso filho ficou doente. Foi uma épocatão horrível, e simplesmente nãosabíamos o que fazer. Era como se todasas nuvens negras do céu tivessemdecidido pairar sobre nós. Acho quenunca consegui dormir durante o períodomais difícil de sua doenҫa. Passeiinúmeras horas sentada na nossa salarezando, chorando, pensando, sentindo-me angustiada e derrotada.

Eu me perguntava quanto tempomais meu filho poderia suportar adevastaҫão dessa doenҫa e o que elaestava fazendo com o seu corpo

(naquela época, ele ainda não tinha sidodiagnosticado com colite ulcerativa).Quando ele foi finalmentediagnosticado, sentimos um alívio pois,ao menos agora sabíamos o que eletinha. Isso tinha um nome! Podíamosfazer alguma coisa para ajudá-lo.Porém, naquele momento nenhummédico nos disse que os remédios eramsomente uma soluҫão de curto prazo.Depois de sete anos experimentandouma série de medicamentos, que semprefalharam, encontramos essa dieta.

Foi uma dádiva de Deus! Agorasabemos que, se meu filho fizer a dietapor um bom tempo, ele estará bem. Eume perguntei naquela hora se iriaconseguir implementá-la e agora, depois

de um ano, as coisas foram ficando maisfáceis.

O que posso lhe dizer é:experimente fazer a dieta, dê tempo aotempo e não fique se remoendo quandocometer erros, porque eles vãoacontecer. Todos nós cometemos erros.No fim, a dieta dará ao seu filho umpresente maravilhoso e você teráencontrado um novo sentido para a vida.Fique sabendo que tentaremos ajudá-la oquanto pudermos e não tenha medo deperguntar e expressar seus medos.

Da Brenda:

Cindy, sei que você pode fazerisso. Tenho doenҫa de Crohn, e agora

uma ileostomia. Tive doenҫa de Crohnpor 16 anos e ileostomia por 3 anos.Meu filho estava dando sinais deproblemas intestinais e fez umacolonoscopia e outros exames, quederam negativo. Então, eu o coloquei naDieta do Carboidrato Específico (eutambém a faҫo) e seus sintomasdesapareceram.

Ele tinha muitas dores no estômagoe abdome por causa de gases. Tambémnão conseguia manter seus pés quietos.Em suas próprias palavras, aos 10 anosde idade, depois de fazer a dieta porduas semanas, ele me disse que seus pésnão queriam mais se mexer. Naqueleinverno, ele foi muito bem na escola eno jogo de futebol de salão, pois

prestava muito mais atenҫão. Depois dealgum tempo, seus amigos, nossa famíliae a professora se acostumaram com seuregime alimentar. De fato, as crianҫas davizinhanҫa adoram aquelas bolachas depasta de amendoim.

Como mãe eu posso dizer que vocêficará surpresa com o que você é capazde fazer pelos seus próprios filhos. Souuma mãe solteira e meu filho tem agora13 anos de idade. Não quero verninguém passar por uma cirurgia deemergência pela qual eu passei para teruma ileostomia. Espero que isso lheajude.

De Keri Klein:

Cindy, você pode fazer isso! Eunão mexia a cabeҫa: meus sintomas,antes de comeҫar essa dieta, eram gasese inchaҫo. Não tenho mais gases e oinchaҫo diminuiu.

As pessoas no Listserv irão lheresponder e aqui dou algumas receitaspara tentar depois que você tiver feito adieta introdutiva. Lembre-se:experimente um alimento de cada vez nocomeҫo da dieta. Você pode fazersmoothies com iogurte caseiro, bananamadura, mel e morangos; pode passarpasta de amendoim e mel em cima defatias de maҫãs, sem pele; e fazerpetisco de queijo frito: rale queijocheddar e derreta uma pequenaquantidade de queijo na frigideira até

ficar crocante, vire para fritar do outrolado e deixe esfriar até endurecer.

