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DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 2
INTRODUÇÃO
A indústria brasileira de transformação tem perdido
competitividade, de forma contínua, há quase uma
década.
Isto pode ser comprovado pela forte redução de
sua participação no PIB, bem como pela perda de
exportações de manufaturados e pelo aumento do
“Market Share”, dos produtos importados, no
consumo aparente de bens manufaturados no
mercado brasileiro.
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PESO DA INDÚSTRIA NO PIB%
Transformação: R$601.816,90 bilhões em valores correntes
Cons. Civil + extrativa: R$579.731,88 bilhões em valores correntes
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EXPORTAÇÃO BRASILEIRA POR FATOR AGREGADO: ESTAMOS JOGANDO FORA A INDUSTRIALIZAÇÃO FEITA NAS DÉCADAS DE 60 E 70
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O INCENTIVO AO CONSUMO NÃO BENEFICIOU A INDÚSTRIA NACIONAL
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Nº
índ
ice
bas
e: 2
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2 =
10
0
COMÉRCIO
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Fonte: IBGE . Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
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O AUMENTO DO CONSUMO FOI SUPRIDO POR IMPORTADOS QUE DOBRARAM SEU “MARKET SHARE”
Fonte: Funcex . Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
Coeficiente de penetração dos produtos importados
10,1 11,3
12,1 10,8
11,6 11,8 10,5 10,3
11,1 11,9
13,5
15,3
17,3
15,5
19,1
20,8 20,9 21,7
5
10
15
20
25
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Indústria de transformação
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PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO NO PIB – COMPARAÇÃO BRASIL - MÉXICO
Fonte: IBGE . Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
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PORQUÊ NÃO SOMOS COMPETITIVOS?
Diversas causas tem sido apontadas como responsáveis da falta de
competitividade:
Baixa produtividade (1/4 dos EUA e Alemanha)
Falta de investimentos em tecnologia e inovação
Mão de obra de baixa escolaridade e qualificação
Carga tributária excessiva
Infraestrutura deficiente
Falta de integração nas C.P.V.
Insegurança jurídica
Na realidade todos estes itens influenciam a competitividade mas não
são determinantes visto que o Brasil já foi, no passado, mais competitivo
mesmo convivendo com todas estas deficiências.
...............
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O FATO É QUE, MESMO PARA AS INDÚSTRIAS BRASILEIRAS PRODUTIVAS**, FABRICAR O MESMO PRODUTO CUSTA 25P.P. MAIS QUE PRODUZIR NA ALEMANHA OU EUA
Fonte: IBGE, BCB, ILOS,FED de St. Luis, Banco Mundial, BNDES, ABIMAQ, Macrodados. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. (*) Média do período pós desoneração
do INSS patronal da folha de pagamento.
Custo Brasil - ∆ entre Brasil e EUA/Alemanha* 25,2
1 Custos dos insumos (câmbio a R$ 2,82) 8,7
2 Impacto dos juros sob o capital de giro 6,5
3 Impostos não recuperáveis na cadeia produtiva 4,7*
4 Demais Itens 5,3
*Para BKM em 2012 com câmbio atualizado à média do 2º semestre de 2014.
** Por exemplo: Grandes empresas brasileiras e filiais de multinacionais.
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A TAXA DE CÂMBIO NECESSITA DE MAIOR DEPRECIAÇÃO PARA TERMOS GANHOS REAIS DE COMPETITIVIDADEVariação % acumulada – Base dezembro/13
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O BRASIL É O CAMPEÃO DE JUROS REAIS HÁ DUAS DÉCADAS
Elaboração: Credit Suisse, com dados até maio / 2015
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OS JUROS ELEVADOS ENCARECEM A PRODUÇÃO E FAZEM CONCORRÊNCIA AOS INVESTIMENTOS PRODUTIVOS
TAXA DE JUROS REAIS DE EMPRÉSTIMOS
Fonte: FMI – Fundo Monetário Internacional. Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
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RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO É MENOR QUE O CUSTO FINANCEIRO DE DÍVIDA
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OS GASTOS COM ENERGIA ELÉTRICA E COMBUSTÍVEL NO CUSTO TOTAL POR SETOR EM 2010 EXPLICITAM O ESTRAGO DO AUMENTO > DE 50% NAS TARIFAS DO SETOR OCORRIDO EM 2015
Fonte: Bradesco
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A SITUAÇÃO ATUAL DO PAÍS
CÂMBIO VOLÁTIL E EM NOVO
PATAMAR
AJUSTE FISCAL DIFÍCIL
FALTA DE CONFIANÇA DOS
EMPRESÁRIOS
BAIXA EXPECTATIVA DE
INVESTIMENTO
FORTE RETRAÇÃO DA
ATIVIDADE INDUSTRIAL
DESAQUECIMENTO ALCANÇA
