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O PAPEL DAS PRÁTICAS FOUCAULTIANAS NA REFLEXÃO TEÓRICA DE PAUL VEYNE. Luiz Antonio Albertti – PPG-Unesp/Assis. As reflexões de Paul Veyne esboçadas no texto Foucault revoluciona a história, de 1978, representam uma continuidade de preocupações do autor que encontramos em textos anteriores: Como se escreve a história (1971), A história conceitual (1974) e O inventário das diferenças (1976). Apresentaremos sucintamente cada um desses textos para situarmos melhor algumas noções como as de acontecimento, diferença, causalidade, narrativa, com o intuito de tornar mais claro qual será a importância das práticas foucaultianas nas reflexões epistemológica de Paul Veyne; tema desta comunicação. Em Como se escreve a história, Veyne procura romper com a filosofia clássica da história, desenvolvendo longamente a noção de acontecimento histórico, de compreensão histórica e idéia de progresso em história. O acontecimento é o objeto da história. Todo acontecimento é singular e diferente um do outro, tanto pela diferença temporal quanto pelas caracteristicas próprias de cada acontecimento. Sendo assim, o historiador só pode compreender um acontecimento de forma incompleta e unilateral, por meio de documentos, já que não existe um geometral em história, justamente porque a história se desenvolve no sublunar, ou seja, os acontecimentos são resultados de ações humanas, onde o acaso e a liberdade desempenham um importante papel, contrapondo-se ao plano celeste, que é “[...] a região do determinismo, da lei, da ciência: os astros não nascem, não mudam e não morrem e o seu movimento tem a periodicidade e a perfeição de um mecanismo de relojoaria”; enquanto no sublunar, “situado abaixo da lua, reina o devir e tudo aí é acontecimento [...] O homem é livre, o acaso existe, os acontecimentos têm causas cujo efeito permanece duvidoso, o futuro é incerto e o devir é contingente [...]” i . Para compreendermos os acontecimentos é necessário inseri-los naquilo que Veyne denominou como séries que, por sua vez, compõem a intriga. Para trabalhar a narrativa histórica o autor desenvolve a noção de intriga. “[...] A intriga é composta por séries, não importando como é traçado seu itinerário [...]” 2 . ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005. 1

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  • O PAPEL DAS PRTICAS FOUCAULTIANAS NA REFLEXO TERICA DE PAUL VEYNE.

    Luiz Antonio Albertti PPG-Unesp/Assis.

    As reflexes de Paul Veyne esboadas no texto Foucault revoluciona a histria, de 1978,

    representam uma continuidade de preocupaes do autor que encontramos em textos anteriores: Como

    se escreve a histria (1971), A histria conceitual (1974) e O inventrio das diferenas (1976).

    Apresentaremos sucintamente cada um desses textos para situarmos melhor algumas noes como as

    de acontecimento, diferena, causalidade, narrativa, com o intuito de tornar mais claro qual ser a

    importncia das prticas foucaultianas nas reflexes epistemolgica de Paul Veyne; tema desta

    comunicao.

    Em Como se escreve a histria, Veyne procura romper com a filosofia clssica da histria,

    desenvolvendo longamente a noo de acontecimento histrico, de compreenso histrica e idia de

    progresso em histria.

    O acontecimento o objeto da histria. Todo acontecimento singular e diferente um do outro,

    tanto pela diferena temporal quanto pelas caracteristicas prprias de cada acontecimento. Sendo assim,

    o historiador s pode compreender um acontecimento de forma incompleta e unilateral, por meio de

    documentos, j que no existe um geometral em histria, justamente porque a histria se desenvolve no

    sublunar, ou seja, os acontecimentos so resultados de aes humanas, onde o acaso e a liberdade

    desempenham um importante papel, contrapondo-se ao plano celeste, que [...] a regio do

    determinismo, da lei, da cincia: os astros no nascem, no mudam e no morrem e o seu movimento

    tem a periodicidade e a perfeio de um mecanismo de relojoaria; enquanto no sublunar, situado

    abaixo da lua, reina o devir e tudo a acontecimento [...] O homem livre, o acaso existe, os

    acontecimentos tm causas cujo efeito permanece duvidoso, o futuro incerto e o devir contingente

    [...] i.