Os livros Como Romper o CírculoVicioso do seu Intestino e Lucy’sCookbook têm ótimas receitas de bolo esobremesas. E não se esqueҫa de quevocê pode fazer para ele iogurtecongelado: coloque os smoothies emforminhas de gelo e leve-as ao freezer.Boa sorte!

Da Katie:

Oi Cindy. Muitas pessoasacreditam que problemas intestinaiscausam muitos outros problemasestranhos. Tenho certeza de que vale apena fazer essa dieta. Nunca pensei que

eu poderia fazê-la, pois era viciada empizza e junk food. Eu também estavaextremamente mal com a doenҫa deCrohn e tenho três filhos pequenos, omais velho tem 5 anos, então eu tinhaque fazer a dieta. Agora, seis mesesmais tarde, estou milagrosamente emremissão e me sentindo muito bem pelaprimeira vez em 25 anos (hoje tenho 35anos).

Adoro essa dieta. Nunca teriaacreditado nisso antes. Existem tantossubstitutos maravilhosos para a maioriados alimentos. A farinha de castanhapara fazer bolos é maravilhosa e muitosaudável. A coisa mais importante évocê não deixar jamais seu filho sentirfome. Você sabe como é difícil resistir a

uma tentaҫão quando estamos com fome.Tenha sempre alguma coisa em casapara seu filho poder beliscar como: bolode pasta de amendoim, biscoito de cocoe uva passa, cookies de canela do livroLucy’s Cookbook, cookies de coco,macarons, iogurte congelado, pasta decastanha-de-caju e amendoim, osmuffins do BTVC e sorvete.

Tenho certeza de que outras mãesvão lhe enviar sugestões. Ah, mais uma:queijo frito feito com queijo montereyjack cortado em palito. Parececomplicado no início, mas depois dealgum tempo fica fácil. Issosimplesmente se torna um hábito. Boasorte!

E outro e-mail encorajador de PamWilliams:

Sua ansiedade e amor pelo seufilho soaram alto e em bom som na listada DICE. A dieta parece assustadora,especialmente para alguém que nãogosta de cozinhar. Como uma cozinheirasem inspiraҫão que sou, deixe-me lhemostrar como a DICE pode mudar ojeito como você pensa sobre comida.

A parte mais difícil é comeҫar.Muitos que fazem a dieta disseram a simesmos: “Vou tentar por um mês e ver oque acontece”. Se seu filho é comocentenas de pessoas nessa lista, ele vaicomeҫar a se sentir melhor no primeiromês. Você vai perceber que o que ele

come contribui para o seu bem-estar esua saúde, e que a dieta é uma maneiranatural e antiga de nutrir as pessoas deque você gosta e de influenciarpositivamente no bem-estar delas.

Antes da DICE, eu ia aosupermercado sem saber o que comprarao me deparar com tantas opҫões e nãotinha nenhuma inspiraҫão para cozinhar.Com a DICE, eu passei daquela quecomia tudo o que era fácil e pronto,àquela que se sente muito orgulhosa eestimulada quando o iogurte ficou macioe firme. Cozinhar não é mais umaobrigaҫão: passou a ser um instrumentonatural e saudável para controlar umasituaҫão que estava fora de controle. Umabraҫo, Pam.

E de Donna Bauchner, mãe de Brett:

Só para me apresentar: sou a mãede Brett, de 15 anos de idade, quecomeҫou a DICE dez meses atrás. Bretttem a doenҫa de Crohn, mas graҫas àDICE, ele leva uma vida normal, como ade qualquer outro adolescente: vai àescola, sai com os amigos, jogabeisebol, levanta peso, marcha na bandada escola e, no geral, leva uma vidamaravilhosa.

