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C O M O U T I L I Z A R A S A L A D E A U L A I N V E R T I D A E M T R E I N A M E N T O S
2c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
COMO SURGIU A SALA DE AULA INVERTIDA . . . . . . . . . . . . 4
OS BENEFÍCIOS DA METODOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
COMO INVERTER A SALA DE SALA NA PRÁTICA . . . . . . . . . 9
DESAFIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
SOBRE A CAPUT. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
_ SUMÁRIO
À medida em que a tecnologia avança e
ferramentas de aprendizagem cada vez
mais interativas vão surgindo, a
educação corporativa tem tudo para
alcançar um novo patamar de eficácia
durante os próximos anos.
Já imaginou quão produtivo seria um
curso em que os colaboradores da sua
empresa estudassem o conteúdo
previamente com o apoio de
tecnologias e chegassem à sala de aula
prontos para aprofundar o
conhecimento e já praticar aquilo que
aprenderam? Esse método inovador e
revolucionário existe e tem promovido
excelentes resultados não só nas
escolas, mas também nas empresas. A
chamada Sala de Aula Invertida – do
inglês, Flipped Classroom – é uma
proposta de aprendizagem baseada em
aulas menos expositivas, mais
participativas e com resultados
bastante superiores ao modelo
tradicional de ensino.
Como o próprio nome sugere, a Sala de
Aula Invertida é um método de ensino
que propõe a reversão de alguns
paradigmas. Os profissionais em
treinamento estudam o conteúdo em
casa e, assim, o tempo em sala é
utilizado para tirar dúvidas, trocar
experiências e aprofundar o
aprendizado. Além disso, a metodologia
propõe uma mudança radical nos
papéis: o educador deixa de ocupar a
figura central do processo e passa a ser
um facilitador, enquanto o aprendiz se
torna o grande protagonista do
próprio aprendizado.
Portanto, se na sua empresa os
treinamentos com modelos tradicionais
não empolgam os participantes nem
possibilitam resultados efetivos de
aprendizagem e mudança
comportamental, ou se, simplesmente,
seus colaboradores não dispõem de
muito tempo para serem capacitados
em sala, talvez seja a hora de
_ INTRODUÇÃO
C O M O U T I L I Z A R A S A L A D E A U L A I N V E R T I D A E M T R E I N A M E N T O S
3
Wellington MoreiraDiretor-executivo
Caput Consultoria
experimentar algo novo.
Agora, você pode estar se
perguntando: se a Sala de Aula
Invertida é tão eficaz e revolucionária,
porque ainda não se popularizou nas
empresas? Neste e-book, além de
conhecer melhor a metodologia e
aprender como trabalhá-la, você
também vai descobrir os desafios
impostos a quem decide adotá-la, que
não são poucos. Mas, acredite, vale a
pena inverter o jeito de trabalhar as
ações de educação corporativa em sua
companhia.
Boa leitura!
c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Se uma máquina do tempo pudesse nos levar agora para
uma sala de aula do fim do século XIX, veríamos que ela é
praticamente igual àquilo que encontramos nos espaços
de aprendizagem hoje em dia. Apesar de toda a evolução
tecnológica e social que tivemos de lá para cá, o ambiente
e o processo de ensino continuam seguindo a mesma
receita.
_ COMO SURGIU A SALA DE AULA INVERTIDA
AMBIENTE ESCOLAR
Sinceramente, você enxerga
alguma diferença?
Não mudou praticamente
nada.
FINAL DO SÉC. XIX INÍCIO DO SÉC. XXI
C O M O U T I L I Z A R A S A L A D E A U L A I N V E R T I D A E M T R E I N A M E N T O S
4c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Apesar de já existir como ideia há
muito tempo, a metodologia da
Sala de Aula Invertida surgiu há
apenas 10 anos, nos Estados Unidos,
e tem suas raízes no ensino híbrido,
ou blended learning, que é a
combinação de recursos presenciais
e on-line para tirarmos proveito das
vantagens dos dois modelos de
aprendizagem.
Disseminada nos últimos anos pelos
professores norte-americanos Jon
Bergmann e Aaron Sams, a inversão
da sala de aula foi testada e
aprovada por universidades
classificadas entre as melhores do
mundo, como Harvard, Duke e
Stanford. Em Harvard, alunos de
“turmas invertidas” obtiveram
ganhos de aprendizagem de até
79% a mais do que aqueles que
cursaram o ensino tradicional. Na
Universidade de Michigan, um
estudo mostrou que os alunos
passaram a aprender em menos
tempo. O MIT (Massachusetts
Institute of Technology) considera a
método fundamental em seu
modelo de aprendizagem. A Sala de
Aula Invertida é adotada em escolas
da Finlândia e vem sendo testada
em países de alto desempenho em
educação, como Singapura, Holanda
e Canadá.