    Para compreendermos os acontecimentos necessrio inseri-los naquilo que Veyne denominou

    como sries que, por sua vez, compem a intriga. Para trabalhar a narrativa histrica o autor desenvolve

    a noo de intriga. [...] A intriga composta por sries, no importando como traado seu itinerrio

    [...]2.

    ANPUH XXIII SIMPSIO NACIONAL DE HISTRIA Londrina, 2005.

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  • Pelo fato de a intriga ser um recorte operado pelo historiador, abandona-se ento a idia de

    totalidade histrica. O historiador no pode abranger nenhuma totalidade histrica, toda intriga surge da

    seriao de acontecimentos que este opera, para tornar sua intriga compreensvel. Sendo assim, no

    existe histria total, existe apenas histria de.... Nas palavras de Veyne:

    Um acontecimento s tem sentido numa srie, o nmero de sries indeterminado, no se dirigem hierarquicamente e

    como veremos to pouco tendem para um geometral de todas as perspectivas. A idia de Histria um limite

    inacessvel, ou antes, uma idia transcendental; no se pode escrever esta histria, as historiografias que se crem totais

    enganam sem saberem o leitor sobre a mercadoria e as filosofias da histria so um absurdo que depende da iluso

    dogmtica, ou seriam antes um absurdo se no fossem filosofias de uma histria de... 3

    Ao romper com a idia de totalidade histrica, Veyne defende que a histria no dispe de teorias,

    mtodos, ou conceitos gerais; descartando assim a possibilidade de pensar a histria como cincia.

    Toda teoria, mtodos ou conceitos so resultados de intrigas, isto , para compor uma intriga o

    historiador cria certos dispositivos que lhe sero convenientes para traar as sries da intriga, entretanto,

    esse mesmo procedimento no ser vlido para traar outros itinerrios, da decorre o risco de

    anacronismo histrico.

    No se constata menos que os historiadores so incessantemente importunados ou enganados pelos conceitos ou os

    tipos dos quais servem; eles reprovam-lhes umas vezes de serem chaves que, vlidas para um perodo, no funcionam

    para um outro, outras vezes de serem de margens claras e de acarretarem consigo associaes de idias que,

    mergulhadas num novo meio se tornam anacrnicas.4

    Negando a teoria, o mtodo e o conceito como universalmente vlidos, Paul Veyne d uma nova

    feio ao progresso em histria. Este deve ser pensado como aumento da tpica histrica, que se

    desenvolve dentro de uma cultura histrica. O historiador est inserido numa cultura histrica, que lhe

    possibilita fazer um questionamento maior dos acontecimentos. [...] O enriquecimento dos repertrios de

    lugares nico progresso que o conhecimento histrico pode fazer.5

    O aquilatamento dos tpicos histricos deve ser acompanhado de um trabalho de conceituao

    dos acontecimentos, pois, para Veyne, [...] a formao de novos conceitos a operao atravs da qual

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  • se produz o enriquecimento da viso [...]6. Os conceitos histricos proporcionam ao historiador uma [...]

    percepo mais fina da originalidade dos acontecimentos, [...] o que significa que ela no perde para trs

    o terreno que conquista para a frente.7

    Ao afirmar que o historiador deve ter como preocupao primordial a conceituao dos

    acontecimentos, o autor aponta a necessidade de aproximar histria e sociologia. Em Como se escreve

    a histria, a sociologia perde seu padro de cientificidade, sendo, ento, entendida como tpica

    histrica. Na pena de Veyne, o

    [...] que fazemos nos nossos dias sob a designao de sociologia no uma cincia; uma descrio, uma histria sem

    esse nome, quer uma tpica da histria ou uma fraseologia, dessa maneira, necessrio renunciar ideia comteana de

    que ela [a historia est por enquanto num estdio pr-cientfico e espera ser elevada ao nvel de cincia, sendo essa

    cincia a sociologia. 8

    Para o epistemlogo, o melhor exemplo de abordagem sociolgica dos acontecimentos histricos

    a obra de Max Weber:

    [...] a sociologia de Weber de facto uma histria sob uma forma mais geral e mais sumria. Para ele, a sociologia no

    podia ser mais do que uma histria desse gnero, visto que a seus olhos as coisas humanas no podiam ter leis

    universais e s davam origem a proposies histricas, s quais ele s recusava o epteto de histricas por serem

    comparativas e no-acontecimentais. 9

    Percebemos assim, que as noes de acontecimento, diferena e narrativa, neste momento, so

    pensadas por meio do conceito de intriga, excluindo da histria qualquer possibilidade de se tornar

    cientfica, onde a sociologia desempenha o papel de tpica histrica.

    J no texto A histria conceitual (1974) a sociologia passa a ser pensada ento, no apenas como

    tpica histrica, mas sim, como uma forma de pensar que possibilita a conceituao dos acontecimentos,

    afastando o historiador do meramente factual. Somente a conceituao dos acontecimentos permite

    percebermos melhor as diferenas existentes entre eles.

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  • Se em Como se escreve a histria a preocupao central evidenciar que a histria no possui

    formas permanentes e universais de explicao dos acontecimentos - estes so analisados em sries

    que compem a intriga. Em A histria conceitual, Veyne defende que a histria possui ncleos de

    cientificidade:

    Para iniciar o assunto, resumamos por antecipao nosso objetivo. A histria no se reduz ao campo da aplicao das

    cincias nascidas ou por nascer, mas tampouco residual em relao a essas cincias: ela comporta ncleos de

    cientificidade. 10

    Isso no quer dizer que a histria seja uma cincia no sentido das cincias ditas duras, mas

    envolve procedimentos de carter cientfico que se aplicam sobre o seu objeto exclusivo: o

    acontecimento. Mas, como se pode tratar com algum grau de cientificidade os acontecimentos

    sublunares?

    Os ncleos de cientificidade so expressos por meio de conceitos, e o maior esforo da histria

    consiste na criao de conceitos:

    Os termos histria no factual, histria em profundidade, histria comparada, histria generalizante, tipolgica ou ainda

    sociologia histrica, e mesmo tpica histrica, so maneiras semelhantes para designar esse trabalho de conceituao

    do todo confuso que, antes de mais nada, o espetculo do devir. 11

    A conceituao dos acontecimentos torna possvel aprofundar o conhecimento histrico, desde

    modo a narrativa histrica no se satisfaz em apenas constatar a existncia de um acontecimento, mas

    em explic-lo cada vez melhor com o auxlio da sociologia, desenvolvendo assim os ncleos de

    cientificidade da histria. Estes permitem-nos percebermos as diferenas existentes entre os

    acontecimentos histricos, afastando-nos um pouco mais do risco de anacronismo histrico; uma vez

    que a conceituao consiste em inserir os acontecimentos narrados no tempo e analisar como ao longo

    deste, um mesmo acontecimento suporta caractersticas bastante diferenciadas, que s podem ser

    percebidas na medida em que tratamos o acontecimento como conceito. Veyne conclui o texto

    ressaltando a importncia da histria conceitual:

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  • No pretendemos que a histria deva ou deveria ser conceitual: constatamos que ela , que o termo conceituao

    aquele que melhor descreve seus progressos desde Tucdides; que um termo mais justo que o de histria no fatual,

    generalizante, explicativa etc.; enfim, que se a histria, no contente de ser conceitual, sabe que ela o , esse saber

    pode incit-la a vir a s-lo mais ainda: no se pode pedir mais epistemologia.12

    A conceituao dos acontecimentos e o estreitamento dos laos entre sociologia e histria sero

    aprofundadas no texto O Inventrio das diferenas, cujo subttulo Histria e sociologia, no qual o autor,

    partindo da conceituao proposta no texto de 1974, busca objetivar o devir histrico por meio da

    elaborao de dispositivos tericos, que so as constantes transhistricas, estas devem fornecer as

    condies para o historiador fazer o inventrio das diferenas.