Brett decidiu falar sobre seusucesso com a DICE com outras pessoase colocou mensagens sobre a dieta emvários sites de comunidades de pessoasque sofrem de doenҫas intestinaisinflamatórias. A resposta que ele

recebeu foi maravilhosa. Até agora, elemandou várias pessoas para o siteListserv. É claro que houve alguém queatacou o Brett por incentivar a DICE,mas ele não se importou com essapessoa e ontem ele se sentiu muito bempor poder falar sobre a dieta e a doenҫade Crohn com dois pais perturbadospela doenҫa de seus filhos adolescentes.

Eles pareciam tão enlouquecidosquanto eu quando o Brett foidiagnosticado e queriam saber maissobre a DICE. Estou muito orgulhosa domeu filho e gostaria que você soubesseque é muito importante que seu filhofaҫa essa dieta.

E da Martha:

Sou a mãe do Jonathan. Tem sidouma correria ultimamente e não tivetempo de escrever, mas quero que vocêsaiba que penso em você.

O Jonathan tem 10 anos e foidiagnosticado com doenҫa de Crohndois anos atrás. Nós comeҫamos a dietanaquela época por recomendaҫão donosso médico naturopata. Sei que ocomeҫo pode parecer duro, mas agora,um ano depois, minha família deseguidores da DICE está prosperando eeu cozinho com facilidade. Pode-se verisso pelo lado bom: antigamente asmulheres não tinham supermercadospara ir, eletricidade ou aparelhosdomésticos (isso parece com a vida daminha avó, mas com muito mais crianҫas

para cuidar).Muitas pessoas da lista me

escreveram com sugestões de comosobreviver às primeiras festas. Vocêpode levar alimentos para seu filhosubstituir, como pizza feita em casa,bolo etc. Hoje em dia, porém, meu filhosimplesmente aceita – sem fazer carafeia – que ele não pode comer toda acomida servida na festa. Você vaichegar lá também, quando percebercomo a dieta faz todo mundo se sentirmelhor.

Boa sorte. Você está no caminhocerto!

Da Lisa Ercolano:

Sua mensagem sobre o quantoDanny está sofrendo me fez chorar. Aminha filha Olívia, de 11 anos (e quetem doenҫa de Crohn) também perdeumuito peso por causa da doenҫa e dosseus sintomas.

Mas veja que notícia boa: elaganhou 2 quilos em pouco mais de trêssemanas que faz a Dieta do CarboidratoEspecífico. Sem dúvida a dieta podeparecer difícil no início: a gente nãotinha percebido como é fácil conseguiros ingredientes substitutos. Porém, emuma semana, nós estocamos nossageladeira com todos os tipos de frutas everduras. Comprei frutas em lata queeram permitidas e fiz coquetéis comvárias delas, e finalmente fiz o iogurte

caseiro.Sei que seu filho não é tão velho

quanto a minha filha, então, pode ser umpouco mais difícil de explicar para ele ofato de que vai melhorar somente secomer alimentos saudáveis. Mas se vocêfizer a pior parte – tirar do seu armáriotudo aquilo que não é permitido comerna DICE – ele vai acabar comendo osdoces que você fizer, ele realmente vai!Também vai aprender rapidamente queele se sentirá melhor se comer mais dasua comida, e vai querer comer cada vezmais. Descobri também que, se eu faҫoessa dieta, ajudo a Olívia a aceitá-lamelhor. Essa é a maneira comomostramos nosso carinho por ela e nossacrenҫa na dieta.

Sei como ninguém que é muitodoloroso ver o nosso próprio filhodefinhar. Mas tudo que posso fazer é lhedar a certeza de que essa maneira de sealimentar FUNCIONA.

Faҫa a dieta você mesma. Deixe oDanny fazer bolos e cozinhar com você,se ele tiver vontade. Acredito que seumenino vai se sentir melhorrapidamente. Não seria uma má ideiafazer alguma coisa agradável para vocêmesma quando ele tiver ido para a cama,como tomar um banho cheio de espumase ler um bom livro. Você está sob muitoestresse.

