Compêndio - História e Simbolismo - Luiz Antonio Brasil

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Compêndio sobre filosofia e teosofia. Texto de Luiz Antonio Brasil.

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Acosmogonia uma cincia cultivada por todos os povos arcaicos e tradicionais e se refere ao conhecimento do homem (pequeno cosmos) e do universo (homem grande). Repete-se de modo unnime e de maneira perene ao longo do tempo (histria) e do espao (geografia), descrevendo uma nica realidade, a do cosmos. Esta realidade, por outro lado, a mesma que ns, os contemporneos, vivemos e habitamos, pois essencialmente imutvel apesar das mutantes formas em que pode ser expressa ou apreendida, j que se mantm perenemente viva.

O modo normal pelo qual essa Cosmogonia, Universal e Perene se expressa o smbolo, ou um conjunto de smbolos em ao, constituindo cdigos e estruturas que se conjugam permanentemente entre si, manifestando e veiculando a realidade, ou seja, toda a possibilidade do discurso universal, que se faz audvel e compreensvel por seu intermdio.

O smbolo , portanto, a traduo inteligvel de uma realidade cosmognica e, ao mesmo tempo, essa realidade em si, ao nvel em que ela se expressa.

Para o caso da cosmogonia nos interessam particularmente os smbolos numricos e geomtricos, que, como se sabe, mantm uma perfeita correspondncia entre si. Constituem mdulos paradigmticos, presentes em todas as culturas, j que formam a estrutura de qualquer construo, neste caso, da Construo Universal... importante ressaltar que aquilo que a simblica manifesta dentro de si, no mais profundo de sua intimidade, no seno a totalidade do cosmos, atual e constante. Ela prpria, a Cosmogonia Perene e Universal e no s a cincia que trata dela que vlida para todo tempo e lugar na dimenso do humano, no nada mais que um smbolo de algo muito mais amplo que a transcende, j que pode ser concebida e explicada como uma modalidade arquetpica do Ser Universal.

Pode-se pensar, equivocadamente, que as estruturas simblicas so meras convenes utilizadas para descrever a realidade. Isso s seria vlido na medida em que se aplicasse igualmente a qualquer manifestao, que sempre uma determinao, uma fixao, comeando pela linguagem, pelo verbo. Porm, bvio que no h maneira de apreender a realidade seno por meio do smbolo (lingustico, numrico, geomtrico, etc.) e dos cdigos que este forma.

O smbolo no arbitrrio, e reflete autenticamente o que expressa, requisito sem o qual seria impossvel qualquer relao ou comunicao. Deve-se ter em mente que, por tomar uma forma, constitui uma estrutura na torrente do no-enunciado, na vida larval e catica do vir a ser. Os antigos conheciam sobejamente esta verdade, e da o valor criativo que atribuam palavra. Ou seja: o sujeito participa de qualquer fato objetivo e portanto o gera; a histria de seus ciclos tambm testemunha esta inter-relao constante.

No entanto, a irrealidade do mundo e do homem s pode ser observada porque existe, e deve ser, nesse caso, sujeito e objeto de alguma revelao. Os smbolos, como os conceitos ou os seres, so imprescindveis no plano do Universo, e alguns cdigos como o aritmtico ou o geomtrico, entre outros, no so convenes casuais, mas expressam realidades arquetpicas e formam a base de qualquer estrutura, no s no "exterior" mas tambm no "interior". A ponto que de se poder dizer que estas imagens constituem categorias prprias do pensamento, e fazem do homem um autntico intermedirio entre o conhecido e o desconhecido, ou seja: o maior dos smbolos, capaz de unificar por sua mediao a multido do disperso.

Talvez a Roda seja o mais universal dentre os smbolos de todos os povos. Isso se deve, por um lado, ao fato de que este smbolo aparece unanimemente, direta ou indiretamente, em todas as tradies, e parece ser consubstancial ao homem.

Por outro lado, a prpria universalidade dos significados da roda, e sua conexo direta ou indireta com os demais smbolos sagrados, em especial, nmeros e figuras geomtricas, fazem dela uma espcie de modelo simblico, uma imagem do cosmos. Pois a roda no plano um crculo, e a circularidade uma manifestao espontnea de todo o cosmos; portanto essa energia h de provir de um ponto central que a irradia, tal qual o caso de uma roda, smbolo do movimento e tambm da imobilidade, que pode girar e reiterar seus ciclos, possibilitando a marcha graas a um eixo imvel. No plano isso se representa como um centro do qual a circunferncia extrai sua forma (com cordel ou compasso, imprescindvel ter um ponto fixo para traar a circunferncia) por irradiao, tal qual a energia potencial do eixo se transmite ao aro por mediao dos raios das rodas, anlogos ao raio da circunferncia.Qualquer pessoa que traa uma circunferncia sabe que esta depende do ponto central e no ao contrrio.

Entre o ponto central e a circunferncia se configura o crculo; o valor aritmtico associado ao primeiro a unidade, que uma representao natural do ponto geomtrico, e segunda o nove, que o nmero do ciclo por ser o da circularidade, como mais adiante veremos. A soma de ambos nos d a dezena (1 + 9 = 10) que modelo numrico datetraktys pitagrica, o qual pode ser relacionado com qualquer outra aritmosofia, j que os nmeros e as figuras geomtricas so mdulos harmnicos arquetpicos, vlidos em todo o manifestado e, portanto, para qualquer tempo e lugar dentro deste ciclo humano.

Assim, pois, no devemos estranhar que neste trabalho sejam tratados em conjunto os smbolos da roda e do crculo, o da espiral e o da esfera, pois esta, por exemplo, no seno o crculo na tridimensionalidade. Igualmente, que se mencionem smbolos estreitamente associados ao da roda como o da cruz, o quadrado, e outros, assim como que se recorra s distintas tradies onde se encontra testemunhado.

No obstante, este smbolo est presente em nossa prpria Tradio e se acha ao nosso alcance trabalhar com ele. No prpria dia-a-dia podemos observ-lo constantemente; de fato evidente na prpria vida, pois como observamos, as coisas se produzem com um movimento circular e portanto so cclicas, o que um pensamento emitido por todas as doutrinas metafsicas.

A figura esquemtica da roda no plano foi associada ao sol por numerosos povos e de fato ainda hoje o smbolo astrolgico desse astro; em alquimia representa o ouro, seu equivalente terrestre. Da a associar o percurso do sol com um carro dourado, ou de fogo, s um passo. De fato seu alcance significativamente mais amplo e se corresponde com a ideia arquetpica de Centro: aquilo que capaz de gerar uma ordem na massa amorfa do caos; o ponto imvel imprescindvel a toda criao, o motor graas ao qual o devir tem um sentido.

Este ponto central da Roda do Mundo se comunica com a periferia, como j se disse, atravs de raios, que so portanto intermedirios entre ambos; e enquanto a roda gira sobre si mesma simbolizando o movimento e o tempo, o eixo permanece fixo expressando a imobilidade e o eterno.

O crculo e a esfera foram tomados por numerosos povos e distintos autores antigos como figuras perfeitas e expresses da totalidade. A roda em particular est associada aos ciclos que repete uma e outra vez e, portanto, ao relativo, ao passageiro, ao contingente, porm sobretudo recorrncia, reiterao. Como se poder observar, e assim o continuaremos vendo, este smbolo se presta a inumerveis transposies ao plano metafsico, ontolgico e csmico e objeto de conhecimento e especulao.

O que um ponto central ao crculo, o eixo com relao esfera, motivo pelo qual centro e eixo se correspondem exatamente, sendo o primeiro um smbolo plano e o outro smbolo tridimensional do mesmo conceito.

Se o ponto virtual, no manifestado e geometricamente no existe, a periferia da roda ser visvel e representar, na ordem csmica, a manifestao universal e, no mundo do homem, qualquer expresso, razo pela qual tambm se pode equiparar o ponto e o crculo, a potncia e o ato, e por conseguinte, a contemplao e a ao.

Aprimeira diviso a que pode dar lugar o smbolo daroda a bipartio da figura que a representa em duas metades anlogas e exatas. Estas representam os dois movimentos, de ascenso e descenso, que realiza a roda no percurso de um ciclo, seja o do sol no ano, ou o do dia, ou o da lua em um ms, ou o da vida de um ser humano; o de princpio e fim com o qual est assinada qualquer criao.

Princpio e fim tm uma origem e um destino comum, o que d lugar, alm disso, s ideias de reincidncia ou repetio, crenas e conceitos de todos os povos arcaicos e tradicionais que viveram sempre um tempo cclico e no linear e indefinido, tal como o ns concebemos atualmente.

Qualquer ponto da periferia os que so de nmero indefinido e podem simbolizar, cada um, a vida de um homem na imensido do criado um reflexo do centro e se encontra conectado a ele pelo raio, porm enquanto que no aro todo sucessivo, do ponto de vista central as coisas so simultneas.

Esta figura tambm pode ser adaptada obviamente aos conceitos de interior e exterior, de luz e reflexo, e tambm de realidade e iluso, posto que a permanncia do ponto no se altera diante das formas mutantes e sempre perecveis do transcorrer perifrico.

Nos diz Ren Gunon que: "O centro , antes de tudo, a origem, o ponto de partida de todas as coisas; o ponto principal, sem forma nem dimenses, portanto indivisvel, e, por conseguinte, a nica imagem que se pode dar Unidade primordial. Dele, por irradiao, so produzidas todas as coisas, assim como a Unidade produz todos os nmeros, sem que por isso sua essncia fique modificada ou afetada de qualquer maneira".

Todos os pontos da circunferncia esto a igual distncia do centro, lhe so equidistantes, motivo pelo qual as inumerveis energias do cosmos se neutralizam em seu seio.

Geometricamente o eixo vertical que atravessa distintos planos circulares horizontais, que ele mesmo gera, os que giram como rodas ao seu redor formando a cadeia de mundos, os diferentes estados de um Ser Universal.