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5c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Capa do livro "Sala de aula invertida", de Jonathan
Bergma e Aaron Sams (Editora LTC), que é
referência sobre o tema.
_ OS BENEFÍCIOS DA METODOLOGIA
Você já deve saber que para alcançar
bons resultados com treinamentos é
fundamental que os colaboradores
em formação compreendam como
aplicar o aprendizado em sua rotina.
E, para isso, nada melhor do que
praticar muito. Pesquisas científicas
que resultaram na metodologia
70/20/10 já confirmaram que 70%
do aprendizado decorre do exercício
rotineiro. A lógica da Sala de Aula
Invertida coincide com essa ideia: a
prática é o foco do tempo em sala.
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6c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Ainda em 1946, o educador Edgar Dale já afirmava que
os índices de retenção de conteúdo mudam muito
dependendo da técnica aplicada. Os métodos
passivos, como assistir a uma palestra ou dedicar-se a
leituras ajudam a fixar, no máximo, 30% daquilo que
foi transmitido. Já os métodos ativos, como participar
de discussões em grupo, "colocar a mão na massa" ou
você ensinar o conteúdo a terceiros eleva a sua taxa
de retenção para índices que variam de 50% a 90%.
A Sala de Aula Invertida funciona exatamente porque
o aprendiz ocupa o papel central do processo de
aprendizagem. Em vez de permanecer numa postura
passiva anotando o conteúdo despejado pelo
professor e com o qual acaba de ter o primeiro
contato, ele se responsabiliza por aquilo que aprende
ou não – orientado pelo educado, é claro – antes de
frequentar as aulas com os demais colegas.
Por conseguinte, a aplicação da metodologia na sua
empresa trará benefícios, como:
Ÿ O aprendiz é o protagonista. Os profissionais em
formação controlam como, quando e onde
Experiência própria, tarefas,
resolução de problemas,
aplicação de conhecimentos,
novas práticas e ou on the
job.
10%
70%
Cursos, e-learning, programas
de formação e ou congressos.
Feedback, orientação,
benchmarking, coaching,
menloring e ou fóruns de
discussão.
Fonte: 70/20/10 Mdel. Mccall, Eichinger e Lombardo - Center for Creative Leadership
PRÁTICA NO TRABALHO
TREINAMENTOFORMAL
20%COMPARTILHAR CONHECIMENTO
Aprendizagem
Informal
Aprendizagem Formal
Aprendizagem Social
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7c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
precisam ser cobertas. Ou seja,
quando é necessário mudar
alguma coisa para que os
objetivos sejam alcançados, todo
mundo percebe na hora.
Ÿ Relacionamento professor-aluno
mais frutuoso. A metodologia
possibilita que os atores
envolvidos no processo criem
laços de confiança e, com isso,
deixem de lado temores que
geralmente encontramos nos
treinamentos corporativos.
Ÿ Menor duração dos cursos.
Como boa parte do conteúdo é
estudado antes das aulas, o
tempo em sala pode ser
redimensionado. Ou seja, aquele
treinamento de 8 horas tem tudo
para acontecer com 4 horas
presenciais sem perda da eficácia.
aprendem, podendo caminhar de
acordo com o próprio ritmo.
Ÿ Encontros presenciais
memoráveis. Como os
participantes estudam o
conteúdo previamente, é comum
que já cheguem à sala com
dúvidas que o facilitador do
treinamento logo esclarecerá com
o grupo todo reunido. E, além
disso, já que nesse momento são
realizadas atividades vivenciais
enriquecedoras que mostram
como o conteúdo aprendido pode
ser aplicado no mundo real, as
pessoas reconhecem a relevância
do treinamento que estão
recebendo.
Ÿ Resultados visíveis. Tanto os
aprendizes quanto o facilitador
têm clareza sobre o que foi
aprendido e as lacunas que ainda
Ÿ Desenvolvimento de
competências. A aprendizagem
invertida fomenta a capacidade
de autogestão do colaborador e
sua disposição para trabalhar em
equipe. Por consequência, os
torna mais ativos, melhora o nível
das discussões em sala e acelera o
aprendizado das pessoas.
BENEFÍCIOS- Protagonismo do aprendiz
- Aulas memoráveis
- Resultados claros
- Boa relação professor-aluno
- Otimização do tempo
- Desenvolvimento de competências
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8c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
_ COMO INVERTER A SALA DE SALA NA PRÁTICA
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9c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
No método de ensino tradicional, o
tempo em sala de aula é utilizado
para que o facilitador exponha o
conteúdo, enquanto os profissionais
em capacitação ouvem e fazem
anotações. Mesmo que alguns
exercícios sejam realizados ali, a
consolidação do conhecimento
acaba se dando em casa, quando o
aprendiz revisa suas anotações e
cumpre as tarefas solicitadas pelo
educador.