    A formao de constantes transhistricas variveis consiste em individualizar os acontecimentos

    histricos. A individualizao, isto , tratar os acontecimentos conceitualmente, permite ao historiador

    pensar as dimenses ainda no pensadas dos acontecimentos. Essa dimenso do no pensado s

    possvel porque a conceituao leva o historiador a fazer uma histria em profundidade. Conforme

    afirma Veyne,

    [...] a conceituao de uma constante permite explicar os acontecimentos; jogando-se com as variveis pode-se recriar, a

    partir da constante, a diversidade das modificaes histricas; explicita-se, desse modo, o no-pensado e lana-se no

    que era apenas vagamente concebido ou mal pressentido. Finalmente, e sobretudo, por mais paradoxal que parea a

    afirmao, s a constante individualiza. 13

    Ao afirmar que s a constante individualiza, corre-se o perigo de, ao individualizar os

    acontecimentos, trat-los como objetos invariveis , portanto, necessrio que o historiador explicite

    os mecanismos de criao e modificao das constantes, por isso conceb-las como transhistricas.

    Constante no quer dizer que a Histria feita de objetos invariveis, que jamais mudaro, mas somente se pode

    captar nela um ponto de vista cientfico, escapando s ignorncias e s iluses de cada poca e sendo trans-histrico.

    Para resumir: determinar as constantes determinar as verdadeiras realidades e os verdadeiros mecanismos da

    evoluo histrica; explicar essa evoluo cientificamente, ao invs de restringir-se a narr-la superficial e

    ilusoriamente.14

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  • Na opinio de Veyne, em O inventrio das diferenas, [...] a Histria congenitamente cientifica

    [...] A Histria cincia das diferenas, das individualidades [...]15, onde o mais importante encontrar

    idias que possam aproximar o historiador da verdade, que nunca pode ser conhecida de antemo; que

    possibilite ao historiador fazer um inventrio das diferenas. deixar de ser inocente, e perceber que o

    que poderia no ser. O real est envolto numa zona indefinida de com-possveis no-realizados; a

    verdade no o mais elevado dos valores do conhecimento.16.

    O percurso realizado por Veyne at este momento para pensar os acontecimentos, suas

    diferenas, causalidade, e seus lugares na intriga, contou cada vez mais com o auxlio da sociologia;

    perceberemos agora como os acontecimentos podem ser pensados por meio da filosofia, neste caso, a

    filosofia de Michel Foucault, que , para Veyne, [...] o historiador acabado, o remate da histria. Esse

    filsofo um dos grandes historiadores de nossa poca, e ningum duvida disso, mas poderia, tambm,

    ser o autor da revoluo cientfica atrs da qual andavam todos os historiadores.17

    As prticas foucaultianas contribuiro para o empreendimento terico de Veyne pensar a histria

    em termos cientficos.

    Neste texto, h um rompimento com a idia de causa e objeto natural e material. No lugar de

    causas naturais tem-se o desenvolvimento da noo de prticas vizinhas.

    Ou, melhor dizendo, preenche ativamente o vazio que essas prticas deixam, atualiza as virtualidades que esto

    prefiguradas no molde; se as prticas vizinhas se transformam, se os limites do vazio se deslocam.18

    Veyne, usando-se do conceito de prtica, d uma nova feio conceituao dos acontecimentos.

    O trabalho de conceituao feito aps o historiador traar os itinerrios que podem ligar prticas

    vizinhas. Com isso, o historiador abre o campo do acontecimento histrico para aquilo que estava oculto

    nos discursos, nas causas e objetos naturais e materiais. Isso permite a Veyne afirmar que as prticas

    so a parte oculta do iceberg:

    A pratica no uma instncia misteriosa, um subsolo da histria, um motor oculto: o que as pessoas (a palavra

    significa exatamente o que diz). Se a pratica est, em certo sentido, escondida, e se podemos, provisoriamente, cham-

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  • la parte oculta do iceberg. simplesmente porque ela partilha da sorte da quase-totalidade de nossos comportamentos

    e da histria universal: temos freqentemente, conscincia deles, mas no temos conceitos para eles. 19