A energia da irradiao chegada a seus prprios limites retorna a sua fonte por mediao do mesmo raio que as conecta, para ser reabsorvida no Princpio, que novamente volta a eman-la para a periferia, constituindo esta inter-relao,ad extra e ad intra, uma espcie de respirao universal selada pelas leis csmicas da dialtica. Por isso que o Centro, ou o Eixo, a Origem e o Princpio, e irradiando tudo d'Ele, a Ele tudo retorna.

O centro pois uma regio mtica, uma ideia arquetpica que, no obstante, se manifesta em determinados pontos da circunferncia que, desta maneira, passam a ser centros para o sistema que eles geram, sempre e quando sejam autnticos reflexos do ponto original ou, o que o mesmo, que esse Centro fosse uma teofania, ou uma hierofania, um lugar, pessoa ou objeto que expressasse a unidade de um modo particular, e que igualmente a irradiasse.

Nesse caso os distintos centros ou pontos significativos na periferia seriam focos "cosmizados" que estariam estabelecendo contato com o ponto mdio, rompendo assim com o movimento homogneo e reiterativo da Roda. Por este caminho o sbio perfeito, segundo o taoismo, poderia acessar o "ponto central da Roda", em comunho com o princpio, em absoluto repouso, imitando "sua ao no atuante".

Nota: O alquimista, matemtico e cabalista John Dee, astrlogo da rainha Isabel I da Inglaterra, cujos instrumentos mgicos (espelho, pantculos, bola de cristal) se conservam expostos no Museu Britnico, escreve no Teorema II de seu Mnada Hieroglfica:

" pois pela virtude do ponto e da mnada que as coisas comearam a ser desde o princpio. E todas as que so afetadas na periferia, por grandes que elas sejam, no podem, de nenhuma maneira, existir sem a ajuda do ponto central"

(Texto: Federico Gonzalez - Continua)Postado porPonte Ocultas10:48Nenhum comentrio:Links para esta postagemEnviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:Ocultismo,Simbolismos24 de maro de 2014

LIVRO MGICO DO ANTIGO EGITO V

CAPTULO IIOS PODERES DO MGICO

O mgico de Lucsor e os filhos dele no ficaram de modo algum surpreendidos com os velhos textos que eu referira. Encontravam esses textos o eco de uma prtica secular, transmitida de gerao em gerao. Quem poderia duvidar dos imensos poderes de um mgico, baseados nas suas capacidades de conhecimento? O seu nico verdadeiro temor, neste mundo e no outro, o de ser privado das suas capacidades mgicas em consequncia de interveno de alguma potncia malfica. Mas ele dispe de uma frmula especial para afastar esse perigo:

No permitir que o poder mgico de um homem lhe seja retirado no reino subterrneo. Adquirida esta certeza, preciso combater o mal que tenta sempre atingir os seres em estado de menor resistncia.

O mgico, referindo combates levados a cabo no mundo divino, afasta as influncias nocivas, tal como o deus R se salvou a si mesmo do temvel crocodilo Sobek, como Hrus se salvou a si prprio do lbrico Bebon.

Combater o mal exige tcnicas elaboradas. O mgico extrai a fora perniciosa do corpo do indivduo atingido e transfere-a para outro lugar: por exemplo, para um animal. Ora aparece sob a forma masculina, ora sob a forma feminina. Por isso o mgico desconfia especialmente dos espectros e das almas errantes, multiformes, que difcil descobrir. Assim, ameaa destruir os tmulos de onde elas vm, para as privar da sua base terrestre, ou ameaa suprimir-lhes as oferendas, para as fazer morrer de fome.

fcil compreender que o renome dos mgicos do Egito se tenha difundido com tanto brilho em todo o Mundo Antigo.

Segundo os autores gregos e latinos, eles sabiam curar os doentes, utilizar os simples, predizer o futuro e at fazer chover. Os verdadeiros poderes mgicos foram, infelizmente, reduzidos a operaes simplistas, como o fato de dar a uma mulher uma cabeleira esplendorosa que nunca ficar branca, ou lanar sobre um inimigo um sortilgio para que fique careca.

O Papiro de Leiden expe assim uma srie de prticas espetaculares: praticar a adivinhao, afastar os maus espritos, fabricar unguentos, favorecer os sonhos, fazer uma mulher ficar apaixonada, matar os inimigos, utilizar uma frmula para repelir o medo que domina um homem de noite ou de dia. Tudo isso repousa em bases tradicionais, pouco a pouco esquecidas.Para se dar adivinhao, utiliza-se um vaso cheio de gua.

Identificado com Hrus, o Antigo, grande deus csmico, o mgico interroga os deuses por intermdio de um mdium jovem que tem em si a verdade. O mgico ordena-lhe que abra os olhos, para que veja a Luz. necessrio, a todo o custo, afastar do mdium as trevas, de modo a que o seu esprito penetre no mundo dos deuses e encontre a resposta para a pergunta que foi formulada. O vaso um excelente suporte para comunicar com o cu e o mundo intermedirio.

O mgico capaz de se adormecer a si mesmo, criando um sono hipntico ao colocar-se diante de uma luz ou contemplando a Lua, ou ainda recitando sete vezes uma frmula mgica.

Entre as tcnicas mgicas oficiais, o orculo teve um grande sucesso no Egito do Imprio Novo e na poca Baixa. O mgico de Estado coloca questes a uma esttua divina da qual espera uma resposta, por vezes concretizada por um gesto, quando a efgie sagrada inclina a cabea para dizer sim ou no.

Os clientes particulares consultam as divindades em pequenos oratrios, quer oralmente quer por escrito, acerca dos assuntos quotidianos que preocupam a humanidade: a promoo social, o futuro, os bens materiais, o amor.

Nunca ser de mais sublinhar que qualquer aquisio de poder mgicorepousa no processo de identificao abundantemente ilustrado nos textos egpcios. O mgico torna-se nas foras que criam o mundo: por exemplo, a Abundncia personificada. No para seu benefcio pessoal, mas sim para que um paciente beneficie dos efeitos benficos da sua arte.

Nos templos, a magia est onipresente. Pela prtica dos rituais, pelo prprio significado da arquitetura e da escultura, mas tambm em consequncia de uma realidade surpreendente: as imagens gravadas nas paredes so animadas, vivas.

Adquirem vida quando so pronunciadas as palavras rituais. No momento da cerimnia matinal, a mais importante do dia, a imagem do fara desce - ao mesmo tempo e em todos os templos do Egito - das paredes onde est e encarna no corpo do sacerdote encarregado de agir em seu lugar.

Segundo uma esteia da poca de Ramss IV, os prprios templos soprotegidos magicamente por amuletos e frmulas de modo a que seja expulso todo o mal do seu corpo. Corpo a palavra justa, uma vez que cada santurio considerado um ser vivo.

O que se encontra nos templos (esteias, baixos-relevos, mobilirio, etc.), assim como nos tmulos, deve ser preservado magicamente. Quem ousasse levantar a mo sobre esses objetos ou sobre os decretos administrativos registrados nas paredes dos monumentos, pereceria sob o gldio de Amon ou o fogo de Sekhemet, a deusa leoa.

As cidades, tal como os templos, gozavam de uma proteo mgica. O caso da aglomerao tebana caracterstico. Tebas, Ermant, Medamud, Tod, eram os quatro santurios do deus Montu.

O de Medamud continha quatro esttuas, lar mgico para o conjunto da regio. Um texto explica que Amon-R, chefe dos deuses, est no meio do Olho direito, completo nos seus elementos (...) O que Tebas, Medamud: o Olho completo nos seus elementos pelo fato de que Sua Majestade, Amon- R, se encontra no nmero dos cinco deuses que fazem existir Tebas como um Olho direito completo. Os quatro Montu esto sua guarda. Esto reunidos nesta cidade para repelir o inimigo de Tebas.

Os Montu, divindades guerreiras, olhar aberto para o mundo, tm o encargo de proteger Tebas contra os seus inimigos visveis e invisveis. Com efeito, Tebas considerada como o Olho saudvel e completo, o udjat, usado frequentemente como amuleto.

O plano dos templos tebanos, especialmente o de Medamud, encarna esse Olho csmico, chave principal da simblica egpcia. No esqueamos que o signo do Olho, em hieroglfica, significa fazer, criar.

Tambm existe uma frmula para a proteo da casa familiar e dos seus elementos, a janela, as fechaduras, o quarto, a cama... A cada um dos lugares da casa afetada uma divindade protetora: um falco fmea, Ptah, chefe dos artesos, aquele cujo nome se encontra escondido e outros gnios. Assim, os inimigos no entraro nem de noite nem de dia.

Vencer a morte O mgico especialista, tanto da vida como da morte. Quando a alma abandona o corpo, tudo se desune. Os elementos que constituem o ser, at a associados pelo fenmeno vida, deixam de coabitar.

A morte portanto uma passagem muito perigosa, porque os diferenteselementos correm o risco de se manterem dissociados do outro lado do espelho. D-se ento a segunda morte, a extino definitiva do ser, possibilidade que implica necessariamente a ao mgica: preservar a coerncia do ser durante a passagem deste mundo para o outro, faz-lo reviver do outro lado na sua plenitude.

A mumificao um ato mgico. Conservar as vsceras em vasos especiais,os vasos de vsceras, um dos cuidados a ter. Cada vaso colocado sob a proteo de uma divindade, um dos filhos de Hrus, em nmero de quatro:

Imseti, com cabea de homem, protege o fgado;

Hapi, com cabea de babuno, os pulmes;

Duamutef, com cabea de co, o estmago;

Kebehsenuef, com cabea de falco, os intestinos.

No so apenas os rgos materiais que beneficiam dos favores divinos, mas tambm os princpios subtis que esses rgos abrigam.

Segundo o esoterismo egpcio, o ser composto por diversas qualidades, sendo as mais conhecidas o akh (Khu), a irradiao, o ba, o poder de encarnao, e o ka, a potncia vital. Existe tambm o beka, a capacidade mgica do indivduo.

Cada elemento tem uma existncia independente. A arte do mgico consiste em fazer com que todas passem pelas aberturas do cu, de modo que o ser completo possa ir e vir, dirigir-se para a Luz.