Na sala invertida, ocorre
exatamente o contrário: com o
auxílio da tecnologia, o colaborador
em treinamento tem contato com o
conteúdo antes da aula e o tempo
em sala é utilizado para tirar dúvidas,
discutir questões e cumprir
atividades que vão consolidar o
aprendizado.
SALA DE AULA TRADICIONAL
explicação do educador e pouco
tempo para exercícios práticos.
SALA DE AULA INVERTIDA
solução de dúvidas, exercícios práticos,
atividades em grupo e discussões.
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10c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Basicamente, o processo de aprendizagem invertida é composto por três
momentos: o antes, o durante e o depois. O pré-work diz respeito à preparação
prévia do aprendiz para a aula; no durante ele vai aprofundar os conceitos e
praticá-los através da interação com o educador e os colegas; e o pós-work tem o
objetivo de auxiliar o aprendiz a transferir o conhecimento que adquiriu para
rotina.
O primeiro passo para inverter o
processo de aprendizagem é
explicar à turma como ele vai
funcionar, pois os participantes só
apoiarão a proposta se puderem
compreendê-la e enxergarem seus
benefícios. A partir desse
alinhamento, é preciso que o
facilitador prepare o material que
será disponibilizado previamente
aos participantes por meio da
plataforma on-line escolhida. É esse
conteúdo que vai promover o
primeiro contato dos colaboradores
com o tema a ser estudado.
Adultos precisam saber por que
tem de aprender algo, antes de
empreender esforços no
aprendizado.ANTES
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11c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Com esses cuidados, o profissional
em treinamento pode estudar no
próprio ritmo e visualizar os
conteúdos de acordo com suas
necessidades individuais. E uma
última dica: é recomendável
disponibilizar o material com 10 a
15 dias de antecedência da aula.
Assim ninguém reclama que não
teve tempo de fazer a lição de casa.
hoje é o segundo maior motor de
procuras da internet, atrás apenas
do Google. Os conteúdos em vídeo
conquistaram uma grande relevância
e isso não deve mudar no curto
prazo.
Também procure ser objetivo em
relação ao material disponibilizado:
as pessoas têm cada vez menos
tempo e disposição para conteúdos
muito longos. Com relação aos
vídeos, por exemplo, não precisam
ser cinematográficos e
superproduzidos. Você pode gravá-
los utilizando até mesmo seu
smartphone. O importante é que
tenham um bom roteiro, sejam
curtos o suficiente para ser atrativos
– algo com 5 a 7 minutos – e
completos o bastante para
transmitir aquilo que prometem.
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12c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Vamos tomar como exemplo um
treinamento sobre Gestão do
Tempo. Quem está à frente do curso
terá de pensar em diferentes formas
de apresentar o conteúdo aos
aprendizes. Ao profissional em
treinamento pode ser proposto, por
exemplo, que assista um vídeo, leia o
capítulo de um livro e coloque no
papel, por dois ou três dias, a relação
de atividades cumpridas naquele
período (especialmente, o tempo
gasto em cada uma delas).
Lembre-se que, hoje, as pessoas
absorvem muito melhor as
informações a partir de vídeos ou
áudios do que de textos, como era
antigamente. Não é à toa que o
YouTube ultrapassou, anos atrás, o
site de buscas do Yahoo em
números de pesquisas realizadas e
Estudos científicos sobre o poder
de concentração do ser humano
mostram que nossa atenção dura
entre 10 e 18 minutos. Daí a
necessidade de ser sintético na
transmissão do conteúdo.
DURANTE
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13c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
acordo com o ritmo e tratar as
dificuldades de cada aprendiz, entre
outras coisas.
Essas atividades interativas em sala é
que vão aprofundar os conceitos
estudados no pré-work e fazer com
que os participantes “liguem os
pontos". Por isso, é imprescindível
que o facilitador consiga escolher
bem as tarefas práticas que os
aprendizes terão de cumprir, além
de acompanhar se estão
interagindo, se conseguem elaborar
problemas sobre o tema e se
estudaram realmente o material
introdutório.
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c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Na sala de aula, os profissionais em
treinamento vão tirar suas dúvidas,
dialogar com os colegas sobre o
tema, trocar experiências, realizar
atividades colaborativas e/ou
participar de dinâmicas de grupo,
sempre sob a condução do
facilitador.
É importante destacar que esse
tempo em sala de aula precisa ser
memorável, para que não fique a
sensação de que o estudo prévio
não valeu muito a pena ou que o
facilitador é dispensável. Ao
contrário, nesse contexto o
educador ganha uma importância
ainda maior. Apesar de não ser mais
o personagem principal, ele
necessita de sabedoria e experiência
para propor problemas, simular
hipóteses, dividir os grupos de
No ensino, assim como na marcenaria, a seleção de ferramentas
depende da tarefa a ser cumprida.