Da Patty

Eu tenho que entrar nessa conversa.Minha filha, Tabitha, que acabou defazer 7 anos, tem doenҫa de Crohn. Elatem sofrido dessa doenҫa monstruosadesde que tinha pelo menos 4 anos deidade. Ela iria te dizer que a dietadefinitivamente vale a pena. De fato, elaestava me contando antes: “Minhabarriga não dói mais desde que comeceiessa dieta”.

Antes de acharmos essa dieta,minha menina pesava somente 14,5quilos. Isso era muito pouco, visto queela tinha 6 anos na época. Ela tinha umaterrível fístula no reto. Eu ficavaapavorada toda vez que minha queridaTabitha sangrava no vaso sanitário. Mesinto mal só de pensar na tortura que era

tudo isso. Sentia uma dor no coraҫão aovê-la assim, pois não podia brincar e, àsvezes, não tinha forҫas nem para sair dacama. Ela comeҫou a fazer a DICE ummês atrás e está muito contente com adieta. Tenho total controle sobre o queela come, pois minha filha não vai àescola: eu dou aulas para ela em casa.Anoto tudo o que ela come e registro seupeso e seus sintomas diariamente.Depois de tudo o que passamos, queroexperimentar essa dieta e ver sefunciona.

Uma ou duas semanas antes decomeҫá-la, a taxa de sedimentaҫão deeritrócitos da Tabitha (exame de sangueusado para detectar e monitorar ainflamaҫão no corpo) era 78. Duas

semanas depois de comeҫar a dieta, caiupara cinco. Ela não tem nenhum sintoma,está com 20 quilos e cheia de energia.Agora, ela brinca todos os dias. Umacoisa tão simples como brincar éimportante para mim e para ela.

Espero que meu e-mail lhe ajude dealguma forma. Talvez você encontrealgumas pedras no caminho, masconseguirá manter-se na rota certa.

E de Krysia à autora do livro

Querida Sra. Gottschall,Meu nome é Krysia Morin e tenho

11 anos de idade. Estou escrevendo paralhe dizer que, sem a sua dietamaravilhosa, eu não seria a garota

saudável que sou hoje.Comecei a ter dores no estômago

aos 6 anos e conforme os anos sepassaram, as dores foram ficandopiores, até que eu não podia mais dormirà noite. Comeҫamos a dar uma nota de 0a 10 às dores – 10 era a pior nota.Algumas vezes, eu dava nota 8 à dor.Minha mãe me levou ao médico váriasvezes, mas tudo o que eles indicaram foime mandar fazer mais exames. Ummédico até disse: “Espere para fazeralguma coisa quando isso comeҫar aafetar seu desenvolvimento”.

Minha mãe ia sempre à biblioteca efinalmente achou seu livro e decidimosexperimentar fazer a dieta. A dordiminuiu dentro de uma semana e dei

nota 3 à dor, e às vezes nota 1. Depoisde seis meses, a dor desapareceucompletamente. Faҫo a DICE há trêsanos e sinto dores somente quando comoalimentos proibidos.

Gostaria de lhe agradecernovamente por todo o trabalho epesquisa que você fez. Nunca irei meesquecer do que fez por mim.

Atenciosamente, Krysia Morin

História de Isaiah

Isaiah é um menino de 12 anos deidade com autismo regressivo. Elenasceu perfeitamente normal e, naverdade, estava sempre adiantado no seudesenvolvimento. Uma série de

infecҫões no ouvido, antibióticos orais,imunizaҫões e um contato com o vírus dacatapora fez com que ele perdesse afala, o contato por meio dos olhos, aobservaҫão, o controle do seucomportamento e a habilidade decomunicar verbalmente suasnecessidades, problemas e dor. Eleadquiriu um crescimento persistente esevero de fungos gastrintestinais, comalternaҫão entre diarreia e intestinopreso, alergias a alimentos, alergiassazonais, enterocolite autista ehiperplasia linfoide. Isso tudo era tãoexcruciante, que ele só chorava egritava, conforme tentava encontrar umaposiҫão fisicamente mais confortável.Isso também fez com que ele perdesse