Segundo a expresso extraordinria dos Textos das Pirmides, o morto no partiu morto, mas sim vivo. Esta constatao aplica-se ao fara e aos iniciados regenerados pelos ritos.

O objetivo da magia funerria essa vida ressuscitada que necessita do funcionamento perfeito do corao conscincia, dos rgos vitais, a livre deslocao nos espaos celestes, o gozo das energias subtis contidas nos alimentos e nas bebidas servidos nos festins do Alm.

Se o mgico deixasse de ser mestre na sua arte, isso seria uma catstrofe csmica: o Sol no voltaria a levantar-se, o cu seria privado de deuses, a ordem do mundo seria subvertida, o culto deixaria de ser celebrado, todo o ritmo das coisas seria perturbado. Enquanto mestre da energia, o mgico permite s foras luminosas exprimirem-se em toda a sua plenitude. Um dos seus nomes mais frequentes poderes de Helipolis, a cidade do Sol.

Essas foras engendram a prosperidade. Quando a energia se desequilibra, esses poderes deixam de se exprimir. As crianas deixam de nascer.

Notas: O akh, simbolizado por uma bis, o poder sobrenatural dos deuses e do rei. O ba a faculdade mbil do ser, evocada por um pssaro de cabea humana. Os ba (plural egpcio do termo) das cidades so o seu poder sobrenatural, o seu gnio prprio. O ka a Fora; o ka dos alimentos, por exemplo, o seu aspecto energtico. Potncia sexual, o ka a animao da matria.

A preservao e a transmisso da vida so aes mgicas. Corpos aparentemente inertes so animados por elas. Uma esttua, por exemplo, parece ser apenas um objeto de pedra. Pelo rito da abertura da boca, a esttua tornada viva. Habita-a uma presena espiritual.

Nas mastabas, tmulos do Imprio Antigo, o serdab, pequena e exgua pea, contm uma esttua - viva - do morto. O ka do defunto est presente nessa esttua.

Beneficio da recitao das frmulas, que lhe proporcionam a energia de que tem necessidade.

Os famosos modelos colocados nos tmulos no so brinquedos mas sim objetos mgicos: por exemplo, as pequenas barcas de madeira com os seus remadores tornam-se, no Alm, meios de transporte bem reais que permitem ao viajante vogar pelas guas eternas do Cosmos.

A vida ameaada por foras hostis, nomeadamente por almas escapadas dos tmulos, por erros mgicos ou insuficincias rituais. Erram, provocando graves perdas fsicas ou psquicas. Compete ao mgico neutralizar essas almas, uma vez que no interior da Casa de Vida ele apreende os segredos do invisvel. A quem conhece a estatueta chamada Vida, que o corao desta instituio mgica, dito:

Estars ao abrigo da morte sbita, estars ao abrigo do fogo, estars ao abrigo do cu, que no se desmoronar, e a terra no se afundar e R no far cinzas com os deuses e deusas.

Esta estatueta Vida mumificada, depois untada com unguentos e uma substncia chamada pedra divina, sendo por fim deitada num caixo. consagrada antes de se lhe abrir a boca e de ser colocada numa pele de carneiro, uma pele de ressurreio. A Vida, assim protegida, conservada num lugar da Casa de Vida onde constantemente regenerada pelos ritos.

Simbolicamente, a Casa de Vida um ptio arenoso cercado por um muro com quatro portas, em cujo interior se ergue uma tenda para abrigar um relicrio que contm uma mmia de Osris. Em torno existem vrias construes: alojamentos, lojas, oficinas, onde se formam os especialistas que so chamados a preencher funes rituais.

Abertura da boca, abertura dos olhos: atos que transformam o cadver em ser vivo. O mgico pratica a abertura da boca com uma enx de ferro, faz uma fumigao colocando incenso sobre uma chama, purifica com a gua da juventude. pedido a Ptah, pai dos deuses, que favorea a abertura da boca e dos olhos tal como o fez para o deus Sokar, na oficina dos escultores de Mnfis chamada a moradia do Ouro.

Uma das mais belas ilustraes desse rito encontra-se no tmulo de Tutankhamon, no qual o rei Ai, vestido com uma pele de pantera, abre a boca do jovem rei morto, representado em Osris.

Ponto capital: o sarcfago no um tmulo nem um lugar fechado. considerado como um navio e como o ventre do cu. No Imprio Mdio, pintam nas paredes exteriores portas falsas e dois olhos altura dos do rosto da mmia. O esprito do morto entra no sarcfago e sai.

Do mesmo modo, o tmulo um lugar de passagem. A porta falsa, inicialmente colocada no meio do lado este da mastaba, estabelece a comunicao entre o Aqui e o Alm. O esprito passa atravs da matria.

O nome, chave do poder mgico O conhecimento do nome o verdadeiroconhecimento: pronunciar o nome modelar uma imagem espiritual, revelar a essncia de um ser. Ao nomear, cria-se. Conhecendo os verdadeiros nomes, escondidos para o profano, vive-se uma mestria.

O mais grave para um ser ver o seu nome destrudo. Por isso a magia toma todas as precaues para que o nome dure eternamente. Os elementos do nome, as letras que o compem, so sons portadores de energia. Quando o mgico fala ritualmente, utiliza esses sons como uma matria animada, age sobre o mundo exterior, modifica-o se tanto for necessrio.

( Autor: CHRISTIAN JACQ - CONTINUA)

Postado porPonte Ocultas18:14Nenhum comentrio:Links para esta postagemEnviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:egito,magia

AS DUAS VERTENTES V

Findamos o ltimo texto com o seguinte pargrafo: Quando quase complementada a fase evolutiva que competia Cadeia Planetria de Saturno, como visto na figura 06G, esse incio de quase l pelas idades da segunda metade da 5 raa da 5 Ronda, tambm j se encontra em trabalhos formativos a Cadeia Planetria que, no caso do Sistema Solar, foi a cadeia de Marte, ou marciana.

Essa passagem, ou transio, de uma cadeia outra significa que a sequncia evolucional dos planetas e das raas se d de forma, digamos, suave, e no abruptamente como se, de repente, a cadeia anterior despencasse num insondvel abismo e a nova cadeia eclodisse como o espocar de uma bomba.

No nada disso porque, como se sabe, a Natureza no d saltos. Tudo se transforma como o transformar do prprio corpo fsico do Homem em que ele mesmo, no caso ns, nem percebemos as mudanas. De crianas, sem sentir, vamos adquirindo estatura de adulto e, mais frente, o envelhecimento.

Em tudo, no Cosmo, est a regncia do que se possa chamar de Espiral Evolucionria, pela qual Universos, Galxias, Estrelas, planetas, transitam com Humanidades em seus bojos.

Comparem a transio dos acontecimentos csmicos com a gestao e parto no ambiente da humanidade da Terra:

A mulher em seu estado normal de organismo vive sua exclusiva vida; em estado gestacional, gera um feto, uma nova vida. Ambos, mulher e feto, por alguns meses formam uma s entidade, fsica e espiritual, embora tenham individualidades mondicas; aps o parto, cuida da vida que gerou, at que seu rebento possa cuidar-se por si mesmo.

Transpondo essa analogia para cadeias planetrias:

A Cadeia planetria atual vivendo sua exclusiva e isolada existncia. A Cadeia Planetria gestando uma outra isso feito pelo processo no qual os Logos se servindo das Mnadas mais evoludas da Cadeia atual vo se preparando, conscientes, para viver a futura etapa, - isto , os indivduos - enquanto os assistentes Deles, dos Logos, j esto organizando o novo Globo bero. A Cadeia Planetria atual, mesmo aps o incio da formao da Cadeia seguinte, - isto , os indivduos daquela em migraes mondicas e cuidados dvicos mantm longa interao entre as duas at que a atual, que se torna anterior, se desligue inteiramente da nova cadeia, pois que esta se tornou adulta.

Portanto, estejam conscientes de que j estamos vivendo a gestao da 6 raa de nossa Ronda, a quarta, e a 1 raa da prxima Ronda, a quinta. Podemos at dizer que, como inegvel , que os indivduos do presente constroem o futuro.

E como acontece em toda gestao ainda dentro da analogia anterior, todo perodo de gestao tem seus incmodos orgnicos. Os incmodos orgnicos que acometem as transies entre as raas nas Rondas, o que vamos sentindo na forma de desarmonia social em nossa humanidade.

Comparem essa desarmonia como o peneirar de gros, em que os mais finos, os aproveitveis, vo sendo direcionados raa seguinte (1), e os mais grossos so lanados na escria (2).

E o que estar conscientes ?

compreender que, em essncia, somos seres Divinos, aprendizes de criadores de Mundos e de vidas.Que os mundos de matria densa, como o nosso, igualmente a todos os demais, so apenas etapas do processo de conscientizao,e no mundos dolos cujo existir se revela nas formas de cultos exteriores e deificaes da matria.

Prosseguindo de onde interrompemos no pps anterior, vamos nos deparar com a Cadeia Planetria de Marte, ou Marciana.

No processo de transcurso evolucional, a Cadeia Planetria de Marte se assemelha ao que foi visto nos comentrios sobre a Cadeia de Saturno.

Desta forma, a partir da segunda metade da quinta (5) raa de cada Ronda inicia-se o desenvolvimento da raa seguinte desta mesma Ronda.

Seguindo esses ciclos, durante o transcurso da segunda metade da 5 raa da 5 Ronda, somada a todas as raas das 6 e 7 Rondas, ocorre o que se possa chamar a miscigenao que vai dando origem 1 raa da Ronda seguinte.

Na figura acima est representado o incio da formao da Cadeia Planetria que sucedeu de Marte. No caso, a Cadeia Planetria Lunar. Nossa velha conhecida em seus ciclos de 28 dias ao redor da Terra.

Tambm, a Cadeia Planetria Lunar, passou por suas sete Rondas e nestas os ciclos de setes Raas em cada uma.

E por mais uma vez, perpassando por eras imensas, dava-se novo encontro de Mnadas. As originrias da Cadeia Lunar e as transmigradas do ciclo marciano. Utilizando dos corpos prprios que os ambientes das Rondas lunares propiciavam, desenvolviam-se em associao, mesclando as raas.