DEPOIS
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15c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Esse “dever de casa” pode ser
acompanhado de um texto
complementar, um trabalho em
grupo, resumos, intercâmbios em
ambiente virtual ou qualquer outra
atividade que o instrutor julgue útil
para amarrar o assunto.
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16c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
O fim da aula não deve representar
a conclusão do aprendizado sobre
o tema em estudo. Muitas vezes é
preciso dar sequência ao processo
para que as pessoas aprofundem o
que estudaram até então. Assim, o
pós-work traz um novo desafio ao
educador: criar estímulos para que
os aprendizes continuem se
dedicando ao tema e pensar
atividades que os ajudem a
transferir os conceitos aprendidos
para a sua rotina. Àquele
profissional treinado para melhor
gerir seu tempo, por exemplo, pode
ser proposto que adote o plano de
ação construído em sala, anotando
seus progressos num aplicativo
compartilhado com os demais
colegas que participaram do curso.
“Conteúdo coberto não é a
mesma coisa que conteúdo
aprendido.”
_Ruth Clark
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17c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
ANTES
Os estudantes se preparam
para as atividades em sala.
DURANTE DEPOIS
Praticam os conceitos
aprendidos.
Revisam o conteúdo e
estendem seus aprendizados.
_ DESAFIOS PRINCIPAIS
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18c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
Como qualquer inovação que traga
consigo a quebra de paradigmas
consolidados durante décadas, a
Sala de Aula Invertida impõe uma
série de desafios a quem decide
implantá-la. É importante que você
saiba, por exemplo, que, mesmo
sendo adequada a qualquer
segmento de negócio e viável para a
maior parte dos treinamentos
executados hoje em dia, a Sala de
Aula Invertida só vai funcionar num
ambiente condizente com a
proposta.
Se a empresa ainda não incentiva as
pessoas a aprenderem nas mais
diferentes situações e a qualquer
hora, nem garante acesso às
plataformas virtuais para que o
colaborador acesse o conteúdo
também no trabalho, será bastante
difícil implantar a aprendizagem
invertida.
Outro ponto bastante crítico é que o
sucesso desse modelo é
diretamente proporcional ao
comprometimento dos
participantes. Como a proposta da
inversão é que o aprendiz seja
protagonista e tenha ampla
autonomia sobre seu aprendizado,
ele precisa estar profundamente
engajado para estudar o conteúdo
proposto e fazer as atividades
apresentadas pelo facilitador.
Por outro lado, também é
imprescindível que os facilitadores
estejam dispostos a lidar com as
exigências do seu novo papel. Se
antes eles compensavam a falta de
planejamento com uma boa retórica
em sala, a partir de agora terão de
organizar as atividades do processo
antes-durante-depois sem nenhum
tipo de atraso.
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c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
E os obstáculos não param por aí. Tanto para quem ensina quanto para quem
aprende, são vários os desafios:
EDUCADORŸ Lidar com a perda de controle do
processo de aprendizagem
Ÿ Planejar minuciosamente as
atividades
Ÿ Dominar as tecnologias
disponíveis
Ÿ Aprender a gravar aulas em vídeos
Ÿ Saber conduzir o processo de
aprendizagem em meio ao caos
aparente
Ÿ Problematizar questões
relevantes para o grupo aprendiz
Ÿ Assumir o protagonismo pelo
próprio aprendizado
Ÿ Administrar bem o ritmo de
estudos
Ÿ Ter disciplina para acessar os
conteúdos no tempo proposto
Ÿ Fazer contribuições durante as
atividades em sala de aula
Ÿ Formular perguntas relevantes
Ÿ Transferir o aprendizado para a
sua rotina de trabalho
19
APRENDIZ
Por isso, se os treinamentos da sua
empresa ainda estão sendo feitos no
modelo tradicional, procure
encontrar respostas às seguintes
questões antes de adotar de vez a
aprendizagem invertida:
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c a p u t c o n s u l t o r i a . c o m . b r
1.
20
Como você irá engajar os principais sponsors desde já?
Aliás, quem são eles?
2.
3.
4.
5.
O que você precisa fazer para que os colaboradores da
empresa se motivem a aprender quando não estão em
sala de aula?
Com quem você deve aplicar um programa-piloto? Existe
algum grupo na empresa que é aberto a esse tipo de iniciativa
e poderá ajudá-lo a conquistar um sucesso inicial?
Quais os facilitadores internos e externos que têm um
bom perfil para este tipo de jornada de aprendizagem?
E quem possivelmente resistirá ao processo?
Como você lidará com as restrições técnicas, caso elas
existam?
Desde sua fundação, em 2000, a Caput Consultoria tem
se mantido em constante evolução e fiel ao propósito de
desenvolver pessoas e transformar organizações pelo
Brasil. E com o passar do tempo nós nos especializamos
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líderes.
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