muitos dias de aula.Nos últimos seis anos, Isaiah fez

uma dieta que é rigorosamente semcaseína e sem glúten, mas que não oajudou a melhorar muito. Ele continuoua lutar contra a multiplicaҫão de fungos,clostridia, dores abdominais, gases,inchaҫo, diarreia e intestino preso. Elenão adquiriu a habilidade de secomunicar e se relacionar no grau quedeveria. Em retrospecto, os escândalos,a mudanҫa de humor e os acessos deraiva estavam todos relacionados aofuncionamento do seu intestino e aodesconforto.

Em um consultório que tratou maisde 100 crianҫas diagnosticadas comperturbaҫão do espectro do autismo,

devo dizer que apesar da implementaҫãorigorosa de uma dieta sem caseína e semglúten, mas com suplementos, não vinenhuma crianҫa melhorar ao ponto e damaneira como se desejava. Essascrianҫas não conseguiam ter uma florabacteriana normal ou eliminar clostridiae fungos. Apesar das intervenҫõesheroicas para corrigir esse problema ecurar o intestino, continuávamos vendodeficiências em nutrientes, ácidosgraxos essenciais e aminoácidos, assimcomo sucessivos problemas intestinais.

Desde que comeҫou a fazer a Dietado Carboidrato Específico seis mesesatrás, Isaiah demonstrou um progressoadmirável. A partir do terceiro dia dadieta, suas fezes voltaram ao normal.

Uma vez, ele comeu bolo de aniversárioe sorvete; ficou com diarreia por doisdias e chorou o tempo todo. Porém,quando recomeҫou a dieta, a diarreia e ochoro pararam e não retornaram. Isaiahfez um progresso expressivo e rápido nodesenvolvimento da sua comunicaҫão: aestrutura de suas frases tornou-se maiscomplexa, ele utiliza os pronomesadequadamente e trava conversasespontâneas. Agora, ele se interessa porfutebol americano e deixou para tráscoisas mais infantis como o Thomas eseus amigos. Tornou-se um campeão emsoletrar. Foi incluído na sala de aula dosexto ano – com assistência. No anopassado, ele ficou 50% do seu tempo deaula sozinho com um professor, porque

não conseguia parar de chorar edesempenhava hábitos quase sempreobsessivo-compulsivos. Ele tambémperdeu mais de 50 dias de aula no anopassado devido a dores abdominaisseveras. Aprender é difícil sob essascircunstâncias.

Com carinho, respeito e gratitude,Pamela J. Ferro.

Mais detalhes sobre a história deIsaiah podem ser encontrados no site(em inglês):www.breakingtheviciouscycle.info.

Alguns e-mails me perguntam porque algum alimento é consideradoproibido na dieta. Embora as regras

científicas sejam fornecidas parapraticamente cada alimento eliminado,frequentemente as pessoas desejamsaber mais razões detalhadas. Seriaimpossível responder a cada uma dessasperguntas. A inclusão ou exclusão dedeterminados alimentos está relacionadaàs pesquisas clínicas do Dr. SidneyValentine Haas, conforme relatou àautora em 1970, assim como muitos anosde pesquisa sobre as estruturas químicasde certas moléculas – trabalho esse feitopela autora.

SOBRE A AUTORA

Elaine Gottschall formou-se emBiologia pela Montclair State College,em Montclair, New Jersey, em 1973.Naquele mesmo ano, ela ingressou noDepartamento de pós-graduaҫão emNutriҫão na Rutgers, a New JerseyUniversity, campus de New Brunswick.

Em 1975, Elaine se mudou para oCanadá e nesse mesmo ano tornou-semembro do Departamento de CiênciaCelular no Departamento de Zoologia daUniversity of Western Ontario. Passouquatro anos investigando o efeito devários aҫúcares no trato digestivo,concentrando-se principalmente no nível

celular. Ela se pós-graduou em Ciêncianaquele departamento em 1979. Osresultados de seu trabalho forampublicados na revista Acta Anatomica nº123, p. 178 (1985).