Mas no esqueamos que em cada Cadeia Planetria no se encontram s as Mnadas ali originrias, ou aquelas transmigradas da Cadeia Planetria anterior.Em todos os tempos, neste processo que chamamos Vida, muitas outras foras tributrias do suas participaes.

Isso quer dizer que de regies longnquas tambm so transferidas Mnadas para a Cadeia Planetria cuja ao dessas presenas possa ser:

1 Seres de nvel evoludo superior ao comum dos dali nativos para colaborar e participar no desenvolvimento daquela humanidade, ou raa;

2 Seres em resgate crmico cuja Cadeia Planetria oferea ambiente adequado aos compromissos a serem resolvidos.

Assim, correm as eras, somadas aos milhes de milhes dos anos de contagem de tempo da Terra, e a Cadeia Planetria Lunar, cumprindo sua misso csmica, vai se aproximando de seu trmino.

E nesta aproximao de seu trmino, tal como aconteceu com as Cadeias Planetrias de Saturno e Marte, agora a vez da Cadeia Planetria Lunar iniciar o procedimento de transferncia das Mnadas que animam suas Raas e que, no processo de suas evolues, ainda precisam frequentar outra Cadeia Planetria, desta vez a da Terra.

E assim se iniciam as transmigraes das Mnadas lunares que, no novo bero, a 1 Raa da 1 Ronda Terrestre, se mesclaro com as Mnadas nativas deste orbe.

Entretanto, aquelas Mnadas que alcanaram suficiente evoluo enquanto percorriam a Cadeia Planetria Lunar, como tambm aconteceu nas Cadeias anteriores, espontneas e como voluntrias, vieram colaborar com a multiplicao da Vida nesta regio que habitamos; ou, ento, por direito e em busca de horizontes csmicos mais amplos transferiram-se para outros cmodos desta nica Grande Morada, o Cosmo.

(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA)Postado porPonte Ocultas12:37Nenhum comentrio:Links para esta postagemEnviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:Ocultismo12 de maro de 2014

O PLANO ASTRAL IV

As nicas pessoas que normalmente despertam no stimo subplanodo plano astral, so as de aspiraes grosseiras e brutais os brios, ossensuais e quejandos. A sua permanncia depende da intensidade dos seusdesejos; geralmente o seu sofrimento horrvel pelo fato de, conservandovivos os grosseiros apetites que os dominaram na terra, lhes impossvelagora satisfaz-los, exceto, uma vez por outra, quando conseguemapoderar-se de uma criatura viva, com vcios iguais aos seus, e obcec-lacompletamente.

As pessoas de moralidade mediana no tero de permanecer muitotempo neste stimo subplano. geralmente no sexto que a sua demora seacentuar, principalmente se os seus desejos e pensamentos predominantesgiraram em torno de coisas mundanas, porque nessa subdiviso queencontraro os lugares e pessoas com quem na terra andaram mais ligadas.O quinto e o quarto subplanos so semelhantes ao sexto. medida queascendemos atravs deles, as associaes de idias puramente terrestresperdem gradualmente sua importncia, e h uma tendncia para moldarmoso ambiente em concordncia com os mais persistentes dos nossos pensamentos.

Chegados terceira subdiviso, reconhece-se que esta caractersticasubstituiu inteiramente a viso das realidades do plano. Porque, aqui, osseus habitantes criaram cidades imaginrias para si mesmos, e nelas vivemcom a sua fantasia criaes no exclusivas da imaginao de cada umdeles, como no mundo-cu, mas calcadas sobre a herana dos pensamentose fantasia dos seus predecessores. nesta subdiviso que se encontram astais igrejas e escolas e "habitaes na Summerland" de que falam osespiritistas americanos, embora menos reais e muito menos magnificentespara qualquer observador sem preconceitos do que para os seusentusisticos criadores.

O segundo subplano parece ser o habitat dos devotos egostas epouco espirituais. l que eles usam as coroas de ouro e adoram arepresentao material e grosseira da divindade peculiar da sua terra e doseu tempo. A subdiviso mais elevada especialmente destinada quelesque em vida se dedicaram a trabalhos de ordem material, mas de carterintelectual, e que os seguiram no com o fito de com eles bem servir eajudar os seus semelhantes, mas impelidos por motivos egostas ousimplesmente por exerccio intelectual. Tais criaturas estacionam nestadiviso por bastante tempo deliciados por poder prosseguir na ocupaodos seus problemas intelectuais, mas sem fazer bem a ningum e poucoprogredindo no caminho para o mundo-cu.

Repito mais uma vez que a estes diferentes subplanos no deve ligarsea ideia de localizao no espao. Qualquer entidade que funcione numdeles poderia ser repentinamente transportada dali para a Austrlia, ou paraonde quer que qualquer pensamento momentneo se lembrasse de a levar.Mas o que no lhe possvel transferir a conscincia de um subplano parao imediatamente a seguir, sem ter-se dado o processo de libertao dematria, a que j nos referimos. No h, que se saiba, exceo a esta regra,apesar de as aes de um homem, quando se acha consciente num dos subplanos,poderem, at certo ponto, abreviar ou prolongar a sua permanncia ali.

Mas o grau de conscincia que um indivduo ter num determinadosubplano, no obedece mesma lei. Tomemos um exemplo extremo paramelhor compreenso. Suponhamos um homem que trouxe da ltimaencarnao tendncias que exigem para a sua manifestao grandequantidade de matria do stimo ou ltimo subplano, mas que na vidapresente teve a felicidade de se convencer, logo de princpio, dapossibilidade e da necessidade de dominar essas tendncias. No provvelque os seus esforos sejam inteiramente bem sucedidos; mas se o fossem, asubstituio no corpo astral das partculas grosseiras pelas mais sutis,dar-se-ia regularmente, embora com lentido.

Este processo , na melhor das hipteses, sempre lento e gradual, demodo que nada mais natural que o homem em questo morresse antes t-lomeio terminado. Neste caso lhe restaria ainda bastante matria grosseira naconstituio do corpo astral, suficiente para lhe prolongar a sua estada noplano astral. Mas como a sua conscincia no chegou a se habituar afuncionar nessa matria, e como no lhe era possvel adquirir esse hbito, oresultado seria que, embora a sua permanncia nesse subplano dependessedo tempo que essa parte de matria levasse a desintegrar-se, ele estariasempre num estado de inconscincia. Isto , ele ficaria como se estivesse adormir durante o perodo dessa permanncia, e portanto, passariaabsolutamente ileso, no se sentindo afetado por nenhuma contrariedadenem pelas misrias do subplano considerado. Diga-se de passagem que, noplano astral, a extenso das comunicaes determinada, como na terra,pelo conhecimento da entidade.

Ao passo que um discpulo, revestido do corpo mental, podecomunicar os seus pensamentos mais facilmente e mais rapidamente quesobre a terra, por meio de impresses mentais, s entidades humanas quehabitam o mundo astral, estas no tm geralmente a mesma faculdade eparecem mesmo estar sujeitas a restries iguais s nossas, ou talvez menosrgidas, mas pouco menos. Resulta da que estas se renem, como na terra,em grupos, ligados por uma comunho de idias, de crenas e de lngua.

A ideia potica de que a morte nivela todos no passa de um absurdo, fruto daignorncia, porque, na grande maioria dos casos, a perda do corpo fsicono tem a menor influncia no carter e na inteligncia da pessoa, e, entreaqueles a que chamamos mortos, h tantas variedades de intelignciascomo entre aqueles a que chamamos vivos.

As teorias correntes no Ocidente a respeito do destino do homempost-mortem esto to longe da verdade que mesmo pessoas muitointeligentes se sentem extremamente confusas e pasmadas ao despertaremno plano astral. A situao em que o recm-vindo se encontra toradicalmente diferente daquilo que o levaram a acreditar, que no raroencontrarem-se l criaturas que se recusam obstinadamente a crer que jtranspuseram os portais da morte. Realmente, a nossa to gabada f naimortalidade da alma to pouco firme, que a maioria das criaturas v nosimples fato de ainda se acharem conscientes uma prova absoluta de queno morreram.

Tambm a horrvel doutrina da punio eterna a culpada da grandedose de terror, grandemente lamentvel e profundamente injustificado, comque os mortos ingressam na vida superior. Em muitos casos passam longosperodos de um sofrimento mental de intensa agudeza enquanto noconseguem libertar-se desta monstruosa blasfmia, e convencer-se de que omundo governado, no segundo o capricho de qualquer demnio, vidode angstias humanas, mas segundo a grande lei da evoluo,profundamente benvola e maravilhosamente paciente.

Muitos dos que estamos estudando no chegam a apreender este fatoda evoluo, mas continuam a flutuar ao acaso no mundo astral, tal qualimpelidos por influncias do que fizeram na vida fsica precedente.Qualquer que seja o nvel intelectual da entidade, a sua inteligncia variasempre em vigor, tendendo mesmo a diminuir, porque a mente inferior dohomem levada em direes opostas, pela natureza espiritual superior queatua de cima e pelas intensas foras de desejos, que vm de baixo.Por isso, ele oscila entre as duas atraes, com uma tendncia crescente para assuperiores, medida que os desejos inferiores se vo consumindo. Temaqui cabimento uma das crticas que se fazem s sesso espiritistas.Evidentemente um homem ignorante ou degradado pode aprender muito,depois da morte, em contato com assistentes srios, dirigidos por pessoacompetente, e ser assim ajudado e erguido da sua degradao. Mas nohomem comum, a conscincia se eleva constantemente da parte inferior danatureza para a superior; e, evidentemente, nunca pode ser til e favorvel sua evoluo o redespertar-lhe esta conscincia inferior, arrebatando-odo seu estado atual e arrastando-o de novo ao contato com a terra por meio de um mdium.