O VAREJO
INTENSIFICAÇÃO DAS
DEMISSÕES
INFLAÇÃO ACIMA DO TETO DA
META
CRISE POLÍTICA APROFUNDANDO
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HÁ UM CENÁRIO DE PREÇOS DE COMMODITIES EM QUEDA, COM PROBLEMAS NA CHINA E NA GRÉCIAÍndice de commodities e subíndices calculados pelo FMI
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OS INVESTIMENTOS PREVISTOS ESTÃO AMEAÇADOSSetores selecionados (R$ bilhões)
SetoresRealizado2010-2013
Previsto2015-2018
Média anualRealizado
Part. %Realizado
Total 3.503 4.101 876 100,0Indústria 1.060 1.243 265 30,3Petróleo e gás 358 509 90 10,2
Extrativa mineral 44 40 11 1,3Automotivo 58 59 15 1,7
Papel e celulose 20 21 5 0,6Indústria química 22 22 6 0,6
Siderurgico 20 12 5 0,6
Complexo eletrônico 22 28 6 0,6Complexo indust da saúde 8 13 2 0,2
Aeroespacial 4 12 1 0,1Alimentos 58 49 15 1,7
Sucroenergético 41 25 10 1,2Eletrico 191 192 48 5,5
Telecomunicações 102 141 26 2,9
Demais da indústria 112 120 28 3,2
Infraestrutura 164 264 41 4,7
Residências 810 963 203 23,1Agroindústria e serviços 1.469 1.631 367 41,9
A indústria de óleo e gás era responsável por 10% da FBCF e
por 1/3 dos investimentos do
setor industrial mas vai cortar, em 2015,
cerca de 40% do investimento previsto
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HÁ FORTE DETERIORAÇÃO DA CONFIANÇA E DAS EXPECTATIVAS (PRÓXIMOS 6 MESES)Em pontos – acima de 50 pontos indica otimismo
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AVALIAÇÃO DO GOVERNO DILMAPercentual (%) de respostas
Fonte: CNI
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AS PRIMEIRAS INTENÇÕES DA NOVA EQUIPE ECONÔMICA SÃO POBRES E INSUFICIENTES
AGENDA
Crédito financeiro do PIS/COFINS
Plano Nacional de Exportação
Reforma do ICMS
Desburocratização
Fortalecimento dos mercados de capitaisFonte: CNI
Nova rodada do Programa de Concessões
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Plano Nacional de Exportação
Reforma do ICMS
Desburocratização
Fortalecimento dos mercados de capitais
• Caso tudo dê certo no modelo proposto:
• Ajuste fiscal e monetário ocorre dentro do prometido e ajuda a
reestabelecer a credibilidade
• Inflação vai ser alta em 2015 e 2016, mas o centro da meta deverá
ser alcançado em 2017
• Juros permanecerão altos e crédito mais difícil, porém a elevada
liquidez internacional deve manter o fluxo de crédito
• Recessão de 2015 muda para modesto crescimento em 2016,
mercado de trabalho piora.
• As condições climáticas melhoram em 2015/2016 afastando riscos
de desabastecimento de água e energia.
• A crise política reflui
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Plano Nacional de Exportação
Reforma do ICMS
Desburocratização
Fortalecimento dos mercados de capitais
• Mesmo neste caso os resultados não serão brilhantes:
Fonte: BCB. Relatório Focus 10/07/2015
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CONSIDERAÇÕES FINAIS: O QUE FAZER PARA RETOMAR O CRESCIMENTO A PARTIR DE 2016
Plano Nacional de Exportação
Reforma do ICMS
Desburocratização
Fortalecimento dos mercados de capitais
1. Aumentar o ajuste fiscal via redução de custos / subsídios / incentivos /regimes especiais.
2. Ajustar o real para um câmbio em torno de R$/US$ 3,60, hoje, e mantê-lo competitivo*
3. Reduzir rapidamente a Selic para IPCA + 1% à medida que avança oequilíbrio nominal das contas públicas
4. Reduzir Spread dos juros de mercado ao nível médio dos paísesemergentes através da eliminação da cunha fiscal, da redução docompulsório e fim da sua remuneração e maior concorrência
5. Reduzir custos para a produção e investimentos
6. Eliminar indexações e levar a inflação para a meta em dois a três anos* O câmbio competitivo pressupõe uma desvalorização adicional maior que 10% do real em relação à cesta de moedas
representativas de nossas exportações
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CONSIDERAÇÕES FINAIS: O QUE FAZER PARA RETOMAR O CRESCIMENTO A PARTIR DE 2016
Plano Nacional de Exportação
Reforma do ICMS
Desburocratização
Fortalecimento dos mercados de capitais
CURTO PRAZO
• Desvalorizar o Real e conter a
inflação
• Realizar o superávit primário de 1,2%
sem aumento de impostos
• Administrar a crise politica sem crise
institucional
• Superar os episódios de corrupção
sem liquidar as empresas
MÉDIO PRAZO
FISCAL
• Tornar o ajuste permanente e
estrutural
• Avançar nas reformas politica,
tributaria e previdenciária
• Aprimorar a gestão publica e o
ambiente microeconômico
• Desindexar a economia, e reduzir
continuamente o “Custo Brasil”.