No ano seguinte, Elaine trabalhouno Departamento de Anatomia daUniversity of Western Ontarioinvestigando as mudanҫas que ocorremna parede do intestino durante doenҫasinflamatórias intestinais. Sua principalárea de estudo foi o efeito dos alimentosno funcionamento do trato digestivo e nocomportamento das pessoas.

Até o ano em que Elaine faleceu,em setembro de 2005, este livro já haviasido traduzido para mais de sete línguase mais de um milhão de cópias havia

sido vendida. Com o livro ComoRomper o Círculo Vicioso do seuIntestino, Elaine deixa um legado quecontinua a transformar a vida deincontáveis pessoas que redescobremsua saúde por meio da Dieta doCarboidrato Específico. Ela trabalhouincansavelmente em sua pesquisacientífica até sua morte, aos 84 anos deidade. Desde então, coube aos seusseguidores divulgar essa dieta para quemuitas outras pessoas pudessem serajudadas.

Em seus últimos anos, Elainededicou-se à pesquisa da relação entre océrebro e os alimentos, demonstrando osefeitos benéficos da dieta naqueles comperturbaҫão do espectro do autismo. Seu

trabalho e seu legado serão semprelembrados por meio da associaҫãoGottschall Autism Center, emMassachusetts.

“Elaine tinha tanto entusiasmo pelavida, parecia até que ela não iria pararnunca. Elaine, todos nós gostaríamos delhe dizer obrigado, por você ser você,pelo o que fez e pelo seu livro, seugrande legado, que continuará ajudandoas pessoas para sempre.”

Pat Nelles, uma amiga cuja filhafoi curada pela DICE.

GLOSSÁRIO

AҪÚCARES: Substâncias químicascom graus variados de doҫura queincluem: frutose, glicose, isomaltose,lactose, maltose e sacarose.AMIDO: (1) Uma longa cadeia demoléculas de glicose ligadasquimicamente uma à outra; (2) Um doscarboidratos encontrados no reino dasplantas. Grãos e batata contêm umagrande quantidade de amido; (3) Umpolissacarídeo.CARBOIDRATOS: Vários tipos deaҫúcar, amido e fibras.CARBOIDRATOS REFINADOS:Carboidratos, como o amido de milho

ou o aҫúcar de mesa, que foramprocessados e perderam váriassubstâncias, como fibra, vitaminas eminerais, mas que não perderam suascalorias.DIGESTÃO: (1) Processo que reduzgrandes moléculas de alimento emcomponentes simples e, assim, tornapossível sua absorҫão no trato digestivopara a corrente sanguínea; (2) Processode separar as moléculas de alimento.DISSACARIDASES: Um grupo deenzimas embutidas nas membranas dascélulas absortivas intestinais. Essasenzimas (lactase, sacarase, maltase eisomaltase) digerem (separam),respectivamente, os aҫúcares duploslactose, sacarose, maltose e isomaltose.

DISSACARÍDEOS: Aҫúcaresformados por duas partes (duasmoléculas) conectadas quimicamente eque requerem digestão antes de seremabsorvidos para entrar na correntesanguínea.ENTEROPATIA: Uma doenҫaintestinal.ENZIMAS: Substâncias químicas,criadas por células, que sãoresponsáveis por reaҫões químicasexecutadas pelas células.FERMENTAҪÃO: É a quebra químicade carboidratos (aҫúcares, amido efibra) por bactérias intestinais. Resultana produҫão de gás sulfeto dehidrogênio, gás dióxido de carbono e