Compreenderemos melhor o perigo deste despertar inoportuno, senos lembrarmos de que o homem real, retirando-se cada vez mais em simesmo, torna-se cada vez menos apto para influenciar e governar a suaparte inferior que, todavia, separao completa, fica em condies degerar Karma, e abandonado s suas prprias foras, mais provvel quecrie mau Karma e no bom.

Independente de qualquer questo de desenvolvimento por meio deum mdium, h uma outra influncia, bastante freqente, que pode retardarconsideravelmente o caminho do mundo--cu entidade desencarnada: soas manifestaes intensas de exagerados desgostos dos sobreviventes porcausa da partida do seu parente ou amigo. As ideias do Ocidente sobre amorte, velhas de sculos, mas falsas e, direi mesmo, irreligiosas, doo triste resultado de no s nos causarem um sofrimento moral to intensoquo desnecessrio pela partida temporria dos entes queridos, mas de nosfazerem contribuir, com o nosso desgosto intil, para o mal daqueles quetanto amamos.

Ao passo que o nosso irmo desaparecido cai sossegada enaturalmente no sono inconsciente que precede o despertar magnfico nosesplendores do mundo-cu, ns o obrigamos por vezes a sair dos seussonhos venturosos, chamando-o recordao da vida terrestre pelaviolncia do desgosto e das saudades apaixonadas dos seus mais prximos,que lhe despertam- vibraes correspondentes no corpo de desejos e lhecausam assim uma aguda sensao de mal-estar.

Seria de grande utilidade que aqueles cujos entes queridos a morteseparou, aprendessem nestes fatos indubitveis a refrear, por amor dos seusmortos queridos, as suas manifestaes de um desgosto, que embora natural, na sua essncia um sinal de egosmo. No que as doutrinasocultas aconselhem o esquecimento dos mortos. Longe disso. O que elassustentam e defendem que a recordao afetuosa de um amigo que amorte levou, uma fora que devidamente canalizada por meio deconvictos e sinceros votos pelo seu progresso para o mundo-cu, e pelatranqilidade da sua passagem pelo estado intermedirio, lhe pode ser dealtssima vantagem. Ao passo que essa recordao, tornada pelo desgostomoralmente doentia, exagerada com lutos e lgrimas, pode impedir-lhe ocaminho, fazendo-o rduo e penoso. precisamente por isso que a religiohindu prescreve acertadamente as cerimnias Shrddha pelos mortos e areligio catlica manda que se faam oraes por eles.

Acontece, s vezes, o contrrio, isto , o desejo de fazercomunicaes vem do outro lado, eco morto que deseja ardentementecomunicar-se com aqueles que deixou. Por vezes se trata de umamensagem de importncia, por exemplo, a indicao do lugar onde estescondido um testamento desaparecido; porm, na maioria das vezes, somensagens triviais. Mas seja como for, sempre da mxima importnciaque o morto comunique o mais depressa a sua mensagem, principalmentese a tem fortemente gravada na mente, para que no se d o caso de,conservando-a, manter-se num estado de ansiedade, que lhe desviariaconstantemente a conscincia de novo para a terra, impedindo de se focarnas esferas superiores. Neste caso, um mdium por intermdio de quem omorto possa falar ou escrever, ou um psquico que o compreenda, presta-lheevidentemente um grande servio.

E por que no pode ele falar ou escrever sem a interveno de ummdium? A razo reside no fato de um estado de matria poder geralmenteatuar apenas sobre o estado que lhe est imediatamente inferior, e como noseu organismo apenas h a matria grosseira que tambm entra nacomposio do corpo astral, torna-se-lhe impossvel enviar vibraes substncia fsica do ar ou mover o lpis, tambm de matria fsica, sempedir emprestada matria viva da ordem intermdia contida no duploetrico, e graas a esta que qualquer impulso se transmite de um planopara outro. E a qualquer outro indivduo que no fosse um mdium, no lheseria fcil utilizar a matria, por causa da extrema justeza em que se achamos princpios numa criatura vulgar, dificilmente separveis pelos meiosgeralmente ao alcance dos mortos, ao passo que num mdium, e precisamente esta a caracterstica essencial das suas faculdades, osprincpios podem separar-se rapidamente e fornecer a matria para adesejada manifestao.

Quando no v possibilidade de estabelecer a comunicao por meiode um mdium, ou porque no o ache, ou porque no saiba fazer-secompreender por meio dele, o morto recorre muitas vezes a si mesmo,fazendo toda a espcie de tentativas grosseiras e desastradas, pondo emao, numa atividade desordenada, foras elementais. talvez por isso quetantas vezes se vem nas sesses espiritistas essas incompreensveismanifestaes de espritos, derrubando mesas, atirando pedras, pondocampainhas a tocar, etc. Pode acontecer que um mdium que se encontreno local onde se do estas manifestaes, compreenda e venha a descobriro que a entidade que as origina quer dizer, pondo fim aos distrbios. Masisso raro, visto que essas forcas elementais so geralmente postas em aopor causas mltiplas e variadssimas.

(C. W. Leadbeater - CONTINUA)Postado porPonte Ocultas14:46Nenhum comentrio:Links para esta postagemEnviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:Ocultismo,Teosofia10 de maro de 2014

O LIVRO PERDIDO DE ENKI XVII

Suas aes so um mistrio, no se sabe o que esto tramando;Marduk abandonou a estao de passo do Lahmu, os Igigiesto ansiosos, a estao de passagem se viu afetada por tormentas de p, os danos que possa haver nos so desconhecidos.

O Lugar dos Carros no Edin deve ser construdo, de ali se levar o ouro diretamente da Terra ao Nibiru, a partir de ento, j no ser necessria uma estao de passagem no Lahmu; esse o plano de Ninurta, seu entendimento grande nestas matrias, Estabelea o Lugar dos Carros no Bad-Tibira, seja Ninurta seu primeiro comandante!

Anu deu muita considerao s palavras de Enlil; ao Enlil, uma resposta lhe deu:Anki e Marduk esto voltando para a Terra.

Escutemos primeiro suas palavras do que na Lua tm descoberto!Da Lua partiram Enki e Marduk, Terra retornaram; deram conta das condies ali; no vivel uma estao de passagem agora!, informaram.

Que se construa o Lugar dos Carros!, disse Anu. Seja Marduk seu comandante!, disse Enki ao Anu. Essa tarefa est reservada para Ninurta!, gritou Enlil com raiva. J no faz falta comando para os Igigi, Marduk tem conhecimentos desses trabalhos, que se faa cargo Marduk do Prtico do Cu! Assim lhe disse Enki a seu pai. Anu refletiu sobre o assunto com preocupao: Agora os filhos se veem afetados pelas rivalidades!

Com sabedoria estava dotado Anu, com sabedoria tomou suas decises: O Lugar dos Carros para conduzir o ouro por novos caminhos est designado, ponhamos em mos de uma nova gerao o que deve partir de agora.

Nem Enlil nem Enki, nem Ninurta nem Marduk estaro ao mando, que assuma a responsabilidade a terceira gerao, seja Utu o comandante!

Construa o Lugar dos Carros Celestiais, seja seu nome Sippar, Cidade Pssaro!Esta foi a palavra de Anu; inaltervel foi a palavra do rei.

A construo comeou no Shar oitenta e um, seguiram-se os planos do Enlil. Nibru-ki estava no centro, Enlil o designou como Umbigo da Terra, por sua localizao e por distncias, as cidades de antigamente se situaram como em crculos, dispuseram-se como uma flecha, desde o mar Inferior para as montanhas ele riscou uma linha sobre os picos gmeos da Arrata, at os cus em norte, onde a flecha intercepta a linha da Arrata, marcou o lugar do Sippar, o Lugar dos Carros da Terra; a ele levava diretamente a flecha, desde o Nibru-ki estava exatamente se localizado por um crculo igual!

Engenhoso era o plano, todos se maravilhavam por sua preciso. No octuagsimo-segundo Shar se terminou a construo do Sippar; lhe deu o mando ao heri Utu, neto de Enlil. Forjou-se para ele um capacete de guia, decorou-se com asas de guia.

Anu chegou no primeiro carro que, desde o Nibiru, veio diretamente at o Sippar; desejava ver por si mesmo as instalaes, queria maravilhar-se com o que se conseguiu.

Para a ocasio, os Igigi, comandados por Marduk, desceram do Lahmu Terra, do Lugar de Aterrissagem e do Abzu vieram os Anunnaki. Houve palmadas nas costas e aclamaes, festa e celebrao.

Inanna, neta de Enlil, obsequiou ao Anu com cantos e danas; antes de partir, Anu convocou aos heris e s heronas.

Uma nova era comeou! Assim lhes disse. Com o fornecimento direto da salvao dourada, o fim do duro trabalho est prximo!

No momento haja suficiente ouro de amparo amontoado e armazenado no Nibiru, poder reduzir o trabalho na Terra, heris e heronas voltaro para o Nibiru! Isto prometeu Anu, o rei, aos ali reunidos, transmitiu-lhes uma grande esperana: uns quantos Shars mais de duro trabalho, e voltaro para casa!

Anu subiu de volta ao Nibiru com muita pompa; ouro, ouro puro levava com ele. Utu levou a cabo sua nova tarefa com carinho; Ninurta conservou o mando em Bad-Tibira.

Marduk no voltou para o Lahmu; tampouco foi ao Abzu com seu pai. Desejava vagar por todas as terras, percorrer a Terra em sua nave celeste, dos Igigi, alguns no Lahmu, outros na Terra, fez-se ao Utu comandante.

Depois da volta de Anu ao Nibiru, os lderes na Terra tinham grandes expectativas: esperavam que os Anunnaki trabalhassem com renovado vigor. Amassar rapidamente ouro, para voltar para casa quanto antes. Mas isso, ai, no foi o que aconteceu!

No Abzu, as expectativas dos Anunnaki no eram as de continuar com o duro trabalho, a no ser as de liberar-se dele, agora que os Terrestres esto proliferando, que eles se encarreguem do trabalho! Assim diziam os Anunnaki no Abzu.