    As prticas foucaultianas apresentam-se como o aprofundamento das constantes transhistricas

    variveis de O inventrio das diferenas, pois as prticas vizinhas permitem ao historiador explicar

    aquela zona ainda no pensada do acontecimento, uma vez que este passa a ser pensado atravs das

    objetivaes de prticas determinadas que o constitui, a isto Veyne d o nome de densificao20. Desta

    feita, o historiador passa a dispor de um mecanismo de cunho metodolgico para a cincia da diferena

    ou cincia conceitual que a histria (no podemos esquecer que em Como se escreve a histria Veyne

    nega qualquer possibilidade de a histria vir a ser cientfica).

    No entanto, a contribuio de Foucault para pensar a obra epistemolgica de Veyne vai mais alm.

    No significando apenas uma ampliao das noes desenvolvidas no texto de 1976, mas sim, uma

    redefinio de todos os textos dos quais tratamos aqui. Redefinio que pode ser percebida quando o

    autor se refere ao mtodo histrico; logo na primeira pgina de Como se escreve a histria, lemos: [...]

    No, a histria no tem mtodo: seno peam que vos mostrem esse mtodo [...]21; e nas primeiras

    linhas de Foucault revoluciona a histria que Veyne afirma [...] a utilidade prtica do mtodo de Foucault

    [...]22.

    Ao lermos Foucault revoluciona a histria temos que retomar e perceber como as prticas

    rearticulam, modificam ou ampliam as noes a respeito do acontecimento, diferena, narrativa, entre

    outros, tratados em Como se escreve a histria e nos textos posteriores: se pensarmos nas prticas que

    constituem os acontecimentos, qual ser a funo da retrodico para a compreenso da causalidade

    histrica? Se abandonarmos a idia de causas materiais e objetos naturais onde situaremos as

    diferenas existentes entre um acontecimento e sua relao com os demais na composio das sries

    de uma intriga? O texto de 1978 no significa um acabamento das reflexes epistemolgicas de Paul

    Veyne, mas sim um ponto de partida que nos possibilita repensar os textos de 1971, 1974 e 1976, que

    denotam uma relao estabelecida entre histria, sociologia e filosofia. Para citarmos apenas um indcio

    entre outros possveis, a reedio de 1978 de Como se escreve a histria, no qual publicado em

    anexo o texto Foucault revoluciona a histria, e que sofre uma reduo de mais de cem pginas, em que

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  • vrios tpicos so retirados; acreditamos que isto no seja apenas uma simples enxugamento, mas

    uma reelaborao do texto editado em 1971.

    i VEYNE, Paul. Como se escreve a histria. Trad. Antnio Jos da Silva Moreira. Lisboa: Edies 70, 1983, p. 43. 2 Ibid., p. 48. 3 Ibid., p. 38-9. 4 Ibid., p. 161. 5 Ibid., p. 270. 6 Ibid., p. 256. 7 Ibid., p. 273. 8 Ibid., p. 319. 9 Ibid., p. 342. 10 VEYNE, Paul. A histria conceitual. In: LE GOFF, J. e NORA, P. (Org.). Histria: novos problemas. Trad. Theo Santiago. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976, p. 64. 11 Ibid., loc. cit. 12 Ibid., p. 81. 13 VEYNE, Paul. O inventrio das diferenas: histria e sociologia. Trad. Snia Salzstein. So Paulo: Brasiliense, 1983, p. 15. 14 Ibid., p. 19-20. 15 Ibid., p. 47. 16 Ibid., p. 55. 17 VEYNE, Paul. Como se escreve a historia. Foucault revoluciona a historia. Trad. Alda Baltar e Maria Auxiliadora Kneipp. Braslia: EDUNB, 1982, p. 151. 18 Ibid., p. 166. 19 Ibid., p. 157-8. 20 Ibid., p. 162. 21 VEYNE, Paul. Como se escreve a histria. Op. cit., p. 9. 22 ______. Foucault revoluciona a histria. Op. cit., p. 151.

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