vários outros produtos, como ácidolático, ácido acético e álcool.FLORA: Várias bactérias, fungos eoutras formas de vida microscópicasdentro do intestino.FRUTOSE: (1) Um aҫúcarmonossacarídeo encontrado no mel e emfrutas; (2) Um dos aҫúcaresmonossacarídeos liberado junto com aglicose na digestão de sacarose; (3) Umaçúcar “pré-digerido”.GALACTOSE: Um aҫúcarmonossacarídeo liberado juntamentecom a glucose durante a digestão delactose (aҫúcar do leite).GLICOSE (dextrose): (1) Um aҫúcarsimples (veja monossacarídeos)

encontrado em frutas e mel; (2) Umaҫúcar simples liberado juntamente coma frutose durante a digestão de sacarose;(3) Um aҫúcar simples liberadojuntamente com a galactose durante adigestão de lactose; (4) Os aҫúcaressimples liberados quando a maltose eisomaltose são digeridas; (5) O tipo deaҫúcar que compõe a molécula de amido– o amido é uma cadeia de moléculas deglicose.ISOMALTASE: Uma enzima embutidanas membranas das células intestinais(dentro dos microvilos) e que digere(quebra) isomaltose, transformando-aem duas moléculas de glicose.ISOMALTOSE: Um aҫúcardissacarídeo composto por duas

moléculas de glicose conectadasquimicamente de maneira diferente damaltose. A maior parte da isomaltoseencontrada no trato intestinal é derivadade amido que passou por uma digestãoparcial.LACTASE: Uma enzima embutida nasmembranas das células intestinais(dentro dos microvilos) que digere(quebra) a lactose, transformando-a emglicose e galactose.LACTOSE: (1) Aҫúcar do leite; (2) Umaҫúcar dissacarídeo composto por umaparte de glicose e outra de galactoseconectadas quimicamente.LÚMEN: Espaҫo interno do intestino.MALTASE: Uma enzima embutida nas

membranas das células intestinais(dentro dos microvilos) que digere(quebra) a maltose transformando-a emduas moléculas de glicose.MALTOSE: Um aҫúcar dissacarídeocomposto por duas moléculas de glicoseconectadas quimicamente. A maior parteda maltose encontrada no trato intestinalé derivada de amido que passou por umadigestão parcial.MICROVILOS: Projeҫões parecidascom uma luva presentes em cada célulaabsortiva intestinal. Normalmente, asenzimas digestivas estão embutidas nosmicrovilos, mas, em muitos casos, osmicrovilos desaparecem juntamente comsuas enzimas.

MOLÉCULA: Um substância quecontém dois ou mais átomos. Porexemplo, a água é uma molécula quecontém dois átomos de hidrogênio e umde oxigênio (H2O).MONOSSACARÍDEOS: (1) Aҫúcaressimples, como glicose, frutose egalactose, que não requerem maiordigestão para serem absorvidos e entrarna corrente sanguínea; (2) Aҫúcares“pré-digeridos”.MUCOSA INTESTINAL: Tecido quereveste o trato intestinal formado porcélulas intestinais que entram em contatocom o conteúdo do trato intestinal.PERISTALSE: Ondas muscularesinvoluntárias de contraҫão e

relaxamento que empurram o conteúdodo intestino para frente.POLISSACARÍDEOS: Uma categoriade carboidratos que consiste em muitasmoléculas de aҫúcar conectadasquimicamente. O amido é o exemplomais comum.PUTREFAҪÃO: A decomposiҫãoquímica de proteínas pelos micróbiosintestinais que dá origem à formaҫão deamônia e outras substâncias.SACARASE: Uma enzima embutida nasmembranas das células intestinais(dentro dos microvilos) que digere(quebra) a sacarose transformando-a emglicose e frutose.SACAROSE: (1) Um aҫúcar

dissacarídeo formado por uma parte deglicose e outra de frutose conectadasquimicamente; (2) Aҫúcar de mesaextraído da cana de aҫúcar ou beterraba.VILOS: São projeҫões parecidas comuma luva (formando colinas e vales) quenormalmente formam a superfícieabsortiva do intestino delgado. Podemficar achatadas por várias razões.VITAMINAS: Substâncias presentesnos alimentos em pequena quantidade(ou em suplementos) que são essenciaispara a funҫão celular. A sua ausência nadieta resulta em doenҫas. As células,com poucas exceções, não podemproduzir vitaminas.