No Edin, os trabalhos eram maiores; faziam falta mais moradas, mais provises. Os heris do Edin exigiram Trabalhadores Primitivos, at ento confinados no Abzu, Durante quarenta Shars, s se proporcionou alvio no trabalho no Abzu!, gritavam os heris no Edin, nosso trabalho se incrementou alm de toda resistncia, tenhamos tambm Trabalhadores!

Enquanto Enki e Enlil debatiam o assunto, Ninurta tomou a deciso em suas mos: dirigiu uma expedio at o Abzu com cinquenta heris, foram providos com armas. Nos bosques e nos estepes do Abzu, perseguiram os Terrestres, com redes os capturaram, levaram vares e fmeas ao Edin. Treinaram-nos para fazer todo tipo de tarefas, tanto nos hortas como nas cidades.

Enki se zangou com o acontecido, tambm se enfureceu Enlil: revogaste minha deciso de expulsar ao Adamu e a Ti-Amat! Assim disse Enlil a Ninurta.Para que no se repetisse no Edin o motim que houve uma vez no Abzu! Assim disse Ninurta ao Enlil.

Com os Terrestres no Edin, os heris se acalmaram, uns quantos Shars mais, e no ter com o que preocupar-se! Assim disse Ninurta ao Enlil.

Enlil no se apaziguou; Assim seja!, disse-lhe resmungando a seu filho. Amontoe-se com rapidez o ouro, voltemos todos logo ao Nibiru!

No Edin, os Anunnaki observavam com admirao aos Terrestres: Tm inteligncia, compreendem as ordens. Encarregaram-se de todo tipo de tarefas; foram nus ao realizar seus trabalhos. Entre eles, vares e fmeas se emparelhavam constantemente, proliferando-se com rapidez. Em um Shar, s vezes quatro, s vezes mais, tinham lugar suas geraes!

Enquanto os Terrestres crescessem em nmero, teriam trabalhadores os Anunnaki, que no se saciavam com os mantimentos; nas cidades e nas hortas, nos vales e nas colinas, os Terrestres estavam procurando comida constantemente. Naqueles dias, ainda no existiam os cereais, no havia ovelhas, ainda no se tinha criado o cordeiro.

A respeito de tudo isto, Enlil disse palavras iradas a Enki: Com seus atos geraste confuso, assim procura voc a salvao!

Vem agora o relato de como foi o Homem Civilizado, de como se criou, mediante um segredo de Enki, a Adapa e ao Titi no Edin.

Com a proliferao dos Terrestres, Enki estava agradado, Enki estava preocupado; o grupo dos Anunnaki se acomodou em grande medida, seu descontentamento tinha decrescido, com a proliferao, os Anunnaki fugiam do trabalho, os trabalhadores estavam se convertendo em servos.

Durante sete Shars, o grupo dos Anunnaki se acomodou muito, seu descontentamento diminuiu. Com a proliferao dos Terrestres, o que crescia por si s era insuficiente para todos; em trs Shars mais houve escassez de pescado e de caa, nem Anunnaki nem Terrestres ficavam saciados com o que por si mesmo cresce.

Em seu corao, Enki estava planejando uma nova empresa; concebia a criao de uma Humanidade Civilizada.

Cereais que sejam semeados por eles para serem cultivados, ovelhas para que as apascentem! Em seu corao, Enki estava planejando uma nova empresa; refletia sobre como consegui-lo.

Observou para estes planos aos Trabalhadores Primitivos do Abzu, refletiu sobre os Terrestres no Edin, nas cidades e nos hortas. O que lhes poderia adequar para os trabalhos? O que ter que no se haja combinado na essncia vital?

Observou aos descendentes dos Terrestres, constatou algo alarmante: Com a repetio das cpulas, se estavam degradando para seus antepassados selvagens!

Enki esteve olhando pelas zonas pantanosas, navegou pelos rios e observou; com ele, s ia Isimud, seu vizir, que guardava os segredos.

Viu que na borda do rio se banhavam e pulavam uns Terrestres; entre eles, havia duas fmeas de selvagem beleza, firmes eram seus seios.

Dou um beijo nas jovens?, Perguntou Enki a seu vizir Isimud. Levarei a embarcao at ali, beija as jovens!, disse-lhe Isimud ao Enki.

Isimud dirigiu a barco at ali, Enki saltou do barco para terra firme. Enki chamou uma jovem, lhe ofereceu uma fruta. Enki se inclinou para ela, abraou-a, nos lbios a beijou; doces eram seus lbios, firmes de maturidade eram seus seios. Em sua matriz derramou seu smen, no emparelhamento a conheceu. Ela guardou em seu ventre o sagrado smen, ficou fecundada com o smen do senhor Enki.

Enki chamou segunda jovem, lhe ofereceu bagos do campo. Enki se inclinou para ela, abraou-a, nos lbios a beijou; doces eram seus lbios, firmes de maturidade eram seus seios. Em sua matriz derramou seu smen, no emparelhamento a conheceu.

Ela guardou em seu ventre o sagrado smen, ficou fecundada com o smen do senhor Enki. Fica com as jovens, para ver se ficaram grvidas! Assim lhe disse Enki a seu vizir Isimud.

Isimud se sentou junto s jovens; por volta da quarta conta apareceram as barrigas. Para a dcima conta, a novena se completou, a primeira jovem ficou de ccoras e deu luz, dela nasceu um menino; a segunda jovem ficou de ccoras e deu luz, dela nasceu uma menina.

Ao amanhecer e ao crepsculo, o qual delimita um dia, no mesmo dia deram a luz as duas, como as Cheias de Graa, Amanhecer e Crepsculo, a partir de ento lhes conheceu nas lendas. No nonagsimo terceiro Shar, engendrados por Enki, nasceram os dois no Edin. Isimud levou rapidamente a Enki notcia das iluminaes. Enki estava em xtase com as iluminaes: Quem tinha ouvido falar de algo assim!

Conseguiu-se a concepo entre o Anunnaki e Terrestres, trouxe o ser ao Homem Civilizado! Enki deu instrues a seu vizir, Isimud: Minha ao deve permanecer em segredo! Que os recm-nascidos sejam amamentados por suas mes; depois disso traga-os para minha casa.

Entre as aneas, em cestas de junco, encontrei-os!, disse Isimud a tudo o mundo. Ninki tomou carinho aos enjeitados, criou-os como a seus prprios filhos.

Adapa, o Enjeitado, chamou o menino; Titi, Uma com Vida, chamou menina. A diferena do resto de meninos Terrestres, o casal era de crescimento mais lento que os Terrestres, muito mais rpidos de compreenso; estavam dotados de inteligncia, eram capazes de falar com palavras.

Formosa e agradvel era a menina, muito boa com as mos. Ninki, a esposa de Enki, tomou carinho a Titi; ensinou-lhe todo tipo de ofcio. A Adapa, foi o mesmo Enki quem lhe ensinou, instruiu-lhe em como fazer notas.

Enki mostrou orgulhoso ao Isimud seus lucros, criei ao Homem Civilizado!, disse ao Isimud. De minha semente, foi criado um novo tipo de Terrestre, a minha imagem e semelhana!

Das sementes, faro crescer mantimentos; e apascentaro ovelhas, a partir de ento, os Anunnaki e os Terrestres ficaro saciados!

Enki enviou palavras a seu irmo Enlil; Enlil veio desde o Nibru-ki at Erid. No deserto, apareceu um novo tipo de Terrestre!, disse Enki a Enlil. So rpidos em aprender, podemos ensinar conhecimentos e ofcios. Que nos tragam do Nibiru sementes das que se semeiam, que se tragam de Nibiru ovelhas para repartir pela Terra, ensinemos a esta nova raa de Terrestres a agricultura e o pastoreio, nos saciemos juntos Anunnaki e Terrestres! Assim disse Enki ao Enlil.

Certamente, so similares aos Anunnaki em muitos aspectos!, disse Enlil a seu irmo. uma maravilha de maravilhas que tenham aparecido por si mesmos no deserto!

Chamaram o Isimud. Entre as aneas, em cestas de juncos, encontreios!, disse. Enlil ponderou o assunto com gravidade, sacudia a cabea com assombro. Certamente, uma maravilha das maravilhas, que tenha surgido uma nova raa de Terrestres, que a mesma Terra tenha feito um Homem Civilizado, que lhe pode ensinar agricultura e pastoreio,ofcios e elaborao de ferramentas!

Assim dizia Enlil a Enki. Enviemos palavras a Anu da nova raa! transmitiram-se palavras da nova raa ao Anu, no Nibiru. Que nos enviem sementes que possam ser plantadas e ovelhas para o pastoreio! Isto sugeriram Enki e Enlil ao Anu.

Que o Homem Civilizado sacie aos Anunnaki e aos Terrestres! Anu escutou as palavras, ficou assombrado com elas.

Que um tipo de essncias vitais leve a outro no algo inaudito!, disse-lhes em resposta, mas nunca se ouviu algo assim, que na Terra aparecesse to rapidamente um Homem Civilizado a partir do Adamu! Para a semeia e o pastoreio far falta um grande nmero; so capazes de proliferar os seres?

Enquanto os sbios do Nibiru refletiam sobre o assunto, no Erid ocorriam coisas importantes.

Adapa conheceu a Titi no emparelhamento, ele derramou seu smen em sua matriz. Houve concepo, houve iluminao. Titi iluminou gmeos, dois irmos!

Transmitiram-se palavras do nascimento ao Anu no Nibiru: O casal compatvel para a concepo, podem proliferar! Que se repartam pela Terra sementes que se possam semear e ovelhas para o pastoreio, que comece a agricultura e o gado na Terra, nos saciemos todos!

Assim disseram Enki e Enlil ao Anu em Nibiru.

Permanea Titi no Erid, para amamentar e cuidar dos recm-nascidos, traga-se para o Nibiru a Adapa, o terrestre! Assim pronunciou sua deciso Anu.

(Livro de Zecharia Sitchin - Continua)

Postado porPonte Ocultas14:38Nenhum comentrio:Links para esta postagemEnviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:Ocultismo9 de maro de 2014

O LIVRO MGICO DO ANTIGO EGITO IV

Nos dois registros inferiores, os modos de se deslocar nos espaos do outro mundo: de cabea para baixo ou em p. No registro superior, sis e Nftis sustentam um ser semicircular que magnetiza um Sol. As duas grandes mulheres-mgicas fazem desse modo circular a Luz da origem num universo curvo.

