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Quarta Edição

MÓVEIS - PARTE 1

Nome: Alexandre Oliveira mas me chamam mas me chamam de Alê

Idade: 27

Formação: Design de Produto – UFPR em 2009Tempos de mercado: 6 anos Local de atuação: Coordenador do programa Meu Primeiro Royalty da Meu Móvel de Madeira (meumoveldemadeira.com.br) Histórico de eventos: R Cianorte, R Ilha do Mel, Purungos, diversas semanas acadêmicas em Curiti-ba, São Paulo e Florianópolis, N Floripa, N Curitiba, além de eventos científicos (P&D, CIPED, entre outros) O que o motivou a trabalhar na área em questão?“Eu lembro de muito cedo questionar formatos de produtos como controles de videogame e utensílios para a casa com um sonoro “POR QUE ELES FIZERAM ASSIM??!” e essa curiosidade só aguçou quando mais velho. A segunda motiva-ção foi quando entrei em contato com produção em madeira e me apaixonei de vez pelo design mobiliário. “ Como é o mercado atual na sua profissão?Muito dinâmico. Embora precise de uma reflexão profunda e constante da pro-dução e do comportamento das pessoas, o mercado nos obriga a sermos mais rápidos na pesquisa e no desenvolvimento. O mercado mobiliário brasileiro, ao meu ver, ainda está entendendo as necessidades reais dos consumidores e que alguns móveis já não conseguem suprir. E isso é o que mais me motiva.

Entrevista

Quais dificuldades enfrentou?As principais foram a adaptação aos diferentes tipos de público e ao tempo de desenvolvimento que muda muito entre a academia e o mercado. Agora, como não desenvolvo diretamente mas apresento briefings para alunos de universi-dades e terceirizados, a maior dificuldade é entender a fluidez do mercado e o comportamento humano para sempre inovar e suprir as necessidades reais das pessoas.

Quais os benefícios de estudar a área, mesmo que não seja para trabalhar com ela?O principal é que o design trabalha com pessoas. Não importa a sua habilita-ção e sua área, entender as pessoas é imprescindível. E isto me fez poder me comunicar muito melhor com pessoas de diferentes pontos de vista, diferentes origens e entendê-las melhor.

Que ferramentas você utiliza?Agora, uso menos ferramentas para desenvolvimento. Mas usei muito: lápis e papel; muita conversa; e os softwares para tentar comunicar as minhas ideias: Rhinoceros, 3DsMax, AutoCAD, Photoshop e até SketchUp servia se fosse preci-so ser mais ágil.

Enxerga alguma ligação entre sua área e o design social? Qual?Sim, a minha área (mobiliário) atua diretamente nos espaços de vivência das pessoas. Um exemplo: existem diversos projetos de design aberto para que pes-soas construam seu próprio móvel no qual eles fornecem todo o processo de confecção. Além de várias inserções colaborativas de associações e comunida-des no processo produtivo. Ou seja, em todas as etapas há espaço para o design social – e oportunidade de negócios.

Qual o seu projeto que mais o satisfez até hoje? Acho que o projeto que mais me satisfaz ainda é o programa Meu Primeiro Royalty. Nele, desenvolve-se produtos e serviços para o mercado em colabo-ração com alunos de várias universidades do Brasil. Acompanhamos durante o semestre o desenvolvimento dos alunos e fazemos a consultoria como aconte-ce no mercado. Vários projetos são escolhidos para a comercialização na Meu Móvel de Madeira e o aluno tem todo o crédito e também recebe royalties por cada venda!

Para as pessoas que são atualmente estudantes, mas tem interesse em ingres-sar na área, quais suas dicas? Acho que é: faça. Desenvolva projetos, não tenha vergonha de mostrar e discu-tir. Não se apaixone pelo seu projeto pois críticas sempre são bem vindas. Co-nheça pessoas da área e deixe bem claro para os outros o seu objetivo e o que você ama.

Ambições e planos futuros?Meu maior objetivo agora é fazer mestrado nesta área de inovação e crowd de-sign que venho trabalhando há quase 3 anos e trabalhar com inovação aberta, isto se tratando de design. Tenho outros planos mas, vamos com calma, um de cada vez.

Contatofb.com/rsul2014cordesul@gmail.com

Décimo Primeiro Encontro RegionalSul de Estudantes de Design

Curitiba | 2014