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Capítulo 1 – Passado e Presente

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Capítulo 2 – Evidência CientíficaRelacionada às Dietas

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Capítulo 3 – Bactérias Intestinais: umMundo Invisível

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Capítulo 4: Como Romper o CírculoVicioso

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Capítulo 5 – A Digestão deCarboidratos

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Capítulo 6 – A História da DoenҫaCelíaca

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Capítulo 7 – A Relação com o Cérebro

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Capítulo 8 – A Relação com o Autismo

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pacientes que têm duas síndromescoexistentes: a síndromecomportamental do autismo e a síndromebioquímica da acidose lática. Um dosquatro pacientes também tinhahiperuricemia e hiperuricosúria. Oestudo desses pacientes levanta ahipótese de que um subgrupo dasíndrome do autismo possa estarassociado a erros congênitos dometabolismo de carboidratos.MAN, S. et al. D-lactic acidosis in aman with the short-bowel syndrome. TheNew England Journal of Medicine,1979, nº 301, p. 249-252.STOLBERG, L. et al. D-lactic acidosisdue to abnormal flora. The New EnglandJournal of Medicine, 1982, nº 306, p.

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endotoxina – ou lipopolissacarídeos(LPS) – de bactéria Gram-negativa eramdesconhecidos. Agora, um considerávelconjunto de provas defende um modelono qual o LPS, ou partículas que contêmLPS (incluindo bactéria intacta), formacomplexos com uma proteína detransporte chamada LBP (LPS-bindingprotein); o LPS no complexo é emseguida transferido para outra proteínaque se liga ao LPS, a CD14, que éencontrada na membrana plasmática dagrande maioria dos tipos de células dalinhagem mieloide, assim como no sorode sua forma solúvel. A ligaҫão de LPSdessas duas formas de CD14 provoca aativaҫão de tipos de células da linhagemmieloide e não mieloide,

respectivamente.MEDZHITOV, R.; JANEWAY, C.Innate immunity. The New EnglandJournal of Medicine, 2000, nº 343, p.338-344.

Capítulo 9 – Introduҫão à Dieta

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Receitas

FISHER, S.E.; LEONE, G.; KELLY,R.H. Chronic protracted diarrhea:Intolerance to dietary glucose polymers.Pediatrics, 1981, nº 67, p. 271-

AGRADECIMENTOS

Para poder pesquisar, escrever epublicar este livro eu recebi ajudamoral, intelectual e emocional de muitaspessoas. Entre elas destacam-se osseguintes indivíduos, a quem agradeçode coração:

Dr. Donald B. McMillan pelo seutempo, know-how, apoio e sua amizade;

Catherine Dahlke por suahabilidade em colocar em ordem asideias desta edição;

Patricia Wilson por sua amizade edisposição em fazer as ilustrações destelivro;

Diane Jewkes por sua paciência e

habilidade na edição do manuscrito;Sue Brown, Callie Cesarini, Marge

Moulton, Debbie Newsted e JaneSexsmith pelo bom-humor e ajuda queprestaram nas inúmeras revisões destelivro;

Valerie Tabone e Sandra Rule doDepartamento de Serviços Gráficos (daUniversidade de Ontário Ocidental) pelacooperação na diagramação e design domanuscrito;

Meu marido, Herbert, pela suapaciência sem limites, apoio moral econtínuo estímulo para escrever o livro.Minha filha, Judith Lynn Herod, e suaamiga Tad Crohn pelo trabalhomaravilhoso na edição inicial do livro;

Minha filha, Joan Beth Gottschall,pelo seu contínuo encorajamento.