Com efeito, os Egpcios consideravam a superfcie terrestre (e no a Terra) como um plano horizontal de percepo e o Cosmos como circular ou curvo. (Tmulo de Ramss IX).

Segredos bem guardados e exigncias rituais Isto, afirma o captulo 162 do Livro dos Mortos, um grande livro secreto. No o deixeis ver a qualquer pessoa, seria um ato detestvel! Aquele que o conhece e guarda segredo,continua a ser. O nome deste livro a soberana do templo escondido.

Estas recomendaes, formuladas em inteno tanto dos prticos da magia como dos profanos imprudentes, no proibiam aos adeptos o acesso aos segredos. Impunham-lhes o silncio em relao a indivduos inaptos ou desastrados. Sabemos como esse livro e os segredos nele contidos foram comunicados aosmgicos do Egito.

O deus Tot reunira os mestres em magia e entre eles foi recebido o postulante. Este lavou a boca, ingeriu natro(carbonato de soda natural; servia aos Egpcios para conservar as mmias.) e provou que era capaz de se juntar Enade, a corporao das nove potncias criadoras. Isso subentende que ele era capaz de levar a cabo, com sucesso, as experincias de base. Junto do mestre em magia que preenchia a funo do deus Hrus, com uma mscara de falco, o postulante teve a revelao das palavras e das frmulas que datavam da poca em que Osris, o antepassado primordial, ainda estava vivo e reinava na terra do Egito.

A primeira prova para se poder concluir que o postulante compreendeu bem o que lhe foi confiado, seria a de vencer uma vbora de cornos. Sangue-frio, conhecimento da frmula sonora que hipnotiza o rptil, segurana manual para o poder dominar: o futuro mgico confrontado com a sua morte.

Tendo triunfado na prova fsica, segue-se a revelao metafsica. Os mestres em magia revelam ao adepto que os dois deuses to diferentes, mesmo to opostos - R, o luminoso, e Osris, o tenebroso -, so apenas um e o mesmo ser.

no interior da Casa de Vida que esse deus nico evocado, sob o nome de Alma Reunida, simbolizado por uma mmia envolta numa pele de carneiro. Contemplando-a, o novo adepto reunia o seu prprio esprito e entrava no caminho da ressurreio.

S um ser em estado de pureza pode aceder ao conhecimento dos segredos e da Unidade. impuro o que anti-harmnico, antivital. O homem est enredado nos prprios laos, no naturalmente transparente vida. A magia ensina-o a libertar-se dos entraves que ele impe a si mesmo. A pureza exterior, a simples higiene to apreciada pelos sacerdotes do Egito, uma manifestao tangvel da pureza interior. Por isso, o mgico lava-se com frequncia. Com a boca purificada, as palavras que profere tambm o esto.

O lavar das mos, assim como o lavar dos ps, desembaraam-no de energias nocivas. Os teus ps so lavados em cima de uma pedra, na margem do lago do deus, diz o captulo 172 do Livro dos Mortos. Este ato ritual era portanto considerado suficientemente importante para ser executado no interior do templo.

Tambm se lavavam os ps de um rei no decurso de uma grande cerimnia, e mais ou menos certo que esse rito real inspirou a cena dos Evangelhos em que Cristo d uma grande importncia ao ato de lavar os ps.

Uma vez purificado, o corpo digno de receber um vesturio ritual. O captulo 117 do Livro dos Mortos uma frmula especfica para vestir o trajo uab, ou seja o Puro, um verdadeiro corpo novo, de brancura imaculada, que o mgico dever evitar enodoar com atos contrrios harmonia.

Recebendo esse trajo, o adepto recolhe-se e implora s divindades para que afastem dele as impurezas espirituais e corporais, que o trajo de pureza lhe seja oferecido para toda a eternidade.

Esta tradio ser preservada at s pocas mais tardias da civilizao egpcia, uma vez que num papiro grego da Biblioteca Nacional (Paris), se pede ao mgico que se vista com um tecido leve, que cante um hino e recite uma frmula em presena de um mdium que est diante do Sol.Hoje, tal como ontem, no se pratica a magia de qualquer maneira nem em quaisquer condies.

As exigncias rituais esto assim indicadas no Livro da Vaca do Cu, inscritas em colunas de hierglifos nos tmulos reais do Imprio Novo:

Se um homem pronuncia esta frmula para seu prprio uso, deve ser untado com leos e unguentos, tendo na mo o turbulo cheio de incenso; deve ter natro de uma certa qualidade atrs das orelhas, tendo na boca uma qualidade diferente de natro; deve estar vestido com duas peas de roupa nova, depois de se ter lavado na gua da enchente, ter calado sandlias brancas e ter a imagem da deusa Maet (a Harmonia Universal) pintada na lngua com tinta fresca.

Outras prescries elementares: Que esta frmula seja lida quando se esteja puro e sem mancha, sem ter comido carne de rebanho ou peixe e sem ter tido relaes com mulher.

Assim preparado, respeitador de regras estritas, o mgico est apto a traar no solo o desenho sagrado em que se inscrevem, sob a forma de smbolos, as foras que manipula.

Na sala das duas maet (quer dizer, das duas verdades, a csmica e a humana), vestido de linho, coberto de galena, devidamente purificado, ungido com mirra, calado com sandlias brancas, o mgico faz a oferenda de bois, galinceos, resina de terebentina, po, cerveja e legumes. Depois traa o desenho ritual em conformidade com o que se encontra nos escritos secretos, sobre um solo puro, coberto de um branco extrado de um terrio que no tenha sido pisado nem por porcos nem por cabras.

Os construtores da Idade Mdia no agiram de modo diferente ao traarem o seu quadro de loja, que em algumas lojas iniciticas da Maonaria contempornea efetivamente recriado a cada sesso de trabalho.

O mgico pois, desse modo, um verdadeiro Mestre-de-Obras, designado para conceber um plano. Cinge em torno da fronte a faixa do conhecimento e faz esta espantosa declarao: Os meus pensamentos so grandes sortilgios mgicos que saem da minha boca.

Antes disso passou por um rito de ressurreio durante o qual se deita numa esteira de junco, tornando-se uma mmia viva que entra magicamente em contacto com as potncias superiores. O mgico revive a paixo de Osris, regressado do alm-morte.

O tribunal divino, os guardies das portas, o barqueiro Se um mgico recita o livro secreto, sobre a terra, em favor de um homem, este no ser despojado pelos gnios que, em todos os lugares, atacam quem cometeu o mal. No ser decapitado, no morrer sob a faca do deus Set, no ser conduzido a nenhuma priso. Entrar serenamente no tribunal divino que espera todos os seres no crepsculo da sua existncia terrestre, e dele sair justificado, desembaraado do terror da injustia.

Eis, pois, um dos grandes servios prestados pela magia: permitir ao justo apresentar-se de cabea erguida, sem temor, diante dos seus juzes.

Alguns egiptlogos, sentindo talvez preocupaes com o seu prprio caso, acusaram os Egpcios de serem embusteiros: teriam enganado os deuses, abusando da magia. Na realidade, isso demonstra uma ingenuidade que nos deixa desarmados.

a magia do conhecimento que o tribunal pe prova, no ostruques de um ilusionista de feira. Se o homem no possui as leis desta magia, est efetivamente desarmado e condenado de antemo a reviver um novo ciclo material, sem que isso implique uma reencarnao no sentido habitual do termo.

Outros perigos espreitam o adepto nas estradas do outro mundo. Para passar as quatro fronteiras do cu, o viajante deve convencer os guardas a deixarem a via livre, recitando-lhes as palavras daqueles cujos lugares so secretos.

Numerosos captulos dos Textos dos Sarcfagos evocam essas personagens sinistras, frequentemente armadas com facas, velando lagos de profundidades insondveis e caminhos que se alongam nas trevas, cruzamentos onde as pessoas se perdem. S a magia aniquila o poder desses gnios inquietantes.

Uma outra personagem exige do viajante do Alm qualificaes mgicas de primeira ordem. Trata-se do barqueiro, que detm o tesouro entre os tesouros: a barca, graas qual se pode atravessar as grandes extenses aquticas dos campos celestes. Quando o iniciado exige utilizar a barca, o barqueiro submete-o a um interrogatrio apertado:

Quem s?, pergunta.

Sou um mgico, responde o adepto, que em seguida afirma estar completo, equipado, dispondo do uso dos membros.

Esta afirmao considerada insuficiente. Ter de provar a sua qualidade de mgico enunciando as diferentes partes da barca e as suas correspondncias mitolgicas e esotricas. O profano no tem qualquer possibilidade de conseguir essa proeza.

Em troca, o mgico formado na profisso triunfa: comandar as cidades do Alm, far o inventrio das riquezas do outro mundo e dar aos pobres aquilo de que tm necessidade na Terra.

Quer dizer que o estatuto social do mgico elevado: no apenas um intelectual mas tambm um gestor cujas competncias so postas ao servio dos mais desfavorecidos, embora se trate de um processo econmico dos mais estranhos.

O barqueiro, no entanto, ainda no est satisfeito. Exige do mgico um saber matemtico traduzido na sua capacidade de contar pelos dedos. Cada dedo, cada ato numrico, tem um profundo significado. No se trata de um banal clculo mental, mas sim de uma criao do mundo pelos Nmeros e no pelos algarismos.

Outra questo que o barqueiro pe ao mgico: De onde vens?, ter a seguinte resposta: Da ilha da chama, quer dizer, do lugar do universo onde o Sol trava, em cada manh, um combate vitorioso com os inimigos da Luz.

Oriundo do Sol, o mgico tem um temperamento de guerreiro e de vencedor. J o provou.

Fato capital: o mgico revela ao barqueiro que descobriu o estaleiro naval dos deuses onde a barca se encontra em peas separadas. No ela anloga a Osris desmembrado? Ora, o mgico sabe o que fazer para a reconstituir pois possui a arte suprema.

Vencido por tanta cincia, o barqueiro inclina-se. Preenche as exigncias formuladas pelo mgico, pe a barca sua disposio e regressa ao seu posto, esperando pr prova o prximo viajante.

Aquele que conhece o livro de magia, pode sair para o dia e passear na terra entre os vivos. Nunca morrer. A eficcia disso foi testada milhes de vezes.

Cercam-no milhes de mgicos egpcios, eternamente vivos. Saram para o dia, na Luz, porque o poder mgico estava com eles e permitia-lhes afastar qualquer entrave sua liberdade.Esta contagem muito especial exigiria s por si um longo estudo. Na nossa opinio, est na origem, ainda no assinalada, da Cabala numrica.

A sada para o dia est presente no ritual celebrado quotidianamente nos templos. De manh, quando o sacerdote abre as portas do nos que contm a esttua divina, pronuncia estas palavras:

Abertas esto as portas do cu, sem ferrolhos esto as portas do templo. A casa est aberta para o seu mestre! Que ele saia quando quiser sair, que entre quando quiser entrar!

essencial, no Alm, caminhar sobre os ps e no sobre a cabea.

Frmulas mgicas evitam ao iniciado esse grave dissabor, permitindo-lhe percorrer normalmente os caminhos de gua e de terra do outro mundo acompanhando a comitiva do deus Tot.

O mgico avana pelos belos caminhos do Ocidente sob a forma de um ser iluminado, tendo adquirido e experimentado todos os poderes sem deles se ter tornado escravo. identificado com o jovem deus nascido no Belo Ocidente, vindo da terra dos vivos, desembaraado da poeira do cadver, tendo enchido de magia o corao e estancando a sua sede de conhecimento.

Navega para o campo de juncos, um dos campos celestes. Vai e vem pelos campos, cidades e canais do Alm. Lavra, v R, Osris e Tot em cada dia, tem poder sobre a gua e sobre o ar, pode fazer tudo o que deseja, como o iniciado da abadia de Telme.

A vida est no seu nariz, no morrer, vive no campo das oferendas em que esto fixadas as suas propriedades para a eternidade. Cumpriu o seu voto: tornar-se mgico.

(CONTINUA - Autor: CHRISTIAN JACQ)Postado porPonte Ocultas16:51Nenhum comentrio:Links para esta postagemEnviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:egito,magia

AS DUAS VERTENTES IV

Vimos que o Homem possui diversos corpos, e que o globo terrestre, correlatamente, constitudo dos vrios outros globos situados nas demais dimenses existenciais. Nem poderia ser de outra forma, afinal, onde o Homem coexistiria com seus iguais, nas outras dimenses, se nessas no houvesse as ambincias planetrias.

Tenham em mente que nenhuma coisa, objetos, seres inteligentes, animais, vegetais, etc, esto soltos pela imensido afora. Tudo, no Cosmo, tem seu endereo. Seu ponto de localizao, seja em que dimenso esteja.

Desta forma, to logo uma Mnada tenha sido criada ela j se encontra num determinado ponto habitacional. Naturalmente, um berrio inimaginvel para ns, mas que, por certo, sob os aplicados e delicados cuidados Logoicos.

Sabendo, portanto, que os globos planetrios, cada um deles, possui seus globos contraparte isso nos remete mesma similitude da criao dos corpos do Homem. Ou seja, o que damos o nome de globos etreos foram criados antes da criao, por exemplo, do globo fsico do planeta Terra.

Para recordar, recorrendo ao textoA Criatura, usaremos de alguns daqueles desenhos nos quais demonstramos a criao dos corpos do Homem.

No campo A est representado a evoluo criativa dos corpos do Homem, que seriam os instrumentos de manifestao da Mnada em seu descenso at matria mais densa.

No campo B da figura est a representao das fases de criao dos globos planetrios, no nosso caso, o globo Terra. So fases sucessivas de criao.

Tanto os corpos do Homem quanto os globos, no so criaes instantneas, todos ao mesmo tempo. So etapas cujo decorrer do tempo de formao de uma fase conta-se aos milhes de anos terrestre. Pronto esta, s ento passa-se sucessiva.

Cabe, aqui, uma outra informao. a penetrabilidade dos corpos do Homem e dos globos planetrios. Ou, melhor explicando, os vrios corpos de um mesmo Homem se encontram interpenetrados uns com os outros. De igual forma acontece com os globos planetrios, uns interpenetrados com os outros.

Isso significa que todos os globos terrestre, como nos demais planetas, em seus centros, esto simetricamente posicionados, concntricos, no mesmo ponto do espao, como visto nas figuras.

Sobre a multiplicidade das dimenses e das densidades, vamos compilar aqui trs trechos de Helena Blavatsky que reputamos de indispensveis:

... todos os mundos, os superiores como os inferiores, interpenetram o nosso prprio mundo objetivo; que milhes de coisas e de seres se acham, quanto localizao, ao nosso redor, e dentro de ns, assim como ns estamos ao redor deles, com eles e neles.

H milhes e milhes de mundos que nos so visveis; muito maior o nmero dos que se acham fora do alcance dos telescpios, e grande parte destes ltimos no pertencem ao nosso planoobjetivode existncia. Ainda que to invisveis como se estivessem situados a milhes de milhas do nosso Sistema Solar, coexistem conosco, junto de ns,dentrode nosso prprio mundo, e so to objetivos e materiais, para seus respectivos habitantes, quanto o o nosso mundo para ns.

Os habitantes desses mundos... podem, sem o sabermos ou sentirmos, estar passandoatravs de nsouao nosso lado, como num espao vazio.(A Doutrina Secreta vol. 2 pg. 316 grifos do original)

Agora, retornando o comentrio sobre as fases criativas. Em cada fase de criao o globo vai sendo criado, ou formado, num exclusivo padro de constituio em razo do padro de energia existente naquele plano. Aos poucos, no passar de eras, vai sendo constitudo.

Imaginem, portanto, quantas eras foram consumidas na constituio dos globos, um aps o outro, at chegar ao estgio em que o globo fsico se encontra.

Mas o paralelismo e similitude na constituio entre o Homem e a Terra, como vimos na figura 6B acima, no para no que tange ao processo da criao. Tambm como o Homem, a Terra tem sentimentos, e quando se sente desgostosa, reage, s vezes enfurecidamente para dessa forma, recolocar as coisas no lugar. Tais reaes so as erupes vulcnicas, os maremotos, os terremotos, os vendavais, nevascas, etc.

Por que assim ? Porque da mesma forma que o maior instinto no Homem a sobrevivncia a defesa da vida de igual forma acontece com a Terra quanto ser vivo. Suas reaes, que nos parecem dantescas, so os efeitos de seus instintos de sobrevivncia. Segundo os ensinamentos das escrituraes antigas, Kiu-Te, Dzyan, etc, a vida no se originou na Terra. Ela foi transferida para a Terra. Ao que informam, no sistema solar, a vida comeou pela cadeia planetria de Saturno.

Mas, anteriormente ao sistema solar, de onde ela veio? Tudo a respeito permanece no mais absoluto sigilo. Os grandes detentores desses conhecimentos, os monastrios gelugpas do Tibet, nada acrescentam ao j publicamente conhecido. Apenas historiando, universalmente, rotina o trmite migratrio de Mnadas evolucionadas em outras cadeias situando-as nas cadeias iniciantes para efeito de auxlio s congneres, isto , s Mnadas que ali se criam. E assim, mediante a ao trplice dos Logos, iniciou-se a formalizao da vida na cadeia planetria de Saturno.

Historia-se, tambm, que a partir da segunda metade da 5 raa de cada Ronda inicia-se o desenvolvimento da raa seguinte desta mesma Ronda. Seguindo esses ciclos, durante o transcurso da segunda metade da 5 raa da 5 Ronda, somada a todas as raas das 6 e 7 Rondas, ocorre o que se possa chamar a miscigenao que vai dando origem 1 raa da Ronda seguinte.

interessante destacar essa movimentao da miscigenao a partir da segunda metade da 5 raa, somada s 6 e 7 raas para a formao da 1 raa da Ronda seguinte, ou mesmo para a formao da 1 raa da primeira Ronda da Cadeia Planetria seguinte, porque a humanidade da Terra, atualmente, como visto no pps IV, se encontra na 5 raa da 4 Roda. Isso significa que j estamos em trabalho de preparao para a 1 Raa da 5 Ronda.

importante esse destaque porque, seremos ns mesmos, Mnadas de agora, que estaremos naqueles rinces dimensionais da 5 Ronda.

Entenderam o que se possa chamar de Evoluo ? Ao deixarmos este corpo fsico, no iremos a lugar algum, outro, seno, a estao de embarque para a 6 Raa da 4 Ronda; depois para a 7 Raa da 4 Ronda e, finalmente, a transferncia para a 1 Raa da 5 Ronda.

Complicado ? No, s seguir a escala contida nas figuras apresentadas.

Quanto ao que acima chamamos de miscigenao, trata-se de que durante o transcurso de cada Raa, Mnadas evoludas so transferidas de outros planetas, ou mesmo de outras Galxias, e se misturam com as nativas da Cadeia Planetria.

Isso no tem nada de extraordinrio, afinal, todo o Cosmo um s e toda a Criao uma s, cujas partes se somam para a consecuo do desgnio maior que Viver o Divino.

Quando quase complementada a fase evolutiva que competia Cadeia Planetria de Saturno, como visto na figura, esse incio de quase l pelas idades da segunda metade da 5 raa da 5 Ronda, tambm j se encontra em trabalhos formativos a Cadeia Planetria que, no caso do Sistema Solar, foi a cadeia de Marte, ou marciana.

Essa passagem, ou transio, de uma cadeia outra significa que a sequncia evolucional dos planetas e das raas se d de forma, digamos, suave, e no abruptamente como se, de repente, a cadeia anterior despencasse num insondvel abismo e a nova cadeia eclodisse como o espocar de uma bomba. E sobre isto falaremos no prximo texto.Luiz Antonio Brasil